12
Casos de Sucesso na Gestão do Carbono Plataforma Empresas Pelo Clima

Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

Casos de Sucesso na Gestão do CarbonoPlataforma Empresas Pelo Clima

Page 2: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

3

Sobre o EPC

Sobre esta Publicação

Empresas Membro em 2011

Braskem reduz seu impacto a partir da produção de plástico de matéria-prima 100% renovável

Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de gases de efeito estufa

BRF busca eficiência com Programa de Excelência Energética

Emissões evitadas da CNEC WorleyParsons equivalem a 25% de suas emissões totais

A Ecofrotas promove a convergência entre o econômico e o ecológico na gestão de frotas e suas emissões

EDP no Brasil incorpora o tema das Mudanças Climáticas no seu planejamento e processos decisórios

Com o programa TI Verde, o Itaú Unibanco traz processos mais eficientes e sustentáveis dentro do banco

Natura busca soluções para desafios climáticos por meio do Programa Carbono Neutro

Cogeração em Termelétrica da Petrobras evita emissões da ordem de 453 mil toneladas de CO² equivalente por ano

Santander promove replantio e contribui para o combate às mudanças climáticas

Santos Brasil reduz emissões em 14% referente às operações no Tecon Santos, conforme índice adotado pela empresa

A Suzano torna-se pioneira ao quantificar a pegada de carbono de seus produtos

O cálculo e a gestão de emissões de gases de efeito estufa reafirmam compromisso histórico da Ticket com a questão ambiental

Vale atua com o compromisso de contribuir para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono

Índice4

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

16

17

18

19

20

Casos de Sucesso na Gestão do Carbono - Plataforma Empresas Pelo Clima

Page 3: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

54

Sobre o EPC

A disposição de uma parcela importante do empresariado brasileiro em estimular uma economia de menor intensidade carbônica no país e atuar na construção de um novo marco de desenvolvimento sustentável foi evidenciada pela criação da Plataforma Empresas pelo Clima (EPC).

Lançado em 2009 em parceria com a rede The Prince of Wales Corporate Leaders Network For Climate Action (CLN) e com o apoio de 27 Empresas Fundadoras, o EPC é uma plataforma empresarial permanente cujo objetivo é mobilizar, sensibilizar e articular lideranças empresariais para a gestão e redução das emissões de GEE, a gestão de riscos climáticos e a proposição de políticas públicas e incentivos positivos no contexto das mudanças climáticas. Em 2011, a Plataforma contou com a participação de 39 Empresas Membro.

Sobre esta PublicaçãoNo ano de 2011, as Empresas Membro do EPC tiveram a oportunidade de selecionar e relatar práticas e casos de sucesso que julgassem relevantes em suas estratégias de gestão e redução de GEE. Nas páginas a seguir, confira os casos de sucesso compartilhados.

Para ter acesso aos inventários corporativos com o relato das emissões de GEE de cada empresa, acesse:

www.registropublicodeemissoes.com.br.

Empresas Membro em 2011www.fgv.br/ces/epc

Page 4: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

76

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.braskem.com.br

Braskem reduz seu impacto a partir da produção de plástico de matéria-prima 100% renovável

Cada tonelada de Polietileno Verde produzido captura e fixa até 2,5 toneladas de CO2 da atmosfera.

Em junho de 2007, a Braskem anunciou a produção em caráter piloto do primeiro polietileno desenvolvido a partir do etanol de cana de açúcar certificado mundialmente. A inovação tem como foco utilizar matéria-prima renovável em lugar de derivados de petróleo, e resulta na redução do efeito estufa pela absorção do CO2 da atmosfera no crescimento da cana de açúcar. Para cada tonelada de polietileno verde produzida são sequestradas e fixadas até 2,5 toneladas de CO2.

O Polietileno Verde é uma resina termoplástica feita a partir do eteno obtido do etanol de cana-de-açúcar. Possui propriedades idênticas ao polietileno convencional, que é uma das resinas mais utilizadas em embalagens flexíveis e outros produtos plásticos, com a vantagem de ser feito a partir de matéria-prima proveniente de fontes renováveis. Pode ser utilizado nos maquinários das indústrias de transformação sem qualquer necessidade de investimentos em modificações ou adaptações. É reciclável como todo termoplástico, mas não biodegradável.

O pioneirismo mundial da Braskem ao lançar um plástico de matéria-prima 100% renovável está alinhado com sua estratégia de inovação e com seu compromisso em buscar o desenvolvimento sustentável, correspondendo à expectativa da sociedade brasileira e internacional por iniciativas que contribuam concretamente para a redução dos gases de efeito estufa. Com isso, a empresa atraiu de imediato a atenção de empresas usuárias de produtos à base de polietileno de todo o mundo, tornando-se referência no setor, pela possibilidade de os clientes aliarem a suas marcas esse compromisso com a sustentabilidade.

O polietileno verde é resultado de um projeto de pesquisa e desenvolvimento que recebeu, inicialmente, cerca de US$ 5 milhões em investimentos, parte destinada à implantação de uma unidade-piloto para produzir eteno a partir de matérias-primas renováveis no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem. Essa unidade piloto produz 12 toneladas/ano e permitiu o desenvolvimento comercial do produto.

Com o lançamento do projeto, a Braskem abriu perspectivas muito positivas para o desenvolvimento de produtos plásticos feitos a partir de matérias-primas renováveis, um campo em que o Brasil possui vantagens competitivas naturais.

O projeto de fabricação do eteno verde, matéria prima do polietileno, foi aprovado em 2007 e no ano seguinte teve início a construção da unidade industrial em Triunfo (RS), cuja inauguração está prevista para setembro de 2010. Com investimentos da ordem de R$ 500 milhões, a planta terá capacidade para a produção de 200 mil toneladas/ano que serão transformadas em volume equivalente de polietileno verde nas plantas industriais já existentes no pólo petroquímico de Triunfo.

Cada tonelada de Polietileno Verde produzido captura e fixa até 2,5 toneladas de CO2 da atmosfera, o principal gás causador do efeito estufa, segundo análise de ecoeficiência da Fundação Espaço Eco.

