Ciencia politica aplica ao doreito - marcio.pdf

G963c GUIMARES, Mrcio Azevedo

Caderno de Cincia Poltica Aplicada ao Direito Dom Alberto / Mrcio Azevedo Guimares. Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010.

Inclui bibliografia.

1. Direito Teoria 2. Cincia Poltica Aplicada ao Direito Teoria I. GUIMARES, Mrcio Azevedo II. Faculdade Dom Alberto III. Coordenao de Direito IV. Ttulo

CDU 340.12(072)

Catalogao na publicao: Roberto Carlos Cardoso Bibliotecrio CRB10 010/10

Pgina 2 / 34

APRESENTAO

O Curso de Direito da Faculdade Dom Alberto teve sua semente lanada no ano de 2002. Iniciamos nossa caminhada acadmica em 2006, aps a construo de um projeto sustentado nos valores da qualidade, seriedade e acessibilidade. E so estes valores, que prezam pelo acesso livre a todos os cidados, tratam com seriedade todos processos, atividades e aes que envolvem o servio educacional e viabilizam a qualidade acadmica e pedaggica que geram efetivo aprendizado que permitem consolidar um projeto de curso de Direito.

Cinco anos se passaram e um ciclo se encerra. A fase de crescimento, de amadurecimento e de consolidao alcana seu pice com a formatura de nossa primeira turma, com a concluso do primeiro movimento completo do projeto pedaggico.

Entendemos ser este o momento de no apenas celebrar, mas de devolver, sob a forma de publicao, o produto do trabalho intelectual, pedaggico e instrutivo desenvolvido por nossos professores durante este perodo. Este material servir de guia e de apoio para o estudo atento e srio, para a organizao da pesquisa e para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso de Direito.

Felicitamos a todos os nossos professores que com competncia nos brindam com os Cadernos Dom Alberto, veculo de publicao oficial da produo didtico-pedaggica do corpo docente da Faculdade Dom Alberto.

Lucas Aurlio Jost Assis Diretor Geral

Pgina 3 / 34

PREFCIO

Toda ao humana est condicionada a uma estrutura prpria, a uma natureza especfica que a descreve, a explica e ao mesmo tempo a constitui. Mais ainda, toda ao humana aquela praticada por um indivduo, no limite de sua identidade e, preponderantemente, no exerccio de sua conscincia. Outra caracterstica da ao humana sua estrutura formal permanente. Existe um agente titular da ao (aquele que inicia, que executa a ao), um caminho (a ao propriamente dita), um resultado (a finalidade da ao praticada) e um destinatrio (aquele que recebe os efeitos da ao praticada). Existem aes humanas que, ao serem executadas, geram um resultado e este resultado observado exclusivamente na esfera do prprio indivduo que agiu. Ou seja, nas aes internas, titular e destinatrio da ao so a mesma pessoa. O conhecimento, por excelncia, uma ao interna. Como bem descreve Olavo de Carvalho, somente a conscincia individual do agente d testemunho dos atos sem testemunha, e no h ato mais desprovido de testemunha externa que o ato de conhecer. Por outro lado, existem aes humanas que, uma vez executadas, atingem potencialmente a esfera de outrem, isto , os resultados sero observados em pessoas distintas daquele que agiu. Titular e destinatrio da ao so distintos.

Qualquer ao, desde o ato de estudar, de conhecer, de sentir medo ou alegria, temor ou abandono, satisfao ou decepo, at os atos de trabalhar, comprar, vender, rezar ou votar so sempre aes humanas e com tal esto sujeitas estrutura acima identificada. No acidental que a linguagem humana, e toda a sua gramtica, destinem aos verbos a funo de indicar a ao. Sempre que existir uma ao, teremos como identificar seu titular, sua natureza, seus fins e seus destinatrios.

Consciente disto, o mdico e psiclogo Viktor E. Frankl, que no curso de uma carreira brilhante (trocava correspondncias com o Dr. Freud desde os seus dezessete anos e deste recebia elogios em diversas publicaes) desenvolvia tcnicas de compreenso da ao humana e, consequentemente, mecanismos e instrumentos de diagnstico e cura para os eventuais problemas detectados, destacou-se como um dos principais estudiosos da sanidade humana, do equilbrio fsico-mental e da medicina como cincia do homem em sua dimenso integral, no apenas fsico-corporal. Com o advento da Segunda Grande Guerra, Viktor Frankl e toda a sua famlia foram capturados e aprisionados em campos de concentrao do regime nacional-socialista de Hitler. Durante anos sofreu todos os flagelos que eram ininterruptamente aplicados em campos de concentrao espalhados por todo territrio ocupado. Foi neste ambiente, sob estas circunstncias, em que a vida sente sua fragilidade extrema e enxerga seus limites com uma claridade nica,

Pgina 4 / 34

que Frankl consegue, ao olhar seu semelhante, identificar aquilo que nos faz diferentes, que nos faz livres.

Durante todo o perodo de confinamento em campos de concentrao (inclusive Auschwitz) Frankl observou que os indivduos confinados respondiam aos castigos, s privaes, de forma distinta. Alguns, perante a menor restrio, desmoronavam interiormente, perdiam o controle, sucumbiam frente dura realidade e no conseguiam suportar a dificuldade da vida. Outros, porm, experimentando a mesma realidade externa dos castigos e das privaes, reagiam de forma absolutamente contrria. Mantinham-se ntegros em sua estrutura interna, entregavam-se como que em sacrifcio, esperavam e precisavam viver, resistiam e mantinham a vida.

Observando isto, Frankl percebe que a diferena entre o primeiro tipo de indivduo, aquele que no suporta a dureza de seu ambiente, e o segundo tipo, que se mantm interiormente forte, que supera a dureza do ambiente, est no fato de que os primeiros j no tm razo para viver, nada os toca, desistiram. Ou segundos, por sua vez, trazem consigo uma vontade de viver que os mantm acima do sofrimento, trazem consigo um sentido para sua vida. Ao atribuir um sentido para sua vida, o indivduo supera-se a si mesmo, transcende sua prpria existncia, conquista sua autonomia, torna-se livre.

Ao sair do campo de concentrao, com o fim do regime nacional-socialista, Frankl, imediatamente e sob a forma de reconstruo narrativa de sua experincia, publica um livreto com o ttulo Em busca de sentido: um psiclogo no campo de concentrao, descrevendo sua vida e a de seus companheiros, identificando uma constante que permitiu que no apenas ele, mas muitos outros, suportassem o terror dos campos de concentrao sem sucumbir ou desistir, todos eles tinham um sentido para a vida.

Neste mesmo momento, Frankl apresenta os fundamentos daquilo que viria a se tornar a terceira escola de Viena, a Anlise Existencial, a psicologia clnica de maior xito at hoje aplicada. Nenhum mtodo ou teoria foi capaz de conseguir o nmero de resultados positivos atingidos pela psicologia de Frankl, pela anlise que apresenta ao indivduo a estrutura prpria de sua ao e que consegue com isto explicitar a necessidade constitutiva do sentido (da finalidade) para toda e qualquer ao humana.

Sentido de vida aquilo que somente o indivduo pode fazer e ningum mais. Aquilo que se no for feito pelo indivduo no ser feito sob hiptese alguma. Aquilo que somente a conscincia de cada indivduo conhece. Aquilo que a realidade de cada um apresenta e exige uma tomada de deciso.

Pgina 5 / 34

No existe nenhuma educao se no for para ensinar a superar-se a si mesmo, a transcender-se, a descobrir o sentido da vida. Tudo o mais morno, sem luz, , literalmente, desumano.

Educar , pois, descobrir o sentido, viv-lo, aceit-lo, execut-lo. Educar no treinar habilidades, no condicionar comportamentos, no alcanar tcnicas, no impor uma profisso. Educar ensinar a viver, a no desistir, a descobrir o sentido e, descobrindo-o, realiz-lo. Numa palavra, educar ensinar a ser livre.

O Direito um dos caminhos que o ser humano desenvolve para garantir esta liberdade. Que os Cadernos Dom Alberto sejam veculos de expresso desta prtica diria do corpo docente, que fazem da vida um exemplo e do exemplo sua maior lio.

Felicitaes so devidas a Faculdade Dom Alberto, pelo apoio na publicao e pela adoo desta metodologia sria e de qualidade. Cumprimentos festivos aos professores, autores deste belo trabalho. Homenagens aos leitores, estudantes desta arte da Justia, o Direito.

.

Luiz Vergilio Dalla-Rosa Coordenador Titular do Curso de Direito

Pgina 6 / 34

Sumrio

Apresentao....................................................................................................

Prefcio.............................................................................................................

Plano de Ensino................................................................................................

Aula 1 Estado, Poder, Poltica, Democracia................................................................

Aula 2 Soberania: Teorias...........................................................................................

Aula 3 Nascimento e Extino dos Estados: Classificao.........................................

Aula 4 Formas de Governo, Sistemas de Governo e Regime Poltico........................

Aula 5 Texto I: Presidencialismo e Parlamentarismo..................................................

Pgina 7 / 34

3

4

8

12

15

16

19

25

Misso: "Oferecer oportunidades de educao, contribuindo para a formao de profissionais conscientes e competentes, comprometidos com o comportamento tico e visando ao desenvolvimento regional.

Centro de Ensino Superior Dom Alberto

Plano de Ensino

Identificao Curso: Direito Disciplina: Cincias Polticas Aplicada ao Direito Carga Horria (horas): 30 Crditos: 2 Semestre: 1

Ementa Cincia Poltica: natureza e formao. Evoluo das formas de organizao social. Evoluo histrica do pensamento poltico: Grcia, Roma, Idade Mdia e Modernidade. Pensamento Poltico Contemporneo. Desenvolvimento do Estado. Regimes Polticos: tipos e caractersticas. Sistema econmico e formas de governo. O liberalismo; a social-democracia; o socialismo. O advento do neoliberalismo. Socialismo moderno. A democracia. Sociedade poltica, sociedade civil e sociedade econmica.

