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11/10/2011 1 ProfªCátia Bethonico Domicílio Civil Profª Cátia Bethonico ProfªCátia Bethonico Domicílio Para o direito romano, domicílio era o lugar onde a pessoa se estabelecia permanentemente. DOMUS = CASA Para o direito moderno, toda pessoa deve ter um lugar que seja considerado a sede central de seus negócios. ProfªCátia Bethonico Domicílio Logo, o domicílio é fundamental para todos os ramos do Direito, em especial o Direito Processual Civil, que regulamenta o foro competente. Como regra geral, o foro competente é o domicílio do réu (art. 94, CPC). No direito internacional privado, é a lei do domicílio que regula o estado, a capacidade das pessoas, o nome e o direito de família (LICC, art. 7º)

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Profª Cátia Bethonico

Domicílio Civil

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Profª Cátia Bethonico

Domicílio

• Para o direito romano, domicílio era o lugar onde a pessoa se estabelecia permanentemente.

– DOMUS = CASA

• Para o direito moderno, toda pessoa deve ter um lugar que seja considerado a sede central de seus negócios.

Profª Cátia Bethonico

Domicílio

• Logo, o domicílio é fundamental para todos os ramos do Direito, em especial o Direito Processual Civil, que regulamenta o foro competente.

– Como regra geral, o foro competente é o domicílio do réu (art. 94, CPC).

• No direito internacional privado, é a lei do domicílio que regula o estado, a capacidade das pessoas, o nome e o direito de família (LICC, art. 7º)

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Conceito de Domicílio

Domicílio civil da pessoa natural é o lugar onde estabelece residência com ânimo definitivo,

convertendo-o, em regra, em centro principal de seus negócios jurídicos ou de sua atividade

profissional. (Pablo e Rodolfo)

Vide arts. 70 e 72 do Código Civil

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Domicílio, residência e morada

• Morada é o lugar onde a pessoa natural se estabelece provisoriamente. É diferente da estadia, que pode ser considerada habitação.

• Residência pressupõe mais estabilidade, ou seja, é o lugar onde a pessoa natural se estabelece habitualmente. É uma sede estável da pessoa.

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Domicílio, residência e morada

• O conceito de domicílio abrange os conceitos de residência e de morada.

• Por isso, para o domicílio é fundamental o propósito de permanecer (animus manendi), pois isso converte aquele local em sua sede ou centro de suas atividades.

• As características do domicílio são a fixidez e a necessidade.

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Elementos do domicílio

• Objetivo– O ato de fixação em determinado local.

• Subjetivo– O ânimo definitivo de permanência.

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Domicílio, residência e morada

• Ainda, a pessoa pode residir em vários locais e escolher um como o centro principal de suas atividades, ou seja, como domicílio.

• É diferente da pessoa que tem várias residências e vive alternadamente em cada uma delas, impedindo que uma seja o local principal de suas atividades. Nesses casos, qualquer um dos locais pode ser considerado o domicílio (art. 71, CC)

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Domicílio profissional

• O art. 72 do Código Civil dispõe sobre o instituto, determinando que “é também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida.”

• Ainda: se a pessoa exercer a profissão em lugares diversos, cada um deles pode ser considerado domicílio profissional.

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Domicílio aparente ou ocasional

• Conforme dispõe o art. 73 do CC, será considerado domicílio o lugar em que se encontra a pessoa. (vide § 2º do art. 94, CPC)

• O domicílio aparente existe para os casos em que a pessoa não tenha residência habitual.

• Logo, se encontrada em um local onde criou uma aparência de domicílio, neste local poderá ser demandada judicialmente.

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Domicílio da pessoa jurídica

• Como regra geral, a sede indicada pelo contrato social/estatuto/ato constitutivo é considerado o domicílio da pessoa jurídica. É considerado um domicílio especial.

• No caso em que o ato constitutivo não delimitar o domicílio, este será o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações.

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Domicílio da pessoa jurídica

• Nos casos de possuir muitas filiais, será domicílio cada uma delas. (art. 75 do CC e Súmula 363 do STF).

• As pessoas jurídicas de direito público tem domicílio previsto em lei. (art. 75 do CC).

• O inciso I do art. 99 do CPC estipula que a União aforará suas causas na capital do Estado ou do Território em que tiver domicílio a outra parte.

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Espécies de domicílio

• Voluntário

– É o mais comum, pois deriva do ato de vontade do indivíduo.

