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13/05/12 Cartilha Transfusional
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Cartilha Transfusional
I. Introdução:
Esta cartilha tem como objetivo sensibilizar os médicos edemais funcionários do H.F.S.E. quanto ao uso racional dosangue. Como todos sabemos não há substituto para o sanguehumano, pois somente o sangue de um doador substitui o sangueque utn paciente necessita. A doação de sangue deveria ser
voluntária e de repetição. Ou seja doar independente do pedido de alguém, e que odoador o faça regularmente. Em países desenvolvido:; 7 a 8 % da população tem ohábito de doar sangue. No Brasil este número é bem menor (menos de 2%). Para odoador é um ato de solidariedade, mas para o paciente representa salvar a sua vida.Lembramos que toda transfusão de sangue traz em si um risco, seja imediato ou tardio,e por isto deve ser criteriosamente indicada.
II. Comitê Transfusional Multidisciplinar:
A R.D.C. de 14/06/2004 determina que "As unidades de Saúde que tenham Serviçode Hemoterapia nas suas dependências deverão constituir um Comitê TransfusionalMultidisciplinar, do qual faça parte um representante do Serviço de Hemoterapia. EsteComitê tem como função o monitoramento da prática transfusional da Instituição".
II. O sangue total:
A cada doação são coletados 450 ml (+- 50 ) de sangue total.
Cada coleta é desdobrada em:
1 unidade de Concentrado de Hemácias (300 ml).
1 unidade de Concentrado de Plaquetas.
1 unidade de Plasma.
1 unidade crioprecipitada.
Assim são beneficiados, potencialmente, pelo menos quatro pacientes.
IV. Concentrado de hemácias:
Obtido a partir da centrifugação do sangue total.
Sobrevida conforme solução preservativa: 35 dias (CPDA-I) à42 dias (SAG-Manitol).
Armazenagem a 4°C.
Indicação criteriosa e individual:
Fator determinante: estado hemodinâmico do paciente.
Anemia aguda (veja quadro a baixo). Classificação de Baskett.
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Situações especiais (evitar transfusão):
Anemia por perda sangüínea crônica, responde bem ao ferro (oral ouparenteral).
Anemia por Insuficiência Renal Crônica, responde a eritropoetina
Anemia Hemolítica Constitucional (Doença Falciforme, Talassemias, etc),não valorizar somente os valores de Hb e Ht.
Anemia Hemolítica Auto Imune em geral não encontramos sanguecompatível e todo sangue transfundido será hemolisado. Indicadoimunossupressão imediata.Transfusão somente em rissco de vida. Solicitar acompanhamento de ummédico Hematologista/Hemoterapeuta
IV.A. Classificação de Baskett (1990) – baseada na perda sangüínea aguda:
Classificação de Baskett (1990)
Classe I Classe II Classe III Classe IV
Perda sangüínea –Porcentagem (%) dovolume
< 15 15 – 30 30 – 40 > 40
Pressão Arterial :SistólicaDiastólica
inalteradainalterada
NormalElevada
BaixaBaixa
Muito baixaMuito baixaIndetectável
Pulso (Batimentos/minutos)
Levetaquicardia
100 –120
120 > 120
Enchimento capilar NormalLento (>2 Seg.)
Lento (> 2Seg.)
Indetectável
Freqüência Respiratória(ipm)
Normal NormalTaquipnéia(>20)
Taquipnéia(>20)
Fluxo urinário (ml/h) > 30 20 – 30 10 – 20 1 – 10
Extremidades Normais Pálidas Pálidas Pálidas e frias
Estado mental AlertaAnsioso,agressivo
Ansioso,agressivo,sonolento
Sonolento,confuso,inconsciente
IV.A. Transfusão em crianças:
Volume a transfundir: 10 a 15 ml/kg de peso.
Para RN só utilizar hemocomponentes coletados a menos de 5 (cinco) dias.
RN < 1.200 g de peso deve-se utilizar hemoderivados leucorreduzidos ou nãoreagentes para CMV.
Quando transfundir em pediatria e em neonatologia (vide tabela);.
