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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV | WYDEN CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - CPPA MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL - MPGE Luiz Augusto Amorim Silva Filho GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES EM MÍDIAS SOCIAIS: O SAC DA ERA DIGITAL COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE RECLAMAÇÕES eWOM (BOCA A BOCA ELETRÔNICA). Recife, 2018

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV | WYDEN

CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO - CPPA

MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL - MPGE

Luiz Augusto Amorim Silva Filho

GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES EM MÍDIAS SOCIAIS:

O SAC DA ERA DIGITAL COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE

RECLAMAÇÕES eWOM (BOCA A BOCA ELETRÔNICA).

Recife, 2018

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Luiz Augusto Amorim Silva Filho

GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES EM MÍDIAS SOCIAIS:

O SAC DA ERA DIGITAL COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE

RECLAMAÇÕES eWOM (BOCA A BOCA ELETRÔNICA).

Dissertação apresentada ao Programa de

Mestrado Profissional em Gestão Empresarial

do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em

Administração da Faculdade Boa Viagem –

Wyden, como requisito parcial à obtenção do

grau de Mestre em Administração.

Orientador: Prof. Marcus Augusto Vasconcelos

Araújo, Ph.D.

Recife, 2018

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Catalogação na fonte -

Biblioteca do Centro Universitário UniFBV | Wyden, Recife/PE

S586g Silva Filho, Luiz Augusto Amorim.

Gerenciamento de reclamações em mídias sociais: o SAC da era

digital como ferramenta de controle de reclamações eWOM (boca

a boca eletrônica) / Luiz Augusto Amorim Silva Filho. – Recife :

UniFBV | Wyden, 2018.

116 f. : il.

Orientador(a): Marcus Augusto Vasconcelos Araújo.

Dissertação (Mestrado) Gestão Empresarial -- Centro

Universitário UniFBV | Wyden.

1. Serviço de atendimento ao consumidor (SAC). 2. Marketing

boca a boca eletrônico (eWOM). 3. Modelo de aceitação à

tecnologia (TAM). 4. Gerenciamento de reclamações. 5.

Recuperação de serviços. 6. Satisfação. 7. Lealdade. 8. Redes

sociais. I. Título. DISS 658[18.2]

Ficha catalográfica elaborada pelo setor de processamento técnico da Biblioteca.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV – WYDEN

MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL - MPGE

CLASSIFICAÇÃO DE ACESSO A DISSERTAÇÕES

Considerando a natureza das informações e compromissos assumidos com suas

fontes, o acesso à dissertação do Mestrado Profissional em Gestão Empresarial do

Centro Universitário UniFBV é definido em três graus:

• Grau 1: livre (sem prejuízo das referências ordinárias em citações diretas e

indiretas);

• Grau 2: com vedação a cópias, no todo ou em parte, sendo, em conseqüência,

restrita a consulta em ambientes de bibliotecas com saída controlada;

• Grau 3: apenas com autorização expressa do autor, por escrito, devendo, por

isso, o texto, se confiado a bibliotecas que assegurem a restrição, ser mantido

em local sob chave ou custódia;

A classificação desta dissertação se encontra, abaixo, definida por seu autor.

Solicita-se aos depositários e usuários sua fiel observância, afim de que se preservem

as condições éticas e operacionais da pesquisa científica na área de administração.

Título da Dissertação: “GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES EM MÍDIAS

SOCIAIS: O SAC DA ERA DIGITAL COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE

RECLAMAÇÕES eWOM (BOCA A BOCA ELETRÔNICA)”

Nome do(a) autor(a): LUIZ AUGUSTO AMORIM SILVA FILHO

Data da Aprovação: 10 DE SETEMBRO DE 2018

Classificação conforme especificação acima:

Grau 1

Grau 2

Grau 3

Recife, 08 de fevereiro de 2019

____________________________

Luiz Augusto Amorim Silva Filho

X

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV | WYDEN

Curso de Mestrado Profissional em Gestão Empresarial - MPGE

GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES EM MÍDIAS SOCIAIS: O SAC DA

ERA DIGITAL COMO FERRAMENTA DE CONTROLE DE RECLAMAÇÕES

EWOM (BOCA A BOCA ELETRÔNICA).

LUIZ AUGUSTO AMORIM SILVA FILHO

Dissertação submetida ao corpo docente do

Mestrado Profissional em Gestão Empresarial (MPGE) do

Centro Universitário (UNIFBV) e aprovada em 10 setembro de 2018

Banca Examinadora:

Marcus Augusto Vasconcelos Araújo, Doutor (Orientador – UNIFBV)

Cristiane Salomé Ribeiro Costa, Doutora (Examinadora Externa – UFPE)

Amanda Aires Vieira, Doutora (Examinadora Interna — UNIFBV)

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a minha esposa Karinne, porque mesmo enquanto cursava medicina e tendo

que vivenciar uma gravidez e o nascimento do nosso filho Theo, jamais deixou de me incentivar e

sempre esteve ao meu lado nesta jornada.

Agradeço aos meus pais Luiz Augusto e Palmira Amorim, pelo exemplo de honestidade, pelo amor,

dedicação e doação que tiveram durante toda a vida para a minha formação.

Agradeço aos colegas do mestrado que compartilharam sabedorias e apoio. Ao meu orientador Marcus

Araújo, pelo equilíbrio, objetividade e precisão.

Terminar um mestrado não é algo que se consegue fazer sozinho. É preciso muita contribuição das

pessoas de nosso convívio, da família, dos amigos e dos colegas de trabalho. Durante esse tempo eu

abdiquei de muitas coisas e estas pessoas souberam entender, incentivar e suportar a minha ausência.

Todos estes têm o meu respeito e a minha gratidão.

Meu agradecimento especial para aquele que me dá a vida, a paz e a saúde. Que me dá oportunidades e

me abre caminhos. Que me deu as condições que eu precisei para concluir esta etapa. Obrigado.

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“Se, a princípio, a ideia não é absurda, então não há esperança para ela.”

Albert Einstein

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RESUMO

Este trabalho objetiva-se a encontrar as características determinantes do serviço de atendimento ao

consumidor, suas associações com o perfil de aceitação à tecnologia das pessoas que reclamam de

serviços ou produtos e o que os influencia a expor as reclamações nas redes sociais sob o formato de

boca a boca eletrônico (eWOM). Para tanto foi realizada uma pesquisa quantitativa, utilizando

questionários já validados pela literatura, para avaliar construtos sobre gerenciamento de reclamações e

suas relações com a propensão à realização de eWOM. Para enriquecer a análise, utilizou-se o Modelo

de Aceitação de Tecnologia (TAM) para mensurar e classificar a influência do perfil TAM em relação

à Satisfação, Lealdade e propagação de eWOM. Os construtos utilizados foram Percepções de Justiça

(composto por Justiça Processual; Justiça Distributiva; Justiça Interpessoal); Marketing eWOM;

Modelo TAM (composto por Utilidade percebida; Atitude; Intenção de uso); Satisfação com o

gerenciamento da reclamação e Lealdade do consumidor. A pesquisa foi realizada com 435

respondentes, dos quais apenas 271 fizeram alguma reclamação nos últimos 12 meses. De acordo com

as análises da amostra, dos 271 reclamantes, 91 fizeram algum tipo de divulgação boca a boca eletrônica

(eWOM) e 180 não fizeram qualquer tipo de eWOM. Para analisar e validar os dados foram utilizadas

as análises de componentes principais (Principal Component Analysis - PCA), análise por mínimos

quadrados parciais conjugado com uma análise discriminante (Partial Least Squares – Discriminant

Analysis – PLS-DA), análise de consistência interna por Alfa de Cronbach e validação cruzada através

de análise de variância dos grupos (CV-ANOVA). Finalmente, as variáveis de importância foram

utilizadas em um modelo de Regressão Logística para se determinar a associação e a chance de pertencer

ao grupo realizador de “eWOM”. O resultado aponta algumas relações significativas entre os construtos

de Satisfação, Lealdade, do perfil TAM e realização de eWOM. A análise ressalta que o aumento da

Satisfação com o gerenciamento da reclamação diminui a probabilidade de realização de eWOM, que

as chances de realizar eWOM são 3 vezes maiores quando o cliente está insatisfeito (eWOM negativo)

e 2 vezes maiores caso o cliente possua alta aceitação à tecnologia (perfil TAM alto). A amostra

probabilística rende mais informações sobre quantos e quais perfis de consumidores detém tendência

natural de fazer eWOM e se há relação com o tipo de empresa ou o meio escolhido para reclamar. Por

fim o entendimento subsequente destes perfis é recomendado como desmembramento desta pesquisa.

Palavras-chave: Serviço de atendimento ao consumidor (SAC), marketing boca a boca eletrônico

(eWOM), modelo de aceitação à tecnologia (TAM), gerenciamento de reclamações, recuperação de

serviços, satisfação, lealdade, redes sociais.

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ABSTRACT

This work aims to find the determining characteristics of the customer service, its associations with the

technology acceptance profile of people who complain about services or products and what influences

them to expose complaints in social networks in the format of electronic mouth-to-mouth (eWOM). For

this, a quantitative research was carried out using questionnaires already validated by the literature, to

evaluate constructs about the management of complaints and their relation with the propensity to

perform eWOM. In order to enrich the analysis, the Technology Acceptance Model (TAM) was used

to measure and classify the influence of the TAM profile in relation to the Satisfaction, Loyalty and

propagation of eWOM. The constructs used were Perceptions of Justice (composed of Procedural

Justice, Distributive Justice, Interpersonal Justice); EWOM Marketing; Model TAM (composed of

Perceived utility; Attitude; Intention to use); Satisfaction with complaint management and consumer

loyalty. The survey was conducted with 435 respondents, of whom only 271 made any complaints in

the last 12 months. Of these 271 claimants, 91 made some kind of electronic word of mouth (eWOM)

and 180 did not do any kind of eWOM. In order to analyze and validate the data, we used Principal

Component Analysis (PCA), Partial Least Squares (PLS-DA) analysis, Alfa internal consistency

analysis of Cronbach and cross-validation through analysis of variance of the groups (CV-ANOVA).

Finally, the importance variables were used in a Logistic Regression model to determine the association

and the chance to belong to the "eWOM" group. The result points out some significant relationships

between the Satisfaction, Loyalty, TAM profile and eWOM constructs. The analysis points out that the

increase in satisfaction with complaints management decreases the probability of eWOM, that the

chances of doing eWOM are 3 times higher when the customer is dissatisfied (eWOM negative) and 2

times higher if the client has high acceptance technology (high TAM profile). Conclusions and results

do not stop there, since a probabilistic sample yields more information on how many and which

consumer profiles has a natural tendency to make eWOM and whether there is any relationship to the

type of company or the means chosen to complain. Finally, the subsequent understanding of these

profiles is recommended as a breakdown of this research.

Key words: Consumer service (SAC), electronic word of mouth (eWOM), technology acceptance

model (TAM), complaint management, service recovery, satisfaction, loyalty, social networks.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Framework para Examinar as Relações da Gestão de Reclamações ...................... 28

Figura 2 - Proporção de clientes, leitores, respondidos nas mídias sociais nos EUA ............. 34

Figura 3 - Relações do modelo teórico testado ....................................................................... 42

Figura 4 - Desenho metodológico da pesquisa ....................................................................... 46

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Busca de artigos nas plataformas científicas ......................................................... 20

Tabela 2 - Fatores relevantes na gestão de reclamações ......................................................... 27

Tabela 3 - Fatores relevantes na gestão de reclamações nas redes sociais ............................. 33

Tabela 4 - Relação das questões, escalas e referências ........................................................... 49

Tabela 5 - Relação das medianas dos construtos e das variáveis do estudo ........................... 52

Tabela 6 - Homogeneidade das variáveis ................................................................................ 61

Tabela 7 - Distribuição das cargas fatoriais através dos fatores criados na predição da realização

de eWOM ................................................................................................................................. 63

Tabela 8 - Análise de consistência interna do modelo através do Alfa de Cronbach ............. 70

Tabela 9 - Análise de consistência interna dos construtos isolados através do Alfa de Cronbach

.................................................................................................................................................. 71

Tabela 10 - Variáveis totais de construtos na Regressão Logística de predição na realização de

eWOM após 11 iterações ........................................................................................................ 72

Tabela 11 - Variáveis totais de construtos com TAM na Regressão Logística de predição na

realização de eWOM após 9 iterações .................................................................................... 73

Tabela 12 - Variáveis totais de construtos na Regressão Logística de predição na não realização

de eWOM após 11 iterações ................................................................................................. 73

Tabela 13 - Variáveis totais de construtos com TAM na Regressão Logística de predição na não

realização de eWOM após 9 iterações ..................................................................................... 74

Tabela 14 - Variáveis dicotômicas na Regressão Logística de predição na realização de eWOM

após 10 iterações ..................................................................................................................... 74

Tabela 15 - Variáveis na equação do modelo de Regressão Logística na predição da realização

de eWOM Negativo (EwN.d) após 6 iterações ....................................................................... 80

Tabela 16 - Variáveis na equação do modelo de Regressão Logística na predição da não

realização de eWOM Negativo (EwN.d) após 6 iterações ...................................................... 81

Tabela 17 - Variáveis na equação Regressão Logística para Formas de Contato com a Empresa

na predição da não realização de eWOM após 4 iterações ................................................. 85

Tabela 18 - Valores de -2LL, e pseudo R2 das Regressões Logísticas nos construtos isolados

na predição da realização de eWOM ...................................................................................... 85

Tabela 19 - Valores dos testes de Hosmer e Lemeshow das Regressões Logísticas nos construtos

isolados na predição da realização de eWOM ....................................................................... 86

Tabela 20 - Variáveis na equação das Regressões Logísticas nos construtos isolados na predição

da realização de eWOM ........................................................................................................... 86

Tabela 21 - Hipóteses testadas ................................................................................................ 87

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Ranking do IBRC – Top 10 empresas versus atendimento no Facebook ............ 35

Quadro 2 - Canais disponibilizados pelos SACs das empresas estudadas .............................. 36

Quadro 3 - Hipóteses e Referências ........................................................................................ 40

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Gênero .................. 58

Gráfico 2 - Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Idade ..................... 58

Gráfico 3 - Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Renda familiar ...... 59

Gráfico 4 - Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Grau de estudo ...... 59

Gráfico 5 - Proporções da amostra de reclamantes que efetuaram eWOM (sim/não) ............ 60

Gráfico 6 - Cargas fatoriais da Análise de Componentes Principais ...................................... 62

Gráfico 7 - Gráfico de escores (Score Plot) ............................................................................ 63

Gráfico 8 - Gráfico de cargas (Loading Plot) .......................................................................... 65

Gráfico 9 - Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot) ............................................. 65

Gráfico 10 - Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot) ........................................... 66

Gráfico 11 - Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot) ........................................... 66

Gráfico 12 - Gráfico de contribuição das variáveis (Variable Contribution Plot) .................. 67

Gráfico 12b - Detalhamento do Gráfico de contribuição das variáveis dos Construtos Totais

Variable Contribution Plot) ................................................................................................... 67

Gráfico 13 - Gráfico de escores (Score Plot) .......................................................................... 68

Gráfico 14 - Gráfico de cargas (Loading Plot) ........................................................................ 69

Gráfico 15 - Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot) ........................................... 69

Gráfico 16 - Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot) ........................................... 69

Gráfico 17 - Gráfico de barras de Gênero em relação à realização de eWOM ....................... 75

Gráfico 18 - Gráfico de barras de Idade em relação à realização de eWOM .......................... 75

Gráfico 19 - Gráfico de barras de Renda em relação à realização de eWOM ........................ 76

Gráfico 20 - Gráfico de barras de Escolaridade em relação à realização de eWOM .............. 76

Gráfico 21 - Gráfico de Preferência SAC ou WOM ............................................................... 77

Gráfico 22 - Gráfico de Avaliação de eWOM .......................................................................... 78

Gráfico 23 - Gráfico de Avaliação de eWOM Negativo ......................................................... 78

Gráfico 24 - Gráfico de Avaliação de eWOM Positivo .......................................................... 79

Gráfico 25 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Intenção de Uso (TAM) .... 81

Gráfico 26 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Util. Percebida (TAM) ...... 82

Gráfico 27 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Atitude (TAM) .................. 82

Gráfico 28 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Construto TAM ................. 83

Gráfico 29 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Satisfação .......................... 83

Gráfico 30 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Lealdade ............................ 84

Gráfico 31 - Gráfico frequência realizadores eWOM negativo - Renda ................................ 84

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVI Assistente virtual inteligente

CRM Customer relationship management

eWOM Eletronic Word-of-Mouth (divulgação boca a boca eletrônica)

IBM International Business Machines

IBRC O Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente

IM Instant Messaging

JD Justiça Distributiva (Percepção de justiças)

JI Justiça interpessoal (Percepção de justiças)

JP Justiça Processual (Percepção de justiças)

LEAL Lealdade do cliente

MBA Master in Business Administration

PC Credibilidade percebida

PCA Principal Component Analysis (Análise de componentes principais)

PEOU Facilidade de uso percebida

PLS-DA Partial Least Squares – Discriminant Analysis

PU Utilidade percebida

RS Redes Sociais

RSO Redes Sociais On-line

RSS Really Simple Syndication

SAC Serviços de Atendimento ao Cliente

SAC-Social Serviço de Atendimento ao consumidor nas redes sociais

SAT Satisfação de cliente

SLA Service Level Agreement

SM Social Media (Redes Sociais)

TAM Tecnology Aceptance Model (Modelo de Aceitação de Tecnologia)

TAT Atitude (modelo TAM)

TDIC Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação

TIU Intenção de Uso (modelo TAM)

TUP Utilidade Percebida (modelo TAM)

TUP Utilidade Percebida (modelo TAM)

UGC User-Generated Content

WOM Word-of-Mouth (divulgação boca a boca)

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 16

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 16

1.2 OBJETIVOS ......................................................................................................................................... 18

1.2.1 Objetivo geral ..................................................................................................................................... 18

1.2.2 Objetivos específicos ......................................................................................................................... 18

1.3 JUSTIFICATIVAS ............................................................................................................................... 19

1.3.1 Justificativa teórica ............................................................................................................................. 19

1.3.2 Justificativa prática ............................................................................................................................. 20

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................ 22

2.1 SATISFAÇÃO COM O GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES......................................... 22

2.1.1 Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC ............................................................................. 22

2.1.2 A Recuperação de Serviços ............................................................................................................... 24

2.2 PERCEPÇÕES DE JUSTIÇA E FATORES RELEVANTES DA GESTÃO DE

RECLAMAÇÕES ...................................................................................................................................... 26

2.2.1 Fatores relevantes da gestão de reclamações ................................................................................... 26

2.2.2 Percepções de Justiça e o modelo de TAX ...................................................................................... 27

2.3 MARKETING BOCA A BOCA ELETRÔNICO (EWOM)........................................................... 29

2.3.1 Marketing boca a boca - WOM ........................................................................................................ 29

2.3.2 Redes Sociais e eWOM ..................................................................................................................... 30

2.4 GESTÃO DE RECLAMAÇÕES NAS REDES SOCIAIS ............................................................. 32

2.5 O MODELO DE ACEITAÇÃO TECNOLÓGICA – TAM ........................................................... 36

2.6 HIPÓTESES E MODELO TEÓRICO PROPOSTO ........................................................................ 38

2.6.1 Hipóteses ............................................................................................................................................ 38

2.6.2 Modelo teórico ................................................................................................................................... 42

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ......................................................................................... 43

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA ................................................................................................. 43

3.1.1 Quanto à natureza e objetivo ............................................................................................................. 43

3.1.2 Quanto aos procedimentos técnicos utilizados ................................................................................ 44

3.1.3 Quanto à abordagem do problema .................................................................................................... 45

3.1.4 Variáveis pesquisadas ........................................................................................................................ 45

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA ............................................................................................................ 46

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3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .................................................................................. 47

3.3.1 Coleta de dados .................................................................................................................................. 51

3.4 MÉTODOS DE ANÁLISE ................................................................................................................. 52

3.4.1 Análise fatorial exploratória .............................................................................................................. 53

3.4.2 Análise de Variância Cruzada (CV-ANOVA) ................................................................................ 54

3.4.3 Análise de regressão logística ........................................................................................................... 55

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................................... 57

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA E VARIÁVEIS .......................................................... 57

4.2 DEFINIÇÃO DO GRUPO DE ESTUDO: REALIZADORES DE EWOM ................................. 60

4.3 ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA E ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS –

PCA .............................................................................................................................................................. 62

4.3 VALIDAÇÃO E CONFIABILIDADE DO MODELO ................................................................... 70

4.4 REGRESSÃO LOGÍSTICA DO MODELO..................................................................................... 71

4.4.1 Regressão Logística do modelo de construtos totais para a realização de eWOM. ...................... 72

4.4.2 Regressão Logística do Modelo com as variáveis dicotômicas para a realização de eWOM. ..... 74

4.4.3 Análise descritiva e de associação (χ2) dos realizadores de eWOM. ............................................. 74

4.4.4 Regressão Logística para realização de eWOM do tipo negativo (EwN.d). ................................. 79

4.4.5 Análise descritiva e de associação (χ2) do perfil realizador de eWOM negativo. ......................... 81

4.4.6 Regressão Logística das Formas de Contato com a Empresa para a não realização de eWOM.. 85

4.4.7 Regressões de controle individual de cada Construto na predição de realização de eWOM. ...... 85

4.4.8 Interpretações das regressões realizadas e hipóteses estudadas. ..................................................... 86

5 CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 88

5.1 Sobre o primeiro Objetivo Específico: Levantar na literatura, construtos que representam as

características do atendimento ao consumidor (SAC) e a associação destes construtos com a

propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM). ........................................................................... 88

5.2 Sobre o segundo Objetivo Específico: Levantar a associação ou efeito entre o tipo de atendimento

do SAC (atendimento pessoal, por e-mail, por chat, por telefone, pelas redes sociais, etc.) e a

propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM). ........................................................................... 88

5.3 Sobre o terceiro Objetivo Específico e confirmação das hipóteses: Levantar o perfil dos clientes

reclamantes quanto à aversão ou propensão à tecnologia (TAM) e sua associação à propagação de

boca a boca nas redes sociais (eWOM). .................................................................................................... 88

5.4 Limitações do trabalho.......................................................................................................................... 91

5.5 Sugestões para pesquisas futuras ......................................................................................................... 92

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REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 93

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS......................................................... 106

ANEXO 1 – TABELAS DE HOMOGENEIDADE DE VARIÂNCIAS .......................................... 110

ANEXO 2 – REGRESSÕES LOGÍSTICAS ISOLADAS. .................................................................. 111

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

A satisfação dos clientes é crucial para a sobrevivência de qualquer organização. No entanto, as

operações de serviços são usualmente complexas, baseadas nas relações humanas entre o consumidor e

o funcionário da linha de frente (JOHNSTON, 2001; BOSCH; ENRIQUEZ, 2006). Consequentemente,

em serviços, erros, enganos e falhas são inevitáveis, requerendo das organizações ações relativas à

recuperação do serviço (JOHNSTON; MICHEL, 2008) e análises das reclamações. Johnston e Michel

(2008) observam que poucas organizações adotam políticas eficazes que permitam ouvir as reclamações

dos seus clientes e identificar possíveis insatisfações.

Mccollough (2000) e Oh (2003) constataram que a gestão eficiente e eficaz de reclamações dos

consumidores gera mais satisfação e lealdade dos clientes do que se o processo tivesse ocorrido

inicialmente com sucesso. Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005), cerca de 4% dos clientes

insatisfeitos com o serviço são ouvidos pelas empresas e, dos 96% restantes, 25% têm problemas graves

ou sérios com o produto ou serviço ofertado. Estas informações sugerem que um dos problemas

enfrentados pelas organizações se relaciona com a captação de informações, a fim de recuperar

eficientemente a satisfação com um determinado serviço. Tax et al. (1998) argumentam que uma

recuperação de serviços de alta qualidade pode gerar maior percepção de comprometimento e confiança

do cliente no fornecedor. Uma vez 80% dos reclamantes tem intenções de, plenamente satisfeitos com

o retorno de uma reclamação, voltarem a utilizar um determinado serviço (LOVELOCK; WRIGHT;

2004).

