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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA Curso Técnico em Administração LUIS GUILHERME LUCIO MARINNA PORTILHO BIAZON A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES: Um estudo na Empresa Comercial de Produtos Agropecuários Biazza Ltda. Palmital - SP 2016

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

ETEC PROFESSOR MÁRIO ANTÔNIO VERZA Curso Técnico em Administração

LUIS GUILHERME LUCIO MARINNA PORTILHO BIAZON

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES: Um estudo na Empresa Comercial de Produtos Agropecuários Biazza Ltda.

Palmital - SP 2016

LUIS GUILHERME LUCIO MARINNA PORTILHO BIAZON

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE ESTOQUES: Um estudo na empresa Comercial de Produtos Agropecuários Biazza Ltda.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC Professor Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Administração Orientadora: Professora Valdiza Maria do Nascimento Fadel

Palmital - SP 2016

“A maioria das pessoas não planeja fracassar, fracassa por não planejar. ”

JOHN L. BECKLE

RESUMO A gestão de estoque certamente possibilita que as organizações sejam competitivas ao ponto de atender com eficiência e eficácia a demanda mercadológica sem gargalos no processo de estocagem de materiais. Neste contexto, este trabalho aborda estudos teóricos sobre a importância e das tecnologias relacionadas ao gerenciamento de estoques, bem como os problemas decorrentes da ausência deste processo. Além disso, é apresentado um estudo de caso em uma organização do ramo de comércio de produtos agropecuários no município de Palmital, São Paulo, por meio do qual são identificadas as dificuldades do gestor para controlar o fluxo de materiais estocados, bem como as ferramentas utilizadas neste processo para que fossem feitas sugestões de melhoria. Contudo, a implementação das mesmas dependerá da análise de viabilidade a partir da visão do próprio gestor da organização pesquisada. Palavras-chave: Gestão. Estoque. Controle. Tecnologias.

ABSTRACT

Inventory management certainly enables organizations to be competitive to the point of efficiently and effectively meeting market demand without bottlenecks in the material storage process. In this context, this work deals with theoretical studies on the importance and technologies related to inventory management, as well as the problems arising from the absence of this process. In addition, a case study is presented in an organization of the trade of agricultural products in the municipality of Palmital, São Paulo, through which the difficulties of the manager to control the flow of stock materials are identified, as well as the tools used in this process to make suggestions for improvement. However, the implementation of these will depend on the feasibility analysis from the view of the manager of the organization itself.

Keywords: Management. Stock. Control. Technologies.

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 06

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................. 08

2.1 LEVANTAMENTO CONCEITUAL ........................................................ 08

2.2 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO .................................................................. 10

2.2.1 Gestão de estoque ............................................................................. 11

2.2.2 A importância da gestão de estoque ................................................. 13

2.3 FERRAMENTAS DE GESTÃO DE ESTOQUE .................................... 14

2.3.1 Ferramentas informatizadas de gestão de estoque ........................... 18

3 RESULTADOS ....................................................................... 21

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................... 22

REFERÊNCIAS ......................................................................... 23

APÊNDICE ................................................................................ 25

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1 INTRODUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade tem-se registro da preocupação de

diferentes povos com o dimensionamento, a formação e preservação de estoques,

seja para garantir a alimentação por certo período de tempo, ou seja, como forma de

acumular recursos utilizados em combates, ou para enfrentar períodos de escassez.

Atualmente a preocupação com a administração de materiais é das empresas,

visando manter estoques mínimos com a finalidade de otimizar os investimentos em

estoque, pois os custos que a empresa consegue para funcionar nada mais é que o

capital empregado, em mercadorias ou produtos que podem se degradar, depreciar

ou sair do seu prazo válido. Atualmente existem ferramentas informatizadas que

auxiliam as organizações com o gerenciamento de seus materiais em estoque para

que as mesmas consigam se manter competitivas no mercado, para que possa

atender a demanda, reduzir custos, aumentar sua lucratividade, etc.

A importância do controle de estoques não se limita apenas às empresas

industriais, mas sim a qualquer tipo de empresa que armazena bens físicos. E já que

estoques representam dinheiro, os mesmos devem ser bem dimensionados de

modo que não haja falta, prejudicando o atendimento aos clientes, e tampouco

excessivas unidades em estoque, o que compromete o capital de giro das

empresas. Isto porque, não controlar os materiais estocados pode fazer com que as

empresas sofram problemas em reposição tanto nas prateleiras quanto no próprio

estoque, pode ocorrer de não ter o produto desejado pelo cliente, os produtos

ficarem encalhados em estoque, ocasionando assim comprar produtos na hora

errada e na quantia errada.

Contudo, muitas organizações possuem dificuldades para estabelecer

padrões contínuos e utilizar recursos tecnológicos para o controle eficiente e eficaz

de estoques, o que certamente pode comprometer a capacidade competitiva das

mesmas.

