Case Coaching

A Empresa tem um perfil, de certa forma, paternalista, onde o Presidente e os Diretores além de terem contato profissional, são também amigos, o que dificulta a análise e cobrança dos resultados feitos diretamente pela Presidência.

Os Diretores são todos muito antigos de casa e todos, mas principalmente os Diretores de Produção e Comercial são muitíssimo influentes nas decisões da empresa. Tem muita gente no mercado que pensa inclusive que estes dois Diretores são sócios da Empresa, tamanha a influência que eles exercem nas decisões.

Foi contratado para ser o Assistente da Presidência de uma gráfica de grande porte.A principal tarefa seria de Avaliação dos Resultados. Mensalmente, se coletaria os dados de Produtividade e Custos dos Departamentos, iria fazer uma análise dos pontos positivos e “principalmente” dos negativos dos resultados e coordenaria junto com os Diretores dos Departamentos a elaboração dos planos de ação para a melhoria dos resultados.

Só que os resultados nos últimos tempos não estão tão bons assim... e, basicamente por isso foi contratado pela empresa, o assistente da Presidência. O Presidente deu liberdade para trabalhar, mas não informou com muita clareza o que iria se fazer na empresa, o que gerou certa desconfiança e muitos comentários nos Departamentos. Feito o primeiro levantamento o Presidente convocou uma reunião da Diretoria, o que até não era muito comum de acontecer, e começou a reunião com o seguinte discurso:

“Eu contratei este Assistente para que ele avalie os nossos resultados. Mensalmente faremos uma reunião para que sejam apresentados os resultados do mês anterior e para que os Diretores apresentem os seus planos de como vão melhorar os resultados para os próximos meses. Vamos lá então? Pode começar, Assistente!” E o assistente apresentou com muita clareza os resultados do último período, apontando uma série de problemas que vinham acontecendo, e pedindo que Planos de Ação fossem feitos nos pontos mais críticos. A reação durante e depois da reunião foi terrível.

Os diretores nunca haviam sido cobrados daquela maneira, e a empresa estava “acostumada” a ter bons resultados sempre, o que fazia que a gestão fosse bastante tranquila por parte dos Diretores. Era só deixar as coisas acontecerem de forma natural que o resultado vinha... As feições dos diretores na reunião eram de amedrontar, mas ninguém falou absolutamente nada. Entraram quietos e saíram calados com o resumo da reunião em baixo do braço.

Após a reunião o Diretor de Produção chamou o assistente na sala dele e com muita calma apresentou o seguinte discurso. “Você nos prejudicou na reunião. Tudo bem, este é o seu papel, mas acho que estamos fazendo uma série de coisas positivas que não foram apontadas lá. Acho que você poderia ter uma postura um pouco diferente lá pois, afinal de contas, você pode precisar de nosso apoio em alguns momentos para implementar alguns trabalhos... e não seria bom se você ficasse sozinho nesta hora... Mas vamos lá. Fique tranquilo que nós vamos cuidar disso.” O tom foi ameaçador.

Por outro lado, o Presidente comentou rapidamente com você. “É isso aí. Se não fizermos isso, nada vai mudar nesta empresa”. Porém a relação deles não parece ter mudado nada depois da reunião. Eles parecem ainda em perfeita harmonia. O fato é que no próximo mês teremos outra reunião.

Como Consultores;

Qual seria atitude de vocês em se preparar para a continuidade do processo?

Qual seria a estratégia de trabalho?

Como vocês pretenderiam ter sucesso na função de consultores para essa empresa?