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B747 Boston, Thomas (1676-1732) A força de Cristo ilustrada na fraqueza do seu povo – Thomas Boston Traduzido e adaptado por Silvio Dutra Rio de Janeiro, 2021. 31p, 14,8 x 21 cm 1. Teologia. 2. Vida cristã. I. Título CDD 230

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B747 Boston, Thomas (1676-1732) A força de Cristo ilustrada na fraqueza do seu povo – Thomas Boston Traduzido e adaptado por Silvio Dutra Rio de Janeiro, 2021. 31p, 14,8 x 21 cm 1. Teologia. 2. Vida cristã. I. Título CDD 230

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“Porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.(2 Cor. 12: 9)

O Senhor liderando seu povo através do deserto

deste mundo, existem muitos mistérios daprovidência que são muito elevados para elescompreenderem; de modo que, após o maisestreito escrutínio neles, eles devem concluircomo Sal. 77:19. "O teu caminho está no mar, e oteu caminho nas grandes águas, e as tuas pegadasnão são conhecidas." Mas a luz de glória futura irásatisfazer seu senso quanto a todas as etapasparticulares; e até que esse momento chegue, háuma luz da Palavra que pode satisfazer a fé como odesígnio geral deles; e o texto tem um feixe demuita luz nele. Nas palavras, primeiro, observe aconexão apontando para o mistério deste feixe deluz que foi enviada para limpar; "Porque o meupoder se aperfeiçoa na fraqueza.” Para quepossamos ver ao que isso visa, devemos olhar paratrás, para o relato anterior; onde encontramos,

(1.) Paulo arrebatado ao terceiro céu, enquantoainda vivo, verso 2.

(2.) O mesmo Paulo logo depois em uma espéciede inferno na terra; onde ao invés do olharprazeroso e o sabor da felicidade da sociedadecelestial que ele teve, ele se encontra em umcombate próximo ao diabo, verso 7; a quem, se

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não viu com os olhos, certamente sentiu o peso desuas mãos sobre seu corpo e espírito; pois eu achoque não há razão para retroceder do sentidoliteral do texto.

(3.) Paulo orando uma e outra vez nesta situaçãohumilde, para ser tirado dela, verso 8. "Por issoroguei três vezes ao Senhor, para que fosseembora de mim."

(4.) A resposta dada à sua oração, da qual o texto éuma parte. E aqui está, em primeiro lugar, aresposta precisa à sua petição: "Minha graça ésuficiente para ti". Onde há,

(1.) Algo implícito, que o Senhor não se importavaem dar a carga de cavalaria ainda, mas o combatedeveria continuar por mais tempo, e por quantotempo Paulo não conhecia.

(2.) Algo expresso, que ele teve, que não devehaver medo do assunto, "Minha graça é suficientepara ti."

Agora, em segundo lugar, nosso texto é a razãojustificativa desta resposta; não de expressar emparte a suficiência da graça do Senhor; mas aparte implícita, a conduta divina em deixar abatalha continuar, embora que desta vez foi comum barulho confuso e roupas rolando em sangue.Que Paulo, não tropece nisso; eu tenho umdesígnio para que este sofrimento devecontinuar, e não dar o golpe decisivo ainda.

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Em segundo lugar, o feixe de luz esclarecendoeste mistério em geral para a fé: "minha força seaperfeiçoa na fraqueza." Onde está definidoadiante,

1º. Um jugo amigável de força divina e fraqueza dacriatura. Havia de fato aqui um espírito malignomuito poderoso, unido em uma hostil maneiracom carne e sangue fracos; de modo que tinhameles dois, sem nenhuma interposição do céu, foideixado para disputar, o primeiro teria rasgadoeste último em mil pedaços. Mas havia uma mãodivina invisível com a parte fraca, que a apoioucontra a forte.

2º. A ilustração da glória da força divina por estaconjunção com a fraqueza da criatura; "Minhaforça é aperfeiçoada na fraqueza." Onde,

1. Considere de quem é esta força. É do Senhor aquem Paulo orou, versos 8 e 9: e aquele era oSenhor Jesus Cristo, verso 9. Para ele Paulo orou,neste combate com Satanás, sendo ele quem porseu ofício iria ferir a serpente. Onde parece queele é o verdadeiro Deus, Deus, por natureza, comosendo o objeto de adoração divina, e o sujeito depoder divino soberano, Colossenses 2: 9. "Poisnele habita toda a plenitude da divindadecorporalmente.”

2. Qual é a sua força. Certamente compreende aforça de sua graça hospedada nele comoMediador, mas não se limita à sua perfeição

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moral, mas assume todo o poder divino, pelo qualele é capaz de fazer todas as coisas pela criaturafraca, qualquer que seja sua fraqueza: porque aspalavras são gerais.

3. Um daqueles campos em que se exerce,fraqueza. Exerce-se no forte, tanto no céu comona terra; e sem ele o mais forte seria fraco como aágua. Mas nesta terra há ocasião por se esforçarnos fracos, em suas fraquezas; trabalhando em,por e com a fraqueza real e fraqueza sentida dacriatura.