Desta forma, todo o conhecimento exposto neste material ajudará o

profissional a entender a importância da gestão de materiais no âmbito empresarial

e o quanto ela representa nos custos totais. Esses conhecimentos, se bem

aplicados, geram grandes possibilidades de redução de custos e de aumento da

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disponibilidade e nível de serviço, tornando a área que antes era vista como fonte de

custo em fonte de lucro, sendo pensada como área estratégica.

1.1 OBJETIVOS

Constitui objetivo geral deste trabalho demonstrar a importância do controle

de estoque para o aumento da capacidade competitiva das empresas, pois através

dele é possível manter o nível adequado de produtos em estoque, evitando custos

desnecessários para a empresa.

Constituem objetivos específicos:

a) buscar informações conceituais sobre o tema, visando demonstrar ao

leitor como o controle de estoque é importante para as empresas;

b) realizar um estudo de caso em uma organização do ramo de comércio

agropecuário. Para identificar as metodologias de gestão de estoque utilizadas;

c) comparar as propostas teóricas com a realidade da organização

pesquisada, analisando a pertinência de ferramentas informatizadas de controle de

estoque como proposta de melhoria que possa contribuir para a eficácia da gestão

do negócio, o que pode aumentar sua capacidade competitiva.

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Primeiramente foi realizado um levantamento teórico sobre os conceitos

pertinentes ao tema em livros, artigos científicos e na internet. Depois, para que

fosse possível desenvolver uma visão real sobre a prática da gestão de estoque, foi

feito um estudo de caso na empresa Biazza Comércio de Representações

Agropecuárias Ltda., localizada na Cidade de Palmital, Estado de São Paulo. Tal

estudo foi direcionado por um questionário misto (APÊNDICE A) aplicado com o

proprietário da empresa, que também é o responsável pela gestão de estoque. Além

disso, foi feita uma observação direta na empresa pesquisada. Após a realização

dos estudos teóricos e prático, foi feita uma análise comparativa sobre os mesmos e

elaborada uma proposta de melhoria para a empresa.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão apresentados conceitos pertinentes ao tema, os quais

foram propostos por autores específicos, tais como, Chiavenato, Ching, Gelbcke,

Martins, Slack, dentre outros.

2.1 LEVANTAMENTO CONCEITUAL

Toda organização é composta de uma série de recursos necessários ao seu

funcionamento. Sobre o assunto, Chiavenato (1998, p.4) afirma que: Recurso de Materiais: São também denominados recursos físicos e englobam todos os aspectos materiais e físicos que a empresa utiliza para produzir, como: prédios, edifícios, fabricas, instalações, maquinas, equipamentos, ferramentas, utensílios, matérias primas, matérias etc. Constituem um recurso empresarial que ultrapassa o conceito do fator de produção denominado natureza, pelo fato de ser muito mais amplo e desenvolver insumos diretamente relacionados com a atividade empresarial.

Assim, a quantidade e os tipos de recursos dependerão de cada

organização, bem como de suas necessidades. Contudo, os recursos materiais são

intrínsecos ao atendimento da demanda mercadológica, sendo fundamental o seu

gerenciamento adequado. Caso contrário, a empresa terá dificuldades em conseguir

se manter competitiva no mercado.

Neste sentido, o estoque é a área de materiais da empresa, que tem como

objetivo assegurar o suprimento de produtos necessários ao seu funcionamento sob

as perspectivas de tempo, qualidade e preço, sendo o principal setor de uma

empresa, visto que por meio dele é possível atender a demanda do mercado, e

devido a isto, este setor precisa estar entre as prioridades da gestão, pois afeta

diretamente na receita da empresa.

Slack (1999, p.381) complementa que: O estoque é definido como acumulação de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes estoque também e usado para descrever qualquer recurso armazenado. Não importa o que está sendo armazenado como estoque, ou onde ele está posicionado na operação, ele existira porque existe uma diferença de ritmo ou de taxa entre fornecimento e demanda.

Para Martins (1995, p.151),

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Os estoques são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização normal de suas atividades. Portanto representam um dos ativos mais importantes do capital circulante da maioria das empresas comerciais e industriais.

Ching (2011), define gestão de estoque não apenas como um meio de

reduzir custos, mais se colocada em pratica como um conceito integrado a gestão

de estoques se torna uma ferramenta de estratégia fundamental para a

sobrevivência do negócio.

Viana (2000, p. 02), completa que: A gestão de estoques é um conjunto de atividades que visa atender as necessidades de material da organização, com o máximo de eficiência e menor custo, por meio da maior rotatividade possível, tendo como objetivo principal a busca constante do equilíbrio entre nível de estoque ideal e redução dos custos gerais de estoque.

