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Centrais sindicais convocam paralisação nacional rumo à Greve Geral Senado promove debates sobre terceirização e movimentos pressionam contra PL 4330 No embate entre empresários e trabalhadores em torno do Projeto de Lei 4330, a luta contra a terceirização ganha cada vez mais aliados. Nos dias 14 e 19 de maio, o Senado Federal realizou duas atividades para debater as implicações do projeto. Primeiro na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa com a audiência pública “A Lei Áu- rea, a terceirização e o combate ao trabalho escravo” e depois no plenário com uma sessão temática sobre a terceirização. O sentimento de que a terceirização não pode ocorrer por representar um instrumento de grave violação dos direitos dos trabalhadores foi majoritário na sessão temática e unâ- nime na audiência pública, ambas lotadas de representantes de centrais sindicais como a CUT e a CSP-Conlutas, federações, sindicatos de todo o país, partidos políticos e do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, entre outras organizações. A partir do que foi acumulado nos debates, saiu aprova- da a proposta de realização de plenárias em todos os es- tados, organizadas pelas centrais sindicais, para pressionar o Senado a reprovar a proposta, já que, se aprovada, mes- mo com alterações, ficará a mercê da palavra final da Câ- mara dos Deputados. Os dois eventos contaram com repre- sentantes da FNP, que aproveitaram para distribuir 400 cartilhas da campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso. Construir a Greve Geral para derrotar o ajuste fiscal, o PL 4330, as MPs 664 e 665 e demais ataques do Governo Federal, do Congresso Nacional e da velha direita. Paralisação dos petroleiros da FNP, FUP, UTE’s e Fafen’s Como parte do Dia Nacional de Pa- ralisação convocado pelas Centrais Sindicais, os petroleiros ligados à FNP e à FUP e os trabalhadores das terme- létricas e fábricas de fertilizantes da Petrobrás vão paralisar suas atividades por 24h no dia 29/5. A luta nas UTE’s e Fafen’s é contra o PL 4330, por mais segurança no traba- lho, contra venda de ativos e a venda de parte do capital acionário de subsi- diárias (privatização disfarçada) e pela democratização na Petrobrás. Também queremos a PLR máxima e igual para todos! Desde o dia 15 de abril os trabalha- dores estão em estado de greve nas UTE´s Barbosa Lima Sobrinho (BLS) e Baixada Fluminense (BF), em Sero- pédica, no Rio de Janeiro, de onde sur- giu a iniciativa de uma paralisação na- cional das UTE’s e também das Fafen’s. Dia 29 de maio é Dia Nacional de Paralisação e Manifestações rumo à Greve Geral. A mobilização está sendo convocada pelas centrais sindicais CTB , CUT , UGT , Nova Central, CSP-Conlutas e Intersin- dical-CCT e conta com total apoio e participação da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e seus sin- dicatos. As bandeiras de luta são contra a terceirização (PL 4330), as medidas provisórias 664 e 665, que atingem o seguro-desemprego, o auxílio- doença e aposentadorias, o ajuste fiscal e em defesa dos direitos e da democracia. O objetivo é repetir e ampliar as paralisações, manifestações e atos que ocorreram no último dia 15 de abril, também convocado por essas entidades, em que milhares de tra- balhadores atenderam ao chamado de luta e pararam o Brasil.

Centrais sindicais convocam paralisação nacional rumo à ......Desde o dia 15 de abril os trabalha-dores estão em estado de greve nas UTE´s Barbosa Lima Sobrinho (BLS) e Baixada

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Centrais sindicais convocam paralisaçãonacional rumo à Greve Geral

Senado promove debates sobre terceirizaçãoe movimentos pressionam contra PL 4330

No embate entre empresários e trabalhadores em tornodo Projeto de Lei 4330, a luta contra a terceirização ganhacada vez mais aliados. Nos dias 14 e 19 de maio, o SenadoFederal realizou duas atividades para debater as implicaçõesdo projeto. Primeiro na Comissão de Direitos Humanos eLegislação Participativa com a audiência pública “A Lei Áu-rea, a terceirização e o combate ao trabalho escravo” e depoisno plenário com uma sessão temática sobre a terceirização.

