Cartilha Seminario OT MAP 2006 Portugues

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    Mini - MAP Ordenamento Territorial de 13 a 17/11/2006 Epitaciolndia /Acre/Brasil

    C O N D I A C

    O Consrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba - CONDIAC foi criado parafortalecer a gesto pblica municipal. Um dos seus objetivos fortalecer o planejamento em gesto territorialparticipativa das Prefeituras Municipais da Regional do Alto Acre e Capixaba. Tendo em vista a execuo deprojetos importantes e uma crescente necessidade de orientar e ordenar o desenvolvimento local sustentvelnos princpios de igualdade, bem-estar social e sustentabilidade ambiental, expressados nas polticaspblicas do pas, pensamos globalmente e agimos localmente.

    EQUIPE TCNICAConsrcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba/CONDIAC

    Presidente do CONDIACManoel Batista de Arajo

    Vice Presidente do CONDIACJos Ronaldo Pessoa Pereira

    Secretrio Executivo do CONDIACJos Menezes Cruz

    ApoioInWent

    ParceriasIniciativa MAP - (Madre de Dios-PE, Acre BR e Pando-BO)DED Servio Alemo de Cooperao Tcnica e SocialGTZ Cooperao Tcnica Alem

    OTCA - Organizao do Tratado de Cooperao AmaznicoSERE Instituto SERECIM - Peritos IntegradosCIFOR Centro Internacional de Pesquisa FlorestalSNV Servio Holandes de Cooperaao

    Coordenao GeralPavel JezekJuan Carlos Corminola Eguivar

    Coordenao TcnicaAdriano Alex Santos e Rosrio

    Equipe TcnicaVera Reis, Marineide Pereira de Albuquerque, Gislene Salvatierra e Raimundo N. Freire Rodrigues

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    AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

    Gastaramos de agradecer a todos os colaboradores da Iniciativa MAP pela contribuio direta e indireta paraa publicao desta cartilha sobre Ordenamento Territorial, e pela permisso de utilizao das imagens,

    mapas, fotografias, tabelas e textos. Esperamos com este material contribuir para as instituies quetrabalham com processos de Ordenamento Territorial na regio MAP.

    Obrigado pelo apoio e colaborao de todos que participaram do Seminrio de Ordenamento Territorial.

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    S U M R I O

    I. INTRODUCO 1

    II. CONTEXTO REGIONAL 2

    2.1 Introduo ao Contexto Regional2.2 Importncia do Ordenamento Territorial para a Iniciativa MAP2.3 Metropolizao nas Zonas de Fronteira

    III. MARCO NORMATIVO E INSTITUCIONAL 6

    3.1 Marco Normativo Acordos bi-nacionais e tri-nacionais de OT

    3.2 Normas e Leis de regularizao da terra3.3 Oportunidades e obstculos normativos para a cooperao transfronteiria no OT3.4 Marco Institucional Trinacional Principais Instituies no OT3.5 Sugestes para uma melhor articulao trinacional3.6 Oportunidades e obstculos institucionais para a cooperao transfronteiria no OT3.7 Segurana Transfronteiria e OT3.8 Resultados e Acordos Finais

    IV. MTODOS E INSTRUMENTOS PARTICIPATIVOS NA GESTO TERRITORIAL 12

    4.1 Participao4.2 Comunio4.3 Principais Instrumentos Participativos de OT na regio MAP4.4 Resultados e Acordos Finais

    V. GESTO DE CONFLITOS TERRITORIAIS 19

    5.1 Identificao e Gesto de Conflitos Territoriais Tpicos5.2 Conflitos em Corredores de Conservao5.3 Visita ao Parque Ecolgico Wilson Pinheiro5.4 Resultados e Acordos Finais

    VI. CENRIOS E GESTO TERRITORIAL 23

    6.1 Conceitos de cenrios6.2 Tcnicas prospectivas ao servio de Ordenao do Territrio6.3 Elaborando cenrios futuros da regio MAP para um planejamento regional6.4 Resultados e Acordos Finais

    VII. PROPOSTA E COMPROMISSOS DO SEMINRIO ...28

    VIII. PROPOSTAS PARA O FUTUR0 - 2007 29

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    INTRODUO

    Dentro do marco do programa de coordenao de Ordenamento Territorial-OT e iniciativa MAP (Madre deDios, Peru Acre, Brasil Pando, Bolvia), denominado Mini MAP OT, foi realizado em Epitaciolndia de 13a 17 de novembro de 2006, um Seminrio de Ordenamento Territorial para os municpios da regio MAP.Participaram tcnicos municipais, tomadores de deciso do cenrio poltico, interessados de instituies

    pblicas, organizaes da sociedade civil e da cooperao internacional, num total de 114 participantesinscritos, representando 47 instituies dos trs pases da regio MAP.

    Os responsveis pela organizao foram o CONDIAC, com apoio da InWEnt, DED e GTZ, instituies dacooperao alem. O financiamento atravs da InWEnt, instituio para a cooperao internacional ecapacitao do MinistrioFederal da CooperaoEconmica e Tecnolgica doGoverno Alemo, permitiu cobriros gastos necessrios execuo do evento.

    O contedo do seminrio foiconstrudo sobre 4 linhastemticas, selecionadas combase nas demandas regionaisdetectadas nas reuniesprvias. Os facilitadores (as)com experincia nas linhastemticas vieram da Regio deAysn de Chile, de Belm do Par e Rio de Janeiro (Brasil). Duas apresentaes do contexto regional, desdeo ponto de vista da OTCA e da iniciativa MAP deram um estmulo inicial ao evento. Para assegurar umaampla validao e respeitar o tempo limitado das autoridades foi realizada no final do ltimo dia do evento(17.11.2006) uma sntese dos resultados e um debate pblico.

    A execuo do seminrio do Ordenamento Territorial na regio MAP foi:

    I. Interativa:Caracterizando-se pela oportunidade de trocar experincias, mais que por escutar discursos. Procurou-sedesta forma uma relao equilibrada entre os aportes externos de informao e contribuio ativa dasexperincias dos participantes, por exemplo, no mercado das experincias na tera-feira 14 /11.

    II. PrticaA organizao do seminrio ofereceu e solicitou aos participantes que realizassem a apresentao de mapas/ panfletos / cartazes / projetos / experincias, exposio de materiais na tera-feira 14 / 11, no Mercado deExperincias nos corredores do auditrio e na Cmara Municipal. Para a realizao de trabalhos em gruposhaviam materiais disponveis no seminrio: stands ou painis, cinta adesiva, cartolinas, pincis, tesouras, etc.Como atividade prtica foi tambm realizado um passeio no Parque Ecolgico Wilson Pinheiro, que contoucom o fornecimento de informao bibliogrfica e relao da biodiversidade local.

    Abertura do evento

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    III. DocumentadaNa mesa de inscrio cada participante recebia uma pasta com o programa do seminrio, uma ficha de

    inscrio com dadospessoais e um crach parafacilitar a comunicao decontatos no transcurso doseminrio. Os resultados, asapresentaes, asistematizao dosexerccios de grupo, e osacordos estabelecidosdurante o evento foramrecebidos em formato digitalpelo coordenador doseminrio e distribudo emCD / DVD para osparticipantes e interessados.Cada participante recebeuum certificado departicipao, que foi

    entregue no encerramento. A sistematizao do debate pblico sobre os resultados parciais no ltimo dia doseminrio foi distribuda posteriormente por correio eletrnico.

    IV. DivulgadaComo complemento integral a coordenao do Ordenamento Territorial da iniciativa MAP (Mini MAP OT),para a difuso existe um portal na internet www.map-amazonia.net, mantido pela Amazonlink(www.amazonlink.com). Desde o incio da organizao houve a possibilidade de inscrio on-line no escritriodo CONDIAC.

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    II. CONTEXTO REGIONAL

    2.1 - Introduo

    O Plano Estratgico da Organizao do Tratado de Cooperao Amaznica - OTCA em sua rea

    programtica Ordenamento Territorial, Assentamentos Humanos e Assuntos Indgenas destaca aimportncia do Ordenamento Territorial como ferramenta de natureza poltica, tcnica e administrativa, cujoobjetivo central de organizar, harmonizar e administrar a ocupao e uso do espao. Reconhece que nomarco dos processos de descentralizao os governos regionais e locais tm que assumir cada vez maisresponsabilidades no Ordenamento Territorial. A SP/OTCA comprometida em contribuir com odesenvolvimento, aplicao e intercmbio de experincias, entre os pases membros no uso de ferramentas einstrumentos, especialmente naquelas reas de especial interesse para os governos, pelo seu carterfronteirio.

    A Amaznia uma regio de importncia estratgica para os pases, cujos membros so 8 (Bolvia, Brasil,Colmbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela). O objetivo fundamental da OTCA odesenvolvimento sustentvel, luta contra a pobreza, melhoria da qualidade de vida das populaes locais e

    reafirmao da soberania dos pases. A superfcie total do mbito de ao da OTCA de 7.584,421 Km2

    , comuma populao de 21.853.000.

