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8/18/2019 Centro e Periferias Na Europa – a Dinâmica Das Desigualdades Desde 1990 (1) http://slidepdf.com/reader/full/centro-e-periferias-na-europa-a-dinamica-das-desigualdades-desde-1990 1/15  [email protected] 18/04/2016 1 Centro e periferias na Europa – A dinâmica das desigualdades desde 1990 A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua aceleração pelo capitalismo gerou imensas desigualdades. Nenhuma luta social ou política de combate às desigualdades tem seriedade ou validade se não tiver como objetivo último o !im do capitalismo. " # $íntese da evolução recente do capitalismo % # As alternativas possíveis para estados peri!éricos & ' A !ormação de desigualdades na (uropa # " ) ' A !ormação de desigualdades na (uropa # % * # Notas para uma solução " # $íntese da evolução recente do capitalismo A din+mica das desigualdades resulta de um muito comple,o processo de interação entre vari-veis econmicas sociais demogr-!icas culturais geopolíticas. /entrar esse processo em 0ual0uer aspeto parcelar como de!icits e,ternos ou orçamentais desemprego ou criação de postos de trabalho em instrumentos como a moeda constitui uma !orma capciosa de de!ender a continuidade da pulsão invasiva destrutiva e genocida do capitalismo. 1ecentemente observ-mos as di!erenças de poder de compra em 2ortugal "  e a sua evolução no período %33)4"& e como a política de empobrecimento coletivo para satis!azer a gula do sistema !inanceiro se re!letiu nas diversos pontos do país. 5remos em seguida observar as desigualdades na (uropa e a sua din+mica através das variaç6es da população como !orma de a!erição se o 0ue se passou em 2ortugal !oi um episdio isolado ou se !az parte da constante !ormação de centros e peri!erias inerente à !ormação econmica e social capitalista. As variaç6es da população num territrio revelam a atração ou a repulsão 0ue esse territrio e,erce sobre os seres humanos. 5sso tanto pode ocorrer por raz6es socioeconmicas mais ou menos larvares como por causas tão e,tremas como a guerra ou as calamidades entre estas umas mais naturais 0ue outras. Nas situaç6es mais lisonjeiras esses territrios ret7m e permitem maior longevidade à sua população a sua regular reprodução e ainda a chegada de pessoas vindas de 1  http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2016/02/gah#$-%-p%r&a$-&%-p#&%r-&%-'#(pra-a$.ht("  

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Centro e periferias na Europa – A dinâmica das desigualdades desde 1990

A globalização é tão velha como a Humanidade e a sua

aceleração pelo capitalismo gerou imensas

desigualdades. Nenhuma luta social ou política de

combate às desigualdades tem seriedade ou validade

se não tiver como objetivo último o !im do

capitalismo.

" # $íntese da evolução recente do capitalismo

% # As alternativas possíveis para estados peri!éricos

& ' A !ormação de desigualdades na (uropa # "

) ' A !ormação de desigualdades na (uropa # %

* # Notas para uma solução

" # $íntese da evolução recente do capitalismo

A din+mica das desigualdades resulta de um muito comple,o processo de interaçãoentre vari-veis econmicas sociais demogr-!icas culturais geopolíticas. /entrar esse

processo em 0ual0uer aspeto parcelar como de!icits e,ternos ou orçamentaisdesemprego ou criação de postos de trabalho em instrumentos como a moedaconstitui uma !orma capciosa de de!ender a continuidade da pulsão invasiva destrutivae genocida do capitalismo.

1ecentemente observ-mos as di!erenças de poder de compra em 2ortugal"  e a suaevolução no período %33)4"& e como a política de empobrecimento coletivo parasatis!azer a gula do sistema !inanceiro se re!letiu nas diversos pontos do país. 5remosem seguida observar as desigualdades na (uropa e a sua din+mica através dasvariaç6es da população como !orma de a!erição se o 0ue se passou em 2ortugal !oium episdio isolado ou se !az parte da constante !ormação de centros e peri!eriasinerente à !ormação econmica e social capitalista.

As variaç6es da população num territrio revelam a atração ou a repulsão 0ue esseterritrio e,erce sobre os seres humanos. 5sso tanto pode ocorrer por raz6essocioeconmicas mais ou menos larvares como por causas tão e,tremas como aguerra ou as calamidades entre estas umas mais naturais 0ue outras.

Nas situaç6es mais lisonjeiras esses territrios ret7m e permitem maior longevidade àsua população a sua regular reprodução e ainda a chegada de pessoas vindas de

1 http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2016/02/gah#$-%-p%r&a$-&%-p#&%r-&%-'#(pra-a$.ht("  

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outros lugares onde as condiç6es de vida são comparativamente menos atraentes.

