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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
[1]
Proposta de Projeto de Mestrado - Seleção PPGCTA UT FPR 2012-2013
Título do Trabalho:
Avaliação do potencial de biodegradação de polímeros plásticos por fungos
endofíticos do gênero Pestalotiopsis
Linha de Pesquisa:
Biotecnologia Ambiental, Fotocatálise e Macromoléculas
Nome do candidato:
CHRISTIANO DE OLIVEIRA BRUNOW VENTURA
___________________
Assinatura do Candidato
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL
[2]
- Título do Projeto:
Avaliação do potencial de biodegradação de polímeros plásticos por fungos
endofíticos do gênero Pestalotiopsis
- Resumo: O impacto ambiental causado por resíduos plásticos persistentes está aumentando o interesse global, particularmente pelas limitações dos métodos para disposição destes resíduos. O gênero Pestalotiopsis vem sendo alvo de um grande número de pesquisas de sua patogenicidade sobre plantas tropicais e também o homem, mas também por propriedades antimicrobianas, atividade antitumoral, fungicida, antioxidante, dentre outros. Os estudos do potencial de biodegradação deste fungo sobre polímeros são recentes, como por exemplo na degradação de poliuretano. O presente estudo realizará uma investigação do potencial de biodegradação de filmes das blendas de Poli(ε‑caprolactona/poli(etileno tereftalato) e Poli(ε‑caprolactona/amido, quando em contato com os microrganismos do solo, e em solo com inóculo de isolados endofíticos de Pestalotiopsis spp, através da evolução de CO2, da perda de massa e da análise morfológica por MEV. Com os resultados/produtos do trabalho buscamos: (i) gerar subsídios para a viabilização econômica de materiais biodegradáveis. (ii) aprimorar os estudos referentes ao potencial de degradação de polímeros convencionais e biodegradáveis por espécies de fungos do gênero Pestalotiopsis e (iii) aprofundar investigações a de métodos sustentáveis para a degradação de plásticos persistentes em aterros sanitários. - Palavras chaves: Polímeros, biodegradação, PET, PCL, Pestalotiopsis
1. TÍTULO
Avaliação do potencial de biodegradação de fungos endofíticos do gênero
Pestalotiopsis
2. INTRODUÇÃO
O impacto ambiental causado por resíduos plásticos persistentes está
aumentando o interesse global, particularmente pelas limitações dos métodos
para disposição destes resíduos. Devido a algumas aplicações dos plásticos,
como por exemplo, seu uso em embalagens, descartabilidade muito rápida,
associado a grande dificuldade de degradação destes materiais no ambiente,
os plásticos têm despertado grande preocupação LIMA, (2001). A sua
incineração pode gerar poluição atmosférica tóxica, as áreas de aterro são
limitadas, e, segundo BRANDRUP (1996, apud ESPÍNDOLA, 2004) nem
sempre é possível se obter um material viável através da reciclagem a partir de
uma mistura aleatória de plásticos. A mistura reduz a qualidade dos produtos
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reciclados, primeiramente devido à incompatibilidade termodinâmica entre os
materiais e em segundo devido à incompatibilidade de aplicação, como por
exemplo, devido às várias faixas de processamento. Com a crescente
preocupação mundial em não agredir o meio ambiente, o problema da poluição
ambiental causada pelos plásticos criou uma necessidade urgente de
desenvolver novos materiais biodegradáveis que tenham propriedades
comparáveis e um custo equivalente aos materiais poliméricos
convencionalmente utilizados pela indústria (AVEROUS, 2000).
Os polímeros degradáveis podem ser diferenciados em naturais ou
sintéticos, conforme a origem. Os polímeros naturais, também denominados
biopolímeros, são produzidos por sistemas vivos e atuam como colaboradores
nos processos naturais além de fazerem parte de inúmeras vias metabólicas
(SOUZA, 2007).
Um plástico “biodegradável” é definido pela Norma ASTM D6400 como
“um plástico degradável no qual a degradação resulta da ação de
microrganismos de ocorrência livre na natureza (BUCKLEY, 2011). Podem ser
definidos também como aqueles que são degradados e catabolizados pela
atividade biológica enzimática de microorganismos, tendo como produtos finais
biomassa renovada, CO2, e água, em condições aeróbias, ou metano, em
condições anaeróbicas (AVÉROUS, 2012).