Assim, colabora com a redução do efeito estufa reduzindo 500.000 tCO2e na emissão deste gases. Quando se compara a pegada de carbono do Polietileno Verde da Braskem com o Polietileno verde petroquímico, a vantagem ambiental é ainda maior.

Por essa razão, desde o anúncio da sua certificação, em 2007, o polietileno verde ganhou vários parceiros e clientes em escala experimental, que contribuem para mostrar a sustentabilidade e a eficácia do biopolímero.

Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de gases de efeito estufa

A substituição do metanol pelo etanol em seus produtos levou a Braskem a uma redução de 76% em emissões de GEE.

A Braskem entende seu papel como organização privada e busca sua contribuição positiva para a minimização dos problemas relacionados às mudanças climáticas. Enxergando-se como parte da solução, a empresa foca na melhoria incremental e a melhoria revolucionária na gestão operacional e estratégica do negócio focando o lucro sustentável e assumindo compromissos voluntários sem demagogia focando a credibilidade.

Exemplo disto foi a definição pela mudança das unidades de MTBE (metil tércio butil éter) da Braskem, em Camaçari numa planta de ETBE (etil tércio-butil éter). Projeto iniciado em 2006 e finalizado em 2009, alavancando ganhos de 2009 a 2010. Os produtos mencionados são aditivos para as gasolinas europeia e norte-americana, melhorando sua combustão e a octanagem. Além dos atrativos mercadológicos, o ETBE também garante melhora na qualidade das emissões atmosféricas, contribuindo para a preservação ambiental.

O cenário mundial já demandava esta modificação das unidades de MTBE, a exemplo da eliminação do MTBE do blending de gasolina nos Estados Unidos. Dentre as diversas alternativas avaliadas para manter o valor agregado ao MTBE, a mais atrativa é o ETBE, também utilizado como aditivo para gasolina, produzido com a substituição do metanol pelo etanol. Ambientalmente, o ETBE é melhor que o MTBE, principalmente no que se refere a sua miscibilidade na água e volatilidade, reduzindo emissões atmosféricas.

O ETBE é comercializado com prêmios que oscilam entre US$200/t e US$ 350/t acima do preço do MTBE, por ser considerado um biocombustível, sendo produzido a partir do etanol, uma matéria-prima renovável, e não do metanol como no caso do MTBE. Com a mesma disponibilidade de matéria-prima (Iso-Buteno), tem-se um aumento de produção de cerca de 17% de ETBE em relação ao MTBE, em função do maior peso molecular do reagente etanol. Além disso, o etanol brasileiro importado pela Europa é taxado, diferentemente do ETBE, que não tem imposto de importação. Há também previsão de crescimento do mercado Europeu e Japonês através de políticas de incentivos fiscais e regulatórias que privilegiam fontes de energia renováveis.

O grande ganho do projeto foi a redução de emissões dos gases de efeito estufa, firmando o compromisso público que a Braskem assinou em 2009 de reduzir sua intensidade de emissões, buscar utilizar matérias primas renováveis e investir em tecnologias inovadoras na busca da sustentabilidade. A modificação pela unidade de ETBE uma redução das emissões de gases de efeito estufa em 76% (0,783 t CO2e/t ETBE, reduzindo cerca de 100 kt/ano).

Com a conversão das unidades de MTBE, a empresa eliminou a produção de uma substância potencialmente cancerígena, reduzindo o risco à saúde de seus funcionários, além de reduzir a contaminação em lençóis freáticos por vazamentos do produto com alta miscibilidade em água.

www.braskem.com.br

Page 5: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

98

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.brasilfoods.com

BRF busca eficiência com Programa de Excelência Energética

A partir de diagnósticos energéticos, foram elaboradas 420 ações a serem executadas em 2011

As mudanças climáticas estão cada vez mais trazendo os desafios da sustentabilidade à tona para o setor empresarial, que passa a perceber com mais intensidade os riscos e oportunidades para os negócios. Dentro deste contexto, a Brasil Foods (BRF), Empresa Membro da Plataforma Empresas Pelo Clima (EPC), decidiu desenvolver o Programa de Excelência Energética, com o objetivo de estruturar uma equipe de técnicos das áreas de utilidades e meio ambiente para identificar oportunidades de melhoria nos processos da companhia, buscando eficiência energética.

Devido à quantidade de sites em diversos estados brasileiros, as unidades industriais foram divididas em regionais e cada uma delas conta com um profissional de engenharia dedicado para identificar estas melhorias, propor soluções técnicas e obter resultados operacionais. Entre todos os processos, são avaliadas questões referentes ao consumo de recursos naturais, como água e combustíveis, o uso racional de energia elétrica e gestão ambiental.

A racionalização do consumo de energia, relacionado aos combustíveis para geração de vapor (energia direta) e à aquisição de energia elétrica (indireta), é busca constante dos profissionais envolvidos com estes processos. O desenvolvimento de novas tecnologias, ajustes operacionais, treinamentos dos profissionais garantiram grandes resultados em 2010.

Três grupos de trabalho foram criados para estudar o consumo de energia elétrica, o uso e consumo de vapor e o aumento na eficiência do reflorestamento para obter maior produtividade da madeira usada como fonte de energia.

Os grupos, formados por profissionais de diversas áreas fabris, realizaram diagnósticos e identificaram oportunidades para aumentar a eficiência energética de equipamentos e processos das unidades. A partir desses diagnósticos, foram elaboradas 420 ações divididas entre operacionais e de investimento, que terão sua execução concluída em 2011.

Como resultados desse trabalho, a BRF alcançou uma economia de energia elétrica 341.496 GJ (94.860 MWh) em 2010, quando comparada com o ano de 2009, o que representa a uma redução de 4.863,95 tonCO2eq. Esta redução não foi informada no Inventário de gases de efeito estufa da BRF porque o ano base é 2010, ou seja, em 2009 o inventário não havia sido elaborado. Já o uso da energia direta pela BRF houve um aumento de 3,8% em 2010, concentrado em fontes renováveis e uma redução de 8,6 % de energias provenientes de combustíveis fósseis. No ano, 94,89 % de toda energia direta consumida pela empresa foi de fonte renovável.