Objetivos Geral: Debate sobre as principais correntes de pensamento poltico ocidental- da Grcia at a Idade Contempornea e sua influncia sobre a formao das instituies polticas contemporneas Anlise da Teoria Geral do Estado luz do pensamento poltico clssico da Idade Moderna e do Iluminismo: as instituies que formam o Estado e a noo de Democracia. Contextualizao histrica do surgimento da noo de Estado e relao do sistema econmico com a evoluo de suas instituies polticas modernas.

Especficos: Anlise objetiva dos principais elementos da Teoria do Estado: Estado, Nao, Soberania, Formas de Governo e Sistemas Polticos e Democracia Contempornea. Influncia sobre o Direito Constitucional Brasileiro.

Inter-relao da Disciplina Horizontal: Histria aplicada ao Direito, Economia aplicada ao Direito, Introduo Cincia do Direito.

Vertical: Sociologia aplicada ao Direito, Filosofia aplicada ao Direito, Teoria da Constituio, Direito Constitucional e Direito Internacional Pblico.

Competncias Gerais Leitura, compreenso e elaborao de textos, atos e documentos jurdicos ou normativos, com a devida utilizao das normas tcnico-jurdicas constitucionais atinentes organizao poltica do Estado e de seus elementos terico-conceituais.

Competncias Especficas Capacidade de anlise objetiva, compreenso da importncia da democracia para o aperfeioamento das instituies polticas formadoras do ente estatal.

Habilidades Gerais Utilizar raciocnio jurdico, argumentao, persuaso e reflexo crtica acerca da relao entre Estado e formas e sistemas de governo.

Habilidades Especficas Analisar e discutir as formas de governo que possam aperfeioar o regime poltico democrtico a partir da contextualizao histrico-social dos elementos que integram o ater estatal.

Contedo Programtico

Pgina 8 / 34


Programa:

1. Natureza e formao da poltica: abordagem jurdica (Teoria do Estado), filosfica (Filosfica Poltica) e histrico-sociolgica (Cincia Poltica).

2. Evoluo das formas de organizao social na Grcia, Roma e Idade Mdia. Pensamento poltico clssico em Plato, Aristteles, Ccero, So Toms de Aquino e Marslio de Pdua.

3. Idade Moderna e surgimento da poltica moderna no contexto da formao do Estado-nao (Maquiavel e Hobbes) e relaes com o Absolutismo e Mercantilismo. Sc.XVI e XVII: Estado e Soberania.

4. Consolidao do Estado Liberal burgus e relaes com o nascente sistema econmico de mercado. O pensamento do Liberalismo Poltico e da filosofia do Iluminismo como legitimadores da noo de Estado de Direito. O impacto da Revoluo Francesa e das idias de Locke, Rousseau e Montesquieu para as concepes de Constitucionalismo, Direitos Individuais e Democracia. Sc.XVIII: Nao, Povo, Cidadania. Tripartio dos poderes constitucionais que formam o Estado democrtico.

5. Consolidao do Estado Liberal no sc.XIX e relaes com a Revoluo Industrial. O nacionalismo e a crtica do socialismo cientfico. Marx. Crise do Estado liberal no sc.XX e a crtica dos totalitarismos de direita e esquerda. O contexto histrico do triunfo da social-democracia. Contexto histrico do advento do neoliberalismo. Neste item so estudados: Regimes Polticos (Democracia), Formas de Governos (Monarquia e Repblica), Sistema Presidencialista e Parlamentarista . Aspectos gerais da organizao do Estado brasileiro hoje.

Estratgias de Ensino e Aprendizagem (metodologias de sala de aula) Aulas expositivas dialgico-dialticas. Trabalhos individuais e em grupo e preparao de seminrios. Leituras e fichamentos dirigidos. Elaborao de dissertaes, resenhas e notas de sntese. Utilizao de recurso udio-Visual.

Avaliao do Processo de Ensino e Aprendizagem A avaliao do processo de ensino e aprendizagem deve ser realizada de forma contnua, cumulativa e sistemtica com o objetivo de diagnosticar a situao da aprendizagem de cada aluno, em relao programao curricular. Funes bsicas: informar sobre o domnio da aprendizagem, indicar os efeitos da metodologia utilizada, revelar conseqncias da atuao docente, informar sobre a adequabilidade de currculos e programas, realizar feedback dos objetivos e planejamentos elaborados, etc.

Para cada avaliao o professor determinar a(s) formas de avaliao podendo ser de duas formas:

1 Avaliao trabalho em sala de aula com peso 10,0 (dez); 2 Avaliao:

- Peso 8,0 (oito): Prova; - Peso 2,0 (dois): referente ao Sistema de Provas Eletrnicas SPE (mdia ponderada das trs

provas do SPE)

Avaliao Somativa A aferio do rendimento escolar de cada disciplina feita atravs de notas inteiras de zero a dez, permitindo-se a frao de 5 dcimos. O aproveitamento escolar avaliado pelo acompanhamento contnuo do aluno e dos resultados por ele obtidos nas provas, trabalhos, exerccios escolares e outros, e caso necessrio, nas provas substitutivas. Dentre os trabalhos escolares de aplicao, h pelo menos uma avaliao escrita em cada disciplina no bimestre. O professor pode submeter os alunos a diversas formas de avaliaes, tais como: projetos, seminrios, pesquisas bibliogrficas e de campo, relatrios, cujos resultados podem culminar com atribuio de uma nota representativa de cada avaliao bimestral. Em qualquer disciplina, os alunos que obtiverem mdia semestral de aprovao igual ou superior a sete (7,0) e freqncia igual ou superior a setenta e cinco por cento (75%) so considerados aprovados. Aps cada semestre, e nos termos do calendrio escolar, o aluno poder requerer junto Secretaria-Geral, no prazo fixado e a ttulo de recuperao, a realizao de uma prova substitutiva, por disciplina, a fim de substituir uma das mdias mensais anteriores, ou a que no tenha sido avaliado, e no qual obtiverem como mdia final de aprovao igual ou superior a cinco (5,0).

Sistema de Acompanhamento para a Recuperao da Aprendizagem

Pgina 9 / 34


Sero utilizados como Sistema de Acompanhamento e Nivelamento da turma os Plantes Tira-Dvidas que so realizados sempre antes de iniciar a disciplina, das 18h00min s 18h50min, na sala de aula.

Recursos Necessrios Humanos

Professor. Fsicos

Laboratrios, visitas tcnicas, etc. Materiais

Recursos Multimdia.

Bibliografia Bsica

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Contrato Social. So Paulo: Martin Claret, 2000. BONAVIDES, Paulo. Cincia Poltica. So Paulo: Malheiros, 2003. BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de Teoria do Estado e Cincia Poltica. So Paulo: Celso Bastos, 2002. MAQUIAVEL. O Prncipe. So Paulo: Martin Claret, 2002. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado. So Paulo: Saraiva, 2003.

Complementar

ARISTTELES, Poltica. So Paulo: Martin Claret, 2003. BOBBIO, Norberto. O Futuro da Democracia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. WOLKMER, Antnio Carlos. Ideologia, Estado e Direito. So Paulo: Revista dos Tribunais, 2003. WEFFORT, Francisco. Os clssicos da Poltica, Vol I e II. So Paulo: tica, 2003. BOBBIO, Norberto. A Teoria das Formas de Governo. Braslia: UNB, 1997.

Peridicos Jornais: Zero Hora, Folha de So Paulo, Gazeta do Sul, entre outros. Jornais eletrnicos: Clarn (Argentina); El Pas (Espanha); El Pas (Uruguai); Le Monde (Frana); Le Monde Diplomatique (Frana). Revistas: Achegas - Revista de Cincia Poltica.

Sites para Consulta www.achegas.net www.tj.rs.gov.br www.trf4.gov.br www.senado.gov.br www.stf.gov.br www.stj.gov.br www.ihj.org.br www.oab-rs.org.br

Outras Informaes Endereo eletrnico de acesso pgina do PHL para consulta ao acervo da biblioteca: http://192.168.1.201/cgi-bin/wxis.exe?IsisScript=phl.xis&cipar=phl8.cip&lang=por

Cronograma de Atividades

Aula Consolidao Avaliao Contedo Procedimentos Recursos

1

2

3

4 Primeira: Trabalho

5

6

7 1

Pgina 10 / 34


8 Segunda

9 Substitutiva

Legenda Procedimentos Recursos Procedimentos Recursos Procedimentos Recursos Cdigo Descrio Cdigo Descrio Cdigo Descrio AE Aula expositiva AE Aula expositiva AE Aula expositiva TG Trabalho em

grupo TG Trabalho em grupo TG Trabalho em grupo

TI Trabalho individual

TI Trabalho individual TI Trabalho individual

SE Seminrio SE Seminrio SE Seminrio

Pgina 11 / 34

1 AULA 22/02 ESTADO PODER POLTICA - DEMOCRACIA

Cincia Poltica (tambm conhecida por Teoria do Estado): a cincia social que investiga e expe os princpios da sociedade poltica denominada Estado, sua origem, elementos, estrutura, forma e finalidade, bem como suas relaes com a democracia e com a distribuio de poder entre os grupos que almejam o controle do ente estatal..

