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CENTRAL DO CIDADÃO - STF · Informação ao Cidadão são exercidas, no âmbito do STF, preferencialmente pela Central do Cidadão. Das ações implementadas a partir da criação

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CENTRAL DO CIDADÃO

2013

1º Semestre (Janeiro/Junho)

Edifício Anexo II – Sala C-011 Brasília/DF – CEP: 70175-900 Formulário Eletrônico na Internet: http://www.stf.jus.br/portal/centralDoCidadao/enviarDadoPessoal.asp Telefone: +55 (61) 3217-4756

COMPOSIÇÃO DO STF Presidente Ministro Joaquim Barbosa Vice-Presidente Ministro Ricardo Lewandowski Ministros Celso de Mello Marco Aurélio Gilmar Mendes Cármen Lúcia Dias Toffoli Luiz Fux Rosa Weber Teori Zavascki Roberto Barroso Diretor-Geral Miguel Augusto Fonseca de Campos Secretário-Geral Flávia Beatriz Eckhardt da Silva Assessora-Chefe da Central do Cidadão Marisa de Souza Alonso Secretário de Tecnologia da Informação Edmundo Veras dos Santos Filho Chefe de Gabinete da Presidência Sílvio José Albuquerque e Silva

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Equipe da Central do Cidadão: Servidores: Marcos Alegre Silva, Milena Marques da Cunha, Elói Ricardo Reffatti, Arnóbio Massayuki Tatibana, Janaína Valentim Franco e Maria Angélica Valadares Carneiro. Funcionários: Andréia Vieira da Silva, Célio Nishicava Junior, Maria Cleusa de Jesus, Nélio Antonio de Oliveira, Vera Lucia Prado Ibiapina, Lucineide Silva Paiva e Ester Araújo Souza. Estagiários: Yasmin de Paula Xavier Figueiredo, Layane Freitas Silva, Fabrício Pereira Brandão, Pedro Henrique do Espirito Santo Gonçalves de Oliveira Torres, Steffane Nunes de Oliveira e Raquel Catarina dos Santos.

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ............................................................. 5 2. CRIAÇÃO ...................................................................... 6 3. ATUAÇÃO ...................................................................... 7 4. INFRAESTRUTURA ........................................................ 12

4.1 – A equipe e o fluxo de trabalho ............................... 12 4.2 – Mapeamento do fluxo de trabalho .......................... 14 4.3 – O STF-Cidadão .................................................... 14

5. MISSÃO E VISÃO DE FUTURO ........................................ 16 6. MANIFESTAÇÕES DE RECONHECIMENTO ........................ 17 7. DADOS ESTATÍSTICOS: ................................................ 20

7.1. Relatos Recebidos e Finalizados ............................... 20 7.1.1 Resumo Recebido e Finalizado – 2008 a 2013 ...... 20 7.1.2 Demonstração Gráfica: Recebidos x Finalizados.... 21

7.2. Formas de Recebimento e Envio de Relatos .............. 22 7.2.1 Evolução das formas de recebimento de relatos ... 22 7.2.2 Evolução das formas de envio de respostas ......... 23

7.3 Informações dos Relatantes –2013 ........................... 24 7.3.1 Sexo ............................................................... 24 7.3.2 Unidade da Federação ....................................... 25 7.3.3 Ocupação ........................................................ 26 7.3.4 Principais Assuntos Tratados .............................. 27

8 GRANDES TEMAS TRATADOS PELA CENTRAL DO CIDADÃO 28 9 HABEAS CORPUS .......................................................... 29

9.1 Habeas corpus recebidos no STF: 2008 a 2013 ........... 29 9.2 Redução do Tempo de Tramitação dos Habeas Corpus de Incompetência Manifesta ............................................... 30 9.3 Pedidos de habeas corpus recebidos na Central do Cidadão que tiveram a ordem concedida pelo STF em 201331

10 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO ................................... 33 10.1 Respondidos com fulcro na Lei de Acesso à Informação ................................................................................. 35 10.2 Tempo Médio de Reposta em Dias ........................... 35 10.3 Recursos – Lei de Acesso à Informação ................... 36 10.4 Principais Assuntos – Lei de Acesso à Informação ..... 37

11. NORMATIVOS ............................................................ 38 11.1 RESOLUÇÃO Nº 361, DE 21 DE MAIO DE 2008 ......... 38 11.2 EMENDA REGIMENTAL Nº 39, DE 5 DE AGOSTO DE 2010 .......................................................................... 41 11.3 RESOLUÇÃO Nº 444, DE 28 DE OUTUBRO DE 2010 ... 42 11.4 PORTARIA Nº 210, DE 26 DE JUNHO DE 2012 .......... 43

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1. APRESENTAÇÃO

A Central do Cidadão, criada em maio de 2008,

reúne neste trabalho um pouco da sua história, conquistas,

parcerias e dados estatísticos sobre suas atividades.

Sua atuação ficou sedimentada como canal de

comunicação direta com os cidadãos brasileiros, que, em número

crescente, trazem ao Supremo Tribunal Federal (STF)

manifestações, solicitações, críticas e agradecimentos, relacionados

à atuação da Suprema Corte, ao funcionamento do Poder Judiciário

e também de outros órgãos governamentais.

6

2. CRIAÇÃO

Idealizada pelo Ministro Gilmar Mendes, a

Central do Cidadão iniciou suas atividades com a posse de Sua

Excelência na Presidência do STF, em 23 de abril de 2008.

Sua criação teve como objetivo estabelecer um

canal direto de comunicação entre o cidadão e o STF, com vistas a

promover, contando com a participação popular, a implementação

de políticas administrativas destinadas a aperfeiçoar o

desenvolvimento das atividades exercidas e os serviços prestados

pelo Tribunal.

De acordo com as determinações da norma que

a criou, a Resolução STF 361, de 21 de maio de 2008, denúncias

anônimas ou de fatos que constituam crime não são tratadas pela

Central do Cidadão, em vista da competência institucional do

Ministério Público e dos órgãos policiais. No entanto, estando

presentes os fundamentos necessários, as denúncias são

encaminhadas aos órgãos competentes.

