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ChopperON #18 BRASIL

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ChopperON Brasil Publicacão mensal sobre a Kultura Kustom em portugués.

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e Tripulação e PADRÃO E REMADOR: Nacho Mahou COMODORO: Adriano García BRIGADEIRO: Alberto Miranda FIGURA DE PROA: Maldita Sea

Marinheiros de primeira viagem: Tatu Albertini, Rogerio Duarte do Pateo, Ferdi Cueto, Lebowski, Blindado, Frank Burguera, Cepas, Carlos Piqueras, Juanda Gas, Manolo Pecino, The Ronfuss, Pilar Gárgoles, Oscar Romagnoli,

David Vive-Harley, Florián RS.

ARTE E CAPA: Hay Motivo

ChopperON É uma publicação On Line

Nacho Mahou Comunicación [email protected]

PUBLICIDADE E MARKETINGAlberto Miranda: [email protected]

i Bitácora iNacho Mahou

i “Para ter sucesso, devemos viver como se fossemos imortais”. A ChopperON #18 está cheia de grandes coisas e não vamos morrer, sucesso!

i A máquina fotográfica do José Cepas_Mad teve muito trabalho nesse começo do ano, as primeiras fotos foram da criação de “n0a Design”. Uma moto que surpreende e que já ganhou alguns prêmios.

i Manel Hospido sabe onde tem estilo, ele foi até Alemanha e trouxe o estilo numa reportagem sobre a “BMW R nine T Scrambler”. Uma máquina efetiva e linda.

i Os irmãos da Gasoline Brotherhood foram até Sumaré e acharam uma turma de amigos e motos na reunião do Veteran Motorcycle Club do Brasil.

i O Kustom na Argentina é um mundo muito interessante e está crescendo, como no Brasil. Pilar Gárgoles e Óscar Romagnoli foram num evento e fizeram um retrato da cena Kustom dos “Hermanos”.

i Dixie Land é uma região pantanosa e quase abandonada. Porém é um local fantástico para rodar numa Harley, sempre com os amigos da Route 66 Experience e da Eagle Rider Motorcycles.

i O sangue vital do motor da sua moto é o óleo. Atenção, o Frank Burguera fala sobre como cuidar do interior do coração da sua moto.

i Mais um ano que foi embora, a ChopperON deseja um 2016 feliz e cheio de quilômetros. Siga a gente pela rota certa, ou não, você que decide. Feliz ano novo!

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Sumário # 18

04 CarterON Opinión.06 Cartão, jaqueta, espelho.08 Kando by n0a Design.26 BMW R nine T Scrambler.42 Veteran Motorcycle Club.94 Mais de 1000km numa 250?102 Rota 61 Dia 7. Dixie Land.124 Oficina. O óleo do motor.

i i “Para ter sucesso, devemos viver como se fossemos “Para ter sucesso, devemos viver como se fossemos

No começo do ano, sempre te-

mos as mesmas coisas, im-

postos, subidas nos preços e

chuva. Nesse ano de 2016, as

coisas começaram mais quen-

tes, um “cara” achava que o

problema dos roubos de motos

poderia ser resolvido proi-

bindo a garupa, colocando uma

placa no capacete e até num

colete (como na Argentina).

Também tem um boato sobre

zona azul para motos na cida-

de de São Paulo... Resumindo,

ter moto está se transforman-

do em uma missão impossível,

seja pela doideira de preços

das marcas ou pela maluquice

dos políticos brasileiros.

As motos (e carros), para nós,

são um prazer. Ter um veícu-

lo, para muitos, é o jeito

de esquecer as obrigações,

a rotina, o estresse... Com

nossa moto fazemos terapia

que, com certeza, economiza

grana do SUS ou dos planos

privados de saúde. Passear

de moto (ou de carro) gera

renda, gastamos dinheiro em

combustível, café, coxinhas,

hotéis, cerveja, pedágios...

Deveria ter ajudas do Gover-

no e não mais impedimentos,

pô! Um grupo de motociclis-

tas é sempre bem-vindo num

posto de combustível, embora

esse grupo seja um saco para

o frentista e seja mais fácil

encher o tanque de um carro

ou caminhão do que abastecer

dez tanques de dez motos.

Há uns dias, quando paramos

com uns amigos num posto, o

gerente colocou uma música no

posto para a gente: “Higway

to hell”. Esse gerente de-

veria ser ministro de alguma

coisa, ele deveria ser quem

tomasse conta da nossa paixão

no Governo, além de ver nos-

sas motos como uma fonte de

impostos, com certeza, veria

nossas motos (e carros) como

um jeito que todos nós temos

de esquecer até da chuva.

Pagar o IPVA é uma coisa que

dói, mais ainda quando na

porta de sua casa você tem um

monte de buracos e um monte

de radares, amarelinhos e PMs

tentando fazer sua conta bem

maior. Sobre o “seguro” ou

DPVAT devo falar que até ago-

ra ninguém soube me explicar

qual é a utilidade, pois, no

meu país, é obrigatório con-

tratar um seguro particular.

Coisa que você também deve

fazer aqui, se você quiser

ter um pouco de tranquili-

dade quando você estiver na

estrada ou nas ruas ou pior,

com a sua moto longe dos seus

olhos. Mas o Governo não é o re

spon-

sável de todos nossos proble-

mas, não... Os “reajustes”

dos preços são outro pro-

blema... A maioria das mar-

cas monta as motos no Brasil

“para que as motos sejam mais

baratas e tenham menos im-

postos”, mas ainda repassam

para o comprador as subidas

da moeda americana e nunca

fizeram isso quando o dólar

estava barato... Foda, né?