Assim, temos o seguinte esquema que ser visto nos prximos encontros:

ESTADO = a) origem: evoluo da sociedade estatal no curso da histria. b) elementos: o que caracteriza um Estado moderno. c) estrutura: se unitrio ou federal. d) forma: diz respeito 2 aspectos: d.1) regime: republicano ou monrquico; d.2) sistema: presidencial ou parlamentar.

e) finalidade: o bem-comum, a estabilidade poltica e a igualdade entre cidados. Neste caso, para tanto, necessrio a existncia de um sistema jurdico-constitucional, por meio de uma Lei essencial que garanta um Estado Democrtico de Direito, que tenha por fim realizar a democracia por meio de instituies polticas estveis que subordinem o poder poltico ao Direito, o que s ocorre se tivermos participao poltica do cidado, estabilidade econmica, distribuio de renda, educao e segurana. No aspecto do controle do poder poltico e sua relao com a democracia, temos ainda: a necessidade de Trs Poderes Constitucionais: Executivo, Legislativo e Judicirio e a legitimidade e a legalidade do processo de escolha dos governantes - eleio.

Hoje, contudo, passemos primeiro ao estudo do conceito de Estado, seus elementos e estrutura e o que o diferencia das noes de pas, ptria e nao.

Na 3 aula (20/03), veremos as origens histricas do Estado e da Democracia, sob o contexto geral da evoluo de sistemas poltico-econmicos.

Vamos partir de algumas questes para melhor entender o que Estado, governo, poder e poltica.

1- Diferencie forma de Estado de forma de Governo.

R: Forma de Estado tudo aquilo que afeta a estrutura da organizao poltica1. Ou seja, trata de como o Estado se organiza, como se define a relao de poder 2entre o povo (conjunto de cidados) e os rgos detentores do poder do Estado.

1 POLTICA: distribuio de poder entre os grupos sociais ou classes que disputam a supremacia sobre o

Estado, o qual um produto histrico das classes ou elites vencedoras em guerras ou processos eleitorais, impondo sua vontade aos demais grupos. tambm a atividade humana, social, relacionada com a gesto, administrao e resoluo de problemas gerais da sociedade e que deve ser orientada e implementada pelo Estado. A chamada poltica partidria, dos partidos polticos, apenas uma face da Poltica. Num sentido democrtico, a POLTICA deve atender ao BEM COMUM dos cidados, pois o Estado existe para servir sociedade. 2 PODER : Capacidade de impor a vontade de um grupo social e poltico-partidrio de forma unilateral

aos demais grupos polticos ou sociais. Da falar-se comumente em poder poltico. A SOBERANIA a forma mxima de poder poltico!

Pgina 12 / 34

Assim, por exemplo, a forma do Estado se relaciona com as idias de CENTRALIZAO ou DESCENTRALIZAO do poder poltico. Ex: O Brasil e os Estados Unidos so Estados FEDERAIS (compostos por estados-membros e por municpios, que detm a autonomia poltica interna, alm da Unio, que o que se chama de governo federal.) A Frana, por sua vez, um Estado UNITRIO, ou seja, no possui repartio de competncia poltica e constitucional interna, em seu territrio.

ESTADO a comunidade humana (povo-conjunto de cidados) que dentro de um determinado territrio, reivindica para si o monoplio da violncia(fsica ou psquica) legtima e legal (submetido, portanto, ao Direito e Constituio).Atravs de funes administrativas e polticas necessrias manuteno da ordem jurdica e da estabilidade poltica, econmica e social ( governo), cumpre o Estado, em nome do povo, buscar sua maior finalidade, que o bem comum, ou seja, segurana, progresso, desenvolvimento, justia e igualdade do cidado. Assim, seus elementos so : povo, territrio, governo e soberania.

GOVERNO a instncia mxima da administrao pblica, ou seja, do Poder Executivo do Estado. No se confunde com Estado, uma vez que to somente um dos elementos deste! O GOVERNO a forma de institucionalizao do poder atravs do processo democrtico (VOTO=SUFRGIO UNIVERSAL=ELEIO) que ir escolher os representantes do povo que iro administrar o Estado ATRAVS do GOVERNO!

POVO o conjunto de indivduos (=CIDADOS) que possuem um vnculo jurdico com o Estado, o que se d atravs do nascimento ou naturalizao. Define a NACIONALIDADE BRASILEIRA, tornando cada cidado SUJEITO DE DIREITOS E DEVERES perante a ordem jurdica estatal ou pblica (o Estado). Assim, o conjunto de cidados brasileiros o que chamamos de POVO brasileiro.

SOBERANIA o PODER POLTICO LEGTIMO E LEGAL MXIMO que um Estado pode exercer dentro dos limites do territrio nacional.

Forma de Governo diferente do escrito acima! Refere-se anlise dos RGOS de governo, isto , como funcionam e se relacionam os rgos de um governo. Nesse sentido, quando se fala em forma MONRQUICA ou forma REPUBLICANA de governo, j vem a idia: estamos falando que um Estado pode ser republicano ou monrquico.

Assim, FORMAS DE GOVERNO no mundo de hoje desde as Revoluo Francesa, em 1789 e da Independncia dos EUA, nos anos de 1776 so duas: REPBLICA ou MONARQUIA!!!

Atividade complementar: valor: 0,50 ponto.

Discutir, em grupos, a relao entre a disciplina e os problemas ligados poltica de sua comunidade, tais como:

Pgina 13 / 34

1. Qual a relao que se pode estabelecer entre o estudo do Estado e a importncia da Democracia?

2. Qual, na sua opinio, a relevncia entre o estudo terico da Teoria do Estado (Cincia Poltica) e a participao da comunidade nos problemas quotidianos do seu municpio?

3. Estabelea uma relao se que ela existe entre Estado, governo e ente municipal (prefeitura e cmara de vereadores), a partir dos conceitos dados acima no texto.

4. Para voc, importante a participao popular nas decises polticas de sua cidade? Neste sentido, como fiscalizar de forma efetiva a ao de nossa classe poltica dentro dos limites da legalidade?

Pgina 14 / 34

ALGUMAS CLASSIFICAES IMPORTANTES A RESPEITO DO ESTADO NA UTILIZADOS NOS MANUAIS DE TEORIA GERAL DO ESTADO e DIREITO INTERNACIONAL PBLICO

I-SOBERANIA TEORIAS

II-NASCIMENTO E EXTINO DOS ESTADOS-CLASSIFICAO

I-SOBERANIA- um dos 4 elementos de um Estado

1. CONCEITO: uma autoridade superior que no pode ser limitada por nenhum outro poder, ou ainda, a capacidade de impor a vontade prpria, em ltima instncia, para a realizao do direito justo. Na era dos Estados constitucionais democrticos, a soberania reside na vontade do povo, sua fonte e razo ltima. Caracteriza-se, como vimos, por ser indivisvel, inalienvel e imprescritvel.

2. TEORIAS:

SOBERANIA ABSOLUTA DO REI SCULO XVI JEAN BODIN

A soberania do rei, que governa um Estado monrquico absolutista europeu enquanto representante da vontade de Deus (divina) na terra. Por isso, a soberania do rei originria, ilimitada, absoluta, perptua e irresponsvel. Originou-se ainda durante as monarquias medievais, para se consolidar durante a Idade Moderna. Outros importantes tericos: Maquiavel (soberania absoluta laica), Hobbes,, Fnelon, Bossuet.

SOBERANIA POPULAR

Teve como precursores Marslio de Pdua, Francisco de Vitria e De Soto. Para alguns deles, a soberania provinha de Deus, mas deveria ser exercida de acordo com a vontade popular, pois este seria o desejo da divindade, a quem repugnava o absolutismo dos monarcas. Ai se encontra a legitimidade popular como fonte da lei e do poder pblico, que teve em So Paulo e S.Toms de Aquino seus pioneiros, que muito ir influenciar as teses liberais e democratas 300 anos depois.

SOBERANIA NACIONAL

Surge entre os pensadores do liberalismo poltico, a partir de final do sculo XVII, e ir inspirar os movimentos polticos da Revoluo Francesa e Americana. Seus mentores so John Locke, Montesquieu, Rousseau, para quem a nao a fonte legtima do poder soberano. O problema desta teoria que no baseava o poder de soberania no povo, mas na nao, dando ensejo valorizao do contedo tnico e at xenfobo em termos de poltica internacional, com o recrudescimento do nacionalismo.

Pgina 15 / 34

SOBERANIA DO ESTADO

Tendo como principal expoente, Karl Von Jellinek, parte do princpio de que a soberania a capacidade de autodeterminao do Estado por direito prprio e exclusivo. Para ele, a soberania uma qualidade do poder do Estado, ou seja, um poder estatal qualificado pela legitimidade do ordenamento jurdico estatal. Nesse sentido, um poder jurdico, eis que o Direito posterior ao Estado e um instrumento feito para legitimar o poder poltico de um Estado.

SOBERANIA REALISTA OU INSITUCIONALISTA

a teoria que vigora em nossos dias. Se certo que a soberania tem origem na nao ou no povo (que seriam a fonte deste poder), juridicamente cabe ser exercida pelo Estado, desde que este exerccio se faa de forma legtima, isto , com base na vontade popular e respeitando os limites impostos pelo ordenamento jurdico estatal interno (direito constitucional , regime democrtico, direitos e garantias constitucionais individuais e coletivos e tripartio de poderes constitucionias) e externo (direito internacional coexistncia pacfica entre os Estados; respeito soberania dos demais Estados; autodeterminao dos povos e direitos humanos universais).