4. Com que vantagem ele se exerce na fraqueza dacriatura: ele é "feito perfeito". Existe um duploaperfeiçoamento de uma coisa: O primeiro, real,adicionando a ele algo que faltava para completá-lo, e o poder de Cristo sendo infinito, é capazdisso; e o outro, manifestação, pela qual aquiloque foi operado antes passa a ser descoberto,como o sol saindo de uma nuvem. Portanto, a"força de Cristo se aperfeiçoa na fraqueza": elabrilha de forma mais ilustre, que parece, porassim dizer, sozinha, não misturada com a forçada criatura.

(Nota do tradutor: Este é um princípio geral naatuação de Deus em relação a seus filhos, a saber,que toda a força que eles possuem procede daparte do Senhor para eles, pela atuação da Suagraça. Dizemos princípio geral, porque o modo damanifestação deste poder divino opera dediversas maneiras, quer nos livrando

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imediatamente ou não das fontes de nossastribulações, especialmente daquelas deprocedência satânica, mas sempre nos assistindode forma que não venhamos a desfalecer, oudesanimar definitivamente caso seja permitidoque estas fontes de aflições se prolonguem porum longo tempo. Todavia, não somos impedidosde orar por livramento em nenhuma ocasião,como o próprio Paulo não o foi em suaexperiência, quando clamou ao Senhor em trêsocasiões distintas, mas somos, tanto quanto ele,ensinados de que devemos confiar-nosinteiramente ao Senhor e à Sua graça, na firmecerteza de que Ele nos guardará de todo mal e nosfortalecerá com o Seu próprio poder, ainda queaquilo que deu causa à nossa aflição não sejaimediatamente removido. Seremos aperfeiçoadosem nossa experiência com o Seu poder, quandoconstatarmos que toda a força do inferno, e todosos principados e potestades do mal, têm querecuar quando Ele se levanta para batalhar pornós e expulsá-los. Além disso, Ele fortalecerá onosso próprio coração, enchendo-nos do EspíritoSanto, de modo que podemos dizer juntamentecom Davi: “posso pisar uma tropa e saltar asmuralhas”. Se nos faltasse esta parte principal nolivramento do mal, poderia acontecer que a causado nosso sofrimento fosse removida, e ainda nossentíssemos acorrentados pelo mal, ou ansiosos etemerosos pelo seu retorno em circunstânciasainda piores. Por isso é dito de “aperfeiçoamento

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de poder”, porque é algo completo que o Senhorrealiza por nós e em nós. É algo que nos conduziráà libertação real de nossa alma, que se expressaráem louvores e glorificação de Deus, com grandealegria e paz de coração.

“7 E, para que não me ensoberbecesse com agrandeza das revelações, foi-me posto umespinho na carne, mensageiro de Satanás, parame esbofetear, a fim de que não me exalte.

8 Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que oafastasse de mim.

9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque opoder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois,mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mimrepouse o poder de Cristo.

10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nasinjúrias, nas necessidades, nas perseguições, nasangústias, por amor de Cristo. Porque, quandosou fraco, então, é que sou forte.” (II Coríntios12.7-10)

DOUTRINA. A força e poder de nosso SenhorJesus Cristo, sendo aperfeiçoado ou ilustrado nafraqueza da criatura, suficientemente revela acapacidade de manter seu povo, contanto que elerealmente faça, lutando em circunstâncias defraqueza neste mundo. Ao lidar com estadoutrina, eu devo:

I. Considerar esta dispensação.

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II. O assunto resolvido.

III. Aplicação.

I. Primeiro, devemos considerar esta dispensação.O pai entregou todo o julgamento nas mãos doFilho: Cristo, o mediador tem a responsabilidadede conduzir todos os seus redimidos do mundo,para a terra prometida, João 5:22; Is. 55: 4. E aquiestá a Sua conduta nesse assunto, este é o cursodeclarado de Suas dispensações, mantendo-oslutando por muito tempo em circunstâncias defraqueza. E aqui considere, primeiro, o lugar dele.Esse é apenas este mundo. Começa com elescomo logo que, acreditando nele, se resignem àsua conduta: ele continua com eles o tempo todo,enquanto eles estão no caminho: mas quando eleos tem em casa no céu, essa dispensação está parasempre estabelecida à parte quanto a eles. Nãotem lugar a não ser neste mundo inferior. Paulo,na época em que se tornou cristão, teve uma lutacontínua, até ser arrebatado até o terceiro céu,Rom. 7:24. Mas quando ele voltou, ele caiu emtribulação; e o primeiro ataque foi muito terrível.

Em segundo lugar, a natureza disso; que podemosincluir nestes dois.