Nesse ano, curta a sua moto

(ou carro), curta os seus

passeios e lembre-se do di-

fícil começo do ano quando

for votar...

Nossa Carteira está aberta

para receber suas cartas para

a redação e sempre vão ter

resposta. Uma seleção das

mais originais ou importantes

serão publicadas.

Ano novo e carteira vazia.

Alberto Miranda ©

Opinião · cartas

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Na ChopperON Brasil vamos

começar a venda de uma peça

que, com certeza, vai ser

um sucesso: o regulador de

marcha lenta para HD que

nossos parceiros da Gasoline

Brothers criaram. Com essa peça

você pode abaixar a marcha

lenta para até 800 rpm e foi

projetado para trabalhar em

todos os modelos injetados da

Delphi.

O preço normal dessa peça é

de R$250, mas como preço de

lançamento vamos vender 5

unidades com desconto... R$160

mais frete e a sua H-D injetada

terá esse barulhinho típico das

carburadas...

Vendas: [email protected]

Gasoline Brothers

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Tendências Cartão, jaqueta, espelho

Cartão de sobrevivênciaby SERE

Esse cartão é um conjunto de ferramentas e dispositivos que

fazem a diferença para alguém que curte a sobrevivência. Com

essa quantidade de coisas, nesse preço e com um peso mínimo,

você vai precisar dele na sua mochila. $ 12.95

Trucker Jacketby Levi’s & Pendleton

Duas marcas icônicas america-

nas se reúnem pela segunda vez.

Levi’s e Pendleton em colabo-

ração exclusiva inspirada nos

desenhos nativos americanos.

Essa jaqueta clássica tem lã

Pendleton preta, azul e cinza.

$398.00

Espelhos retrovisoresKüryakyn

Küryakyn propõe esse elegante modelo de espelho re-

trovisor de alumínio de alta qualidade e forma ova-

lada. Cumprem com os as normas de tamanho DOT (6“x

3”). Tem uma vibração mínima e um sistema de bola

de aço encaixada no vinil, de ajuste fácil e longa

durabilidade. $149.9 9

Especificações e

características:

-Dimensões: (Altura / largura)

2 x 3,5 polegadas

-Peso: 12 gramas

-Anzóis (9 no total)

-Ponta de flecha

-Fechaduras (4)

-Furador

-Agulhas para costurar (2)

-Serra

Kando by n0a Design

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Valor excepcional

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Kando, by n0a Design, é uma

moto inspirada nas artes de fabricação da marca Yamaha, buscando sempre

a beleza interna ou a alma do produto.

Isso é Kando.

Kando by n0a DeSign

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e Nacho Mahou A José Cepas_Mad

Há um tempo, nessa redação, observamos com muita ad-miração o trabalho de Roberto Fernández Segura, dentro

da sua marca “n0a DeSign”. Roberto, um apaixonado pela sol-da, motores e criatividade, está nesse mundo da customização desde os 16 anos de idade, segundo seu site (n0adesign.com).

Hoje lhes apresentamos uma das suas últimas criações: Kando. Essa é uma palavra japonesa criada pela corporação Yamaha que expressa sentimentos de profunda emoção e satisfação quando se encontra alguma coisa de valor excep-cional. Kando é alegria, uma profunda alegria que inspira para assumir um novo desafi o.

Dessa vez, o desafi o começa com um motor de uma Ya-maha Fazer 600, injetada. Mas o que mais chama a atenção é o chassi, fabricado do zero pela n0a DeSign para esse motor tetra cilíndrico. Roberto, o criador, comenta: “Tem linhas re-tas buscando uma ponta comum, reduzindo assim a carga da parte traseira, deixando a moto limpa e sóbria, o acabamento é terminado com as luzes e setas inseridas na parte inferior do banco”. Precisamente, o autor do banco é outro grande amigo: Paco Mesteños, um autêntico profi ssional.

Vamos continuar falando da ciclística da moto. A balança é artesanal e é baseada nas linhas mestres da moto. Nessa balança temos um pneu 190/67/17 Michelin slick e uma combinação de ótimo desemprenho para os freios, uma pinça com um dis-co da Nissin (260 mm) e uma bomba da marca Brembo.

Na frente, encontramos um garfo invertido da marca Showa e o kit de freios perfeito, um conjunto de pinças de pistão duplo, discos de 340 mm e bomba de freio, tudo da marca Brembo. O pneu 120/60/17 Bridgestone slick era de uma Ducati 696.

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O Roberto explica alguns detalhes da frente: “A frente da moto foi feita com o metal da parte superior do tanque de uma Benelli, esse pedaço de metal foi adaptado para instalar a partida e um farol custom de 10 cm, com o vidro amarelo, do mesmo jeito que o resto da moto”. O guidão também é artesanal. Um detalhe im-portante dessa moto é o falso tanque de combustível, onde foram instalados todos os instrumentos, o sistema elétrico da moto e, também, a entrada de ar para o fi ltro. O autêntico tanque está oculto e foi feito em aço inox.