O contato com a Central do Cidadão pode ser

feito mediante preenchimento do formulário disponível no sítio do

Supremo Tribunal Federal:

(http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=centralDoCidadaoAcessoInf

ormacaoContato).

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Os dados pessoais solicitados destinam-se a

cumprir as determinações legais de prioridade de atendimento aos

maiores de 60 anos e aos portadores de necessidades especiais,

além de evitar o processamento equivocado de manifestação de

cidadãos homônimos. Ademais, esses dados são também utilizados

para formar os indicadores estatísticos que possam servir como

ferramenta de gestão.

São igualmente recebidas e tratadas na Central

do Cidadão outras formas de comunicação, tais como cartas,

mensagens eletrônicas, fac-símiles, além de atendimentos

telefônicos e presenciais.

Em síntese, a Central do Cidadão recebe e

examina pedidos de informação, inclusive os baseados na Lei de

Acesso à Informação, manifestações, sugestões, solicitações,

consultas, reclamações, críticas ou denúncias relacionadas à

atuação do STF, redirecionando aqueles relativos a outros órgãos

públicos.

3. ATUAÇÃO

Instalada inicialmente no Gabinete do Presidente

do STF, a partir de maio de 2010, na gestão do Ministro Cezar

Peluso, a Central do Cidadão passou a integrar a Secretaria da

Central do Cidadão e Atendimento, sob a denominação de Seção

de Atendimento ao Cidadão, juntamente com as Seções de

Protocolo e Atendimento Presencial e de Atendimento não

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Presencial. O objetivo era concentrar em um único espaço o

atendimento ao público.

Em dezembro de 2011, passou a constituir uma

Assessoria vinculada à Secretaria Geral da Presidência,

desvinculando-se das seções de atendimento presencial e não

presencial, as quais voltaram a integrar a Secretaria Judiciária.

A Central do Cidadão, desde a sua criação, tem

desempenhado a tarefa de responder às solicitações, com vistas a:

orientar e transmitir informações sobre o funcionamento do

STF;

promover ações que visem à melhoria contínua do

atendimento às demandas;

colaborar na tomada de decisão destinada a simplificar e

modernizar os processos de prestação jurisdicional,

buscando ampliar seu alcance;

elevar os padrões de transparência, presteza e segurança das

atividades desenvolvidas no STF; e

redirecionar solicitações relacionadas a outros órgãos

públicos.

O universo temático das solicitações recebidas

tem sido dinâmico e variado, com destaque para os pedidos de

habeas corpus, as solicitações de preferência para julgamento, as

consultas jurídicas ou de informação processual e os apelos por

assistência jurídica.

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Desde a sua criação, verifica-se o aumento da

quantidade de mensagens eletrônicas quando do julgamento de

tema polêmico ou de grande repercussão. Tais mensagens trazem

ao STF a manifestação de cidadãos de todo o País ou a solicitação

de esclarecimentos sobre o processo, a decisão ou seus efeitos.

As reclamações sobre demora na tramitação

processual, que ocupam lugar de destaque entre as solicitações

recebidas, são encaminhadas aos gabinetes dos ministros relatores

dos processos indicados. Para os casos que envolvem outros

órgãos do Judiciário, as solicitações ou reclamações são

redirecionadas para as Ouvidorias dos tribunais respectivos e/ou do

Conselho Nacional de Justiça.

Relativamente à morosidade processual,

importantes parcerias foram firmadas com a Rádio Justiça e a

Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ampliando-se,

assim, os canais de comunicação.

Para as consultas jurídicas sobre questões

pessoais, a Central do Cidadão responde com informações gerais

sobre a legislação pertinente e indicações de pesquisa doutrinária

ou de jurisprudência.

Pedidos que se refiram a outros órgãos públicos

são redirecionados, mantendo-se, inclusive, contato direto com

algumas Ouvidorias cujos temas tenham maior recorrência, como é

o caso do CNJ, dos Tribunais Superiores, dos diversos Tribunais de

Justiça, dos Ministérios da Justiça e da Previdência Social, do

Banco Central do Brasil e da Câmara dos Deputados.

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Em todos os casos, o cidadão é informado sobre

o andamento ou o redirecionamento da solicitação.

Para todos os casos, procura-se responder da

forma mais completa possível, seja com explicações sobre

funcionamento, competência, organização e atribuições do

Supremo Tribunal Federal, do Poder Judiciário e dos demais

Poderes, seja sobre as funções e localização das Defensorias

Públicas ou dos núcleos jurídicos de atendimento das

Universidades, nos diversos Estados da Federação.

As cartas têm nos presidiários os principais

remetentes e trazem, em sua maioria, solicitações relativas a

informações sobre o andamento de processos, pedido de habeas

corpus, revisão processual, progressão de regime, comutação de

pena, livramento condicional ou comunicação de maus-tratos na

unidade prisional.

Os pedidos de habeas corpus, quando

apresentam os pressupostos mínimos necessários, são

encaminhados à Secretaria Judiciária do STF para autuação e

distribuição. As demais solicitações são enviadas para o Juiz da

Vara de Execuções, o Defensor Público e/ou o CNJ (Ouvidoria,

Corregedoria ou Coordenação do Projeto Sistema Carcerário),

conforme o caso.

A Emenda Regimental n. 39, de 05 de agosto de

2010, que acrescentou a alínea “d” ao art. 13, V, do RISTF,

atribuiu ao Presidente do STF a competência para despachar, na

qualidade de Relator, os habeas corpus inadmissíveis diante da

manifesta incompetência do STF. Com a entrada em vigor da

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Resolução STF 444, de 28 de outubro de 2010, que atribuiu à

Central do Cidadão a atribuição de identificar hc’s inadmissíveis por

incompetência manifesta, dentre os pedidos recebidos em meio

físico, um novo fluxo de trabalho foi adotado, com o objetivo de

imprimir celeridade à tramitação desses feitos.

O novo método de trabalho permitiu a redução

do tempo de tramitação dos hc’s não conhecidos por incompetência

manifesta, de 37 dias em 2010 (dados de março) para 13 dias, em

média, no período de janeiro a dezembro de 2011. No período de

janeiro a junho de 2013 o tempo médio de tramitação manteve-se

em 15 dias.

