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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
Faculdade de Tecnologia de São Sebastião
Curso Superior de Tecnologia em Gestão Portuária
MARIA CLARA SOUZA E SILVA RENATA DOS SANTOS
MÉTODO DE AUTOMAÇÃO INSERIDO AO EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES: Estudo de Caso.
São Sebastião
2017
MARIA CLARA SOUZA E SILVA RENATA DOS SANTOS
MÉTODO DE AUTOMAÇÃO INSERIDO AO EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES: Estudo de Caso.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Portuária. Orientador: Prof. Me. Gilberto da Silveira Mourão.
São Sebastião
2017
MARIA CLARA SOUZA E SILVA RENATA DOS SANTOS
MÉTODO DE AUTOMAÇÃO INSERIDO AO EQUIPAMENTO DE MOVIMENTAÇÃO DE CONTÊINERES: Estudo de Caso.
Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Portuária. São Sebastião, 03 de Julho de 2017
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Prof. Me. Gilberto da Silveira Mourão
_________________________________________________________
Prof. Esp. Orlando Celestino
_________________________________________________________
Prof. Ricardo Kugler
MÉDIA FINAL: ___________________
Dedicamos este trabalho aos nossos pais e a todos os nossos entes queridos, pelo
incentivo e apoio, pois, além de terem nos aconselhado durante todo o curso,
compartilharam conosco os momentos de dificuldades e de alegrias, nesta etapa,
em que, com a graça de Deus, está sendo vencida.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho com certeza não seria possível sem ajuda de algumas
pessoas muito importantes em minha vida.
Primeiramente a Deus, pois sem a saúde e tranquilidade que ele me deu
durante esta caminhada nada poderia ter sido realizado plenamente!
E em segundo lugar a minha família que me deu suporte, carinho e
compreensão que foram fundamentais para que eu chegasse até aqui. Minha Mãe,
meu Pai, meu Irmão e o meu Namorado, muito obrigada por toda paciência, amor e
apoio que teve grande importância para que eu conseguisse vencer etapas e enfim
chegasse a elaboração deste trabalho, afinal, eram vocês que sempre estavam ali
durante as crises, os pânicos e as descobertas. Famílias Souza e Silva, obrigada por
tudo!
Aos professores do meu curso de Gestão Portuária da Fatec de São
Sebastião pelos ensinamentos que nortearam toda minha formação como tecnóloga
portuária. Aos funcionários da Fatec por todo o empenho.
Agradecimentos especiais às pessoas que conheci durante essa longa
trajetória, que juntos, conseguimos passar cada semestre.
Aos queridos amigos que fiz ao longo desse processo, em especial a
Renata e ao Pedro, que sempre serão um apoio amigo. Se não fosse nossa
convivência, reuniões e amizade à trajetória não teria tido nem metade da graça!
Aos meus amigos de todas as horas, por terem me ajudado em todos os
sentidos, seja por lamentação ou felicidade por notas boas.
Ao professor Gilberto pela orientação e paciência, sua ética, competência
e comprometimento são dignas de aplausos.
Ao Danilo e ao Alexandre da Embraport, por todo o suporte, atenção e
informações, e a Empresa Embraport por ter autorizado mostrar uma parte de toda
essa tecnologia portuária existente.
A todos os meus mais sinceros agradecimentos. (Maria Clara Souza e
Silva).
Ter amor à vida é uma forma de agradecer a Deus todos os dias pelo alcance
das conquistas, esse ato de adquirir envolve tanto o estado físico quanto o
emocional, acreditando e desacreditando no potencial, vivendo no conforto ou no
sufoco da fé, na atitude de fazer sempre algo melhor, nada muda, nada evolui no
seu campo espiritual se cada produção da sua mente, do seu corpo não desenvolva
para uma experiência universal.
Sentir no corpo a energia mais sincera para agradecer aos amigos e
familiares toda a compreensão, a amizade e o respeito em perceber o quanto esse
conhecimento foi tão importante para mais um dos fechamentos de ciclo da minha
vida, é inesquecível. Foram momentos que pude explorar a capacidade para uma
gestão mais específica e ao mesmo tempo crescer com responsabilidade na
garantia de ter bons profissionais ao meu lado, desejando desde sempre a
sabedoria alheia.
Agradeço pela sabedoria da minha mãe, não está mais conosco, por ter
estimulado a minha consciência na formação humana. Pude acompanhar seu
momento mais sofrido e o mais lindo nos olhos de Deus, criando assim a vontade de
viver mais e mais, e acredito que ela esteja vibrando por mais essa conquista da
minha formação acadêmica.
Agradeço pela disciplina do meu pai que com os seus próprios argumentos e
ações soube silenciosamente me colocar em observação para aprender uma
caminhada próspera.
Agradeço pelo meu irmão Marcelo por ficar ao meu lado nesse momento
transitório e ter me ajudado nos cuidados da Érica nos momentos dos estudos.
Agradeço a minha amiga Alessandra, muitas vezes, ajudou-me a buscar Érica
na escola, um período a mais que poderia ficar na faculdade, esse ato benévolo me
provou o quanto podemos contar com verdadeiras amizades para subir os degraus
da vida.
Agradeço a minha filha por ter nascido ao meu ventre, por ter me escolhido
para aprender esses turbilhões de momentos, ser mãe não é fácil, mas idolatrei essa
vontade e conquistei a maturidade com grande sabedoria.
Agradeço ao pai da minha filha por ter ficado ao meu lado em todos os
momentos e ter me apoiado nessa loucura da vida de mãe e de estudante.
Agradeço ao meu orientador Mourão, pois com o projeto da célula de
produção e a maquete que fizemos no quarto semestre conseguimos obter
momentos de mídia e reconhecimento, além de orientar o tema do nosso projeto
final.
E principalmente agradeço a Maria Clara que divide esse projeto comigo, nos
três anos da faculdade criamos um vínculo harmônico e paciente entre os e-mails
corriqueiros e as aulas assistidas, nós batalhamos dia após dia num grupo que no
final só ficaram os mais fortes, amizade eterna é o que pretendo conquistar.
E por fim agradeço a empresa Embraport, Alexandre que me ajudou nas
pesquisas de dois projetos e o Danilo pela entrevista do coletor, eles repassaram
com muita vontade de ajudar as informações necessárias para elabora esse projeto
com a riqueza nos detalhes.
Aos outros não mencionados sintam-se confortados, pois vocês foram
lembrados com grande emoção, eu poderia escrever e escrever, agradecer e
agradecer, mas existe lembrança que não é do meu reconhecimento e que poderia
gerar cobrança, então um agradecimento geral pela torcida que tiveram para minha
vitória. (Renata Pereira dos Santos).
RESUMO
O objetivo deste trabalho é comparar os dados gráficos de movimentação de carga
dos anos anteriores e posteriores à automação do equipamento de movimentação
de contêineres no Porto de Santos, mais especificamente na empresa Embraport,
comprovar o aumento da produtividade e o consequente aumento da eficiência e
eficácia do processo. Os dados trazidos para a pesquisa de campo foram obtidos
por meio da Empresa Embraport e da base de dados da ANTAQ. Adicionalmente
entrevistou-se o Ship Planner da empresa, que apresentou a perspectiva dos
processos para automação do equipamento. Os conceitos utilizados abordam temas
como: automatização na área portuária, pesagem portuária e seus órgãos
competentes, um envoltório que relata o desenvolvimento do sistema de informação
sobre o equipamento RTG coletor. A justificativa é conhecer as novas tecnologias de
automação dos equipamentos portuários que auxiliam na produtividade dos
terminais. Conclui-se, portanto, nos resultados e discussão uma análise de dados
para verificar se à automação dos equipamentos portuários demonstra eficiência nos
processos de movimentação de contêineres e proporcionam o aumento na
produtividade. Utilizou-se técnicas de abordagem descritiva, pesquisa bibliográfica,
coletas de dados, fontes documentais como imagens de arquivos públicos e análise
de conteúdo.
Palavras-chave: Tecnologias portuárias. Automatização. Equipamentos Portuários
ABSTRACT
The aim of this study is to compare the cargo handling graphics data from previous
years and later to the automation of container handling equipment at the port of
Santos – more specifically in the Embraport-company, and demonstrate the
improved productivity and with the consequent increase of the efficiency and
effectiveness of the process. The data brought to the field research were obtained
through Company Embraport and ANTAQ database. Additionally, interviewed the
Ship Planner of the company, which presented the perspective of the processes for
automation equipment. The used concepts discuss topics such as; Automation in the
port area, port and weighing its competent bodies, a mantle that reports the
development of information system on the RTG equipment collector. The rationale is
to get to know new technologies for automation of port facilities that assist in the
productivity of terminals. It is concluded, therefore, in the results and discussion data
analysis to verify that the automation of port facilities demonstrate efficiency in
container movement processes and provide an increase in productivity. We used
descriptive approach techniques, bibliographical research, data collections,
documentary sources such as images of public archives and content analysis.