Idade Ht Critérios a analisar – se presentes: transfundir
RN > 72 h – 4meses
Ht <30%
Hood com FiO2 <35 %
CPAP < 6 cm H2O
IMV com MAP < 6 cm H2O
Apnéia ou bradicardia signficativas que necessite ventilação,ou em uso de metilxantina
Taquipnéia ou taquicardia significativas e persistentes
Ganho ponderal insuficiente apesar de calorias adequadas
RN > 72 h – 4meses
Ht <35%
Hood com FiO2 > 35 %
CPAP > 6 cm H2O
IMV com MAP > 6 cm H2O
RN > 72 h – 4meses
Ht <45%
Cardiopatia cianótica
Em ECMO
Crianças > 4 Ht <
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meses 40% Doença Pulnonar severa ou ECMO
Crianças > 4meses
Ht <30%
Pré-operatório de urgência
Pré-operatório quando o tratamento clínico não é possível
Perda intra-operatória > ou = 15 % do volume sangüineo
Crianças > 4meses
Ht <24%
Perioperatório e com sintomatologia
Quimio ou Radioterapia
Anemias crônicas congênitas ou adquiridas sintomáticas
Qualqueridade
Ht <24%
Anemia sintomática com contagem de reticulócito baixo
Perda aguda associada a hipovolemia
V. Concentrado de Plaquetas:
As plaquetas são derivadas dos megacariócitos, que se encontram na medulaóssea.
Elas atuam na fase primária da coagulação.
São obtidas a partir da centrifugação do plasma.
Devem ser estocadas à temperatura de 22" C, sob agitação contínua.
A dose a ser prescrita deve ser de 1 unidade de Concentrado de Plaquetas paracada 10Kg de peso
Indicações:
Transfusão profilática:
Quando não há sangramento.
Plaquetas < 10.000u/ml.
Plaquetas < 20.000u/ml associado à infecção, coagulopatia ouindicação de procedimento invasivo. Em RN devido ao risco desangramento SNC.
Indicação absoluta: Leucemias Agudas, particularmente a LMA-M3.
Transfusão terapêutica:
Plaquetopenia (independente do valor) com sangramento.
Situações epeciais:
Transfusão de Conc. Plaquetas RH + em paciente RH negativo(meninas e mulheres em idade fértil), recomenda-se fazerimunoglobulina anti D.
Dengue hemorrágica - Conc Plaquetas somente diante de hemorragiaSNC.
Contra-indicações:
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.),
Síndrome Hemolítica Urêmica,
Síndrome Helpp,
Púrpura Pós transfusional,
Púrpura Trombocitopênica Imunológica (P.T.I.).
VI. Plasma fresco congelado:
Obtido após o fracionamento do sangue total.
Congelar até 8 horas após a coleta
Armazenar a temperatura de, no mínimo, 20º C negativos.
Validade de 12 meses.Contém albumina, fibrinogênio, globulinas e fatores de coagulação sangüínea. Uma vez descongelado deve ser utilizado em até 4 horas.
Indicações:
Deficiências dos fatores de coagulação, congênita ou adquirida (quandonão se tem produto industrializado),
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Hemorragias por Doenças Hepáticas.
Sangramento intenso pelo uso de anticoagulante oral (dicumarínicoswarfarin).
Coagulação Intravascular Disseminada (CID),
Púrpura Trombocitopênica Trombótica (P.T.T.) e Síndrome HemolíticoUrêmica.
Atenção: Não se justifica a utilização do plasma para se obter volumesangüíneo ou como fonte de proteínas, pois existem outros produtosespecíficos (industrializados) para estes casos.
É proibido, pelo Ministério da Saúde, a utilização regular de de Plasma empacientes Hemofílicos, pois atualmente existem hemoderivados específicospara estes.
VII. Crioprecipitado ou Fator Anti Hemofílico:
Parte insolúvel do plasma.
Obtido através do método de congelamento rápido, descongelamento ecentrifugação do plasma.
É rico em fator VIII:c (atividade pró-coagulante), Fator VIII:Vwf (Fator vonWillebrand), Fibrinogênio, Fator XIII e Fibronectina.
Indicações:
Deficiências específicas como fibrogênio,
Deficiências congênitas (Doença de von Willebrand na falta do fatorespecífico),
Deficiência de Fator VIII,
Transfusões maciças,
Insuficiência Hepática Grave.
