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Caderno Especial

Centro Comerciais - 30/09/2015

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Jornal O Estado (Ceará)

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O ESTADO l Fortaleza, Ceará, Brasil l Quarta-feira, 30 de setembro de 2015

EDITORIAL Centros comerciais – segmento em alta e evolução

O cearense se reinventa sempre na arte de nego-ciar, porque a primeira vocação dele foi o co-mércio. Daí, talvez, o parentesco com o judeu, o árabe e o muçulmano que, assim como ele,

também tem uma característica de mascate (vendedor ambulante), gente acostumada a percorrer longas dis-tâncias, geralmente sem saber para onde está indo. Em tempos de crise, o cearense tem o dom de se reinventar, deixa de vender um prato de caldo, pois pode vender quatro pratos de meio caldo. Não podemos a� rmar se judeus e muçulmanos estiveram por aqui, mas as práti-cas se assemelham muito, principalmente, porque nós não temos timidez alguma em pendurar as nossas redes, artesanato e artefatos nas portas do nosso comércio e puxar pelo braço, aquele possível cliente que ousar dar

uma olhadinha a mais.Fortaleza é o celeiro de grandes centros comerciais.

O � uxo dentro dos shoppings aumenta cada dia mais, principalmente porque deixaram de ser simplesmente centros de compras e se tornaram lugares de entrete-nimento e lazer para todos os públicos, com teatros, grandes exposições nacionais e internacionais, restau-rantes de praça com opções de “happy hour” e alimen-tação so� sticada. Agora as famílias podem levar seus � lhos pra se divertir dentro dos shoppings, com atrações infantis, que contemplam todos os públicos e idades, principalmente por conta da segurança e comodidade. A tendência são os centros comerciais serem lugares cada vez mais atrativos às famílias, assim o cenário se torna cada vez mais competitivo e interessante, pois

aumenta o � uxo de visitantes consideravelmente.O Centro de Fortaleza é um recinto tradicional de com-

pras para os fortalezenses, e está em tramitação um projeto para revitalização do mesmo. O North Shopping Fortaleza completa 24 anos e se consolida como um dos empreen-dimentos pioneiros no mercado de centros comerciais de Fortaleza. Um cenário em ascensão na nossa cidade são os “feirões’ que crescem e ganham investimentos, assim estão na contramão da crise, pois evoluem cada dia mais como polo de confecção a nível Brasil. O Grand Shopping é o primeiro grande Centro Comercial na região da Messeja-na, bairro que possui grande � uxo de comércios. Por � m é impossível não falar sobre a charmosa Monsenhor Tabosa, que além de um grande Centro Comercial, é um lindo ponto turístico tradicional da nossa cidade.

COORDENADOR GERAL: Glauber Luna. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Anatália Batista. FOTOS: Beth Dreher e Nayana Melo. DIAGRAMAÇÃO: Andy Monroy Osorio e J. Júnior

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O ESTADO l Fortaleza, Ceará, Brasil l Quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O North Shopping For-taleza completa 24 anos no próximo 9 de outubro e comemora a consolidação como preferido da classe B e C. Por estar localizado em um ponto estratégico da re-gião oeste, tornou-se prin-cipal polo de consumo aos moradores do bairro São Ge-rardo e adjacências.

Desde que surgiu, já pas-sou por duas grandes ex-pansões para oferecer, à seus clientes e lojistas, o máximo em conforto e modernidade. Atualmente, o equipamen-to possui 180 lojas, sendo 12 âncoras; oito megalojas; 128 lojas satélites; e 22 lojas de alimentação. Os serviços também expandiram na área de lazer e entretenimento: são dois games, um boliche e seis salas de cinema. Hoje, os consumidores têm mais opções de conveniência, com lotérica, caixas eletrônicos, acertos e consertos, casa de câmbio, salão de beleza, lan house, farmácia, sapateiro, pet shop, lava-jato, clínicas odontológicas e o� almológi-cas, um supermercado e até uma faculdade.

Mas, além de toda essa es-trutura e praticidade, o que o faz diferente dos demais é a proximidade com a comu-nidade, uma relação de afeto, onde investir em ações que contribuam com o bem-estar dos seus frequentadores é compromisso da empresa. “O grande diferencial do North Shopping é o relacionamento que tem com a comunidade”, destaca o superintendente, Carlos Roberto de Julio.

Para manter a aproxima-ção com os consumidores, o shopping desenvolve várias ações e projetos sociais des-tinados do público infantil à terceira idade. “Na Praça Jo-nas Gomes, temos serviços de saúde, ginástica para a terceira idade e brincadeiras infantis. São atividades que a gente vai sempre renovan-do ao longo do ano e tentan-do encontrar um pouquinho

do que é a movimentação do momento, para dar um espaço legal a essas pessoas que participam”, disse Car-los de Julio. Segundo ele, para desenvolver as ações, a empresa preocupa-se em descobrir as necessidades da comunidade.

Também na Praça Jonas Gomes, que é mantida pelo North Shopping, existem os projetos sociais fixos que visam promover uma melhor utilização do espa-ço público. São eles: o Clu-binho da Praça, local para recreação das crianças,

com contação de historias e brincadeiras; o Lugar de Criança é na Praça, desen-volvido para passeios de escolas e creches; e o Boa Forma – ativando a vida, com a finalidade de des-pertar para atividades físi-cas e qualidade de vida.

NovidadesNo mês de aniversário do

North Shopping, quem vai ganhar presente é o público. Em outubro, serão anuncia-das as mudanças. “A gente tem uma grande novidade, que devemos anunciar em breve e, por enquanto, não

podemos dizer ainda. O shopping precisa passar por algumas modi� cações no pouco espaço que resta, mas estamos procurando trazer novidades, principalmente, na área de entretenimento e lazer”, adianta o superinten-dente Carlos de Julio, com-pletando que “o investimen-to será bem alto”.

Ainda de acordo com Carlos, existe um projeto de expansão no antigo estacio-namento, mas antes disso, a prioridade é dar uma cara nova ao shopping. “Quere-mos comemorar, com nossos lojistas e clientes, nosso ani-versário, são 24 anos de mui-ta perspectiva pra frente, é o que a gente espera”.

FluxoIndependente do cenário

econômico pelo qual passa o país, o � uxo de pessoas no North Shopping continua in-tenso. Na avaliação de Car-los de Julio, é essa força que o faz ser o que menos sofre com o impacto na economia, destacando-se como um dos únicos a ter poucas lojas ain-da fechadas.