O pai da “n0a DeSign” explica: “Esse projeto foi um grande desafi o desde o começo, já no papel, pois essa moto é o resultado fi nal de sete diferentes desenhos, duas mudanças de motor, uma troca de garfo... É uma moto construída do zero num tempo total de cinco meses”. “O motor da Fazer era parte da sucata da moto de um vizinho que queria escutar novamente seu bronco”.

Nesse projeto também trabalharam outras pessoas além do Roberto. A solda foi um trabalho do Juan Carlos Palomo, o molding do Adolfo Nalda e Juan Antonio Pa-niagua. A pintura é do Javi Jara Beltrán. O desenho dos gráfi cos do Alejandro Gordillo e do Mario Pérez Soto. Os logos e a tipografi a foram obra do Roberto B. Sánchez.

Para terminar nossa entrevista, o Roberto lança essa frase: “Com essa moto, quis bater o p** na mesa. Espero que os construtores espanhóis percebam que com pouco dinheiro e com ideias, podem ser feitas boas e grandes motos. E, olha ai, segurem-se que a n0a Design está che-gando, e chega jogando duro!

Kando by n0a DeSign

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FICHA TÉCNICA Nome: KandoProprietário: n0a designCidade: MadriConstrutor: Roberto Fernández SeguraAno de construção: 2015Marca: n0a designModelo: Kando

Parte motorMarca: YamahaModelo: FazerCilindradas: 600Preparado por: n0a designPartida, cilindros, cabeçotes, cárter, válvulas, injetores: originais.Filtro de ar: n0a designEscapamento: n0a design

Parte transmissãoCaixa de câmbios: original.Velocidades: original, Yamaha r6Embreagem: originalPrimária: originalSecundária: original

Parte ChassiMarca: n0a designTipo: tubularBalança: n0a designAmortecedores: fazer

GarfoMarca: ShowaTipo: invertidaRiser: originaisRoda DianteiraRoda: R17Pneu: 120/60/Bridgestone slickFreios: disco duplo de 34 com pinças de pistão duplo e bomba BremboRoda TraseiraRoda: R17Pneu: 190/67/R17 Michelin slickFreios: disco de 26 pinça Nissin e bomba Brembo

AcessóriosGuidão: n0a designRiser: originaisPunhos: artesanaisControles: originais FazerParalamas dianteiro: Ducati Monster 696Farol: farol custom de 10 cm modifi cadoLanterna: n0a designInstalação elétrica: n0a designOdômetro: original fazerTanque de gasolina: n0a designBanco: Paco Mesteños

ChopperON

Kando by n0a DeSign

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PremiosTemos certeza de que o ano de 2015 tem sido o ano da moto Kando, os seus resultados nos distintos eventos falam isso:2º Radical Bike (Mula Fest 2015 )1º Best Público (Mula Fest 2015 )2º Street Fighter (Faro 2015 )1º Best Hand Made (Castellon 2015)3º Radical Bike (Sodupe 2015)

Kando by n0a DeSign

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Kando by n0a DeSign

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Kando by n0a DeSign

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ROBERTO, ORGULHOSO DO SEU TRABALHO. PARABÉNS, MAN!

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BMW R nine T Scrambler

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A marca bávara volta a apostar pelas neoclássicas com a sua nova Scrambler, uma moto apta para usar na estrada, na cidade e nas trilhas, sim, nas

trilhas, mas dentro dos limites. Graças à sua simplicidade e minimalismo pode ser uma base

perfeita para uma boa customização.

A marca bávara volta a apostar pelas neoclássicas A marca bávara volta a apostar pelas neoclássicas

Polivalente e com jeit o

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e Manel Hospido A BMW Motorrad

Há anos podemos conferir a es-tética futurista que esse sécu-

lo XXI tem incorporado às nossas vidas, no entanto, também pode-mos observar em diversos setores da sociedade um olhar nostálgico para o passado, procurando voltar a usar materiais como couro, madeira e metal vivo, em contraposição ao plástico, os polímeros e outros mate-riais modernos. Dessa procura pelo autêntico, puro e duradouro, nas-cem as novas interpretações sobre as motos, que algumas das marcas mais importantes do mercado internacio-nal fazem. Um bom exemplo disso é a BMW, que após o lançamento há dois anos da sua Roadster R, a NineT, agora apresenta a sua nova Scrambler, uma moto simples e com um uso polivalente, para a qual foi feito um grande esforço para combi-

nar o minimalismo, a funcionalidade e a capacidade de personalização.

Chassi adaptável

O quadro da Scrambler está for-mado por um entrançado de tubos de aço, com o motor como único elemento que segurar, o chassi é dividido em três partes: a dianteira, com os riser integrados; a traseira, que tem o suporte da balança; e o subchassi, que é facilmente desmon-tável, o que permite escolher entre apenas um único banco ou um para duas pessoas.

Uma solução que já foi usada na sua irmã, a Roadster, moto com a qual compartilha muitas coisas, mas que também apresenta grandes dife-renças no nível ergonômico, foi o chassi com umas geo-metrias aptas para um

uso mais polivalente, sem perder o seu carácter esportivo, que se adapta às estradas com muitas curvas e às pistas de areia. Essa adaptação para trilha e estrada fez que a BMW ins-talasse um trem dianteiro diferente, formado por um garfo telescópi-co, com um percurso de 125mm, e uma roda de 19 polegadas, com-binado com uma traseira, na qual é inclusa a clássica balança Paralever da BMW, com um amortecedor de 140mm de percurso, que atua sobre uma roda 170/60-17. Além disso,

ee Manel Hospido Manel Hospido ee

BMW R nine T Scrambler

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se temos intenção de estar mais no campo do que no asfalto, a BMW oferece a opção de trazer de fábrica uns pneus de trilha e umas rodas de raios cruzados, e não as standards de alumínio forjado.