8uando a vida se torna di!ícil e as oportunidades se tornam menores 0ue noutroslocais a natalidade desce a par com o aumento da emigração esse de!icit   deoportunidades pode promover estagnação ou 0uebra de população. (m todo odecurso da Histria essas !ormas de mobilidade aconteceram tendo comoprotagonistas indivíduos !amílias ou grandes massas de gente com modos pací!icosou violentos invasivos de con0uista como ainda na se0u7ncia de mudançasambientais. No !undo é assim nessa miscigenação 0ue se !ormou a humanidadenascida do cruzamento de Naerdenthalensis com Homo $apiens.

9estacamos alguns aspetos essenciais para marcar o terreno 0ue vimos pisando:

• 

$ensivelmente entre o !inal da 2rimeira ;uerra <undial e o !inal da $egunda omundo ocidental protagonizou períodos de depressão mormente a ;rande9epressão nos (=A com a geração de grandes bolsas de desempego e pobrezapara além das destruiç6es imensas em vidas humanas e in!raestruturas causadaspor a0ueles con!litos>

•  (ntre a $egunda ;uerra e o cho0ue do petrleo em "?@& estabeleceu'se umperíodo de crescimento econmico # é o auge do eBnesianismo ' com grandeenvolvimento dos estados na criação de in!raestruturas e de instituiç6es de bemestar social no +mbito do modelo social dito europeu 0ue contudo não é

uni!orme pois tem variantes no seio da (uropa Cescandinavo e renanoD e !ora delaCo nipnicoD e no 0ual as organizaç6es sindicais tinham um papel de relevo. A issodeve acrescentar'se nesse período a criação das primeiras instituiç6esmultilaterais 0ue encetaram e deram !orma ao 0ue se veio a chamar globalização #acordos de Eretton Foods o dlar como moeda dominante o G<54Eanco <undialo ;A Cactual I</D a /(( como alavanca para a integração europeia a NAI eas suas variantes !ora do cen-rio atl+ntico>

•  I esgotamento desse modelo chegou 0uando o impacto da recuperação dasdestruiç6es da guerra passou a ser irrelevante com o !im da energia barata com o

surgimento das 0uest6es ambientais a in!lação a guerra ps'colonial na5ndochina uma maior a!irmação do chamado erceiro <undo. A!irmou'se desdeentão um novo paradigma capitalista # o neoliberalismo a cuja implantação inicial!icar- ligada à conjugação Jhumanit-riaK 2inochet4/5A4<ilton Griedman no /hile eàs políticas antissociais de hatcher e 1eagan>

•  As limitaç6es de crescimento econmico reduziram as e,pectativas nacontinuidade da inovação tecnolgica e do investimento nelas por parte dasmultinacionais !icando nessa -rea mais acentuada a depend7ncia !ace às criadasno +mbito militar como a internet e as tecnologias de in!ormação em geral cujopapel marca claramente as décadas mais recentes. A competição Leste'Ieste

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acentuou'se com o desenvolvimento de uma corrida aos armamentos tão

destrutivo 0uanto perigoso e 0ue veio a contribuir para o desabamento dochamado bloco de Leste e do seu capitalismo de estado com a r-pida reciclagemdos seus políticos em in!lamados arautos do neoliberalismo>

•  Nessa se0u7ncia os mercados !inanceiros !undiram'se numa rede única alicerçadano apro!undamento das tecnologias de in!ormação elevando os níveis deendividamento e especulação a números sem 0ual0uer ligação com a realidadegerando as bases para a insustentabilidade da !inanciarização 0ue hoje se observa.2or seu turno o espaço de manobra das multinacionais alargou'se criaram por aí!iliais como cogumelos em tempo de chuva e para melhor aproveitamento dos

bai,os sal-rios e da condiç6es laborais degradantes impostas por regimes mais oumenos ditatoriais inventaram a deslocalização correspondente à segmentação daprodução material por v-rios locais ou países criando uma rede logística e detransportes densíssima e pesada em termos dos capitais envolvidos como dosdanos ambientais>

•  (ssa segmentação da produção inerente à deslocalização contribuiu para odesmantelamento do 0ue ia sobrando de Jestado socialK na (uropa Icidental nos(=A ou nos países saídos do capitalismo de estado no Leste europeu. (desligando local ou nacionalmente as v-rias etapas dos processos produtivosperdeu'se a e!ic-cia da declaração de greves e o poder reivindicativo dostrabalhadores uma vez 0ue as organizaç6es sindicais não acompanharamminimamente a centralização capitalista mantendo as lutas laborais num planogeogr-!ico limitado de atuação. 2oliticamente !oi'se gerando um pensamentoúnico de cariz economicista alicerçado no consenso de Fashington% 0ue dividiuos sistemas partid-rios em grupos mais reacion-rios e menos reacion-riosremetendo as ideias de es0uerda para a marginalidade medi-tica>