Apesar de considerar o crédito mais restrito, este ano, o superintendente res-saltou que as grandes redes de varejo estão buscando al-ternativas para sustentar as vendas. Ele observa que as lojas têm feito muito mais liquidação em relaçã aos anos anteriores. Além disso, os lojistas estão entendendo que é muito mais vantagem oferecer descontos em com-pras à vista ou em parcelas menores. “Coisa que já nem se via mais, hoje, por conta da in� ação, parcelar em dez vezes sai muito mais caro do que fazer à vista”, enfatizou.

No entanto, as expectati-vas para os lojistas são de um bom período natalino, “ape-sar de que a tendência seja de presentes mais em conta”, acredita Carlos de Julio.

North Shopping Fortaleza comemora 24 anosNo mês de aniversário do shopping, novos investimentos serão anunciados

PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NO MÊS DAS CRIANÇAS

10/10 – Espetáculo Madagascar 11/10 – Espetáculo Frozen 12/10 – Espetáculo Carrossel

17/10 – Espetáculo Toy Story 18/10 – Espetáculo O Pequeno Príncipe 24/10 – Espetáculo Circo Encantado

25/10 – Espetáculo Aladin 31/10 – Espetáculo O Fantástico

Submarino Amarelo

• A PARTIR DE 17H, NA PRAÇA DE EVENTOS

Outubro também é o mês das crianças e, por isso, o North Shopping preparou uma programação toda voltada ao público infantil.

Independente do cenário econômico, o fl uxo de pessoas no North Shopping continua intenso

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO NAYANA MELO

Queremos comemorar, com nossos lojistas e clientes, nosso aniversário. São 24 anos de muita perspectiva pra frente, é o que a gente espera Carlos Roberto de Julio - Superintendente

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Com foco na socialização, shoppings centersapostam em ações de entretenimento

Shoppings são lugares para crianças, sim

Para além de centros de compras, os shoppings estão inovando e sendo local para momentos de lazer, cultura e gastronomia

Centros comerciais disponibilizam espaços totalmente pensados para a formação do público infantil com atividades lúdicas. Em Fortaleza, não falta opção

Mais que um templo do consumo, os shoppings cen-ters têm se tornado, cada vez mais, verdadeiros polos de en-tretenimento e de socialização. Além do encanto das vitrines e de assistir, em primeira mão. Os melhores � lmes em cartaz nos cinemas, o que tem mo-tivado os brasileiros a gastar mais tempo nos shoppings são os vários serviços de lazer reu-nidos em um só lugar.

Em Fortaleza, a aposta dos grandes centros comerciais é investir em ambientes de con-vivência e na busca por novi-dades. Hoje, as lojas dividem espaço com pistas de boliches,

exposições de arte, eventos musicais, peças teatrais e conceituados restaurantes. O foco é agradar todos os gos-tos e com qualidade.

O Grupo JCPM, acionista do RioMar Fortaleza, acre-dita que shopping é muito mais que um lugar de com-pras. Inaugurado em 2014, o RioMar Fortaleza chegou inovando. Trouxe ao Ceará o Parque de Diversões Eletrô-nicas indoor, que atrai crian-ças, adolescentes e adultos em uma convidativa área de brinquedos, sinuca pro� ssio-nal, cinema 7D e 12 moder-nas pistas de boliche.

Para o superintendente Gian Franco, “a tendência é que [shopping] seja um espaço de convivência e socialização, com ampla oferta de ações de entretenimento, gastronomia, cultura e lazer. Por isso, in-vestimos em ações e progra-mações para o público, além de investir em espaços que possibilitem a apresentação de atrações culturais, como pe-ças, musicais e espetáculos no Teatro RioMar Fortaleza”.

Também pensando em eternizar momentos de união, a gerente regional de marke-ting da Ancar Ivanhoe, que abrange o North Shopping

Fortaleza, North Shopping Maracanaú, North Shopping Jóquei e Via Sul Shopping, Girlaine Caldas, destaca o cui-dado de todos os equipamen-tos em elaborar programações culturais proveitosas a toda fa-mília. “Para que todos possam desfrutar das atrações e tor-nar o momento, em mais um motivo para reunir amigos e familiares, procuramos saber sobre as preferências dos clien-tes, e tentar adequar o interes-se deles aos nossos eventos”, disse Girlaine.

A ideia de que shopping não é local de crianças vem se transformando com o passar dos anos. Preocupados com os pequenos consumidores, os centros comerciais dispo-nibilizam espaços totalmen-te pensados para o público infantil, que vão além dos jogos eletrônicos. São par-ques de diversão temáticos, brincadeiras lúdicas, teatro e espetáculos musicais.

Nos shoppings de Forta-leza, opção para a garotada não falta. Tem atividades o ano todo e nas férias e datas comemorativas, as progra-mações são mais intensi� ca-das. De segunda a sábado, na Praça Jonas Gomes do North shopping Fortaleza, tem re-creação, contação de histó-rias, pintura facial e outras

brincadeiras. Com o projeto Lugar de Criança é na Praça, escolas e creches podem rea-lizar passeios e atividades na pracinha que abriga vários animais. Dentro do Shop-ping, há o espaço de diver-são com brinquedos, jogos eletrônicos e pista de boliche que despertam a atenção dos mais grandinhos.

No Shopping Ben� ca as programações também são lúdicas, com o� cinas de ar-tes e contação de histórias. Aos domingos, os pais podem levar os � lhos para conferir musicais de personagens que-ridos pelas crianças e, ao � nal, participar de sessão de fotos com os bonecos. Este ano, os pequenos tiveram uma o� -cina de fabricação de pipas, uma das brincadeiras prefe-

ridas durante as férias, que passa de geração a geração. Segundo destaca a superin-tendente do Shopping Ben-� ca, Marcilene Pinheiro, as programações estão cada vez mais voltadas para a forma-ção das crianças. “E também para a sua orientação, em re-lação ao cuidado com o pró-ximo, com o meio ambiente. Nossos eventos são realizados de modo a resgatar a inte-ração na família”, completa, ressaltando que o objetivo do shopping está em “fortalecer os laços familiares”.

Na Terça Encantada do RioMar Fortaleza, a partir das 18h30, tem show exclusi-vo para as crianças. E quan-do chega o � nal de semana é a vez dos clássicos da Disney e a Peppa Pig encantarem os

mais novos. O parque indoor também chama atenção pela variedade de brinquedos e pistas de boliches. Além dis-so, constantemente, o shop-ping recebe exposições volta-das ao público infantil, como o Des� le de Pets, o Cinemi-nha Car, o Parque da Mônica e o Bailinho de Carnaval.

