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Parecer TécnicoCartas dos leitores

IV SetecSeminário dos Técnicos Industriais

Evento do Projeto Pensar o Brasilrealizado em Vitória supera expectativas

PerfilTécnico Empreendedor

Entrevista - Aluyr Carlos Zon JúniorTécnico Industrial em Mecânica

Especial - Ifes e os 100 anos da RedeFederal de Educação Profissional

LegislaçãoLei Nº5.524 e Decreto Nº 90.922

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Revista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoRevista Cenário TécnicoSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noSindicato dos Técnicos Industriais de Nível Médio noEstado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Estado do Espírito Santo (Sintec-ES)Av. N. Srª da Penha, 280, Ed. Praia Center, Sala 204, Praia de SantaHelena, Vitória-ES CEP: 29.055-050Tel.: (27) 3325 0598 Telefax: (27) 3345 [email protected]

Presidente:Presidente:Presidente:Presidente:Presidente: Kepler Daniel S. EduardoVVVVVice Price Price Price Price Presidente:esidente:esidente:esidente:esidente: Adir Barbosa da CruzSecretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral:Secretário Geral: Marconi Mota do MonteFinanças:Finanças:Finanças:Finanças:Finanças: Heraldo Gonçalves FogosImprensa:Imprensa:Imprensa:Imprensa:Imprensa: André Luiz Barbosa de QueirozAssuntos JAssuntos JAssuntos JAssuntos JAssuntos Jurídicos:urídicos:urídicos:urídicos:urídicos: Dirlene de Paula ReisFFFFFororororormação Pmação Pmação Pmação Pmação Política:olítica:olítica:olítica:olítica: Bernardino José GomesSuplentes: Miguel Antonio Madeira da Silva Araújo, Hideraldo Gomes,Paulo Pinheiro de Almeida, Ângelo Renato Brambila, Portugal SampaioSalles, João Carlos de SouzaConselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal:Conselho Fiscal: Domingos Sávio Giacomeli, Fabio Luiz GamaPimentel, José de Anchieta ScarduaSuplentes: João Bosco Pinheiro, Cláudio Max Amorim Moreira, Fran-cisco Paulo de Mendonça Uchoa FilhoConsConsConsConsCons..... de R de R de R de R de Reeeeeprprprprpresentantes:esentantes:esentantes:esentantes:esentantes: Aivete Taquete, José R. Baião PassamaiSuplente: Georgino GonçalvesConselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais:Conselho de Delegados Regionais: Maurino Fidelis de Oliveira,Irineu Pedro Gujanwski, Valmir Xavier Martins, José Joaquim da SilvaGonçalves, Rônio Linhares de OliveiraSuplentes: Dionísio José Souza Carvalho, Aluyr Carlos Zon Junior, JuanCarlos Perez Mourente, Gerson Eli Cruz, Aloísio Carnielli, ManoelFernando Moreto

JJJJJororororornalista Rnalista Rnalista Rnalista Rnalista Responsávesponsávesponsávesponsávesponsável e Prel e Prel e Prel e Prel e Projeto Gráfojeto Gráfojeto Gráfojeto Gráfojeto Gráf ico:ico:ico:ico:ico:Márcio Scheppa (ES 02206/JP)RRRRReeeeeporporporporpor tatatatatagggggem:em:em:em:em:Paulo Gois Bastos e Priscilla ThompsonFoto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Foto de Capa:Primeira sede da Escola de Aprendizes Artífices do Espírito Santo -1909 (Arquivo Coordenadoria de Comunicação Social do Ifes)

Em geral, o período em que frequentamos um cur-so técnico industrial coincide com várias outras mu-danças significativas de nossa história pessoal. A es-colha da profissão, os primeiros passos em direção àvida adulta e a perspectiva real de conquistar a tãosonhada independência estão entre as mais marcantes.

Para aqueles privilegiados que encararam todosestes desafios em um ambiente favorável, como o deuma instituição de ensino federal, uma palavra vemlogo a mente: orgulho. Afinal, num país onde há pou-cas oportunidades de ensino gratuito e de qualida-de, a Rede Federal de Educação Profissional eTecnológica se configura numa das opções mais al-mejadas e elogiadas.

No último mês de setembro, comemorou-se o cen-tenário da Rede no Brasil e a parte capixaba destahistória marcada por conquistas, evolução e exce-lência tem como protagonista o Ifes, tema da nossarepor tagem especial.

O Sintec-ES é parceiro do Ifes e também o repre-

sentante legítimo degrande parte dos pro-fissionais egressos dainstituição. Afinal sãomais de 15 modalida-des voltadas para aárea industrial, comoos cursos de mecâ-nica, geoprocessamento, mineração, eletrotécnica,metalurgia, edificações, estradas, automação en-tre outros.

Um dos resultados desta parceria entre o Ifes eo Sintec-ES é a realização nos dias 21 a 23 de ou-tubro do IV Seminário dos Técnicos Industriais(Setec). Mais informações sobre o evento você en-contra a partir da página cinco e também no novosite do Sindicato, o www.sinteces.org.br. Boa leitura!

Téc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoTéc. Ind. em Metalurgia Kepler Daniel S. EduardoPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ESPresidente do Sintec-ES

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@ParabénsApesar de não fazer parte da ca-

tegoria dos técnicos industriais,parabenizo a entidade sindical pela

Parecer Técnico Contribua você também com sugestões, críticas e comentários.E-mails para [email protected] ou cartas para Av. NossaSenhora da Penha, 280, Ed. Praia Center, Sala 204, Praia deSanta Helena, Vitória/ES CEP 29055 050

publicação da Revista Cenário Téc-nico. Achei bastante interessante amatéria sobre o técnico e escritorLaureni Luciano (Cenário TécnicoNº 6 / maio de 2009). Histórias devida como a dele são a prova deque lutar pela realização de nos-sos sonhos sempre vale a pena!

Maria da Penha S. de SouzaMaria da Penha S. de SouzaMaria da Penha S. de SouzaMaria da Penha S. de SouzaMaria da Penha S. de SouzaContadoraContadoraContadoraContadoraContadoraLinhares - ESLinhares - ESLinhares - ESLinhares - ESLinhares - ES

IV SetecSou estudante da área técnica e

gostaria de sugerir uma matériasobre a indústria do petróleo e acamada do pré-sal. Aproveito aopor tunidade para elogiar o con-teúdo da Cenário Técnico e solici-tar mais informações sobre o IVSetec.

Luciano Antônio RibeiroLuciano Antônio RibeiroLuciano Antônio RibeiroLuciano Antônio RibeiroLuciano Antônio RibeiroV i tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ESVi tór ia-ES

Prezado Luciano, obrigado porpar ticipar. Mais informações sobreo IV Setec na página ao lado e ain-da no endereço www.seteces.com.br

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IV Setec fará parte damaior jornada científica etecnológica do estado

O Instituto Federal do EspíritoSanto (Ifes) será palco nos próximosdias 21, 22 e 23 de outubro da mai-or jornada científica e tecnológicaque já ocorreu no estado. Pela pri-meira vez no Espírito Santo os trêsmais representativos eventos ligadosà Ciência e à Tecnologia acontece-rão no mesmo espaço e no mesmoperíodo.

O IV Seminário dos Técnicos In-dustriais (IV Setec), o 13º Salão doInventor Brasileiro e a 6ª SemanaEstadual de Ciência e Tecnologiareunirão em Vitória (ES), durante trêsdias de intensa programação e ati-vidades, cerca de 20 mil participan-tes entre profissionais da áreatecnológica, inventores, produtores,empresários, pesquisadores, cien-tistas, profissionais liberais, acadê-micos, professores, estudantes, jo-vens e crianças.

O IV Setec, realizado pelo Sindi-cato dos Técnicos Industriais de Ní-vel Médio no Estado do Espírito San-to (Sintec-ES), oferecerá o temaEmpregabilidade, Empreendedo-rismo e Inovação Tecnológica. O ob-jetivo é estimular estudantes e pro-fissionais da área tecnológica a re-fletirem e se capacitarem visando ummelhor desempenho do seu papel

Evento técnico

profissional no atual cenário de de-senvolvimento do Espírito Santo,além de incentivá-los a atuar comoparceiros da sociedade na condu-ção das ações e na sugestão detecnologias em amparo a uma me-lhor qualidade de vida da população.

Segundo a Cooperativa dos Téc-nicos industriais e Tecnólogos doEstado do Espírito Santo (Coopttec),entidade organizadora do evento, oIV Setec visa à valorização dos téc-nicos industriais e tecnólogos à me-

dida que propõe analisar o cenárioatual de desenvolvimento do esta-do, difundir entre os profissionais ea sociedade as inovaçõestecnológicas necessárias nesse con-texto e fomentar o empreendedo-rismo.

Além de levar aos participantescasos de planejamento e investimen-to público e sucesso empresarial, oseminário também apresentará oPrêmio Destaque, cuja missão é pro-mover, difundir e reconhecer traba-lhos realizados na área tecnológica,elegendo as melhores empresas,profissionais e empreendimentos dosetor no Estado.

O IV Setec conta com o apoio doInstituto Federal do Espírito Santo(Ifes) e do Conselho Regional deEngenharia, Arquitetura e Agronomiado Espírito Santo (Crea-ES).

Para viabil izar o IV Setec,evento que requer ampla infra-estrutura e alto padrão dequalidade técnica e logística, oSintec-ES conta com apar ticipação de parceiros. Pornão possuir fins lucrativos, todos

os custos do seminário precisamser cobertos por patrocínio, apoioe inscrições para os cursos. Paraapoiar esse evento, entre emcontato com a organização:E-mail: [email protected]: (27) 3323-1486Cel.: 9704-0414.

ParceriasParceriasParceriasParceriasParcerias

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O 13º Salão do Inventor Brasi-leiro, promovido pela AssociaçãoBrasileira dos Inventores e da Pro-priedade Industrial (Abripi) e a 6ªSemana Estadual de Ciência eTecnologia, organizada no estadopela Secretaria Estadual de Ciên-cia e Tecnologia (Sect) e pela Uni-versidade Federal do Espírito San-to (Ufes) também acontecerão noIfes, em Vitória (ES), nos próximosdias 21 a 23 de outubro.

A 6ª Semana Estadual de Ciên-cia e Tecnologia tem a finalidadede mobilizar a população, em es-pecial crianças e jovens, em tornode temas e atividades nessas áre-as, valorizando a criatividade, a ati-tude científica e a inovação. Preten-de mostrar também a importânciada Ciência e da Tecnologia para avida de cada um e para o desen-volvimento do estado e do país. Oevento possibilitará, ainda, que apopulação conheça e discuta osresultados, a relevância e o impac-to das pesquisas científ icas etecnológicas e suas aplicações.

O 13º Salão do Inventor Brasi-leiro completa 13 anos este ano. Érealizado anualmente em Vitória(ES), onde são reunidos inventores,produtores, técnicos, empresários,pesquisadores, profissionais liberaise acadêmicos, proporcionando in-tercâmbio de conhecimentos e ex-periências, além de excelentesopor tunidades de negócios paratodos os participantes.

O objetivo do Salão do Inventoré popularizar a ciência por meio deum evento que apresente não ape-nas invenções, como também umasérie de exposições que possibili-tará ao público visitante interagircom as mais recentes tecnologiase também a troca de experiênciase conhecimentos entre público vi-sitante e expositores. Configura-senum cenário importante para sen-6

Salão do Inventor e Semana daCiência e Tecnologia

sibilizar e motivar investidores, fa-zer contatos e difundir tecnologia,serviços e equipamentos direci-onados ao setor, gerando novas al-ternativas de investimentos, parce-rias e oportunidades.

Dentro do 13º Salão do InventorBrasileiro ocorrerá a premiação doPrêmio TV Gazeta Talento Brasilei-

A lista de palestrantes confirmados e outros detalhes daprogramação estão disponíveis em www.seteces.com.br

ro, a maior premiação nacionaldestinada ao reconhecimento dasprincipais invenções do país.

