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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPA-CEAP Curso de arquitetura e urbanismo INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS ELéTRICOS Parte iiI Profº MSc. espíndola

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPA-CEAP Curso de ... · Corrente diferencial-residual de atuação -I∆N Alta sensibilidade ... Tabela 15.1 - TUG: os circuitos de tomadas devem ser

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPA-CEAP

Curso de arquitetura e urbanismo

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS ELéTRICOS

Parte iiI

Profº MSc. espíndola

Disjuntores Termomagnéticos

CERTIFICAÇÃO INMETRO

• Obrigatório a todos os fabricantes

de:

Disjuntores até 63A

Conforme ABNT NBR NM 60898

Conceitos Técnicos

• Corrente Nominal (IN)

Máxima corrente que pode

circular pelo disjuntor em regime

permanente sem provocar a sua

atuação ou danos ao mesmo

Ib ≤ IN ≤ IZ

Onde,

Ib >>> Corrente de projeto

IN >>> Corrente nominal do disjuntor

IZ >>> Corrente máx do condutor

Dispositivos DR

• O DR é um tipo de interruptor que

detecta a fuga de corrente à terra

e desliga o circuito antes que uma

pessoa sofra o efeito do choque

elétrico ou antes que o curto

circuito provoque um elevado

aquecimento nos condutores,

causando incêndio

• Foram obrigatórios a partir da

ABN 5410/1997

Dispositivos DR • Tipos de dispositivos DR

• Interruptor DR ou IDR

• Disjuntor DR

O Dispositivo DR pode ser usado

para proteger um único circuito ou um

dos seus pontos de utilização, mas

pode também ser usado para a

proteção de um grupo de circuitos

com características similares.

P. ex. Tomadas TUG e TUE de áreas

úmidas, tomadas e pontos de

iluminação de áreas externas.

Dispositivos DR

Corrente diferencial-residual de

atuação -I∆N

Alta sensibilidade (I∆N ≤ 30mA)

>> Destinado à proteção contra

contatos indiretos e diretos

Baixa sensibilidade (I∆N > 30mA)

>> Destinado à proteção contra

contatos diretos e incêndio.

Comercialmente, ele é especificado

por I∆N ≤ 300mA ou I∆N ≤ 500mA.

Dispositivos DR

Polaridade

Os Dispositivos DR só existem em

duas versões em termos de

polaridade.

>> Bipolar

>> Tetrapolar

Todos os condutores vivos de um

circuito (fases e neutro) devem ser

ligados no dispositivo DR. Inclusive, o

neutro deve passar pelo DR antes de

ser conectado ao barramento de

neutro.

Dispositivos DR • Qualquer que seja o esquema de

aterramento da instalação, ela deve possuir

proteção DR de alta sensibilidade (I∆N ≤

30mA) em:

• Circuitos de pontos de utilização situados

em locais com banheira ou chuveiro;

• Circuitos de tomadas e de iluminação

localizadas em áreas externas;

• Circuitos de pontos de utilização situados

em dependências internas molhadas ou

sujeito a lavagens, como cozinha, copa-

cozinha, lavanderia, area de serviço e

garagem.

Dispositivos DR

• O DR individual deve ter a

corrente nominal IN equivalente ao

disjuntor (Termomagnético) de

proteção do circuito.

Especificação

Bipolar de alta sensibilidade: I∆N =

30mA, IN=(25-40A), Vn= 127

Tetrapolar de alta sensibilidade: I∆N

= 30mA, IN=(40-63A), Vn= 220V.

Dispositivos de Proteção contra

Sobretensão - DPS

Conceitos

• Sobretensão: é uma tensão que

varia em função do tempo, ela

varia entre fase e neutro o.u

fases, cujo valor é superior ao

máximo de um sistema

convencional.

• Essa sobretensão pode ter origem

interna ou externa

DPS • Externa: descargas atmosféricas;

• Interna: curto circuito, falta de fase,

manobra de disjuntores, etc.

Os Dispositivos de Proteção contra

Surtos (DPS) são componentes que

limitam as sobretensões eventualmente

nas instalações, evitando ou atenuando os

seus efeitos.