•  A liberdade de circulação de bens e capitais inerentes às deslocalizaç6esdesestruturaram as matrizes intersectoriais nacionais acentuaram asdesigualdades regionais e locais dentro de cada país como apro!undaram os

habituais !ossos& entre países peri!éricos e países ou regi6es ditas ganhadoras noconte,to da globalização em torno dos 0uais os primeiros gravitam. (ssasdesestruturaç6es e reestruturaç6es v7m promovendo enormes destruiç6es decapital abandonos de campos casas e in!raestruturas produtivas bem comograndes migraç6es simultaneamente restringidas e desejadas pelos poderes commecanismos securit-rios em cínico paralelo com a permissão da mercantilizaçãode seres humanos visando a disponibilidade de uma !orça de trabalho barata esubmissa na e,ata medida da sua precariedade de vida>

2 http$://pt.)i*ip%&ia.#rg/)i*i/C#$%$#+&%+,a$higt# 

 http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2012/01/#%#"i!%ra"i$(#-%-g%#p#"iti'a-#.ht("  

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•  Assim no tempo actual a par com a consolidação no Icidente de um

desemprego estrutural articulado com precariedade laboral h- um recurso aimigrantes com ou sem papéis 0uer nos países centrais 0uer nos peri!éricos #nestes convivendo também com a emigração dos seus naturais mais 0uali!icados.2orém todos inseridos na lgica do capital de procura de menores custos dorecurso trabalho para aumentar a competitividade atrair o investimento e... geraremprego um discurso 0ue é comum no seio das classes políticas e dos media.(stes nunca re!erem nas situaç6es em 0ue h- de !acto novos empregos 0ueestes se caraterizam por remuneraç6es e condiç6es contratuais ou de e,ercício de!unç6es mais degradantes do 0ue anteriormente.

 

(ssa mobilidade assenta na variedade e na !acilidade no tr+nsito dos sereshumanos 0ue acentuaram as possibilidades de mudança geogr-!ica para muitosmilh6es de pessoas a despeito das di!iculdades colocadas pelos (stados nessacirculação com guardas controlos muros e redes nas !ronteiras. As classespolíticas e as suas polícias apenas podem procurar acompanhar deci!rar e colocarobst-culos à mobilidade mas nunca anular a imensa criatividade dos pobresgerada pela sua grande pulsão de vida. Neste plano resta acrescentar pelo 0uetransparece de desumanidade e dramatismo os milh6es de deslocados ere!ugiados do <édio Iriente abandonados à sua sorte ou aproveitados comomão de obra barata nos países de JacolhimentoK> 0ue Jpor acasoK t7m altíssimas

responsabilidades nas guerras e nas barbaridades 0ue se conhecem.

% # As alternativas possíveis para estados peri!éricos

I capitalismo sempre gerou desigualdades entre pessoas ou grupos de pessoas entreregi6es ou países> a desigualdade est- no seu cdigo genético pois a acumulaçãocapitalista actual baseia'se na desigualdade de rendimentos e no usu!ruto dacivilização no varrer para a valeta dos 0ue não contam para essa acumulação decapital. Nenhuma luta social ou política tem seriedade ou validade se não tiver comoobjetivo último o !im do capitalismo.

A =( como lugar pioneiro da globalização historicamente recente tem visado desde oseu início a liberdade de movimentos de capitais bens e pessoas para 0ue o mercadose alargue # leia'se para propiciar a acumulação capitalista ' com o mínimo derestriç6es de Jconte,toK legislativas administrativas sociais culturais abatendo asidiossincrasias nacionais. Aos capitalistas nacionais e locais mormente nos estados'nação peri!éricos ou com mais débeis estruturas econmicas restam as seguintesalternativas particularizadas para o caso portugu7s:

•  uma inserção no mercado globalizado através da venerada competitividade o 0uee,ige dimensão produtiva e !inanceira capacidade comercial tecnolgica e de

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gestão benesses !iscais e apoios públicos). /hamemos'lhe numa aplicação para

2ortugal a lgica do tigre lusitano para aplicação da 0ual !alta JapenasK umaclasse capitalista*  din+mica com capacidade investidora e disponibilidadesorçamentais para o seu apoio>

•  uma cativação de negcios através de ligaç6es privilegiadas com o (stadoM  e aclasse política local Conde a corrupção é peça chaveD o 0ue pode ser di!icultadopelas ingentes puls6es invasivas do capital global como as presentes nostenebrosos 52 e /(A indiciam. o desejo de !ortaleza nacionalista numa lgicapost'salazarista@ implicitamente de!endida pelos -ugures eBnesianos de!ensoresde moeda prpria e de 0uantitative easings   domésticos temperados pela

repressão conveniente sobre 0uem re!ilar contra a in!lação>•  uma inserção subalterna Cou integração pura e simples dos meios técnicos e de

trabalhadoresD nas redes de negcio das grandes empresas sediadas no /entro oumultinacionais # é a lgica seguida pelo governo 2assos e seguida com algumcomedimento por /osta com a di!iculdade acrescida de 2ortugal não ter uminteresse especial para as multinacionais como produtor ou consumidor> isto é2ortugal tende a contar sobretudo como complemento do mercado espanhol>