Bittencourt (2016), define que para alcançar o que se espera de uma

gestão de estoque eficiente e eficaz, deve-se observar o estoque de matéria-prima,

material em processo e produtos acabados. Identificar eventuais problemas, e

utilizar ferramentas apropriadas para melhorar o desempenho e corrigir as

deficiências de cada estoque. Aperfeiçoando a capacidade de estocar minimizando

o impacto financeiro na organização, bem como a falta de produtos em estoque e

com isso atendendo com excelência o mercado que se torna cada vez mais exigente

e competitivo.

De acordo com Martins (2010, p. 198): Como estoques representam parcela substancial dos ativos da empresa, devem ser encarados como fator potencial de geração de negócios e de lucros. Assim cabe ao administrador verificar se estão tendo a utilidade adequada ou sendo um “peso morto”, não apresentando o retorno sobre o capital neles investido.

Desta forma, a importância de uma gestão qualificada nesse setor

influencia em todos os outros setores da empresa, pois dispondo de materiais na

hora exata e lugar certo a empresa garante um ambiente de trabalho mais

agradável, onde seus funcionários poderão executar suas funções com mais

eficiência, tanto na produção quanto no atendimento, tornando mais visível o quadro

de demanda de cada produto, assim, facilitando para o setor de marketing,

proporcionando melhorias no setor financeiro quanto ao capital de giro, e atingindo

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diretamente na satisfação dos clientes, podendo ser usado como um diferencial

competitivo e um fator de crescimento empresarial.

2.2 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO

Desde os primórdios da humanidade, sempre houve a necessidade de

constituir e preservar estoques para garantir usa alimentação por longos períodos de

tempo. Pesquisas apontam que na idade Média isso se direcionou para o

armazenamento de materiais necessários para as grandes construções e a

necessidade de armazenar os produtos necessários às longas viagens das

embarcações da época.

Durante a Revolução Industrial a gestão de estoque começou a mais

ganhar atenção devido à invenção da máquina à vapor e o aumento da dimensão

das empresas. No início do século XX, com o advento dos processos de produção

em massa, fundamentados nos preceitos desenvolvidos pelo pioneiro Henry Ford e

sua linha de produção em série, surgiram ferramentas para solucionar os problemas

da gestão dos estoques e de todo o processo produtivo. Neste mesmo período no

Japão, começaram a ser desenvolvidas técnicas fundamentadas na filosofia de

trabalho denominada Just-in-Time (JIT), que objetivava a manutenção de estoques

mínimos necessários ao atendimento da demanda mercadológica. (SOUZA, 2013).

Estudos demonstram que até o ano de 1980 o administrador do estoque

tinha basicamente a responsabilidade de não deixar faltar materiais nas prateleiras,

fosse para atender à loja ou à produção sem rupturas. O lema era produzir e não

deixar faltar, apoiado pelo contexto de produção em massa, cuja ideia era ganhar

pelo volume. Gerar grandes quantidades exigia altos índices de estoques. Algum

tempo depois, principalmente a partir da década de 1990, as empresas perceberam

que, para tornarem-se mais competitivas, necessitariam de atributos muito além de

preço. Precisavam de variedade de modelos, mais qualidade e maior

disponibilidade, requerendo mais eficiência em toda a cadeia logística. Além disso,

tinham que trabalhar com estoques reduzidos, conforme o modelo de produção

enxuta, a fim de reduzirem custos ao longo da cadeia para continuar competindo.

De acordo com Barbosa (2012, p. 09): Com essa perspectiva que planejar e controlar estoque são questões de ordem nas organizações hoje, que, dessa forma, precisam transformar o que antes era fonte de custos em fonte de lucro, melhorando o fluxo operacional com níveis de estoques adequados e

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ajustados à demanda da empresa. Essa melhora é complexa por depender de várias etapas, setores e pessoas de uma organização. A complexidade da cadeia não está limitada somente aos espaços físicos da empresa, estende-se a toda rede logística.

Atualmente, o estoque é visto como peça chave para desencadear o

crescimento das empresas, pois a administração compreende que por meio dele se

dá o sucesso de todos os outros setores de uma empresa, sendo que a meta de

qualquer empresa visa o lucro, este é alcançado através da fidelização de clientes,

que por sua vez, são cativados por meio de um atendimento eficaz, que só pode ser

oferecido com uma gestão de materiais eficiente que disponibilize o material

necessário no local certo e na hora certa, sem desperdícios ou acúmulos

desnecessários.

Através deste histórico, é possível entender porque hoje a administração

de estoques é tratada como um assunto estratégico para as empresas, que

procuram diminuir o tempo entre compra de insumos, produção de bens ou serviços

e sua entrega no destino final, de acordo com o desejo do cliente, levando-se em

conta menor custo e maior qualidade.

2.2.1 Gestão de estoque

Gestão de estoques em uma empresa, se refere a gestão dos recursos

materiais que ajuda a organização a gerar receita. O estoque de uma empresa pode

armazenar todos os produtos na loja ou parte do estoque de produtos é mantida em

um armazém ou depósito.