Atualmente, a utilização de polímeros biodegradáveis vem sendo muito
estudada como uma alternativa para minimizar os impactos ambientais
causados pelos plásticos convencionais de origem petroquímica, sendo que
diferentes fontes de polímeros podem ser utilizados para produzir tais
materiais. Dependendo da origem das matérias primas e das vias de síntese,
existem duas possibilidades para produção de materiais biodegradáveis: a
própria indústria petroquímica ou a partir de recursos renováveis. (BARBOSA,
2009; SAADI, 2008).
Entretanto, o termo popular plásticos “biodegradáveis”, é usado para
referência a polímeros de diferentes famílias e com potenciais de
biodegradação variados.
Uma conhecida classificação das famílias de polímeros biodegradáveis
pode ser visualizada no esquema a seguir:
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Figura 01: Famílias de biopolímeros, com suas matérias primas. PHA: Poli(hidroxialcanoato); PHB:
Poli(hidroxibutirato); PHH: Poli (hidroxihexanoato); PHV: Poli(hidroxivalerato); PLA: Poli(ácido lático);
PCL: Poli(caprolactona); PBS: Poli(butileno succinato); PBSA: Poli(succinato de butileno adipato);
AAC: Copoliéster Alifático-Aromático; PET: Poli(tereftalato de etileno); PBAT: Tereftalato de
polibutadieno adipato; PTMAT: Poli(tereftalato de metileno adipato). PACIA (2002, apud VIVI (2011).
O custo elevado de produção dos plásticos biodegradáveis em
comparação aos plásticos convencionais ainda constitui um problema a ser
resolvido. A título de exemplificação, o polietileno apresenta custo de produção
médio da ordem de 0,9 a 1 US$/kg, enquanto os polímeros biodegradáveis
apresentam custo médio de produção de 5 a 8 US$/kg, As blendas poliméricas
usando o amido, e a celulose são os dois materiais mais empregados na
fabricação de embalagens, possuindo a vantagem de serem materiais
poliméricos, de origem renovável e de baixo custo (GOMES,1997, apud ROSA,
2002; AMASS 1998, apud CAMPOS, 2004).
Desta forma, as blendas poliméricas usando o amido, e a celulose,
dentre outros polímeros de origem natural, em mistura com os polímeros
biodegradáveis e polímero sintético, surgem como uma alternativa para
minimizar os custos dos polímeros biodegradáveis, bem como aumentar a
biodegradação dos polímeros sintéticos.
De acordo com BRITTO (2011) os polímeros biodegradáveis mais
conhecidos provenientes do petróleo são as Policaprolactonas – PCL, as
Poliesteramidas, os Copoliésteres Alifáticos e os Copoliésteres Aromáticos.
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A biodegradação, segundo GHEM (2006) é uma das variedades da
quimiodegradação, sendo que os compostos quimicamente ativos (as enzimas)
são neste caso, produzidos por microorganismos.
A produção de CO2 durante a biodegradação do polímero é um
parâmetro importante do processo. Desta forma, quanto maior a quantidade de
CO2 gerado maior o potencial de biodegradação (ROSA, 2002).
Dentre os polímeros sintéticos biodegradáveis, a Poli(ε‑caprolactona
tem despertado especial interesse na substituição de polímeros não
biodegradáveis, pois apesar de sua lenta biodegradabilidade e custo elevado,
apresenta características físicas interessantes para sua aplicação em
polímeros como alta flexibilidade, biodegradabilidade, biocompatibilidade com
outros materiais e facilidade no processamento (MARIANI, 2010).
Alguns estudos sobre a biodegradação do tereftalato de polietileno
(PET) foram realizados utilizando os microorganismos Bacillus subtilis e
Phanerochaete chrysosporium (JARA, 2007) linhagens do fungo Pleurotus SP
(SILVA, K. R., 2009), pelo actinomiceto Thermobifida fuscae (MÜLLER, 2005),
pela bactéria Burkholderia xenovorans (BAINS, 2012), dentre outros autores.