Ainda com o intuito de prestar um serviço de

excelência ao cidadão, com a entrada em vigor da Lei nº

12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), em maio de 2012, o

STF publicou a Portaria STF 180/2012, alterada pela Portaria STF

210/2012, para determinar que as atribuições do Serviço de

Informação ao Cidadão são exercidas, no âmbito do STF,

preferencialmente pela Central do Cidadão.

Das ações implementadas a partir da criação da

Central do Cidadão, destacam-se:

a. a regulamentação para utilização da sala dos advogados (Resolução STF 360, de 13 de maio de 2009);

b. o estabelecimento de canal direto entre o advogado e o serviço de peticionamento eletrônico (“Fale conosco”);

c. o acompanhamento de todas as petições registradas no STF pela página do Tribunal na internet;

d. o programa de excelência no atendimento ao público no STF;

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e. a criação do Portal de Atendimento STF, que concentrou as informações sobre os serviços prestados pelo Tribunal;

f. a elaboração do Guia do Advogado, nas versões eletrônica e impressa;

g. a redução do tempo médio de tramitação dos habeas corpus inadmissíveis na Corte por incompetência manifesta;

h. a criação do Portal Acesso à Informação, em cumprimento ao que dispõe a Lei nº 12.527/2012 (Lei de Acesso à Informação); e

i. a elaboração da Cartilha sobre a Lei de Acesso à Informação, destinada a esclarecer servidores, colaboradores e estagiários do STF sobre as exigências da Lei e a forma de proceder ao receber solicitações amparadas na Lei.

4. INFRAESTRUTURA

4.1 – A equipe e o fluxo de trabalho

A equipe da Central do Cidadão compõe-se de

servidores, funcionários de empresas prestadoras de serviço de

atendimento e estagiários de nível médio e de nível superior.

Todo o fluxo de trabalho está automatizado e

custodiado no sistema STF-Cidadão (sistema informatizado

utilizado pela Central do Cidadão).

O fluxo é iniciado pelo cidadão, a partir do

registro da sua solicitação, manifestação, sugestão, crítica, etc. no

formulário disponível no Portal da Central do Cidadão, no sítio do

STF; pelo registro de correspondência recebida; pelo recebimento

de correio eletrônico ou fax ou; ainda, a partir de ligação telefônica

ou atendimento presencial.

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Independentemente do canal de comunicação

utilizado, são efetuados registros no banco de dados do STF-

Cidadão, iniciando-se o tratamento sequencial do relato (assim

chamado o contato do cidadão com o STF). Esse tratamento

envolve análise, triagem, classificação, resposta e conclusão do

atendimento. Outros órgãos públicos ou instituições podem ser

acionados ao longo das etapas desse procedimento.

No caso das correspondências, o fluxo tem início

com o registro dos dados do remetente e a digitalização do

documento, de forma a guardar seu inteiro teor no banco de dados

do STF-Cidadão.

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4.2 – Mapeamento do fluxo de trabalho

4.3 – O STF-Cidadão

Desde a concepção da Central do Cidadão,

percebeu-se a necessidade de uma ferramenta capaz de agilizar o

processo de trabalho, em vista da quantidade de cartas e

mensagens que chegavam à Presidência do STF. Dessa forma, a

Secretaria de Tecnologia da Informação (STI) do STF iniciou

trabalho de análise de soluções existentes no mercado e em outros

órgãos públicos, que acabou por levar à decisão de desenvolver um

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sistema próprio para a Central do Cidadão, com características

específicas do trabalho realizado, de forma a garantir o

alinhamento das funcionalidades às necessidades.

O sistema STF-Cidadão foi desenvolvido pela STI

de forma integrada com os servidores da Central do Cidadão, não

apenas na modelagem do sistema, mas também durante as fases

de elaboração e homologação.

Desenvolvido em aproximadamente três meses,

o STF-Cidadão entrou em produção em agosto de 2008, mas sua

evolução tem sido permanente desde então. Uma das

preocupações da equipe responsável pelo sistema é manter nível

elevado de usabilidade, haja vista a produtividade necessária

diante da demanda crescente verificada desde a abertura dos

canais de acesso ao STF via Central do Cidadão.

Apesar de existirem canais diferentes de

atendimento, a centralização e o armazenamento das informações

no banco de dados do STF-Cidadão permitem rapidez na

recuperação de dados, além da geração de relatórios estatísticos

que podem ser utilizados como ferramenta de gestão pela

Administração do Tribunal.

O STF-Cidadão permitiu maior acessibilidade e

celeridade no registro e tratamento dos documentos, desde o início

do atendimento até a sua finalização, inclusive durante sua

tramitação por outros setores do Tribunal.

A automatização do registro dos relatos consiste

na classificação (solicitação, manifestação, sugestão, consulta,

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crítica ou elogio), na definição do assunto e na indicação de outras

informações que serão úteis na elaboração de relatórios

estatísticos. Dessa forma, entre o início e a finalização do

atendimento, com o envio da resposta, a dinâmica do trabalho

tornou-se mais ágil e controlada.

O alto nível de qualidade do STF-Cidadão e o

caráter inovador do projeto motivaram sua participação na 9ª

Mostra de Trabalhos de Qualidade do Judiciário, em novembro de

2009. No evento, o sistema foi selecionado entre 101 trabalhos

inscritos e classificado entre os 16 finalistas.

Outro dado que evidencia o sucesso do sistema

são as diversas visitas que o STF recebe de órgãos interessados

em conhecer a ferramenta, a exemplo das Comissões do TJDFT, do

TSE (que utiliza uma versão do sistema na Central do Eleitor), do

TRE-MG, da Ouvidoria da OAB-DF, das Defensorias Públicas

Estaduais, entre outros. Mediante Acordo de Cooperação Técnica,

uma versão do STF-Cidadão foi cedida ao Conselho Nacional de

Justiça (CNJ) e ao TRT-RJ.

5. MISSÃO E VISÃO DE FUTURO

A Central do Cidadão tem a missão de servir de

canal de comunicação direta entre o cidadão e o STF.

Sua visão de futuro é ser reconhecida pela

sociedade como canal de excelência no atendimento ao cidadão, de

forma a facilitar o acesso às informações sobre a competência, o

funcionamento e as atribuições do Supremo Tribunal Federal.

