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ChopperON BRASIL #14

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ChopperON Brasil Publicacão mensal sobre a Kultura Kustom em portugués.

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e Tripulação e PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea

Marinheiros de primeira viagem: Tatu Albertini, Rogerio Duarte do Pateo, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, Oscar Romagnoli,

David Vive-Harley, Florián RS.

ARTE E CAPA: Hay Motivo

ChopperON É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación [email protected]

PUBLICIDADE E MARKETINGAlberto Miranda: [email protected]

i Bitácora iNacho Mahou

i “¡Oh, liberdade grande tesouro! Porque não tem prisão boa, embora fosse com algemas de ouro.” Lope de Vega. Iniciamos mais uma edição da ChopperON cheios de liberdade.

i Desde Las Vegas, Nevada, temos noticias quentes da mão do Victor Romero. Ele esteve no Dealer Meeting da Harley-Davidson. Falamos sobre os segredos da MoCo para o ano que começa logo.

i Novamente o José Cepas_Mad caça uma beleza com a sua maquina: uma obra dos caras da Hell Kitchen Garage, uma H-D Sportster do ano de 1987.

i Fernando é o cara da Spades e agora está virando um pouco perigoso: ThaBomb!

i Minas Geráis tem pão de queijo, cachaça e Roadstock…

i Tatu Albertini relata um dos desafios mais loucos do Brasil, o Desafio das Motonetas.

i Continuamos atravessando os Estados Unidos, já estamos em Mississipi e os seus enormes campos de algodón. Muito blues na 61. Sempre gratos com a Route 66 Experience y a Eagle Rider.

i A primavera está pertinho, logo teremos grandes eventos no Brasil, mas, por enquanto, arrume um tempinho e leia as reportagens da melhor revista kustom do Brasil!

ChopperON · 3 · 3 · 3 · 3

Sumário # 14

04 Opinião.06 Motos dos sonhos.08 Harley Dealer Meeting Las Vegas.34 Sportster ‘87 Rusty.50 ThaBomb!58 Roadstock 2015.72 Desafio de Motonetas.82 Rota 61 Dia 3. Mississipi.118 Oficina. Teoria básica sobre a compresão.

Foto: Lucas Azevedo

revista kustom do Brasil!revista kustom do Brasil!

Meus caros amigos. Gos-

taria de relatar um fato

que algum tempo vem me

deixando bastante intri-

gado. Trata-se da prática

dos preços “elevados” que

estão são aplicados nes-

te mundo das motos, tanto

na internet como nas lojas

que trabalham com as motos

(Harley). Sei -e reconheço- que

os

proprietários de Harley

têm um poder aquisitivo

diferenciado dos demais,

porém, não querendo dis-

criminá-los, existem tam-

bém outros proprietários

que não são assim tão “abo-

nados”, afinal, nem todos

SÃO ou TEM que ser empre-

sários. Nós, que não tive-

mos a sorte de sermos tão

afortunados assim, tam-

bém temos o direito de ter

uma Harley. Hoje fui fazer

uma cotação numa renoma-

da loja de São Paulo (não

foi na H-D) para troca do

guidão da Road King de um

amigo. Quase cai pra trás

quando recebi o orçamento,

R$ 500,00 “SÓ” de mão de

obra. Fui informado ainda

que este serviço levaria

umas 4 horas de trabalho.

Longe de mim desmerecer a

qualificação do profissio-

nal, mas considerei esse

preço totalmente fora do

bom senso e, principalmen-

te, da realidade que esta-

mos vivendo no País, pois

representa 57,6% do Salá-

rio Mínimo Nacional, onde

um trabalhador recebe R$

788,00 para batalhar um

mês inteiro, durante uma

jornada de 8 horas diá-

rias, muitas vezes sob sol

a pino. Com certeza muita

gente vai dizer que se eu

não tiver condições de ter

uma Harley, que compre en-

tão uma BIZ, uma CG, uma

TITAN, etc. Mas a “coisa”

não é bem por ai. Não é

porque uma pessoa tem uma

Harley, que ela deve “en-

louquecer” e sair por ai

pagando tudo que se pede

pelas peças e serviços.

Há pouco tempo, num site

tinha um emblema de tan-

que sendo vendido por R$

1.000,00, porra! Fora as

peças usadas, ou que são

retiradas na hora da ven-

da, que custam mais caras

na internet do que em al-

gumas lojas de SP e novas!

Amigos, não estou queren-

do criar nenhuma polêmica,

mas, acredito que todos

deveriam refletir um pouco

melhor na hora de avalia-

rem seus produtos, além do

comprador dar mais valor

ao seu suado dinheiro.

Nossa Carteira está aberta

para receber suas cartas para

a redação e sempre vão ter

resposta. Uma seleção das

mais originais ou importantes

serão publicadas.

Os preços piraram Alberto Miranda ©

Opinião · cartas

ChopperON · 4

ChopperON · 5

Olá leitores!! Sou o Alberto, o gringo da

ChopperON. Nesse 2015 a ChopperON foi escolhida

para realizar um Bike Show no Hot Rods Brasil nos

días 4, 5 e 6 de dezembro. Tomara que vocês curtam

dessa ideia que vai ser “duca”… Até então, fiquem

atentos ao Facebook e não esqueçam compartilhar

nossas noticias… Até agora temos mais de 10 motos

confirmadas nos estilos cafe-racer, chopper, bobber

e livre... A gente se vê no “HRB Bike Show by

ChopperON”!!!

