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Centro de Raízes e Amidos Tropicais
XIII Seminário de Integração
de Pesquisas do CERAT
13 de dezembro de 2017
ANAIS
Botucatu-SP
XIII SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO DE PESQUISAS DO CERAT
13 DE DEZEMBRO DE 2017
ANAIS
Organização
Prof. Dr. Adalton Mazetti Fernandes
Prof. Dr. Pablo Forlan Vargas
Profa. Dra. Magali Leonel
Promoção e Realização
CERAT- Centro de Raízes e Amidos Tropicais
Local
Anfiteatro do Centro de Raízes e Amidos Tropicais
Botucatu-SP
APRESENTAÇÃO
O Centro de Raízes e Amidos Tropicais tem sua estrutura assentada na conciliação de atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária de forma indissociável.
O Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT é um evento bianual que tem por objetivo promover o encontro de todos os pesquisadores, docentes e alunos que desenvolvem projetos no Centro ou em cooperação com o CERAT.
Com o decorrer dos anos, vem sendo observado os benefícios desse evento como uma ferramenta de integração e de discussão multidisciplinar de importantes temas de pesquisa.
Assim, neste ano de 2017 diversos trabalhos serão apresentados na forma oral por alunos e poderão ser discutidos de forma ampla por toda a comunidade do CERAT.
A Comissão Organizadora deseja a todos um ótimo evento!
PROGRAMAÇÃO
08:00hs às 08:15hs - Inscrição e entrega de material
08:15 às 08:30hs - Abertura do Evento
8:30 às 09:45hs - Apresentações de trabalhos de pesquisa
09:45 às 10:00hs - Intervalo
10:00 às 12:00hs - Apresentações de trabalhos de pesquisa
12:00hs- Brunch
TRABALHOS
Nº Título Apresentadores
1 MANDIOCA, BATATA DOCE E ARARUTA COMO
MATÉRIAS-PRIMAS PARA A OBTENÇÃO DE AMIDOS FOSFATADOS
DEL BEM, M. S.; LEONEL, M.
2 ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO E CONDIÇÕES DE CULTIVO AFETAM PRODUÇÃO E FORMAÇÃO
DE AMIDOS EM MANDIOCA.
FERNANDES, D. S.; SANTOS, T. P. R.;
LEONEL, M.
3 SUBSTITUIÇÃO DA FARINHA DE TRIGO POR
AMIDO DE MANDIOCA E FARINHAS DE BANANA NA PRODUÇÃO DE BISCOITOS SEM GLÚTEN
SANTOS, C. H. E. S.; SANTOS, T. P. R.;
LEONEL, S.; LEONEL, M.
4 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS BANANAS DO
SUBGRUPO CAVENDISH (AAA) EM FUNÇÃO DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DOS FRUTOS
BOLFARINI, A. C. B.; JAVARA, F. S.;
SOUZA, J. M. A.; OLIVEIRA JUNIOR, M. A.; LEONEL, S.; LEONEL, M.
5 QUANTIFICAÇÃO DE AMIDO EM MADEIRA - ESTUDO DE CASO COM SERINGUEIRA
CHERELLI, S. G.; SANTOS, T. P. R.; LEONEL, M.;
BALLARIN, A. W.
6 RESPOSTA DA BATATA-DOCE A APLICAÇÃO DE
POTÁSSIO EM SOLOS COM DIFERENTES DISPONIBILIDADES INICIAIS DO ELEMENTO
FIGUEIREDO, R. T.; FERNANDES, A. M.;
VARGAS, P.F.
7 AMIDOS DE TUBEROSAS NATIVOS E MODIFICADOS POR EXTRUSÃO
GARCIA, E.L.; LEONEL, M.
8 PRODUTIVIDADE DA BATATEIRA, CV. MARKIES,
EM RESPOSTA AO MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
ASSUNÇÃO, N.S.; FERNANDES, A. M.;
SORATTO, R. P.
9 COMPONENTES DA PRODUÇÃO DA MANDIOCA DE MESA IAC 576-70 SOB DEFICIÊNCIA HÍDRICA
EM DIFERENTES FASES FENOLÓGICAS
SILVA, V. M.; PEREIRA, L. F. M.; ZANETTI, S.; SILVA,
M. A.
10
TEORES DE MASSA SECA E NUTRIENTES EM PLANTAS DE MANDIOCA PARA INDÚSTRIA EM
DIFERENTES ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO DA PLANTA
MENEGUCCI, N. C.; FERNANDES, A. M.;
LEONEL, M.
11 CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE RELATIVO DE
CLOROFILA E TEOR DE NITROGÊNIO NA FOLHA DE CULTIVARES DE BATATA
FERNANDES, F. M.; SORATTO, R. P.;
FERNANDES, A. M.
12 CRESCIMENTO AÉREO E PRODUTIVIDADE DA
BATATA, cv. MONDIAL, EM RESPOSTA A APLICAÇÃO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO
NUNES, J. G. S.; FERNANDES, A. M.;
SORATTO, R. P.
13 PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE INFLUENCIADA PELA APLICAÇÃO DE
FÓSFORO
NUNES, J. G. S.; NUNES, J. G. S.; GAZOLA, B.; FERNANDES, A. M.;
LEONEL, M.
14 NUTRIÇÃO NITROGENADA DA MANDIOCA EM RESPOSTA A INOCULAÇÃO DE Azospirillum brasilense E APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO
SILVA, J. A.; FERNANDES, A. M.
15 PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS E FUNCIONAIS DE AMIDOS OBTIDOS DE NOVOS CULTIVARES
BANANA VERDE DA EMBRAPA
SANTOS, T. P. R.; LEONEL, S.; LEONEL, M.
16 PRODUTIVIDADE DA BATATA-DOCE EM
RESPOSTA A APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO E REGULADOR DE CRESCIMENTO VEGETAL
RIBEIRO, N. P.; SILVA, R.M.; FERNANDES, A. M.
17
ESPAÇAMENTO ADENSADO E ALTA POPULAÇÃO DE PLANTAS EM MANDIOCA DE MESA
SUBMETIDA À APLICAÇÃO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO
SILVA, R.M.; RIBEIRO, N. P.; FERNANDES, A. M.
18 EFICIENCIA AGRONÔMICA DE BACTERIAS
FIXADORAS DE NITROGÊNIO NA CULTURA DA BATATA-DOCE
VARGAS, P.F.; NOGAROL, F. S.; KITAGAWA, M. F.;
GALINDO, F. S.; TEIXEIRA FILHO, M.C.M.
19 CONDIÇÕES DE SOLO E ADUBAÇÃO NA
NUTRIÇÃO DA BATATA-DOCE (Ipomoea batatas Lam.)
ALVES, D. A. S.; LEONEL, M.; GRASSI FILHO, H.
20
CRESCIMENTO E ABSORÇÃO DE FÓSFOFRO PELA PLANTA DA MANDIOCA INOCULADA COM FUNGO MICORRÍZICO ARBUSCULAR EM SOLO
DEFICIENTE EM FÓSFORO
MOTA, L . H. S. O.; FERNANDES, A. M.
21 CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DO GENÓTIPO DE BATATA-DOCE CANADENSE INFLUENCIADOS
PELA APLICAÇÃO DE FÓSFORO NO SOLO
SOUZA, V. M. M.; NUNES, J. G. S.; NUNES, J. G. S.;
FERNANDES, A. M.; LEONEL, M.