Nesse contexto, o crescimento do uso da internet por parte das empresas, bem como o surgimento da

WEB 2.0 - plataforma onde as pessoas conectadas criam e partilham conteúdo como texto, imagens,

vídeos (BOULOS; WHEELERT, 2007; O’REILLY, 2007; CONSTATINIDES; FOUNTAIN, 2008;

LEVY, 2009) – faz com que as empresas deixem de ser protagonistas passando a observadoras e

perdendo parte do controle da informação que circula no ambiente on-line (KAPLAN; HAENLEIN,

2010). Este se torna, então, o novo desafio da gestão de reclamações: as redes sociais (CULNAN,

McHUGH; ZUBILLAGA, 2010). A utilização das redes sociais como um mecanismo de comunicação

está cada vez mais difundida em nossa sociedade. As pessoas estão se acostumando com os avanços

tecnológicos e cada vez mais à vontade para expor suas opiniões, críticas e informações nas redes

sociais. O surgimento de sites de redes sociais permitiu aos consumidores discutir assuntos de interesse

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comum, pesquisar e partilhar opiniões e experiências, assim como registrar e divulgar comentários e

insatisfações sobre produtos, serviços ou empresas (LEE; SONG, 2010).

As redes sociais mudaram a forma como as pessoas se relacionam com o mundo. Foram as interações

sociais que proporcionaram a evolução de nossa espécie e, consequentemente, de seu modelo de

comunicação. A rede social é uma representação das relações e interações entre indivíduos de um grupo

e possui um papel importante como meio de propagação de informação, ideias e influências (KIMURA,

2008, apud KEMPE et al., 2005). Exemplos claros destas redes é o Facebook, Twitter, LinkedIn,

Google Plus e outras que já foram extintas, como o Orkut, que formaram a vanguarda que alterou

conceitos enraizados, entre eles a separação abismal entre emissor e receptor de informações, como

eram os modelos tradicionais de comunicação, não vindo mais exclusivamente de veículos de

comunicação (ROCHA, 2014).

Considerando essa perspectiva, o estudo do marketing boca a boca ou word-of-mouth marketing, que

envolve as interações dentro da rede social, tem gerado crescente interesse, principalmente pelas

possibilidades trazidas pela internet (GOLDBERG et al., 2001). De acordo com Kimura (2008, apud

WALKER, 1995), 40% dos norte-americanos procuram conselhos de amigos e familiares para obter

serviços de médicos, advogados e mecânicos, demonstrando a relevância do conceito do marketing boca

a boca no processo decisório.

A partir desse interesse comum em compartilhar e difundir informações nas redes sociais surgiu a

comunicação boca a boca eletrônica (eWOM), definida como qualquer declaração via internet, positiva

ou negativa, feita pelos clientes ou outras partes interessadas sobre uma organização, produtos ou

serviços (HENNIG-THURAU et al., 2004). Esta eWOM pode ser vista por milhares de pessoas e ter

um grande impacto nas suas decisões de compra (KING et al., 2014; SEM; LERMAN, 2007).

Os leitores de informações eletrônicas e os que avaliam a opinião de outros consumidores tendem a

acreditar que as opiniões dos outros (consumidores) são mais úteis e melhor atendem suas preferências

para encontrar um produto apropriado do que o de um especialista ou da própria marca (LI et al., 2013).

Além disso, pesquisas mostram que esses leitores são mais propensos a confiar nas informações

negativas do que positivas de outros consumidores (JABR; ZHENG, 2014; CUI et al., 2012). Desta

forma, a difusão de reclamações nas redes sociais no formato de boca a boca eletrônica (eWOM),

representa um grande desafio no gerenciamento de reclamações para as empresas (CULNAN,

MCHUGH, ZUBILLAGA, 2010), uma vez que a disponibilidade da boca a boca eletrônica é universal,

altamente descritiva, persuasiva e disponível a qualquer hora (SPARKS; BROWNING, 2010).

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Vários estudos também têm explorado os motivos para que as pessoas utilizem as redes sociais virtuais.

Brandtzaeg e Heim (2009) sugerem a informação, o entretenimento, a interação social e a identidade

pessoal como motivadores. Raacke e Bonds-Raacke (2008) destacam que encontrar amigos e buscar de

informações são as principais motivações. Jung, Youn e McClung (2007) identificaram seis razões:

entretenimento, auto expressão, avanço profissional, passar o tempo, comunicação com a família e

amigos, e tendências.

Nesta pesquisa utilizou-se o modelo de ARENAS-GAITAN et al (2013) para estudo do eWOM através

da utilização de um questionário estruturado com perguntas quantitativas e análises estatísticas. Shin

(2010) adaptou o Modelo de Aceitação da Tecnologia – TAM, desenvolvido por Davis (1989), para

investigar as motivações dos usuários em relação ao envolvimento nas redes sociais virtuais comparadas

aos seus comportamentos. Os estudos de Shin (2010) levantam a diversão influenciada pelo

envolvimento percebido e a utilidade percebida influenciada pela conectividade.

Entender o perfil dos reclamantes, seus fatores influenciadores da utilização das redes sociais virtuais e

a divulgação do eWOM são, portanto, ação de extrema importância para que as empresas e agentes

envolvidos mantenham a valorização de sua marca e uma boa imagem no mercado em sua rede de

influência. Sendo assim, identificar com antecedência e tratar a insatisfação do cliente, antes da

reclamação se propagar passou a ser uma das mais importantes tarefas dos serviços de atendimento ao

consumidor - SAC (GOLDBERG, 2001).

Com este embasamento contextual levantou-se a seguinte pergunta de pesquisa:

Quais determinantes do SAC e do perfil do cliente, estão associados de forma significativa com a

satisfação e com a divulgação de eWOM?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo geral

Identificar características determinantes no serviço de atendimento ao consumidor (SAC) e no perfil dos

clientes, que se relacionam de forma significativa com a divulgação boca a boca nas redes sociais

(eWOM).

1.2.2 Objetivos específicos

a) Levantar na literatura, construtos que representam as características do atendimento ao consumidor

(SAC) e a associação destes construtos com a propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM);

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b) Levantar a associação ou efeito entre o tipo de atendimento do SAC (atendimento pessoal, por e-

mail, por chat, por telefone, pelas redes sociais, etc.) e a propagação de boca a boca nas redes sociais

(eWOM) através das hipóteses levantadas e avaliadas pelos constructos levantados;

c) Levantar o perfil dos clientes reclamantes quanto à aversão ou propensão à tecnologia (TAM) e sua

associação à propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM).

1.3 JUSTIFICATIVAS

1.3.1 Justificativa teórica

O tema do gerenciamento de reclamação dos clientes nas mídias sociais é de importância primordial

para empresas contemporâneas devido às mudanças de relação com o ciente nas últimas décadas. Eles

compram consideravelmente mais e se tornaram muito mais exigentes quanto à qualidade, inovações e

funções de suas compras.

No mundo moderno, conceitos como tecnologia, globalização e internet se tornaram parte da vida

cotidiana das pessoas. Eles afetam a maioria das pessoas mudando o comportamento dos consumidores

constantemente, incluindo seus valores, atitudes, motivações, tomada de decisão, comportamento de

compra, estilo de vida e muitas outras coisas.

Com a ajuda da Internet, os clientes podem ler opiniões, comparar preços na Internet em diferentes lojas

em todo o mundo e escolher as melhores opções para eles. Nesse contexto, o acesso à informação ou

particularmente a adoção de determinada tecnologia, considerando não somente os aspectos de

marketing tradicionais, disponibilizados por meio de meios convencionais, como também a influência

da estrutura das redes sociais que servem de base para o marketing boca a boca eletrônico (eWOM).

Alguns autores desenvolveram modelos para a compreensão do eWOM como, por exemplo, CHEUNG

et al. (2009), CHU et al. (2011), GRUEN et al. (2006), HUNG e LI (2007), ARENAS-GAITAN et al

(2013). Nesta pesquisa foi utilizado o modelo de ARENAS-GAITAN et al (2013) para estudo do

eWOM. Estes e outros estudos estão sendo continuamente aplicados em diversos países, porém, no

Brasil, ainda existe uma grande lacuna sobre este contexto, e poucos trabalhos contemplam

simultaneamente os temas envolvendo gerenciamento de reclamações, o estudo do perfil do cliente e a

divulgação boca a boca nas redes sociais (eWOM), sendo esta uma grande oportunidade para

desenvolver respostas e entender melhor a relação entre o perfil dos clientes, os fatores do atendimento

ao consumidor e a divulgação nas redes sociais.

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As plataformas SCIELO, EBSCO, GOOGLE ACADÊMICO e CAPES foram utilizadas para busca

das palavras chaves associadas diretamente ao tema (ver tabela 1) como “Recuperação de serviços”

(Recovery service), “Serviço de atendimento ao consumidor” (Customer service), “Gerenciamento de

Reclamações” (Complaint management), “eWOM” (word-of-mouth), “Redes Sociais” (social media)

e “Modelo de aceitação de tecnologia” (Technology Acceptance Model – TAM).

TABELA 1 - Busca de artigos nas plataformas científicas.

BUSCA DE ARTIGOS SCIELO EBSCO EBSCO

BR

GOOGLE

BR

CAPES

A) Recuperação de serviços (Recovery service) 87 258 95 587 29

B) Serviço de atendimento ao consumidor – SAC

(Customer service)

6 69.711 94 2.310 33

C) Gerenciamento de reclamações (Complaint

management)

15 5.083 65 695 16

D) eWOM (boca a boca eletrônica, eletronic word

of mouth)

6 33.473 73 500 156

E) Redes Sociais (social media) 875 77.772 4.253 345.000 5.393

F) Modelo de Aceitação Tecnológica – TAM

(Technology Acceptance Model)

95 35.920 175 1.380 70

Todos os temas juntos 0 2 1 3 1

Fonte: O autor (realizada em 12/08/2018)

1.3.2 Justificativa prática

A quantidade de informação que trafega nas redes já é grande o suficiente e já tem importância para ser

imprescindível e influenciar pessoas, em maior ou menor grau, para tomarem decisões importantes em

suas vidas. A interdependência da sociedade em relação à informação digital já é significativa o

suficiente para que as grandes empresas e importantes agentes públicos direcionem suas ações pensando

na repercussão que haverá nas redes sociais (ROCHA, 2014).

Neste contexto, a figura do cliente insatisfeito, ao registrar sua inconformidade nas redes sociais, pode

gerar uma divulgação descontrolada com alcance e velocidade superior ao que se esperaria em qualquer

outro meio tradicional de comunicação. Pequenas e simples reclamações ou queixas dos clientes podem

tomar proporções gigantescas e, rapidamente, atingir milhões de usuários, modificando

consideravelmente a percepção da sociedade a respeito da qualidade de serviços e produtos. Estes relatos

de insatisfações nas redes sociais têm se tornado frequente e podem causar grande estrago à imagem e

reputação das marcas, empresas e agentes reclamados (VELOSO, 2014).

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Segundo Velloso (2014), a opinião dos consumidores em plataformas como Facebook e Twitter são

cada vez mais monitoradas por setores de tecnologia, marketing e comunicação das companhias para

evitar crise de imagem. As redes sociais se tornaram uma espécie de parlatório virtual dos internautas

não apenas para questões políticas, mas também quando o assunto é a relação de consumo com as

empresas. Segundo o Globo (2017), a rede social Facebook, por exemplo, atingiu a marca de 2,13

bilhões de pessoas em janeiro/2018. Como a exposição pode ser muito maior do que nas mídias

tradicionais, quem não estiver preparado pode ver uma campanha publicitária, um lançamento de

produto ou um comentário de um executivo se transformar no estopim para uma campanha de boicote

à marca ou uma grave crise de imagem (CORREIO BRASILIENSE, 2018).

Segundo uma publicação do site Correio Brasiliense (2018), os exemplos de crise de imagem são

variados e cotidianos como da rede sueca de varejo H;M, que foi acusada de racismo em uma campanha

de moda infantil e das denúncias de trabalho escravo feitas pelo Ministério Público do Trabalho às redes

de varejo M.Officer, Marisa e Zara, que fomentaram uma insatisfação que se proliferou nas redes sociais

motivando campanhas de boicote pelo Facebook. Para conter a insatisfação do consumidor, algumas

empresas estão se unindo e estruturam áreas que misturam tecnologia, marketing e comunicação.

Softwares, por exemplo, ajudam a identificar como anda a imagem da companhia nas redes sociais. Ao

sinal de queixas crescentes, dá-se uma operação para conter o foco de reclamações e resolver a vida do

cliente insatisfeito (CORREIO BRASILIENSE, 2018).

A revista EXAME (2017), destaca que as grandes empresas já tratam as mídias sociais como a principal

prioridade para o marketing digital e se preparam para atuar de forma mais significativa e absorver as

novidades e tendências nos campos do marketing de conteúdo. A compreensão da influência das redes

sociais sobre a posição dos consumidores passou a ser um novo desafio para as organizações. Tais

mudanças exigem que os profissionais de marketing se ajustem de acordo e pensem em maneiras

inovadoras em como se aproximar dos clientes e conseguir de forma eficiente, atuar sobre as

informações que propagam nas redes.

Diante desse contexto, este trabalho representa um estudo de importância, pois objetiva identificar

características dos serviços de atendimento ao consumidor, que, associadas ao perfil e aceitação

tecnológica dos clientes, estão relacionadas à propagação de reclamações públicas. Esta pesquisa então

levanta dados e informações úteis para que as empresas possam gerenciar melhor as informações que

trafegam na rede, prever e evitar a propagação de eWOM negativo, melhorando a avaliação da imagem

da marca, evitando custos e prevenindo crises institucionais.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nesta seção serão discutidos os conceitos referentes ao processo de gestão de reclamações e seus fatores

relevantes, recuperação de falha, as redes sociais, propagação de reclamação boca a boca eletrônica

(eWOM), o SAC e seus tipos de atendimentos (e-mail, chat, telefone, call center, etc.) e o modelo TAM

de aceitação à tecnologia para os reclamantes. Em seguida, será debatida a influência destes atributos

sobre a propensão para indicação nas redes sociais.

2.1 SATISFAÇÃO COM O GERENCIAMENTO DE RECLAMAÇÕES

2.1.1 Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC

As empresas, sejam elas de produtos ou de serviços, defrontam-se diariamente com o desafio de

satisfazer os seus clientes. Em meados do século XX, após o advento da telefonia e criação de uma

engenharia para seu uso na distribuição de ligações nos anos 60, a simplória ideia de comunicação se

transformou em uma central de atendimento (o call center), com suas primeiras experiências na

Inglaterra (JUNIOR, 2016). Nos anos 70 uma maior competição entre as empresas mostrou a

importância da qualidade, surgindo também o telemarketing ativo (também conhecido como call

center), cujo objetivo era oferecer e vender produtos pelo telefone (OMNIZE, 2017). O empreendedor

mais famoso do mundo, Henry Ford criou uma campanha através de telefonia que atingiu milhões de

norte-americanos, sendo a primeira grande inserção da história do call center em nível profissional

(CALL CENTRE HELPER, 2018).

Foram pequenas as relações feitas nas primeiras décadas entre empresas e consumidores (CALL

CENTRE HELPER, 2018). Nessa época, o relacionamento entre a marca e seus clientes era unilateral.

Embora houvesse o foco em qualidade, as empresas não se preocupavam com a opinião do consumidor.

O que importava era o produto e, por isso, a opinião individual do cliente era ignorada pelas

organizações (OMNIZE, 2017). O interesse do retorno aos clientes chegou aos anos 90, quando as

empresas passaram a dar brindes por fidelidade: pontos no cartão de crédito, dinheiro para abrir contas

em bancos, milhas para viajantes fiéis e outros para aumentar suas vendas. Tudo isso mudou muito a

forma como as empresas lidavam com seus públicos, expandindo a voz do consumidor com o

surgimento dos Serviços de Atendimento ao Cliente (SACs) e Ouvidorias. O telemarketing, padrão da

década de 1980, deu espaço a novas tecnologias, mas ainda estava relegado a segundo plano nos

orçamentos, pois este departamento era sinônimo de dor de cabeça e falta de prestígio entre executivos

(MENDES, 2017).

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No final da década de 70 e início de 80, surgem as primeiras iniciativas de instalação dos SAC no Brasil,

porém a pretensão era ser apenas mais um canal de diálogo com seus consumidores (OMNIZE, 2017).

O conceito de gestão de qualidade no atendimento é relativamente novo, pois somente em 1992 que foi

sancionado o Código do Consumidor, um avanço no aspecto jurídico brasileiro e, a partir dele, com o

número enorme de dúvidas sobre essa nova lei, o SAC foi criado em praticamente todo call center que

existisse no país. Sua criação, então, não foi somente uma questão de exigência legal, pois era essencial

para evitar denúncias e processos no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON) e na

justiça (JUNIOR, 2016). Neste âmbito ainda, a ISO 10002 - Satisfação do Cliente, que lista diretrizes

para o tratamento de reclamações em organizações, foi desenvolvida apenas em 2004 e somente em

julho de 2008, o Decreto 6523/08 também conhecido popularmente como Lei do Call Center, fixa

normas gerais sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC por telefone, no âmbito dos

fornecedores de serviços regulados pelo Poder Público Federal – como Telefonia (ANATEL), Planos

de Saúde (ANS), Energia Elétrica (ANEEL), empresas aéreas (ANAC), entre outros, com observância

aos direitos básicos do consumidor de obter informação adequada e clara sobre os serviços que contratar

e de manter-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais impostas no fornecimento desses serviços

(OMNIZE, 2017).

Basta e Alcântara (2003), então, separa a relação entre o SAC e controle de qualidade em quatro fases:

A primeira fase até o início dos anos 1960, quando os olhares das empresas estavam voltados para os

produtos; a segunda fase, quando a área de marketing ganha organização e a comunicação ressaltava

um valor para a marca como diferencial competitivo; A terceira fase então foi desencadeada pela

chegada da Internet, sendo apelidado de SAC 2.0, onde o avanço da tecnologia abriu novos caminhos

para a conquista de clientes, ao mesmo tempo em que estes passaram a ter um amplo acesso às

informações disponíveis no espaço on-line e, portanto, passaram a ser mais exigentes em requisitos de

qualidade e funcionalidade dos produtos/serviços. A quarta fase chega com o foco no cliente

diretamente impactada pelas redes sociais on-line, chamada por Mendes (2017) como SAC 3.0, quando

o cliente passa a ter maior “poder” de persuasão/influência sobre outros clientes e sobre a qualidade dos

produtos e serviços oferecidos pelas empresas. É bem expresso por Argenti quando comenta que:

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[...] muitas tecnologias digitais têm aplicações embutidas que permitem o acompanhamento de

conversações que seguem à disseminação de uma mensagem por canais online. Redes sociais,

comunidades virtuais, blogs são plataformas que podem ser monitoradas quanto à menção de uma

empresa ou de uma marca. O único problema é que nenhuma organização tem o pessoal necessário para

fazê-lo em um ambiente infinito como a internet. É justamente aí que entra a tecnologia, que foi moldada

para ser ao mesmo tempo protagonista e antagonista no palco empresarial moderno. (ARGENTI;

BARNES, 2011, p. 88)

Esta aceleração nas transformações, inclusive com o aparecimento das Startups, está promovendo uma

verdadeira revolução nos antigos SACs com investimento em tecnologia, atração de gente qualificada,

treinamento e humanização dos atendimentos, se tornando centro da estratégia corporativa e ganhando

um prestígio que nunca tiveram (MENDES, 2017). Uma vertente deste modelo são os FAQs

inteligentes, onde o usuário que necessita de auxílio abre a janela do chat e conversa com um robô que,

a partir das palavras que são contidas na pergunta, identifica qual a resposta mais adequada dentro de

uma lista previamente montada. Quando os novos Chatbots podem resolver um problema, não há

necessidade de se acessar o time do SAC, diminuindo custos com equipe e aprimorando o

relacionamento com esta comunicação multicanal que inclui telefone, e-mail, chat, vídeo, redes sociais,

mensageiros e outros (OMNIZE, 2017).

2.1.2 A Recuperação de Serviços

No momento da compra de um produto ou serviço, os clientes avaliam as suas expectativas em relação

ao produto/serviço com o desempenho real deste (OLIVER, 1980). Quando este desempenho

corresponde ao esperado (confirmação), um sentimento neutro é tido por parte dos clientes; quando este

desempenho quando o desempenho é superior ao esperado (refutação positiva), um sentimento de

satisfação é despertado, agregando valor à empresa; porém quando o desempenho é inferior ao desejado

(refutação negativa), um sentimento de insatisfação é gerado e por vezes, este é tão forte que leva ao

cliente gerar uma reclamação (OLIVER, 1980; DAY, GRABICKE, SCHAETZLE ; STAUBACH,

1981).

Após surgir o sentimento de insatisfação, o processo de reestabelecimento da satisfação pode ser

iniciado por qualquer uma das partes, o cliente ou o provedor de serviços (ou produtos): no momento

da falha, proativamente pela própria empresa, chamada de “recuperação de serviço”, ou no momento

da reclamação por parte do cliente, geralmente chamada de “gerenciamento de reclamação” (DOS

SANTOS; VON DER HEYDE FERNANDES, 2008).

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Quando ocorre uma falha da empresa, a resposta oferecida ao cliente tem o potencial de restaurar a sua

confiança e reforçar a sua fidelização, ou de piorar a insatisfação do cliente e conduzi-lo à concorrência

(Smith et al, 1999). Nesta perspectiva são cada vez mais empresas veem as reclamações como uma

oportunidade de aumentar a fidelidade e os lucros.

Como as falhas são inevitáveis, é necessário que se criem procedimentos e controles de forma a

identificar quão frequentes são estas falhas e como se recuperar após estas ocorrerem (WANG et al.,

2011). Neste contexto, Blodgett, Wakefield e Barnes (1995), afirmam que varejistas e prestadores de

serviço devem entender as respostas aos reclamantes como uma oportunidade de solidificar e fortalecer

o relacionamento com seus clientes. Além disso a “recuperação de serviço” são todas as atividades

associadas à intenção ou esforços que a empresa realiza no sentido de identificar e corrigir as eventuais

falhas de serviço (TAX; BROWN, 1998; WANG; CHANG, 2013).

Em pesquisa realizada, Bateson e Hoffman (2001) constataram que 86% dos clientes tiveram pelo

menos um relato de incidente ocorrido há mais de cinco anos que os deixaram tão aborrecidos a ponto

de nunca mais “entrar naquela loja ou comprar aquela marca”. Na mesma pesquisa, observou-se

também que mais de três quartos dos informantes indicaram que haviam se envolvido em comunicações

boca a boca (“word of mouth” - WOM) negativas sobre o incidente e apenas 53% dos clientes fizeram

reclamações à loja, além do que 100% procuraram outras empresas.

De maneira geral, quando dedicam tempo e esforços para procurar a empresa para reclamar, os clientes

esperam ser ajudados rapidamente, serem recompensados por seu infortúnio, além de esperar serem

tratados de forma gentil durante o processo. Tais aspectos reforçam a importância de se estabelecer um

processo de reclamação eficiente (ZEITHAML; BITNER, 2003). Segundo Lovelock e Wirtz (2010),

existe um aumento na satisfação do cliente e na sua retenção, no momento que a empresa impulsiona

os seus clientes a fornecerem feedback. Ao reclamar, os clientes indicam que algo está errado e que

esperam que a empresa corrija o problema em questão, mas, ao mesmo tempo, também indicam que

querem manter o relacionamento com a empresa. Já Fornell e Wernerfelt (1988) e Andreassen (2001)

constataram que os clientes insatisfeitos, após reclamarem, detêm um maior nível de lealdade para com

a marca/empresa do que os que não reclamam, concluindo assim que, deter clientes que reclamam é

mais benéfico do que os que não se expressam diretamente à empresa (LA, KANDAMPULLY, 2004).

Diante do que foi apresentado acima, esta pesquisa avalia os construtos “Satisfação com o

Gerenciamento da Reclamação” e “Lealdade”, através de questionário validado por Dos Santos e

Fernandes (2008).

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2.2 PERCEPÇÕES DE JUSTIÇA E FATORES RELEVANTES DA GESTÃO DE

RECLAMAÇÕES

2.2.1 Fatores relevantes da gestão de reclamações

Johnston e Mehra (2002) mostram que a informação obtida ao longo do processo de gestão de

reclamações deve ser registrada e utilizada para reduzir as causas que levaram à reclamação, sendo esse

seu foco e não reduzir o número de reclamações em si. Uma boa gestão de reclamações não deveria

somente ser desenhada para resolver problemas, mas também para identificar as potenciais causas que

levam à insatisfação do cliente (NYER, 2000; JOHNSTON, MEHRA, 2002). É visto que o que

distingue empresas de sucesso das outras consiste nesta cultura e atitude de “não procurar culpados”

(“no-blame”) e preocupar-se com a resolução dos problemas das reclamações (JOHNSTON; MEHRA,

2002).