1º. Ele os obriga a uma luta, Mat. 11:12, "O reino docéu sofre violência, e os violentos o tomam pelaforça." Eles não devem esperar uma passagemfácil pelo mundo para a terra prometida; masdevem confiar nele para o conforto desejado até

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que cheguem ao fim da sua jornada. Eles sãoobrigados a fazer isso,

1. Em que ele coloca grandes partes de trabalhoem suas mãos, fazendo e sofrendo neste trabalho.Ele não vai permitir que fiquem ociosos: todo dialançará seu próprio trabalho, que a menos queadormeçam, encontrarão suas mãos sendoenchidas todos os dias. E se a qualquer momentoeles adormecerem, quando eles acordarem, elesverão seu trabalho aumentado em suas mãos.

2. Nisso ele permite que encontrem grandeoposição. O vento de providência do céu, muitasvezes sopra forte em seu rosto por seusjulgamentos, Gn 22: 1. O vento da tentação doinferno e oposição desse ar nunca cai, e às vezessobe muito turbulento, e torna-se tempestuoso,como no caso do apóstolo aqui, verso 7.

Enquanto isso, eles não devem sair correndo dotrabalho e alugar uma casa até que tudo fiquecalmo; mas devem se manter em seu caminho.Isso constitui a luta, Ef. 6:12, "porque a nossa lutanão é contra o sangue e a carne, e sim contra osprincipados e potestades, contra os dominadoresdeste mundo tenebroso, contra as forçasespirituais do mal, nas regiões celestes.”

2º. Embora ele os obrigue a esta vida de luta, ele,na profundidade de sua sabedoria os mantém emcircunstâncias de fraqueza; e essas circunstânciassão de,

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1. Fraqueza real; pelo que acontece, que elesrealmente sentem dentro de si uma falta deestoque suficiente de habilidade para gerenciarseu trabalho,e lutar e forçar seu caminho atravésda oposição feita eles no mesmo. Ele mesmoreconhece que esta é a maneira de gerenciar seupovo, para que eles ponham a mão na boca esilenciem seus argumentos, João 15: 5, "Sem mimnada podeis fazer."

(Nota do tradutor: Especialmente, quando muitousado pelo Senhor, e em consequência, atraindosobre si muita oposição da parte do inferno,importa que o crente seja mantido em condiçõesde fraqueza, para que não se exalte com o sucessoda obra que realiza, conforme seria insuflado parao orgulho pela carne e pelos espíritos malignos, ecaso fosse suprido com muitas atenções e bensmateriais da parte de Deus, a tentação para fazerum mau uso dos mesmos seria sempre presente.Isto explica por que tendo odiado a Esaú foi-lhepermitido pelo Senhor adquirir riquezas e poder,e ser poupado de muitas tribulações, porqueafinal não era Seu filho, e Ele somente corrige edisciplina aqueles a quem ama, como foi o caso deJacó a quem tendo amado cobriu de tribulaçõespara que sempre se mantivesse humilde diantedEle, para que pudesse exaltá-lo com as visitaçõesda Sua graça, que não somente o fortalecia paraenfrentar sem desanimar tudo o que sofreu,como a cumprir o propósito divino em sua vidapara formar a partir dele um povo exclusivamente

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Seu, ao qual foi dado o novo nome que Ele haviadado ao patriarca: Israel.)

2. Sentir fraqueza. Eles não são fortes o suficientepara seu trabalho, e ele os torna sensíveis que éassim, 2 Coríntios 3: 5, "não que, por nós mesmos,sejamos capazes de pensar alguma coisa, como separtisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiênciavem de Deus." Para que tanto os construtorescomo os portadores do templo do Senhor, sãoobrigados à uma voz a dizer: "Se o SENHOR nãoedificar a casa, em vão trabalham os que aedificam; se o SENHOR não guardar a cidade, emvão vigia a sentinela.", Salmos 127: 1. E se aqualquer momento eles perdem o senso de suafraqueza, é sua maneira de deixá-los em seupróprio peso, até que, ao cair, os que se julgamespertos sejam levados a um senso de suafraqueza; como no caso de Pedro.

Mais particularmente, nosso Senhor mantém seupovo enquanto aqui,

1º, Sempre em circunstâncias de fraqueza natural;e essas,

1. De pura fraqueza natural, uma fraqueza que étrabalhada com carne humana, embora suaorigem, Is 40: 6, "Toda carne é erva, e toda a suaglória é como a flor do campo." As testemunhasaqui estão, a necessidade de comer, beber,dormir, etc. com os quais os tabernáculos debarro devem ser escorados diariamente.

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2. De fraqueza natural pecaminosa; não que ele ostenha trazido sob tal fraqueza, mas ele permiteque estejam sob ela. Existem resquícios dacorrupção da natureza em todos eles, o que ostorna uma companhia de pobres fracos gemendo,Rom. 7:24. A Graça entrou de fato, mas acorrupção ainda não foi totalmente eliminada. Oscananeus são deixados na terra, e eles não sãocapazes de limpar a terra deles. E nisto acorrupção da natureza tem um forte viés, em cadaum deles, para algum mal particular, de acordocom seus vários temperamentos e circunstâncias,"o pecado que facilmente os assedia", Heb. 12: 1.