Empresas que atuam como fabricantes ou montadoras, voltadas para a

produção de bens, dependem fortemente de um estoque bem gerenciado por uma

série de razões. No final das contas, uma empresa que dependa de produção não

pode sobreviver sem um bom sistema de gerenciamento de estoques. (COELHO,

2012).

Ainda, é preciso considerar que a demanda por bens e serviços

específicos não será a mesma durante todo o ano e um estoque bem planejado

permitirá que uma empresa cumpra as exigências, sem colocar em risco seu caixa.

A gestão de estoques tem responsabilidades como determinar “o que” se

deve manter em estoque, definir “quando” reabastecer os estoques, verificar

“quanto” estoque será necessário para um certo período, determinando os volumes

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de acordo com critérios técnicos de demanda e abastecimento, trabalhar de maneira

integrada com o departamento de compra para executar a aquisição de estoque,

sendo o apoio para manutenção dos estoques, receber e armazenar os materiais de

acordo com as necessidades, controlar os estoques em termos de quantidade e

valor e fornecer informações sobre a posição do estoque, pois elas facilitam outras

programações, realizar inventários periódicos para avaliação das quantidades e

estados dos materiais estocados, mantendo sempre os números atualizados, e,

controlar os itens obsoletos e danificados, criando meios para minimizar esses

problemas. (SEBRAE, 2016).

Assim, o princípio da administração de estoque consiste em gerenciar as

informações e práticas que facilite a distribuição do material dentro da empresa sem

desperdícios.

De acordo com Christopher (1992), essas práticas incluem identificar a

demanda de nível de serviço do consumidor final, definir onde posicionar os

estoques ao longo da cadeia de suprimentos, e quanto estocar em cada ponto e

desenvolver as políticas e procedimentos apropriados para gerir a cadeia de

suprimentos como uma entidade única. Entre estas práticas estão a previsão da

demanda, que define que uma empresa deve ser capaz de prever as demandas de

produtos específicos em épocas específicas mantendo um sistema que viabilize o

atendimento da forma mais econômica possível. O Monitoramento do sistema, que

controle a quantidade em estoque a todo momento. A qualidade de armazém, que

deve ser capaz de manter o estoque em boas condições e possibilitar fácil

deslocamento de materiais.

Assim, a gestão de estoques é vista como um desafio para a maioria das

empresas. Na verdade, mesmo antes que uma empresa comece suas vendas, seu

lucro ou prejuízo pode ser parcialmente explicado por quão bem a empresa é capaz

de gerenciar seus estoques. Isto porque, com os devidos recursos de gestão de

materiais, a empresa pode alcançar a satisfação externa, atendendo devidamente a

necessidade de seus clientes, e interna atendendo as necessidades da empresa

sem desperdícios e gastos desnecessários.

Dentro desse contexto, Pozo (2010, p. 26), afirma que: Portanto a função principal da administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques. O administrador, porém, irá deparar-se com um terrível dilema, que é o causador da

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inadequada gestão de materiais, percebida em inúmeras empresas, e que cria terríveis problemas quanto às necessidades de capital de giro da empresa, bem como seu custo. Por um lado, procura-se manter um volume de materiais e produtos em estoque para atender a demanda de mercado, bem como suas variações, servindo o estoque como um pulmão e, por outro lado, buscar a minimização dos investimentos nos vários tipos de estoques, reduzindo assim os investimentos nesse setor.

Ademais, a gestão de estoque adequada deve assegurar o suprimento

adequado de matéria-prima, material auxiliar, peças e insumos ao processo de

fabricação, mantendo o estoque mais baixo possível para atendimento compatível

às necessidades vendidas, identificando os itens obsoletos e defeituosos em

estoque, para eliminá-los, não permitindo condições de falta ou excesso em relação

às demandas de vendas, prevenindo contra perdas, danos, extravios ou mal uso,

mantendo as quantidades em relação às necessidades e aos registros, fornecendo

bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento curto, médio e longo

prazos, das necessidades de estoque e mantendo o custo dos níveis mais baixos

possíveis, levando em conta os volumes de vendas, prazos, recursos e seu efeito

sobre o custo de venda do produto.

2.2.2 A importância da gestão de estoque

As empresas buscam gerar maior competitividade no seu negócio através

de ações que permitam diferenciá-la de seus concorrentes e que reduzam seus

custos, e a administração de estoque é fundamental, afinal há alta participação

deste no total do Ativo, mas também é dele que se determinará custo de

mercadorias ou produtos que serão vendidos.

Sob a perspectiva de Oliveira (1999, p.181): O estoque representa o custo das mercadorias possuídas por uma empresa numa data especifica. Ou seja, é uma conta que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou transformados.

