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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA CURSO DE SERVIÇO SOCIAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO O PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA ATENDIDOS NA UROLOGIA DO HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO Por: MARIA MIRIAN ROSENDO RIBEIRO Rio de janeiro Junho de 2009

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

O PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA ATENDIDOS NA UROLOGIA DO HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO

Por:

MARIA MIRIAN ROSENDO RIBEIRO

Rio de janeiro Junho de 2009

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

O PERFIL DOS PACIENTES COM CÂNCER DE PRÓSTATA ATENDIDO NA UROLOGIA DO HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO

Trabalho acadêmico apresentado ao curso de Serviço Social do Centro Universitário Augusto Motta, como parte dos requisitos para obtenção do título de Assistente Social.

Por: Maria Miriam Rosendo Ribeiro

Professora Orientadora: Marilda Nascimento

Professor Convidado: Bruno

Convidada: Leonor Gomes

Rio de Janeiro Junho/2009

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I FICHA CADASTRAL

Nome do aluno: Maria Mirian Rosendo Ribeiro

Matrícula: 05202726

Identidade: 04.351.371-2

CPF: 693.387.017-00

Endereço: Rua Pedro Taques nº120 Ap.101 – Penha Circular/

Rio de Janeiro

[email protected]

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II

DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Eu Maria Mirian Rosendo Ribeiro, regularmente matriculada no Curso de

Serviço Social da UNISUAM – Centro Universitário Augusto Motta, matrícula nº

05202726 declaro para os devidos fins, junto á disciplina Trabalho de Conclusão de

Curso – TCC (CÓDIGOSER0801N), que o trabalho monográfico intitulado O Perfil

dos Pacientes com Câncer da Próstata Atendidos na Urologia do Hospital Geral de

Bonsucesso e apresentado a coordenação do Curso de Serviço Social, foi elaborado

a partir da pesquisa e levantamento bibliográfico por mim realizado, sob orientação

da professora Marilda Nascimento (Mestre em Serviço Social).

Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2009

___________________________________

Maria Mirian Roendo Ribeiro

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III

MARIA MIRIAN ROSENDO RIBEIRO

O PERFIL DOS PACIENTES ATENDIDOS NA UROLOGIA DO HOSPITAL GERAL

DE BONSUCESSO.

Banca Examinadora composta para a defesa de Monografia para obtenção do grau

de Bacharel em Serviço Social.

APROVADA em: ______ de ___________ de _______

Professor-Orientador: ____________________________________________

Professor Convidado: ____________________________________________

Professor Convidado: ____________________________________________

Rio de janeiro Junho de 2009

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IV

CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ATA DE MONOGRAFIA

Aos... Dias do mês de..., do ano de 2008, na sala... Do bloco..., da Unidade Bonsucesso do

Centro Universitário Augusto Motta – UNISUAM reuniu-se a Banca Examinadora de

Monografia composta pelos Professores: ... Como Orientador,... E..., sob a presidência do

primeiro, para julgamento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado “...” de

autoria de... matrícula número....................., como requisito para a obtenção do grau de

....................................................Após o exame do trabalho escrito, apresentado aos membros

anteriormente, e a respectiva defesa, a Banca

Examinadora.......................................................................................conferindo o grau

..............................(......................................................). E, nada mais havendo a registrar, eu,...

Lavrei a presente ata que segue por todos os membros assinada.

Rio de Janeiro,... De... de 2009.

Presidente (Orientador):...

Primeiro Membro:...

Segundo Membro: ...

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V

Dedico esta Monografia à minha mãe por arcar

com ônus de minha ausência, devido à dedicação a este

trabalho, e em memória da minha filha porque sei que ela

esta sempre presente em minha vida, é o que me da força

e o que me faz viver.

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VI

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado capacidade, pela força de

vontade e sabedoria, para que eu concluísse este trabalho.

Agradeço a meu irmão, meu primo que de alguma forma sempre esteve ao

meu lado, me apoiando. Em especial a minha mãe, eles não só me apoiaram, mas

também foram meus parceiros, sei o quanto todos torceram por mim.

Agradeço também de forma muito especial à minha supervisora de estágio

Leonor Gomes, agradeço pelo carinho, pela atenção, me lembrarei sempre de você,

com muito carinho e gratidão.

E uma gratidão especial com muito carinho, à minha orientadora Marilda

Nascimento, pela paciência, pelo carinho, pela dedicação, pelo o respeito e

incentivo, pois sua colaboração foi imprescindível para esta conquista.

Agradeço também aos professores: Newvone, Maria da Graça, Pedro Davi, Vitorino,

Maria Fernanda, Márcio Lázaro, Alessandra Sotero, Ana Rosa, Rita de Cássia,

Giovane, Tadeu, Elizabeth, do curso de Serviço Social, em especial à professora

Maria Gorete que com o seu jeito que é único, consegue transmitir segurança aos

alunos, quando o desespero ameaça tomar conta.

Eu não poderia deixar de dizer obrigado ao professor Bruno com seu jeitinho

de garotão, amigo e que em todo momento me transmitiu segurança. Você é

especial.

Agradeço ao chefe do Serviço Social e a todas as Assistentes Sociais do

Hospital do Geral de Bonsucesso, pois foram muito mais que colegas de trabalho.

Agradeço a toda minha turma do curso de Serviço Social, que participaram da

pesquisa de campo, obrigada!

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VII

Eu não podia esquecer-se dos meus colegas da turma a quem eu devo muito.

Foram eles que me apoiaram nas horas mais difíceis, quando eu pensava que não

iria dar conta das responsabilidades.

Os meus agradecimentos também incluem a Isabel Maria Antônia, que

estiveram sempre ao meu lado.

Enfim agradeço a todos. Meu muito obrigado.

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VIII

“Ninguém é autônomo primeiro para depois decidir.

A autonomia vai se constituindo na experiência de

várias, inúmeras decisões que vão sendo tomadas.

A autonomia, enquanto amadurecimento do ser

para si é processo, vir a ser. Centrada em

experiências estimuladoras da decisão e da

responsabilidade, vale dizer, em experiências

respeitosas da liberdade”.

Paulo Freire.

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IX

RESUMO

O presente projeto intitulado “O Perfil dos Pacientes com Câncer de Próstata

atendido na Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso” objetivo conhecer o perfil

desses pacientes onde percebi que havia um número significativo de homens com a

enfermidade. Nesse sentido havendo uma demanda crescente no ambulatório.

Essas modificações dizem respeito à saúde dos pacientes em busca de um

atendimento nas emergências como porta de entrada já com a doença instalada.

Conclui-se com a falta de políticas nas atenções básicas, o tratamento poderia

ter uma prevenção precoce para essa enfermidade considerada silenciosa, a

importância de programar políticas de atenção básica voltada à prevenção no

sentido de se diagnosticar a doença em tempo para tratamento.

Palavra Chave: Câncer da Próstata, Urologia, Políticas de Saúde.

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X

LISTA DE SIGLAS

ABRASCO - Associação Brasileira de Pós-graduação em Saúde Coletiva

CAP’s - Caixas de Aposentadorias e Pensões

CNS - Conferência Nacional de Saúde

FIOCRUZ – Fundação Oswaldo Cruz

HGB – Hospital Geral de Bonsucesso

IAPETC – Instituto de Aposentadorias e Pensões dos trabalhadores em

Transportes e Cargas

IFF - Instituto Fernandes Figueira

INAMPS - Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social

INPS - Instituto Nacional de Previdência Social

LBA - Fundação Legião Brasileira de Assistência

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONGs - Organizações Não Governamentais

PSF - Programa Saúde da Família

SUS – Sistema Único de Saúde

NOB – Normal Operacional Básica

PSA- Sigla em Inglês, que podem sugerir a existência da doença e indicam a

realização de ultrasonografia pélvica ou prostática transretal, se disponível.

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XI

SUMÁRIO

FICHA CADASTRAL... ...............................................................................I FOLHA APROVAÇÃO.............................................................................. IV DEDICATÓRIA......................................................................................... V AGRADECIMENTOS............................................................................... VI EPÍGRAFE... ...............................................................................................VIII RESUMO... ..................................................................................................IX SIGLAS........................................................................................................ X INTRODUÇÃO............................................................................................ 1 1. Política de Saúde Brasileira e os Desafios para um atendimento com excelência a partir da Década de 80..................................................4 1.1 – As Políticas de Saúde...............................................................4 1.2– As Políticas Sociais, Dificuldades e os Serviços de Saúde das Famílias..............................................................................................8 1.3 – O SUS e As Políticas Atuais... ................................................10 2. - A luta contra o Câncer da Próstata..........................................14 2.1- O que é o Câncer, e o Câncer da Próstata... ..........................14 2.2 – Políticas de Atenção ao Homem... .........................................18 2.3 – Os Direitos, Assegurados por Lei dos Portadores de Câncer. ..........................................................................................................21 2.4 - Os idosos são os mais afetados com as doenças no nosso país?.................................................................................................24

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XII

3 – Histórico da Instituição................................................................ 28 3.1- Apresentação da Instituição....................................................... 28 3.2- O Serviço Social na Urologia.................................................... .30 3.3 – Resultado do Trabalho de Campo e Análise........................... 33 Metodologia........................................................................................32 Considerações Finais... .................................................................... 39 Referências Bibliográficas... ............................................................. 41

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1

INTRODUÇÃO

O presente tema intitulado “O Perfil dos Pacientes com Câncer de Próstata

atendidos no Ambulatório do setor de Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso”,

objetiva a construção da monografia de Conclusão do Curso de Serviço Social. O

mesmo resulta das observações realizadas durante o período de estágio no

ambulatório de Clínica do HGB da Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso, no

período compreendido entre os meses de agosto a janeiro de 2009.