2º. Frequentemente em circunstâncias defraqueza acidental, através de uma variedade deaflições, provas e tentações, enfraquecendo seuscorpos, ou enfraquecendo seus espíritos, ouenfraquecendo ambos juntos; como no caso dePaulo aqui. Os detalhes deste tipo são numerososdemais para entrar em detalhes.

Em terceiro lugar, a dificuldade de lançar sobreesta dispensação. Este é um nó duplo que há aqui.

1. O primeiro reside em que ele pode colocá-losfora dessas circunstâncias de fraqueza, mas ele osmantém nelas. O primeiro não pode serquestionado, uma vez que seu poder divinopoderia tê-los aperfeiçoado no momento deconversão, natural e moral: o que fará para suasalmas na morte, para suas pessoas naressurreição, ele poderia fazer no momento de

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sua união com ele. O último é manifesto a partirda experiência de seu povo em todas as épocas elugares deste mundo.

2. O segundo está nas consequências destadispensação. Coisas fracas agem fracamente,deixando as marcas de sua fraqueza em tudo oque fazem, e gemem sob o todo. Aqui asdificuldades da criatura e as pressões são a partemais fácil; mas o pecado, e desonra a Deus queeventualmente os atende sob esta dispensação, dáo nó mais estreito, e faz com que muitos busquema libertação.

II. Em segundo lugar, devemos considerar aquestão de esclarecer esta dispensação; isto é,que a força e poder de Cristo é ilustrado nafraqueza da criatura. E aqui nós mostraríamos,

1. Onde a força de Cristo é ilustrada no modo destadispensação; e,

2. A adequação disso.

Em primeiro lugar, onde a força de Cristo éilustrada na maneira desta dispensação.

1. Ao apoiá-los sob sua fraqueza, 2 Cor 1: 8, 9, 10.Quanto mais pronta a casa está para cair, maisaparece a eficácia do suporte que a sustenta. Adispensação da providência para alguns dossantos, ao apoiá-los sob suas pressões, é umamultidão de maravilhas: a dispensação da graçaapoiando todos eles, é um milagre continuado,

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em que a centelha da graça não se extingue, nooceano de corrupção com o qual está envolvidoem si mesmos e em outros, postos em agitaçãopelos poderes das trevas.

2. Em fazer grandes coisas por eles, fracos edesprezíveis como são. Quão ilustre brilha o poderde Cristo ao fazer "o verme de Jacó destruir asmontanhas," Is. 41:14, 15. Criaturas fracasvitoriosas sobre todo o poder do inimigo? É nostais que Cristo escolhe estabelecer sua forçadivina, seu poder divino, 2 Cor. 4: 7. Quando elepartiu com seu evangelho no mundo, Satanástinha o poder da espada, e o saber no mundo doseu lado: mas Cristo, por alguns analfabetospescadores, levaria sua vantagem contra Satanás.

3. Ao fortalecê-los pela fraqueza, Heb. 11:34.Quantas vezes é seu caso, quando no mais fraco,mais próximo de um fortalecimento; e o santodesmaiado torna-se como um gigante animadocom vinho, por um toque da mão de Cristo, e umapalavra de Sua boca! Is. 40:29, "Ele dá poder para ofraco; e para os que não têm poder, ele aumentaas forças.” Amós 5: 9, “ É ele que faz vir súbitadestruição sobre o forte e ruína contra afortaleza.” Paulo fala de sua experiência pessoaldisso, 2 Cor. 12:10, "Pelo que sinto prazer nasfraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nasperseguições, nas angústias, por amor de Cristo.Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte."Ele dá força para um efeito particular: quando o

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trabalho chega ao ponto definido, porque ele vem,de acordo com Mat. 10:19, "E, quando vosentregarem, não cuideis em como ou o que haveisde falar, porque, naquela hora, vos será concedidoo que haveis de dizer."

Então, o momento e a continuação disso falam deonde vem,que não é criado em casa, mas no céu.

4. Por último, ao trazer as coisas fracas, através detodas as suas dificuldades para casa, de formasegura a longo prazo, Sal. 73:24. Ó maravilhosoconselheiro, isso vai guiar uma companhia tãofraca, através de todas as suas armadilhas, para aglória! Como deve o poder e habilidade do pilotobrilhar, em trazer tais vasos quebrados, em meio atantas pedras e perigos, em um mar tempestuoso,seguros para pousar! Certamente, quaisquerdúvidas não devem permanecer agora com elessobre esta dispensação, quando eles colocaram opé na costa, eles vão cantar a canção de Moisés edo Cordeiro, e falar de suas dispensações inteiras,"Ele fez todas as coisas bem." Assim brilha nestadispensação,

1. A força da sabedoria de Cristo, e escreve seunome em personagens legíveis, OMARAVILHOSO CONSELHEIRO. O que senãosabedoria divina poderia conduzir tal companhiade fracos,sob tais circunstâncias de fraqueza, pormeio de todos os poderes do inimigo, para nãoperder nenhum deles! Marque essa conexão, Is.40: 28-31:

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"28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, oSENHOR, o Criador dos fins da terra, nem secansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar oseu entendimento.