É importante considerar que o estoque que a empresa possui depende do

seu objetivo social. Se for uma empresa que comercializa produtos por exemplo, o

seu estoque é constituído de mercadorias. A venda de estoques gera receita de

vendas, custo de mercadorias ou produtos vendidos e estoque final, ou seja, uma

empresa que dependa de produção não pode sobreviver sem um bom sistema de

gerenciamento de estoques. Os recursos investidos em estoques variam

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grandemente dependendo do setor industrial a que a empresa pertence, quando

administram estoques, os gerentes estão cuidando de parcela substancial dos ativos

da empresa, por isso a importância da atenção voltada a este setor. Um estoque

elevado atende plenamente a demanda, porém dispõem da necessidade de um

elevado capital de giro, enquanto um estoque precário acarreta na impossibilidade

ou atraso na entrega, que leva à insatisfação do cliente, se não, à perda deste.

De acordo com Petrônio Garcia Martins (2009, p. 181): Hoje o relacionamento cliente-fornecedor é totalmente diferente de alguns anos atrás, quando cada um procurava tirar o máximo proveito um do outro, e, se não eram inimigos, pelo menos a desconfiança era mútua. Atualmente o relacionamento é do tipo parceria, com elevada confiança, em que cliente e fornecedor se ajudam sempre na procura de soluções eficazes e que possam trazer mais benefícios aos consumidores finais.

Assim, atender os clientes na hora certa, com a quantidade requerida é o

objetivo das empresas, assim as distribuições das mercadorias assumem um

importante papel na obtenção de uma vantagem competitiva duradoura, além disso,

os estoques também podem ser usados como forma de negociação de preços com

os fornecedores.

2.3 FERRAMENTAS DE GESTÃO DE ESTOQUE

A administração adequada de estoques significa coordenar a movimentação

de suprimentos com as exigências de produção, não admitindo a falta ou o excesso

dos níveis de produtos armazenados.

“Um sistema de controle de estoque é um conjunto de regras e

procedimentos que permitem responder às perguntas de grande importância, e

tomar decisões sobre os estoques”. (MOREIRA, 2004, p.270).

Com base nisso, a primeira ferramenta a utilizar para uma gestão de

estoque eficiente é delimitar um estoque de segurança, também conhecido como

estoque mínimo ou estoque reserva, que seria uma quantidade mínima de peças

que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações do

sistema, como eventuais atrasos no tempo de fornecimento, rejeição ao lote de

compra ou aumento na demanda do produto. Sua finalidade é não afetar o processo

produtivo e, principalmente, não acarretar transtorno aos clientes por falta de

material e, consequentemente atrasar a entrega do nosso produto no mercado. É

15

extremamente importante que o sistema adotado seja atualizado constantemente e

que tenha flexibilidade para acompanhar as constantes mudanças do mercado.

(FRANCISCHINI, 2002).

De acordo com Pozo (2010, p. 54): A situação mais cômoda é adotar um estoque de segurança que supram toda e qualquer variação do sistema; porém, isso implicará custos elevadíssimos e que talvez a empresa poderá não suportar. Então, a solução é determinar um estoque de segurança que possa otimizar os recursos disponíveis e minimizar os custos envolvidos. Assim, teremos um estoque de segurança que irá atender a fatos previsíveis dentro de seu plano global de produção sua política de grau de atendimento.

Para facilitar o controle do estoque, seus itens precisam ser analisados e

classificados conforme suas características. Uma das formas mais utilizadas para

esse fim é a análise ABC, que permite a verificação do consumo em determinado

período de tempo, em valor monetário ou quantidade, dos itens em estoque para

que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância.

Basicamente, a curva ABC funciona como uma forma de gerenciar as finanças com

mais eficácia, servindo para auxiliar na identificação de fatores que requerem mais

atenção, o que possibilita um tratamento mais apropriado, com base na importância

de cada item. Nesse sistema, sob a ótica de valor ou de quantidade, os itens mais

importantes denominam-se A, os intermediários B, e os menos importantes C. No

caso de produtos acabados, é considerado o valor de demanda. Já quando são

analisados produtos em processo ou matérias-primas e insumos, a curva ABC leva

em conta o valor de consumo. Além disso, é necessário saber que o valor de

consumo ou valor de demanda é calculado por meio da multiplicação do preço ou

custo unitário de cada produto pelo valor da sua demanda ou do seu consumo. Na

classificação ABC os itens de estoque tendem a ser separados da seguinte maneira:

20% são considerados do tipo A, sendo que tais itens correspondem a 65% do valor

de demanda ou consumo; 30% do total são considerados da classe B, com 25% do

valor de consumo ou demanda; e 50% são considerados itens da classe C, sendo

10% do valor de consumo. Em geral, uma curva ABC precisa refletir a dificuldade

para controlar um item, bem como o impacto deste sobre a rentabilidade e os custos

no processo de produção, o que oscila de acordo com cada empresa, normalmente.