Estudos de desenvolvimento, caracterização e biodegradação de
blendas de PET e PCL tem sido realizados por autores tais como FAI (1995),
CHIELLINI (1996) e ZHANG (2000), sendo que apesar das dificuldades
encontradas os recentes avanços apontam para compatibilidade da blenda
entre os dois polímeros.
Pestalotiopsis sp.
Espécies de fungos do gênero Pestalotiopsis são encontradas como
parasitas ou endófitos, presentes no solo ou em ramos, folhas, pecíolos e
sementes, respectivamente. São anamórficos pertencentes à ordem
Melaconiales, família Amphisphariaceae (FIGUEIREDO, 2006). O fungo da
espécie Pestalotiopsis microspora é um dos endófitos mais comumente isolado
associado com florestas tropicais (LI et al., 2001 apud WORAPONG, J, 2002).
Espécies do gênero Pestalotiopsis vem sendo alvo de um grande número de
pesquisas de sua atividade como importante patógeno de plantas tropicais e
também do homem (SUTTON, 1999; GUBA, 1961, apud
MAHARACHCHIKUMBURA, 2011) mas também por suas propriedades
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antimicrobianas tais como, atividade antitumoral, agente antifungico,
antioxidante, dentre outros usos (SILVA, M. S., 2009; HARPER, 2003). Os
estudos do uso deste gênero fungos na biodegradação de polímeros são
recentes, como por exemplo na degradação de poliuretano pela ação da
enzima serina hidrolase utilizando o poliuretano como substrato e fonte de
carbono degradando o mesmo em poucos dias (RUSSELL ET al, 2011; ).
A espécie Pestalotiopsis microspora representa uma grande
oportunidade para a pesquisa do potencial de espécies do gênero
Pestalotiopsis na biorremediação de aterros sanitários, onde através de sua
atividade biodegradadora os resíduos plásticos poderiam ser degradados
naturalmente por este fungo endófito que utiliza o plástico como fonte primária
de alimento mesmo em condições anaeróbicas (ANANDA, 2012).
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
O objetivo deste trabalho foi realizar uma investigação do potencial de
biodegradação de filmes das blendas de Poli(ε‑caprolactona/poli(etileno
tereftalato) (PCL/PET; 1:1) e Poli(ε‑caprolactona/amido (PCL/Amido anfótero);
1:1), quando em contato com os microrganismos do solo, e em solo com
inóculo de isolados endofíticos de Pestalotiopsis spp, através da evolução de
CO2, da perda de massa e da análise morfológica por MEV através de
metodologia adaptada de (CAMPOS, 2010).
3.2 Objetivos específicos
a) Avaliar o potencial de biodegradação de microorganismos de solo e
em solo com inóculo isolados endofíticos de Pestalotiopsis spp na degradação
de Poli(tereftalato de etileno (PET), e blendas de PCL/PET e PCL/Amido.
b) Quantificar a perda de massa das blendas pela biodegradação.
c) Determinar a influência dos tipos de polímeros nas propriedades finais
das blendas.
d) Determinar a influência da adição do inoculo de Pestalotiopsis spp
nas propriedades finais das blendas.
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4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Local de realização
O presente experimento foi desenvolvido em condições de laboratório
nas dependências da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Município
de Curitiba, PR.
4.2 Materiais
4.2.1 Polímeros
Os polímeros, utilizados na forma de pó, foram: Poli(tereftalato de
etileno PET). Poli(ε‑caprolactona) ou PCL; e Amido Anfótero. Os polímeros de
Poli(tereftalato de etileno (PET) foram fornecidos pela M&G Ricerche e a
Poli(ε‑caprolactona pela Union Carbide do Brasil. O amido do tipo Anfótero
(Foxhead® 5901) foi fornecido pela Corn Products do Brasil.
4.2.2 Preparo dos filmes
Os filmes de PCL e PCL/amido(1:1 w/w) foram obtidos por moldagem
de compressão por prensa universal hidráulica, utilizando-se pressão hidráulica
de 89,10 kgf.cm–1, a 180 °C, durante 5 minutos (CAMPOS, 2010). Os filmes de
Poli(tereftalato de etileno PET) e a blenda de PET/PCL foram obtidos pela
metodologia descrita por CHIELLINI (1996). Os homopolímeros em pó foram
pesados (0,2 g no total) e colocados entre películas de teflon, obtendo filmes
cerca de 100 µm de espessura. As blendas foram obtidas a partir de 0,1 g de
cada polímero.