Na condição de estagiária foi possível acompanhar o atendimento de um

quantitativo de pacientes com câncer da próstata, alguns na fase inicial e outros já

em estado avançado. A supervisão de estágio e as questões levantadas nos

estudos dirigidos no que se referia à demanda crescente da população na busca de

atendimento na Urologia foram algo que despertaram meu interesse pela pesquisa,

investigação e discussão das implicações na saúde do homem, na falta de uma

política de Atenção à Saúde do Homem que se efetiva cuja base seja a prevenção, o

tratamento precoce da doença ou até ações de educação continuada.

E a não utilização de uma Unidade Terciária de Saúde como é o HGB muitas

vezes o acompanhamento primário de saúde, é verificado no ambulatório de

Urologia.

Desta forma, discutir sobre este tema, que mexe com diversas questões

perpassando pela saúde, pelo cultural e pelo social é algo que se faz importante e

imprescindível. No período entre os meses de setembro a dezembro de 2008, à

Assistente Social da Urologia efetuou um levantamento do perfil dos pacientes

atendidos no setor do Ambulatório de Urologia objetivando conhecer o público no

atendimento e as demandas aparentes com intuito de elaborar um projeto de

intervenção de atuação do Serviço Social na Clínica.

A partir deste estudo, feitos para obter um panorama geral tiveram o

interesse em realizar um recorte dos pacientes atendidos pela Clínica, com

diagnóstico de câncer de próstata e traçar o perfil dos mesmos, principalmente os

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que estão na faixa etária entre 40 a 80 anos, que expressa à grande maioria

atendida.

A minha atenção se volta para o diagnóstico identificado através do acesso

aos prontuários, ficha social e entrevista realizada pela Assistente Social da

Urologia, onde a maior demanda apresentada pelos usuários era em relação ao

diagnóstico, prevenção e tratamento da patologia aqui discutida. É sabido também

dizer que é de grande importância correlacionarmos a outros fatores como:

econômicos e culturais no homem atendido.

Sendo assim, acredita-se que a pesquisa poderá contribuir para refletir,

discutir sobre a importância da prevenção, da viabilização de informações sobre a

patologia e a Saúde do homem apontam que 50% dos homens com mais de 70

anos e praticamente todos com mais de 90 anos tem câncer de próstata. A maioria

desses tumores não chega a produzir sintomas, pois essa enfermidade evolui muito

lentamente. (BUCHALA; 2005.p.106).

A incidência do câncer da próstata no mundo cresceu de forma explosiva nos

últimos anos, ele já é considerado o mais grave, depois do câncer de pele.

No Brasil que haja mais de 46000 novos casos da doença por ano. É

imprescindível fazer o primeiro exame de PSA1, antes dos 45 anos como o histórico

familiar e os sintomas do paciente (2005).

Vale ressaltar que essa vulnerabilidade à saúde do homem está associada a

outras patologias como: hipertensão, diabetes e outras não restritas e

exclusivamente à questão do câncer da próstata.

Essa pesquisa apresentada sob o “O Perfil dos Pacientes Portadores do

Câncer da Próstata Atendidos na Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso.”

poderá contribuir para refletir sobre as políticas sociais, de prevenção, e a

1 PSA, sigla em inglês, que pode sugerir a existência da doença e indicar a realização de ultra-sonografia pélvica ou prostática transretal, se disponível.

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viabilização de informação podendo até mesmo ter um apontamento nas mudanças

relacionadas a essa enfermidade.

Além dessas avaliações de resultado e processo não se pode deixar de

avaliar a contribuição dessa política para a conscientização dos princípios e

diretrizes do SUS, especialmente na conformidade do que estabelece a lei Orgânica

da Saúde (Lei nº 8080/90).

A pesquisa teve como objetivo conhecer o perfil dos pacientes portadores do

Câncer da Próstata atendidos na Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso, e como

objetivos específicos identificar a dificuldade durante o tratamento dos pacientes de

câncer de próstata, verificar o papel da família diante do diagnóstico e no tratamento

do paciente portador de hiperplasia da próstata além do papel do Serviço Social nas

ações de atenção a saúde do homem.

Em relação às hipóteses a serem investigadas buscamos identificar as

dificuldades do homem na prevenção por questões culturais, o nível de

escolaridade, os fatores que influenciam na adesão ao tratamento de como

questão de gênero, e o imaginário social.

Para entender o sucesso do tratamento é necessário força de vontade e apoio

financeiro porque é a partir dos 50 anos que os homens resolvem fazer o PSA.

Essa pesquisa foi realizada através de observações pelo número de

pacientes com o diagnóstico de câncer de próstata e da faixa etária, e a importância

da prevenção.

No primeiro capítulo, discutiremos as políticas de saúde brasileira e os

desafios para um atendimento com excelência a partir da década de 80.

No segundo capítulo, discutirei a luta contra o câncer da próstata e suas

dificuldades.

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No terceiro capítulo, apresentaremos a instituição, a análise dos dados e

resultados coletados.

1- Política de Saúde Brasileira e os Desafios para um atendimento com

excelência a partir da Década de 80.

1.1- As Políticas de Saúde

Nos anos 80, a saúde passa a ser entendida como direito e dever do Estado e

essas medidas aconteceram a partir da Consolidação da Constituição de 1988, à

saúde como direito de todos e dever do Estado; pela Universidade, integridade e

equidade das ações e serviços do setor. Enfim discutia-se a transformação do

modelo de atenção à saúde, através da adoção da produção social da saúde.

A sociedade brasileira na década de 80 vivenciou o processo de democracia

instaurado em 64, com a prolongada crise econômica que não superou a desilusão

política. Mediante a isso, configuram-se profundas mudanças no campo social que

atingiu a toda população de certa forma.

Mas a partir de 1986, as propostas começaram a surgir mediante a

elaboração do governo aconteceu a 8ª conferência Nacional de Saúde, que foi o

marco histórico mais importante na trajetória da política pública de saúde neste país.

No que tange ao modelo de proteção social, a constituição de 1988 é a mais

progressista e nela a saúde tem sido relevante para a conquista que não foi fácil,

visto que o processo foi visível a polarização da discussão da saúde em dois blocos

antagônicos: um formado pela Federação Brasileira de hospitais farmacêutica

(internacionais), que defendia os ideais da Reforma Sanitária. E o outro da

democratização da universalidade das ações e descentralização com o Controle

Social.

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Diante desse fato a saúde teve a participação de entidades que contribuíram

para a melhoria da saúde e o fortalecimento do setor público. Assim torna-se

competência do Estado na ótica da saúde, desenvolver ações no setor a partir da

identificação dos determinantes e condicionantes que contribuem para o processo

de adoecimento passando agora a atuarem com vistas à melhoria da qualidade de

vida de todos os indivíduos.

A saúde já não era apenas dos técnicos para assumir uma dimensão política,

estando vinculada a democracia, vista a longa tradição de privatizar da coisa

pública. A vitória das preposições da Reforma Sanitária a esse modelo brasileiro

pautado na idéia de seguridade social inscrito na Constituição Federal de 1988 foi a

que mais se destacou no que diz respeito ao fortalecimento dos direitos sociais.

Além dessas avaliações de resultado e processo não se pode deixar de avaliar a

contribuição dos princípios e diretrizes do SUS, especialmente na conformidade do

que estabelece a Lei Orgânica da Saúde (Leinº8080/90).

Nesse contexto constitucional, a saúde após vários acordos políticos e

pressão popular, atende em grande parte as reivindicações de movimento sanitário

prejudicando os interesses empresariais do setor hospitalar e não altera a situação

da indústria farmacêutica.

Portanto a saúde transformou-se numa arena política em que os interesses se

organizam em dois blocos polares, empresariais, sob liderança da federação

Brasileira de Hospitais (setor privado) e da associação de Indústrias Farmacêuticas

Multinacionais, e as forças da reforma sanitária, representadas pela plenária

Nacional e Saúde na Constituinte.

Sendo que, o aspecto inovador na estrutura do Ministério refere-se à criação

da Secretaria de Atenção a Saúde, que visou unificar as ações de atenção básica,

ambulatorial e hospitalar, integrando as atribuições das extintas secretarias de

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Saúde e de Assistência à Saúde, embora diretamente articulada ao gosto do

governo, que é determinante para a manutenção da política focal de precarização e

terceirização dos recursos humanos.

O movimento sanitário e a prática do sistema público de saúde vigente o SUS

foi consolidando como espaço destinado aos que não têm acesso aos subsistemas

privados com parte de um segmento. Daí o crescimento das enfermidades na

população de baixa renda, como também a deficiência nas articulações de

prevenção e atenção básica para essa população carente dos direitos básicos na

questão constitucional que não é cumprida.

O papel do Estado nos anos 90, influenciado pela política de ajuste neoliberal

apesar do contexto constitucional em conter avanços, houve um forte ataque por

parte do grande capital, notadamente da Previdência Social e das regras que

regulamentam as relações do Brasil.