Além disso, você deve lembrar que mesmo sendo ilustrada a partir do valor de

consumo anual, na maioria das vezes, a curva ABC é só um dos inúmeros fatores

16

que interferem na classificação de um item. Vale ressaltar que curva ABC não tem

relação apenas com o estoque de produtos, mas também com a prestação de

serviços, o que pode ser feito também com a intenção de classificar clientes. Por fim,

a curva ABC permite que informações estratégicas sejam usadas na compra de

produtos, na redução de estoques, etc. Logo, a curva ABC consiste em avaliar os

dados e chegar à conclusão de que parcelas maiores do valor acumulado estão

associadas a menores parcelas da quantidade. Portanto, se a distribuição estiver

mais uniforme, menos acentuada fica a curva ABC, tornando sua aplicação menos

proveitosa. (SLACK, 2009).

Conforme Pozo (2010), a vantagem na utilização da curva ABC é que os

itens de estoque podem ser classificados em A, B ou C, com base em seus custos,

quantidades ou outros fatores. Os itens importantes são em pequena quantidade e

de maior valor, logo, devem ser controlados de forma rigorosa.

Outro método conhecido de controle de estoque é o sistema PEPS (Primeiro

a Entrar, Primeiro a Sair). A ideia proposta por esta metodologia é que, no momento

em que um produto é retirado do estoque, prioriza-se o produto mais antigo. Isso

significa que os primeiros itens comprados pela sua empresa são os primeiros itens

a serem vendidos para os clientes. Esse sistema é indispensável quando a empresa

trabalha com produtos perecíveis, pois tende a fazer com que o item mais antigo

seja o primeiro a ser vendido. Outra vantagem do PEPS é facilitar a gestão

financeira da sua empresa. Ao trabalhar com o preço de custo por unidade do

estoque, em vez da média do preço de custo de todas as unidades, é possível

diferenciar o preço de venda do mesmo produto, repassando aumentos e descontos

obtidos nas compras mais antigas em relação às compras mais recentes.

Especialmente para quem trabalha com importação, este pode ser um diferencial

competitivo, pois fazer uma compra com dólar mais baixo significa uma margem

maior em um mesmo preço de venda. Além disso, o PEPS é o método contábil

utilizado pela Receita Federal do Brasil para o cálculo de tributos. É com base nele

que o seu estoque é avaliado e, em cima dessa estimativa, são calculados os

impostos e tributos. (DUARTE, 2015).

Esta metodologia de gerenciamento de estoques faz com que o produto gire

antes de tornar-se obsoleto. É essencial que a demanda por produtos acabados seja

conhecida com alto grau de precisão e que se tenha fornecedores de transportes

17

confiáveis a fim de obter um serviço adequado à demanda. (PORTAL EDUCAÇÃO,

2014).

Também existe o sistema estoques UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair),

onde o último item comprado é o primeiro a ser vendido. Se a empresa trabalha com

itens perecíveis, esse sistema não é viável, por ser possível que a primeira

mercadoria comprada, no momento da venda, já esteja vencida. O UEPS, no

entanto, é um dos métodos de controle de estoque mais eficientes para o

planejamento da produção, ao permitir ajustes rápidos nos preços e quantidades a

serem fabricadas de acordo com o consumo real. Uma vez que os últimos itens

adicionados são os primeiros a serem vendidos, tem-se uma média do consumo

daquele período, permitindo prever o consumo futuro à medida em que novos

produtos vão entrando no estoque. O UEPS, porém, tende a reduzir a margem de

lucro operacional das empresas, uma vez que, no momento da medição, os fatores

externos momentâneos (inflação, variação cambial etc.) são repassados ao preço de

custo da mercadoria. Por esse motivo, é importante saber que ele não é aceito pela

Receita Federal e deve-se usar o PEPS na precificação do estoque. (ALVES e

FIORINO, 2014).

Pozo (2010, p. 77) complementa sobre sistema UEPS: O método também é baseado na cronologia das entradas e saídas, e considera que o primeiro a sair deve ser o último que entrou em estoque, portanto, sempre teremos uma valorização do saldo baseada nos últimos preços. É um procedimento muito utilizado em economias inflacionárias, facilitando a contabilização dos produtos para a definição de preços de venda e refletindo custos mais próximos da realidade de mercado.

Além desses métodos, é de extrema importância conhecer o Just in time que

é um sistema de administração da produção que determina que nada deve ser

produzido, transportado ou comprado antes da hora exata. Pode ser aplicado em

qualquer organização, para reduzir estoques e os custos decorrentes. Com este

sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no

momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou

entregues a tempo de serem vendidos ou montados. O conceito de Just in time está

relacionado a produção por demanda, onde primeiramente vende-se o produto para

depois comprar a matéria prima e posteriormente fabricá-lo ou montá-lo. Nas

fábricas onde está implantado o Just in time o estoque de matérias primas é mínimo