Johnston e Mehra (2002) também revelam vários fatores relevantes para uma boa gestão de

reclamações. Um deles consiste em processos simples, claros, fáceis de entender tanto para os clientes

como para os colaboradores, ou seja, o cliente deve perceber e registrar facilmente a reclamação, como

também deve a empresa responder a reclamação (TAX; BROWN, 1998). A fim de conseguir

simplificar os processos de gestão de reclamação e dar uma resposta rápida e apropriada, deve existir

apenas um ponto de contato e a pessoa em questão deve estar apta para resolver o problema e o mais

rápido possível (ECCLES, DURAND 1998; JOHNSTON; MEHRA, 2002). Tax e Brown (1998),

assim como Eccles e Durand (1998), afirmam que um funcionário é responsável por uma reclamação a

partir do momento que a recebe até esta ser resolvida e o cliente ficar satisfeito. Portanto, as empresas

precisam ter práticas que motivem e permitam aos colaboradores agir rapidamente de forma autônoma

e eficaz para resolver as reclamações (TAX, BROWN, 1998; JOHNSTON, MEHRA, 2002).

Contudo estas práticas só são bem-sucedidas caso os colaboradores sejam treinados de modo a

possuírem o conhecimento sobre a estrutura, os processos e os procedimentos da empresa (BOSHOFF,

1997; ECCLES, DURAND, 1998; LA, KANDAMPULLY, 2004). Logo, o treinamento dos

colaboradores se torna um ponto fundamental para que estes estejam aptos a resolver as reclamações

(TAX, BROWN, 1998; JOHNSTON, MEHRA, 2002). Cabe à empresa explicar ao cliente a falha

ocorrida (TAX, BROWN, 1998) e mantê-lo continuamente informado sobre o processo de resolução

da sua reclamação, assim como também deve entrar em contato com este no final do processo a fim de

obter feedback do cliente e saber se este se encontra satisfeito com a resolução oferecida (processos de

follow-up) (JOHNSTON ; MEHRA, 2002; LA ; KANDAMPULLY, 2004).

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27

Magnini, Ford, Markowski e Honeycutt (2007) chegaram à conclusão de que a resposta imediata da

empresa aos reclamantes oferece uma oportunidade única para modelar a Satisfação do cliente e que a

mesma pode aumentar, contanto que o cliente perceba esse esforço de recuperação como uma ação

legítima e sincera de correção da falha, em vez de um simples esforço de relações públicas.

O trabalho de Claudio (2013), apresenta, conforme Tabela 2, um conjunto de fatores relevantes da

gestão de reclamações e que devem ser levados em consideração pelas empresas.

TABELA 2 - Fatores relevantes na gestão de reclamações.

Fatores - Gestão de Reclamações Autores

Ter processos simples, claros, fáceis de aceder e entender

tanto para os clientes como para os colaboradores.

Johnston e Mehra (2002)

Facilitar o acesso e uso do processo de reclamação aos

clientes.

Tax e Brown (1998);

Johnston e Mehra (2002)

Deter um só ponto de contato para registrar a reclamação. Eccles e Durand (1998); Tax e Brown

(1998); Johnston e Mehra (2002)

Treinar colaboradores para estarem aptos para resolverem

as reclamações.

Boshoff (1997); Eccles e Durand (1998);

Tax e Brown (1998); Johnston e Mehra

(2002); La e Kandampully (2004)

Motivar colaboradores a fim de incentivá-los a satisfazer os

reclamantes.

Tax e Brown (1998);

Johnston e Mehra (2002)

Fornecer uma resposta rápida. Johnston e Mehra (2002)

Manter o reclamante informado durante todo o processo de

resolução da reclamação.

Tax e Brown (1998);

Johnston e Mehra (2002)

Recompensar o cliente pela falha ocorrida e obter

conhecimento da sua compreensão.

Tax e Brown (1998);

Estelami (2000)

Pedir desculpa. Tax e Brown (1998);

Estelami (2000); Davidow (2003)

Deter uma cultura de “no-blame”. Johnston e Mehra (2002)

Deter processos de follow-up para verificar junto do cliente

após a resolução.

Johnston e Mehra (2002);

La e Kandampully (2004)

Focar na redução das causas das reclamações, ao contrário

da redução do volume de reclamações.

Nyer (2000);

Johnston e Mehra (2002)

Coletar dados durante o processo para evitar/corrigir os

problemas ocorridos.

Johnston e Mehra (2002)

Fonte: Claudio (2013).

2.2.2 Percepções de Justiça e o modelo de TAX

Segundo Lin et al. (2011), se uma empresa trata das reclamações imediatamente, além de reduzir a

incidência da comunicação boca a boca negativa e de recomendações negativas a terceiros, aumenta a

probabilidade de recompra desses queixosos, que, de forma significante, podem passar a emitir uma

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comunicação boca a boca (WOM) positiva, podendo se tornar mais leais, caso tenham a percepção de

atenção e elevado grau de Justiça na solução proposta (BLODGETT, WAKEFIELD, BARNES, 1995).

No estudo de Tax et al. (1998) sobre insatisfação e os consequentes de uma recuperação de serviços, os

autores avaliam as considerações feitas por clientes em situações de reclamação de serviço. Os autores

propõem que sejam utilizadas três dimensões de justiça, a distributiva, a processual (processual) e a

interacional (interpessoal), de forma que o cliente perceba que cada aspecto da resolução de uma falha,

gera um episódio de justiça. Cada tipo de justiça aplicada na recuperação da falha tende a suprir um tipo

de sentimento de perda que o cliente tem em relação ao serviço prestado. Além disso, a satisfação com

o processo de recuperação afetará positivamente o comprometimento e a confiança do cliente,

resultando em situações nas quais a satisfação do cliente com o provedor de serviços é maior pós a falha

que antes da falha (TAX et al., 1998; WANG et al., 2011; WANG; CHANG, 2013). O modelo adaptado

de Tax et al. (1998) e proposto por Silva, Araújo e Primo (2015) está abaixo na Figura 1.

FIGURA 1 - Framework para Examinar as Relações da Gestão de Reclamações

Fonte: SILVA, ARAÚJO e PRIMO (2015) - Adaptado de Tax et al. (1998)

De acordo com a Figura 1, adaptada de Tax et al. (1998), o tratamento das reclamações pode ser visto

como uma sequência de manipulações de processos que são iniciados a partir da comunicação da

reclamação, e abrange os elementos da interação organizacional que resultam na decisão do tratamento

e na apresentação dos resultados ao reclamante. Esta visão veio também de Bies e Shapiro (1987) que

ressaltavam que cada parte da iteração está sujeita a considerações de equidade por parte dos

denunciantes e cada resolução proposta pela organização cria um diferente aspecto de Justiça aos

consumidores reclamantes. Martinez-tur, Peiró, Ramos e Moliner (2006) corroboram esse pensamento,

citando o aspecto distributivo como uma teoria de capital percebida pelos consumidores e que ignora o

fator social presente nos conceitos relacionados aos processos e nas interações entre as pessoas.

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Dos Santos (2001) investigou o impacto do gerenciamento de reclamações na confiança e lealdade do

consumidor e mostra que as percepções de justiça distributiva, interpessoal e processual, afetam

significativamente a percepção global de justiça e o nível de satisfação com o gerenciamento da

reclamação, impactando na confiança e lealdade do consumidor. Dos Santos (2001) também levanta na

literatura os fatores relevantes da gestão de reclamações e relaciona-os com valores para cada uma das

três justiças. Segundo Dos Santos (2001), a Justiça processual está relacionada com o processo da

reclamação, ou seja: controle da decisão, controle do processo, acessibilidade, facilidade, flexibilidade,

velocidade e aceitação de responsabilidade; a Justiça interpessoal com o relacionamento interpessoal,

ou seja, honestidade, cortesia, explicação, esforço, empatia e pedido de desculpas; a Justiça distributiva

com a recompensa e distribuição, ou seja, equidade, necessidade, igualdade, ressarcimento do valor,

desconto, compensações tangíveis (DOS SANTOS, 2001).

Diante do que foi apresentado acima, esta pesquisa utiliza o construto Justiça através de suas três

dimensões: a distributiva (JD), a processual (JP) e a interpessoal (JI), para avaliar os fatores relevantes

da gestão de reclamações apontados por Dos Santos (2001). O questionário para avaliação destes

construtos será adaptado do estudo de Dos Santos e Fernandes (2008) e baseado no modelo de Tax et

al. (1998).

2.3 MARKETING BOCA A BOCA ELETRÔNICO (EWOM)

2.3.1 Marketing boca a boca - WOM

A literatura revela a existência de vários tipos de clientes quando se trata de reclamações. Zeithaml,

Bitner e Gremler (2006) os agruparam em quatro categorias: passivos, ativos, irados e ativistas. Os

passivos são clientes que não tomam qualquer ação, pois têm dúvidas sobre a eficácia da reclamação,

na medida em que não se justifica o esforço e tempo investido. Os ativos são os clientes que apresentam

a sua reclamação à empresa e não investem tanto na divulgação boca a boca (WOM) negativa, nem

mudam de empresa ou vão ao encontro de terceiros. Quanto aos irados, sentem-se chateados com a

empresa e, espalham pela boca a boca (WOM) propaganda negativa, incentivando a troca de empresa.

Finalmente, os ativistas caracterizam-se pela reclamação em todas as suas formas: à empresa, a terceiros

e por boca a boca (WOM) negativa.

Uma pesquisa realizada pela Nielsen (2015) com 30.000 respostas on-line em 60 países aponta que as

propagandas mais eficazes vêm de pessoas conhecidas: 83% dos respondentes disseram confiar

completamente ou confiar em recomendações de amigos e familiares. Namkung et al. (2011) ressalta

que mais de 70% dos consumidores insatisfeitos decidem por não reclamar diretamente à empresa. A

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propensão dos consumidores a reclamar é associada a vários fatores, tais como personalidade, emoção,

demografia, atitudes em relação à reclamação, força do vínculo com a empresa, e local de atribuição da

falha (GURSOY et al., 2007; KIM, WANG, MATTILA, 2010; MATTILA, RO, 2008; MITTAL,

HUPPERTZ, KHARE, 2008).

Segundo Huppert et al. (2013), os principais fatores que desencorajam consumidores a reclamarem são

o tempo e o esforço percebidos no processo de reclamação. Huppertz et al. (2003) constataram que ao

reduzir o esforço do processo de reclamação do consumidor, o número de reclamações diretamente às

empresas aumenta significativamente. Os consumidores são mais propensos a perceber o processo de

recuperação da falha como favorável quando investem pouco tempo e esforço no processo de

reclamação.

Em processos de reclamações trabalhosos, os consumidores preferem compartilhar suas insatisfações

com amigos, parentes ou terceiros (MATTILA; RO, 2008). No entanto, consumidores que reclamam

tendem a ser mais leais do que aqueles que não reclamam, e a lealdade aumenta após a gestão eficiente

das reclamações dos consumidores (OH, 2003). Lu et al. (2015) constataram que, quando os

consumidores gastam uma quantidade significativa de esforço físico, cognitivo, afetivo e de tempo, que

são considerados custos no processo de reclamação, eles são menos propensos a comportamentos

positivos futuros, como recomendar a empresa para a família e amigos, espalhar uma avaliação boca a

boca (WOM) positiva, voltar a efetuar a compra do produto ou serviço, encorajar outros a comprar,

manter um bom relacionamento com a empresa e não buscar alternativas.

2.3.2 Redes Sociais e eWOM

A internet sofreu alterações ao longo das décadas e o perfil de apenas consumo de conteúdo (Web 1.0),

deu lugar a também produção de conteúdo (Web 2.0) onde os indivíduos, a partir de qualquer local e

em qualquer momento criam e compartilham conteúdos e opiniões através de aplicações simples de

usar e compreender (O’REILLY, 2007; CONSTANTINIDES, FOUNTAIN, 2008; ANDRIOLE,

2010; CLICK, PETITl, 2010; McHANEY, 2012). Assim uma mudança de paradigma se instaurou para

os profissionais do Marketing e Relações Públicas acerca das comunidades digitais (KIETZMANN,

HERMKENS, McCARTHY; SILVESTRE, 2011) abrindo caminho para o surgimento das redes

sociais, permitindo aos indivíduos construir perfis de identidade digitais ampliando o poder do

compartilhamento de informações com outros indivíduos (BOYD; ELLISON, 2007). A expansão das

redes sociais traz consigo uma nova era de informação, onde antes, as experiências negativas eram

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compartilhadas apenas com um grupo pequeno de pessoas, mas hoje o conteúdo de uma reclamação

alcança milhares de usuários, espalhando a visão negativa sobre a empresa (OMNIZE, 2017).

Segundo Lee e Song (2010), o surgimento das redes sociais permitiu aos consumidores discutirem

assuntos de interesse comum, pesquisarem opiniões de outros consumidores sobre produtos/serviços e

partilharem opiniões e experiências com estes, assim como também permitiu aos consumidores

insatisfeitos articular facilmente as suas opiniões e comentários sobre os produtos, os serviços ou as

próprias empresas fornecedoras. Jiang e Srinivasan (2015) defendem que as avaliações online se

tornaram uma das principais fontes para o consumidor consultar informações do produto e reduzir

incertezas relacionadas a preço, qualidade e frete. Com a Web 2.0 nasceram três grupos de clientes no

ambiente on-line: os reclamantes (complainers), que publicam a mensagem de reclamação, os

respondentes (repliers), que referem a sua opinião relativamente à mensagem e os observadores

(observers), que apenas leem a mensagem de reclamação e opiniões. Ainda segundo Lee e Song (2010),

os reclamantes se envolvem ativamente no, agora, boca a boca eletrônica (eWOM), enquanto que os

respondentes (repliers) dão “voz”, expondo as suas experiências com as empresas, produtos e serviços.

Os observadores são passivos, mas podem passar a comunicadores ativos aquando reconhecem um

problema como sendo deles.

O novo consumidor é bem informado, opina sobre as marcas, exige seus direitos publicamente,

comunica-se com as empresas, pesquisa sobre os produtos, questiona e age consciente de sua

importância para os negócios das companhias. Esse poder individual é mais relevante do que nunca.

Essa possibilidade de opinar publicamente sobre qualquer coisa (e a facilidade de se informar) cresceu

muito e mudaram muito a relação da empresa com seu público final: o cliente passou a ter participação

efetiva nos processos de decisões estratégicas nas organizações (OMNIZE, 2017).

A intenção ou benefício de alguém ao realizar eWOM podem variar. Ryu e Feick (2007) apresentam

algumas possibilidades: pode-se ter a intenção de aliviar a ansiedade pós-compra ou compartilhar a

divergência de expectativas com a aquisição; pode-se usar com a finalidade de manter ou melhorar a

imagem pessoal perante o grupo; ou então pode ser uma maneira de mostrar preocupação com o grupo

os ajudando a fazer escolhas melhores. No entanto, as reclamações on-line alcançam fácil e rapidamente

um grande número de potenciais consumidores, pondo a reputação da empresa em risco caso não exista

um bom processo de gestão de reclamações (HENNIG-THURAU, GWINNER, WALSH ;

GREMLER, 2004).

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Segundo pesquisa de Arenas-Gaitan et al. (2013), o uso de redes sociais é influenciado por inúmeras

variáveis, tais qual a usabilidade, a familiaridade entre os membros e a capacidade de interação por meio

de tecnologias sociais. No Facebook, por exemplo, o uso tem uma forte relação com o marketing online

através da boca a boca eletrônica (eWOM), em que a frequência de uso e o tempo de conexão do usuário

podem gerar uma melhor predisposição.

Diante Do contexto apresentado, a avaliação dos precedentes das reclamações online eWOM e das

variáveis que levam uma pessoa a compartilhar nas redes sociais a indicação ou contraindicação de um

produto ou serviço, é fundamental para a boa gestão da reclamação e recuperação de serviço. Arenas-

Gaitan et al. (2013) desenvolveram um modelo para essa avaliação baseado em quatro construtos:

identidade social, uso de redes sociais, realização de boca a boca eletrônico (eWOM) e referências.

Nesta pesquisa será utilizado apenas o construto “realização de boca a boca eletrônico (eWOM)”. Em

relação à avaliação da variável eWOM, nesta pesquisa é utilizado o instrumento de medida do estudo

de Tagliari (2015), composto por 6 indicadores e adaptado por Roldan Cataluña e Ramírez (2013) do

modelo de Arenas-Gaitan et al. (2013). Este modelo foi traduzido para a língua portuguesa e validado

por Mariano e Paiva (2014).

2.4 GESTÃO DE RECLAMAÇÕES NAS REDES SOCIAIS

Wilson Bueno (2015) chama a atenção sobre a forma com que as organizações estão operando na

internet, sem muito se preocuparem de fato em interagir e cultivar relacionamentos. O que se observa

comumente é a reação das empresas às iniciativas de diálogos dos consumidores, em especial quando

acontece uma crise, com o objetivo maior de contê-la, com mais reação do que interação. O próprio

Bueno (2015) aponta que as organizações, por não gerirem as interações neste ambiente, colaboram

para o aparecimento destas crises, por exemplo, quando: apagam comentários desfavoráveis, ignoram

questionamentos ou críticas, criam mensagens falsas e contratam pessoas de prestígio para fazer

campanhas de influência. Costa (2009) diz que a imagem é o principal ativo da empresa e deve convergir

no sentido da excelência operacional de atendimento, na qual a voz do consumidor é considerada um

fator relevante. A formação de confiança e lealdade do consumidor é afetada pela forma como as

reclamações são resolvidas.

Segundo Einwiller e Steilen (2015), a maioria dos reclamantes nas mídias sociais transfere a

responsabilidade do problema para a empresa e respostas defensivas elevam a insatisfação do

reclamante. Os autores destacam que as empresas não estão aproveitando as oportunidades da mídia

social para demonstrar suas vontades em interagir, ajudar e assistir a seus stakeholders. Eles sugerem às

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empresas que estas perguntem menos e assistam mais o reclamante para reconquistá-lo e,

potencialmente, àqueles que observam a interação entre o reclamante e a empresa. Claudio (2013)

afirma que, com o surgimento das redes sociais, torna-se necessária a criação de equipes de marketing

especializadas e, em pesquisa na literatura, levantou fatores importantes a serem considerados para a

gestão de reclamações nas redes sociais, listados na Tabela 3.

TABELA 3 - Fatores relevantes na gestão de reclamações nas redes sociais

Fatores - Gestão de Reclamações nas redes sociais

Ter processos simples, claros, fáceis de ceder e entender tanto para os clientes como para os

colaboradores;

Fornecer uma resposta rápida, devido à grande visibilidade do canal;

Dar sempre resposta ao cliente;

Pedir dados do cliente por mensagem privada, e-mail ou telefone, devido à confidencialidade;

Treinar colaboradores para estarem aptos para resolverem as reclamações e motivá-los a fim de

incentivá-los a satisfazer os reclamantes;

Dar autonomia aos colaboradores para resolver determinadas reclamações;

Manter o reclamante informado durante todo o processo de resolução da reclamação e pedir desculpa

pela situação do problema;

Recompensar o cliente pela falha ocorrida e obter conhecimento da sua compreensão;

Deter processos de follow-up nas redes para verificar junto do cliente após a resolução;

Focar na redução das causas das reclamações, ao invés da redução do volume, ou seja, recolher dados

durante o processo para evitar/corrigir os problemas e poder melhorar o próprio processo;

Deter uma atuação preventiva, atenta e coerente;

Monitorizar a web/redes sociais à procura de situações problemáticas relativas à empresa de modo a

resolvê-las e evitar que se propague (atuação proativa);

Fonte: Adaptado de Claudio (2013).

Apesar destas orientações já estarem presentes na literatura, uma pesquisa do Call Center Helper (Figura

2), mostra que apenas 43% dos centros de contato das empresas respondem a reclamações de mídia

social, igualando a porcentagem daqueles que não o fazem. Infelizmente, 14% dos participantes não

sabiam se o centro de contato da empresa reclamada respondia ou não às críticas online.

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FIGURA 2 - Proporção de clientes, leitores do site, respondidos nas mídias sociais nos EUA.

Fonte: adaptado de CALL CENTER HELPER (2011).

Neste contexto, Lahoz (2016), realizou uma pesquisa com a área de comunicação de grandes empresas

e solicitou aos especialistas que citassem quais os benefícios vislumbrados com a recuperação de

serviços e uma boa gestão do SAC 2.0, e chegou-se à lista a seguir:

• Diminuição de custos com pesquisa, recamadas.

• Saber o que falam sobre a marca.

• Reforço da marca (Visibilidade)

• Traçar perfil do consumidor/segmentação da base de dados.

• Comunicação com transparência.

• Transmitir a imagem de empresa moderna.

• Oferecer atendimento em tempo real.

• Monitorar concorrência.

• Resolução rápida de problemas.

• Aumento da fidelização.

Para ilustrar a dinâmica, Lahoz (2016) elaborou o quadro abaixo incluindo a observação realizada com

10 empresas que estiveram entre as 25 primeiras posições e que se mantiveram por três anos no ranking

das melhores empresas do Instituto Brasileiro de Relacionamento com o Cliente – IBRC. O Instituto

Brasileiro de Relacionamento com o Cliente – IBRC é um instituto que tem como meta educar empresas

e executivos para desenvolver o relacionamento das empresas com seus clientes, abrangendo todos os

stakeholders, ou seja, clientes internos (funcionários), externos, fornecedores, parceiros, acionistas,

governo, sociedade, etc. Desde 2010, em parceria com revista de negócios EXAME, formularam o

primeiro estudo nacional que ranqueia anualmente as melhores e piores empresas em atendimento, o

Ranking EXAME / IBRC de Atendimento ao Cliente (IBRC, 2018).

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Os dados de Lahoz (2016) foram coletados seguindo alguns critérios: observando se as empresas

respondiam ou não aos questionamentos de dúvidas dos consumidores de um modo geral, de dúvidas

sobre pós-venda; se existia alguma forma de diálogo com esses consumidores e se os diálogos eram

realizados abertamente na página do Facebook ou por meio de mensagem privada (Quadro 1). Esta

observação aconteceu do mês de janeiro a agosto de 2015, em que se analisaram as postagens nas

páginas de cada uma dessas dez empresas.

QUADRO 1 – Ranking do IBRC – Top 10 empresas versus atendimento no Facebook

Fonte: IBRC (2012, 2013, 2014) adaptado por LAHOZ (2016).

Além de análise realizada no Facebook, Lahoz (2016) também elaborou um levantamento dos canais

disponibilizados pelas empresas. Na grande maioria das empresas o SAC prevalece ainda com

atendimento telefônico, atingindo em média 66% do volume total dos atendimentos, em segundo lugar

o site, com 29% das citações, e empatados em terceiro lugar os canais: chat, e-mail, carta/fax com 28%.

As redes sociais on-line ocupam uma parcela relativamente baixa de atendimento se comparado aos

canais tradicionais, no entanto, crescendo nos últimos anos em número, relevância e, a cada dia com

maior exposição pública das marcas e produtos de empresas. Em consulta aos seus respectivos sites

corporativos, foi possível a elaboração do próximo quadro:

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QUADRO 2 – Canais disponibilizados pelos SACs das empresas estudadas.

Fonte: LAHOZ (2016) – Levantamento dos canais utilizados pelos SACs das empresas.

A grande maioria das empresas (Quadro 2), possui atendimento via chat-online e disponibiliza um local

de perguntas e respostas pré-formuladas e respondidas (FAQs), incentivando o consumidor ao

autoatendimento. É mencionado que algumas se demonstram preocupadas com a inclusão do

consumidor que apresenta algum tipo de deficiência auditiva, como são os casos das empresas,

Americam Express, Citibank e Bradesco, que disponibilizam um telefone exclusivo para deficientes

auditivos. Estes cuidados maiores demonstram a preocupação com o processo de atendimento e o

sentimento final que se assegurará no pós-reclamação, podendo assegurar a manutenção do cliente.