    A Regio MAP tem cerca de 300.000 km2 e ocupada por aproximadamente 700.000 pessoas em Madre deDios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolvia). A Iniciativa MAP um espao de discusso e consertao quebusca conjugar esforos a favor da conservao e do desenvolvimento sustentvel neste espao trinacional,que vem sendo impactado pelo asfaltamento do Eixo de Integrao Peru - Brasil - Bolvia.

    A Declarao de Puerto Maldonado, aprovada no V Frum trinacional na mesma cidade em 19 de setembrode 2005, recomenda: Promover o Ordenamento Territorial como veculo para o desenvolvimento sustentvele a participao cidad.

    Fonte: Willian Flores/2006

    Eixo de integrao Brasil-Peru Estrada do Pacfico no contexto das bacias hidrogrficas fronteirias etransfronteirias.

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    2.2 Importncia do Ordenamento Territorial para a regio MAP

    importante realizar o Ordenamento Territorial na regio MAP devido aos seguintes fatores:

    Ser uma regio de grande diversidadecultural;

    Existncia de diversas atividadeseconmicas;

    Ocorrncia de grandes infra-estruturasplanejadas para os prximos 10 anosna regio;

    Energia eltrica chegar at 2008 naRegio MAP ao longo da EstradaInterocenica;

    Incremento da economia pelaexplorao de hidrocarburfero (gs epetrleo).

    O OT se constitui na base fundamental para realizar o Planejamento Regional Desenvolvimento Sustentvel porque:

    Caracteriza o Municpio - importante conhecer e entender sua histria e dinmicasocioeconmica;

    Define estratgias e polticas que se implantam nos processos de planejamento; Possibilita maior investimento na infra-estrutura social; Desenvolve ferramentas e mecanismos de intercmbio de informaes.

    A Proposta do Planejamento Regional de Desenvolvimento Sustentvel na Regio MAP, em seucomponente, Conservao do Meio Ambiente Trinacional determina as seguintes atividades:

    PROGRAMA ATIVIDADES

    Programa deOrdenamento

    Territorial

    - Promover o ordenamento territorial de acordo com as caractersticas da regio MAP.- Elaborar, implementar e validar a zonificao ecolgica-econmica compatvel naregio MAP.- Intercambiar informaes dos diferentes sistemas de zoneamento padronizando-ospara a regio MAP.

    2.3 - Metropolizao nas Zonas de Fronteira

    Na regio MAP podemos distinguir duas escalas de metropolitanas:

    1. A escala de rea Metropolitana, conformada pela expanso urbana de Brasilia, Epitaciolndia eCobija. Uma continuidade espacial urbana, criando novas formas de impacto territorial de seu uso,aproveitando o marco de integrao territorial, sujeito aos efeitos dos interesses globais docomrcio, da explorao dos recursos naturais e sua comercializao, e o desenvolvimento devnculos sociais integradores.

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    2. A escala de Zona Metropolitana, conformada pelos mbitos territoriais municipais destesassentamentos urbanos, quer dizer, pelos municpios de Brasilia, Epitaciolndia e Cobija: cenriosem que se definem as relaes mais complexas, ainda somadas as de ordem estritamente urbana,incorporando a dimenso complementar do rural, neste caso especial a floresta e sua complexidadediversa.

    Caractersticas da Regio:

    A noo conceitual de Amaznia permite ver uma percepo extensa de uma massa verde que transpelimites polticos administrativos, abrangendo outros pases. As relaes que se do no mesmo espao,superam as vises polticas de fronteira para se converter em cenrios de integrao. Formas de apropriaoe de ocupao do territrio definem naes, a nao seringueira uma delas, recortada pela relao homem-natureza, mais de 6.000 famlias transitam no territrio entre Acre e Pando em busca de oportunidades detrabalho na terra (30.000 pessoas).

    A NOVA ENTIDADE TERRITORIAL METROPOLITANA:

    Pode ser entendida conforme a zonade fronteira.

    Fronteira: relao externa ligada arelaes de localizao, mobilidade,diviso, hierarquizao efuncionalizao, aes que incidemno territrio para que este se articulecom os objetivos globais, que so osque impem os processos deintegrao, onde o estadoestabelece alianas.

    Limite: relao existente dentro deum territrio para seu controle eorganizao, resguardados seusdireitos. Portanto, duas so asfunes bsicas do Estado: segurana e oportunidade e integrao, tendo como resultado um processo deintegrao que se move em ambos os cenrios: uma integrao interna que estabelece vnculos com asociedade civil, as atividades econmicas em funo da integrao fsica e complementao econmica; umaintegrao externa que estabelece compromissos geopolticos binacionais de acordo mtuo. O Estadocomanda este duplo movimento.

    Fonte: Sec. das Cidades/2006

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    III. MARCO NORMATIVO E INSTITUCIONAL

    Existem normativas muito distintas na regio MAP, chegando a ter um carter particularizado para aabordagem dos processos de OT. A estrutura institucional tem uma expresso clara em um s pas,(Bolvia) se apresentando nos outros com uma indefinio dos papis e competncias que podemgerar confuses e obstculos.

    Deve-se fortalecer na regio MAP a cooperao interinstitucional, intramunicipial e trinacional. Acooperao internacional deve ir alm do mbito pblico, por exemplo, as oportunidades deintercmbio de experincias devem ser aproveitadas para melhorar o marco institucional normativopara o OT.

    A implementao de polticas pblicas ambientais devem tomar parte dos processos de OT, a partirde experincias desenvolvidas na regio, identificando coincidncias nos marcos normativos parapotencializar o trabalho trinacional.

    Para uma melhor integrao intersetorial se recomenda compatibilizar o OT com os outros

    instrumentos de planejamento de cada pas, pois trata-se de uma ferramenta para a promoo doobjetivo central que o desenvolvimento de um instrumento que oriente o investimento pblico e aobteno de recursos financeiros.

    3.1 - Marco Normativo

    Existem vrios acordos bi-nacionais e tri-nacionais do OT entre os pases, mas muitos no se referem realidade e ao cotidiano fronteirio. Vrios desses acordos no so implementados. Em algumas regies

    funcionam comits de fronteira, por exemplo, empases vinculados ao MERCOSUL. o marcoadequado a realidade especfica dos municpios de

    zona de fronteira nas quais as pessoas circulamsem nenhum tipo de controle.

    Acordos necessrios:1. Acordos sobre regime fronteirio: Reconhece que a regio fronteiria tem uma

    dinmica e necessidade prpria; Homognea que facilita a convivncia na

    fronteira; Define claramente as competncias dos

    municpios das fronteiras.

    A meta seria um acordo tripartite entre os municpios da regio MAP, mas que inicialmente se negociaria demaneira bilateral

    2. Acordos bi e trinacionais sobre ordenamento e gesto das bacias hidrogrficas Bacia do Rio Acre (Tri Brasil/Bolvia/Peru) Bacia de Madre de Dios (Bi Brasil/Peru) Bacia do Manuripe (Bi Bolvia/Peru) Bacia do Purus (Bi Peru/Brasil)

    PERU

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    3. Acordos relativos a ordenamento urbano e rural integrado rea urbana Brasilia, Epitaciolndia, Cobija rea urbana Assis Brasil, Iapari - Peru, Bolpebra - Bolvia. rea urbana Montevidu, Plcido de Castro. rea urbana Esperana, Araras

    Os acordos deveriam surgir de uma reivindicao da regio, tendo como promotores frente s chancelarias oGovernador do Estado do Acre, Prefeito do Departamento de Pando e Presidente da Regio Madre de Dios.

    3.2 - Normas e leis de regularizao da terra.

    As leis mais importantes tm contradies e sobreposies com outras leis, que se contradizem com arealidade amaznica. Se sugere identificar os atores mais afetados e por estas razes se devem levar emconta as seguintes consideraes em qualquer processo de OT na regio:

    1. Existem incompatibilidades de leis ( necessrio realizar um processo de interpretao conjunta dasnormas jurdicas, para procurar encontrar elementos comuns e/ou compatveis para sua aplicabilidade naregio.

    2. Se reconhece que as leis brasileiras relacionadas ao manejo florestal so mais adequadas para a

    realidade amaznica, mas so muito perfectveis.3. O elemento comum das 3 leis a funo social e econmica que deve cumprir o uso da terra, massomente no enunciado.a. No caso peruano

    prevalece uma visoeconomicista a curtoprazo que obriga odesmatamento para

    justificar a posse da terra,contrariando a vocaoamaznica.

    b. Na Bolvia, a viso

    econmica se restringe auma viso agrcola, sempertinncia com avocao do territrioamaznico.

    c. No Brasil, existe maiscompatibilidade com avocao do territrio, ao

    haver incorporado a varivel de que o uso deve ser ecologicamente correto.4. Segurana jurdica: a existncia destas diferenas e vises pode gerar fatores de insegurana jurdica

    nas regies, devido a que a posse da terra est vinculada a uma capacidade econmica e a exignciasde manejo complexo.

    5. Sugere-se a gerao de critrios de interao entre os pases da regio, que permitam a proteo dosrecursos naturais - RRNN em condies favorveis e de benefcio social e de economia sustentvel.6. Devem-se buscar estratgias, polticas, mecanismos e instrumentos orientados para garantir a segurana

    econmica da regio baseados nos princpios estratgicos:a. Conseguir maior coeso social, com a gerao de maiores espaos.b. Uma viso sustentvel no manejo e uso dos RRNN (terra).