São uma espécie de barragem que

tem a função de “segurar” total ou

parcialmente as ondas de sobretensões

que se deslocam pelas instalações

elétrica

DPS

A utilização do DPS é necessário

em pelo menos um ponto da

instalação, quando:

• >> a instalação for aérea, ou se a

instalação tiver linhas aéreas e

se situar em regiões com

ocorrências de trovoadas acima

de 25 dias por ano;

• >> a instalação estiver exposta,

oferecendo riscos.

LINHAS ELÉTRICAS

• Linha elétrica

Conjunto constituído por um

ou mais condutores, com os

elementos de sua fixação e suporte

e, se for o caso, de sua proteção

mecânica, destinado a transportar

energia elétrica ou transmitir sinais

elétricos( a linha pode ser,

aparente, embutida ou subterrânea)

LINHAS ELÉTRICAS

CONDUTORES ELÉTRICOS

• Conceito básico sobre condutores

• Um condutor (elétrico) é um

produto metálico, geralmente de

forma cilíndrica e de comprimento

muito maior do que a maior

dimensão transversal, utilizado

para transportar energia elétrica

ou para transmitir sinais elétricos.

• Dado um condutor cilíndrico de

comprimento l, seção transversal

S (uniforme), sua resistência

(elétrica) será, como sabemos

CONDUTORES ELÉTRICOS

Sendo ρ a resistividade do material,

também chamada de “resistividade

de volume”, medida em ohm. metro

(Ω .m) ou, em termos mais práticos,

em ohm. milímetro quadrado por

metro (Ω .mm2/m)

CONDUTORES ELÉTRICOS

• Pela excelente relação custo versus

resistência mecânica e

condutividade (capacidade de

conduzir corrente elétrica), o cobre

e o alumínio são os dois metais de

escolha para fabricação dos

condutores.

• A NBR 5410 não admite condutor de

alumínio em instalações elétricas de

locais com alta taxa de ocupação,

caso em que se enquadram

residências, hotéis e hospitais

CONDUTORES ELÉTRICOS

• FIO: produto metálico maciço e

flexível, de seção transversal

invariável e de comprimento

muito maior do que a maior seção

transversal. Pode ser nu ou

isolado.

CONDUTORES ELÉTRICOS

• CABO: Conjunto de fios

encordoados, isolados ou não

entre si, podendo o conjunto ser

isolado ou não.

Condutores elétricos

• Condutor isolado

Condutores elétricos

• Isolação e isolamento

Condutores elétricos

• Seção nominal: Caracteriza-se os

condutores pela seção nominal S,

em mm2.

• Diferentemente do que possa

parecer, S não se refere a área

transversal da seção metálica AS,

mas ao enquadramento do

condutor em um serie de valores

padrões de resistência elétrica

Condutores elétricos

Condutores elétricos

• Identificação

Condutores elétricos • Condutor de proteção: condutor

prescrito em certas medidas de

proteção contra choque elétrico e

destinado a interligar eletricamente

massas, elementos condutores

estranhos à instalação, terminal ( ou

barra) de aterramento e/ou pontos

de alimentação ligados á terra.

Símbolo : PE

• Nota: O PE é conhecido como “fio

terra”.

CONDUTO ELÉTRICO

Chamamos de conduto

elétrico (ou simplesmente conduto)

uma canalização destinada a

conter condutores elétricos. Nas

instalações elétricas são utilizados

vários tipos de condutos:

eletrodutos, calhas, molduras,

blocos alveolados, canaletas,

bandejas, escadas para cabos,

poços e galerias.

CONDUTO ELÉTRICO

CONDUTO ELÉTRICO

MOLDURA

BLOCO ALVEOLADO

CONDUTO ELÉTRICO

• Quanto à instalação dos

condutores nos condutos,

observar:

• >> Todos os condutores vivos do

mesmo circuito, inclusive o neutro

devem ser agrupados no mesmo

conduto.

METODOS DE INSTALAÇÃO • Os condutores podem ser instalados de

diversos modos: em eletrodutos

embutidos ou aparentes; em

eletrocalhas, canaletas ou bandejas; ao

ar livre, diretamente enterrados ou

subterrâneos.