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6. MANIFESTAÇÕES DE RECONHECIMENTO

“O serviço ora oferecido é o mais importante

instrumento de comunicação entre o Poder Judiciário e o cidadão

que se tem hoje. É um sonho que se realizou. Agora o Supremo

chegou ao povo e este povo, tenham a certeza disso, ajudará a

atuação do Supremo. Parabéns ao Presidente e aos seus ilustres

pares. O Brasil melhora com essa tribuna.” 2008.

“Apresento meus sinceros parabéns pela louvável

iniciativa de implantação da Central do Cidadão. Cada vez mais, o

Judiciário brasileiro vem agindo com firmeza na melhoria da

prestação de serviço e o exemplo do Supremo Tribunal Federal é

mais um passo em defesa do pleno exercício da cidadania. Mais

ainda, é um exemplo a ser seguido.” 2009.

“Elogiar a exemplar iniciativa do Supremo

Tribunal Federal em disponibilizar este canal de comunicação direta

da Corte Constitucional do País com os jurisdicionados. De forma a

cada vez mais democratizar o acesso de toda a população à

Justiça.” 2009.

“Esta mensagem é só para registrar minha

satisfação – e, pois, agradecimento – pela oportuna iniciativa em

ampliar as relações de participação e manifestação popular, a

partir da Central do Cidadão. Todo apoio ao projeto! Longa vida à

iniciativa e que outros meios para fortalecer a sociedade civil seja

viabilizados pelo STF.” 2009.

“O meu processo RE [...], graças a vocês da

Central do Cidadão do STF, que atuam em diversas áreas dessa

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importante Corte de nosso país, teve andamento, após minhas

solicitações evocando o Estatuto do Idoso, pois já tenho quase 70

aninhos (desculpem a brincadeira). Por esse motivo quero fazer

sinceros agradecimentos aos dignos funcionários desse importante

Órgão.” 2009.

“É surpreendente a celeridade dessa casa STF,

em resposta ao meu manifesto. Muito obrigado pela resposta

objetiva e formal ora apresentada. Posso relatar que me sinto

orgulhoso dos servidores que me responderam. Parabéns, gostaria

que esses servidores anônimos soubessem do meu elogio.” 2010.

“Quero agradecer a oportunidade de estar

participando da Central do Cidadão, e acredito que a participação

do cidadão na ‘casa da Justiça’ é de suma importância para a

concretização do estado democrático de direito.” 2010.

“É de suma importância essa aproximação do

STF com o cidadão através deste mecanismo de informação, pois

isso ratifica a preocupação desta casa com a democracia.

Sou acadêmico e tenho certeza que essa iniciativa ajudará no

enriquecimento jurídico do aluno.” 2011.

“O objetivo desta carta é agradecer

encarecidamente pela intercessão junto à FAPAM – Faculdade de

Pará de Minas/MG que, atendendo ao seu apelo, me concedeu o

direito a “bolsa social” de estudos, no curso de direito. [...] pela

primeira vez na história dessa Comarca um preso conseguiu chegar

à Universidade [...] além de estudar, essa oportunidade vai mudar

toda a história da minha vida”. 2011.

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“Escrevo esta carta somente para agradecer pela

atenção dada a mim e a muitos companheiros que estão na

Penitenciária de Pirajuí/SP. Eu gostaria de agradecer, pois, devido

à assistência que o Senhor deu a mim, graças a Deus, consegui

sair do cárcere. Depois de passar um ano e oito meses detido,

retornei para minha vida novamente e já estou trabalhando.”

2012.

“Eu ganhei o semiaberto [...]. Eu agradeço a

todos os Ministros e a todos que trabalham aí, pois Vossas

Excelências são pessoas que eu amo. [...]. Sempre vou lembrar o

esforço que Vossas Excelências fizeram por mim no momento de

sofrimento.” 2012.

“Se os processos fossem rápidos como as vossas

respostas, seria uma maravilha.” 2013.

“Gostaria de parabenizar o STF pela atenção,

presteza, agilidade, competência e compromisso na prestação

jurisdicional desta Suprema Corte. Pois, sem hipocrisia alguma,

pelo contrário, com grande satisfação e perplexo pela grandeza na

resposta da solicitação, relativa ao ARE 682.052, de uma idosa de

92 anos de idade. Verifico ainda que, se todo o judiciário atuasse

como o STF, nosso Brasil seria outro.” 2013.

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7. DADOS ESTATÍSTICOS:

7.1. Relatos1 Recebidos e Finalizados

7.1.1 Resumo Recebido e Finalizado – 2008 a 20132

Ano Recebidos Média Diária Recebidos Finalizados Média Diária

Finalizados

2008 16.919 46 11.430 31 2009 14.584 40 17.943 49 2010 22.459 62 23.895 65

2011 33.197 91 34.299 94

2012 62.562 171 65.301 179

2013 28.580 158 29.573 164 Soma 178.301 95 182.441 97

1 Relatos são todas as manifestações, solicitações, críticas, etc. recebidas na Central do Cidadão por meio da internet, por carta, ofício, fax, telefone ou pessoalmente. 2 Os dados de 2013 foram consolidados de 01 de janeiro a 30 de junho.

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7.1.2 Demonstração Gráfica: Recebidos x Finalizados Período: 2008 a 2013

Ano Recebidos Finalizados

2008 16.919 11.430

2009 14.584 17.943

2010 22.459 23.895

2011 33.197 34.299

2012 62.562 65.301

2013 28.580 29.573 178.301 182.441

Pode ser observado um crescimento constante

do número de manifestações recebidas pela Central do Cidadão

desde a sua criação. Às vezes, faz-se necessário enviar mais de

uma resposta a algum questionamento, razão pela qual o número

de “finalizados” apresenta-se superior aos “recebidos”.