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
1
MANDIOCA, BATATA DOCE E ARARUTA COMO MATÉRIAS-PRIMAS PARA A OBTENÇÃO DE AMIDOS FOSFATADOS
Marília S. DEL BEM1; Magali LEONEL2
O Brasil é o quinto maior produtor mundial de amido total e o terceiro maior produtor de amido de mandioca. Além da mandioca, o Brasil tem produção de tuberosas amiláceas com grande potencial de utilização como fontes de amidos comerciais, como por exemplo, a batata doce e a araruta. As propriedades de amidos nativos nem sempre satisfazem as necessidades das indústrias, que buscam amidos com propriedades específicas principalmente para resistir a tratamentos estressantes que deterioram a estrutura do gel. A fosfatação pode aumentar a dispersão dos grânulos de amido em água fria, reduzir a retrogradação, poder de inchamento, solubilidade, temperatura de gelatinização e a viscosidade das pastas. Considerando o grande potencial do Brasil como produtor mundial de amido de fontes não convencionais e a ampliação das aplicações do amido fosfatado, este trabalho terá como objetivo caracterizar os amidos nativos de mandioca, batata doce e araruta quanto às características morfológicas, físicas e químicas; modificar quimicamente os amidos e avaliar o efeito do fosfato e o tempo de processo sobre suas características. Os amidos serão modificados pela adição da mistura de 1 % de Trimetafosfato de Sódio com 4% de Tripolifosfato de Sódio e expostos a temperatura de 120°C durante 7,5, 15, 30, 60 e 120 minutos. Os amidos obtidos serão analisados quanto à amilose aparente, amido resistente, difração por raios-X, cristalinidade relativa, morfologia geral, tamanho e distribuição dos grânulos, poder de inchamento e solubilidade, propriedades de pasta e propriedades térmicas. Os resultados obtidos serão submetidos à análise estatística e o efeito do tempo de exposição dos amidos será avaliado por análise de regressão.
Palavras-chave: amido de mandioca, amido de batata doce, amido de araruta, modificação química, fosfatação.
1 Doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
2
ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO E CONDIÇÕES DE CULTIVO AFETAM
PRODUÇÃO E FORMAÇÃO DE AMIDOS EM MANDIOCA.
Daiana de S. FERNANDES3; Thais Paes Rodrigues dos SANTOS2; Magali
LEONEL3
A biossíntese do amido varia tanto quantitativa como qualitativamente
durante o desenvolvimento da planta, mudando suas características, a
funcionalidade do amido exibe variações imprevisíveis, dependendo das
condições ambientais durante o crescimento e o tempo de crescimento. As
propriedades funcionais desejadas podem ser alcançadas controlando o
período de crescimento, sem modificação física ou química adicional do
amido. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do estádio de
desenvolvimento da planta de mandioca sobre as características de tamanho
e distribuição do grânulo do amido de mandioca obtidos em 3, 7, 11, 15 e 19
meses de desenvolvimento da planta de mandioca. O tamanho e a
distribuição dos grânulos de amido foram determinados em analisador de
tamanho de partículas (Mastersizer 2000, Malvern Instruments Ltda versão
5.6 LTDA.) Os resultados mostraram que no início da tuberização das raízes,
3 meses, os grânulos ainda estão se formando havendo predomínios de
amidos com diâmetro médio na faixa de 3 a 10 µm (44,88%) e de 10 a 15 μm
(34,46%). No final do primeiro ciclo, 11 meses, a distribuição mostra redução
significativa de grânulos pequenos, representando 17 % do total, aumento de
grânulos de 10 a 15 μm (47,44%), e, também, aumento da porcentagem de
grânulos acima de 15 μm (35,47%). Quando a mandioca sofre a poda da
parte aérea e permanece no campo por mais um ciclo (19 meses), observou-
se alterações na distribuição de tamanhos dos grânulos, com aumento de
6,12% nos grânulos com tamanho superior a 15 μm. Assim, estes resultados
mostram que mudanças nas épocas de colheita levam a alterações
importantes nesta característica e podem interferir na qualidade esperada
para o amido de mandioca.
Palavras-chave: Síntese, grânulo de amido, tempo de colheita.
1Doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2 Pós doutoranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail [email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
3
SUBSTITUIÇÃO DA FARINHA DE TRIGO POR AMIDO DE MANDIOCA E
FARINHAS DE BANANA NA PRODUÇÃO DE BISCOITOS SEM GLÚTEN
Ciro Hugo Elnatan de Souza SANTO1 ; Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS;
Sarita LEONEL; Magali LEONEL2
O glúten é uma proteína presente no trigo e outros cereais como,
cevada, centeio e aveia. Pessoas com a doença celíaca, quando fazem
ingestão do glúten, sofrem diversas complicações como destruição de
vilosidades intestinais e má absorção de nutrientes. Uma crescente busca por
alimentos sem glúten pede por produtos práticos e prontos para o consumo,
como por exemplo, os biscoitos, que são consumidos por pessoas de
diversas idades. Frente a isso, neste trabalho objetivou-se produzir um
biscoito amanteigado sem glúten através da substituição total da farinha de
trigo por fécula de mandioca e farinhas de polpa e de casca de banana. Para
o desenvolvimento dos biscoitos sem glúten, foi utilizada para fins de
comparação uma formulação padrão contendo 200g de farinha de trigo, 180g
de margarina, 140g de açúcar refinado e 5mL de essência de baunilha. Para
a formulação teste, utilizou-se 50g de farinha de polpa de banana, 50g de
farinha de casca de banana e 100g de amido de mandioca com os demais
ingredientes nas mesmas proporções da formulação padrão. Os biscoitos
padrão e sem glúten foram avaliados para: volume específico, textura e cor.
Também foi realizada a avaliação sensorial por escala de 9 pontos, dos
seguintes parâmetros: aceitação global, cor, crocância e sabor. Os resultados
obtidos mostram não terem ocorrido diferenças significativas para os
parâmetros: volume específico e textura. Contudo, os biscoitos com farinhas
de banana devido à coloração das farinhas e maior teor de açúcares
apresentaram coloração mais escura com redução significativa da
luminosidade (L*). A análise sensorial evidenciou médias de aceitação global
de 7,53 para o biscoito de trigo e de 6,53 para o biscoito sem glúten,
evidenciando boa aceitação do biscoito com a substituição total do trigo.
Assim, o biscoito produzido permite o consumo por pessoas celíacas e,
também, atende as necessidades de pessoas com intolerância à lactose e ao
leite, alergia à soja e escolhas pessoais e filosóficas, como o vegetarianismo
ou veganismo.
Palavras-chave: Celíacos, amido, farinhas, biscoito, análises físicas,
sensorial.
1Graduando em Nutrição - UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
4
CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DAS BANANAS DO SUBGRUPO CAVENDISH
(AAA) EM FUNÇÃO DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO DOS FRUTOS
Ana Carolina Batista BOLFARINI1; Fagner Sanches JAVARA; Jackson
Mirellys Azevêdo SOUZA; Marcelo Almeida de OLIVEIRA JUNIOR; Sarita
LEONEL2; Magali LEONEL3
A aparência (tamanho, forma, coloração e brilho), o sabor, o aroma e
a firmeza das bananas são os primeiros atributos avaliados pelo consumidor
no momento da compra. Os critérios adotados para a determinação do pondo
de colheita em bananeira ainda não são bem definidos e a literatura existente
na área é genericamente convergente. O desaparecimento das quinas é um
indicador utilizado para determinar o completo desenvolvimento fisiológico
dos frutos. Outro critério adotado para determinação do ponto de colheita é a
medida do diâmetro dos frutos, geralmente da segunda penca do cacho.