Dose (empírica) é de 1 unidade de crio cada 5 kg de peso do paciente.
Cuidados especiais:
Deve-se ter cuidado na administração de grandes quantidades decrioprecipitado, monitorando os níveis de fibrinogênio (do paciente),devido ao risco de tromboembolismo.
Atualmente existem produtos industrializados específicos para a deficiênciade Fator VIII (HemofiliaA) e F VIII:vW(D.von Willebrand).
VIII. Complicações das transfusões:
Reações Transfusionais
ReaçõesTransfusionais
Imunes Não imunes
Agudas
Reação febril não hemolíticaContaminaçãobacteriana
Reação hemolítica imuneSobrecarga devolume
Reação alérgica: leve, moderada e graveHemólise nãoimune
TRALI (injúria pulmonar aguda relacionada atransfusão)
Embolia aérea
Hipotermia
Alteraçõeseletrolíticas
Crônicas
Aloimunização eritrocitária Hemosiderose
Aloimunização HLA Doenças infecciosas
Reação enxerto x hospedeiro (GVHD)
Púrpura pós transfusional
Imunomodulação
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IX. Incidentes Transfusionais Agudos:
Reações Transfusionais
Reação tipoSinais eSintomas
Causa Tratamento Prevenção
Febril nãohemolítica
Febre,calafrios,raramentehipotensão
Anticorposleucoplaquetáriosou contraproteinasplasmáticas
Parar a transfusão,Antitérmico.
Antitérmicocomponentessanguíneosdepletados deleucócitos (filtro)
ReaçãoHemolíticaImune
Mal estar,febre, cianose(labial),calafrio,ansiedade, dortorácica elombar,angústiarespirat,Insuf.renalchoque, CIVD,EAS:hemoglobinúria
IncompatibilidadeABO ou outroanticorpo fixadorde complemento
Parar a transfusão,hidratar, mantersinas vitais, induzirdiurese, tratarchoque e CIVD
Assegurar corretaidentificação daamostra dopaciente, checar aamostra
ReaçãoAlérgica (deleve atégrave)
Prurido, pápulaem pálpebra eface, urticária,até anafilaxia,edema deglote
Anticorpo contraproteínasplasmáticas (IgA)
Leve: Anti-histamínicos.Severa:Parar a transfusão,Adrenalina,corticosteróides
Leve: observar atransfusão, senecessário:Antihistamínicopré transfusional.Severa:Componentessangüíneoslavados
TRALI
Dispnéia,edemapulmonar comPressãoArterial normal
Anticorpos antiHLA ou anti-leucocitários (dodoador)
Interrromperimediatamentetransfusão.Oxigenioterapia ecorticosteróide
Hemácias lavadas
ContaminaçãoBacteriana
Febre, calafrioe choque
Componentesangüíneocontaminado
Interromperimediatamentetransfusão.Tratamento dochoque e uso deantibiótico.
Cuidados nacoleta, estocageme manipulação doshemocomponentes
Sobrecargade Volume
Dispnéia,hipertensão,edemapulmonar earritmiacardíaca
Infusão rápida ouexcesso devolume
Interromper atransfusão,diuréticos.
Evitar infusãorápida e excessode transfusão
Hemólise nãoimune
Igual ahemóliseimune
Hemáciashemolisadas,mecânica ouquímica
Igual a hemóliseimune
Inspecionarcuidadosamente abolsa antes datransfusão
Embolia aéreaInsuficiênciaRespiratória
Ocorre quando seusa pressão parainfusão dohemocomponente
Interromper atransfusão.
HipotermiaCalafrio,tremor
infusão rápida degrande volumede sangue
Reduzir a velocidadede infusão e/ouaquecimento dosangue
idem
Alteraçãoeletrolítica
Hipocalcemia,hipocalemia,hipercalemia
toxicidade pelocitrato, maiscomum emhepatopata
Correção daalteração eletrolítica
Uso decomponentessanguineos maisrecentes
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X. Incidentes Transfusionais Tardios:
Reações Transfusionais
Reação tipoSinais eSintomas Causa Tratamento Prevenção
Reaçãohemolítica tardia– aloimunizaçãoeritrocitária eHLA
Reduçãoprogressiva dohematócrito,icterícia,hemoglobinúria– surge após24 h atésemanas
Respostaanamnéstica atransfusão.Geralmente Rh,Kell, Kidd, Duffy
sintomático
Identificar oanticorpo para nastransfusõesfuturas utilizarhemáciasfenotipadas.