Entretanto a reforma do Estado ou contra-reforma e outras estratégias, parte

do suposto de que o Estado desviou-se de suas funções básicas colocando o

modelo econômico vigente. A esses programas é preciso haver eficiência e

incentivo para se ter sua direção modificada na perspectiva de prover atenção

básica em saúde.

Atualmente o que se vê são pessoas doentes que não conseguem

atendimento decente, digno para essa população empobrecida dos seus direitos

sociais. Nesse sentido verificamos como o conceito de direito à saúde vem sendo

uma necessidade prioritária das ações, promoções e prevenção da atenção básica.

Portanto não se pode deixar de mencionar os riscos e agravamento das

enfermidades presentes no cotidiano da população.

De acordo com os princípios da Universalização da integralidade, o programa

precisa ter com meta (re) organização do sistema como um todo prevendo a

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articulação da atenção básica e os demais níveis de assistência ao processo sobre

informações e prevenção na questão relativa a esse debate.

Os avanços ás vezes lentos obtidos a partir da implementação das

propostas pelo movimento democrático da saúde, e atual cenário neoliberal,

são mostradas como ineficientes, precárias, difundindo-se a ideologia de

que a alternativa aos problemas da saúde da população de maneira

desumana. Dentro dessa visão, desse contexto a proteção básica tem por

objetivo reorganizar os serviços, programas, projetos e benefícios de acordo

com as funções que desempenham o universo de pessoas que deles

necessitam e sua complexidade. (SCHRAIBER: 2000; P.44).

São padrões de serviços para serem difundidos e assimilados

progressivamente, nas ações de assistência social nos eixos de atuação dos

equipamentos e qualidade dos atendimentos aos indicadores de avaliação e

resultados.

Ao tratar do discurso oficial, a estratégia se propõe a reorientar a assistência

à saúde, a partir da atenção básica. É importante destacar também os (as)

profissionais envolvidos (as) nesta estratégia que devam romper com a atenção

tradicional à saúde para alcançar uma atenção integral às famílias; faz necessário

um novo modo de organização, de provimento de cuidado. (BRAVO: 2004).

Dessa forma acreditamos ser importante na presente discussão que visa

enfrentar as questões da inserção de outros profissionais na atenção básica, ao qual

foram identificadas situações relevantes e atuais a atenção dos pacientes que

buscam atendimento médico, quando a doença já está instalada.

A esse aspecto inovador na estrutura do Ministério refere-se à criação da

Secretaria de Atenção à saúde, que visou unificar as ações básica, ambulatorial e

hospitalar, integrado as atribuições das extintas secretarias de Saúde e de

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Assistência à Saúde, embora diretamente articulada ao gosto do governo, que è

determinante para a manutenção da política focal de precarização e terceirização

dos recursos humanos.

O setor público é uma prestação de serviços simples e quase sempre com poucos equipamentos numa prática fadada a ser uma “medicina simplificada’’ “Embora as raízes em sua própria origem seja de fato criar entre nós uma prestação de serviços, cujo objetivo institucional era a cobertura dos serviços simplificada e barata. (DONAGELO e PEREIRA: 1976; P.34).

No entanto sabemos que essa crise já tem quase trinta anos de duração e

não podemos continuar, pois o que ela expressa é a realidade politicamente

desses problemas estruturais que devem ser atacados.

1.2-As Políticas Sociais, Dificuldades e os Serviços de Saúde das Famílias

A interdisciplinaridade tem sido uma ferramenta utilizada para compreender

a demanda do modelo assistencial, que compreende uma forma de trabalho para

profissionais de outras áreas, que envolve uma discussão mais abrangente sobre a

Saúde da Família.

Ao pensar no modelo de proteção brasileiro pautado na década da

seguridade social afastando-se o “Estado de não doença”, no qual a lógica girava

em torno da reparação dos agravos e mediante a medicalização a pouca ênfase nos

fatores casuais dessa concepção que sofreu radical mudança, uma vez que o SUS

assim torna-se competência do Estado.

Parte-se da compreensão que, para alcançar uma atenção integral a essas

famílias torna-se necessária uma organização, e um maior investimento nas ações e

nos cuidados para atingir uma saúde de excelência, o que se torna um desafio para

o atual sistema democrático, na busca de romper com o procedimento médico-

centrado, historicamente hegemônico.

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A essa direção dada na presente discussão visando enfrentar a questão de

inserção de outros profissionais na atenção básica, é um problema voltado para o

sistema de referência e contra-referência OMS que passa a trazer proposta das

equipes e apoio material.

Apesar da preocupação com as condições e as causas das doenças,

provavelmente presentes em toda a sociedade humana, estas consistem em um

desdobramento que reúne profissionais de modo transdisciplinar a fim de construir

vínculos terapêuticos, responsabilidade entre as equipes mais resolutivas e menos

burocráticas, bem como caminhar no sentido da intregalidade da atenção à saúde.

Dentro dessa expectativa o programa de Saúde da Família tem sido apontado como

estratégia para a construção de um novo modelo assistencial em saúde, sendo essa

redefinição do trabalho de articulação/integração de várias práticas profissionais

interdisciplinar.

Estar da preocupação com as condições das populações e as causas das

doenças, provavelmente presentes em toda a sociedade humana, estas consistem

em um desdobramento que reúne profissionais de modo transdisciplinar a fim de

construir vínculos terapêuticos, responsabilidade entre as equipes mais resolutivas e

menos burocráticas, bem como caminhar no sentido da integralidade da atenção à

saúde2

No caminho a que se propõe este estudo iniciou com a provocativa análise,

que questiona a recomendação de profissionais ministral seu e definir ter equipe

mínima de profissionais a ser financiada pelo Governo Federal. (TEIXEIRA; 2007:

P.245).

2 Embora cabe ressaltar que haja uma proposta que tenha surgido há algum tempo, apenas para’ concretização da portaria nº154, de 25 de janeiro de 2008, norteia a criação do núcleo de apoio à saúde da família (NASF) e trata do seu financiamento.

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É nesse que podemos dizer que o programa Saúde da Família adquiriu

estatuto de política prioritária para reorganização dos sistemas locais de saúde, pois

é preciso melhorar a atenção à família na forma de trabalho que envolve abertura,

flexibilidade, humanidade e complementaridade aos saberes para diminuir os

obstáculos nas condições e serviços assistenciais.

Sabemos que esse trabalho poderia ser tratado também com as famílias que

acompanham esses usuários nas consultas médicas tendo apoio necessário para as

mudanças e recuperação na saúde.

1.3- O SUS e as Políticas Atuais

Podemos, dizer que o atual governo pouco faz pela saúde, pois a assistência

hospitalar no Brasil demonstra a grandiosidade do sistema no país e a caminhada

do aperfeiçoamento, compreende e necessita da equidade do equacionamento das

questões econômicas e gerenciais como também o conjunto de ações e serviços

realizados nos três níveis de governo para entender às demandas sanitárias

coletivas e individuais.

Torna-se destaque a falta de confiabilidade dos dados e a baixa utilização das

informações como subsídios de processo na tomada de decisões em todos os níveis

do SUS.

A pesar dos problemas, é fundamental a utilização dos sistemas existentes de

certa maneira como estratégia para o processo, bem como as avaliações em todos

os níveis do SUS, seja cada vez mais orientado pelo uso de informações, que esses

sistemas possam ser continuamente aperfeiçoados, apostando que é através de sua

ampla utilização, poderão ser criticados e corrigidos ou substituídos.

“O SUS completou 15 anos de existência e, não o bastante ter conseguido

alguns avanços, o SUS real está longe do SUS constitucional, mas para isso os

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serviços que assim se formularam enquanto unidades básicas incorporaram vários

ramos da profissão médica e também inovaram nas formas mais pendentes ao

diagnóstico precoce, individuais, tal qual o atendimento.

É necessário renovar as técnicas e seus instrumentos próprios, os recortes

das necessidades de saúde, e a oferta organizada não demandada. É preciso

trabalhar direta e articuladamente a dimensão subjetiva que está presente como

conformador.

O Sistema de Saúde foi estabelecido pela Constituição regulamentada pela

Lei Orgânica de Saúde 8080/90, e o atendimento para a população ter acesso as

ações e aos serviços oferecidos através de entidades vinculadas ao sistema no que

diz respeito do documento que se propõe um movimento de espaço a plena

autonomia na busca de soluções para a melhoria da qualidade de vida dessa

população

Trata-se nesta análise de questionar a concepção ainda tradicional de que á

saúde dos pacientes restringe-se a competência de uma “dupla dinâmica” de

profissionais (médico) (a). E (enfermeiro) (a), sob os quais estaria apenas assumindo

uma posição complementar na atenção básica.

No que se refere ao planejamento e programação da atenção básica da

saúde e das diferentes a urgência, o fluxo de complexidade caracteriza-se o caso

das consultas especializadas que não foge a esta regra, organizando-se de forma

oriunda autônoma e pouco sensível as demandas da atenção básica, com um

pequeno estoque de pacientes saturando as agendas dos especialistas em

recorrente retorno, sem a devolução programada as equipes básicas, sendo

responsáveis pela garantia da integridade do cuidado e da sua continuidade efetiva.

Nesse contexto podemos compreender essas situações assistenciais de uma

unidade básica, apresentadas em consultórios particulares ou em ambulatórios

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básicos de clínicas públicas ou mesmo privadas do ponto de vista técnico e de

modalidades ambulatórias e assistenciais.