Nesta linha, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a coloração e
firmeza das bananas do subgrupo Cavendish, em função do desenvolvimento
fisiológico, mensurado por meio do diâmetro dos frutos na colheita. O
experimento foi realizado em pomar experimental da Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP/campus de Botucatu, no município de São Manuel-
SP. Os frutos foram colhidos da segunda penca do cacho quando
apresentavam os seguintes diâmetros: 32, 34, 36, 38 e 40 mm, aferidos por
meio de paquímetro digital, no período de março a maio de 2014. Os
cultivares avaliados foram: Grand Naine e Nanicão IAC 2001. O delineamento
experimental foi em blocos ao acaso, num esquema fatorial 5 x 2, composto
por 5 diâmetros de frutos e 2 cultivares de bananeira, com 4 repetições. Para
todas as variáveis avaliadas houve interação significativa entre os cultivares e
os diâmetros dos frutos na colheita. O diâmetro de 34 mm promoveu frutos
com maior firmeza para ‘Grand Naine’ (2,59 N). Para ‘Nanicão IAC 2001’, os
maiores valores da coordenada a* (5,81) foram obtidos com 40 mm. A
interação entre os cultivares do subgrupo Cavendish e o estádio de
desenvolvimento dos frutos, ratifica a necessidade da adoção de critérios de
colheita específicos em função do cultivar.
Palavras-chave: Musa sp., ponto de colheita, coloração, firmeza.
1 Doutoranda em Horticultura - FCA/UNESP. E-mail: [email protected] 2 Profª Titular - Depto. Horticultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
5
QUANTIFICAÇÃO DE AMIDO EM MADEIRA - ESTUDO DE CASO COM
SERINGUEIRA
Sabrina G. CHERELLI1, Thaís P. R. DOS SANTOS2, Magali LEONEL3,
Adriano W. BALLARIN4
Os plantios de seringueira no Brasil são utilizados quase que
exclusivamente para a produção de borracha. Em média a árvore leva oito
anos para começar a fornecer o látex, mantendo-se produtiva por um período
de aproximadamente trinta anos. Após sua vida produtiva para a obtenção da
borracha natural, a seringueira é cortada para reforma do seringal. Embora os
plantios de seringueira sejam estabelecidos com o objetivo principal de
produção do látex, as plantações apresentam boas perspectivas como
fornecedoras de matéria-prima para o segmento de produtos de madeira
sólida pois possui uma cor clara, quase esbranquiçada, e pode receber vários
tratamentos para exibir outras cores além de apresentar boa qualidade de
trabalhabilidade. No que diz respeito à durabilidade natural da madeira de
seringueira (um dos principais fatores que determina sua utilização), esta
possui alto teor de carboidratos, chegando a apresentar mais de 8% na forma
de grânulos de amido distribuídos no interior das células de parênquima o que
pode ser atrativo para organismos xilófagos e deterioradores da madeira,
diminuindo sua resistência natural. A quantificação de amido na madeira é,
portanto, importante por condicionar diretamente a biodeterioração por
agentes xilófagos e, indiretamente, a sua classificação para usos finais,
porém são poucos os trabalhos em que é proposta uma metodologia de
quantificação de amido específica para a madeira. Devido à importância do
amido na resistência e durabilidade natural da madeira de seringueira, o
objetivo desse estudo foi quantificar o amido na espécie por meio de duas
metodologias diferentes (hidrólise enzimática e hidrólise ácida), buscando a
metodologia ideal para a quantificação de amido na seringueira em diferentes
situações: distribuição ao longo do raio da madeira; duas épocas fenológicas
e dois sítios de plantio.
Palavras-chave: amido, metodologia, seringueira
1Doutoranda PPG Agronomia (Energia na Agricultura) - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pós doutoranda PPG Agronomia (Energia na Agricultura) - FCA/UNESP, Botucatu - SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu - SP. E-mail: [email protected] 4 Professor Titular do Departamento de Engenharia Rural - FCA/UNESP, Botucatu- SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
6
RESPOSTA DA BATATA-DOCE A APLICAÇÃO DE POTÁSSIO EM SOLOS
COM DIFERENTES DISPONIBILIDADES INICIAIS DO ELEMENTO
Ricardo T. FIGUEIREDO1, Adalton M. Fernandes2, Pablo F. Vargas3
O potássio (K) é o elemento mais extraído pela batata-doce e sua aplicação nessa cultura possibilita aumentar o desenvolvimento das raízes de reserva e consequentemente a produtividade. No entanto, a aplicação de doses acima das recomendadas para a cultura, especialmente em solos arenosos, pode resultar em lixiviação do nutriente e aumentar o custo de produção. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de doses de K sobre a produtividade da batata-doce em duas condições de disponibilidade inicial do nutriente. Para isso, dois experimentos foram conduzidos em solos arenosos, um com baixo teor de K (0,97 mmolc dm3) e outro com médio teor de K (1,25 mmolc dm3). Em cada experimento, o delineamento experimental foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, e os tratamentos foram representados por quatro doses de K2O (0, 60, 120 e 240 kg ha-1). O K foi fornecido como cloreto de potássio e as doses de K foram aplicadas de forma parcelada com metade das doses no plantio e metade aos 90 dias após o plantio (DAP). Cada parcela foi representada por 4 linhas de 5 m de comprimento. A colheita da batata-doce foi realizada aos 153 DAP. Os resultados foram submetidos a análise de variância conjunta. As diferenças entre os experimentos (disponibilidades de K no solo) foram separadas pelo teste t (DMS) (p<0,05) e os efeitos das doses de K foram avaliados por análise de regressão. O número total de raízes por planta não sofreu efeito dos fatores estudados, mas o número de raiz comercial foi afetado pelos fatores isolados e as produtividades pela interação. A adubação potássica aumentou 33% o número comercial de raiz em relação à testemunha e no solo com médio teor de K o número de raízes foi maior. Nas menores doses de K a produtividade total e comercial foi maior no solo com médio teor de K, mas nas maiores doses elas não diferiram entre os solos. No solo com baixo teor de K a produtividade comercial aumentou linearmente com a adubação potássica, mas no solo com médio teor de K houve aumento somente até a dose estimada de 111 kg ha -1 de K2O. Conclui-se que nos solos com baixo e médio teor de K as máximas produtividades comerciais são obtidas com as doses de 240 e 111 kg ha-1 de K2O, respectivamente.
Palavras-chave: Ipomoea batatas. Nutrição potássica. Produtividade
1 Mestrando em Agronomia (Horticultura)- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Professor da UNESP/Campus Registro e Docente credenciado no CERAT. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
7
AMIDOS DE TUBEROSAS NATIVOS E MODIFICADOS POR EXTRUSÃO
Emerson L. GARCIA1, Magali LEONEL2
Amido é uma das matérias primas mais utilizadas em nível mundial,
sendo uma das poucas com capacidade para atender aos mais variados
segmentos e exigências industriais. Contudo, apesar de sua ampla
funcionalidade, inúmeras vezes, o amido necessita ser modificado para
atender à demanda industrial, sendo a tecnologia de extrusão importante
meio de modificação física devido ao seu elevado custo/benefício.
