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Você vai aprender nesta unidade

Provocando o olharObserve a cena ao lado, do filme O estranho mun-

do de Jack, de Tim Burton. Essa animação conta ahistória de Jack, que vive em Halloweentown, ummundo diferente, cujos moradores – duendes, es-queletos, fantasmas, mostrengos – todo ano vãoassustar os humanos no Dia das Bruxas. Certo dia,ele encontra um portal misterioso que o leva a um

local onde pessoas comemoram o Natal. Jack ficaespantado com o que vê e tenta convencer os mo-radores de Halloweentown a comemorar o Natalem vez do Dia das Bruxas, mas nem todos con-cordam, o que provoca muita ação no filme. Nestacena, Jack e sua namorada estão no cemitério soba luz da Lua.

1. Preste atenção nas personagens. Elas estão deacordo com o título do filme? Por quê?

2. Observe a posição e os gestos das personagens.O que parece estar acontecendo?

3. No cenário, predominam o céu escuro e a Luacheia. De que modo esse cenário ajuda o leitora imaginar a história que será contada?

4. De que modo você imagina que seja feita a fil-magem de uma animação?

5. Se você ainda não assistiu a esse filme de ani-mação, como faria para saber se vale a penavê-lo?

Sim, não são seres humanos, são seres “estranhos”, pertencentes a outro mundo.

Professor: Ouça os alunos e encaminhe a discussão para o fato de que existem textoscuja leitura pode ajudar nessa escolha.

Resposta pessoal.

2. Resposta pessoal. Possibilidade de resposta: Jack parece estar pedindo algo à namorada.

(No filme, nesta cena ele declara seu amor a Sally.)3. Professor: Espera-se que os alunos percebam os tons escuros no cenário e nas roupas daspersonagens; as formas irreais e esquemáticas do cenário contribuem para criar uma atmos-fera incomum e sombria que remete a um mundo estranho. A Lua cheia remete a históriasde lobisomens e vampiros.

4. Professor: Ouça os alunos e comente que foram modelados 227 bonecos que pudessemassumir diferentes posições, com diversas faces para as personagens e suas expressões fisio-nômicas na representação de diferentes emoções (por exemplo, alegria, tristeza, espanto etc.).

Gênero: resenha crítica.Esfera de circulação: jornalística.Reflexão sobre a língua: sujeito e predicado (revisão); sujeito indeter-minado; oração sem sujeito; verbos impessoais.Tema transversal: ética.Tema associado: artes (cinema, literatura).Professor: Veja no Manual do Professor orientações para o trabalho comesta unidade.

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 Até o Juízo Final é em família

No ótimo , Homer perde a cabeça por

um porco e aprende que não há melhor lugar que seu lar

Melhor e mais longeva série animada da história da TV, Os Simpsons che-

garam ao cinema cercados de expectativa. Não é fácil surpreender o públicodepois de 400 episódios que ajudaram a definir a cultura pop nas últimas duasdécadas. Mas a fita deu conta do recado. Além de acrescentar uma nova di-mensão à série, Os Simpsons – O filme é uma excelente comédia, com roteiroenxuto e ritmo perfeito, que custou US$ 75 milhões e se pagou em três diasde exibição.

Ponto para a trinca responsável pela produção, Matt Groening (criador dasérie), James L. Brooks e Al Jean. O trio acertou ao não tratar o filme como ummero episódio da série estendido em 86 minutos. Nem caiu na armadilha – ten-tadora – da autorreferência, entulhando a trama com “momentos especiais” dos

personagens secundários mais famosos. O palhaço Krusty e o terrível Sr. Burns,por exemplo, têm apenas participações modestas.O foco do filme está nos Simpsons e, acima de tudo, em Homer. Ele dá iní-

cio a uma épica confusão quando adota um porquinho, bicho-propaganda donovo sanduíche da lanchonete de Krusty, o gorduroso “AVC”. Ele se apaixonapelo animal, com quem passa o dia vendo TV e se divertindo: já nasce clás-sica a cena em que Homer faz o porco caminhar pelo teto da sala cantando“Porco-Aranha”.

Quem não curte muito a ideia é sua mulher, Marge, e o filho Bart, preteridopor conta do suíno. Alheia à nova mascote do pai, Lisa apaixona-se por um garoto

antes de lerLEITURA 1

1. Quando quer obter informações a respeito de um filme,um livro, um jogo eletrônico ou um evento cultural em sua

cidade, onde costuma buscar informações: com amigos,na internet, em revistas, suplementos de jornal?

2. Já leu algum texto em jornal, revista ou site que aconselha-va o leitor a assistir a determinado filme ou a ler um livropublicado? Se a resposta for afirmativa, o que era aconse-lhado e como era esse texto?

Resposta pessoal.

Professor: Caso os alunos ainda não tenham tido contato com esse gênero textual, peça-lhes quelancem hipóteses sobre o que conteriam tais textos. Pergunte se se sentem influenciados ou nãopela leitura deles. Verifique se conhecem o gênero pelo nome resenha. Leia mais sobre o gênerono Manual do Professor.

Muitas vezes nos vemos diante de questões como: decidir se vamos ou não ver um filme, se vamos a uma

exposição de gibis ou de pinturas, que livro ler, que DVD ou jogo eletrônico comprar. Existem textos, publicados

em revistas , jornais e internet, que dão informações desse tipo: são as resenhas críticas. Leia a resenha deum filme que teve origem em uma série de TV sobre uma família norte-americana, os Simpsons. Ela despertaria

seu interesse em assistir ao filme?Professor: Como os alunos frequentemente entendem crítica apenas como uma apreciação desfavorável, negativa, iniciamos o estudo com umaresenha que ressalta valores positivos de um produto cultural. Em outras seções, introduziremos outras possibilidades de avaliação.

Resposta pessoal.

Habilidades em foco: relatar e comentar experiên-cias prévias; fazer antecipações; formular hipóteses;participar construtivamente de discussão em grupo.

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militante verde e mobiliza a população de Springfield para despoluir o lago dacidade. Mas o perigo mora em casa: ao tentar se livrar rapidamente de um silocom as fezes de “Harry-Porco”, Homer despeja tudo no lago, causando uma cala-midade ecológica digna de um Simpson. O governo federal decide agir e ArnoldSchwarzenegger, presidente dos Estados Unidos, autoriza o chefe da agência deproteção ambiental a isolar a cidade em uma imensa redoma de vidro. Os habi-tantes revoltados descobrem quem foi o autor da presepada e tentam linchar Ho-mer e a família, dando início a uma odisseia de desacertos que chega ao Alasca.Mais não se deve contar, para não estragar a graça.

Para alívio dos fãs da série, ao virar filme, Os Simpsons não traíram sua nature-za cínica: perde-se o amigo, mas não a piada. Mesmo tratando de um tema comoo meio ambiente, a fita tira um sarro de tudo e todos, sem cometer tiradas grossei-ras ou gratuitas. Uma das melhores piadas, que mostra a reação dos bêbados dobar do Moe e dos carolas da igreja diante da desgraça iminente, vai além dos limi-tes de Springfield – fala do ser humano em geral. Em vez de turbinar a animaçãocom técnicas mais modernas, por exemplo, os produtores-roteiristas aproveitaram

o formato para dar uma nova dimensão a seu personagem mais emblemático:Homer Simpson. Por que gostamos tanto de um sujeito preguiçoso, oportunista eatrapalhado? Homer é um egoísta que quer sempre se dar bem, mesmo que issosignifique atropelar o bom senso e a civilidade. O que o redime, e nos conquista, éseu profundo e genuíno amor pela família. Se às vezes ele se atrapalha nos papéisde pai e marido (como qualquer ser humano), é também capaz de sacrificar umsonho diante da ameaça de perder essas pessoas. Os verdadeiros protagonistasdo filme são os valores familiares. É moralizante, porém jamais moralista. E muito,muito engraçado.

Revista Época. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI57803-15223,00-ATE+O+JUIZO+FINAL+E+EM+FAMILIA.html>. Acesso em: 29 set. 2011.

Carola: pessoa excessivamente devota,frequentadora assídua de igreja.Emblemático: simbólico.Épico: de grande intensidade, fora docomum, fantástico.Longevo: duradouro.Preterido: rejeitado.Odisseia (da obra Odisseia, do poetagrego Homero, que teria vivido entre osséculos 9 e 8 a.C.): narração de viagem

cheia de aventuras e imprevistos.Redimir: reparar, compensar.Silo: depósito subterrâneo.

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Os fugitivos – Depois de causar um acidente ecológico, Homer Simpson vira o inimigo público número 1 e tem de levar sua família para longe.

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EXPLORAÇÃO DO TEXTO

Nas linhas do texto

 1. Onde a resenha foi publicada? No site da revista Época.

 2. Uma das informações técnicas dadas na resenha de Os Simpsons – O

 filme é que, no Brasil, ele foi exibido nos cinemas como não reco-mendado para menores de 12 anos.

Copie no caderno estes outros itens técnicos, presentes na resenha:

a) título do filme; Os Simpsons – O filme.

b) custo do filme; 75 milhões de dólares.

c) duração; 86 minutos.

d) produtores; Matt Groening (criador da série), James L. Brooks e Al Jean.

e) protagonista. Homer Simpson.

 3. O resenhista apresenta o resumo da história contada no filme.

a) Em que parágrafos da resenha o leitor fica sabendo o que acontecena história? Terceiro e quarto parágrafos.

b) Qual é a reação da família à adoção do porquinho por Homer?

c) Qual é o fato que desencadeia a confusão em que se envolvem aspersonagens?

4. Em uma resenha ficamos conhecendo a opinião de quem a escreveu.

a) Em que momento o resenhista apresenta ao leitor sua opinião?

b) Os comentários iniciais expressam uma visão positiva ou negativado objeto resenhado, nesse caso, o filme? Positiva.

 5. A resenha pressupõe um leitor que conheça a série Os Simpsons.Isso fica evidenciado em algum trecho do texto? Justifique sua res-posta.

 6. Releia.

“Mas a fita deu conta do recado.”

a) Responda no caderno: a expressão destacada acima quer dizer:

I. soube onde se encontrava algo.

II. desempenhou bem a tarefa; conseguiu. Resposta: II.

III. estava bem completa, com todas as informações.

IV. foi capaz de fazer alguma coisa.

b) De que “recado” a fita deu conta? O de surpreender a plateia.

 Antes de iniciar o estudo do texto, tentedescobrir o sentido das palavras

desconhecidas pelo contexto em

que elas aparecem. Se for preciso,consulte o dicionário.Habilidade em foco: inferir em um texto quais são os objeti-

vos de seu produtor pela análise dos procedimentos utilizados.

Sua esposa não gosta muito da ideia, o filho Bart sente ciúmes e a filha Lisa fica alheia ao fato.

A poluição do lago da cidade pelas fezes do porco de estimação de Homer.

Na linha fina (subtítulo) e no primeiro parágrafo.

5. Sim, nos trechos em que o autor serefere especificamente ao público queacompanha a série na TV. Exemplos:“Não é fácil surpreender o público depoisde 400 episódios que ajudaram a definira cultura pop”; “Para alívio dos fãs”.

Habilidade em foco: identificar o sentido denotado de uma expressão utilizadaem segmento de texto, selecionando aquela que pode substituí-la por sinonímiano contexto em que se insere.

Uma família muitopopular

Os Simpsons é uma série deanimação criada pelo norte--americano Matt Groening, em1989, para ser veiculada na TVe posteriormente transforma-da em filme. Tem fãs em todoo mundo. A família, que moraem uma cidadezinha típica dosEstados Unidos, é compostapor Homer, o pai, Marge, amãe, e os filhos Lisa, Bart eMaggie. A série faz a paródiado modo de vida de uma famí-lia de classe média norte-ame-ricana, com piadas sobre as-pectos da cultura dos EstadosUnidos.

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Nas entrelinhas do texto

 1. Além de exprimir uma avaliação do filme, o autor da resenha deixaclara sua opinião sobre a série de TV Os Simpsons. Trata-se de umaopinião positiva ou negativa? Que trecho(s) a comprovam?