Na geração de vapor é onde ocorre o maior consumo de energia direta. Para produzi-la, as caldeiras são abastecidas com biomassa em forma de cavaco, lenha em toras ou ripas. Devido à importância deste recurso em sua matriz energética, a BRF tem meta de aumentar a produtividade dos reflorestamentos em 25%. Isso será feito pelo uso de tecnologias mais avançadas que reduzem a área necessária para o plantio.

www.cnec.com.br

Emissões evitadas da CNEC WorleyParsons equivalem a 25% de suas emissões totais

A CNEC possui um programa de gestão de GEE consolidado e auditado desde 2007

A CNEC WorleyParsons é uma das fundadoras do Programa Brasileiro GHG Protocol e aderiu à Plataforma Empresas Pelo Clima em 2011, reforçando seu compromisso com a mensuração e gestão de gases de efeito estufa (GEE) rumo a uma economia de baixo carbono. Internamente, a empresa possui um programa de gestão de GEE consolidado e auditado desde 2007.

A partir da elaboração dos inventários de GEE, foi calculado que a empresa possui uma emissão relativamente baixa comparada a outras empresas e, mesmo assim, já teve significativas reduções nas suas emissões totais desde o inventário ano-base (2007). Sob esta perspectiva, a cada ano torna-se mais complicada uma redução nas suas emissões totais. Mesmo assim, as emissões totais de 2010, três anos após a implantação do programa, tiveram uma redução de aproximadamente 23% quando comparadas a 2007.

No ano de 2009, a CNEC WorleyParsons começou a quantificar o seu potencial de emissões evitadas com o programa de reciclagem (até então somente de papel, plástico, vidro e metal). No ano seguinte, quantificou também suas emissões evitadas pela reciclagem de cartuchos de impressoras, utilização de salas de vídeo conferência (substituindo deslocamentos) e de seu programa de carona solidária. Ao analisar as emissões evitadas, a empresa consegue verificar a efetividade de seus programas na redução das emissões, melhorar o seu sistema de gestão ambiental e medir impactos positivos do seu programa, haja vista que, em um dado momento, não será mais possível a redução de suas emissões.

Por fim, as emissões evitadas em 2010 alcançaram 25% das emissões totais da empresa (as emissões evitadas não são subtraídas das emissões totais). Com este resultado, a CNEC fez uma comunicação dirigida aos seus funcionários mostrando a importância de seus programas, não somente como uma forma de diminuir as emissões de GEE, mas de maximizar os impactos positivos de sua gestão.

Avaliação das Incertezas

Outra melhoria no sistema de gestão de GEE na CNEC WorleyParsons foi a avaliação das incertezas, iniciada em 2010, e que consiste na medição da margem de erro do inventário, com confiabilidade de 95%. Neste processo foi possível melhorar a exatidão e consistência dos dados apresentados no inventário e, ainda, identificar oportunidades para reduzir mais facilmente as emissões.

Os maiores desafios estão vinculados à qualidade dos dados e à análise de metodologias, critérios e fatores de emissão utilizados na elaboração do inventário, especialmente nas emissões indiretas, que equivalem a cerca de 95% das emissões da CNEC. Essas emissões indiretas (chamadas de emissões de escopo 3 na metodologia GHG Protocol) se referem principalmente ao transporte de profissionais da residência até o trabalho e de viagens aéreas. Com a avaliação das incertezas, ocorreu uma melhoria não somente do inventário, mas do programa de gestão de GEE como um todo, incluindo os programas de redução, com destaque para o programa de carona solidária.

Page 6: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

1110

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.energiasdobrasil.com.br

EDP no Brasil incorpora o tema das Mudanças Climáticas no seu planejamento e processos decisórios

A EDP no Brasil iniciou um processo de amplo debate interno, a fim de incorporar essa questão na sua estratégia corporativa.

A EDP no Brasil é uma holding de capital aberto, com sede em São Paulo, controlada pela EDP Energias de Portugal, uma das maiores companhias do setor elétrico mundial. No Brasil a empresa atua na geração, distribuição e comercialização de energia.

A preocupação com as questões de mudanças climáticas e o caminho para uma economia de baixo carbono está em pauta na EDP. Desde 2007, a empresa elabora o inventário de emissões e, a partir de 2009, passou a contabilizar no inventário as emissões de viagens aéreas e as perdas técnicas das redes de distribuição de energia. Por atuar fortemente na geração de energia renovável, o grupo possui três projetos de Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) registrados dentro das regras do Protocolo de Quioto.

Um desafio atual é incluir as emissões dos fornecedores no escopo 3 (escopo referente às emissões indiretas de GEE, de acordo com a metodologia GHG Protocol) para isso está em curso um projeto junto aos fornecedores, dentro do Programa EDP Fornecedor Sustentável, a fim de levantar informações e posteriormente auxiliá-los na elaboração de inventários de emissões.

A EDP no Brasil, consciente de que existe um longo caminho a ser percorrido para uma economia de baixo carbono, iniciou em 2010 um processo de amplo debate interno, a fim de incorporar essa questão na sua estratégia corporativa. O tema foi discutido em nível do Conselho de Administração, no Comitê de Sustentabilidade e Governança Corporativa juntamente com professores e cientistas, especialistas em mudanças climáticas, que apresentaram os impactos das alterações do clima no setor elétrico e como as empresas poderão agir e se preparar diante de tais riscos.

As exposições foram ricas em detalhes, abordando desde exemplos de degelo dos pólos até impactos na rede elétrica aérea causada pela maior freqüência de eventos climáticos extremos. Um exemplo importante e significativo objeto de debate foi a questão das variações dos excedentes hídricos. Estudos apresentados demonstraram que as geradoras de energia deverão estar atentas e até incluir essa questão nos seus estudos para potenciais projetos. Também de realçar a opinião dos especialistas sobre a importância do engajamento das empresas em programas e organizações com o intuito de auxiliar a elaboração das legislações brasileiras em relação às mudanças climáticas.

A EDP apresentou durante a reunião projetos em desenvolvimento, como o Climagrid, o qual visa aprimorar a previsão climática na área de concessão de distribuição da EDP no Brasil, com previsões de até três meses, a fim de atender com maior prontidão o cliente no caso de interrupção de energia por danos na rede elétrica causados por eventos climáticos extremos.