Reação enxertox hospedeiro(GVHD)
Destruição dostecidos doreceptor
Reação doslinfócitos T dodoador contra ostecidos dopaciente
imunossupressãoIrradiação dehemocomponentes(25 Gy)
Púrpura Póstransfusional
Púrpura deinstalaçãosúbita
Devido ACantiplaquetário .Surge 5 a 10dias após a tx.
Gamaglobulina(Imunoglobulina– EV 400 a 500mg por 10 dias)
Selecionar BolsasHPA-1 negativas
Imonumodulação
Identificar oantígeno parafazer nastransfusõesfuturas.
Hemosiderose
Escurecimentoda pele,Diabetes ecardiopatias
Comum empacientespolitransfundidos
Quelantes doferro
Quelantes do ferro
DoençasInfecciosas
Sintomas decada doença
Virus, bactériasou protozoários
Tratar a doençaespecífica
Examessorológicos demaiorespecificidade esensibilidade
XI. Transfusão autóloga:
Binômio receptor/doador é constituído pela mesma pessoa
Existem três tipos
Pré-depósito: coletado antes da cirurgia e estocado para utilizaçãoposterior.
Fazer suplementação com ferro oral.
Receptor/doador precisa ter no mínimo Hb: 11 g/dl, Ht: 33 %.
Intervalo entre as doações é de 7 (sete) dias.
Indicado em cirurgias de ortopedia, ginecologia, cirurgia plástica
Recuperação intra-operatória: coletado daferida cirurgia por equipamento específico
Hemodiluição normovolêmica aguda pré- operatoria: sangue écoletado no início do ato cirúrgico, infundido substância cristalóide e/oucolóide e transfusão do sangue no final da cirurgia
Contra indicações da transfusão autóloga: infecção e neoplasia.
XII. Aquecimento de hemocomponentes:
Feito através de equipamentos especiais e em temperatura controlada.
Indicações:
Infusão rápida de sangue ou plasma (Plaquetas não podem ser aquecidas,
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pois altera a função)
Adulto: velocidade> 50 ml/mim por mais de 30 minutos.
Criança: velocidade> 15 ml/kg/hora.
transfusões maciças (troca de uma volemia em período < ou = 24 horas)
Pacientes com altos títulos de anticorpo hemolítico frio.
Portadores de fenômeno de Raynaud
Contra-indicações: componentes plaquetários não devem ser aquecidos(alteração de função).
O aquecimento do CH de forma incorreta pode acarretar hemólise.
XIII . Transfusão de urgência:
O tempo mínimo para realizar todas as provas necessárias para liberar umhemocomponente é de 40 minutos, após a chegada da amostra de sangue noBanco de Sangue.
Na transfusão de urgência não é feita a prova de compatibilidade completa.
Há risco de transfusão não compatível (parcial ou total).
Só se justifica a liberação de sangue sem prova de compatibilidade em casos deextrema urgência.
O médico assistente se responsabiliza assinando o "Termo de Responsabilidade",assim como o médico do Serviço de Hemoterapia.
Liberado sangue "O", quando não se conhece o grupo sangüíneo do paciente.
Rh negativo para meninas e mulheres em idade fértil.
O Serviço de Hemoterapia prossegue com os testes de compatibilidade
Requisitando a transfusão: pelo Médico Assistente
Anotar no pedido de sangue o nome, sobrenome, matrícula (prontuário), sexo,idade, peso, localização do paciente (enfetmaria eleito), diagnóstico,hemocomponente solicitado e quantidade, exame laboratorial que detetminou anecessidade transfusional.
Prescrição do hemocomponente na folha de prescrição médica do paciente.
Assinar e carimbar pedido e prescrição
XV. Coletando a amostra de sangue:
Paciente:___________________________________________________
Matricula ou registro do paciente na instituição:____________________
Enfermaria / setor de internação:
Data de coleta da amostra:______/______/________
Assinatura legível do coletor: ____________________________
Modelo identificador do tubo de amostra de sangue conforme RDC 153 de14/06/2004.