 2. Releia estes trechos.

“Por que gostamos tanto de um sujeito preguiçoso, oportunista eatrapalhado? […] O que o redime, e nos conquista, é seu profundo egenuíno amor pela família.”

a) O resenhista espera que o leitor responda a essa pergunta? Explique.

b) A resenha é escrita na terceira pessoa, mas, nesse trecho, o autorfaz o uso da primeira pessoa. Que efeito essa mudança produz?

 3. No final da resenha, o autor faz a afirmação a seguir.

  “[O filme] É moralizante, porém jamais moralista.”

Leia os significados de moralizante, moral e moralista.

a) Qual é, de acordo com a resenha do autor, o valor moral que ofilme prega? O amor à família.

b) Por que, segundo a resenha, o filme é moralizante?

c) Quais seriam outros valores morais importantes?

 4. O resenhista relata o enredo do filme, mas omite o final.

a) Que efeito isso cria? Cria expectativa, curiosidade no leitor.

b) A resenha lida recomenda ao leitor que vá ou que não vá assistirao filme? Que vá assistir ao filme.

Além das linhas do texto

 1. De acordo com a resenha, a personagem Homer “às vezes [...] se atra-palha nos papéis de pai e marido [...]”. Qual o sentido da palavra papelnesse contexto? Função, obrigação.

 2. Quais são os principais papéis que você desempenha na vida?

 3. Que comportamentos, atitudes e responsabilidades esses papéis en-volvem no seu dia a dia? Resposta pessoal.

Positiva; “Melhor e mais longeva série animada da história da TV […]”, “400 episódios que ajudaram a definir a cultura pop nas últimas duas décadas”.

Habilidade em foco: inferir conceitos pressupostos ou subentendidos em um texto.

Não, o próprio texto responde à indagação.

2. a) Professor: Comente que se tratade uma pergunta retórica, ou seja, uma

pergunta que não é feita para obter umaresposta, mas sim para encaminhar o ra-ciocínio e a sequência da argumentação.

2. b) A primeira pessoa, incluindo o lei-tor na reflexão que faz (nós), mostra queo autor parte da pressuposição de queseu leitor é também um fã de Homere compartilha sua estima ou admiraçãopela personagem.

Moral. Conjunto de valores como a honestidade, a bondade, a virtudeetc., considerados universalmente como norteadores das relações sociais eda conduta dos seres humanos.

Moralizante. 1 Que contém os preceitos da moral; moralizador. 2 Quedefende os princípios da moral, difundindo-os entre as pessoas.

Moralista. Aquele que segue ou prega uma moral rígida.3. b) Porque difunde o valor do amor àfamília, ao mostrar que Homer é capazde sacrificar um sonho diante da ameaçade perdê-la.

Possibilidades de resposta: A amizade, o respeito ao próximo, a justiça, a honestidade etc.

Possibilidades de resposta: Os de filho, irmão e aluno.

NÃO DEIXE DE LER

• Super-heróis no cinema e nos longas-metragens da TV , de André Morelli, editora Europa

Esse livro reúne informaçõessobre filmes com super-heróise sobre os quadrinhos quederam origem a eles. Sãomais de 150 filmes resenha-

dos e inúmeras fotos.

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Como o texto se organiza

A resenha crítica tem como objetivo orientar o leitor na escolha deprodutos culturais (filmes, livros, espetáculos teatrais, exposições, CDsetc.). Contém informações e avaliações sobre o objeto resenhado e, emgeral, apresenta argumentos que buscam justificar a posição assumidapelo resenhista. Observe a organização da resenha lida.

Habilidade em foco: identificar algunsdos possíveis elementos constitutivos daorganização interna de um gênero escri-to não literário.

Título Até o Juízo Final é em família

No ótimo , Homer perde a cabeça por um porco

e aprende que não há melhor lugar que seu lar

Melhor e mais longeva série animada da história da TV, Os Simpsons chegaram ao ci-nema cercados de expectativa. Não é fácil surpreender o público depois de 400 episódiosque ajudaram a definir a cultura pop nas últimas duas décadas. Mas a fita deu conta dorecado. Além de acrescentar uma nova dimensão à série, Os Simpsons – O filme é umaexcelente comédia, com roteiro enxuto e ritmo perfeito, que custou US$ 75 milhões e se

pagou em três dias de exibição.Ponto para a trinca responsável pela produção, Matt Groening (criador da série), Ja-

mes L. Brooks e Al Jean. O trio acertou ao não tratar o filme como um mero episódio dasérie estendido em 86 minutos. Nem caiu na armadilha – tentadora – da autorreferên-cia, entulhando a trama com “momentos especiais” dos personagens secundários maisfamosos. O palhaço Krusty e o terrível Sr. Burns, por exemplo, têm apenas participações

modestas.O foco do filme está nos Simpsons e, acima de tudo, em Homer. Ele dá início a uma

épica confusão quando adota um porquinho, bicho-propaganda do novo sanduíche dalanchonete de Krusty, o gorduroso “AVC”. Ele se apaixona pelo animal, com quem passa

o dia vendo TV e se divertindo: já nasce clássica a cena em que Homer faz o porcocaminhar pelo teto da sala cantando “Porco-Aranha”.

Quem não curte muito a ideia é sua mulher, Marge, e o filho Bart, preterido porconta do suíno. Alheia à nova mascote do pai, Lisa apaixona-se por um garoto militan-te verde e mobiliza a população de Springfield para despoluir o lago da cidade. Maso perigo mora em casa: ao tentar se livrar rapidamente de um silo com as fezes de“Harry-Porco”, Homer despeja tudo no lago, causando uma calamidade ecológica dig-na de um Simpson. O governo federal decideagir e Arnold Schwarzenegger, presidente dosEstados Unidos, autoriza o chefe da agência deproteção ambiental a isolar a cidade em uma

imensa redoma de vidro. Os habitantes revol-tados descobrem quem foi o autor da presepa-da e tentam linchar Homer e a família, dandoinício a uma odisseia de desacertos que chegaao Alasca. Mais não se deve contar, para não

estragar a graça.Para alívio dos fãs da série, ao virar filme, Os Simpsons não traíram sua natureza

cínica: perde-se o amigo, mas não a piada. Mesmo tratando de um tema como o meioambiente, a fita tira um sarro de tudo e todos, sem cometer tiradas grosseiras ou gratui-tas. Uma das melhores piadas, que mostra a reação dos bêbados do bar do Moe e dos

Apresentação

Argumentação

Resumo

Os fugitivos – Depois de causar um acidenteecológico, Homer Simpson vira o inimigo públiconúmero 1 e tem de levar sua família para longe.

Legenda

Avaliação

Argumentação

Avaliação

Subtítulo

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1. Além do título, as resenhas críticas podem apresentar subtítulo. Otítulo remete o leitor aos aspectos que serão destacados no texto ouao ponto de vista defendido.

a) Qual a função do título na resenha lida? Justifique sua resposta.

b) Qual é a função do subtítulo nessa resenha?

2. Observe a imagem que acompanha a resenha.a) O que ela mostra? Uma cena do filme.

b) Que função ela tem no texto?

c) Qual a função da legenda no caso dessa resenha? Resume o enredo do filme.

3. Nessa resenha, o resumo da história está intercalado a avaliaçõespara defender a posição de que o filme é ótimo. Escreva no caderno seos trechos abaixo contêm o resumo do enredo ou se são avaliações doresenhista.

a) “Ele [Homer] dá início a uma épica confusão quando adota um por-quinho, bicho-propaganda do novo sanduíche da lanchonete deKrusty, o gorduroso ‘AVC’.” Resumo.

b) “[...] a fita tira um sarro de tudo e todos, sem cometer tiradas gros-seiras ou gratuitas.” Avaliação.

c) “Em vez de turbinar a animação com técnicas mais modernas,por exemplo, os produtores-roteiristas aproveitaram o formatopara dar uma nova dimensão a seu personagem mais emblemáti-co: Homer Simpson.” Avaliação.

d) “O governo federal decide agir e Arnold Schwarzenegger, presiden-te dos Estados Unidos, autoriza o chefe da agência de proteção am-biental a isolar a cidade em uma imensa redoma de vidro.” Resumo.

 4. Releia.

“[…] Os Simpsons chegaram ao cinema cercados de expectativa.”

a) Segundo a resenha, por que havia expectativa em torno do filme?

b) Ainda de acordo com a resenha, o filme atendeu às expectativas?Que trecho afirma isso? Sim, atendeu; “Mas a fita deu conta do recado.”

Em uma resenha, como em outros textos argumentativos, não bastaapresentar uma opinião, é preciso justificá-la e, para isso, o resenhista

recorre a argumentos.

1. a) O título não menciona episódios dofilme, mas já apresenta um ponto fortedele, segundo a resenha: a valorizaçãoda família.

1. b) Apresentar o objeto da resenha (o

filme Os Simpsons – O filme), antecipara opinião do resenhista, apresentar oelemento desencadeador das aventurase aquilo que o filme prega: o valor dafamília.

Permite ao leitor identificar as personagens e, eventualmente, o cenário ou ter uma noção do que esperar do filme.

4. a) Porque Os Simpsons é uma sérieantiga (se continua a ser exibida, deduz--se que tenha muita audiência): não se-ria fácil surpreender o público depois de400 episódios da série na TV.

Professor: Mostre aos alunos que chamara atenção para a expectativa em torno dofilme serviu para mostrar um ponto po-sitivo dele e, assim, reafirmar que o filme

é ótimo.

carolas da igreja diante da desgraça iminente, vai além dos limites de Springfield – falado ser humano em geral. Em vez de turbinar a animação com técnicas mais modernas,por exemplo, os produtores-roteiristas aproveitaram o formato para dar uma nova di-mensão a seu personagem mais emblemático: Homer Simpson. Por que gostamos tan-to de um sujeito preguiçoso, oportunista e atrapalhado? Homer é um egoísta que quersempre se dar bem, mesmo que isso signifique atropelar o bom senso e a civilidade. Oque o redime, e nos conquista, é seu profundo e genuíno amor pela família. Se às vezes

ele se atrapalha nos papéis de pai e marido (como qualquer ser humano), é tambémcapaz de sacrificar um sonho diante da ameaça de perder essas pessoas. Os verdadeiros

protagonistas do filme são os valores familiares. É moralizante, porém jamais moralista. Emuito, muito engraçado.

Argumentação

Conclusão

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Em uma resenha crítica, os argumentos são as razões ou explicações apre-sentadas para convencer o leitor a reconhecer a validade do ponto de vistaexposto.

 5. Observe a organização deste trecho.

Depois de avaliar o filme como uma excelente comédia, a resenha dizque esse é um ponto (positivo) para os produtores. Em seguida, passaa justificar sua afirmação.

O trio acertou ao não tratar o filme como um mero episódioda série estendido em 86 minutos.

Nem caiu na armadilha – tentadora – da autorreferência, en-tulhando a trama com ‘momentos especiais’ dos personagens

secundários mais famosos.O palhaço Krusty e o terrível Sr. Burns, por exemplo, têm

apenas participações modestas.

Argumento

Argumento

Exemplo para comprovar oargumento

Procure no texto e copie no caderno os argumentos apresentadospara justificar estas opiniões.

a) “Para alívio dos fãs da série, ao virar filme, Os Simpsons não traíramsua natureza cínica: perde-se o amigo, mas não a piada.”

b) “Por que gostamos tanto de um sujeito preguiçoso, oportunista eatrapalhado? Homer é um egoísta que quer sempre se dar bem,mesmo que isso signifique atropelar o bom senso e a civilidade.”

6. Responda no caderno.

a) Na resenha lida, foram levantados apenas pontos positivos do fil-me, apenas aspectos negativos ou ambos? Apenas pontos positivos.

b) Ao relacionar informações sobre o filme e pontos positivos dele,

qual é a intenção dessa resenha?c) As resenhas críticas são sempre favoráveis ao objeto resenhado?

 7. As resenhas críticas publicadas em jornais e revistas de circulaçãonacional e em sites confiáveis são geralmente escritas por especialis-tas: críticos de cinema e literatura, jornalistas etc. Fazer escolhas combase na leitura de resenhas é um bom caminho para decidir o que verou ler? Por quê? Resposta pessoal.