Keywords: Port technologies. Automation. Business Consulting
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABIT Associação Brasileira de Indústria Têxtil e Vestuário
ANTAQ Agência Nacional de Transportes Aquaviários
BDCC Banco de Dados de Cadastramento
BIPM Bureau Internacional de Pesos e Medidas
CGOM Conferência Geral de Peso e Medidas
CODESP Companhia Docas do Estado de São Paulo
DEA Análise Envoltório de Dados
DMU Unidade Produtiva
EDI Electronic Data Interchanger
EPA United States Environmental Protection Agency
HUB Porto Concentrador
IMO Organização Internacional Marítima
INEMTRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPEM Instituto de Pesos e Medidas
LCL Less Container Load
LRP Licence Plate Reader
MTPA Ministério do Transportes, Portos e Aviação Civil
NAVIS Sistema Integrado de Gestão para escritório de Projeto
OCR Optical Character Recog
ONU Organização das Nações Unidas
QR CODE Código de Resposta Rápida
QGU Quadro Geral de Unidades
RTG Rubber Tyre Gantry
SI Sistema Internacional de Unidades e Medidas
SOLAS International Convention for the Safety of Life at Sea
TEUs Twenty Equivalent Unit
TI Tecnologia da Informação
TPB Toneladas de Porte Bruto
VGM Verified Gross Mass
WMS Warehouse Management System
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Etapa de Evolução dos Portos ............................................................... 21
Figura 2-Terminais do Complexo Portuário de Santos ........................................ 23
Figura 3-Hinterlândia do Porto de Santos-SP ....................................................... 25
Figura 4-Terminal Embraport ................................................................................. 28
Figura 5-Acesso ao terminal por rodovia e ferrovia ............................................. 29
Figura 6- Invasão dos contêineres em Santos ..................................................... 34
Figura 7- Terminal Embraport ................................................................................ 35
Figura 8- Terminal de Uso Privativo Autorizado Embraport ................................ 39
Figura 9- Equipamentos Portêineres e RTGs ....................................................... 46
Figura 10 – RTG- Rubber Tyre Gantry ................................................................... 48
Figura 11- Categoria básica em termos de participação humana no processo 50
Figura 12 - Coletor Veicular Thor VM1 .................................................................. 54
Figura 13- Movimentação de Contêineres 2013 .................................................... 59
Figura 14- Movimentação de Contêineres 2014 .................................................... 60
Figura 15 - Movimentação de Contêineres 2015 ................................................... 61
Figura 16 - Movimentação de Contêineres 2016 ................................................... 62
Figura 17 - Comparativa Movimentação - 2013 e 2014 ......................................... 64
Figura 18- Comparativo Movimentação - 2014 e 2015 ......................................... 65
Figura 19 - Comparativo Movimentação - 2015 e 2016 ........................................ 66
Figura 20 - Comparativo Movimentação - Cabotagem 2016 ................................ 67
Figura 21 - Comparativo Participação Embraport ................................................ 67
LISTA DE TABELAS
Tabela 1- Ranking de Movimentação dos Portos Organizados .......................... 24
Tabela 2- Antes do Porto Organizado ................................................................... 32
Tabela 3- Depois do porto organizado .................................................................. 33
Tabela 4- Movimentadores de contêineres, em toneladas, no terceiro trimestre
de 2016 ..................................................................................................................... 38
Tabela 5- Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres-
Navegação de Cabotagem. ..................................................................................... 40
Tabela 6- Custos dos Modais ................................................................................. 41
Tabela 7- Agentes Intervenientes e suas principais ações ................................. 43
Tabela 8- Agentes Intervenientes e suas principais ações ................................. 44
Tabela 9- Agentes Intervenientes e suas principais ações ................................. 45
Tabela 10- Equipamentos da empresa Embraport ............................................... 46
Tabela 11- Medidas de Contêineres ....................................................................... 52
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................ 19
2.1 EVOLUÇÕES DOS PORTOS NO BRASIL 19
2.1.1 Porto de Santos Atualmente 21
2.1.2 Terminais de uso privativo.............................................................................25
2.1.3 Terminal Embraport .......................................................................................26
2.1.3.1Evolução..........................................................................................................26
2.1.3.2 Organização e Infraestrutura do terminal.......................................................27
2.1.3.3 Sistema de Gestão.........................................................................................29
2.1.4 Evolução do terminal de contêineres no Porto de Santos..........................30
2.2 OPERAÇÃO PORTUÁRIA DO TERMINAL EMBRAPORT INSTALADO NO
PORTO DE SANTOS.................................................................................................35
2.2.1 Movimentação no Porto de Santos................................................................37
2.2.1.1 Movimentação do Terminal Embraport..........................................................39
2.2.1.2 Operação de Carga no Terminal....................................................................40
2.3 TECNOLOGIAS DOS EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS....................................42
2.3.1 Equipamentos portuários com ênfase RTG..................................................47
2.3.1.1 RTG................................................................................................................47
2.4 AUTOMAÇÃO NA ÁREA PORTUÁRIA................................................................49
2.5 SISTEMA DE PESAGEM PORTUÁRIA...............................................................51
2.6 CÉLULA DE PRODUÇÃO DE TECNOLOGIA DO COLETOR RTG....................53
2.7 INDICADORES DA PRODUÇÃO ANTES E DEPOIS DO RTG..........................57
3 METODOLOGIA ................................................................................................ 63
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 64
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 68
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 69
15
1 INTRODUÇÃO
O projeto descreve a importância da automação na área portuária por meio
dos equipamentos, em destaque os RTGs (Rubber Tyre Gantry) ou conforme
conhecido, guindaste de pórtico sobre pneus.
Esse equipamento desloca os contêineres por meio de uma estrutura de aço,
o transtainer, possuindo uma cabine interna de onde o operador movimenta o
sistema do RTG e assegura uma operação automatizada e confiável.
Antes de acoplar os sensores de pesagem no RTG seu funcionamento era
fazer o içamento dos contêineres nos embarques e desembarques com segurança e
agilidade, na quantidade movimentada pelo terminal portuário. Após a colocação dos
sensores esse equipamento tem como funcionamento o içamento dos contêineres e
também mostrar por meio do coletor de dados, fixado na cabine do operador, o peso
dos contêineres nos embarques e desembarques do terminal.
O equipamento RTG tem a função de movimentar os contêineres pelo pátio
substituindo as improdutivas empilhadeiras. Cada operação feita por RTG equivale a
três empilhadeiras, assim demostrando a eficiência no processo.
No Brasil, há pouco se começou a acoplar no equipamento RTG a balança,
que é um sistema de pesagem que se adequa à operação portuária por meio do
sistema de informação, que utiliza um coletor de dados capturando automaticamente
o peso da carga, sendo repassadas as informações sobre pesagem online aos
órgãos competentes. Com isso, diminui-se o tempo de movimentação do contêiner
dentro do terminal.
No final, demonstram-se as comparações anuais dos indicadores, que são os
dados gráficos retirado dos boletins informativos pela ANTAQ, indicam que com a
instalação do processo de automatização dos equipamentos portuários o porto
aumenta a movimentação de contêineres.
16
1.1 JUSTIFICATIVA DO TEMA
O tema foi escolhido para identificar as interligações dos aspectos
econômicos e sociais do sistema portuário brasileiro por meio do sistema de
automatização dos equipamentos portuários.
A função do projeto é apontar à importância do sistema de automatização dos
equipamentos portuários, integrando o controle de pesagem na movimentação de
contêineres, dar ênfase ao sistema de pesagem pelo equipamento RTG e a
amostragem do peso pelo coletor de dados integrando todos os sistemas para a
melhoria no processamento burocrático e tempo de operação.
Esse trabalho apresentará os resultados sobre a necessidade de se conhecer
as novas tecnologias e evoluções dos equipamentos portuários que auxiliam no
aumento da produtividade dos terminais privados, trazendo eficiência, eficácia,
segurança, agilidade nas operações e trará dados para os alunos da Fatec São
Sebastião.
1.2 PROBLEMA
Em que medida o equipamento Coletor RTG pode melhorar a operação
portuária no Terminal?
1.2.1 Hipótese
O projeto apresenta de forma clara e objetiva à hipótese correspondente de
como os terminais privados brasileiros podem desenvolver o sistema de
automatizações dos equipamentos portuários.
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Objetivo geral
O objetivo geral dessa pesquisa consiste em demonstrar os ganhos obtidos
com a automação do equipamento RTG coletor nas operações portuárias.
17
1.3.2 Objetivos específicos
São objetivos específicos do presente projeto:
- Demonstrar a eficiência do RTG coletor na pesagem dos contêineres;
- Identificar as vantagens de utilizar o RTG coletor nos processos aduaneiros;
- Demonstrar o aumento da movimentação de contêiner com a implantação do RTG
coletor;
- Vantagens da automação inserida ao sistema portuário;
- Demonstrar a melhoria no processo de movimentação de contêiner desde a
entrada até a saída do terminal.
1.4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Os recolhimentos de dados gráficos para o uso da comparação entre os anos
antes e depois da implantação do sistema são apurados pelos boletins informativos
da ANTAQ, pelos quais a empresa os dispõe para avaliar seu desempenho
portuário.
A empresa, apesar do curto período em operação no Porto de Santos, já
trabalha com sistemas de operações de grande volume de movimentação de
contêineres, além de buscar o continuo aumento de produtividade em sua gestão de
negócios.
Para chegar a essa conclusão, comparou-se os resultados de movimentação
de contêineres de um mesmo equipamento de automação de outro terminal que
tivesse mais tempo de implantação no Porto de Santos.
O trabalho está estruturado em 5 capítulos. O primeiro capítulo é destinado à
introdução do tema, bem como aparece a importância do projeto diante da
automação de equipamentos que vem aumentando nos terminais de contêineres.
Remete o primeiro capitulo à justificativa do tema, ao problema, aos objetivos gerais
e específicos e à organização do trabalho. No capítulo 2, o referencial teórico
identifica a história e evolução dos portos e terminais no Brasil, com ênfase no Porto
de Santos a fim de se identificar e entender os processos de automação no setor
portuário, especificamente o Terminal Embraport que é o objeto do presente estudo
de caso. O capítulo 3, procedimentos metodológicos. O capítulo 4, resultados e
18
discussão. O capítulo 5, considerações finais, assim como as etapas restantes para
concluir o projeto. Por fim, a relação das referências bibliográficas.
O presente trabalho está baseado na empresa Embraport, que será
designada a partir de então como Empresa.
19
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 EVOLUÇÕES DOS PORTOS NO BRASIL
De acordo com Santos Neto e Ventilari (2009), em âmbito jurídico, porto
organizado é aquele que atende as necessidades de navegação, transferências e
acumulações de cargas, consentidas pela união e supervisionadas por uma
autoridade portuária.
Porto (2012), afirma que o porto tem por finalidade promover o surgimento de
novas economias no cenário mundial e fortalecer os laços já feitos. Em vista disso,
criou-se um cenário com possibilidade de expansão das atividades portuárias, já
que, o fluxo de entrada e saída de mercadorias estimula a atividade. Ainda
referenciando o autor, dentro desse contexto, o porto passa a ser uma necessidade
não só econômica, mas também política, sendo denominado porto organizado por
ter em seu planejamento termos alfandegários e administrativos.
Porto (2012) alega que são os recursos naturais que originam o porto, como
águas profundas e possivelmente calmas que possam ser usadas para atracação e
desatracação de embarcações, e sendo possível esse serviço, a armazenagem e a
circulação da carga são acopladas junto à atividade.
Kappel (2005) relata que a abertura dos portos no Brasil se deu devido à
necessidade da comercialização de madeira, ouro, riquezas naturais e também
importação de produtos manufaturados e facilitação do trafego de escravo vindo da
África. Tendo em vista isto, Visconde de Mauá planejou a Companhia de
Estabelecimento da Ponta da Areia no Porto de Niterói que era responsável pela
navegação de cabotagem; onde os navios saiam navegando pela costa brasileira.