O vencedor do concurso seráindicado pela Abripi pararepresentá-la no Concurso de In-venções de Taiwan de 2010, bemcomo em outros eventos internaci-onais.

21 DE OUTUBRO21 DE OUTUBRO21 DE OUTUBRO21 DE OUTUBRO21 DE OUTUBRO17h - Credenciamento19h - Abertura Solene do IV SETEC e Abertura da Feira19h30 às 20h30 - Palestra Magna: Sistema Estadual de Ciência e TecnologiaConferencista: Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia - Paulo Foleto20h30 - Apresentação do coral CAMERATA

21 a 23 DE OUTUBRO21 a 23 DE OUTUBRO21 a 23 DE OUTUBRO21 a 23 DE OUTUBRO21 a 23 DE OUTUBROFEIRA INSTITUCIONAL DO IV SETEC ES - 9h às 21hLocal: Área comum com a Semana de Ciência e Tecnologia e do Salão do Inventor

22 DE OUTUBRO - MINICURSOS22 DE OUTUBRO - MINICURSOS22 DE OUTUBRO - MINICURSOS22 DE OUTUBRO - MINICURSOS22 DE OUTUBRO - MINICURSOS14h às 16h - Registro de Patentes no Brasil14h às 16h - Aplicação e Controle de Lubrificantes14h às 16h - Construções Sustentáveis16h às 18h - Projetos e Políticas Municipais de Ciência e Tecnologia16h às 18h - Programa Águas Limpas16h às 18h - Inclusão Produtiva - Trabalho, Cidadania e Empregabilidade

23 DE OUTUBRO - MINICURSOS23 DE OUTUBRO - MINICURSOS23 DE OUTUBRO - MINICURSOS23 DE OUTUBRO - MINICURSOS23 DE OUTUBRO - MINICURSOS14h às 16h - Ensino Tecnológico - Projeto de Desenvolvimento14h às 16h - Projeto Pensar o Brasil - PAC - Programa de Investimento Público aServiço do Desenvolvimento14h às 16h - Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas14h às 16h - A Gestão da Inovação e o InovaFindes - Programa de Inovação paraa Indústria Capixaba16h às 18h - Portos - Pólo de Desenvolvimento do Espírito Santo16h às 18h - Eficiência Energética na Indústria e Comércio16h às 18h - Pré-Sal - Desenvolvimento Tecnológico com Geração de Trabalho

23 DE OUTUBR23 DE OUTUBR23 DE OUTUBR23 DE OUTUBR23 DE OUTUBRO - PO - PO - PO - PO - PALESTRAALESTRAALESTRAALESTRAALESTRAPalestra de Encerramento - 19h às 21hTema: Mudanças Climáticas no Brasil e no MundoPalestrante: Senador Renato Casagrande

26 DE OUTUBRO26 DE OUTUBRO26 DE OUTUBRO26 DE OUTUBRO26 DE OUTUBROPrêmio Destaque 2009Local: Auditório da Rede Gazeta(simultâneo ao Prêmio Talento Brasileiro)

Programação

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Caixa de Assistência dosProfissionais do Crea (Mútua-ES)atua para fortalecer profissionaistécnicos

Cada vez mais as empresas bra-sileiras estão buscando mão de obratécnica especializada. Presume-seque o déficit de técnicos para aten-der o mercado brasileiro é de cercade seis milhões de profissionais.

Essa grande demanda do mer-cado de trabalho revela o valor dostécnicos para o desenvolvimento doPaís. São eles que sustentam ealavancam vários setores da econo-mia como a indústria, a agriculturae o agronegócio.

De acordo com diretor financei-ro da Caixa de Assistência dos Pro-fissionais do Crea-ES (Mútua-ES),técnico industrial Edson WilsonBernardes França (Edinho), apesarda importância desses profissionaispara a sociedade, poucos utilizamas suas entidades representativas eos instrumentos que estão ao seu

dispor para fortalecer a categoria."Dos associados à Mútua-ES,

menos de 15% são técnicos. É im-portante que esses profissionais pro-curem a entidade e utilizem os be-nefícios que podem facilitar muito asua vida. A Caixa de Assistência pos-sui vários serviços que ajudam oprofissional em sua carreira. Umdeles é o Educatec, que dispõe re-cursos para realização de cursostécnicos, conclusão de graduação,pós-graduação ou especialização",explicou Edinho.

O diretor geral da Mútua-ES,Helder Carnielli, ressaltou que pormeio da entidade os técnicos podeminvestir em máquinas, equipamen-tos e livros para estarem sempreatualizados.

"Apesar de ainda não termostécnicos suficientes para atender ao

mercado, sabemos que a disputa poruma vaga é grande, pois as empre-sas procuram profissionaisatualizados. Com o benefícioEquipabem, a Mútua possibilita aosassociados a compra de instrumen-tos e equipamentos impor tantespara o seu trabalho", afirmouCarnielli.

De acordo com diretor adminis-trativo da Mútua-ES, Olavo Botelho,a entidade também está voltada adar maior qualidade de vida aos seusassociados. "O benefício GaranteSaúde ajuda o profissional a reali-zar tratamentos médicos e dentáriosque normalmente possuem custoalto e sacrificam o orçamento. Háainda o Tecnoprev que possibilitauma aposentadoria complementarpara os profissionais", lembrou o di-retor.

(Da esq. p/ dir.) O diretor financeiro da Mútua-ES, técnico industrial Edson WilsonBernardes França; o diretor geral da Mútua-ES, Helder Paulo Carnielli, e o diretoradministrativo da Mútua-ES, Olavo Botelho Almeida.

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"Os profissionais da áreatecnológica têm um importante his-tórico de lutas na construção deuma sociedade mais democrática.Atuando em várias frentes semprede maneira planejada, essa cate-goria desempenha um impor tantepapel na busca por um país maisigualitário, justo e com a inclusãode todos".

A frase foi dita pelo subsecretá-rio estadual de Trabalho e RendaTéc. em Eletrônica José Car losPigatti, durante o Seminário da Re-gião Sudeste do Projeto Pensar oBrasil e Construir o Futuro da Na-ção, ocorrido de 12 a 14 de agos-to, em Vitória (ES), sob a organiza-ção do Conselho Regional de Enge-nharia, Arquitetura e Agronomia doEspírito Santo (Crea-ES).

Pigatti coordena o NúcleoCapixaba do Projeto, idealizado peloConselho Federal de Engenharia,Arquitetura e Agronomia (Confea),que visa contribuir para a elabora-ção de políticas públicas fundamen-tadas no desenvolvimento susten-tável e sustentado do país, com dis-tribuição de renda e dignidade devida para a população.

Durante os três dias de evento,aproximadamente 200 profissionaise estudantes da área tecnológica,lideranças políticas e empresariais,entidades de classe e instituiçõesde ensino e organizações sociais sear ticularam para elaborar diretri-zes e metas que serão encaminha-das aos gestores municipais, esta-dual e federal. O documento ofere-cerá subsídios para intervençõesqualificadas nas áreas de desenvol-vimento urbano, saneamentoambiental, habitação, mobilidadeurbana e segurança nas cidades.

A equipe organizadora do Se-minário, integrada por membros doConselho Federal de Engenharia,Arquitetura e Agronomia (Confea)e do Crea-ES, já prepara a síntesedo documento com as propostaspara a Região Sudeste. O relatóriofinal do Projeto Pensar o Brasil reu-nirá propostas de outras regiões dopaís e será apresentado aosgestores públicos como forma decontribuição na construção de umaproposta de Modelo de Desenvolvi-mento Nacional Sustentável para oBrasil.

Avaliação

Para o coordenador nacional doProjeto, José Carlos Xavier (Grafi-te), o Seminário da Região Sudestedo Projeto Pensar o Brasil superouas expectativas à medida que foicapaz de oferecer conferência epalestras de alto nível de qualida-de e reunir um número expressivode público participante.

O coordenador do NúcleoCapixaba Téc. em Eletrônica JoséCarlos Pigatti ressaltou o alcanceda veiculação do Seminário que,além dos participantes presenciais,

Projeto “Pensar o Brasil”

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contou também com expectadoresque puderam acompanhar as ativi-dades pela internet por meio dasmatérias publicadas na seção "últi-mas notícias" ou pela TV Crea-ES,hospedada no site da instituição.

Na opinião do presidente doCrea-ES Eng. Civil e Seg. Trab. LuisFiorotti "Nosso país, ainda às voltascom tantas contradições, com umadistribuição de renda ainda perver-sa, comparável às das nações maisatrasadas do mundo, não podeprescindir do saber e da capacida-de de reflexão histórica dos profis-sionais da área tecnológica. Os te-mas debatidos neste Seminário sãoabsolutamente urgentes e mere-cem de nossa parte uma contribui-ção competente e efetiva".

O Seminário foi encerrado pelopresidente do Conselho Federal deEngenharia, Arquitetura e Agrono-mia (Confea) Eng. Civil Marcos Túlioque ressaltou a responsabilidadedos profissionais da área tecnológi-ca para a construção de um paíssustentável, com justiça social e jus-ta distribuição de renda. "Esse pro-jeto é coletivo, e há de serconstruído por várias mãos e sobvários olhares", finalizou.

Seminário daRegião Sudeste supera

expectativas

O Téc. em Eletrônica José Carlos Pigatti coordena oNúcleo Capixaba do Projeto Pensar o Brasil

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O Conselho Federal de En-genharia, Arquitetura e Agrono-mia (Confea) implementou oProjeto Pensar o Brasil e Cons-truir o Futuro da Nação com oobjetivo de instalar um amploprocesso de discussão nacional,visando a formulação de políti-cas públicas que produzam astransformações necessárias aodesenvolvimento sustentável esustentado do país, com distri-buição de renda e dignidade devida para todo o povo brasilei-ro.

O Pensar o Brasil é um foronacional permanente para essedebate e envolve todos os pro-fissionais registrados no Siste-ma Confea/Crea e Mútua. Ameta é ter em cada estado umnúcleo que se debruçará sobreas prioridades regionais, iden-tificando seus principais proble-mas, elegendo prioridades edefinindo metas. Esses núcleos

têm a função de disseminar geo-graficamente o Projeto e abrigar asparticularidades regionais nos doiseixos em que o Projeto se subdivi-de: O Profissional e a Transforma-ção da Natureza e A Formação eas Relações Profissionais.

No Espírito Santo, o NúcleoCapixaba do Projeto Pensar o Bra-sil e Construir o Futuro da Naçãofoi instalado em 2008 e está sob acoordenação do subsecretário deEstado de Trabalho e Renda Téc. emEletrônica José Carlos Pigatti cujocurrículo reúne formações profis-sionais como administrador e cien-tista social, além de impor tantesparticipações no movimento sindi-cal como ex-presidente do Sinergia-ES (2001 a 2007), ex-presidente daCUT-ES (2003 a 2006) e coordena-dor sindical do Dieese-ES (2000 a2006).

O Núcleo Capixaba conta aindacom o coordenador adjunto profes-sor do Instituto Federal do Espírito

Santo (Ifes), Eng. Mecânico Ta-deu Pissinati, além de demaisprofissionais da áreatecnológica, representantes deentidades, instituições de en-sino e movimentos sociais. Ogrupo, que se reúne periodi-camente para debater assun-tos prioritários para o EspíritoSanto, possui autonomia paradiscutir e decidir sobre a pro-blemática das questões impos-tas ao estado.

O Projeto Pensar o Brasil eConstruir o Futuro da Naçãopretende elaborar até 2010 umdocumento síntese abordandotodas as discussões promovi-das em cada núcleo estadual.Com o somatório das contribui-ções de cada região, o docu-mento final se transformaránum projeto de desenvolvimen-to para o Brasil.