Enfermagem da Equipe Transfusional:
Receber pedido de solicitação de transfusão sangüínea.
Conferir os dados do paciente (receptor), assinatura e carimbo do médicosolicitante.
Rotular o tubo para amostra de acordo com o modelo supra citado.
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Coletar a amostra de sangue do paciente em tubo com anticoagulante (tampalilás).
Salinizar o acesso, quando possível, para ser usado no momento da transfusão.
Guardar amostra no recipiente de transporte.
Encaminhar, imediatamente, a amostra de sangue ao Serviço de Hemoterapia(técnico de hemoterapia), transportando em caixa própria para esteprocedimento.
XVI – A rotina no Serviço de Hemoterapia (Banco de Sangue):
Técnico de laboratório do Serviço de Hemoterapia:
Receber a amostra de sangue juntamente com a solicitação e conferir os dados.
Recusar amostra e/ou pedido que não estejam legíveis e completos.
Classificar a amostra de sangue do paciente: ABO, Rh (D), PAI.
Reclassificar a amostra do doador (ABO e Rh).
Realizar a prova de compatibilidade entre o sangue do doador e do paciente.
Emitir etiqueta com os dados do paciente: nome, sobrenome, localização, grupoABO e Rh e data de validade para transfusão.
Inspecionar o hemocomponente quanto ao aspecto e integridade do sistema eprazo de validade.
Entregar o hemocomponente à Equipe de Enfermagem Transfusional.
Manter a amostra do sangue do paciente acondicionada no refrigerador(“soroteca do paciente”).
XVII - O transporte do sangue do Serviço de Hemoterapia até o paciente:Enfermagem da Equipe Transfusional
Receber do técnico de laboratório o hemocomponente a ser transfundido.
Conferir os dados do rótulo do hemocomponente com os dados do receptor.
Observar aspecto do hemocomponente e apresentação da bolsa.
Devolver a bolsa ao técnico de laboratório diante de qualquer anormalidadeapresentada no conteúdo ou no rótulo da unidade.
Acondicionar o hemocomponente em recipiente térmico para transporte.
Manter um recipiente para o transporte de hemocomponente e outro para otransporte das amostras.
Providenciar material necessário para proceder a transfusão.
Encaminhar o hemocomponente até o local em que se encontra o paciente.
XVIII - Transfundindo o paciente – Enfermagem da Equipe Transfusional:
Perguntar ao paciente seu nome completo (caso tenha condições de responder)ou a enfermagem do andar.
Conferir o nome relatado com os dados do rótulo da bolsa e da prescrição.
Certificar a indicação da transfusão na prescrição médica.
Aferir e anotar os sinais vitais pré e pós transfusão.
Anotar horário do início e término da transfusão.
Instalar o hemocomponente, mantendo íntegro o sistema até o final doprocedimento.
Instruir a equipe de enfermagem do andar para não infundir nenhum tipo demedicamento concomitantemente com a transfusão (exceto solução fisiológica9%).
Atentar para que o início da transfusão não exceda 30 minutos após orecebimento da bolsa.
Controlar a transfusão para que seu tempo máximo não ultrapasse 4 horas.
Permanecer os primeiros 15 minutos da transfusão observando o paciente.
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Atentar para sinais de Reação Transfusional.
Seguir as orientações do ítem XXII em caso de Reação Transfusional.
Relatar a evolução da Reação Transfusional apresentada.
Preferir, sempre que possível , transfundir no período diurno.
Assinar e carimbar no término da evolução transfusional.
Colar etiqueta referente ao hemocomponente no prontuário do paciente.
Conferir se a contra-capa do pontuário já tem a etiqueta de tipagem do paciente(grupo sanguíneo e fator Rh).
Devolver o hemocomponente ao Serviço de Hemoterapia caso o mesmo nãotenha sido utilizado.
Após concluída a transfusão recolher a bolsa e encaminhar para o serviço deHemoterapia para ser autoclavada.