Se nos referirmos aos freios, de-vemos dizer que decidiram instalar umas pinças axiais: de quatro pistões na frente e de apenas dois na parte traseira. Essas pinças trabalham em uns discos de 320 e 265mm, respec-tivamente, e estão acompanhadas do obrigatório sistema ABS. Uma equi-pe efetiva, mas não extrema demais, o que penalizaria o seu uso off-road.

Motor duradouroNão tem jeito, qualquer moto da

BMW, para ser considerada neoclás-sica deve montar o propulsor bicilín-drico Boxer. Dessa vez esse motor tem 1.170 cilindradas. Este motor confi ável, é refrigerado à ar e óleo e tem uma história de mais de 9 déca-das de uso nas distintas versões que foram criadas ao longo do tempo.

A potência é de 110cv a 7.750 revs., o que combinada com o im-pressionante torque de 116Nm a

apenas 6.000rpm, fazem des-se motor um dos mais

completos que

existem. E tudo isso respeitando a nova norma UE4, graças ao uso de um novo mapeamento da injeção e um fi ltro de carvão ativo para o combustível. Para aproveitar essas prestações, foi colocado um câm-bio de seis velocidades, com uma embreagem seca com acionamento hidráulico e uma limpa transmissão fi nal por cardã.

Para a saída dos gases, foi instala-do um sistema de escapamento 2-1-2 que termina com dois silenciadores sobrepostos de saída alta, situados no lateral esquerdo e quase grudados na moto. Elaborados em aço inox e com acabamento de jato de vidro, incluem um catalizador de grande ta-manho que não interfere no clássico barulho do Boxer da BMW.

Menos é mais

Na estética devemos falar que é a esperada numa Scrambler, porém, de alta gama, pois sempre será uma BMW. Desde o começo, a moto foi reduzida ao básico. Depois do motor e a parte ciclo, temos um bonito tan-que de gasolina de aço pintado numa cor fosca, que pode ser substituído por outro feito em alumínio com as soldas visíveis ou lixadas. Sobre o

tanque, no lateral direito, sobre a en-trada de ar, destaca uma placa de alu-mínio polido com o nome da moto.

Bem atrás do tanque temos outra das peças que fazem parte da perso-nalidade dessa BMW, o banco. Já fa-lamos que você escolhe o banco solo ou com garupa e os dois são feitos em couro marrom envelhecido com as costuras visíveis, um detalhe mui-to bacana. Outro detalhe minimalis-ta e elegante é o conjunto formado pelo largo guidão de seção cônica, o farol clássico redondo e seu odôme-tro analógico, também circular. Esse odômetro fornece a informação ne-cessária e, como opção, pode ganhar um tacômetro, de visual similar, se não confi amos em nosso ouvido e gostamos de saber exatamente o re-gime de revs. da moto.

Para fi nalizar, estamos diante de uma Scrambler “Premium”, uma moto com vários detalhes de alta gama que permite um alto grau de personalização, tanto com as peças oferecidas pela marca como pelas que, com certeza, fornecerá o mer-cado auxiliar. Tudo isso com a se-gurança que fornece o motor e a amplamente testada tecnologia. Sua propaganda deveria ser simplesmen-te: “…é alemã”

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BMW R nine T Scrambler

FICHA TÉCNICAParte motorTipo: Bicilíndrico Boxer.Cilindradas: 1.170 cc.Diâmetro X Corrida: 101 x 73mm.Relação de compressão: 12,0:1.Refrigeração: Ar/óleo.Potência: 110 cv a 7.750 rpm.Torque: 116 Nm a 6.000 rpm.Caixa de câmbios: 6 velocidades.Embreagem: Seca, acionamento hidráulico.Transmissão fi nal: Cardã.Sistema de escapamento: 2-1-2, com saída alta e dois silenciadores.

Parte cicloChassi: Quadro de tubos de aço.Balança: BMW Paralever.Suspensão dianteira: Garfo telescópico, 43 mm Ø.Suspensão traseira: Amortecedor multirregulável.Freio dianteiro: 2 pinças axiais de 4 pistões.Discos freio dianteiro: 2 de 320 mm Ø.Freio traseiro: Pinça axial de 2 pistões.Disco freio traseiro: 265 mm Ø.Roda dianteira: Alumínio forjado, 3.0 x 19”.Roda traseira: Alumínio forjado,

4.5 x 17”.Pneu dianteiro: 120/70 ZR19.Pneu traseiro: 170/60 ZR17.DimensõesDistância entre eixos: 1.527 mm.Ângulo eixo direção: 61,5º.Avanço: 110,6 mm.Altura do banco: 820 mm.Peso: 220 kg.Capacidade tanque gasolina: 17 litros.

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Veteran Motorcycle Club do Brasil

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Foi num posto de gasolina tomando um suco de cevada com bons amigos de

estrada que fi camos sabendo do evento que estava sendo organizado pelo

Veteran Motorcycle Club do Brasil.

Foi num posto de gasolina tomando um Foi num posto de gasolina tomando um

PNT, Veteran... E agora?