 8. As resenhas sobre filmes ou livros, em geral, resumem o enredo ou oroteiro, mas não contam o final da história. Por quê?

Professor: As estratégias argumentativasserão abordadas com maior profundida-de em outras unidades e sistematizadasno 9o ano, no estudo do gênero artigode opinião.

“[...] Os Simpsons – O filme é uma excelente comédia [...]Ponto para a trinca responsável pela produção, Matt Groening (criador da série), James L. Brooks e

Al Jean. O trio acertou ao não tratar o filme como um mero episódio da série estendido em 86 minutos.Nem caiu na armadilha – tentadora – da autorreferência, entulhando a trama com ‘momentos especiais’dos personagens secundários mais famosos. O palhaço Krusty e o terrível Sr. Burns, por exemplo, têmapenas participações modestas.”

“Mesmo tratando de um tema como o meio ambiente, a fita tira um sarro de tudo e todos, sem cometer tiradas grosseiras ou gratuitas.”“O que o redime, e nos conquista, é seuprofundo e genuíno amor pela família. Seàs vezes ele se atrapalha nos papéis de paie marido (como qualquer ser humano), étambém capaz de sacrificar um sonho dian-te da ameaça de perder essas pessoas.”

Convencer o leitor de que o filme é ótimo e que, caso elegoste de animações, comédias e sátiras, pode assistir a ele.

Não são sempre favoráveis.Professor: Quando a opinião expressa sobre o produto resenhado é negativa, deve haver argumentos que a comprovem, ou seja, que provem, confirmem sua má qualidade.

Professor: Comente que isso pode ajudar, pois dá ao leitor uma noção do queirá encontrar, o que lhe permitirá escolhas adequadas a seu gosto e necessidade.

O final não aparece para preservar o impacto e a surpresa.

Professor: Veja comentário no Manual do Professor.

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 9. Reveja o quadro de organização da resenha lida. A conclusão apre-sentada é coerente, ou seja, está de acordo com a opinião exposta noinício da resenha e com os argumentos dados? Explique.

Apresentação Desenvolvimento Conclusão

Opinião e argumentospara comprová-la

Resumo da história

Informações técnicas

As resenhas críticas de filmes costumam ser constituídas das seguintes partes:

Recursos linguísticos

1. Na resenha lida, alterna-se o uso de verbos no passado e no presente.

a) Qual tempo predomina? O presente do indicativo.b) Releia e observe as formas verbais destacadas.

“Ele se apaixona pelo animal, com quem passa odia vendo TV e se divertindo […]”

“Quem não curte muito a ideia é sua mulher, Marge[…]. Alheia à nova mascote do pai, Lisa apaixona-se porum garoto militante verde e mobiliza a população […]”

“O governo federal decide agir e Arnold Schwarzene-gger, presidente dos Estados Unidos, autoriza o chefeda agência de proteção ambiental a isolar a cidade emuma imensa redoma de vidro.”

Que efeito o emprego do presente do indicativo produz nesses tre-chos da resenha?

c) Observe as formas verbais destacadas.

Por que foi empregado o passado nesses trechos?

2. Vimos que essa resenha é favorável ao filme resenhado.

a) No subtítulo, qual é o adjetivo que exprime essa opinião? ótimo

b) Encontre na resenha outros adjetivos e advérbios que reafirmemesse ponto de vista positivo.

Sim, é coerente, pois reafirma a opiniãode que o filme é ótimo (apresentada noinício).Professor: Comente com os alunos que aconclusão resume o sentido de toda a ar-gumentação: vale a pena assistir ao filme.

1. b) Possibilidades de resposta: Traz oleitor mais para perto da trama; tornamais viva a trama, para que o leitor, queainda não assistiu ao filme, possa sentir a“ação” presente na história.“[…] Os Simpsons chegaram ao cinema cercados de expectativa.”

“[…] custou US$ 75 milhões e se pagou em três dias de exibição.”“[…] os produtores-roteiristas aproveitaram o formato para dar uma

nova dimensão a seu personagem mais emblemático: Homer Simpson.”

Porque se referem a fatos que aconteceram em um momento anterior ao momento em que o texto foi escrito.

Possibilidades de resposta: excelente (comédia), enxuto (roteiro),

 perfeito (ritmo), melhores (piadas), muito engraçado (filme).

1Gênero textual: resenhacrítica

Para o assunto

Características do gênero resenha crítica , acesse eexplore este recurso digital.

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3. Releia estes trechos e observe o uso das conjunções.

Observe as conjunções e locuções destacadas nos dois trechos a se-guir e, em seu caderno, explique a relação que elas indicam conformeo quadro.

a) “O trio acertou ao não tratar o filme como um mero episódio da série[…]. Nem caiu na armadilha – tentadora – da autorreferência […]”

b) “É moralizante, porém jamais moralista.” Relação de oposição.

4. Resenhas usam vocabulário específico da área em que se insere oassunto de que tratam. Veja.

As palavras destacadas referem-se à arte cinematográfica, ou seja,

ao cinema.a) Encontre na resenha outras palavras que façam parte do universo do

cinema.

b) Na resenha de um livro, que palavras se espera encontrar?

 5. Observe as palavras e expressões destacadas.

a) Essas palavras e expressões são termos de gíria. O que cada umadelas quer dizer?

b) A presença de gírias torna o texto mais formal ou mais informal?

Habilidade em foco: observar relações lógico-discursivaspresentes no texto, marcadas pelo uso de articuladores,como conjunções ou locuções prepositivas.

As  estabelecem relações desentido entre as frases ousegmentos de frase.

adição causaconclusão oposição

Relação de adição.

Campo semânticoChamamos de campo semân-tico o conjunto das palavras li-

gadas a uma mesma área deconhecimento, a uma mesmaarte, ciência, profissão etc. Porexemplo, as palavras banda,

 vocalista, ensaio, agudo, de-safinado etc. pertencem aocampo semântico da música.

“[…] uma excelente comédia, com roteiro enxuto e ritmo perfeito […]”

“Ponto para a trinca responsável pela produção […]”

Professor: Comente que poderiam também referir-se ao universo da TV, no quese refere a novelas e minisséries, campanhas publicitárias, por exemplo.

Possibilidades de resposta: comédia, filme, exibição, trama, personagens, animação, técnicas, produtores-roteiristas, protagonista.

Enredo, narrador, personagens, desfecho, trama, protagonista, escritor, publicação, lançamento etc.

As resenhas apresentam vocabulário específico relativo ao objeto resenhado.

Habilidade em foco: identificar o prová-vel locutor de um texto, considerando o usode expressão formal, coloquial ou gíria.

“Os habitantes revoltados descobrem quem foi o autor da presepada etentam linchar Homer e a família […]”

“Homer é um egoísta que quer sempre se dar bem […]”“Quem não curte muito a ideia é sua mulher […]”“[…] a fita tira um sarro de tudo e todos […]”

 presepada: confusão, palhaçada; querer se dar bem: querer tirar vantagem de umasituação; curtir : aproveitar, desfrutar; tirar um sarro: debochar, zombar

Mais informal.

“Alheia à nova mascote do pai, Lisa apaixona-se por um garoto militante verde […]. Mas o perigo

mora em casa […]”

“[…] Homer perde a cabeça por um porco e aprende que não há melhor lugar que seu lar.”

conjunção que indica relação de adição, soma

conjunção que indica relação de oposição

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c) Ao lado das gírias, a resenha tem também termos como longeva, au-torreferência, odisseia, iminente e redime. O que essas palavras per-mitem supor sobre a escolaridade do autor e do leitor da resenha?

d) Reflita: a linguagem da resenha é adequada a seu público e a seuassunto? Explique.

6. Com exceção de uma única frase em que o resenhista se dirige aoleitor (“Por que gostamos tanto de um sujeito preguiçoso, oportunistae atrapalhado?”), todas as frases da resenha são declarativas.

a) Que relação se pode ver entre o predomínio de frases declarativase o gênero (resenha)?

b) Quais são os sinais de pontuação empregados no texto?

c) Que sinal de pontuação predomina? Por quê?

d) Os parênteses podem ser usados para inserir uma nova informa-ção, um comentário ou uma explicação que facilita a compreensãodo texto. Nestas frases, que função eles têm?

“Ponto para a trinca responsável pela produção, Matt Groening (criadorda série), James L. Brooks e Al Jean.”

“Se às vezes ele se atrapalha nos papéis de pai e marido (como qualquerser humano) […]”

Dar uma explicação.

Fazer um comentário.

Que sejam autor e leitor com certa escolaridade.

5. c) Professor: Certifique-se de que osalunos sabem o significado dessas pa-lavras ( longevo: duradouro; autorrefe- rência: referência a si mesmo; odisseia:narração de viagem cheia de aventuras eimprevistos; iminente: que está a ponto deacontecer; redimir : reparar, compensar).Professor: Veja comentário no Manual doProfessor.

A linguagem das resenhas pode ser mais ou menos formal, de acordo comseu leitor, com o veículo em que são publicadas e com o produto resenhado.

5. d) A presença de palavras pouco

conhecidas (vocabulário sofisticado)mostra que a revista tem como público--leitor pessoas com certa escolaridade; ainformalidade trazida pelas gírias se justi-fica pelo filme em si, destinado a jovense adultos fãs da série.

Frases declarativas são empregadas para fazer afirmações eexpressar informações e opiniões, como acontece em resenhas.

6. b) Professor: A respeito da diferençaentre ponto simples e ponto parágrafo,leia o Manual do Professor.

Ponto final, dois-pontos, vírgula, parênteses e ponto de interrogação.

O ponto final. Em frases declarativas, predominantes no texto, é empregado esse tipo de pontuação.

Resenhacrítica

Intenção principal  informar e expressar opiniões sobre um produto cul-tural (livro, filme, CD, exposição etc.)

Publicação  jornal, revista,  site

Leitor  o leitor do jornal, da revista ou do  site onde foi publicada

Linguagem

mais ou menos formal, de acordo com o leitor, o veículo

e o produto cultural resenhado

emprego de vocabulário específico relacionado ao objeto

resenhado

Organização

apresentação

opinião

desenvolvimento

conclusão

informaçõesresumo

argumentos

Para lembrar

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DEPOIS DA LEITURA

Divergência de opiniãoO que seria do vermelho se todos gostassem do amarelo?

Diferenças de opinião são inevitáveis, e é preciso conviver com elas.Vamos ler trechos de outra resenha, publicada em um site, e observar

a posição do autor diante do objeto resenhado.

Professor: O objetivo desta seção é estabe-lecer relação entre exemplares de mesmogênero, ressaltando diferenças decorren-tes dos vários enfoques e suportes.

Thor / Crítica

Marvel Studios amplia suas fronteirasÉrico Borgo 18 de abril de 2011

[...]

Em Thor , afinal, somos apresentados aos

asgardianos, seres imortais de outra dimen-são, que, ao revelarem-se aos vikings, foramconfundidos com deuses, iniciando a mitologianórdica. Thor (Chris Hemsworth) é um príncipedesse povo, um jovem impetuoso e tolo, cujasações desencadeiam uma nova guerra contraos Gigantes do Gelo, liderados pelo Rei Laufey(Colm Feore). Banido para a Terra por seu pai,Odin (Anthony Hopkins), ele precisa aprenderlições de humildade se quiser tornar-se dignode brandir novamente sua arma, o martelo Mjol-

nir, e com ele seu poder imortal.Toda a construção de Asgard, a morada dosasgardianos, enche os olhos, assim como a cul-tura desse povo. Figurinos, o design da cidade,a iluminação e as cores, é tudo impressionante– especialmente para quem cresceu lendo asaventuras do Deus do Trovão nas histórias emquadrinhos. Asgard nunca foi tão bem retratadano papel ou fora dele.

[...]

[O diretor Kenneth] Branagh também

aproveita a natureza épica do roteiro para criarbatalhas emocionantes, à altura das maioresaventuras do personagem nas páginas dosquadrinhos. O embate de Thor  com o Destrui-dor, por exemplo, é um dos mais empolgantes já mostrados em filmes do gênero.