Ainda referenciando o mesmo autor, foi desse ponto que se promoveu o comércio
portuário brasileiro. Depois de elaborada a primeira concessão à exploração de
portos pela iniciativa privada, as administrações portuárias também o são, e, com a
concorrência para exploração do porto, começam a ocorrer obras que melhoraram
as condições portuárias.
De acordo com Kappel (2005), com a abertura da exploração, os portos
passam a ser vistos como instituições fundamentais para o desenvolvimento
econômico do país, e os governantes passam a acreditar nesse setor.
20
Kappel (2005) relata que como as administrações dos portos foram
privatizadas, a concorrência aberta para a exploração se torna consequência, e o
Porto de Santos passa a ser o primeiro nesse segmento, sendo concessionado em
1888 ao grupo liderado por Cândido Graffé e Eduardo Guinle, que iniciou melhorias
no porto, construindo 260 metros de caís, o que permite a atracação de navios com
maior calado, fazendo do Porto de Santos o primeiro porto organizado do Brasil,
explorado pela iniciativa privada através da Companhia Docas de Santos.
Conforme Kappel (2005) cita, a abertura da exploração privada no Porto de
Santos foi muito importante para o comércio portuário do Brasil, e durante longas
décadas atuou de modo efetivo. Ainda conforme o autor, ao longo dos anos, foi visto
que o porto foi tratado como de interesse privado e não que servisse como motor do
desenvolvimento nacional, fazendo com que não houvesse uma política de
investimentos públicos, enfraquecendo o país em relações as atividades portuárias.
Kappel (2005) cita que, passadas as dificuldades enfrentadas pelo setor, a lei
de modernização dos portos, de nº 8.630/93, permitiu avanços, e permitiu a
reorganização do sistema portuário, ressaltando a importância do setor no
desenvolvimento econômico, liberando a concorrência entres portos, tornando-os
mais ágeis, eficientes e competitivos em relação ao mercado internacional.
A figura abaixo relata as etapas de evolução dos Portos, indicando os
principais períodos, cargas e desenvolvimentos das atividades do setor.
21
Figura 1- Etapa de Evolução dos Portos
Fonte: UNCTAD- United Nations Conference on Trade and Development- 1994
Do começo da era portuária até os dias de hoje, ocorreram mudanças
significativas para o setor, principalmente com o advento da lei de modernização dos
portos, que foi de grande importância para a evolução portuária, especificamente
para o Porto de Santos, que se tornou o maior porto da América Latina.
Com o passar dos anos, o Porto de Santos foi se modernizando na medida
em que a comercialização aumentava, e com as operações portuárias guiadas pela
iniciativa privada, os investimentos na área só cresciam, causando um efeito positivo
na produtividade do porto.
2.1.1 Porto de Santos Atualmente
22
De acordo com a CODESP, Companhia Docas do Estado de São Paulo
(2017), o Porto de Santos possuí uma área total de 7.765.100 m² que é dividida em
margem esquerda e direita, tendo a direita 3.665.800 m² e a esquerda 4.099.300 m²
com um total de 64 berços, sendo 53 da Companhia Docas do Estado de São Paulo
e 11 privativos. A CODESP (2017) relata que o porto conta ainda, com acessos de
multimodalidade, como aéreo, marítimo, rodoviário, dutoviário e ferroviário.
A Secretaria dos Portos (2016) esclarece que a infraestrutura portuária
existente no porto de Santos, é dividida em terminais, abrangendo as participações
operacionais existentes, agrupando as facilidades do porto de acordo com a
localização, continuidade do cais e carga movimentada. A figura abaixo mostra a
infraestrutura portuária dentro do Porto de Santos.
23
Figura 2-Terminais do Complexo Portuário de Santos
Fonte: Secretaria dos Portos, 2016
De acordo com o Portal do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil
(2017), o Porto de Santos possui grande importância e influência no cenário
econômico do país, sendo responsável por mais de um quarto da participação na
balança comercial brasileira em 2017. Conforme o Portal do Ministério dos
Transportes, Portos e Aviação Civil cita, ao ser analisado a participação na
movimentação de cargas dos portos no cenário portuário nacional, é possível
observar o valor do Complexo Portuário Santista, que dentre o total de 34 portos
marítimos mantém-se a frente no setor portuário brasileiro.
24
Tabela 1- Ranking de Movimentação dos Portos Organizados
Fonte: ANTAQ, 2017
De acordo com IPEA, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (2006), o
porto possui uma área de influência que abrange 13 unidades da federação, que são
denominadas Hinterlândia, sendo dividido em primária, que abrange São Paulo,
Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, secundária com Rio de Janeiro, Paraná,
Espírito Santo, Bahia e Rio Grande do Sul e terciária com Tocantins, Rondônia e
Distrito Federal. O complexo portuário de Santos é o único que já interagiu com as
27 unidades da federação no que concerne às transações internacionais. A figura
abaixo mostra a abrangência do Porto de Santos em relação a sua influência
nacional.
25
Figura 3-Hinterlândia do Porto de Santos-SP
Fonte: IPEA- Carlos Campos Neto-2006
De acordo com a Codesp (2017), o Porto de Santos teve seu melhor índice de
movimentação de carga em 2015, com 119 milhões de toneladas entre todos os
tipos de cargas, como carga geral, solta, conteinerizada, granel sólido, granel líquido
e Roll-On/Roll-Off. A previsão para o ano de 2017 é de 120 milhões de toneladas,
melhorando ainda mais, a expectativa de crescimento econômico do porto.
Com investimentos contínuos em tecnologia, o Porto de Santos consegue a
cada etapa aumentar seu desempenho portuário, proporcionando estrutura e
competitividade para melhor atender sua demanda.
2.1.2 Terminais de uso privado
Santos Neto e Ventilari (2009), citam que os terminais de uso privativo são
explorados por pessoas jurídicas de direito público ou privado, que incidem na área
interna ou externa do perímetro portuário, utilizando a movimentação ou
armazenagem de mercadorias através do transporte marítimo.
Os autores citam ainda que os terminais de uso privativos já existiam desde
1934, porém só foram regulamentados em 1944 pelo Dec.-Lei 6.840/44. Santos
Neto e Ventilari esclarecem que com a lei 8.630/93, os terminais portuários de uso
privativo se diferenciaram, passando a funcionar na área externa do porto. A
utilização de terminal necessita de uma autorização do Ministério dos Transportes, já
26
na área do porto organizado a exploração por terminal privativo se fará mediante
licitação, com um contrato de arrendamento.
Oliveira (2015) cita que a autorização dada aos terminais privativos para a
movimentação de cargas foi uma grande conquista para o setor portuário, dando
mais corpo ao setor, que a partir da Lei 8630/93, teve acréscimo de 62 terminais
privativos, de propriedade tanto do setor privado como de empresas estatais, que
por meio de investimentos contínuos, passam a ter efetivas condições de baratear
os embarques, reduzindo os custos de exportação e consequentemente
aumentando a demanda portuária do Brasil.
A Secretaria dos Portos (2016) relata que a ANTAQ divulgou a movimentação
de cargas do Sistema Portuário Nacional (Portos Organizados e Instalações
Portuárias Privadas), que consistiram em 1,07 bilhões de toneladas de carga bruta
(granel sólido, granel líquido, carga geral e contêineres) em 2015, e as Instalações
Portuárias Privadas representaram 65,1% dessa fatia, com o total de 656 milhões de
toneladas.
Segundo a Secretaria dos Portos (2016), no primeiro semestre de 2016 já
existem 180 instalações portuárias privadas regulamentadas pelo Governo Federal.
De acordo com a ANTAQ (2016), a movimentação de cargas em portos
organizados e terminais privados no primeiro semestre de 2016, atingiram cerca de
491,1 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,1% em relação ao
mesmo período de 2015.
Como se pode observar, os resultados demostram uma nova performance do
setor portuário brasileiro, que tende a aumentar cada vez mais suas movimentações,
e as Instalações Portuárias Privadas vieram para agregar valor a este cenário, que
com competitividade, conseguem atrair interesses de novos investidores e também
de exportadores e importadores de cargas.
2.1.3 Terminal Embraport
2.1.3.1 Evolução
De acordo com a Empresa (2017), a história do terminal se inicia quando o
Grupo Coimex adquire em 1994 uma área com cerca de um milhão de metros
27
quadrados na margem esquerda do Porto de Santos com o objetivo de construir um
terminal privado e potencializar o desenvolvimento econômico do porto.
Segundo a Empresa (2017), os primeiros estudos ambientais para a
construção do terminal começaram em 1998, sendo que no mesmo ano, se
iniciaram programas ambientais que ajudaram a minimizar o impacto, fazendo o
futuro terminal se tornar uma área viável e sustentável para o meio ambiente. A
empresa (2017) relata que em 2007 com aprovações de licenças e autorizações,
começam as obras com a construção de um aterro piloto para o estudo do solo da
região.
Conforme a Empresa (2017) cita, em 2009 teve a entrada de dois grandes
acionistas, a Odebrecht Transport e a Dubai Ports World, que possibilitaram a
evolução da obra, fazendo com que no primeiro semestre de 2013 a primeira fase do
projeto fosse concluída, e em julho do mesmo ano iniciasse a primeira operação do
terminal.
Segundo a Empresa (2017), o Terminal apesar de pouco tempo no mercado,
mostra sua potencialização no mercado portuário através de segmentos
tecnológicos de movimentação de cargas portuárias.
A Empresa (2017) cita que os principais acionistas são a Dubai Ports World e
a Odebrecht Transport, a primeira, uma das maiores operadoras de terminais
marítimos do mundo formados por 28.000 colaboradores e conta com 60 terminais
portuários em 6 continentes e a segunda, foi criada em 2010 com o objetivo de
desenvolver, implantar e participar das empresas nas áreas de mobilidade urbana,
rodovias, aeroportos e logística.
2.1.3.2 Organização e Infraestrutura do terminal
A Empresa (2017) relata que na sua primeira fase possui 653 metros de cais,
207 mil m² de retroárea, 1000 tomadas para atender contêineres do tipo reefer, 30
mil m² para contêineres vazios, 20 mil m² de pátio ferroviário e conta ainda com 300
mil m² disponíveis para atividades futuras. A figura abaixo detalha a dimensão do
terminal.