• Legal ou necessário

– Decorre de mandamento legal. Exemplos: o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo. (vide art. 76, do Código Civil)

• De eleição

– Decorre do ajuste entre as partes de um contrato. (art. 78, CC e art. 111, CPC)

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Importante: em razão da desigualdade econômica entre as partes, nos contratos de

consumo, é ilegal cláusula que estabeleça que o foro de eleição beneficia o fornecedor do produto ou serviço, pois viola o art. 51, IV,

do CDC

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BENS JURÍDICOS

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Conceitos de bem jurídico

“(...) os bens jurídicos podem ser definidos como toda a utilidade física ou ideal, que seja objeto de um direito subjetivo.”

(Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona)

Os autores explicam que, a todo direito subjetivo

(faculdade de agir do sujeito) deverá corresponder um determinado bem jurídico.

Ainda, “bem jurídico é a utilidade, física ou imaterial, objeto de uma relação jurídica, seja pessoal ou real.”

(Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona)

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Conceitos de bem jurídico

“(...) bens são valores materiais ou imateriais que servem de objeto a uma relação jurídica.”

(Clóvis Beviláqua, citado por Carlos Roberto Gonçalves)

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Conceitos de bem jurídico

Objeto de direitos–Prestação jurídica

–Bem jurídico lato sensu

• Bens jurídicos imateriais

• Coisas (bens jurídicos materializados)

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Bem X Coisa

• Não há consenso, em nossa doutrina pátria, do conceito de coisa e de bem.

• A doutrina mais moderna segue uma linha raciocínio, indicada pelo Código Civil, entendendo que:– Coisa diz respeito aos objetos corpóreos, identificando o

vocábulo com algo material;

– Bem é uma palavra que, juridicamente, compreende os objetos corpóreos ou materiais (coisas) e os ideais (bens imateriais).

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Bem X Coisa

“Bens, portanto, são coisas materiais, concretas, úteis ao homem e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação, bem como as de existência imaterial

economicamente apreciáveis”(Carlos Roberto Gonçalves)

Importante: existem bens jurídicos que não são coisas: a liberdade, a honra, a

integridade moral, a imagem, a vida.

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Bem X Coisa

• Existem alguns bens que são insuscetíveis de apropriação pelo homem, como o ar atmosférico, o mar, etc. Elas são chamadas de coisas comuns, e não podem ser objeto de relações jurídicas.

• As coisas sem dono (res nullius), porque nunca foram apropriadas (caça solta, peixes, etc.), podem sê-lo, pois estão à disposição de quem as encontrar ou apanhar.

• A coisa móvel abandonada (res derelicta) foi objeto de relação jurídica, mas o seu titular a lançou fora, com a intenção de não mais tê-la para si. Nesse caso, pode ser apropriada por outra pessoa.

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Patrimônio Jurídico

• A ideia de patrimônio engloba toda a gama de relações jurídicas (direitos e obrigações de crédito e de débito) valoráveis economicamente de uma pessoa, natural ou ideal.

• O patrimônio pode ser líquido (conjunto de bens e créditos, deduzidos os débitos), quanto bruto(conjunto de relações jurídicas sem essa dedução). Neste compreende-se o ativo (conjunto de direitos) e o passivo (conjunto de obrigações).

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Patrimônio Jurídico

A noção de patrimônio não se descaracteriza se os débitos forem maiores que os créditos, pois o patrimônio exprimirá sempre um valor

pecuniário, seja positivo ou negativo.

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Classificação dos Bens Jurídicos

• Bens considerados em si mesmos�Bens móveis e imóveis

�Bens fungíveis e infungíveis

�Bens consumíveis e inconsumíveis

�Divisíveis e indivisíveis

�Bens singulares e coletivos

• Bens reciprocamente considerados�Bens principais e bens acessórios

• Bens públicos e particulares

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens corpóreos e incorpóreos

�Bens corpóreos são os que possuem existência material, perceptíveis pelos nossos sentidos, como os móveis (livros, jóias, etc) e imóveis (terrenos, etc);

�Bens incorpóreos são abstratos, de visualização ideal; possuem apenas existência jurídica, mas com valor econômico, como o direito autoral, o crédito, a sucessão, etc.

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens imóveis e móveis– Bens imóveis são aqueles que não podem ser

transportados de um lugar para outro sem alteração de sua substância (um lote urbano, por exemplo);

– Bens móveis são os passíveis de deslocamento, sem quebra ou fratura (um computador, por exemplo).

�Os bens suscetíveis de movimento próprio, enquadráveis na noção de móveis, são chamados de semoventes (um animal de tração, p. ex.)

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Classificação dos Bens Imóveis

• Imóveis por sua própria natureza� são o solo e tudo quanto lhe incorporar natural ou

artificialmente (art. 79 do CC)

� Esse conceito compreende tudo aquilo a si incorporado pela própria natureza (ex.: jazidas minerais), bem como a sua extensão vertical (o espaço aéreo e o subsolo).

