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CLIPPING DE 06/07/2017
- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa
Mesmo na corda bamba, o governo deu início ontem à maior reforma do
setor elétrico desde 2012, quando a ex-presidente Dilma .............................
- Um terço dos aposentados precoces trabalha
Um em cada três aposentados com menos de 60 anos no Brasil continua
trabalhando. Dados da Pesquisa ...................................................................
- Risco de uma guerra global do aço paira sobre
cúpula do G-20
China e EUA protagonizam novo confronto sobre o comércio de aço, na
preparação do G-20 que, se prosseguir ........................................................
- O problema é a receita e não o teto
Em 2018, o espaço orçamentário que o governo terá para aumentar o
gasto, na comparação com este ano, pode ultrapassar ................................
- MME enfrenta resistências para testar exploração
não convencional de óleo e gás
De volta à pauta do governo, a exploração não convencional de óleo e gás
sofreu um novo revés na Justiça. Enquanto o Ministério ...............................
- Maduro retira o pouco poder que restava às
oposições
A crise venezuelana caminha para um ponto de não retorno. Se o governo
de Nicolás Maduro levar até o fim a eleição de .............................................
- O futuro da indústria
Murchou, infelizmente, a esperança de retomada firme da economia. As
expectativas de crescimento do PIB ..............................................................
- Governo avalia futuro da Transnordestina
O futuro da Transnordestina deverá ser traçado em meados de agosto. É
quando um grupo de trabalho montado .........................................................
- Robotizada, usina revela nova cultura da Gerdau
A temperatura está próxima de 1.565 graus Celsius e o local é fechado.
Máquinas do tamanho de um edifício de dois andares ..................................
- Brasil Brokers espera mais negócios no 2º semestre
A Brasil Brokers segunda maior rede de imobiliárias do país avalia que há
sinais de que o fechamento ...........................................................................
- Petrobras pode exportar derivados do Comperj
Parte da produção futura de combustíveis da refinaria do Comperj, em
Itaboraí (RJ), será exportada, caso a Petrobras e a chinesa .........................
- Já pensou num plano B para sua carreira?
Especialista aponta qual o melhor momento para repensar sua vida
profissional .....................................................................................................
- Comissão prevê mais de 40 horas de debate sobre
denúncia contra Temer
Na próxima segunda-feira, o relator Sergio Zveiter deve apresentar seu
parecer ...........................................................................................................
- BC vai divulgar conteúdo dos votos das reuniões da
diretoria
Iniciativa estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI) .....................
- Temer mantém acordo e pagará 13º de aposentados
e pensionistas em agosto
Em conversa com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da
Força (SD-SP), na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer
prometeu manter o acordo .............................................................................
- Comissão aprova adiamento da reoneração da folha
para janeiro
MP será analisada ainda pelos plenários da Câmara e do Senado ..............
- Pesquisa mostra que 25% dos brasileiros tiveram
crédito negado em maio
A crise afeta a capacidade de compras dos brasileiros e 25% dos
consumidores tiveram crédito negado ...........................................................
- Dólar sobe 0,30% e vale R$ 3,32, antes da ata do Fed
Ibovespa cai 0,22%, mas ações da Eletrobras disparam com rumor de
venda de ativos ..............................................................................................
- Cenários alternativos e uma articulação ausente
Quem valoriza a política, faz política, dedica-se a estudá-la, gosta de
acompanhá-la ou simplesmente sofre ...........................................................
- Desemprego e política prejudicam perspectivas para
reforma da Previdência, diz Fitch
Agência de classificação de risco entende que aproximação das eleições
de 2018 pode reduzir a janela política para as reformas ...............................
- Inflação das 20 maiores economias do mundo cai
pelo quarto mês seguido
A inflação de todas as economias desenvolvidas também caiu em maio e
atingiu seu nível mais baixo neste ano ..........................................................
- Fim da „guerra fiscal‟ avança no Senado
Projeto passou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos e agora
segue para votação no Plenário ....................................................................
- Veja o voto de cada senador no pedido de urgência
para a reforma trabalhista
Requerimento acelerou tramitação de proposta que muda 100 pontos na
CLT; votação final será na próxima semana ..................................................
- E AGORA, TODO MUNDO?
Analisando o momento brasileiro, o setor de seguros teve um desempenho
positivo, mas há mais a se considerar... ........................................................
- GASODUTO FORÇA SIBERIANA VAI COMEÇAR A
ENTREGAR O GÁS PARA CHINA NO FIM DE 2019
A entrega de gás russo à China através do gigantesco gasoduto ―Força
Siberiana‖ deve começar ...............................................................................
- MIT CRIA VANT QUE USA GÁS NATURAL COM UMA
AUTONOMIA DE TRÊS DIAS
O tempo de autonomia tem sido um grande desafio para os aviões não
tripulados de ..................................................................................................
- ANP COMEÇA CONSULTA PÚBLICA SOBRE PRÉ-
EDITAIS DAS RODADAS DE LICITAÇÕES DE
PARTILHA DO PRÉ-SAL
A ANP começou a realizar hoje(5) a consulta pública relativa aos pré-
editais e minutas ............................................................................................
- RÚSSIA E VIETNÃ ASSINAM ACORDO DE
COOPERAÇÃO NUCLEAR, MAS NÃO PREVÊ
CONSTRUÇÃO DE USINAS NUCLEARES
A Rússia assinou um memorando de entendimento com o Vietnã para um
um projeto de cooperação .............................................................................
- SIEMENS INVESTE R$ 10 MILHÕES EM MÁQUINA
PARA MELHORAR PERFORMANCE DE SUA FÁBRICA
DE TURBINAS
A Siemens do Brasil investiu R$ 10 milhões em uma nova Mandrilhadora
para modernizar .............................................................................................
- REGNIER FECHA CONTRATO COM EMPRESA DO
MERCADO DE FPSOS E PLANEJA EXPANSÃO
TERRITORIAL NO BRASIL
O momento de crise da nossa economia não assustou a fabricante
francesa de cilindros hidráulicos ....................................................................
- Vai de hoje (05) até 21 de julho consulta pública
relativa aos pré-editais e minutas dos contratos das 2ª
e 3ª Rodadas
A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocambustíveis (ANP) realiza
entre hoje (5/7) e 21 de julho a consulta ........................................................
- Brent estabiliza próximo dos US$ 50
O Brent aumentou por nove dias seguidos e é o maior período de ganhos
desde julho de 2009. .....................................................................................
- Emprego reaquece e cria 73 mil novas vagas em
maio para candidatos jovens
O mercado de trabalho para os jovens está reaquecendo e novas
oportunidades de emprego estão surgindo ....................................................
- Odebrecht Agro comemora 10 anos de atuação
A diretoria da UDOP parabeniza a Odebrecht Agroindustrial pela
comemoração de seus 10 anos de atuação, ocorrida ...................................
- Rio Amazonas: Global Water Summit incentiva
diálogo intersetorial e voltado para ação
Foi navegando pelo Rio Amazonas, uma das principais bacias de água de
doce do país, que representantes da sociedade ...........................................
- Santander vai lançar estratégia para crédito
imobiliário com juro abaixo de 10% e processo pelo
Objetivo do aplicativo é reduzir o tempo de concessão do crédito celular
imobiliário .......................................................................................................
- Senado aprova projeto que cancela precatórios
depositados há mais de 2 anos
Governo pretende engordar a arrecadação para garantir o cumprimento da
meta fiscal ......................................................................................................
- Presidente do Santander diz que economia brasileira
não está paralisada
Para Sérgio Rial, aumento de vendas no varejo e a redução da taxa de
juros são exemplos de desenvolvimento .......................................................
- Governo discute alternativas ao fim do imposto
sindical
- Maia diz a Temer que reoneração enfrentará
dificuldades no plenário da Câmara
Adiamento do benefício foi aprovado em comissão da Casa ........................
- Ministro comemora projeto dos precatórios e diz que
decisão ajudará contas públicas
Projeto de lei que permite resgate dos valores deve injetar mais de R$ 8,6
bilhões nos cofres da União ...........................................................................
- A experiência afetiva de valorizar a biodiversidade
Preservar o meio ambiente é um tema pelo qual todo cidadão tem simpatia.
No entanto, contribuir para valorizar um dos nossos maiores patrimônios
ainda é atitude para poucos convertidos. ........................................................
- Temer aceita discutir imposto sindical genérico, diz
sindicalista
Em reunião, presidente teria indicado apoio à 'contribuição negocial' após
fim de imposto sindical...................................................................................
- Juiz encaminha a Temer perguntas de Cunha sobre
FI-FGTS
Lista de ex-deputado é elaborada no âmbito de ação penal que apura
liberação de recursos da Caixa .....................................................................
- Número de lançamentos de imóveis dobra, mas base
ainda é pequena
Levantamento da Fipe em parceria com a Abrainc mostra que lançamentos
tiveram salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês de 2016,
quando protestos enfraqueceram negócios do setor; vendas cresceram
7,8%...............................................................................................................
- Governo está concluindo nova lei de recuperação
judicial, diz Meirelles
No Twitter, ministro da Fazenda afirma que objetivo é agilizar o processo
de recuperação das empresas ......................................................................
1ª Parte: 06/07/2017
Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Reforma propõe venda de usinas e aumento de tarifa
Por Camila Maia, Daniel Rittner e Rodrigo Polito
Mesmo na corda bamba, o governo deu
início ontem à maior reforma do setor
elétrico desde 2012, quando a ex-
presidente Dilma Rousseff lançou um
controverso plano de redução das contas
de luz. Em um documento de 57 páginas, o
Ministério de Minas e Energia propõe
mudanças que serão discutidas com
investidores antes do provável envio de uma
medida provisória ao Congresso Nacional. A
consulta pública, com propostas que
praticamente desmontam o plano de Dilma,
vai durar até 4 de agosto.
O esboço de reforma prevê alterações que atingem diversos pilares do marco
legal. Usinas hidrelétricas da Eletrobras que tiveram suas concessões
renovadas por 30 anos em 2012, com um corte em torno de 70% nos valores
do megawatthora, devem ser privatizadas e poderão cobrar tarifa de mercado.
Hoje elas são remuneradas apenas pelos custos de operação e manutenção.
O parque gerador que entrega atualmente energia por meio de cotas às
distribuidoras totaliza 14 mil megawatts (MW) de potência instalada o
equivalente a quatro usinas de Jirau, no rio Madeira, situada em Rondônia.
Como receberão pela venda de energia a preços de mercado, os futuros
compradores das usinas terão que pagar um bônus de outorga e ganharão o
direito de explorar comercialmente esses ativos por mais 30 anos. De um lado,
isso ajuda nas contas públicas e no caixa da Eletrobras. A proposta contempla
a divisão do dinheiro obtido em três partes iguais: um terço para o Tesouro
Nacional, um terço para a estatal e um terço para a Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE). A CDE é o "superfundo" responsável pelo pagamento dos
subsídios no setor, como o Programa Luz para Todos, combustíveis para
termelétricas nos sistemas isolados e subvenções para a tarifa social.
Considerando os valores de outorga definidos pelo governo na relicitação de
usinas da Cemig, prevista para o fim deste ano, uma simulação feita pelo Valor
Fernando Coelho: ordem é
evitar surpresas causadas pela
polêmica MP 579
indica que até R$ 53 bilhões poderiam ser obtidos em bonificações com a
venda das hidrelétricas hoje operadas pela Eletrobras no sistema de cotas.
Essa estimativa, no entanto, não consta de nenhum documento oficial e
depende de uma série de fatores como o preço efetivo da energia,
financiamento e a alocação do risco hidrológico (quando se produz menos
eletricidade do que o compromisso firmado em contratos de fornecimento, por
causa do esvaziamento dos reservatórios).
De outro lado, os consumidores não terão como escapar de uma alta nas
contas de luz. Na nota técnica divulgada ontem, o ministério reconhece que
esse movimento pode gerar repercussões na tarifa e oferece um aperitivo do
impacto. Se todo o volume de cotas das hidrelétricas for descontratado de uma
única vez e substituído por contratos com preço de R$ 200 por MWh, o reflexo
seria uma alta em torno de 7%, já considerando o dinheiro que iria para a
redução dos subsídios embutidos na CDE e as mudanças na alocação do risco
hidrológico.
O preço efetivo da energia será conhecido apenas nos editais de privatização
das hidrelétricas, mas esse valor não foi mencionado por acaso. A Eletrobras
obteve, em média, R$ 205 por megawatthora no mercado regulado em 2016; a
tarifa nas usinas que fornecem sua eletricidade por cotas ficou em meros R$
60.
Essa está longe de ser a única mudança da reforma. Um dos pontos mais
importantes é a retomada do cronograma de ampliação do mercado livre, que
estava congelado desde 2002. Os critérios para a migração de consumidores
do mercado regulado (distribuidoras) para o livre (onde têm liberdade de
escolha no fornecimento) vão ser flexibilizados paulatinamente até 2028 dos
atuais 3 MW de demanda mínima, chegarão a até 75 kilowatts.
Outro aspecto é a possibilidade de rescisão dos contratos de térmicas "sujas",
movidas a óleo e localizadas principalmente na região Nordeste, com custo de
funcionamento muito alto. Estima-se que elas somem pelo menos mil MW de
capacidade. A idéia é descontratá-las voluntariamente e abrir espaço para
fontes limpas, como eólica e solar.
O governo promete ficar de ouvidos abertos para sugestões dos investidores.