A EDP acredita estar cumprindo etapas para uma economia de baixo carbono, incorporando a variável alterações climáticas em nosso planejamento estratégico e ao processo decisório, discutindo internamente em nível de Diretoria e Conselho de Administração. Deste modo, a empresa terá maiores oportunidades de ações, iniciativas e projetos.

A Ecofrotas promove a convergência entre o econômico e o ecológico na gestão de frotas e suas emissões

A Ecofrotas identificou no EPC uma oportunidade de contribuir para a integração da gestão das emissões das frotas dos fornecedores das empresas.

Devido ao fenômeno das mudanças climáticas e aos desenvolvimentos políticos relacionados, fica evidente que não é possível desassociar o conceito da mitigação das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do posicionamento sustentável das empresas. Esse contexto se reforça no caso da Ecofrotas, por a empresa atuar no segmento de transportes, uma das principais fontes de emissões de GEE.

Considerando esse fato, a própria marca Ecofrotas nasceu no processo de reposicionamento da empresa, cujo principal objetivo era passar a auxiliar os clientes a reduzir suas emissões de GEE. Hoje, essa ação é desenvolvida em paralelo à já tradicional redução de custos proporcionada pelos serviços de gestão de frotas. Além disso, a empresa passou a atuar como indutora de transformação no mercado de gestão de frotas ao englobar desde a orientação ao cliente para o uso de veículos menos poluentes, passando pelo plano de manutenção preventiva da frota, controle de utilização de combustíveis renováveis e pela conscientização de condutores sobre a importância da condução consciente. Ou seja, passou de um fornecedor para um parceiro estratégico de seus clientes.

Com o intuito de consolidar esse posicionamento, a Ecofrotas tem desenvolvido uma série de ações, incluindo a adesão à Plataforma Empresas pelo Clima. Nesse ambiente, está em constante contato com as melhores práticas em mudanças climáticas e contribui para a construção de políticas públicas que incentivam a busca por uma economia de baixo carbono. Esses processos têm lhe proporcionado um melhor entendimento dos desafios das empresas para estender o processo de gestão das emissões para suas cadeias produtivas. Com isso, foi identificada uma grande oportunidade de contribuir para a integração da gestão das emissões das frotas dos fornecedores das empresas.

Outro ponto relevante foi a percepção de que, em muitas empresas, falta uma convergência entre as áreas internas: os objetivos de sustentabilidade estão alinhados com os objetivos globais da companhia, porém, conflitam com objetivos específicos de cada área. No que se refere à gestão de frotas, em muitos casos é necessário reunir os gestores de frota e de sustentabilidade para uma tomada de decisão conjunta; só assim é possível equilibrar fatores econômicos, ecológicos e sociais.

Em paralelo a essas ações junto aos clientes, a Ecofrotas tem buscado a melhoria contínua de seus processos internos, certificando suas unidades com a ISO 14.001, respondendo voluntariamente ao Carbon Disclosure Project (CDP), elaborando o relatório de sustentabilidade no modelo Global Reporting Initiative (GRI) e realizando inventário de emissões de GEE (sendo que as emissões de 2010 foram compensadas com a compra de créditos de carbono).

Todos esses esforços podem ser resumidos no fato de que, apesar de o setor de transporte estar dando apenas seus primeiros passos em direção à sustentabilidade, empresas líderes já comprovaram os resultados da parceria com a Ecofrotas, tanto na economia da operação como na redução das emissões de CO2. Juntas, Kimberly-Clark, Vivo, 3M, Protege e Sadia já reduziram em cerca de 13% os custos de suas frotas e evitaram a emissão de 30 mil toneladas de CO2e.

Além dessas empresas, muitas outras já estão engajadas no processo para tornar sua frota mais sustentável, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. O desafio da Ecofrotas é continuar auxiliando seus clientes nesse processo, de forma cada vez mais inovadora.

www.ecofrotas.com.br

Page 7: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

1312

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.natura.com.br

Natura busca soluções para desafios climáticos por meio do Programa Carbono Neutro

Em 2010 foi alcançada uma redução acumulada de 21% nas emissões relativas de GEE da Natura.

A Natura entende que o desafio das mudanças climáticas deve ser enfrentado de forma colaborativa por todos, por isso assume seu papel na busca de soluções para a superação da crise climática e acredita que o setor empresarial tem a capacidade de influenciar o poder público e a sociedade civil de forma a estabelecer uma economia de baixo carbono. Neste contexto, foi criado em 2007 o Programa Natura Carbono Neutro, para promover uma redução contínua e significativa das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e reduzir o impacto que causa, evitando que as emissões cresçam proporcionais às operações da empresa.

O programa está dividido em pilares que orientam as ações de melhoria contínua e o aperfeiçoamento dos processos. Os pilares definidos no programa são: Inventário de GEE (medição e registro das emissões com escopo ampliado, desde a extração de recursos naturais para produção de matérias-primas até o descarte final dos conteúdos e embalagens pós-consumo), Redução (ações e processos visando redução de emissão relativa e absoluta dos GEEs) e Compensação (apoio a projetos de compensação, para neutralizar as emissões que não puderam ser evitadas, com foco em benefícios socioambientais).

Em 2007 a Natura estabeleceu um compromisso público de redução em 33% das emissões por quilo de produto faturado até 2013 utilizando como base o ano de 2006. Adicionalmente, foi assinado junto ao WWF no programa Climate Savers o compromisso de redução de 10% nas emissões absolutas (escopo 1 e 2) até 2012 com base em 2008.

Durante a caminhada para redução das emissões do GEE foi lançado em 2010 o programa Menos Carbono Mais Produtividade que incorporou diversas melhorias como: criação da calculadora de impactos ambientais direcionada para área de Inovação de Produtos; estabelecimento de políticas que restringem o lançamento de produtos mais impactantes em relação ao portfólio atual; estimadores de carbono que permitem que cada gestor possa frequentemente monitorar seu impacto e incluir a avaliação deste indicador nas tomadas de decisão de sua área; inclusão da avaliação do impacto de carbono no sistema de gestão interna de projetos. A principal entrega do programa foi criar e aprovar uma carteira de novos projetos de redução para alcançar o compromisso de redução.