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e A Gasoline Brotherhood

O evento iria rolar no dia 20 de De-zembro de 2015 em Sumaré, po-

rra! Do lado da minha casa!! Nesse even-to estaria a toda a tribo das duas rodas que sofresse da mesma insanidade pelas motos, assim como nós. E no meio da conversa, com grande honra recebemos o convite irrecusável para fazer as fotos do evento.

A divulgação do evento foi feita logo depois do Pé Na Tábua em Barra Bo-nita, e o pessoal que pôde presenciar o espetáculo que foi o evento, certamente se não era, fi cou contaminado pelo vírus do antigo-mobilismo. Pelas redes sociais deu para notar a empolgação da galera com a novidade de ter um evento anual para expor as clássicas aqui na região de Campinas (SP), até mesmo porque temos um número razoável de colecio-nadores por estes lados do interior do estado.

Mas, não foram apenas pessoas da re-gião, até mesmo quem teve que viajar um pouco para estar no evento não me-diu esforços. O Hadys da Jurassic Ma-chines desceu sua Harley Davidson 1928 BoardTrack desmontada pelo elevador, trouxe a moto de São Paulo no porta-malas do carro, e montou assim que che-gou no evento... Doido para caralho!!

O casal de ‘Pajés do motociclismo’, Erick e Katia, apresentaram uma Índian

Hedstrom de 1912, única no Brasil, e surpreenderam mais uma vez com um stand sensacional e suas Índians, reme-tendo a galera ao nostálgico oeste ame-ricano.

O Vinicius Caires fez uma surpreen-dente entrada triunfal no evento pilo-tando uma Motobecane 1923 com me-cânica NSU de 1908, só parou quando viu o stand da Polícia Militar. A moto foi preparada na época, e correu em Minas lá na década de 20... Ontem, né?

As concessionárias das marcas Duca-ti, Triumph e BMW, também patrocina-doras desse evento, marcaram presença com alguns modelos que unem o nos-tálgico com a tecnologia atual dos seus modelos e até alguma moto customiza-da como a NineT feita pelo Ricardo Me-drano da Johnie Wash.

Até a Polícia Militar montou um stand com as clássicas que fi zeram história nos seus dias de patrulha... A gente teve medo desse stand, vai que a gente gan-hava uma multa... Kkkkkkk...

Bom, as demais atrações do evento va-mos descrever nas fotos, confi ra nessas páginas e no face da ChopperON e da Gasoline Brothers.

Resumindo, o evento foi extraordiná-rio, uma verdadeira overdose de detalhes e velhas histórias em forma de metal e rodas, apreciadas com boas risadas e o prazer de rever e estar entre amigos.

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Rota, moto Lander 250cc até a Bahia

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Um casal e um objetivo: fazer uma viagem de moto de 1800km quilômetros, de

Minas até a Bahia, e lavar os pés nas águas de Iemanjá,

em Nova Viçosa, município localizado no extremo sul da baiano; local conhecido por ser ponto de reprodução de

tartarugas marinhas e baleias Jubarte.

ChopperON · 95 · 95 · 95 · 95

Viagem de moto de 1.853 km moto Lander 250cc até a Bahia

Rota, moto Lander 250cc até a Bahia

ChopperON · 96

e A xxxxxxx

Um casal e um objetivo: fa-zer uma viagem de moto de

1800km quilômetros, de Minas até a Bahia, e lavar os pés nas águas de Ie-manjá, em Nova Viçosa, município localizado no extremo sul da baia-no; local conhecido por ser ponto de reprodução de tartarugas marin-has e baleias Jubarte.

Na estrada Eu (Caio Barroso) e Juliani Izidório (minha namorada) de Lander 250cc e toda nossa viagem mapeada no Just Ride Along. Pos-tos de combustível, restaurantes, ponto para dormir e descansar. Tudo previamente registrado. Se restava ainda alguma dúvida que de que o app auxilia na organização da viagem, agora não mais. Fomos e voltamos tranquilamente. Veja como foi essa viagem de moto!A viagem dividida em etapas.

Dia 25 de dezembro: Juliani e

eu saímos de Belo Horizonte por volta de 5 horas da manhã. Fi-zemos duas paradas para abaste-cer, três para lanchar e descansar. Gastamos 7 horas de viagem para percorrer 420km, mas fi nalmen-te chegamos a Itambacuri, interior de Minas e cidade dos meus avós.

Lá terminou a primeira parte da nossa viagem. Dormimos, descan-samos e fomos para a estrada de novo.

Dia 27 de dezembro: saímos de Itambacuri 8 horas da manhã. No-vamente fi zemos duas paradas para abastecer e 3 paradas para lanche. Uma delas foi na tradicional Lan-chonete Caladão, entre Teófi lo Otoni e Carlos Chagas, seguida de uma parada em Nanuque para al-moço e uma em Posto da Mata-BA.“Ao entrar no estado da Bahia fo-mos pegos por ventos laterais muito fortes, principalmente entre os mu-nicípios de Mucuri e Nova Viçosa que tivemos que andar a 50km/h”.

Chegamos! Nova Viçosa!Sobre os dias 28, 29, 30 e 31 não

tenho muito para relatar. Praia todo dia!

Dia 01 de janeiro de 2016: dia me-morável! Fomos para a Ilha Coroa Vermelha, localizada a 12 milhas náuticas (22,5 km) de Nova Viçosa. Deixei a moto estacionada e fomos

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rodar quase duas horas de barco para ter acesso à ilha. Resumindo: água clara, quilômetros de bancos de co-rais (sem exagero), tartarugas marin-has, e diversas espécies de peixes em volta de uma ilha deserta que sem muitos recursos, somente um farol construído pela Marinha do Brasil e um casebre feito por pescadores locais para emergências.