Do mesmo modo essa discussão sobre a Unidade básica de saúde, foi

também destinada a uma especial estratificação da clientela que agrupa as pessoas

que se dirigem aos serviços pela primeira vez na vida.

Para isso o Sistema Único de Saúde foi estabelecido pela Constituição e nos

seus princípios a Universalidade do atendimento para a população ter acesso as

ações e serviços oferecidos através de entidades vinculadas ao sistema, no que diz

respeito do documento que se propõe um movimento de espaço pelos profissionais

da medicina a executarem a autonomia na busca de soluções para a melhoria da

qualidade de vida dessa população, e como também avançar no processo de

articulação com os gastos da saúde

Atualmente, se verifica a falta de integração dos diversos sistemas existentes

para o problema em destaque sobre a falta de confiabilidade dos dados e a baixa

utilização das informações como subsídios de processo de tomada de decisões em

todos os níveis do SUS.

A pesar dos problemas, é fundamental a utilização dos sistemas existentes de

certa maneira como estratégia para estimular o processo, bem como de avaliação

em todos os níveis do SUS, seja cada vez mais orientado pelo uso de informações,

que esses sistemas possam ser continuamente aperfeiçoados, apostando que é

através de sua ampla utilização, poderão ser criticados e corrigidos ou substituídos.

Ao mesmo tempo ele ainda não está acabado, pois se apresenta enquanto

princípios e se delineia o que fazer mais não diz como se faz para quem se faz.

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Apesar da preocupação com as condições de saúde das populações e as

causas das doenças, provavelmente presente em toda a sociedade humana, estas

consistem em um desdobramento que reúne profissionais de modo transdisciplinar a

fim de construir vínculos terapêuticos, responsabilidade entre as equipes mais

resolutivas e menos burocráticas, bem como caminhar no sentido da integralidade

da atenção à saúde.

Ao assistir como ouvinte a palestra realizada no HGB, no dia 23 de Maio em

homenagem aos Assistentes Sociais, BRAVO (2009)3, critica o projeto de mercado a

partir dos anos 90 que coloca a privatização das estatais e sobre o Estado Mínimo, o

Mínimo só para as classes menos favorecidas, é uma alternativa de contra reforma e

ameaça aos direitos privados que não é estatal, pois a democracia restrita versos

democracia de massas no governo Lula.

Diante a essa discussão de grande relevância, pensava-se que no governo

Lula seria uma nova construção de novos modelos de fazer uma saúde conforme as

necessidades da população e aos serviços voltados a intersetorialidade e atuação

das equipes. Mas o que se vê e continua é a atenção do programa voltado para a

saúde da família, uma estratégia do governo que diz que faz, não deixa de ser uma

saúde pobre é saúde pobre.

Á saúde atualmente é avaliada através da miséria, em que a população passa

por privatizações nas escolhas de políticas e gestores. A esse contexto podemos

dizer “precarização” dos trabalhadores em todas as áreas, não se conseguiu um

enfoque nas políticas voltadas a população que mais necessitam desses programas

sociais

3 Palestra ministrada no evento, em comemoração ao dia dos Assistentes Sociais. No dia 23 de maio de 2009, no

auditório da Instituição.

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2. A Luta contra o Câncer da Próstata e suas Dificuldades

2.1- O que é o Câncer, e o Câncer da Próstata?

O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 (cem) de doenças

que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem

os tecidos e órgãos podendo espalhar-se para outras regiões do corpo.

Portanto, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada

por mais de um tipo de célula. Outras características que diferenciam os diversos

tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a

capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes.

É de grande importância o câncer da próstata porque ele é um elemento

observado nas taxas de incidência que pode ser parcialmente justificado pela sua

evolução dos métodos, diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de

informação do país e pelo aumento na expectativa de vida do brasileiro.

A esses fatores de risco, como em outros cânceres, a idade é um fator de

risco importante ganhando um significado especial no câncer da próstata. Uma vez

que tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após a

idade.

Nessa situação o câncer no Brasil, na busca de explicação para o aparecimento dessa doença considerada silenciosa que atinge milhares de pessoas, tem envolvido cada vez mais investimentos em pesquisa nas médicas, biológicas e epidemológica e sociais a partir de estudos sobre a distribuição dos tipos de câncer nas populações e os fatores de risco foram identificados padrões diferenciados entre países e em cada país. (Associação Brasileira de Urologia; 2006.

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Portanto há vários tipos dessa enfermidade a susceptibilidade genética que

tem papel importante, mas é a interação entre estes fatores e as condições

resultantes de modo de vida e do ambiente que determina o risco do adoecimento

por câncer.

Nessas condições associadas ao risco dessa enfermidade são mais

prevalentes em populações urbanas de regiões industrializadas, é comum se pensar

que o câncer é uma doença em desenvolvimento, no entanto é justamente nos

países em desenvolvimento que se verifica um grande aumento de incidência e na

mortalidade.

A essa epidemiologia demarca muito bem a forma como se deu o

desenvolvimento das sociedades. Ao passar do tempo, os tipos de câncer

característicos de países com maior nível socioeconômico como pulmão, mama,

intestino e a próstata, foram expandindo em regiões menos favorecidos num

complexo da disseminação dos hábitos individuais e de padrões ocidentais.

Com a globalização da economia este processo cresceu em escala

surpreendente, o que se constata é uma globalização também dos fatores de risco

para o câncer. Porém, fortemente dependentes dos hábitos relacionados à

alimentação, ao uso de tabaco e álcool e nessas condições reprodutivas e

hormonais está também associada à falta de atividade física.

Por isso é de grande importância a prevenção e o tratamento precoce para

essa enfermidade que vem atingindo a milhares de homens em todo o mundo.

Na maioria dessa enfermidade o caso de tumor, apresenta um crescimento

lento de longo tempo de duplicação levando cerca de 20 anos para atingir 1cm3 e

acometendo homens acima de 50 anos de idade.

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A esses fatores de risco, como em outros cânceres, a idade é um fator de

risco importante ganhando um significado especial no câncer da próstata, uma vez

que tanto a incidência como a mortalidade aumentam exponencialmente após a

idade de 50 anos.

A prevenção primária, com ênfase nos fatores associados ao modo de vida

em todas as idades e com intervenção de combate a agentes ambientais na redução

do câncer, com diagnóstico visível é possível visualizar a forma e a densidade da

próstata através do exame retal e a ultra-sonografia, são identificadas ainda

alterações de consistência e a presença de nódulos.

Diante desse contexto a essa problemática o câncer vem atingindo a

população num ritmo acelerado da mesma forma que a globalização. As pessoas

ficam doentes e quando procura orientação médica o diagnóstico muitas vezes é a

confirmação dessa enfermidade que assusta e surpreende o paciente.

Para falar na incidência do tumor que cresce no Brasil, como em todo o

mundo em ritmo que acompanha o envelhecimento populacional decorrente do

aumento da expectativa de vida, é um resultado direto das grandes transformações

globais das últimas décadas que alteram a situação de nível de saúde dos povos

pela urbanização acelerada dos novos modelos de vida, novos padrões e de

consumo.

O câncer de pulmão, próstata e estômago foram os principais causadores de

morte, o que constata com estes resultados é que um dos fatores que influenciam

fortemente a sobrevida é a extensão da doença no momento do diagnóstico, pode

ser avaliada pelo estacionamento de tumores nesta fase quando no início ao

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tratamento adequado e preconizado cada tipo de câncer seja ele cirúrgico clínico

com ou sem radio/quimioterapia.

O câncer da próstata constitui a neoplasia mais freqüente no homem

atingindo um em cada seis homens que forem acompanhados até o fim da vida e

matando um cada trinta e três indivíduos acometidos pela doença.

A incidência desse tumor da próstata varia geograficamente com áreas de

maior ou menor prevalência. Ele apresenta duas características bem peculiares no

seu incide que aumenta com a idade. Além desse fator, o câncer da próstata é

encontrado em número elevado de indivíduos sem lhes causar qualquer mal.

(Sociedade Brasileira de Urologia, 2008).

As deficiências para uma prevenção de qualidade em nossos padrões de vida

ainda são acumulativas não tendo uma prevenção para essas situações, pois o

número de profissionais especializados não consegue absorver as demandas

existentes numa unidade hospitalar.

Em um dado momento a rotina hospitalar sobrecarrega os profissionais da

saúde e também o enfrentamento de equipamentos por falta da realização dos

exames, necessário para o complemento do diagnóstico.

Atualmente no âmbito da saúde verificamos que o direito à saúde vem sendo

uma necessidade que aponta para as efetivações de ações e prevenções na

atenção básica.

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Sem pretensão de esgotar o tema e chegar a respostas e conclusões, este

estudo apresenta fatos dos atores envolvidos e dos desafios de manter a coerência

entre o direito em saúde e a realidade presente.

2.2- Políticas de Atenção ao Homem

Ao falar das desigualdades e diferentes necessidades entre homens e

mulheres, essa definição da atenção em saúde, ou seja, aos aspectos de gênero

que é um dos estudos mais sistemáticos sobre a qualidade da atenção desenvolvida

através de metodologias quantitativas, que são realizadas através de análise

documental, entrevista grupal focais, observação e pesquisa-ação, pelos diferentes

atores.