Desde a criação do programa Carbono Neutro, a Natura tem realizado diversas ações para reduzir a emissão dos GEE, como: substituição do álcool comum por álcool orgânico (perfumaria e desodorantes), substituição de óleos minerais por vegetais; substituição do papel da revista Natura; maior uso de material reciclado e introdução de biopolímeros nas embalagens; abertura de novos centros de distribuição e utilização de softwares de roteirização para otimizar os transportes, diminuindo quilometragem percorrida no percurso.

Em 2010 foi alcançada uma redução acumulada de 21% nas emissões relativas. O principal desafio agora é manter este ritmo de redução e garantir a implementação da carteira dos novos projetos de forma a cumprir com nosso compromisso de redução previamente assumido.

Através de sua experiência, a Natura vislumbra oportunidades de agir junto ao Poder Público no desenvolvimento de Políticas Públicas e incentivos fiscais para redução de carbono. A empresa acredita também haver possibilidades de desenvolver trabalho em parceria com organizações de diferentes setores e segmentos para fomentar e desenvolver novas tecnologias de produção mais limpa.

Com o programa TI Verde, o Itaú Unibanco traz processos mais eficientes e sustentáveis dentro do banco

O programa TI Verde evitou deslocamentos que gerariam uma emissão de 236 toneladas de CO2.

Trabalhar a sustentabilidade em toda a sua estrutura, com uma política clara e integrada aos negócios, engajando colaboradores e stakeholders externos para assumir um papel de transformação, gerando valor para o negócio e também para a sociedade. Esse é o compromisso do Itaú Unibanco, a maior instituição financeira da América Latina e eleito o banco mais sustentável do mundo no prêmio “2011 FT/IFC Sustainable Finance Awards”, entregue pelo Financial Times e o IFC (International Finance Corporation).

Para mitigar os impactos no meio ambiente, são desenvolvidas algumas ações baseadas nos desafios relativos a critérios socioambientais e mudanças climáticas, por exemplo – dois temas da Essência da Sustentabilidade do banco. O programa TI Verde é um desses exemplos.

A TI (Tecnologia da Informação) Verde traz processos mais eficientes para toda a estrutura do banco, desde mudança de equipamentos a métodos de trabalho, buscando a redução dos custos operacionais e dos impactos no meio ambiente, como a emissão de CO2 e o consumo de energia elétrica. O programa está baseado em quatro pilares: o ciclo de vida dos produtos, a eficiência energética, o green workplace e aplicativos verdes. Vale destacar que a área de TI é responsável por, aproximadamente, 50% da energia elétrica consumida por toda a holding.

Mitigar a emissão de gases causadores de efeito estufa é um dos pontos importantes do programa. O avanço nessa questão veio com as salas de telepresença, implantadas nos pólos administrativos. Ao final de 2009, foram implantadas três salas, que simulam um ambiente real de reunião. Em 2010, o banco implementou mais cinco e, em 2011, mais quatro dessas salas, reduzindo os deslocamentos e, consequentemente, as emissões de GEE. Nas 653 reuniões realizadas nesses locais durante 2010, o Itaú Unibanco evitou que seus colaboradores percorressem 32.955 km terrestres (com economia de custos de táxi/automóveis) e permitiu que 983.892 milhas aéreas fossem economizadas (juntamente com passagens e hospedagem) – deslocamentos que gerariam uma emissão de 236 toneladas de CO2. Em 2011, os números não param de crescer.

De acordo com seu inventário de emissões de gases de efeito estufa, baseado na metodologia GHG Protocol, somente no transporte coletivo de funcionários e serviço de van o banco reduziu a emissão de 2.736,2 (tCO2e) em 2009 para 1.030,4 (tCO2e) em 2010.

A busca pela eficiência energética também está presente no programa e vem com a implementação da virtualização de servidores, modernização da infraestrutura dos Data Centers e a substituição das telas dos computadores, ao final da vida útil, pelas mais eficientes, de LCD. Dessa maneira foi evitado o consumo de energia elétrica de 19.511 GJ.

Com o programa TI Verde foi realizado também o descarte correto de equipamentos eletrônicos obsoletos. Em 2010, o desafio foi no processo de reforma para integração das agências, assim como as mudanças nos data centers, estações de trabalho e estoques, o que gerou aproximadamente, 3.800 toneladas de lixo eletrônico, que foram coletadas por empresas especializadas e descartadas corretamente. Dessa forma, envolveu-se também a cadeia de valor, ao contratar fornecedores para a reciclagem dos equipamentos, que duplicaram seu quadro de funcionários gerando empregos e evitando um comércio informal de equipamentos eletrônicos.

Para 2011, o desafio é diminuir ainda mais a emissão de gases ampliando as salas de telepresença, inclusive para pontos internacionais, entre outros processos de melhoria dos ambientes de tecnologia.

www.itau.com.br

Page 8: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

1514

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Figura 1 - Ganhos potenciais em termos de energia

Figura 2 - Ganhos potenciais em termos de emissões de GEE

Além deste caso, que serve como exemplo de eficiência energética e redução de emissões de GEE aplicável a empresas que atuam neste segmento de negócio, outras termelétricas em operação possuem cogeração e fornecimento de vapor para unidades vizinhas da companhia.

Cogeração em Termelétrica da Petrobras evita emissões da ordem de 453 mil toneladas de CO2 equivalente por ano

Ação faz parte de estratégia de maximizar a eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de GEE

A Petrobras, como uma das maiores empresas de energia do mundo é, também, uma das empresas que mais investem em conservação de energia. A companhia declarou, como um de seus objetivos estratégicos, maximizar a eficiência energética e reduzir a intensidade de emissões de gases de efeito estufa (GEE), atingindo patamares de excelência na indústria de Óleo & Gás, e contribuindo para a sustentabilidade do negócio. E estabeleceu compromissos voluntários de melhoria de eficiência energética em suas instalações associados a um plano de investimentos de US 1,2 bilhão para o período de 2010 a 2015.

Um caso de projeto de eficiência energética que acarreta em redução de emissões de GEE é o sistema de cogeração da Usina Termelétrica Euzébio Rocha (UTE-EZR) em Cubatão-SP. A usina surgiu como uma oportunidade de negócio para área de Gás e Energia e de modernização do sistema termoelétrico da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), da área de Refino, vizinha ao local de implantação da usina. Desta forma, a UTE-EZR foi concebida em ciclo combinado com cogeração, possibilitando fornecer vapor de forma mais eficiente para a refinaria.