"Nada está escrito em pedra e o objetivo da consulta é justamente escutar
todos, internalizando comentários e aprimorando [o texto]", diz o presidente da
Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Luiz Barroso. Ele cita a disposição do
ministro Fernando Coelho Filho em incorporar contribuições durante esse
processo, evitando as surpresas causadas pela MP 579, a polêmica medida
provisória assinada por Dilma.
"As mudanças não podem ser feitas correndo. É importante haver um
cronograma", afirma o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da
UFRJ, Nivalde de Castro. "A metodologia adotada é muito boa. Primeiro, foram
lançados os princípios [no início da semana]. Nessa conjuntura política que o
país passa, isso é positivo."
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Um terço dos aposentados precoces trabalha
Por Camilla Veras Mota
Um em cada três aposentados com menos
de 60 anos no Brasil continua trabalhando.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (Pnad) de 2015 compilados
pelo economista Rogerio Nagamine
Costanzi, do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea), mostram que
1,4 milhão dos 4,4 milhões de aposentados
com até 59 anos permanecem ativos no
mercado de trabalho.
Essas aposentadorias precoces custam ao
INSS aproximadamente R$ 26,9 bilhões,
estima ele, com base nos desembolsos feitos em setembro de 2015, de R$ 2,1
bilhões. O volume é próximo da despesa com o programa Bolsa Família no
mesmo ano.
Eles correspondem a 25% dos 5,5 milhões de brasileiros que continuam
empregados e recebem aposentadoria estes, por sua vez, representam 23%
do número total de aposentados, 23 milhões. "São pessoas com plena
capacidade laboral", ressalta o autor do levantamento.
Rogério Nagamine: "Era natural
esperar que o gasto
previdenciário para pessoas não
idosas estivesse acima do
padrão"
Levando em consideração também os pensionistas com menos de 60 anos, a
despesa do Brasil é o dobro da União Europeia, por exemplo. Em 2015, os
beneficiários de até 54 anos custaram 1% do Produto Interno Bruto (PIB) à
Previdência e aqueles entre 55 e 59 anos, outros 1,1% (2,1% no total). Na
Europa, onde a proporção de pessoas nessa faixa etária é significativamente
maior, as despesas chegaram a 0,6% e 0,5% do PIB (1,1% no total), nessa
ordem.
Um em cada cinco brasileiros que recebem aposentadoria ou pensão não é
idoso. Em termos absolutos, 4,4 milhões dos 23 milhões de aposentados
tinham menos de 60 anos. Entre os pensionistas, eram 2,4 milhões entre um
total de 7,3 milhões.
"Como o Brasil tem regras que permitem aposentadorias precoces, era natural
esperar que o gasto previdenciário para pessoas não idosas estivesse acima
do padrão internacional", ele afirma. Mais do que isso, Nagamine chama
atenção para a expectativa de queda das despesas com essa rubrica entre os
países europeus. Conforme o "Annual Ageing Report" de 2015, que ele usou
como base para a comparação, a estimativa é que, devido às reformas feitas
nos últimos anos, o continente esteja gastando apenas 0,6% do PIB com
benefícios para aqueles com menos de 60 anos em 2060.
No Brasil, as chamadas aposentadorias precoces são favorecidas pela regra
que permite que o trabalhador com 35 anos de contribuição dê entrada no
benefício, independentemente da idade. No regime geral, válido para os
contratados via CLT, uma em cada cinco mulheres que se aposentam por
tempo de contribuição tem menos de 50 anos e duas em cada três, menos de
55 anos. No caso dos homens, tomando como base os dados de 2015 do
INSS, quase metade se aposentou com menos de 55 anos e 84,4%, com
menos de 60.
A proposta de reforma em discussão no Congresso o substitutivo dos
deputados ao texto enviado pelo governo em dezembro estabelece idade
mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres. Esses limites,
entretanto, vão ser alcançados ao longo de aproximadamente 20 anos, quando
deve se fechar a janela aberta pelo período de transição.
A regra fixada pelos parlamentares permite que os brasileiros se aposentem
aos 53 anos, para as mulheres, e aos 55 anos, para os homens, caso cumpram
35 anos de contribuição e um "pedágio" de 30% sobre o intervalo que falta para
que esses 35 anos sejam atingidos, a contar a partir da promulgação da lei.
Esses limites crescem um ano a cada dois.
No médio prazo, o aumento da idade média de aposentadoria vai fazer com
que os brasileiros fiquem por mais tempo no mercado. Para Nagamine, essa
mudança estrutural não deve pressionar a taxa de desemprego. Em sua
avaliação, só deve crescer a demanda por trabalhadores experientes e mais
qualificados grupo que tende a ganhar corpo entre os mais velhos das novas
gerações, que já têm escolaridade média maior do que a dos pais e avós.
"É só olhar para a taxa de desemprego para a faixa com mais de 50 anos",
concorda José Márcio Camargo, professor da PUC-Rio e o economista da
Opus Gestão de Recursos. Para ele, esses trabalhadores não terão dificuldade
para se manter por mais tempo no mercado de trabalho.
Entre os brasileiros que têm entre 55 e 64 anos, a taxa de desemprego foi de
3,6% em 2015, quase seis pontos percentuais inferior à média nacional no
período, 9,4% Entre os jovens de 16 a 24 anos, a taxa de desocupação chegou
a expressivos 22,8%, conforme o levantamento feito pelo economista do Ipea.
A esse fator, o professor da FEAUSP Helio Zylberstajn acrescenta que o
crescimento cada vez mais lento da população, que conta com famílias
menores do que nas décadas passadas, tende por si só a reduzir a oferta de
mão de obra. Uma participação maior dos trabalhadores mais velhos, portanto,
seria um caminho para suavizar os efeitos negativos do fim do bônus
demográfico.
Os economistas Fernando de Holanda Barbosa Filho e Bruno Ottoni,
pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas
(IbreFGV), ressaltam que a aposentadoria prematura pode ainda incentivar os
trabalhadores a ajustar a conduta em pelo menos duas dimensões com
potenciais efeitos deletérios sobre a renda agregada a migração para a
inatividade, com impacto negativo sobre a arrecadação do sistema
previdenciário, ou para ocupações que reduzam o salário, diminuindo o número
de horas de serviço, por exemplo.
Eles trataram sobre o assunto em nota técnica no Boletim Mercado de
Trabalho do Ipea. Usando dados da Pnad de 2014, os autores calcularam que
a obtenção prematura do benefício previdenciário gera perda de pelo menos
0,3% da renda agregada, percentual que poderia chegar a 0,7%.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Risco de uma guerra global do aço paira sobre cúpula do G-20
Por Assis Moreira
China e EUA protagonizam novo confronto sobre o comércio de aço, na
preparação do G-20 que, se prosseguir, poderá acabar afetando o Brasil,
segundo maior exportador do produto para os EUA.
A tensão subiu entre os dois países na preparação da reunião de líderes das
20 maiores economias mundiais, que ocorre amanhã e sábado em Hamburgo
(Alemanha).
O Valor apurou que Washington ameaça adotar uma ação unilateral para
barrar a entrada de aço chinês nos EUA, se Pequim continuar a não respeitar o
compromisso coletivo assumido no G-20.
Acusada pelos EUA e a Europa de vender aço a preço abaixo do custo, devido
ao seu excesso de capacidade, a China aceitou no ano passado a criação de
um grupo de trabalho internacional para atenuar o problema de excesso de
produção e demanda modesta.
Mas até agora Pequim não concordou em dar informações sobre a capacidade
de produção de aço por usina. Alguns países tentam fixar o prazo para agosto,
mas a China não aceita o compromisso.
Os EUA então disseram que só restará obter o reequilíbrio no setor por uma
ação unilateral. Como pano de fundo, há a ameaça do governo de Donald
Trump de frear importações de aço por razões de segurança nacional, o que
pode abalar ainda mais o já turbulento sistema multilateral de comércio.
A China, sozinha, responde por metade da produção de aço global e prometeu
publicamente reduzir sua capacidade entre 100 milhões e 150 milhões de
toneladas, de um total de 1,2 bilhão de toneladas até 2020, o que suprimiria 1,8
milhão de empregos no setor siderúrgico.
O premiê chinês, Li Keqiang, chegou a anunciar a redução de 50 milhões de
ton para 2017. Mas um estudo da ONG Greenpeace com um escritório chinês
concluiu que, ao contrário do prometido, os chineses elevaram sua capacidade
de produção em 36,5 milhões de ton em 2016, equivalente ao dobro da
produção anual do Reino Unido.
O problema é que o governo central em Pequim anuncia fechamento de
siderúrgicas, mas as indústrias e autoridades locais resistem fortemente, diante
do impacto econômico e social da medida.
O Brasil espera que seja evitado um confronto global no aço, porque seria
muito atingido, como segundo maior exportador do produto para o mercado
americano.
Sem surpresa, persistem divergências no G-20 sobre clima e comércio. Os
EUA, que antes defendiam um prazo para o fim dos subsídios para combustível
fóssil, parecem agora apoiar a posição contrária de Arábia Saudita e Rússia.
O presidente Trump chega hoje em Hamburgo. Ele prometeu "ajudar" a anfitriã,
a premiê alemã Angela Merkel, a ter uma cúpula bem sucedida. Não se sabe
bem como.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- O problema é a receita e não o teto
Por Ribamar Oliveira
Em 2018, o espaço orçamentário que o governo terá para aumentar o gasto, na
comparação com este ano, pode ultrapassar R$ 83 bilhões. Não haverá,
portanto, problema para acomodar as despesas dentro do teto instituído pela
emenda constitucional 95. O problema será de outra natureza. A área
econômica não está certa se terá receita suficiente para cobrir a elevação dos
gastos e, ao mesmo tempo, cumprir a meta fiscal, admitem fontes
credenciadas do governo, ouvidas pelo Valor.
É preciso observar, em primeiro lugar, que o limite do gasto para 2018 será o
limite fixado para 2017, corrigido pela inflação do período de julho de 2016 a
junho de 2017. O mercado projeta inflação de 3,08% para o período, de acordo
com o boletim Focus, editado pelo Banco Central. Como o limite deste ano foi
de R$ 1.301,8 bilhões, o limite para o próximo ano deverá ficar em R$ 1.341,8
bilhões, nesta hipótese para a inflação. Haveria, portanto, um aumento de
cerca de R$ 40 bilhões no limite.
A questão que precisa ser entendida é que o governo vai gastar bem menos do
que o limite fixado para 2017. Isto ocorrerá porque, com a queda da
arrecadação, o governo foi obrigado a fazer um contingenciamento das
dotações orçamentárias para cumprir a meta fiscal fixada para este ano.
Inicialmente, o corte foi de R$ 42,1 bilhões. Depois, o contingenciamento foi
reduzido para R$ 39 bilhões.
Por causa do corte, o relatório de avaliação de receitas e despesas relativo ao
segundo bimestre estimou que a despesa total do governo neste ano ficará em
R$ 1.290 bilhões. Mas, deste total, é necessário excluir as despesas que não
estão sujeitas ao teto. Com essa exclusão, o total do gasto deste ano ficaria em
R$ 1.268 bilhões, de acordo com informação que o Tesouro Nacional enviou ao
Valor.
Ou seja, a previsão do governo é que a despesa sujeita ao teto será R$ 33,8
bilhões menor do que o limite fixado para este ano (R$ 1.301,8 bilhões menos
R$ 1.268 bilhões).
Para chegar ao teto de R$ 1.341,8 bilhões a ser definido para o próximo ano, o
governo partirá de uma despesa de R$ 1.268 bilhões realizada neste ano. O
espaço para o gasto, portanto, é de R$ 73,8 bilhões (R$ 1.341,8 bilhões menos
R$ 1.268 bilhões)
O espaço para o gasto poderá ser ainda maior, pois está sendo avaliada pelo
Congresso Nacional a medida provisória que reonera a folha de pagamento
das empresas de vários setores da economia. Inicialmente, o governo
projetava ter redução de despesas de cerca de R$ 12 bilhões com a MP em
2018. As mudanças feitas pelo relator da MP, que excluiu alguns setores da
oneração da folha, alteraram a conta e agora a equipe econômica prevê uma
diminuição da despesa de cerca de R$ 10 bilhões.
Assim, o espaço para o gasto seria aumentado para R$ 83,8 bilhões (R$ 73,8
bilhões mais R$ 10 bilhões). O governo ainda não está certo sobre essa
redução adicional da despesa porque os parlamentares não concluíram a
votação da MP.
Ou o governo obtém receita extra ou eleva impostos
Consultores do Congresso, especialistas em finanças públicas, estimaram, a
pedido do Valor, que as quatro principais despesas obrigatórias da União
(benefícios previdenciários, folha de pessoal, benefícios assistenciais e abono
e seguro-desemprego) deverão apresentar um aumento de cerca de R$ 67
bilhões em 2018, na comparação com este ano. (veja tabela abaixo). Mesmo
este forte aumento do gasto será facilmente acomodado no espaço fiscal do
próximo ano.
A questão é saber se haverá receita para cobrir essa elevação da despesa e,
ao mesmo tempo, permitir o cumprimento da meta fiscal, admitem as fontes
ouvidas pelo Valor. O projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para
2018 prevê uma receita total da União equivalente a 20,54% do PIB.