    7. necessrio consolidar critrios ecolgicos de aplicao factveis para garantir a sustentabilidadeeconmica e social da regio.

    BOLIVIA

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    Respeito aos atores mais afetados com estes problemas de concordncia legal: as invases na Bolvia e noPeru geraram conflitos sociais entre agricultores, castanheiros e madeireiros; no Brasil os afetados so osagricultores e proprietrios, que tem suas terras produtivas invadidas, por falta de segurana jurdica.O OT pode ajudar a regularizar, se fosse feita uma lei para a Amaznia que fosse respeitada pelos trspases, os quais tem a obrigao de elaborar propostas adequadas para o emponderamento das basessociais e respaldo legal (pases legalistas).

    3.3 Oportunidades e obstculos normativos para a cooperao transfronteiria no OT entre Bolvia,Brasil e Peru

    Aspectos compartilhados no nvel trinacional. Nos outros pases existe uma hierarquia normativa nacional, regional e local em matria ambiental e OT.

    No Brasil existe uma Lei de OrdenamentoTerritorial a nvel Federal, enquanto que naBolvia e Peru se encontram em processode aprovao e execuo.

    Uma das fortalezas do Brasil a normativaexistente no nvel nacional que respeita aautonomia nos nveis estaduais emunicipais. Assim mesmo, a normativanacional na matria ambiental e OT seelaboram com base em normativasestaduais e municipais.

    Todo direito que no se exerce se perde.No caso peruano os municpios tmautoridade para elaborar normasambientais, mais no para implementar; nocaso de ser aprovado no tem fora de leino Peru. Na Bolvia as normas ambientais

    municipais tm valor de lei, pois so ratificadas pelo Senado. Existem normativas legais sobre ordenamento territorial inseridas em outras leis (ex. Municipalidades,

    Meio Ambiente, etc.) no Peru e Bolvia. Existem experincias de ZAE e ZEE ordenamento territorial e existem, alm disso, guias

    metodolgicos.

    Obstculos Existe um obstculo na Bolvia e Peru, por serem pases mais centralistas. Existe debilidade das instituies e no existe compromisso de suas autoridades para fazer cumprir as

    leis. A autoridade municipal no prioriza o ordenamento territorial e d importncia a outras prioridades.

    Oportunidades Propor medidas para implementar normas no territrio trinacional. Criar e fortalecer as instituies ambientais municipais e regionais na Bolvia e Peru, tomando por

    referncia a experincia do Brasil. A oportunidade de que os governos departamentais e locais unam esforos para fortalecer as

    instituies ambientais. Buscar e identificar equivalncias no marco normativo das leis para poder compatibilizar no sistema

    tcnico para assim conseguirem objetivos comuns no OT respeitando normativas internas. Dar acesso informao e propiciar o intercmbio de aprendizagem nos trs pases sobre OT.

    BRASIL

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    3.4 Marco institucional trinacional:

    Principais instituies em OTNa Bolvia: se tem o Ministrio de Planejamento e Desenvolvimento, Prefeituras de Departamentos e

    Governos Municipais. Um dos potenciaismais importantes que existe estrutura em

    torno do ordenamento territorial, tanto nonvel nacional, departamental e municipal;as limitantes neste pas so:a estrutura no toda funcional nem se aplica de formaadequada em todo o pas, todavia no foidada a hierarquia necessria ao OT e acapacidade tcnica institucional deficiente.

    No Peru: se tem o CONAM - ConselhoNacional de Meio Ambiente, que tem certaindependncia do Governo, est descentralizadoaos Conselhos Departamentais ou RegionaisAmbientais. Potencialidades: Existem condiespara desenvolver processos de ordenamentoterritorial e o INRENA Instituto Nacional deRecursos Naturales colaborou atravs dodepartamento florestal. Limitantes: O OT concebido como ambientalista e conservacionista,a nvel nacional e departamental. No se encontrainserido devidamente na estrutura pblica e estdemasiadamente centralizado e isolado do OT.

    No Brasil: no nvel Federal se tem o INCRA Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria, IBAMA -Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais Renovveis, MAPA Ministrio da Agricultura, Pecuria eAbastecimento e o MDA Ministrio deDesenvolvimento Agrrio. No nvel estadual: a

    Secretaria das Cidades e no nvel municipal, asprefeituras e cmaras de vereadores.Limitantes: Existem muitas instncias que tema ver com o ordenamento territorial e no umaespecfica, existindo sobreposio de funes eduplicidades. Existem dvidas de que o OTcompete com outros instrumentos, como umaduplicidade de aes e desperdcio derecursos).

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    3.5 Sugestes para uma melhor articulao trinacional Desenvolver processos de planejamento e gesto do desenvolvimento integral ou unificado, que partam

    do ordenamento territorial e terminem nos planos de desenvolvimento setoriais. Compatibilizar o OT com os outros instrumentos (PDMs, PDDES, PDMP, Agenda 21, OTL). O Ordenamento Territorial deve ser a base ou o ponto de partida do planejamento e gesto de

    desenvolvimento, um instrumento e no um fim.

    Maior coordenao entre as diferentes instituies que trabalham com o OT. Criar maior vontade poltica em torno do ordenamento territorial.

    3.6 Oportunidades e obstculos Institucionais para a cooperao transfronteiria no OT entreBolvia, Brasil e Peru

    Debilidades: Existe uma debilidade institucional muito marcada, no termo de cooperao interinstitucional intranacional

    que se refletena duplicidade de aes no Peru e Brasil, e que tambm impede a transferncia e difusoda informao que pode apoiar e ajudar o processo de ordenamento territorial.

    Detecta-se uma falta de vontade poltica e institucional para a cooperao entre os pases, o que dificultao relacionamento para fora da regio MAP.

    Existe a necessidade de que a cooperao internacional no OT ultrapasse as instituies pblicas paralev-lo a cabo, incorporando todos os atores institucionais nacionais e internacionais que abordem atemtica territorial no marco da regio MAP.

    Existe a necessidade de obter recursos financeiros internacionais e redirecionar recursos prprios. A falta de uma estrutura orgnica no Brasil e no Peru e uma oportunidade de poder dar um avano

    qualitativo e consolidar um sistema orientado no desenvolvimento do OT.

    Recomendaes: Um passo importante para o xito do OT no mbito trinacional que cada pas consiga uma efetiva

    cooperao interinstitucional e intranacional prvia s aes da cooperao internacional. O sucessodesta primeira recomendao pode gerar uma melhor visoda inverso pblica para o OT em cada pas,entre outras coisas, reduzir a duplicidade de aes.

    Difundir a importncia do OT, comprometendo a participao de todos os atores institucionais pblicos,privados e no governamentais. Criar uma comisso de gesto integrada institucionalizada de cooperao para o OT entre os 3 pases,

    que facilite a obteno de informao, transferncia de dados, estruturao de iniciativas e o prpriodesenvolvimento dos processos de OT.

    .3.7 Segurana transfronteiria e o Ordenamento Territorial

    Trs foram os conceitos discutidos quanto segurana transfronteiria:

    1. Transfronteirio: o que passa em um pas afeta o outro em questes de segurana, criminalidade,violncia, narcotrfico, biopirataria, etc. atravs das fronteiras. Por isso se tem que trabalhar em ambos

    lados da fronteira e coordenar aes.2. Concepo de Segurana Nacional com enfoque militar/policial exemplo: SIVAM ferramentapolicial e militar, no utilizado como ferramenta de OT na regio MAP.

    3. Concepo de Segurana Humana com enfoque em Cidadania: em que as organizaes dasociedade civil devem estar no centro da soluo ou litgio de conflitos transfronteirios relacionados coma segurana.

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    Os principais temas da segurana transfronteiriaContrabando, narcotrfico, explorao sexual de adolescentes e trfico de mulheres, prostituiotransfronteiria, consumo de drogas, trfico de biodiversidade e material gentico, contrabando/trfico derecursos naturais: madeira, castanha, ouro, controle de investigao cientfica: queimadas, autorizao eanuncia prvia, quadrilhas/gangues de rua tri-nacionais de jovens: assaltos, roubos, terror, rede organizadade roubo de automveis, lavagem de dinheiro, contrabando de gado, trfico de produtos sanitariamentecontrolados, trfico de combustveis, corrupo generalizada, inclusive de policiais em todos os pases, pescae caa predatria transfronteiria e extorso de turistas.

    Com um aumento do investimento e o aumento do poder econmico na regio estes vcios tm aumentadomuito, assim estes problemas provavelmente vo aumentar com o asfaltamento da estrada do Pacfico. Assimos cenrios futuros vo contar com estes problemas.

    O papel do OT para a segurana transfronteiria:1. Processos sociais que fortalecem a cidadania e a organizao social para exercer controle sobre os

    problemas de segurana que afetam os cidados.2. Ajuda-nos a entender os problemas em um contexto espacial e social. Ajuda-nos a identificar alguns

    conflitos emergentes e antecipar sua exploso com violncia.3. Pode providenciar informaes/mtodos para programas de educao que so vitais para mitigar estes

    problemas.4. O OT pode ser de utilidade particular para tratar de conflitos/problemas acerca do manejo de recursos

    naturais: entender e conceber o territrio social e natural almdas normas e instituies formais.