Bike Show no Hot Rods Brasil

Prancha Motos

G2 P51 Combat Fight erby The Confederate

Uma motocicleta feita à mão e com um visual agressivo e futurista. Com a tecnologia aeroespacial

como inspiração, o chassi é integrado ao sistema das rodas e una suspensão patenteada. O motor

é de “apenas” 200 cavalos e é feito de alumínio maciço mecanizado. $119,500

Vaca Sagrada W650by Deus

Deus é um grupo de fanáticos australianos que não

acreditam no motociclismo moderno sequestrado pelo

marketing. Apresentam a Vaca Sagrada Kawa W650. Roda

dianteira de 21“, banco de molas e feito à mão.

$32,000

Dealer Meeting Harley Las Vegas

ChopperON · 10

A calma que precede a tempestade

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A Marca de Milwaukee, cada mês de setembro mostra as suas novidades para o novo ano. Víctor Romero relata o que aconteceu na cidade de Las Vegas no

Dealer Meeting 2015. Informação quentinha!

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e Víctor Romero A Harley-Davidson

Os últimos acontecimentos da marca centenária tiveram muito interesse

no Dealer Meeting. A substituição da pes-soa que devia racionalizar/modernizar a casa americana, ou seja, a substituição de Keith Wendell por Matt Levatich, ele é um grande peso pesado da “vida toda” com mais de 20 anos na compan-hia. Qual é o signifi cado da sucessão de uma contratação estelar por um homem “da casa”? Circunstância ou mudança de rumo? O tempo responderá essas per-

guntas. A confi rmação da MoCo de não atingir os seus objetivos de crescimento para esse ano por vários motivos. Nos úl-timos tempos, foram abertas novas vias de desenvolvimento que deverão apor-tar estabilidade a longo prazo, o desen-volvimento dos projetos Rushmore e Live Wire, a nova moto elétrica, a nova fábrica na Índia e outras ainda por vir, sugeriam a explosão de alguma bomba no evento de Las Vegas. Não foi assim! 2016 será apenas um ano de transição. Tradicionalmente, nos anos de transição, Harley-Davidson afi na os seus modelos

e nesse momento é alcançado o máximo aproveitamento dos chassi e dos motores até a chegada das novas evoluções. Lá em Las Vegas, conhecemos pequenas, porém inteligentes, mudanças em todas as famí-lias da linha H-D:

Street 750: novos freios, novo local para a buzina e uma melhoria geral nos acaba-mentos. No Brasil, seguimos à espera da apresentação dessa linha que é equipada

e e Víctor Romero Víctor Romero e e

Dealer Meeting - Harley Las Vegas

ChopperON

com um excelente motor e, agora, terá um acabamento digno da marca ameri-cana.

Sportster: alguns detalhes e novos amortecedores dianteiros e traseiros. Muito interessante o novo visual “hard” da “nova” Forty-Eight. As melhorias são muito relevantes e resolvem dois dos problemas da família Sportster. Essas mudanças estarão logo nas concessioná-rias brasileiras.

Dyna: guidão Drag Bar e risers que deixam a posição de pilotagem mais con-fortável. Também com motor de 103 po-

legadas.Softail: mu-

danças estéticas na Heritage. Os rebites somem, nós fi camos agradecidos. A mu-dança mais importante é a possibilidade de escolher o motor Screamin’ nos mo-delos Fat Boy e Slim. Essas motos serão as “S series” e prometem ser rápidas. Estamos loucos por um test (com placa verde, por favor, kkkkkk).

Touring: apresentação da Road Glide Ultra. A moto mais americana de todas, agora equipada com todos os atributos da top de linha.

VRod: à espera de mudanças relevan-tes.

A outra grande questão que a gente le-vou para a cidade do jogo era como se-ria resolvido pela Company o problema

da apreciação do dólar sobre outras moedas, o Yen, o euro

e, no Brasil,

nosso Real. A resposta vai ser uma subida de preços nesses mercados embora, para ser totalmente sincero, essas subidas vão ser “controladas”. H-D não é propria-mente uma companhia multinacional. H-D é um fabricante americano que ven-de no mundo todo. Embora a vocação de câmbio dos últimos tempos, essa ca-racterística imprime caráter e faz com que os elementos externos tenham uma maior infl uência. As moedas, as barreiras legislativas, os impostos de importação... Tudo isso é, às vezes, determinante na parte fi nanceira, o que nos tempos atuais de mercados globais condiciona todo o resto. Ficamos na espera do 16,5 MY, apresentação disposta para o começo do ano. Já há boatos de que os caras de Mi-lwaukee vão nos deixar de queixo caído. 2016 MY é o ano das melhorias e tran-sição. A calma que precede a tempestade?

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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STREET 750: NOVOS FREIOS, A BUZINA MUDOU DE LUGAR E UMA MELHORA GERAL NOS ACABAMENTOS

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

SPORTSTER: ALGUNS DETALHES E NOVOS AMORTECEDORES DIANTEIROS E TRASEIROS.