29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao quenão tem nenhum vigor.

30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços deexaustos caem,

31 mas os que esperam no SENHOR renovam assuas forças, sobem com asas como águias, correme não se cansam, caminham e não se fatigam."

2. O poder de Sua mão, que eminentemente seexerce aqui. Façam grandes coisas porinstrumentos poderosos, é o modo das criaturas:mas fazer grandes coisas por meios fracos edesprezíveis, é a maneira de Cristo, porque ele éDEUS. Derrubar montanhas por terremotos, é aobra de Deus na natureza; mas para fazer umverme destruir montanhas e reduzi-las a pó, é suaobra na graça.

3. O poder de sua graça, 2 Cor. 12: 9. Aqui pareceuma semente imortal; e em seu alojamento maisno coração de uma criatura fraca, inexpugnável:de onde vem isto? Não de sua própria natureza,como qualidade criada, evidente a partir do casode Adão: mas que é a graça de Cristo, comunicadaa partir de Sua plenitude e, portanto, alimentadocomo de uma fonte contínua, João 4:14, "A água

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que eu lhe der será nele uma fonte de águajorrando para a vida eterna. "

4. Por último, a força do interesse de Cristo nocéu, que busca os fracos por tantos perdões, osmantém em estado de favor com Deus, efinalmente os obtém, apesar de todas as suasfraquezas e inutilidade, estabelecendo vasos deglória na casa superior.

Aplicação 1. Portanto, proclamamos Jesus Cristocomo um apoio adequado para atrair todos osfracos: vinde a ele então, criaturas fracas, paraque o seu poder seja exibido em vocês, para suahonra e seu bem.

Existem outros fracos além dos santos, emboranenhum tão sensato de sua fraqueza como eles.Estranhos a Cristo, vocês são fracos, mortosfracos, embora fortes em sua própria presunção.Para lhes convencer de que não sentem isso,

1. Vocês são tirados do estado em que Adão osdeixou? Não. Então você é fraco, Rom. 5: 6,"Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos,morreu a seu tempo pelos ímpios." Não somentede corpos fracos, mas de almas fracas, apesar detoda sua natural habilidades adquiridas. E édevido à baixeza do seu caso, que vocês não sãosensíveis a isso.

2. Que força você pode fazer contra a morte? 1 Cor.15:55-57.

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“55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ómorte, o teu aguilhão?

56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecadoé a lei.

57 Graças a Deus, que nos dá a vitória porintermédio de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Que força para esse encontro? Is. 40: 6. Todosdevem morrer, vocês dizem; mas os santos pormeio de Cristo são à prova do aguilhão da morte;mas que proteção vocês têm contra isso?

3. Suas próprias pernas são capazes de suportá-loperante o Tribunal de Deus? Certamente não, Sal.143: 2, "Aos teus olhos nenhum vivente serájustificado." Por que não procurais, então, abrigosob a cobertura do sangue de Cristo?

Eu digo então,

Primeiro, pecadores insensíveis, percebam suafraqueza, e venham a Cristo para receber força.Sem ele, você não vai.

Em segundo lugar, pecadores sensatos, nãodeixem sua fraqueza afastá-los de Cristo, mas simpedir-lhe que não demore a vir, Mat. 9:12. "Os sãosnão precisam de médico, e sim os doentes."Perecerão em sua fraqueza aqueles que não vêm.Que todos considerem que quem quer que sejaem quem a força da graça de Cristo não seráexibida, em um estado de união com ele, a força

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de Sua mão será exibida contra eles para sempre,em um estado de separação eterna, 2 Tes. 1: 8.

Aplicação 2. Os comunicantes podem, portanto,ser direcionados em sua abordagem, para sentirsua fraqueza, para receber o selo de Deus naaliança garantindo a força de Cristo para serpróxima a eles sob todas as suas fraquezas.

E todos os que estão voltados para o céu, podemaprender a se submeter a esta dispensação, ecolocar sua conta de viver pela fé, não pelossentidos, até que voltem para casa.

Segundo, o devir desta constituição. Vai aparecerdigno de Deus e, portanto, em razão disso deve sersatisfatório para a criatura, se você considerar,

1. Que Jesus Cristo Homem está agora no céu, eestará até o fim do mundo, Atos 3:21. Mas por estemeio seu poder divino é, para sua glória, aindailustrado no mundo. Enquanto ele estava na terra,ele está agora e então soltou um raio de sua glóriadivina: mas ele foi colocado para uma morteignominiosa nela; e seus inimigos agiram paraque ele fosse tragado pela morte como outroshomens. Mas por este meio existe uma provacontínua de sua ressurreição, ascensão e poderdivino, mantido para cima e para ser mantido nomundo até o fim, em que continuou ademonstração de Sua força na fraqueza de seupovo, 2 Cor. 4:11. "Porque nós que vivemos, somossempre entregues à morte por causa de Jesus,

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para que a vida também de Jesus possa sermanifestada em nossa carne mortal."