28
Figura 4-Terminal Embraport
Fonte: Embraport -2017
Ainda de acordo com a empresa (2017), o terminal dispõe de acessos
multimodais, como rodoviário, ferroviário e marítimo. Possuí grande variedade de
equipamentos portuários em proporções ideais para movimentação, com 6
portaineres, 22 RTGs – Rubber Tyre Gantry, 42 Terminal Tractors, 2 Empty
Handlers, 5 Reach Stackers, 2 Scanners e 4 Portais de Optical Character
Recognition.
Abaixo é possível verificar as principais rodovias e ferrovia que dão acesso ao
terminal.
29
Figura 5-Acesso ao terminal por rodovia e ferrovia
Fonte: Embraport, 2016
2.1.3.3 Sistema de gestão
De acordo com a EPA, United States Environmental Protection Agency
(2017), um sistema de gestão é um conjunto de processos e práticas que
possibilitam reduzir impactos, tanto ambientais quanto empresarias, assim,
conseguem aumentar a eficiência operacional da empresa, adotando as
certificações que detalham como são feitos os processos e práticas, possibilitando a
padronização.
Segundo Oliveira e Pinheiro (2010), os sistemas de gestão surgiram a partir
da necessidade de redução de custos, adequação dos produtos e processos de
produção ás necessidades do mercado. Os autores citam que os sistemas de gestão
permitem maior qualidade dos produtos, contribuem com o desenvolvimento
sustentável, e garantem o aumento da competitividade, gerando lucro.
A Empresa (2017) informa que pensando no comprometimento com seus
valores, com a qualidade de serviços prestados e com o desenvolvimento da
empresa, o terminal possuí um sistema de gestão que visa assegurar a
conformidade dos negócios, com requisitos de gestão da qualidade, de segurança
na cadeia logística, de saúde e segurança do trabalho e socioambiental, e para isso
30
aderem certificados que são essências para manter e comprovar o padrão de
qualidade.
Segundo a Empresa (2017), o terminal possui três certificações importantes
para seguir um padrão de qualidade, sendo a ISO 28000, relacionada com a
Segurança da Cadeia Logística, determinando um padrão internacional para
processos de negócio, priorizando a qualidade e a segurança nas operações; a ISO
9001, que se refere à Gestão de Qualidade, estabelecendo diretrizes para melhorar
a qualidade da empresa através de normas que auxiliam no desenvolvimento dos
processos internos, oferecendo maior capacitação dos integrantes, monitorando o
ambiente de trabalho e verificando comprometimento dos clientes e fornecedores; e
a ISPS Code, que é o código internacional que visa à proteção de navios e
instalações portuárias.
Com foco na automatização dos equipamentos portuários, o terminal entra em
um segmento de competitividade, mostrando os benefícios das movimentações de
cargas através de padrões de qualidade.
2.1.4 Evolução do terminal de contêineres no Porto de Santos
Segundo Agência Nacional de Transportes Aquaviários- ANTAQ (2009),
terminal portuário é uma instalação com cais e píer especializados, equipamentos
avançados e adequados para a movimentação dos tipos de cargas: granel sólido,
granel líquido e carga geral ou por contêineres. ANTAQ (2009) expressa que
contêiner também usado o termo contentor e cofre de carga, uma caixa metálica de
medida de 20’ ou 40’pés, com engate automático pelos equipamentos de
movimentação. O autor revela que os equipamentos que ficam no cais são: portainer
panamax, portainer post panamax, portainer super post panamax, portainer takraf,
portainer de torque, portainer sobre rodas, e os equipamentos que ficam no pátio
são: empilhadeiras reach staker, transtainer sobre rodas, terminal tractors, guindaste
sobre pneus para pátio e empilhadeiras para ova e desova.
Ervilha (2006) expressa que a unitização por contêiner transformou as
operações de transporte e armazenamento da carga geral. O autor revela que os
equipamentos como guindastes e empilhadeiras que fazem a movimentação dos
contêineres aumentam a produtividade, reduz a mão-de-obra e o custo da operação.
31
Em relação a isto os navios porta-contêineres mais modernos passam das 80
mil TPB de porte, e transporta-se mais de oito mil contêineres, os produtos
transportados são de diferentes condições de temperatura, e pela quantidade
movimentada reduz o custo do frete e aumenta a escala de movimentação.
Segundo Boletim Informativo da Associação Brasileira de Terminais
Especializados apud Bósio (2013) indica que um dos indicadores de desempenho é
a produtividade medida pela movimentação de contêineres por hora.
De acordo com Souza Júnior apud Bósio (2013), o cálculo é feito pela relação
de produção efetuada e o valor máximo teórico que pode ser produzido. Trata o
autor que essa representação máxima do valor é igual a 100%.
Machado (2012) expressa que na década de 1970 o Porto de Santos começa
a ter nova característica na parte administrativa quanto na infraestrutura técnica.
Segue ilustrado o desenvolvimento do Porto de Santos durante o período de
1542 a 2001 na tabela 2 e 3. Observa-se que o terminal de contêiner no Porto de
Santos foi inaugurado pela Tecon em 30 de agosto 1981 e em 1997 começa a
privatização dos terminais de contêiner.
32
Tabela 2- Antes do Porto Organizado
Fonte: Machado, 2012
33
Tabela 3- Depois do porto organizado
Fonte: Machado, 2012
Machado (2012) revela que os primeiros contêineres desembarcados no
Porto de Santos em meados de 1966 foram da empresa norte-americana Moore
McCormack, Inc, no navio Mormacdawn. A respeito desse assunto por falta de
equipamentos especializados no cais, tirou-se um guindaste flutuante do navio
34
Cábrea Sansão, logo depois de desativado. Em relação ao exposto antigamente os
contêineres eram de alumínio com 06 metros de comprimento por 2,44 metros de
altura e 2,44 metros de largura, chamados por um tipo de embalagem de carga, não
tinha entrada para garfo de empilhadeira etc.
Convém observar que nos anos 90, já havia terminal retroportuário de
contêiner em Santos com pilhas de até 05 contêineres. Segue ilustrado na figura 6 o
jornal santista A tribuna com ironia a invasão da cidade pelos pátios de contêineres.
Figura 6- Invasão dos contêineres em Santos
Fonte: Machado, 2012
A empresa atualmente é um dos terminais de contêineres instalados no Porto
de Santos, um terminal especializado com equipamentos portuários e uma
infraestrutura capaz de atender em larga escala a movimentação de contêineres.
Segue ilustrada na figura 7 a área portuária da empresa.
35
Figura 7- Terminal Embraport
Fonte: Embraport, 2017
Com toda essa tecnologia a empresa quer impulsionar a consolidação de
Santos como principal complexo portuário do Brasil. Sua meta é consolidar como
“Hub” (ponto de conexão) para cabotagem e navegação a longo curso.
Com toda a produtividade por meio do avanço tecnológico dos equipamentos
a empresa quer contribuir para a diminuição da ineficiência no setor portuário
brasileiro gerando o desenvolvimento e competitividade.
2.2 OPERAÇÃO PORTUÁRIA DO TERMINAL EMBRAPORT INSTALADO NO
PORTO DE SANTOS
Segundo Moreira (2013), a importância da navegação marítima decorria com
a troca de mercadoria entre os povos. Moreira (2013) aborda que no Brasil o
desempenho da atividade portuária progrediu de modo estratégico por meio do
conjunto de recurso oferecido pelas regiões brasileiras, de modo a constituir as
unidades portuárias. Ainda referenciando o mesmo autor os sistemas de modais,
intermodais e multimodais empregam um cumprimento nos processos da cadeia de
produção global, o transporte marítimo é uma atividade com grande viabilidade,
36
porém é necessário mais incentivo para sua expansão, possibilitou-se o aumento da
capacidade operacional do porto e dos navios.
De acordo com Manual do trabalho Portuário e Ementário (2001), explica-se
como é a operação portuária e a movimentação de mercadorias dentro do porto
organizado feito pelos operadores portuário. A respeito desse assunto a
movimentação portuária é uma tarefa inter-relacionada pelas mercadorias, de forma
a içá-las, conferi-las e arrumá-las.
Segundo Cutrim (2015), o porto tem o seu desempenho na atividade por meio
do modal marítimo e também pela existência da evolução nas cadeias de
suprimento, até 1960 a primeira geração tem como base as funções tradicionais de
embarques e desembarques de mercadorias, até 1980 na segunda geração agrega-
se às funções tradicionais, a de integração de modais de transportes e na terceira
geração, funções de inteligência logística.
Ainda referenciando o mesmo autor ao longo das gerações apresenta-se o
avanço tecnológico das famílias de navios, dos terminais e dos equipamentos
portuários para o manuseio de mercadorias.
Segundo Lacerda (2015), a infraestrutura terrestre torna o movimento da
mercadoria entre o navio e os limites das áreas do porto tanto por meio do
transporte ferroviário e rodoviário como também dos pátios dos terminais de
embarques e desembarques de cargas e dos pátios das áreas de armazenagem.
Segundo Lacerda (2015), operador portuário é classificado como pessoa
jurídica e pré-qualificada para movimentar e armazenar mercadorias que são
transportadas por meio do modal marítimo.
A empresa tem o certificado vigente no âmbito do Porto de Santos, e o
certificado de operador portuário foi solicitado através do preenchimento do
formulário de requerimento de qualificação e declaração de responsabilidade, assim
corresponde-se com a norma de pré-qualificação e está vigente até 30 de janeiro de
2019.
A empresa tem infraestrutura que compreende um sistema de gestão de
planejamento logístico, NAVIS software, que totaliza o desenvolvimento de projeto e
analisa o desempenho da gestão.
O sistema gerencia reservas de pátio e da transportadora, a logística dos
contêineres, o reconhecimento e orientação do motorista ao entrar no terminal.
37
2.2.1 Movimentação no Porto de Santos
Segundo Revista Portos e Navios (2016), movimentou-se no terceiro trimestre
de 2016 quase 89,9 milhões de toneladas de carga bruta, diminuindo cerca de 4,1%
comparando a ano de 2015. Ainda referenciando a revista os desempenhos do
grupo do açúcar (+19,9%) e minério (+13,3%) não equilibraram o declínio da
movimentação dos grupos de cereais (-32,6%), sementes e grãos (-34%) e
contêineres (-5,7%).