Os problemas de Thor começam quando a trama, escrita por J. Michael Straczynski e Mark Protosevich, saido plano de Asgard em direção à Terra. A necessidade de tornar a trama mais palatável ao grande público obrigao roteiro a martelar relacionamentos e situações mais próximas da realidade do espectador. [...]

[...]

O ator Chris Hemsworth em cena do filme Thor .

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Igualmente estranha é a opção de Branagh de filmar quase tudo no “ânguloholandês”. Em linguagem cinematográfica, a inclinação da linha do horizonte éusada para causar desequilíbrio e sensação de deslocamento. Mas, quando orecurso é usado em excesso, o resultado em certos momentos beira a comicida-de. Essa estética, combinada ao 3D, que pouco acrescenta ao filme, tira muito domérito de Thor .

[...]

Érico Borgo. Disponível em: <http://www.omelete.com.br/cinema/thor-critica/>. Acesso em: 3 out. 2011.

Ângulo holandês éaquele em que a câmeratem uma inclinaçãolateral de 25 a 45 graus, oque faz com que as linhashorizontais apareçamcomo diagonais na tela.

1. A resenha anterior apresentava uma visão positiva do filme resenhado. Ostrechos a seguir indicam avaliações positivas ou negativas do filme Thor?

a) “Toda a construção de Asgard, a morada dos asgardianos, encheos olhos, assim como a cultura desse povo. Figurinos, o design dacidade, a iluminação e as cores, é tudo impressionante.” positiva

b) “Branagh também aproveita a natureza épica do roteiro para criarbatalhas emocionantes, à altura das maiores aventuras do perso-nagem nas páginas dos quadrinhos.” positiva

c) “Os problemas de Thor começam quando a trama […] sai do plano deAsgard em direção à Terra. A necessidade de tornar a trama mais pa-latável ao grande público obriga o roteiro a martelar relacionamentose situações mais próximas da realidade do espectador.” negativa

d) “Igualmente estranha é a opção de Branagh de filmar quase tudono ‘ângulo holandês’. […] quando o recurso é usado em excesso, oresultado em certos momentos beira a comicidade.” negativa

 2. Leia agora comentários de internautas postados em um site especiali-zado em cinema a respeito do filme Thor.

a) Observe a avaliação feita nos dois comentários sobre o mesmo fil-me: é positiva ou negativa?

b) Nesses comentários virtuais, os internautas lançam mão de outrosrecursos de avaliação além dos argumentos por escrito. Quais sãoesses recursos? Recursos gráficos: símbolos (estrelas) e números (notas).

Comentários dos usuários

R. em 1o /5/2011Nota:

... Gostei muito de Thor , mas confesso que esperava um pouco mais,pois conta com a direção de um dos meus diretores favoritos. Em termos deefeitos especiais, apesar da boa qualidade, não acrescentou nada de novo.Em termos de lutas épicas, também nada me deixou surpreendida. Adorei aescolha do ator principal. [...]

M. em 8/5/2011(sem nota)

... Sei que serei criticado, mas o filme não me impressionou, apesar deadorar os heróis Marvel. Tirando os efeitos especiais, sobra uma história fra-ca, o que salva no filme é a interpretação do ator que faz o Locky. [...]

Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/thor/comentarios/>. Acesso em: 3 out. 2011.

A primeira mescla opiniões positivas e negativas; a segunda é quasetotalmente negativa com apenas uma ressalva positiva.

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Do texto para o cotidianoLeia a notícia abaixo.

Desastre no Japão faz episódios de “Os Simpsons”serem reeditados

Um canal já deixou de exibir um capítulo desse tipoPor conta do terremoto e tsunami que destruíram boa parte do Japão, o canal

Pro7, da Alemanha, conta que vai reeditarepisódios passados e futuros de Os Simp-

sons que tenham menção de desastre nu-clear envolvendo a usina do Senhor Burns.Homer Simpson é funcionário desse lugar e,volta e meia, acaba causando um desastrepor ali. [...] O canal ORF, da Áustria, já deixoude exibir dois episódios que estavam pro-gramados para ir ao ar. Um deles [...] foi On

a Clear Day I Can’t See My Sister, no qual per-sonagens fazem piada com um desastre nu-clear [...].

Arianne Brogini. Disponível em: <http://ocapacitor.uol.com.br/tv/nota-desastre_no_japao_faz_episodios_de_os_simpsons_serem_reeditados-4553.html>. Acesso em: 3 out. 2011

1. Qual é o fato de que trata a notícia?

2. Quando um desenho animado, uma charge ou um programa humo-rístico fazem piada com um problema sério como um desastre am-biental, temos dois aspectos a considerar:

10) a compaixão e solidariedade que todos devemos ter ante o sofri-mento das pessoas atingidas por esses desastres;

20) a liberdade de expressão a que todo artista tem direito.

a) Em sua opinião, os veículos de comunicação de massa (TV, jornais,revistas, sites) deveriam ser proibidos de fazer piada com tragé-dias? Por quê? Resposta pessoal.

b) Até onde vai a liberdade de expressão de um artista? Qual é o limi-te? Converse com os colegas, justifique sua opinião e, se possível,dê exemplos. Resposta pessoal.

3. Releia.

a) O que você acha da atitude de pessoas ou entidades que alteram oconteúdo de uma obra artística (filme, livro, pintura etc.)? Explique.

b) Modificar um episódio de Os Simpsons que fazia piada com de-sastres nucleares ou mesmo deixar de exibi-lo é uma atitude quemostra respeito pelo povo japonês ou falta de respeito com quemcriou o episódio? Por quê? Resposta pessoal.

A tragédia no JapãoEm 11 de março de 2011, umterremoto de 8,9 pontos naescala Richter atingiu o litoralnordeste do Japão que, após otremor, foi ainda arrasado porum tsunami (onda gigante). Acombinação dos dois desas-

tres naturais, além de causarmilhares de mortes, provocouexplosões em reatores de umausina nuclear localizada na re-gião. Houve emissão de radio-atividade no meio ambiente.

Fumaça em reator da usinanuclear japonesa atingida pelotremor de terra e pelo tsunami  em 2011.

Manifestantes protestam contra o uso deenergia nuclear em Tóquio, Japão, em 2011.

Na Alemanha e Áustria, alguns episódios de Os Simpsons seriam refeitos ou não seriam exibidos porque faziam piada com desastres nucleares, como o que ocorreu no Japão em 2011.

Professor: Leia comentário no Manual doProfessor.

“[…] o canal Pro7, da Alemanha, conta que vai reeditar episódiospassados e futuros de Os Simpsons que tenham menção de desastrenuclear […]”

Resposta pessoal.

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REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA

Sujeito e predicado (revisão) 1. Leia as manchetes e identifique o sujeito em cada uma delas. Para

isso, procure o verbo ou locução verbal no predicado e verifique aquem ele se refere.

I.

II.

III.

IV.

a) Em quais manchetes o sujeito aparece antes do verbo? Em quaisaparece depois? Antes: I e III; depois: II e IV.

b) Que efeito se cria ao colocar o sujeito depois do verbo? Dá-se mais destaque

à ação que ao agente da ação.

2. Existem muitas formas de retomar o sujeito mencionado anterior-mente, sem empregar as mesmas palavras. Leia.

 Nos trechos abaixo, identifique o sujeito do verbo ou locução destaca-dos. Indique a palavra que permite identificar tais sujeitos.a) “Homer é um egoísta que quer sempre se dar bem […]. Se às vezes

ele se atrapalha nos papéis de pai e marido […], é também capazde sacrificar um sonho diante da ameaça de perder essas pessoas.”

b) “Os habitantes revoltados descobrem quem foi o autor da presepa-da e tentam linchar Homer e a família […]”

O Estado de S. Paulo, 12 ago. 2011.

túnel

Diário do Nordeste, 9 ago. 2011.

vagões

 Jornal do Brasil, 8 maio 2011.

internet banda larga

Correio Braziliense, 12 ago. 2011.vários tratamentos para apneia do sono

O sujeito pode aparecer anteposto ou posposto ao verbo.

Professor: Ajude os alunos a observarque a anteposição ou posposição do su-jeito indica a intenção do autor em valo-rizar um aspecto da notícia, destacandomais (ou menos) uma informação, ouseja, enfatizando o agente (sujeito ante-posto) ou a ação (sujeito posposto).

O filme foi fantástico, pois a história reuniu tudo o que agrada aos espectadores.

expressão de sentido equivalente a

O filme foi fantástico, pois ele reuniu tudo o que agrada aos espectadores.

pronome que substitui

foi fantástico, pois reuniutudo o que agrada aos espectadores.

o sujeito de está subentendido:sujeito desinencial

Habilidade em foco: estabelecer re-lações entre segmentos de um texto,identificando o referente comum de umasequência de substituições lexicais.

ele; Homer

Omissão do sujeito da locução tentam linchar (eles ou os habitantes).

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 3. Localize o sujeito destas orações. Em uma resenha crítica, que termos

poderiam ser usados para substituí-los?a) A personagem principal é uma guerreira, livre e corajosa.

b) Nos momentos mais emocionantes, as músicas ajudavam a criar oclima adequado e sensibilizar a plateia.

c) Mesmo com participações modestas, os atores secundários fize-ram um bom trabalho.

d) Ao final da projeção, os espectadores saíram em silêncio, como-vidos. Sujeito: os espectadores; possibilidades de substituição: a plateia/o público.

Sujeito indeterminado 1. Leia a charge.

Folha de Vitória, 31 ago. 2009.

Os pássaros estão em uma ponte estaiada, tipo de ponte suspensapor cabos em diagonal.

a) Quais foram os grupos esquecidos na construção da nova ponte,segundo uma das personagens? Os pedestres, os ciclistas e os pássaros.

b) Que elemento na estrutura da ponte revela que não se pensou nobem-estar dos pássaros ao construí-la?

c) A personagem informa quem esqueceu a existência desses trêsgrupos ao construir a ponte? Não.

Quando o sujeito da oração está implícito, é possível identificá-lo:

• pela terminação do verbo;

• pelo contexto (observando-se, por exemplo, o sujeito da oração anterior).

Sujeito: a personagem  principal ; possibilida-des de substituição: a protagonista/a heroína.

Sujeito: as músicas; possibilidadede substituição: a trilha sonora.

Sujeito: os atores secundários; possibilidade de substi-tuição: os coadjuvantes/as personagens secundárias.

2 Indeterminação dosujeito

Para o assunto Sujeito 

indeterminado , acesse e

explore este recurso digital.

Os cabos de sustentação, onde os pássaros que pousam ficam em diagonal.

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d) Em que pessoa foi usado o verbo? Na 3a pessoa do plural.

e) Pelo contexto, é possível conhecer a identidade das pessoas que seesqueceram dos pássaros? Não.

Em “Nessa ponte, esqueceram os pedestres, os ciclistas e uma outraclasse...”, a terminação da forma verbal indica a terceira pes-soa do plural, entretanto essa informação não é suficiente para identifi-car ou determinar o sujeito.

Quando não é possível identificar o sujeito de uma oração, temos um. Isso pode ocorrer:

1) quando o locutor não sabe a quem se refere a ação expressa pelo verbo;

Esqueceram-se dos pedestres, dos ciclistas, dos pássaros.

verbo na terceira pessoa do plural

2) quando não há interesse ou intenção de identificar o sujeito.

Estão chamando você na Secretaria.

locução verbal na terceira pessoa do pluralVeja outros exemplos.

Esqueceram de nós!Não se lembraram dos pássaros.Só deram importância aos carros.Construíram a ponte sem espaço para os ciclistas.

Sujeito indeterminado é aquele que não aparece expresso na oração, porquenão se pode ou não se quer identificar o autor da ação verbal.

2. Releia a fala do pássaro:

Pelo contexto é possível deduzir: quem esqueceu os pedestres, osciclistas e os pássaros?

Há outra maneira de indeterminar o sujeito em uma oração.