Ou seja, menor do que a receita total prevista para este ano, estimada em
20,7% do PIB. É importante observar duas coisas. A primeira é que a projeção
da receita para o próximo ano foi feita com a estimativa de crescimento de
2,5% da economia. São raros os economistas que acreditam que essa
expansão ainda seja possível, por causa do agravamento da crise política. O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que vai rever as projeções
oficiais para o crescimento da economia neste e no próximo ano.
O segundo ponto é que a arrecadação deste ano foi inflada em R$ 54,9 bilhões
com receitas extraordinárias, ou seja, não recorrentes. Esse montante é
superior ao obtido em 2016 (R$ 47 bilhões), quando ingressou nos cofres do
Tesouro uma montanha de dinheiro da chamada "repatriação de recursos".
Se o governo não conseguir uma receita extraordinária equivalente, pelo
menos, à deste ano, ele será obrigado a obter uma arrecadação de tributos
muito mais elevada do que está previsto no PLDO. Ou seja, terá que propor
elevação de alíquotas ou criação de impostos.
Outra dificuldade a ser enfrentada é que o déficit primário para a União
(Tesouro, Previdência, BC e estatais federais) previsto para 2018 (R$ 132,5
bilhões) é R$ 10 bilhões menor do que o de 2017 (R$ 142 bilhões). O cenário
fiscal que está colocado para o próximo ano é de forte elevação das despesas
obrigatórias, redução da receita em proporção do PIB e melhora do déficit
primário. Como está colocada, a equação não fecha.
VOLTAR
Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- MME enfrenta resistências para testar exploração não convencional de óleo e gás
Por André Ramalho
De volta à pauta do governo, a exploração não convencional de óleo e gás
sofreu um novo revés na Justiça. Enquanto o Ministério de Minas e Energia
(MME) estuda o lançamento de um projeto piloto a partir de 2018, para avaliar
o potencial brasileiro na área, a Justiça Federal do Paraná decidiu, no mérito,
anular a assinatura do contrato de concessão de 11 blocos exploratórios da
Bacia do Paraná, arrematados em 2013, na 12ª rodada, o primeiro leilão da
Agência Nacional de Petróleo (ANP) voltado para a descoberta de recursos
não convencionais.
A decisão, da 1ª Vara Federal de Cascavel, anulou as concessões do setor
SPARCS, que concentrava blocos operados pela Petrobras e Petra Energia,
em sociedade com outras empresas, como a Cowan, Copel, Bayar e
Tucumann, sócias minoritárias nos projetos. A Justiça paranaense também
determinou que a ANP se abstenha de realizar novas licitações e a celebrar
contratos de concessão nas áreas da Bacia Paraná (do setor SPARCS), sem a
realização prévia da avaliação ambiental das áreas.
Esta não é a única ação contrária à exploração de gás não convencional nas
áreas arrematadas na 12ª rodada. Ações públicas ajuizadas pelo Ministério
Público Federal também tentam impedir a exploração não convencional, a
partir do uso da técnica de fraturamento hidráulico, nas bacias de Sergipe-
Alagoas, Recôncavo (na Bahia) e Parnaíba (no Piauí).
Na Justiça Federal da Bahia, por exemplo, uma liminar suspendeu os efeitos
da 12ª rodada, no Recôncavo, "enquanto não houver prévia regulamentação do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e não for realizada a
Avaliação Ambiental de Áreas Sedimentares".
Além das ações na Justiça Federal, de acordo com as organizações não
governamentais Coalização Não Fracking Brasil (Coesus) e 350.org Brasil, que
combatem a exploração não convencional, já existem no país cerca de 350
municípios que já proibiram, por lei, o uso da técnica do faturamento hidráulico
em seus territórios.
Devido às resistências ao uso da técnica, o governo pretende iniciar, em
agosto, um amplo debate sobre o uso da técnica de faturamento hidráulico no
país, com representantes dos governos federal e estadual, petroleiras, ANP,
dos ministérios de Minas e Energia, Meio Ambiente, Desenvolvimento e o
Ministério Público. Na avaliação do diretor de Exploração e Produção de
Petróleo e Gás Natural do MME, João Vicente de Carvalho, o nível da
discussão sobre o assunto, no país, é "muito superficial".
O governo estuda realizar, a partir de 2018, um projeto piloto para testar a
exploração não convencional de óleo e gás. O MME ainda não definiu onde
seria realizado o projeto-piloto, mas avalia a possibilidade de realizá-lo na
Bahia. O governo também discute de que forma seria financiado o projeto. Uma
das alternativas avaliadas é o uso dos recursos da cláusula de investimentos
em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que obriga petroleiras que operam os
campos mais lucrativos a investir em P&D.
"A gente acredita que há potencial [para exploração não convencional], mas
temos que saber qual é esse potencial para saber se vale a pena", disse
Carvalho, na semana passada.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Maduro retira o pouco poder que restava às oposições
A crise venezuelana caminha para um ponto de não retorno. Se o governo de
Nicolás Maduro levar até o fim a eleição de uma Assembléia Nacional
Constituinte, marcada para o dia 30 e nada indica que deixará de fazê-lo , o
jogo de forças entre os partidos de oposição e o chavismo se tornará
irremediavelmente desfavorável para os opositores. Maduro, por meio de um
Tribunal Supremo de Justiça totalmente subordinado, já havia tentado antes
eliminar o poder legislativo da Assembléia, dominada pelas legendas de
oposição. Teve de voltar atrás, mas com a Constituinte tornará o Legislativo
uma relíquia insignificante e apagará um dos últimos rastros de democracia no
país.
A convocação da Constituinte, como foi feita, é inconstitucional, e as regras
para sua composição são ridículas cartas marcadas para deixar Maduro com
as mãos inteiramente livres para fazer o que bem entender. Serão 545
constituintes, eleitos diretamente e com representação de grupos sociais com
pesos aleatórios. 335 vagas serão preenchidas por um candidato vencedor em
cada município, independentemente de sua população, sistema que dá
vantagem aos vilarejos do interior, que votam com o chavismo. 23 vagas estão
reservadas para representantes das capitais dos Estados.
Mas não é só. Há uma válvula de segurança para o governo na eleição de 173
constituintes, distribuídas em critérios que só poderiam ser explicados pelos
chavistas. Representantes dos estudantes terão 24 cadeiras, dos
trabalhadores, 79, camponeses e pescadores, 8, conselhos comunitários 24.
Empresários e deficientes terão direito a 5 vagas cada.
Diante da escalada de arbitrariedades, os grupos de oposição fazem
manifestações praticamente diárias há 12 semanas. O número de mortos se
aproxima dos 80, mas o que os protestos tentam impedir é a morte política dos
partidos. Eles enfrentam o dilema entre ficar sem qualquer poder ou participar
de uma farsa. Por cometer um erro crasso de avaliação, a oposição se absteve
de participar das eleições legislativas de dezembro de 2005 e deixou por anos
que uma confortável maioria chavista determinasse a seu bel prazer as leis do
país.
O temor da oposição é o fechamento total do regime. Ele é compartilhado por
um número crescente de ex-chavistas, como a procuradora Luisa Ortega Díaz,
que se insurgiu contra a retirada dos poderes do Congresso. Desde então
denuncia o "Estado policial" de Maduro, que reagiu abrindo inquérito contra ela,
faz uma devassa no Ministério Público, congelou os bens de Luisa e impediua
de deixar o país.
Os partidos da Mesa de União Democrática decidiram convocar por conta
própria um plebiscito sobre a Constituinte, uma forma de medir as próprias
forças e o apoio da população à idéia de Maduro. Ao mesmo tempo, lançou
apelo aos militares para que garantam a democracia na Venezuela. Depois de
sepultar com manobras um referendo revogatório, o governo deveria ter
convocado eleições municipais e estaduais e não o fez.
Diante da impossibilidade clara de alternância de poder ou de um diálogo
franco por meios democráticos, as portas se fecharão definitivamente para a
oposição. A fresta de possibilidades repousa agora nas dissidências chavistas,
que abrigam ex-ministros e alguns militares. Uma reviravolta em massa da
cúpula militar contra Maduro parece improvável, pelos laços financeiros que se
formaram com o regime. Em um papel em que a escassez de bens de primeira
necessidade se tornou geral, os militares são responsáveis pela produção e
distribuição de alimentos e pela gestão de banco, TV e algumas empresas
estatizadas 11 dos 32 ministros vestem ou vestiram farda.
Com seus comandos paralelos e milícias, o jogo pesado de Maduro não é um
blefe e o presidente está disposto a usar a força necessária. Ontem, cerca de
200 chavistas invadiram a Assembléia e distribuiram sopapos nos deputados.
Enquanto uma quantidade crescente de venezuelanos buscam em fuga o
Brasil, as sanções e advertências feitas pelo Mercosul nada adiantaram, e nem
mesmo negociações com a benção do papa Francisco foram produtivas.
A formação de um "grupo de amigos da Venezuela" é mais uma tentativa de
impedir que o país pule no precipício. Nem a situação econômica calamitosa
nem a baixa popularidade de Maduro fizeram o governo sequer cogitar
qualquer correção de rumos ou abrir canais para envolver a oposição na busca
de uma saída da crise. Não será agora que o fará.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- O futuro da indústria
Por Luciano Coutinho
Murchou, infelizmente, a esperança de retomada firme da economia. As
expectativas de crescimento do PIB, segundo o boletim Focus, caíram para
0,39% em 2017 e 2% em 2018. Esse crescimento lento realimenta círculos
viciosos: as receitas tributárias minguam, o déficit público infla e a relação
dívida bruta/PIB sobe a níveis preocupantes.
Se depender do crédito a economia dificilmente crescerá em 2017. O estoque
oferecido às empresas continuou se retraindo nesse 1º semestre. Em maio
caiu 1%. Segundo o BC o volume de crédito às pessoas jurídicas recuou de R$
1,71 trilhão em dezembro de 2015 para R$ 1,48 trilhão em maio de 2017
(queda de R$ 230 bilhões). No mesmo período o crédito à indústria encolheu
22%.
Apesar dos repiques em abril e maio a vida da nossa indústria manufatureira
continua difícil: a produção industrial e a formação bruta de capital fixo se
encontram, hoje, respectivamente, 24% e 32% abaixo do patamar observado
em 2014. O crescimento em ritmo tartaruga e a alta ociosidade fabril retardarão
a recuperação dos investimentos. A demanda derivada da pujança da
agricultura e a exportação são os únicos fatores positivos de tração sendo
seus efeitos concentrados em setores dominados por grandes empresas.
A política de ciência e tecnologia precisará ser mais eficiente para impulsionar
a indústria em direção ao futuro
Em resumo, a indústria brasileira se defronta com sério desafio de
sobrevivência e suas pequenas e médias empresas remanescem sufocadas
pelo arrocho creditício. Mas, além da luta pela sobrevivência no curto prazo, se
aguça a ansiedade diante de inovações tecnológicas disruptivas nos próximos
dez anos.
As tecnologias de informação e comunicações (TICs) evoluem para um novo
estágio de ampla interconexão, via internet, entre computadores, máquinas,
equipamentos, sensores, celulares, tablets. Segundo a OCDE, o número de
"coisas" conectadas via "internet das coisas" ascenderá de 1 bilhão em 2016
para cerca de 14 bilhões em 2022. Em 2030, o número de dispositivos
pessoais de acesso à web pode alcançar 8 bilhões e o total de objetos
conectados pode alcançar 30 bilhões, formando uma super rede global
integrada e interconectada.
A indústria fará parte desta imensa rede. A automação via internet transformará
profundamente as cadeias industriais. Os processos de gestão empresarial,
manufatura, suprimento, estocagem, manutenção, logística, comercialização,
marketing, inteligência de mercados tendem a mudar radicalmente. Essa
automação interconectada, combinada com avanços da robótica e da
manufatura aditiva (impressão 3D), ensejará notáveis saltos de produtividade.
A completa digitalização dos elos das cadeias de valor propiciará inédita
capacidade de acumular dados em grande escala (Big Data). Esse dados,
devidamente estruturados, serão analisadas (Data Analytics) para otimizar
processos e, muito importante, para viabilizar o aprendizado autônomo de
máquinas e sistemas através da Inteligência Artificial (IA).
Processos artificiais de aprendizado, baseados em algoritmos matemáticos
que emulam redes neurais, utilizarão a Big Data para identificar padrões e
perfis, por exemplo, de indivíduos, entidades, doenças, fenômenos científicos;
reconhecer imagens; reconhecer linguagens e interagir por comando de voz.
Dotados de capacidade computacional de altodesempenho, equipamentos
avançados poderão adquirir capacidades cognitivas próprias (visão,
sensoriamento, comunicação multimodal, raciocínio lógico). O acúmulo dessas
capacitações viabilizará a aprendizagem, a autonomia operacional e a
independência decisória destes equipamentos. Incipiente, a IA já promete
inovações impactantes: carros autônomos; robots capazes de imitar e
aprender; sistemas inteligentes de diagnóstico médico, gestão de estoques,
manutenção preventiva.
Paralelamente às transformações geradas pelas TICs, a convergência de
supercomputação em nuvem, com custo acessível, e instrumentos de pesquisa
científica muito mais poderosos impulsiona rápidos avanços na genômica,
neurociências, nanotecnologias, nanomateriais e armazenamento de energia.
Os sistemas de saúde, energia, educação, agropecuária, transportes,
infraestruturas e seus respectivos setores industriais supridores de bens e
serviços serão profundamente impactados.