O Iguatemi segue reali-zando investimentos em en-tretenimento sem esquecer da criançada. Aos sábados e domingos, no espaço Are-na Iguatemi, localizado na Praça de Alimentação, são exibidos três � lmes e uma apresentação infantil. No Candy Play, o espaço é todo dedicado ao lazer das crian-ças com brinquedos, jogos interativos, � lmes, vídeoga-mes e livros.

Espaços de conivência inovadosParque de diversões para as crianças, promoções de cinemas para os jovens, e músicas ao vivo e show de humor para os adultos já fazem parte da progra-mação da maioria dos shoppings. Mas quem diria que o local que surgiu para reunir compradores e ven-dedores, passando como ponto de concentração de grandes marcas, principal-mente, da moda, chegaria a tornar-se, ainda, um es-paço cultural? Ou quando maioria dos fortalezenses imaginou um dia poder conferir uma exposição de obras projetadas pelo italiano Leonardo da Vinci? Muitas crianças também não precisaram pedir aos pais que os levassem à ou-tros estados, outros países, para conferir a exibição dos personagens infantis dos � lmes da DreamWorks ou do Mundo dos Dinossau-ros. E isso tudo tem sido possível graças ao incentivo dos grandes shoppings à difusão da cultura e da interação, promovendo constantemente progra-mações que envolvem arte e entretenimento para todas as idades.Além de expor o Mun-do dos Dinossauros, em

réplicas de esqueletos e dinossauros animatro-nics, o Shopping Iguatemi recebeu, recentemente, o Museu de Cera Dreamland, que trouxe cerca de 40 réplicas de astros da música e do cinema mundial em cera. Em março deste ano, possibilitou a seus clientes uma experiência incrível: assistir a � lmes na cobertu-ra do estacionamento sob o céu estrelado, com o proje-to Cine View. E na semana do Dia dos Namorados, no Cine Drive In, os casais assistiram � lmes românti-cos dentro dos carros como nos drive ins americanos. Foi o primeiro shopping em Fortaleza a realizar um food park, que em seis edi-ções do Lá Fora Food Park, virou febre na cidade. Para a conscientização do câncer de mama, realizou, de 10 a 30 de setembro, a expo-sição “De Peito Aberto”.Grandes exposições tam-bém passam pelo RioMar Fortaleza, como a “Da Vinci – A Exibição”, com mais de 60 peças projetadas pelo italiano Leonardo da Vinci, que fez temporadas em várias capitais mun-diais; a História do Futebol Cearense e o Museu do Videogame. A exibição de “Lights - Um Mundo Ilu-minado”, da DreamWorks, encantou a todos em mostras de cenas dos � lmes

de animação, combinando tecnologia de animatronics e grandes lanternas colori-das no estilo chinês. Quem frequenta por lá sempre irá conferir alguma novidade. Único do Estado do Ceará condecorado com o Selo de Responsabilidade Cultural, conferido pelo Governo do Estado, e apoiador da cul-tura cearense, o Shopping Ben� ca tem um espaço exclusivo para exposições. Desde sua fundação, em 1999, a Galeria Ben� cArt já recebeu cerca de 150 exposições. A cada ano, oito artistas expõem seus trabalhos e, no mês de maio, os artistas plásticos são homenageados com a cole-tânea Os 8 de Maio. Além de homenagear renomados artistas, a Galeria Ben� cAr-te abre as portas aos novos talentos. O shopping dispõe, ainda, do Espaço da Leitura, uma biblioteca que funcio-na diariamente para leitura de livros, jornais e revistas. E a cada cinco tickets dos Cinemas Ben� ca do mês, o cliente ganha um livro. O Via Sul e RioMar, � ze-ram renascer, nos fortale-zenses, a cultura de teatro. As modernas e acomoda-das salas possibilitaram a capital cearense voltar a ser rota dos sucessos de bilheteria de peças teatral nacional e respeitadas espetáculos musicais.

Gastronomia e Requinte Conceituados restaurantes invadiram de vez os shop-pings centers da cidade. De happy hours com os ami-gos à jantares em família, o público tem preferido as novas opções gastronômi-cas e gastado mais tempo nas praças de alimentação. Com a inauguração do shopping RioMar, ano passado, à capital cearense recebeu o primeiro Outba-ck Steackhouse, renomado restaurante de uma rede norte-americana, presen-te em algumas cidades brasileiras. A novidade formou longas � las de admiradores da famosa gigante cebola dourada (Bloomin’ Onion) e da costela de porco defumada regada a molho barbecue (Rib On � e Barbie). Este ano, outra unidade foi inaugurada no Iguatemi. Quem busca por ambiente so� sticado e gastronomia requintada encontra no Cabanã Del Primo, no RioMar ou no Jardins Open Mall, que serve carnes nobres argentinas. Já o público mais seleto e apreciadores de vinho têm se deliciado ao espaço aconchegante e inovador da Garrafeira 520, além da loja de vinho, funcio-na o Wine Bar, ideal para brindes e descontração.

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Projeto prevê a requalifi cação do CentroUma das propostas é estimular moradia. A iniciativa também propõe

melhorias em praças, prédios históricos e reordenamento de ambulantesEstimular a vida comu-

nitária, o turismo cultural e fomentar a economia. Essas são algumas das premissas que norteiam a proposta de requalificação do Centro de Fortaleza, apresentadas pela Câmara Municipal de Fortaleza no projeto “Pacto por Fortaleza Revisado – A cidade que queremos até 2020”. À frente das discus-sões, o presidente da casa, vereador Salmito Filho, de-fende que o bairro precisa ganhar habitação.

O Centro é um dos bair-ros mais antigos e que detém maior quantidade de acervo e prédios históricos na capital do Ceará. É também a área que mais arrecada ICMS para o Estado e tem estrutura de um município. Porém, apesar

de muito populoso durante o dia, à noite, � ca praticamente deserto, sem vida.

O desordenamento do comércio ambulante e a fal-ta de segurança, são alguns dos problemas enfrentados atualmente. Mas o objeti-vo, é, que até 2020, sejam pensadas e concretizadas, ações que visem a melho-ria em mobilidade urbana; transporte público; valori-zação das vias e passeios; requali� cação de edifícios históricos, de praças e es-paços culturais; comércio, emprego e geração de renda; ordenamento de ambulantes e feiras; segurança; e a possí-vel transferência da sede da Câmara Municipal.