II-NASCIMENTO E EXTINO DOS ESTADOS-CLASSIFICAO:

1. ORIGINRIO 2. SECUNDRIO: 2.a) Unio: Confederao, Federao, Unio Pessoal e Unio

Real 2.b) Diviso: Diviso Nacional e Sucessoral

3. Derivados: 3.a) Colonizao 3.b) Concesso dos Direitos de Soberania 3.c) Atos de Governo

1. Originrio: Temos como ex. a Roma antiga e a Atenas grega da antiguidade clssica. o prprio ncleo original de um povo em geral a nao que cria a comunidade poltica organizada, sem dependncia de qualquer fator externo (internacional). Um agrupamento humano mais ou menos homogneo, estabelece uma organizao social permanente atravs de um governo em um determinado territrio geogrfico. O Estado americano da Califrnia o exemplo contemporneo, sem a lenta preparao histrica de formao de vnculos culturais dos povos antigos. Em 1849, antes de ser incorporado aos Estados Unidos, a Califrnia fundada por uma assemblia constituinte, com governo prprio, estabelecido por uma populao heterognea.

2. Secundrio: quando uma nova unidade poltica (sinnimo para Estado) pode nascer da unio ou da diviso de Estados.

2.a) Unio: 2.a.1) Confederao: uma unio convencional de pases independentes, objetivando determinados fins comuns, como defesa e relaes exteriores, mas mantendo grande grau de autonomia interna (quase-soberania) muito maior que as unidades federativas dos estados brasileiros e identidade cultural distinta. Exs. Na

Pgina 16 / 34

antiguidade, as ligas gregas e atualmente, a Confederao Sua ou Helvtica. Os Estados Unidos formaram uma confederao das treze ex-colnias antes de se tornarem um Estado federal.

2.a.2)Federao: unio nacional mais forte, perptua e indissolvel, de provncias que, da mesma forma que ocorre na confederao, constituem uma s pessoa de direito pblico internacional, mas com bem menor grau de autonomia de suas provncias ou estados. Ex. EUA, Brasil , Argentina.

2.a.3) Unio Pessoal: o governo de dois ou mais pases por um s monarca. uma unio de natureza precria e transitria, por que decorre apenas de direitos sucessrios monrquicos. No mais subsiste. Ex. Alemanha e Espanha sob o imperador Carlos V.

2.a.4) Unio Real: a unio efetiva, com carter permanente, de dois ou mais pases, para formar uma s pessoa de direito pblico internacional. Ex. Gr-Bretanha: Reino Unido da Inglaterra, Esccia, Pas de Gales e Irlanda do Norte.

2.b) Diviso: 2.b.1) Diviso Nacional: ocorre quando uma determinada regio ou provncia de um Estado obtm a independncia poltica, criando um novo Estado. Foi o que ocorreu com o surgimento da ustria e da Hungria, com a dissoluo do Imprio Austro-Hngaro, ao final da Primeira Guerra Mundial (1914-19) e com o desmembramento da antiga Unio Sovitica (1991), dando origem a inmeros Estados soberanos, tais como a Rssia, a Ucrnia, etc. e com a extinta Iugoslvia, ao longo dos ltimos 16 anos, dando origem aos seguintes Estados soberanos: Srvia, Montenegro, Crocia, Bsnia e, recentemente, este ano (2008, em fevereiro), o Kosovo. 2.b.2) Diviso Sucessoral: uma forma tpica das antigas monarquias medievais (Idade Mdia). O Estado, considerado como propriedade pessoal de um monarca, era dividido entre seus filhos, desdobrando-se em reinos autnomos. Por exemplo, o antigo Imprio Carolngio, fundado por Carlos Magno, deu origem aos reinos da Frana e da Alemanha. O Direito Internacional Pblico no mais admite esta teoria!

3) Modos Derivados: 3.a) Colonizao: utilizada desde a antiguidade, quando uma colnia de um Estado se torna independente deste, tornando-se um Estado soberano. Ex. Brasil em relao a Portugal; EUA em relao Inglaterra; Argentina e Mxico, em relao Espanha; pases da frica em relao Inglaterra ou Frana, etc. 3.b) Concesso de Direitos de Soberania: o melhor exemplo foi a concesso de soberania feita pelo governo britnico em relao aos novos Estados soberanos do Canad, Nova Zelndia, Austrlia e frica do Sul. 3.c) Atos de Governo: a forma pela qual o nascimento de um novo Estado decorre da simples vontade de um eventual conquistador ou governante absoluto. Foi o caso de Napoleo, que criou diversos Estados durante o seu Imprio.

Pgina 17 / 34

EXTINO DOS ESTADOS

Pode se dar por:

Causas Gerais: quando um de seus elementos constitutivos povo, territrio, governo e soberania desaparecerem. Neste caso, o Estado cessa, deixando de existir no mundo da comunidade internacional de Estados. Normalmente, se d por diviso ou unio entre Estados, acima examinados.

Causas Especficas:

1.Conquista: em virtude de guerra/conflito internacional, um Estado invadido por outro, como ocorreu nas duas ltimas guerras mundiais com a Polnia e a Tchecoslovquia. Hoje, o direito internacional e a ONU considera ilegtima e um ilcito internacional este tipo de causa. 2.Emigrao: O exemplo histrico que se tem ao tempo em que o pro-cnsul romano para as Glias, Jlio Csar emprendeu a conquista da futura Frana.Em virtude das guerras entre os gauleses e germanos, a invaso destes ltimos em direo ao territrio dos helvcios provocou a emigrao dos antigos helvcios, que fugiram da Sua para a Glia. 3.Expulso: quando as foras conquistadores, ocupando plenamente o territrio do Estado invadido, obriga a populao vencida a se deslocar para outra regio. tambm um meio considerado ilcito internacional pelo direito internacional. 4.Renncia dos direitos de soberania : quando um Estado por livre e espontnea vontade de seus cidados ou soberano, decide renunciar a sua independncia poltica para fazer parte de outro Estado. Foi o que ocorreu com os estados independentes da Califrnia e do Texas, que se uniram aos Estados Unidos, durante a primeira metade do sculo XIX.

Pgina 18 / 34

AULA 4 FORMAS de GOVERNO, SISTEMAS de GOVERNO e REGIME POLTICO.

1. Diferencie forma de Estado de forma de Governo.

R: Forma de Estado tudo aquilo que afeta a estrutura da organizao poltica1. Ou seja, trata de como o Estado se organiza, como se define a relao de poder 2entre o povo (conjunto de cidados) e os rgos detentores do poder do Estado. Assim, por exemplo, a forma do Estado se relaciona com as idias de CENTRALIZAO ou DESCENTRALIZAO do poder poltico. Ex: O Brasil e os Estados Unidos so Estados FEDERAIS (compostos por estados-membros e por municpios, que detm a autonomia poltica interna, alm da Unio, que o que se chama de governo federal.) A Frana, por sua vez, um Estado UNITRIO, ou seja, no possui repartio de competncia poltica e constitucional interna, em seu territrio.

Forma de Governo diferente do escrito acima! Refere-se anlise dos RGOS de governo, isto , como funcionam e se relacionam os rgos de um governo. Nesse sentido, quando se fala em forma MONRQUICA ou forma REPUBLICANA de governo, j vem a idia: estamos falando que um Estado pode ser republicano ou monrquico.

Assim, FORMAS DE GOVERNO no mundo de hoje desde as Revoluo Francesa, em 1789 e da Independncia dos EUA, nos anos de 1776 so duas: REPBLICA ou MONARQUIA!!!

Na poca da Grcia antiga, quando a cidade de ATENAS era uma DEMOCRACIA (a primeira do mundo! Isso entre os anos de 490 at 330 antes de Cristo!) o filsofo grego ARISTTELES props uma classificao das formas de governo em puras e impuras:

Puras = monarquia ou realeza: um indivduo governa Aristocracia: grupo reduzido de indivduos elite, nobres - governa a cidade-Estado Democracia: governo de todo o povo da cidade-Estado

Impuras=tirania ou despotismo: abuso de poder (ilegtimo, contra o Direito, costumes, moral) pelo monarca. Oligarquia: abuso de poder pela aristocracia. Demagogia: abuso de poder do povo inapto para exercer o poder.

2. Como se classificam as formas de governo? Em duas: monarquia e repblica. 3. Formas de governo, sistemas de governo e regime poltico em geral so expresses que so INAPROPRIADAMENTE tomadas como sinnimos. Explique de forma simples, suas diferenas.

Resposta: Formas de governo, como j conceituado na questo n.1, diz respeito idia de forma REPUBLICANA de governo ou forma MONRQUICA de governo Sistema (ou Regime) de governo outra coisa e NO SE CONFUNDE com formas de governo. Sistema de governo diz respeito aos sistemas PARLAMENTARISTA ou PRESIDENCIALISTA, pois trata da forma como se relacionam os Poderes Constitucionais entre si (Executivo, Legislativo e Judicirio). Regime poltico trata da EXISTNCIA DE PARTICIPAO POLTICA POPULAR (DO POVO) ou NO! No primeiro caso, temos a DEMOCRACIA; no segundo caso, temos a DITADURA.

1 POLTICA: distribuio de poder entre os grupos sociais ou classes que disputam a supremacia sobre o

Estado, o qual um produto histrico das classes ou elites vencedoras em guerras ou processos eleitorais, impondo sua vontade aos demais grupos. tambm a atividade humana, social, relacionada com a gesto, administrao e resoluo de problemas gerais da sociedade e que deve ser orientada e implementada pelo Estado. A chamada poltica partidria, dos partidos polticos, apenas uma face da Poltica. Num sentido democrtico, a POLTICA deve atender ao BEM COMUM dos cidados, pois o Estado existe para servir sociedade. 2 PODER : Capacidade de impor a vontade de um grupo social e poltico-partidrio de forma unilateral

aos demais grupos polticos ou sociais. Da falar-se comumente em poder poltico. A SOBERANIA a forma mxima de poder poltico!