O sentimento de que a terceirização não pode ocorrer porrepresentar um instrumento de grave violação dos direitosdos trabalhadores foi majoritário na sessão temática e unâ-nime na audiência pública, ambas lotadas de representantes

de centrais sindicais como a CUT e a CSP-Conlutas, federações,sindicatos de todo o país, partidos políticos e do FórumPermanente em Defesa dos Direitos dos TrabalhadoresAmeaçados pela Terceirização, entre outras organizações.

A partir do que foi acumulado nos debates, saiu aprova-da a proposta de realização de plenárias em todos os es-tados, organizadas pelas centrais sindicais, para pressionaro Senado a reprovar a proposta, já que, se aprovada, mes-mo com alterações, ficará a mercê da palavra final da Câ-mara dos Deputados. Os dois eventos contaram com repre-sentantes da FNP, que aproveitaram para distribuir 400cartilhas da campanha Todo Petróleo Tem que Ser Nosso.

Construir a Greve Geral para derrotar o ajuste fiscal, o PL 4330, as MPs 664 e 665 edemais ataques do Governo Federal, do Congresso Nacional e da velha direita.

Paralisação dos petroleiros da FNP,FUP, UTE’s e Fafen’s

Como parte do Dia Nacional de Pa-ralisação convocado pelas CentraisSindicais, os petroleiros ligados à FNPe à FUP e os trabalhadores das terme-létricas e fábricas de fertilizantes daPetrobrás vão paralisar suas atividadespor 24h no dia 29/5.

A luta nas UTE’s e Fafen’s é contra oPL 4330, por mais segurança no traba-lho, contra venda de ativos e a vendade parte do capital acionário de subsi-diárias (privatização disfarçada) e pelademocratização na Petrobrás. Tambémqueremos a PLR máxima e igual paratodos!

Desde o dia 15 de abril os trabalha-dores estão em estado de greve nasUTE´s Barbosa Lima Sobrinho (BLS) eBaixada Fluminense (BF), em Sero-pédica, no Rio de Janeiro, de onde sur-giu a iniciativa de uma paralisação na-cional das UTE’s e também das Fafen’s.

Dia 29 de maio é Dia Nacional deParalisação e Manifestações rumo àGreve Geral. A mobilização estásendo convocada pelas centraissindicais CTB, CUT, UGT, NovaCentral, CSP-Conlutas e Intersin-dical-CCT e conta com total apoio eparticipação da Federação Nacionaldos Petroleiros (FNP) e seus sin-dicatos.

As bandeiras de luta são contra aterceirização (PL 4330), as medidasprovisórias 664 e 665, que atingemo seguro-desemprego, o auxílio-doença e aposentadorias, o ajustefiscal e em defesa dos direitos e dademocracia.

O objetivo é repetir e ampliar asparalisações, manifestações e atosque ocorreram no último dia 15 deabril, também convocado por essasentidades, em que milhares de tra-balhadores atenderam ao chamadode luta e pararam o Brasil.

Page 2: Centrais sindicais convocam paralisação nacional rumo à ......Desde o dia 15 de abril os trabalha-dores estão em estado de greve nas UTE´s Barbosa Lima Sobrinho (BLS) e Baixada

FNP critica Petrobrás e exige agilidade emrelação à PLR e Benefício FarmáciaA direção da Federação Nacional

dos Petroleiros (FNP) se reuniu maisuma vez com gerentes da Petrobrásno início de maio para cobrar, entreoutros assuntos, uma posição defi-nitiva sobre o pagamento da Parti-cipação nos Lucros e/ou Resultados(PLR) referente a 2014 e soluçõesimediatas para os graves problemasque continuam acontecendo com oBenefício Farmácia.