Mais informações:Mais informações:Mais informações:Mais informações:Mais informações:

Núcleo Capixaba do Proje-to Pensar o Brasil e Construiro Futuro da Nação

Tel.: 9704-0414E-mail:[email protected]

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O que é o projeto

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Uma impressora, uma guilhotinamanual e uma reveladora. Eramapenas esses três equipamentosque compunham a gráfica que otécnico em eletrotécnica ManoelFernando Moreto, funcionário daEscelsa há 31 anos, ousou trocarpelo seu carro para empreenderum negócio próprio, no início doano 2000.

Sem a coordenação direta doproprietário, após três anos deatividades, o empreendimentocomeçou a dar indícios de queda.Diante do risco de perder oinvestimento, Moreto, com 51 anose ainda funcionário da Escelsa,tomou a decisão de assumir eacompanhar de perto, em parceriacom a esposa, as atividades daempresa. "Gerenciar é ter o

Um carro por uma gráfica e achance de um negócio próprio

controle. Não basta dar uma ordem,é preciso saber se a mesma estasendo cumprida. Todas as tarefaspossuem início, meio e fim, e todaselas devem ser supervisionadas acada fase pelo gerente ou peloproprietário da empresa. Na nossagráfica, minha esposa ficou nocomando. Reestruturamos osistema de qualidade eatendimento ao cliente, o quecontribuiu para que crescêssemosgradativamente. Pagamos asdívidas existentes e com muitotrabalho, harmonia e dedicação,passamos a conquistar nossoespaço no mercado, contando coma participação ativa dos clientes",diz.

Empreendedores surgemalgumas vezes assim, em

momentos de necessidade. Edificuldades demandam rápidassoluções. Para qualquer soluçãoque seja necessária, exigem-seriscos e tentativas. E foi seaventurando que o Téc. emEletrotécnica aceitou oenfrentamento inicial. "Os desafiosforam muitos, pois não éramos doramo. Lutamos durante pelo menosdois anos para conseguir nossoespaço diante dos 'tarimbados',tendo mais prejuízo que lucro. Masa persistência e a vontade de vencerfoi maior. Hoje estamos emcrescimento, e continuamoslutando, trabalhando aos sábados,domingos e até feriados". A atitudede Moreto reflete bem os índicesdas recentes pesquisas queapontam que o sucesso nos

Técnico Empreendedor

“Com muito trabalho, harmonia e dedicação, passamos a conquistar nossoespaço no mercado...”

Ao lado da esposa, o Técnico Ind. em Eletrotécnica Manoel Fernando Moretoacompanha de perto as atividades desenvolvidas em sua gráfica

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negócios depende principalmentedos próprios compor tamentos,características e atitudes, e nãotanto do conhecimento técnico degestão quanto se imaginava atépouco tempo atrás.

Hoje, aos 60 anos e recémaposentado, Moreto já se consideraum micro empresário de indústriagráfica. A empresa, localizada noParque Residencial Laranjeiras, sedesenvolveu. Com quatroprofissionais, um impressor, umar te finalista, um cor tador e umsupervisor, atua em todo o estadodo Espírito Santo e possui em suacar tela de c lientes grandesempresas como a ArcelorMittalBrasil, a AmBev, a EDP Escelsa,entre outros. "Como a equipe épequena o relacionamentointerpessoal é tranqüilo e aspossíveis divergências são semprecontornadas. O relacionamentocom os clientes é positivo. Nossodiferencial é a liberdade que damospara que eles opinem sobre osprojetos e ofereçam sugestões paraa melhoria e o aprimoramento dotrabalho". Apesar de ter sidoempregado da Escelsa por 40 anose hoje estar aposentado, Moretoainda se preocupa com reciclageme atualização profissional. "Sempreque posso par ticipo de cursos,eventos, palestras e semináriosoferecidos pelo Sintec-ES".

Segundo Moreto, oempreendimento que ele conduzpossui sério compromisso com atransparência na relação com osclientes. Para ele, o ser viçoprestado com clareza cria umamarca pessoal e social que refletea lisura do trabalho e mantém afidelidade dos consumidores dosserviços prestados pela empresa."Não criamos expectativas que nãoconseguimos atender, não noscomprometemos com o impossível.Se um serviço leva três dias paraconfecção, adicionamos mais doisdias na previsão de entrega. Assim,

não criamos falsas expectativas nosusuários. Se conseguimos entregaro material antes do prazo, somoselogiados pela rapidez e presteza.Isso contribui muito para asatisfação do cliente que se tornao nosso maior car tão de visitas",ensina.

De acordo com Moreto, o fatordeterminante para quem querabrir uma empresa é ter um projetoe 'sonhar' com seu crescimento,sem ter medo dos 'dragões' doramo. Além disso, ele considerafundamental ter um capital inicial,vontade de trabalhar, coragem edeterminação para não desanimardiante das dificuldades financeirasque insistem em amedrontar noinício. O novo empreendedor relataque não obteve nenhumacontribuição de órgãos definanciamento ou de apoio à microe pequenas empresas paracomeçar o negócio, mas podecontar com os fornecedores comos quais construiu uma relaçãohonesta e de credibil idade. "Oimportante é não deixar as dividasserem maiores do que a receita enão assumir compromissos semconcretizar a venda do produto", dáa dica.

Atitude

Manoel Fernando Moreto é maisum técnico industrial que teve ahabilidade de ver e avaliar umachance de negócio, valorizou essaopor tunidade, assumiu riscos,superou obstáculos e tomou aatitude adequada para asseguraro sucesso do seu empreendimento.Diante das novas oportunidades demercado, os profissionais de níveltécnico tem tido grandes chancesde empreender novos negócios. Oimpor tante nesta fase, segundoespecialistas, é reconhecer aatividade adequada, mapear omercado, ter um diferencial e,principalmente, planejar.

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Cenário Técnico - A que vocêCenário Técnico - A que vocêCenário Técnico - A que vocêCenário Técnico - A que vocêCenário Técnico - A que vocêatribui a sua trajetória eatribui a sua trajetória eatribui a sua trajetória eatribui a sua trajetória eatribui a sua trajetória erepresentatividade dentro dorepresentatividade dentro dorepresentatividade dentro dorepresentatividade dentro dorepresentatividade dentro doSistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?Sistema Confea/Crea?

Aluyr CarAluyr CarAluyr CarAluyr CarAluyr Car los Zon Júniorlos Zon Júniorlos Zon Júniorlos Zon Júniorlos Zon Júnior - Atribuo auma série de importantes fatores. O

espaço que ocupo hoje no Crea-ESaconteceu de forma natural e gradativa.Pelo meu trabalho, conquistei o respeitodos profissionais e funcionários doConselho. Como profissional, devo meurespeito à seriedade e credibilidade dainstituição de ensino na qual me formei,12

Ao longAo longAo longAo longAo longo dos últimos 20 anos um técnico industrial se destaca no coro dos últimos 20 anos um técnico industrial se destaca no coro dos últimos 20 anos um técnico industrial se destaca no coro dos últimos 20 anos um técnico industrial se destaca no coro dos últimos 20 anos um técnico industrial se destaca no corpo de funcionários do Conselhopo de funcionários do Conselhopo de funcionários do Conselhopo de funcionários do Conselhopo de funcionários do ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). Com reconhecidaRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). Com reconhecidaRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). Com reconhecidaRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). Com reconhecidaRegional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES). Com reconhecida

capacidade empreendedora, respeitável poder de liderança, exemplar conduta de bom relacionamento ecapacidade empreendedora, respeitável poder de liderança, exemplar conduta de bom relacionamento ecapacidade empreendedora, respeitável poder de liderança, exemplar conduta de bom relacionamento ecapacidade empreendedora, respeitável poder de liderança, exemplar conduta de bom relacionamento ecapacidade empreendedora, respeitável poder de liderança, exemplar conduta de bom relacionamento efffffantástica prantástica prantástica prantástica prantástica propensão a aropensão a aropensão a aropensão a aropensão a ar ticulador de idéiasticulador de idéiasticulador de idéiasticulador de idéiasticulador de idéias,,,,, o o o o o TécTécTécTécTéc..... em Mecânica e em Mecânica e em Mecânica e em Mecânica e em Mecânica e AdministrAdministrAdministrAdministrAdministrador com Especialização emador com Especialização emador com Especialização emador com Especialização emador com Especialização em

Sistemas de Gestão da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Aluyr CarAluyr CarAluyr CarAluyr CarAluyr Car los Zon Júnior clos Zon Júnior clos Zon Júnior clos Zon Júnior clos Zon Júnior chehehehehegggggou à posição funcional máxima dentrou à posição funcional máxima dentrou à posição funcional máxima dentrou à posição funcional máxima dentrou à posição funcional máxima dentro doo doo doo doo doórórórórórgão fgão fgão fgão fgão fiscalizador das priscalizador das priscalizador das priscalizador das priscalizador das profofofofofissões ligissões ligissões ligissões ligissões ligadas à áradas à áradas à áradas à áradas à área tecnológica no estadoea tecnológica no estadoea tecnológica no estadoea tecnológica no estadoea tecnológica no estado..... Aos 42 anos de idadeAos 42 anos de idadeAos 42 anos de idadeAos 42 anos de idadeAos 42 anos de idade,,,,, na na na na naturturturturtural deal deal deal deal de

Colatina, casado, pai de dois filhos, Aluyr ocupa o cargo de superintendente do Crea-ES. Durante asColatina, casado, pai de dois filhos, Aluyr ocupa o cargo de superintendente do Crea-ES. Durante asColatina, casado, pai de dois filhos, Aluyr ocupa o cargo de superintendente do Crea-ES. Durante asColatina, casado, pai de dois filhos, Aluyr ocupa o cargo de superintendente do Crea-ES. Durante asColatina, casado, pai de dois filhos, Aluyr ocupa o cargo de superintendente do Crea-ES. Durante asúltimas duas décadasúltimas duas décadasúltimas duas décadasúltimas duas décadasúltimas duas décadas,,,,, sempr sempr sempr sempr sempre estee estee estee estee estevvvvve à fre à fre à fre à fre à frente das principais ações administrente das principais ações administrente das principais ações administrente das principais ações administrente das principais ações administraaaaatititititivvvvvas do Conselhoas do Conselhoas do Conselhoas do Conselhoas do Conselho..... AdmitidoAdmitidoAdmitidoAdmitidoAdmitido

em 1987, sua ascensão teve início em 1991, quando foi nomeado gerente da divisão de administraçãoem 1987, sua ascensão teve início em 1991, quando foi nomeado gerente da divisão de administraçãoem 1987, sua ascensão teve início em 1991, quando foi nomeado gerente da divisão de administraçãoem 1987, sua ascensão teve início em 1991, quando foi nomeado gerente da divisão de administraçãoem 1987, sua ascensão teve início em 1991, quando foi nomeado gerente da divisão de administraçãogggggerererereral.al.al.al.al. A parA parA parA parA par tir daí passou a etir daí passou a etir daí passou a etir daí passou a etir daí passou a exxxxxererererercer semprcer semprcer semprcer semprcer sempre care care care care cargggggos gos gos gos gos gerererererenciaisenciaisenciaisenciaisenciais,,,,, mig mig mig mig migrrrrrando de função de acorando de função de acorando de função de acorando de função de acorando de função de acordo com asdo com asdo com asdo com asdo com as