Pgina 19 / 34

4. O que Monarquia? a forma de governo no qual o poder poltico est concentrado em UM NICO INDIVDUO, o monarca ou rei. Exerce sozinho, mas auxiliado por seus ministros, em conselhos reais, as funes polticas, administrativas, econmicas, militares, de legislao e de aplicao da justia. No existe diviso de poderes constitucionais! A monarquia absoluta vigorou na Europa dentre os anos 1500 at 1850! 5. Caracterize o sistema monrquico de governo. So suas caractersticas principais: a vitaliciedade (o rei reina, governa para toda a vida, enquanto estiver vivo); hereditariedade ( o trono passa de pai para filho, por laos de sangue; da as dinastias reais) e irresponsabilidade do chefe de governo ( o monarca no deve explicaes de seus atos polticos, jurdicos e administrativos para o povo, que so meros sditos).

6. Fale sobre os argumentos favorveis e tambm os contrrios do sistema monrquico de governo. Obs. Esta questo diz respeito mais ao tipo democrtico de monarquia, que se consolidou durante a segunda metade do sculo XIX, tendo na Inglaterra da Rainha Elisabeth, seu maior exemplo. Portanto, trata-se mais aqui da monarquia PARLAMENTAR!

Argumentos favorveis: 1- sendo vitalcio e hereditrio, o monarca est acima das disputas polticas, podendo intervir com grande autoridade nos momentos de crise poltica, o que d segurana ao povo (sditos) e estabilidade poltica ao Estado monrquico; 2- o monarca um fator de unidade do Estado, pois todas as correntes polticas vem no rei um elemento superior, comum e por todos aceito pelo prestgio e responsabilidade. A exemplo da Rainha Elisabeth Windsor, que foi preparada em Direito, Histria e Cincia Poltica, afirma-se que os reis recebem uma educao especial, voltada para o preparo da arte de governar.

Argumentos desfavorveis: 1-No caso do monarca no governar de fato (como ocorre na monarquia inglesa, que parlamentar) sua existncia intil e custa caro aos cofres pblicos, prejudicando o povo na medida que recursos financeiros poderiam ser aplicados em polticas sociais. 2- a unidade do Estado e a estabilidade poltica das instituies Gabinete de governo, Parlamento, Ministrios, Corte de Justia no podem depender do fator pessoal, dos caprichos de um indivduo, mas na ordem jurdica objetiva, eficaz. 3- a educao especial no garantia de qualidades de liderana e eficincia do governante real. 4- a monarquia essencialmente anti-democrtica, por que no assegura ao povo o seu direito democrtico de escolher seu governante.

7. Conceitue a Repblica e seu surgimento na Histria.

A forma de governo conhecida por Repblica surgiu com a independncia das 13 colnias inglesas, criando a repblica norte-americana, os Estados Unidos, em finais do sculo dezoito.

Com a Revoluo Francesa, que se deu na mesma poca, a forma republicana de governo se espalharia pela Europa e Amrica espanhola no curso do sculo dezenove, tendo se tornado, aps a Primeira Guerra (1914-18) a forma preponderante de governo no mundo todo. A repblica refere-se idia de participao do povo no governo.

Portanto, relaciona-se com o significado de DEMOCRACIA (Ex. Repblica democrtica!). Na antiguidade clssica, Roma, uma cidade-Estado que construiu um imprio, foi uma Repblica, mas aristocrtica, jamais tendo sido uma democracia!

Ser entre norte-americanos e franceses que o ideal republicano ir se consolidar como forma de governo da burguesia que deps o rei e a nobreza, e instaura um Estado nao que ir representar melhor os interesses de uma classe poltica, econmica uma elite, portanto, - que detm os meios de produo do nascente sistema capitalista industrial (vide Revoluo Industrial). Pensadores e filsofos como Montesquieu e principalmente Rousseau foram, anos antes da Revoluo Francesa, quem melhor trataram da repblica e da democracia como valores e formas vlidas de governar uma sociedade.

RESPOSTA IDEAL DA QUESTO: Em sntese pode-se dizer que REPBLICA a forma de governo que se ope idia de monarquia. E que, via de regra, se refere ao governo da participao popular (da sua associao com a idia de DEMOCRACIA.). Surgiu nos Estados Unidos por ocasio da Independncia em relao Inglaterra, nos anos finais do sculo XVIII (dezoito).

Pgina 20 / 34

8. Caracterize os atributos da forma republicana de governo.

So as seguintes: 1- TEMPORARIEDADE: o chefe de Governo (responsvel pela administrao pblica federal ou estadual - do Poder Executivo) tambm o chefe de Estado (representante do Estado democrtico republicano, internamente, dentro do territrio nacional e, externamente, nas relaes exteriores, ditas diplomticas). Bem, Este chefe de governo (e de Estado) o Presidente da Repblica, que, ESCOLHIDO pelo voto, em processo eleitoral, por um perodo DETERMINADO pela CONSTITUIO FEDERAL, governa o Estado do Brasil, por exemplo, mediante um MANDATO POLTICO. 2- ELETIVIDADE: o chefe de governo eleito pelo povo. 3- RESPONSABILIDADE: o chefe de governo politicamente responsvel pelos seus atos adminstrativos, de governo, devendo sempre motiva-los, fundamenta-los; enfim, prestar contas de seus atos perante o eleitorado ou ao Congresso Nacional (Poder Legislativo).

9.O que voc entende por sistema de governo? Como j visto na questo n.1, :

Sistema de governo diz respeito aos sistemas PARLAMENTARISTA ou PRESIDENCIALISTA, pois trata da forma como se relacionam os Poderes Constitucionais entre si (Executivo, Legislativo e Judicirio).

10. Fale sobre o sistema parlamentarista de governo. Em que pas ele surgiu?

Ele surgiu na Inglaterra, durante a segunda metade do sculo dezessete (XVII, anos de 1688, com a Revoluo Gloriosa, que deps o ltimo monarca absoluto). O rei no deixaria de existir, mas passaria a ser apenas o chefe de Estado nas relaes exteriores, nas recepes de Estado, sendo que o Parlamento ingls (o poder Legislativo daquele pas) que deteria efetivamente o poder poltico e econmico. A burguesia inglesa integra a maioria dos parlamentares, que escolhem, em eleio, quem ir formar o governo de Gabinete, do Primeiro-Ministro. o caso da monarquia parlamentar. Aps a Segunda Guerra (1939-1945), o sistema parlamentar passou a ser o sistema da maioria dos pases da Europa.

A melhor conceituao seria a seguinte: Parlamentarismo o sistema de governo no qual o Legislativo escolhe, dentre seus membros, em processo eleitoral, quem ir chefiar o governo do pas (Primeiro-Ministro, denominado de chefe de Governo). Esta figura do Primeiro Ministro existe tanto em monarquias como em repblicas.

IMPORTANTE! Ver questo 13!

Relao entre Formas de Governo com Sistemas de Governo, regime poltico e ideolgico?

simples: Repblica federativa do Brasil = forma de governo: republicana; sistema de governo= presidencialista. Chefe de Governo= Presidente da Repblica; Chefe de Estado=Presidente da Repblica. Separao de poderes constitucionais em Executivo (Presidente), Legislativo (Congresso Nacional: Cmara de deputados federais e Senado) e Judicirio. Esta a classificao pensada pelo francs Montesquieu e tambm vale para os Estados Unidos, cuja organizao poltica e constitucional muito influenciou a organizao poltica brasileira desde a proclamao da Repblica brasileira em 1889 e da primeira Constituio Republicana de 1891! Regime poltico: DEMOCRACIA. Regime ideolgico: social-democracia.

Repblica federal da Alemanha=forma de governo: republicana; sistema de governo= parlamentarista.Chefe de Governo=Primeiro-Ministro; Chefe de Estado=Presidente da Repblica. Regime poltico: DEMOCRACIA. Regime ideolgico: social-democracia.

Reino Unido (Inglaterra, Gales, Esccia e Irlanda do Norte), popularmente conhecido por Gr-Bretanha ou Inglaterra(principal Estado)= forma de governo: monarquia; sistema de governo: parlamentarista; Chefe de Governo=Primeiro Ministro; Chefe de Estado= Rei ou Rainha (Elisabeth II, de Windsor). Regime poltico: DEMOCRACIA. Regime ideolgico: democracia liberal.

Alemanha e Itlia ao tempo de Mussolini e Hitler, na Segunda Guerra:

Forma de governo: Repblicas

Pgina 21 / 34

Sistema de governo: Presidencialistas Regime poltico: Ditaduras Regime ideolgico: Nazismo e fascismo.

Extinta Unio Sovitica( 1922-1991):

Forma de governo: Repblica Sistema de governo:Presidencialista Regime poltico: Democracia dita popular ou social, no plano formal-jurdico, mas na prtica, uma ditadura do Partido Comunista, que controlava o Estado sovitico. Regime ideolgico: Socialista (Unio das Repblicas SOCIALISTAS Soviticas, da qual a mais importante era a Rssia). Tambm na doutrina de TGE se denomina de capitalismo de Estado e por vezes confundido com a ideologia COMUNISTA, embora o socialismo seja uma etapa histrica para se chegar ao comunismo. Referencial terico: Karl Marx.