    Concluso geral:O OT uma oportunidade de conhecer e entender melhor o territrio dinmico da regio, seus processosdiversos e complexos de produo, relaes sociais, etc. O OT uma oportunidade de imaginar como vivercom esta realidade ao contraste de neg-la com uma gama de normas e leis que no correspondem arealidade regional.

    3.8 Resultados e Acordos finais:

    MARCOS NORMATIVOS E INSTITUCIONAIS

    Existem normativas muito distintas na regio MAP. desejvel maior cooperao interinstitucional e intramunicipial. A cooperao internacional deve ir alm do mbito pblico. Aproveitar as oportunidades de troca para melhorar o marco institucional normativo para o OT. Polticas pblicas ambientais so partes do OT. Marcos normativos coincidentes potenciam o processo de OT. Melhor integrao intersetorial como produto de instrumentos compatibilizados. O OT no um fim e sim uma ferramenta. O OT orienta a inverso pblica e a gesto de recursos.

    Conceitos do diaCooperao interinstitucional, intramunicipal e intersectorial.

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    IV. MTODOS E INSTRUMENTOS PARTICIPATIVOS NA GESTO TERRITORIAL

    4.1 Participao:

    A Participao um processo mediante o qual os atores sociais em funo de seus interesses, exerceminfluncia e participam no controle das iniciativas de desenvolvimento e nas decises e recursos que os

    afetam.

    A participao nos processos dedesenvolvimento compreende:

    Atores afetados em seus interesses; A promoo do papelda sociedade civil; Mtodos e tcnicas apropriadas; Tomada de decises; Institucionalizao das decises.

    Os grupos fizeram as seguintes recomendaes para melhorar a participao nos trabalhos de OT: Sensibilizar a populao atravs de esclarecimentos dos objetivos e finalidades do OT. Dramatizar os problemas ambientais e os conflitos existentes para dar visibilidade a importncia do tema. Realizar programas de treinamento (legislao e metodologias) para todos os atores. Realizar reunies, encontros, seminrios sobre OT a nvel regional, municipal e local, com a utilizao de

    materiais didticos. Mobilizar e envolver mais lideranas comunitrias e os atores econmicos. Inserir o OT como disciplina no sistema escolar. Envolver mais jovens e estudantes das comunidades (exemplo: estgios).

    Utilizar uma linguagem mais acessvel. Garantir recursos econmicos internos (governos: federal, estadual e municipal) e externos para o OT.

    4.2 Comunicao:A comunicao pode ser definida comoum processo de interao entre dois oumais seres vivos, em que ocorre umatroca de informaes, cujacompreenso depende de fatoresintrnsecos e extrnsecos ao emissor ereceptor da mensagem. Estasinterferncias podem alterar o

    significado da informao.A comunicao a base de quase todaa atividade de uma pessoa, seja na suavida pessoal, social ou profissional. Acomunicao significa fazer-seentender.

    Pgina web do MAP (www.map-amazonia.net)

    REUNIO MINI MAP OT DURANTE O SEMINRIO

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    Como sugestes para melhorar a comunicao entre os atores envolvidos no processo de OT merecemdestaques as seguintes: Criar uma comisso de gesto integrada dos tomadores de deciso. Realizar programas de difuso da importncia e dos benefcios do OT nos municpios. Elaborar manuais de divulgao sobre OT. Capacitar os atores locais com vistas formao de gestores e facilitadores. Fortalecer as organizaes sociais de base. Construir uma rede de comunicao; um sistema de telefonia e radiocomunicao. Sensibilizar e comprometer os meios de comunicao (TV, rdios e jornais). Investir em tecnologias mais rpidas de comunicao e informao (internet, celular, rdio). Divulgar o OT nas escolas. Nivelar as terminologias e conceitos de OT. Processar as informaes em linguagem mais acessveis, para facilitar a aproximao das comunidades

    locais, fortalecerem os aprendizados de portugus e espanhol. Motivar as equipes que trabalham no OT para se comunicarem mais.

    Entendemos ento que o ordenamento territorial : Consertao social resultante de uma negociao. Qualidade de processo. Alianas em funo de um objetivo consertado. Poltica, que envolva mltiplos atores.

    4.3 Principais Instrumentos participativos de Ordenamento Territorial na Regio MAP

    Caso brasileiro: muito comum quando se trata da temtica Ordenamento Territorial fazer-se uma relao direta com oZoneamento Ecolgico-Econmico - ZEE, onde muitas vezes, se comete o equvoco de se achar que um sinnimo do outro. Na verdade, o ZEE mais um entre outros instrumentos existentes disposio do poderpblico para atingir este fim, tais como:

    Zoneamento Ecolgico-Econmico: um instrumento estratgico de planejamento regional e gesto

    territorial, envolvendoestudos sobre o meioambiente, os recursosnaturais e as relaesentre a sociedade e anatureza, que servemcomo subsdio para

    negociaesdemocrticas entre osrgos governamentais, osetor privado e asociedade civil sobre um

    conjunto de polticaspblicas voltadas para o

    desenvolvimentosustentvel.

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    As fases de elaborao do ZEE compreende:

    1. Planejamento: Envolve as seguintes atividades: Articulao Institucional, Mobilizao de Recursos,Identificao de Demandas, Anlise e Estruturao das Informaes, e Consolidao do Projeto.2. Diagnstico Ambiental: Bases de Informao, Fase de Diagnstico Meio Fsico-Bitico, DinmicaSocioeconmica, Diagnstico da Organizao Jurdico-Institucional e Situao Atual.3. Prognstico: Proposies das Unidades de Interveno, Cenrios, Zonas e Proposies de DiretrizesGerais e Especficas.4. Implementao: Fase de Subsdios Implementao do ZEE Apoio Gesto.

    Zoneamento Ecolgico-Econmico Participativo - ZEEp: O Zoneamento Participativo mais do que umametodologia de levantamento e anlise de dados teis para a diviso do espao e planejamento de uso derecursos naturais. Ele faz parte de um conjunto mais amplo de gesto territorial que une elementos de

    consenso poltico, eficincia econmica, justia social e proteo ambiental. Aparticipao das populaes quehabitam os espaos sob processo dezoneamento a melhor garantia de umresultado sustentvel. Desta maneira, oZoneamento Participativo umprocesso social e poltico que busca umdenominador comum entre vriosgrupos sociais, compatibiliza estratgiasmacro com interesses locais ecapacitam rgos e grupos sociais paradefender os seus interesses nummundo globalizado.

    Figura: Relao entre Macrozoneamento e Zoneamento local

    uma ferramenta de planejamento que visa orientar o uso do territrio e aes polticas nos nveis Federal,Estadual e Municipal, de maneira que as comunidades locais sintam-se diretamente envolvidas em todas as

    etapas do processo.Ordenamento Territorial Local: uma ferramenta de planejamento que visa orientar o uso do territrio e aes polticas nos nveis Federal,Estadual e Municipal, de maneiraque as comunidades locaissintam-se diretamente envolvidasem todas as etapas do processo.O objetivo geral do OTL pactuara diviso real do espao paradeterminao do uso e proteodos recursos naturais;Empoderar a comunidade na

    capacidade de negociao para odesenvolvimento local integrado,pactuar a diviso real do espaopara determinao do uso eproteo dos recursos naturais;Os Princpios para orientar a aoso propiciar melhores condiesde vida das pessoas residentes nomunicpio e fazer o uso cuidadosodos recursos naturais.

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    Plano Diretor Participativo: um instrumento legal bsico da poltica de expanso urbana e dedesenvolvimento. um instrumento de planejamento que integra todos os demais planos existentes nomunicpio. Nele, so definidos objetivos de longo prazo, que somente podem ser atingidos no por uma, maspor diversas gestes administrativas.

    Cabe ao plano diretor estabelecer diretrizesbsicas que condicionam o processo dodesenvolvimento municipal, definindocritrios para o crescimento do municpio,com o objetivo de evitar a ocupaodesordenada dos espaos urbano e rural.Toda cidade com mais de vinte milhabitantes devem obrigatoriamente ter umPlano Diretor aprovado pela CmaraMunicipal.As etapas de elaborao do Plano Diretorse encontram na figura ao lado.

    Agenda 21 Local: um processo participativo multisetorial de construo de um programa de aoestratgico dirigido s questes prioritrias para o desenvolvimento sustentvel local. Como tal, deveaglutinar os vrios grupos sociaisna promoo de uma srie deatividades no nvel local, queimpliquem mudanas no atualpadro de desenvolvimento,

    integrando as dimenses scio-econmicas, poltico-institucionais, culturais eambientais da sustentabilidade.So seis as fases de elaborao:- mobilizao e sensibilizao

    - Criao do frum A21L- Diagnstico participativo- Elaborao do PLDS- Implementao do PLDS- Monitoramento.No seminrio houveramapresentaes dos Planos Diretoresde Rio Branco, Alto Acre, Marab, Itaituba e o Ordenamento Territorial Local do Municpio de Brasilia, comouma experincia piloto no Consrcio do Municpios do Alto Acre e Capixaba.