4.2.2 Preparação do solo
O solo amostrado será obtido em área de floresta próxima ao
Departamento de Ciência e Tecnologia Ambiental da UTFPR, Campus Ecoville,
Curitiba, PR, com características próprias de solo rico em matéria orgânica.
Após coleta o material será peneirado em peneira de 2 mesh. A capacidade de
campo do solo utilizado nos experimentos deve ser ideal para o crescimento
microbiano. O solo utilizado não deve ser esterilizado, com a finalidade de
manter os microrganismos vivos e possibilitar sua atuação sobre os filmes
poliméricos. O solo será analisado quimicamente de acordo com metodologia
de análise de solo de EMBRAPA (1997) visando verificar se as características
do solo são favoráveis ao crescimento microbiano.
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4.2.3 Preparo das colunas de solo
As amostras de filmes, em duplicatas, devem ser incubadas em
colunas de solo (garrafas PET transparentes para a entrada de luz), com altura
de 25 cm e diâmetro de 13 cm e dois furos na base. Estes furos permitirão a
umidificação do sistema, mantendo a umidade durante os 120 dias de
experimento. Amostras de 8 cm de diâmetro, serão enterradas no topo da
coluna, contendo 17 cm de solo úmido e cobertura de 2 cm de terra, para
permitir a ação dos microrganismos aeróbios. As colunas devem ter
aproximadamente 40 furos distribuídos uniformemente, nas suas paredes, para
oxigenação de seu interior. As amostras de filmes devem então ser enterradas
nas colunas de solo para posterior inoculação do fungo Pestalotiopsis sp, nas
mesmas condições experimentais. Os filmes serão removidos do solo para
análise após 30, 60, 90 e 120 dias de tratamento. Após o tratamento
microbiano, os filmes devem ser lavados com água destilada, secos com papel
filtro e mantidos por 48 horas em dessecador à vácuo.
4.3 Metodologia
4.3.1 Testes respirométricos
De acordo com metologia adotada por CAMPOS (2010) os filmes de
PET, PCL, PET/PCL, PCL/Amido 1:1, de cerca de 100 µm de espessura e 0.2
g em massa, serão enterrados no solo comum e no mesmo solo comum
inoculado com o fungo Pestalotiopsis sp, dentro de um respirômetro Bartha (em
triplicata) à 28 °C durante 120 dias, seguindo a norma técnica NBR 14283 –
ABNT (1999). Uma descrição detalhada dos testes de biodegradação utilizando
o método respirométrico, é dada por CAMPOS et AL (2007).
4.3.2 Medidas de massa
Medidas de perda de massa dos filmes devem ser obtidas em escala
analítica após os biotratamentos. A degradação microbiana pode ser expressa
como porcentagem de perda de massa (Equação 1) :
Equação (1)
onde W0 e W1 são massas dos filmes antes e após o biotratamento,
respectivamente (CAMPOS, 2010).
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4.3.3 Microscopia eletrônica de varredura (MEV)
A morfologia dos filmes será examinada em um da marca JEOL,
modelo JSM-6360, com magnificações de 1000x e 7500x (UTFPR-Curitiba). Os
filmes originais e após o tratamento microbiano serão recortados e acoplados
nos “stubs” com fita dupla face de carbono e recobertos com ouro, em câmara
de vácuo, utilizando um metalizador Balzers modelo SCD 030, com
“sputtering”. (CAMPOS, 2010).
4.3.4. Microrganismos
As linhagens de microrganismos a serem utilizadas são do gênero
Pestalotiopsis sp, as quais foram obtidas por isolamento dos fungos
endofíticos de folhas de espinheira santa (Maytenus ilicifolia) e posteriormente
preservadas na coleção de culturas do acervo de fungos do Laboratório de
Microbiologia, do Departamento de Tecnologia em Alimentos da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus – Ponta Grossa. O Isolamento dos
fungos endofíticos foi obtido de folhas de espinheira santa através da
metodologia descrita por adotada por FIGUEIREDO (2006), descrita
anteriormente por PETRINI (1986).