Segundo A Tribuna (2016), o Porto de Santos lidera a movimentação
nacional, totalizam-se as mercadorias de embarques e desembarques no primeiro
semestre 176,1 milhões de toneladas apenas os portos organizados, o aumento de
4,7% em comparação ao ano anterior. Ainda referenciando o jornal entre janeiro a
julho de 2016 o Porto de Santos movimentou-se 49,5 milhões de toneladas.
Agência Nacional de Transporte Aquaviário apud A tribuna (2016), a
movimentação nos terminais privados cresceu 14,2% nos últimos cinco anos e os
portos organizados progrediram 18,3%.
Segundo o Boletim Informativo Aquaviário (2016), no mês de julho a setembro
de 2016 foram operadas cargas contêinerizada cerca de 2,3 milhões de TEUs,
afigura uma queda de 4,9% comparando-se ao mesmo período de 2015.
A respeito desse assunto o peso bruto na movimentação de contêineres
atingiu o patamar de 27,6 milhões de toneladas, aumentou 7,3% em comparação ao
terceiro trimestre de 2015, assim verifica-se o ranking tabela 4.
38
Tabela 4- Movimentadores de contêineres, em toneladas, no terceiro trimestre de 2016
Fonte: Boletim Informativo Aquaviário terceiro trimestre de 2016.
Segundo Companhia Docas do Estado de São Paulo cita jornal G1 (2017),
previsão de aumento de 6,3% da movimentação de carga do Porto de Santos em
comparação em 2016. A respeito desse assunto essa movimentação ocorrerá por
conta da safra brasileira de grãos e açúcar e também pelo melhoramento na
condição da infraestrutura e investimento nos terminais portuários. Em relação a isso
a estimativa do fluxo de navios crescerá 1,4% na média de 25.397 toneladas por
embarcação, alta de 2,2% comparou-se 2016.
A empresa assinou o contrato de adesão com a ANTAQ em 09 de outubro de
2014, adaptou-se o terminal a Nova Lei dos Portos (Lei Federal 12.815/2013), antes
o terminal operava com o termo de autorização número 246/06.
Com a nova Lei dos Portos estará apto por 25 anos a operar como Terminal
de uso privativo autorizado, podendo movimentar, armazenar cargas de granéis
sólido e geral, com a utilização de contêineres. A imagem do terminal na figura 8.
39
Figura 8- Terminal de Uso Privativo Autorizado Embraport
Fonte: Embraport, 2017
A empresa utiliza tecnologias de automação, como QR Code para a
movimentação de carga solta, tecnologia de segurança é um tipo de braço articulado
que oferece segurança na rotação do pneu do RTG, além do equipamento RTG
coletor, o foco desta pesquisa.
Portanto a necessidade imediata para o investimento no setor portuário é de
suma importância, pois com a automação dos equipamentos portuários no terminal
aumentará a produtividade da movimentação de carga, descontrói-se gargalos e
evolui-se a procura de novas tecnologias para introduzir na infraestrutura e
superestrutura.
2.2.1.1 Movimentação no Terminal Embraport
40
Segundo a Empresa (2017), dentre as cargas movimentadas, o contêiner é o
principal item movimentado, e que é visto como referência no setor, com capacidade
de movimentação anual de 1,2 milhão de TEUs devido aos sistemas e
equipamentos modernos que permitem reduzir a média de atendimento no terminal
para menos de 25 minutos, a menor do Porto de Santos.
De acordo com ANTAQ (2016), o terminal está entre as instalações portuárias
que mais movimentaram contêineres de cabotagem no primeiro semestre de 2016.
Ao analisar a figura abaixo é possível observar que essa comparação é feita
entre terminais de uso privado e portos organizados, e separando as categorias, a
empresa fica em primeiro lugar na movimentação de contêineres em relação a
outros terminais de uso privativo.
Tabela 5- Principais Instalações portuárias na movimentação de Contêineres- Navegação de Cabotagem.
Fonte: Secretaria dos Portos - 2016
2.2.1.2 Operação de Carga no terminal
Segundo Calazans et al (2014), as modalidades de transporte são
rodoviárias, ferroviárias, aquaviárias, dutoviárias e aéreas. Em relação ao exposto os
modais possuem suas características operacionais e custos diferenciados de acordo
a infraestrutura, como carga e descarga, rota de tráfego etc. Visualizam-se suas
características na tabela 6.
41
Tabela 6- Custos dos Modais
Fonte: Calazans et al, 2014
Segundo França (2013), a movimentação de contêineres é medida pela
eficiência dos terminais, por meio da análise envoltória de dados.
Pimenta e Mello apud França (2013) citam que essa prática tem a capacidade
de avalição da eficiência relativa às unidades produtivas, relacionaram-se os
múltiplos insumos inputs e outputs.
Gomes et al apud França (2013) descrevem que o resultado da eficiência da
produção na organização depende da relação de inputs e outputs, considerou-se
uma interpretação na eficiência com máxima produção e mínimo custo.
Segundo Lacerda (2004), as cargas em contêineres facilitaram o transporte
de carga geral que são mercadorias em volume acondicionados em sacos, caixas,
tambores ou sem embalagem como veículos, maquinários etc.
Lacerda (2004) coloca que a partir de 1960 introduziu os contêineres no
modal marítimos, assim modificou-se as operações portuárias, estendeu o trecho
marítimo com o trecho terrestre, assim contribuiu para todas as cadeias logísticas,
principalmente os serviços de porta-a-porta que facilitou o desenvolvimento no
transporte de carga pelas atuantes empresas marítimas.
Ribeiro e Ferreira (2002) expressam que o transporte marítimo exibe baixo
custo em relação aos outros modais, seu custo fixo são os navios e equipamentos e
o custo variável é a capacidade para transportar cargas em quantidade de
tonelagem.
A empresa articula um termo e condições gerais para a operação de
contêineres, esse contrato empresa/cliente dá a ciência para ambas as partes na
questão de serviços, preço etc.
42
Inclui tópico explicativo sobre suas definições, objeto, atracação e
desatracação, escopo dos serviços, manuseio de cargas perigosas, condição de
pagamento, condições gerais, direitos de terceiros, contrato único, foro e jurisdição,
e também está disponível a tabela de preços dos serviços prestados.
A empresa utiliza o modal rodoviário, ferroviário e aquaviário para operar o
transporte de carga, suas atividades são em armazenagem, crossdocking,
estufagem em contêineres e desova para caminhões, e LCL, entrega das cargas,
serviços prestados aos clientes.
A interrelação entre o modal rodoviário, ferroviário e aquaviário atrela um
desenvolvimento na cadeia logística do terminal isso será um incentivo para buscar
novas tecnologias que facilite e aprimore as operações de cargas.
2.3 TECNOLOGIAS DOS EQUIPAMENTOS PORTUÁRIOS
CNI apud Pereira (2012) detalha que as alterações propiciadas pela Lei dos
Portos, de 1933 proporcionou a entrada da gestão privada nos portos brasileiros,
como sugestão de adquirir a automatização e a eficiência na produtividade. Brito
(2010) considera que a atracação e desatracação de um navio ao porto em uma
operação geram 935 informações utilizadas pelo menos para 26 órgãos federais,
estaduais e às vezes municipais, uma pesada burocracia que apresenta um entrave
logístico, segue ilustrado nas tabelas 7,8 e 9.
43
Tabela 7- Agentes Intervenientes e suas principais ações
Fonte: Vianna Jr. 2009
44
Tabela 8- Agentes Intervenientes e suas principais ações
Fonte: Vianna Jr. 2009
45
Tabela 9- Agentes Intervenientes e suas principais ações
Fonte: Vianna Jr. 2009
De acordo com Goularti Filho (2007) a iniciativa privada é responsável pelo
investimento no setor portuário por meio das operadoras portuárias e esperam pelos
recursos financeiros públicos na espera da execução mais agravantes.
Lawlor apud Goularti Filho (2007) detalha que a produção pode ter grandes
proporções por meio da eficiência das organizações, formou-se metas para
incorporar objetivos e tendência nos processos.
Acosta et al (2008) revela que os insumos mais importantes na área portuária
são os berços de atracação, os equipamentos, os armazéns, as áreas de estoque
para contêineres e a profundidade do canal, em geral possibilita a movimentação de
cargas tanto para importação quanto para exportação.
Segundo Seget (2006), a produtividade veio por meio da automatização do
terminal privado, o investimento adicionado nos softwares e equipamentos de última
geração programa uma gestão de logística que controla sua descarga,
movimentação e armazenagem.
Seget apud Keedi (2001) detalha que é nítido observar que a privatização do
terminal aumentou o movimento dos tipos de cargas e navios, tendo como
visibilidade os embarques e desembarques de contêineres.
46
A empresa em novembro de 2011 investiu o cerca de R$ 430,00 milhões para
sua implantação no Porto de Santos e com estimativa para o término do seu
empreendimento R$ 1,9 bilhão.
Os equipamentos adquiridos pela empresa para a movimentação de contêiner
dispõem de alto desempenho, garante à segurança e confiabilidade no movimento
do transporte de carga. Seguem na ilustração da figura 9 os equipamentos
adquiridos na primeira fase do empreendimento e a segunda fase a aquisição futura
dos equipamentos na tabela 10.
Tabela 10- Equipamentos da empresa Embraport
Fonte: Embraport, 2017
Figura 9- Equipamentos Portêineres e RTGs
Fonte: Embraport, 2017
O terminal privativo injeta capital para aumentar a tecnologia da
movimentação de contêineres na área portuária, sistema de automação de
equipamentos para acelerar a quantidade de carga nos embarques e desembarques
dos navios.
Os investimentos visam trazer agilidade em todos os processos portuários e
habituar o terminal a desempenhar maiores quantidades de operações tanto para
47
exportação quanto para importação com a estimativa de tempo curto e produzir em
larga escala.
2.3.1 Equipamentos portuários com ênfase RTG
De acordo com Alfredini (2005), a eficiência operacional dos portos está
diretamente relacionada com os tipos de equipamentos utilizados. Segundo Stupp
(2013), os terminais portuários de contêineres se definem pelos equipamentos
específicos de movimentação de carga, sendo alguns utilizados somente para
contêineres.
Voloski (2010) classifica os equipamentos como mecânicos, hidráulicos ou
elétricos que geralmente são usados na movimentação de cargas, que possuem
peso e volume especial, sendo empregados na movimentação urbana, industrial e
portuária.