2.5 O MODELO DE ACEITAÇÃO TECNOLÓGICA – TAM

As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) estão cada vez mais presentes no

cotidiano pessoal e público de nossa sociedade. Nesse contexto, é possível identificar diversas teorias

que tentam prever o impacto das tecnologias digitais no comportamento humano, e uma delas é:

Technology Acceptance Model (TAM).

O Technology Acceptance Model, mais conhecido como modelo de aceitação de tecnologia (TAM), foi

proposto por Davis (1989), sendo uma adaptação do modelo da Teoria da Ação Raciocinada (TRA).

Porém segundo Davis (1989), por ser tão universal, o TRA foi modificado especificamente, para criar

modelos de aceitação em tecnologia da informação, como no caso específico do TAM. A intenção de

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desenvolvimento do modelo TAM se originou de um contrato da IBM (International Business

Machines) Canadá com o MIT, nos meados dos anos 1980 para avaliar o potencial de mercado para

novos produtos da marca e possibilitar uma explicação dos determinantes da utilização de computadores

(DAVIS; BAGOZZI; WARSHAW, 1989). O modelo TAM foi projetado para compreender a relação

causal entre variáveis externas de aceitação dos usuários e o uso real do computador, buscando entender

o comportamento destes usuários através do conhecimento da utilidade e da facilidade de utilização

percebida por eles (DAVIS, 1989).

Para Davis (1989) as pessoas tendem a usar ou não uma tecnologia por acreditarem que este uso

fornecerá resultados positivos. Davis (1989) propôs o TAM para focar no porquê de os usuários

aceitarem ou rejeitarem a tecnologia da informação e como melhorar a aceitação, oferecendo, desse

modo, um suporte para prever e explicar a aceitação. Davis (1989) conduziu um survey em um grupo

de 112 usuários na IBM do Canadá e em 40 estudantes do Master in Business Administration (MBA)

da Universidade de Boston. A validação do modelo TAM foi baseada na aceitação de um software

editor de texto (DAVIS, 1989; SÁ, 2006). Silva (2006) também acrescenta que Davis (1989), nesta

amostra, constatou que a utilidade percebida teve maior impacto no comportamento que a facilidade

percebida.

Como o modelo é comportamental, só pode se referir às questões diretamente relacionadas com o

usuário e suas percepções sobre o uso do sistema. Por isso os construtos devem ser desenvolvidos de

modo a captar opiniões pessoais e tratar suposições a respeito de terceiros (pessoas ou instituições)

(SALEH, 2004).

O TAM mostrou resultados coerentes, mantendo a sua eficácia na explicação da aceitação de tecnologia

pelos utilizadores de sistemas de informação, sendo aplicado em diferentes tecnologias, como por

exemplo, processadores de texto, correio eletrônico, Internet, sistemas bancários, entre outros, bem

como em diferentes situações (ao longo do tempo e culturas), com diferentes fatores de controle (gênero,

tipo e dimensão empresarial) e diferentes indivíduos (estudantes e profissionais), o que leva a crer na

sua solidez e eficácia (SÁ, 2006).

Mulero (2012) utilizando o TAM (com algumas adaptações), realizou um estudo como referencial

teórico para avaliar os efeitos da ‘auto eficácia no computador’ - nível de confiança que uma pessoa tem

em utilizar um sistema - na aceitação de redes sociais por parte dos utilizadores, através de quatro

construtos: Utilidade percebida (PU); Facilidade de uso percebida (PEOU); Credibilidade percebida

(PC) - grau em que um utilizador percebe a credibilidade de usar um determinado sistema de informação

e; Conhecimento (AWN) - ampla informação sobre as redes sociais fornecida a partir dos próprios sites

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das redes sociais que explicam aos utilizadores o uso das mesmas. Segundo Mulero (2012), os

utilizadores da Internet se preocupam mais com o nível de segurança disponível para divulgar

informações confidenciais sobre si mesmos, e apenas realizam transações quando desenvolvem certo

nível de confiança com os sites de redes sociais.

A partir do modelo TAM (Davis, 1989), Shin (2010) adaptou o modelo TAM e inseriu novos construtos

levando em conta também fatores intrínsecos, totalizando sete construtos: Utilidade Percebida, Diversão

Percebida, Atitude, Intenção, Fluxo, Envolvimento e Conectividade Percebida. O objetivo dessa nova

escala de Shin (2010) foi de buscar investigar as motivações dos usuários envolvidos nas redes sociais

virtuais comparadas com seus comportamentos. Stefanan et al. (2014) adaptou os modelos de Shin

(2010) e Davis (1989) e aplicou e validou a escala ao público brasileiro, no Rio Grande do Sul. Stefanan

et al. (2014) adaptou as escalas e utilizou os construtos: Atitude, intenção de uso, utilidade percebida,

diversão percebida, envolvimento percebido, conectividade percebida e fluxo.

Nesta pesquisa, para avaliar e mapear o perfil do respondente em relação à Aceitação da Tecnologia,

são utilizados três construtos retirados do trabalho de Stefanan et al. (2014) que foram adaptados dos

trabalhos de Shin (2010) e de Davis (1989) sobre o TAM: a “Utilidade Percebida”, extensão em que

uma pessoa acredita que as redes sociais virtuais são capazes de ser utilizadas de forma vantajosa e

fornecer resultados positivos, a “Atitude” em relação às redes sociais virtuais e a “Intenção de Usar”,

característica desenvolvida pela atitude que influencia a decisão de utilizar a rede social virtual

(STEFANAN et al. 2014). Foram escolhidas estas três dimensões devido às outras não representarem

adequadamente o escopo alvo que são as redes sociais.

2.6 HIPÓTESES E MODELO TEÓRICO PROPOSTO

Com base no que foi apresentado no referencial teórico e para atender os objetivos específicos, foram

levantadas 7 hipóteses relacionando os temas discutidos e formulando o modelo teórico apresentado

abaixo.

2.6.1 Hipóteses

Visto que Dos Santos (2001) destacou que: a Justiça processual está relacionada com o processo da

reclamação, ou seja, controle da decisão, controle do processo, acessibilidade, facilidade, flexibilidade,

velocidade e aceitação de responsabilidade; a Justiça interpessoal está relacionada ao relacionamento

interpessoal, ou seja, honestidade, cortesia, explicação, esforço, empatia e pedido de desculpas; a Justiça

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distributiva está relacionada com a recompensa e distribuição, ou seja, equidade, necessidade, igualdade,

ressarcimento do valor, desconto e compensações tangíveis.

Este estudo então tenta responder algumas hipóteses levantadas acerca da percepção positiva do

consumidor a respeito do sentimento das justiças e sua influência na redução da propagação de

reclamações eWOM (H1), da influência do perfil de Aceitação Tecnológica (TAM) em relação às

percepções de justiça (H2), da influência da satisfação (H3) e da lealdade (H6) do cliente durante a

gestão do atendimento às reclamações e recuperação de falhas (serviços), para reduzir propagação de

reclamações eWOM e também a influência desses construtos (H4, H5 e H7) no perfil de Aceitação à

tecnologia (TAM).

H1: As Percepções de Justiça no gerenciamento de reclamações estão negativamente relacionadas à

divulgação de reclamações eWOM;

H2: A alta aceitação à tecnologia (TAM) pelos consumidores está positivamente relacionada às

Percepções de Justiça no gerenciamento de reclamações;

H3: A satisfação do consumidor com o gerenciamento de reclamação está negativamente relacionada à

divulgação de reclamações eWOM;

H4: A alta aceitação à tecnologia (TAM) pelos consumidores está positivamente relacionada à

satisfação do consumidor com o gerenciamento da reclamação;

H5: A alta aceitação à tecnologia (TAM) pelos consumidores está positivamente relacionada à Lealdade

do consumidor;

H6: A Lealdade do consumidor está negativamente relacionada à divulgação de reclamações eWOM;

H7: A alta aceitação à tecnologia (TAM) pelos consumidores está positivamente relacionada à

divulgação de reclamações eWOM;

Em resumo, segue abaixo um quadro resumo com as hipóteses e seus respectivos construtos e

referências:

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40

QUADRO 3 – Hipóteses e Referências

Hipóteses Propostas Construtos Referências do Tema

H1: As Percepções de Justiça

no gerenciamento de

reclamações estão

negativamente relacionadas à

divulgação de reclamações

eWOM;

Justiça Processual;

Justiça Distributiva;

Justiça Interpessoal;

Tax et al. (1998);

Tax e Brown (1998);

Eccles e Durand (1998);

Estelami (2000);

Johnston e Mehra (2002);

Davidow (2003);

La & Kandampully (2004);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Marketing boca a boca on-

line - eWOM.

Arenas-Gaitan et al. (2013);

Ramirez-Correa et al. (2015);

Tagliari (2015);

H2: A alta aceitação à

tecnologia (TAM) pelos

consumidores está

positivamente relacionada às

Percepções de Justiça no

gerenciamento de reclamações;

Justiça Processual;

Justiça Distributiva;

Justiça Interpessoal;

Tax et al. (1998);

Tax e Brown (1998);

Eccles e Durand (1998);

Estelami (2000);

Johnston e Mehra (2002);

Davidow (2003);

La & Kandampully (2004);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Utilidade percebida;

Atitude;

Intenção;

Davis (1989);

Shin (2010);

Mulero (2012)

Stefanan et al. (2014)

H3: A satisfação do consumidor

com o gerenciamento de

reclamação está negativamente

relacionada à divulgação de

reclamações eWOM;

Satisfação com o

gerenciamento da

reclamação;

Eccles e Durand (1998);

Tax et al. (1998);

Tax e Brown (1998);

Dos Santos (2001);

Johnston e Mehra (2002);

La e Kandampully (2004);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Marketing boca a boca on-

line - eWOM.

Arenas-Gaitan et al. (2013);

Ramirez-Correa et al. (2015);

Tagliari (2015);

H4: A alta aceitação à

tecnologia (TAM) pelos

consumidores está

positivamente relacionada à

satisfação do consumidor com o

gerenciamento da reclamação.

Satisfação com o

gerenciamento da

reclamação;

Eccles e Durand (1998);

Tax et al. (1998);

Dos Santos (2001);

Johnston e Mehra (2002);

La e Kandampully (2004);

Quartieri (2007);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Utilidade percebida;

Atitude;

Intenção;

Davis (1989);

Shin (2010);

Mulero (2012)

Stefanan et al. (2014)

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41

Hipóteses Propostas Construtos Referências do Tema

H5: A alta aceitação à

tecnologia (TAM) pelos

consumidores está

positivamente relacionada à

Lealdade do consumidor.

Lealdade do consumidor.

Fornell e Wernerfelt (1988);

Zeithaml at al.(1996);

Bpshoff (1997);

Tax e Brown (1998);

Sirdeshmukh et al. (2002);

OH (2003);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Utilidade percebida;

Atitude;

Intenção;

Davis (1989);

Shin (2010);

Mulero (2012)

Stefanan et al. (2014)

H6: A Lealdade do consumidor

está negativamente relacionada

à divulgação de reclamações

eWOM;

Lealdade do consumidor.

Fornell e Wernerfelt (1988);

Zeithaml at al.(1996);

Bpshoff (1997);

Tax e Brown (1998);

Andreassen (2001);

Sirdeshmukh et al. (2002);

OH (2003);

Dos Santos e Fernandes (2008);

Marketing boca a boca on-

line - eWOM.

Arenas-Gaitan et al. (2013);

Ramirez-Correa et al. (2015);

Tagliari (2015);

H7: A alta aceitação à

tecnologia (TAM) pelos

consumidores está

positivamente relacionada à

divulgação de reclamações

eWOM;

Utilidade percebida;

Atitude;

Intenção;

Davis (1989);

Shin (2010);

Mulero (2012)

Stefanan et al. (2014)

Marketing boca a boca on-

line - eWOM.

Arenas-Gaitan et al. (2013);

Ramirez-Correa et al. (2015);

Tagliari (2015);

Fonte: O autor (2018).

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42

2.6.2 Modelo teórico

A figura 3 representa graficamente as relações que o modelo teórico que será testado.

FIGURA 3 - Relações do modelo teórico testado.

Fonte: O autor (2018).

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43

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Este capítulo apresenta uma visão geral dos procedimentos metodológicos que serão utilizados nas

investigações da pesquisa. Primeiramente será apresentado o delineamento da pesquisa, incluindo os

procedimentos utilizados, variáveis, população e amostra, e, posteriormente, os instrumentos de coletas

de dados e tipos de análises a serem utilizadas.

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Esta pesquisa utilizou os pressupostos sugeridos por Hair et al (2009) e Malhotra, Birks e Wills (2012)

para estudos de natureza quantitativa, caracterizando esta pesquisa como descritiva, com a utilização de

um levantamento (survey), com corte transversal único.

A pesquisa descritiva tem como objetivo entender características de determinada população ou

fenômeno ou verificar a relação entre variáveis (GIL, 2010). A pesquisa descritiva de natureza

quantitativa utiliza a coleta estruturada de dados de um número representativo de respondentes, a

tabulação e à verificação das frequências e das interações das variáveis pesquisadas entre si (HAIR Jr.

et al., 2009; MALHOTRA; BIRKS; WILLS, 2012).

Segundo Churchill Jr. (1999), as pesquisas descritivas possuem uma formalidade e são estruturadas,

normalmente, através de hipóteses, descritas em um modelo teórico. O autor destaca que a utilização do

método de levantamento (survey) com corte transversal é amplamente utilizado. O método survey é

aplicado a uma amostra da população em um questionário estruturado com perguntas padronizadas, de

forma a obter informações dos respondentes sobre seus comportamentos, intenções, percepções,

motivações e características (HAIR Jr. et al., 2009; MALHOTRA; BIRKS; WILLS, 2012).

Com base na classificação apresentada por Prodanov e Freitas (2013), a pesquisa foi delineada quanto

a sua natureza e objetivos, procedimentos técnicos utilizados e forma de abordagem do problema.

3.1.1 Quanto à natureza e objetivo

Pesquisa de natureza quantitativa, descritiva, com a utilização de um levantamento (survey), com corte

transversal único. Na fase da pesquisa descritiva será aplicado um questionário para o levantamento de

dados, que serão registrados, analisados e interpretados sem a interferência do pesquisador, conforme

definição de Prodanov e Feitas (2013).

O desenho do questionário difere da forma como vai ser realizado e do contato com o respondente.

Assim existem dois tipos de questionário, que por sua vez são constituídos por subtipos: auto

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44

administrado (online, correio e entrega e recolha) e através de entrevistador (por telefone ou presencial)

(SAUNDERS et al, 2003). No presente estudo será utilizado um questionário online (por e-mail ou

colocado na internet), o que permite abranger pessoas geograficamente dispersas (SAUNDERS et al,

2003).

Será construído através da plataforma Google Forms, gerando um link para que os respondentes possam

preencher diretamente ao questionário e as suas respostas ficam automaticamente gravadas. O

questionário realizado neste estudo é curto, objetivo e contém apenas as questões necessárias à

investigação, uma vez que perguntas desnecessárias vão alongar o questionário, fazendo o respondente

perder o interesse em responder corretamente (SAUNDERS et al, 2003; MALHOTRA, 2006).

Segundo Malhotra (2006), os respondentes podem ainda sentir pouca vontade para responder se lhes

for exigido demasiado esforço, assim o investigador deve tentar minimizar ao máximo essa percepção

de esforço por parte do respondente, ordenando as questões em série de opções, em que o respondente

deverá apenas assinalar as que correspondem às suas respostas.

A ordem das questões é também bastante relevante. Para melhorar o sentido e entendimento do

respondente, o questionário está construído baseado numa ordem que seguiu a lógica do modelo de

investigação formulado e agrupando as questões de um mesmo assunto ou conteúdo (SAUNDERS ET

AL, 2003).

Por outro lado, as questões mais sensíveis devem ser colocadas no final, uma vez que a desconfiança já

foi ultrapassada e a legitimidade da investigação estabelecida, o que fará com que o respondente tenha

maior vontade em responder tais questões (MALHOTRA, 2004).

3.1.2 Quanto aos procedimentos técnicos utilizados

Pesquisa bibliográfica com base em livros, artigos científicos e dissertações. As afirmações realizadas

ao longo do texto foram suportadas por citações, respeitando a metodologia de apresentação de trabalhos

científicos.

Através da aplicação de questionário estruturado (APÊNDICE A), uma amostra representativa da

população, os dados foram coletados, quantitativamente analisados e dão suporte às conclusões e a

apresentação dos resultados.

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45

3.1.3 Quanto à abordagem do problema

Pesquisa quantitativa fundamentada em análise estatística para a validação das hipóteses levantadas

através das relações entre as variáveis apresentadas na seção 2.6.2 “Modelo Teórico”.

3.1.4 Variáveis pesquisadas

As avaliações das escalas utilizadas seguem o modelo proposto por Churchill (1979). Segundo o autor,

uma boa pesquisa deve começar com a definição clara daquilo que se pretende investigar, seguindo-se

da escolha dos itens que irão compor o instrumento. No caso de um estudo exploratório, a medida deverá

ser purificada, sugerindo-se uma nova coleta de dados e, então, a avaliação da validade e confiabilidade

das medidas. No caso desta pesquisa, serão utilizadas escalas já conhecidas e amplamente testadas em

trabalhos realizados na área da administração de empresas e marketing, sendo assim, a validação terá

um caráter confirmatório. Ainda assim, devido a modificações feitas pelo autor e por conta da utilização

isolada de fatores componentes de medidas maiores, faz-se necessário o cumprimento de uma rotina

exploratória.

Portanto, o agrupamento teórico dos itens nos fatores, conforme descrito pela teoria, será inicialmente

submetido a uma análise confirmatória e, posteriormente, com o objetivo aperfeiçoar a utilização do

instrumento, os dados serão submetidos à análise exploratória para identificação de um melhor

agrupamento das variáveis (HAIR et al., 2009).

As variáveis são as respostas às perguntas em escala LIKERT dos construtos pesquisados: Justiça

Processual, Justiça Interpessoal, Justiça Distributiva, TAM (Utilidade percebida, Atitude e Intenção de

uso), Satisfação, Lealdade e eWOM, descritas em detalhe no Quadro 3.

Abaixo a figura 4 destaca o passo a passo dos procedimentos metodológicos utilizados nesta pesquisa:

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FIGURA 4 - Desenho metodológico da pesquisa.

Fonte: adaptado de Churchill (1979)

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

Foi escolhida uma amostragem por conveniência, não probabilística de consumidores ativos ou em

potencial indagados a responderem ao questionário e com idade superior a 18 anos. Oliveira (2001)

define amostragem não probabilística como “aquela em que a seleção dos elementos da população para

compor a amostra depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no

campo”, e amostra por conveniência como “A seleção de membros da população mais acessíveis”.

O tamanho da amostra ainda é um assunto que gera discussões, pois esta depende do tipo de análise

estatística a ser realizada no estudo, e existem, ainda, autores que discordam sobre o número de

respondentes a ser utilizando dentro de uma mesma análise estatística (DAMÁSIO, 2012).

Para análises de regressão logística, Hair et al. (2005) sugerem que o tamanho da amostra deve respeitar

a relação de nove casos para cada variável independente presente na equação. Neste sentido, se, por

exemplo, como resultado de uma regressão logística for obtida uma equação com 5 variáveis

independentes, sugere-se que haja uma amostra de, no mínimo, 45 respondentes para que a mesma se

mostre significativa.

Cattell (1978), por sua vez indica um número N de, pelo menos, 250 respondentes, existindo uma razão

de 3 a 6 respondentes por item. Já Everitt (1975) sugere que existam, pelo menos, 10 respondentes para

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cada item do questionário. O consenso é de que quanto maior a amostragem, mais preciso será o

resultado da análise (DAMÁSIO, 2012).

No presente estudo, foi obtida 271 respondentes que passaram no critério de inclusão (ter realizado

alguma reclamação no último ano), através de formulário online, adequado para a utilização da

regressão logística e demais análises propostas na pesquisa.

3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento de coleta de dados é um questionário estruturado com 46 questões de múltipla escolha.

Estas questões foram formuladas com perguntas próprias e de análises adaptadas para esta pesquisa

seguindo os construtos formulados pelos seus autores, cujas respectivas escalas e referências foram

tabeladas na Tabela 4.

A pergunta 01, dicotômica (sim/não), será considerada um filtro como critério de inclusão, onde é

requerido que tenha havido uma reclamação para a empresa ou terceiros nos últimos 12 meses com a

compra ou utilização de produtos/serviços. A negativa para esta pergunta leva o entrevistado à pergunta

condicional Impedimentos para Reclamação:

Por que você não registrou ou divulgou a reclamação?

1. Não achei meios de entrar em contato com a empresa/responsável;

2. A empresa não respondeu meu contato

3. Desisti por ser muito trabalhoso;

4. Desisti por saber que não irá ajudar em nada;

5. Apenas decidi não comprar mais desta empresa, produto ou serviço;

6. Não me lembro de ter ficado insatisfeito com qualquer produto ou serviço.

A pergunta 02 requer que o entrevistado selecione qual o meio de comunicação que o cliente utilizou

para registrar a reclamação:

1. Não procurei a empresa

2. Procurei a empresa pessoalmente através do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)

3. Procurei a empresa por telefone ou e-mail

4. Por Chat ou Mensagem privada através do site da empresa na internet ou nas redes sociais

5. Outro meio

A pergunta 03 e 04 avalia se o usuário chegou fazer eWOM por uma pergunta dicotômica (sim/não) na

internet, nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens (Whatsapp, Telegram etc.) e quais meios

foram utilizados de livre escolha:

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1. Divulguei por Whatsapp ou outros aplicativos de mensagens (Telegram, etc.)

2. Publiquei nas redes sociais (Facebook, Instagram, etc.)

3. Publiquei em site de reclamações (como o "Reclame Aqui")

4. Outros meios não listados

5. Eu não divulguei ou publiquei minha insatisfação.

A última pré-análise também acerca de eWOM, pergunta 05, questiona se, quando insatisfeito com

algum produto ou serviço, o entrevistado procura o Serviço de atendimento ao Consumidor (SAC), ou

prefere publicar diretamente na internet, redes sociais ou aplicativos de mensagens (Whatsapp).

As questões 06 a 17 avaliam a percepção do cliente em relação ao gerenciamento da reclamação, através

dos construtos de Percepção de Justiça, como apresentados na Tabela 4. Neste tema, é utilizada a escala

Tipo LIKERT, que reflete não apenas se os respondentes concordam ou não concordam com as

afirmações, mas também seu grau de concordância (MALHOTRA, 2006; LUCIAN; DORNELAS,

2014), em uma escala de mensuração com 05 categorias de respostas, variando de “discordo totalmente”

a “concordo totalmente”.

As questões 18 a 25 avaliam a percepção do cliente em relação ao gerenciamento da reclamação, através

da avaliação do construto Para isto é utilizada a escala Tipo LIKERT de 5 pontos, variando de “discordo

totalmente” a “concordo totalmente”. As questões 21 a 25 avaliam a o construto Lealdade do cliente à

empresa reclamada. Para isto será utilizada escala LIKERT de 5 pontos de diferencial semântico com a

seguinte variação: “Muito improvável” à “Muito provável”.

As questões 26 a 36 são referentes à escala TAM e seus construtos referidos na Tabela 4. Ela avalia a

relação cliente à utilidade percebida, sua atitude e intenção de uso frente às redes sociais. Para tal, foi

utilizada a escala Tipo LIKERT de 5 pontos, variando de “Discordo totalmente” a “Concordo

totalmente”.

As questões 37 a 42 avaliam o último construto, a propensão à realização de boca a boca eletrônico

(eWOM) nas redes sociais. Para isto é utilizada a escala Tipo LIKERT de 5 pontos, variando de

“Discordo totalmente” a “Concordo totalmente”. As questões 37, 39 e 41 avaliam a propensão em

realizar boca a boca POSITIVA, ou seja, falar positivamente da empresa (eWOM positivo), enquanto

que as questões 38, 40 e 42 avaliam a propensão em realizar boca a boca NEGATIVA, ou seja, falar

negativamente da empresa (eWOM negativo).

Por fim, as questões 43 a 46 se referem aos dados sociodemográficos pessoais dos entrevistados, de

múltipla escolha, colocadas por último uma vez que estando familiarizado com o assunto da pesquisa,

apresenta menos relutância em responder a questões desse tipo (MALHOTRA, 2006).