mmmmmudanças ocorudanças ocorudanças ocorudanças ocorudanças ocorridas na estrridas na estrridas na estrridas na estrridas na estruturuturuturuturutura ora ora ora ora orggggganizacional.anizacional.anizacional.anizacional.anizacional. Hoje Hoje Hoje Hoje Hoje,,,,, o técnico o técnico o técnico o técnico o técnico,,,,, que é dele que é dele que é dele que é dele que é delegggggado rado rado rado rado reeeeegional do Sintec-ESgional do Sintec-ESgional do Sintec-ESgional do Sintec-ESgional do Sintec-ES,,,,,detêm uma função estrdetêm uma função estrdetêm uma função estrdetêm uma função estrdetêm uma função estraaaaatégica dentrtégica dentrtégica dentrtégica dentrtégica dentro do Cro do Cro do Cro do Cro do Crea-ESea-ESea-ESea-ESea-ES,,,,, com a missão de ar com a missão de ar com a missão de ar com a missão de ar com a missão de ar ticular as aticular as aticular as aticular as aticular as atititititividades das Gerênciasvidades das Gerênciasvidades das Gerênciasvidades das Gerênciasvidades das Gerências

das Unidades do Órgão e aproximar o Conselho das entidades de classe, instituições de ensino,das Unidades do Órgão e aproximar o Conselho das entidades de classe, instituições de ensino,das Unidades do Órgão e aproximar o Conselho das entidades de classe, instituições de ensino,das Unidades do Órgão e aproximar o Conselho das entidades de classe, instituições de ensino,das Unidades do Órgão e aproximar o Conselho das entidades de classe, instituições de ensino,conselheiros, profissionais, empresas e organizações. Além disso, se desdobra com flexibilidade emconselheiros, profissionais, empresas e organizações. Além disso, se desdobra com flexibilidade emconselheiros, profissionais, empresas e organizações. Além disso, se desdobra com flexibilidade emconselheiros, profissionais, empresas e organizações. Além disso, se desdobra com flexibilidade emconselheiros, profissionais, empresas e organizações. Além disso, se desdobra com flexibilidade em

outras funções como conselheiro federal do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA),outras funções como conselheiro federal do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA),outras funções como conselheiro federal do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA),outras funções como conselheiro federal do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA),outras funções como conselheiro federal do Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA),consultor econsultor econsultor econsultor econsultor exterxterxterxterxterno como no como no como no como no como Técnico em Mecânica,Técnico em Mecânica,Técnico em Mecânica,Técnico em Mecânica,Técnico em Mecânica, consultor na ár consultor na ár consultor na ár consultor na ár consultor na área de administrea de administrea de administrea de administrea de administração paração paração paração paração para empra empra empra empra empresas deesas deesas deesas deesas de

inspeção vinspeção vinspeção vinspeção vinspeção veiculareiculareiculareiculareicular,,,,, instr instr instr instr instrutor em trutor em trutor em trutor em trutor em treinamentoseinamentoseinamentoseinamentoseinamentos,,,,, perito judicial na ár perito judicial na ár perito judicial na ár perito judicial na ár perito judicial na área administrea administrea administrea administrea administraaaaatititititivvvvva,a,a,a,a, sócio de uma micr sócio de uma micr sócio de uma micr sócio de uma micr sócio de uma microooooempresa de empreendimentos imobiliários e vogal da junta Comercial; neste último caso sendo indicadoempresa de empreendimentos imobiliários e vogal da junta Comercial; neste último caso sendo indicadoempresa de empreendimentos imobiliários e vogal da junta Comercial; neste último caso sendo indicadoempresa de empreendimentos imobiliários e vogal da junta Comercial; neste último caso sendo indicadoempresa de empreendimentos imobiliários e vogal da junta Comercial; neste último caso sendo indicado

pelo Crpelo Crpelo Crpelo Crpelo Cra-ES e nomeado pelo ga-ES e nomeado pelo ga-ES e nomeado pelo ga-ES e nomeado pelo ga-ES e nomeado pelo gooooovvvvvererererernador do estadonador do estadonador do estadonador do estadonador do estado.....

Técnico Industrial em MecânicaAluyr Carlos Zon Júnior

Entrevista

a antiga Etfes (hoje Ifes) - consideradauma das melhores instituições de ensinodo país - e ao sindicato do qual faço parte,o Sintec-ES, que se organizou de formaséria e responsável durante esses anos.Também entendo que há uma nova visãoda sociedade que hoje enxerga o técnico

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CENÁ

RIO

TÉCN

ICO

OUTU

BRO

2009

13

como um profissional capaz de contribuirpara o desenvolvimento do estado e dopaís com competência e inteligência,tanto na execução como na gestão deações. Tudo isso contribuiu para eu galgaressa posição.

Quais foram suas principaisQuais foram suas principaisQuais foram suas principaisQuais foram suas principaisQuais foram suas principaisinterinterinterinterinter vvvvvenções no Crenções no Crenções no Crenções no Crenções no Crea-ES nesseea-ES nesseea-ES nesseea-ES nesseea-ES nesseperíodo? Que ações vocêperíodo? Que ações vocêperíodo? Que ações vocêperíodo? Que ações vocêperíodo? Que ações vocêdestacaria?destacaria?destacaria?destacaria?destacaria?

Tive a oportunidade de intervir maisdiretamente a partir do final da décadade 90. Em 1999 e início de 2000 estiveà frente, junto com outros profissionais,do processo que certificou o Sistema deGestão da Qualidade do Crea-ES naNorma NBR ISO 9002:1994. Foi umdesafio intenso e gratificante, tendodepois ajudado a recertificar nas novasséries ISO 9001:2000 e recentementeISO 9001:2008, sendo até hoje o Creado Espírito Santo o único ConselhoRegional de Engenharia, Arquitetura eAgronomia do país que possui acertificação de Qualidade ISO em todosos seus serviços. Em 2001 participei dostrabalhos para uma grande reformulaçãona estrutura do Conselho, baseada nadescentralização das decisõesadministrativas. A medida foi importante,pois horizontalizou os níveis hierárquicosda instituição, agilizou os processos egerou co-responsabilidade da gestão comseus gerentes, que passaram a terinfluência direta nos resultados. A partirde 2002, colaborei para a reorganizaçãoadministrativa da instituição,implementando fer ramentas daadministração moderna. Mais adiante, aoaproximar o período de eleições do Creapara o triênio 2006/2008 fui convidadopara participar da coordenação daprimeira campanha do Engenheiro LuisFiorotti à presidência do Conselho,colaborando para o programa de gestãosob a ótica dos técnicos industriais. Eume sinto responsável por essas e outrasintervenções nesse período. Sinto orgulhodas contribuições que tenho oferecido.

VVVVVocê é um procê é um procê é um procê é um procê é um profofofofof issional com umaissional com umaissional com umaissional com umaissional com umaampla rede de relacionamentos.ampla rede de relacionamentos.ampla rede de relacionamentos.ampla rede de relacionamentos.ampla rede de relacionamentos.Como você adquiriu tantosComo você adquiriu tantosComo você adquiriu tantosComo você adquiriu tantosComo você adquiriu tantoscontatos?contatos?contatos?contatos?contatos?

Mesmo atuando como funcionário doCrea-ES, sempre procurei realizaratividades de consultoria externa. Umadas melhores oportunidades que eu tivefoi trabalhar como instrutor do ProgramaBrasil Empreendedor, do Governo Federalministrado pelo Sebrae. Isso ocorreu nofinal dos anos 90. Essa atividade abriumuitas portas para mim, ampliou meucampo de trabalho e minha rede derelacionamentos. Isso me levou a umacondição profissional bastante positiva,pois, além de ensinar, eu aprendi muito.Acredito que atuar nesse programa tenhapossibilitado um dos meus maiores saltosprofissionais. Nesse período, durante doisanos, eu conhecia em média 40 pessoaspor semana, no mínimo cem pessoas pormês. Isso rendeu pra mim conhecimentose inúmeras possibilidades de fazernegócios. E negócios sempre foi o meuforte. Minha família é de comerciantes.Comércio para mim é igual respirar. Estáno DNA.

Que dicas você daria para umQue dicas você daria para umQue dicas você daria para umQue dicas você daria para umQue dicas você daria para umtécnico que gostaria detécnico que gostaria detécnico que gostaria detécnico que gostaria detécnico que gostaria deempreender novas idéias e abrir oempreender novas idéias e abrir oempreender novas idéias e abrir oempreender novas idéias e abrir oempreender novas idéias e abrir oseu próprio negócio?seu próprio negócio?seu próprio negócio?seu próprio negócio?seu próprio negócio?

O importante em tudo que a gente vaifazer na vida não é colocar apenas ainspiração. Tem que colocar transpiração.Vamos pensar no técnico comoempreendedor. A primeira coisa a se fazeré conhecer a área de atuação. O perfil doempreendedor está diretamente ligadoà atividade que ele vai desenvolver. Noinício é impor tante o planejamento,pesquisar o mercado, saber quem estáno segmento, qual o diferencial proposto,quais os valores que serão agregadosàquele produto ou serviço, local defuncionamento, e, só então, partir paraas ações. A disposição e a força devontade são muito importantes nesseperíodo. Hoje o mercado está aberto,próspero, mas o empreendedor precisaplanejar. Há pouco tempo tínhamos umarealidade sombria: uma média de 85%dos novos negócios que surgiam faliamantes mesmo de completar três anos deatividades. Hoje a situação já melhorougraças à atuação de diversas entidades,na orientação desses novosempreendedores, e a oferta de cursos de

atualização e formação continuada. Paraos técnicos industriais há várias opções,várias escolas. Além disso, também estámais fácil obter orientações sobre linhasde crédito. Enfim, o profissional que querabrir seu próprio negócio deve analisar,pesquisar, planejar, ter força de vontadee talento. Sem talento não dá para ir muitolonge.

Na sua opinião, como o técnicoNa sua opinião, como o técnicoNa sua opinião, como o técnicoNa sua opinião, como o técnicoNa sua opinião, como o técnicoindustrial pode aproveitar o bomindustrial pode aproveitar o bomindustrial pode aproveitar o bomindustrial pode aproveitar o bomindustrial pode aproveitar o bommomento de investimentosmomento de investimentosmomento de investimentosmomento de investimentosmomento de investimentostecnológicos no estado?tecnológicos no estado?tecnológicos no estado?tecnológicos no estado?tecnológicos no estado?

Os grandes projetos industriais doEspírito Santo estão aí, em empresascomo Petrobras, Samarco, Aracruz,ArcelorMittal Tubarão e Vale. O TécnicoIndustrial tem um campo de atuaçãogrande. Como empreendedor ele podenão só montar sua própria empresa, mastambém pode ser responsável técnico poruma, duas ou três empresas se quiser.Com a garantia do cumprimento doDecreto 90.922, que define asatribuições profissionais da categoria,podemos exercer todas as atividadeselencadas na lei. Essa vitória,conquistada pelo Sintec, gerou para ostécnicos a possibilidade de acessar ummercado de trabalho que até então nãoera disponível para esses profissionais.Eu mesmo já atuei como responsáveltécnico de algumas empresas na área demanutenção e montagem, e issocomplementava minha renda. Nadaimpede que um profissional sejaempregado de uma empresa pública ouprivada e, paralelamente, dê suaparticipação em outra empresa comoresponsável técnico. Essa é uma boaalternativa. Outro campo que podemosdestacar é a área de ensino, que tambémestá em crescimento. Os cursosprofissionalizantes de escolas públicas eparticulares estão em ascensão. É ummercado interessante para o técnicoindustrial. Temos também a oportunidadede empreender no serviço público cominovações nas rotinas de trabalho edisponibilização de novas ferramentas.É preciso apenas estar antenado aosavanços tecnológicos.

VVVVVocê parocê parocê parocê parocê parece estar semprece estar semprece estar semprece estar semprece estar sempreeeee

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preocupado em se manter presentepreocupado em se manter presentepreocupado em se manter presentepreocupado em se manter presentepreocupado em se manter presentenos fórnos fórnos fórnos fórnos fór uns de discussõesuns de discussõesuns de discussõesuns de discussõesuns de discussõesrelacionados à sua categoria. Qualrelacionados à sua categoria. Qualrelacionados à sua categoria. Qualrelacionados à sua categoria. Qualrelacionados à sua categoria. Quala impora impora impora impora impor tância dessas rtância dessas rtância dessas rtância dessas rtância dessas relações parelações parelações parelações parelações paraaaaao desenvolvimento de suaso desenvolvimento de suaso desenvolvimento de suaso desenvolvimento de suaso desenvolvimento de suasatividades profissionais?atividades profissionais?atividades profissionais?atividades profissionais?atividades profissionais?