Objetivando avaliar diferentes fontes de amido e seu potencial tecnológico, o
estudo analisou amidos nativos de mandioca, batata-doce e mandioquinha-
salsa, bem como, a influência da modificação por extrusão sobre as
características desses amidos. Para alcançar os objetivos propostos, o
trabalho foi dividido em dois experimentos. No primeiro experimento os
amidos foram caracterizados quanto às características físico-químicas e
funcionais e, posteriormente, para melhor entendimento da influência da
modificação sobre essas características, modificados sob condições fixas de
processamento. No segundo experimento, após terem sido constatados os
efeitos da modificação, foi avaliado por meio de ensaios em delineamento
central composto rotacional, o efeito da variação da temperatura de extrusão,
rotação da rosca e umidade dos tratamentos sobre as características dos
amidos modificados. Os resultados apontaram que o diâmetro médio dos
grânulos é o parâmetro de maior dissimilaridade entre as raízes avaliadas,
seguido pelo percentual de retrogradação e teor de amido resistente. A
modificação pela tecnologia de extrusão, segundo as características
intrínsecas de cada matéria prima, demonstrou efeito sinérgico sobre as
características dos amidos avaliados, provocando aumento da solubilidade,
aumento da viscosidade a frio e incremento do teor de AR3. Dentre os
parâmetros analisados no processamento, a temperatura é o fator de maior
interferência na obtenção de amidos totalmente gelatinizados.
Palavras-chave: Amido, Modificação física, propriedades.
1Doutor em Agronomia- CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
8
PRODUTIVIDADE DA BATATEIRA, CV. MARKIES, EM RESPOSTA AO MANEJO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA
Natália S. ASSUNÇÃO1; Adalton M. FERNANDES2; Rogério P. SORATTO3
O nitrogênio (N) é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura da
batata (Solanum tuberosum L.) e ele desempenha importante papel sobre o crescimento da planta e o enchimento de tubérculos. Dessa forma, seu fornecimento para a planta na época adequada é fundamental para maximizar a produtividade de tubérculos. Sendo assim, a otimização do manejo da adubação nitrogenada com fornecimento do N no período de maior demanda pelas plantas é uma estratégia para promover melhorias na produtividade e qualidade de tubérculos da batateira. Dessa forma, objetiva-se com este trabalho avaliar a produtividade dos tubérculos da cultivar de batata Markies quando submetida a diferentes formas de manejo da adubação nitrogenada tradicional combinada com a aplicação de doses de N na fase de enchimento de tubérculos. O experimento foi conduzido na safra de inverno de 2017. O delineamento experimental adotado foi em blocos ao acaso no esquema fatorial 2 x 4, com quatro repetições. As formas de manejo da adubação nitrogenada tradicional foram: M1 = 160 kg ha-1 de N no plantio e M2 = 80 kg ha-1 de N no plantio e 80 kg ha-1 de N na amontoa (10 dias após a emergência - DAE), combinadas com as doses de 0, 20, 40 e 80 kg ha-1 de N aplicadas na fase de enchimento dos tubérculos (entre 35 e 40 DAE). O manejo M1 equivale a quantidade de N aplicada por muitos produtores com a dose de 4,1 t ha-1 (10 t alqueire-1) da fórmula NPK 04-14-08, enquanto o manejo M2 representa a maior dose de N recomendada pelo Boletim 100 no estado de São Paulo. A produtividade total, comercial e das classes especial, primeira e segunda não foi influenciada pelos fatores estudados. O manejo M2 proporcionou o maior número de tubérculos por planta e maior produtividade da classe miúda até a dose estimada de 15 kg ha-1 de N. Para o manejo M1, a produtividade da classe miúda aumentou linearmente com o incremento das doses de N na fase de enchimento de tubérculos. O parcelamento do N entre o plantio e a amontoa aumenta o número de tubérculos por planta e a aplicação de N no enchimento de tubérculos não aumenta a produtividade.
Palavras-chave: Solanum tuberosum L., dose de nitrogênio, época de
aplicação
1 Doutoranda em Agronomia - FCA/UNESP. E-mail:nataliaassuncao. [email protected] 2 Pesquisador CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Profº. Depto. Produção e Melhoramento Vegetal - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
XIII Seminário de Integração de Pesquisas do CERAT
9
COMPONENTES DA PRODUÇÃO DA MANDIOCA DE MESA IAC 576-70
SOB DEFICIÊNCIA HÍDRICA EM DIFERENTES FASES FENOLÓGICAS
Vicente M. da SILVA1; Laís F. M. PEREIRA2; Samara ZANETTI3; Marcelo de
A. SILVA4
A mandioca é considerada uma cultura tolerante à seca, no entanto,
causas da baixa produção podem estar associadas à deficiência hídrica dos
solos, visto que a escassez de água prejudica o crescimento e o
desenvolvimento dos vegetais mais do que qualquer outro fator ambiental. A
deficiência hídrica durante uma determinada fase fenológica da cultura pode
ter maior impacto no rendimento do que a intensidade da seca em si. O
objetivo deste trabalho foi avaliar os componentes da produção da mandioca
de mesa IAC 576-70 sob deficiência hídrica em diferentes fases fenológicas.
O experimento foi conduzido em ambiente protegido na Faculdade de
Ciências Agronômicas (FCA/UNESP), Câmpus de Botucatu-SP, em
delineamento experimental inteiramente ao acaso e esquema fatorial 3 x 3,
constituído por três fases fenológicas (de 90 a 180; de 180 a 270 e de 270 a
360 dias após o plantio, DAP) e três tensões de água no solo (-10, -40 e -70
kPa), com cinco repetições. As manivas-sementes foram plantadas em caixas
com 0,30 m3 de solo e a umidade do solo foi monitorada por tensiômetros.
Aos 360 DAP as plantas foram colhidas para avaliação e os dados foram
submetidos ao teste F e ao teste Tukey (p ≤ 0,05). A deficiência hídrica entre
90 a 180 DAP reduziu 60% as massas de matéria seca (MS) da parte aérea e
da raiz, reduziu em até 100% o número de raiz comercial e ocasionou perdas
de 54,5% na produção total de raízes nas plantas sob tensão de -40 kPa e de
75,6% nas plantas sob tensão de -70 kPa. A limitação hídrica entre 180 a 270
DAP não alterou a MS da planta, o número de raiz não comercial e a
produção de total de raiz. Tensões de água o solo de -40 e -70 kPa entre 270
a 360 DAP reduziram 45,7% a produção de raiz comercial e 32,5% a
produção total de raiz. A deficiência hídrica entre 90 a 180 DAP e entre 270 a
360 DAP afeta a produção da mandioca.
Palavras-chave: Manihot esculenta, seca, raiz tuberosa.