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49

TABELA 4 – Relação das questões, escalas e referências

Construto Sigla Questões adaptadas Tipo de escala Referência

Justiça

Interpessoal

(Questões 6 a

10)

JI1

JI2

JI3

JI4

JI5

1. Eles foram honestos comigo.

2. Eles pareceram interessados no meu problema.

3. Eles tentaram arduamente resolver o problema.

4. Eles me deram uma explicação razoável sobre

a causa do problema.

5. Eu recebi um pedido de desculpas sincero.

LIKERT

de 5 pontos.

1 = Discordo

Totalmente

à

5 = Concordo

totalmente

Retiradas de:

Dos Santos e

Fernandes

(2008);

Tax et al.

(1998).

Justiça

Processual

(Questões 11 a

14)

JP1

JP2

JP3

JP4

1. Eles responderam rapidamente minha

reclamação.

2. A empresa assumiu a responsabilidade pela

ocorrência do problema.

3. O acesso à empresa para fazer a reclamação foi

fácil.

4. Eu tive a chance de contar a eles detalhes sobre

o meu problema.

Justiça

Distributiva

(Questões 15 a

17)

JD1

JD2

JD3

1. A empresa me deu o que eu necessitava.

2. Eu recebi o que eu pedi.

3. O resultado final da reclamação foi o esperado

Satisfação

com o

gerenciamento

da reclamação

(Questões 18 a

20)

Sat1

Sat2

Sat3

1. Eu fiquei feliz com a maneira como a empresa

lidou com minha reclamação.

2. Eu estou satisfeito com a maneira como minha

reclamação foi resolvida

3. No geral, eu fiquei satisfeito com a maneira

que a reclamação foi tratada

LIKERT

de 5 pontos.

1 = Discordo

Totalmente

à

5 = Concordo

totalmente

Retiradas de:

Dos Santos e

Fernandes

(2008);

Tax et al.

(1998).

Lealdade do

cliente

(Questões 21 a

25)

Lea1

Lea2

Lea3

Lea4

Lea5

1. Com que probabilidade você recomendará a

empresa para amigos, vizinhos e parentes.

2. Com que probabilidade você dirá coisas

positivas sobre a empresa para outras pessoas.

3. Com que probabilidade você fará negócios

com a empresa na próxima vez que precisar do

mesmo serviço ou produto?

4. Com que probabilidade você considerará a

empresa como a primeira escolha na aquisição

do mesmo tipo de serviço ou produto?

5. Com que probabilidade você continuará

fazendo negócios com essa empresa no futuro?

LIKERT

de 5 pontos.

1 = Discordo

Totalmente

à

5 = Concordo

totalmente

Retiradas de:

Dos Santos e

Fernandes

(2008);

Tax et al.

(1998).

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Construto Sigla Questões adaptadas Tipo de escala Referência

(TAM)

Utilidade

Percebida

(Questões 26 a

29)

Tup1

Tup2

Tup3

Tup4

1. Eu penso que os serviços das redes sociais e

aplicativos de mensagens são muito úteis

para a minha vida em geral.

2. Eu penso que os serviços das redes sociais e

aplicativos de mensagens ajudam a melhorar

meu desempenho em geral.

3. Eu penso que os serviços das redes sociais e

aplicativos de mensagens ajudam a melhorar

a eficácia da minha vida em geral.

4. Eu penso que os serviços das redes sociais e

aplicativos de mensagens fornecem serviços

úteis e informações para mim.

LIKERT

de 5 pontos.

1 = Discordo

Totalmente

à

5 = Concordo

totalmente

Retiradas de:

Stefanan et al.

(2014);

Davis (1989).

(TAM)

Atitude

(Questões 30 a

32)

Tat1

Tat2

Tat3

1. Eu penso que o uso dos serviços das redes

sociais e aplicativos de mensagens é uma boa

ideia.

2. Eu penso que o uso dos serviços das redes

sociais e aplicativos de mensagens é benéfico

para mim.

3. Eu tenho percepções positivas sobre o uso

dos serviços das redes sociais e aplicativos

de mensagens.

(TAM)

Intenção de

Uso

(Questões 33 a

36)

Tiu1

Tiu2

Tiu3

Tiu4

1. Eu pretendo usar os serviços redes sociais e

aplicativos de mensagens no futuro.

2. Eu pretendo usar os serviços das redes sociais e

aplicativos de mensagens, tanto quanto

possível.

3. Eu recomendo que outras pessoas usem os

serviços das redes sociais e aplicativos de

mensagens.

4. Eu pretendo continuar usando os serviços das

redes sociais e aplicativos de mensagens no

futuro

Propensão a

fazer eWOM

(Questões 37 a

42)

EWOM1

EWOM2

EWOM3

EWOM4

EWOM5

EWOM6

1. Quando tenho BOA experiência com uma

empresa, manifesto em minhas redes sociais

ou aplicativos de mensagens.

2. Quando tenho uma experiência RUIM com

uma empresa, manifesto em minhas redes

sociais ou aplicativos de mensagens.

3. Sou propenso a dizer coisas BOAS pelas

redes sociais ou aplicativos de mensagens,

sobre uma empresa ou produto que atendeu

ou superou minhas expectativas.

4. Sou propenso a dizer coisas RUINS pelas

redes sociais ou aplicativos de mensagens,

sobre uma empresa ou produto que não

atendeu adequadamente minhas expectativas.

5. Eu recomendaria o uso de um serviço ou

produto, que atendeu ou superou minhas

expectativas, a meus amigos e familiares

através das redes sociais ou aplicativos de

mensagens.

6. Eu desestimularia o uso de um serviço ou

produto, que não atendeu minhas

expectativas, a meus amigos e familiares

através das redes sociais ou aplicativos de

mensagens.

LIKERT

de 5 pontos.

1 = Discordo

Totalmente

à

5 = Concordo

totalmente

Retiradas de:

Tagliari (2015);

Ramìrez-Correa

et al. (2015);

Arenas-Gaitan

et al. (2013);

Walsh e Beatty

(2007).

Fonte: O autor (2018).

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51

Uma modificação realizada foi a uniformização do número de pontos das escalas utilizadas, já que

algumas das escalas originais tinham 7 pontos. Esta modificação tem a finalidade de facilitar o

entendimento das escalas. As questões sobre redes sociais retiradas de Tagliari (2015) foram revalidadas

na língua portuguesa com (α=0,756) no trabalho de Mariano e Paiva (2014), sendo adaptadas do

trabalho de Roldan Cataluña e Ramírez (2013). Todas as medidas utilizadas foram retiradas de outras

pesquisas, traduzidas e validadas para a língua portuguesa pelos autores destacados ou referências

utilizadas por eles conforme mostrado na Tabela 4.

3.3.1 Coleta de dados

Na coleta de dados estruturada, elaborou-se um questionário formal e as perguntas organizadas numa

ordem predeterminada. O questionário foi o instrumento de coleta de dados empregado nessa pesquisa.

Para Malhotra (2006), o método de levantamento apresenta diversas vantagens: é de simples aplicação,

os dados obtidos são confiáveis porque as respostas se restringem às alternativas mencionadas e a

codificação, a análise e a interpretação dos dados são relativamente simples. As desvantagens, segundo

o autor, são: o entrevistado fica relutante em responder, principalmente se as informações forem

pessoais, e existe a dificuldade em formular, adequadamente, as perguntas. Os respondentes receberão

o questionário definitivo através do aplicativo Whatsapp e diretamente por e-mail, e suas respostas

foram automaticamente endereçadas ao Google Forms.

Para a construção do instrumento de coleta de dados, levou-se em consideração o critério que deve ser

observado na elaboração de um bom questionário. Assim, as informações pesquisadas devem estar

atreladas aos objetivos, geral e específicos. Também se considerou o público-alvo que responderá ao

questionário, observando seus níveis educacionais e sua experiência. Assim, as perguntas foram

elaboradas com propósitos legítimos e buscar superar a falta de capacidade e disposição dos

entrevistados em responder (MALHOTRA, 2006).

Dessa forma, construiu-se um questionário composto de perguntas fechadas ou estruturadas, que

diminuem o esforço exigido dos entrevistados, e que estavam ligadas ao objetivo da pesquisa. Segundo

Malhotra (2006), as perguntas estruturadas especificam o conjunto de respostas alternativas, assim como

seus formatos. Podem ser perguntas de múltipla escolha, perguntas dicotômicas, que exigem respostas

do tipo sim e não, ou escalas. O questionário da pesquisa é composto praticamente de perguntas de

múltipla escolha e escalas (APÊNDICE A).

Para avaliar o entendimento dos entrevistados em relação ao questionário, foi realizado pré-teste no

ambiente de espera proposto, envolvendo a aplicação de 15 questionários.

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3.4 MÉTODOS DE ANÁLISE

Neste estudo optou-se pela utilização das seguintes análises estatísticas: Análise Exploratória de Fatores

através de uma Análise de Componentes Principais (Principal Component Analysis - PCA) e Análise

por Mínimos Quadrados Parciais conjugado com uma Análise Discriminante (Partial Least Squares –

Discriminant Analysis – PLS-DA); sua validação feita através da Análise de Consistência Interna através

do cálculo do Alfa de Cronbach e validação cruzada através de análise de variância dos grupos (CV-

ANOVA); finalmente as variáveis de importância são utilizadas em um modelo de Regressão Logística

para achar sua associação com a chance de pertencer ou não ao grupo realizador de “eWOM”.

A utilização de variáveis dependentes e independentes binárias, permite uma melhor visualização do

efeito da presença de uma variável independente em relação à uma variável independente

(TABACHNICK; FIDELL, 2013). Dessa forma, as escalas do tipo Likert de 5 pontos foram

transformadas em escalas binárias, tendo as respostas valores de 0 ou 1. O ponto de corte de cada uma

das escalas se deu através da utilização de sua mediana. Valores iguais ou inferiores à mediana foram

codificados como 0 (baixo) e os valores superiores à mediana foram codificados como 1 (alto) (VAN

DOORN et al., 2013).

TABELA 5 – Relação das medianas dos construtos e das variáveis do estudo

Construtos Mediana Variáveis Mediana Variáveis Mediana Variáveis Mediana

JI 3 JI.1 3 Sat.1 3 Tat.1 5

JP 3 JI.2 3 Sat.2 3 Tat.2 4

JD 3 JI.3 3 Sat.3 2 Tat.3 4

Sat 3 JI.4 2 Lea.1 2 Tiu.1 4

Lea 2 JI.5 1 Lea.2 2 Tiu.2 4

TAM 4 JP.1 2 Lea.3 2 Tiu.3 4

Tup 4 JP.2 3 Lea.4 2 Tiu.4 4

Tat 4 JP.3 3 Lea.5 2 Ewom1 3

Tiu 4,5 JP.4 4 Tup.1 4 Ewom2 3

Ewom 3 JD.1 3 Tup.2 4 Ewom3 3

EwN 4 JD.2 3 Tup.3 4 Ewom4 3

EwP 3 JD.3 3 Tup.4 4 Ewom5 4

Ewom6 4

Fonte: O autor (2018).

Para facilitar a análise, foram criadas duas classes para o construto eWOM: o eWOM Positivo (EwP)

para avaliar a resposta das perguntas benéficas, com propensão em falar bem da empresa, e o eWOM

Negativo (EwN) para avaliar a resposta às perguntas maléficas com propensão em falar mal da empresa.

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Os construtos de Justiça (JI, JD, JP) e os construtos do modelo TAM (Tat, Tiu, Tup) também foram

analisados de forma agrupada, respectivamente como sendo a avaliação geral da Percepção de Justiça e

a avaliação geral do Perfil TAM.

3.4.1 Análise fatorial exploratória

A análise fatorial é uma técnica de resumo ou redução de dados que não possui variáveis dependentes

e independentes. É, portanto, uma técnica de interdependência, em que todas as variáveis são

consideradas simultaneamente. De acordo com Hair et al (2009), a AFE é capaz de reduzir um grande

número de dados em grupos menores chamados dimensões ou fatores. O procedimento se dá através da

medição do efeito de duas ou mais variáveis independentes em vários níveis, gerando uma medida desta

interação para todas as variáveis em cada fator (agrupamento) com valores maiores indicando uma

maior força de interação (MALHOTRA, 2006). De maneira geral, é uma técnica estatística que utiliza

uma transformação ortogonal para converter um conjunto de observações de variáveis possivelmente

correlacionadas em um conjunto de valores de variáveis lineares não correlacionadas, chamadas

componentes principais (ABDI; WILLIAMS, 2000). Os vetores resultantes são um conjunto de bases

ortogonais não correlacionadas, sendo esta Análise de Componentes Principais (PCA) sensível ao

dimensionamento relativo das variáveis originais. Os valores destas componentes variam entre 0 e 1,

sendo que valores maiores representam uma maior força de relação com um determinado fator (HAIR

et al., 2009). O primeiro componente principal então terá a maior variância possível (ou seja, será

responsável pela maior variabilidade possível dos dados), e cada componente sucessor, por sua vez, tem

a variância mais alta possível sob a restrição que é ortogonal aos componentes precedentes (HAIR et.

al. 2009).

O PCA é uma ferramenta estatística análoga ao teorema do eixo principal na mecânica originalmente

desenvolvido por Pearson e mais tarde nomeado por Harold Hotelling. O PCA é usado principalmente

como uma ferramenta na análise exploratória de dados e na criação de modelos preditivos. O PCA pode

ser feito por decomposição de autovalor de uma matriz de covariância de dados (ou correlação) ou

decomposição de valor singular de uma matriz de dados, geralmente após centralizar a mediana de

dados para cada atributo. Os resultados de um PCA são geralmente discutidos em termos de escores de

componentes, às vezes chamados de escores de fatores ou Score Ploting, onde os valores das variáveis

são correlacionados a um ponto de dados específico e Score Loadings, que se refere ao peso pelo qual

cada variável original padronizada deve ser multiplicada para obter a pontuação do componente (ABDI;

WILLIAMS, 2000).

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PCA é a mais simples das análises multivariadas baseadas em autovetores verdadeiros. Em outras

palavras, a PCA é capaz de revelar a estrutura interna dos dados da melhor maneira a explicar suas

variações. Se um conjunto de dados multivariado é visualizado como um conjunto de coordenadas em

um espaço de dados de alta dimensão (1 eixo por variável), o PCA pode fornecer ao usuário uma

imagem com quantidades limitadas de dimensões com a menor perda de dados possível, utilizando-se

apenas os primeiros componentes principais (ABDI; WILLIAMS, 2000).

3.4.2 Análise de Variância Cruzada (CV-ANOVA)

A análise de variância (CV-ANOVA) é uma coleção de modelos estatísticos e seus procedimentos

associados (como "variação" entre grupos) usados para analisar as diferenças entre as médias dos

grupos. Na configuração da CV-ANOVA, a variação observada em uma determinada variável é

particionada em componentes atribuíveis a diferentes fontes de variação. Em sua forma mais simples, a

CV-ANOVA fornece um teste estatístico para determinar se as médias de vários grupos são iguais ou

não e, portanto, generaliza o teste t para mais de dois grupos. A CV-ANOVA é útil para comparar

(testar) três ou mais médias (grupos ou variáveis) para significância estatística (HAIR, 2009).

CV-ANOVA é uma forma particular de teste de hipóteses estatísticas, muito utilizada em análise de

dados experimentais. Um resultado de teste (calculado a partir da hipótese nula e da amostra) é chamado

estatisticamente significativo se for considerado improvável que tenha ocorrido por acaso, assumindo a

verdade da hipótese nula. Um resultado estatisticamente significativo, quando uma probabilidade

(valor-p) é menor do que um limiar (nível de significância), justifica a rejeição da hipótese nula, mas

apenas se a probabilidade a priori da hipótese nula não for alta (ERIKSSON et al., 2008). Na aplicação

típica da CV-ANOVA, a hipótese nula é que todos os grupos são simplesmente amostras aleatórias da

mesma população. Rejeitar a hipótese nula significa que as diferenças nos efeitos observados entre os

grupos observados não se devem ao acaso (ERIKSSON et al., 2008).

Como análise exploratória de dados, uma CV-ANOVA é uma organização de uma decomposição de

dados aditivos e suas somas de quadrados indicam a variação de cada componente da decomposição

(ou, equivalentemente, cada conjunto de termos de um modelo linear). Em suma, a CV-ANOVA é uma

ferramenta estatística utilizada de várias maneiras para desenvolver e confirmar uma explicação para os

dados observados (HAIR, 2009).

Apesar da CV-ANOVA também possibilitar a análise da confiabilidade do modelo com base na

variância extraída e dos testes de confiabilidade, para esta pesquisa optou-se por utilizar adicionalmente

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o coeficiente Alfa de Cronbach, por ser medida diagnóstica mais amplamente utilizada em pesquisas

científicas (HAIR et al., 2005).

É esperada uma elevada proporção de validade convergente, com cargas padronizadas idealmente

acima de 0,7 e uma variância extraída superior a 0,5. O alfa de Cronbach será utilizado como coeficiente

de confiabilidade com uma expectativa superior a 0,7.

3.4.3 Análise de regressão logística

A análise de regressão logística é um tipo de análise de regressão múltipla que “utiliza as variáveis

independentes cujos valores são conhecidos para prever os valores da variável dependente selecionada

pelo pesquisador” (HAIR et al., 2009, p.154). A regressão logística é uma técnica especial de regressão,

na qual a variável dependente é do tipo binária (HAIR Jr. et al., 2009). O objetivo final, ao se utilizar

este modelo de análise, é o mesmo que outro tipo de regressão, como a regressão linear, que é o de

encontrar o modelo que melhor descreve a relação entre variáveis dependentes e independentes

(HOSMER; LEMESHOW; STURDIVANT, 2013).

Segundo Tabachnick e Fidell (2013) a regressão logística é apontada como sendo a melhor técnica

multivariada nas situações em que a variável dependente não é paramétrica. Ainda segundo Tabachnick

e Fidell (2013) a regressão logística é relativamente livre de restrições e capaz de analisar uma complexa

variedade de preditores. Adicionalmente, Hair Jr. et al. (2009) acrescentam que a regressão logística não

depende da suposição de normalidade das variáveis, fazendo com que a regressão logística seja uma

técnica de maior aplicabilidade.

A Regressão Logística permite, ainda, a análise de dados quando estes não apresentam características

paramétricas das variáveis (HAIR Jr. et al., 2009; HOSMER; LEMESHOW; STURDIVANT, 2013).

Sob a ótica da regressão logística, são consideradas duas possibilidades de resultados, sim ou não,

representados respectivamente por “0” e “1”. Da mesma forma, um valor provável entre “0” e “1” é

obtido e associado a cada uma das variáveis independentes, para a identificação dos fatores com maior

influência sobre a variável dependente. Alguns softwares estatísticos são utilizados na operacionalização

da regressão logística objetivando a projeção de cenários desenhados a partir da inserção ou exclusão

de variáveis do modelo.

Por fim, a razão de chances (Odds Ratio) foi calculada a partir da função exponencial do coeficiente de

cada variável. Este coeficiente expressa o número de vezes em que a presença do valor 1 da variável

independente aumenta a chance de ocorrência do resultado 1 para a variável dependente, quando

comparado com a ausência deste fator. Assim, “um Odds Ratio de valor 5 para determinada variável

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independente, significa que a presença desta variável, operacionalizada pelo valor 1, aumenta em 5

vezes as chances de ocorrência da variável dependente” (ARAÚJO, 2006). Será, portanto, utilizada

nesta pesquisa para que seja possível identificar a força das relações entre as variáveis pesquisadas,

possibilitando a identificação de cada variável independente em relação às variáveis dependentes

existentes no estudo.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A apresentação dos resultados seguirá a seguinte ordem de apresentação:

Será apresentada a análise descritiva das variáveis da amostra e o comportamento da normalidade obtida

través do teste de Shapiro-Wilk e Kolgomorov-Smirnov e do teste de homogeneidade de Levene.

Por meio da Análise de Componentes Principais (PCA) foram identificados os principais vetores de

consolidação das variáveis visualizadas através do Gráfico Score Plot. Em seguida foi realizada a análise

de regressão por mínimos quadrados ou Partial Least Square (PLS) apresentados através dos Gráficos

Score plot e Loading plot.

Após a Análise dos Componentes Principais (PCA) o modelo foi submetido à análise de variância

cruzada (CV-ANOVA). Adicionalmente, o modelo foi submetido à validação de consistência interna

através do Alfa de Cronbach.

Após a validação e ajustes necessários ao modelo, foi realizada e Regressão Logística para obtenção do

Odds Ratio, calculado a partir da função exponencial do coeficiente de cada variável, considerando-se

também os dados demográficos e os valores pessoais para o melhor entendimento das relações entre as

variáveis analisadas e a variável dependente.

4.1 ANÁLISE DESCRITIVA DA AMOSTRA E VARIÁVEIS

Esta pesquisa conseguiu coletar, ao todo, 435 respondentes válidos através do Google Forms.

Destes 164 pessoas (37%) não fizeram nenhum tipo de reclamação, sendo então impedidas de

serem contabilizadas pelo critério de inclusão definido. A amostra detém 271 respondentes

válidos que serão chamados de “Reclamantes”, sendo o “n” total. As análises da amostra

mostram que não houve viés na distribuição de gênero, sendo esta igualitária, e na idade (sendo

esta uma distribuição normal), apesar de haver uma tendência (viés) dos respondentes em um

maior poder aquisitivo e escolaridade. Destes reclamantes 92 (33%) fizeram alguma reclamação

nas redes sociais (eWOM), se tornando o grupo de estudo em comparação a quem não o fez

(66%). A seguir os quadros apresentam o perfil sócio demográfico dos respondentes sendo estes

a prevalência de gênero que se apresenta proporcional (Gráfico 1), de Idade mostrando

prevalência de 26 a 45 anos (Gráfico 2), de Renda mostrando prevalência de R$3.152,00 a

acima de R$15.000,00 (Gráfico 3) e escolaridade prevalente sendo Pós-graduação (Gráfico 4).

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GRÁFICO 1 – Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes - Gênero.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 2 – Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes - Idade.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 3 – Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Renda familiar.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 4 – Proporções sociodemográficas da amostra de reclamantes – Grau de estudo.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 5 – Proporções da amostra de reclamantes que efetuaram eWOM (sim/não).

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

4.2 DEFINIÇÃO DO GRUPO DE ESTUDO: REALIZADORES DE EWOM

Assim que foi definido o grupo de estudo de realizadores de eWOM, foi realizada uma análise

exploratória nas médias das respostas, permitindo verificar a homogeneidade. Conforme tabela

6, os construtos apresentaram homogeneidade. De todas as variáveis estudadas, apenas três das

Justiças Interpessoais (questões JI.3, JI.4, JI.5), uma Justiça Processual (questão JP.2) e uma

Avaliativa de eWOM (questão Ewom5) apresentaram-se não homogêneas (por formarem

subgrupos de respondentes entre a classificação principal) apesar dos seus construtos não

demonstrarem tal característica (ANEXO 1). Sua homogeneidade não influenciará nas análises

posteriores pois não se realizarão análises que necessitem deste pressuposto.

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TABELA 6 – Homogeneidade das variáveis

Test of Homogeneity of Variances

Variance Levene Statistic df1 df2 Sig.

JI.1 1,211 1 269 ,272

JI.2 ,027 1 269 ,871

JI.3 5,339 1 269 ,022

JI.4 5,423 1 269 ,021

JI.5 4,351 1 269 ,038

JP.1 1,357 1 269 ,245

JP.2 4,960 1 269 ,027

JP.3 ,254 1 269 ,615

JP.4 ,309 1 269 ,579

JD.1 ,235 1 269 ,628

JD.2 ,037 1 269 ,848

JD.3 ,038 1 269 ,846

Sat.1 1,246 1 269 ,265

Sat.2 ,011 1 269 ,918

Sat.3 2,026 1 269 ,156

Lea.1 1,311 1 269 ,253

Lea.2 ,010 1 269 ,922

Lea.3 ,000 1 269 ,997

Lea.4 2,820 1 269 ,094

Lea.5 ,632 1 269 ,427

Tup.1 ,748 1 269 ,388

Tup.2 ,702 1 269 ,403

Tup.3 2,117 1 269 ,147

Tup.4 ,131 1 269 ,718

Tat.1 1,978 1 269 ,161

Tat.2 ,227 1 269 ,634

Tat.3 ,023 1 269 ,879

Tiu.1 ,047 1 269 ,829

Tiu.2 ,159 1 269 ,690

Tiu.3 ,005 1 269 ,941

Tiu.4 ,000 1 269 ,989

Ewom1 ,332 1 269 ,565

Ewom2 ,319 1 269 ,573

Ewom3 ,438 1 269 ,508

Ewom4 ,349 1 269 ,555

Ewom5 5,276 1 269 ,022

Ewom6 1,937 1 269 ,165

JI 3,405 1 269 ,066

JP 1,082 1 269 ,299

JD ,006 1 269 ,937

Sat 1,107 1 269 ,294

Lea ,075 1 269 ,785

TAM ,073 1 269 ,787

Ewom 1,908 1 269 ,168

EwN ,328 1 269 ,567

EwP ,224 1 269 ,637

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

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4.3 ANÁLISE FATORIAL EXPLORATÓRIA E ANÁLISE DE COMPONENTES

PRINCIPAIS – PCA

Através da análise de fatores realizada pelo programa SPSS 20®, surgem 4 fatores que permitem a

convergência de influências através da separação das cargas fatoriais em cada um destes fatores. Este

teste também foi realizado em um programa mais especializado neste tipo de análise, o SIMCA 14.1®.