Apesar de atrasada na absorção dessas inovações radicais a indústria
brasileira não está condenada à guilhotina. Em muitos setores ela tem
condições de acompanhar e gerar inovações relevantes. São exemplos: as
agroindústrias; os insumos básicos (por exemplo, siderurgia, celulose, insumos
para construção); as cadeias química e petroquímica; o setor de petróleo e gás;
a cadeia automotiva; a cadeia aeronáutica; os bens de capital (por exemplo,
máquinas agrícolas, para energia, motores, máquinas-ferramenta); a
farmacêutica; os bens de consumo (por exemplo, têxtil-vestuário, calçados,
cosméticos, eletrodomésticos). Em setores incipientes como o das TICs as
oportunidades se multiplicarão. A onda de inovações abrirá espaço crescente
para start ups e PMEs de base tecnológica.
Mas, para que a indústria possa defletir as disrupções e tirar proveito das
oportunidades a economia precisa sair logo da crise. É possível reduzir os juros
mais incisivamente e, além disso, estimular o crédito de giro com custos
menores. É urgente relançar os investimentos em energia e infraestruturas
através do setor privado. A política de ciência, tecnologia e inovação precisará
ser mais eficiente, perene e muito mais forte para impulsionar a nossa indústria
em direção ao futuro. Ou, então, esquece, o futuro será dos outros. O nosso...
uma pálida miragem.
Luciano Coutinho, economista, é professor convidado do Instituto de Economia
da Unicamp e escreve mensalmente neste espaço.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Governo avalia futuro da Transnordestina
Por Daniel Rittner
O futuro da Transnordestina deverá ser traçado em meados de agosto. É
quando um grupo de trabalho montado pelo governo com representantes da
Casa Civil, do Ministério dos Transportes e do Ministério de Planejamento
prevê concluir sua análise sobre as perspectivas de conclusão da ferrovia, que
tem trajeto de 1.720 km e corta os estados de Pernambuco, Ceará e Piauí..
Para isso, as autoridades esperam uma atualização dos estudos de viabilidade
econômica do projeto e das estimativas de demanda de carga. Controlada pela
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do empresário Benjamin Steinbruch, a
Transnordestina Logística (TLSA) está tocando diretamente esse trabalho. A
estatal Valec tem 41% de participação na empresa.
A atualização dos estudos é uma exigência do Tribunal de Contas da União
(TCU), que determinou o congelamento de aportes do governo na ferrovia
enquanto isso não acontecer. Além disso, a TLSA prometeu entregar nos
próximos meses o projeto executivo de engenharia da obra, que nunca foi feito.
Para técnicos do governo, dificilmente a Transnordestina vai ser concluída sem
a entrada de um novo sócio no empreendimento. A CSN sinalizou ao Palácio
do Planalto que estava em tratativas com a gigante asiática China
Communications Construction Company (CCCC), mas as conversas estavam
em estágio inicial e não evoluíram como o esperado pela concessionária.
Estimativas que chegaram ao Palácio do Planalto apontam a necessidade de
investimentos da ordem de R$ 3 bilhões para concluir a ferrovia. Se esse
dinheiro for realmente injetado, pode-se imaginar sua inauguração em 2020
com dez anos de atraso em relação ao planejamento original. A idéia é priorizar
o trecho entre o município de Salgueiro (PE) e o porto de Pecém (CE), visto
como menos problemático do que o trecho Eliseu Martins (PI) a Suape (PE).
Uma possibilidade aberta com a conversão em lei da Medida Provisória 752,
editada no fim do ano passado, é uma "devolução amigável" do projeto para o
governo. Ainda não há negociações concretas em torno disso, mas a hipótese
é considerada pelo governo como uma alternativa se a CSN não trouxer um
novo sócio e nem demonstrar a viabilidade de continuar sozinha no
empreendimento. Nesse caso, os atuais donos da Transnordestina receberiam
uma indenização e a ferrovia seria relicitada.
Anteontem, Steinbruch deixou o conselho da ferrovia e indicou para seu lugar
Pedro Brito, diretor de portos da CSN. A companhia não comenta as mudanças
em análise no governo.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Robotizada, usina revela nova cultura da Gerdau
Por Juliano Basile
A temperatura está próxima de 1.565 graus Celsius e o local é fechado.
Máquinas do tamanho de um edifício de dois andares conduzem do alto três
gigantescas palhetas alaranjadas pelo fogo a um imenso tonel onde há
milhares de pedaços de sucatas de aço. O choque das palhetas com as
sucatas produz um show de faíscas. As descargas elétricas e o fogo ofuscam a
visão até daqueles que estão usando óculos protetores. Os ruídos são tão
intensos que é necessário usar um tapa-ouvido. O ar ganha diversos feixes
nebulosos e mesmo com casacos elaborados com tecidos protetores é
possível sentir ondas constantes de calor, como se as pessoas estivessem
diante da grelha de uma churrasqueira gigante.
Muito próximo ao fogo, há um robô pronto para fazer ajustes no material
resultante do contato da sucata com o fogo. Ele usa um imenso braço, com
cumprimento equivalente a duas pessoas.
Antes da chegada do robô, eram três funcionários por turno de oito horas que
faziam esse serviço. Até a década passada era difícil virar o ano sem a
ocorrência de ao menos um acidente. Mas a chegada do androide faz parte de
um processo de automação que tornou a usina de Petersburg, no interior do
Estado da Virgínia, uma das cinco mais eficientes na siderurgia mundial. Os
acidentes zeraram nos últimos anos e a produção aumentou.
Considerada uma joia da Gerdau, a usina tem capacidade para entregar 900
mil toneladas de aço por ano. De lá, saíram perfis estruturados que hoje estão
no World Trade Center, em Nova York, no estádio Soldier Field, em Chicago,
na ponte Cooper River, em Charleston, na Carolina do Sul, e no campus da
Apple, em Cupertino, na Califórnia.
Sozinha, a unidade de Petersburg consome mais energia do que toda a cidade
de Richmond, a capital da Virgínia, com mais de 200 mil habitantes. A conta
supera US$ 2,5 milhões mensais. Em troca, a usina produz 150 tamanhos e
formatos diferentes de vigas de aço. Apenas outras duas unidades nos Estados
Unidos, na Pensilvânia e no Texas, conseguem fazer produtos em tamanhos e
quantidades semelhantes. "É uma das usinas mais estruturadas dos Estados
Unidos", definiu Peter Campo, presidente da Gerdau no país. "Os perfis
estruturados feitos lá são relativamente únicos no planeta.
" No mundo, Petersburg está numa lista restrita ao lado de outras quatro usinas
no Japão, em Luxemburgo, na China e no Oriente Médio, capazes de produzir
lâminas de aço de grande porte para vários usos. Algumas chapas têm
formatos em "U" e outras em "I". As diferentes dimensões permitem a utilização
nas mais diversas obras, inclusive para a contenção de água e areia em
grandes quantidades. "Elas funcionam para fazer obras na construção de
metrôs e de barragens", diz André Gerdau Johannpeter, presidente global do
grupo. Algumas chapas de Petersburg estão no Canal do Panamá.
Digitalização da usina de Petersburg permitiu contratação de pessoal
mais especializado e com salários melhores
A automação dessa usina faz parte da estratégia da Gerdau, nos últimos três
anos, de fazer produtos diferentes de acordo com novas demandas do
mercado. Isso envolve desenvolver sistemas com alto grau de sensibilidade e
mecanismos digitalizados que serão utilizados dentro do ambiente inóspito das
fábricas da indústria pesada.
Próximo ao forno de Petersburg, lâminas de aço com cores de lava e o
cumprimento de um andar alto de um edifício são transportadas por linhas
verticais por rolamentos especiais antes de ganhar os retoques finais. A
manutenção do sistema de transporte das vigas alaranjadas pelo fogo é feita
por um sistema desenvolvido pela GE para turbinas de aviões. Com ele, a
usina não tem de parar a produção para ver se as máquinas correm o risco de
quebrar pelo peso e pela temperatura alta das chapas. Um computador avisa
eventuais avarias, os rolamentos são trocados e a usina funciona durante seis
dias e meio por semana sem paralisações. No lado externo da unidade, uma
área maior do que três campos de futebol está tomada por cilindros gigantes
que tornam possível o rolamento das lâminas e são constantemente trocados.
A usina tem 300 funcionários e é a terceira maior da Gerdau América do Norte.
A robotização retirou algumas vagas daqueles que ficavam próximos ao forno.
Por outro lado, Petersburg passou a contratar pessoal mais especializado e
com salários melhores. Alguns são engenheiros que surgem de programas
desenvolvidos pela Gerdau. "Sempre que se puder remover uma pessoa de
perto do forno é algo bom a se fazer", disse Gustavo Rodrigues, um dos
brasileiros que trabalha na usina. Há 20 anos no ramo, diz que Petersburg é a
unidade mais moderna em que trabalhou. "A automação é o destino dessa
indústria e a inovação também ajuda a evitar acidentes", diz.
Os robôs que trabalham próximos ao forno foram adquiridos junto à
companhia italiana BM, que atua especificamente no desenvolvimento de
soluções para a indústria siderúrgica. A Gerdau está buscando outras parcerias
para melhorar a eficiência de suas unidades.
André Gerdau contou ao Valor que está constantemente à procura de
"startups" com idéias inovadoras para a produção e logística na indústria
pesada. "Elas nos trazem soluções logísticas, de informação mais rápida, de
estatísticas. São pessoas e empresas muito ágeis, que vivem de desafios e
nos entregam resultados muito bons", revelou.
Algumas dessas empresas já estão atuando dentro de usinas no Brasil, onde
as unidades contam com mais de mil sensores digitais que, agora, deverão se
espalhar pelos Estados Unidos a partir de novas parcerias, como a realizada
com a GE. "É um novo ecossistema que surgiu com empresas ágeis, rápidas e
com uma mentalidade diferente. Chamamos de contaminação positiva o fato de
trazer 'startups' para dentro da Gerdau", definiu o presidente.
Próximos aos fornos, os sensores ajudam a prevenir eventuais falhas no
sistema na fabricação das lâminas, mantendo a continuidade da produção num
processo de inteligência artificial que foi levado para dentro da indústria
pesada. Os funcionários da unidade de Petersburg observam e monitoram os
robôs ao lado do fogo com a clara visão de que eles são o futuro do setor de
siderurgia.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Brasil Brokers espera mais negócios no 2º semestre
Por Chiara Quintão
A Brasil Brokers segunda maior rede de
imobiliárias do país avalia que há sinais de
que o fechamento de negócios nos
próximos seis meses será maior do que na
primeira metade do ano. Segundo o
presidente da empresa, Claudio H ermolin,
o mercado de São Paulo, o maior do país,
tem mostrado esboços de reação em
lançamentos, o que ainda está ocorrendo de
maneira "mais tímida" em outras praças.
No cargo de presidente da Brasil Brokers há sete meses, o executivo conta
que, no segundo trimestre, o desempenho da companhia de vendas de
lançamentos e de imóveis usados foi superior ao do primeiro e diz acreditar
que tenha sido crescido também na comparação anual, embora os números
ainda não estejam fechados. "A delação da JBS resultou na postergação de
alguns lançamentos. O segundo trimestre e o primeiro semestre poderiam ter
sido melhores", pondera Hermolin.
Na avaliação do executivo, embora o cenário político seja de incerteza sobre a
continuidade do presidente da República, Michel Temer, no cargo, os
fundamentos da economia estão mais fortes do que os de um ano atrás, com
redução da taxa de juros e queda da inflação. "Se conseguirmos achar solução
para a instabilidade de hoje e as reformas forem votadas e aprovadas neste
ano, continuaremos em viés de melhora", diz.
Hermolin diz que há mais volatilidade em decorrência das incertezas no
mercado primário, ou seja, de imóveis novos, do que no secundário, de
unidades usadas. "Em momentos de confiança, vemos uma enxurrada de
lançamentos, mas o volume se retrai em períodos de incertezas", compara. A
Brasil Brokers atua ainda em loteamentos e oferece serviços de locação, de
crédito imobiliário em parceria com Bradesco e de consórcio.
O ano começou, segundo ele, com aumento da procura por imóveis no site da
companhia, em portais imobiliários e nos estandes de vendas. "As propostas
também melhoraram, mas nem tanto, e há sinalização de que o ritmo de
Claudio Hermolin, presidente:
"O primeiro semestre poderia
ter sido melhor"
fechamento de vendas nos mercados primário e secundário será maior neste
semestre do que no primeiro", afirma o executivo, que se diz "otimista por
natureza".
A avaliação do executivo é que os preços de imóveis estão no "menor patamar
possível de ser alcançado". "Descontos, se ocorrerem, serão marginais",
afirma. A avaliação se estende aos mercados primário e secundário de
imóveis.
No dia 19, a empresa vai concluir a operação de aumento privado de capital de
até R$ 70 milhões. "Os recursos serão destinados à realização de projetos de
gestão, tecnologia e inovação, com o objetivo de criar o alicerce necessário
para o crescimento da Brasil Brokers, preparando a empresa para a retomada
do mercado", diz Hermolin. A captação será direcionada também para
aumentar seus serviços oferecidos em sua plataforma imobiliária.
O presidente da Brasil Brokers ressalta que a capitalização permite levantar os
recursos mais rapidamente do que por meio da geração de caixa orgânica. A
companhia tem operado com prejuízo desde o quarto trimestre de 2014.