18

e suficiente para poucas horas de produção. Para que isto seja possível, os

fornecedores devem ser treinados, capacitados e conectados para que possam

fazer entregas de pequenos lotes na frequência desejada. Nesse sistema é

fundamental a parceria existente entre a empresa e o fornecedor, pois se a empresa

trabalha com o mínimo possível de estoques, ela precisará ter alguém que forneça

para ela no momento que necessite, ou seja, a responsabilidade do estoque é

transferida para o fornecedor, que trabalhará como seu parceiro. Hoje, a maioria das

linhas de montagem trabalha com o sistema de consórcio modular, onde os

fornecedores se instalam dentro da empresa ou o mais próximo a ela possível, para

supri-las no momento que necessitem. Uma metodologia aliada o JIT são os cartões

Kankan, os quais servem como sinalizadores da produção e tem por

responsabilidade enviar uma ordem de produção quando o estoque está chegando

ao nível mínimo. Essa metodologia faz com que a produção seja puxada e não

empurrada, evitando desta forma que se acumule estoques ao final do dia, pois o

sistema só vai produzir quando o cartão kanban enviar a ordem para o processo,

funcionando como um disparador da produção. O JIT hoje é uma filosofia gerencial e

sua utilização leva a empresa obter maiores lucros e melhor retorno sobre o capital

investido, pois reduz custos, estoques e proporciona uma melhoria na qualidade.

(MARTINS, 2012).

O sistema just in time objetiva fazer com que seus processos produtivos

alcancem melhores índices na qualidade, maior confiabilidade em seus

equipamentos e fornecedores e maior flexibilidade de resposta através de redução

de tempos de preparação de máquinas para a produção de lotes menores e mais

adequados a demanda do mercado. (CORRÊA e GIANESI, 1993). Assim, esses métodos de administração de materiais mostram que com um

estoque organizado beneficia o empreendedor, ainda mais na atualidade, onde as

empresas buscam cada vez mais se aprimorar, mas existem diversos métodos que

auxiliam a gestão de estoques e cada empresa deverá procurar e analisar as

melhores opções de gestão, de acordo com sua necessidade de armazenamento e

o ramo de atuação das mesmas. Inclusive métodos de gestão com ferramentas

informatizados que crescem e se desenvolve cada vez mais no mercado.

19

2.3.1 Ferramentas informatizadas de gestão de estoque

Atualmente existem inúmeras formas de controlar os itens em estoque, e a

viabilidade das metodologias informatizadas poderão ser analisadas pelos gestores

em função da necessidade e da possibilidade financeira da organização em questão.

Isto porque existem ferramentas mais complexas, que demandam maior

investimento financeiro. Contudo, também existem ferramentas simples e muito

eficazes quando bem empregadas para organização e gerenciamento de estoque.

Neste sentido, Moreira (2004) indica os softwares de gestão de estoque

podem oferecer informações valiosas aos gestores, permitindo identificar e manter

os níveis ideais de itens armazenados, pois podem oferecer informações em tempo

real, evitando a falta o excesso de estoques.

De acordo com Bertaglia (2006, p. 06): O sistema de informação tem a função de diminuir os gastos com estoque e evitar faltas de produtos, o que, dificilmente, será obtido com a gestão manual, não por falta de eficiência dos gestores, mas pela complexidade das atividades. Portanto, atualmente, para alcançar esses objetivos existem diversos sistemas informatizados como, por exemplo, códigos de barras, troca eletrônica de dados e impressão de etiquetas.

Ballou (1993), afirma que é de suma importância a prática gerencial do

gestor ao sistema informatizado, pois nenhum sistema é tão eficiente para dispensá-

lo.

Bertaglia (2006), aponta três situações que dificultam a gestão de estoque

no contexto do mercado atual, as quais são: baixo ciclo de vida dos produtos, como

eletrônicos e automóveis; instabilidade da demanda; processo comum de

customização causando dificuldade no planejamento. Com os fatores descritos

acima, percebe-se que dificilmente uma empresa sem informatização sobreviverá

em um mercado cada vez mais exigente.

Nas últimas três décadas, devido a uma série de aperfeiçoamentos, as

empresas deixaram o sistema de estoque manual para adotar os estoques

automatizados. Esta mudança acarretou pelo menos cinco grandes vantagens na

gestão de estoque: fácil adaptação aos computadores; agilização de faturamento e

cobrança; existência de programas para atender às necessidades; redução no

capital investido em estoque e, ao mesmo tempo, melhoria no nível de serviço, e;

elaboração de relatórios mais aperfeiçoados. (BALLOU, 1993).

20

A gestão eficaz dos estoques é de suma importância para minimizar o

capital investido, maximizar o lucro e utilizar melhor o espaço físico da empresa. O

objetivo deste estudo é destacar a importância da informatização no processo de

controle de estoque das empresas, principalmente as que comercializam uma

grande variedade de itens.

Assim, na era da informação é inconcebível que as empresas não busquem

ferramentas informatizadas que possam auxiliar a gestão de estoques, visto que

elas podem otimizar e baratear este processo, facilitando o controle do fluxo de

materiais.