Chernhank e Kramer (2004) relatam que os equipamentos podem ter
dispositivos complementares, utilizados como acessórios, aumentando o seu
desempenho e melhorando o manuseio de uma determinada carga. Ainda
referenciando o autor os equipamentos podem se adequar a mais de uma atividade,
podendo ser alocados em diferentes setores.
Segundo Femar (2011), os equipamentos portuários existentes possuem
tarefas de organização de grandes pátios ou armazéns e movimentações de navios,
podendo ser máquinas de pequeno, médio e grande porte, utilizadas nas conexões
de movimentações entre modais ou na armazenagem de cargas nos inúmeros
terminais especializados nas áreas do Porto Organizado.
Serviços portuários de carga e descarga de navios possuem diversos
equipamentos, principalmente destinados a trabalhos específicos. Contudo, o RTG
se torna um equipamento básico para um terminal de contêineres, sua característica
minimiza os espaços vazios, sendo possível movimentação do equipamento em
espaço menor e entre as pilhas de contêineres.
2.3.1.1 RTG
48
Segundo Stupp (2013), o Rubber Tyre Gantry, também conhecido como
pórtico sobre pneus, é considerado um equipamento de pátio, que atua em uma
relação entre porto e vias externas.
Ainda referenciando o autor os pórticos são equipamentos que associado
ao Portêiner – equipamento portuário de caís, usado para carregar e descarregar
navios –, inovaram os índices de produtividade, movimentos por hora dos terminais
de contêineres.
De acordo com Chernhank e Kramer (2004), o pórtico sobre pneus ou
trilhos, também conhecido como Transtainer, tem como função o empilhamento e
desempilhamento de contêineres nos pátios de armazenagem, podendo ser utilizado
para transbordo de contêineres entre veículos ferroviários e rodoviários e
equipamentos marítimos.
Como diz Chernhank e Kramer (2004), o equipamento dispõe de um ciclo
de movimentação na maioria das vezes de até sete níveis na altura e seis na
largura, tendo como característica a ocupação de pouco espaço, tanto na
armazenagem como na locomoção, fazendo com que haja um grande
aproveitamento da área de estocagem, sendo assim, considerado um equipamento
básico para terminais multimodais.
Figura 10 – RTG- Rubber Tyre Gantry
Fonte: ZPMC – fabricante, 2017
49
A empresa atualmente possuí vinte e dois equipamentos RTGs da fabricante
ZPMC, sendo que desses equipamentos, quatorze são RTGs coletores.
RTG coletor foi um projeto desenvolvido por técnicos da empresa que
visavam o melhoramento dos índices de movimentação do terminal. Para isso o
RTG passa a ter uma balança acoplada as suas hastes, permitindo que, na hora da
movimentação do contêiner, o equipamento conseguisse, simultaneamente, medir
seu peso, diminuindo o processamento operacional na entrada e saída do mesmo,
passando diretamente para a armazenagem e não mais para a pesagem e depois
estocagem. Esse processo possibilitou uma diminuição no tempo de movimentação,
trazendo mais agilidade para o terminal.
2.4 AUTOMAÇÃO NA ARÉA PORTUÁRIA
Boyson, Corsi e Verbraeck apud Maçanda et all (2007) traz que sistema de
informação soluciona problemas em relação ao sistema logístico. Ainda
referenciando o mesmo autor EDI, Electronic Data Interchange, tem aptidão a
redução de erros e a eficiência dos processos. O autor aponta que as tecnologias
como o EDI, WMS, Warehouse Management System, é utilizada para processar
constantemente mais informações de uma maneira imediata, aumenta a frequência
e a quantidade de dados de maior fonte dispersa geograficamente.
Abreu (2006) considera que a tecnologia e o sistema de informação da
ocasião à interligação entre a empresa, fornecedores e cliente, faz a transferência
de dados, reposição de estoques etc.
Bowersox e Closs apud Abreu (2006) definem que o envolvimento da gestão
de suprimento com o sistema de informação desencadeará um melhoramento na
capacidade produtiva, competitiva por meio dos processos de produção
automatizados.
Groover apud Patrício (2014) traz as características do sistema de produção
como um conjunto de pessoas, equipamentos e procedimentos organizados. O autor
revela que existem dois níveis ou categorias: Instalações, a fábrica, os
equipamentos e a forma como estão organizados, e o sistema de apoio à produção,
o conjunto de procedimento utilizado para suporte e solução de problemas
logísticos.
50
O autor destaca a proteção em face da automação que vai ao encontro do
capítulo II, artigo 7, inciso XXVII da Constituição Federal de 1988 que tem três tipos
de categorias básicas com a participação humana dos processos produtivos, como
ilustra a figura 11.
Sistema de trabalho manual;
Sistema trabalhador-máquina
Sistema automatizado.
Figura 11- Categoria básica em termos de participação humana no processo
Fonte: Patrício, 2014
Vianna Junior (2009) argumenta que o despacho da autoridade portuária
aduaneira, de saúde, sanitária, de segurança da navegação, policial e da portuária
podem ser encurtados com automatização e racionalização dos processos. O autor
51
considera que dar uma condição de sistema para todos os atuantes possibilitará a
agilidade das atividades da movimentação de navios, de cargas e descargas de
mercadorias etc.
As tecnologias na empresa são desenvolvidas pela equipe de tecnologia e
manutenção, o pessoal técnico da informação (TI). Uma das tecnologias acopladas
foram ao RTG coletor, guindastes que fazem transporte de contêineres no pátio.
2.5 SISTEMA DE PESAGEM PORTUÁRIA
A pesagem portuária começa a sua história através da IMO, órgão que
regulamenta convenções que promovem a segurança marítima.
De acordo com a IMO, Organização Marítima Internacional (2014), a
organização é uma agência estruturada na ONU destinada a promover a segurança
na navegação marítima e prevenir a poluição do ambiente marinho, tendo o Brasil
como integrante entre os 171 países integram a IMO.
Segundo IMO (2014), a convenção internacional para salvaguarda da vida
humana no mar, a SOLAS, sigla em inglês, é regulamentada pelo IMO que visa a
segurança do transporte marítimo, estabelecendo princípios e padrões da
navegação que devem ser observadas pelos países signatários. A IMO (2014) cita
que não aplica as convenções, apenas padroniza, sendo de responsabilidade dos
países signatários inseri-las de acordo com suas legislações.
De acordo com a Diretoria dos Portos e Costas (2016), quando a IMO adota
novas convenções, cada país procura medidas para adotar a regra conforme sua
legislação, no Brasil, quem analisa e regulamenta a possibilidade de aplicação da
convenção é a Diretoria do Portos e Costas da Marinha do Brasil que em conjunto
com associações da classe como: a Secretaria de Portos da Presidência da
República, a Secretaria da Receita Federal e a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários estabelecem a melhor maneira para implantação.
De acordo com o IPEM, Instituto Estadual de Pesos e Medidas (2013), o
órgão que fiscaliza os pesos e massas dos contêineres, sendo um órgão estadual e
possuí um em cada estado do Brasil. O IPEM (2013) cita que suas atribuições se diz
respeito à metrologia e à qualidade legal, e são outorgados pelo Inmetro. O
INMENTRO, Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (2012), diz
que o instituto é a autarquia federal responsável pela execução das políticas
52
metrológicas, legislação sobre medições, unidades de medir, e normas obrigatórias
sobre qualidade de produtos e serviços em todo o País.
Segundo o Guialog (2017) os contêineres têm o peso calculado em toneladas
e são utilizados por profissionais de logísticas para planejar e projetar o peso em
custos. Segue a tabela 11 dos tipos de contêineres com suas capacidades, payload
e tara.
Tabela 11- Medidas de Contêineres
Fonte: Empresa Guialog, 2017
O jornal Pelicano (2015) revela que dia 01 de julho de 2016 a Convenção de
Salvaguarda da Vida Humana no Mar, a SOLAS, publicado pelo IMO, diz respeito
que o peso Bruto verificado, VGM, será de responsabilidade dos transportadores
antes de ser carregado a bordo de um navio.
Segundo a empresa Dachser (2016), o peso bruto é soma do peso da carga
podendo ser embalagem, materiais de dunagem e pelo peso de tara do contêiner, o
método de cálculos são dois tipos:
Pesar o contêiner completamente embalado e cheio
Pesar e somando todos os pacotes, embalagem, materiais de
dunagem e adicionando o peso de tara do contêiner.
Na empresa o peso será o contêiner totalmente estufado para ocorrer no fluxo
à operação de embarque e desembarque.
53
2.6 CELULA DE PRODUÇÃO DE TECNOLOGIA DO COLETOR RTG
De acordo com Moreira (2008), administração da produção e operações
atenta-se com o planejamento, organização, direção e o controle das operações
produtivas de modo a associar-se com os objetivos da empresa.
Segundo Krajewski et al (2009), o termo administração de operação refere-se
ao projeto, direção e controle dos processos, que convertem insumos em serviços e
produtos tanto para clientes internos quanto para clientes externos.
Slack et al (2008) cita que administração da produção tem a finalidade
administrativa, sendo responsável pelo estudo e o desenvolvimento de técnicas de
gestão da produção de bens e serviços. Os autores relatam que produção é a parte
central das organizações, pois é destinada a alcançar o objetivo principal da
empresa, ou seja, sua razão de existir. Segundo Slack et al (2008), a função
produção possuí características que visam a melhora da empresa, como:
Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção, visando
atender a demanda e ser competitivo.
Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e serviços.
Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos.
Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado, plano
mestre de produção e sequenciamento.
Planejamento e controle de projetos.
Gaither e Frazier (2006) citam que o setor de administração da produção e
operações, é o responsável sobre a forma como são produzidos os bens e serviços
pelas organizações, atentando-se para as diversas mudanças que estão ocorrendo
em nível mundial, indicando que os sistemas de produção dentro das organizações
devem ser cada vez mais especializados e moldados pelas tecnologias.
A administração da produção possuí uma característica que está estritamente
relacionada com o tema e o capítulo desse trabalho, o projeto de criação e melhora
de produtos e serviços, que visa através de inovações tecnológicas, a automação
54
dos equipamentos do sistema portuário para a melhoria na movimentação de
contêineres.