A empresa tornouse a segunda maior rede de imobiliárias do país com
aquisições. No período de forte crescimento do mercado, entre 2007 e 2011, a
preocupação com custos não era prioridade para a companhia, que crescia em
decorrência da expansão das incorporadoras. A partir de 2012, os lançamentos
foram reduzidos, com forte impacto no negócio.
A empresa fez sucessivos cortes de custo, com redução do quadro de pessoal
e do número de lojas, além da diminuição da área ocupada, principalmente no
período de 2014 a 2016. No primeiro semestre, as despesas gerais e
administrativas foram reduzidas ao patamar de 10% a 15%. Há previsão de
que novos cortes, se ocorrerem, sejam pontuais, mas a proporção pode ser
maior caso o mercado não tenha o desempenho esperado atualmente, diz o
executivo.
"Nossa retomada é mais rápida do que a das incorporadoras, que continuam
tendo estoques e volume de passivos maior", afirma.
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Fonte: Valor Econômico
06/07/2017
- Petrobras pode exportar derivados do Comperj
Por Rodrigo Polito e André Ramalho
Parte da produção futura de combustíveis da refinaria do Comperj, em Itaboraí
(RJ), será exportada, caso a Petrobras e a chinesa CNPC firmem parceria para
a retomada do projeto, disse uma fonte a par do assunto. A conclusão das
obras do empreendimento, cuja construção já atingiu cerca de 85% de
execução, depois de investimentos de US$ 13 bilhões, é um dos pontos em
aberto no memorando de entendimento assinado pelas duas companhias,
terça-feira, em Pequim, capital da China.
De acordo com o memorando firmado entre as partes, "as empresas se
comprometem a avaliar, conjuntamente, oportunidades no Brasil e no exterior
em áreas-chave de interesse mútuo, beneficiando-se de suas capacidades e
experiências em todos os segmentos da cadeia de óleo e gás, incluindo
potencial estruturação do financiamento". De acordo com a fonte, o documento
não lista que projetos serão desenvolvidos em conjunto, mas na prática as
companhias acertaram que estudarão parcerias em alguns ativos nas áreas de
exploração e produção e refino, dentre eles o Comperj.
Chinesa CNPC já é sócia no projeto de Libra, no pré-sal da Bacia de
Santos, no qual detém 10% do consórcio
A principal dentre as alternativas em estudo prevê que a CNPC assuma todos
os custos para concluir o empreendimento, de cerca de US$ 2,3 bilhões
segundo estimativas da Petrobras de 2015. Nesse caso, em troca, a chinesa
teria uma participação minoritária na refinaria equivalente ao total dos aportes.
Com isso, explicou a fonte, a Petrobras não colocará nenhum dinheiro novo no
projeto.
Ainda não há uma data prevista para a conclusão da negociação, nem para a
retomada do empreendimento e sua conclusão. O projeto do Comperj previa
uma capacidade de processamento de 165 mil barris diários de petróleo.
De acordo com outra fonte, as negociações estão em linha com a estratégia
definida pela Petrobras no plano de negócios de 20172021, segundo o qual
qualquer iniciativa de alocação de recursos para a conclusão do Comperj deve
vir, obrigatoriamente, de parceria.
O banco UBS classificou como positiva a possível parceria entre a Petrobras e
a CNPC para conclusão das obras da refinaria Comperj. O banco de
investimentos destaca que, se o consumo de combustíveis começar a crescer
novamente no Brasil, haverá demanda por novas refinarias e lembrou que o
único novo projeto de refino previsto no país é o do segundo trem da Rnest, em
Pernambuco, que deve começar a operar em 2023.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) já chegou a afirmar que as importações
de derivados poderiam atingir entre 1,14 milhão e 1,2 milhão de barris diários
até 2030, a depender da conclusão, ou não, do Comperj, que hoje se encontra
fora do horizonte do plano de negócios da Petrobras.
A única obra do projeto fluminense atualmente prevista pela estatal é a
construção da unidade de processamento de gás natural (UPGN), que
demandará investimentos de US$ 2 bilhões e está prevista inicialmente para
2020. A licitação para a execução das obras, porém, ainda não foi concluída.
Enquanto isso, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, o
canteiro de obras está parado 600 pessoas trabalham diariamente, no local,
basicamente com a manutenção do Comperj.
A assinatura do memorando de entendimentos com a CNPC ocorreu um dia
após a entrada em vigor da nova política de preço de combustíveis da
Petrobras, com possibilidade de reajustes diários e, portanto, mais aderente ao
mercado internacional. Especialistas avaliam que a nova política deverá
aumentar a atratividade do setor de refino para novos investidores.
A CNPC já é parceira da Petrobras no projeto de Libra, no pré-sal da Bacia de
Santos. A chinesa tem 10% do consórcio, em sociedade com a compatriota
CNOOC (10%), a Total (20%) e a Shell (20%). A estatal brasileira é a
operadora com 40%. A previsão é iniciar este mês a produção no campo, por
meio de um teste de longa duração (TLD).
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Já pensou num plano B para sua carreira?
Especialista aponta qual o melhor momento para repensar sua vida profissional
- Arquivo
RIO — Além de uma crise econômica, o brasileiro enfrenta uma profunda
mudança no mercado de trabalho. Isso exigirá do profissional uma nova visão
sobre emprego, carreira e necessidade de um aprendizado permanente. No
terceiro vídeo da série em que a especialista em gestão de carreira, a coach
Eva Hirsh Pontes fala sobre o novo mercado de trabalho, mostramos qual o
momento de repensar a carreira e traçar um plano B que amplie seu leque de
atividades.
VOLTAR
2ª Parte: 05/07/2017
28/06/2017
Fonte: O Globo
05/07/2017
- Comissão prevê mais de 40 horas de debate sobre denúncia contra Temer
Na próxima segunda-feira, o relator Sergio Zveiter deve apresentar seu parecer
Temer quer entregar a defesa na terça-feira - Andre Coelho / Agência O Globo
BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), anunciou nesta quarta-feira o rito da
denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Hoje, às
15h30, será protocolada a defesa do presidente pelo advogado Antonio Mariz.
Na próxima segunda-feira, dia 10, o relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) deve
apresentar seu parecer, conforme antecipou O GLOBO. Em seguida a defesa
se pronunciará, e a expectativa é que haja um pedido de vista. Se isso se
confirmar, somente na quarta-feira, dia 12, seria retomado o assunto e iniciado
o debate, com previsão de mais de 40 horas de discussão.
Após se reunir com todos os partidos, Pacheco decidiu dar a todos os 132
membros da CCJ - 66 titulares e 66 suplentes - o direito de discursar. Cada um
poderá falar por 15 minutos. Além deles, outros 40 deputados que não
integram a CCJ poderão debater o assunto também: 20 contra a denúncia e 20
a favor. Nesse caso, o tempo será de 10 minutos. Depois do debate, o relator
pode defender seu relatório por 20 minutos e a defesa de Temer pode falar em
seguida também por 20 minutos.
Depois de tudo isso, os deputados votam em painel nominal. Seguindo esse
rito, dificilmente a denúncia será votada na CCJ na próxima semana, devendo-
se a estender para a semana do dia 17 de julho.
A oposição quer que sejam ouvidas testemunhas. Já há requerimentos para
que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor da denúncia de
corrupção passiva contra Temer fale à comissão. Pacheco disse que como é
uma questão sobre o rito de tramitação do processo, cabe a ele, como
presidente, decidir. O deputado se comprometeu a deliberar sobre isso até
amanhã.
Zveiter deve cumprir o prazo e apresentar seu parecer na segunda. Ele disse
que já conta com uma equipe de juristas que o ajudarão na análise da
denúncia e que, como advogado, está acostumado a cumprir prazos rígidos.
— Não me cabe decidir sobre o rito, mas como advogado estou acostumado a
virar noites para produzir pareceres — afirmou.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- BC vai divulgar conteúdo dos votos das reuniões da diretoria
Iniciativa estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI)
Banco Central do Brasil - Ailton de Freitas / Agência O Globo
BRASÍLIA - Depois de um aumento de pedidos de informações nos últimos
anos, o Banco Central resolveu tornar público o conteúdo dos votos das
reuniões de diretoria. Isso inclui todas as mudanças regulatórias como, por
exemplo, mudança nos depósitos compulsórios e outras normas bancarias. Já
os votos da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) seguirão
resguardados por sigilo.
A mudança foi anunciada na manhã desta quarta-feira. Normalmente, nesse
dia da semana é que são feitas as reuniões de diretoria. Segundo o Banco
Central, a medida faz parte da política de aperfeiçoamento da transparência da
autarquia.
Na página do BC na internet, serão disponibilizados os conteúdos de todos os
votos regulatórios aprovados pela Diretoria Colegiada a partir de 1º de julho.
Ou seja, serão expostos os documentos contêm os motivos que embasam as
decisões dos mais diversos assuntos regulatórios tratados pela diretoria.
De acordo com o Banco Centra, isso é transparência ativa. E essa iniciativa
estava prevista na Lei de Acesso à Informação (LAI). No entanto, a medida não
abrange votos que possuem dados protegidos por sigilo bancário, fiscal,
pessoal e empresarial.
―Além de permitir o acesso do conteúdo dos votos a toda sociedade, reduzindo
a assimetria de informações, a transparência ativa dessas informações permite
o estreitamento da comunicação com a sociedade. Até então, os votos
regulatórios eram disponibilizados apenas mediante demanda, ou seja, via
chamada transparência passiva‖, disse o BC em nota.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Temer mantém acordo e pagará 13º de aposentados e pensionistas em agosto
Em conversa com o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da Força
(SD-SP), na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer prometeu
manter o acordo de pagar a primeira parcela do abono natalino a aposentados
e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na folha de
agosto. Com isso, o pagamento deve começar no dia 23 do próximo mês e
seguir até o quinto dia útil de setembro.
O adiantamento do benefício para cerca de 28 milhões de aposentados e
pensionistas faz parte de uma acordo firmado entre os sindicatos
representantes da categoria e o governo federal, em 2006, ainda na gestão do
governo Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2015, porém, em meio ao ritmo fraco da
economia e a consequente queda da arrecadação, o governo, ainda sob o
comando da presidente afastada Dilma Rousseff, só fez o pagamento da
primeira parcela em setembro, que se estendeu até o início de outubro
De acordo João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos
Aposentados (Sindinapi), ligado à Força Nacional, o pagamento antecipado é
importante para aposentados e pensionistas.
— Foi uma conversa por telefone na manhã desta quarta com o presidente
Temer e ele disse que definirá o assunto com o ministro da Fazenda Henrique
Meireles, mas prometeu o pagamento na folha de agosto. Essa medida é
importante para os aposentados, que já contam com esse dinheiro antecipado,
especialmente para pagar contas — diz Inocentini.
Além disso, afirma Inocentini, ―Temer considera o pagamento na folha de
agosto um direito adquirido de aposentados e pensionistas, e não faz sentido
mudar isso nesse momento‖.
BAIXA POPULARIDADE
A promessa de Michel Temer aos aposentados e pensionistas vem em
momento que a popularidade do presidente está em baixa e o governo tenta
aprovar medidas populares em meios a escândalos de corrupção. Nesta
semana, a Caixa Econômica Federal decidiu antecipar o calendário de
pagamento das contas inativas do Fundo de Garantia do tempo de Serviço
(FGTS) para quem faz aniversário em dezembro. Previsto inicialmente para
começar no dia 14 de julho, a Caixa informou na última segunda-feira que os
pagamentos da última fase terão início no próximo sábado.
Mais de 2,5 milhões de brasileiros têm direito ao saque a partir do mês de
julho. O valor total disponível para saque neste mês ultrapassa R$ 3,5 bilhões e
equivale a aproximadamente 8% do total de recursos disponíveis no programa.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Comissão aprova adiamento da reoneração da folha para janeiro
MP será analisada ainda pelos plenários da Câmara e do Senado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao lado do deputado André Moura
(PSC-SE), líder do governo em plenário durante sessão sobre projeto de renegociação
da dívida dos estados - Givaldo Barbosa/Agência O Globo
BRASÍLIA — A Comissão Especial do Congresso responsável por analisar a
medida provisória 774, que trata do fim da desoneração previdenciária da folha
de pagamentos para cerca de 50 setores da economia, aprovou nesta quarta-
feira um texto que adia para janeiro de 2018 o aumento do imposto. No texto
original encaminhado pelo governo, a reoneração aconteceria já em julho deste
ano.
A medida agora será agora analisado pelos plenários da Câmara e do Senado.
Caso haja recesso parlamentar, a proposta perde efeitos no dia 10 de agosto.
Sem a pausa parlamentar, o prazo fica ainda menor e a MP perde validade no
fim de julho. Por isso, os parlamentares governistas trabalham para votar a
proposta no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado na semana que
vem.
O governo tentou durante todo o dia de ontem manter na comissão a data da
reoneração para este ano. Diante da forte pressão de parlamentares e da
necessidade de acelerar a votação, aceitou nesta quarta-feira um texto com o
prazo dilatado. O líder do governo do Congresso, deputado André Moura (PSC-
SE), disse, porém, que durante a votação da MP no plenário da Câmara vai
negociar com os deputados para a desoneração valer no dia da publicação do
projeto.
Se a mudança na data de reoneração da folha for confirmada no plenário das
duas casas para janeiro de 2018, o adiamento representa mais um problema
do governo para fechar as contas neste ano. A estimativa inicial do governo era
arrecadar neste ano R$ 2,1 bilhões com a reoneração da folha (que eleva a
contribuição previdenciária patronal).