1 Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2 Doutora em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 3 Mestre em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 4 Prof. Depto. Produção e Melhoramento Vegetal- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected]
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TEORES DE MASSA SECA E NUTRIENTES EM PLANTAS DE MANDIOCA
PARA INDÚSTRIA EM DIFERENTES ESTÁDIOS DE DESENVOLVIMENTO
DA PLANTA
Nathane C. MENEGUCCI1; Adalton M. FERNANDES2; Magali LEONEL3
A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é cultivada em todos os
estados brasileiros, colocando o país em destaque no cenário mundial, com
uma produção média nos últimos anos de 23 milhões de toneladas. A cultura
possui ampla adaptação às mais variadas condições de clima e solo e, sua
produção pode ser classificada em dois tipos: a mandioca de “mesa”,
comercializada principalmente na forma in natura, e a mandioca de indústria,
comercializada como matéria prima para as indústrias de amido e farinha. Na
indústria, a forma de pagamento é baseada nos teores de massa seca,
utilizando a balança hidrostática para a medição da renda. Contudo, a medida
da renda tem gerado várias discussões entre produtores e industriais,
gerando dúvidas sobre a confiabilidade da medida industrial. Considerando a
importância econômica e social da agroindustrialização da mandioca para o
Brasil, este trabalho tem por objetivo avaliar metodologias de determinação
da massa seca das raízes e suas correlações com as características
intrínsecas de dois cultivares de mandioca, plantados em áreas comerciais,
durante dois ciclos de desenvolvimento da planta.O experimento está sendo
conduzido em condições de campo na cidade de Lupércio, instalado em
blocos ao acaso, com quatro repetições. Serão avaliados dois cultivares de
mandioca de indústria, IAC 90 e IAC 95, e onze épocas de coleta de plantas,
ou seja, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 e 22 meses após o plantio. Em cada
época de colheita das plantas, serão analisadas: altura da planta, diâmetro do
caule, nº de folhas, nº de raízes, peso fresco da parte aérea e raízes, massa
seca da parte aérea e raízes, renda industrial e composição química da parte
aérea e raízes.
Palavras-chave: Mandioca, massa seca, renda, raízes.
1 Mestranda em Energia na Agricultura- FCA/UNESP. E-mail: [email protected] 2 Coordenador Executivo CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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CORRELAÇÃO ENTRE O ÍNDICE RELATIVO DE CLOROILA E TEOR DE
NITROGÊNIO NA FOLHA DE CULTIVARES DE BATATA
Fabiana Morbi FERNANDES1; Rogério Peres SORATTO2; Adalton Mazetti
FERNANDES3
A cultura da batata (Solanum tuberosum L.) extrai em grandes
quantidades o nitrogênio (N) e este nutriente apresenta grande impacto no
desempenho dessa cultura. A resposta da cultura da batata à adubação
nitrogenada depende de inúmeros fatores, tornando essencial o manejo
correto do N, maximizando assim a absorção deste pela planta. Sabe-se
ainda que a aplicação de doses insuficientes ou demasiadamente elevadas
de N pode reduzir a produtividade e a qualidade dos tubérculos produzidos e
representar prejuízos aos produtores e riscos ao ambiente. Neste sentido, a
estimativa da necessidade de N, mediante leituras do índice relativo de
clorofila (IRC) nas folhas da cultura, com o clorofilômetro portátil, pode ser
uma alternativa viável para tornar o manejo do N mais preciso. Nesta linha, o
presente trabalho teve por objetivo avaliar a correlação entre o IRC, obtido
mediante leituras do clorofilômetro portátil, e o teor de N da folha de duas
cultivares de batata (Agata e Electra), em diversos estádios de
desenvolvimento. Foram realizados dois experimentos (um com cada cultivar)
na Fazenda Experimental Lageado, da Faculdade de Ciências Agronômicas –
FCA/UNESP, Campus de Botucatu-SP. As leituras com o clorofilômetro (IRC)
foram realizadas semanalmente, ou seja, aos 10, 17, 24, 31, 38, 45, 52 e 59
DAE, amostrando-se dez plantas por unidade experimental, sendo que em
cada folha avaliada como diagnóstica (quarta folha totalmente expandida a
partir do ápice) foram realizadas três leituras, somando, assim, 30 leituras por
parcela, a partir das quais foi calculada a média. Na primeira leitura (10 DAE),
como as plantas não apresentaram ainda quatro folhas totalmente
expandidas, as leituras foram tomadas na folha mais velha totalmente
expandida a partir do ápice. Imediatamente após cada leitura foi feita coleta
das mesmas folhas para análise do teor de N total. Para os resultados obtidos
foram estabelecidas correlações lineares como medida de dependência entre
a leitura do clorofilômetro (IRC) e o teor de N na folha coletada no momento
da leitura do clorofilômetro. Para verificar a significância do coeficiente de
correlação foi utilizado o teste t. Pode-se concluir que o IRC, obtido mediante
as leituras do clorofilômetro, correlacionou-se de forma positiva com o teor de
N na folha das cultivares de batata Agata e Electra a partir dos 24 DAE.
Palavras-chave: Solanum tuberosum L, IRC, adubação nitrogenada
1 Doutoranda em Agronomia- Agricultura FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Prof. Depto. Produção e Melhoramento Vegetal- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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CRESCIMENTO AÉREO E PRODUTIVIDADE DA BATATA, cv. MONDIAL,
EM RESPOSTA A APLICAÇÃO DE REGULADOR DE CRESCIMENTO
Jesion G. S. NUNES1; Adalton M. FERNANDES2; Rogério P. SORATTO3
Na cultura da batata, o crescimento excessivo de hastes e folhas pode ser desfavorável para a produtividade de tubérculos, uma vez que diminui a quantidade de carboidratos que são mobilizados das folhas para os tubérculos em crescimento. Diante disso, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito de doses de quatro reguladores de crescimento vegetal no crescimento aéreo e na produtividade de tubérculos da batateira cv. Mondial. O experimento foi conduzido em campo no delineamento experimental de blocos ao acaso, em esquema fatorial 4x3+1, com quatro repetições. Os tratamentos foram representados por quatro reguladores de crescimento (Cloreto de mepiquat, Cloreto de chlormequat, Proexadiona cálcica e Paclobutrazol) e quatro doses do i.a. (25, 50, 100, 200 e 400 g ha-1), além do tratamento controle (sem aplicação de regulador). Os reguladores de crescimento foram aplicados no início da fase de enchimento dos tubérculos, quando a massa média dos tubérculos era de 25 g. O comprimento da maior haste e a área foliar das plantas foi menor no tratamento com aplicação de paclobutrazol em que os valores dessas variáveis foram significativamente inferiores aos do tratamento controle. As doses de regulador de crescimento não afetaram o comprimento da maior haste, mas reduziram linearmente a área foliar das plantas. A produtividade comercial foi influenciada somente pelas doses de regulador de crescimento, havendo aumento nesta variável até a dose de 100 g ha-1 do i.a. Conclui-se que o regulador paclobutrazol é mais eficiente em reduzir o crescimento aéreo das plantas de batata e o acréscimo das doses dos reguladores aumenta a produtividade comercial.
Palavras-chave: Solanum tuberosum L. Inibidores de crescimento. Partição
de assimilados.