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ChopperON

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

UM NOVO E INTERESSANTE VISUAL MAIS “HARD” DA “NOVA” FORTY-EIGHT. AS MELHORIAS SÃO MUITO RELEVANTES E RESOLVEM DOIS DOS PROBLEMAS DA FAMÍLIA.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

A MUDANÇA MAIS IMPORTANTE É A POSSIBILIDADE DE ESCOLHER O MOTOR SCREAMIN’ NOS MODELOS FAT BOY E SLIM. SERÃO AS “S SERIES”, MUITO RÁPIDAS E ESTAMOS LOUCOS PRA FAZER UM TEST NUMA DESSAS...

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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DYNA: GUIÃO DRAG BAR E RISERS QUE DEIXAM A POSIÇÃO DO PILOTO MAIS CONFORTÁVEL. TAMBÉM COM MOTOR DE 103 POLEGADAS.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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SOFTAIL: CÂMBIOS ESTÉTICOS NA HERITAGE. OS REBITES VÃO EMBORA, NÓS FICAMOS AGRADECIDOS.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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TOURING: APRESENTAÇÃO DA ROAD GLIDE ULTRA. A MAIS AMERICANA DE TODAS.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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VROD: À ESPERA DE MUDANÇAS RELEVANTES.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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SLIM. SERIES S. COM UM VISUAL MILITAR. PAZ E GUERRA.

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Dealer Meeting - Harley Las Vegas

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MUITAS DESSAS MUDANÇAS ESTARÃO LOGO NAS CONCESSIONÁRIAS BRASILEIRAS.

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Sportster ‘87 Rusty

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Ferrugem turquesa

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Apresentamos uma obra da Hell Kitchen Garage, uma H-D Sportster do

ano de 1987. Uma bobber de surpreendente visual e

baixo custo.

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e Nacho Mahou A José Cepas_Mad

Essa é a primeira vez que a gente faz uma reportagem

da Hell Kitchen Garage, de fato, a ChopperON é a primeira que faz uma reportagem dessa ofi cina que, na sua página do Facebook, está defi nida assim: “Junta uns ami-gos, umas motos, ferramentas, imagi-nação e vontade e esse é o resultado”.

Hell Kitchen Garage foi criada pelo Jorge -mais conhecido como Gio- e pela tentativa de unifi car a pintura e a aerografi a com a modifi cação e criação de motos. Gio, trabalhando sob o nome de Gioairbrush realizava trabalhos em motos, capacetes, e outras coi-sas, mas sempre curtiu construir alguma peça, suporte, guidão... Desse jeito ele começou a cons-truir peças e modifi car motos.

Sportster ‘87 Rusty

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Ao lado do seu parceiro Hicham formam os dois “fogos” da Hell Kitchen Garage. “Ele é o encarre-gado de conseguir todo o material necessário. Eu faço a montagem, a construção, a pintura...”.

Agora começamos com a Rus-ty, uma Sportster do ano de 1987: “É uma moto que foi feita sob me-dia e ao meu gosto. Para mim foi um projeto que desde o começo sa-bia como queria que fosse o resul-tado final; queria que fosse rígida e baixa. Com um look old school e descolado, mas com detalhes.” diz Jorge.

E assim foi feita, sobre um

chassi original recortado. Foram substituídos os amortecedores por barras de 10,5” hand made (hd) para fi car mais rígida. As molas dianteiras foram recorta-das cinco centímetros. Foi subs-tituída a mesa original por outra mais larga e com seis graus de avanço. O guidão é um drag bar (hd), comandos avançados e pe-daleiras torneadas (hd). As setas traseiras foram incrustadas no tubo do chassi. O porta placas lateral também foi construído pela HKG. A lanterna traseira tipo vintage é uma peça recons-truída. Os paralamas ganharam uma nova posição, o diantei-ro foi colocado um pouco mais atrás para aportar uma imagem retro. O painel foi reposicionado no lateral. O banco (hd) ganhou um acabamento em couro e tem

uma soqueira na parte inferior.Muito coloridaNo começo, a Rusty era preta

fosca, mas Gio tinha a ideia mar-cada de que a cor fi nal da moto não ia ser essa. A moto foi pin-tada nas cores azul turquesa e branco, como um Ford ‘58 que está sendo restaurado nas ins-talações da HKG. Para o acaba-mento da pintura foi escolhido um verniz acetinado e foi feito um “efeito ferrugem” para con-seguir que o acabamento fi casse de acordo com os anos dessa Sportster. Um detalhe funda-mental no conceito dessa obra. Assim, novamente, fi ca claro que com um orçamento ajustado, grandes toques de criatividade e um pouco de “bom fazer” pode ser feita uma criação d igna de qualquer bike show.

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Sportster ‘87 Rusty

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Sportster ‘87 Rusty

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Sportster ‘87 Rusty

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Sportster ‘87 Rusty

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Sportster ‘87 Rusty

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ThaBomb Chopper

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Coragem, man. Nessa moto o piloto não pode ter barba e

vestir roupas árabes...

Bombas e espadas

ThaBomb Chopper

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e A Alberto Miranda

Nessa edição vamos falar sobre o Fernando Costa da Spades

Kustom Cycles, e uma das suas criações, “ThaBomb!”. Fernando é o designer (e proprietário) de uma ofi cina paulista, que sempre se des-tacou pela qualidade, acabamento e estilo na customização de motoci-

cletas. Fernando é um grande fã da “Kultura Kustom” e exigente com detalhes, sempre apresen-ta projetos coerentes, cheios de charme e exclusividade. Além do design, a preocupação com a per-formance e dirigibilidade são des-taques em todas as suas criações há mais de 8 anos.