Os parlamentares deixaram de fora do texto final da medida mais setores que
não terão reoneração na folha, além de empresas jornalísticas, construção civil
e transporte urbano, beneficiados no texto original da MP. Os novos ramos
contemplados são: tecnologia de informação e comunicação, têxtil, calçados e
couros, call center, indústria bélica e de defesa, construção de carrocerias de
ônibus e caminhões, bens de capital mecânico e transporte rodoviário de
cargas.
O governo conseguiu colocar no texto uma alteração que permitirá ao
presidente Michel Temer impor vetos a setores que serão beneficiados sem a
desoneração. Uma errata feita pelo relator, senador Airton Sandoval (PMDB-
SP), a pedido do governo, vai distinguir cada setor, permitindo que Temer faça
os vetos separadamente.
A política de desoneração da folha de pagamento começou em 2011. Ela
substituiu a cobrança de uma alíquota de 20% de contribuição previdenciária
sobre a folha de salários por um percentual que varia de 1,5% a 2,5% do
faturamento dependendo do setor empresarial.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Pesquisa mostra que 25% dos brasileiros tiveram crédito negado em maio
A crise afeta a capacidade de compras dos brasileiros e 25% dos
consumidores tiveram crédito negado no último mês de maio quando tentaram
fazer uma compra a prazo ou contratar algum tipo de empréstimo ou
financiamento, de acordo com Indicador de Uso do Crédito apurado pelo SPC
Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas).
Os principais motivos para a negativa foram o ―nome sujo‖, ou seja, incluído em
cadastros de inadimplentes (10%) ou a falta de comprovação de renda (4%).
O levantamento revelou que 46% dos brasileiros consideram ‗difícil ou muito
difícil‘ contratar empréstimos ou linhas de financiamento. Somente 13% dos
consumidores avaliam o processo como fácil.
A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, alertou que a facilidade
na obtenção de crédito nem sempre representa algo positivo para o cliente, que
pode acabar se endividando ou adquirindo crédito com taxas de juros muito
elevadas.
Os cartões de crédito (35%) e os cartões de loja e crediário (16%) foram as
modalidades mais usadas em maio. O cheque especial foi usado por 7% dos
consumidores, enquanto 5% recorreram a empréstimos e 4% buscaram
financiamentos.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Dólar sobe 0,30% e vale R$ 3,32, antes da ata do Fed
Ibovespa cai 0,22%, mas ações da Eletrobras disparam com rumor de venda
de ativos
- Dimas Ardian / Bloomberg
RIO E SÃO- O dólar comercial sobe 0,30% nesta quarta-feira, cotado a R$ 3,32
para venda, em um movimento global de valorização da moeda americana
poucas horas antes da divulgação da ata da última reunião do Fed (Federal
Reserve, banco central do país). No mercado acionário, o índice de referência
Ibovespa registra desvalorização de 0,22%, aos 63.092 pontos.
No exterior, o ―dollar index‖, que calcula a divisa americana frente a uma cesta
de dez moedas, tem valorização de 0,14%. Além do teor do documento que
será divulgado pelo Fed às 15h, pesa ainda sobre o mercado de câmbio a
tensão geopolítica após o lançamento de um míssel de longo alcance pela
Coreia do Norte.
Na agenda doméstica, é destaque a aprovação em plenário, por 46 votos
favoráveis e 19 contrários, do requerimento de urgência para a reforma
trabalhista. A votação do mérito do projeto, contudo, ficará para a próxima
terça-feira, segundo acordo costurado entre líderes do governo e da oposição.
O requerimento aprovado deve servir para evitar que uma eventual emenda
apresentada pelos senadores oposicionistas tivesse o poder de levar o projeto
de volta às comissões.
— É pouco provável que o dólar aqui recue aos níveis praticados na semana
passada, em se considerando as incertezas políticas que a cada dia se
acentuam, iminente aumento de impostos e potenciais acordos de colaboração
em fase de negociação junto a Procuradoria Geral da República — avaliou
Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora de Câmbio.
Em meio a esse cenário, os negócios do mercado de ações operam
pressionados, com todas as ações mais negociadas em queda. Os papéis
preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Petrobras recuam 1,20%, cotados a
R$ 12,28, e os ordinários (ONs, com direito a voto) caem 1,12%, a R$ 13,17. A
razão é a desvalorização do petróleo no mercado internacional. O barril do tipo
Brent cai 2,82%, a US$ 48,21.
Também estão com desempenho negativo as ações da Vale. As preferenciais
caem 1,64% e as ordinárias, 1,99%. O mesmo acontece com os bancos, que
possuem o maior peso na composição do Ibovespa. As PNs do Bradesco
recuam 0,56% e os papéis do Banco do Brasil caem 1,13%. As preferenciais
do Itaú estão estáveis.
Entre as altas, destaque para os papéis da Eletrobras. Os preferenciais sobem
6,52% e os ordinários avançam 7,90% com a possibilidade da estatal vender
parte de seus ativos ou mesmo de subsidiárias inteiras.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Cenários alternativos e uma articulação ausente
Quem valoriza a política, faz política, dedica-se a estudá-la, gosta de
acompanhá-la ou simplesmente sofre suas consequências, costuma se
beneficiar com a apresentação de cenários possíveis, nos quais a organização
de algumas variáveis, propostas e circunstâncias pode ajudar a que se
decifrem os enigmas do futuro imediato.
Como não caminhamos em uma só direção, nem com um mapa claro nas
mãos, e como as situações são confusas e complicadas, estamos sempre a
procurar sinais que nos ajudem a seguir em frente, dando-nos direcionamento,
algumas pistas, uma razão a mais para a mobilização ou ao menos algum
conforto.
Os dados estão lançados no Brasil atual. Crise política, economia que patina,
desemprego que se mantém, desarticulação e fragmentação social – tudo
parece indicar que estamos indo em direção ao precipício.
Será assim mesmo? Estamos sem opções, ou elas existem e devem ser
analisadas?
Consideremos alguns cenários possíveis.
Um. A Câmara e o STF aceitam a denúncia de Janot e aprovam o afastamento
de Temer, que é substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados. Com o
governo de Rodrigo Maia, a base política atual se recompõe e pode, ou
arquivar as reformas para cuidar da própria sustentação, ou reajustá-las e diluí-
las conforme novos vetos e apoios.
Dois. A Câmara rejeita a denúncia de Janot e não autoriza o STF a julgar o
presidente por crime de corrupção. Fortalecido com a decisão, Temer tem
caminho livre para governar por mais um ano e meio.
Três. Se tiver sensibilidade, Temer procurará organizar uma ―mesa
democrática‖ de conciliação nacional, chamando novas forças e pessoas para
auxiliá-lo e emprestar-lhe credibilidade. Neste caso, as reformas ganharão
impulso adicional, com base na negociação com os novos parceiros. Serão
submetidas a um debate amplo, de forma a incluir a sociedade e os diferentes
interesses.
Quatro. Uma variante da adoção desta ―mesa democrática‖ poderá ser a
antecipação das eleições de 2018, caso em que se definiriam cronograma,
regras e prazos específicos. Outra variante seria a convocação de uma
Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política ou, como opção, a
fixação da reforma política como agenda emergencial do Congresso Nacional.
Cinco. Se não tiver sensibilidade e optar pela mesmice depois da rejeição da
denúncia, Temer terminará por se fechar em copas, reforçar seu time de
aliados fiéis, abraçar o baixo clero e o PMDB, governando até o fim de 2018
sem prestar atenção nos reais problemas do país e na opinião pública. Neste
caso, o país permanecerá na corda bamba e o processo eleitoral do próximo
ano tenderá a se organizar contra ele, num quadro de grande fragmentação.
Seis. Parlamentares e partidos políticos (PT, PMDB de PSDB) patrocinam um
acordo de ―salvação nacional‖, de caráter fisiológico, que negocia a saída de
Temer, desmonta a Lava Jato, absolve os crimes de caixa 2 e adota algumas
reformas tidas como prioritárias, tudo sob a coordenação do presidente da
Câmara. Neste caso, o novo governo recebe uma blindagem parlamentar mas
pode entrar em rota de colisão com a opinião pública.
Sete. Um acordo deste tipo poderá ser viabilizado, também, por um arco de
forças extraparlamentar, incluindo instituições, lideranças da sociedade civil e
alguns movimentos sociais. Neste caso, assumiria a feição de um acordo
democrático reformador, que poderia limpar o terreno minado pelas
polarizações artificiais e traçar um roteiro para a convergência política rumo a
um ―projeto nacional‖.
Oito. Contagiadas pelos sucessos da Lava Jato, pela crise, pelo desemprego e
pela desconfiança em relação aos políticos, bem como por sucessivos
protestos do PT e dos movimentos sociais, as ruas sitiam o Palácio do
Planalto, depõem o Presidente e exigem a convocação imediata de eleições
diretas. Posto contra a parede, o mundo político se desarvora e é forçado a
reagir de forma emergencial, dividindo-se entre candidaturas de velhos barões,
outsiders e novas caras.
Cada um desses cenários apresenta vantagens e desvantagens, implica riscos
e incertezas. Beneficia certas forças e prejudica outras. Podem ser combinados
entre si. Alguns são mais razoáveis do que outros. O horizonte de cada um
deles pode ser mais amplo ou menos, assim como pode contemplar os
interesses gerais em maior ou menor medida. Passa-se o mesmo com o
potencial de transição: alguns nos levariam mais longe do que outros.
São cenários que trazem consigo desdobramentos e efeitos difíceis de serem
prognosticados. Seus pressupostos estão dados, mas não estão
materializados politicamente, e isso porque faltam os agentes decisivos: as
massas da população e os políticos com capacidade de liderança e articulação.
Por isso, a maior probabilidade é que fiquemos sem sair do lugar, ou andando
de lado, à espera de 2018, quando então, em suas urnas, poderemos enxergar
a imagem refletida do nosso infortúnio e de nossas expectativas.
O problema teria como ser equacionado por uma articulação democrática de
forças plurais, com desprendimento suficiente para correr o risco da ousadia.
Como isso não existe, o ambiente fica turvo e inconclusivo.
Os que poderiam ativar essa articulação ausente comportam-se hoje como
pêndulos desgovernados. Ora torcem pela queda de Temer, ora acham melhor
que a pinguela vá até 2018. Ora aderem à crítica inflamada e intransigente, ora
atuam como pacificadores. Ora contam com a mobilização popular, ora
trabalham para mobilizar as elites democráticas. Olham para frente e não
conseguem vislumbrar terrenos sólidos para ações criativas e contundentes.
De algum modo, desperdiçam-se algumas energias importantes.
A neutralização desta condição pendular é o que fará com que algo de novo
desponte no horizonte.
Valendo-se de Romain Rolland, Gramsci falava em ―pessimismo da razão,
otimismo da vontade‖. Não seria interessante começarmos a pensar também
em um ―otimismo da razão‖?
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Desemprego e política prejudicam perspectivas para reforma da Previdência, diz Fitch
Agência de classificação de risco entende que aproximação das eleições de
2018 pode reduzir a janela política para as reformas
O desemprego, as dívidas públicas e os desenvolvimentos políticos no Brasil
prejudicam as perspectivas para a reforma da Previdência e também para o
ajuste fiscal, apontou a agência de classificação de risco Fitch em relatório.
A Fitch espera que a queda dos juros e o ganho real dos salários deem suporte à
recuperação econômica Foto: Brendan McDermid/Reuters
"Os riscos negativos para as previsões de crescimento permanecem, devido ao
ambiente político desafiador e uma agenda de reformas parada. Além disso, a
alta taxa de desemprego e dívidas domésticas e do setor privado também
devem pesar sobre a recuperação. As incertezas políticas cresceram nas
últimas semanas, com acusações de corrupção ligadas ao presidente Michel
Temer", segundo a agência.
A aproximação das eleições de 2018 pode reduzir a janela política para as
reformas, avalia a Fitch. "A reforma da Previdência é essencial para tornar o
teto de gastos públicos aprovado em dezembro efetivo e com credibilidade. A
recuperação na confiança do consumidor e dos negócios se mostrou irregular
desde o impeachment", apontou a agência.
A revisão da meta de inflação no Brasil deve ajudar a ancorar as expectativas
de inflação no médio prazo, à medida que o Banco Central ganha credibilidade.
De acordo com a agência, isso deve dar apoio ao ajuste fiscal e à recuperação
econômica.
A Fitch ainda espera que a queda dos juros e o ganho real dos salários deem
suporte à recuperação econômica. No entanto, os riscos de queda para as
previsões de crescimento permanecem por causa da agenda desafiador e o
tom do risco continua sendo dado pela política.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Inflação das 20 maiores economias do mundo cai pelo quarto mês seguido
A inflação de todas as economias desenvolvidas também caiu em maio e
atingiu seu nível mais baixo neste ano
A inflação no G-20, grupo que reúne os países que representam a maior parte
da atividade econômica mundial, caiu pelo quarto mês consecutivo, em maio,
para seu menor nível desde agosto de 2016, segundo informou a Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na terça-feira, 4.
A
inflação em todas as economias desenvolvidas também caiu pelo terceiro mês
consecutivo em maio Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Dados divulgados pela agência de pesquisa também mostraram que a
inflação em todas as economias desenvolvidas caiu pelo terceiro mês
consecutivo em maio e para seu nível mais baixo registrado neste ano.
A queda das taxas de inflação em todo o mundo acontece quando alguns
importantes bancos centrais começam a contemplar a retirada das medidas de
estímulos que foram implementados desde a crise financeira.