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    Para Bolvia: Oordenamento territorial um processo deorganizao do uso dosolo e a ocupao doterritrio em funodas caractersticasbiofsicas,socioeconmicas,culturais e polticosinstitucionais queapresentam umdeterminado territrio,com a finalidade de

    promover odesenvolvimentosustentvel do mesmo(Guia Metodolgica,MDSP 2001).O processo deordenamento territorialpode ser descrito daseguinte maneira:

    Ordenemos nossa casa para podermos desfrut-la agora conserv-la e melhor-la para que nossos filhos,netos, bisnetos e tataranetos..., possam habitar nela em igual ou melhores condies que ns. (CI Bolvia)

    O Ordenamento Territorial tem dois componentes: o Plano de Uso do Solo (PLUS), definido como uminstrumento de carter tcnico normativo que designa usos ao solo de acordo com suas potencialidades e

    limitantes; e, o Plano deOcupao do Territrio (POT),

    definido como um instrumento decarter indicativo e/ou orientadorque direciona a ocupao doterritrio de maneira ordenada -planificada. Ademais,implicitamente se visualiza umterceiro componente, de tipotransversal: ou organizativoinstitucional.

    Sobre a base destas definies, osPlanos de Ordenamento Territorial

    so instrumentos de planejamentoe gesto de carter tcnico,normativo e orientador, queregulam o uso do solo e planejamou direcionam a ocupao do

    territrio. As etapas para formular um Plano Municipal de OT compreendem: a preparao e organizao, odiagnstico integral do municpio, a avaliao do territrio e a formulao do Plano de OT.

    Fonte: Plan de Uso deSuelo MUAFB - Pando

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    No Peru, o nico conceito definido o de Ordenamento Ambiental do Territrio (sinnimo de ordenamentoambiental e ordenamento territorialambiental), no regulamento da Lei, Marcodo Sistema Nacional de Gesto Ambiental(DS No. 008-2005-PCM):

    O ordenamento ambiental do territrio um instrumento que faz parte da poltica deordenamento territorial. um processotcnico-poltico orientado para a definiode critrios e indicadores ambientais para adesignao de usos territoriais e aocupao ordenada do territrio.

    Para sanar o vazio conceitual sobre OT, noComit Tcnico Consultivo do ZEE eOrdenamento Territorial, define-se oconceito de Ordenamento Territorial,como o Instrumento que faz parte da

    poltica de Estado sobreDesenvolvimento Sustentvel. ProcessoPoltico na medida em que envolve atomada de decises concertadas dosatores sociais, econmicos, polticos etcnicos, para a ocupao ordenada euso sustentvel do territrio. Processotcnico-administrativo por que orienta aregulao e promoo da localizao edesenvolvimento dos assentamentoshumanos, atividades econmicas, sociais

    e o desenvolvimento fsico espacial,sobre a base do ZEE

    Neste marco, um plano de ordenamentoterritorial formulado, validado econsensuado participativamente com apopulao e suas organizaescapacitadas e informadas para suaimplementao o instrumento bsicopara conseguir o propsito da ocupaoordenada e uso sustentvel do territrio.

    Neste sentido, os mecanismos para queos diversos agentes sociais participem etomem decises sobre os planos eprogramas de ordenamento territorial daprovncia a chave para este processo;assim como contar com instrumentos de poltica que permitam a implementao da proposta de ordenamentoterritorial, no marco da poltica regional e no contexto de integrao da Regio Madre de Dios, Acre e Pando.

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    Marco Metodolgico: O eixo central para a formulao do Plano de Ordenamento Territorial da provncia deTahuamanu a participao ativa, com informao e capacitao, dos diversos atores sociais representativosno nvel dos distritos.A equipe tcnica do IIAP s gera informaes para ajudar as organizaes sociais atomar as melhores decises sobre como ordenar o territrio da provncia de Tahuamanu.

    O tronco metodolgico, numa perspectiva tcnica, compreende os seguintes componentes: viso dedesenvolvimento, diagnstico integral e prognstico do territrio, imagem objetiva, desenho de polticas, Planode uso da terra, plano de ocupao do territrio, Instrumentao e marco lgico e aes.

    4.4 Resultados e Acordos Finais:

    MTODOS PARTICIPATIVOS DE GESTO TERRITORIAL

    Atores. Os planos de OT devem mostrar os denominadores comuns da regio MAP. Ainda no se demonstroua sustentabilidade dos processos iniciados. As iniciativas de OT devem incluir estratgias de articulao vertical e horizontal. OT da conta de dinmicas territoriais, aspectos polticos e temporalidade. Devem destacar metodologias participativas na regio MAP. A autocrtica contribui para a melhora dos processos de OT. Alguns participantes no se interessam pelos enunciados (OT). OT se fortalece mediante a gerao de conhecimento, difuso e participao. MAP deve superar obstculos de idiomas, ausncia de coordenaes e comunicao. OT presente em meios de comunicao e agenda poltica.

    Conceitos do dia:Participao, aprendizagem, coordenao e comunicao.

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    V. GESTO DE CONFLITOS TERRITORIAIS

    Durante todo o processo de aprendizagem no seminrio, ficou em evidncia que uma varivel importante etransversal na gerao e manejo dos conflitos a presena e envolvimento de todos os atores territoriaisrelevantes.

    1. A existncia de uma legislaoespecializada em temas de tendncia euso dos recursos naturais florestais,no garante a ausncia de conflitos,surgindo estes como conseqncias deerrneas interpretaes ou debilidades.A isto surge como alternativa aimplementao de uma cultura dedilogo e concertao que permite oaperfeioamento da norma jurdica.

    2. A complexidade das comunidades

    biolgicas presentes na Amaznia,apresenta conflitos inevitveis, e parasua resoluo no basta somenteinstrumentos jurdicos, se noconsiderarmos o fortalecimento das capacidades de todos os atores, motivados por incentivos a prticassustentveis, em prol de promover os servios ambientais e gerar valor agregado, coordenadamente, nombito de um processo de OT.

    3. A base para a gerao de conflitos territoriais so as arbitrrias formas de uso dos recursos que podemencontrar alternativas de resposta nos processos de negociao e dilogo concertado no marco do OT.

    4. O processo de OT em todas suas escalas devem reconhecer como um instrumento essencial aincorporao dos atores territoriais que tem adquirido direitos igualitrios para que contribuam nadefinio das polticas de gesto territorial.

    5.1 Identificao e Gesto de Conflitos Territoriais Tpicos

    1. Se bem existe disparidade em termos jurdicos para a ateno ou prevenodos conflitos na regio, no possvelcompatibilizar mandatos estatais, mas possvel a interpretao da normativaatual em prol de encontrar elementoscomuns que facilitem o tratamento dosconflitos na regio MAP.

    2. A resoluo dos conflitos em problemasde saneamento de terras,implementao de OT, serviosbsicos, educao ambiental,certificao ambiental e o cumprimentodos estudos de impacto ambiental,devem ser impulsionados pela IniciativaMAP para que se resolvam nos nveisde competncia institucional pertinentes em cada pas.

    3. importante exercer as competncias dos governos locais para a gerao de alianas estratgicas comoum instrumento adequado a resoluo dos conflitos no mbito municipal.

    Fonte: Monica de Los Rios/2006

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    4. estratgico considerar o princpio de conservao natural de maneira transversal na regio MAP.5. Este princpio deve ser a base para o OT em toda a regio MAP.6. O envolvimento dos atores territoriais nos processos de tomada de deciso, constitui outro princpio

    bsico para a gesto territorial.

    Nas mesas de trabalho se avaliaram trs tipos de conflitos: gesto de recursos hdricos, conflitos emcorredores de conservao e conflitos territoriais, este ltimo apresentado como exemplo no seguinte quadro:

    Conflitos Territoriais

    ConflitosTerritoriais

    Principaisatores

    envolvidos

    Influnciamicro social e

    municipal

    Influnciameso social e

    regional(MAP)

    Propostas

    Leis normasno adequadas aregio

    Estado sociedade civil

    X X Adequar as leis e normas segundo a realidade daregio (consulta popular e leitura).Compatibilizar leis por pases para regio(fortalecer papel do OTCA)

    Superposioe/ou

    sobreposio dedireitos de uso

    Sociedadeversus

    empresriosprivados estados

    X X Desenvolver processos de ordenamento territorial.Coordenao de instituies e que outorgam

    direitos de uso. Com a realidade

    Distribuio,posse e uso daterra de acordoao seu potencial

    Instituiesestatais beneficirios daterra

    X X Agilizar processos de saneamento de terras.Elaborar e implementar o ordenamento territorial.

    5.2 Conflitos em Corredores de Conservao:

    Um corredor de conservao dabiodiversidade um espao sub-

    regional definido, biologicamente eestrategicamente, como uma unidadepara o planejamento e implementaoda conservao em grande escala, asfases dos Corredores deConservao so: identificar ocorredor; consolidar as reasprotegidas existentes; criar novasreas protegidas; estabelecerconceitualmente o ncleo de manejono corredor; definir e promover zonasde uso mltiplo com prticas

    amigveis que geram conectividadeentre fragmentos e promover nasreas de uso produtivo intensivoincentivos para a conservao.Conflito: uma sociedade funciona demaneira que cada indivduo participado

    Corredores de conservao: Propos os na Amaznia

    Fonte: Conservacin Internacional

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    seu grupo e trata de maximizar seus benefcios, fato que, de maneira inevitvel, contribui para a mudanasocial e em seu caso, a revoluo. uma relao social com funes positivas para a sociedade humana, um mecanismo de inovao e mudana socialque permite avanar.