Como citado no capitulo 4, o equipamento rubber tyre gantry é um
equipamento de pátio responsável pela organização das cargas, sendo considerado
um equipamento fundamental para a movimentação de contêineres. Como Gaither e
Frazier (2006) citam, a utilização das novas tecnologias precisam ser uma constante
em uma organização, e em função disso, foi elaborado um trabalho que visava a
redução do tempo na movimentação de contêineres dentro da empresa. Dessa
forma, trabalhou-se na acoplagem do coletor ao equipamento RTG, o que permitiu o
melhor aproveitamento do tempo da movimentação de contêiner.
Por meio de uma entrevista realizada com um técnico da empresa
relataremos todas as características, descrição e finalidade do equipamento.
O equipamento utilizado é o Coletor Veicular Thor VM1, fabricado pela
Honeywell que com a tela acoplada ao RTG, permite a leitura do peso e o envio
diretamente ao sistema de dados que alimenta o coletor. A foto abaixo exibe o
equipamento que armazena os dados da pesagem e os transmitem.
Figura 12 - Coletor Veicular Thor VM1
Fonte: Honeywell - 2017
O Coletor utiliza o Sistema Windows Embeded CE 6.0, que é alimentado por
bateria.
Os dados coletados são disponibilizados de acordo com o tipo de operação.
Na descarga, o equipamento permite que as informações sobre peso, sejam
enviadas diretamente aos órgãos competentes, permitindo ao cliente final visualizar
55
sua carga. Com relação ao embarque, os dados ficam armazenados no banco de
dados da empresa operadora, ficando o exportador com a possibilidade de optar por
utilizar o VGM da mesma. Já o Armador, no planejamento do navio, recebe os dados
sobre o peso da carga, através do arquivo EDI.
O coletor trabalha com um nível de confiabilidade bastante elevado,
possuindo uma margem de erro de apenas 3%.
Dentre as vantagens da utilização do Coletor, podemos destacar, dentre
outros, a redução da utilização de lançamentos de dados manuais através de
papeis; elimina a função do apropriador de pátio, uma vez que o operador do RTG
manipula também o Coletor, e ainda há a informação em tempo real para o sistema
operacional da empresa. Em relação a operação do equipamento, com a
automação, foi possível reduzir cerca de 10% de consumo de combustível e
emissão de particulado.
Na parte de certificação, faz-se necessário tão somente a liberação e aferição
pelo Inmetro do sistema de pesagem do RTG, não necessitando o coletor desta
certificação.
Na operacionalização do equipamento, os contêineres de cabotagem e
importação, de longo curso, (que são os de obrigatoriedade de pesagem para que
seja dada a presença da carga), quando descarregados dos navios, e as unidades
de exportação embarcadas, as que possuem a obrigação de VMG, são pesadas nos
RTGs imediatamente.
A pesagem é feita automaticamente pelo coletor, durante o içamento do
contêiner, não necessitando da ação do operador do RTG. Isso torna mais rápida a
operação, pois evita que as carretas tenham que levar a carga até uma balança,
liberando-as para o próximo trabalho mais rapidamente.
O sistema é composto de sensores acoplados ao spreader do RTG, que
indicam o peso durante o içamento, diretamente na tela que fica dentro da cabine do
operador.
O Coletor pode ser acessado remotamente pela área de TI, pelo setor de
Planejamento de Operações e in loco pelo operador do RTG, e o coletor independe
das condições climáticas para seu funcionamento.
Dentro da célula de produção, a tecnologia móvel existente, tem facilitado em
muito o trabalho das empresas, aumentando a eficiência no transporte e
armazenamento de cargas.
56
Para entender melhor o projeto, abaixo será mostrado como era o processo
de movimentação de contêiner de forma básica sem o coletor RTG, atentando nas
fases do processo de entrada do contêiner através do modal rodoviário por um
caminhão.
O acesso ao terminal é controlado, e para a entrada é necessário
agendamento prévio no site da empresa. Feito o agendamento o veículo com o
contêiner segue as seguintes etapas:
Verificação da placa do veículo através do sistema LRC.
Realização da identificação biométrica e a validação do crachá de acordo com
o BDCC.
Simultaneamente é verificado a adesivagem do número da placa do veículo
no teto da cabine, que será utilizada pelos operadores de pátio para facilitar e
agilizar o atendimento.
Passagem do veículo pelo sistema OCR, onde todos os detalhes do veículo e
do container são fotografados e validados no sistema operacional do terminal.
Motorista apresenta seu comprovante de agendamento ao sistema e em
seguida recebe um ticket informando a destinação do container transportado.
Antes de se dirigir ao pátio o veículo passa pelo escaneamento, garantindo a
confiabilidade e segurança da operação.
Após escaneado, o contêiner é pesado na balança rodoviária fixa da empresa
e segue para o pátio.
Ao chegar ao pátio de armazenagem o caminhão segue as linhas de
identificação demarcadas no chão do pátio que indicam o local exato onde o
container será deixado ou retirado.
Ao ser analisado o processo de entrada do contêiner consegue-se
observar que a pesagem é feita após o veículo ser escaneado, antes de ir para o
pátio. Com a implantação do RTG coletor, foi possível a eliminação de um processo
nas etapas de movimentação do contêiner, e ao invés do caminhão parar na
balança, pesar e seguir para o pátio, ele segue diretamente para o local onde será
deixada a carga. No momento que o contêiner chega ao local destinado, o
57
equipamento RTG é içado e os sensores localizados nas hastes do equipamento
verificarão o peso simultaneamente, enquanto há a movimentação do contêiner para
armazenagem.
Essa análise resultou em uma nova sequência operacional, por meio
do qual foram constatadas as seguintes melhorias:
Redução de mão-de-obra;
Redução de tempo padrão;
Redução de equipamentos;
Redução de operações;
Eliminação de transportes.
A empresa por meio dos seus técnicos conseguiu através do
agrupamento de duas atividades um potencial para ganho e melhoramento no
desempenho do seu terminal em relação à movimentação de contêiner, já que, a
pesagem é essencial para a operação. Dado a existência de um equipamento fixo
para a pesagem, a tecnologia atual ligada às diversas características da balança, fez
com que fosse possível acoplar dentro do RTG, no caso, nas hastes, um
equipamento que conseguisse medir o peso do contêiner com a carga em
movimento, executando duas operações distintas em um só movimento, diminuindo
o tempo de movimentação do contêiner entre chegada e armazenagem para futuros
despachos.
Dessa forma, observou-se um processo mais equilibrado, com as
operações ajustadas ao ciclo de tempo. Esse novo agrupamento permitiu
estabelecer e manter um ritmo constante de trabalho através de um fluxo contínuo,
possibilitando o melhoramento ao longo do turno, garantindo que a demanda fosse
atendida de forma mais ágil. Tecnologias aplicadas na automação de equipamentos
permitem um maior desenvolvimento de um porto. Quanto mais equipamentos e
softwares automatizados como apoio para suprir o transporte de carga, maior será
sua competitividade e concorrência.
2.7 INDICADOR DE PRODUÇÃO ANTES DE DEPOIS DO RTG
58
Segundo Razzolini Filho (2011), o indicador de desempenho pode ser
estabelecido como o conjunto de características ou de possibilidades de execução
de um deliberado sistema. Para Hronec (1997), as medidas de desempenho são
sinais vitais da organização, sendo qualificadas e quantificadas como o modo pelo
qual as atividades de um processo atingem suas metas.
De acordo com os conceitos apontados, um sistema de medição de
desempenho deve representar os resultados de uma organização, seja por processo
ou como um todo, atentando-se ás necessidades dos clientes, e fornecer
informações adequadas para a gestão empresarial, que permite agir nos desvios
e/ou nas melhorias dos processos.
Ayres (2009) cita que um significativo indicador de desempenho
portuário é a medida de produtividade dos portos brasileiros, que é formada pela
quantidade de contêineres movimentados por hora, enquanto ocorre o processo de
retirada ou a colocação do contêiner no navio. Esta medida é distinguida pelas siglas
MPH (movimentos por hora) e mede a eficiência do serviço portuário durante o
tempo em que o navio está no porto atracado.
Para indicar o desempenho da empresa, serão mostrados os índices de
movimentação, de acordo com os dados disponibilizados pela Companhia Docas do
Estado de São Paulo, relativos aos anos de 2013 a 2016, utilizando-se como
parâmetro, os meses de setembro de cada ano. O equipamento RTG coletor foi
implantado no ano de 2014, e será evidenciada a melhora no desempenho da
empresa a partir de sua implantação.
Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santo (2013), a
movimentação de contêineres no Porto de Santos em setembro de 2013 atingiu a
segunda melhor marca mensal de toda a série histórica deste tipo de movimentação,
com 188.366 unidades (297.564 TEU), um aumento de 8,5% em relação a setembro
de 2012, quando passaram pelo porto santista 173.622 unidades (274.272 TEU).
Em relação aos terminais de uso privado, no mês de janeiro do mesmo
ano, enquanto alguns terminais sofreram retração, a Empresa recentemente
implantada movimentou 27.779 unidades (44.998 teu), fechando o mês de setembro
com saldos positivos.
59
Figura 13- Movimentação de Contêineres 2013
Fonte: CODESP, 2013
Apesar do pouco tempo no mercado, a empresa apresentou índices de
movimentações significativos, conseguindo demonstrar competitividade, em relação
aos terminais congêneres já existentes.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2014) relata que
o Porto de Santos registrou, no mês de setembro, sua segunda melhor marca
mensal de movimentação de contêineres em toda a sua série histórica, com a
movimentação de 216.047 unidades de contêineres (331.438 teu). A Companhia
Docas do Estado de São Paulo – Santos (2014) cita que no comparativo entre os
meses de setembro, o resultado representa um aumento de 14,7% em relação ao de
2013, quando passaram pelo porto santista 188.366 unidades (297.564 teu).
Para a Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2014) os
terminais de uso privado tiveram em sua maioria, aumento nas movimentações de
contêineres. A empresa continuou em crescimento, movimentando 28.210 unidades
(46.592 teu), com aumento de 11,2 % em relação ao mês de setembro do ano de
2013.
Apesar de ter pouco tempo no mercado, à empresa apresentou índices de
movimentação significativos, conseguindo mostrar potência de futura
competitividade em relação terminais já existentes nesse ramo há algum tempo.