Apesar do aparecimento de mais que 4 fatores na análise fatorial do SPSS 20®, é possível observar que

as cargas nos últimos fatores são pequenas ou dispersas, não ajudando na separação do grupo de estudo.

Este pensamento é corroborado pela Análise de Componentes Principais do SIMCA 14.1®, também

sendo uma análise de fatores, que sinaliza apenas quatro componentes como significativas para a

identificação dos grupos, com uma variância explicada máxima de R2=0,60 e uma previsibilidade

explicada de Q2=0,51.

GRÁFICO 6 – Cargas fatoriais da Análise de Componentes Principais

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

Com as cargas fatoriais de cada variável descritas em cada fator criado, foi possível estabelecer quais

variáveis e construtos estão mais associadas para sua formação. O primeiro fator contém uma coesão de

cargas associadas com os construtos de Satisfação (SAT), Lealdade (Leal) e os de Percepção de justiça

Distributiva, Interpessoal e Processual (JD, JI e JP). Esta covariância entre Satisfação e Lealdade já é

bem estudada e conhecida na literatura além de sua associação com o gerenciamento de reclamações e

suas características de Justiça percebida pelo reclamante (DOS SANTOS E FERNANDES, 2008 ; TAX

et al., 1998). O segundo fator é composto por altas cargas fatoriais do construto TAM (TAM) e

medianamente pelos relacionados ao construto Avaliação de eWOM (Ewom) e seus tipos Positivo

(EwP) e Negativo (EwN), que relacionam o tipo de eWOM em eWOM positivo (benéfico / falar

positivamente) ou eWOM negativo (degradante / falar negativamente / reclamar). Esta característica

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fortalece a ideia hipotética de que pessoas com maior aceitação tecnológica (TAM alto) tem maior

possibilidade de fazer eWOM. O terceiro fator é composto por altas cargas do construto relacionado à

Avaliação de eWOM.

TABELA 7 – Distribuição das cargas fatoriais através dos fatores criados na predição de eWOM.

Component Matrixa

Component

1 2 3 4 5 6

JI ,898 ,121 -,118

JP ,829 ,415

JD ,847 -,164 ,117 -,384 -,178

Sat ,924 -,134 ,102 -,156

Lea ,876 -,163 ,340 -,228

JI.1 ,834 -,107 ,146

JI.2 ,826 ,203

JI.3 ,846 ,115 ,110 -,122

JI.4 ,676 -,222

JI.5 ,749 -,106 ,163 -,148

JP.1 ,759 ,313

JP.2 ,813 -,124 ,127

JP.3 ,623 ,488 ,128

JP.4 ,529 ,499 ,185

JD.1 ,853 -,169 ,117 -,288 -,182

JD.2 ,823 -,164 ,118 -,395 -,190

JD.3 ,844 -,135 ,120 -,327 -,161

Sat.1 ,914 -,141 ,115 -,124

Sat.2 ,881 -,123 ,123 -,260 -,140

Sat.3 ,916 -,150 -,178

Lea.1 ,872 -,158 ,254 -,206

Lea.2 ,869 -,165 ,297 -,186

Lea.3 ,866 -,164 ,323 -,215

Lea.4 ,818 -,196 ,385 -,173

Lea.5 ,805 -,202 ,373 -,249

TAM ,261 ,896 -,238

Tup ,261 ,871 -,161

Tat ,272 ,831 -,246

Tiu ,220 ,871 -,198 ,111

Tup.1 ,249 ,783 -,165

Tup.2 ,225 ,801 -,149 -,113

Tup.3 ,239 ,779 -,122

Tup.4 ,215 ,774 -,105

Tat.1 ,249 ,777 -,244

Tat.2 ,257 ,806 -,268

Tat.3 ,237 ,759 -,223

Tiu.1 ,225 ,799 -,224

Tiu.2 ,235 ,804 -,188

Tiu.3 ,211 ,846 -,170

Tiu.4 ,198 ,848 -,191 ,112

Ewom ,472 ,834

EwN -,106 ,473 ,740 -,373

EwP ,394 ,772 ,372

Ewom1 -,104 ,335 ,664 -,137 -,418

Ewom2 ,308 ,751 ,294

Ewom3 ,463 ,698 -,373

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Ewom4 -,112 ,396 ,723 ,339

Ewom5 -,124 ,502 ,486 ,210 -,146

Ewom6 ,301 ,578 ,156 ,305

Extraction Method: Principal Component Analysis.

a. 6 components extracted.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

A análise de fatores foi realizada com todas as variáveis a fim de confirmar a coesão de cargas de cada

variável em relação às variáveis totais em cada fator, a fim de evitar perda de informação e variância

pela transformação em variável Total.

Através do SIMCA 14.1®, foi possível fazer a análise multivariada exploratória, permitindo definir perfis

discerníveis de reclamantes através do Gráfico de escores (Score Plot) do modelo, que sumariza em um

Gráfico do tipo espalhamento (Scatter Plot) a relação entre cada observação com seus posicionamentos

em relação às medianas. Portanto é obtido em 2 vetores de escores (Score Vectors), chamados de

componentes principais, onde apresenta uma concentração dos realizadores de eWOM na parte inferior

da elipse de Hotelling (que representa uma análise de variâncias multivariada) e uma maior quantidade

no quadrante esquerdo. Considera-se “realizadores de eWOM” aqueles identificados em vermelho

(dicotômica “1”) e os que não realizaram foram identificados em azul (dicotômica “0”). A separação

por PCA não é supervisionada, ou seja, não se dá informação ao programa das classes de cada um e são

somente coloridas as classes para visualização do autor. Portanto é verificado conforme o gráfico que

há uma separação natural entre os dois tipos de reclamantes apesar da pulverização e mistura, que já é

esperada.

GRÁFICO 7 – Gráfico de escores (Score Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

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GRÁFICO 8 – Gráfico de cargas (Loading Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

O posicionamento de cada reclamante neste Gráfico de escores (score plot) é dado pela carga

de influência que as variáveis têm nos seus posicionamentos e estes são exibidos no Gráfico de

cargas (Loading plot). Estes pontos atuam como vetores que mostram, a partir da origem, o

sentido e a força de influência neste aspecto (Gráfico 8). Seguindo a componente primária na

vertical (relacionada ao primeiro fator), tem-se as variáveis de Satisfação, Lealdade e

Percepções de justiça com alta influência à direita do quadro, com influências menores das

Justiças Processuais e Interpessoais para o mesmo sentido. O Gráfico 9 mostra o detalhamento

do quadrante direito do Gráfico 8.

GRÁFICO 9 – Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

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A componente secundária, relacionada mais ao segundo fator, mostra que o construto TAM

detém uma grande influência na classificação do modelo para a parte superior, que juntamente

com o construto eWOM que também influencia para tal quadrante (Gráfico 10), porém

dominando o setor esquerdo, mostra uma correlação positiva entre os dois. Em posição, o

quadrante inferior é associado a não realização de eWOM, mostrando assim uma correlação

negativa para esta característica (Gráfico 11).

GRÁFICO 10 – Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

GRÁFICO 11 – Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

Através destas análises é possível criar um Gráfico de contribuição de cada variável na

classificação do modelo e seus intervalos de confiança (Gráfico 12). No Gráfico 12b, foram

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67

evidenciados às variáveis dos construtos totais demonstrando que as Percepções de Justiça,

Satisfação e Lealdade são os melhores construtos para identificar os perfis de reclamantes,

enquanto a realização de eWOM e sociodemográfico possuem um intervalo de confiança muito

amplo, requerendo uma amostra muito maior para melhorar sua classificação.

GRÁFICO 12 – Gráfico de contribuição das variáveis (Variable Contribution Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

GRÁFICO 12b – Detalhe de contribuição das variáveis Totais (Variable Contribution Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

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68

Durante a análise da correlação entre o tipo de eWOM e os perfis, verificou-se através do Gráfico de

escores entre a segunda e quarta componente, uma melhor separação e observação destas influências

(Gráfico 14). O Gráfico a seguir mostra aqueles reclamantes que tem uma maior tendência a realizar

eWOM negativo (em vermelho, codificado como -1), os de eWOM positivo (em azul, codificado como

1), aqueles que realizam ambos os tipos indiferentemente (em amarelo, codificado como 2) e aqueles

que não mostram tendência a realiza-los (em cinza, codificado como 0).

GRÁFICO 13 – Gráfico de escores (Score Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

O Gráfico de cargas (Loading plot) mostra que a segunda componente, na horizontal, separa os que

não realizam eWOM para o setor inferior e à direita (Gráfico 14). Como visto no detalhe (Gráfico

15), a Lealdade também está associada a esta característica influenciando também para o setor

inferior, porém levando para a esquerda. Novamente, o construto TAM e de realização de eWOM

estão relacionados, levando os escores, particularmente os que fazem ambos os tipos, para o setor

superior com alta carga. E à esquerda, estão aqueles que realizam eWOM, particularmente os que

utilizam os Sites como “Reclame Aqui”, e em menor grau o Facebook e Whatsapp, se associando aos

realizadores de eWOM negativo. Os possíveis realizadores de eWOM negativo (EwN) detém uma

maior influência para o setor superior e também à direita enquanto os positivos (EwP) só influencia

para o setor superior (Gráfico 16).

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69

GRÁFICO 14 – Gráfico de cargas (Loading Plot)

GRÁFICO 15 – Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot)

GRÁFICO 16 – Detalhamento do Gráfico de cargas (Loading Plot)

Fonte: SIMCA 14.1® – Soft Independent Modeling of Class Analogy

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70

4.3 VALIDAÇÃO E CONFIABILIDADE DO MODELO

Após a Análise dos Componentes Principais (PCA) o modelo foi submetido à análise de variância

cruzada (CV-ANOVA), mostrando que este modelo prevê corretamente os perfis com significância

estatística (CV-ANOVA(6)=8,7404; p<0,0001). Para corroborar esta afirmação, a confiabilidade do

instrumento foi também avaliada através da média de sua consistência interna demonstrada pelo

coeficiente Alfa de Cronbach (que deve ser maior que 0,7) para o modelo como um todo. Ele apresenta

uma correlação média entre as perguntas através do cálculo da variância de cada questão individual,

bem como da variância da soma de cada um dos entrevistados. Ao analisar a consistência interna,

obteve-se um Alfa de Cronbach de 0,947 para o modelo como um todo e alteração no alfa total resultante

da exclusão de alguma questão no modelo realizado também foi apresentada (Tabela 8). Por segurança

e para corroborar as escolhas pela literatura, também foi realizado esta análise em cada construto isolado

para avaliar suas consistências internas (Tabela 9).

TABELA 8 – Análise de consistência interna do modelo através do Alfa de Cronbach.

Item-Total Statistics

Scale Mean if

Item Deleted

Scale Variance if

Item Deleted

Corrected Item-

Total Correlation

Cronbach's Alpha

if Item Deleted

JI.1 167,8778 1192,061 ,709 ,945

JI.2 167,9481 1189,702 ,739 ,945

JI.3 168,1852 1190,804 ,739 ,945

JI.4 168,2926 1209,146 ,575 ,946

JI.5 168,6222 1202,108 ,619 ,946

JP.1 168,1074 1194,139 ,658 ,946

JP.2 168,1444 1187,776 ,699 ,945

JP.3 167,7407 1205,072 ,547 ,946

JP.4 167,0222 1216,697 ,482 ,947

JD.1 168,0037 1182,184 ,719 ,945

JD.2 168,0111 1182,225 ,691 ,945

JD.3 167,9815 1179,392 ,725 ,945

Sat.1 168,2556 1181,397 ,790 ,945

Sat.2 168,0370 1182,666 ,766 ,945

Sat.3 168,1519 1182,350 ,780 ,945

Lea.1 168,3185 1192,413 ,725 ,945

Lea.2 168,3074 1195,342 ,716 ,945

Lea.3 168,2667 1193,945 ,708 ,945

Lea.4 168,5148 1200,624 ,644 ,946

Lea.5 168,2926 1198,905 ,633 ,946

Tup.1 166,7185 1229,480 ,442 ,947

Tup.2 167,0037 1230,727 ,427 ,947

Tup.3 166,9778 1229,596 ,440 ,947

Tup.4 166,7000 1233,923 ,421 ,947

Tat.1 166,4333 1237,665 ,423 ,947

Tat.2 166,7519 1232,468 ,433 ,947

Tat.3 166,7926 1234,182 ,408 ,947

Tiu.1 166,5148 1235,937 ,411 ,947

Tiu.2 166,6481 1232,536 ,434 ,947

Tiu.3 166,6519 1231,627 ,425 ,947

Tiu.4 166,5111 1235,721 ,410 ,947

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71

Item-Total Statistics

Scale Mean if

Item Deleted

Scale Variance if

Item Deleted

Corrected Item-

Total Correlation

Cronbach's Alpha

if Item Deleted

+Ewom1 167,6741 1248,984 ,133 ,949

Ewom2 167,8333 1245,424 ,171 ,948

Ewom3 167,3556 1242,492 ,205 ,948

Ewom4 167,7630 1246,648 ,158 ,949

Ewom5 166,8333 1251,074 ,147 ,948

Ewom6 167,1667 1251,926 ,109 ,949

Gen 169,2222 1265,926 -,054 ,948

Age 166,7074 1266,834 -,046 ,949

Escol 165,3370 1266,724 -,052 ,949

Rend 167,0444 1265,368 -,030 ,949

JI 168,1222 1188,611 ,783 ,945

JP 167,7630 1192,035 ,727 ,945

JD 168,0148 1180,998 ,715 ,945

Sat 168,1741 1180,299 ,802 ,945

Lea 168,3407 1193,774 ,721 ,945

TAM 166,6444 1230,418 ,476 ,947

Tup 166,8593 1228,738 ,485 ,947

Tat 166,6778 1232,671 ,462 ,947

Tiu 166,5667 1233,590 ,439 ,947

Ewom 167,4407 1242,703 ,223 ,948

EwN 167,2926 1244,284 ,197 ,948

EwP 167,7074 1244,381 ,188 ,948

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

TABELA 9 – Análise de consistência interna dos construtos isolados através do Alfa de Cronbach.

Reliability Statistics

CONSTRUTOS Cronbach's Alpha Cronbach's Alpha Based on Standardized Items N of Items

PERCEPÇÕES DE JUSTIÇA ,946 ,946 12

SATISFAÇÃO ,965 ,965 3

LEALDADE ,975 ,975 5

TAM ,962 ,962 11

E-WON ,862 ,863 6

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

4.4 REGRESSÃO LOGÍSTICA DO MODELO

Depois de comprovar as correlações e associações apresentadas nas análises multivariadas, foi possível

validar a relação através da técnica de Regressão Logística. Hair et al. (2005) afirma que este método

possibilita através da razão de chances (odds ratio) uma relação direta do quanto uma característica

independente aumenta o risco de a variável dependente ser de um grupo ou outro. Este tipo de regressão

é aconselhado também por não requerer uma normalidade nas variáveis estudadas (HAIR et al., 2005).

O método de regressão utilizado foi o Stepwise Backward LR, que interativamente possibilita que a

partir do modelo original em que se considera todas as variáveis independentes, um modelo mais preciso

seja identificado, no qual permanecem no modelo proposto apenas as variáveis que se mostrem

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significantes em a relação à variável dependente (HAIR et al., 2005), que é a realização de eWOM neste

estudo.

4.4.1 Regressão Logística do modelo de construtos totais para a realização de eWOM.

O primeiro modelo a ser utilizado foi o que dispunha apenas as variáveis totais dos construtos (JI, JP,

JD, Sat, Lea, Tup, Tat, Tiu, Ewom, EwN, EwP) e as sociodemográficas (Gen, Age, Escol, Rend.), sendo

computado até 11 iterações onde se conseguiu um aumento da verossimilhança de Log -2 (-2LL) que

indica um melhor ajuste no modelo de regressão, com uma taxa de explicação Nagelkerke de R2=0,252

e com o teste de Hosmer and Lemeshow não dando significativo (χ2(8)=3,048; p=0,384), indicando que

este é um modelo adequado (HAIR et al., 2009).

Conseguindo identificar corretamente 72,7% dos casos, o modelo finaliza demonstrando as variáveis

com predição significativa descritas na Tabela 10. Este modelo demonstra, pelo valor de Exp(B), que

nenhum construto com apenas seus valores totais detém força de predição para a realização de eWOM.

Apenas uma variável mostrou significância, mas para evitar sua realização, pois possui Exp(B) abaixo

de 1, foi a variável do eWOM do tipo Positivo mostrando que quando os valores de suas variáveis

aumentam, diminuem as chances da pessoa fazer eWOM (Tabela 10).

TABELA 10 – Variáveis totais de construtos na Regressão Logística de predição na realização de

eWOM após 11 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 11a EwP -,779 ,118 43,544 1 ,000 ,459 ,364 ,578

Constant 3,179 ,429 54,927 1 ,000 24,012

a. Variable(s) entered on step 1: JI, JP, JD, Sat, Lea, Tup, Tat, Tiu, Ewom, EwN, and EwP.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

Também se realizou a mesma regressão incluindo a variável do TAM como construto Total (TAM)

para avaliar se haveria mudança em sua importância. Ao final de 9 iterações onde se conseguiu um

aumento da verossimilhança de Log -2 (-2LL) que indica um melhor ajuste no modelo de regressão,

com uma taxa de explicação Nagelkerke de R2=0,288 e com o teste de Hosmer and Lemeshow não

dando significativo (χ2(8)=8,344; p=0,401), indicando o modelo adequado (HAIR et al., 2009).

Conseguindo identificar corretamente 74,9% dos casos, o modelo finaliza demonstrando as variáveis

com predição significativa descritos na Tabela 11. Este modelo demonstra, pelo valor de Exp(B), que

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apenas o valor total do construto TAM teve força preditiva para a realização de eWOM, apresentando

um aumento de risco de 4 vezes as chances de fazê-lo. Os construtos de Intenção de Uso do TAM e o

eWOM do tipo Positivo possuem Exp(B) abaixo de 1, mostrando que quando os valores de suas

variáveis aumentam, diminuem as chances da pessoa fazer eWOM. Este resultado confirma então a

hipótese 7 em que o perfil TAM influencia positivamente na realização de eWOM. Para uma melhor

visualização das reações entre as variáveis com os construtos e suas respostas, decidiu-se fazer um

modelo com todas as variáveis.

TABELA 11 – Variáveis totais de construtos do modelo TAM (TAM) na Regressão Logística de

predição na realização de eWOM após 9 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 9a

TAM 1,415 ,505 7,846 1 ,005 4,118 1,530 11,086

EwP -,793 ,122 41,997 1 ,000 ,452 ,356 ,575

Tiu -,948 ,414 5,255 1 ,022 ,387 ,172 ,872

Constant 3,522 ,791 19,834 1 ,000 33,861

a. Variable(s) entered on step 1: JI, JP, JD, Sat, Lea, Tup, Tat, Tiu, Ewom, EwN, EwP, TAM.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

Na tabela 12, a regressão foi realizada novamente apenas modificando categoria de referência, para que

o valor da razão de chances, representado pelo valor de Exp(B), fique melhor interpretável ao apresentar

um valor maior que 1, mostrando que as chances de se não fazer eWOM aumentam em 2 vezes caso

este seja do tipo Positivo.

TABELA 12 – Variáveis totais de construtos na Regressão Logística de predição na não realização de

eWOM após 11 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 11a EwP ,779 ,118 43,544 1 ,000 2,180 1,729 2,747

Constant -3,179 ,429 54,927 1 ,000 ,042

a. Variable(s) entered on step 1: JI, JP, JD, Sat, Lea, Tup, Tat, Tiu, Ewom, EwN, EwP.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

O mesmo foi feito com o segundo modelo, adicionando o construto TAM para tentar prever a não

realização do eWOM. Com apenas as variáveis totais dos construtos e as sociodemográficas como o

primeiro modelo, a regressão foi realizada apenas modificando categoria de referência. Assim o valor

da razão de chances, representado pelo valor de Exp(B), fica melhor interpretável ao apresentar um valor

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maior que 1, mostrando que as chances de se não fazer eWOM aumentam em 2,5 vezes com alto valor

do construto de Intenção de Uso e caso este seja do tipo Positivo (Tabela 13).

TABELA 13 – Variáveis totais de construtos com TAM na Regressão Logística de predição na não

realização de eWOM após 9 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 9a

Tiu ,948 ,414 5,255 1 ,022 2,582 1,147 5,808

EwP ,793 ,122 41,997 1 ,000 2,210 1,739 2,809

TAM -1,415 ,505 7,846 1 ,005 ,243 ,090 ,654

Constant -3,522 ,791 19,834 1 ,000 ,030

a. Variable(s) entered on step 1: JI, JP, JD, Sat, Lea, Tup, Tat, Tiu, Ewom, EwN, EwP, TAM.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

4.4.2 Regressão Logística do Modelo com as variáveis dicotômicas para a realização de eWOM.

Ao realizar a análise de regressão logística com as variáveis dicotômicas dos construtos (JI.d, JP.d, JD.d,

Sat.d, Lea.d, TAM.d, Tup.d, Tat.d, Tiu.d, Ewom.d, EwN.d, EwP.d) e sociodemográficas para a previsão

da realização de eWOM, não foi possível achar nenhuma variável significante para sua realização.

Apenas a variável do tipo de eWOM Positivo (EwP.d) mostrou-se significativa para sua não realização,

apresentando um risco relativo de 7,2 com uma taxa de explicação Nagelkerke de R2=0,258 e com o

teste de Hosmer and Lemeshow não dando significativo (χ2(8)=1,736; p=0,420), indicando um modelo

adequado (HAIR et al., 2009).

TABELA 14 – Variáveis dicotômicas na Regressão Logística de predição na realização de eWOM

após 10 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 10a EwP.d 1,984 ,289 47,209 1 ,000 7,271 4,129 12,804

Constant -1,354 ,214 39,872 1 ,000 ,258

a. Variable(s) entered on step 1: JI.d, JP.d, JD.d, Sat.d, Lea.d, TAM.d, Tup.d, Tat.d, Tiu.d, Ewom.d,

EwN.d, EwP.d.

Fonte: IBM SPSS 20– Statistical Package for the Social Sciences

4.4.3 Análise descritiva e de associação (χ2) dos realizadores de eWOM.

Para finalmente se definir então o perfil dos realizadores de eWOM, foi utilizado uma análise

frequencial com o advento de uma tabela cruzada para gerar os Gráficos que permitam associar os

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parâmetros sociodemográficos com a realização de eWOM. Como descrito nas análises anteriores, o

Gênero, Escolaridade e Renda não mostram nenhuma distinção proporcional entre os realizadores de

eWOM (Gráficos 17, 19 e 20). Com a Idade (Gráfico 18) foi identificado que 38,7% dos realizadores

de eWOM estão entre 26 a 35 anos e 34,4% estão entre 36 a 45 anos. Juntos, estes agregam 73,1% dos

realizadores de eWOM nesta faixa de 26 a 45 anos (χ2(6)=. 12,854 ; p=0045).

GRÁFICO 17 – Gráficos de barras de Gênero em relação a realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 18 – Gráficos de barras de Idade em relação a realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 19 – Gráficos de barras de Renda em relação a realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 20 – Gráficos de barras de Escolaridade em relação a realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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77

É possível observar no Gráfico 21 que ao preferir procurar o SAC, os reclamantes geralmente não fazem

eWOM e que, além de poucas pessoas terem afirmado que prefeririam divulgar nas redes sociais e

aplicativos de mensagens, não existe diferença entre a quantidade que realmente o faria.