3. Leia as informações sobre este filme.

Com 007 só se vive duas vezes

 Titulo original: You only live twice

Lançamento: 1967 (EUA)

Direção: Lewis GilbertAtores: Sean Connery, Akiko Wakabayashi, MieHama, Tetsuo Tamba, Teru ShimadaDuração: 114 minGênero: aventura

a) Releia o título do filme. Por que não é possível determinar a quemse refere a forma verbal vive?

b) Nesse título, a forma verbal é o núcleo do predicado. Em que pes-soa o verbo está conjugado? Na terceira pessoa do singular.

Certamente as pessoas que, em uma cidade, tomam decisões como construir uma ponte e as pessoas que executam oprojeto. Por exemplo, autoridades do estado ou do município, engenheiros, construtores, arquitetos etc.

Professor: Neste caso, somente é possível essa construção com verbos intransitivos ou transitivosindiretos (ou os que se comportam como tal em diferentes contextos) e os de ligação; a transiti-vidade verbal foi estudada no volume do 7º ano.

Porque não há na oração uma palavra a que ela faça referência ou com a qual estabeleçaconcordância; não há uma palavra que exerça a função de sujeito da oração.

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 4. Leia estes provérbios.

a) Em que pessoa e número estão conjugadas as formas verbais

destacadas? Na terceira pessoa do singular.b) Que palavra aparece sempre ao lado dos verbos? O pronome se.

 5. Observe o título e o subtítulo desta matéria.

Ninguém esquece um episódiode “Os Simpsons”

Aquela estupidez memorável do Homer não sai da sua cabeça? Você não é o único. Seriado foi

o mais lembrado em um estudo sobre memória.

Revista Galileu. São Paulo, Globo, out. 2008.

a) O que quer dizer, nesse contexto, a expressão estupidez memorável?

b) Qual é o sujeito da oração que é o título da matéria? ninguém

c) Como se classifica esse sujeito: é simples ou indeterminado? Simples.

Observe que, mesmo que não se fale de uma pessoa específica, háuma palavra, na oração, que ocupa a posição de sujeito: o pronomeninguém.Veja outros exemplos de sujeito simples representado por pronome.

De tostão em tostão, se chega ao milhão.Devagar se vai longe.Quanto mais se tem, mais se quer.

Professor: Nestes dois últimos provérbios, os verbosdestacados são empregados como intransitivos.

Há duas situações em que pode ocorrer sujeito indeterminado:

• com o verbo na terceira pessoa do plural;

• com o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome se.Exemplos:

Deixaram um recado para você. Precisa-se de garçom.

Professor: O  se, nesse caso, é chamado deíndice de indeterminação do sujeito. Ele seráestudado mais aprofundadamente na unida-de 7 deste livro.

Uma grande estupidez, uma estupidez da qual não se esquece facilmente.

Nada se faz sem tempo.Alguém sempre precisa de alguém.Ninguém acerta sempre.

Pronomes indefinidos como alguém, ninguém, tudo, nada e pronomes

interrogativos como quem podem ocupar a posição de sujeito em uma oração.

• Sujeito indeterminado é aquele que não aparece expresso na oração, porque não sepode ou não se quer identificar o autor da ação verbal.

• Pode-se indeterminar o sujeito de duas formas:

• colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural;

• colocando-se o verbo na terceira pessoa do singular, acompanhado do pronome se.

Para lembrar

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 ATIVIDADES

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1. Leia este trecho de uma reportagem.

a) De que tipo de lixo trata o texto? Do lixo eletrônico, em especial os celulares.

b) Qual é o sujeito a que se refere a locução verbal são produzidas? Trata-se de um sujeitoposposto ou anteposto ao verbo?

 2. Reescreva no caderno as orações abaixo, colocando o sujeito depois do verbo.

a) Erro pode ocorrer em qualquer tarefa. Pode ocorrer erro em qualquer tarefa.

b) O melhor jogador do time faltou naquela partida. Faltou o melhor jogador do time naquela partida.

c) O braço doía-lhe. Doía-lhe o braço.

d) Nosso esforço felizmente foi reconhecido. Felizmente foi reconhecido nosso esforço.

 3. Volte às orações da atividade 2.

a) Reescreva no caderno as orações com sujeito posposto, agora passando o sujeito para oplural.

b) O que ocorre com a forma verbal que é o núcleo do predicado?

4. Leia esta tira.

Laerte. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/laerte/tiras/dia-a-dia/imoveis/tira23.gif >. Acesso em: 3 out. 2011.

Releia.

“Levaram tudo!... Os móveis, o som, a..., a...”

a) No primeiro quadrinho, quem a personagem imagina que tenha levado suas coisas?

Duas décadas atrás, também, o lixo dos países desen-volvidos era um problema com que apenas eles tinhamde lidar. Agora, a questão é global. [...] Somente no Brasil

são produzidas, por ano, 3 mil toneladas de celulares. Paraonde vai isso tudo? “Depende da política de cada muni-cípio”, explica Eduardo Castagnari, presidente da Abrelpe(Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública eResíduos Especiais), “mas na maioria dos casos o destinoé equivocado”.

Camila Artoni. O lado B da tecnologia. Revista Galileu. São Paulo, Globo, fev. 2007.

Sujeito posposto: 3 mil toneladas de celulares.

Podem ocorrer erros em qualquer tarefa./Faltaram os melhores jogadores do time naquela partida./Doíam-lhe os braços./Felizmente foramreconhecidos nossos esforços.

Também vai para o plural.

Assaltantes/ladrões.

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b) É possível identificar o sujeito da forma verbal levaram? Não.

c) Levante uma hipótese: por que, na fala da personagem, não é importante explicitar o sujeitode levaram?

5. Leia este trecho de uma resenha.Dizem que os homens não gostam de comédias românticas. Bobagem. Se apenas as mulheres

vissem esse tipo de filme ele não faria o sucesso que faz. […]

Ivan Martins. Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI173732-15230,00-EMOCOES+BARATAS.html>.Acesso em: 3 out. 2011.

a) Que argumento a resenha apresenta para provar que os homens também gostam de comédiasromânticas? Se apenas as mulheres as vissem, elas não fariam tanto sucesso.

b) Há três formas verbais na terceira pessoa do plural nesse trecho. Qual delas tem sujeito in-determinado? dizem

c) Qual é o sujeito dos outros dois verbos na terceira pessoa do plural?d) Qual das frases abaixo tem aproximadamente o mesmo sentido que “Dizem que os homens

não gostam de comédias românticas”? Copie-a no caderno. Resposta: I.

I. Muitas pessoas acham que os homens não gostam de comédias românticas.

II. Estudiosos de cinema dizem que os homens não gostam de comédias românticas.

 6. Leia este anúncio classificado, publicado na internet.

a) Qual é a principal atribuição de quem trabalha como tosador(a)? Tosar (cortar) o pelo de cães.b) Compare.

I. “Precisa-se de tosador(a) experiente, responsável, ágil, dinâmico(a) e comunicativo(a) paratrabalhar em clínica veterinária na zona Oeste.”

II. Clínica veterinária na zona Oeste precisa de tosador(a) experiente, responsável, ágil,dinâmico(a) e comunicativo(a).

Qual é o sujeito do verbo precisar em cada frase?

c) Na frase I, o que tem mais destaque: o empregador ou o empregado procurado? E nafrase II?

Professor: Veja comentário no Manual do Professor.

Professor: Fazer sucesso, nesse contexto, é ter muito público.

Professor: Leia orientação no Manual do Professor.

os homens (gostam), as mulheres (vissem)

frase I: sujeito indeterminado; frase II:Clínica veterinária na zona Oeste.

Na frase I, o empregado procurado tem mais destaque; na I I, o empregador é mais enfatizado.

12/8/2010Precisa-se de tosador(a)

experiente, responsável, ágil,dinâmico(a) e comunicativo(a)para trabalhar em clínica vete-rinária na zona Oeste.

Disponível em: <http://www.petbrasil.com.br/clasva.asp>.Acesso em: 3 out. 2011.

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  7. Leia o início desta crônica e observe as orações destacadas.

 

Antigamente mentia-se apenas de mentirinha

Mente-se muito no Brasil. Nunca se mentiu tanto como agora. Só que agora a mentira étransmitida por satélite, ao vivo, em cores, para milhões de boquiabertos famintos. Vivemos numa

loteria de mentiras onde ganha mais quem mente mais. Ou mente mais quem ganha mais? […]Mário Prata. 100 Crônicas. São Paulo: Cartaz, 1997.

Copie a resposta certa no caderno. Ao empregar o sujeito indeterminado nessas orações, o cronista:

a) não se inclui entre os mentirosos, mesmo sendo um brasileiro.

b) deixa claro que há pessoas que mentem e outras que não mentem.

c) mostra não saber ao certo quem são os mentirosos no Brasil.

d) generaliza a mentira como algo comum entre os brasileiros.

Habilidade em foco: identifi-car em um texto o efeito de sen-tido produzido pela exploraçãode recurso morfossintático.

Resposta: d.

Fique atento... à diferença entresujeito indeterminado e sujeito implícito

O sujeito indeterminado com verbo na terceira pessoa do pluralpode ser confundido com o sujeito implícito, construído com verbo naterceira pessoa do plural.

 1. Leia o início de um conto.

Não foi da noite para o dia que os alicerces surgiram e começaram a er-guer as paredes. Houve preparação do terreno, medições, marcações, durantemeses. Acontece que os fatos posteriores ficaram nebulosos, criaram-se len-das e hoje todos juram que os alicerces apareceram num dia, o edifício ficoupronto no outro e a grande máquina foi instalada no terceiro. Então passaram a contratar pessoas. Na verdade, o início pouco interessa. [...]

Ignácio de Loyola Brandão. O homem que procurava a máquina. In: _____. O homem do furo na mão. SãoPaulo: Ática, 2009.

a) O prédio começou a ser erguido normalmente, mas surgiram len-

das a respeito. Por quê?b) Para quais formas verbais destacadas é possível identificar o sujeito?

c) Quais das formas verbais destacadas têm sujeito indeterminado?

d) Indique no caderno a resposta correta. Nesse conto, as oraçõescom sujeito indeterminado contribuem para criar um clima de:

I. humor

II. romantismo

III. mistério

IV. violência

Habilidade em foco: examinar as diferenças de uso entre recursos morfossintáticos.

Porque fatos ocorridos depois de erguidos os alicercesficaram sem explicação, eram nebulosos, confusos.

 surgiram (os alicerces), ficaram (os fatos posteriores), juram (todos), apareceram (os alicerces)

começaram, passaram. Professor: Há também uma oração subjetiva (“Acontece [...]”); esse assunto será tratado no livro do 9o ano.

Resposta: III.

2Indeterminação dosujeito

Para o assunto Diferença entre sujeito indeterminado e sujeito implícito , acesse eexplore este recurso digital.

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antes de ler

LEITURA 21. Nesta unidade, você leu a resenha de um filme. Será que

resenhas de livros são muito diferentes da que vimos?

Resposta pessoal.

Leia a resenha crítica sobre um livro destinado ao público adolescente. Será que ela despertará seu interesse

 pelo livro?

Diante dos olhos de Marcelo

Os olhos castanhos de Marcelo eram únicos naquela família e não havia maiscomo negar as evidências. Na aula de Biologia, o professor explicara: caracterís-ticas recessivas, características dominantes – e as ervilhas rodavam à mente. Avelha desconfiança. Nenhuma foto da mãe esperando por ele, nenhuma comMarcelo fechado em seu ventre. Seus olhos não tinham a cor do mar, a cor docéu. Era só um Marcelo, adotado. E só.