Considerar,

1º, Seu poder divino teve um véu lançado sobreele, quando ele estava na terra, Fp. 2: 7. e em seussofrimentos, crucificação, morte e sepultamento,ele apareceu em fraqueza humana, 2 Cor. 13: 4.Não é digno de Deus então, que agora, quando eleestiver no céu, que seu poder divino deve brilharpor sua vez no mundo; e que deveria haver umacena de fraqueza humana, em que pode exibir istocom a maior vantagem?

Em segundo lugar, esta demonstração da força deCristo na fraqueza de seu povo parece cheia deconvicção: e quanto mais fracos eles são, elesveem isso mais claramente enquanto é exercidoneles; como contrários aparecem melhor um aolado do outro. E assim a glória do poder de Cristobrilha continuamente no mundo, aos olhos dequem a sente.

3º. Embora haja um povo no mundo cercado pormuita fraqueza, mas professando suadependência da força de Cristo, e eles sãofortalecidos, em muitos casos, em pelo menos,para a convicção dos observadores; este é umobjetivo suficiente da evidência do poder deCristo para o mundo, suficiente para extrair umaconfissão disto deles, como Sal. 126: 2 - "então,entre as nações se dizia: Grandes coisas o

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SENHOR tem feito por eles.” Is. 61: 9, "A suaposteridade será conhecida entre as nações, osseus descendentes, no meio dos povos; todosquantos os virem os reconhecerão como famíliabendita do SENHOR.", ou para deixá-losindesculpáveis.

Portanto, em todos os tempos de perseguição, oapoio do céu que os confessores e mártirestiveram, trouxe muitos para o lado deles, para queo sangue dos mártires geralmente provasse ser asemente da Igreja.

Portanto, concluo que esta constituição e métodode providência e graça na igreja na terra, é umdispositivo glorioso digno de Deus, para exibir aglória de Cristo.

Lá onde ele esteve algum tempo coberto comignomínia, reprovação e desgraça, como fraco edesprezível, um verme, não um homem; umareprovação dos homens, e desprezado do povo, é asua glória exibida, Salmos 22: 5.

2. É compatível com o método do procedimentodivino em outras coisas, e assim faz com que aconduta divina seja uma só. Onde podemosobservar, que é a maneira comum de Deus,

(1.) Para realizar grandes obras por graus, e nãoimediatamente para levá-los à perfeição. Então omundo foi feito, primeiro, uma massa escuraconfusa de terra e água, e então passo a passoformado, finalizado e embelezado. Foi a velha

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criação uma obra do tempo, para a manifestaçãomais plena do Poder de Deus? É congruente que anova criação seja assim também, para ilustrar aforça de Cristo, em e por quem isso é feito.

(2.) De começos pequenos e desprezíveis paraelevar ao máximo obras eminentes, e pelos meiosmais improváveis e pouco promissores de fazerboas coisas; porque o poder de Deus aparece maisclaramente em tal situação. Do corpo de Abraãoem uma espécie de morto, e Sara uma mulherestéril, cujo útero pela idade também estavaamortecido, ele levantou uma nação como asestrelas em multidão, continuando até hoje: eolhando para o seu início, vemos Isaque um filhoúnico, em um altar,pronto para ser sacrificado; eos primeiros frutos deles por muito tempo naescravidão no Egito e, quando libertados, vagandopor quarenta anos no deserto. Quão congruente é,então, que a multidão inumerável que deve porfim, ficar no monte Sião acima, ao redor do trono,em mantos brancos e palmas nas mãos deve serlevada para lá em vez de se deitar entre as panelase vagar por muito tempo no deserto?

3. Particularmente, é compatível com oprocedimento divino na facilidade do próprioCristo. E que,

(1.) Na constituição de sua pessoa como Deus-Homem; onde o poder infinito e a fraqueza dacriatura se encontraram juntos como atributos deuma mesma pessoa; ele quem, sendo verdadeiro

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homem, era capaz de ser "crucificado porfraqueza", sendo também o Deus poderoso, 2 Cor.13: 4. Agora, se o poder divino foi alojado comfraqueza da criatura em Cristo pessoalmente,quão congruente é que o mesmo poder divinodeve ser ilustrado na fraqueza de seus membrosmísticos?