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Classificação dos Bens Imóveis

• Imóveis por acessão física, industrial ou artificial

�É tudo o quanto o homem incorporar permanentemente ao solo (ex.: semente lançada ao solo, os edifícios e as construções), de modo que não o possa retirar sem destruição do dano (art. 79 do CC)

�Acessão = incorporação, união física com aumento de volume da coisa principal

�Os bens móveis incorporados intencionalmente ao solo adquirem a sua natureza imobiliária.

�Vide art. 81, I e II, do Código Civil

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Classificação dos Bens Imóveis

• Imóveis por acessão intelectual�São os bens que o proprietário intencionalmente

destina e mantém no imóvel para exploração industrial, aformoseamento ou comodidade

�Exemplos: maquinários agrícolas, aparelhos de ar condicionado, escadas de emergência

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Classificação dos Bens Imóveis

• Imóveis por determinação legal�São bens incorpóreos (imateriais / direitos), que não

são, em si, móveis ou imóveis; porém o legislador o considera imóvel.

�São direitos vários a que, por circunstâncias especiais, a lei atribui a condição de imóveis.

�São eles: os direitos reais sobre imóveis, de gozo (servidão, usufruto, etc.) ou de garantia (penhor, hipoteca)

�Toda e qualquer ação que lhes diga respeito exige o registro competente (art. 1227, CC), além de autorização do cônjuge (art. 1747, I, CC)

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Classificação dos Bens Imóveis

• Considerações sobre a natureza imobiliária do direito à sucessão aberta�Regra geral, após a abertura da sucessão (a morte do

sucedido) opera, de imediato, a transferência dos bens da herança aos herdeiros legítimos e testamentários (art. 1784, CC)

�O direito abstrato à sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens do de cujus sejam todos móveis. Logo, é o direito à herança que é imóvel, e não os bens que a compõe.

�Assim sendo, a renúncia a herança é renúncia de imóvel, devendo ser feita por escritura pública ou termo nos autos (art. 1806, CC), mediante autorização do cônjuge, se casado o renunciante.

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Classificação dos Bens Móveis

• Móveis por sua própria natureza�São aqueles que, sem deterioração de sua

substância, podem ser transportados de um local para outro, mediante emprego de força alheia.

�Exemplos: objetos pessoais em geral

• Móveis por antecipação�São bens que, embora incorporados ao solo, são

destinados a serem destacados e convertidos em móveis (ex.: árvores destinadas ao corte)

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Classificação dos Bens Móveis

• Móveis por determinação legal� São bens imateriais, que adquirem essa qualidade

jurídica por disposição legal.

�Podem ser cedidos, independentemente de outorga uxória ou autorização marital.

�São eles: o fundo de comércio, as quotas e ações de sociedades mercantis, os créditos em geral.

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Classificação dos Bens Móveis

• Os semoventes�São os bens que se movem de um lugar para outro,

por movimento próprio, como é o caso dos animais.

�Sua disciplina jurídica é a mesma dos bens móveis por sua própria natureza, sendo-lhes aplicáveis todas as suas regras correspondentes (art. 82 do CC)

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens fungíveis e infungíveis (art. 85, CC)– Bens fungíveis são aqueles que podem ser

substituídos por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade.

– Bens infungíveis são aqueles de natureza insubstituível.

�A fungibilidade decorre da natureza do bem, mas a vontade das partes pode tornar um bem fungível em infungível.

� fungíveis – contrato de mútuo / infungíveis – contrato de comodato.

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens consumíveis e inconsumíveis

– Bens consumíveis são os bens móveis cujo uso importa imediata destruição da própria substância, além daqueles destinados à alienação.

– Bens inconsumíveis são aqueles que suportam uso continuado, sem prejuízo do seu perecimento progressivo e natural. �O caráter econômico é levado em consideração.