Eu acredito com muita clareza que nósestamos vivendo a época dorelacionamento em rede. Sem exceção,todas as atividades que estãoestabelecidas em rede, tendem aprosperar. E os sindicatos, as associaçõese outras organizações são estruturadosem rede. Para que essa rede funcione,precisa haver par ticipação. Acho deextrema importância a participação emsindicatos, não só pela questão dalegalidade, estabilidade, mas,principalmente, porque uma rede bemestabelecida, com objetivos comuns ecom clareza de propósito, tem acapacidade de se relacionar com qualquergrande grupo ou interlocutor. Isso éfundamental no caso do Crea e do Sintec.Nós somos mais fortes enquanto estamosjuntos. Isoladamente nós não vamos obtersucesso. Hoje temos mais de cinco miltécnicos industriais no Crea-ES. Mas nóspoderíamos ser quinze mil. Eu acreditoque, no máximo, em cinco anos, nóstenhamos a maioria no Conselho. Isso secontinuarmos o trabalho coeso entresindicato da categoria, órgão defiscalização profissional e instituições deensino. Nós já teríamos atingido o índicede 50% dos profissionais registrados noConselho se não houvesse ainda muitostécnicos industriais trabalhando em suasfunções e que não são registrados noConselho ou que não estão participandodo sindicato. Se esses profissionais seconscientizarem da impor tância deexercer a profissão de forma regular elegítima, se registrando no Crea, e,entenderem que o Sintec estátrabalhando para agregar todas essaspotencialidades, nós seremos umacategoria for tíssima no leque deprofissões liberais que existem no Brasil.

Passamos por uma crisePassamos por uma crisePassamos por uma crisePassamos por uma crisePassamos por uma criseeconômica, com respingos emeconômica, com respingos emeconômica, com respingos emeconômica, com respingos emeconômica, com respingos emdididididivvvvvererererersas asas asas asas asas atititititividades fvidades fvidades fvidades fvidades financeirinanceirinanceirinanceirinanceiras deas deas deas deas detodo o mtodo o mtodo o mtodo o mtodo o mundoundoundoundoundo..... Na sua visão de Na sua visão de Na sua visão de Na sua visão de Na sua visão deadministradministradministradministradministradoradoradoradorador,,,,, qual de qual de qual de qual de qual devvvvve ser oe ser oe ser oe ser oe ser o

comporcomporcomporcomporcompor tamento do prtamento do prtamento do prtamento do prtamento do profofofofofissional daissional daissional daissional daissional daárea tecnológica neste momento?área tecnológica neste momento?área tecnológica neste momento?área tecnológica neste momento?área tecnológica neste momento?

Diante de crises devemos planejar e tervisão de futuro. Eu sou um otimista. Nãohá situações de crises que não tragamopor tunidades. Passamos por umdesequilíbrio financeiro mundial queafetou alguns setores da economia,porém, a situação gerou respostasimediatas, não só de governantes, mastambém de empresários e da sociedadecivil de um modo geral, e isso temcontribuído para a recuperação. Porém,acredito que a preocupação deve serpermanente e agora está no momentode enxergar atrás do muro, voltar o olharpara as tendências futuras. Se tivermoso norte, a direção, poderemos planejarnossa carreira e vencer os desafiosimpostos. É tempo de estar atento àsmudanças, de diagnosticar a situação, deolhar cenários. É "prever para prover".Com relação à conjuntura nacional, o paísestá caminhando para ser uma dasmaiores potências do mundo. A tendênciaé de que nós, profissionais da áreatecnológica, cresçamos juntos com essedesenvolvimento. Se assumirmos essepapel, seremos atores principais e nãomais simples coadjuvantes.

Com sua larga experiência comoCom sua larga experiência comoCom sua larga experiência comoCom sua larga experiência comoCom sua larga experiência comofuncionário do Crea-ES, você jáfuncionário do Crea-ES, você jáfuncionário do Crea-ES, você jáfuncionário do Crea-ES, você jáfuncionário do Crea-ES, você jápresenciou vários momentos depresenciou vários momentos depresenciou vários momentos depresenciou vários momentos depresenciou vários momentos deinserção de sua categoria dentroinserção de sua categoria dentroinserção de sua categoria dentroinserção de sua categoria dentroinserção de sua categoria dentrodo Conselhodo Conselhodo Conselhodo Conselhodo Conselho..... VVVVVocê poderia nosocê poderia nosocê poderia nosocê poderia nosocê poderia nosdizer quais foram as maioresdizer quais foram as maioresdizer quais foram as maioresdizer quais foram as maioresdizer quais foram as maioresconquistas dos técnicos industriaisconquistas dos técnicos industriaisconquistas dos técnicos industriaisconquistas dos técnicos industriaisconquistas dos técnicos industriaisnessa esfera?nessa esfera?nessa esfera?nessa esfera?nessa esfera?

A primeira grande conquista do Sintecdentro do Crea foi o direito a ocuparassentos em câmaras especializadas eno Plenário. Isso teve início no final de1990, por meio do presidente doSindicato, o técnico em Mecânica PauloRangel. A situação na época era difícil ede clara discriminação, mas, graças àpersistência de alguns profissionais, esseespaço foi aberto. Isso ampliou bastantenossa participação, pois começamos afazer a diferença, uma vez que passamosa ter direito a voz e voto. Outro grandemomento foi quando os conselheirosindicados pelo Sintec passaram a atuar

como coordenadores adjuntos dascâmaras e participar de importantescomissões, até mesmo da diretoria doConselho. Portanto, tivemos as fases departicipação, representação e, enfim, deintervenção. Hoje nós compomos uma dasbancadas mais importantes dentro doPlenário, não só pela qualidade dosnossos conselheiros, mas pelo própriocenário que existe no Espírito Santo.Temos um alinhamento muito coesoconstruído com base no tripé instituiçõesde ensino, sindicato da categoria e Crea.Hoje somos muito respeitados e estamosfor talecidos. Somos invariavelmenteouvidos nas grandes decisões do Conselhoe temos ocupado papel de destaque naatual gestão do Crea. A tendência é deque essa participação se intensifiqueainda mais para o próximo mandato.

Como está a questão da valoriza-Como está a questão da valoriza-Como está a questão da valoriza-Como está a questão da valoriza-Como está a questão da valoriza-ção profissional dos técnicosção profissional dos técnicosção profissional dos técnicosção profissional dos técnicosção profissional dos técnicosindustriais? A Lei 5.524/66 e oindustriais? A Lei 5.524/66 e oindustriais? A Lei 5.524/66 e oindustriais? A Lei 5.524/66 e oindustriais? A Lei 5.524/66 e oDecreto 90.922, que trata dasDecreto 90.922, que trata dasDecreto 90.922, que trata dasDecreto 90.922, que trata dasDecreto 90.922, que trata dasatribuições desses profissionais,atribuições desses profissionais,atribuições desses profissionais,atribuições desses profissionais,atribuições desses profissionais,estão sendo cumpridos no estado?estão sendo cumpridos no estado?estão sendo cumpridos no estado?estão sendo cumpridos no estado?estão sendo cumpridos no estado?

Existem alguns projetos de lei quedefendem o salário mínimo profissionalda categoria. Eu não sei até que pontoisso pode se tornar realidade, mas hoje omercado para o técnico de nível médiono estado é extremamente contratador.Devido à atuação dos conselheiros doSintec no Plenário do Crea, a Lei 5.528 eo Decreto 90.922 estão sendo aplicados.O Conselho tem fiscalizado e garantido oexercício da profissão. Em raríssimoscasos temos questionamentos deatribuições nas câmaras e no Plenário.Porém, quando isso acontece, o Sintecacompanha de perto essas discussões e,na maioria das vezes, obtemos êxito.Independente disso, essa é uma lutapermanente. Mas do que garantir asatribuições, nós temos que mobilizar ostécnicos para se registrarem no Crea.Essa é a única forma de atuar dentro dalei, legitimando não só a atuaçãoprofissional, mas também a existência danossa profissão enquanto profissão liberale regulamentada. O sindicato é o principalvetor disso. Ou seja, nós só vamosconseguir valorização profissional seestivermos organizados no sindicato.

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Especial - 100 Anos de Educação Profissional e Tecnológica

Ifes comemora umséculo de excelência emeducação profissionale tecnológica

e escola correcional infanto-juvenil, no início do século passado,à instituição que oferece formação profissional em todos os ní-veis educacionais e desenvolve atividades de ensino, pesquisa eextensão. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologiado Espírito Santo (Ifes) é o resultado da integração de quatro

organizações de ensino técnico de nível médio presentes no Estado e dediversas transformações na estrutura organizacional e na função da forma-ção oferecida por essas instituições nos últimos cem anos.

O antigo Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo(Cefetes) é a mais antiga das quatro instituições que deram origem ao Ifese responde por uma história de 100 anos do ensino técnico industrial noEstado. Ao longo desse centenário, a ainda popularmente conhecida EscolaTécnica passou por fases intermediárias e radicais de mudanças. Além dasvárias denominações, o que mudou foi o estatuto da instituição, principal-mente no que diz respeito à ampliação das suas finalidades.

D

[a] Primeira sede da Escola de Aprendizes Artíficesdo Espírito Santo - 1909 a 1917.[b] Alunos na Escola de Aprendizes Artífices - 1916.[c] Turmas de marcenaria - entre 1910 e 1917.[d] Campus Serra.[e] Laboratório Campus Vitória.

[a]

[b]

[c]

[d]

[e]

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A evolução do ensino técnicoindustrial no Espírito Santo faz comque o reitor do Ifes, Denio RebelloArantes, lembre a música Metamor-fose Ambulante, de Raul Seixas. "Éque a nossa instituição setransforma periodicamente", diz,ao constatar que está diante degrandes desafios, como “aconsolidação de uma nova identida-de institucional, a verticalização doensino e a expansão do ensinotécnico no estado”.

Essas mudanças, contudo, nãoforam aleatórias ou arbitrárias. Ahistória do Ifes mostra o quanto oensino técnico possui uma relaçãodireta com o processo produtivo ecom a organização do trabalho. Osavanços tecnológicos afetam aprodução e o trabalho, trazendosempre a necessidade deadequação conteudística emetodológica para a educaçãoprofissional. Um exemplo foi quando,em 1937, a Escola de Aprendizes eArtífices torna-se o Liceu Industrialde Vitória. A mudança visava àformação de profissionais para aprodução em série, mesmo que deforma ainda artesanal. Isso mostrao quanto as transformações nosarranjos econômicos interferiramna estrutura e na finalidade dainstituição.

Assim, o que já foi um espaço

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de capacitação para o trabalhomanual sem qualquer teoria hojeforma profissionais com atribuiçõese conhecimentos cada vez maiscomplexos - uma exigênciacontemporânea. Atualmente, de umtécnico espera-se competênciaspara realizar não apenas a suatarefa, mas também para entendero conjunto de ações mais amplasda qual a sua atribuição faz parte.O profissional deve compreender asinterrelações que o exercício dasua atividade possui com todo oprocesso produtivo e ser capaz detomar decisões.

Por isso, a formação técnicaindustrial vai ficando mais longa eexigindo conhecimento maisprofundo, tanto técnico quantogeral. As mudanças começam pelospróprios cursos e depois chegamàs estruturas maiores da entidadede ensino. "Isso tudo implica que ainstituição, se quiser acompanharo que acontece no mundo dotrabalho, deve atender essas novasnecessidades", diz o reitor. Issosignifica que a criação do Ifes,permitida por uma recentelegislação, possui relação diretacom as demandas atuais do setorprodutivo e traz desafios aindadifíceis de serem mensurados pelodirigente máximo da novainstituição.