A Spades vem se des-tacando no mercado brasileiro e internacio-nal, através de customi-

zações diferenciadas das marcas Harley-Davidson e

Triumph sendo capa de revis-tas internacionais na Europa e até nos EUA.

Há um tempo que a Spa-des fez um projeto malu-

co: ThaBomb! A moto

original é uma Harley-Davidson Dyna Evo 1996. A ideia desde o começo foi construir uma moto no estilo Rat, com patina, ferru-gem e detalhes despojados. Nes-sa moto umas porcas assumem a função de bola de cambio, de es-paçadores e até de pedaleiras. Os detalhes estão em todo lugar, o Fernando pirou e até colocou ver-galhão (sim, ferro de construção) como haste do cambio.

Mas, ao mesmo tempo que fo-ram usados materiais diferentes, nessa moto colocaram sofi sti-cações como, por exemplo, o sprocket embutido na balança e o tanque de gasolina exclusivo em forma de bomba. Dois detalhes que acompanham o conjunto é a frente springer e o banco solo em couro stoned.

Uma bike repleta de detalhes com um visual envelhecido

sofi sticação no acabamento e uma ciclística TOP!

ThaBomb Chopper

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FICHA TÉCNICAModelo Base: Harley-Davidson Dyna 1996.Customização: Spades Kustom Cycles.Designer: Fernando Costa.MOTORHarley Davidson EVO 1340cc.TRANSMISSÃOCâmbio: na mão – HD.Embreagem: no pé – HD.CHASSI HDSUSPENSÕESDianteira: Springer DNA.Traseira: Amortecedor Progressive Suspension.FREIOSDianteiro: pinça DNA. Traseiro: Sprocket Exile Cycles.RODAS: raiadas – dianteira 21” – traseira 16”. PNEUS: vintage. ACESSÓRIOS- Tanque BOMBA, exclusivo – feito à mão pela Spades Kustom Cycles. - Guidão Drag Bar. - Cabos aeroquip siliconados. - Raiser by Spades. - Comandos elétricos em-butidos. - Pedaleiras com porcas, feitas à mão. - Pedais, câmbio e embreagem “Hot Rod” Spades. - Pisca bullet preto. - Banco solo de mola em couro preto Spades Special by Bolla. - Filtro de ar com breather Spades Special em alumínio e capa de buzina. - Cabos de vela vintage de al-godão. - Paralamas traseiro curto. - Tampa de inspeção e point cover Spades, em alumínio e latão - Espadas curtas. - Escapamento exclusivo Spades Special, com sílica e pontei-ra em latão. - Alumínios e cromos com tratamento exclusivo by Spades Special. - Suporte de placa lateral, com lanterna So Cal. - Farol Rat com lente amarela e suporte Spades.- válvulas de pneu em formato de bomba. - Alavanca de câmbio com porca enferrujada by Spades. - Velocímetro ele-trônico mini.

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ThaBomb Chopper

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RoadStock 2015

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Alt a quilometragem, sem frescura

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Resolvemos organizar um rolé de moto sem frescura pelas estradas de Minas Gerais. A ideia surgiu de experiências

gringas, como o El Diablo Run e o Gypsy Run, que apareceram no cenário da cultura custom como alternativas aos rallys institucionais organizados pelas

grandes marcas.

Alt a quilometragem, sem frescura

RoadStock 2015

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e Marcelo Diogo e Rogerio do Pateo A Tomandorumo/Lucas Azevedo

Há quatro anos começamos a planejar o roteiro, e dois

anos depois fi zemos o primeiro teste. O percurso nos pareceu perfeito. As estradas escolhidas permitiam diferentes experiên-cias de pilotagem, as paisagens eram incríveis e os locais de per-

noite eram interessantes para o rock’n’roll coletivo. Criamos então o nome, a logomarca e o conceito, até que, em 2014, lança-mos o primeiro RoadStock.

O evento nasceu da convivência entre amigos com personalidades diferentes, mas uma única paixão: pegar a estrada sobre duas rodas. O percurso é longo. São cerca de 1500 km a serem vencidos em três dias, saindo de Belo Horizon-

te, passando por Araxá via Capi-tólio, Diamantina e terminando novamente em BH. Embora não haja competição ou contagem de tempo, os participantes recebem um mapa, dicas da estrada e uma agenda com os horários e locais importantes durante o evento. Não há fi la em formação, road captain e escolta da Polícia Rodo-viária Federal. Cada participante é livre para pilotar no seu ritmo, da

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forma que achar mais adequada. Não há limitações em relação ao estilo ou marca das motos. Trata-se de um evento focado na con-fraternização por meio do prazer de pilotar, no qual cada um é res-ponsável por si, por sua bagagem e por sua máquina.

Na primeira edição, em 2014, tivemos algumas intempéries cli-máticas, o que serviu para po-tencializar as histórias vividas pelos participantes. Naquele ano,

foram 30 inscritos, mas apenas 10 chegaram ao fi nal. Em 2015, a história foi diferente. Ao todo participaram 62 motos, a maioria Harley-Davidsons. Foram HDs para todos os gostos, de Breac-kouts zeradas a Panheads, passan-do por algumas Shoevel Heads e Evolutions. Mas nem só de Har-leys vive o RoadStock. Na edição deste ano contamos com algumas BMWs, Hondas e Kawazakis que não tiveram problemas em se in-

tegrar aos demais.A viagem correu bem, sem

grandes imprevistos. Os parti-cipantes rodaram pelo percurso programado divididos em peque-nos grupos que se encontraram ao longo da estrada para almoçar, tirar fotos e apreciar as paisagens selecionadas a dedo. Foi aí que percebemos que não havíamos criado um evento, mas estávamos promovendo experiências moto-ciclísticas de alta intensidade!