Portanto, podemos correlacionar a questão do homem a outros fatores como:

sociais, econômicos e culturais. Está presentes e associados, principalmente se

Levarmos em conta que vivemos numa sociedade, em que o homem como

provedor, e as características machistas ainda entendem o homem como provedor,

e nesse assunto podemos falar: “Ser forte, ser duro, não mostrar suas emoções, não

ligar para o próprio corpo e a saúde são, freqüentemente, os mandatos de uma

masculinidade”. [...] (LOPES:2001; p.3.).

Mas a sociedade está dando os passos em dizer o quanto tem sido

importante colocar em pauta a necessidade do homem em cuidar da saúde e do seu

corpo. Muitas vezes o homem adoece, mas por vergonha, e até mesmo por

preconceito de ficar frente ao profissional, por questões de tirar a roupa impede de

fazer a prevenção. “A cultura dos homens, de procurar o médico é somente quando

a enfermidade esta relacionada por outras doenças. (cardiovascular).

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Para tanto podemos dizer [...] “O homem tem tabu de ficar doente, né? Pô, pra ele ser homem, ele tem que ter problema nenhum. E aquele medo de médico. Acho que é o medo também de ter aquele resultado. Não favorece a ele talvez o tempo. Tem cara que trabalha em dois, três lugares, aí você na fila do consultório. (Ibidin:2001; p.87).

Porém, foram várias décadas que se ignoram as influências socioeconômicas

como determinantes da situação das populações que ainda permanecem para

conhecer a construção social do feminino e do masculino. No que chamamos de

sistema de gênero que determina a condição social das mulheres, homens e

também a desigualdade do poder entre eles.

Foi ao longo da década de 1990, que as mulheres vinculadas aos

movimentos sociais, ONGs ao trabalhar com a saúde e reprodução acadêmica, vêm

expressando frustrações pelos atropelos que são objetivos para os serviços da

saúde e as experiências de discriminação e violência.

Sabemos que o reconhecimento da população masculina por meio da

atenção especializada, requer a qualificação da atenção primária para que a atenção

à saúde não se restrinja à recuperação; garantindo, sobre tudo a promoção da

saúde e a prevenção a agravos evitáveis.

Trata-se de conhecer cada vez mais a necessidade de se efetuar

investigações na referida má qualidade de atenção aos serviços da saúde

reprodutiva. Esse enfoque tem o percentual de revelar as maiores iniqüidades no

acesso aos serviços e na forma que homens e mulheres são tratados pelo sistema

de saúde reprodutiva. Quando se incorpora as relações de gênero e deve-se voltar

ainda para a capacitação das mudanças. A partir deste estudo podemos obter um

panorama geral a, avaliação em saúde e ainda as mudanças nas condições de

saúde.

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Á essa forma, os comparativos em que podemos dizer, entre homens e mulheres têm comprovado o fato de que os homens são mais vulneráveis às doenças, no que se refere às enfermidades graves e crônicas, e por não serem tratadas precocemente (NARD; et.all, 2007; IDB, 2006, Laureti. et.2005; Luck et.all. 200). Daí tem-se o despeito da maior vulnerabilidade e das altas taxas de morbilidade nos homens que não buscam como as mulheres, os serviços de atenção primária. (FIGUIEREDO; 2005; PINHEIRO; ET, al. 2002).

Dentro dessa visão o ponto de partida retrata esse biomédico dos serviços de

saúde reprodutiva, principalmente ainda machista que entende o homem provedor e

por isso eles não conseguem buscar atendimento médico antes que a enfermidade

se instale.

Pois só buscam o médico quando já estão infectados pela doença, por

acharem que o câncer da próstata “mexe” com a masculinidade e que a falta de

conhecimento sobre a doença ainda é grande por isso o conceito de gênero “traz

importantes contribuições, na discussão das esferas sociais da reprodução e da

sexualidade” (Diniz: 1996 p.84).

O enfoque sobre gênero é considerado um esforço que compreendemos em

sistematizar algumas bases de operacionalização para uma proposta de

metodologia quantitativa nas avaliações dos serviços e ações de saúde.

O conceito de gênero traz ainda importantes contribuições na discussão da reprodução da sexualidade. Podemos destacar em primeiro lugar, a crítica à compreensão naturalizada da reprodução e da sexualidade tratada como dimensões biológicas da esfera privada da vida dos indivíduos, como se nessa arena não se inscrevessem relações de poder, hierarquia e violência (Vieira, 1999: p.84)

.

A partir deste estudo para se obter um panorama geral, a avaliação em saúde

quando incorpora as relações de gênero, deve-se voltar ainda para a capacitação

das mudanças e nas condições de saúde para assumir como sujeito de direitos,

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exercendo-os e defendendo-os, assim como promover,reconhecer, defender e

aceitar o exercício dos direitos das usuárias.

Para isso, podemos dizer também que gênero é propositiva no sentido de

sugerir modelos de mudanças culturais que desconstruam as iniqüidades

operacionalizadas por meio de políticas, programas, planos que facilitem ou abram

espaço ao empedramento das mulheres, ao modificarem estereótipo masculino e

feminino das atuas hierarquias abrindo possibilidades para o homem e mulheres que

tenham uma vida mais igualitária.

Portanto, avaliar a qualidade da atenção em saúde reprodutiva, a partir de

uma perspectiva de gênero significa atingir o âmbito da lógica assistencial. Portanto,

A partir desse enfoque, consideramos que a realidade da atenção pode ser

estudada, podem ser abordadas separadamente ou ser complementada.

2.3. Os Direitos, Assegurados por Lei dos Portadores de Câncer

Ao observar um significativo número crescente de pacientes na especialidade

de Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso verificamos a importância da saúde do

homem e neste âmbito, a prática de políticas sociais, não consegue abarcar a essa

demanda que vem crescendo notoriamente nas instituições.

O Sistema de Saúde (SUS) tem como fatores determinantes, entre outros, a

alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente entre outros

acessos aos bens e serviços essenciais “Os níveis de saúde da população

expressam a organização social e econômica do País (SUS: 2005)”.

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O grande segredo para a cura de qualquer doença ou pelo menos para

amenizar seus problemas é sempre procurar orientação médica tão logo apareçam

seus primeiros sinais e sintomas. Outra questão está no fato de termos uma saúde

curativa, que trata da doença já instalada não havendo investimento em ações

primárias, preventivas, o que se acredita contribuiria para a diminuição de incidência

de câncer da próstata.

Apesar do planejamento e programação da atenção básica de saúde e das

diferentes a urgência, o fluxo de complexidade caracteriza-se o caso das consultas

especializadas que não foge a esta regra, organizando-se de forma oriunda

autônoma e pouco sensível as demandas da atenção básica, com um pequeno

estoque de pacientes saturando as agendas dos especialistas em recorrente

retorno, sem a devolução programada as equipes básicas, sendo estas

responsáveis pela garantia de integralidade do cuidado e da sua continuidade

efetiva (2006: p.22).

A reparação dos agravos afasta-se a idéia de ser o modelo de proteção na

idéia de seguridade social no que diz a Constituição Federal de 1988, e o que mais

se destacou foi a respeito do fortalecimento dos direitos sociais.

Apesar dos avanços a saúde atual no cenário neoliberal, as políticas são

mostradas insuficientes, precárias difundindo uma intervenção residual através de

“pacotes básicos”, ou seja, buscam-se entender suas condições de vida,

relacionando-a ao meio social. Dessa forma é preciso partir das necessidades

locais, do perfil epidemiológico da população para se planejar quais os profissionais

seriam de fato da equipe básica e quais deveriam estar em equipes de referência.

Para questionar tal fato a experiência na atenção básica não se limita como

modelo reprodutor das experiências decorrentes desse contesto na atenção básica

sobre os determinantes do processo saúde e doença.

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É interessante notar que nem sempre o volume da próstata corresponde à

gravidade dos sintomas. “Há pacientes próstatas pouco aumentadas, mas com

sintomalogia acentuada e vice-versa”. Sociedade Brasileira de Urologia. Daí a

importância do exame urológico bem feito, incluindo sempre o toque retal.

Saúde é fundamental do ser humano, devendo o Estado prouver às

condições indispensáveis ao seu pleno exercício. (LOAS: 2005; p.168). Devido à

revolução industrial e a excessiva especialização médica, a saúde é priorizada na

atenção curativa que trata da doença já infectada, não havendo um investimento

suficiente para as ações primárias preventivas. Acredita-se que um maior

investimento contribuiria para a diminuição da incidência de câncer da próstata.

Com a crescente procura pela especialidade de urologia do Hospital Geral de

Bonsucesso verificamos a importância da saúde do homem, e neste âmbito as

políticas sociais de atenção a este segmento e sua real efetividade nas ações para a

esta demanda que vem crescendo notoriamente nas instituições de saúde. Dentro

desse contexto a proteção básica tem por objetivo reorganizar os serviços, projetos

e benefícios de acordo com as funções que desempenham o universo de pessoas

que deles necessitam e sua complexidade.

São padrões de serviços para ser difundidos, e assimilados nos eixos de

atuações, dos equipamentos e qualidades, tendo em vista a tradição dos

atendimentos aos indicadores de avaliação e resultados, o que deixou de ser

interesse apenas dos técnicos para assumir uma dimensão política. Dessa forma

não conseguiremos reverter à ênfase da política de saúde, embora essa pressão

constante sobre constituintes do governo na transição democrática.