Com a Lei nº 11.892, sancionada em dezembro de 2008,pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,foram criados 38 institutos federais de educação,ciência e tecnologia no país para atuarem na educaçãosuperior, básica e profissional. Essas instituições sãopluricurriculares e multicampi, especializadas na ofertade educação profissional, científica e tecnológica nasdiferentes modalidades de ensino.

São 12 campiem funcionamento

Colatina

Aracruz

Santa Teresa

Serra

Vitória

Itapina (Colatina)

Nas fotos, seis dos 12 campi que estãoem funcionamento no estado.

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Todos os níveis

A nova instituição possui umgrande diferencial, que é a vertica-lização no ensino profissionalizantetecnológico. Antes, o Cefetes e asEscolas Agropecuárias Federaistrabalhavam horizontalmente, tendoque oferecer, por lei, apenas umnível de ensino. Sempre à frente, oCefetes já oferecia ensino superior,assim como pesquisa e extensão -ainda que seu estatuto não exigissea oferta deste tipo de ensino. O Ifes,por sua vez, deve oferecer, por lei,cursos da formação básica àsuperior. Isso traz um desafio aosprofessores, que é o de fazertraduções pedagógicas diferentespara cada um desses níveis.

Mas o que vem a ser um sistemaeducacional ver ticalizado? Umamaneira de entender isso é compa-rar o modelo organizacional deuma universidade com o do Ifes. Auniversidade atua apenas no nívelsuperior, nas várias áreas do conhe-cimento e nos diversos eixos tec-nológicos, ou seja, ela atua horizon-talmente. Já os institutos federaistrabalham com alguns eixos tecno-lógicos específicos e em todos osníveis educacionais.

A estrutura organizacional tam-bém é diferente, pois geralmenteas universidades possuem umcampus grande para abrigar asdiversas áreas do saber. Já osinstitutos são caracterizados porcampi menores, focados em algumeixo tecnológico e com formaçãoem todos os níveis de ensino. Sãoos vários campi pequenos e espa-lhados que possibilitam uma maiorcapilaridade da instituição.

Uma consequência negativa daver ticalização do ensino para oinstituto seria o desprestígio de umnível em relação a outro, ou seja,dar ao nível médio profissionalizantemenos impor tância nas políticasinstitucionais. Para o reitor do Ifes,

isso não pode acontecer, pois aformação de técnicos é o "car tãode visitas" dos institutos. "Aocontrário do que se pensa, oscursos técnicos vão puxar aqualidade do nível superior. O níveltécnico, apesar do aumento da suacomplexidade, é muito baseado naprática, e isso faz com que o nívelsuperior procure alcançar isso",completa Arantes.

Uma das determinações da Leinº 11.892 é que os institutosdestinem pelo menos 50% de suasvagas à educação profissionaltécnica de nível médio. Essalegislação também determina que,no mínimo, 20% das vagas sejapara cursos de licenciatura ouprogramas especiais de formaçãopedagógica, a fim de formarprofessores para a educaçãoprofissional e para a educaçãobásica.

Integração e expansão

Para constituir o Ifes, foi precisofazer a integração de todas asunidades do Centro Federal deEducação Tecnológica do EspíritoSanto (Cefetes) com mais outrastrês instituições: as EscolasAgrotécnicas Federais de Alegre,Colatina e Santa Teresa, totalizando12 campi do Instituto em funcio-namento.

Segundo o pró-reitor deDesenvolvimento Institucional doIfes, Técnico Industrial em MecânicaJadir Pela, a integração das quatroautarquias foi muito tranquila, poisnos últimos seis anos isso já estavasendo discutido. "Aqui no Estado, oMinistério da Educação não tevenenhum esforço para fazer isso,porque a integração já existia naprática", conta.

Com a implantação do Ifes, oensino técnico federal ofer tadopara a população capixaba segueum planejamento que pensa todo

o Estado de uma forma conjunta.Segundo o Reitor, isso possibilitauma maior eficiência na aplicaçãodos recursos públicos. Isso épossível, pois a centralização doplanejamento, possibilitada pelaintegração, faz com que se pense"todas as nossas ofertas de cursose programas de modo a atingir oEstado sem sobreposição ouacúmulos", diz o Reitor.

Como par te do Programa deAceleração do Crescimento (PAC),o Cefetes já estava vivendo umprocesso de ampliação das suasunidades. No segundo semestre de2008, as unidades de Linhares,Aracruz e Nova Venécia entraramem funcionamento. Nessa épocatambém foram iniciados a discus-são e os encaminhamentos para aimplantação das unidades de VendaNova do Imigrante, Ibatiba, Caramu-ru, Piúma, Guarapari e Vila Velha.

Isso significa que, além de umnovo modelo organizacional, o Ifesjá nasce com a responsabilidade depromover um amplo processo deexpansão do ensino técnico capixa-ba. Ao final de 2010, espera-se que18 campi estejam em funciona-mento e presentes em todas asregiões do Estado. Com essa am-pliação, os novos servidores contra-tados representarão um percentualque fica entre 70% e 80% do atualquadro funcional da instituição.

Essa rápida e ampla transfor-mação pode trazer riscos quecomprometam a qualidade daeducação ofer tada pelo Ifes, poistodo esse processo de mudançatraz um certo estresse institucional.

Assim, a implantação e a si-multânea expansão do Ifes traz odesafio de consolidar uma novaidentidade a par tir da integraçãodas quatro instituições precedentese, ao mesmo tempo, fazer com queos novos professores e servidorestécnico-administrativos assimilem acultura institucional já existente.

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DenominaçõesDenominaçõesDenominaçõesDenominaçõesDenominações

1909 -1909 -1909 -1909 -1909 - Escola de Aprendizes Artífices do Espírito Santo1937 -1937 -1937 -1937 -1937 - Liceu Industrial de Vitória1942 -1942 -1942 -1942 -1942 - Escola Técnica de Vitória - ETV1965 -1965 -1965 -1965 -1965 - Escola Técnica Federal do Espírito Santo - Etfes1999 -1999 -1999 -1999 -1999 - Centro Federal de Educação Tecnológica do EspíritoSanto - Cefetes2008 -2008 -2008 -2008 -2008 - Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes

A criação do Ifes é o marcomais recente de uma louváveltrejetória de evolução do ensinotécnico industrial no Espirito Santo.Em 1909, quando a então Escolade Aprendizes Artífices do EspíritoSanto foi fundada, a educaçãoprofissional no estado dava os seusprimeiros passos. Na época, cercade 130 alunos, com idades entre10 e 13 anos, frequentavam aulasde Marcenaria, Carpintaria,Sapataria, Ferraria e Fundição,Alfaiataria e Eletricidade. Era o iníciode uma história de crescimento edesenvolvimento.

Foi em 23 de setembro de 1909que o então presidente daRepública Nilo Peçanha assinou oDecreto n.º 7.566, que determinoua criação de 19 Escolas deAprendizes Artífices em todo o país.Em ter ras capixabas, ainauguração oficial da escolaocorreu em 24 de fevereiro de1910, na capital Vitória. O objetivoera habilitar os filhos dos maishumildes para uma profissão,oferecendo preparo técnico eintelectual gratuito. Seu primeirodiretor foi José Francisco

Um pouco dehistória

Monjardim.A criação das Escolas de

Aprendizes de Ar tífices no Brasiltinha como pano de fundo oestabelecimento de novas relaçõesde produção econômica e detransformação no modo de vidasocial e político. A partir do final doséculo XIX, o modo de produçãoescravista foi dando lugar àindustrialização. O país começou aintegrar-se à dinâmica de produçãocapitalista e, com isso, surgia anecessidade de criação de mão-de-obra profissional.

Não é apenas a criação daescola que marca a história doInstituto. O professor José CandidoRifan Sueth, que organizou um livrocomemorativo do centenário doIfes, aponta outros momentosimpor tantes. "A transformação daEscola de Aprendizes de Artífices emEscola Técnica de Vitória, em 1942,que possibilitou o surgimento doprimeiro curso técnico (Estradas),em 1961; e a transformação paraEscola Técnica Federal do EspíritoSanto e, posteriormente, em CentroFederal de Educação Tecnológicado Espírito Santo (Cefetes), em1999, trazendo à instituição oscursos superiores", destaca.

A expansão do ensino técnicoindustrial para além da capital ébem recente. Começou em 1993,com a criação da unidade de ensinodescentralizada de Colatina (daentão Escola Técnica Federal doEspirito Santo - Etfes). A partir de2000, passou-se a ofer tar cursostambém em São Mateus e Linhares.Em 2001, a unidade da Ser racomeçou a funcionar; e, em 2005,deu-se o início da expansão paraos outras localidades do estado,sempre contribuindo com a históriada economia capixaba.

A expectativa para o futuro épromissora. Agora, o Ifes queroferecer educação em todas asmodalidades de ensino e alcançara marca de 30 mil alunos,distribuídos em 18 unidades até ofinal de 2011.

"Serão cerca de 1.200 alunosem cada unidade, atuando deacordo com a demanda de suasregiões e do arranjo produtivolocal", destaca o pró-reitor deDesenvolvimento Institucional doIfes, Técnico Industrial em MecânicaJadir Pela.

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Quando chegou à EscolaTécnica de Vitória, em 1964, JoséMaurício Rodrigues tinha 17 anose a vontade de aprender umaprofissão. Vindo de família decirco e parques de diversão, elenasceu no município de Coimbra,em Minas Gerais, e costumavaviver viajando pelas cidades dointerior. Na época, decidiu quequeria morar em Vitória e, pormeio de um primo, conheceu aescola. Em 1964, matriculou-seno curso de Aprendizagem Indus-trial, no regime de internato.Passou, então, a viver 24 horasem função dos estudos e dainstituição. Quatro anos depois,em 1968, iniciou o curso deEletrotécnica. Era a primeiraturma do curso, que se formariaem 1970, e que daria a Maurícioa profissão que exerce até hoje.

Maurício, hoje aos 62 anos, éo professor mais antigo do Ifes,título que carrega com orgulho."Trabalhar aqui é se renovarconstantemente. Os alunos e osprofessores estão sempreempenhados nisso, e em criar umambiente de trabalho prazeroso.É uma família mesmo", conta.

Maurício viu grande parte dastransformações da instituiçãoacontecerem. Ele foi, durantetodo esse período, professor daEscola Técnica Federal, do Cefetese, agora, do Ifes. A escola e operfil dos alunos, segundo ele,mudaram bastante ao longo do

tempo. "Quando eu cheguei aqui,a escola buscava dar aos alunosuma profissão, eram alunoshumildes, que não tinhamcondições financeiras. Hoje,somos referência em qualidadede ensino e atraímos filhos depais com condições financeirasinvejáveis, inclusive", diz.

As mudanças vividas por elenão param por aí. A atuação dostécnicos formados na escolatambém sofreu alterações aolongo do tempo. Na sua opinião,a ofer ta de trabalho para osprofissionais formados na escolacontinua excelente, mas imaginepoder escolher onde trabalhar, háquase 40 anos atrás. "Quandominha turma se formou emEletrotécnica, éramos em 23alunos e podíamos escolher emqual trecho da cidade queríamosatuar. Não havia outros profissio-nais além de nós. Eu comecei aatuar em uma empresa, maslogo fui chamado para dar aulasaqui, em 1971, e voltei", lembra.

Testemunha presente nosgrandes momentos da institui-ção, Maurício não pensa em seafastar dela.

"Tem duas coisas que mefazem continuar aqui: uma égratidão. Eu era ninguém e, hoje,eu sou alguém, graças àinstituição. A segunda é oambiente de trabalho. É fabulosodar aulas aqui. Não me sentiriabem assim em outro lugar", diz.