Sobre a PLR, os representantes daPetrobrás informaram que a definiçãoda data do pagamento depende daaprovação das demonstrações con-tábeis da empresa, o que não acon-teceu nas assembleias de acionistas(AGO e AGE) realizadas na semanapassada e está previsto para a assem-bleia marcada para o próximo dia 25/5. Quanto aos valores, os gerentesdo RH afirmaram que o acordo assi-nado no ano passado será integral-mente cumprido e, mesmo com oprejuízo incluído no balanço apresen-tado na semana passada, os empre-gados da Petrobrás receberão metadedo piso da PLR paga no ano passadomais metade do valor de uma remu-neração mensal.

Os dirigentes da FNP criticaramduramente o balanço auditado e afir-maram que os petroleiros não têm

SINDICATOS FNP: SINDIPETRO-AL/SE, SINDIPETRO-LP, SINDIPETRO-PA/AM/MA/AP, SINDIPETRO-RJ E SINDIPETRO-SJC DIRETORIA EXECUTIVA: ADEMIR, AGNELSON,ALEALDO, CELSO ALVES "KAFÚ", CÉSAR CAETANO, CLAITON, CLARCKSON, EDSON CARVALHO, EDUARDO AMARO, EMANUEL CANCELLA, GERVÁSIO, JOSÉ MARIA,

MARQUINHOS, MUNHOZ, PARRELA E WESLEY BASTOS DIRETORES DE IMPRENSA: ADEMIR E MUNHOZ EDIÇÃO: JEAN OLIVEIRA DIAGRAMAÇÃO: VERÔNICA MOTTA

Som

os to

dos

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No dia 29 de abril, o governador do Paraná Beto Richa (PSDB) determinou quepoliciais militares massacrassem professores, no Centro Cívico, em Curitiba,que lutavam contra o confisco da poupança previdenciária dos servidorespúblicos. O movimento reivindicatório e a repressão continuam, por isso"somos todos professores!".

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qualquer responsabilidade com osgraves casos de corrupção e a polê-mica metodologia utilizada pela em-presa estrangeira de auditoria. Paraa FNP, todas as metas foram alcança-das e todos os petroleiros contribuí-ram para que a Petrobrás tivesse umexcelente lucro, logo não podem serprejudicados com uma PLR rebai-xada. Queremos a PLR máxima eigual para todos!

Global é multada e já tem prejuízo

Além do valor rebaixado e a mo-rosidade no pagamento da PLR, a ca-tegoria também está sofrendo comuma empresa incapaz de cumprir o

contrato que assinou e atender comeficiência os usuários do BenefícioFarmácia. Para tentar resolver essasituação, os representantes da FNPapresentaram uma série de denúnciasde petroleiros sobre o mau funciona-mento do serviço. Os principais sãoa enorme dificuldade dos beneficiá-rios em fazer o recadastramento e asrestrições de medicamentos e valo-res. Os dirigentes sindicais mais umavez exigiram que os gerentes resol-vam estes problemas, já que o acordodos petroleiros é com a Petrobrás enão com empresas terceirizadas. Agerência da AMS se comprometeu acobrar soluções imediatas da GlobalSaúde e estudar a possibilidade de

prorrogação do prazo e utilização dospostos avançados da Petrobrás parao recadastramento.

Mas o que mais gerou questiona-mentos dos dirigentes da FNP foramduas informações apresentados pelogerente da AMS da Petrobrás. Se-gundo ele, a Global Saúde já foi mul-tada no valor de R$ 482 mil por nãoter cumprido integralmente o contratojá no primeiro mês de vigência, espe-cialmente em relação ao atendimentoe ao serviço de entrega (delivery).Além disso, a empresa informou queos beneficiários consumiram mais deR$ 13 milhões em medicamentos nes-te período, o que significa cerca deR$ 1 milhão a mais do que a Petrobráse os petroleiros (75% e 25%, respec-tivamente) pagam mensalmente àGlobal Saúde. Ou seja, a empresa játeve prejuízo neste primeiro mês docontrato. Para os dirigentes sindicais,a Global Saúde está demonstrandoque não tem condições de atendercom eficiência aos quase 300 milbeneficiários (petroleiros e depen-dentes) do serviço. A FNP continuaráexigindo a resolução imediata dosproblemas e o atendimento eficienteaos usuários, além de lutar para quea Petrobrás assuma integralmente agestão do benefício e de toda a AMS.