•  anemia ou desaparição por0ue a dimensão é reduzida por0ue a ade0uadacapitalização não é possível por0ue !alta tecnologia ou capacidade de gestão e

sendo as!i,iante a dívida como instrumento consentido de domínio. (ste é ocen-rio sobrante 0ue signi!ica uma satelitização !ace ao estado espanhol Cse ele semantiverD e j- visível na procura do E/( em ancorar um sistema banc-rio ibéricono $antander como em tempos o escudo esteve inde,ado à peseta e o governoportugu7s teve de esperar o !im da negociação para a integração de (spanha naentão /(( para uma entrada conjunta.

9a0ui resulta a continuação do processo de redução do papel dos estados'nação noespaço europeu e mundial sobretudo os de pe0uena ou média dimensão a grandesautar0uias a N=Os de nível " na !raseologia bru,elense tendencialmente

vocacionadas para o e,ercício da punção !iscal do monoplio da viol7ncia Ctribunaispolícias coação legislativa e normativaD para garantir a presença de bisonhos rambosnas guerras da Nato para comprar cangalhada militar à indústria das pot7nciassuseranas para manter o serviço de dívida 0ue engorda o sistema !inanceiro ou umaassist7ncia social 0ue sustente na mansidão a plebe e !inalmente garantir a presença

4 http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2016/01/#$-ap#i#$-i$'ai$-a$-%(pr%$a$-a#r%'%(.ht("  http://))).$"i&%$har%.%t/&rgarrai/%(pr%$ri#$-p#rtg%$%$-i'apaz%$-it%i$-#'i#$-%-!at#t%ir#$ 6 http://))).$"i&%$har%.%t/&rgarrai/'apita"i$ta$-%-%$ta&#-a-(%$(a-"ta 

  http://))).$"i&%$har%.%t/&rgarrai/#-'apita"i$(#-pr%&atri#-%-a-%$tpi&%z-patriti'a-1  

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da bandeira nos encontros internacionais ou o hino nos encontros da seleção de

!utebol para orgulho dos patriotas.

& ' A !ormação de desigualdades na (uropa ' "

(sses v-rios processos em curso inerentes ao modo de produção dominante originamuma matriz muito comple,a de movimentos populacionais e de mutaç6es naclassi!icação de regi6es como atrativas ou e,pelentes de gente. /omo se sabe aspessoas não se trasladam para locais distintos dos habituais se não tiverem ummarcado nível de incomodidade e desilusão> e a dist+ncia ou os riscos 0ue estãodispostos a percorrer são diretamente proporcionais à sua in!elicidade. 9o ponto devista demogr-!ico essas din+micas procedem continuamente à reestruturação doespaço con!igurando centros e peri!erias -reas de con!lu7ncia de atividades epopulaç6es e zonas de e,clusão e abandono.

Assim a evolução da população nas v-rias regi6es do actual espaço =( num lapso detempo relativamente largo Cneste caso cerca de %* anosD o!erece indicaç6es clarassobre a !ormação desses territrios centrais ou peri!éricos. ( isso a despeito dastrans!er7ncias de recursos !inanceiros públicos 0ue se e!etivam em nome de umacoesão territorial e de uma apro,imação das condiç6es de vida entre todos 0uantoshabitam o espaço da =(> mas 0ue na realidade visam essencialmente o escoamento

de bens e serviços o melhor acesso a matérias'primas a centralização de capital ae,ploração do trabalho> en!im todas as motivaç6es inerentes ao modo de produçãocapitalista.

/onsider-mos a dimensão da população europeia tanto 0uanto possível em cincomomentos separados por lapsos de tempo de cinco anos a começar em "??3 e !indosem %3"*> e procedemos às variaç6es 0uin0uenais ao nível dos países e das suascircunscriç6es regionais de segundo CN='%D ou terceiro nível CN='&D sempre 0ue osdados disponíveis o permitiram.