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7.2. Formas de Recebimento e Envio de Relatos

7.2.1 Evolução das formas de recebimento de relatos

Período: 2008 a 2013

FORMAS DE RECEBIMENTO DE RELATOS

Ano Internet Carta Ofício Telefone Pessoal Fax Total

2008 14.748 2.151 0 12 5 2 16.919

2009 8.843 5.451 113 86 52 39 14.584

2010 9.000 12.270 764 251 121 53 22.459

2011 7.582 24.658 670 182 57 48 33.197

2012 25.197 36.458 616 57 168 66 62.562

2013 5.021 23.089 254 57 128 31 28.580

Total 70.391 104.078 2.417 645 531 239 178.301

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7.2.2 Evolução das formas de envio de respostas

Período: 2008 a 2013

FORMAS DE ENVIO DE RESPOSTAS

Ano Internet Carta Ofício Telefone Pessoal Fax Total

2008 9.984 1.215 231 0 0 0 11.430

2009 9.832 7.735 2.029 15 9 8 19.628

2010 10.546 14.498 6.273 215 55 7 31.594

2011 8.500 26.158 8.339 43 31 1 43.072

2012 27.384 39.832 11.437 36 65 32 78.786

2013 4.418 19.481 5.583 41 44 6 29.573

Total 70.664 108.919 33.892 350 204 54 214.0833

3 Algumas solicitações podem receber mais de uma reposta. Por exemplo, quando se faz necessário enviar uma resposta intermediária, antes de concluir com uma resposta definitiva.

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7.3 Informações dos Relatantes –20134

7.3.1 Sexo

O percentual de participação masculina em relação

à feminina tem se mantido, desde 2008, em torno de 80% e 20%,

respectivamente. Isto se deve também ao fato de a população

carcerária masculina ser superior à feminina.

Sexo Relatos %

Masculino 25.326 88.61% Feminino 3.254 11,39%

Total 28.580 100,00%

4 Os dados de 2013 foram consolidados de 01 de janeiro a 30 de junho de 2013.

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25

7.3.2 Unidade da Federação

Seq. Sigla UF Relatos % 1 SP 19.271 67,43% 2 MG 3.159 11,05% 3 RJ 1.467 5,13% 4 DF 802 2,81% 5 RS 555 1,94% 6 PR 488 1,71% 7 BA 478 1,67% 8 PE 321 1,12% 9 SC 309 1,08% 10 ES 198 0,69% 11 GO 184 0,64% 12 MS 144 0,50% 13 MT 138 0,48% 14 CE 134 0,47% 15 PA 133 0,47% 16 RO 99 0,35% 17 AM 94 0,33% 18 PB 94 0,33% 19 MA 85 0,30% 20 RN 76 0,27% 21 AL 75 0,26% 22 SE 66 0,23% 23 PI 62 0,22% 24 TO 59 0,21% 25 RR 26 0,09% 26 AP 23 0,08% 27 * NI 22 0,08% 28 AC 19 0,07%

TOTAL 28.580 100% * NI = Não Informado.

26

7.3.3 Ocupação

Seq. Ocupação Relatos %

1 PRESIDIÁRIO 21.930 76,73%

2 NÃO INFORMADO 902 3,16%

3 SERVIDOR PÚBLICO 884 3,09%

4 APOSENTADO 786 3,06%

5 OUTROS 861 3,01%

6 ESTUDANTE 533 1,86%

7 ADVOGADO 401 1,41%

8 PROFESSOR 360 1,26%

9 EMPREGADO DE EMPRESA PRIVADA 259 0,91%

10 DESEMPREGADO 219 0,77%

11 EMPREGADO DE EMPRESA PÚBLICA 154 0,54$

12 PROFISSIONAL LIBERAL OU AUTÔNOMO 146 0,51%

13 ADMINISTRADOR 138 0,48%

14 JORNALISTA 100 0,35%

15 MAGISTRADO 98 0,34%

16 EMPRESÁRIO 95 0,33%

17 DEFENSOR PÚBLICO 87 0,30%

18 MILITAR 84 0,29%

19 POLICIAL 57 0,20%

20 ENGENHEIRO 53 0,19%

21 CONTADOR 49 0,17%

22 OUTROS 384 1,36%

Total 28.580 100%

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27

7.3.4 Principais Assuntos Tratados

Seq. Descrição do Assunto Qtd Assunto %

1 INFORMAÇÃO PROCESSUAL 8.161 15,16%

2 PRESO – PROGRESSÃO DE REGIME 4.920 9,14%

3 PRESO – REVISÃO CRIMINAL 2.409 4.48%

4 PRESO – TRANSFERÊNCIA DE PRESÍDIO 2.011 3,74%

5 PRESO – ASSISTÊNCIA JURÍDICA 1.675 3,11%

6 PRESO – AUXÍLIO RECLUSÃO 1.473 2,74%

7 PRESO – COMUTAÇÃO DE PENA 1.458 2,71%

8 PRESO – LIVRAMENTO CONDICIONAL 1.132 2,10%

9 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO 953 1,77%

10 PRESO – PERDÃO DE PENA 778 1,45%

11 OUTROS 53,61%

Total de Assuntos 5 53.832 100%

Total de Relatos 28.580

5 Um relato pode ter mais de um assunto vinculado.

28

8 GRANDES TEMAS TRATADOS PELA CENTRAL DO CIDADÃO

No início da sua instalação, em 2008, a Central

do Cidadão recebeu um grande número de manifestações (cerca de

5.000) sobre o julgamento do HC 95000 (Caso Daniel Dantas).

Esse comportamento se repete sempre que um tema de grande

repercussão é decidido pelo Supremo Tribunal Federal.

Outros temas que tiveram elevado número de

manifestações:

2008

- Pesquisa Células-Tronco Embrionárias

2009

- Discussão no Plenário do STF

2010

- Lei da Ficha Limpa

2011

- Constitucionalidade do Exame da Ordem dos

Advogados do Brasil

2012

- TV por Assinatura

- Mensalão – AP 470

2013

- Telex Free

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29

9 HABEAS CORPUS

9.1 Habeas corpus recebidos no STF: 2008 a 20136

Aproximadamente 28% dos habeas corpus

recebidos no STF deram entrada pela Central do Cidadão, na forma

de cartas enviadas pelos próprios presos.

