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A, casada com B, dá à luz na Malásia. A é residente habitual em Macau e B é residente habitual na Malásia, país onde ambos nasceram e onde possuem uma casa, sendo o local de maior permanência em conjunto. A mãe falece 1 hora depois de o filho nascer. O filho vem a morrer 10 horas depois. Suponha que existe um artigo no Código Civil da Malásia que dispõe que, para os efeitos civis, só se reputará nascido o feto que tiver figura humana e viver 24 horas inteiramente separado do seio materno, sendo determinado noutro artigo que o nascimento determina a aquisição de personalidade. Em acção intentada em Macau, B reclama a totalidade da herança de A e do seu filho (artigos 1973.º n.º 1, al. a), 1979.º, 1982.º n.º 2 do Código Civil de Macau). Os pais de A opõem-se e dizem que têm direito a 1/3 da herança (artigos 1973.º, n.º 1, al. b) e 1982.º, n.º 1 do Código Civil de Macau). Os artigos do Código Civil da Malásia relativos à sucessão são idênticos aos de Macau. Quid iuris?

Caso Estatuto Pessoal I DIP I

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um caso pratico do DIP I

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Page 1: Caso Estatuto Pessoal I DIP I

A, casada com B, dá à luz na Malásia. A é residente habitual em Macau e B é

residente habitual na Malásia, país onde ambos nasceram e onde possuem uma casa,

sendo o local de maior permanência em conjunto.

A mãe falece 1 hora depois de o filho nascer. O filho vem a morrer 10 horas

depois.

Suponha que existe um artigo no Código Civil da Malásia que dispõe que, para

os efeitos civis, só se reputará nascido o feto que tiver figura humana e viver 24 horas

inteiramente separado do seio materno, sendo determinado noutro artigo que o

nascimento determina a aquisição de personalidade.

Em acção intentada em Macau, B reclama a totalidade da herança de A e do seu

filho (artigos 1973.º n.º 1, al. a), 1979.º, 1982.º n.º 2 do Código Civil de Macau). Os pais

de A opõem-se e dizem que têm direito a 1/3 da herança (artigos 1973.º, n.º 1, al. b) e

1982.º, n.º 1 do Código Civil de Macau). Os artigos do Código Civil da Malásia

relativos à sucessão são idênticos aos de Macau.

Quid iuris?