2ara os %P países da =( observ-mos 0uais os 0ue apresentaram decréscimos depopulação em cada um dos cinco 0uin0uénios e medimos a representatividade dasoma das suas populaç6es no total comunit-rio:

2aíses com decréscimo populacional

"??*4"??3 %3334"??* %33*4%333 %3"34%33* %3"*4%3"3

NQ ? "3 "3 ? "%

2opulação C"333D MM3)? "3&"P? "3)"?3 "MP&M* %&)%M"

R do total =( "&@ %"% %"" &&* )M%

odos os períodos # Eulg-ria (stnia /ro-cia Letnia Litu+nia Hungria e 1oménia(m ) periodos ' 2olnia e,cepto em "??*4?3

(m tr7s períodos # 1ep. /heca Cos tr7s primeirosD>

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(m dois períodos # (slovénia Cos dois primeirosD e Alemanha Cos dois últimosD(m um s período # (slov-0uia C%33*4%333D> ;récia (spanha e 2ortugal Cno últimoD

Gonte prim-ria: (urostat (stes elementos revelam:

•  Alguma const+ncia no número de países com população decrescente mas 0ue see,pande no último 0uin0uénio como e!eito evidente da crise !inanceira parapaíses do $ul>

•  H- um núcleo sedimentado de países com continuada regressão populacional # os0ue constituem a 2eri!eria Leste da =( # revelador do !alhanço da sua integraçãona =( aps o desmembramento do sistema de países de capitalismo de estadoem "??". Na realidade o 0ue se pretendia com essa integração protagonizadapela Alemanha era o acesso a recursos naturais e uma mão de obra instruída ebarata.

•  Is casos de algum sucesso na evolução demogr-!ica nos últimos períodos são a1ep. /heca a (slovénia e a (slov-0uia>

•  $ublinha'se o caso da Alemanha 0ue revela regressão populacional nos últimosdez anos e o a!ã de <erel em acolher muitos milhares de re!ugiados cujodesespero !acilita a imposição de bai,os sal-rios e condicionamentos laborais e nacidadania.

Neste conte,to as populaç6es em regressão passam de "&.@R em "??* para cerca de%"R em %333 e %33* devido à inclusão da 2olnia> para &&.*R em %3"3 com a entradada Alemanha no grupo> e para )M.%R em %3"* com o re!orço constituído pelos paísesvítimas dos desmandos do capital !inanceiro na orla sul.

9e modo mais alargado podem distribuir'se os países da =( consoante os valoresmédios Cem RD para a evolução populacional nos cinco 0uin0uénios:

9ecrescimento/rescimento

!raco/rescimento médio

/rescimentoelevado

Letnia '*@& 1ep /heca 3&* 5t-lia ")" Grança &%MLitu+nia ')*M (slov-0uia 3*3 ;récia ")) (spanha &@"

Eulg-ria '&P* Alemanha 3*& Ginl+ndia "?% <alta )3&

(stnia '&)? (slovénia 3MM 9inamarca "?M 5rlanda *@M

1oménia '&3* 2ortugal 3@M Sustria %&" /hipre P%3

/ro-cia '%)3 Holanda %&P Lu,emburgo P%)

Hungria '"3% Eélgica %*"

2olnia '33" ;rã'Eretanha %*@

$uécia %@%Gonte prim-ria: (urostat 

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2ara além dos países com as j- re!eridas situaç6es de regressão populacional h-

outros com um 0uase nulo crescimento da população durante o período entre os0uais se conta a Alemanha tr7s peri!erias do mundo germ+nico e 2ortugal 0ue sedestaca nitidamente !ace aos restantes países da 2eri!eria $ul da =(.

(ntre os países 0ue t7m maior crescimento populacional médio pretendemos relevaras semelhanças e as di!erenças entre os países envolvidos nos Jprogramas deajustamentoK banc-rio ou de de!icit. Assim todos apresentam 0uebras acentuadas nasta,as de crescimento demogr-!ico no último 0uin0uénio com a e,cepção da 5t-liaonde h- uma regular evolução positiva durante os %* anos em apreciação> e entrea0ueles ;récia 2ortugal e (spanha t7m regressão populacional em %3"34"*. 2or outro

lado é assinal-vel o crescimento demogr-!ico em /hipre e 5rlanda em todos os lustrosanteriores à crise e em (spanha na primeira década do século.

(m geral # com a notria e,cepção alemã ' a maioria dos casos de maior crescimentodemogr-!ico veri!icam'se nos países mais ricos da =( com desta0ue para oLu,emburgo na0ueles onde a crise dos últimos anos C%3"34%3"*D pouco a!etou oritmo do crescimento populacional CGrança 9inamarca Holanda e ;rã'EretanhaD ou0ue não impediu a continuidade dos aumentos CEélgica 5t-lia Sustria Ginl+ndia e$uéciaD.

A emigração com destino a esses países mais ricos tem grandes responsabilidades no

0ue se disse atr-s demonstrando 0ue a maior densidade das estruturas produtivas eum mais elevado dinamismo econmico # ainda 0ue no conte,to global de anémicasta,as de crescimento do 25E # atraem gente de -reas onde a situação econmica esocial é bem pior. $ão os casos de situaç6es de guerra CLíbia S!rica sub'sahariana$udãoTD uma emigração essencialmente econmica 0ue mais recentemente se!undiu com as multid6es de re!ugiados vítimas da total desestruturação !omentadapelos interesses estratégicos ocidentais no <édio Iriente.