Ano HC Advogados

HC Cartas de Presos HC Total

% Central do Cidadão/

Total 2008 2.433 301 2.734 11,0% 2009 3.469 1.240 4.709 26,3% 2010 3.519 762 4.281 17,8% 2011 2.838 1.619 4.457 36,3% 2012 2.902 1.092 3.994 27,3% 2013 1.273 346 1.619 21.4% Total 16.434 5.360 21.794 28,04%

6 Os dados de 2013 foram consolidados de 01 de janeiro a 30 de junho de 2013.

30

9.2 Redução do Tempo de Tramitação dos Habeas Corpus de Incompetência Manifesta

O tempo médio de tramitação dos hc’s não

conhecidos por incompetência manifesta era de 37 dias em 2010

(dados de março/2010). No período de janeiro a junho de 2013 o

tempo médio de tramitação manteve-se em 15 dias. Essa

conquista se deu em razão da racionalização do processo de

trabalho.  

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9.3 Pedidos de habeas corpus recebidos na Central do

Cidadão que tiveram a ordem concedida pelo STF em 2013

Seq. HC Nº Paciente Relator Fundamentação

1 105935

INÁCIO SILVA DE FREITAS

MARCO AURÉLIO

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE NÃO CULPABILIDADE

2 106158

CLÁUDIO FREITAS UTSCH MOREIRA

DIAS TOFFOLI PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

3 106454 JOSÉ AILTON DE SANTANA ROSA WEBER

PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

4 106456 JOSÉ AILTON DE SANTANA ROSA WEBER

PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

5 109449 ALOYSIO RIBEIRO HERINGER

MARCO AURÉLIO

DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO NA DECRETAÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR

6 110191

CARLOS EDUARDO DE VASCONCELOS FERREIRA

GILMAR MENDES

ATIPICIDADE DA CONDUTA

7 111013 JOSE LUCIANO DA SILVA

MARCO AURÉLIO

INADMISSIBILIDADE DA PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL

8 113340 ALESSANDRO RODRIGUES

RICARDO LEWANDOWSKI

INADMISSIBILIDADE DA PRISÃO CIVIL DE DEPOSITÁRIO INFIEL

9 113518 ADILSON RAMOS JÚNIOR

TEORI ZAVASCKI

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

32

Seq. HC Nº Paciente Relator Fundamentação

10 114527

MARCUS VINICIUS GONÇALVES NOGUEIRA E OUTRO(A/S)

MARCO AURÉLIO

PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE NÃO CULPABILIDADE

11 115631 MAURICIO MIRANDA CERQUEIRA

ROSA WEBER PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA

12 116611

RODRIGO COSTA AMADOR DA SILVA

RICARDO LEWANDOWSKI

EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

13 117124 LUCIANO VITAL DA SILVA

DIAS TOFFOLI PROGRESSÃO DE REGIME E CRIMES HEDIONDOS

14 117326 SHIE SENG JUNG CARMÉM LÚCIA EXTINÇÃO DA

PUNIBILIDADE

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33

10 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO Com a entrada em vigor da Lei de Acesso à

Informação, a Portaria STF 210, de 26 de junho de 2012, atribuiu à

Central do Cidadão a competência para receber os pedidos de

acesso a informações não divulgadas, direcioná-los às unidades

competentes e responder ao requerente no prazo definido pela Lei.

Ressalte-se que a atuação transparente é um

dos valores institucionais do Supremo Tribunal Federal (STF). Por

esse motivo, mesmo antes do advento da Lei de Acesso à

Informação, o STF já disponibilizava, em sua página na internet,

informações relacionadas às suas ações administrativas e

finalísticas. Tem sido reconhecida também como ação inovadora a

transmissão ao vivo das sessões plenárias e das audiências

públicas, pela TV e Rádio Justiça.

Ademais, com o objetivo de facilitar a consulta

às informações públicas, os conteúdos foram reorganizados em

novo ambiente, denominado “Acesso à Informação”, que pode ser

encontrado mediante acesso ao Portal do STF, no seguinte

endereço:

http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=centralDoCidadaoAcessoInfo

rmacaoInstitucional

No período compreendido entre 16 de maio

(entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação) até 31 de

dezembro de 2012, foram recebidas 700 solicitações baseadas na

Lei de Acesso à Informação, das quais 335 já se encontravam

34

disponíveis e 365 a consolidar. Todas as solicitações foram

respondidas no prazo da Lei e o tempo médio de resposta variou

entre 03 e 15 dias.

Em 2013, no período compreendido entre 01 de

janeiro a 30 de junho, foram recebidas 711 solicitações e o prazo

para resposta das informações disponíveis reduziu para um dia, em

média.

A partir das solicitações, algumas informações

foram tratadas de forma a tornarem-se disponíveis na página do

STF, a exemplo da remuneração de ministros e servidores.

Quanto à conscientização de servidores e

colaboradores, foi preparada a Cartilha sobre a Lei de Acesso à

Informação, disponível no sistema interno de comunicação

(intranet), com vistas a esclarecer e ressaltar a importância do

papel do servidor público na construção da cultura da

transparência, bem como orientar sobre prazos de resposta

definidos na Lei, além das sanções para o caso de impedimento ao

exercício do direito de acesso à informação.

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35

10.1 Respondidos com fulcro na Lei de Acesso à Informação7

Mês Informação Disponível8

Informação a Consolidar9

Janeiro 82 23

Fevereiro 144 43

Março 70 42

Abril 54 41

Maio 68 54

Junho 63 27 Total 481 230

Total Geral 711

10.2 Tempo Médio de Reposta em Dias

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO TEMPO MÉDIO DE

RESPOSTA EM DIAS

Informação Disponível 1

Informação a Consolidar 15

MÉDIA GERAL DE RESPOSTA EM DIAS 9

7 Os dados de 2013 foram consolidados de 01 de janeiro a 30 de junho. 8 Informação disponível ao cidadão é aquela divulgada no Portal do STF ou em outro meio disponível à consulta (informação ativa). A resposta é enviada pela Central do Cidadão, imediatamente após o recebimento da solicitação da informação, sem necessidade de consulta a outros setores do Tribunal. 9 Informação não divulgada exige o apoio das unidades gestoras da informação para a confecção da resposta ao solicitante.

36

As “informações disponíveis” são aquelas já

publicadas e acessíveis, razão pela qual, o prazo de resposta é

menor em relação às “informações a consolidar”, as quais

necessitam da colaboração de unidades do STF.