Estados Unidos da Amrica:

Forma de governo: Repblica Sistema de governo: Presidencialista Regime poltico: Democracia Regime ideolgico: Democracia liberal

11. Caracterize o Parlamentarismo. O parlamentarismo se caracteriza por:

1- distino entre Chefe de Estado e Chefe de Governo. O chefe de Estado, seja ele o monarca (monarquia parlamentar) ou o Presidente da Repblica (repblica parlamentarista) no participa das decises polticas fundamentais. Ele s exerce a funo de REPRESENTAO do Estado! No caso da monarquia parlamentar, no existe eleio do rei, pois o cargo hereditrio. No caso de repblica parlamentar, o Presidente eleito pelo Parlamento (espcie de Congresso Nacional) e possui mandato longo. Ambos , rei ou Presidente, na condio de chefes de Estado, detm um vnculo moral com a nao, com o povo. Da representar o Estado no plano diplomtico, nas relaes exteriores, mas no plano simblico, uma vez que o Primeiro Ministro- Chefe de Governo- quem tem o poder soberano de negociar acordos e tratados internacionais. este ltimo que a figura poltica central, mais importante do parlamentarismo. Sua escolha se processa da seguinte forma: seu partido, vencendo as eleies para o Parlamento, por maioria, submete um nome de um parlamentar que ser indicado pelo Chefe de Estado. Em seguida, seu nome ser novamente submetido a escolha da maioria dos deputados parlamentares. S ento torna-se o Primeiro Ministro. Ele ir compor o governo , o Gabinete (Poder Executivo).

2- Chefia de governo e responsabilidade poltica. O Primeiro ministro, aprovado seu nome pelo Parlamento, no tem seu mandato fixado por tempo determinado. Ele pode perder o cargo no caso de demisso, o que se d por um dos seguintes motivos: a) em nova eleio parlamentar, seu partido perde a maioria dos assentos; b) por voto de desconfiana, quando a forma de conduzir a poltica do Gabinete do Primeiro Ministro (por exemplo, mandar tropas para o Iraque, escndalos financeiros, poltica de impostos ou sociais, etc.) desagradar a maioria do povo, que quem escolhe os deputados do Parlamento. Assim, se um deputado propor o voto, e a maioria dos parlamentares aprovarem o voto de desconfiana, o Primeiro Ministro deve demitir-se e realizam-se novas eleies. importante salientar que as eleies so legislativas, ao contrrio do Presidencialismo, que tem eleies presidenciais e legislativas!

12. Fale do sistema presidencialista de governo, de suas caractersticas e do surgimento na Histria.

Esta questo est em parte j respondida pelas questes 7 e 8, uma vez que se considere a relao entre sistema presidencialista com forma de governo republicana! O que se pode acrescentar que surgiu nos Estados Unidos, na poca da Independncia e que suas caractersticas, que devem ser compreendidas em conjunto com as caractersticas da resposta da questo n.8, so as seguintes:

Presidente da Repblica o chefe de Estado e chefe de Governo. Exerce o papel de representante do Estado, detendo o vnculo moral com a nao, com o povo, ao mesmo tempo em que exerce a chefia do poder Executivo e representa diplomticamente o Estado nas relaes internacionais (representando,

Pgina 22 / 34

inclusive, todos os trs poderes-Executivo, Legislativo e Judicirio e os estados-membros, distrito federal e municpios), tendo o poder soberano de negociar tratados e acordos internacionais.

O Presidente da repblica escolhido pelo povo e por prazo determinado. No caso brasileiro, pelo voto( tambm chamado de sufrgio universal), em processo eleitoral, a maioria dos cidados escolhem o Chefe do Poder Executivo, conferindo-lhe um mandato por prazo determinado (em geral de 4 anos) para chefiar o Governo e representar o Estado. Assim, o mandato poltico conferido pelo povo a concretizao da idia de soberania poltica do povo que, por meio da representao poltica do Presidente, tem no Estado brasileiro, seu representante mximo. Assim temos:

DEMOCRACIA(Direito universal, poltico e humano)= GOVERNO DO POVO= REPRESENTADO PELO ESTADO =ADMINISTRADO PELO GOVERNO=REPESENTADO PELO PRESIDENTE=ESCOLHIDO PELO POVO=ESTADO REPBLICA FEDERATIVA!

O prazo determinado relaciona-se com a idia de alternncia no poder, o que um valor da democracia, possibilitando que grupos ou partidos polticos, com idias diferentes, possam ter acesso ao cargo supremo do pas. Ressalte-se que este processo eleitoral se aplica tambm na escolha dos governantes de estados-membros (governadores), de municpios (prefeitos), bem como dos Legislativos federais (Congresso, composto da Cmara de Deputados- representantes do povo brasileiro e do Senado-representantes dos Estados-membros brasileiros), estaduais (Assemblias Legislativas) e municipais (Cmara de Vereadores). Isto o que caracteriza um Estado FEDERAL!

13. O que so regimes ideolgicos? Eles se confundem com as noes de regimes polticos e regimes de governo?

Regimes ideolgicos so regimes que dizem respeito s idias polticas, filosficas, ideologia (conjunto de valores polticos, de como deve-se organizar uma sociedade, um Estado). So concepes polticas que em geral tm nos partidos polticos3 uma representatividade. As mais conhecidas so as seguintes: comunismo, socialismo, social-democracia, democracia liberal e totalitarismo ( nazismo e fascismo e stalinismo).

Os regimes NO se confundem com REGIMES POLTICOS nem tampouco com REGIMES DE GOVERNO! Por qu? Por que regimes polticos esto mais ligados idia de participao popular na poltica (democracia) ou na ausncia desta participao popular (ditaduras). Contudo existem relaes entre regimes ideolgicos e regimes polticos que, se no so tecnicamente a mesma coisa, se complementam, uma vez que um regime ideolgico como a social democracia ou a democracia liberal est ligada noo de democracia (um regime poltico). Por sua vez, o regime ideolgico do fascismo, espcie de totalitarismo, relaciona-se com a idia de uma ditadura, que um regime poltico onde o povo no exerce direitos polticos!

Por fim , tambm no se confunde com regimes de governo que, como dissemos nas questes acima, se refere aos sistemas presidencialista ou parlamentarista. Contudo, um sistema de governo presidencialista pode ser, na prtica, uma ditadura (regime poltico) e com regime ideolgico(nazismo).

14.Conceitue, com suas palavras, a noo de Democracia.

Democracia um regime poltico no qual existe o governo do povo, que exerce este poder poltico por meio de seus governantes. O povo que tem o poder soberano de escolher seus representantes nos Poderes constitucionais do Executivo e do Legislativo, mediante o voto.

15. Relacione a democracia com os direitos fundamentais.

3. Partidos polticos: organizao de pessoas que inspiradas por idias e/ou movidas por interesses, buscam tomar o poder, normalmente por meios legais e nele se conservar para a realizao de fins propugnados conforme a ideologia poltica.

Pgina 23 / 34

Em linhas gerais, a democracia, no passado considerada como forma de governo (ao tempo de Aristteles) tornou-se um regime poltico, um direito fundamental e humano, que hoje um princpio constitucional da maioria dos Estados-nao, e que um objetivo da ONU e das relaes internacionais. Assim, os direitos vida, liberdade fsica, de culto, de pensamento, propriedade, sade, educao, segurana, meio-ambiente, de minorias religiosas, culturais e tnicas, de gnero (sexo), etc. existem graas ao desenvolvimento da idia derivada do Iluminismo, das Revolues Francesa e Americana e do pensamento de Rousseau, de que todo o ser humano IGUAL perante a lei , perante o Direito nacional (dos Estados) e Internacional.

16.O que voc entende por Democracia Formal? aquela na qual os elementares direitos do povo, que, enquanto cidados, so sujeitos de direitos perante o Estado (e o governo) que so os acima mencionados na questo n.15, no so acessveis na prtica. Ou seja, o Estado, que existe, em ltima anlise, para cumprir seu dever de atender s demandas sociais e econmicas (ambos so direitos humanos de segunda e terceira gerao) falha ou por ineficcia ou por que, na prtica, o Estado uma estrutura que est a servio dos interesses de grupos polticos e econmicos de uma elite que manipula o conjunto do povo. Assim, na medida em que o nico direito que funciona no plano formal, jurdico, legal, a escolha dos repesentantes, os cidados, em especial os de classe mdia baixa e a imensa de pobres e miserveis, somente conhecem a face formal e no a real, a concreta, da democracia.

17. Fale sobre Montesquieu e sua doutrina de separao de poderes. Montesquieu, pensador francs do sculo XVIII, especulou sobre as melhores formas de governo, tendo estabelecido que a melhor maneira de se obter a estabilidade poltica de um Estado era a interdependncia ou separao dos trs poderes fundamentais de um Estado: o poder de governar (Executivo), o de julgar (Judicirio) e o de Legislar(fazer as leis e a Constituio-lei fundamental do pas_Legislativo).

Pgina 24 / 34

Aula Cincia Poltica

Texto I - Presidencialismo e Parlamentarismo

Regimes ou sistemas de governo so tcnicas que regem as relaes entre o Poder Legislativo e o Poder Executivo no exerccio das funes governamentais.

Ao estabelecer maior independncia ou maior colaborao entre eles, ou a combinao de ambos, d origem a trs sistemas bsicos:

Presidencialismo; Parlamentarismo e o Convencional ou de Assemblia.

Neste ltimo, ocorre o domnio do sistema poltico pela Assemblia, no havendo Executivo e nem Governo separado e, quando h um Chefe de Estado, ele apenas figura decorativa pois o governo mesmo exercido por uma Comisso da Assemblia. So exemplos deste sistema, os da Sua, Polnia, antiga URSS, etc.

Mas, o que predomina no mundo, de fato, so os sistemas presidencialista e parlamentarista.

