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Chegar aos 89 anos de idade é privilégio de poucos

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Page 1: Chegar aos 89 anos de idade é privilégio de poucos

Chegar aos 89 anos de idade é privilégio de poucos, poderemos até chegar... Mas é comum deparamo-nos, com quem passou dos oitenta, se queixando de desesperança e lamuria pela falta de perspectiva nessa etapa da vida.

Dizem-nos das saudades de sua juventude, de sua falta de motivação para continuar vivendo, de sua “certeza” de que não têm mais nenhum papel a cumprir. Ao

mesmo tempo, observamos outros idosos, aparentemente alegres e satisfeitos, que nos deixam a impressão de estarem vivendo de forma plena sua velhice.

Em Flores, no sertão pernambucano, pessoas com estas características fazem parte do cotidiano dos florenses, é só enxergar com um pouco mais de brilho, deixar de lado as responsabilidades do dia a dia e desfrutar um pouco das conversas, das histórias e dá boas gargalhadas ao lado daqueles que dedicaram quase toda sua vida ao nosso torrão que tanto amamos.

O Sr. Manoel Lucas da Silva, que pelo nome de registro fica quase impossível identifica-lo, mas se perguntarmos quem é o Sr. Memem? Quem não o conhece? E Quem nunca foi apelidado carinhosamente de “xôla” por ele?

O Sr. Memem ainda tem na memória as lembranças dos velhos e bons amigos, dos tempos em que seu opala fizera o maior sucesso na juventude.

Para alegria de “xôla”, uma ilustre visita, Marconi Santana, hoje prefeito de Flores, mas em seu coração “uma criança, um adolescente, um jovem e um homem que sempre foi diferente, que dava o que não tinha”, revela sentado em um banco antigo de madeira, ao lado do amigo.

Para muitos, para ser possuidor de boa qualidade de vida e passar dos oitenta anos, há necessidade de possuir muitos bens materiais; quanto mais posse, melhor a qualidade de vida.

Mas, para o Sr. Memem só foram necessárias as necessidades mais elementares da vida humana. Alimentação, moradia, trabalho, educação, saúde, lazer, respeito e dignidade.