• O método de instalação ou maneira de

instalar os condutores exerce grande

influência na capacidade de troca de

calor entre eles e o ambiente externo,

cuja consequência é a elevação de sua

temperatura e a redução de sua

capacidade de condução de corrente.

TIPOS DE LINHAS ELETRICAS E

METODOS DE INSTALAÇÃO

• Os tipos de linhas elétricas e os

métodos de instalações se

encontram na tabela 16.3.

• Em residências e comércios de

pequeno porte usam-se, quase

100%, os métodos de instalação

nº 07 e 61A e os métodos de

referencia B1 e D.

Circuitos Elétricos

Mas... O que vem a ser um circuito

elétrico?

• Circuito elétrico: é um conjunto

de equipamentos e fios que estão

ligados ao mesmo dispositivo de

proteção.

Circuitos Elétricos

Circuitos Terminais

Circuitos Terminais

• CONSIDERAÇÃOES

• Para o devido

dimensionamento dos quadros de

distribuição de uma instalação

elétrica, ou seja, a quantidade de

dispositivo de proteção e tipos de

barramento, é necessário dividir a

instalação em circuitos terminais.

• A divisão dever ser feita

em tantos circuitos quantos forem

necessários e atender, no mínimo,

às seguintes exigências:

Circuitos Terminais 1- Segurança: a divisão de circuitos

deve possibilitar que, quanto houver

uma falha em um circuito, o seu

seccionamento não venha a privar

toda uma área de alimentação.

2- Conservação de energia: A divisão

em circuitos deve possibilitar que

cargas de iluminação e/ou de

climatização sejam acionadas

apenas conforme a necessidade,

evitando o desperdício.

Circuitos Terminais

3- Manutenção: a divisão em circuitos

deve facilitar ou possibilitar as ações

de inspeção e manutenção.

4-Flexibilidade: A divisão em circuitos

devem considerar, se for o caso, a

possibilidade de futuras ampliações

de potencia de alimentação e taxa de

ocupação dos eletrodutos do quadro

de distribuição.

Circuitos Terminais • # RECOMENDAÇÕES TECNICAS

• Instalações monofásicas: todos os circuitos

terminais serão constituídos obrigatoriamente

pelos condutores fase e neutro (FN), cuja tensão é

padronizada pela concessionária, normalmente 115,

120 ou 127 V(CEA).

• Instalações bifásicas e trifásicas: os pontos de

iluminações, as tomadas de uso geral (TUG) e as

tomadas de uso específicos (TUE), devem construir

circuitos monofásicos (FN), salvo exceções.

>> As tomadas de uso específicos (TUE) de maior

potência devem constituir preferencialmente circuitos

bifásicos (FF) se a tensão fase-fase for no Máximo

230V, pois, isso garante um melhor equilíbrio entre as

fases e menor corrente de circuito, salvo exceções.

Circuitos Terminais

• Todas as instalações:

• Os circuitos terminais devem ser

diferenciados por suas finalidades.

• -Iluminação: Os circuitos de

iluminação devem ser

independentes dos circuitos de

tomadas e limitados em potência

para que a sua corrente total não

ultrapasse 10 A, sendo aceitável

uma tolerância, em caso de

necessidade, devido à provável não

simultaneidade de operação. Tabela

15.1

Circuitos Terminais

Tensão (V) Potencia Máxima (VA)

127 1270 ( aceitável ate 1.500 )

220 2200 ( aceitável ate 2.500 )

Tabela 15.1

- TUG: os circuitos de tomadas devem

ser independentes dos circuitos de

iluminação e limitados em potência

para que sua corrente não ultrapasse

16 A, sendo aceitável uma tolerância,

em caso de necessidade, devido à

provável não simultaneidade, Tabela

15.2

Circuitos Terminais Tensão (V) Potencia Máxima (VA)

127 2.100

220 4.000

Tabela 15.2

Obs.

O limite de 2100 VA em 127 V se deve ao fato de a NBR

recomendar que, no caso de um ambiente com ate seis

TUGs, no máximo três tenham potencia de 600VA, tendo

as demais 100 VA, resultando na potencia máxima de

2100 VA.

Os pontos de TUGs de banheiros, cozinhas, copa, copa-

cozinha, áreas de serviços, lavanderias e áreas

análogas devem constituir circuitos destinados

exclusivamente à alimentação de cada um desses

locais.