Tristeza? Desespero? Amargura, porque viveu quinze anos sob a custódia datraição? O que sente Marcelo? O que pensa? Seus pais, ou melhor, Inês e PedroPaulo, não tinham esse direito. De trocar uma história por outra. E ele caminhapelo quarto, como se tudo ali fosse diferentemente novo. Estranho. No entanto,tão familiar. Ele, a não exceção às regras de Mendel, o filho de coração, o rapazque não era de Liverpool. Qual a sua verdadeira história? Os Beatles eram mes-mo, realmente e apenas quatro, como Pedro Paulo, Inês, Ramiro e Maria. Alguémsobrava naquela casa. Era ele. Ali, fora da questão. Olhos nos olhos. Todas essas

pessoas solitárias, de onde elas vieram?Muita gente afirma que toda uma vida pode passar, diante de nossos olhos –

claros, escuros, castanhos, azuis, não importa –, como um filme em alta veloci-dade. Caio Riter traduz essa sensação para o leitor, emprestando voz ao persona-gem, pois é Marcelo, em primeira pessoa, quem narra o torvelinho de imagense de suas emoções em fragmentos, e igualmente lançando mão das técnicascinematográficas para compor a organização do texto. O livro é dividido em cin-co capítulos, nos quais a ação no presente se estende por pouco mais de umasemana e alguns dias. Esse plano é interrompido por cenas recuperadas à forçadas digressões como as memórias de fatos isolados e também aqueles instantes

anteriores à conversa com a mãe e à derradeira confirmação, que marca o inícioda narrativa, às primeiras linhas do capítulo um.

Ora, ninguém mais se espanta com as idas e vindas dentro de um texto ou ocongelamento da ação com o uso do flashback, recurso que ajuda a erguer estrutu-ras não lineares de efabulação. Mas é exatamente na interpolação de diferentes pla-nos que se confirma a originalidade do autor e um laborioso trabalho técnico. […]

[…] E, a todo momento, torcemos por Marcelo. Pela resposta, por sua resposta,pela paz. Céu e mar.

Disponível em: <http://www.dobrasdaleitura.com/vitrine/2006/12cr.html>.Acesso em: 15 ago. 2011.

Caio RiterO rapaz que não era de

 Liverpool Ilustração da capa: Graça Lima

Edições SM, 2006, 128 pp.

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EXPLORAÇÃO DO TEXTO

 1. Releia estas informações.

Caio RiterO rapaz que não era de Liverpool 

Ilustração da capa: Graça LimaEdições SM, 2006, 128 pp.

Reflita: qual a importância dessas informações para o leitor da resenha?

 2. No caderno, associe os parágrafos aos conteúdos. Respostas: a: I; b: I; c: III; d: II; e: IV

3. Pela leitura da resenha, é possível ter uma noção do enredo.

a) Qual é o conflito vivido pela personagem Marcelo?

b) Qual a importância da cor dos olhos de Marcelo para o estabeleci-mento desse conflito?

4. Releia.

“Ora, ninguém mais se espanta com as idas e vindas dentro de um

texto ou o congelamento da ação com o uso do flashback […] Mas éexatamente na interpolação de diferentes planos que se confirma a origi-nalidade do autor […]”

a) O que você entende por “idas e vindas” dentro do texto?

b) Interpolar é “alternar, revezar”. Quais seriam os diferentes planosque se alternam na narrativa? Presente e passado.

c) Indique no caderno quais frases do texto poderiam se referir aopresente (a dor de saber a verdade) e quais a um tempo passado(as lembranças).

Digressão: divagação, desvio momentâneo de assunto.Efabulação: narração.

 Flashback: interrupção da sequência cronológica em uma narra-tiva, com volta a eventos passados.Interpolação: introdução ou inserção de cenas em um texto.Laborioso: cuidadoso, bem trabalhado.Torvelinho: movimento em espiral, redemoinho.

3. Habilidade em foco: inferir significa-do pressuposto ou subentendido em umtexto literário com base na sua compre-ensão global.

NÃO DEIXE DE LER

• O rapaz que não era de Liverpool, de Caio Riter,editora SM

Com um formato que lembraas técnicas cinematográficas,

esse livro é de leituraagradável e instigante, e vocêficará sabendo qual foi aresposta de Marcelo a suaspróprias indagações.

1. Destaca a obra resenhada, permitindoao leitor verificar, antes mesmo da leiturados parágrafos, se tem interesse na re-senha da obra. Além disso, essa partecontém informações úteis, caso o leitorpretenda emprestar o livro em uma bi-blioteca ou comprá-lo em uma livraria oupor site especializado.

I. Informações sobre o enredo.

II. Opinião (positiva ou negativa).

III. Informações sobre a estruturado livro e técnicas usadas na

narração.IV. Conclusão.

a) Primeiro parágrafo.

b) Segundo parágrafo.

c) Terceiro parágrafo.

d) Quarto parágrafo.

e) Quinto parágrafo.

Gregor J. Mendel.

O padre cientistaGregor Johann Mendel(1822-1884), considerado “o

pai da genética”, foi ummonge e botânico austríaco.Trabalhando com ocruzamento de sementes deervilha, ele propôs a teoria,mais tarde confirmada, daexistência de característicasbiológicas que se transmitempela hereditariedade, ou seja,de pais para filhos.

A suspeita de que é adotado.

O protagonista sabe que um casal de olhos claros não poderia ter um filho de olhos castanhos.

Ir do presente para o passado na recuperação das memórias e deste para o presente.

 Antes de inic iar a exploração do tex to,tente descobrir o sentido das palavras

desconhecidas pelo contexto em

que elas aparecem. Se for preciso,consulte um dicionário.

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I. “Nenhuma foto da mãe esperando por ele, nenhuma com Mar-celo fechado em seu ventre.” passado

II. “Ele, a não exceção às regras de Mendel, o filho de coração, orapaz que não era de Liverpool. Qual a sua verdadeira história?”

III. “[...] memórias de fatos isolados e também aqueles instantesanteriores à conversa com a mãe [...]” passado

IV. “E ele caminha pelo quarto, como se tudo ali fosse diferente-mente novo. Estranho. No entanto, tão familiar.” presente

 5. Responda no caderno.

a) O autor da resenha tem uma opinião positiva ou negativa a respei-to do livro? Com que argumentos ele fundamenta sua opinião?

b) O último parágrafo reforça a opinião sobre o livro? Explique.

 6. Releia estas frases.

No contexto da história resumida na resenha, qual o significado daafirmação de que os pais adotivos do garoto não tinham o direito de“trocar uma história por outra”?

 7. Nessa resenha, assim como na que lemos anteriormente, emprega-se vo-cabulário específico da área a que pertence o produto resenhado. Copie no

caderno palavras e expressões que façam parte do universo dos livros.

8. Releia esta frase da resenha.

“E, a todo momento, torcemos por Marcelo. Pela resposta, por suaresposta, pela paz.”

Considerando o conflito vivido por Marcelo, em sua opinião, qual seriaa resposta, a solução que ele daria a esse conflito? Resposta pessoal.

 9. Resenhas não devem antecipar informações que comprometam o im-pacto do filme ou livro de que falam. Compare o que se diz em cadaresenha.

“Mais não se deve contar, para não estragar a graça.”“E, a todo momento, torcemos por Marcelo. Pela resposta, por sua

resposta, pela paz.”

Essas resenhas cumpriram sua finalidade com relação a você, comoespectador e leitor? Por quê? Resposta pessoal.

presente

5. a) Positiva. A originalidade e o traba-lho técnico apurado do autor ao usardiferentes planos (presente e passado)na narrativa.5. b) Professor: Resposta no Manual doProfessor.

NÃO DEIXE DE LER

• Vínculos, de Lúcia Pimentel

Goes, editora Atual

Laura, uma garota sensível eintrospectiva, descobre, deforma inesperada, que é filhaadotiva. Apesar de muitoamada pela família, percorreum caminho de muitosconflitos interiores antes deaceitar esse fato.

Habilidade em foco: identificar uma interpretação adequada para determinado segmento de tex to.

“Seus pais, ou melhor, Inês e Pedro Paulo, não tinham esse direito.De trocar uma história por outra.”

Se não tivesse sido adotada, a personagem teria sidocriada em outro ambiente, e sua história de vida seria outra; a adoção foi a troca de uma história por outra.

7. Possibilidades de resposta: leitor, per-sonagem, primeira pessoa, capítulos,texto, tempo, espaço, estrutura da obra,ação, cenas, capítulo, frases, digressões,linguagem, ponto de vista.Professor: Focalizar especificamente asque não poderiam faltar em uma rese-nha sobre livro.

8. Professor: No livro, a personagemreconhece que a verdadeira família éaquela que cuida de uma criança comamor e dedicação, não necessariamentea biológica.

9. Professor: Leia orientação no Manualdo Professor.

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Resenha críticaVocê vai produzir uma resenha e ajudar seus colegas a decidir que

livro ler, qual filme, peça, espetáculo ou exposição ver etc.

Sua resenha será afixada em um mural da classe ou da biblioteca e, no fimdo ano, será aproveitada na revista a ser publicada pela classe. Vamos lá?

Antes de começar

1. Nas resenhas, emprega-se o vocabulário específico da área à qualpertence o objeto resenhado.

a) Pelo campo semântico a que as palavras pertencem, tente deduzir:a que produto cultural se refere a resenha de onde cada grupo depalavras foi tirado?

I. plateia, aparelhagem de som, guitarrista, telão, vocalista,banda, iluminação  show de rock ou de outro ritmo

II. picadeiro, lona, plateia, palhaço, malabarista, equilibrista, mágico

b) Agora faça o contrário: escreva no caderno palavras que provavel-mente seriam usadas em uma resenha sobre:

I. uma peça de teatro; cenário, atores, figurino, peça, protagonista, cenas, sonoplastia etc.

II. um espetáculo de dança. bailarinos, música, ritmo, movimento, precisão, harmonia, coreografia etc.

2. As resenhas devem fornecer ao leitor alguns dados técnicos. Veja otipo de informação que consta das resenhas lidas.

Os Simpsons – O filme O rapaz que não era de Liverpool  

custo do filme nome do autor

duração nome do ilustrador

nome dos produtores nome da editora

nome das personagens principais ano de publicação

número de páginas

Que dados são essenciais em uma resenha sobre:

a) um espetáculo musical? Nome do artista ou da banda, estilo musical etc.

b) uma exposição de pintura?

Planejando o texto

1. Sua cidade ou as cidades próximas têm cinema, teatro, museu, livra-ria ou biblioteca? Procure se informar:

a) Quais são os filmes, peças, espetáculos de dança e música maisinteressantes em cartaz? Há alguma exposição? Qual? Resposta pessoal.

b) Entre os livros disponíveis para venda em livrarias ou para em-préstimo em biblioteca, quais são os imperdíveis, aqueles que seuscolegas não podem deixar de ler? Resposta pessoal.

 P R O D U Ç Ã O  P A R A 

 O

 P R O J E T O

PRODUÇÃO ESCRITA

1 Gênero textual: resenhacrítica

Para o assunto Produção de resenha crítica , acesse eexplore este recurso digital.

Professor: Leia orientações sobre estaatividade no Manual do Professor. Apre-sente aos alunos o projeto do ano (pá-gina 48).

espetáculo de circo

Nome do artista ou dos artistas, tema da exposição, estilo de pintura,principais obras expostas etc.

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2. Entre esses produtos culturais, escolha um para ser objeto de sua re-senha. Tem de ser algo que você conheça bem, para dar informaçõesconfiáveis e argumentos válidos.

3. Planeje as partes da resenha.

a) Apresentação: diga ao leitor qual produto cultural será avaliado e,se quiser, antecipe sua opinião sobre ele.

b) Opinião: exponha sua opinião, que pode ser positiva ou negativa.c) Argumentação: dê ao leitor argumentos para comprovar sua opinião.

d) Dados: se não tiver as informações necessárias, recolha-as em jor-nais e revistas ou na internet.

e) Resumo: se sua resenha é sobre um livro, filme ou peça, prepare oresumo da história, sem tirar a surpresa do desfecho.

f) Na conclusão, confirme seu ponto de vista.

4. Empregue vocabulário específico da área e use linguagem adequada aseus leitores.

Avaliação e reescrita

1. Faça uma autoavaliação, verificando se os elementos mais importan-

tes de uma resenha estão presentes.•As informações sobre o produto cultural que o leitor não pode dei-

xar de ter foram dadas?

•Se a resenha é sobre um filme, peça ou livro, o resumo da história éclaro, mas sem estragar a surpresa do final?

•Fica claro para o leitor se você recomenda o produto e por quais razões?

•A linguagem é adequada ao leitor e também ao produto que estásendo resenhado?