Depoimentos

"Não tem nada igual ou que"Não tem nada igual ou que"Não tem nada igual ou que"Não tem nada igual ou que"Não tem nada igual ou quese compare a estudar nase compare a estudar nase compare a estudar nase compare a estudar nase compare a estudar naEscola Técnica. Foi umaEscola Técnica. Foi umaEscola Técnica. Foi umaEscola Técnica. Foi umaEscola Técnica. Foi uma

eeeeexxxxxcelente fcelente fcelente fcelente fcelente fororororor mação técnica emação técnica emação técnica emação técnica emação técnica ede caráterde caráterde caráterde caráterde caráter..... O que a O que a O que a O que a O que aprprprprprendi láendi láendi láendi láendi lá

foi a base para os meusfoi a base para os meusfoi a base para os meusfoi a base para os meusfoi a base para os meusestudos posteriores. Recordoestudos posteriores. Recordoestudos posteriores. Recordoestudos posteriores. Recordoestudos posteriores. Recordo

ainda do rigainda do rigainda do rigainda do rigainda do rigor discipl inaror discipl inaror discipl inaror discipl inaror discipl inar,,,,,dos inspetores que f icavamdos inspetores que f icavamdos inspetores que f icavamdos inspetores que f icavamdos inspetores que f icavam

no pátio da Escolano pátio da Escolano pátio da Escolano pátio da Escolano pátio da Escolafiscalizando se estávamosfiscalizando se estávamosfiscalizando se estávamosfiscalizando se estávamosfiscalizando se estávamos

vvvvvestidos corestidos corestidos corestidos corestidos cor rrrrr etamenteetamenteetamenteetamenteetamente..... AindaAindaAindaAindaAindamantenho contato com meusmantenho contato com meusmantenho contato com meusmantenho contato com meusmantenho contato com meus

ex-professores"ex-professores"ex-professores"ex-professores"ex-professores"Sávio Da Ros - Gestor executivo de

desenvolvimento de projetos degeração de energia a partir de

fonte eólica da EDP Renováveis -Ex-aluno da Etfes, formado em

1990.

“Estudar na Escola Técnica“Estudar na Escola Técnica“Estudar na Escola Técnica“Estudar na Escola Técnica“Estudar na Escola Técnicafffffoi uma imporoi uma imporoi uma imporoi uma imporoi uma impor tante etatante etatante etatante etatante etapa dopa dopa dopa dopa domeu projeto de vida. Foi umameu projeto de vida. Foi umameu projeto de vida. Foi umameu projeto de vida. Foi umameu projeto de vida. Foi uma

fase muito marcante e defase muito marcante e defase muito marcante e defase muito marcante e defase muito marcante e detanto eu enfatizar isso, meutanto eu enfatizar isso, meutanto eu enfatizar isso, meutanto eu enfatizar isso, meutanto eu enfatizar isso, meu

fi lho se interessou efi lho se interessou efi lho se interessou efi lho se interessou efi lho se interessou eatualmente estuda naatualmente estuda naatualmente estuda naatualmente estuda naatualmente estuda na

instituiçãoinstituiçãoinstituiçãoinstituiçãoinstituição..... É uma f É uma f É uma f É uma f É uma fororororor maçãomaçãomaçãomaçãomaçãoque dá uma ótima base paraque dá uma ótima base paraque dá uma ótima base paraque dá uma ótima base paraque dá uma ótima base parao indio indio indio indio indivíduo gvíduo gvíduo gvíduo gvíduo gerir sua carerir sua carerir sua carerir sua carerir sua car rrrrreireireireireir aaaaa

prprprprprofofofofof issional.issional.issional.issional.issional. TTTTTenho menho menho menho menho muitouitouitouitouitoorgulho de ter estudado lá”.orgulho de ter estudado lá”.orgulho de ter estudado lá”.orgulho de ter estudado lá”.orgulho de ter estudado lá”.Henrique Casamata - Secretário

Adjunto de DesenvolvimentoEconômico de Vila Velha.

Formado pela Etfes em 1977.

“T“T“T“T“Tenho orenho orenho orenho orenho orgulho de dizgulho de dizgulho de dizgulho de dizgulho de dizer queer queer queer queer quesou etesou etesou etesou etesou etevianovianovianovianoviano..... Além de umAlém de umAlém de umAlém de umAlém de um

ótimo conhecimento técnico,ótimo conhecimento técnico,ótimo conhecimento técnico,ótimo conhecimento técnico,ótimo conhecimento técnico,base para a minha profissão,base para a minha profissão,base para a minha profissão,base para a minha profissão,base para a minha profissão,ao estudar na Escola Técnicaao estudar na Escola Técnicaao estudar na Escola Técnicaao estudar na Escola Técnicaao estudar na Escola Técnica

Federal do Espírito SantoFederal do Espírito SantoFederal do Espírito SantoFederal do Espírito SantoFederal do Espírito Santoadquiri valores sólidos deadquiri valores sólidos deadquiri valores sólidos deadquiri valores sólidos deadquiri valores sólidos de

c idadan ia”c idadan ia”c idadan ia”c idadan ia”c idadan ia”Pedro Gilson Rigo - Empresário e

Secretário Municipal deDesenvolvimento Econômico de

Cariacica. Formado pela Etfes em1985.

Orgulho e Dedicação

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Uma formação cidadã e paraalém da sala de aula. Quem estudano Ifes pode par ticipar de umasérie de atividades que possibilitamum aprendizado mais amplo eintegrado. Os egressos do Institutodispõem de outros espaços deformação que contribuem para adisciplina, o protagonismo políticoe a sensibilização artístico-cultural.Esse tipo de participação amplia asredes de sociabilidade e desenvolveoutras capacidades para além daformação técnica dos estudantes.

Participação política

Desde maio de 2008, aestudante do Curso TécnicoIntegrado em Infra Estrutura de Viasde Transpor tes do campus deVitória, Andressa Olegário, faz parte

Muito mais que a sala de aula

da diretoria do Grêmio EstudantilRui Barbosa, entidade querepresenta o corpo discente do Ifes.Ela conta que a atuação na políticaestudantil faz com que esteja emcontato com diversas pessoas edemanda a uma constate tomadade posicionamentos para aresolução de problemas.

"A gente passa a conhecermelhor o funcionamento dainstituição e fica por dentro de comoas coisas acontecem. O Grêmio éum espaço muito respeitado eimpor tante, pois ele é a voz dosestudantes", diz Andressa.

Pra mexer o corpo

Outra atividade extra-salaimportante é a prática de esportes.Além das aulas de educação física,obrigatórias para os cursosintegrados, o Ifes oferecemodalidades despor tivas nãoobrigatórias aos seus estudantescomo hidroginástica, natação,musculação e ginástica localizada.

A rotina de exercícios físicos eesportes é uma excelente forma desocialização, estabelece um sensode disciplina e proporciona umamelhor qualidade de vida. "Com aprática despor tiva, os estudantesficam com uma maior disposição e

mais envolvidos com a própriainstituição. O espor te é umaferramenta que contribui para avida educacional e o crescimentodo estudante enquanto cidadão",diz o coordenador da área deEducação Física do campus deVitória, Danilo Abdalla Guimarães.

No campus de Vitória, em tornode 1.100 estudantes par ticipamdessas atividades, das quaistambém fazem par te as equipesdesportivas em modalidades comovôlei, basquete, futebol, atletismo,natação, tênis de mesa e xadrez.Segundo o coordenador, o objetivodessas práticas não é a formaçãode atletas de alta performance, masdesenvolver outras aptidões nosestudantes, entre elas a formaçãode uma ética saudável.

O saber musicalO saber musicalO saber musicalO saber musicalO saber musical

A formação musical é tambémum outro espaço já consolidado ereconhecido no Ifes. Por meio daOficina de Música, o Instituto oferececursos de musicalização, teoriamusical, harmonização eimprovisação. Essa atividade existedesde 1985 sob o comando domaestro Célio de Paula e é motivode grande orgulho para instituição.

Graças ao trabalho realizado

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pela Oficina surgiu a Orquestra Pop& Jazz do Ifes, iniciativa que a cadaano ganha destaque no cenáriomusical capixaba. Tanto a Oficinaquanto a Orquestra contam com aparticipação de alunos e ex-alunos.Todos os anos também são abertasvagas para outros jovens que nãofazem parte do Ifes tenham acessoà formação e prática musical.

Integração Escola - Empresa

Ao longo de sua história, o Ifesse tornou referência na formaçãode profissionais para vários setoresda indústria capixaba.

“61% das empresasentrevistadas pela ConfederaçãoNacional das Indústrias estãofazendo parcerias com escolasprofissionalizantes para capacitarseus técnicos", aponta a pró-reitorade ensino do Ifes, Cristiane Tenan.

Para fazer a ponte entre osalunos e o mercado de trabalho, oIfes possui uma Coordenadoria deIntegração Escola - Empresa (CIE-E), que é a responsável porgerenciar toda a parte de estágiosobrigatórios e não-obrigatórios dosestudantes. Todos os anos, a CIE-E,em parceria com outras agênciasde integração e empresas, ofereceacesso ao estágio a cerca de 700estudantes de cursos técnicos esuperiores da escola.

As empresas que maiscontratam estagiários são asindústrias de mineração, detranspor tes urbanos e deengenharia. "Tem que ter vontadede estar na empresa, empenho,dinamismo, criatividade e disposi-ção", explica a coordenadora da CIE-E, Jeane Virgínio Soares.

O acompanhamento do Ifes éconstante e duas vezes por ano, osestudantes par ticipam de umencontro para trocar experiênciase responder a um questionáriosobre as tarefas desenvolvidas naempresa e seu grau de satisfação.

Ensino técnico industrial no Brasil

O ensino técnico industrial noBrasil teve início com a criaçãodas Escolas de Aprendizes deAr tíf ices, em 1909, quandotambém foi criada a escola quedeu origem ao Ifes. Em 1937, aConstituição Brasileira trata,pela primeira vez, do ensinotécnico, profissional e industrial.E a lei 378 transforma asEscolas de Aprendizes deAr tífices em Liceus Industriais,destinados ao ensino profissionalde todos os ramos e graus. Em1942, um decreto transforma osliceus em Escolas Industriais eTécnicas, passando a oferecera formação profissional em nívelequivalente ao do secundário.Aqui no Estado, ganhávamos aEscola Técnica de Vitória. Em1959, essas escolas sãotransformadas em autarquiascom o nome de Escolas TécnicasFederais. O objetivo, na época,era formar profissionaisorientados para as metas dedesenvolvimento do país. Logoapós, o ensino profissional éequiparado ao ensinoacadêmico.

Em 1971, a Lei de Diretrizese Bases da Educação Brasileiratorna técnico-profissional todocur rículo do segundo grau,

Fotos: Coordenadoria de Comunicaçao Social - CSO/ Ifes.O Pró-reitor de Extensão do Ifes Tadeu Pissinati Sant'Annacolaborou com esta reportagem.

compulsoriamente. Um novoparadigma se estabelece: formartécnicos sob o regime daurgência. Em 1978, surgem osprimeiros Centros Federais deEducação Tecnológica, noParaná, em Minas Gerais e no Riode Janeiro). A partir daí, a glo-balização e a nova configuraçãoda economia mundial transformao cenário nacional e intensifica-se a aplicação da tecnologia e osprocessos de produção. Em1994, institui-se o SistemaNacional de Educação Tecnológi-ca e a ofer ta da educaçãoprofissional passa a ocor rersomente em parceria comEstados, municípios e governofederal. Em 2005, essa parceriase torna preferencial e não maisobrigatória e cria-se o Plano deExpansão da Rede Federal. Umano antes, um novo decretopermite que o ensino técnico denível médio se integre ao ensinomédio.