10.3 Recursos – Lei de Acesso à Informação

Relato nº Assunto Relato Ano Mês Resultado

154304 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO -

RECURSO

2013

Fevereiro Indeferido

160889 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO -

RECURSO Abril

Perdeu o Objeto

informação enviada

172217 LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO -

RECURSO Junho

Perdeu o Objeto

informação enviada

TOTAL 3

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10.4 Principais Assuntos – Lei de Acesso à Informação

SEQ SOLICITAÇÕES/ TEMAS QTD

1 REMUNERAÇÃO - MINISTROS E SERVIDORES 106

2 VALOR AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO 89

3 STF-PUSH - CADASTRAMENTO 74

4 DADOS ESTATÍSTICOS 72

5 QUANTITATIVO DE PESSOAL 56

6 INFORMAÇÃO PROCESSUAL 52

7 PORTAL ACESSO À INFORMAÇÃO 48

8 CONTATO - MINISTROS 34

9 PEDIDO DE CERTIDÃO 31

10 TEMA POLÊMICO - AP 470 (MENSALÃO) 28

11 OUTROS 121

TOTAL 711

38

11. NORMATIVOS

11.1 RESOLUÇÃO Nº 361, DE 21 DE MAIO DE 2008 Dispõe sobre a Central do Cidadão no Supremo Tribunal Federal e dá outras providências. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 13, XVII, combinado com o art. 363, I, do Regimento Interno, e tendo em vista o contido no Processo Administrativo nº 319.153, R E S O L V E:

Art. 1º Esta Resolução regulamenta a atividade da Central do Cidadão no Supremo Tribunal Federal.

Art. 2º A missão da Central do Cidadão é servir de canal de comunicação direta entre o cidadão e o Supremo Tribunal Federal, com vistas a orientar e transmitir informações sobre o funcionamento do Tribunal, promover ações que visem à melhoria contínua do atendimento às demandas, colaborar na tomada de decisão destinada a simplificar e modernizar os processos de entrega da Justiça, ampliando seu alcance, bem como elevar os padrões de transparência, presteza e segurança das atividades desenvolvidas no Tribunal.

Art. 3º Compete à Central do Cidadão:

I – receber consultas, diligenciar junto aos setores administrativos competentes e prestar as informações e os esclarecimentos sobre atos praticados no Tribunal ou de sua responsabilidade;

II – receber informações, sugestões, reclamações, denúncias, críticas e elogios sobre as atividades do Tribunal e encaminhar tais manifestações aos setores administrativos competentes, mantendo o interessado sempre informado sobre as providências adotadas;

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III – intermediar a interação entre as unidades internas para solução dos questionamentos recebidos;

IV – sugerir ao Presidente políticas administrativas tendentes à melhoria e ao aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas pelas unidades administrativas, com base nas informações, sugestões, reclamações, denúncias críticas e elogios recebidos;

V – realizar, em parceria com outros setores do Tribunal, eventos destinados ao esclarecimento dos direitos do cidadão, incentivando a participação popular e promovendo internamente a cultura da instituição voltada para os interesses e as necessidades do cidadão;

VI – manter e garantir, a pedido ou sempre que a situação exigir, o sigilo da fonte das sugestões, reclamações, denúncias, críticas e elogios;

VII – encaminhar ao Presidente do Supremo Tribunal Federal relatório trimestral das atividades desenvolvidas pela Central do Cidadão.

Art. 4º O acesso à Central do Cidadão poderá ser realizado pessoalmente, no Edifício-Sede do Tribunal, ou por meio de:

I - carta endereçada à Central do Cidadão, Praça dos Três Poderes, CEP 70.175-900, Brasília - DF;

II – ligação telefônica gratuita em número a ser divulgado;

III - comunicação eletrônica pelo e-mail [email protected] ou via Internet com a utilização de formulário eletrônico disponível na página do Tribunal - endereço www.stf.gov.br.

IV – outras formas a serem divulgadas pela Central do Cidadão.

Art. 5º Não serão admitidas pela Central do Cidadão:

40

I - denúncias de fatos que constituam crimes, em vista das competências institucionais do Ministério Público e das polícias, nos termos dos arts. 129, inciso I, e 144, ambos da Constituição Federal;

II - reclamações, críticas ou denúncias anônimas;

III - reclamações, críticas ou denúncias que envolvam Ministros do Tribunal.

§ 1º Nas hipóteses previstas nos incisos I e II, o pedido terá seu processamento rejeitado liminarmente e será devolvido ao remetente, no caso do inciso I, ou arquivado, no caso do inciso II.

§ 2º No caso do inciso III, a manifestação será encaminhada ao Ministro para conhecimento e adoção das providências que entender necessárias.

§ 3º Eventuais reclamações, sugestões e críticas referentes a outros órgãos do Poder Judiciário serão remetidas ao Conselho Nacional de Justiça e, quando referentes a outros Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, aos respectivos órgãos, comunicando-se em qualquer hipótese o fato ao interessado.

Art. 6º O Presidente do Tribunal designará formalmente o servidor que coordenará os trabalhos de instalação e funcionamento da Central do Cidadão, bem como aqueles que o auxiliarão, os quais deverão possuir os requisitos objetivos e subjetivos necessários ao desempenho das funções.

Art. 7º As unidades componentes da estrutura orgânica do Tribunal deverão prestar informações e esclarecimentos às solicitações da Central do Cidadão e apoiar suas atividades.

Art. 8º A Central do Cidadão funcionará das 9 às 19 horas, de segunda a sexta-feira, exceto nos feriados.

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Art. 9º O Presidente do Tribunal supervisionará as atividades da Central do Cidadão e poderá baixar regras complementares acerca de procedimentos internos, observados os parâmetros fixados nesta Resolução.

Art. 10. Fica revogada a Resolução nº 290, de 5 de maio de 2004.

Art. 11. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro GILMAR MENDES 11.2 EMENDA REGIMENTAL Nº 39, DE 5 DE AGOSTO DE 2010

Acresce dispositivo ao Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL faz editar a Emenda Regimental, aprovada pelos Senhores Membros da Corte em Sessão Administrativa realizada em 5 de agosto de 2010, nos termos do art. 361, inciso I, alínea a, do Regimento Interno.

Art. 1º O inciso V do art. 13 do Regimento Interno passa a vigorar acrescido da seguinte alínea:

“Art. 13.