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Considerando que a constituição teórica e a prática profissão se efetivarão na

medida em que a mesma se vincule, das formas diversas possíveis, aos movimentos

sociais de sua clientela e de articular a sua prática, mesmo institucional, mas

enquanto, classe dominada”. (OZANIRA:2004; p.175).

Portanto, se faz necessário para este estudo a discussão da reforma sanitária

e da implementação do SUS, bem como a Constituição de 88 que possibilitou à

efetivação de direitos e de acesso a saúde por todos e para todos. Temos também

como fonte de estudos a Lei Orgânica de Assistência Social, a Política de Atenção a

Saúde do Homem, sancionada no final do ano de 2008 e as diretrizes presentes no

Palco da Vida.

“Segundo Vasconcelos,” as experiências que contribuem para ampliação e universalização dos direitos têm de conhecer o significado, a qualidade e as conseqüências do que os assistentes sociais realizam no seu conjunto e não apenas as experiências avaliadas como positivas”. (2002; P.6).

2.4-Os idosos são os mais afetados com as doenças no nosso país?

Nesse contexto, pensar em condições digna de vida para os nossos idosos é

enfrentar o desafio de respeitá-los como ex-trabalhadores que são e que ajudaram a

construir a riqueza desse país.

Estudos de Pereira (2002:253-54) comprovam que o ideário neoliberal vem

desmantelando as políticas sociais no Brasil, além disso, os, direitos sociais têm sido

desde os anos 90 contestado por esse mesmo ideário, que preconiza o Estado

mínimo, transferindo para a sociedade civil a responsabilidade de produção de bens

e serviços de consumo coletivo.

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Ao longo do processo de envelhecimento, as capacidades de adaptação do

ser humano vão diminuindo tornando-se cada vez mais sensíveis as restrições ao

funcionamento do idoso que pode ser um obstáculo para a vida. O estatuto, entre

outras coisas, tipifica crimes contra o idoso, proíbe a discriminação nos planos de

saúde pela cobrança de valores, diferenciadas em razão da idade

A questão do envelhecimento se tornou crucial para esta época que vivemos.

Assim, muda o perfil da população no terceiro milênio da história e com isso, mudam

as fases da vida humana cultural, social, política, econômica, ambiental, familiar,

individual, entre outros. (RODRIGUES. www.reflexos.diárias. nom. BR).

O envelhecimento, procedendo a uma reflexão sobre o modo como a

humanidade vem tratando os idosos, esta etapa parece ser a mais difícil de todas,

porque ela vem quando ocorre um distanciamento social, um sentimento de

inutilidade, marca da nossa sociedade.

Nesse modo de vida, através de estudos demonstram-se que os seres

humanos sempre tiveram dificuldades para cuidar bem dos outros, quando a

sobrevivência impunha exigências que acabavam por radicalizar uma seleção, onde

os mais aptos eram favorecidos em detrimento dos doentes e dos velhos.

Embora as propagandas e super informação, sempre há um grupo numeroso de pessoas mais velhas entre nós, carecendo de atenção, cuidados, mais também disponível para outras gerações. Hoje a tecnologia biomédica e a higiene da urbanização, entre outros fatores, oferecem meios para se viver mais. (DEBERT; 1997p. 138).

Cabe ressaltar, a responsabilidade de um esforço conjunto para trabalhar no

sentido de fazer com que aconteçam as condições favoráveis para o envelhecimento

saudável de idosos de todos nós, dos já velhos e dos que se tornarão velhos um dia.

Entretanto a família é apontada por estudiosos do envelhecimento como o

elemento mais mencionado por idosos como importante ao próprio bem-estar pelos

idosos. Importante, mudanças decorrentes da maior participação da mulher no

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mercado de trabalho, da redução do tamanho da família, do surgimento de um novo

papel de gênero e da maior longevidade.

Dentro dessa expectativa o convívio familiar há o respeito, o carinho e as

melhores condições de vida que cada indivíduo idoso necessita. O Estado assumirá

essa responsabilidade quando não houver condições de manter a pessoa de idade

avançada no convívio com a família. (INCA – Ministério da Saúde).

Assim diz o Artº, 3º do título um do Estatuto: ”É obrigação da família, da

comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta

prioridade, a efetivação à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à

cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e a convivência familiar e

comunitária.

A constituição Federal de 1988, conhecida como a constituição cidadã contou

com a participação de significativos de nossa sociedade. Nesse sentido a saúde

com pressuposto de vida digna sempre esteve no palco das relações sociais por

isso é importante as questões e situações vivenciadas na sua maioria idosas

portadores de câncer da próstata.

Esses pacientes me chamaram a atenção por estarem nessa faixa etária,

sendo os mais atingidos por essa enfermidade que vem aumentado as demandas.

Fontes pesquisadas (Bruchal, Ana: p.126). Diz que 50% dos homens com mais de

70 anos e praticamente todos com mais de 90 anos têm câncer da próstata.

Por isso as estratégias de reorientar a assistência á saúde de atenção básica

adotam o paradigma da vigilância da saúde em que algumas questões

comprometem a possibilidade de avanço do SUS. Porém é por intermédio da

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solidariedade entre as gerações, entre profissionais e usuários dos serviços que

podemos garantir o acesso às políticas sociais e poder de decisão.

Ser idoso no Brasil é ser referenciado pela mídia como garoto propaganda, ou

freqüentador de bailes e programas de terceira idade apresentado como segmento

excluído de nossa sociedade. A imagem que se tem da velhice ainda é bastante

negativa nos programas de terceira idade referendados por uma visão negativa ao

idoso pobre, carente, doente e marginalizado pela sociedade.

A experiência de trabalho com idosos, permite afirmar que as políticas para

idoso só serão implementadas se houver mobilização dos profissionais e dos idosos

numa parceria de cidadania participativa.

O envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto e

informação para todos”. Política Nacional do idoso (1996: p.6). Pois, sabemos que é

nessa idade que surge o agravamento das enfermidades, no que se refere ao

câncer da próstata em um determinado momento da vida do homem, as incidências

são mais freqüentes.

Dessa forma, parte também encontrar amparo nos hospitais como

compreensão da atual realidade. O Brasil gasta aproximadamente 22% de tudo o

que investe em saúde no tratamento hospitalar da população idosa, o Estatuto

contempla esta atenção no capítulo IV, onde está assegurada a atenção integral,

bem como políticas de prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde do

idoso.

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3- Histórico da Instituição

3.1-Apresentação da Instituição

O Hospital Geral de Bonsucesso – HGB foi inaugurado em janeiro de 1948,

pelo então presidente da República da época, General Gaspar Dutra. Nesta época

denominava-se Hospital General do Nascimento Vargas, estando subordinado ao

IAPETEC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados em transportes e

Cargas).

A partir da década de 60, com a fusão dos institutos de Previdência, o HGB

passa a fazer parte do então criado INPS (Instituto Nacional de Previdência Social),

que era responsável pela saúde, arrecadação e pagamento dos aposentados.

Em 1975, foram inaugurados os ambulatórios e a emergência (apenas para

atendimento de casos clínicos de 70 até 1989, a Unidade passou a ser gerada pelo

INPS (Instituto Nacional de Assistência médica) e nessa mesma época contou-se

com o início do estudo para viabilizar a implantação do Serviço de Transplante

Renal e da clínica de Cirurgia Cardíaca.

Já mais à frente na década de 90, o Hospital passa a pertencer ao SUS

(Sistema Único de Saúde). Desde então, vários serviços foram implantados e outros

reestruturados como: Transplante Renal e Hepático, Oncologia, Maternidade de Alto

Risco e Hemoterapia.

Á partir de 2000 é implantado os serviços de Ouvidoria, Cirúrgica Torácica e

de Cirurgia reconhecida como microcirurgia. Mas para isso foram reestruturados os

serviços de Oncologia, Clínica Médica B, Anatomia patológica e Farmácia.

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A essa fase atual da Unidade está voltada para a organização da assistência

por níveis de cuidados otimização do uso das instalações e dos recursos do

Hospital, atualização tecnológica, gestão integrada de leitos em todos os níveis de

complexidade e colegiados, que se aproximam serviços afins.

O HGB é o maior da rede pública do Estado do Rio de Janeiro em volume

geral de atendimentos, vinculado ao Ministério da Saúde, em co-gestão com o

Estado e o Município e com orçamento próprio.

.

Esse Hospital é considerado um Hospital de média complexidade com alguns

serviços de alta complexidade e contato atualmente com, aproximadamente, 500

leitos em funcionamento. O serviço de emergência não regulada e serviços de maior

complexidade, como a maternidade nível III, oncologia e transplante hepático e

renal. É também referência na Região Metropolitana e todo o Estado do Rio de

Janeiro para os serviços de Nefrologia e Hepatologia, além da nefrologia e cirurgia

de cabeça e pescoço.

O HGB³ está localizado em Bonsucesso, na confluência de três importantes

vias do Município do Rio de Janeiro (Avenida Brasil, Linha Amarela e Linha

Vermelha). Inseri-se na área programática 3.1 (AP. 3.1), onde existe a maior

concentração de favelas e menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do

Município do Rio de Janeiro.

Sua estrutura física composta por seis prédios. Todos os prédios têm de

quatro a seis andares e apresenta além do térreo, uma grande área de interligação

no subsolo, com execução do prédio 6. A distribuição dos Serviços e setores

apresenta-se da seguinte forma:

Prédio1 – Clínica Médica e Cirúrgica (emergência, internações, imagem).