Circuitos Terminais

• -TUE: o ponto de tomada de uso especifico

(TUE) usado para alimentar um equipamento

fixo ou estacionário com corrente nominal

superior a 10 A deve constituir um circuito

independente.

• Imunidade à interferência eletromagnética:

os circuitos de TUGs de quartos, sala,

corredor, garagem, hall não devem ser

comuns ao circuitos de cozinha, banheiro e

lavanderia para evitar interferência

eletromagnética de equipamentos a motores

( liquidificador, micro-ondas, hidromassagem

etc.) com equipamentos eletrônicos

(televisão, DVD etc.).

Circuitos Terminais

Exceção à regra: em residências,

admitem-se pontos de tomadas e de

iluminação constituindo um circuito

comum, desde que as condições a

seguir sejam atendidas

simultaneamente:

- Não inclua as tomadas de banheiro,

cozinha, copa, copa-cozinha, área de

serviço, lavanderia e locais análogos.

- A corrente de projeto (IB) do circuito

comum ( iluminação e tomadas) não

devem ser superior a 16 A.

Circuitos Terminais

- Os pontos de iluminação, em sua

totalidade, não devem ser alimentados

por um só circuito, se este for o circuito

comum (iluminação e tomadas).

- Os pontos de tomadas, em sua

totalidade, já excluídos na primeira

condição, não devem ser alimentados

por um só circuito, se este for o circuito

comum (iluminação e tomadas).

Circuitos Terminais

• No entanto, o circuito comum de

tomadas e pontos de iluminação

deve ser evitado, pois ele

dificultaria, por exemplo, a

manutenção de uma tomada à

noite, já que o desligamento do

disjuntor torna tanto a tomada

como o ponto de iluminação

desativado.

Circuitos Terminais

Circuitos Terminais

Circuitos Terminais

Circuitos Terminais

Divisão dos circuitos terminais

• Na prática é recomendável dividir

os circuitos desta maneira.

• Os circuitos de iluminação em

dois.

-SOCIAL: salas, dormitórios,

banheiros e halls

- SERVIÇO: copa, cozinha, área

de serviço e área externa

Circuitos Terminais

Os circuitos de tomadas de uso

geral em 4

• SOCIAL: salas dormitórios,

banheiros, hall

• SERVIÇO: cozinha

• SERVIÇO: copa

• SERVIÇO: área de serviço

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • I -CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O dimensionamento dos condutores

de um circuito consiste na determinação

mínima de suas seções de modo que

eles atendam simultaneamente as

condições.

1-Operem abaixo do limite de

temperatura;

2-Operem abaixo do limite de queda de

tensão;

3-Suportem correntes acima da

capacidade de atuação dos dispositivos

de proteção contra sobrecarga; e,

4-Suportem corrente de curto-circuito por

um intervalo de tempo satisfatório.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• “Obs. inicialmente deve ser dimensionado o condutor fase do circuito monofásico, ou os condutores fase, no caso de circuitos bifásico e trifásico, sendo os condutores neutro e de proteção dimensionados a partir das fases”.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• 2- LIMITES DE TEMPERATURA E QUEDA DE

TENSÃO

Quando uma corrente elétrica

atravessa um condutor, por menor que

seja a sua resistência elétrica, haverá

queda de tensão e elevação na sua

temperatura pela dissipação de potencia

(efeito JOULE).

i) O limite de temperatura de um condutor

depende das seguintes características:

resistividade (cobre ou alumínio), seção,

isolante e do método de instalação (em

dutos aparente ou embutido, por fixação

direta etc,).

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Caso essa temperatura ultrapassar

esse limite durante a operação do

circuito, ela compromete tanto o

comportamento elétrico do condutor

como a qualidade de seu isolante,

colocando em risco toda a

instalação elétrica.

• Para determinar a seção mínima

do(s) condutor (es) fase que atenda

a essa limitação, é usado o critério

da capacidade de condução de

corrente.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

II) A queda de tensão em um condutor

depende das características: resistividade

(cobre ou alumínio), seção e comprimento.