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens divisíveis e indivisíveis

– Bens divisíveis são aqueles que podem ser repartidos em porções reais e distintas, formando cada uma delas um todo perfeito (vide art. 87, CC)

– Caso contrário, teremos um bem indivisível:• Por determinação legal (o módulo rural, a servidão)

• Por convenção

• Por sua própria natureza (um animal)

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“(...) a distinção entre bens divisíveis e indivisíveis aplica-se às obrigações e aos direitos. A regra dominante para as obrigações é que, mesmo

quando a prestação é divisível, o credor não pode ser compelido a receber por partes, se assim não

convencionou. Se a prestação for indivisível e houver pluralidade de devedores, cada qual será

obrigado pela dívida toda”(Orlando Gomes)

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Bens considerados em si mesmos(arts. 79 a 91 do Código Civil)

• Bens singulares e coletivos

– Bens singulares são coisas consideradas em sua individualidade, representada por uma unidade autônoma e, por isso, distinta de quaisquer outras.• Simples: quando seus componentes/partes encontram-

se ligados naturalmente (árvore, cachorro)

• Compostas: quando a coesão de seus componentes decorre de engenho humano (avião, relógio)

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• Bens singulares e coletivos

– Bens coletivos são os que, sendo compostos de várias coisas singulares, são considerados em conjunto, formando um todo homogêneo (uma floresta, uma biblioteca)�As coisas coletivas formam universalidades de fato

ou de direito.

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Bens reciprocamente considerados (arts. 92 a 97 do Código Civil)

• Bens jurídicos principais

– São bens que tem existência própria, autônoma, por si.

• Bens jurídicos acessórios

– São bens no qual a sua existência depende do bem principal.• Exemplo: o solo é principal e a árvore é acessório.

• Vide o art. 92 do Código Civil.

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Classificação dos Bens Acessórios

• Os frutos• São as utilidades que uma coisa periodicamente

produz. Nascem e renascem da coisa, sem lhe destruir no todo ou em parte.

• Caracterizam-se por: a) periodicidade; b) inalterabilidade da substância da coisa principal; c) separabilidade desta.

• Dividem-se:– Naturais (frutos de uma árvore)

– Industriais (produção de uma fábrica)

– Civis (aluguel; juros)

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Classificação dos Bens Acessórios

• Os produtos• São as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-

lhe a quantidade, porque não se produzem periodicamente.

• Exemplos: pedras, minério, petróleo

• As pertenças• São bens móveis que, não constituindo partes

integrantes do bem, estão afetados por forma duradoura ao serviço ou ornamentação de outro.

• Vide os arts. 93 e 94 do Código Civil

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Classificação dos Bens Acessórios

• As benfeitorias• São melhoramentos feitos à coisa (art. 96, CC)

• Classificam-se em 3 tipos/grupos:– Despesas ou benfeitorias necessárias

– Despesas ou benfeitorias úteis

– Despesas ou benfeitorias de luxo

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Bens Públicos e Particulares

• São públicos os bens que pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno e, todos os outros são bens particulares, independentemente de quem seja a pessoa.

• O conceito encontra-se no art. 98 do CC.

• Os bens públicos podem ser (art. 99, CC):– Bens de uso comum do povo

– Bens de uso especial

– Bens dominicais

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Bem de família

• Bem de Família, é o imóvel, urbano ou rural,

destinado pelo "chefe de família”, ou com o

consentimento deste, mediante escritura pública, a

servir como domicílio da sociedade doméstica, com a

cláusula de impenhorabilidade.

• Esse conceito de Bem de Família se baseia em disposições de três

diplomas básicos onde a matéria está regulada, a saber: no Código Civil

(artigos 1.711 a 1.722), anteriormente nos artigos 70 a 73 do CC de 1916,

na Lei de Proteção à Família, no Decreto-lei nº 3.200, de 19 de abril de

1941 (artigo 2º), e no Código de Processo Civil de 1939 (artigo 647) e de

1973 (artigo 1.218, VI).

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Bem de família

• O Bem de Família, apesar de isento de execução por

dívidas, não é inalienável de modo absoluto, senão

relativo. Na verdade, conforme o que dispõe o artigo

1.717 do Código Civil, "o prédio e os valores

mobiliários, constituídos como bem da família, não

podem ter destino diverso do previsto no art. 1.712

ou serem alienados sem o consentimento dos

interessados e seus representantes legais, ouvido o

Ministério Público".

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Coisas fora do comércio

• Coisas do comércio = são as que se pode,m comprar, vender, trocar, doar, dar, alugar, emprestar, etc.

Logo, coisas fora do comércio são

aquelas que não podem ser objetos de relações jurídicas acima.

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Coisas fora do comércio

• São eles:– Naturalmente inapropriáveis: insuscetíveis de

apropriação pelo homem

– Legalmente inalienáveis: bens públicos de uso comum e de uso especial, bens de incapazes, bens de fundações, lotes rurais (especificados no art. 10, § 2º, da Lei n. 4.947/66), bens de família (art. 1.711, CC), bens tombados, terras ocupadas pelos índios (CF, art. 231, § 4º)

– Indisponíveis pela vontade humana: os em testamento ou doados, com cláusula de inalienabilidade (CC, arts. 1848 e 1911)