Is países com decrescimento populacional não t7m o euro como moeda ou aderiramrecentemente à mesma como é o caso dos tr7s países b-lticos. (ntre as naç6es com

crescimento medíocre incluem'se duas !undadoras da zona euro CAlemanha e2ortugalD outros com alguns anos dentro da mesma C(slovénia desde %33@ e(slov-0uia aps %33?D e a 1epública /heca 0ue mantém uma moeda prpria. Is paísescom crescimento demogr-!ico mediano nos %* anos em observação são !undadores dazona euro em "??? a ;récia 0ue se integrou na mesma dois anos depois bem como a;rã'Eretanha e a 9inamarca 0ue mant7m as suas moedas nacionais. Ginalmente ospaíses com aumentos populacionais mais elevados são todos aderentes ao euro desdeo início ou a partir de %33P C<alta e /hipreD.

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$eria simplista e demaggico relacionar a evolução demogr-!ica com a integração ou

não na zona euroP. Is integrantes de data recente não revelam modi!icaç6es naevolução demogr-!ica 0ue possam ser imput-veis à utilização da chamada moedacomum> e entre os aderentes no período %33@4%33? contam'se tantos casos decrescimento populacional medíocre como de demogra!ia claramente e,pansiva.Ginalmente parece mais relevante observar 0ue o euro ou a sua aus7ncia não alteraramparticularmente as desigualdades histricas no seio da (uropa mantendo'se a peri!eriaLeste CclaramenteD a peri!eria $ul Cmais diversi!icada no capítulo da evoluçãodemogr-!icaD e um /entro constituído pelos países mais ricos a 0ue se deve somar a$uiça e a Noruega a despeito da regressão populacional observada na principalpot7ncia econmica e !inanceira da =( a Alemanha. 5sso deve desgostar os !ãs da Le

2en em 2ortugal para 0uem a integração na moeda única introduziu o in!erno ondeantes s havia soberania nacional e um povo rico e !eliz.

) ' A !ormação de desigualdades na (uropa ' %

I 0ue atr-s se disse sobre a constituição de -reas centrais e peri!éricas no +mbitoeuropeu sobretudo no 0ue ao espaço da =( diz respeito ser- enri0uecido precisadose considerarmos a divisão territorial em regi6es N= %. 9estacamos algumasconclus6es do 0uadro 0ue se segue:

1egi6es da =( com 0uebra populacional no 0uin0uénioterminado no ano re!erido

"??* %333 %33* %3"3 %3"*

Eélgica C""D " " ' ' '

Eulg-ria CMD M M M M M

1ep /heca CPD nd M @ " &

9inamarca C*D ' ' ' ' "

Alemanha C&MD * "" "% %* %*

(stnia C"D " " " " "

5rlanda C%D nd nd ' ' "

;récia C)D CaD " %

(spanha C"?D CbD * * % ' ""

Grança C%%D % * " " &

/ro-cia C%D nd nd nd " %

5t-lia C"?D Cc D @ "" @ & %

/hipre C"D ' ' ' ' '

Letnia C"D " " " " "

Litu+nia C"D " " " " "

Lu,emburgo C"D ' ' ' ' '

Hungria C@D & @ @ M M

<alta C"D ' ' ' ' '

8 http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2014/0/p#rtga"-&%%-$air-&#-%r#-$i(-#-a#-1.ht("  

http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2014/08/p#rtga"-&%%-$air-&#-%r#-$i(-#-a#-2.ht("  

http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/2014/03/a-a#-$#"'a#-'#(-(-##-%$'&#-1.ht("  

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Holanda C"%D ' ' " " )

Sustria C?D ' & " " "2olnia C"MD nd "% "3 ? ""

2ortugal C@D nd % " & M

1oménia CPD @ @ P @ @

(slovénia C"D " " ' ' '

(slov-0uia C)D ' ' & % %

Ginl+ndia C*D ' " " " '

$uécia CPD ' * & & '

; Eretanha C&*D CdD M "3 % ' "

otal =( C%*%D )M ?@ @* @& ?@Notas: /om CD o número total de regi6es de cada paísCaD  9ados re!erentes apenas a ) das "& regi6es gregas

0ue detinham cerca de )MR da população total

CbD 

(m "??* sem elementos de /euta e <elillaCcD  Até %33* sem elementos de (milia'1omagna e <archeCdD  I número total de regi6es com elementos é: %* C"??*D

&" C%333D. && C%33*D e &* C%3"3 e %3"*DGonte prim-ria: (urostat 

•  <ais do 0ue duplica o número de regi6es com decréscimos populacionais entre"??* C"?.&R do totalD e %333 C&?.)RD vindo os principais contributos de paísescomo a Alemanha 5t-lia $uécia ;rã'Eretanha e da inclusão da 2olnia nesseelenco apenas em %333.