XIX -Compatibilidade para Transfusão de Concentrado de Hemácias:
Compatibilidade doador / receptor
Grupo ABO / Rh(D) do receptor Compatibilidade doador / receptor
O + (O positivo) O + / O -
O - (O negativo ) O -
A + (A positivo) A+ / O+ / A- / O-
A – ( A negativo) A- / O-
B + (B positivo) B+ / O+ / B- / O-
B - (B negativo) B- / O-
AB + (AB positivo) AB+ /A+ / B+ / O+/AB- /A- / B- /0-
AB - (AB negativo) AB- / A- / B- / O-
XIX - Compatibilidade para Transfusão de Plasma:
Grupo ABO / Rh(D) do receptor Grupo ABO a ser transfundido
A A, AB
B B / AB
AB AB
O O, A, B, AB
XXI - Compatibilidade para transfusão de Concentrado de Plaquetas
Para transfusão de Concentrado de Plaquetas não há contra-indicação emtransfundir unidades de grupo ABO diferente ao do paciente.
Se possível respeitar o grupo sangüíneo.
XXII - Conduta da Enfermagem frente à Intercorrência na Transfusão:
Parar imediatamente a transfusão.
Ocluir a extremidade do equipo da transfusão do hemocomponente.
Manter o acesso venoso com solução salina 0,9 % com gotejamento moderado.
Verificar sinais vitais e anotar no prontuário do paciente.
Comunicar ao médico de plantão e ao Serviço de Hemoterapia.
Fazer relato da Reação Transfusional e conduta adotada pelo médico.
XXIII – Conduta Imediata, após assistir ao paciente:
1- Equipe que prestou a assistência ao paciente - Enfermagem:
Coletar amostra de sangue do paciente para reavaliação / retestagem.
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Coletar amostra de urina do paciente para pesquisar presença deelementos anormais (hemoglobinúria).
Encaminhar o hemocomponente com o equipo (na caixa térmicaapropriada) ao Serviço de Hemoterapia.
Manter amostra de urina fora da caixa térmica e encaminhá-la aoLaboratório Central.
Anotar no prontuário do paciente todos estes dados.
2 – Pelo Banco de Sangue (Imunohematologia):
Receber a bolsa de sangue e equipo enviados para análise.
Realizar os exames imunohematológicos e hemocultura.
Comunicar os resultados dos exames solicitados, tão logo os tenha, aomédico assistente, ao responsável Técnico do Serviço de Hemoterapia eao responsável pela Hemovigilância (que fará relatório para a Gerência deRisco e para a ANVISA).
XXIV - Conclusão e Orientação:
A prescrição médica do sangue (hemocomponentes e hemoderivados) deve serbem indicada. Se existe a opção de utilizar um medicamento (ferro ou eritropoetina) aoinvés da transfusão, assim deve ser feito. Lembrar que toda transfusão pode acarretardanos ao paciente, seja a curto, médio ou longo prazo. Hoje conhecemos vários vírus eos Serviços de Hemoterapia estão bem equipados para monitorá-los. Mas novos víruspoderão surgir, como aconteceu na década de 80 com o HIV. Somente com o usoracional do sangue poderemos estar tranqüilos que fizemos o melhor pelo nossopaciente.
Esta cartilha foi elaborada, em janeiro de 2006 baseada na RDC de 14 de junho de2004.
COLABORADORES
Eduardo Morsch de Mello
Heloisa Helena G. da Rocha
Lilia Maria da Serra Costa
Marcella M. Vasconcelos
Maria Angela Dias
Maria Tereza M. de Paula
Robson Denis Cordeiro Couto
Informação atualizada em 09/06/2011.
O Paciente / CidadãoO Banco de Sangue recebe em média 50 doadores pordia. As coletas do Serviço de Hemoterapia são realizadasde segunda a sexta-feira das 7 às 11h.
O HospitalConheça também a estrutura administrativa, localização eramais do Serviço de Hemoterapia
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Note que as informações aqui disponibilizadas são de caráter complementar, não substituindo, em hipótese alguma, asvisitas regulares ao médico ! Evite a auto-medicação, consulte, sempre, um profissional devidamente capacitado !
H.F.S.E. - (Hospital Federal dos Servidores do Estado)
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Hospital do Ministério da Saúde, localizado na cidade do Rio de Janeiro, mantido pelo Governo Federal
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