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Prédio 2 – Unidade Materno Infantil (Centro de atenção à Mulher, à Criança e ao

Adolescente).

Prédio 3- Zeladoria, Almoxarifado, AIH, Serviço de Oncologia (Oncologia Clínica,

Perícia Médica).

Prédio 4 – Direção, Administração, Arquivo Médico, Bancos de Sangue e de

Olhos e Odontologia (Administração).

Prédio 5 - Patologia Clínica, Anatomia Patológica e Centro de Estudos integral à

saúde, oferecendo serviços de qualidade à população, com atendimento

humanizado e multiprofissional, integrado ao SUS, participando da formação e

desenvolvimento de recursos humanos.

3.2 – O Serviço Social na Urologia

O trabalho do Serviço Social oferece a possibilidade de criação, rica que em

qualquer profissão. Pois é pensando nas ações e rotinas no cotidiano dos usuários

que eles apresentam seus problemas.

Desta forma o Serviço Social atua em várias áreas dentro de uma unidade

como o ambulatório, enfermaria, plantão social, enfermaria das mulheres, pediatria e

o trabalho de grupo com outros profissionais. A assistente social da Urologia poderia

ter uma maior atuação para articular ações junto aos profissionais, de maneira mais

efetiva para atuar com equipe sobre determinantes fatores.

A Saúde é fundamental do ser humano, devendo o Estado prouver às

condições indispensáveis ao seu pleno exercício. (LOAS; 2005; P.168). Devido à

revolução industrial e a excessiva especialização médica, a saúde é priorizada na

atenção curativa que trata da doença já infectada, não havendo um investimento

suficiente para as ações primárias preventivas. Acredita-se que um maior

investimento contribuiria para a diminuição da incidência de câncer da próstata.

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Com a crescente procura pela especialidade de Urologia do Hospital Geral de

Bonsucesso verificamos a importância da saúde do homem, e neste âmbito as

políticas sociais de atenção a este segmento e sua real efetividade nas ações para a

demanda que vem crescendo notoriamente nas instituições de saúde.

Dentro desse contexto a proteção básica tem por objetivo reorganizar os

serviços e benefícios de acordo com as funções que desempenham o universo de

pessoas que eles necessitam e sua complexidade.

Para os padrões de serviços serem difundidos, e assimilados nos eixos de

atuação, tem em vista a tradição dos atendimentos, indicadores de avaliações e

resultados, o que deixou de ser interesse apenas dos técnicos para assumir uma

dimensão política. Dessa forma não conseguiremos reverter à ênfase da política de

saúde, embora essa pressão constante sobre constituintes do governo na transição

democrática.

Considerando que a constituição teórica e a prática profissão se efetivarão na medida em que a mesma se vincule, das formas possíveis, aos movimentos sociais de sua clientela e de articular a sua prática, mesmo institucional, mas enquanto classe dominante. (OZANRA:2004 p.175).

É utilizando os autores Vasconcelos e Ozanira, no que se refere à atuação

dos Assistentes Sociais na prática profissional onde o primeiro coloca; ”que

experiências contribuem para ampliação e universalização dos direitos, tendo de

conhecer o significado, a qualidade e as conseqüências do que os assistentes

sociais realizam no seu conjunto e não apenas as experiências avaliadas como

positivas” e o segundo autor que:

A constituição teórica e a prática da profissão se efetivarão na medida em que a mesma se vincule, das formas mais diversas possíveis, aos movimentos sociais de sua clientela e de articular a sua prática, mesmo

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institucional, às formas possíveis de ação junto à clientela não só enquanto, classe dominada” (BRAVO:2004; p.175).

METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Bonsucesso, através dos

pacientes acompanhados no ambulatório antecedendo a consulta médica, ou seja,

no período de espera que antecede a consulta. Foram entrevistados 10(dez)

homens, entre 50 a 80 anos, como amostragem.

O Público alvo foram os pacientes atendidos e acompanhados no ambulatório

de Urologia, onde foi feita toda a pesquisa, através de fichas sociais, análise,

levantamento de dados através do Serviço Social sobre o perfil dos usuários

atendidos no ambulatório.

O presente projeto foi desenvolvido através da abordagem quantitativa e

qualitativa, e levantamento de dados, com perguntas abertas, fechadas e

estruturada.

A base teórica foi materialismo histórico utilizamos autora BRAVO (2006) e

VASCONCELLOS (2001), entre outros autores que tratem da questão da saúde e

articulação do Serviço Social. Com base no materialismo dialético histórico.

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3.3 – Resultados do Trabalho de Campo e Análise:

A pesquisa foi realizada no Hospital Geral de Bonsucesso, através dos

usuários acompanhados no ambulatório enquanto aguardavam à consulta médica.

Foram entrevistados 10 (dez) homens, entre 50 a 80 anos.(Vide Anexo II – Termo de

Consentimento).

A escolha por esse público com este diagnóstico em especial (câncer de

próstata), se deu pelo fato de ser esta a patologia mais presente nos homens na

Urologia do HGB.

1º Gráfico - Sexo

Sexo Masculino Feminino

Todos os pacientes são do sexo masculino, objeto de estudo deste trabalho.

2º Gráfico - Idade

IDADE 50 A 60 2 61 A 70 4 71 A 80 3 81 E MAIS ANOS 1

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Ao analisar as idades dos pacientes com câncer da próstata, foi constatado que a incidência é mais visível na faixa etária entre 61 a 70 anos ou mais. Portanto é necessário os métodos e diagnósticos para a melhoria na qualidade dos sistemas de informações. Segundo (Inca). 3º Gráfico – MUNICIPIO DE ORIGEM

Nos Municípios de origem, 50% dos pacientes são da cidade do Rio de janeiro, ficando os restantes, assim distribuídos: 30% são residentes na Baixada Fluminense e 20% Região dos Lagos. 4º Gráfico – Escolaridade

Escolaridade E.Funamental 3 E.Médio 5 Anafabeto 0 Assina o Nome 1 Superior 0 .

Apesar de a maioria serem pacientes com nível médio, possuem pouco esclarecimentos acerca da doença.

MUNICIPIOS DE ORIGEM RIO DE JANEIRO 5 BAIXADA 3 METROPOLITANA 1 R. SERRANA 0 R. LAGOS 1

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5º Gráfico – Diagnóstico

Foi percebido que nos usuários entrevistados, que 50% não são portadores de

câncer da próstata, mas fazem o acompanhamento de prevenção. Os outros

50% tem câncer de próstata em estado avançado. Os dados apontam que esses

fatores são de grande importância, pois à incidência e a mortalidade aumentam

exponencialmente conforme o avanço da idade. (Associação Brasileira de

Urologia: 2006).

6º-Gráfico – Acompanhamento médico

Com relação ao acompanhamento médico, percebe-se que os pacientes

comparecem no ambulatório em busca da prevenção e tratamento da doença. O

DIAGNOSTICO NÃO É PORTADOR DE CANCERDE PROSTATA

5

É PORTADOR DE CANCER DE PROSTATA

5

ACOMPANHAMENTO MÉDICO ROTINA (PREVENTIVO) 5 TRATAMENTO DA DOENÇA JÁ INSTALADA 5

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Ministério da Saúde poderia investir em recursos para a conscientização e

importância da prevenção.

7º Gráfico – Encaminhado por outras Instituições

Esses pacientes vieram através de outras Unidades, encaminhados para a especialidade de Urologia.

8º - Gráfico – Tempo de Acompanhamento na Urologia

O número de acompanhamento desses pacientes poderia ser melhor.

ENCAMINHADO POR OUTRAS UNIDADES DE SAÚDE SIM 8 NÃO 2

TEMPO DE ACOMPANHAMENTO NA CLINICA DE UROLOGIA MENOS DE 1 ANO 2 ANOS 3 ANOS 4 ANOS E MAIS PRIMEIRA VEZ

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Ao fazer as análises dos dados dos pacientes da Urologia, pude perceber que

esses usuários apresentaram dificuldades para conseguir atendimento na

especialidade de Urologia. Não havendo uma continuidade nos postos de saúde

para uma prevenção na Saúde do homem. O que confirma a precariedade em

serviços de atenção ao homem.

[...] “A sexualidade humana implica, de maneira inevitável, a coordenação de

uma atividade mental com uma atividade corporal, aprendidas ambas através da

cultura.” (Michel Bozon: 2004; p.19 a 20). A essa questão em pauta destaca-se o

cuidado desses pacientes que não têm como saber e esclarecer sobre a prevenção.

É importante que o Ministério da Saúde abra mais espaço e dedicação para uma

programação direcionada para os homens, ou como sugestões divulguem cartilhas,

informações onde encontrar a atenção primária.

Dessa forma poderia diminuir as demandas nas emergências de alta

complexidade, e os gastos poderiam diminuir, pois com o agravamento das

enfermidades os problemas tendem aumentarem. Assim podemos colocar as falas

desses homens, que foram entrevistados.

“... Eu descobri a doença no Hospital Geral de Bonsucesso, foi através do

cardiologista que me encaminhou para o Urologista. A filha completa: meu pai

estava em tratamento no Hospital da Lagoa, mais não foi falado da presença de

tumor pelos exames, que foram feitos. Meu pai reclamava o tamanho do testículo

que estava sempre com o volume aumentado e incomodava. Por várias vezes ele

reclamava foi através do Hospital HGB que os médicos ao realizarem o exame

disseram que o diagnóstico era o câncer da próstata que já estava em estado

avançado.