Antes da entrada em operação da UTE-EZR, a RPBC provia suas necessidades de vapor através de caldeiras acionadas, prioritariamente, por óleo combustível complementado por gás natural. Estes equipamentos apresentavam rendimento da ordem de 75% e estavam em operação há vários anos.

A UTE-EZR foi concebida com uma turbina a gás, uma caldeira de recuperação de calor e uma turbina a vapor. Além disso, caldeiras auxiliares fornecem a necessidade restante de vapor para a refinaria. Com isso, além da capacidade de suprir 415 tvapor/h, a usina é capaz de produzir 196 MW médios de energia elétrica, dos quais cerca de 37 MW são comprados pela própria refinaria para atender sua demanda elétrica e o restante é exportado para o Sistema Integrado Nacional (SIN).

Analisando os cenários apresentados nas Figuras 1 (energia) e Figura 2 (emissões), tem-se que, durante a operação isolada da refinaria, esta consumia aproximadamente 13.000 TJ/ano de combustíveis para o acionamento das caldeiras antigas. Simulações feitas para uma UTE do mesmo porte da UTE-EZR revelaram que, caso a usina fornecesse somente energia elétrica sem a cogeração, esta consumiria aproximadamente 10.400 TJ/ano. Esta configuração simulada resultaria em uma estimativa total de consumo de energia de 23.400 TJ/ano e emissões de 1.463 mil tCO2e/ano.

A partir da integração entre a refinaria e a cogeração da UTE-EZR, o consumo de combustível da UTE-EZR situou-se em aproximadamente 19.500 TJ/ano, com atendimento às demandas térmica e elétrica da refinaria. Isto resultou em um potencial de redução de 453 mil tCO2e/ano em emissões e de aproximadamente 3.800 TJ/ano em consumo de combustíveis. As estimativas de emissões em CO2 equivalentes levam em conta os principais Gases de Efeito Estufa: CO2, CH4 e N2O calculados pelo Módulo de Simulação do Sistema de Gestão de Emissões Atmosféricas da Petrobras (SIGEA®).

www.petrobras.com.br

Page 9: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

1716

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.santosbrasil.com.br

Santos Brasil reduz emissões em 14% referente às operações no Tecon Santos, conforme índice adotado pela empresa

Uso de caminhões novos e otimização das operações com guindastes de pátio são algumas das ações implementadas pela companhia para diminuir suas emissões

A Santos Brasil é a primeira empresa do setor portuário a integrar a Plataforma Empresas pelo Clima (EPC). A companhia vê como uma das grandes vantagens do EPC e sua integração com o Programa Brasileiro GHG Protocol, o apoio técnico e científico para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em suas operações.

O mapeamento das emissões de GEE da Santos Brasil começou em 2007 no Tecon Santos, terminal localizado na margem esquerda do complexo portuário Santista, e a partir de 2008 passou a incluir também unidades de logística. O índice adotado na análise da Santos Brasil considera a atividade exercida pela empresa: emissões de CO2 equivalente por TEU movimentado (unidade referente a um contêiner de 20 pés).

O diagnóstico do último inventário de emissões referente às operações de 2010 no Tecon Santos, comparado com o inventário de 2009, demonstrou que o índice apresentou redução de 13,63%: total de 13,3 quilos frente a 15,4 quilos em 2009. De acordo com o inventário, em 2009 as emissões somaram 15.927 de toneladas de CO2 equivalente para 1,032 milhão de TEU movimentados no terminal. Já em 2010, o total de emissões foi de 17.932 toneladas de CO2 equivalente para uma movimentação de 1,351 milhão de TEU.

Contribuíram para reduzir a emissão de CO2 no Tecon Santos medidas diretas na operação como a ampliação do uso dos RTGs (Rubber Tire Gantry), equipamentos que fazem a movimentação de contêineres nos pátio, o que possibilitou a diminuição do uso das Stackers (empilhadeiras de contêineres). Com isto, a queima de combustível foi menor e a emissão de CO2 na operação de movimentação no pátio teve uma redução de 46,06%, na comparação com o inventário de 2009.

Outro ponto favorável à redução nas emissões de GEE no terminal foi a aquisição de uma nova frota composta por 16 caminhões para o transporte terrestre de contêineres. Embora o número de veículos tenha aumentado de 95 para 111 em 2010, houve diminuição de 6,37% de emissões, na comparação com 2009.

Entre os principais objetivos do inventário de GEE da Companhia estão: revisão da matriz energética – composta, hoje, no Tecon Santos, majoritariamente, pelo óleo diesel e eletricidade – e a busca por fontes mais limpas e renováveis para as operações. Desde 26 de setembro de 2011, todos os 58 veículos leves da frota do terminal e das unidades de logística da empresa em Santos e São Paulo, passaram a usar etanol como combustível, em substituição à gasolina. A maior vantagem do etanol de cana-de-açúcar é de praticamente zerar as emissões de CO2.

Outras ações pontuais visam à conscientização ambiental para minimizar o impacto causado. É o caso do projeto de “Carona Corporativa”; coleta seletiva, que recicla 90% do resíduo gerado em todas as suas unidades; e também o tratamento de esgoto no Tecon Santos.

A Santos Brasil pretende continuar trabalhando na redução de suas emissões nos próximos anos. A empresa já estuda a possibilidade de eletrificar equipamentos a diesel como os RTGs (Rubber Tire Gantry) e o uso de combustíveis menos poluentes como GNV e biodiesel na frota própria de caminhões.

www.santander.com.br

Santander promove replantio e contribui para o combate às mudanças climáticas

A iniciativa já compensa 100% das emissões diretas e indiretas do Santander

É possível construir um negócio e, ao mesmo tempo, gerar impactos positivos para a sociedade? O Santander acredita que sim. Foi pensando nisso que, em 2009, o banco tornou-se parceiro da Fundação Getulio Vargas na Plataforma Empresas pelo Clima, o que tem contribuído para a evolução da temática das mudanças climáticas na organização.