2. Reescreva o que for preciso e entregue a resenha ao professor.

3. Após a avaliação do professor, monte com seus colegas um painelna sala de aula ou na biblioteca. Deve ser um espaço de fácil acessopara todos. Vocês podem, por exemplo, expor uma parte das rese-nhas a cada dia, cuidando de indicar ao leitor apenas o que ele efe-tivamente encontrará. Atente para as datas: o leitor deve encontrarinformações sobre filmes, peças e espetáculos que ainda estão emcartaz.

Professor: Leia orientação no Manual do Professor.

NÃO DEIXE DE ACESSAR

• http://www.lendo.org/resenhas-de-livros/

Esse endereço dá acesso a diversas resenhas, não só dos clássicos da literatura

mundial, mas também dos livros mais vendidos atualmente.

Livros são produtos culturais quepodem se tornar clássicos como passar do tempo, como Os

 sofrimentos do jovem Werther , deGoethe, ou revelar-se um sucessode venda já no lançamento, comoOs contos de Beedle, o bardo, de

 J. K. Rowling.Professor: Veja comentário no Manual do Professor.

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REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA

Oração sem sujeito1. Leia o início de uma crônica sobre o Copan, famoso edifício da cidade

de São Paulo.

a) O autor mostra que o Copan se mantém inabalável diante dasações da natureza. Que ações são essas? Indique-as no caderno.

b) O autor afirma que “o país inteiro cabe no Copan”. No contexto danotícia, como se pode interpretar essa frase?

2. Releia estas orações, em que os verbos e expressões destacados indi-cam fenômenos da natureza.

O autor da crônica refere-se a vários fenômenos da natureza, usan-do os verbos ou expressões , , e paramostrar as mudanças de clima, pelas quais o Copan passa. Nessas

orações:a) é possível identificar o sujeito desses verbos? Não.

b) é possível determinar com que palavra(s) essas formas verbaisconcordam? Não.

c) é possível identificar o sujeito desses verbos? Não.

Nessas orações, temos ação verbal, mas não há um sujeito a quematribuir essa ação. As ações de inde-pendem da existência de um sujeito. Quando não existe a quem atribuiro processo verbal, dizemos que o verbo é impessoal e que não há sujeitona oração. Trata-se, então, de uma .

Ardiloso: esperto, astucioso.

Chove sobre o Copan, chove muito.

Agora faz sol. Calor. Agora chove outra

vez. Faz frio. O sol volta, a chuva volta,

o calor volta, o frio volta e esse vaivém é

parte do plano secreto da natureza que

pretende fazer nevar sobre o Copan. A na-

tureza é ardilosa.

Nesse ritmo, logo, logo vai nevar sobre

o Copan. Gaúchos, mineiros, cariocas,

goianos, pernambucanos, paraenses.

Faça chuva ou sol, o país inteiro cabe no

Copan. [...]

Nelson de Oliveira. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs0912200717.htm>.

Acesso em: 6 out. 2011.

O edifício Copan, em São Paulo, foi projetado pelo arquiteto OscarNiemayer; tem 1160 apar tamentos e é habitado por mais de 2 000 pessoas.

chove; faz frio; faz sol; o calor volta; o frio volta

Possibilidade de resposta: No Copan vivem pessoasde diferentes origens, de variadas regiões do país.

“Chove sobre o Copan, chove muito.”“Agora faz sol.”“Faz frio.”“Nesse ritmo, logo, logo vai nevar sobre o Copan.”

4Sujeito e concordância

Para o assunto Oração sem sujeito , acesse e exploreeste recurso digital.

Verbo impessoal é aqueleque só é usado na terceirapessoa do singular.

Professor: Os verbos impessoais foramabordados na unidade 7 do livro do 6o ano.

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Compare.

Veja outros exemplos de oração sem sujeito neste trecho de uma matéria.

Existem outros casos de oração sem sujeito. Conheça alguns deles.

 3. Leia.

a) O verbo haver, na primeira oração, foi empregado com o sentido de“existir” ou com o sentido de tempo decorrido?

b) Em que pessoa está a forma verbal há? Na terceira pessoa do singular.

c) É possível identificar o sujeito da forma verbal há? Por quê?

Oração sem sujeito é aquela em que o processo verbal expresso pelo predicadonão é atribuído a nenhum ser.

Agora faz friooração sem sujeito, com o verbo  

empregado de modo impessoal

oração com sujeito, com o verbo   concordando com o sujeito O frio e a chuva voltaram.

Maravilha em reflexoParaíso de trekkers e aventureiros em geral, Patagônia chilena tem

cenários deslumbrantes, daqueles que ficam por muito tempo na lem-

brança

[...]

Quem decidir se aventurar na reserva de outubro a abril verá o par-que em seu esplendor, repleto de flores. A época também é perfeita

para os que vão investir em trilhas. O dia é mais longo – amanhece às

5 horas e só anoitece perto das 22 horas [...].

Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,maravilha-em-reflexo,602861,0.htm>. Acesso em: 5 out. 2011.

Com o sentido de “existir”.

Não, porque o verbo foi usado de forma impessoal; a oração não tem sujeito.

Orações construídas com o verbo haver com o sentido de “existir” na terceira pessoado singular são orações sem sujeito.

Há pouca diferença no uso da pontuação ao redor domundo. Ela é ajustada à língua pelas regras gramaticais.Um exemplo é a interrogação, que em espanhol apareceno início e no final da frase, ao contrário do que ocorreno português.

Marcelo Duarte. O guia dos curiosos – Língua portuguesa. São Paulo:Panda Books, 2003.

“Por que essa cara triste?”, “Helga me pôs de dieta!”

¿POR QUÉ ESACARA LARGA?

¡HELGA MEPUSO A DIETA!

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Veja outros exemplos de oração sem sujeito nestes provérbios.

 4. Leia a tira.

Laerte. Striptiras. Porto Alegre: L&PM, 2008. v. 3.

a) Onde a personagem parece estar?

b) Releia o segundo balão. O sentido habitual do verbo ter é “possuir”.Ele foi empregado com esse sentido na tirinha? Explique.

c) A oração “Ei, tem um rato enorme aqui!!” tem sujeito?

d) Compare.

O significado dessas frases é diferente? Qual delas é mais formal?

Na linguagem informal, escrita ou oral, o verbo ter é frequentemente empregado como impessoal, com osignificado de “existir” (assim como acontece com o verbo haver).

5. Leia, neste trecho de uma crônica, o diálogo entre o cronista e ummotorista de táxi, numa noite chuvosa.

[…]Depois que meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fecha-

do para voltar-se para mim:– O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem

mesmo luar lá em cima?Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlameada e torpe havia uma

outra – pura, perfeita e linda.– Mas, que coisa...Ele chegou a pôr a cabeça para fora do carro para olhar o céu fechado de chuva.

Fernando Sabino. A outra noite. In: Carlos Drummond de Andrade et elii. Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2011. v. 2.

Onde há fumaça, há fogo.

verbo impessoal, terceira pessoa do singular

Há males que vêm para bem.

verbo impessoal, terceira pessoa do singular

Parece ser a sala de espera de um médico, um dentista ou algo semelhante.

Não, nessa frase ele tem o sentido de haver , existir .

Não. Professor: Mostre que o verbo ter foiempregado como impessoal.

“Ei, tem um rato enorme aqui!!”Ei, há um rato enorme aqui!!

O significado delas não é diferente, mas a segunda, com o verbo haver , é mais formal.

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a) O motorista de táxi, ao saber que havia luar acima das nuvensescuras de chuva, demonstra incredulidade, medo, admiração ouinteresse? Possibilidade de resposta: Incredulidade e admiração.

b) Copie no caderno a alternativa em que há uma oração sem sujeitoe própria da linguagem informal: Resposta: III.

I. “Ele chegou a pôr a cabeça para fora do carro para olhar o céu

fechado de chuva.”II. “Depois que meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou

um sinal fechado […]”

III. “Mas, tem mesmo luar lá em cima?”

IV. “[…] sim, acima da nossa noite preta e enlameada e torpe haviauma outra […]”

c) Entre as orações acima, há outra sem sujeito. Copie-a no caderno.

Veja mais outros casos de oração sem sujeito e observe como são em-pregados os verbos fazer, haver e ser.

6. Leia esta notícia e observe o emprego do verbo fazer.

Rubinho chora depois de vencer prova na F-1Fazia cinco anos que Rubens Barrichello não vencia uma corrida. Fazia cinco anos que não

fazia uma corrida tão boa.

Flavio Gomes. Disponível em: <http://www.parana-online.com.br/editoria/esportes/news/392433/?noticia=RUBINHO+CHORA+DEPOIS+DE+VENCER+PROVA+NA+F+1>. Acesso em: 6 out. 2011.

a) Que efeito a repetição de “fazia cinco anos” produz?b) Releia.

Nesse contexto, o verbo fazer, empregado na terceira pessoa dosingular, exprime tempo decorrido ou ação? Tempo decorrido.

c) Em “Fazia cinco anos que não fazia uma corrida tão boa”, em qualdas ocorrências o verbo fazer não exprime o que você apontou naresposta anterior? Explique.

7. Leia esta notícia.

Preço da rapadura sobe há várias semanasO principal produto do município de Boa Hora, a rapadura, sofreu nos últimos meses

acréscimo nos preços. Os preços vêm subindo há várias semanas; a carga do produto foi ven-

dida nas feiras de Campo Maior e Teresina por 50,00 reais. [...]

Disponível em: <http://www.meionorte.com/barras/preco-da-rapadura-sobe-ha-varias-semanas-77699.html>.Acesso em: 5 out. 2011.

“[…] sim, acima da nossa noite preta e enlameada e torpe havia uma outra […]”

Enfatiza que se trata de um tempo muito longo.

“Fazia cinco anos que Rubens Barrichello não vencia uma corrida. ”

Na segunda ocorrência, pois, nesse caso, o verbo fazer não indicatempo (não é usado de forma impessoal); indica ação, e seu sujeito

é Rubens Barrichello ou ele (sujeito implícito ou desinencial).

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a) O verbo haver aparece duas vezes nesse texto, na terceira pessoado singular. Ele foi empregado com o sentido de tempo decorridoou com o sentido de “existir”? Tempo decorrido. 

b) Por que não é possível indicar o sujeito dessas orações?

8. Observe.

Já era quase meio-dia e não havia mais peixe na beirada do desgas-tado píer. Solitário, o filho de pescador estava sobre as pedras recolhendoo seu material de trabalho. […]

Disponível em: <http://www.opovo.com.br/www/opovo/economia/832529.html>.Acesso em: 5 out. 2011.

O jogo vai ser na Fazenda São Luiz, contra os meninos da colônia,reforçado com os filhos dos patrões e do administrador. [...] Nós vamossair daqui de casa às sete da manhã. Daqui até lá são vinte quilômetros

e, portanto, devemos chegar às dez.

Antônio Carlos Afonso dos Santos. Disponível em: <http://recantodasletras.uol.com.br/ juvenil/145612>. Acesso em: 5 out. 2011.

a) Em que pessoa foi empregado o verbo ser nas orações destaca-das? Na terceira pessoa do singular e do p lural, respectivamente.

b) É possível identificar o sujeito de era e são? Não.

c) Reflita: por que, nesse contexto, ocorre a variação de número nasformas desse verbo?

O verbo ser pode ser empregado para expressar tempo (hora, dia, mêsetc.) e distância em orações sem sujeito.

Porque os verbos foram empregados de modo impessoal.

Orações construídas com os verbos fazer e haver na terceira pessoa do singular e com sentido de tempodecorrido são orações sem sujeito; nesse caso, esses verbos são chamados de impessoais.

Impessoais que

podem ser pessoais•Quando empregados em

sentido figurado, os verbosimpessoais podem apresen-tar sujeito. Veja.

O vento venta e inventamil maneiras de ventar;venta fraco

venta forteventa gostosofeito um beijo antes de dormir.

Luís Camargo. O cata-vento eo ventilador. São Paulo: FTD,

1998.

O verbo ventar, que normal-mente é impessoal, aqui foiempregado em sentido figu-rado, por isso apresenta sujei-to: o vento (o vento venta).

•Quando funciona como ver-bo auxiliar, em uma locução

verbal, o verbo haver é pesso-al e concorda com seu sujei-to. Exemplo: Os meninos ha-

 viam saído de manhãzinha.