Caso a queda de tensão entre a

alimentação do circuito e o seu ponto de

utilização ultrapassar um limite, coloca

em risco tanto a qualidade de operação do

equipamento como, eventualmente, o

próprio equipamento.

Para determinar a seção mínima do(s)

condutor (es) fase que atenda a essa

limitação, é usado o limite da queda de

tensão.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• SEÇÕES MINIMAS DO CONDUTORES

Após os cálculos das seções dos

condutores fase de cada circuito,

pelos critérios de condução de

corrente e do limite da queda de

tensão, verifica-se qual a seção

mínima do condutor fase por tabela

especificas da NBR 5410 em função

da aplicação do circuito. Escolhe-se a

maior seção, em seguida determina-

se as seções dos condutores neutro e

de aterramento (PE) por tabelas.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Coordenação entre Condutores e

Dispositivos de Proteção.

O caráter provisório do

dimensionamento dos condutores

fase, neutro e PE deve-se ao fato de

que somente após o

dimensionamento do dispositivo de

proteção (disjuntor) do circuito é

que as seções dos condutores

estarão plenamente definidas.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Isso ocorre porque, além de

atender aos limites de

temperatura e queda de tensão,

será necessário que haja uma

perfeita coordenação operacional

entre os condutores e dispositivos

de proteção.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

CRITERIO DA CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE

CORRENTE.

• O critério da capacidade de

condução de corrente ou da

ampacidade visa à determinação

mínimas do(s) condutor(res) fase de

um circuito que garanta ao material

condutor (cobre ou alumínio) e à sua

isolação as condições de operação

adequadas em relação aos efeitos

causados pela condução de corrente

elétrica.

• O roteiro para o dimensionamento

dos condutores fase pelo critério da

capacidade de condução de corrente

possui os seguintes passos:

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Escolha do tipo de isolação;

• Classificação sobre o método de

instalação;

• Calculo da corrente do projeto(Ib);

• Determinação dos números de

condutores carregados;

• Determinação dos fatores de correção;

• Cálculo da corrente de projeto corrigida

(IC);

• A escolha da seção mínima dos

condutores e respectiva capacidade de

condução de corrente.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • DETERMINAÇÃO DA CORRENTE DE

PROJETO

• A corrente de projeto IB de um

circuito é determinada a partir de suas

especificações nominais (potência,

tensão, fator de potência e rendimento)

e do tipo de circuito (mono, bi ou

trifásico).

• Importante! Mesmo que um circuito

sofra derivação diretamente do QD com

potência total se subdivida, ainda assim

a corrente de projeto (IB) deve ser

calculada a partir da potência para que

o dimensionamento dos condutores seja

realizado a partir da condução mais

crítica.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Observação

A corrente IB

ainda não será a

usada como referência para o

dimensionamento dos condutores

do circuito. Conforme veremos

mais tarde, há três possíveis

correções a serem feitas na

corrente IB que dependem das

características de instalação do

projeto.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • As formulas para o calculo de I

B são:

• Circuitos monofásicos (V=127 ou 115)

• + Carga resistiva

IB=

+ Carga Indutiva (Reator e Motor)

• IB=

• + Qualquer carga

• IB=

V

P

).cos(V

P

V

S

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Circuitos Bifásicos (V=230 ou 220)

• + Carga resistiva

IB=

+ Carga Indutiva (Reator e Motor)

• IB=

• + Qualquer carga

• IB=

V

P

).cos(V

P

V

S

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • Circuito Trifásico. (V=230 ou 220)

• + Carga Indutiva (Motor)

• IB=

• + Qualquer Carga

• IB=

• P=potência ativa V=tensão

• S=potência aparente =rendi

• = fator de potência

V

S

3

)cos(

).cos(3V

P

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • NÚMEROS DE CONDUTORES CARREGADOS

• Em um circuito, os

condutores que conduzem corrente

elétrica em condições normais de

operação são denominados

condutores carregados, como a fase

e o neutro. Por outro lado, o

condutor de proteção PE

(aterramento), como não conduz

normalmente a corrente elétrica,

não é considerado carregado. A

tabela 16.5 abaixo especifica o

número de condutores carregados.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