[...]

V –

[...]

d) como Relator, nos termos do art. 38 da Lei nº 8.038/90, até eventual distribuição, os habeas corpus que, impetrados em causa própria ou por quem não seja advogado, defensor público ou procurador, sejam inadmissíveis por incompetência manifesta, encaminhando os autos ao órgão que repute competente.”

42

Art. 2º Esta Emenda Regimental entra em vigor 30 dias da data de sua publicação.

Ministro CEZAR PELUSO

11.3 RESOLUÇÃO Nº 444, DE 28 DE OUTUBRO DE 2010

Institui e altera procedimentos para prática de atos processuais no âmbito da Secretaria do Tribunal.

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 363, I, combinado com a nova redação do art. 13, V, ‘d’, do Regimento Interno, tendo por objetivo acelerar as práticas processuais no âmbito do Supremo Tribunal Federal e considerando o contido no Processo nº 341.311,

RESOLVE:

Art. 1º As petições de habeas corpus que sejam inadmissíveis por incompetência manifesta serão identificadas pela Central do Cidadão e Atendimento do Supremo Tribunal Federal, quando impetrados em causa própria ou por quem não seja advogado, Defensor Público ou Procurador, e, pela Secretaria Judiciária, nos demais casos.

Art. 2º Compete a essas Secretarias produzir relatórios e auxiliar a Presidência no exercício da competência descrita no art. 13, V, “d”, do Regimento Interno do STF.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro CEZAR PELUSO

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11.4 PORTARIA Nº 210, DE 26 DE JUNHO DE 2012

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso de suas atribuições, tendo em vista o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e o decidido na Sessão Administrativa de 6 de junho de 2012 sobre o Processo nº 349.050,

R E S O L V E:

Art. 1º O acesso a informações no âmbito do Supremo Tribunal Federal fica regulamentado por esta Portaria até que a Comissão de Regimento apresente, em Sessão Administrativa, proposta de ato normativo para aplicação da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.

Art. 2º As informações de interesse público serão divulgadas no sítio eletrônico do Tribunal.

Art. 3º As atribuições do Serviço de Informações ao Cidadão, de que trata a Lei nº 12.527, de 2011, serão exercidas, preferencialmente, pela Central do Cidadão.

Art. 4º O interessado em obter informações do Supremo Tribunal Federal deve apresentar requerimento:

I – eletronicamente, por meio de formulário disponível no Portal do STF na internet;

II – pelo telefone (55 – 61) 3217-4465 - Opção 8 (falar com atendente);

III – por correspondência física dirigida à Central do Cidadão, endereço “Supremo Tribunal Federal – Praça dos Três Poderes - Anexo II-A, Térreo, Brasília/DF, CEP 70.175-900”;

IV – pessoalmente, das 11h às 19h, na Central do Cidadão (Edifício Anexo II-A, Térreo).

44

Art. 5º Cabe à Central do Cidadão receber os pedidos de acesso a informações não divulgadas, direcioná-los às unidades competentes e responder ao requerente em prazo não superior a 20 (vinte) dias, contado da data do recebimento do pedido.

§ 1º As unidades deverão apresentar à Central do Cidadão, em no máximo 18 (dezoito) dias, as informações requeridas ou, no caso de indeferimento do acesso, o fundamento legal para a negativa e as razões que a justificaram.

§ 2º Mediante justificativa expressa do titular da unidade, o prazo a que se refere o caput poderá ser prorrogado por 10 (dez) dias.

§ 3º No caso de não ser a detentora da informação solicitada, a unidade deverá devolver, imediatamente, a demanda à Central do Cidadão com indicação, se possível, da unidade responsável ou do destinatário correto.

Art. 6º A contagem do prazo de resposta, previsto no art. 5º desta Portaria, para os pedidos recebidos após às 18h de dia útil, em feriados ou finais de semana, será iniciada a partir do primeiro dia útil subsequente.

Art. 7º Quando o pedido incluir fornecimento de cópias e impressões de processos ou documentos, a unidade responsável pela informação deverá analisar o conteúdo e, se for o caso, indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido.

Parágrafo único. O fornecimento das cópias obedecerá ao disposto em normativos próprios do Tribunal, cabendo à Central do Cidadão informar ao requerente o valor do serviço e as formas de pagamento.

Art. 8º São insuscetíveis de atendimento, nos termos desta Portaria, os pedidos:

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I – sem critérios objetivos ou delimitação do período;

II – que demandem serviço de produção ou tratamento de dados que não seja de competência do Tribunal;

III – que contemplem períodos cuja informação haja sido descartada, observada a Tabela de Temporalidade do STF;

IV – referentes a informações protegidas, tais como sigilo fiscal, bancário, telefônico, de operações, de correspondência, fichas financeiras, laudos médicos, avaliação de desempenho e de estágio probatório de servidor, bem como auditorias e procedimentos disciplinares em andamento;

V – que aguardem definição quanto à classificação das informações pela Comissão de Regimento, nos termos do que foi decidido na Sessão Administrativa de 6 de junho de 2012.

Art. 9º No caso de indeferimento de acesso a informações, poderá o interessado interpor recurso no prazo de 10 (dez) dias, a contar da sua ciência.

Parágrafo único. O recurso a que se refere o caput deverá ser interposto via sistema STF-Cidadão, disponível no Portal do STF na internet, e dirigido ao Diretor-Geral da Secretaria do Supremo Tribunal Federal, que se manifestará no prazo de 5 (cinco) dias.

Art. 10. A unidade deverá encaminhar cópia da resposta à Central do Cidadão, via sistema STF-Cidadão, quando excepcionalmente responder diretamente ao requerente.

Art. 11. Os titulares das unidades são responsáveis pelas informações prestadas e, em caso de recusa, pelas justificativas apresentadas.

Art. 12. As dúvidas surgidas em decorrência desta Portaria e os casos omissos serão resolvidos pelo Secretário-Geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal, a quem compete ainda o

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exercício das atribuições descritas no art. 40 da Lei nº 12.527, de 2011.

Art. 13. Fica revogada a Portaria nº 180, de 18 de maio de 2012.

Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Ministro AYRES BRITTO

Este texto não substitui a publicação oficial.

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