Presidencialismo o regime de governo com as seguintes caractersticas: a) O Presidente da Repblica exerce plenamente o Poder Executivo, acumulando as funes de Chefe de Estado (pessoa jurdica de direito publico externo, i. , em relao aos Estados estrangeiros). Chefe de Governo e Chefe da Administrao Pblica (pessoa jurdica de direito pblico interno); no depende da confiana do Poder Legislativo nem mesmo para sua investidura e cumpre mandato por tempo determinado; b) Os ministros de Estado so simples auxiliares do Presidente da Repblica que tem poder para nome-los e exoner-los a qualquer tempo, sendo que cada um atua como se fosse chefe de um grande departamento administrativo; c) O eventual plano de governo, mesmo quando aprovado por lei, depende exclusivamente da coordenao do Presidente da Repblica que o executar ou no, bem ou mal, sem dar satisfao jurdica a outro Poder (salvo prestaes de contas financeiras ou oramentrias); d) sistema tpico das Repblicas; e) O Poder Legislativo (no nosso caso, Congresso Nacional, Assemblias Legislativas, Cmara Distrital e Cmaras de Vereadores) no est sujeito dissoluo e no Parlamento no sentido estrito, pois seus membros (embora chamados parlamentares) so eleitos pelo povo e por um perodo fixo de mandato; f) As relaes entre o Poder Executivo e o Legislativo so mais rgidas, prevalecendo o princpio da separao de poderes independentes e autnomos, embora possam ser harmnicos; g) Tanto o Presidente da Repblica, como os parlamentares representam o Poder Legislativo, so eleitos democraticamente pelo sufrgio universal. Assim, se houver um Presidente da Repblica que seja Ditador ou com evidente

Pgina 25 / 34

predominncia autoritria sobre os demais Poderes, ento o sistema passa a ser ditatorial e no mais presidencialista.

Parlamentarismo o sistema de governo com as seguintes caractersticas:

a) tpico das Monarquias Constitucionais, de onde se estendeu s Repblicas europias; b) O Poder Executivo se divide em duas partes: um Chefe de Estado (PJ de Dir. Pblico Externo), normalmente exercido pelo Monarca ou pelo Presidente da Repblica, e um Chefe de Governo exercido por um Primeiro Ministro ou Presidente do Conselho de Ministros; c) O Primeiro Ministro indicado ou mesmo nomeado pelo Presidente da Repblica, mas sua investidura definitiva, bem como sua permanncia posterior no cargo, depende da confiana da Cmara dos Deputados e s vezes at do prprio Senado; d) A aprovao do Primeiro Ministro e do seu Conselho de Ministros pela Cmara de Deputados se faz pela aprovao de um plano de governo a eles apresentado, de modo que a Cmara assume a responsabilidade de governo aprovando o plano e empenhando-se pelo mesmo perante o povo e) O governo assim exercido por um corpo coletivo orgnico de modo que as medidas governamentais implicam na atividade de todos os Ministros e seus ministrios; f) O Poder Legislativo assume no Parlamentarismo funes poltico governamentais mais amplas, transformando-se em Parlamento, na medida em que compreende tambm os membros do governo; g) O governo responsvel ante o Parlamento (Cmara dos Deputados), o que significa que o governo depende de seu apoio e confiana para governar; h) O Parlamento responsvel perante os eleitores, de sorte que a responsabilidade poltica se realiza do governo para com o Parlamento e deste para com o povo; assim, se o Parlamento retirar a confiana no governo, ele cai, exonera-se, porque no tem mandato, mas apenas investidura de confiana; i) Mas, em vez da exonerao dos membros do governo que perdeu a confiana do Parlamento, pode-se preferir apurar a confiana do povo e, ento, utiliza-se o mecanismo da dissoluo da Cmara, convocando-se eleies extraordinrias para formao de outro Parlamento em torno da mesma questo que gerou a crise que assim resolvida sem traumas.

Fonte: Jos Afonso da Silva, In Curso de Direito Constitucional Positivo 8a Edio Malheiros Editores So Paulo.

Pgina 26 / 34

Texto II - Presidencialismo e parlamentarismo

Nestas eleies (2002), vamos escolher um novo presidente para o pas. Isso porque o Brasil adota o sistema presidencialista.

Nesse regime, h trs poderes: o Executivo, o Legislativo e o Judicirio, exercidos, respectivamente, pelo presidente da Repblica, pelo Parlamento (no caso do Brasil, o Congresso Nacional) e pelo Supremo Tribunal ou Corte Suprema.

Toda a concepo do presidencialismo baseia-se na harmonia desses trs poderes. Nenhum pode impor-se ao outro ou tentar superar os demais. Para manter esse equilbrio, h um sistema de freios e contrapesos pelo qual um poder controla o outro e cada um depende dos outros dois.

o Parlamento (Legislativo) que aprova os projetos de lei, assim como o oramento que fixa as despesas. Com isso, controla o Executivo e o Judicirio. Mas o presidente da Repblica pode vetar o que foi aprovado pelo Congresso.

o presidente da Repblica (Executivo) que escolhe os nomes dos membros do Supremo Tribunal, controlando o Judicirio. Mas o Legislativo deve aprovar esses nomes, controlando o Executivo e o Judicirio. O Judicirio que julga a aplicao das leis, podendo at mesmo suspender sua execuo. Com isso, ele freia o Legislativo e o Executivo.

No presidencialismo, o chefe de Estado (que simboliza a Nao) e o chefe de governo (que dirige a administrao do pas) so a mesma pessoa. O presidente da Repblica chefe de Estado e chefe de governo.

No presidencialismo, o presidente e os parlamentares so escolhidos por um perodo de tempo fixo e determinado, geralmente quatro ou cinco anos. Salvo situaes excepcionais, uma vez eleitos, eles tm seu mandato garantido durante esse prazo.

Em um regime presidencialista, o Legislativo pode ser exercido apenas pela Cmara dos Deputados (sistema unicameral) ou por duas casas, a Cmara e o Senado (sistema bicameral).

Parlamentarismo

Pgina 27 / 34

No parlamentarismo, todo o poder concentra-se no Parlamento, que , de fato, o nico poder. Se o governo executivo discordar do Parlamento, a maioria dos deputados dissolve esse governo. A Justia no se ope ao Parlamento, at porque, em um sistema parlamentarista puro, a Constituio no rgida: se uma lei for considerada inconstitucional, o Parlamento simplesmente altera a Constituio. No Reino Unido, o exemplo mais puro de parlamentarismo, no h sequer uma Constituio escrita.

Em um regime parlamentarista, distingue-se o chefe de Estado do chefe do governo.

O chefe de Estado apenas simboliza a Nao, mas no tem poderes administrativos. Pode ser um monarca ou presidente escolhido pelo Parlamento ou eleito diretamente pelo povo. A rainha da Inglaterra, por exemplo, reina, mas no governa: ela apenas chefe de Estado. O chefe do governo quem governa e administra. Ele sempre escolhido pelo Parlamento, que pode destitu-lo.

Aps as eleies, o partido poltico ou a coligao que teve a maioria dos votos escolhe um primeiro-ministro e os que vo ocupar os diferentes ministrios e levam esses nomes ao chefe de Estado, que os submete ao Parlamento.

Se os nomes forem aprovados pela maioria, esse ministrio ou gabinete empossado e governa at que haja novas eleies (quatro ou cinco anos depois) ou que perca a confiana da maioria parlamentar.

Se a maioria, em algum momento, discordar do gabinete, vota uma moo de desconfiana e o governo cai. A maioria vitoriosa no Parlamento indica ao chefe de Estado o nome dos novos ministros, que so submetidos votao. Se forem aprovados, comeam a governar; se no forem, novos ministros tm de ser escolhidos at que o gabinete indicado tenha o apoio da maioria dos deputados.

Se a maioria aprovar uma moo de desconfiana contra o gabinete, mas o primeiro-ministro achar que ele representa a vontade da maioria do povo, dissolve-se o Parlamento e realizam-se eleies imediatamente (prazo de poucas semanas). O povo ento decide a quem d maioria. Se ele der maioria aos partidrios do gabinete, este se mantm. Se der aos seus adversrios, cai o governo, e seus oponentes submetem ao Parlamento um novo ministrio.

No parlamentarismo, o Executivo um mero delegado da maioria parlamentar. Em um regime parlamentarista puro, s parlamentares podem ser ministros, e eles comparecem normalmente s sesses do

Pgina 28 / 34

Parlamento, dando contas de sua atuao e sendo interpelados por seus pares.

As funes parlamentares so exercidas em sua plenitude por uma casa legislativa que se pode chamar, por exemplo, de Cmara dos Deputados, Parlamento, Cmara dos Comuns (Reino Unido) ou Assemblia Nacional (Frana). Esse poder no pode ser dividido com outra casa legislativa que no tenha as caractersticas populares do Parlamento. No Reino Unido, por exemplo, existe a Cmara dos Lordes, mas suas funes so praticamente decorativas na elaborao das leis. Os lordes no destituem gabinetes.

Mas na realidade...

So muito raros os sistemas parlamentaristas puros, que subsistiram, sobretudo, nas Monarquias (Reino Unido, Sucia, Holanda, etc.).

Na Frana, por exemplo, embora o regime seja chamado de parlamentarista, o chefe de Estado (presidente da Repblica) tem vrias funes de governo, s vezes at superiores s do primeiro-ministro. O poder dividido entre os dois.

No Brasil, as formas de parlamentarismo sempre foram impuras. Na Monarquia, tnhamos um regime parlamentarista, mas o imperador dispunha do "Poder Moderador", o que lhe permitia at nomear primeiros-ministros que no dispusessem do apoio da maioria parlamentar.

Em 1962, tentou-se criar um sistema parlamentarista, com Joo Goulart como presidente da Repblica. O sistema nunca funcionou porque o presidente era quem indicava ao Parlamento o nome do primeiro-ministro. Os chefes de governo que o presidente indicava eram seus aliados polticos, e a direo do pas, na prtica, continuava nas mos do chefe de Estado. Foi realizado um plebiscito e o povo resolveu voltar ao presidencialismo.

A Constituio de 1988 presidencialista, mas repleta de instituies parlamentaristas.

Quando a Constituinte comeou a votar a Constituio, pensava-se em estabelecer o regime parlamentarista, e vrios artigos foram votados com esse esprito. Depois, aprovou-se o presidencialismo, mas aqueles artigos j estavam na Constituio.