RoadStock 2015

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RoadStock 2015

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RoadStock 2015

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RoadStock 2015

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Etapa Limeira

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Desafi o de Motonetas

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O Tatu Albertini é um dos responsáveis pela vida das motonetas na cidade de Campinas. Na ofi cina familiar, onde ele trabalha consertando carros, ele tem um cantinho reservado para as Lambretas e Vespas dos amigos.

Desafi o de Motonetas

Etapa Limeira

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e Alberto Miranda A Tiago Goldschmidt

Desde junho do ano de 2012, uma das suas ideias, uma co-

rrida, virou um sucesso e, no mun-do das scooter antigas, das moto-netas, ele é conhecido no Brasil todo. Com o apoio da Free Willy e a Mattiolli (as melhores lojas de peças especializadas em motone-tas do Brasil), a cada dois meses o desafi o tem uma etapa e, no domingo passado, no dia 6, oco-rreu uma das etapas do desafi o, a primeira feita de forma indepen-dente, alugando a pista o dia todo para o evento, junto com os Mob-ymaniacos. O Tatu vai relatar para vocês o evento em três, dois, um...

O evento foi no domingo, mas a coisa toda já rolou na sexta-feira, quando eu estava tentando deses-peradamente obter uma resposta do Rafael e família para trazer a minha nova corredeira, a LD “Ta-pejara”, porém ele não tinha jeito de estar no domingo em Limeira e eu fi quei na mão na estreia da minha nova moto de corrida e, pior ainda, fi quei sem a visita dos amigos.

No sábado, como costumo fazer todo dia, acordei às 6h da manhã. Já desde o começo da manhã fi -quei numa batalha sem fi m tentan-do deixar pronta a moto do Dário Gonzales e, por pura teimosia, não consegui chegar no óbvio, não con-

segui notar que o defeito era bem mais simples do que eu imaginava. Graças à ajuda do Leonardo, conse-guimos resolver a treta e a moto fi -cou pronta para correr no domingo.

Durante a manhã do sábado, puto com a reparação, recebi uma mensagem, o Marcio Fidelis e mais alguns membros da Scoote-ria Paulista tinham planos para ir até a sede das Motonetas de Cam-pinas no fi nal da tarde, as min-has portas estão sempre abertas, somos parceiros. Eles chegaram logo após eu terminar de carre-gar todas as traias no caminhão, eu estava prestes a tomar banho, kkkkkk...

Sem ter tomado banho, todos (Caio, Vitor, Marcio, Rafael As-sef e eu) subimos pra minha casa, fi z um café pra esquentar o peito dos viajantes e amarramos numas prosas que nos fi zeram passar o tempo e, quando saímos pra jan-tar minha ideia de tomar banho foi esquecida por completo. Levei os caras para conhecer o Boteco Formol, pois eles queriam Ham-burguer, Batata frita e cerveja boa. Acho que gostaram do que viram e das conversas com o Rafa. As-sim, voltamos pra casa, onde eu fui direto ao banho e fi nalmente para cama. E quem disse que eu consegui dormir? Fritei na cama a madrugada toda e, antes do sol (e do sino da igreja) eu já estava des-

perto. O despertador tocou e acor-dei o bando que pensava ir mais tarde até Limeira. Preparei minhas traias (poucas, pois tudo estava no caminhão). Quando estava no café da manhã, o Fernando e o Maurinho chegaram em suas mo-tonetas, mudamos algumas coisas no caminhão e eram às 8h quan-do estávamos saindo de casa, bem a hora que já era (pelo menos eu, que fazia parte da organização) para estar lá. Saquei um dinheiro e paramos para abastecer as mo-tos, não esperei os carros de apoio, pois uma garoa fi na começou a cair enquanto abastecíamos.

Saí na ponta do comboio com minha fi lha Laís na garupa. Saí ten-tando tirar o atraso, mas o comboio tava tranquilo, eu querendo subir para 90/100 e o farolzinho amare-lo do Assef lá atrás me dizia que tinha que diminuir o ritmo, então seguimos nos 80km/h. Entramos em Limeira e o caminho até a pista foi bem fácil. Chegando lá foi ba-cana ver a quantidade de pessoas já presentes no evento, principalmen-te os Mobymaníacos. Chegamos, descarregamos tudo, preparamos as coisas, ligamos a churrasquei-ra (que fi cou sob o controle da Churrascaria Paulista) e tentamos organizar os horários, as baterias, etc... Tudo correu na mais perfeita ordem e harmonia, fi lmagens para o History Channel, Mobymaníacos

Etapa Limeira

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na pista e “nóis” também. Tivemos a honra de dividir a pista com o seu António, piloto da velha guarda, com sua MS preparada de época, a estreia do Caio César e do mais novo piloto da equipe Mattiolli Lambrevespa, o Rafael Assef tam-bém voltou às pistas depois de al-guns anos e o resto dos malucos da pista eram nossos fi éis amigos de sempre, menos o Murari que teve compromissos familiares e, infe-lizmente, por problemas técnicos, o Edu e o Leo, que treinaram o dia todo, mas não conseguiram entrar na corrida.