•  Na primeira década deste século mantém'se constante o número de regi6es com

decréscimo populacional Cem cerca de &3R do totalD com desta0ue para oscontributos da Alemanha da 2olnia da Hungria da 1oménia e da Eulg-ria a 0uese somaram no último lustro ;récia 2ortugal e (spanha como os casos maisrelevantes>

•  (sta situação revela 0ue na peri!eria Leste a integração da0ueles países saídos deregimes de capitalismo de estado se mostra muito distanciada da bem'aventurança eterna prometida pelos arautos do neoliberalismo a despeito dos!undos comunit-rios canalizados ou dos investidores estrangeiros vindos do ladoocidental 0ue naturalmente perpetuaram os bai,os sal-rios e a corrupção?destruindo as almo!adas de apoios sociais 0ue a0ueles povos antes bene!iciavamdestruição essa 0ue vem alimentando as derivas !ascizantes 0ue se conhecem. Ascolonizaç6es em regra integram os povos colonizados em espaços onde asdesigualdades se agravam e as desestruturaç6es econmicas e sociais aumentam.

8uando se observa como no 0uadro seguinte a parcela das populaç6es das regi6esem regressão demogr-!ica obtém'se uma medida mais precisa do volume dose,cluídos pela din+mica dos mercados e da sua relev+ncia nos diversos planosnacionais.

3 http://grazia-tata.!"#g$p#t.pt/201/06/ap#i#-a"%(a#-%(pr%$a$-p#rtg%$a$.ht(" 

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2arcela da população nacional contida nas regi6es

com 0uebra populacional CRD

"??* %333 %33* %3"3 %3"*

Eélgica C""D ?) "%* ' ' '

Eulg-ria CMD "333 "333 "333 "333 "333

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9inamarca C*D ' ' ' ' ")*

Alemanha C&MD "@* &"? &3% *P) MM&

(stnia C"D "333 "333 "333 "333 "333

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5t-lia C"?D C cD %M* *M@ %M" )P "*

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Letnia C"D "333 "333 "333 "333 "333

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Lu,emburgo C"D ' ' ' ' '

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<alta C"D ' ' ' ' '

Holanda C"%D ' ' @3 MP "*M

Sustria C?D ' %*% MP M@ M*

2olnia C"MD nd M&? *P3 *3% *M@

2ortugal C@D nd ?? @) M)) @%?

1oménia CPD P?@ P&3 "333 P?& PP*

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$uécia CPD ' )*) "P? "P% '

; Eretanha C&*D CdD %)& &@M @& ' 3?otal =( %3M &P% %@3 %*M &*"

"333 ??)"% "PM3MP "&&)M? "%P?@? "@P%@)Gonte prim-ria: (urostat 

•  A Eulg-ria tal como os tr7s países b-lticos e,'soviéticos evidenciam 0ue todo oseu territrio est- em regressão demogr-!ica e 0ue as suas !ronteiras constituemverdadeiros ralos por onde a população se esvai. (m %* anos a Eulg-ria perdeu"PR da sua população e essa 0uebra chega a "4& do total na região$everozapaden en0uanto na (stnia a perda é de "M.)R na Letnia %*.MR e naLitu+nia %"R podendo dizer'se com pesada ironia 0ue h- uma verdadeiraT

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homogeneidade territorial. em todo o cabimento perguntar'se 0ue tipo de

integração europeia se vem desenhando 0uando aps alguns anos de e!etuadaCpaíses b-lticos desde %33) e Eulg-ria aps %33@D parte signi!icativa da0uelespovos se v7 compelida a emigrar e a reduzir os seus níveis de reproduçãoU

•  5nversamente /hipre <alta e Lu,emburgo apresentam um progressivocrescimento de população mesmo tendo em conta a sua pe0uena e,tensãoterritorial e o car-ter insular e peri!érico dos dois primeiros países. /hipre reduziusubstancialmente o seu crescimento demogr-!ico no último 0uin0uénio !ace aosanteriores mas # e a despeito da intervenção da troia # a sua populaçãoaumentou &.)R em %3"34"* muito acima do observado em 2ortugal para

0ual0uer dos cinco lustros 0ue se estendem desde "??3.•  A Eélgica e (slovénia dei,am de ter neste século regi6es em regressão

demogr-!ica nos seus territrios ao contr-rio do 0ue acontece com a 9inamarca a5rlanda a Holanda e a (slov-0uia> ou mesmo na ;récia no capítulo da -rea para a0ual de det7m dados. $ão ainda notrios os casos de 5t-lia da ;rã'Eretanha eainda da $uécia ou da Ginl+ndia onde a população em -reas de regressão se reduz.