    As metas a curto prazo esto definidas em:como compatibilizar essas oportunidadescom os problemas; identificar os conflitos (ofato de que no se percebam no significaque no existem); produzir, analisar esocializar a informao (No s a informaoterritorial ou proveniente do OT); comoassegurar que as atividades econmicassejam sustentveis (Economicamente,socialmente, culturalmente, ambientalmente) ecomo assegurar que processos ecolgicos emgrande escala sejam includos (bacias,migraes de espcies e mudanasclimticas).Os desafios a longo prazo esto baseados principalmente no: fortalecimento das capacidades de atores einstituies; o desenvolvimento de incentivos, para um uso sustentvel dos RRNN, a promoo de serviosambientais e uso sustentvel da biodiversidade, o valor agregado aos recursos naturais exportados eoriginados em um manejo sustentvel e o ordenamento territorial para o aproveitamento dos RRNN, deacordo com a sua vocao de uso, e para a ocupao planejada do territrio.

    O desafio maior de construir vises compartilhadas: na comunidade, no municpio, no departamento,estado e na regio MAP.

    5.3 Visita ao Parque Ecolgico Wilson Pinheiro, regio com mata primria, com mais de 60 ha, localizadosno municpio de Epitaciolndia.

    A rea deste parque ainda pertence ao Estado de Acre. O municpio de Epitaciolndia est negociando orecebimento desta rea a fim de garantir sua preservao, com o objetivo de criar de um centro ambiental dereferncia para a populao da regio.No momento, ao redor da rea encontram - se pequenas propriedades de agricultores e grandes fazendasonde predomina a criao de gado. Foi ainda implementado pelo governo do Estado um pequeno ploagroflorestal para assentamento de nove famlias. Estes no valorizam a rea, tirando da floresta o queprecisam e levam para l o que no lhes serve mais. Assim contribuem com a destruio lenta da floresta.A prefeitura de Epitaciolndia est sem recursos para investir em equipamentos de proteo e preservaodo Parque. Em um primeiro momento pensa-se na construo de uma cerca a fim de evitar tiradas indevidasde madeira e de outros produtos da floresta e contribuir com a proteo da fauna silvestre.O projeto principal da prefeitura para qual est buscando recursos e parcerias consiste na implementaode um centro de referncia ambiental no parque. Aps est breve apresentao foram levantadas pelo grupo

    algumas idias baseadas em experincias locais, tanto no Peru, como na Bolvia:

    Constituio de um consrcio ou de uma fundao para administrao da rea para garantir acontinuidade da gesto, sem estar subordinada gesto poltico-administrativa local.

    Promover a articulao tri-nacional integrando projetos afins dos trs pases. Iniciar um processo de sensibilizao e educao ambiental direcionado aos adultos, crianas e

    adolescentes que freqentam a escola municipal (mais de 1000 alunos) situada nas proximidades doParque.

    Aproveitar a disponibilidade das Universidades para criar um banco de dados sobre plantas eanimais do Parque.

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    Foto: Reunio de OTL no Parque Wilson Pinheiro

    5.4 Resultados e acordos finais:

    IDENTIFICAO E GESTO DE CONFLITOS TERRITORIAIS TPICOS

    Legislao especializada no garante a ausncia de conflitos. Uma alternativa de mediao e implementar uma cultura de dilogo e concertao. A complexidade da Amaznia gera conflitos cuja soluo deve considerar o fortalecimento das

    capacidades de todos os atores. O OT deve incorporar os atores territoriais sem exceo. Recomenda-se a interpretao da normativa atual para encontrar elementos comuns que facilitem o

    tratamento dos conflitos. A resoluo dos conflitos corresponde ao exerccio de competncias locais. A fortaleza institucional consegue alianas estratgicas para a resoluo dos conflitos. O princpio de conservao natural transversal e base para o OT. Atores territoriais no processo de tomada de decises um princpio bsico para a gesto territorial.

    Conceitos do diaParticipao, dilogo, capacidades locais, consertao, conflitos, negociao e cooperao.

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    IV. CENRIOS E GESTO TERRITORIAL

    6.1 Conceito de cenrios:

    O propsito deste tema tem sido o de construir uma proposta e acordo sobre critrios de construo decenrios para a gesto territorial na regio MAP. Na anlise realizada se definiu-se que:

    A situao territorial se gera em funo de interesses dinmicos em uma realidade integral. A situao territorial futura a expresso de valores culturais, concertada sobre uma seqncia de

    diferentes modelos que se baseia na situao atual. O OT uma fotografia de um espao local e seu contexto social econmico poltico e cultural com

    projeo a um futuro, considerando a participao.

    Aprecia-se que entre as concepes de cenrio se identificam os seguintes padres comuns:

    a. Aspecto territorial: percepo de que as situaes ocorrem no territrio.b. Aspecto temporal: as situaes so imaginadas para distintos momentos.c. Aspecto de processo: relacionado com o aspecto temporal, porm declara que as variveis evoluem de

    um momento ao outro, e suas interaes tambm.d. Aspecto participativo: introduz uma suposio de que todas as instncias que influem sobre asociedade, incorporem a participao efetiva.

    e. Conceito de modelao: relacionado com b e c, faz meno s situaes possveis. So diversasdependendo dos acordos de base.

    f. Importncia da situao base: a situao base no modificvel.

    Sobre a base destas definies epadres, se desenvolve a seguinte conveno para o conceito de cenrio:

    Situao factvel de ocorrer em um territrio e tempo dado, susceptvel de ser influenciada oualterada, e construda para facilitar decises e aes

    Situao factvel de ocorrer: deve ter uma probabilidade mdia de ocorrncia.

    em um territorio e tempo dado: assumindo as dimenses territorial e temporal.

    que susceptvel de ser influenciada ou alterada: se podem desenhar iniciativas que permitam

    influenciar sobre o futuro, alcanando cenrios que se aproximem mais ao desejvel.

    e construda para facilitar decises e aes: apia a tomada de decises.

    Assumindo a anterior interveno e aplicando a suposio desejvel da participao, foidesenhada esta outra conveno para o conceito de cenrio, situando-se sempre no marco dopresente seminrio:

    Resultante de um processo de construo social que permite a identificao dediferentes possibilidades para o uso ela ocupao do territrio

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    6.2 Tcnicas prospectivas ao servio da ordenao do territrio

    A ordenao do territrio tem que reconhecer as tcnicas prospectivas, porque seu objetivo bsico ser, emltima instncia, alcanar um modelo territorial futuro tendo em conta as tendncias e condicionantesexistentes. Porprospectiva se entende normalmente um conjunto de afirmaes, razoavelmente cientficas,sobre os problemas e opes do futuro.

    A prospectiva sediferencia claramente deoutras modalidades deindagao do futurocomo a profecia,entendida como umaantecipao do futurocuja autoridade temorigens no cientficas; autopia, entendida como arecriao de um futuroideal; ou a previso,entendida como oresultado da infernciaentre dois fenmenosinter-relacionados e combases razoavelmentecientficas, participasimultaneamente das caractersticas da profecia, da utopia e da previso.

    O mtodo dos cenriosEntre as tcnicas prospectivas, o mtodo dos cenrios ocupa um lugar muito destacado. Fala-se que umcenrio serve para simular, etapa a etapa, de uma maneira plausvel e coerente, uma sucesso de

    acontecimentos, conduzindo um sistema a uma situao futura representada por uma imagem de conjuntodesta. A construo do cenrio resultara da conjuno de dois tipos de anlise, o sincrnico, referido aoestado do sistema em um momento dado, e o diacrnico, de carter dinmico, dirigido apreenso doencadeamento de acontecimentos que levariam a uma situao futura. Na elaborao de cenrios podem sedistinguir trs etapas bsicas:

    1. A identificao do sistema: identificao dos pontos prioritrios a estudar, ou variveis chave, dosprincipais atores participantes e das inter-relaes entre variveis e ou atores.

    2. A constituio de um quadro de referncia: estabelecimento de hipteses relativas evoluo globaldo entorno exterior e de seus condicionamentos sobre as variveis e atores do modelo.

    3. A elaborao do cenrio propriamente dita:descrio da evoluo do sistema estudado, tendo emconta as evolues mais provveis das variaes chave e estabelecendo distintas hipteses sobre o

    comportamento dos atores.

    Desta maneira podemos distinguir os cenrios exploratrios e os de antecipao.