Com relação ao construto de avaliação de eWOM, é possível ver que apenas aqueles com “total

concordância” (Nível “5” da escala Likert) em querer fazê-lo realmente superam os que não o fazem

(Gráfico 22). E finalmente, entre as pessoas com capacidade de fazer eWOM Negativo (Gráfico 23) ou

eWOM Positivo (Gráfico 24), vê-se que existe uma maior quantidade de realizadores do eWOM

Positivo, podendo concordar parcialmente ou totalmente (Níveis “4” e “5” da escala Likert). Além disso,

o eWOM Negativo aumenta de proporção apenas para os que concordam totalmente (Nível “5” da

escala Likert) em fazê-lo. Porém, esta quantidade pode advir de um viés de moral, uma vez que os

usuários podem querer demonstrar que, se bem tratados, falariam mais facilmente da empresa para

outros.

GRÁFICO 21 – Gráficos de Preferência SAC ou WOM em relação à realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 22 – Gráficos de Avaliação de eWOM em relação à realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 23 – Gráficos de Avaliação de eWOM Negativo em relação à realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

Ewom

EwN

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79

GRÁFICO 24 – Gráficos de Avaliação de eWOM Positivo em relação à realização de eWOM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

4.4.4 Regressão Logística para realização de eWOM do tipo negativo (EwN.d).

Visto que o eWOM mais danoso e com maiores chances de propagação é o do tipo negativo, que trata

da comunicação de características não benéficas para a Empresa, foi realizado uma regressão para

avaliar quais construtos podem prever a realização deste tipo específico.

Ao realizar esta análise, foi preferida a utilização das variáveis dicotômicas dos construtos que se

mostraram mais proveitosas para este modelo. Assim, sendo computada até 6 iterações, onde se

conseguiu um aumento da verossimilhança de Log -2 (-2LL), com uma taxa de explicação Nagelkerke

de R2=0,175 e com o teste de Hosmer and Lemeshow não dando significativo (χ2(5)=4,272; p=0,511) e

identificando corretamente 64,4% dos casos, o modelo finaliza (Tabela 15) demonstrando que o alto

valor no construto de Atitude do TAM (Tat.d) aumenta em 10 vezes as chances de realizar este tipo e a

baixa Lealdade (Leal.d) aumenta em quase 3 vezes.

Ao mudar a categoria de referência para sua não realização, é possível interpretar melhor o risco relativo,

mostrando que um baixo valor no construto TAM (TAM.d) aumenta significativamente em 8,2 vezes

das chances de não realizar este tipo. Seu Construto sobre Utilidade Percebida (Tup.d) baixo também é

EwP

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80

significante e mostra um aumento de 4,1 vezes de chances de não ocorrer. Além destes, o alto valor de

Percepção de Justiça Distributiva (JD.d) também é preditora com uma razão de chances de 1,9 vezes

maior de não se realizar este tipo de eWOM.

TABELA 15 – Variáveis na equação do modelo de Regressão Logística na predição da realização de

eWOM Negativo (EwN.d) após 6 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 6a

Tat.d 2,301 0,825 7,785 1 0,005 9,986 1,983 50,282

Lea.d 1,037 0,402 6,669 1 0,01 2,822 1,284 6,201

JD.d -0,67 0,342 3,843 1 0,05 0,512 0,262 1

Tup.d -1,416 0,423 11,2 1 0,001 0,243 0,106 0,556

TAM.d -2,105 0,832 6,397 1 0,011 0,122 0,024 0,623

Constant ,786 ,297 7,023 1 ,008 2,195

a. Variable(s) entered on step 1: JI.d, JP.d, JD.d, Sat.d, Lea.d, TAM.d, Tup.d, Tat.d, Tiu.d, Ewom.d,

EwN.d.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

TABELA 16 – Variáveis na equação do modelo de Regressão Logística na predição da não realização

de eWOM Negativo (EwN.d) após 6 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 6a

TAM.d 2,105 0,832 6,397 1 0,011 8,209 1,606 41,958

Tup.d 1,416 0,423 11,2 1 0,001 4,119 1,798 9,438

JD.d 0,67 0,342 3,843 1 0,05 1,954 1 3,817

Lea.d -1,037 0,402 6,669 1 0,01 0,354 0,161 0,779

Tat.d -2,301 0,825 7,785 1 0,005 0,1 0,02 0,504

Constant -,786 ,297 7,023 1 ,008 ,456

a. Variable(s) entered on step 1: JI.d, JP.d, JD.d, Sat.d, Lea.d, TAM.d, Tup.d, Tat.d, Tiu.d, Ewom.d,

EwN.d.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

Esta análise demonstrou claramente que o construto do modelo TAM como um todo e dois de seus

construtos internos, utilidade percebida (Tup) e atitude (Tat) detém uma clara influência na prevenção

da realização deste tipo de reclamação negativa nas redes sociais, além da percepção de justiça do tipo

distributiva (JD).

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81

4.4.5 Análise descritiva e de associação (χ2) do perfil realizador de eWOM negativo.

Para se definir o perfil dos realizadores de eWOM do tipo Negativo, com o advento de uma tabela

cruzada, foram associadas as características deste grupo acerca das variáveis dicotômicas dos

Construtos. Foi possível perceber que ser positivo no Construto TAM (TAM.d) tem associação

(χ2(1)=13,717; p<0,000) com a realização de eWOM Negativo (EwN.d) assim como os seu Construto

de Utilidade Percebida (Tup.d) (χ2(1)=20,135; p<0,000) e o de Intenção de Uso (Tiu.d) (χ2

(1)=10,999;

p<0,001). Este último, apesar de associado não teve significância estatística na sua regressão logística.

Não existem associações significativas das variáveis sociodemográficas com a realização de eWOM

Negativo, apesar de haver uma frequência maior de realizadores com baixa Lealdade (Leal.d), com alta

Satisfação (Sat.d) e entre as rendas de $3.152,00 à R$15.759,00 (classes 3 e 4 da escala).

GRÁFICO 25 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Intenção de

Uso (TAM).

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 26 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Utilidade

Percebida (TAM).

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 27 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Atitude

(TAM).

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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83

GRÁFICO 28 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Construto

TAM.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 29 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Satisfação.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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GRÁFICO 30 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Lealdade.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

GRÁFICO 31 – Gráficos de frequência nos possíveis realizadores de eWOM negativo – Renda.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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85

4.4.6 Regressão Logística das Formas de Contato com a Empresa para a não realização de

eWOM.

Em uma avaliação específica nos preditores para se não fazer eWOM em relação ao tipo de contato

com a empresa isoladamente, foi constatado que quando o contato se dá pessoalmente no SAC (E.pess)

ou através de Chat ou mensagem privada em site ou redes sociais (E.chat), o reclamante tem, em média

2,5 vezes mais chances de não fazer eWOM com 68,6% de acertos pela regressão logística (Tabela 17).

TABELA 17 – Variáveis na equação Regressão Logística para Formas de Contato com a Empresa na

predição da não realização de eWOM após 4 iterações.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 4a E.pess ,728 ,271 7,193 1 ,007 2,071 1,217 3,526

E.chat ,907 ,274 10,971 1 ,001 2,476 1,448 4,234

Constant -1,258 ,208 36,416 1 ,000 ,284

a. Variable(s) entered on step 1: E.nao, E.pess, E.tel, E.chat, E.out.

Fonte: IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

4.4.7 Regressões de controle individual de cada Construto na predição de realização de eWOM.

Foram realizadas regressões individuais para cada construto a fim de observar sua força de

previsibilidade individual na realização de eWOM. Suas informações relevantes foram agrupadas nas

tabelas abaixo com seus -2LL, pseudo R2 (Tabela 18), testes de Hosmer e Lemeshow (Tabela 19) e as

variáveis com significância em cada predição (Tabela 20). Foi percebido que as Percepções de Justiça

não detém capacidade preditiva para eWOM, mostrando ao final apenas a constante de seu modelo

isolado (Tabela 20).

TABELA 18 – Valores de -2LL, e pseudo R2 das Regressões Logísticas nos construtos isolados na

predição da realização de eWOM.

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

Procura do SAC 4 331,341a ,062 ,085

Tipo de WOM 1 ,000a ,722 1,000

Percepções de Justiça 13 348,570a ,000 ,000

Satisfação 2 339,667a ,032 ,045

Lealdade 5 344,194b ,016 ,022

TAM 10 338,637a ,036 ,050

Realização de eWOM 3 286,067a ,206 ,285

Sociodemográfico 4 332,041a ,052 ,072

EWOM (+ ou -) 2 294,103a ,182 ,252

Fonte: O Autor, modificado do IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

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86

TABELA 19 – Valores dos testes de Hosmer e Lemeshow das Regressões Logísticas nos construtos

isolados. na predição da realização de eWOM.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

Procura do SAC 4 ,465 2 ,793

Tipo de WOM 1 ,000 2 1,000

Percepções de Justiça 13 ,000 0 .

Satisfação 2 6,952 6 ,325

Lealdade 5 5,498 3 ,139

TAM 10 1,844 5 ,870

Realização de eWOM 3 6,664 8 ,573

Sociodemográfico 4 ,000 5 1,000

EWOM (+ ou -) 2 3,048 3 ,384

Fonte: O Autor, modificado do IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences

TABELA 20 – Variáveis na equação das Regressões Logísticas nos construtos isolados na predição

da realização de eWOM.

B S.E. Wald df Sig. Exp(B)

95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Procura do SAC Step 4a E.pess -0,728 0,271 7,193 1 0,007 0,483 0,284 0,822

E.chat -0,907 0,274 10,971 1 0,001 0,404 0,236 0,691

Percepções de Justiça Step 13a Constant 0,649 0,128 25,744 1 0 1,914

Satisfação Step 2a Sat.2 -0,443 0,206 4,612 1 0,032 0,642 0,429 0,962

Sat.3 0,581 0,211 7,578 1 0,006 1,788 1,182 2,704

Lealdade Step 5a Lea.4 0,2 0,098 4,192 1 0,041 1,222 1,009 1,48

TAM Step 10a Tat.1 0,565 0,229 6,104 1 0,013 1,759 1,124 2,755

Tiu.3 -0,574 0,198 8,442 1 0,004 0,563 0,382 0,83

Realização de eWOM

Step 3a Ewom2 -0,603 0,162 13,839 1 0 0,547 0,398 0,752 Ewom3 0,328 0,16 4,179 1 0,041 1,388 1,014 1,901 Ewom4 -0,304 0,17 3,185 1 0,074 0,738 0,528 1,03

Ewom5 -0,319 0,173 3,381 1 0,066 0,727 0,517 1,021

Sociodemográfico

Step 4a Age(3) -1,638 0,655 6,249 1 0,012 0,194 0,054 0,702 Age(4) -1,221 0,655 3,477 1 0,062 0,295 0,082 1,064 Age(5) -1,54 0,721 4,565 1 0,033 0,214 0,052 0,88

Age(6) -1,435 0,805 3,18 1 0,075 0,238 0,049 1,153

EWOM (+ ou -) Step 2a EwP -0,779 0,118 43,544 1 0 0,459 0,364 0,578

Fonte: O Autor, modificado do IBM SPSS 20® – Statistical Package for the Social Sciences (2018)

4.4.8 Interpretações das regressões realizadas e hipóteses estudadas.

Com estes resultados dados pelas Regressões Logísticas, pode-se afirmar que as Percepções de Justiça

não mostraram correlação ou associação com a realização de eWOM (H1), ou para os valores do

construto TAM (H2). Também é visto, corroborando o que a literatura fala, que as Percepções de Justiça

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detêm uma alta associação com os construtos de Satisfação e Lealdade (DOS SANTOS E

FERNANDES, 2008; TAX et al., 1998).

Com relação ao construto de Satisfação foi possível evidenciar que existe uma correlação negativa com

a realização de eWOM, ou seja, quanto maior a Satisfação menor a possibilidade de fazer eWOM,

porém não detém capacidade preditiva na regressão para a sua realização (H3).

Os construtos de Satisfação e Lealdade não detém correlação com o construto TAM (H4; H5)

mostrando que estas características comportamentais não derivam de uma aceitação tecnológica. O

construto de Lealdade também não mostrou ter força de predição para o modelo de regressão na

realização de eWOM, porém quando classificado como o negativo, mais danoso e com maiores chances

de propagação, por se tratar de características não benéficas para a Empresa, a baixa Lealdade (Leal.d)

aumenta em quase 3 vezes as chances de realização deste (H6).

O construto TAM tem capacidade preditiva para a realização de eWOM, como mostrado nas regressões,

inclusive quando o reclamante tem maior predisposição de fazer eWOM negativo. Ao realizar uma

previsão para o tipo negativo de eWOM, é possível verificar que o construto de Atitude do TAM (Tat.d)

aumenta em 10 vezes as chances de realizar este tipo (H7).

TABELA 21 – Hipóteses testadas.

Hipóteses VAR VAR Resumo dos Resultados

H1 Percepções

de Justiça eWOM

Não mostraram correlação ou associação com o eWOM, no

entanto, a percepção de Justiça Distributiva demonstrou

força preditora para NÃO realizar eWOM negativo.

H2 TAM Percepções

de Justiça Não mostraram correlação ou associação

H3 Satisfação eWOM

Uma correlação negativa com a realização de eWOM porém

não tem força preditora para sua realização na regressão

logística.

H4 TAM Satisfação Não mostraram correlação ou associação

H5 TAM Lealdade Não mostraram correlação ou associação

H6 Lealdade eWOM

Não mostrou ter força de predição para o modelo de

regressão na realização de eWOM porém tem associação

preditiva com seu baixo valor na realização de eWOM

negativo

H7 TAM eWOM Detém alta correlação com a realização de eWOM, e é

preditivo na realização de eWOM negativo.

Fonte: O Autor (2018).

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88

5 CONCLUSÃO

5.1 Sobre o primeiro Objetivo Específico: Levantar na literatura, construtos que representam

as características do atendimento ao consumidor (SAC) e a associação destes construtos com a

propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM).

Ao pesquisar na literatura, foi possível identificar quais construtos influenciam as características do

atendimento ao consumidor (BOSHOFF, 1997; TAX; BROWN, 1998; ECCLES, DURAND, 1998;

NYER, 2000; JOHNSTON; MEHRA, 2002; LA, KANDAMPULLY, 2004) que permitiu obter base

comparativa nestes construtos com a propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM), que era o

primeiro objetivo desta pesquisa.

5.2 Sobre o segundo Objetivo Específico: Levantar a associação ou efeito entre o tipo de

atendimento do SAC (atendimento pessoal, por e-mail, por chat, por telefone, pelas redes

sociais, etc.) e a propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM).

Ao ser avaliada a associação ou efeito entre o tipo de atendimento do SAC (atendimento pessoal, por e-

mail, por chat, por telefone, pelas redes sociais, etc.) e a propagação de boca a boca nas redes sociais

(eWOM), foi demonstrado pela regressão logística do modelo completo que os reclamantes que tenham

entrado em contato com a empresa através de Chat ou mensagem privada em site ou redes sociais

(E.chat) ele tem 4 vezes mais chances de não realizar eWOM.

Foi possível também ver através de uma avaliação específica destes preditores para quais influenciavam

a não realização de eWOM, encontrando-se que além do contato através de Chat ou mensagem privada

em site ou redes sociais (E.chat), quando o contato se dá pessoalmente no SAC (E.pess), o reclamante

tem, em média 2,5 vezes mais chances de não fazer eWOM em ambos os casos com 68,6% de acertos

pela regressão logística.

5.3 Sobre o terceiro Objetivo Específico e confirmação das hipóteses: Levantar o perfil dos

clientes reclamantes quanto à aversão ou propensão à tecnologia (TAM) e sua associação à

propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM).

Finalmente em busca de levantar o perfil dos clientes reclamantes quanto à aversão ou propensão à

tecnologia (TAM) e sua associação à propagação de boca a boca nas redes sociais (eWOM). No

primeiro modelo que dispunha apenas as variáveis totais dos construtos (JI, JP, JD, Sat, Lea, Tup, Tat,

Tiu, Ewom, EwN, EwP) e as sociodemográficas (Gen, Age, Escol, Rend.), demonstra que nenhum

construto, desta forma, com apenas seus valores totais, detém força de predição para a realização de

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89

eWOM. Porém ao se colocar o valor total do construto TAM (TAM), foi possível mostrar que esta

variável teve força preditiva para a realização de eWOM, apresentando um aumento de risco de 4 vezes

as chances de fazê-lo. Os construtos de Intenção de Uso do TAM e o eWOM do tipo Positivo possuem

Exp(B) abaixo de 1, mostrando que quando os valores de suas variáveis aumentam, diminuem as

chances de realizar eWOM. Este resultado confirma então a hipótese 7 em que o perfil TAM influencia

positivamente na realização de eWOM. Modificando categoria de referência para a não realização de

eWOM, o valor da razão de chances, representado pelo valor de Exp(B), fica melhor interpretável ao

apresentar um valor maior que 1, mostrando que as chances de se não fazer eWOM aumentam em 2,5

vezes com alto valor do construto de Intenção de Uso do TAM e 2 vezes mais chances caso este eWOM

seja do tipo Positivo. A regressão logística com as variáveis dicotômicas dos construtos (JI.d, JP.d, JD.d,

Sat.d, Lea.d, TAM.d, Tup.d, Tat.d, Tiu.d, Ewom.d, EwN.d, EwP.d) e sociodemográficas, não foi capaz

de achar nenhuma variável com capacidade preditiva significante para sua realização. Apenas a variável

do tipo de eWOM Positivo (EwP.d) mostrou-se significativa para sua não realização, mostrando que

conteúdos benéficos para as Empresas tem 7 vezes menos chances de serem propagadas por eWOM.

Visto que o eWOM mais danoso e com maior chance de propagação é o do tipo negativo, que trata da

comunicação de características não benéficas para a Empresa, foi realizado uma regressão para avaliar

quais construtos podem prever a realização deste tipo específico. Ao realizar esta análise, com as

variáveis dicotômicas por mostrarem um melhor modelo preditivo, demonstrou-se que o alto valor no

construto Atitude do TAM (Tat.d) aumenta em 10 vezes as chances de realizar eWOM negativo e a

baixa Lealdade (Leal.d) aumenta em quase 3 vezes confirmando a hipótese (H6).

Ao mudar a categoria de referência para sua não realização, é possível interpretar melhor o risco relativo,

mostrando que um baixo valor no construto TAM (TAM.d) aumenta significativamente em 8,2 vezes

das chances de não realizar eWOM negativo. O construto Utilidade Percebida (Tup.d), quando baixo,

também é significante e mostra um aumento de 4,1 vezes de chances de não ocorrer eWOM negativo.

Além destes, o alto valor de Percepção de Justiça Distributiva (JD.d) também é preditora com uma razão

de chances de 1,9 vezes maior de não se realizar eWOM negativo.

Conseguindo identificar corretamente 72,7% dos casos, o modelo finaliza demonstrando as variáveis

com predição significativa descritas na Tabela 10. Este modelo demonstra, pelo valor de Exp(B), que

nenhum construto com apenas seus valores totais, possui força de predição para a realização de eWOM.

Apenas uma variável mostrou significância, mas para evitar sua realização, pois possui Exp(B) abaixo

de 1, foi a variável do eWOM do tipo Positivo mostrando que quando os valores de suas variáveis

aumentam, diminuem as chances de realizar eWOM (Tabela 10).

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Também se realizou a mesma regressão incluindo a variável do TAM como construto Total (TAM)

para avaliar se haveria mudança em sua importância. Ao final de 9 iterações onde se conseguiu um

aumento da verossimilhança de Log -2 (-2LL) que indica um melhor ajuste no modelo de regressão,

com uma taxa de explicação Nagelkerke de R2=0,288 e com o teste de Hosmer and Lemeshow não

dando significativo (χ2(8)=8,344; p=0,401), indicando que este é um modelo adequado (HAIR et al.,

2009).

Conseguindo identificar corretamente 74,9% dos casos, o modelo finaliza demonstrando as variáveis

com predição significativa descritos na Tabela 11. Este modelo demonstra, pelo valor de Exp(B), que

apenas o valor total do construto TAM teve força preditiva para a realização de eWOM, apresentando

um aumento de risco de 4 vezes as chances de fazê-lo. Os construtos de Intenção de Uso do TAM e o

eWOM do tipo Positivo possuem Exp(B) abaixo de 1, mostrando que quando os valores de suas

variáveis aumentam, diminuem as chances de realizar eWOM (Tabela 11). Este resultado confirma

então a hipótese 7 em que o perfil TAM influencia positivamente na realização de eWOM. Para uma

melhor visualização das reações entre as variáveis com os construtos e suas respostas, decidiu-se fazer

um modelo com todas as variáveis.

A regressão foi realizada novamente apenas modificando categoria de referência, para que o valor da

razão de chances, representado pelo valor de Exp(B), fique melhor interpretável ao apresentar um valor

maior que 1, mostrando que as chances de se não fazer eWOM aumentam em 2 vezes caso este seja do

tipo Positivo (Tabela 12).

O mesmo foi feito com o segundo modelo, adicionando o construto TAM para tentar prever a não

realização do eWOM. Com apenas as variáveis totais dos construtos e as sociodemográficas como o

primeiro modelo, a regressão foi realizada apenas modificando categoria de referência. Assim o valor

da razão de chances, representado pelo valor de Exp(B), fica melhor interpretável ao apresentar um valor

maior que 1, mostrando que as chances de se não fazer eWOM aumentam em 2,5 vezes com alto valor

do construto de Intenção de Uso e caso este seja do tipo Positivo (Tabela 13).

Estes resultados demonstram então que em nossas hipóteses que as Percepções de Justiça não

mostraram correlação ou associação com a realização de eWOM (H1), ou para os valores do construto

TAM (H2), refutando ambas as hipóteses.

Com relação ao construto de Satisfação foi possível evidenciar que existe uma correlação negativa com

a realização de eWOM, ou seja, quanto maior a Satisfação menor a possibilidade de fazer eWOM,

porém não detém capacidade preditiva na regressão para a sua realização (H3).

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Os construtos de Satisfação e Lealdade não detém correlação com o construto TAM (H4; H5)

mostrando que estas características comportamentais não derivam de uma aceitação tecnológica. O

construto de Lealdade também não mostrou ter força de predição para o modelo de regressão na

realização de eWOM, porém quando classificado como o negativo, mais danoso e com maior chances

de propagação, por se tratar de características não benéficas para a Empresa, a baixa Lealdade (Leal.d)

aumenta em quase 3 vezes as chances de realização deste (H6).

O construto TAM tem capacidade preditiva para a realização de eWOM, como mostrado nas regressões,

inclusive quando o reclamante tem maior predisposição de fazer eWOM negativo. Ao realizar uma

previsão para o tipo negativo de eWOM, é possível verificar que o construto de Atitude do TAM (Tat.d)

aumenta em 10 vezes as chances de realizar este tipo (H7).

Como descrito nas análises anteriores, o Gênero, Escolaridade e Renda não mostram nenhuma distinção

proporcional entre os realizadores de eWOM, porém foi percebido que 38,7% dos realizadores de

eWOM estão entre 26 a 35 anos e 34,4% estão entre 36 a 45 anos. Juntos, estes agregam 73,1% dos

realizadores de eWOM nesta faixa de 26 a 45 anos. Dos reclamantes, em quase totalidade (93%),

preferem procurar o SAC, e preferem não fazer eWOM. Dos poucos reclamantes que afirmaram que

prefeririam divulgar nas redes sociais e aplicativos de mensagens, não existe diferença entre a

quantidade que realmente o faria. Com relação ao construto de avaliação de eWOM, é possível ver que

apenas aqueles com “total concordância” (Nível “5” da escala Likert) em querer faze-lo realmente

superam os que não o fazem. Por fim os reclamantes que detém capacidade de fazer eWOM tem maior

possibilidade de fazê-lo, podendo concordar parcialmente ou totalmente (Níveis “4” e “5” da escala

Likert) caso este conteúdo seja positivo e caso seja negativo, a quantidade aumenta em proporção apenas

quando concordam totalmente em fazê-lo (Nível “5” da escala Likert). Porém, esta quantidade pode

advir de um viés de moral, uma vez que os usuários podem querer demonstrar que, se bem tratados,

falariam mais facilmente da empresa para outros.