Em declarações feitas na última semana, o presidente do Banco Central
Europeu, Mario Draghi, o do Banco de Inglaterra, Mark Carney, e do Banco do
Canadá, Stephen Poloz, sinalizaram que em breve chegará o momento de
considerar uma redução de seu estímulo ao crescimento econômico.
Dos três, apenas Carney está enfrentando uma taxa de inflação acima da meta
de 2% - que é compartilhada pela maioria das autoridades monetárias nos
países desenvolvidos. Embora no Reino Unido a inflação tenha avançado de
2,7% em abril para 2,9% em maio, no Canadá ela caiu de 1,6% para 1,3%, e
na zona do euro recuou de 1,9% para 1,4%.
A inflação também perdeu força nos EUA, e um dirigente do Federal Reserve
advertiu que falar de políticas futuras mais apertadas pode ser uma das causas
do enfraquecimento das expectativas de futuros aumentos nos preços.
Grande parte da volatilidade da inflação nos últimos anos deveu-se aos preços
da energia, que tiveram um papel semelhante em 2017. Excluindo os preços da
energia e dos alimentos, a taxa básica de inflação na OCDE caiu num ritmo
mais moderado em maio, de 1,9% para 1,8%.
os economistas esperem uma aceleração no crescimento econômico mundial
neste ano, após um decepcionante 2016, ainda falta um ingrediente para uma
taxa de inflação sustentada em torno da meta de 2% dos bancos centrais dos
países desenvolvidos: uma aceleração nos salários.
Os bancos centrais estão intrigados com o ritmo lento dos aumentos de
salários, tendo em vista declínios contínuos nas taxas de desemprego. Mas
eles acreditam que o crescimento econômico acabará por eliminar o hiato entre
o que suas economias podem produzir e o que estão produzindo agora,
elevando os salários e os preços. / DOW JONES NEWSWIRE
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Fim da „guerra fiscal‟ avança no Senado
Projeto passou ontem na Comissão de Assuntos Econômicos e agora segue
para votação no Plenário
BRASÍLIA - A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou ontem o
relatório do projeto que regulariza benefícios fiscais concedidos pelos Estados
para acabar com a chamada guerra fiscal, pela qual governadores reduzem
impostos para atrair empresas. O texto agora segue para o plenário do
Senado.
O relatório aprovado, do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), retirou a
mudança inserida pela Câmara dos Deputados que acabava gradualmente
com os benefícios de alguns setores, como comércio e portos. Os senadores já
haviam aprovado projeto sobre o tema, mas o texto foi modificado pela Câmara
e teve que voltar para o Senado.
Ferraço defende prazo para que empresas se preparem para fim de incentivos Foto:
ANDRE DUSEK | ESTADAO CONTEUDO
A guerra fiscal é justificada pelos Estados como uma maneira eficiente de atrair
investimentos. Em troca, abrem mão de parcelas do ICMS, principal fonte de
recursos de todos os governos estaduais.
No fim de maio, a Câmara aprovou um texto que dava carência de 15 anos
para Estados acabarem com as isenções, prazo que já estava previsto no
projeto que saiu do Senado. Entre os deputados, o Estado de São Paulo, com
o apoio do Ministério da Fazenda, tentou reduzir os benefícios gradualmente já
a partir de 2018 para todos os setores. Mas, depois de muita negociação, a
Câmara manteve os 15 anos de carência para indústria e agropecuária, como
defendiam Estados do Norte e Nordeste.
Os deputados, no entanto, criaram uma redução gradual para algumas áreas.
Para empresas de atividades portuárias e aeroportuárias, os benefícios fiscais
deveriam ser reduzidos aos poucos durante oito anos, sendo 10% durante os
seis primeiros anos e 15% no sétimo e oitavo anos. Para o comércio, as
isenções teriam de ser diminuídas ao longo de cinco anos, sendo 10% no
primeiro ano e 20% a partir do segundo ano. Havia ainda a previsão de
redução gradativa em três anos para carne in natura e de encerrar os
benefícios para as demais atividades em um ano.
Em seu relatório, Ferraço defendeu que é necessário dar prazo para que as
empresas beneficiadas possam se preparar financeiramente para o fim dos
incentivos fiscais e criticou a carência diferenciada por setor econômico. ―Ainda
que se intencionasse a manutenção da diminuição gradativa dos incentivos,
não haveria razão para não inserir esses setores no mesmo contexto‖, afirmou.
O relatório do senador manteve outros pontos do projeto, como o fim da
unanimidade entre os membros do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz) para autorizar a concessão de novos benefícios fiscais. A proposta
prevê que novos convênios para concessão de isenções terão de ser
aprovados e ratificados pelo Confaz com voto de, no mínimo, dois terços dos
Estados, sendo que, desses dois terços, um terço deve ser de unidades
federativas da região a qual pertence o Estado.
Também foi mantida a obrigação de dar publicidade aos contratos de
benefícios fiscais concedidos na internet.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Veja o voto de cada senador no pedido de urgência para a reforma trabalhista
Requerimento acelerou tramitação de proposta que muda 100 pontos na CLT;
votação final será na próxima semana
O Senado aprovou nesta terça-feira, 4, um pedido de urgência para a votação
da reforma trabalhista por 46 votos a 19, em um placar considerado confortável
para o governo por analistas do mercado. Na prática, o requerimento acelera a
tramitação da proposta, cuja votação final é prevista para a semana que vem.
+ Governo corre contra o tempo para convencer indecisos
O projeto, que altera mais de 100 pontos da CLT, precisa apenas da maioria
simples dos senadores em plenário para ser aprovado e ir à sanção
presidencial. Para garantir apoio ao projeto, o presidente Michel Temer já
garantiu alterar os pontos mais polêmicos do texto por meio de Medida
Provisória.
Veja como votou cada senador:
SIM
Aécio Neves - PSDB-MG
Airton Sandoval - PMDB-SP
Ana Amélia - PP-RS
Antonio Anastasia - PSDB-MG
Armando Monteiro - PTB-PE
Ataídes Oliveira - PSDB-TO
Benedito Lira - PP-AL
Cássio Cunha Lima - PSDB-PB
Cidinho Santos - PR-MT
Dalirio Beber - PSDB-SC
Dário Berger - PMDB-SC
Edison Lobão - PMDB-MA
Eduardo Lopes - PRB-RJ
Elmano Ferrer - PMDB-PI
Fernando Coelho - PSB-PE
Flexa Ribeiro - PSDB-PA
Garibaldi Alves Filho - PMDB-RN
Gladson Cameli - PP-AC
Ivo Cassol - PP-RO
José Agripino - DEM-RN
José Maranhão - PMDB-PB
José Medeiros - PSD-MT
José Serra - PSDB-SP
Lasier Martins - PSD-RS
Magno Malta - PR-ES
Marta Suplicy - PMDB-SP
Omar Aziz - PSD-AM
Paulo Bauer - PSDB-SC
Pedro Chaves - PSC-MS
Raimundo Lira - PMDB-PB
Ricardo Ferraço - PSDB-ES
Roberto Rocha - PSB-MA
Romário - PSB-RJ
Romero Jucá - PMDB-RR
Ronaldo Caiado - DEM-GO
Rose de Freitas - PMDB-ES
Sérgio Petecão - PSD-AC
Simone Tebet - PMDB-MS
Tasso Jereissati - PSDB-CE
Telmário Mota - PTB-RR
Valdir Raupp - PMDB-RO
Vicentino Alves - PR-TO
Waldemir Moka - PMDB-MS
Wellington Fagundes - PR-MT
Wilder Morais - PP-GO
Zezé Perrella - PMDB-MG
NÃO
Ângela Portela - PDT-RR
Antonio C. Valadares - PSB-SE
Eduardo Amorim - PSDB-SE
Fátima Bezerra - PT-RN
João Capiberibe - PSB-AP
Jorge Viana - PT-AC
José Pimentel - PT-CE
Kátia Abreu - PMDB-TO
Lídice da Mata - PSB-BA
Lindbergh Farias - PT-RJ
Otto Alencar - PSD-BA
Paulo Paim - PT-RS
Paulo Rocha - PT-PA
Randolfe Rodrigues - Rede-AP
Regina Sousa - PT-PI
José Reguffe - Sem partido - DF
Renan Calheiros - PMDB-AL
Roberto Requião - PMDB-PR
Vanessa Grazziotin - PCdoB-AM
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- E AGORA, TODO MUNDO?
Analisando o momento brasileiro, o setor de seguros teve um desempenho
positivo, mas há mais a se considerar...
Quando parecia que o Brasil tomaria jeito, os últimos eventos no universo
político vieram jogar água na fervura. Ainda é cedo para afirmar que a vaca foi
pro brejo, mas, mais uma vez, corremos o risco de ver os esforços para
sairmos da crise ameaçados.
O que isso quer dizer ninguém sabe. Ainda é cedo para análises mais
profundas sobre o nosso futuro, mesmo o de curto prazo. Por outro lado, a
economia tem se mostrado extremamente resistente às pancadas que vão
sendo dadas para todos os lados e tem se comportado de maneira exemplar,
dentro do cenário atual. O dólar não disparou, a Bolsa não desmoronou, a
inflação está abaixo da meta, o comércio apresenta números melhores, a
indústria ameaça uma tênue recuperação, ainda que setorial, e o agrobusiness
dá show de produtividade, mesmo com o Governo fazendo muito menos do
que o mínimo necessário.
Diz o ditado que contra números não há argumentos. Prefiro mudar um pouco
para dizer que contra argumentos negativos, nada como números positivos. É
o que o setor de seguros apresenta.
Pode parecer espantoso, no Brasil de hoje, algum setor apresentar um
crescimento consistente de 4% acima da inflação. É tarefa para gente grande e
é o que o setor de seguros tem para mostrar como resposta para quem duvida
da sua solidez e capacidade de resistência à crise.
Ninguém nega, as seguradoras sofreram bastante com a recessão que atingiu
a indústria automobilística. A queda da venda de veículos novos impactou
severamente as empresas que têm foco mais forte no seguro de automóveis,
bem como a grande maioria dos corretores de seguros, que têm neste seguro o
grosso de sua produção.
Da mesma forma, o desemprego brutal, que atingiu mais de 14 milhões de
pessoas, impactou a carteira de seguros de vida de várias seguradoras. E
reduziu em mais de 3 milhões de vidas o número de pessoas atendidas pelos
planos de saúde privados.
São dados preocupantes e que expõem a situação dramática que as
administrações petistas deixaram como grande legado. Ao contrário do gritado
aos quatro cantos pela propaganda do governo Dilma Rousseff, a crise que o
Brasil atravessa é muito mais séria do que qualquer outro momento de nossa
história, não apenas porque a crise quebrou de fato parte da nação, mas
porque os parâmetros morais foram rasgados, em nome da mais deslavada
corrupção, transformada em política pública para manter o partido no poder.
Evidentemente, o setor de seguros sofreu com a situação. Não teria como uma
atividade de apoio se manter ao largo da tormenta, esperando o tempo
melhorar para navegar de novo. Não é assim que as coisas funcionam. O setor
esteve presente no dia a dia nacional, oferecendo suas apólices como opção
para proteção do patrimônio social, pagando bilhões de reais em indenizações,
parte delas decorrentes dos fatores adversos que feriram milhões de brasileiros
e quebraram ou reduziram a capacidade de milhares de empresas.
Além disso, as empresas do setor investem regularmente quase um trilhão de
reais provenientes de suas reservas, oferecendo massa significativa de
recursos para girar a economia, diminuindo os efeitos da recessão.
Dada a renovação dos negócios já existentes, a demanda pelos produtos da
previdência complementar, a busca pelos planos de capitalização, o setor
compensou o impacto direto da crise em vários ramos de seguros.
O resultado dessas ações e da capacidade profissional e dedicação dos
corretores de seguros tornaram possíveis os números que colocam o setor 4%
acima da inflação.
Mas uma pergunta incomoda: e agora, todo mundo?
Na época da República de Weimar, quando a Alemanha atravessava uma crise
política e econômica devastadora, um grande jurista, consultado sobre a
verdadeira caça às bruxas que se instalara no país, perguntou o que os
promotores e o Judiciário perseguiam, a justiça ou a paz social.
Essa é a pergunta atual: o que o Brasil quer? Colocar atabalhoadamente todos
os que alguém acha que são os culpados na cadeia e arrebentar o país, ou
fazer o que tem que ser feito da forma certa e dentro da lei, para voltar a
crescer de forma sadia, dentro de uma verdadeira democracia?
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- GASODUTO FORÇA SIBERIANA VAI COMEÇAR A ENTREGAR O GÁS PARA CHINA NO FIM DE 2019
A entrega de gás russo à China
através do gigantesco
gasoduto ―Força Siberiana‖ deve
começar em dezembro de 2019, o
presidente da Gazprom, Alexei
Miller, disse que “Foi fechado um
acordo entre a Gazprom e o nosso
sócio chinês, a CNPC, sobre a data
para começarem as estregas gás pelo
„Força Siberiana‟. Acordamos o dia
20 de dezembro de 2019”. Após dez anos de duras negociações, a gigante de
energia Gazprom e a CNPC assinaram, em 21 de maio de 2014, um contrato
de fornecimento de gás russo à China pelo gasoduto, estimado em cerca de
400 bilhões de dólares, em um período total de 30 anos.