O visual? Saca só!O que achou? (depois deixa sua

opinião lá nos comentários). Mas fi ca a dica: para saber mesmo como é lá, só indo.

Continuando o relato...Dia 02 de janeiro: A volta para casa, assim como a

ida para Nova Viçosa, foi em dois dias. Mas voltamos acompanhados dos nossos amigos de Ribeirão das Neves-MG e Sete Lagoas-MG: Eduardo e Gizele de Ténéré 250; Igor e Marina de XT600.

Saímos 4 horas da tarde e che-gamos em Itambacuri 11 horas da noite. Nesse trecho de volta não foi muito tranquilo. Como saímos

muito tarde, também pegamos mui-to tempo de estrada a noite e, de-fi nitivamente, não é a melhor hora para viajar. Para completar pegamos chuva forte e ainda chegamos com a cidade sem luz. Fora isso, tudo tran-quilo. Uma parada para abastecer e uma para lanchar.

Dia 3 de janeiro: Acordamos um pouco mais tarde

neste dia, já preparando para um fi -nal de percurso cansativo, com pro-váveis engarrafamentos. E adivinha! Antes de sair da cidade um morador local nos informou que havia acon-tecido um acidente bem próximo à cidade e que as duas pistas estavam fechadas. A sugestão dele foi que a gente cortasse caminho por uma estrada de terra e que, segundo ele, fi caríamos livres do engarrafamen-to. Assim fi zemos, mas não foi bem como ele disse. Realmente cortamos um bom caminho e nos adiantamos bastante, mas ao acessar a BR-316 notamos que o engarrafamento ain-da estava longe de acabar.

Depois de passar do local do aci-dente, onde um caminhão havia

tombado, a viagem foi tranquila, e por incrível que possa parecer para uma volta de feriado, não havia mui-to trânsito. Em média rodamos a 100km/h. Foram duas paradas para abastecer, uma para almoço e ou-tra para lanchar.

Desta vez o tempo de viagem foi de 8 horas já que fi zemos uma para-da longa para almoço.

Chegamos com uma sensação ótima e uma experiência incrível na bagagem. E por isso a necessidade de vir e fazer um relato. Fica a dica de um lugar ótimo para viajar e es-tradas de características muito pecu-liares para rodar. Aproveitem para observar as paisagens que mudam acompanhando o giro do odômetro de sua moto. AvaliaçãoPavimentação: * * * *Paisagem: * * * * *Lanchonete / Restaurante: * * * *Postos de Gasolina: * * * *Difi culdade: *** (Estrada reta com curvas suaves.)

E se tiver uma história de viagem legal para contar, é só mandar para a gente.

Rota, moto Lander 250cc até a Bahia

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Rota, moto Lander 250cc até a Bahia

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Rota 61, Dia 7

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Começar mal o dia não signifi ca que esse dia tenha que terminar do mesmo jeito. Um pessimista sempre falaria que a coisa pode piorar. Mas a gente não é assim. A previsão era de chuva e céu com muitas nuvens, por esse motivo vestimos nossas roupas de

chuva, mas uma avaria atrasou um pouco o passeio…

Paradixio

Rota 61, Dia 7

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e A Nacho Mahou A Dr. Infierno

Mas nosso grupo tinha um coringa, um ‘mecânico

amigo’ que resolveu o proble-minha na hora. Gon, além de ser um grande amigo, gente boa e o organizador da viagem é um profi ssional da mecânica “duca-ralho”. Demoramos menos de 15 minutos em começar a via-gem. Atravessamos umas paisa-gens impressionantes na saída do perímetro urbano de Panama City. Na saída dessa cidade está o Apalachicola National Forest (2.286 km2), um parque pantano-so e selvagem. A gente pode ver esse parque desde um corredor frondoso -a estrada-, de grandes dimensões: amplo, alto, espesso, colossal. Na cidade de Clarksville paramos para abastecer, o grupo surpreendeu aos moradores dessa cidade, gente simples, agradável, trabalhadora. Os mais animados do grupo até dançaram com as músicas do sistema de som das motos, fazendo assim um “show” que nosso público caipira fi lmou com o celular. Seguimos na rota, rota linda, mas chata pra caramba, pois depois de um tempo ela fi ca

monótona. É como ir num mu-seu em que os quadros são todos Monalisa, você termina enjoando, um tédio. Pinos Tea, ciprestes ‘ca-reca’, manguezais e outras plantas se alternam num corredor gótico, como a sala central de uma cate-dral que não termina. Além disso, poxa, são 350 quilômetros de lin-ha reta, com menos de meia dúzia de curvas.

Para que a viagem seja menos chata, escutamos música. Apro-veito e repasso as músicas que meu colega “El Ruso” preparou para mim sobre o blues do Delta do Mississipi. Seguimos rodan-do pela 267, chamada de Florida Scenic Highway que atravessa terrenos pantanosos, cheios de pessoas calejadas pela luta contra uma natureza selvagem, densa, implacável, desconfortável.

Agora tudo isso está muito re-gulamentado e o negócio do la-zer (grande ironia) é o sucesso da região. A decadência do lado da estrada está à vista. Dúzias de motéis, restaurantes ou locais fe-chados são testemunhas da que-da do trabalho na região.