“O Centro tem gente, tem economia pungente e tem

nossa história. O que está fal-tando é a gente requali� car as praças, as vias, as calçadas e estimular a vida comunitá-ria”, reitera Salmito. Ele su-gere que áreas desocupadas ou utilizadas para estaciona-mentos sejam investidas em prédios residenciais, ao con-siderar que pessoas que tra-balham no Centro iriam pre-ferir morar no mesmo local, sem depender de transporte para o deslocamento, o que a� rma, que melhoraria, con-sideravelmente, a mobilidade urbana da cidade.

Ainda de acordo com o parlamentar, tornar o bairro um local de moradia é pos-sível, sobretudo, por já pos-suir redes de drenagem e de esgoto. “O Centro tem vista para o mar, é uma das pou-

cas áreas de Fortaleza toda infraestruturada, e isso em qualquer lugar do mundo é o espaço imobiliário mais valorizado, por exemplo, em Paris, Londres, Buenos Aires, Recife, Curitiba e São Paulo”, destacou.

Segundo Salmito Filho, nenhum dos pontos tem, ainda, previsão de início e valores de investimento. As questões estão sendo deba-tidas entre a população, re-presentantes da Prefeitura de Fortaleza e sociedade civil organizada.

Turismo CulturalBairro que mais abriga

prédios que remetem à his-tória de Fortaleza, como o Forte de Shoonenborch, Mercado Central, Catedral

Metropolitana, Museu do Ceará, e a Praça do Ferreira, a ideia é transformar o Cen-tro em atrativo turístico para quem chega à capital a pro-cura de lazer e cultura.

“Nosso objetivo é mostrar que Fortaleza já tem um tu-rismo de lazer fantástico com as praias, o turismo de even-to também melhorou muito com o Centro de Eventos. O turista que vem para evento é de um per� l socioeconômi-co maior que o de entreteni-mento, e esse turista quer ir à praia, a eventos, mas tam-bém quer conhecer os equi-pamentos históricos da cida-de”, ressalta Salmito.

AmbulantesO secretário da Regional

Centro, Ricardo Sales, in-

formou que todas as praças do quadrilátero do Centrão, bem como os calçadões do Centro, irão passar por re-formas. A expectativa é que, ao longo de cada espaço re-formado, sejam fixados e delimitados quiosques para ambulantes. Segundo o se-cretário, os quiosques serão padronizados, feitos em aço inoxidável, e só será permi-tido trabalhar quem estiver dentro do padrão. “Terá fiscalização, e essa será a atividade de controle mais eficaz que vamos ter”, afir-mou ressaltando que “vai acontecer, paulatinamente, à medida em que as obras forem acontecendo”.

Antigo Lord Hotel poderá sediar a Câmara Municipal de FortalezaUma das propostas dentro da requali� cação do Centro é transferir a sede da Câma-ra Municipal de Fortaleza, atualmente localizada no bairro Luciano Cavalcante, para o prédio onde funcio-nava o antigo Lord Hotel.Salmito Filho critica que a atual localização do Poder Legislativo � ca na contra--mão do povo, “e para estar perto do povo, tinha que está no Centro”, disse. Além disso, o parlamentar destaca que o prédio já está pequeno para comportar 43 vereadores, seus assessores, e o setor de comunicação que está passando por ampliação com os progra-mas de TV e Rádio. “As vagas de estacionamentos já não dão conta, muitos servidores não têm direi-to aos estacionamentos. Têm direito somente quem ocupa cargo de che� a e nós vamos perder parte dele com a ampliação da Rua � ompson Bulcão”, a� rma.

NegociaçõesO presidente da Câmara adiantou que o Lord Hotel é um prédio público e que

a ocupação já foi solicita-da ao governador Camilo Santana, o qual já autori-zou. No entanto, Salmito Filho ressaltou que os vereadores de Fortaleza não querem decidir sobre isso sozinhos, portanto, estão abertos a debates com a população e técnicos sobre o que seria melhor, mas reiterou que as condições da sede não são boas e a tendência é piorar. A iniciativa propõe abrigar, no prédio onde funcionava o hotel, os gabinetes dos vereado-res, os departamentos e os estúdios de TV e Rádio. Em frente, no antigo Beco da Poeira, seria o estacionamento no subsolo, o plenário da Câmara, um auditório e a Central da Cidadania. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL), Severino Neto, comemora a possi-bilidade. “Ficamos muito feliz com a vontade do nosso presidente da Câ-mara de trazer a sede para o Centro. Esperamos que isso aconteça. O Centro é onde nascemos, tem uma importância fundamental no desenvolvimento da cidade, está pedindo ajuda de todos para que a gente resolva esses problemas básicos que já deveriam

ter sido resolvidos”, disse.

FOTO NAYANA MELO

FOTO NAYANA MELO

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Fortaleza terá dois grandes centros de comércio popular

Lojistas se reinventam, a cada dia, para vencer a crise econômica, diz presidente da CDL

Novos empreendimentos surgem para fomentar o turismo de compras

No comércio, as lojas recorrem às vitrines repletas de descontos e bazares para atrair os consumidores e renovar o estoque. Outros abusam da criatividade

A cidade de Fortaleza, já não é mais um destino na-cional preferido somente pe-las belas praias e opções de lazer, tornou-se ponto turís-tico para as compras. O en-torno da Rua José Avelino, no Centro, conhecido como a Feira da Madrugada, é o polo da moda. Sacoleiros de todo o Brasil encontram na capital cearense as melhores opções de comércio ataca-dista de confecção. Além do bom preço, o que faz a di-ferença são a qualidade das peças produzidas aqui e a rápida renovação em seguir o que é tendência no merca-do da moda.

Para fomentar ainda mais o setor de confecção no Esta-do, que só cresce e é respon-sável por movimentar cerca de R$ 90 milhões ao mês, a cidade ganhará dois novos grandes empreendimentos. Trata-se do Feirão Leste Oes-te, onde funcionava o antigo Mucuripe Club, e o Centro Fashion, na Avenida Philo-meno Gomes.

Ambos, de iniciativa pri-vada, surgem com um con-ceito visionário: oferecer segurança, organização e serviços de hospedagem aos feirantes sem deixar a carac-terística de comércio popular (feirão). Juntos, devem gerar cerca de 20 mil empregos di-retos e indiretos.