A forma verbal concorda com a palavra ou expressão que vem a seguir: nosingular ( meio-dia) ou no plural (vinte quilômetros).

Professor: Nas orações sem sujeito, o verbo ser concorda com o predicativo; voltaremos ao assunto no livro do 9o ano.

Orações construídas com o verbo ser na terceira pessoa do singular ou do plural indicando tempo, distânciaou fenômeno meteorológico são orações sem sujeito; o verbo ser, nesses casos, é chamado de impessoal.

• Oração sem sujeito: aquela em que o processo verbal expresso pelo predicado não é atribuído a nenhum ser.

• Casos de oração sem sujeito:

• com verbos que expressam fenômenos da natureza. Exemplos: Está chovendo. Hoje fez muito calor.

• com o verbo haver na terceira pessoa do singular e no sentido de “existir”. Exemplos: Havia dois pássaros nos fios daponte. Há muita gente aqui.

• com os verbos haver e fazer na terceira pessoa do singular, para expressar tempo decorrido. Exemplos: Faz dez anosque moro neste bairro. Há duas semanas não saio de casa.

• com o verbo ser na terceira pessoa do singular ou do plural para expressar tempo e distância. Exemplos: É mês depitanga. São dois dias de viagem do Sul ao Norte do país.

Para lembrar

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 ATIVIDADES

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1. Leia.Há vida fora da Terra?

Perguntinha difícil, essa. Há séculos o homem vem tentando respondê-la, mas está longe de umconsenso. Os cientistas costumam se dividir em dois grupos: os otimistas e os pessimistas. Os primeiros

acreditam que, sim, o Universo está cheio de vida e,a qualquer momento, poderemos fazer con-tato com civilizações extraterrestres.[…] Já os pessimistaslembram que, apesarde todas as buscasrealizadas, até hojenão foi encontradauma evidência sólidasobre a existência de

vida fora do nossoplaneta. […]

Flávia Lobato. Revista Superinteressante.São Paulo: Abril, jun. 2005.

a) Por que a pergunta do título é classificada como difícil?

b) Copie no caderno as duas orações em que aparece o verbo haver. Em que sentido ele foiempregado nessas orações? “Há vida fora da Terra?”; há: exis te; “Há séculos”; há: faz.

c) É possível identificar o sujeito dessas duas orações? Não.

2. Leia o início desta crônica.Segredo

Há muitas coisas que a psicologia não nos explica. Suponhamos que você esteja em um 12o andar,em companhia de amigos e, debruçando-se à janela, distinga lá embaixo, inesperada naquele momen-to, a figura de seu pai, procurando atravessar a rua ou descansando em um banco diante do mar. Sóisso. Por que, então, todo esse alvoroço que visita a sua alma de repente, essa animação provocadapela presença distante de uma pessoa de sua intimidade? [...]

Paulo Mendes Campos. In: Carlos Drummond de Andrade et alii. Crônicas 4. São Paulo: Ática, 2011. (Col. Para Gostar de Ler).

a) Segundo o texto, qual é uma das coisas que a psicologia não nos explica?

b) Qual é o verbo empregado para afirmar que existe esse tipo de coisas inexplicáveis?

c) A palavra ou as palavras que expressam o que existe está no plural ou no singular? No plural.

d) O verbo que você apontou fica impessoal ou concorda com essa(s) palavra(s)? Fica impessoal.

e) Imagine que o autor quisesse tornar a linguagem da crônica mais informal. Nesse caso, qualdestes verbos pessoais poderia substituir com mais adequação o verbo haver no início dacrônica? existir

surgir existir viver acontecer aparecer

Porque há séculos se procura uma resposta para ela, sem que se tenha chegado a uma conclusão com a qual todos concordem.

O súbito alvoroço de ver, do 12o andar de um prédio, a figura inesperada de alguém que conhecemos.

O verbo haver.

Professor: Se achar adequado, comente com os alunos que existir não é impessoal. Assim, na frase “Existem muitas coisas que a psicologianão nos explica”, muitas coisas é sujeito de existem.

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3. Copie as frases a seguir no caderno, completando-as com o verbo haver usado no sentido de“existir”. Empregue um tempo adequado ao sentido das frases.

a) As testemunhas afirmam que I diversas provas contra o réu. há/havia

b) Desenvolver uma consciência ecológica é importante, e I várias maneiras de colaborar. há

c) Foi difícil decidir, pois I muitas alternativas. havia

d) Fique tranquilo quanto ao futuro; certamente I muitas possibilidades de emprego. haverá

e) I muita confusão durante o jogo de ontem, pois as regras não foram bem definidas. houve

f) Em 1914, I muitas razões para iniciar-se um conflito mundial. havia

4. Leia esta tira.

Dik Browne. O melhor de Hagar, o horrível. Porto Alegre: L&PM, 2003. v. 1.

a) Hagar está furioso com a chuva. O comentário da personagem Sortudo consegue acalmá-lo?Explique sua resposta.

b) Quantas orações há em “Está chovendo há semanas!”? Quais são? Duas: está chovendo; há semanas.

c) O verbo haver foi empregado como impessoal. Copie no caderno o verbo que poderiasubstituí-lo no contexto dessa frase. fazer

passar existir

fazer ser

d) Reescreva a frase trocando haver pelo verbo que você indicou no item anterior. A frase re-escrita com esse verbo fica mais ou menos formal que a original?

e) Chover é verbo impessoal, exceto quando usado em sentido figurado. Em quais das frases aseguir esse verbo é pessoal e, nesse caso, qual seu sujeito?

I. Durante nossa viagem, todo dia choveu.

II. Vou sair, nem que chovam canivetes.

III. Choveram pedrinhas de gelo durante a tempestade.

Aparentemente não, pois onde eles estão não há plantas que pudessem ser beneficiadas pela chuva e que justificariam o comentário.

Está chovendo faz semanas!; com fazer a frase fica menos formal.

Respostas: II; sujeito: canivetes /III; sujeito: pedrinhas de gelo.

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 5. Leia.

É tempo de romã

A fruta que alimenta simpatias populares e decora mesas emdiversas celebrações, ainda mais nesta época do ano, agora é

festejada até em laboratórios, graças à sua incrível capacidade deafastar doenças cardiovasculares e tumores.

Disponível em: <http://saude.abril.com.br/edicoes/0280/nutricao/conteudo_200781.shtml>. Acesso em: 7 out. 2011.

a) Com qual destes sentidos a palavra simpatia foi empregada no texto?

1. Afinidade moral, semelhança no sentir e no pensar que aproxima duas ou mais pessoas.

2. Sentimento caloroso e espontâneo que uma pessoa tem em relação a outra.

3. Faculdade de compreender as ideias ou sentimentos de outras pessoas.4. Ritual praticado supersticiosamente para conseguir algo que se deseja. Resposta: 4.

b) No título da matéria, o verbo ser é pessoal ou impessoal? Explique sua resposta.

c) No texto da matéria, esse verbo aparece novamente. Nesse caso, ele é pessoal ou impes-soal? Justifique. É pessoal, e seu sujeito é a  fruta. 

É impessoal, pois não há um sujeito ao qual ele se refira.

Um cronista que costumava publicar suas crônicas em uma revista teve, certa vez, umasurpresa. Ao receber a última edição da revista, procurou, nas páginas finais, seu texto e,quando o releu, encontrou um problema. Imediatamente, escreveu um e-mail ao editor-chefeda publicação, com esta reclamação.

Escrevi em meu texto, que saiu na edição passada, a frase: “Queassombrosos mistérios protege aquele chapéu”. Mas o revisor colo-cou o verbo proteger no plural: “Que assombrosos mistérios pro-

tegem aquele chapéu!”. Isso mudou totalmente o sentido doque escrevi!

1. Por que, provavelmente, o revisor fez essa modificação?

2. Na oração originalmente escrita pelo autor, qual era o sujeito? aquele chapéu

3. O autor afirma que o revisor modificou totalmente o sentido de sua frase. Ele está certo?Você também teria passado o verbo para o plural? O autor está certo, pois sua frase original dizia que o chapéu protegiaos mistérios assombrosos (os mistérios que havia na mente da pessoa com o chapéu); a frase modificada afirma que os mistérios assombrosos protegem ochapéu.

Porque imaginou que o sujeito de proteger fosse o termo que vem antes dele – assombrosos misté- rios –, que está no plural; nesse caso, o verbo também deveria estar no plural.

REVISORES DO COTIDIANO

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1. (Saresp) Leia com atenção a notícia abaixo.

A afirmação do autor do texto, de que “não é difícil ver quem age demodo infantil nessa história”, pressupõe sua opinião crítica em relação

a) às manifestações juvenis.

b) à música gótica.

c) à atitude dos legisladores russos.

d) aos sites sobre os emos.

 ATIVANDO HABILIDADES

Resposta: c.

Habilidade em foco: inferir opiniõesou conceitos pressupostos ou subenten-didos em um texto.

Encerrando a unidade

Emos numa fria na Rússia?TristeMilhares de emos ficaram cha-

teados na Rússia na última sema-

na. Aparentemente, a máfia e a

corrupção não incomodam mais,

então os legisladores de lá estu-

dam proibir a música e o visual

emo e gótico, além de fiscalizar os

sites  do país que tratem do assun-

to. O argumento, de chorar, é quea moda adolescente é perigosa,

pois encoraja a depressão e sui-

cídios. Na Sibéria, onde algumas

restrições começaram a aparecer,

manifestantes foram às ruas com cartazes com frases como

“um estado totalitário encoraja a estupidez”. Não é difícil ver

quem age de modo infantil nessa história.

Fonte: Emos numa fria na Rússia? Diário de São Paulo,São Paulo, p. A2, 27 jul. 2008.

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Projeto do ano

Definição da pautaReunião da equipe para definir os assuntos

da nova edição. Nessa fase, são avaliadas

as sugestões enviadas pelos leitores.Checagem e revisão

de texto

Distribuição para

bancas e livrarias

4

7

1Fase

Fase

Fase

Revista

Professor: A respeito dos objetivos do projeto, consulte oManual do Professor. É importante apresentar aos alunos asorientações iniciais para que tenham ideia dos objetivos eda forma de se organizar durante o ano. Orientações para odesenvolvimento e finalização da revista serão apresentadasno final do livro, após a unidade 8.

Em grupo com alguns colegas, você vai montar, no final do ano,uma revista com as produções de texto realizadas em diferentesmomentos ao longo dos meses. Vai ser uma oportunidade de vocêse divertir e de divertir muitos leitores.

Você sabe como são feitas as revistas? Leia o infográfico.

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A nossa revistaVamos começar a organizar a produção das revistas da classe, que

serão finalizadas no final do ano.

1 Com a orientação do professor, forme um grupo com três ou quatro colegas.

2. Ao trabalhar as unidades deste livro, vocês vão produzir diversos textos.Alguns deles estarão marcados com o símbolo:

3. Guardem esses textos em uma pasta, pois eles poderão ser selecionadospara publicação na revista do grupo.

4. Decidam se vocês vão guardar todos os textos do grupo em uma mesmapasta ou se cada um vai ter sua própria pasta.

5. Caso resolvam ter só uma, definam quem vai ficar responsável por ela.

6. Nos próximos meses, procurem informar-se sobre revistas de seu interes-se e ler algumas delas Esse conhecimento vai ajudá los na hora de produ

Preparação dos textos e

ilustrações, diagramaçãoA revista começa a ganhar forma.

Os textos são redigidos e editados e a

equipe de arte prepara a distribuição

de textos e fotos nas páginas.

Montagem e

impressão

Distribuição para

assinantesEssa é a primeira remessa

f i já

Levantamento de dadosApós a definição da pauta, há a

coleta de informações e avaliação

do que vale a pena publicar.

3

5

6

2

Fase

Fase

Fase

Fase

Professor: Insista com os alunosa respeito da importância doarquivo. Se eles não guardaremos textos, não será possível aprodução final. Se julgar opor-tuno, encarregue-se de guardaras pastas na escola.

PRODUÇÃO P AR  A O 

PRO JE TO