Paramos para encher a barri-ga no Light House Seafoods &

Steaks (na cidade de Perry, no condado de Dixie), ou seja, fru-tos do mar e carne. Como nós somos “daquele jeito”, pedimos hambúrguer. Após uma divertida refeição montamos novamente nas Harley para visitar o Manatí Springs State Park.

Esse parque é um magnifi co entorno natural alagado por águas fl uviais onde mora permanen-temente uma colônia de manati. Mas os mamíferos vegetarianos não são a única atração do parque. Sua beleza também é espetacular, pois está cheio de manguezais.

Essas árvores nascem na água e chegam até grandes alturas. Na parte superior havia uns elegan-tes abutres pretos que dançavam sobre a área marcando a sua obs-cura imagem, coisa que nós cur-timos. No parque também vimos cervos brancos deitados na gra-ma, esquilos, tartarugas e répteis. Nossas máquinas fotográfi cas os caçavam sem crueldade.

Depois de uns quilômetros, chegamos ao motel e termi-namos nosso dia, tomando umas cervejas Michelob Ultra na piscina do motel. Um bom fi nal, não acha?

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GON, ALÉM DE

SER UM GRANDE AMIGO, GENTE BOA

E O ORGANIZADOR DA VIAGEM É UM

PROFISSIONAL DA MECÂNICA “DUCARALHO”{

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O APALACHICOLA NATIONAL FOREST(2.286 KM2), UM PARQUE PANTANOSOE SELVAGEM. A GENTE PODE VER ESSE PARQUE DESDE UM CORREDOR FRONDOSO, A ESTRADA.

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A DECADÊNCIA DO LADO

DA ESTRADA ESTÁ À VISTA. DÚZIAS DE MOTÉIS E RESTAURANTES OU LOCAIS FECHADOS.

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SPRINGS STATE PARK, UM MAGNIFICO PARQUE ONDE MORA PERMANENTEMENTE

UMA COLÔNIA DE MANATIS.{

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PINOS TEA, CIPRESTES ‘CARECA’, MANGUEZAIS E OUTRAS PLANTAS SE ALTERNAM NUM CORREDOR GÓTICO, COMO A SALA CENTRAL DE UMA CATEDRAL QUE NÃO TERMINA.

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NÃO ALIMENTE AOS ANIMAIS, NESSA FOTO ESTÁ O ROSTO DE UM “BANDIDO” QUE QUEBRA AS LEIS.

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ESQUILOS, TARTARUGAS E RÉPTEIS. NOSSAS MÁQUINAS FOTOGRÁFI CAS OS CAÇAVAM SEM CRUELDADE.

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ESSAS ÁRVORES NASCEM NA ÁGUA E CHEGAM ATÉ GRANDES ALTURAS. NA PARTE SUPERIOR HAVIA UNS ELEGANTES ABUTRES PRETOS.

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Oficina O óleo do motor

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O óleo é o “sangue” que circula por dentro do motor, levando a lubrifi cação e refrigeração necessárias até todos os componentes

móveis que precisam dele. Normalmente, quando tentamos obter informação sobre as generalidades do óleo automotivo, os fabricantes nos bombardeiam com uma série de números, letras,

códigos e esquisitas propriedades difíceis de ser compreendidas por alguém que não trabalha no mundo da química.

O óleo é o “sangue” que circula por dentro do motor, levando a O óleo é o “sangue” que circula por dentro do motor, levando a

Sangue vit al

e A Frank Burguera

Neste artigo vamos tentar ex-plicar de um jeito simples no

que consiste o óleo do motor, como e para que é utilizado e as suas prin-cipais propriedades.

FunçõesA função principal do óleo é evitar

o atrito entre duas superfícies mó-veis em contato, por exemplo, entre as paredes dos cilindros e os pistões. Se as observarmos no microscópio podemos ver que existem imper-feições que se não fosse pelo óleo acabariam gerando calor demais com o atrito e até poderiam se fun-dir, isso é o que conhecemos como “motor fundido”. Assim, além da proteção, quando lubrifi camos o motor conseguimos evitar a perda de energia devido ao atrito, aumen-tar a efi ciência do motor e diminuir o seu desgaste interno (Figura 1).

Outra função do óleo é a refrige-ração. No seu caminho pelo mo-tor o óleo vai absorbendo parte do

FIGURA 1

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calor das peças com as que entra em contato e liberando esse calor quando volta ao tanque principal ou quando passa pelo radiador, di-minuindo o risco de sobreaqueci-mento (Figura 2).

A terceira das funções é a mais sim-ples, a limpeza, o óleo deve ser ca-paz de diluir e limpar as partículas de carvão e outros resíduos da combus-tão, geralmente corrosivos, evitando ao mesmo tempo o enferrujamento e a degradação das partes internas do motor. Por isso sempre dizemos que um bom óleo deve se sujar, isto é, esse óleo deve ser capaz de reali-zar o seu trabalho como detergente, evitando incrustações de resíduos ao mantê-los em seu corpo, prevenindo seu acúmulo em locais não desejados do motor.

Propriedades principaisA classifi cação dos óleos é baseada

em duas características principais: a qualidade e a viscosidade.