(2.) Na conduta da providência sobre sua pessoa. Amais notável exibição que Deus já fez do seupoder, foi pelo homem Cristo e nele, 1 Cor. 1:24.sendo "Cristo, o poder de Deus e a sabedoria deDeus." Por ele, como Deus-homem, ele redimiu omundo; o último um trabalho maior do que oprimeiro, pois o dar seu próprio Filho era mais doque falar uma palavra. Mas como foi este trabalhorealizado, não submetendo-o a uma série defraquezas para a sua vida neste mundo,finalmente concluído com sua morte? E nestes opoder divino enviou seu mais radiante raio, e porele ergueu a nova criação. Então será pensadoestranho, que como Cristo estava no mundo, oscristãos deveriam estar sempre também? Ou que,uma vez que o poder de Deus foi ilustrado nafraqueza do homem Cristo, o mesmo poder divinona pessoa de Cristo deve ser ilustrado na fraquezade seu povo, enquanto eles estão aqui nestemundo?

4. Por último. Esta dispensação tende a aumentara glória da vitória do Filho de Deus contra o diabo.Aquele apóstata e orgulhoso espírito ergueu-se

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em rebelião contra Deus; e tendo seduzido ohomem, montou um reino no mundo emoposição ao de Deus. Contra ele o filho de Deus,para a glória de seu Pai, e a restauração dohomem caído, proclamou guerra no paraíso,Gênesis 3:15. "Porei inimizade entre ti e a mulher,entre a tua descendência e o seu descendente.Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás ocalcanhar." E, para uma derrota mais vergonhosa,o encontra na natureza humana, um fraco emcomparação com a natureza angelical maispoderosa, da qual Satanás era; e ilustra sua forçacontra ele na fraqueza daquela natureza, comoem seu corpo natural, assim em seu corpomístico. O calor daquela batalha foi na cruz, ondeele foi "crucificado através de fraqueza", aindaassim triunfou sobre ele. A batalha continua emseus membros místicos carregados de fraquezas:mas mesmo neles também ele o derrota; e os fazvencedores no campo de batalha, uma geraçãoapós a outra, sem a perda de um homem. Isto vaidurar até o final do mundo: e então a vitória deCristo com seus homens fracos será completa,Satanás com seu grupo sendo acorrentado sob astrevas eternas.

Portanto, não haverá mais ocasião para que Cristoilustre seu poder na fraqueza: consequentemente,não haverá mais para sempre um fraco entre opartido de Cristo; todas as suas fraquezas chegamao fim.

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USAR. Isso pode ser de uso múltiplo na vida cristã,

1. Como um oráculo para satisfazerquestionadores sérios sobre toda a conduta divinasobre os crentes, e particularmente quanto a duasdifíceis questões.

1º. Por que o Senhor deixa o pecado noregenerado? Por que embora eles gemam,longamente e suspirem pela perfeição, mas elesnão podem alcançá-la; embora comprassem sualiberdade do pecado com dez mil mundos se elesos tivessem, e a escravidão de um corpo depecado apegado a eles os faz ansiar pela mortefria, para libertá-los, mas eles devem lutar comisso? Veja o que pode satisfazer. É que o poder deCristo possa ser ilustrado em sua fraqueza.

Em segundo lugar, por que o Senhor mantém seupovo sob longas e dolorosas aflições? O motivo é omesmo. Satanás pode ser muito difícil para ocristão, em uma calma perfeita da providênciasobre ele: ainda assim, nosso Senhor dará aocristão uma posição desvantajosa em umemaranhado de aflições e provações, portantochamados de tentações, Tiago 1: 2; e a Satanástendo essa vantagem do terreno, será permitidoatacá-lo, e ainda será perplexo: para a maior glóriada força de Cristo, e vergonha do inimigo.

2. Como um marco, para nos direcionar, se nospreocupamos com o céu, com caminho do Reipara isso; isto é, o caminho da fé, e não do sentido,

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2 Cor. 5: 7, quaisquer que sejam os docesagrupamentos de sentido que o Senhor possapermitir a qualquer pessoa para se refrescar pelocaminho; a vida dos sentidos é certamentereservada para o céu, onde todas as fraquezas sãoeliminadas. A vida de cristãos aqui é uma vida defé, esperança, espera paciente, em um curso deação, sofrimento, e luta, onde o poder de Cristo éilustrado em sua fraqueza.

3. Como um intérprete da mente de Cristo ante asações da graça em seu povo. O mundo carnaldespreza essas ações como coisas sem valor. Umolhar de uma criatura fraca para Cristo, umgemido para ele por ajuda, crendo em umapromessa, esperando em sua palavra, algumaconfiança nele de que finalmente aparecem paraeles, são apenas coisas insignificantes aos seusolhos. E aos olhos dos próprios crentes, excetoquando estão amarrados nelas, elas são depequeno valor, dificilmente valem a sua própriaobservação, muito menos a de Cristo;especialmente considerando que eles são tãofracos, e tanto tempo se interpõe entre eles. Mascertamente Cristo percebe todos eles, e osconsidera muito preciosos, caso contrário, adispensação, cujo objetivo é atraí-los, nunca teriasido escolhida por ele, 1 Pe. 1: 7, "para que, uma vezconfirmado o valor da vossa fé, muito maispreciosa do que o ouro perecível, mesmo apuradopor fogo, redunde em louvor, glória e honra narevelação de Jesus Cristo." Cântico 4: 9:

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"Arrebataste-me o coração, minha irmã, noivaminha; arrebataste-me o coração com um só dosteus olhares, com uma só pérola do teu colar."