Fora dos bastidores das pistas ti-vemos muitas visitas bacanas, o senhor Clóvis Biotto, colecionador e restaurador de Rio Cla-ro, mais um amigo que não lembro o nome, me desculpe, os dois pilotan-do duas LI maravilhosas. Muitos mais estavam lá, Leogildo Cone-glian, Manah Moto Fox, Toninho

da Graxa e sua linda esposa, Gus-tavo Ferreira, a família Bovo, Gusta-vo Delacorte, Rosemeri Moreira, os sumidos mineiros do Poços Scooter Club, Eduardo Alvisi e Erley Car-valho Junior, Marmiroli de Pedreira e mais uma grande quantidade de amigos que estavam lá para mos-

trar que o Desafi o de Motonetas é algo mais além de uma corrida e sim um evento, um encontro voltado aos amigos afi cionados às Vespas e Lambrettas. Muita descontração, churrasco, amizade e curtição num dia bem diferente dos demais que fi zemos nesses 3 anos de história.

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Só sei que o grid de largada fi cou nessa ordem:Categoria SuperRoberto PrivatoSergio Ricardo PasqualiniMarcelo BovoAriel (Mattiolli)Texugo SereguinCategoria OriginalMauro BellottiTatu Albertini (Eu!!)Dario Gonzales Fernando PrecaroRafael AssefLuis MartaAlessandro SoaveAntonio Alberto Caio César

E a corrida rolou, larguei bem, ganhando duas posições, mas devolvendo-as logo nas duas pri-meiras voltas, kkkkkk. Aos poucos fui vendo o Buia e o Alê colando em mim, mas quase no fi nal perdi minha posição para o Buia, quem logo, na sequência, errou e a tomei de volta, mas logo perdi a posição novamente.

A corrida acabou bem e tudo correu perfeito, com algumas al-terações de posição e o resultado

final foi esse daqui:

Categoria Super1° Roberto Privato (Araraquara)2° Marcelo Bovo (Araras)3° Sergio Pasqualini (Jundiaí)4° Ariel (Ribeirão Preto) estreando5° Texugo Sereguin (Jundiaí)Categoria Original1° Mauro Bellotti (Piracicaba)2° Buia (Souzas)3°Tatu (Campinas)4° Alessandro (Campinas)5°Dario (Campinas )6° Luis Marta (Vargem Grande Pau-lista)7° Rafael Assef (SP Capital)8° Antonio Alberto (SP Capital) es-treando9° Caio César (SP Capital) estreando

Infelizmente não concluíram a prova o Edu Parez (SP Capital ) e o Leonardo Freitas (Campinas).Obrigado a todos e, principalmen-te, ao Roberto Privato que enca-beçou todas as correrias... Fiquem de olho que as motonetas não pa-ram!!!

Etapa Limeira

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Etapa Limeira

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Rota 61, Dia 3

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Entre algodões

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Depois de um pequeno briefi ng sobre normas de segurança na estrada –dicas dos organizadores, Gon e Lola- saímos com “um pouco de friozinho a mais” nas estradas do Estado de Mississipi. Esse estado tem uma clara vocação agrícola. Atravessamos os campos de milho, arroz e – lógico- algodão.Entre algodões

Rota 61, Dia 3

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A ALTITUDE DO MISSISSIPI É DE 250 METROS, POR ISS AS ESTRADAS SÃO RETAS, EMBORA ELAS ESTEJAM CHEIAS DE SUBIDINHAS E DESCIDAS E, ÀS VEZES, TENHAM CURVAS SUAVES.

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Ruta 61 Día 3

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GENTE VIU PLACAS DE TRÂNSITO ALERTANDO A PRESENÇA DE URSOS NA “HIGHWAY”.

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e A Nacho Mahou A Dr. Infierno

As plantações são des-mesuradas, a vista não

alcança o fi nal. Nossas reti-nas estão bem ativas, é cedo, elas se fi xam nos pontos que destacam sobre a gigante pla-nície: fazendas abandonadas, telhados arrasados pelo Katri-na, maquinaria agrícola enfe-rrujada, chapa com a validade vencida, madeira podre, vel-hos veículos sucateados.

É a autêntica defi nição da palavra decadência, tristeza das esperanças abandonadas. A estrada não ajuda ninguém e a paisagem não é divertida. Apesar dessa paisagem tris-te, nós rodamos felizes, com um sorriso dentro da ban-dana. Caralho, uma ponte! Atravessamos o rio Yazoo, rio que quebra a monotonia da paisagem plana do Delta do Mississipi. Uma terra rou-bada da água fl uvial. A bacia hidrográfi ca é uma das mais importantes do mundo (uma terceira parte da superfície dos EUA) e um dos sistemas fl uviais mais importantes do planeta.

É um território dominado pelo homem, onde podemos achar uma grande fauna sel-vagem. A gente até viu placas de trânsito alertando a pre-sença de ursos na “highway”. Os silos de grão são como catedrais europeias e os pás-saros salpicam a cor azul

celeste numa sincronização similar à nossa, formada por um grupo de 23 motos. Nosso barulho faz os pás-saros realizarem acrobacias que fazem a gente levantar o queixo e segui-los com os olhos. Num cruzamento, en-tramos em outra estrada e eu aproveito para ultrapassar o grupo e fazer uma foto dele de frente. Apertar o punho da Classic da Eagle Rider era o que eu precisava para acor-dar defi nitivamente.