Por fim, não existem associações significativas das variáveis sociodemográficas com a realização de

eWOM Negativo, apesar de haver uma frequência maior de realizadores com baixa Lealdade (Leal.d),

com alta Satisfação (Sat.d) e entre as rendas de $3.152,00 à R$15.759,00 (classes 3 e 4 da escala).

5.4 Limitações do trabalho

Este estudo permitiu reavaliar as ideias bem fundamentadas acerca da gestão de reclamação, desde a

criação do SAC até sua reforma em Centros de Atendimento, que pela interferência mercadológica da

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92

tecnologia os fizeram deixar de ser passivos, à espera do contato de reclamação, para um aspecto mais

ativo, na procura de alcançar aqueles usuários que fazem o marketing boca a boca eletrônico (eWOM).

Uma das limitações identificadas durante a aplicação do instrumento de pesquisa refere-se à

confusão ao conceito de reclamação nas redes sociais, demonstrada pela confusão ao indicar

que nunca fez eWOM, mas afirmar ter utilizado os sites de reclamação ou algum aplicativo de

mensagens instantâneas. A Análise de frequências mostrou que a maior parte de nossa amostra

de reclamantes detém um maior poder aquisitivo (ganhando acima de R$3.000,00) e com curso

superior ou pós-graduação, considerada renda alta de acordo com as estatísticas do IBGE.

Dados de 2010 apontam para uma renda familiar média de R$ 1.109,01 para a Região

Metropolitana do Recife.

5.5 Sugestões para pesquisas futuras

Esta pesquisa traz significativa contribuição aos profissionais do segmento de relação com o cliente,

pois mostra que a gestão de reclamações passiva não se correlaciona com a realização de eWOM,

necessitando de um grupo de analistas de redes sociais para perceber estas realizações e trazê-las para o

gerenciamento de reclamações. Assim os Gestores com uma equipe melhor informada com quais

fatores devem focar ao lidar com este cliente pode sanar o potencial dano na imagem das marcas em

atuação no mercado brasileiro frente a este novo mundo eletrônico do boca a boca.

Estas questões não se findam nestes resultados uma vez que uma amostra probabilística poderia render

mais informações sobre quantos são e quais perfis de consumidores detém tendência a fazer

reclamações sejam diretamente à empresa ou às redes sociais. Por fim o entendimento subsequente

destes perfis é recomendado como desmembramento desta pesquisa.

Estudos futuros relacionados aos realizadores de eWOM dentre os segmentos de atuação das empresas

pode dar um melhor entendimento dos usuários reclamantes e seria um perfil pertinente para o seu

gerenciamento de reclamações através de uma análise de Cluster os quais são extremamente

recomendados nos aprofundamentos das análises, objetivando a identificação das principais variáveis

responsáveis pelas aglutinações e dispersões.

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106

APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Esta pesquisa faz parte de uma dissertação do mestrado em Administração da Faculdade Boa

Viagem/Wyden Brasil. Gostaríamos de contar com a sua participação, respondendo ao questionário abaixo

sobre reclamações dos consumidores nas redes sociais.

Lembramos que os dados coletados terão caráter estritamente acadêmico. Responda os itens com base em

sua experiência pessoal. Não há itens certos ou errados, apenas gostaríamos de conhecer sua opinião

relacionada às questões apresentadas.

(Perguntas sobre critério para inclusão no universo pesquisado)

Nos últimos 12 meses você teve problemas com a compra ou utilização de produtos/serviços e reclamou

do ocorrido para a empresa ou terceiros (sites de reclamação, Procon, internet, WhatsApp, etc.)?

1. Sim

2. Não

(Pergunta sobre os motivos impeditivos para a realização da reclamação)

Por que você não registrou ou divulgou a reclamação?

1. Não achei meios de entrar em contato com a empresa/responsável;

2. A empresa não respondeu meu contato

3. Desisti por ser muito trabalhoso;

4. Desisti por saber que não irá ajudar em nada;

5. Apenas decidi não comprar mais desta empresa, produto ou serviço;

6. Não lembro de ter ficado insatisfeito com qualquer produto ou serviço.

(Perguntas sobre o tipo de comunicação com a empresa e propagação da reclamação)

Relembre da reclamação que você fez. Quais meios você utilizou para informar à empresa sobre a sua

reclamação? Marque quantas opções desejar.

1. Não procurei a empresa

2. Procurei a empresa pessoalmente através do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor)

3. Procurei a empresa por telefone ou e-mail

4. Por Chat ou Mensagem privada através do site da empresa na internet ou nas redes sociais

5. Outro meio

Durante ou após o processo de reclamação, você divulgou ou publicou a sua insatisfação na internet, nas

redes sociais ou por aplicativos de mensagens (Whatsapp, telegram etc.)?

6. Sim

7. Não

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107

Quais meios você utilizou para divulgar ou publicar a sua insatisfação ou reclamação? Marque quantas

opções desejar.

1. Divulguei por Whatsapp ou outros aplicativos de mensagens (Telegram, etc.)

2. Publiquei nas redes sociais (Facebook, Instagram, etc.)

3. Publiquei em site de reclamações (como o "Reclame Aqui")

4. Outros meios não listados

5. Eu não divulguei ou publiquei minha insatisfação.

Quando você está insatisfeito com algum produto ou serviço, você procura o Serviço de atendimento ao

Consumidor (SAC), ou prefere publicar diretamente na internet, redes sociais ou aplicativos de mensagens

(Whatsapp)?

1. Procuro o atendimento da empresa via SAC

2. Divulgo nas redes sociais ou por aplicativos de mensagens

(Perguntas sobre a percepção de justiça no atendimento)

Numa escala de 1 a 5, onde 1 representa "discordo totalmente" e 5 representa "concordo totalmente",

responda as questões abaixo com o item que mais expressa a sua opinião.

(Perguntas sobre Justiça Interpessoal)

1. Eles foram honestos comigo.

2. Eles pareceram interessados no meu problema.

3. Eles tentaram arduamente resolver o problema.

4. Eles me deram uma explicação razoável sobre sobre a causa do problema.

5. Eu recebi um pedido de desculpas sincero.

(Perguntas sobre Justiça Processual)

1. Eles responderam rapidamente minha reclamação.

2. A empresa assumiu a responsabilidade pela ocorrência do problema.

3. O acesso à empresa para fazer a reclamação foi fácil.

4. Eu tive a chance de contar a eles detalhes sobre o meu problema.

(Perguntas sobre Justiça Distributiva)

1. A empresa me deu o que eu necessitava.

2. Eu recebi o que eu pedi.

3. O resultado final da reclamação foi o esperado.

(Perguntas sobre Satisfação)

Para as questões abaixo, utilize a escala de 1 a 5 e marque o item que mais expressa a sua opinião. Considere

que 1 representa "discordo totalmente" e 5 representa "concordo totalmente".

1. Eu fiquei feliz com a maneira como a empresa lidou com minha reclamação.

2. Eu estou satisfeito com a maneira como minha reclamação foi resolvida

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108

3. No geral, eu fiquei satisfeito com a maneira que a reclamação foi tratada

(Perguntas sobre Lealdade)

Para as questões abaixo, utilize a escala de 1 a 5 e marque o item que mais expressa a sua opinião. Considere

que 1 representa "muito improvável" e 5 representa "muito provável".

1. Com que probabilidade você recomendará a empresa para amigos, vizinhos e parentes.

2. Com que probabilidade você dirá coisas positivas sobre a empresa para outras pessoas.

3. Com que probabilidade você fará negócios com a empresa na próxima vez que precisar do mesmo

serviço ou produto?

4. Com que probabilidade você considerará a empresa como a primeira escolha na aquisição do mesmo

tipo de serviço ou produto?

5. Com que probabilidade você continuará fazendo negócios com essa empresa no futuro?

(Perguntas sobre o Modelo de Aceitação de Tecnologia – TAM)

Considerando as REDES SOCIAIS (Facebook, Twitter, Instagram, etc.) e os APLICATIVOS DE

MENSAGENS (Whatsapp, Telegram, etc.), responda as questões abaixo utilizando a escala de 1 a 5, onde

1 representa "discordo totalmente" e 5 representa "concordo totalmente".

(Perguntas sobre a Utilidade Percebida)

1. Eu penso que os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens são muito úteis para a minha vida

em geral.

2. Eu penso que os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens ajudam a melhorar meu

desempenho em geral.

3. Eu penso que os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens ajudam a melhorar a eficácia da

minha vida em geral.

4. Eu penso que os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens fornecem serviços úteis e

informações para mim.

(Perguntas sobre a Atitude)

1. Eu penso que o uso dos serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens é uma boa ideia.

2. Eu penso que o uso dos serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens é benéfico para mim.

3. Eu tenho percepções positivas sobre o uso dos serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens.

(Perguntas sobre a Intenção de Uso)

1. Eu pretendo usar os serviços redes sociais e aplicativos de mensagens no futuro.

2. Eu pretendo usar os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens, tanto quanto possível.

3. Eu recomendo que outras pessoas usem os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens.

4. Eu pretendo continuar usando os serviços das redes sociais e aplicativos de mensagens no futuro.

(Perguntas sobre realização de eWOM)

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109

Considerando as REDES SOCIAIS (Facebook, Twitter, Instagram, etc.) e os APLICATIVOS DE

MENSAGENS (Whatsapp, Telegram, Snapchat, etc.), responda as questões abaixo utilizando a escala de

1 a 5, onde 1 representa "discordo totalmente" e 5 representa "concordo totalmente".

1. Quando tenho BOA experiência com uma empresa, manifesto em minhas redes sociais ou aplicativos de

mensagens.

2. Quando tenho uma experiência RUIM com uma empresa, manifesto em minhas redes sociais ou

aplicativos de mensagens.

3. Sou propenso a dizer coisas BOAS pelas redes sociais ou aplicativos de mensagens, sobre uma empresa

ou produto que atendeu ou superou minhas expectativas.

4. Sou propenso a dizer coisas RUINS pelas redes sociais ou aplicativos de mensagens, sobre uma empresa

ou produto que não atendeu adequadamente minhas expectativas.

5. Eu recomendaria o uso de um serviço ou produto, que atendeu ou superou minhas expectativas, a meus

amigos e familiares através das redes sociais ou aplicativos de mensagens.

6. Eu desestimularia o uso de um serviço ou produto, que não atendeu minhas expectativas, a meus amigos

e familiares através das redes sociais ou aplicativos de mensagens.

(Perguntas sobre dados sociodemográficos)

Gênero

1. Masculino / 2. Feminino

Qual a sua idade?

1. Menor de 18 anos

2. De 18 a 25 anos

3. De 26 a 35 anos

4. De 36 a 45 anos

5. De 46 a 55 anos

6. De 56 a 65 anos

7. 65 anos ou mais

Qual seu nível de escolaridade?

1. Ensino fundamental incompleto

2. Ensino fundamental completo

3. Ensino médio completo

4. Graduação superior em andamento

5. Graduação superior completa

6. Pós-graduação - Especialização, Mestrado, Doutorado

Qual é a sua renda familiar?

1. Até R$ 1.575,99

2. De R$ 1.576,00 a R$ 3.151,99

3. De R$ 3.152,00 a R$ 7.879,99

4. De R$ 7.880,00 a R$ 15.759,99

5. Acima de R$ 15.759,99

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110

ANEXO 1 – TABELAS DE HOMOGENEIDADE DE VARIÂNCIAS

Test of Homogeneity of Variances

Levene Statistic df1 df2 Sig.

JI.1 1,211 1 269 ,272

JI.2 ,027 1 269 ,871

JI.3 5,339 1 269 ,022

JI.4 5,423 1 269 ,021

JI.5 4,351 1 269 ,038

JP.1 1,357 1 269 ,245

JP.2 4,960 1 269 ,027

JP.3 ,254 1 269 ,615

JP.4 ,309 1 269 ,579

JD.1 ,235 1 269 ,628

JD.2 ,037 1 269 ,848

JD.3 ,038 1 269 ,846

Sat.1 1,246 1 269 ,265

Sat.2 ,011 1 269 ,918

Sat.3 2,026 1 269 ,156

Lea.1 1,311 1 269 ,253

Lea.2 ,010 1 269 ,922

Lea.3 ,000 1 269 ,997

Lea.4 2,820 1 269 ,094

Lea.5 ,632 1 269 ,427

Tup.1 ,748 1 269 ,388

Tup.2 ,702 1 269 ,403

Tup.3 2,117 1 269 ,147

Tup.4 ,131 1 269 ,718

Tat.1 1,978 1 269 ,161

Tat.2 ,227 1 269 ,634

Tat.3 ,023 1 269 ,879

Tiu.1 ,047 1 269 ,829

Tiu.2 ,159 1 269 ,690

Tiu.3 ,005 1 269 ,941

Tiu.4 ,000 1 269 ,989

Ewom1 ,332 1 269 ,565

Ewom2 ,319 1 269 ,573

Ewom3 ,438 1 269 ,508

Ewom4 ,349 1 269 ,555

Ewom5 5,276 1 269 ,022

Ewom6 1,937 1 269 ,165

JI 3,405 1 269 ,066

JP 1,082 1 269 ,299

JD ,006 1 269 ,937

Sat 1,107 1 269 ,294

Lea ,075 1 269 ,785

TAM ,073 1 269 ,787

Ewom 1,908 1 269 ,168

EwN ,328 1 269 ,567

EwP ,224 1 269 ,637

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ANEXO 2 – REGRESSÕES LOGÍSTICAS ISOLADAS.

TIPO DE CONTATO COM A EMPRESA NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 328,231a ,072 ,100

4 331,341a ,062 ,085

a. Estimation terminated at iteration number 4 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 1,099 6 ,982

4 ,465 2 ,793

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a E.nao -,603 ,895 ,454 1 ,500 ,547 ,095 3,160

E.pess -,815 ,285 8,168 1 ,004 ,443 ,253 ,774

E.tel -,182 ,286 ,403 1 ,525 ,834 ,476 1,461

E.chat -1,027 ,290 12,568 1 ,000 ,358 ,203 ,632

E.out -,836 ,501 2,790 1 ,095 ,433 ,162 1,156

Constant 1,519 ,317 22,921 1 ,000 4,570

Step 4a E.pess -,728 ,271 7,193 1 ,007 ,483 ,284 ,822

E.chat -,907 ,274 10,971 1 ,001 ,404 ,236 ,691

Constant 1,258 ,208 36,416 1 ,000 3,517

a. Variable(s) entered on step 1: E.nao, E.pess, E.tel, E.chat, E.out.

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112

PERCEPÇÃO DE JUSTIÇAS NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 ,000a ,722 1,000

a. Estimation terminated at iteration number 18 because a perfect fit is detected. This solution is not unique.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 ,000 2 1,000

JUSTIÇA

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 341,192a ,027 ,037

13 348,570a ,000 ,000

a. Estimation terminated at iteration number 3 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 10,577 8 ,227

13 ,000 0 .

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

JI.1 ,241 ,184 1,711 1 ,191 1,272 ,887 1,825

JI.2 -,071 ,183 ,150 1 ,699 ,932 ,651 1,333

JI.3 -,108 ,190 ,322 1 ,571 ,898 ,619 1,303

JI.4 ,148 ,138 1,155 1 ,282 1,159 ,885 1,518

JI.5 -,018 ,148 ,015 1 ,901 ,982 ,734 1,313

JP.1 ,155 ,137 1,284 1 ,257 1,168 ,893 1,526

JP.2 ,015 ,155 ,009 1 ,925 1,015 ,749 1,375

JP.3 -,154 ,116 1,771 1 ,183 ,857 ,683 1,076

JP.4 -,053 ,118 ,203 1 ,652 ,948 ,753 1,195

JD.1 -,012 ,239 ,003 1 ,960 ,988 ,618 1,579

JD.2 ,049 ,253 ,037 1 ,847 1,050 ,639 1,725

JD.3 -,088 ,214 ,167 1 ,683 ,916 ,602 1,394

Constant ,488 ,407 1,437 1 ,231 1,629

Step 13a Constant ,649 ,128 25,744 1 ,000 1,914

a. Variable(s) entered on step 1: JI.1, JI.2, JI.3, JI.4, JI.5, JP.1, JP.2, JP.3, JP.4, JD.1, JD.2, JD.3.

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113

SATISFAÇÃO NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 338,663a ,036 ,050

2 339,667a ,032 ,045

a. Estimation terminated at iteration number 4 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 5,482 6 ,484

2 6,952 6 ,325

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

Sat.1 -,251 ,254 ,978 1 ,323 ,778 ,473 1,279

Sat.2 -,407 ,210 3,756 1 ,053 ,666 ,441 1,005

Sat.3 ,783 ,297 6,934 1 ,008 2,188 1,222 3,918

Constant ,374 ,265 1,996 1 ,158 1,454

Step 2a

Sat.2 -,443 ,206 4,612 1 ,032 ,642 ,429 ,962

Sat.3 ,581 ,211 7,578 1 ,006 1,788 1,182 2,704

Constant ,365 ,265 1,902 1 ,168 1,441

a. Variable(s) entered on step 1: Sat.1, Sat.2, Sat.3.

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114

LEALDADE NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 342,981a ,020 ,028

5 344,194b ,016 ,022

a. Estimation terminated at iteration number 4 because parameter estimates changed by less than ,001.

b. Estimation terminated at iteration number 3 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 7,739 7 ,356

5 5,498 3 ,139

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

Lea.1 -,045 ,297 ,023 1 ,880 ,956 ,534 1,711

Lea.2 ,024 ,317 ,006 1 ,939 1,024 ,550 1,907

Lea.3 -,240 ,302 ,632 1 ,427 ,786 ,435 1,422

Lea.4 ,389 ,258 2,276 1 ,131 1,476 ,890 2,448

Lea.5 ,053 ,273 ,037 1 ,847 1,054 ,618 1,799

Constant ,316 ,268 1,392 1 ,238 1,371

Step 5a Lea.4 ,200 ,098 4,192 1 ,041 1,222 1,009 1,480

Constant ,218 ,241 ,814 1 ,367 1,243

a. Variable(s) entered on step 1: Lea.1, Lea.2, Lea.3, Lea.4, Lea.5.

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115

TAM NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 336,242a ,044 ,061

10 338,637a ,036 ,050

a. Estimation terminated at iteration number 4 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 9,235 8 ,323

10 1,844 5 ,870

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

Tup.1 -,053 ,220 ,059 1 ,809 ,948 ,617 1,458

Tup.2 ,103 ,248 ,173 1 ,678 1,109 ,682 1,803

Tup.3 -,175 ,238 ,540 1 ,462 ,839 ,526 1,339

Tup.4 ,229 ,235 ,951 1 ,330 1,258 ,793 1,994

Tat.1 ,597 ,297 4,047 1 ,044 1,818 1,016 3,253

Tat.2 -,031 ,291 ,011 1 ,917 ,970 ,548 1,717

Tat.3 -,208 ,255 ,670 1 ,413 ,812 ,493 1,337

Tiu.1 ,045 ,294 ,024 1 ,878 1,046 ,588 1,860

Tiu.2 ,159 ,297 ,285 1 ,593 1,172 ,655 2,097

Tiu.3 -,607 ,324 3,521 1 ,061 ,545 ,289 1,027

Tiu.4 -,068 ,373 ,033 1 ,856 ,934 ,450 1,940

Constant ,548 ,715 ,589 1 ,443 1,730

Step 10a

Tat.1 ,565 ,229 6,104 1 ,013 1,759 1,124 2,755

Tiu.3 -,574 ,198 8,442 1 ,004 ,563 ,382 ,830

Constant ,590 ,672 ,772 1 ,380 1,804

a. Variable(s) entered on step 1: Tup.1, Tup.2, Tup.3, Tup.4, Tat.1, Tat.2, Tat.3, Tiu.1, Tiu.2, Tiu.3, Tiu.4.

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116

POSSIBILIDADE DE EWOM NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 285,342a ,208 ,288

3 286,067a ,206 ,285

a. Estimation terminated at iteration number 5 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 7,040 8 ,532

3 6,664 8 ,573

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

Ewom1 -,117 ,153 ,590 1 ,443 ,889 ,659 1,200

Ewom2 -,554 ,173 10,189 1 ,001 ,575 ,409 ,808

Ewom3 ,389 ,180 4,657 1 ,031 1,475 1,036 2,100

Ewom4 -,308 ,176 3,074 1 ,080 ,735 ,521 1,037

Ewom5 -,279 ,188 2,201 1 ,138 ,757 ,523 1,094

Ewom6 -,059 ,145 ,164 1 ,686 ,943 ,710 1,252

Constant 3,711 ,648 32,770 1 ,000 40,906

Step 3a

Ewom2 -,603 ,162 13,839 1 ,000 ,547 ,398 ,752

Ewom3 ,328 ,160 4,179 1 ,041 1,388 1,014 1,901

Ewom4 -,304 ,170 3,185 1 ,074 ,738 ,528 1,030

Ewom5 -,319 ,173 3,381 1 ,066 ,727 ,517 1,021

Constant 3,632 ,634 32,801 1 ,000 37,779

a. Variable(s) entered on step 1: Ewom1, Ewom2, Ewom3, Ewom4, Ewom5, Ewom6.

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117

SOCIODEMOGRÁFICOS NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 325,607a ,074 ,103

4 332,041a ,052 ,072

a. Estimation terminated at iteration number 20 because maximum iterations has been reached. Final solution cannot be found.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 2,801 8 ,946

4 ,000 5 1,000

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

Gen(1) ,037 ,279 ,018 1 ,894 1,038 ,600 1,794

Age 12,102 6 ,060

Age(1) -23,512 40192,970 ,000 1 1,000 ,000 ,000 .

Age(2) ,558 1,002 ,310 1 ,578 1,748 ,245 12,462

Age(3) -1,507 ,678 4,943 1 ,026 ,222 ,059 ,837

Age(4) -1,221 ,675 3,275 1 ,070 ,295 ,079 1,107

Age(5) -1,559 ,740 4,444 1 ,035 ,210 ,049 ,896

Age(6) -1,453 ,834 3,031 1 ,082 ,234 ,046 1,200

Escol 2,334 3 ,506

Escol(1) ,505 ,737 ,470 1 ,493 1,658 ,391 7,025

Escol(2) -,679 ,565 1,442 1 ,230 ,507 ,167 1,536

Escol(3) -,021 ,340 ,004 1 ,950 ,979 ,502 1,907

Rend 3,092 4 ,543

Rend(1) -,632 ,726 ,759 1 ,384 ,531 ,128 2,203

Rend(2) -,779 ,602 1,672 1 ,196 ,459 ,141 1,494

Rend(3) -,270 ,367 ,540 1 ,462 ,764 ,372 1,567

Rend(4) ,105 ,360 ,085 1 ,770 1,111 ,548 2,252

Constant 2,036 ,677 9,048 1 ,003 7,662

Step 4a

Age 10,043 6 ,123

Age(1) -23,149 40192,970 ,000 1 1,000 ,000 ,000 .

Age(2) -,272 ,881 ,095 1 ,758 ,762 ,135 4,287

Age(3) -1,638 ,655 6,249 1 ,012 ,194 ,054 ,702

Age(4) -1,221 ,655 3,477 1 ,062 ,295 ,082 1,064

Age(5) -1,540 ,721 4,565 1 ,033 ,214 ,052 ,880

Age(6) -1,435 ,805 3,180 1 ,075 ,238 ,049 1,153

Constant 1,946 ,617 9,940 1 ,002 7,000

a. Variable(s) entered on step 1: Gen, Age, Escol, Rend.

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REALIZAÇÃO DE eWOM POSITIVO e NEGATIVO NA PREDIÇÃO DE eWOM

Model Summary

Step -2 Log likelihood Cox & Snell R Square Nagelkerke R Square

1 292,714a ,186 ,257

2 294,103a ,182 ,252

a. Estimation terminated at iteration number 5 because parameter estimates changed by less than ,001.

Hosmer and Lemeshow Test

Step Chi-square df Sig.

1 8,848 8 ,355

2 3,048 3 ,384

Variables in the Equation

B S.E. Wald df Sig. Exp(B) 95% C.I.for EXP(B)

Lower Upper

Step 1a

EwN ,183 ,158 1,341 1 ,247 1,201 ,881 1,636

EwP -,896 ,160 31,566 1 ,000 ,408 ,299 ,558

Constant 2,915 ,476 37,438 1 ,000 18,449

Step 2a EwP -,779 ,118 43,544 1 ,000 ,459 ,364 ,578

Constant 3,179 ,429 54,927 1 ,000 24,012

a. Variable(s) entered on step 1: EwN, EwP.