4.3.5 Manutenção das linhagens de fungos
As culturas da espécie Pestalotiopsis spp serão cultivadas em meio de
cultura Meio Ágar-Dextrose-Folha de espinheira santa (BDAES)
(FIGUEIREDO, 2006).
4.3.6 Preparação da suspensão do fungo
O fungo Pestalopsis sp. será repicado e semeado em tubos de ensaio
inclinados, a temperatura ambiente, para crescimento. A suspensão foi obtida
adicionando-se 9,0 mL da solução salina 0,85% (m/v) e em seguida filtrada
com auxílio de um funil com lã de vidro. O filtrado obtido, contendo esporos do
fungo, foi utilizado como inóculo (CAMPOS, 2010).
4.3.7 Tratamento microbiano em meio líquido
O meio de cultura Saboraud, com malte líquido foi colocado em
erlenmeyers de 50 mL, que foram esterilizados. Em seguida, foi adicionado o
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inóculo do fungo em suspensão, que cresceu durante 7 dias, em uma estufa a
32ºC. Depois, as amostras em duplicatas dos polímeros descritos, foram
adicionadas neste meio de cultura, contendo suspensão dos fungos de solo,
previamente crescidos, formando um biofilme microbiano, mantendo um filme
no meio líquido sem fungo, como controle e um erlenmeyer com o fungo
crescido sem o filme, também como controle. As amostras devem permanecer
mantidas em estufa a 32ºC, durante 4 meses. Após este tratamento, os filmes
são retirados, lavados rigorosamente com água destilada, secos em papel filtro
e em seguida colocados em dessecador a vácuo por 24 horas. Finalmente, os
filmes serão submetidos aos diferentes métodos de análises estruturais e
morfológicas e comparados com o filme original (CAMPOS, 2010).
5. Cronograma de execução
No. ATIVIDADES Meses
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1 Revisão bibliográfica
2 Elaboração de instrumentos de pesquisa
3 Realização dos ensaios de biodegradação
4 Encontros de orientação pedagógico-teórica
5 Processamento de dados
6 Sistematização e análise dos dados coletados
7 Elaboração da dissertação
8 Preparo de artigo para publ. em periódico
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6. Orçamento (Planilha de custos)
• TABELA 01: Orçamento para o projeto de pesquisa “Avaliação do potencial de biodegradação de fungos endofíticos do gênero Pestalotiopsis”.
ITEM Descrição Preço un. (R$)*
(1)
Materiais consumo
- Vidraria / Materiais - *
Alça de Drigalski, Erlenmeyers, Escova p/ lavar vidraria, Frasco p/ reagentes, Funil de vidro, Pipetas de vidro graduadas, Placas de
petri, Tubos de ensaio c/ tampa, Liquidificador, Garrafas PET, Gaze, Lã de vidro, Papel filtro (pacote c/ 100 um.) Peneira 2 mesh
- Polímeros - * Amido anfótero, Películas de Teflon, Poli(tereftalato de etileno
(PET), Poli(ε-caprolactona) ou PCL - Reagentes -
* Água destilada (5 litros), Fita dupla face de carbono, Solução NaOH 1N e/ou HCl 1N, Ouro coloidal para MEV
- Material biótico - * Amostras de solo, Folhas de Maytenus ilicifolia), Cepas de
Microorganismos, Pestalotiopsis SP
- Meios de cultura - Ágar, Água destilada, Dextrose, Meio de cultura Saboraud*
*
(2)
Material
Permanente/ Análises
- Equipamentos - Balança analítica, Câmara de vácuo, Dessecador à vácuo,
Equipamento de extrusão de polímeros, Estufa Metalizador Balzers, Microscópio Eletrônico de varredura (MEV)
Prensa universal hidráulica, Respirômetro Bartha
*
- Análises - * Lab.o de Análise de solo do Depto Acad. de Química e Biologia da
UTFPR Curitiba - Campus Centro (3)
Bolsas Bolsa de Iniciação Científica 526,00
Bolsa de Mestrado 1350,00
Total em Material de Consumo 79595,00 Total em Material Permanente / Análises 1500,00
Total em bolsas 1876,00
TOTAL GERAL 82971,00 Observações: *As quantidades estimadas de materiais de consumo e seus preços unitários, assim como horas de análise em Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), e despesas com manutenção de equipamento foram itemizados e calculados em planilha Excel à parte.