A qualidade do óleo é obtida por meio de uns testes muito diversos e complexos a partir dos quais são de-terminadas as propriedades e a sua resistência ao deterioro durante seu uso. Esses testes são realizados por diferentes organismos, sendo que os dois mais importantes são:

-American Petroleum Institute (API)

-Japanese Automotive Standard Organization (JASO)

Na classifi cação API para moto-res de gasolina, a primeira letra é um S e a segunda letra é a que mar-ca a qualidade do óleo. Começam com SA, SB, SC... Atualmente as classifi cações maiores são SJ, SL,

FIGURA 2

FIGURA 4

FIGURA 3

FIGURA 4

SM e SN (sim, eles pulam as letras I e K) (Figura 3).

A viscosidade do óleo é medida pelo índice SAE (Society of Au-tomotive Engineers) e esse dado simplesmente diz respeito à fl ui-dez do óleo, quanto mais baixo o número, mais fl uido, quanto mais alto, mais denso.

A maioria dos óleos para moto atuais são multiviscoso, isto é, eles possuem dois índices de viscosida-de, um para quando o motor está

frio (seguido de um W) e outro para quando o motor está na sua tempe-ratura operativa. Por exemplo, um 20W50 tem uma fl uidez com índice 20 quando o motor está frio e vai fi -cando mais denso até chegar ao grau 50, conforme o motor esquenta (Fi-gura 4). Isso faz mais simples a par-tida e o trabalho normal do motor nas baixas temperaturas, assim como esse óleo trabalha com a viscosidade idónea com o motor quente.

É importante saber que a viscosida-

de do óleo não tem nada a ver com a sua qualidade, é apenas um indicador da fl uidez. O índice mais adequado para cada motor é determinado pelo fabricante baseado nas diferentes temperaturas do ambiente onde será utilizada a motocicleta. Devemos le-var em consideração que uma visco-sidade baixa demais faz com que o sistema de lubrifi cação perca pressão e proteção e uma viscosidade muito alta não permite ao óleo chegar co-rretamente até todos os elementos.

Oficina O óleo do motor

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SM e SN (sim, eles pulam as letras SM e SN (sim, eles pulam as letras frio (seguido de um W) e outro para frio (seguido de um W) e outro para de do óleo não tem nada a ver com a de do óleo não tem nada a ver com a

FIGURA 10FIGURA 10

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FIGURA 12FIGURA 11

O motor está mais exposto ao atrito durante a partida (Figura 5).

Tipos de óleoExistem muitos tipos de óleos es-

pecífi cos em função da sua utilização em uma motocicleta: dos garfos, da caixa de câmbios, do motor, do car-dã, da primária... Cada um deles está equipado com determinados aditivos (anti-atrito, detergentes e dispersan-tes) para fornecer as propriedades adequadas para as diferentes funções, por isso é fundamental empregar o óleo correto para cada uso (Figura 6). Um motor com embreagem sepa-rada não precisa dos mesmos aditivos que outro com a embreagem dentro do compartimento do motor, pois o óleo da caixa de câmbios é submetido a determinadas condições de pressão e temperatura muito diferentes das que suporta o óleo de motor.

Nos óleos de motor temos óleos minerais e sintéticos.

Os óleos minerais procedem do petróleo e são elaborados depois de muitos processos nas plantas de produção, nas refi narias. O petróleo bruto tem diferentes componentes que fazem com que ele seja indica-do para distintos tipos de produto

fi nal, mas ele sempre tem algumas impurezas ou moléculas não dese-jadas (Figura 7).

O óleo sintético é um produto criado do zero no laboratório, assim temos certeza que ele tem todos os componentes necessários para reali-zar a sua função e não tem nada que não seja desejado (Figura 8). Como a sua produção é mais demorada e complexa, esses óleos são mais caros do que os óleos minerais, porém eles conservam melhor a suas proprieda-des nas situações extremas e podem ser utilizados mais tempo realizando melhor as funções para as quais são necessários (lubrifi cação, refrige-ração e limpeza).

Em princípio, um óleo SJ mineral tem a mesma qualidade do que um SJ sintético, mas o sintético demora mais tempo em perder as qualida-des e protege melhor o motor (mais ou menos é como cozinhar com óleo de soja e com azeite de oliva, os dois cumprem a mesma função, mas o segundo suporta melhor o uso na panela...) (Figura 9).

ConclusõesDepois de ter apresentado todos

os pontos acima, apenas devemos

lembrar a importância da nossa es-colha de óleo, sempre seguindo as instruções do fabricante do motor e da temperatura do ambiente onde vamos rodar com a moto. É o fl uido vital do motor e deve ser de máxima qualidade para suportar as condições extremas de funcionamento, proteger o interior e fornecer assim uma mar-cha suave na estrada. Também pode-mos dizer o mesmo sobre a escolha do fi ltro de óleo (Figura 10).

Apenas mais uma ideia: todos os motores estão conectados de alguma forma com o exterior, através dos res-piradouros do motor, por exemplo (Figura 11). Durante os períodos de inatividade, pode entrar ar carregado de umidade através desses condutos, que vira água dentro do motor e fi ca misturada com o óleo. Isso é ruim, enferruja as peças e o óleo perde qua-lidade (Figura 12). Quando o motor chega na sua temperatura de trabalho essa umidade vira vapor novamente e sai pelos respiradouros, por isso é importante fazer a troca de óleo se a moto teve um tempo de relax na nos-sa garagem, ou quando a moto não chega a se aquecer no caso de trajetos sempre curtos ou até em condições de alta umidade no ar.