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3 RESULTADOS

O estudo de caso foi realizado na empresa Comercial de Produtos

Agropecuários Biazza Ltda., localizada na rua Vereador Lopes, 381, na cidade de

Palmital, SP.

Foi possível identificar que a empresa atua no ramo de produtos

agropecuários, rações, animais vivos, ferramentas para jardinagem, artigos para a

pesca, entre outros. Na empresa trabalha o Empresário e suas duas filhas. Surgiu

há 30 anos atrás, quando a venda era apenas de adubo e insumos agrícolas em

geral. A partir da visão de que o mercado exigia um público-alvo maior, o empresário

resolveu implantar mais artigos na sua loja para aumentar as vendas.

Um ponto crucial identificado por meio da pesquisa foi que a empresa não

possui um controle de estoques eficiente e eficaz, pois esse gerenciamento é feito

manualmente em um caderno de entradas e saídas, não sendo empregado

nenhuma recuso tecnológico neste processo. Além disso, quando questionado sobre

o assunto, o gestor demonstrou interesse e receber mais informações que possam

ajudar a melhorar as formas atuais de controle de fluxo de materiais em estoque.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo possibilitou, dentre outras constatações, compreender a

importância do gerenciamento de estoques para as empresas, bem como a

utilização da tecnologia para facilitar e otimizar este processo. Contudo, também

ficou claro que muitos gestores possuem dificuldades para padronizar este processo

e realizar controles contínuos do fluxo de materiais em estoque. Isto porque este

processo exige, além de investimentos financeiros, muita disciplina e controle.

Em contrapartida, ficou claro que a falta de gestão de estoques pode

acarretar diversos problemas aos gestores, tais como estoques desnecessários,

falta ou perda de produtos e a lentidão no acesso às informações. Ainda, ficou

evidente que os softwares de controle de estoques podem ser utilizados como

ferramenta de apoio aos empreendedores.

A partir do estudo de caso na empresa Comercial de Produtos Agropecuários

Biazza Ltda, foi possível identificar a dificuldade do gestor em gerenciar seus

estoques, visto que o mesmo não possui uma rotina padronizada para controlar o

fluxo de materiais na organização, e não utiliza nenhuma ferramenta informatizada

neste processo.

Por fim, com base nos resultados das pesquisas teórica e no estudo de caso,

como foi proposto nos objetivos deste trabalho, seria viável que o gestor da

organização pesquisada utilizasse ferramentas informatizadas para otimizar o

gerenciamento de estoque. Contudo, tendo em vista a impossibilidade econômica e

operacional da empresa no momento da pesquisa, sugere-se ao gestor o emprego

de aplicativos simples para o registro de entradas e saídas de itens no estoque,

como por exemplo, o Excel, que é simples e muito eficiente, se alimentado

continuamente.

Portanto, este estudo não esgota a possibilidade de pesquisas na área do

conhecimento em questão, apenas contempla o ponto inicial de melhoria na

empresa em questão. Entretanto, a implementação das sugestões dependerá da

visão do gestor.

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REFERÊNCIAS

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24

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VIANA, João José. Administração de materiais: Um Enfoque Prático. São Paulo: Atlas, 2002.

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APÊNDICE

Apêndice A- Modelo de questionário qualitativo utilizado no estudo de caso –

proprietário da empresa

1. Você já ouviu falar sobre Gestão de Estoque?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

1.1 Em caso positivo, como você ficou sabendo?

R:

2. Como você gerencia o estoque da sua empresa? São utilizados controles

manuais ou são empregados computadores ou outra ferramenta?

R:

3. Na sua empresa, as compras são efetuadas quando:

a) ( ) Quando o produto acaba;

b) ( ) É feita uma programação periódica para verificar a necessidade de compras;

c) ( ) Não existe uma rotina. Depende do produto.

4. Você já utiliza alguma planilha para gerenciar o estoque da sua empresa?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

4.1 Em caso negativo na questão 4, porque?

a) ( ) Por falta de informação de como elaborar;

b) ( ) Por falta de interesse;

c) ( ) Por falta de tempo;

d) ( )Outros: ______________________________________________

4.2. Em caso afirmativo na questão 4, o plano foi útil para a empresa?

a) ( ) Sim;

b) ( ) Não;

c) ( ) Parcialmente.

5. Na sua opinião o controle de estoque pode trazer quais benefícios para a

empresa?

a) ( ) Manutenção da qualidade dos produtos;

b) ( ) Ajuda o gestor a evitar gastos/estoques desnecessários;

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c) ( ) Ajuda na localização de produtos em estoque;

d) ( ) Evita a falta de produtos disponíveis para venda;

e) ( ) Outros: ______________________________________________

6. Quais as dúvidas você tem com relação a Gestão de estoque?

R:

7. Você conhece o SEBRAE (Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas

Empresas)?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não

8. Você tem conhecimento sobre como o SEBRAE pode ajudar o empresário a

gerenciar seus estoques?

a) ( ) Sim

b) ( ) Não