Pouco depois chegamos em Indianola. Cidade natal do Albert King e onde o BB King foi criado. Dois gran-des do Blues. Mas a gente já falou disso na ChopperON # 11. Na repostagem obri-gatória de combustível com-partilhamos um tempinho com o sheriff do Condado de Bolivar, Mississipi. Ele perguntou pelos detalhes da viagem e emprestou a suas algemas para fazer uma foto. Um cara bacana. Nosso des-tino fi nal é a cidade de Clark-sdale, uma referência impor-tante na história da música negra. O Blues. E visitamos o imprescindível –embora modesto- Museu do Blues Delta. A cidade na qual nas-ceram Muddy Waters, John Lee Hooker, Sam Cook, Ike Turner e Tennessee Williams (entre outros) é o local per-feito para aprender sobre esse gênero musical.

Perto da sede do museu visi-tamos uma loja de guitarras de renome internacional. Blues Music. Seu gerente, Ronnie, mostrou as instalações e nós curtimos a experiência en-quanto ele comentava sobre os nomes dos músicos que adquirem lá o instrumento musical com corpo de mulher. Pouco depois terminamos nosso dia no Shack Up Inn, um hotel construído sobre os barracões que os escravos ne-gros habitavam na época das plantações, agora já mecani-zadas.

É um local com barracas de madeira envelhecida, com telhados de metal cheio de maquinaria enferrujada, car-caças de carros, cartazes an-tigos e moinhos parados. Um paraíso para mim. A surpre-sa que a organização tinha preparada foi um show ao vivo da banda Super Chikan no antigo celeiro que agora virou local de shows. James Johnson –o líder da banda- faz as suas próprias guitarras com latas de óleo, macha-dos ou qualquer outra coisa. Além disso, ele é relaciona-do musicalmente com atores como Morgan Freeman ou Steven Seagal. Enquanto eu escrevo essas últimas linhas ele está tocando umas músi-cas... Estou escutando uma mulher falar nas minhas cos-tas, acho que ela é a Christi-ne. Vamos ver o que da.

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FAZENDAS ABANDONADAS, TELHADOS ARRASADOS PELO KATRINA, MAQUINARIA AGRÍCOLA ENFERRUJADA, CHAPA COM A VALIDADE VENCIDA, MADEIRA PODRE

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UM DETALHE ESPANHOL NO CAMINHO PELO MISSISSIPPI.

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OS PÁSSAROS SALPICAM A COR AZUL CELESTE NUMA SINCRONIZAÇÃO SIMILAR À NOSSA, FORMADA POR UM GRUPO DE 23 MOTOS.

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COMPARTILHAMOS UM TEMPINHO COM O SHERIFF DO CONDADO DE BOLIVAR, MISSISSIPI. ELE PERGUNTOU PELOS DETALHES DA VIAGEM E EMPRESTOU A SUAS ALGEMAS PARA FAZER UMA FOTO. UM CARA BACANA.

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NOSSO DESTINO FINAL É A CIDADE DE CLARKSDALE, CIDADE NA QUAL NASCERAM MUDDY WATERS, JOHN LEE HOOKER, SAM COOK, IKE TURNER E TENNESSEE WILLIAMS...

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VISITAMOS O IMPRESCINDÍVEL –EMBORA MODESTO- MUSEU DO BLUES DELTA.

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LOJA DE GUITARRAS DE RENOME INTERNACIONAL. BLUES MUSIC.

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SEU GERENTE, RONNIE, MOSTROU AS INSTALAÇÕES E NÓS CURTIMOS A EXPERIÊNCIA ENQUANTO ELE COMENTAVA SOBRE OS NOMES DOS MÚSICOS QUE ADQUIREM LÁ O INSTRUMENTO MUSICAL COM CORPO DE MULHER.

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OS ROSTOS DO BLUES ESTÃO NAS PAREDES DO MUSEU DO BLUES.

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TERMINAMOS NOSSO DIA NO SHACK UP INN, UM HOTEL CONSTRUÍDO SOBRE OS BARRACÕES QUE OS ESCRAVOS NEGROS HABITAVAM NA ÉPOCA DAS PLANTAÇÕES.

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A SURPRESA QUE A ORGANIZAÇÃO TINHA PREPARADA FOI UM SHOW AO VIVO DA BANDA SUPER CHIKAN NO ANTIGO CELEIRO QUE AGORA VIROU LOCAL DE SHOWS.

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QUALQUER LUGAR É BOM PARA ESCREVER AS CRÓNICAS DA CHOPPERON. SHACK UP INN.

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JAMES JOHNSON –O LÍDER DA BANDA- FAZ AS SUAS PRÓPRIAS GUITARRAS COM LATAS DE ÓLEO, MACHADOS OU QUALQUER OUTRA COISA.

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Oficina Teoria básica sobre a compresão

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Neste artigo vamos tentar explicar os fundamentos básicos da compressão nos motores de quatro tempos. Sempre ouvimos dizer

que com mais compressão obtemos mais potência no mesmo motor. Vamos conferir se essa afi rmação está certa.