Antes disso, já havia a estruturação de uma governança climática, incluindo iniciativas para a redução de emissões de gases do efeito estufa. Desde 2005, o Santander já reduziu as emissões por funcionário em 75%, mas apesar de todos os esforços ainda restavam emissões que não puderam ser reduzidas.

A criação elaboração de um Projeto de reflorestamento de áreas degradadas foi uma forma de contribuir ainda mais para o combate à mudança do clima, uma vez que contribui para compensar as emissões que não puderam ser reduzidas.

Inicialmente, o projeto contemplou o Vale do Ribeira, conhecido por ser uma das piores realidades sociais da região sudeste. Segundo o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), a região possui os mais baixos indicadores de saúde, educação e desenvolvimento do Estado de São Paulo. Foi por esses motivos que o Santander escolheu a região para dar início ao projeto.

O Projeto promoveu, em seu primeiro ano, o reflorestamento de 84 hectares de terras nas regiões de Registro e Barra do Turvo, em São Paulo. Por meio da parceria estabelecida com a ONG Gerar, além da recuperação ambiental, a comunidade local foi envolvida e foram desenvolvidos projetos de capacitação e geração de renda para os moradores, relacionados à recuperação e à manutenção das áreas recuperadas.

Alguns exemplos destas iniciativas são a estruturação de cooperativa para criação de mudas de espécies nativas e a capacitação da comunidade para realização do manejo sustentável das 40 mil mudas de palmito Juçara plantadas pelo Projeto na bacia do Rio Juquiá. A ideia é fornecer condições para que a comunidade possa se manter a partir desse aprendizado e do manejo sustentável da floresta.

A Barra do Turvo, que tem parte de seu território dentro do Parque Estadual de Jacupiranga, teve sua área degradada pela pecuária de búfalos. Como solução para a região foram plantadas espécies nativas da região de Mata Atlântica. Em 2010, o Floresta Santander entrou em sua segunda fase, com plantio no Norte do Paraná, em áreas igualmente degradadas, para recomposição de mata nativa.

Atualmente, o projeto, que começou a ser implantado em março de 2008 no Banco Real, já compensa 100% das emissões diretas (frotas de veículos, helicóptero, geradores) e indiretas (eventos, cursos, treinamentos e viagens) do Santander. Até agora foram plantadas um total de 281.125 mudas de árvores.

Além do Projeto de reflorestamento, o Santander possui outras iniciativas socioambientais que podem ser consultadas no portal da instituição.

Page 10: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

1918

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.ticket.com.br

O cálculo e a gestão de emissões de gases de efeito estufa reafirmam compromisso histórico da Ticket com a questão ambiental

O Ticket Car Carbon Control calcula as emissões de CO2e a partir do consumo de combustível nas frotas dos clientes

O desejo de exercer um papel social relevante está na origem da Ticket, empresa do Grupo Edenred. Esse posicionamento foi concretizado com a mudança da plataforma tecnológica de papel para cartões eletrônicos; programas internos de conscientização e coleta seletiva do lixo; utilização de papel 100% reciclado no Ticket Restaurante; mudança para um prédio sustentável (certificação LEED); substituição das impressoras e dos monitores convencionais por telas de LCD, gerando economia de 40% de energia, bem como de 30% do consumo de impressão.

Em 2009, a Ticket foi uma das fundadoras da Plataforma Empresas pelo Clima (EPC) e, no ano seguinte, constituiu o Comitê de Responsabilidade Social Corporativa. Esse engajamento resultou no Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), com a verificação da Bureau Veritas Certification. A adesão ao EPC também consolidou uma oportunidade de negócios com o Ticket Car, líder em gestão de frotas no mercado de transportes. A partir do controle do abastecimento de 350 mil veículos atendidos pelo produto, a Ticket desenvolveu ferramentas para o cálculo das emissões de GEE, de acordo com a metodologia GHG Protocol: o Ticket Car Carbon Control, que calcula as emissões de CO2e a partir do consumo de combustível nas frotas dos clientes, para efeito de redução, e o Ticket Car Carbon Free, programa de compensação para as emissões inevitáveis.

A participação no EPC permitiu a apresentação de propostas e a consolidação do Ticket Car Carbon Control com a verificação da PriceWaterhouseCoopers. A produção do inventário trouxe desafios, como a criação de procedimentos para a coleta de dados; identificação das emissões das atividades do escopo 3 (escopo referente às emissões indiretas de GEE, de acordo com a metodologia GHG Protocol) e a definição de indicadores de performance alinhados com o Sistema de Gestão Ambiental da ISO 14001 (em implantação).

Internamente, foram reduzidas as linhas de ônibus fretados, minimizando os efeitos da maior fonte de emissões: o transporte dos colaboradores. Para não prejudicar os usuários, a empresa lançou a “Carona Solidária”, campanha em que caroneiros e caronistas se cadastram na intranet, otimizando o uso dos veículos particulares. Outras medidas serão tomadas e as emissões inevitáveis serão compensadas com projetos socioambientais. A Ticket trabalha ainda na definição de uma Política Ambiental para fundamentar o Sistema de Gestão Ambiental no âmbito da Certificação ISO 14001 em curso.

Externamente, os novos produtos Ticket Car viabilizam melhorias na gestão das frotas por parte das empresas, promovendo a redução ou compensação de emissões. A Ticket concentra esforços na divulgação dessas ferramentas e na promoção de ações de conscientização dos gestores.

Entre os próximos passos visualizados pela Ticket estão: estabelecer um novo paradigma de gestão para definir as metas de redução e compensar as emissões de 2010, investir em ferramentas sustentáveis, conhecer a pegada de carbono dos produtos e influenciar os fornecedores na adoção dos preceitos da economia de baixo carbono.

www.suzano.com.br

A Suzano torna-se pioneira ao quantificar a pegada de carbono de seus produtos

A Suzano conquistou o selo “Carbon Reduction Label” da Carbon Trust, se comprometendo a reduzir as pegadas de carbono de seus produtos.

A Suzano é uma empresa de base florestal, com 87 anos de atuação nos segmentos de celulose de mercado e papel. É a segunda maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, e está entre as dez maiores de celulose de mercado e líder no mercado de papel no Brasil e na América Latina. Em 2010, com a definição de um novo posicionamento estratégico, sua atuação da ganhou duas novas frentes: energia renovável e biotecnologia.