A idade desse paciente é (62 anos), esse paciente está acamado, diz que tem

dificuldades de trazê-lo à unidade hospitalar para a troca da sonda.

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Sobre as análises podemos compreender e refletir e ter uma maior

compreensão sobre a Saúde do Homem e as necessidades que encontram para

obter um tratamento com dignidade.

O paciente relata a sua problemática: “Eu tenho 51 (anos), moro no mesmo

terreno com meus familiares, pois sou solteiro, faço prevenção porque meu irmão

teve câncer da próstata e os meus colegas fazem piadas dizendo: “Quem gosta de

levar dedada, quando leva passa a gostar. E quando gosta fica querendo mais.”

Perguntei outro paciente se ele sabia sobre o seu diagnóstico, ele logo

respondeu. ”Eu descobri que estava com câncer da próstata, mas em estado

avançado, eu tenho 84 (anos), e fui encaminhado de outra unidade hospitalar, a

Cruz Vermelha para esse Hospital.Não encontrei atendimento lá é por isso me

encaminharam.

Percebe-se que a origem dessas falas contribui para confirmar as

necessidades das políticas que envolvem o homem serem humano de nossa

sociedade.

O paciente de 70(anos) foi entrevistado e estava contente com a entrevista.

“Percebi a doença quando parei de urinar, passei muito mal e fui levado para a

emergência, depois de atendido fui encaminhado para o tratamento no ambulatório.

Meu diagnóstico é o câncer da próstata. Só que para conseguir marcar uma consulta

é muito difícil e como é que fica. Doente sem tratamento? Até que consegui marcar

a consulta e mesmo doente pela enfermidade é difícil tratar da doença.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

”A opção pelo tema intitulado, ‘O Perfil dos pacientes portadores de câncer da

próstata, Atendidos no Ambulatório de Urologia do Hospital Geral de Bonsucesso”,

me levaram a refletir sobre a saúde do homem em especial ao diagnóstico, que vem

atingindo aos homens com idade avançada. Não é necessário ser idoso, mas é

nessa faixa etária que vem ocorrendo o maior número de incidências em razão da

falta de prevenção ou mesmo pela cultura presente.

Essa pesquisa de sua relevância nos revela a falta de políticas voltada para

esse público masculino que em dado momento não sabiam expressar suas

fragilidades.

A essa problemática não basta falar em prevenção, é preciso ir além, pois

essa doença é preocupante a essa situação vulnerável dos pacientes que por muitas

vezes levam ao óbito.

Portanto as condições em que esses usuários passam, tem sido a perda de

valores presente na história do homem, bem como sua capacidade sem deixar de

mencionar os transtornos dos seus familiares e também o lado emocional

enfraquecido por essa enfermidade.

De fato não se pode deixar de expor a vulnerabilidade desses pacientes que

buscam atendimento e muitas vezes não conseguem. Mas se a maioria tivesse

condições de pagar por uma consulta particular certamente as instituições não

estariam voltadas essa realidade que sobrecarrega as instituições públicas.

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Foi pensando nessa demanda, através de estudos pude questionar e avaliar

essa situação gritante diante as responsabilidades do poder público, a saúde para a

classe menos favorecidas significa ser cruel dos direitos e oportunidade que não é

não é cumprida.

Ao longo de várias décadas Ao os nossos governantes se negaram a olhar

para o próprio homem (quer dizer para si), o Homem trás o mito a cultura e o

machismo presente, pois se sabe que no atual momento é investir, viabilizar

informações e na qualidade de atendimento entre outros equipamentos que podem

agilizar o diagnóstico com precisão.

As instituições têm estruturas precárias para abarcar as demandas, pois os

atendimentos deveriam ser no posto de saúde para se ter uma prevenção

continuado, onde os pacientes pudessem se sentir mais seguros, porque eles já

chegam ao ambulatório apreensivo e inseguro devido às situações que enfrentaram.

O meu envolvimento com os pacientes homens foi conquistado pela vivência

do cotidiano presente como estagiária da Urologia, percebi o sofrimento e presenciei

a dor da fragilidade humana. Devido a essa experiência que contribuiu e me

impulsionou a escrever sobre o assunto e a valorizar o sentimento do homem.

A dimensão desse foco é muito importante, pois nos revela o que é o câncer

da próstata, e o que ele causa. Nesse sentido podemos nos fortalecer, para um

atendimento com excelência e eficaz.

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ANEXOS

PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE UROLOGIA DO HGB. IDENTIFICAÇÃO: Idade: ---------------- sexo: ----------- Endereço --------------------------------- ------- Escolaridade--------------------------------------------------------------------------------- Diagnóstico: --------------------------------------------------------------------------------- Há quanto tempo está com a doença?--------------------------------------------------- No seu Município tem atendimento de Urologia em Instituição de Saúde? Sim ( ) Não ( ) Em Caso Positivo Aonde?----------------------------------------------------------------- Negativo, Por quê? ------------------------------------------------------------------------- Não existe a especialidade? ( ) SIM ( )Não Não conseguiu marcação de consulta?--------------------------------------------------- Diagnosticada? No início ou avançada? ------------------------------------------------- Faz acompanhamento no HGB? ( ) Sim ( )Não Desde quando ?------------------------------------------------------------------------------ Por quê? ------------------------------------------------------------------------------------- Quando começou o tratamento na Urologia? Já esteve internado? ( ) Sim ( ) Não Quanto tempo? ----------------------------------------------------------------------------- Já fez atendimento em outro Hospital: ( ) Sim ( ) Não Qual?----------------------------------------------------------------------------------------- FAMÍLIA: Casado ( ) Solteiro ( ) Viúvo ( ) Tem Companheira ( ) Tem Filhos? ( ) Sim ( ) Não Quantos? -------------------------------------------- Tem apoio da Família. ( ) Sim ( ) Não Sua família o acompanha na consulta médica? ----------------------------------------

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COMPOSIÇÃO FAMILIAR INICIAIS IDADE PARENTESC Tem condições de comprar os medicamentos: ( ) Sim ( ) Não Qual o motivo? -------------------------------------------------------------------------- Possui outras Doenças? ( ) Sim ( ) Não Quais? ------------------------------------------------------------------------------------ TRABALHO/PREVIDÊNCIA Em Atividade: ( ) Sim ( ) Não ( ) Carteira Assinada ( ) Autônomo ( )Aposentado ( ) Outros. Qual? ---------------------------------------------------------------------- Recebe algum Benefício Assistencial? ( ) Sim ( ) Não ( ) BPC ( ) Bolsa família ( ) outros Contribui para a Previdência? ( ) Sim ( ) Não Renda: 1 sal ( ) 2 a 3 sal ( ) 4 a 5 sal ( ) 6 a 7 sal ( ) Tem Vale Social? ( ) Sim ( ) Não Qual?------------------------------------- Situação Habitacional: Condições de moradia: ( ) própria ( )alugada ( ) cedido ( )invasão ( ) outros.

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A Casa Possui: ( ) Sala ( ) Quarto ( ) Cozinha ( ) Banheiro O Banheiro da Casa Fica: Dentro de Casa ( ) Fora de Casa ( ) Possui Saneamento Básico? ( ) Sim ( ) Não Água encanada? ( ) Sim ( ) Não Tem esgoto? ( ) Sim ( ) N ão OBS: -----------------------------------------------------------------------------------

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Eu, -----------------------------------------------, R.G:------------------------, declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado(a) na pesquisa de campo referente ao projeto intitulado “O PERFIL DOS PACIENTES COM CÃNCER ATENDIDOS NA UROLOGIA DO HOSPITAL GERAL DE BONSUCESSO” desenvolvida no Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM). Fui informado (a), ainda, de que a pesquisa é coordenada por Maria Mirian Rosendo Ribeiro aluno/a da graduação, matrícula nº05202726a quem poderei consultar a qualquer momento que julgar necessário através do informado (a) ainda, de que a pesquisa conta com a supervisão da Professora Marilda Nascimento quem poderei consultar a qualquer momento que julgar necessário Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui informado (a) dos objetivos estritamente acadêmicos do estudo, que, em linhas gerais é Identificar o perfil dos pacientes da Urologia. Fui também esclarecido (a) de que os usos das informações por mim oferecidas estão submetidos às normas éticas destinadas à pesquisa envolvendo seres humanos, da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde. Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de entrevista a partir da assinatura desta autorização. O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas pelo(a) pesquisador(a) e/ou seu(s) orientador(es)/ coordenador(es). Estou ciente de que, caso eu tenha dúvida ou me sinta prejudicado (a), poderei contatar o(a) pesquisador(a) responsável [ou seus orientadores], ou ainda a Coordenação do curso de Serviço Social, situada na Av. Paris, 72, Bonsucesso, Rio de Janeiro (RJ), CEP21041-020, telefone (x-21) 38829707, email [email protected]. A pesquisadora principal da pesquisa me ofertou uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, conforme recomendações da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Fui ainda informado (a) de que posso me retirar dessa pesquisa a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento institucional e sem sofrer quaisquer sanções ou constrangimentos. Rio de Janeiro, ____ de _________________ de _____ Assinatura do (a) participante: ______________________________ Assinatura do (a) pesquisador (a):____________________________