Feirão Leste OesteCom materiais de pon-

ta, estrutura inovadora e esquema de segurança, o Feirão Leste-Oeste promete ser o maior complexo para compras nas proximidades da Rua José Avelino. Situado no local onde funcionou, por anos, um dos maiores poitns do entretenimento da Capital, o Mucuripe Club, o espaço está sendo desenvolvido para comportar mais de dois mil boxes e cerca de 250 lojas.

Além dos boxes, o Feirão oferece aos feirantes a opção de lojas climatizadas, sendo � xas ou de vidros. A cober-tura do prédio está sendo fei-ta com isolamento acústico e térmico para evitar o calor. O equipamento terá, incial-mente, a capacidade de 30 va-gas de estacionamentos para os ônibus que vêm de outras cidades; um alojamento, com 60 leitos, para motoristas e guias, com 25 banheiros, te-levisão, ar e café da manhã; monitoramento de seguran-ça; presença de bombeiros; dois restaurantes; sete lan-chonetes; espaço para des� le

e atrações musicais; banco e banheiros. Segundo um dos sócios do Feirão Leste-Oeste, o empresário Pedro Neto, “é um projeto de feirão, mas tratado com todos os cuida-dos de um empreendimento como shopping. São peculia-ridades muito positivas para

esse tipo de empreendimento de feirão”.

O equipamento será inau-gurado em três etapas. A primeira está prevista para o mês de outubro, com o fun-cionamento de 600 boxes e 86 lojas � xas. O segundo só-cio, Ivan Cavalcante, ressalta

que já estão 100% vendidos, assim como as lanchonetes.

A expectativa dos em-presários é de entregar a se-gunda etapa até o � nal de novembro, período que an-tecede às compras de Natal e � nal de ano, e que esteja em pleno funcionamento em

abril de 2016. Os horários de funcionamento seguirão os dos dias de Feira, de quarta--feira à quinta-feira e sábado para domingo, será aberto durante a madrugada, e nos outros dias em horário co-mercial. De acordo com Ivan, a iluminação é toda em LED, “durante a noite, vai parecer dia”. O acesso poderá ser pe-las ruas José Avelino e Adol-fo Caminha, e pela Avenida Leste-Oeste.

“Quanto maior a nossa ca-pacidade de receber os ôni-bus com os sacoleiros, mais a gente vai fazer captação. Existem outros polos de con-fecção no Nordeste que rece-bem esses sacoleiros, nossa ideia é, agora, com a Prefei-tura ordenando, a gente vá ao mercado externo fazer uma captação, para buscar ainda mais compradores”, a� rmou Pedro Neto, destacando que o grande diferencial de For-taleza, são as roupas de ma-teriais quali� cados.

Centro FashionLocalizado na Avenida

Coronel Philomeno Gomes, no bairro Jacarecanga, o Centro Fashion está sendo construindo no local onde funcionou uma das maiores fábricas de tecidos do Bra-sil, a Fábrica de Tecidos São

José. O equipamento segue o modelo de comércio popular no segmento de moda e está previsto para dar início no segundo semestre de 2016.

Em uma área de aproxi-madamente 67 mil metros quadrados, o empreendi-mento contará com uma es-trutura completa para ofer-tar o máximo de conforto e praticidades aos lojistas e compradores. O Centro Fashion terá 6.500 boxes, 300 lojas, 88 lanchonetes na pra-ça de alimentação, serviço de hospedagem, com 220 leitos e banheiros para os clientes de outras cidades e estados; mais de 130 vagas exclusivas para ônibus, estacionamento para carros e motos. Além disso, um auditório, banco, escritório virtual, farmácia, salão de beleza, loja de avia-mentos, ambulatório, cir-cuito interno de TV e som e segurança, fazem parte da estrutura.

Para o diretor do Centro Fashion, Francisco Philo-meno Neto, a iniciativa em tornar o espaço um centro comercial foi impulsionada pelo constante crescimento do setor de moda, sobretudo, naquela região, que é próxi-ma ao Centro e � ca no cami-nho da Feira da Madrugada. O empreendimento promete movimentar a economia do bairro, que segundo a� rmou, é plano da Prefeitura de For-taleza, transformar a área, até 2040, em um polo de con-fecção. “Todo investimento para o mercado da moda é bem-vindo. Além de oferecer melhor estrutura com um custo acessível para comer-ciantes, o equipamento visa alavancar ainda mais esse mercado, atraindo muito mais clientes e dando maior visibilidade a esse comércio”, destacou Philomeno.

O investimento do Centro Fashion gira em torno de R$ 100 milhões, e a expectati-va é gerar 7,5 mil empregos, diretos e indiretos. De acor-do com Philomeno, a previ-são de entrega é o segundo semestre de 2016, mas já adiantou que a procura está sendo grande. “Estamos com stands de venda em frente ao Mercado Central em dias de feira”, informou o diretor. Ainda segundo Philomeno, o aluguel dos boxes custa a partir de R$ 80,00 por semana –valores que pagam pelo box na rua.

“O lojista está sempre dan-çando conforme o ritmo da economia”. Essa é a avaliação do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Forta-leza (CDL), Severino Neto, o qual a� rma que, em momen-to de crise econômica, o lo-jista se inventa todos os dias. Não há uma receita de alter-nativas para driblar a crise, o jeito é ter paciência, usar a criatividade e se adequar.

O ano de 2015 começou

mal para o bolso dos brasi-leiros. Além de pagamentos de IPVA, IPTU, material es-colar, entre outras despesas � xas durante primeiro se-mestre, teve ajustes � scais, aumento nas contas de água e energia, combustível subin-do, reajuste no valor do gás, e com todo esse arrocho, o re-sultado foi a desaceleração da economia. No Centro da ci-dade, o varejo também sente.

No comércio, as lojas re-

correm às vitrines repletas de descontos e bazares para atrair os consumidores e re-novar o estoque. E, agora, tem até cartaz de promoção � xado na calçada para tentar chamar a atenção de quem não costuma olhar para os lados, mas que se atenta ao chão por onde pisa.

Uma volta pelas ruas do Centro revela a criativida-de do cearense no comércio ambulante que cresce de-

senfreado. Os transeuntes disputam a passada em meio aos tantos vendedores de roupas, de produtos piratas e de refeição. Tudo é possível encontrar no Centro de For-taleza. É fazer valer a oportu-nidade e aumentar a renda.

Se fechou o tempo, o cea-rense está nas ruas vendendo guarda-chuva, a� rma Seve-rino Neto. Segundo o presi-dente da CDL, o comércio é preparado para se adequar à

economia, seja o momento bom, seja ruim. “Se diminuir o dinheiro do bolso do pes-soal, o lojista vai se adequar a esse bolso. Não é fácil, mas é isso que acontece a cada dia”, destaca.