Neste artigo vamos tentar explicar os fundamentos básicos da Neste artigo vamos tentar explicar os fundamentos básicos da

Under pressure/ & Frank Burguera

O índice de compressão ou Compression Ratio (CR) é

uma medida que é obtida ao divi-dir o volume da câmara de com-bustão (e cilindro) com o pistão no ponto neutro inferior (BDC) pelo volume dessa mesma câmara com o pistão no ponto neutro su-perior (TDC). Isto é, a quantidade de ar que é comprimido sempre que o pistão sobe (Figura 1).

O que é a compressão? Por exemplo, se estamos com o

pistão no neutro inferior (BDC) te-mos um volume de 10cc e quando esse pistão está no superior (TDC) temos 1 cc de volume, então pode-mos falar que na câmara o ar é com-primido numa relação 10:1. Esse seria o CR de nosso motor. Apenas como curiosidade, neste artigo fa-lamos da “compressão mecânica”, pois existem também outros tipos de medições de compressão (Co-rrigida, Estática, Efetiva, de partida, dinâmica...). Também, diferentes comandos infl uem em grande me-dida na relação de compressão (Fi-

gura 2). Vantagens e desvantagens do au-

mento da compressãoO motor de combustão interna é

uma bomba de ar. Tentamos intro-duzir a maior quantidade de ar pos-sível, para depois comprimir esse ar e fi nalmente o “queimamos” com a ajuda da gasolina. A rápida expan-são da combustão fornecerá uma força inferior no pistão responsável do movimento do virabrequim. O ar também é relacionado direta-

mente com a potência do motor. Para uma mesma quantidade de ar, quanto mais comprimido (estiver o ar???) na câmara de combustão mais energia vai liberar após a explosão e, ao mesmo tempo, a maior compres-são inicial vai favorecer a mistura de ar/gasolina. Tudo isso vai provocar uma combustão mais efi ciente. Po-rém, essa mudança na compressão vai criar um maior estresse mecâ-nico nas partes móveis e a tempe-ratura de funcionamento do motor

FIGURA 1

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também será maior, motivo pelo qual sempre devemos tentar achar o equilíbrio idôneo entre o aumen-to do índice de compressão (CR) e a vida útil dos componentes do motor (Figura 3).

Comprima seu motorTemos que dizer que geralmente

os motores originais das motocicle-tas “cruiser” estão bastante rebaixa-dos na sua compressão, pois devem trabalhar corretamente em todo tipo de mercados (a qualidade da gaso-lina “pode” diferir entre vários paí-ses) e sob todo tipo de condições.

FIGURA 2

FIGURA 4

FIGURA 3

FIGURA 5

FIGURA 6

Oficina Teoria básica sobre a compresão

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FIGURA 7

FIGURA 8

Se você tiver a possibilidade de usar combustível de qualidade como é a gasolina de 98oct. (ou superior) ou utilizar potenciadores de octanagem, você pode incrementar a efi ciência de nosso motor elevando levemente a compressão (Figura 4). Isso oco-rre, porque as folgas mecânicas vão ser reduzidas, não devemos forçar o motor sob essas condições. Deixare-mos o motor esquentar antes de ace-lerar agressivamente; assim, o metal dos componentes terá expandido o sufi ciente para manter os valores re-comendados e evitar falhas mecâni-cas. É importante saber também que o aumento da compressão deve ser realizado num motor completamen-te “sadio”. Não adianta nada tentar corrigir um defeito ou falha de po-tência aumentando a compressão, primeiro temos que resolver o pro-blema inicial.

Diferentes formas de conseguir o mesmo resultado

Há várias formas de aumentar um pouco a compressão de um motor de fábrica. Vamos lhes falar algumas das mais utilizadas.

> Juntas de cabeçote menos gros-sas: Existem fabricantes que desen-volvem juntas de cabeçote especiais que reduzem a câmara de combus-tão um pouco, aumentando assim a pressão interna (Figura 5).

> Mecanizar o cilindro ou o ca-beçote: São rebaixadas umas milési-mas de algum desses componentes, conseguindo uma câmara de com-bustão menor. Apenas para expe-rientes (Figura 6).

> Cabeçotes especiais: Tem fa-bricantes que oferecem cabeçotes equipados com câmaras desenhadas para otimizar a combustão e aumen-tar a compressão (Figura 7).

> Kits Big Bore: Quando insta-lamos cilindros e pistões maiores, estamos aumentando a compressão,

pois para a mesma câmara de com-bustão temos, inicialmente, mais ar. São os preferidos, já que, além das melhorias causadas pelo aumento da compressão, não tem nada me-lhor que um aumento das cilindra-das quando queremos obter mais torque e potência (Figura 8).

> Pistões mais altos: Diversos fa-bricantes oferecem pistões com a coroa mais alta, assim o seu moto poderá ter uma compressão da mis-tura maior durante o TDC (Figuras 9 e 10).

A montagem é apenas o começoDepois de ter selecionado o siste-

ma para aumentar a compressão e após realizar a montagem dos com-ponentes fi ca apenas o processo de “tuning”. Tendo trocado as con-dições no trabalho interno do mo-tor relacionadas com o ar e com o combustível, é preciso ajustar a par-tida e a carburação ou injeção corre-tamente.

Depois de ter acabado com todo esse processo, vamos achar que nos-so motor é mais “feliz”, ele agora vai acelerar brilhantemente e também será mais efi cente.

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FIGURA 9

FIGURA 10