    1. Os cenrios exploratrios descrevem, a partir de uma situao presente e das tendncias que nelaprevalecem, uma sucesso de acontecimentos que conduzem de forma lgica a um futuro possvel. Oscenrios exploratrios so necessrios porque apontam um quadro de referncia planificao, j quemostram a evoluo que seguiria o sistema abandonado a suas prprias tendncias, em ausncia demedidas de ordenao destinadas a corrigir a trajetria. Dentro dos cenrios exploratrios se distinguemnormalmente entre os tendncias, que supem a manuteno futura das tendncias atuais, e os de

    MMMMARCO CONCEPTUAL :ARCO CONCEPTUAL :ARCO CONCEPTUAL :ARCO CONCEPTUAL :ZEE Y ORDENAMIENTO TERRITORIAL

    ZONA DEAPTITUDURBANO

    INDUSTRIAL

    ZONA DEALTO

    VALORBIOLOGICO

    ZONA CON ALTO

    POTENCIALPARA

    AGRICULTURA

    ZONA CONALTO

    POTENCIALPARA

    PASTURAS

    ZONA DE

    APTITUD

    FORESTA

    L

    ORDENAMIENTOTERRITORIAL(ESCENARIO

    DESARROLLISTA)

    ZONA DEUSO

    TURISTICO

    PROYECTOSAGRCOLAS

    PROYECTOSGANADEROS

    ZONA DE

    MANEJO

    FORESTAL

    PROYECTOSPESQUEROS

    CEN

    RESERVANACIONAL

    ZONA DE

    MANEJO

    FORESTA

    ZONARESERVADA

    ZONA DEMANEJO

    FORESTA

    ZONA DE

    MANEJO

    FORESTA

    ORDENAMIENTOTERRITORIAL(ESCENARIO

    CONSERVACIONISTA)

    ZONIFICACICIN ECOLGICAECONMICA (ZEE)

    ZONAPESQUERA

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    delimitao, resultantes de hipteses extremas, e que estabelecem os limites dentro dos que se moverrazoavelmente a imagem futura.

    2. Os cenrios de antecipao:o ponto de partida no a situao atual seno a imagem de um futuropossvel e desejado, descrito por um conjunto de dados de objetivos a alcanar. Enquanto que oscenrios exploratrios vo do presente ao futuro, os de antecipao seguem o caminho inverso, do futuroao presente. Os cenrios de antecipao so os verdadeiramente prospectivos. Dentro deles sedistinguem os cenrios normativos, que define um futuro possvel e desejado a partir da determinaoprvia de alguns objetivos a alcanar, e os cenrioscontrastados, em que se define um futuro dentro doslimites do possvel, em que os objetivos a alcanar podem divergir dos estabelecidos inicialmente; emoutras palavras, o contraste servir para definir sobre a marcha dos objetivos.

    6.3 Elaborando Cenrios Futuros da Regio MAP para um Planejamento Regional

    O SIG e o Planejamento Ambiental:A simulao de cenrios tem comoobjetivo revelar as tendncias deuso e ocupao da terra, para quea mesma seja dirigida a um usomais sustentvel dos recursosnaturais, atendendo a umademanda socioambiental.

    Um modelo a representaosimplificada da realidade, abstrao da realidade,aproximao subjetiva,reconstruo da realidade, umarepresentao simplificada darealidade mediante objetivosprprios. A contribuio do modelo anlise socioambiental so asrespostas s perguntas: de onde?,o que?, beneficiando a quem?,prejudicando a quem?

    Os Modelos e Cenrios contribuem para: apoiar o planejamento regional participativo. Nos fazem conhecer eentender a histria e a dinmica socioeconmica do municpio; nos ajudam a promover a anlise sobre atendncia futura do uso da terra, e sobre tudo, so o ponto de partida para uma anlise socioambiental eeconmica insero de novos modelos.

    Os modelos ou cenrios espaciais de simulao conduzem a aquisio de conhecimento, partindo daintegrao da informao sobre os diferentes sistemas dinmicos, contribuindo desta forma para a formulao

    de estratgias de conservao ambiental e equidade social.

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    SIMULAO DE CENRIO TENDENCIAL

    SIMULAO DE CENRIOS COM GOVERNABILIDADE OU GOVERNANA

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    CENRIOS PARA OS TRS PASES QUE FORMAM A REGIO MAP

    6.4 Resultados e acordos finais:

    CENRIOS E GESTO TERRITORIAL

    Cenrio segundo os grupos de trabalho: Situao territorial que se gera em funo de interesses dinmicos em uma realidade integral Situao territorial futura e expresso de valores culturais, concertada sobre uma seqncia de

    diferentes modelos que se baseia na situao atual. uma fotografia de um espao local e seu contexto social econmico, poltico e cultural com

    projeo ao futuro, considerando a participao. Padres comuns: aspectos territorial, temporal, de processo e participativo, conceito de modelao e

    importncia da situao base. Existem suposies que idealizam o conceito. Conveno:Situao factvel de ocorrer em um territrio em um dado tempo, susceptvel de ser

    influenciada ou alterada, e construda para facilitar decises e aes. incorporando alm das suposies da participao, se obtm: Resultante de um processo de

    construo social que permite a identificao de diferentes possibilidades para o uso e a ocupao doterritrio.

    Conceitos do dia:

    Governana, governabilidade, cenrio, desenvolvimento regional estratgico.

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    VII. Acordos e Compromissos do Seminrio de OT

    ACORDOS COMPROMISSOS

    Dar acesso informao e propiciar o intercmbio deaprendizagem em OT nos trs pases.

    Os primeiros passos so o CD do Seminrio e apgina web do Mini-MAP OT. AMAZONLINK,

    COORDENADORES MINI MAPCriar um frum de comunicao intermunicipal sobreo OT (virtual /rede).

    REIMOT, AMAZONLINK, COORDENADORES MINIMAP

    Criao de uma comisso de gesto integradainstitucionalizada para o OT na regio MAP, compropsito de: obteno de informao, transferncia de dados,

    estruturao de iniciativas, e o prpriodesenvolvimento dos processos de OT.

    COORDENAO MINI MAP OT

    Seminrio tri-nacional para construir uma Agenda 21para regio MAP.

    PREFEITURA DE PANDOApoio do Ministrio do Meio Ambiente MMA Brasil,CONDIAC

    (maro /abril 2007)Formalizar o acordo de cooperao AMDEPANDO eDED.

    DED e AMDEPANDO, a partir de (2007, preparao em2006)

    Negociao com o SIPAM para que facilite ainformao espacial para o OT na regio MAP.

    PREFEITURA DE PANDO, Por meio da OTCA e SIPAM

    Negociao de acordos bi e tripartites sobre umregime fronteirio entre os pases, especialmentepara: bacias hidrogrficas e centros urbanos.

    Coordenao por departamentos/estados/regies emunicpios, com apoio e facilitao da OTCA

    Identificar coincidncias no marco normativo Construo coletiva de uma matriz com as

    normas/leis, instrumentos, e instituies de OT

    Foster Brown 1825-2000, Compndio de normas etratados internacionaisAMDEPANDO

    Estudo Comparativo sobre Polticas Agrrias, de OT

    e seu Impacto no Uso dos Recursos Naturais naAmaznia para a regio MAP.Iniciativa Amaznica e CIFOR com participao deequipes locais. Colaborao com Mini-MAP OT

    IIAP PERU,

    AMDEPANDO,Coordenadores Mini MAP OT

    Proposio para aes a Nvel MAPFusionar os Mini MAP OT, Estrada e Bacias. Fortaleceraos coordenadores com uma equipe de assessoria tcnica

    DISCUTIR PREVIAMENTE NOINTERIOR DOS MINI MAPs

    Proposices para ao a Nvel de MunicpioInserir Gesto Territorial e OT no sistema educativo formal(Bo, Pe, Br) e integrar estudantes como bolsistas /estagirios

    PREFEITURA DE PANDO seminrios, negociao como SEDUCA (Bolvia).MUNICPIOS DE MADRE DE DIOS No plano consertadode educao (Peru), floc (floresta das crianas) ampliadoSECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO (ACRE), OT

    ESTRATGIAS DE INTGERAO DE MULHERES EJOVENS NO O.T.

    MUNICPIOS ALTO ACRE, Apoio SERE

    Apresentao da Proposta do Logo de Mini MAP OT Aprovado com modificao de cores e letras MAP (corazul)

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    VIII. PROPOSTA PARA O FUTURO - 2007

    Tomadores de decisinAlcaldesPrefectos

    8 horas

    Actores TerritorialesSociedad CivilAsociacionesEmpresarios8 horas

    Gestion TerritorialTcnicos deImplementacin

    8 horas

    Reunin previa de los coordinadores del Mini MAP O.T.Identifican y seleccionan los planes en condiciones de implementacin dentro de la regin MAP

    (EN BASE A CRITERIOS DE ELEGIBILIDAD)

    Interaccion de acciones intervencion de los trs nivelesPara el proceso de implementacion de los Planes

    elegidosParticipan los actores de los tres niveles

    8 horas de taller integrado

    Temas centrales integrales de la temtica a ser incorporada enel desarrollo del evento

    Ambiental, Estructuracin, Participacin en el proceso de O.T.

    Programa de intervencin y seguimiento en los municipiosseleccionados.Definicin y elaboracin colectiva de un programa de fortalecimiento a laimplementacin de los planes de O.T.

    Formacin del equipo de asesoramiento y seguimiento alos municipios seleccionados durante un ao, de manerasistemtica y operativa.

    El equipo de asesoramiento y seguimiento programa susactividades con un cronograma definido con temas ytiempos.

    Definir formato y

    mensaje depresentaciones

    Definircriterios deelegibilidad

    Definir el contenido delas tematicassectoriales en unavision integral

    Definir acciones deintervencin.Generan el programade intervencin y deasesoramiento

    Identificacin de los actores de cooperacin institucional que intervienen en lasacciones definidas (ministerios, universidades, consultores, ONGs.)