O presidencialismo produz um gabinete, personificado no presidente, com prazo de validade definido. Chova ou faa sol, o mandato

Pgina 29 / 34

aquele. Apenas depois de quatro ou cinco anos, a sociedade vai discutir novamente a quem ser passado o basto. Nesse nterim, o mundo d voltas, crises surgem e se dissipam, so bem ou mal enfrentadas, governos mantm ou perdem legitimidade e o eleitor muda de opinio. Se o pas presidencialista, nada disso importa. O governo permanece, mesmo fraco, at a data da prxima eleio. No mximo, em caso de crise grave, h renncia do presidente, como aconteceu recentemente na Argentina, com Fernando De La Rua, ou durante o impeachment do ex-presidente do Brasil Fernando Collor de Melo.

No parlamentarismo, quando h problemas, o governo simplesmente cai. Cabe aos congressistas formar uma nova maioria, com um novo governo. Quando no conseguem, o prprio Congresso dissolvido, e eleies so antecipadas. O sistema permite que governos considerados bons durem o necessrio e que os duvidosos terminem antes do prazo previsto.

Plebiscito

A Constituio de 1988 determinou que a forma (Monarquia ou Repblica) e o sistema de governo (presidencialismo ou parlamentarismo) deveriam ser escolhidos pelo prprio povo. Em 21 de abril de 1993, 67,01 milhes de brasileiros foram s urnas em todo o pas. Nesse plebiscito, a Repblica foi escolhida por 44,26 milhes de eleitores (66,06%), enquanto a Monarquia teve apenas 6,84 milhes (10,21%). Os votos brancos e nulos somaram 23,73%. Para o sistema de governo, o presidencialismo recebeu 55,45%, contra 24,65% do parlamentarismo. Os 19,9% restantes foram de votos brancos e nulos.

Fonte: http://www.educacional.com.br/reportagens/eleicoes2002/presidencialismo.asp Acesso em 14/09/2007

Texto II-Parlamentarismo e Presidencialismo

1 - INTRODUO:

Sabemos que o conceito de Estado muito complexo e admite vrias definies. consenso que trs so os elementos formadores do Estado: Populao, Territrio e Governo. Cada Estado organiza o seu governo, que so as decises polticas que mantm a ordem social dos indivduos do Estado. Nesse trabalho vamos apresentar algumas definies de Formas de Estado, Formas de Governo e Sistemas de Governo. A

Pgina 30 / 34

partir da poderemos elucidar algumas dvidas mais pertinentes organizao do Estado.

2 - FORMAS DE ESTADO:

Cada Estado adota certas idias como princpios norteadores da vida comunitria. Na base da organizao estatal teremos sempre uma ideologia poltica, isto , um conjunto sistematizado de idias. Definimos Regime Poltico como o modo pelo qual cada Estado se organiza e se orienta de acordo com determinada ideologia. Como Formas de Estado temos basicamente dois tipos: Estado Democrtico e Estado Totalitrio.

Estado Democrtico: O Estado Democrtico aquele que adota como princpios a participao poltica dos cidados nas decises governamentais e a primazia do bem comum e dos interesses individuais. Tem como caractersticas a existncia de voto universal ou censitrio, governo geralmente com Trs poderes independentes ( Executivo, Legislativo e Judicirio). Possui tambm sistema representativo que decide, teoricamente com base no voto popular, as decises governamentais. Todos os pases modernos adotam essa filosofia democrtica como forma de governo.

Estado totalitrio: o Estado que adota como princpio a vontade soberana do governante sobre o interesse comum. O Estado totalitrio faz do Estado um fim em si mesmo e as pessoas s tm valor quando servem aos interesses do Estado. O interesse coletivo anula o indivduo e reduz ao mximo a participao popular nas decises governamentais. A centralizao do poder uma caracterstica marcante. Os exemplos mais famosos no mundo moderno so o nazismo alemo , o fascismo italiano, o comunismo chins e o socialismo utpico de Fidel Castro em Cuba.

Estados unitrios e federados: Dentro dos conceitos de Estado democrtico ou totalitrio podemos definir como Estado unitrio aquele em que h um s Legislativo, um s Executivo e um s Judicirio para todo o territrio. Como Estado Federado temos aquele em que h divises poltico-administrativas, com certa autonomia para cuidar dos interesses regionais.

3 - FORMAS DE GOVERNO:

O Estado pode exercer o poder de vrias maneiras. Da, a grande diversidade de formas governamentais. Alguns autores adotam a classificao de Aristteles ( monarquia, aristocracia e democracia) outros preferem a definio de Maquiavel ( monarquia e repblica). O sentido exato e o alcance de cada desses termos outro problema sobre o qual ainda no se teve acordo. Cremos que a questo prende-se a definio dos seguintes pontos:

1) Quem governa?

2) Com que direito governa?

3) De que modo governa?

Pgina 31 / 34

MONARQUIA: a forma de governo, em que o cargo de chefe de Estado hereditrio e vitalcio. o caso de pases como Inglaterra e Espanha. A Monarquia uma forma muito antiga de governo tendo suas origens j no Egito Antigo e teve seu apogeu na Idade Mdia com o poder central dos reis Europeus. Aps a Revoluo Gloriosa na Inglaterra e a Revoluo Francesa teve modificaes significativas em sua estrutura, principalmente retirando poderes dos reis e reduzindo sua atuao como mandatrio.

REPBLICA: a forma de governo em que o cargo de chefe de Estado eletivo e peridico. Repblica quer dizer res pblica ou coisa pblica. Com o declnio da monarquia e a ascenso dos interesses burgueses na Europa, os Estado comearam a eleger governantes, tornando a participao popular nas deciso governamentais mais ativas. Pases como Brasil, EUA, Frana e outros adotam a Repblica como forma de governo.

4 - SISTEMAS DE GOVERNOS:

Geralmente na distribuio de poder do Estado o Judicirio tem seus limites bem definidos, o que no ocorre com o Legistlativo e o Executivo, pois suas reas de atuao se interpenetram frequentemente. Podemos ter ento sistemas diferenciados em cada pas. Os dois principais so Presidencialismo e Parlamentarismo.

Vamos adotar uma tabela para melhor identificar as caractersticas de cada sistema.

NO PRESIDENCIALISMO

a. O sistema s pode ser usado em repblicas

b. O chefe de estado(presidente) o chefe de governo e portanto tem plena responsabilidade poltica e amplas atribuies.

c. O chefe de governo o presidente eleito pelo povo, direta ou indiretamente. Fica no cargo por tempo determinado, previsto na Constituio.

d. O poder executivo exercido pelo presidente da Repblica auxiliado pelos ministros de estado que so livremente escolhidos pelo presidente. A responsabilidade dos ministros relativa confiana do presidente.

e. Adotado no Brasil, nos EUA, Mxico.

NO PARLAMENTARISMO

a. O sistema pode ser usado em monarquias ou repblicas.

b. O chefe de Estado ( rei ou presidente) no o chefe de governo e portanto no tem responsabilidade poltica. Suas funes so restritas.

c. O chefe de governo o premier ou primeiro ministro, indicado pelo chefe de Estado e escolhido pelos representantes do povo. Fica no cargo enquanto tiver a confiana do Parlamento.

Pgina 32 / 34

d. O poder Executivo exercido pelo Gabinete dos Ministros. Os Ministros de Estado so indicados pelo premier e so aprovados pelo parlamento. Sua responsabilidade solidria; se um sair todos saem em tese

e. o caso de Inglaterra, Frana, Alemanha.

O sistema parlamentarista e o sistema presidencialista s se aplicam em regimes democrticos, sejam monarquias ou repblicas. No so aplicados em ditaduras. Em carter excepcional podemos encontrar modelos alternativos como os diretrios encontrados na Suia.

5 - O CASO DO BRASIL:

Tivemos o parlamentarismo no Brasil na fase final do Imprio( 1847-1889. Na Repblica, vigorou o presidencialismo, com exceo de um curto perodo de tempo ( setembro de 1961 a janeiro de 1963), em que o parlamentarismo foi adotado como soluo para a crise poltica consecutiva `renncia do presidente Jnio Quadros. Em 1993 tivemos um plebiscito nacional, como exigncia da Constituio de 1988, e o povo votou pela manuteno do presidencialismo como sistema de governo.

6 - CONCLUSO:

Aps definirmos todas essas caractersticas polticas adotadas pelos Estados estamos em condies de afirmar que a despeito de todas as diferenas, os Estados procuram sempre a organizao da sociedade e a busca da justia social. Ao analisarmos cada Estado devemos identificar qual a sua ideologia e qual seus objetivos polticos atravs das definies acima.

7 - BIBLIOGRAFIA:

1- DAMASCENO, Duarte. Conjuntura em OSPB. So Paulo: Editora L, 1985.

2- MALUF, Sahid. Teoria Geral do Estado. So Paulo: Editora

3- Saraiva, 1992.

Fonhttp://doutrina.linear.nom.br/doutrina/Doutrina_Parlamentarismo%20e%20Presidencialismo.htmte: Acesso em: 14/09/2007

III-Atividades Em grupo, responda s seguintes questes:

1. O que so sistemas de governo e quais as relaes que existem com os poderes polticos constitucionais de um Estado?

2. Caracterize o sistema presidencialista de governo. 3. Caracterize o sistema parlamentarista de governo. 4. O Parlamentarismo um regime no qual a doutrina da tripartio dos

poderes de Montesquieu no observada?Em caso afirmativo, fundamente.

5. Na sua opinio, qual o melhor sistema de governo e por qu?

Pgina 33 / 34

Pgina 34 / 34

Documents

Ciencia politica aplica ao doreito - marcio.pdf