1 Eng. Agr., Doutorando em Agronomia/Agricultura- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Eng. Agr., Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Eng. Agr., Professor Adjunto da FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected]
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PRODUTIVIDADE DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE INFLUENCIADA
PELA APLICAÇÃO DE FÓSFORO
Jason Geter da SILVA NUNES1; Jesion Geibel da Silva NUNES2; Bruno
GAZOLA2; Adalton Mazetti FERNANDES3; Magali LEONEL3
O fósforo (P) é um nutriente essencial às plantas; atua na respiração, processos de transformação de energia, na divisão celular e, também, compõe algumas substâncias de reserva, como o amido. Para a batata-doce, uma espécie acumuladora de amido nas suas raízes tuberosas, ainda há falta de informações e conhecimentos adequados sobre o manejo da adubação fosfatada, o que pode refletir diretamente na quantidade e qualidade das raízes tuberosas que são produzidas. Frente a isso, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito de doses de P2O5 na produtividade e acúmulo de matéria seca em dois genótipos de batata-doce. O experimento foi conduzido na fazenda experimental de São Manuel, da Faculdade de Ciências Agronômicas – FCA/UNESP, Campus de Botucatu-SP, no período de março a agosto de 2017. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram representados por dois genótipos de batata-doce (Uruguaiana e Canadense) e três dose de P2O5 (100, 200 e 400 kg de P2O5 ha-1) e o controle (0 kg de P2O5 ha-1). Aos 170 dias após o plantio, por ocasião da colheita, determinou-se a produtividade e o acúmulo de matéria seca das raízes tuberosas. O genótipo Canadense resultou em produtividade e acúmulo de MS das raízes tuberosas significativamente superior ao genótipo Uruguaiana. Para o genótipo Uruguaiana, a produtividade de raízes tuberosas aumentou 24% até a dose máxima estimada em 167 kg de P2O5 ha-1. Para o genótipo Canadense, houve aumento da produtividade em 46% até a dose máxima estimada de 217 kg de P2O5 ha-1. Para os dois genótipos estudados, o acúmulo de MS nas raízes tuberosas aumentou significativamente até a dose de 213 kg de P2O5 ha-1. Conclui-se que o genótipo Canadense é mais produtivo em relação ao Uruguaiana. A produtividade e o acúmulo de MS de raízes tuberosas são beneficiados com a adubação fosfatada nos dois genótipos estudados. Palavras-chave: Ipomoea batatas L., Fósforo, Uruguaiana, Canadense
1 Mestrando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Doutorando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]; [email protected] 3 Pesquisador (a) CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]; [email protected]
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NUTRIÇÃO NITROGENADA DA MANDIOCA EM RESPOSTA A
INOCULAÇÃO DE Azospirillum brasilense E APLICAÇÃO DE
NITROGÊNIO
Jéssica A. SILVA1; Adalton M. FERNANDES²
A mandioca (Manihot esculenta) apresenta alta demanda por nitrogênio (N), sendo o segundo nutriente mais absorvido e exportado por essa espécie. Uma tecnologia recente que permite reduzir a adubação nitrogenada mineral aplicada nas culturas é a inoculação das plantas com Azospirillum brasilense. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de N foliar da mandioca em resposta a inoculação de Azospirillum brasilense combinada com a adubação nitrogenada. O experimento foi conduzido em vasos de 38 L em casa de vegetação. Os tratamentos foram representados por 4 doses de N (0, 50, 100 e 200 mg dm-3) combinadas com 4 formas de inoculação de bactéria (1 - com aplicação de Azospirillum brasilense em solo estéril; 2 - sem aplicação de Azospirillum brasilense em solo estéril, 3 - com aplicação de Azospirillum brasilense em solo não estéril; e 4 - sem aplicação de Azospirillum brasilense em solo não estéril). O solo foi esterilizado em autoclave e a inoculação de Azospirillum brasilense ocorreu no momento do plantio aplicando-se 20 ml do produto comercial NOD a contendo 2,0 x 108 células viáveis por ml sobre as manivas-semente. A adubação nitrogenada foi realizada metade aos 15 e metade aos 40 dias após a emergência da mandioca (DAE). A coleta de folhas foi realiza aos 4 meses após o plantio (MAP) amostrando-se a 3a folha totalmente expandida a partir do ápice das plantas. O teor de N nas folhas da mandioca foi influenciado somente pelos fatores isolados. A adubação nitrogenada aumentou linearmente os teores de N nas folhas da mandioca. Independentemente do solo estar esterilizado ou não a inoculação de Azospirillum brasilense aumentou os teores foliares de N. Esses resultados indicam que tanto a adubação nitrogenada mineral como o uso do inoculante, à base de Azospirillum brasilense, melhoram a nutrição nitrogenada das plantas de mandioca.
Palavras-chave: Manihot esculenta, bactérias diazotróficas, nutrição mineral.
1 Mestranda em Agronomia (Agricultura) - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS E FUNCIONAIS DE AMIDOS OBTIDOS
DE NOVOS CULTIVARES BANANA VERDE DA EMBRAPA
Thaís Paes Rodrigues dos SANTOS1; Sarita LEONEL2; Magali LEONEL3
As indústrias de alimentos vem buscando a identificação de novas
fontes não-convencionais de amido com propriedades funcionais e
características industriais, as quais se adequem a utilização industrial. O
cultivar de banana ‘BRS Conquista’ é uma variedade de bananeira obtida da
variação somaclonal da cultivar ‘Thap Maeo’ e o ‘BRS Platina’ é um hibrido
resultante do cruzamento da cultivar Prata-Anã com o M53, ambos cultivares
desenvolvidos pela EMBRAPA Mandioca e Fruticultura. Neste estudo, frutos
verdes de bananeiras ‘BRS Conquista’ e ‘BRS Platina’ foram processados e
analisados quanto ao teor de amilose, amido resistente e, poder de
inchamento e solubilidade. O amido obtido da cultivar ‘BRS Conquista’
apresentou maior teor de amilose (28,0), poder de inchamento (24,3 g g-1) e
solubilidade (20,5 %), quando comparado ao obtido do cultivar ‘BRS Platina’ o
qual apresentou 26,4 % de amilose, 22,2 g g-1 de poder de inchamento e 19,2
% de solubilidade. Ambos amidos apresentaram altos teores de amido
resistente, 52,6 e 68,4 % para ‘BRS Conquista’ e ‘BRS Platina’,
respectivamente. Com os resultados obtidos pode-se concluir que os novos
cultivares da Embrapa são fontes de amido resistente, importante propriedade
funcional, e apresentam características importantes para aplicação em
produtos de conveniência. As informações geradas a partir deste estudo
podem ser úteis para determinar variedades de banana para isolamento de
amido com características específicas e propriedades funcionais.
Palavras-chave: amido resistente, amilose, poder de inchamento.