60
Figura 14- Movimentação de Contêineres 2014
Fonte: CODESP, 2014
Com apenas um ano no segmento portuário, a empresa já se destaca nas
operações de movimentação de contêiner, apresentando significativo crescimento
utilizando-se, complementarmente, da implantação de tecnologia com o
equipamento RTG coletor.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2015) relata que
o Porto de Santos registrou, no mês de setembro movimentou 205.761 unidades de
contêineres (316.299 teu), reflexo das quedas de 7,5% nos embarques em
setembro, totalizando 101.461 unidades (153.763 teu) e de 1,9% nos
desembarques, somando 104.300 unidades (162.536 teu).
A Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2015) cita que
os terminais de uso privado tiveram um importante papel para que o índice de
movimentação não sofresse grandes quedas, os índices de movimentação dos
terminais aumentaram apesar da queda nos embarques. A empresa, diferentemente
do mercado, teve um aumento de 0,8 % com 36.975 unidades (59.492 teu) em sua
movimentação, fechando com o maior índice de crescimento do mês em relação aos
outros terminais.
61
Figura 15 - Movimentação de Contêineres 2015
Fonte: CODESP, 2015
O ano de 2015 foi um ano de continuidade da automação dos processos para
a Empresa, permanecendo com seu crescimento em relação aos anos anteriores.
A Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2016) relata
que o Porto de Santos registrou, neste mês de setembro, sua segunda melhor
marca para os meses de setembro, atrás apenas de setembro de 2014 (216.047
unid.). Segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo – Santos (2016), com
a movimentação de 209.328 unidades de contêineres (318.292 teu), o resultado foi
3,1% inferior ao resultado recorde de setembro de 2014 e 1,7% acima do resultado
do mesmo mês de 2015 (205.761 unid.); tal resultado é reflexo do avanço de 4,2%
nos embarques, que somaram 105.678 unidades (159.749 teu) e do recuo de 0,6%
nos desembarques, totalizando 103.650 unidades (158.543 teu).
Em relação aos terminais de uso privado, os destaques foram os
terminais Embraport com movimentação de 44.407 unidades (70.185 teu) com
acréscimo de 20,1 %, Brasil Terminais Portuários (BTP) com movimentação de
77.760 unidades (115.655 teu), alta de 15,9% e Tecon, com 79.344 unidades
(121.169 teu), aumento de 11, 5%. A empresa fechou seu segundo ano consecutivo
com o maior crescimento do mês de setembro em relação aos outros terminais.
62
Figura 16 - Movimentação de Contêineres 2016
Fonte: CODESP, 2016
Ao analisarmos os gráficos dos anos 2013, 2014, 2015, 2016 é
possível constatar um aumento constante da movimentação da empresa,
principalmente a partir do ano de 2014, quando foi realizada a implantação do RTG
coletor, e é nesse contexto que se faz possível constatar a importância da
automação dos processos por meio da administração de produção, conseguindo-se
identificar atividades que permitam aperfeiçoamentos através do uso de tecnologias
e planejamento da operação. Hoje em dia, a empresa tem o índice de movimentos
por hora, tempo em que o contêiner entra e saí do terminal, menor que 25 minutos, o
menor índice do Porto de Santos.
63
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A abordagem metodológica deste projeto está fundamentada na bibliografia
das atualidades sobre esse tema, nos informativos da ANTAQ que trimestralmente
realiza a divulgação dos resultados sobre desempenho da movimentação de
contêineres nos portos brasileiros. Nas interpretações de gráficos e índices de
movimentação de contêineres identifica-se a melhoria que a empresa pode ter ao
usar a automação dos equipamentos portuários.
Considera-se nesse trabalho os segmentos tecnológicos da automação dos
equipamentos portuários desenvolvidos pelos terminais e também os estudos
acadêmicos, desenvolvidos pelas Universidades, que disponibiliza a base teórica
para os conceitos da automação dos equipamentos portuários.
Segundo Yin (2005) para chegar ao objetivo final, o projeto se envolve de
características que aplicam aspectos qualitativos e quantitativos, apontar diversas
fontes de evidências e desenvolve base de dados para o estudo de caso.
De acordo com Lakatos e Marconi (2009), a pesquisa bibliográfica é um
resumo sobre os consideráveis trabalhos atuados e relevantes estabelecido com o
tema.
Para se analisar os dados é preciso ter técnicas teóricas e interligações com
outras pesquisas relacionadas ao tema.
.
De modo geral a análise de dados consiste em examinar, classificar e, muito frequentemente, categorizar os dados, opiniões e informações coletadas, ou seja, a partir das proposições, teoria preliminar e resultados encontrados, construir uma teoria que ajude a explicar o fenômeno sob estudo. O uso de técnicas quantitativas – estatísticas – é menos frequente. Não se deve também esquecer o uso do material bibliográfico e de outras naturezas que compõem a plataforma teórica do estudo, para sustentar análises, comentários, classificações, categorizações, teorizações e conclusões. A análise de um Estudo de Caso deve deixar claro que todas as evidências relevantes foram abordadas e deram sustentação às proposições que parametrizaram toda a investigação. A qualidade das análises será notada pelo tratamento e discussão das principais interpretações – linhas de argumentação – concorrentes, bem como pela exposição dos aspectos mais significativos do caso sob estudo e de possíveis laços com outras pesquisas assemelhadas. (MARTINS, 2008 p. 86-87).
64
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Empresa iniciou suas operações em 2013, onde recebeu o primeiro
navio para operação de carga. Ainda em busca de melhorias e adaptações, a
empresa no início de 2014, investiu na automação dos equipamentos RTG, onde, os
equipamentos passaram a ter uma balança acoplada, e também a se chamarem
RTGs Coletores. Como a implantação foi dada no ano de 2014, para melhor análise
dos dados, irá ser mostrado os índices de movimentação do mês de setembro para
todos os anos analisados (2013-2016), e com isso se dá tempo de margem para a
análise de dados após implantação do equipamento RTG Coletor.
Em comparação com os anos 2013 e 2014 é possível observar um aumento
na movimentação de contêineres, onde a empresa ganha maior percentagem de
mercado em relação a terminais que tinham índices maiores em 2013, como por
exemplo o Terminal 35 que passou de 18,2% para 14,1% e o Tecondi de 14,7%
para 9,9%.
Figura 17 - Comparativa Movimentação - 2013 e 2014
Fonte: CODESP, 2013- 2014
Com a implantação do equipamento e decorrido os investimentos feitos no
terminal, a empresa saltou o seu índice de participação de 3,1% para 14,3%, tendo
um aumento de 11,2%, sendo um dos únicos terminais que ganharam aumento na
movimentação desse ano e o segundo terminal com o maior acréscimo na
movimentação em relação aos outros. Ao analisarmos o gráfico a fundo é possível
65
perceber que os terminais que obtiveram queda em 2014 foram devido à perda de
espaço para a Empresa e Brasil Terminais. Vale ressaltar que os terminais
Embraport e Brasil Terminais utilizaram a automação dos equipamentos como um
investimento para melhora no tempo de movimentação de contêiner, tendo como
consequência aumento dos índices de movimentação.
Em 2014 e 2015 a empresa está entre os 3 terminais que mais
movimentam contêineres no Porto de Santos, e continua como uma das únicas que
obtiveram crescimento no período. De 14, 3% em 2014, a empresa aumentou sua
participação, fechando o mês de setembro de 2015 com 15,1%.
Figura 18- Comparativo Movimentação - 2014 e 2015
Fonte: CODESP, 2014-2015
Os anos de 2015 e 2016 foram primordiais para o desenvolvimento
da empresa, que apesar de nova, conquistou espaço na operação de contêineres,
tornando-se uma das principais do segmento. Em 2016 obteve índice de
participação de 18,6%, 3,5% a mais que o ano anterior. Sendo o terceiro ano
consecutivo de crescimento.
66
Figura 19 - Comparativo Movimentação - 2015 e 2016
Fonte: CODESP, 2015-2016
Os índices comparativos dos gráficos da Companhia Docas do Estado
de São Paulo no Porto de Santos são levados em conta todos os tipos de
navegação, como cabotagem e longo curso, tendo várias linhas de navegação
agrupadas ao total movimentado por terminal. Os dados analisados foram a partir de
gráficos publicados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo, órgão
competente pela administração dos portos.
Em relação a navegação de cabotagem, a empresa em 2016 teve o
maior índice de movimentação em relações a outros terminais portuários, ficando em
4º no ranking em relação a instalações portuárias (portos e terminais), perdendo
apenas para os Portos.
67
Figura 20 - Comparativo Movimentação - Cabotagem 2016
Fonte: Secretária dos Portos, ANTAQ- 2016
Abaixo foi elaborado um quadro comparativo aos anos de 2013 a 2016 em relação a
participação da Embraport nos meses de setembro de cada ano, visando um melhor
entendimento sobre o aumento na movimentação de contêineres com a implantação
do método de automação.
Figura 21 - Comparativo Participação Embraport
Fonte: Elaborado pelo autor, com base em dados da CODESP - 2016
68
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto desenvolve por meio do seu enunciado o tema que facilita o novo
processo de pesagem na área portuária, uma tecnologia que tem progredido em
alguns terminais privado brasileiros para obter mais produtividade, diminuído o
tempo de operação e aumentando a quantidade de içamento de contêineres no
embarque e desembarque das cargas.
Dessa maneira a disposição na organização deste conteúdo foi buscar
assuntos envolvidos na balança, nos equipamentos e nos desenvolvimentos das
tecnologias por meio do sistema de informação da área portuária, detalhando quais
os procedimentos que a empresa Embraport utilizou para adaptar o coletor de dados
que capta a verificação da pesagem no equipamento RTG por meio dos sensores.
Tendo em vista que os aspectos observados na célula de produção do coletor
afirmam as envolvências relatadas acima, o peso do contêiner que representa a
lucratividade do terminal, o sensor no RTG que é a nova balança portuária que
diminui processos no fluxo de operação e o coletor de dados que pelo sistema de
pesagem a Receita Federal tem acesso rapidamente ao peso do contêiner
diminuindo assim o tempo de burocracia para dar a presença de carga.
Os terminais portuários que utilizam a automação em suas operações criam
um alto desempenho de indicadores, pois a tecnologia eleva a produtividade dos
terminais de contêineres.
Para futuros trabalhos, prevê-se um estudo mais elaborado sobre a falta de
investimentos em automação relacionada aos motivos e causas básicas da
obsoletização de equipamentos portuários.
69
REFERÊNCIAS
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