    Definir como estaconformado el equipoasesor.El plan de trabajo

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    RELAO DOS PARTICIPANTES DO SEMINRIO DE ORDENAMENTO TERRITRIAL REALIZADO NOMUNICIPIO DE EPITACIOLNDIA DE 13 A 17 DE NOVEMBRO DE 2006

    PAIS NOME ENTIDADE E-MAIL

    Alemanha Christiane Ehringhaus CIM / CIFOR [email protected]

    Alemanha Dieter H Sohneider DED [email protected]

    Alemanha Gregor Fischenich GTZ [email protected]

    Alemanha Heike Friedhoff DED BRASIL [email protected]

    Alemanha Matthaeus Hofmann DED [email protected]

    Alemanha Pavel Jezek DED [email protected]

    Alemanha Waltraud Schreiver SIM-SERE [email protected]

    Alemanha Wolf Alexander Riesen DED [email protected]

    Bolvia Abdon Ramiro Cahvez Mini MAP Trurismo [email protected]

    Bolvia Cesar Jose Aguilar Jordan MAP BO [email protected]

    Bolvia Edgar Benevides C. CONSULTOR [email protected]

    Bolvia Eduardo Forno CI eforno@conservation,org

    Bolvia Faviola Torrico Maldonado HERENCIA [email protected]

    Bolvia Guillermo Rioja PREFECTURA-PANDO [email protected] Huascar Camacho ASB - UMSS [email protected]

    Bolvia Janett Coca Gobierno municipal de Cobija [email protected]

    Bolvia Jill Smil Arauz PREFECTURA-PANDO

    Bolvia Juan Carlos Corminola E. CONDIAC [email protected]

    Bolvia Juan Fernando Reyes HERENCIA [email protected]

    Bolvia Leandro Zoria Nacashima PREFECTURA-PANDO

    Bolvia Liliana Pinto Soliz CIFOR [email protected]

    Bolvia Limberg Menacho Urtado ANDEPANDO [email protected]

    Bolvia Luis Adolfo Flores R. Alcalde de Cobija

    Bolvia Manuel Diez Canseco CARE BOLIVIA [email protected]

    Bolvia

    Marco A. Albornoz Castro CIFOR [email protected] Mario Menacho Landa ANDEPANDO [email protected]

    Bolvia Maximo Aillon Martinez H.A.M.BOLPEBRA [email protected]

    Bolvia Pablo Aquiles Andia Mora CORTE SUPERIOR [email protected]

    Bolvia Pablo Rodrguez FJMP [email protected]

    Bolvia Ramiro vila CI [email protected]

    Bolvia Remis J. Flores Torricos PREFECTURA-PANDO [email protected]

    Bolvia Ricardo Erlan Aparicio Camacho AMDEPANDO [email protected]

    Bolvia Rodolfo Peralta PREFECTURA-PANDO [email protected]

    Bolvia Rodrigo Puerta Orellana AMDEPANDO [email protected]

    Bolvia Ronald Caldern FJMP [email protected]

    Bolvia Ronaldo Anori C. CIFOR [email protected]

    Bolvia Ruben Santos Cruz MUAFB-FM [email protected]

    Bolvia Tom Martinez SNV [email protected]

    Brasil Adalcides ferreira de Souza PESACRE /EPITACIO

    Brasil Adriano Alex Santos CONDIAC/DED [email protected]

    Brasil Alessandro A. S. de Souza Prefeitura de Epitaciolndia

    Brasil Ana Rosa Mesquita de Figueiredo GTZ [email protected]

    Brasil Anderson Perira de Mattos Prefeitura de Xapuri [email protected]

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    Brasil Antonio D. Santos J. CONDIAC

    Brasil Antonio R.B. Pacifico PREFEITURA - BRASILEIA [email protected]

    Brasil Antonio Wandeciclei Melo Assessor Parlamentar

    Brasil Armando Alvez de Lima SEMATUR

    Brasil Carla Pereira InWent [email protected]

    Brasil Carlos Felipe Abirached MIN.MEIO AMBIENTE [email protected]

    Brasil Clederson Alentar CONDIAC

    Brasil Clicia da Costa Almeida GTA /AC [email protected]

    Brasil Daniel Dorzila de Oliveira CAMARA Municipal Epitaciolandia

    Brasil Delma Dias Pereira STTR Epitaciolandia

    Brasil Edileusa Magno SEMAT

    Brasil Elias Leao SEMMA/ITAITUBA [email protected]

    Brasil Gislene Salvatierra da Silba SEMAT / MAP [email protected]

    Brasil Haroldo Almeida Pinto Prefectura de Asis Brasil [email protected]

    Brasil Jaira da Silva SEATER [email protected]

    Brasil Janio Nascimento de Aquino SDTCMDEA [email protected]

    Brasil Jerry Correia Marinho PMAB [email protected]

    Brasil Jos Everaldo da Silva Pereira Prefeitura de Xapuri [email protected] Jos Maria Barbosa de Aquino Conselho do Territorio Capixaba [email protected]

    Brasil Jos Maria da Silva Miranda Camara Municipal Xapuri [email protected]

    Brasil Jos Meneses Cruz CONDIAC [email protected]

    Brasil Juio Barbosa de Aquino CNS [email protected]

    Brasil Luis Mendes da Silva Prefeitura de Epitaciolandia

    Brasil Manoel Batista de Araujo Prefecto de Asis Brasil [email protected]

    Brasil Manuel da Silva Carvalho SEMATUR [email protected]

    Brasil Marcelo Almeida PMAB/PLAN

    Brasil Marcos de Paiva Oliveira ESREG/IVAMA-ALTO ACRE [email protected]

    Brasil Maria Araujo de Aquino GTA [email protected]

    Brasil Maria Jocicleide Lima de Aguiar RAMH / GTA / ACRE [email protected] Maria Luiza Nobre dos Santos

    Brasil Marineide P. de Albuquerque CONDIAC [email protected]

    Brasil Michael Schmidlehner AMAZONLINK [email protected]

    Brasil Neide Ferreira de Lima SEMAN/PREFEC. BRASILEIA [email protected]

    Brasil Raimundo Moreira de Farias STRB [email protected]

    Brasil Raimundo Nonato da Silva Camara Municipal de Epitaciolandia

    Brasil Rairere Hevea Dos Santos AMAZONLINK.ORG [email protected]

    Brasil Ramene Hevea dos Santos AMAZONLINK [email protected]

    Brasil Raquel Pessoa Amaral STR Epitaciolandia [email protected]

    Brasil Regina Rodrigues de Freitas CUT [email protected]

    Brasil Roberto Rocha FM 103.9 PAN [email protected]

    Brasil RonaldoVidal Ribeiro IMAC [email protected]

    Brasil Rosangela da Silva Costa SEMATUR

    Brasil Rostenio Ferreira de Souza SEC.UNADES(AC) [email protected]

    Brasil Sanderson Maia da Silva SEATER

    Brasil Silton G. Melo Prefeitura de Asis Brasil [email protected]

    Brasil Sonia de Brito Gonalves IPAM

    Brasil Wesley Cardoso ASSEMCOM/PME [email protected]

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    Chile Gustavo Valdivia MIDEPLAN-CHILE [email protected]

    Colombia Hans Caicedo SNV [email protected]

    Peru Alfredo Garcia Altamirano IIAP [email protected]

    Peru Carlos G. Ramos Arambulo Alcalde de Morropon

    Peru Carlos Garrido Ugarte Municioalidad de Iberi

    Peru Cesar Chia Davila IIAP [email protected]

    Peru Doris Rueda Curimania CONAM [email protected]

    Peru Edinson Daniel Abano Municipio de Iberia [email protected]

    Peru Eduardo Saluana Cavides IIAP [email protected]

    Peru Elsa Mendoza IPAM-UFAC/PZ [email protected]

    Peru Fernando Rodriguez Achung IIAP [email protected]

    Peru Flor de Maria Robles SNB [email protected]

    Peru Greyliz Chacon Ros UNSAAC [email protected]

    Peru Gustabo Pasco Malatesta CI [email protected]

    Peru Hugo Cabieses Cubas DRIS/ZA-MANU [email protected]

    Peru Ingrid Montalvo Zurita PRO NATURALEZA [email protected]

    Peru Jorge Honorato Pita Barra IIAP [email protected]

    Peru Juaquin Cabieses Remon DRIS [email protected] Luis Alverto Oliveros OTCA [email protected]

    Peru Nelson Gutierrez Carpio ACCA ngutierrez@concervacin amaznica.org

    Peru Oscar Fernando Malatesta Municpio de Iberia [email protected]

    Peru Piero Rengifo Cardenas CESVI [email protected]

    Peru Renato Rios Alvarado DRIS [email protected]

    Peru Ricardo Aparicio Chiriapeca MUNICIPALIDAD [email protected]

    Peru Ronald Rojas Villalobos UNSAAC [email protected]

    Peru Rosa Luque Chuquipera IIAP [email protected]

    Peru Rosa Maria Baca UNSAAC [email protected]

    Peru Wilson Suri Palomino IIAP [email protected]