Em 2007, é lançada a segundafase do Plano de Expansão daRede Federal, cujo objetivo éalcançar 354 em todo o país até2010. Em 2008, tem início aar ticulação para a criação dosInstitutos Federais de Educação,Ciência e Tecnologia, como o Ifes.

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LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968LEI Nº 5.524, DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio.Art. 1º - É livre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio, observadas as condiçõesde capacidade estabelecidas nesta Lei.Art. 2º - A atividade profissional do Técnico Industrial de nível médio efetiva-se no seguinte campo derealizações:I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional.Art. 3º - O exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio é privativo de quem:I - haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de ensino técnico industrial, tenha sido diplomado porescola oficial autorizada ou reconhecida, de nível médio, regularmente constituída nos termos da Lei nº4.024, de 20 DEZ 1961;II - após curso regular e válido para o exercício da profissão, tenha sido diplomado por escola ou institutotécnico industrial estrangeiro e revalidado seu diploma no Brasil, de acordo com a legislação vigente;III - sem os cursos e a formação atrás referidos, conte, na data da promulgação desta Lei, 5 (cinco) anosde atividade integrada no campo da técnica industrial de nível médio e tenha habilitação reconhecida porórgão competente.Art. 4º - Os cargos de Técnico Industrial de nível médio, no serviço público federal, estadual ou municipalou em órgãos dirigidos indiretamente pelo poder público, bem como na economia privada, somente serãoexercidos por profissionais legalmente habilitados.Art. 5º - O Poder Executivo promoverá expedição de regulamentos, para execução da presente Lei.Art. 6º - Esta Lei será aplicável, no que couber, aos técnicos agrícolas de nível médio.Art. 7º - A presente Lei entra em vigor na data da sua publicação.Art. 8º - Revogam-se as disposições em contrário.A. DA COSTA E SILVA - Presidente da RepúblicaPublicada no D.O.U. de 06 NOV 1968 - Seção I - Pág. 9.689.

DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985DECRETO Nº 90.922, DE 6 FEV 1985Regulamenta a Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, que "dispõe sobre o exercício da profissão de técnicoindustrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau."O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 81, item III, da Constituição e tendoem vista o disposto no artigo 5º da Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, DECRETA:Art. 1º - Para efeito do disposto neste Decreto, entendem-se por técnico industrial e técnico agrícola de2º grau ou, pela legislação anterior, de nível médio, os habilitados nos termos das Leis nºs 4.024, de 20DEZ 1961, 5.692, de 11 AGO 1971, e 7.044, de 18 OUT 1982.Art. 2º - É assegurado o exercício da profissão de técnico de 2º grau de que trata o ar tigo anterior, a quem:I - tenha concluído um dos cursos técnicos industriais e agrícolas de 2º grau, e tenha sido diplomado porescola autorizada ou reconhecida, regularmente constituída, nos termos das Leis nºs 4.024, de 20 DEZ1961, 5.692, de 11 AGO 1971, e 7.044, de 19 OUT 1982;II - seja portador de diploma de habilitação específica, expedido por instituição de ensino estrangeira,revalidado na forma da legislação pertinente em vigor;III - sem habilitação específica, conte na data da promulgação da Lei nº 5.524, de 5 NOV 1968, 5 (cinco)anos de atividade como técnico de 2º grau.Parágrafo único - A prova da situação referida no inciso III será feita por qualquer meio em direitopermitido, seja por alvará municipal, pagamento de impostos, anotação na Car teira de Trabalho ePrevidência Social ou comprovante de recolhimento de contribuições previdenciárias.Art. 3º - Os técnicos industriais e técnicos agrícolas de 2º grau, observado o disposto nos ar ts. 4º e 5º,poderão:I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;II - prestar assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;III - orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional.Art. 4º - As atribuições dos técnicos industriais de 2º grau, em suas diversas modalidades, para efeitodo exercício profissional e de sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:I - executar e conduzir a execução técnica de trabalhos profissionais, bem como orientar e coordenarequipes de execução de instalações, montagens, operação, reparos ou manutenção;II - prestar assistência técnica e assessoria no estudo de viabilidade e desenvolvimento de projetos epesquisas tecnológicas, ou nos trabalhos de vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e consultoria,exercendo, dentre outras, as seguintes atividades:1) coleta de dados de natureza técnica;2) desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;3) elaboração de orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança;5) aplicação de normas técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho;6) execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dosmateriais, peças e conjuntos;7) regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.III - executar, fiscalizar, orientar e coordenar diretamente serviços de manutenção e reparo de equipamentos,instalações e arquivos técnicos específicos, bem como conduzir e treinar as respectivas equipes;IV - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos e materiais especializados,assessorando, padronizando, mensurando e orçando;V - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;VI - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2ºgraus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistérionesses dois níveis de ensino.§ 1º - Os técnicos de 2º grau das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil, na modalidade Edificações,poderão projetar e dirigir edificações de até 80m2 de área construída, que não constituam conjuntosresidenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em estruturas de concreto armadoou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.§ 2º - Os técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda deenergia de até 800 Kva, bem como exercer a atividade de desenhista de sua especialidade.§ 3º - Os técnicos em Agrimensura terão as atribuições para a medição, demarcação de levantamentostopográficos, bem como projetar, conduzir e dirigir trabalhos topográficos, funcionar como perito emvistorias e arbitramentos relativos à agrimensura e exercer atividade de desenhista de sua especialidade.Art. 5º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos técnicos industriais de 2º

grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular.Art. 6º - As atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau em suas diversas modalidades, para efeito doexercício profissional e da sua fiscalização, respeitados os limites de sua formação, consistem em:I - desempenhar cargos, funções ou empregos em atividades estatais, paraestatais e privadas;II - atuar em atividades de extensão, associativismo e em apoio à pesquisa, análise, experimentação,ensaio e divulgação técnica;III - ministrar disciplinas técnicas de sua especialidade, constantes dos currículos do ensino de 1º e 2ºgraus, desde que possua formação específica, incluída a pedagógica, para o exercício do magistérionesses dois níveis de ensino;IV - responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;V - elaborar orçamentos relativos às atividades de sua competência;VI - prestar assistência técnica e assessoria no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisastecnológicas, ou nos trabalhos e vistorias, perícia, arbitramento e consultoria, exercendo, dentre outras,as seguintes tarefas:1) coleta de dados de natureza técnica;2) desenho de detalhes de construções rurais;3) elaboração de orçamentos de materiais, insumos, equipamentos, instalações e mão-de-obra;4) detalhamento de programas de trabalho, observando normas técnicas e de segurança no meio rural;5) manejo e regulagem de máquinas e implementos agrícolas;6) assistência técnica na aplicação de produtos especializados;7) execução e fiscalização dos procedimentos relativos ao preparo do solo até à colheita, armazenamento,comercialização e industrialização dos produtos agropecuários;8) administração de propriedades rurais;9) colaboração nos procedimentos de multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas, bemcomo em serviços de drenagem e irrigação.VII - conduzir, executar e fiscalizar obra e serviço técnico, compatíveis com a respectiva formaçãoprofissional;VIII - elaborar relatórios e pareceres técnicos, circunscritos ao âmbito de sua habilitação;IX - executar trabalhos de mensuração e controle de qualidade;X - dar assistência técnica na compra, venda e utilização de equipamentos em materiais especializados,assessorando, padronizando, mensurando e orçando;XI - emitir laudos e documentos de classificação e exercer a fiscalização de produtos de origem vegetal,animal e agroindustrial;XII - prestar assistência técnica na comercialização e armazenamento de produtos agropecuários;XIII - administrar propriedades rurais em nível gerencial;XIV - prestar assistência técnica na multiplicação de sementes e mudas, comuns e melhoradas;XV - conduzir equipe de instalação, montagem e operação, reparo ou manutenção;XVI - treinar e conduzir equipes de execução de serviços e obras de sua modalidade;XVII - desempenhar outras atividades compatíveis com a sua formação profissional.§ 1º - Os técnicos em Agropecuária poderão, para efeito de financiamento de investimento e custeio pelosistema de crédito rural ou industrial e no âmbito restrito de suas respectivas habilitações, elaborarprojetos de valor não superior a 1.500 MVR.§ 2º - Os técnicos agrícolas do setor agroindustrial poderão responsabilizar-se pela elaboração deprojetos de detalhes e pela condução de equipe na execução direta de projetos agroindustriais.Art. 7º - Além das atribuições mencionadas neste Decreto, fica assegurado aos Técnicos Agrícolas de2º grau o exercício de outras atribuições, desde que compatíveis com a sua formação curricular.Art. 8º - As denominações de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau ou, pela legislaçãoanterior, de nível médio, são reservadas aos profissionais legalmente habilitados e registrados naforma deste Decreto.Art. 9º - O disposto neste Decreto aplica-se a todas as habilitações profissionais de técnico de 2º graudos setores primário e secundário, aprovadas pelo Conselho Federal de Educação.Art. 10 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividade além daquelas que lhe competem pelascaracterísticas de seu currículo escolar, considerados, em cada caso, os conteúdos das disciplinas quecontribuem para sua formação profissional.Art. 11 - As qualificações de técnicos industrial ou agrícola de 2º grau só poderão ser acrescidas àdenominação de pessoa jurídica composta exclusivamente de profissionais possuidores de tais títulos.Art. 12 - Nos trabalhos executados pelos técnicos de 2º grau de que trata este Decreto, é obrigatória,além da assinatura, a menção explícita do título profissional e do número da carteira referida no Art.15 e do Conselho Regional que a expediu.Parágrafo único - Em se tratando de obras, é obrigatória a manutenção de placa visível ao público, escritaem letras de forma, com nomes, títulos, números das car teiras e do CREA que a expediu, dos autorese co-autores responsáveis pelo projeto e pela execução.Art. 13 - A fiscalização do exercício das profissões de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grauserá exercida pelos respectivos Conselhos Profissionais.Art. 14 - Os profissionais de que trata este Decreto só poderão exercer a profissão após o registro nosrespectivos Conselhos Profissionais da jurisdição de exercício de sua atividade.Art. 15 - Ao profissional registrado em Conselho de Fiscalização do Exercício Profissional será expedidaCarteira Profissional de Técnico, conforme modelo aprovado pelo respectivo Órgão, a qual substituiráo diploma, valendo como documento de identidade e terá fé pública.Parágrafo único - A Car teira Profissional de Técnico conterá, obrigatoriamente, o número do registro ea habilitação profissional de seu portador.Ar t. 16 - Os técnicos de 2º grau cujos diplomas estejam em fase de registro poderão exercer asrespectivas profissões mediante registro provisório no Conselho Profissional, por um ano, prorrogávelpor mais um ano, a critério do mesmo Conselho.Art. 17 - O profissional, firma ou organização registrados em qualquer Conselho Profissional, quandoexercerem atividades em outra região diferente daquela em que se encontram registrados, obrigam-se ao visto do registro na nova região.Parágrafo único - No caso em que a atividade exceda a 180 (cento e oitenta) dias, fica a pessoa jurídica,sua agência, filial, sucursal ou escritório de obras e serviços, obrigada a proceder ao seu registro nanova região.Art. 18 - O exercício da profissão de técnico industrial e de técnico agrícola de 2º grau é regulado pelaLei nº 5.524, de 5 NOV 1968, e, no que couber, pelas disposições das Leis nºs 5.194, de 24 DEZ 1966,e 6.994, de 26 MAIO 1982.Art. 19 - O Conselho Federal respectivo baixará as Resoluções que se fizerem necessárias à perfeitaexecução deste Decreto.Ar t. 20 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário.

Brasília, 6 FEV 1985; 164º da Independência e 97º da República.João FigueiredoMurilo MacêdoPublicado no D.O.U. DE 07 FEV 1985 - Seção I - Pág. 2.194.

Lei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e DecrLei nº 5.524/68 e Decreto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85eto 90.922/85

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