1 Pós doutoranda em Agronomia – Energia na Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2 Profª Titular - Depto. Horticultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 3 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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PRODUTIVIDADE DA BATATA-DOCE EM RESPOSTA A APLICAÇÃO DE
NITROGÊNIO E REGULADOR DE CRESCIMENTO VEGETAL
Nathalia Pereira RIBEIRO1; Rudieli Machado da SILVA2; Adalton Mazetti
FERNANDES3
O nitrogênio (N) é o segundo nutriente mais absorvido pela cultura da batata-doce (Ipomoea batatas L.) e sua aplicação em doses elevadas aumenta a biossíntese de giberelina nas plantas, o que favorece o crescimento excessivo da folhagem em detrimento da formação de raízes tuberosas. Assim, a aplicação de regulador de crescimento em combinação com a adubação nitrogenada é uma forma de reduzir o crescimento aéreo excessivo e aumentar o crescimento das raízes tuberosas. Dessa forma, objetiva-se com este trabalho avaliar o crescimento, produtividade e qualidade da batata-doce submetida à adubação nitrogenada e a aplicação de regulador de crescimento vegetal. O delineamento experimental será o de blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial 4x4, referentes a quatro doses de N (0, 50, 100 e 200 kg ha-1) e quatro formas de aplicação do regulador de crescimento vegetal (1: Controle sem regulador; 2: aplicação aos 40 dias após o plantio - DAP, 3: aplicação aos 55 DAP, 4: aplicação aos 40 + aos 55 DAP). Serão avaliadas as seguintes variáveis: a) diagnose foliar da batata-doce; b) quantidade de matéria seca (MS) e N acumulado; c) número, produtividade e classificação das raízes tuberosas; d) incidência de raízes tuberosas com defeito; e) doses de N de máxima eficiência técnica e de máxima eficiência econômica; f) produtividade relativa de raízes tuberosas; e g) teor e exportação de N pelas raízes tuberosas. As médias obtidas dos tratamentos referentes às formas de aplicação do regulador de crescimento serão comparadas pelo teste LSD (p≤0,05), enquanto que os efeitos das doses de N serão avaliados por análise de regressão. Com os resultados obtidos neste estudo espera-se entender melhor o efeito da adubação nitrogenada e da aplicação de regulador de crescimento no desenvolvimento e produtividade de batata-doce. Palavras-chave: Ipomoea batatas L., nitrogênio, ciclo vegetativo, inibidores de crescimento, produtividade.
1 Doutoranda em Agronomia-Horticultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Mestrando em Agronomia – Agricultura, FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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ESPAÇAMENTO ADENSADO E ALTA POPULAÇÃO DE PLANTAS EM MANDIOCA DE MESA SUBMETIDA À APLICAÇÃO DE REGULADOR DE
CRESCIMENTO
Rudieli M. SILVA1; Nathalia P. RIBEIRO2; Adalton M. FERNANDES3
O sistema de cultivo adensado, que tem como característica principal
a maior quantidade de plantas por unidade de área, é uma alternativa
utilizada para se aumentar a produtividade de diversas culturas. Na mandioca
(Manihot esculenta Crantz), esse sistema também já é uma realidade. Apesar
desse sistema proporcionar a obtenção de produções finais mais elevadas,
um problema observado é a obtenção de menores produtividades por planta,
com raízes menores e mais finas. A utilização de reguladores de crescimento,
em especial dos inibidores de giberelinas, poderia ser uma tecnologia
eficiente para superar essa limitação em sistemas adensados. Assim, o
objetivo deste estudo é avaliar o crescimento, produtividade e qualidade das
raízes tuberosas da mandioca de mesa IAC 576-70 submetida à aplicação do
regulador de crescimento vegetal paclobutrazol em cultivo com espaçamento
adensado e alta população de plantas em duas épocas de plantio. O
delineamento experimental será o de blocos ao acaso, com parcelas
subdivididas. As parcelas serão representadas por cinco arranjos de plantio
[1: 1,00 x 1,00 (tradicional, com 10.000 plantas ha-1); 2: 1,00 x 0,50; 3: 0,85 x
0,59; 4: 0,70 x 0,71 e 5: 0,55 x 0,91 m (adensados, com 20.000 plantas ha-1)],
enquanto as subparcelas serão representadas por épocas de aplicação do
regulador (1: Controle sem aplicação de regulador, 2: Aplicação aos 3 meses
após a emergência - MAE, 3: Aplicação aos 3 e 5 MAE e 4: Aplicação aos 3,
5 e 7 MAE). Em cada época, o regulador de crescimento será aplicado via
foliar na dose de 100 g ha-1 do i.a., e volume de calda de 200 L ha-1. Serão
realizadas as análises fitotécnicas de crescimento e de qualidade físico-
química das raízes tuberosas colhidas. Os resultados serão submetidos à
ANOVA e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste Tukey a 5% de
probabilidade.
Palavras-chave: Manihot esculenta, adensamento, inibidores, giberelinas,
produtividade.
1 Mestrando em Agronomia/Agricultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Doutoranda em Agronomia/Horticultura - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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EFICIENCIA AGRONÔMICA DE BACTERIAS FIXADORAS DE
NITROGÊNIO NA CULTURA DA BATATA-DOCE
Pablo Forlan VARGAS1; Felipe Sandrini NOGAROL2; Mateus Ferreira KITAGAWA2; Fernando Shintate GALINDO3; Marcelo Carvalho Minhoto
TEIXEIRA FILHO4
Embora seja considerada uma planta rústica, a batata-doce apresenta
ganhos em produtividade quando a adubação é realizada de forma a suprir
sua demanda. Dentre os nutrientes de maior importância na cultura está o
nitrogênio (N) que é um componente essencial da célula vegetal, sendo
considerado fundamental para incremento da produtividade das culturas. O
elevado custo econômico e ambiental do processo industrial de produção de
N faz com que novas tecnologias que visem à racionalização do uso de
fertilizantes nitrogenados. Assim, uma alternativa é o aproveitamento dos
benefícios proporcionados pelas bactérias fixadoras de N. Pelo exposto,
objetivou com o desenvolvimento deste trabalho avaliar a influência do uso de
bactérias fixada de N em plantas de batata-doce. O experimento foi realizado
em casa de vegetação da Unesp, Câmpus de Ilha Solteira entre os meses de
maio e setembro. O delineamento adotado foi inteiramente casualizados em
esquema fatorial 5 x 2, sendo o primeiro fator composto das bactérias fixados
de N (Pseudomonas fluorescens, Bacillus subtilis, Azospirillum brasilense, a
combinação das três bactérias e sem utilização de bactérias – testemunha –)
e o segundo fator foram as doses de nitrogênio (100 e 75% das doses
recomendadas). Foi avaliada a massa fresca e seca de parte área e raiz,
respectivamente, MFPA, MFR, MSPA e MFR e número de raiz (NR) por
planta. Não houve interação entre os fatores para nenhuma das
características avaliadas. As doses de N não influenciaram as características
avaliadas. As bactérias fixadoras isoladas foram superiores a combinação
destes e sem utilização para as características de MFPA e MSPA. Para MFR
a combinação das três bactérias, A. brasilense e P. fluorescens promoveram
maior produção de raízes tuberosas. A MSR e NR não foram influenciadas
pelas bactérias fixadoras de N.
Palavras-chave: Ipomoea batatas, bactérias fixadoras de nitrogênio,
adubação nitrogenada.
1 Docente associado ao Centro de Raízes e Amidos Tropicais (CERAT) da Unesp. [email protected] 2 Discente do curso de Engenharia Agronomica do Câmpus de Ilha Solteira da Unesp. [email protected] 3 Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia do Câmpus de Ilha Solteira. 4 Docente do Dpto do Fitossanidade, Engenharia Rural e Solos do Câmpus de Ilha Solteira. [email protected]
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CONDIÇÕES DE SOLO E ADUBAÇÃO NA NUTRIÇÃO DA BATATA-DOCE
(Ipomoea batatas Lam.)