Natal no azulApesar das di� culdades

da economia nacional e de reconhecer que o cenário só piora a cada mês, as expec-tativas do presidente da CDL

até o � nal do ano são de cres-cimento nas vendas. “Tra-dicionalmente, o segundo semestre é melhor. Tivemos muitas surpresas negativas no primeiro semestre que afetaram diretamente o bol-so do nosso consumo, porém esses encargos diminuem e vem o alento do 13º salário, que fomenta a economia, são menos despesas, com mais receita. A gente acredita que vai ter um bom Natal”.

FOTOS BETH DREHER

Feirão Leste-Oeste irá comportar mais de dois mil boxes e cerca de 250 lojas

Os empresários Ivan Cavalcante e Pedro Neto destacam que o empreendimento é inovador

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Na hora das compras, por que prefere o shopping center?

Naiara Julião - Jornalista

“Pre� ro os shoppings pela segurança. Por ser um ambiente fechado, passa mais tranquilida-de durante as compras, e também pelo fato de ser climatizado. A cidade está tão quente que, só pensar em ir ao Centro desistiria”.

Melaine Araujo – Estudante

“Porque no shopping encontro roupas e sapatos de boa qualidade a um preço acessível, como nas lojas C&A e Riachuelo. Pre� ro com-prar um pouco mais caro e adquirir produtos que durem mais”.

Elizabeth Arruda – Turismóloga

“Gosto de ir a shopping porque concentra uma grande variedade de lojas e segmentos, num ambiente agradável e climatizado, além de ter um amplo estacionamento e seguran-ça para fazer compras, encontrar amigos ou simplesmente se distrair. O shopping é sempre a minha opção”.

Bruno Araújo – Músico

“Gosto de fazer compras no shopping devido à segurança e comodidade do esta-cionamento. Também pelo conforto que o shopping disponibiliza, como ar-condiciona-do, wi-� , as várias lojas de diversos departa-mentos, em um só lugar”.Paulo Roberto Ribeiro – Publicitário

“Nos shoppings temos muito mais varie-dade. Podemos pesquisar melhor o produto que queremos, somos mais bem tratados pelas lojas, além de termos mais segurança”.

Jean Felipe - Professor

“Shopping é um lugar que gosto de ir para almoçar ou lanchar. Me sinto mais à vontade e com mais opções para escolher o que comer”.

Maria Lidiane Barbosa – Estudante de serviço social

“Quase sempre compro em shopping, e tenho a preferência pelo conforto, a abran-gência das lojas e, o mais importante, a segurança. Nossa sociedade está muito inse-gura e perigosa, e comprando no shopping me sinto segura. Ressaltando também que geralmente encontramos o produto desejado com conforto, climatização, estacionamento e seguranças à nossa disposição”.

Delcia Janine – Mestranda em Gerenciamento de Empresas

“Devido à organização das lojas no shop-ping, � ca bem mais fácil a visualização”.

Ingleses, índios e judeus no comércio do Ceará

Responsável pela maior parcela do Produto Interno Bruto do Ceará, o comércio começou com ingleses e judeus que aqui chegaram e

passaram a prática para aqueles que moravam no lugar

O senhor Jamil Asfora nas-ceu em Beirute, capital do Lí-bano e, para fugir ao serviço militar, imigrou para os Esta-dos Unidos. Em Pernambuco, onde desembarcou pensando que estava em Nova Iorque, descobriu que se encontra-va no Brasil e não na cidade norte-americana. Revoltado com isso, mas sem saber o que fazer, lembrou-se que ha-via um primo seu que morava no Ceará e veio para cá. Aqui começou a vender tudo o que lhe caía nas mãos – pentes, es-covas de dentes, espelhinhos, caixas de pó – e, em pouco tempo montou sua loja.

Muitos, na verdade, foram os estrangeiros que contri-buíram com o comércio do Ceará. Um deles foi John William Studart, pai do Ba-rão de Studart e padrasto de um antepassado da atual mi-nistra da Cultura, Marta Su-plicy, que descende do Barão de Vasconcelos, meio irmão do Barão de Studart. Outro foi Henry Koster, que veio de Pernambuco para ver as pos-sibilidades comerciais do Ce-ará. Chegando aqui, passa a ser chamado de “seu Costa” e foi assim, como “seu Costa”, que chegou e foi embora.

A cidade de Fortaleza, no entanto, não oferecia nenhu-ma atração para ninguém nessa época. Por isso, os in-gleses se interessaram mui-to mais por Aracati do que pela Capital. Seu Costa, por exemplo, anotou em seu ca-derno de viagem que depois se tornou livro, que Fortaleza possuía apenas uma casa as-soalhada: a do Governador.

Com a Guerra de Secessão nos Estados Unidos (1861-1865) muita coisa mudou. Como os Estados Unidos deixaram de exportar algo-dão para a Inglaterra que precisava dele por causa de sua indústria têxtil, a terra da rainha Vitória passou a procurar este artigo precio-so para suas indústrias em qualquer lugar do mundo, e isso impulsionou muito o comércio cearense. Foi por esse tempo, por sinal, que apareceram alguns judeus que vieram de Pernambuco

e montaram uma � rma, a Boris, que funcionava tam-bém como banco. A � rma tornou-se tão conhecida no Ceará que surgiu uma pia-da sobre ela. Contavam os humoristas de plantão que quando os matutos chega-vam em Fortaleza e iam para o Passeio Público ver o mar, � cavam admirados com a quantidade de água que pre-senciavam pela primeira vez e, para demonstrar o espan-to, exclamavam: “Cumpade, um açude desse tamanho só pode ser do Boris!”

Casa Boris, fundada em 1869, tendo como razão social a fi rma “Théodore Boris & Irmão”

FOTO: ARQUIVO NIREZ_FORTALEZA EM FOTOS

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Grand Shopping cada vez mais próximo da inauguração

Com inauguração prevista para março de 2016, o empreendimento reunirá um grande centro de lazer, compras e serviços na região de Fortaleza que mais cresceNovo shopping na zona

sul da cidade, o Grand Sho-pping segue com obras em andamento, chegando a 70% de construção, e a expectati-va é que, depois de inaugura-do, em março de 2016, o local receba entre 15 e 20 mil pes-soas por dia e atinja a marca de 700 mil visitas mensais. O empreendimento é uma rea-lização da Simpex Incorpo-rações, em parceria com gru-po Rede Fone e corresponde a um investimento na ordem de R$ 80 milhões.