4. Como consolo para apoiar, na perspectiva deum feliz acontecimento, todos os seguidores deCristo.

Primeiro, sob suas próprias fraquezas e pressõespessoais. Aquele que as tem trazido sobre elespara ilustrar sua própria força neles, certamentefará uma manhã brilhante seguir sua noite maisescura.

2º. Sob a condição baixa da igreja, seja no ponto decorrupção ou perseguição. Embora ela seja deuma dessas maneiras trazida às portas da morte,ela não pode morrer: porque Cristo não a deixarácair tão baixo, senão para a manifestação maisclara de sua força divina em sua recuperação. Oponto máximo de desesperança é o sinal usualpara Cristo estar exercendo seu poder por seupovo: Deut. 32:36, "Porque o SENHOR fará justiçaao seu povo e se compadecerá dos seus servos,quando vir que o seu poder se foi, e já não há nemescravo nem livre."

5. Por último, como um persuasivo para oscristãos, com uma submissão santa de espíritopara esta dispensação, resolutamente para lutar,até que o Senhor tenha realizado plenamente aosfins de sua glória por todas as suas fraquezas. Istodeveria nos levar a,

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1º. Abaixar-se à dispensação, e não brigar; e depoisque ele tiver assim revelado para nós o desígniodisso, para crucificar todos os nossosquestionamentos sobre o assunto; e que tanto noque diz respeito à nossa fraqueza espiritual ecorporal.

2º. Resolutamente em manter a luta, para avançarno caminho que Senhor nos chama. E emborasejamos fracos? As obras e a vida do cristão nãodeve ser deixado de lado, mas devemos esticar amão mirrada, para que sua força sejaaperfeiçoada em nossa fraqueza.

Quem assim luta resolutamente, e ainda assim serebaixa humildemente à dispensação, mostra suapreocupação por Sua honra, de modo que elesestão satisfeitos que sua força seja exibida em suafraqueza.

Portanto, honrando-o aqui, ele os honrará nooutro mundo.

Nota do Tradutor:

Não há qualquer paradoxo entre Deus nosentregar às aflições e ao mesmo tempo nosordenar que tenhamos bom ânimo em meio aelas.

“Estas coisas vos tenho dito para que tenhais pazem mim. No mundo, passais por aflições; mastende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16.33)

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A principal razão disso, como foi visto antes é paraque Deus seja glorificado em Seu podermanifestado em nossa fraqueza, e para queaprendamos e tenhamos a experiência de que emnós mesmos somos inteiramente fracos eincapazes de vencer o poder das forças opositorasque se levantam contra nós. Que somos fracossem a graça de Jesus. Portanto, não é em nósmesmos que acharemos o bom ânimo que nos éordenado em meio às aflições, mas no Senhor,porque a vitória é dEle e por meio dEle. É nEle queacharemos a paz que tanto necessitamos.

De toda forma de abatimento e de angústiadevemos nos levantar, mas sabendo que nãopodemos fazê-lo por nós mesmos, quando épermitido por Deus que as angústias do infernovenham sobre nós, assim como se deu no caso deJó.

É preciso perseverar no meio de todas astribulações, porque esta batalha foi ordenada pelopróprio Deus, para ser empreendida em nós, naluta contra os fascínios do mundo, e as tentaçõesda carne e do diabo.

É por se buscar um viver santificado em Cristo,por se honrar a Sua Palavra, no sincero desejo depraticá-la, submetendo-nos a ela em tudo o quenos é ordenado, sobretudo no amor aos inimigos,na paciência na tribulação, no exercício do perdãoe de oração em favor de todos os homens, sejameles nossos perseguidores ou não, que nos é

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concedida a graça que necessitamos para fazer esofrer por meio da fé que atua pelo amor.

“2 Meus irmãos, tende por motivo de toda alegriao passardes por várias provações,

3 sabendo que a provação da vossa fé, uma vezconfirmada, produz perseverança.

4 Ora, a perseverança deve ter ação completa, paraque sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes.

5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria,peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhesimpropera; e ser-lhe-á concedida.

6 Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois oque duvida é semelhante à onda do mar, impelida eagitada pelo vento.

7 Não suponha esse homem que alcançará do Senhoralguma coisa;

8 homem de ânimo dobre, inconstante em todos osseus caminhos.

9 O irmão, porém, de condição humilde glorie-se nasua dignidade,

10 e o rico, na sua insignificância, porque ele passarácomo a flor da erva.

11 Porque o sol se levanta com seu ardente calor, e aerva seca, e a sua flor cai, e desaparece a formosura doseu aspecto; assim também se murchará o rico emseus caminhos.

12 Bem-aventurado o homem que suporta, comperseverança, a provação; porque, depois de ter

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sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual oSenhor prometeu aos que o amam.” (Tiago 1.2-12)

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