Dávilla A. S. ALVES1; Magali LEONEL2; Hélio GRASSI FILHO3
A adição de biossólidos e águas residuais potencializam a sustentabilidade nos cultivos como fonte de nutrientes para diversas culturas. Dentre as produzidas no mundo, a batata-doce é a sétima mais importante, com raízes nutritivas e de papel importantíssimo para a segurança alimentar, sobretudo em países em desenvolvimento, ainda sob condições de adubação restritas. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho da batata-doce em resposta a adubações mineral e orgânica, sob diferentes tipos de solo e água para irrigação. O experimento foi instalado em área experimental do Departamento de Solos e Recursos Ambientais – FCA/UNESP, Campus de Botucatu, SP. Foi adotado o delineamento experimental em blocos casualizados em arranjo fatorial 2 x 4 com quatro repetições. A batata-doce ‘BRAS Roxa’, foi cultivada em Neossolo Quartzarênico órtico (NQ) e Latossolo Vermelho (LV) distrófico típico textura média. Em cada solo, os tratamentos foram dois tipos de adubação: AM- mineral (com fertilizante convencional) e AO-orgânica (com lodo de esgoto compostado) realizados no plantio e em cobertura com base na recomendação de N para a cultura, e dois tipos de água para irrigação (AP- Água Potável e AR- Água Residuária - doméstica de tratamento de esgoto). As plantas colhidas foram inicialmente fracionadas em parte aérea (ramas e folhas) e raízes e submetida as análises químicas de macronutrientes dos N, P, K, C, Mg e S respectivamente e acúmulo de matéria seca. A absorção de nutrientes aumenta com a adubação orgânica, com melhores respostas sob cultivo em solo de textura média. A irrigação com água residuária junto com o composto aumentou os teores de N, P, K, Ca e Mg e acumulo de matéria seca em folhas+ramas e nas raízes. O composto utilizado é fonte de nutrientes essenciais para a cultura da batata-doce.
Palavras-chave: biossólido, macronutrientes, adubação orgânica.
1 Mestranda em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisadora CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Profª. Depto. Solos e Recursos Ambientais- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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CRESCIMENTO E ABSORÇÃO DE FÓSFORO PELA PLANTA DA
MANDIOCA INOCULADA COM FUNGO MICORRÍZICO ARBUSCULAR EM
SOLO DEFICIENTE EM FÓSFORO
Lydia Helena S. O. MOTA1; Adalton M. FERNANDES2
Os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) apresentam efeitos
benéficos pela simbiose que realizam com as plantas. A simbiose que eles
realizam com as raízes da mandioca favorece o desenvolvimento da planta,
ocasionando melhorias na absorção de água e nutrientes do solo,
principalmente o fósforo (P). Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a
inoculação com diferentes doses de FMA no acúmulo de matéria seca (MS) e
absorção de P pela mandioca cultivada em solo com baixa disponibilidade de
P. O experimento foi conduzido, em vasos de 38 L, em casa de vegetação. O
delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados em
esquema fatorial 4x2, com quatro repetições. Os tratamentos foram
representados pela aplicação de 4 doses de FMA (0, 50, 100 e 200 esporos
vaso-1) em solo estéril e não-estéril. O teor de P no solo era de 9 mg dm-3 e o
inóculo utilizado no momento do plantio foi Rhizophagus clarus. A colheita da
mandioca foi realizada aos 7 meses após o plantio. Verificou-se que houve
efeito de interação dos fatores estudados sobre o acúmulo de MS e P nas
raízes tuberosas e nas plantas de mandioca. O acúmulo de MS e P nas
raízes tuberosas do solo estéril aumentou com as doses de FMA, mas
sempre foram menores do que no solo não-estéril, especialmente nas
menores doses de FMA. No solo não-estéril as doses de FMA não alteraram
os acúmulos de MS e P nas plantas, os quais foram maiores que no solo
estéril, principalmente nas menores doses de FMA. No solo estéril o acúmulo
de MS e P nas plantas aumentou de forma quadrática com as doses de FMA.
Os resultados sugerem que a micorrização aumenta o crescimento da planta
e a absorção de P pela mandioca cultivada em solo estéril, mas que esses
benefícios não são observados em solo não-estéril devido à presença de
FMA nativos.
Palavras-chave: Manihot esculenta, eficiência micorrízica, Rhizophagus
clarus.
1 Doutoranda em Agronomia - Agricultura - FCA/UNESP/CERAT, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 2 Pesquisador do CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]
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CRESCIMENTO E PRODUTIVIDADE DO GENÓTIPO DE BATATA-DOCE
CANADENSE INFLUENCIADOS PELA APLICAÇÃO DE FÓSFORO NO
SOLO
Vitor M. M. de SOUZA3; Jason G. da S. NUNES2; Jesion G. da S. NUNES3;
Adalton M. FERNANDES4; Magali LEONEL4
O crescimento e a produtividade de raízes tuberosas da planta de
batata-doce (Ipomoea batatas L.) são dependentes do fornecimento de
fósforo, elemento essencial às plantas, que quando fornecido na quantidade
correta, pode refletir diretamente no bom desenvolvimento e produtividade de
raízes tuberosas. Assim sendo, objetivou-se com este estudo avaliar o efeito
de doses de P2O5 na produção de matéria fresca (MF) e matéria seca (MS)
da parte aérea, na produtividade e no acúmulo de matéria seca no genótipo
Canadense de batata-doce. O experimento foi conduzido na Fazenda
Experimental de São Manuel, da Faculdade de Ciências Agronômicas –
FCA/UNESP, no período de março a agosto de 2017. O delineamento
experimental utilizado foi de blocos ao acaso, com quatro repetições. O
tratamento foi representado por três doses de P2O5 (100, 200 e 400 kg de
P2O5 ha-1) e o controle (sem aplicação de P2O5). Aos 170 dias após o plantio,
por ocasião da colheita, determinou-se a produção de MF e MS da parte
aérea (PA), produção e o acúmulo de matéria seca das raízes tuberosas. De
acordo com os resultados obtidos, pode-se observar que existe uma
tendência das variáveis que dizem respeito à parte aérea a decrescerem,
quase linearmente, conforme é aumentada a dose de fósforo fornecida. Para
MFPA a queda foi de aproximadamente 8,65% entre a ausência e a maior
dose, já para MSPA essa taxa foi para 28,18%. No que diz respeito à
produção, ou massa fresca da raiz tuberosa (MFRT), viu-se, inicialmente,
uma tendência de crescimento até a dose de 200 kg de P2O5 ha-1, sendo esse
crescimento significativo e a uma taxa de 46,14%, no entanto a partir dessa
dose a variável tem uma queda de 22,61%, demonstrando que para MFRT
nas condições desse experimento, a dose de 200 kg de P2O5 ha-1 seria a
mais adequada. Por fim, para a massa seca de raiz tuberosa a tendência foi a
mesma, crescimento até a dose de 200 kg de P2O5 ha-1 e queda a partir dela,
todavia as taxas de variação se alteram para 38,84% quando em crescimento
e a de queda para 14,74%, demonstrando mais uma vez a eficiência da
adubação fosfatada a 200 kg de P2O5 ha-1.
Palavras-chave: Ipomoea batatas L., adubação fosfatada, produção.
1Graduando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail:[email protected] 2Mestrando em Agronomia- FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 3 Doutorando em Agronomia - FCA/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected] 4Pesquisador (a) CERAT/UNESP, Botucatu-SP. E-mail: [email protected]; [email protected]