Primeiro empreendimen-to do grupo fora do setor imobiliário, o shopping fo-mentará ainda o consumo no bairro, cuja perspectiva é de R$ 2,4 bilhões anuais, além de gerar emprego para moradores de Messejana e do entorno. “Com o Grand Shopping funcionando, de-vemos chegar a quase 2.000 empregos no total”, a� rma Vitor Frota, diretor exe-cutivo do grupo. Ainda de acordo com ele, a aposta no shopping foi pautada no fato de a região sul de Fortaleza ser um dos poucos mercados de relevância de Fortaleza e ainda sem a presença de um centro de compras e serviços dessa grandeza: “Já estava nos nossos planos alcançar o segmento de shoppings, mas foi a oportunidade na

compra do terreno naque-la região que impulsionou a seguirmos por essa linha e ampliarmos nossa visão des-se mercado em potencial”, complementa o empresário.

O projeto assinado pela Argo Arquitetura e Consul-toria terá quatro andares com 182 lojas, sendo cin-co âncoras e seis megalojas, praça de alimentação com capacidade para mais de 600 pessoas e 18 opções en-tre restaurantes e fast-foods. Dentre as lojas con� rmadas, estão as franquias de O Bo-

ticário, Couro Fino, Oh My Dog, Cacau Show, Zenir, Óticas Carol, Pague Menos e Iap! Cosméticos. “Nossas ex-pectativas é de que o Grand Shopping seja um destaque no comércio varejista da Re-gião Sul. Para isso, estamos buscando parcerias com grandes lojas e investindo na variedade de serviços e op-ções de lazer”, completa Val-mir Costa, gestor comercial do empreendimento.

A localização do Grand Shopping também é um dife-rencial. São dois acessos pela

entrada principal, que � ca na Avenida Frei Cirilo - nº 3840, ou pela Rua Madre Ana Cou-to, que escoa diretamente na BR-116, fazendo com o centro comercial tenha uma área de abrangência de 33 bairros. O projeto atende às necessida-des do público consumidor e lojista, além de acompanhar as tendências mundiais deste segmento, destacando tam-bém a área de entretenimen-to, que representará mais de 25% de sua área total.

De acordo com a Associa-ção Brasileira de Shopping

Centers (Abrasce), a estrutu-ra de diversão e lazer é fator decisivo para o consumidor na hora da escolha de onde passar momentos ao lado da família e amigos. Para aten-der a essa demanda, o em-preendimento reunirá as me-lhores marcas para compor sua área de entretenimento. “Queremos proporcionar uma experiência única com qualidade em todos os espa-ços, por isso, todo o piso L3 do shopping será destinado para a nossa área de lazer com boliche, games e cine-ma”, ressalta Valmir Costa, destacando que o projeto buscou o máximo de inte-gração entre praticidade e serviços sem esquecer o con-forto e a segurança.

A área de lazer terá capa-cidade para cerca de 1.200 pessoas, reunindo marcas consolidadas como a Cen-terplex Cinemas, que está no mercado há mais de 30 anos e é uma das maiores do País. O térreo do Grand Shopping contará com espaço para a realização de eventos cultu-rais. E, ainda no projeto de expansão, consta um restau-rante anexo, ampliando o mix e diversi� cando as op-ções de lazer.

Outro destaque da área de lazer do Grand Shopping são os games, onde a empresa Hi-per Game Diversões Eletrô-nicas investirá cerca de R$ 3 milhões na estrutura do espa-ço, contando com uma diver-sidade de máquinas e jogos de ponta que seguem o conceito Fun Family, uma tendência no mundo do entretenimento que visa proporcionar a inte-ração da família, incluído to-das as idades.

As dez pistas de boliche pro� ssional também são um atrativo para o público, tra-

zendo uma proposta diferen-ciada para que as pistas sejam também utilizada para a prá-tica de competições. “Que-remos movimentar a cida-de com o nosso espaço de boliche. Nossa família é do Canadá e lá levamos muito a sério as competições, por isso temos a intenção de promover campeonatos de boliche com direito a boas premiações”, ressalta Célia Regina Leão, proprietária da empresa que administra-rá o boliche.

O arquiteto responsável pelo projeto, Paulo Arraes, destaca que a região recebe-rá um shopping de excelente qualidade, cujo projeto foi cuidadosamente pensado para oferecer conforto e aces-sibilidade. “O público terá conforto e comodidade de um espaço so� sticado, que prioriza, em sua estrutura, a fácil integração dos ambien-tes aliado à visibilidade, onde serão utilizados materiais nobres como vidraças que possibilitarão a iluminação natural”, a� rma o arquiteto.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Grand Shopping segue com obras em andamento, chegando a 70% de construção

NÚMEROS DOGRAND SHOPPING Área total do terreno: 13.231,33m²Área total construída: 41.000m²Área bruta locável (ABL): 14.050m² + 6.000m² de expansão182 lojas, sendo 5 lojas-âncoras e 6 megalojas4 andares comerciais18 lojas na praça de alimentação5 salas de cinema, sendo 2 em 3D10 pistas de boliche profi ssional1 game center970 vagas de estacionamento2 subsolos

Simpex Incorporações e RedefoneHá 15 anos, a Simpex Incorporações, desenvolve empreendimentos pensa-dos em cada detalhe para garantir qualidade de vida e valorização do investi-mento de seus clientes. A incorporadora é pioneira

na construção de condomí-nios de casas de alto padrão que traduzem um estilo de vida contemporâneo com o máximo de conforto e personalidade. À frente da Simpex, Silvio Frota, um dos idealizadores do Grand Shopping, esco-lheu como cenário para a obra uma das regiões que mais cresce em For-

taleza nos últimos anos. Neste projeto, Silvio se uniu aos empresários Mário Jorge e Jorge Ari, da Redefone, grupo que desde 2002 atua na distribui-ção exclusiva de produtos diversi� cados da operadora de telefonia Oi. São mais de 70.000 pontos de vendas nos estados de AL, BA, CE, PB, PE, RN, SE, MA e

PI. Seu compromisso em oferecer o melhor serviço a tornou líder em seu seg-mento com forte direcio-namento para a criação de valor e sustentabilidade.Grand ShoppingComercialização: +55 (85) 3274.1086Endereço: Av. Frei Ciri-lo – nº 3.840, MessejanaSite: www.grandsho-pping.com.br

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O Shopping Ben� ca desta-ca-se como apoiador de ações sociais. Conscientes da im-portância de contribuir para a formação cidadã cearense, a empresa disponibiliza, entre seus clientes e funcionários, atualmente, dez projetos de responsabilidade social volta-dos para todos os públicos.