Fontes utilizadas para elaboração do orçamento:
Polímeros: http://www.polymersource.com http://lojalab.com.br http://www.goodfellow.com http://www.lojasynth.com http://www.polysciences.com
Material de laboratório: http://www.sabresafety.com.br http://www.bio-plastics.org http://www.adrialaboratorios.com.br http://www.cequimica.com.br
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7. Resultados e/ou Produtos Esperados:
a) Sócio-econômicos: desenvolver pesquisa que forneça subsídios
na viabilização econômica de materiais biodegradáveis.
b) Técnico-científicos: aprimorar os estudos referentes ao potencial
de degradação de polímeros convencionais e biodegradáveis por
espécies de fungos do gênero Pestalotiopsis.
c) Ambientais: aprofundar investigações a respeito de métodos
sustentáveis para facilitar a degradação de plásticos persistentes
encontrados em aterros sem prejuízos ao meio ambiente.
8. REFERÊNCIAS:
• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 14283. Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método respirométrico,1999.
• AMASS, W.; et al. A review of biodegradable polymers: uses, current, developments in the synthesis and characterization of biodegradable polyester, blends of biodegradable polymers and recent advances in biodegradation studies. Polym. Internat., v.47, p. 89-144, 1998.
• ANANDA, R. Jungle fungus… eats plastic and beats cancer. Biblioteca
Pleyades: The Future and Beyond. (2012). Disponível em: <http://www.bibliotecapleyades.net/ciencia/ciencia_futurebeyond21.htm>. Acesso em: 17 out. 2012.
• AVÉROUS, L; et al Blends of Thermoplastic Starch and Polyesteramide:
Processing and Properties. Journal of Applied Polymer Science, Vol. 76, 1117–1128 (2000) © 2000 John Wiley & Sons, Inc. 1999.
• AVÉROUS, L; POLLET, E.; Environmental Silicate Nano-Biocomposites.
Series: Green Energy and Technology. VI, 447 p. 157. (2012)
• BAINS, J.; WULFF, J.; BOULANGER, M.; Investigating Terephthalate Biodegradation : Structural Characterization of a Putative Decarboxylating cis-Dihydrodiol Dehydrogenase. Journ. of Mol. Biol. V.423. p.284–293. 2012.
• BARBOSA, J. C.; Avaliação da cinética de crescimento de Alcaligenes
eutrophus para a produção de Polihidroxibutirato. TCC (graduação) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curso Superior de Tecnol. em Química Ambiental, Curitiba, 2009.
• BRANDRUP, J.; BITTNER, M.; MICHAELI, W.; MENGES G. Recycling and
Recovery of Plastics. München: Ed. Carl Hanser Verlag, 893p.1996.
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• BRITTO, G. F.; ET al Biopolímeros, Polímeros Biodegradáveis e Polímeros Verdes. Rev. Eletrôn. de Mat. e Processos, v.6.2 (2011) 127-139. (2011)
• BUCKLEY, J; et al Mechanical Properties and Degradation of
Commercial Biodegradable Plastic Bags. ANTEC Proceedings. (2011) • CAMPOS, A. M., FRANCHETTI, J. C.; "Biodegradação de filmes de
PP/PCL em solo e solo com chorume ". Polímeros: Ciência e Tecnologia, num. Sin mes, pp. 295-300. (2010).
• CAMPOS, A. M.; Blendas de PVC/PCL foto/termo e biotratadas com
fungos de solo (P. chrysosporium e A. fumigatus). Dissert. Rio Claro, SP. (2004).
• CAMPOS, A. M.; et al. Biodegradation of blend films in soil and soil with
chorume. I. PVC/PCL. Res. J. Biotech., 2, p 20 (2007). • CHIELLINI, E. et al. Evaluation of biodegradability of poly( ε-
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Manual de métodos de análise de solo / Centro Nacional de Pesquisa de Solos. – 2. ed. rev. atual. 212p. Rio de Janeiro, 1997.
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Copolymer of PET-PCL. Journ. Of Applied Polym. Science, Vol. 57, 1285 – 1290. J.W. & Sons. (1995).
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