Por tratar-se de uma empresa de base florestal, a sustentabilidade está inserida na estratégia da Suzano. Entre os diversos trabalhos voltados à sustentabilidade, a Suzano acredita na importância do tema mudanças climáticas. Portanto, tem desenvolvido projetos que direcionem seus negócios a uma Economia de Baixo Carbono.

O projeto da pegada de carbono, iniciado em 2009, compreende o cálculo das emissões de GEE associadas ao ciclo de vida dos produtos. Os limites de cálculo da pegada de carbono variam conforme a categoria do produto. Para a quantificação da pegada de carbono de produtos B2B, o escopo de cálculo inclui desde a etapa de produção de matérias-primas até a distribuição do produto (portão do cliente). Já para os produtos B2C, o cálculo é considerado do “berço ao túmulo”, ou seja, todas as atividades até a disposição final.

Esse trabalho levou a Suzano a ser a primeira empresa do setor de celulose e papel no mundo e a primeira da América Latina entre todos os setores a quantificar as pegadas de carbono de seus produtos baseada na metodologia PAS 2050 e certificar com o selo Carbon Reduction Label.

A metodologia PAS 2050 foi a primeira e ainda hoje é a única publicada para o cálculo de pegada de carbono de produtos. A instituição Carbon Trust como entidade validadora e certificadora do processo, concedeu aos produtos o selo Carbon Reduction Label. Esse selo impõe à Suzano um compromisso de redução das pegadas de carbono de seus produtos. A cada dois anos essas serão recalculadas e novamente verificadas pela Carbon Trust. E deverão apresentar uma redução para a manutenção do selo. Para isso, a Suzano já tem em curso um processo de análise de oportunidades de redução de emissões de GEE em seus processos florestais e industriais.

Por esse motivo a Suzano enxerga o compromisso de redução como um dos principais desafios relacionados à sustentabilidade de suas atividades. Este desafio está diretamente conectado com a preocupação e o compromisso que a Suzano tem em oferecer produtos de excelência aos seus clientes e consumidores.

Page 11: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

20

Disclaimer: A empresa atesta e se responsabiliza pela veracidade e rigor das informações relatadas. A Fundação Getulio Vargas se exime de quaisquer responsabilidades sobre as informações prestadas pela empresa. A publicação dos cases não implica em endosso ou aprovação das práticas da empresa pela Fundação Getulio Vargas.

www.vale.com

Vale atua com o compromisso de contribuir para o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono

A Vale busca a redução de emissões de GEE por meio da gestão de projetos de redução e sequestro de carbono

No dia a dia de suas atividades, a Vale atua de acordo com as Diretrizes Corporativas sobre Mudanças Climáticas e Carbono, instituídas em 2008. A Vale elabora o seu inventário de emissões de gases de efeito estufa (GEE) desde 2005. Esta iniciativa permitiu à empresa conhecer o seu perfil de emissões, e, a partir de então, desenvolver estratégias e planos para seguir o modelo de desenvolvimento baseado em uma economia de baixo carbono. Alguns exemplos dessas ações são: investimentos na proteção de florestas e outros ecossistemas; pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias; melhoria na eficiência energética e intensificação do uso de fontes renováveis de energia. Além disso, a Vale apoia e participa da mobilização conjunta de organizações setoriais, governo e empresas a fim de contribuir com o desenvolvimento de marcos regulatórios, na busca de soluções para as mudanças climáticas.

Emissões de Gases de Efeito Estufa

A Vale divulga informações sobre suas emissões de GEE através do Relatório de Sustentabilidade (GRI), do Carbon Disclosure Project (CDP), e do Programa Brasileiro GHG Protocol. A empresa foi a única mineradora reconhecida com o selo de ouro pelo programa, por ter seu inventário de emissões de GEE completo e verificado no ano de 2010.

Visando à melhoria contínua e ao aumento de sua aderência aos cinco princípios do GHG Protocol, em 2010 a Vale forneceu treinamentos específicos em emissões de GEE para seus funcionários engajados no tema e ampliou e desagregou sua etapa de análise crítica dos dados de atividade do inventário (Transparency). Este esforço resultou na redução de incertezas (Accuracy) e elevou a robustez do levantamento.

Como parte da estratégia de redução de GEE, a empresa busca a redução contínua de emissões específicas de GEE por meio da gestão do seu portfólio de projetos de redução e sequestro de carbono. Para isto, iniciou em 2009 a implantação de um Plano de Ação em Sustentabilidade (PAS) visando o estabelecimento de melhorias nos indicadores relacionados às mudanças climáticas.

Além disso, a empresa trabalha fomentando a redução de emissões de seus fornecedores e clientes. A Vale aderiu ao CDP Supply Chain, iniciativa que permitirá engajar os fornecedores no tema de mudanças climáticas e melhorar as emissões de escopo 3 (escopo que se refere à emissões indiretas, de acordo com a metodologia GHG Protocol). Também está em andamento um projeto-piloto de análise de ciclo de vida de um produto da Vale (pelota de ferro da operação de Vargem Grande) , que contempla o cálculo da sua pegada de carbono, ou seja, suas emissões desde a produção dos insumos utilizados até a entrega e consumo do cliente final.

A Vale entende que a adoção de uma meta global de redução de emissões de GEE é essencial para a mitigação dos impactos da mudança do clima. A fim de impulsionar a redução de suas emissões e de tornar os seus processos produtivos mais eficientes, a empresa validará a sua meta em 2011.

Page 12: Casos de Sucesso na Gestão do Carbono · Braskem investe em matérias primas renováveis e tecnologias inovadoras para reduzir sua intensidade de emissões de ... Vale atua com o

Av. 9 de Julho, 2029 - 11° andar - Bela Vista - São Paulo/ SPCEP: 01313-902 Telefone: +55 (11) 3799-3342

www.fgv.br/ces/epc

O Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) é um espaço aberto de estudo, aprendizado, reflexão, inovação e de produção de conhecimento, que atua na formulação e acompanhamento de políticas públicas, na construção de instrumentos de auto-regulação e no desenvolvimento de estratégias e ferramentas de gestão empresarial para a sustentabilidade, no âmbito local, regional, nacional e internacional.