Desde 1999, o Ouve Bem funciona como canal de comunicação entre lo-jistas e frequentadores. É através da ouvidoria que o shopping atende as re-clamações e sugestões. No Solidariedade Permanente, o Benfica incentiva a doa-ção de roupas, brinquedos e alimentos que, uma vez ao mês, são destinados a instituições carentes.

Através do Benfolia – Fes-tival de Músicas Carnavales-cas e o Benjunino – Festival de Músicas Juninas, o Proje-to Novos Talentos dá a opor-tunidade em tornar conheci-dos os artistas cearenses.

Com ações pensadas para o bem-estar físico e a saúde da comunidade, o shopping criou o Fique Bem e o Viver Bem. No Fique Bem, ativida-des físicas de baixo impacto são realizadas com o objeti-vo de trabalhar as emoções e motivações como forma de resgatar a autoestima dos participantes. As atividades são gratuitas e acontecem nas manhãs de terças e quin-

tas, no estacionamento inter-no. Já o Viver Bem, é dedica-do aos maiores de 55 anos, em encontros que acontecem sempre na última quinta-fei-ra do mês, onde se trabalham três pontos: saúde, entreteni-mento e descontos especiais.

SolidariedadeDifundir a solidarieda-

de também é compromisso do Shopping Ben� ca. Há 12 anos, a Árvore do Bem rea-liza o Natal de crianças ca-rentes. No período natalino, o shopping monta algumas árvores de Natal com os pe-didos das crianças, devida-mente identi� cadas, com nome, idade e instituição, e os clientes podem escolher um dos cartões para presen-teá-los. Depois, o Papai Noel do Shopping Ben� ca faz as entregas a cada um.

Outro projeto que estimu-la a solidariedade e o volun-tariado é a Fábrica do Bem. Começou em 2005 e tem ca-racterística cultural, social e ambiental. Nele, os partici-pantes produzem produtos para serem vendidos.

Trabalho voluntárioO Corpo de Bombeiros

do Ceará é o responsável por realizar o projeto, Bombeiro Voluntário, que tem como � -nalidade capacitar o cidadão a prevenir acidentes e sinis-tros domésticos, assim como

a prepará-lo para primeiros socorros e pequenos incên-dios. E desde 2001, o shop-ping preocupa-se em home-nagear os cidadãos cearenses engajados em causas sociais e

ações voluntárias. No mês das crianças, o

Manhã Feliz se dedica a le-var mais de 2 mil crianças de instituições carentes a uma manhã de diversão. Em

cada edição, os participantes assistem a uma sessão de ci-nema, ganham lanches, brin-cam no parquinho, ganham presentes e se divertem nas apresentações de fantoches

e palhaços. Os próximos en-contros estão marcados para os dias 07 e 08 de outubro.

Shopping Benfi ca realiza trabalho sólido em responsabilidade social

Atualmente, existem dez projetos que incentivam o bem-estar da comunidade cearense

DIA INTERNACIONAL DA TERCEIRA IDADE 01/10 (quinta):

08h: Café da manhã e apresentação de dança sênior.09h: Palestra “Nem velhos, nem idosos: Imortais” com Nonato Albuquerque10 às 14h: Exposição cristais e informações sobre Terapias Holísticas e Complementar. Cristaloterapia. – Terapeuta holística Bárbara Lôbo14 às 18h: Aferição de pressão, informações sobre osteopo-rose, prevenção de tabagismo – Liga de Geriatria e Geron-tologia do Ceará e Prodot da UFC

17h: Aulão de alongamento ginástica do Fique Bem 02/10 (sexta):

15 às 18h: Aferição de pressão arterial e informações sobre automedicação – Pague Menos16 às 18h: Aferição de pressão arterial, teste de glicemia e alongamento voltado para a terceira idade com Clínica Dy Estética Dyana Soares 03/10 (sábado):10 às 13h: Stand de informação e conscientização sobre Alzheimer. Informações sobre prevenção, tratamento, cui-

dados com o portador da doença. Associação Brasileira de Alzheimer16h: Ofi cina de enfeites natalinos com material reciclado – Fábrica do Bem17h: Aulão de Yoga com Ana Barbosa do Studio de Dança Mainara AlbuquerqueOBS: Necessário vir com roupa confortável, própria para atividade física.

• TODA PROGRAMAÇÃO É GRATUITA.

Manhã Feliz se dedica a levar mais de 2 mil crianças de instituições carentes

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO NAYANA MELO

Monsenhor Tabosa, maior shopping a céu aberto

A Avenida Monsenhor Tabosa, no bairro Praia de Iracema, é considerada o maior shopping a céu aber-to da América Latina, com uma extensão de 800 me-tros e cerca de 450 lojas, re-cebe em média de duas mil pessoas por dia, durante a baixa estação, e quatro mil, na alta estação.

Nos anos 1890, época em que foi fundada, se chamava Rua do Seminário, por ser próxima ao Seminário da Prainha. Por muitos anos, era apenas uma via residen-cial. Porém, a partir de 1975, com a instalação de uma pe-quena fábrica de tamancos, passou a ser comercial e cha-mada, popularmente, de Ta-

mancolândia. Ao longo dos anos, o pe-

queno centro comercial co-meçou a dar lugar a lojas de sapatos e roupas. Hoje, é atração turística para quem visita Fortaleza. O comércio de calçados ainda continua muito in� uente, dividindo a atenção com as vitrines de produtos artesanais e roupas de grife. A Monsenhor Tabo-sa � ca aberta de segunda a sábado, das 9h às 19h.

Requalifi caçãoEm 2014, após 22 anos

sem intervenções, a aveni-da passou por uma requa-lificação. A Monsenhor Tabosa recebeu melhorias em obras de drenagem,

pavimentação, nova ilumi-nação, calçadas com pisos antiderrapantes, elevações para cadeirantes e constru-ção de caramanchões, para aumentar as sombras no local. A partir da segun-da quinzena de outubro, serão iniciadas mudanças no trânsito do bairro Praia de Iracema, e a Monsenhor Tabosa será aproveitada como binário Historiador Raimundo Girão/Monse-nhor Tabosa. A proposta prevê também a readequa-ção do cruzamento da Av. Monsenhor Tabosa com Av. Barão de Studart, pre-vendo espaços para praças e infraestrutura para ci-clistas e pedestres.

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