•  Is casos de grande crescimento das parcelas de população inerentes a territriosem regressão demogr-!ica estão na Alemanha na j- re!erida ;récia em (spanhana /ro-cia e em 2ortugal onde a regressão se anuncia neste século muito antes

da intervenção da troia > é também a situação da 1epública /heca aps osprogressos conseguidos no período %33*4"3.

•  I caso alemão merece particular realce por0ue em contradição com o podereconmico da Alemanha as suas capacidades a nível tecnolgico e de e,portação0ue lhe permitem e,cedentes comerciais enormes e,iste um conjunto de regi6esdemogra!icamente deprimidas onde vive dois terços da população. ( isso vaimuito para além dos problemas de integração das regi6es pertencentes à e,tinta19A. A Alemanha é um caso evidente das desigualdades imanentes aocapitalismo mesmo 0ue se procedam a trans!er7ncias de !undos públicos para as

colmatar e a despeito do a!lu,o de capitais 0ue se acumula no país.

•  9e modo mais geral a =( é um espaço de desigualdades como o são aesmagadora maioria dos estados'nação de 0ual0uer dimensão ou nível global debem'estar. ( todas as medidas provenientes da burocracia bru,elense emarticulação com as classes políticas nacionais s produzem redução dedesigualdades se isso !or conveniente para as multinacionais e os negcios dosistema !inanceiro 0ue determinam a atuação da0uelas burocracias.

I mapa da (uropa 0ue abai,o se insere apresenta uma imagem clara dessasdesigualdades:

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•  0ue se veri!icam em seu redor e 0ue signi!icam outros tantos uma !ai,a enorme de

territrios a Leste 0ue vem do gol!o da Ginl+ndia até ao (geu e onde a regressãodemogr-!ica é evidente Cnão se possuindo dados para todo o territrio gregoconsidera'se muito plausível 0ue deveria apresentar'se a vermelhoD>

•  uma grande parte da Alemanha onde s se e,cluem essencialmente as regi6es asul>

•  a maior parte do territrio da 2enínsula 5bérica>•  a mais dilatada região com !orte ou razo-vel crescimento populacional

desenvolve'se do gol!o da Eiscaia até ao sul da Alemanha e desta para sul até1oma>

•  1egistam'se ainda outras zonas de igual dinamismo demogr-!ico no sul da

(scandin-via na 5nglaterra e na Eélgica>•  (m numerosos países destacam'se como -reas de uma relativa maior atração de

população as zonas das respetivas capitais # ;rã'Eretanha 2ortugal e (spanhatodos os países escandinavos Eélgica Alemanha 1epública /heca SustriaHungria 1oménia e 5t-lia. (stas realidades são o outro lado do espelho dassituaç6es de 0uebra populacional e deserti!icação !enmenos de acentuação dedesigualdades.

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*  # Notas para uma solução

8ual0uer solução para o bem'estar dos povos passa por:

• 

prioridade para a satis!ação das necessidades dos povos e não por uma doentia!i,ação num abstrato crescimento do 25E com o evidente desprezo pelasustentabilidade da utilização dos recursos do planeta>

•  satis!ação dessas necessidades como objetivo social e,clui a lgica doe,cedente privado e a escravização pelo trabalho libertando os humanos paraas atividades mais ade0uadas a cada um mormente no +mbito do lazer dacultura do desporto e para a gestão dos a!etos

•  organização e decisão democr-tica por parte das pessoas a partir da base coma aplicação do principio da subsidiariedade em es!eras sucessivas de

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populaç6es em !unção da massa crítica necess-ria à satis!ação das

necessidades"3>

•  abolição de classes políticas como catalisadores e monopolizadores dospoderes de decisão sobre os interesses coletivos e sua substituição por !ormasde democracia direta com responsabilidades determinadas por escolhademocr-tica CdiretaD de !orma transitria e revog-vel a 0ual0uer momento

•  eliminação do primado pela concorr7ncia de todos contra todos e suasubstituição pela solidariedade inter'ajuda e complementaridade no seio damultidão humana

• 

eliminação dos estados'nação como elementos de segmentação imposição ediscriminação a nível interno e de e,clusão !ace ao e,terior sem prejuízo algumpara as di!erenças culturais entre os povos.

(ste e outros te,tos em:

http://grazia-tanta.logspot.com/  

http://!!!.slideshare.net/durgarrai/documents

https://pt.scrid.com/uploads 

10  http://))).$"i&%$har%.%t/&rgarrai/para-(-##-para&ig(a-p#"ti'#-a-r%-'ria#-&a-&%(#'ra'ia  

http://))).$"i&%$har%.%t/&rgarrai/$#!r%-a-&%(#'ra'ia-a-&%(#'ra'ia-%-a-$a-$rpa#-1a-part%