Circuito Numero de Condutores Carregados

Monofásico 2

Monofásico a três condutores 2

Bifásico sem neutro 2

Bifásico com neutro 3

Trifásico sem neutro 3

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• FATORES DE CORREÇÃO

• O dimensionamento de condutores

passa por eventuais correções em

função das suas condições de

instalação. Em instalações elétricas

residenciais e comerciais, há duas

correções típicas a serem feitas, cada

uma correspondendo a um fator:

• Fator de Correção de Temperatura (FCT)

• Fator de Correção de Agrupamento

(FCA)

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Fator de Correção de Temperatura

(FCT)

• Aplica-se em caso de

temperatura ambiente diferente

de 30oC para cabos não

subterrâneos e em caso de

temperatura do solo diferente de

20oC para cabos subterrâneos.

• A Tabela 16.6 estabelecida

pela NBR 5410 fornece o fator de

temperatura (FCT).

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • Fator de Correção de Agrupamento

(FCA)

• Quando há mais de um circuito

instalado em um mesmo eletroduto ou

outro tipo de conduto (eletrocalha,

bandeja, eletrodutos em enterrados

etc.), deve-se aplicar um fator de

correção de Agrupamento.

• O agrupamento de circuitos tende a

aumentar a temperatura dos

condutores. Assim, o fator de correção

compensará essa pior condição com o

aumento da seção dos condutores.

• A tabela 16.7 fornecidas pela NBR

5410 mostra esses fatores.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES • DETERMINAÇÃO DA CORRENTE DE PROJETO

CORRIGIDA – IC.

• A corrente de projeto corrigida Ic é aquela

obtida pela aplicação dos fatores de correção

à corrente de projeto IB calculada

anteriormente, ou seja:

• Com o valor de IC, entramos em uma das tabelas,

principalmente a tabela 16.11, de capacidade de

condução de corrente dada pela NBR 5419 e

obtemos a seção do condutor que atende ás

condições impostas pelo circuito.

FCAFCT

II B

C.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• TABELAS DE CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE

CORRENTE – Iz

• As Tabelas 16.11 e 16. 14

fornecem a capacidade de condução

de corrente IZ de condutores de

cobre e alumínio de diversas

seções. O valor a ser escolhido na

tabela deve ser igual ou

imediatamente superior a IC para

garantir que as condições impostas

pelo projeto sejam atendidas.

• A seção correspondente a Iz é

provisoriamente a seção mínima

do(s) condutores fase do circuito.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

CONDUTOR NEUTRO

A NBR 5410 estabelece diversos critérios

para o dimensionamento do condutor neutro

de um circuito.

O seu dimensionamento esta vinculado, entre

outros fatores, à existência de corrente de

terceira harmônica.

Nos circuitos que , luminárias com lâmpadas

de descarga, como as fluorescentes, surgem

correntes de terceira harmônicas com taxa

de até 33%.

Já em circuitos que alimentam computadores

e outros equipamentos de tecnologia da

informação, surgem correntes de terceira

harmônica superior a 33%.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

Critérios

1- O condutor neutro não ser

comum a mais de um circuito.

2- O condutor neutro deve ter, no

mínimo, a mesma seção da fase

nos seguintes casos:

• Circuitos monofásicos.

• Circuitos bifásicos com neutro, se

a taxa de terceira harmônica e

seus múltiplos for inferior a 33%.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• Circuitos trifásicos com neutro,

se a taxa de terceira harmônica e

seus múltiplus for superior a 15%

e inferior a 33%.

3- O condutor neutro pode precisar

ter seção superior à dos

condutores fase em circuitos

trifásico com neutro ou bifásico

com neutro se a taxa de terceira

harmônica e seus multiplus for

superior a 33%.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

4- Em um circuito trifásico com neutro

cujas fases tem seções superiores a

25 mm2, o neutro pode ter seção

inferior às fases, sem ser inferior aos

valores indicados da tabela 16,21,

quando as três seguintes forem

simultaneamente atendidas.

I- O circuito for equilibrado em

serviço normal;

II- A corrente das fases não tiver uma

taxa de terceira harmônica e

múltiplus superiores a 15%.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

III-O condutor neutro for protegido

contra sobrecorrentes.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

• EXERCÍCIOS

• Dimensionamento do Ramal de Entrada.