Esse gasoduto, batizado de ―Força Siberiana”, vai conectar, através de mais de
4 mil km de tubos, os campos de gás da imensa República da Iakútia, na
Rússia, e o Mar do Japão, assim como o leste da fronteira chinesa. A
Gazprom anunciou em várias ocasiões sua intenção de aumentar suas
entregas na Ásia, um forte mercado com preços elevados, enquanto preserva
suas relações com os clientes europeus.
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- MIT CRIA VANT QUE USA GÁS NATURAL COM UMA AUTONOMIA DE TRÊS DIAS
O tempo de autonomia tem sido
um grande desafio para os aviões
não tripulados de qualquer
tamanho e tipo. Sejam gigantescos
veículos militares ou pequenos
Drones para diversão. Para
resolver esse problema, os
engenheiros do MIT – Instituto de
Tecnologia de Massachusetts – tiveram a ideia de equipar seu Jungle Hawk
Owl com um tanque de gás que pode fazer com que o brinquedinho se
mantenha continuamente no ar por até cinco dias.
Esse projeto teve início com uma proposta feita pela Força Aérea norte-
americana, que desafiou diversas equipes do país a construírem um VANT
(veículo aéreo não tripulado) feito sob medida para a entrega de equipamentos
de comunicação a áreas devastadas por desastres naturais ou em situação de
emergência. As principais exigências dos militares era que o aparelho
conseguisse se manter em voo por longos período e fosse alimentado por
energia solar. No caso de aplicação na indústria de óleo e gás, ele pode ser
usado com câmeras infravermelhas capazes de enviar imagens noturnas para
fiscalizar grandes oleodutos e gasodutos que, no Brasil, sofrem ataques de
gangues especializadas. O drone
não é pequeno, mas é muito
eficiente.
Não demorou para que boa parte
dos times envolvidos na
competição percebessem que esse
último item era extremamente
limitante e não permitir que o
primeiro fosse seguido à risca.
Para se alimentar adequadamente
da luz do sol e voar com mais
autonomia, o drone teria que ser ainda maior do que a sua forma final – com
cerca de 7,3 metros de envergadura – e perderia boa parte de sua capacidade
de carga tendo que transportar sempre uma bateria grande e pesada dentro de
si. Os engenheiros recorreram ainda a materiais leves, mas bastante
resistentes
Uma equipe chefiada pelo professor Warren Hoburg encontrou no gás natural
um meio termo entre a tradicional gasolina e as energias limpas, mais
facilmente acessíveis. Para ajudar a ampliar a autonomia do veículo, os
engenheiros recorreram ainda a materiais leves, mas bastante resistentes,
como fibra de carbono e kevlar. Com isso, Hoburg afirma que ele e seus
companheiros “gastam mais combustível dirigindo até o campo de lançamento do
que voando o drone por três dias”.
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- ANP COMEÇA CONSULTA PÚBLICA SOBRE PRÉ-EDITAIS DAS RODADAS DE LICITAÇÕES DE PARTILHA DO PRÉ-SAL
A ANP começou a realizar hoje(5)
a consulta pública relativa aos pré-
editais e minutas dos contratos das
2ª e 3ª Rodadas de Licitações de
Partilha de Produção, de áreas no
pré-sal. A consulta vai até o dia 21
deste mês. A audiência pública
sobre o tema ocorrerá no dia 25 de
julho, em local a ser definido. A etapa pública do processo permitirá à ANP
obter subsídios e informações adicionais sobre os pré-editais e minutas de
contratos e propiciar aos agentes econômicos e demais interessados a
possibilidade de encaminhamento de comentários e sugestões, dando
publicidade e transparência às ações da Agência.
Na elaboração dos pré-editais e das minutas dos contratos, foram realizados
aprimoramentos de forma, que resultaram na simplificação do texto e melhor
organização das informações, e de conteúdo, que adaptaram as regras às
novas resoluções do CNPE e demais legislações relevantes. Entre as
principais mudanças estão: informações específicas relativas aos
procedimentos de individualização da produção para a 2ª Rodada; inclusão de
regras que permitam a participação, na modalidade de não-operador, dos
Fundos de Investimento em Participações, possibilidade de aproveitamento de
documentos apresentados em uma rodada de partilha para a outra; adequação
da cláusula de P,D&I à Resolução Pedefor; alteração da cláusula de conteúdo
local para adaptação à Resolução CNPE.
Destaca-se ainda a adaptação dos textos ao direito de preferência da
Petrobrás em atuar como operadora. A empresa exerceu direito de preferência
para a área unitizável adjacente ao campo de Sapinhoá, ofertada na 2ª
Rodada, e nos blocos de Peroba e Alto de Cabo Frio Central, oferecidos na 3ª
Rodada. Desse modo, para cada rodada, foram elaboradas duas minutas de
contrato, sendo uma com e outra sem a participação de 30% da Petrobrás
como operadora.
As duas rodadas estão previstas para ocorrerem no dia 27 de outubro, no Rio
de Janeiro.
Os documentos relacionados à consulta e à audiência públicas, procedimentos
para envio de sugestões e para participação na audiência, bem como
informações e cronogramas das rodadas estão disponíveis na
página http://www.brasil-rounds.gov.br/. A consulta pública também pode ser
acessada na página http://www.anp.gov.br/wwwanp/consultas-audiencias-publicas/em-
andamento/3854-consulta-e-audiencia-publicas-n-15-2017.
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- RÚSSIA E VIETNÃ ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO NUCLEAR, MAS NÃO PREVÊ CONSTRUÇÃO DE USINAS NUCLEARES
A Rússia assinou um memorando de
entendimento com o Vietnã para um
um projeto de cooperação nuclear
com a Rosatom. No acordo está
previsto a participação do Ministério
da Ciência e Tecnologia do Vietnã,
que vai construir um centro de
ciência e tecnologia nuclear. O
memorando foi assinado em Moscou
pelo diretor-geral da Rosatom, Alexey Likhachov, e o vice-ministro da Ciência
e Tecnologia do Vietnã, Tran Dai Thanh.
O acordo entre o Vietnã e a Rússia prevê a consulta sobre os termos e as
condições de financiamento do projeto. Nos termos desse acordo, o governo
russo deveria fornecer empréstimos no valor de US $ 500 milhões para a
construção do centro. Os dois lados desenvolverão um plano para uma maior
cooperação no desenvolvimento da infraestrutura nuclear do Vietnã. O centro
de ciência será equipado com reatores de pesquisa de design russo, um
ciclotron polivalente, bem como laboratórios de pesquisa, um complexo de
engenharia, equipamentos e infraestrutura para assegurar uma operação
segura. Será usado para treinamento de pessoal um programa de energia
nuclear do Vietnã.
Em outubro de 2010, a Rússia assinou um acordo intergovernamental com o
Vietnã para a construção da primeira usina nuclear no país do Sudeste
Asiático. O acordo exigiu a construção da subsidiária da Rosatom,
AtomStroyExport, da usina nuclear de Ninh Thuan 1, em Phuoc Dinh, na
província de Ninh Thuan. A planta deveria incluir dois reatores de água
pressurizada VVER de 1200 MWe e ser de propriedade e operada pela
eletricidade estatal do Vietnã.
A fábrica de Ninh Thuan 2, em Vinh Hai, na Cam Ranh Bay, a cerca de 20
quilômetros a nordeste de Phouc Dinh, deveria ser desenvolvida sob uma
parceria com o Japão. No entanto, em novembro a legislação do Vietnã
aprovou a decisão do governo de abandonar os planos para construir as duas
primeiras usinas nucleares do país em favor das energias renováveis e das
importações de energia em meio aos preços mais baixos do petróleo e do
carvão.
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- SIEMENS INVESTE R$ 10 MILHÕES EM MÁQUINA PARA MELHORAR PERFORMANCE DE SUA FÁBRICA DE TURBINAS
A Siemens do Brasil investiu R$ 10
milhões em uma nova
Mandrilhadora para modernizar os
processos fabris e, ao mesmo
tempo, aumentar a produtividade
de sua fábrica de Turbinas a
Vapor, em Jundiaí, São Paulo. A
máquina, comprada do fabricante
TOS Vansdorf, da República
Tcheca, foi adquirida com o
objetivo de acompanhar a evolução da empresa atendendo demandas de
setores variados mais rapidamente e já está em operação. O gerente da fábrica
de Turbinas a Vapor da Divisão Power & Gas e coordenador do
projeto, Adriano Pescuma Rodriguez, diz que a nova máquina oferece maior
segurança e precisão, além de ser dez vezes mais rápida do que a
anterior: “Nossa expectativa é reduzir o tempo de processamento de operações de
usinagem em pelo menos 40%, pois a alta tecnologia do equipamento vai
proporcionar um trabalho mais eficiente, preciso e automatizado”, explica.
Responsável por usinar e dar acabamento a peças fundidas de até cinco
metros de altura e com uma mesa rotativa de capacidade de carga para 50
toneladas, a Mandrilhadora conta com ferramentas que atendem demandas de
diversos segmentos distintos, como óleo e gás e geração de energia hidráulica
e eólica. Além disso, seus processos são automatizados, o que auxilia a
Siemens a estar cada vez mais integrada ao conceito de Indústria 4.0. A
Mandrilhadora segue os requisitos da norma de segurança no trabalho em
máquinas e equipamentos aprovada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego: “Dois engenheiros e operadores foram à sede do fabricante fazer
treinamentos, o que garante que toda a equipe vai conseguir trabalhar de forma
assertiva e entregar os melhores resultados”, concluiu Rodriguez.
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Fonte: Petronotícias
05/07/2017
- REGNIER FECHA CONTRATO COM EMPRESA DO MERCADO DE FPSOS E PLANEJA EXPANSÃO TERRITORIAL NO BRASIL
O momento de crise da nossa economia
não assustou a fabricante francesa de
cilindros hidráulicos Regnier, que entrou no
mercado nacional em 2014 e já mira nos
próximos passos de expansão. De acordo
com o diretor-geral da companhia no
Brasil, Jeremy Matioszek, a meta da
empresa é aumentar a carteira de clientes
e ampliar a presença no Brasil, abrindo
unidades em São Paulo e Paraná. Além
disso, o executivo também revelou que a
Regnier fechou recentemente um contrato
com uma empresa estrangeira que atua
em FPSOs no Brasil. O setor siderúrgico
também está nos planos de expansão da
companhia, que ainda tem planos de promover a capacitação de funcionários
brasileiros. ―Queremos mandar profissionais para fora para se especializarem.
Temos plano de treinamento para brasileiros na França, que vão passar dois meses
lá em treinamento. Queremos investir mais no Brasil, tanto em maquinário quanto
em mão de obra―, afirmou.
Qual é o foco da atuação da empresa?
Nós somos uma empresa de origem francesa que fabrica cilindros hidráulicos para
as indústrias offshore, siderúrgica, nuclear, enfim, para todas as indústrias pesadas.
No Brasil, o foco é a manutenção corretiva de cilindros hidráulicos. A empresa tem
mão de obra nacional e também traz técnicos estrangeiros para as operações. Neste
momento, estamos enxutos para otimizar custos e acompanhar o mercado.
Quando a empresa chegou ao Brasil?
Chegamos ao Brasil em 2014 e inicialmente contávamos com um escritório de
representação no Rio de Janeiro. No ano passado, decidimos abrir uma planta fabril
no Espírito Santo, na Grande Vitória. Tivemos a oportunidade de atender um cliente
de fora e demos esse passo para atender na área de pós venda.
Como estão os negócios no mercado brasileiro?
A situação está difícil porque estamos enfrentando uma economia muito retraída. As
empresas não querem investir tanto na área de manutenção corretiva. Estão
preferindo fazer manutenções mais baratas e com efeitos que durem menos. O
nosso trabalho é fazer uma manutenção corretiva de alto nível. Nós viemos com o
posicionamento de uma empresa que traz qualidade de 40 anos do mercado,
principalmente nas áreas de petróleo e gás e nuclear. A duração da nossa
manutenção corretiva é muito maior.
Como a companhia atua dentro do setor de óleo e gás do Brasil?
Nós acabamos de fechar um projeto de empresa estrangeira que atua em FPSOs no
Brasil e que está renovando o seu parque hidráulico de levantamento de carga.
Também estamos em manutenção de cilindros em PLSVs. Além disso, oito navios
que estão no Brasil tem cilindros fabricados por nossa empresa.
Quais são as perspectivas dentro do setor de óleo e gás?
Pelo fato do setor de petróleo e gás ter se retraído um pouco, nós estamos
trabalhando mais com siderurgia no momento. Sabemos que o segmento de óleo e
gás vai voltar. Já estamos vendo alguns sinais de aquecimento de mercado.
Estamos saindo dessa fase de “banho-maria”.
E em que outros setores a Regnier deseja crescer?
Principalmente no siderúrgico. Existe um gap em termos de cilindros hidráulicos,
que são muito mal consertados. Vemos que existem muitos erros de concepção.
Estamos trabalhando com algumas empresas do mercado para uma mudança de
concepção de cilindros, visando dar uma confiabilidade maior. Temos know
how fora do Brasil e queremos aplicá-lo no País.
Como andam os negócios dentro do segmento nuclear?
Por enquanto estamos com algumas conversas, mas nada de concreto. É um setor
que ainda não focamos.
Como a empresa planeja crescer neste momento de crise?
Atualmente, a Regnier trabalha muito enxuta, com poucos contratos. Prevemos que
vamos ter um crescimento de mais ou menos de 2% ao mês ao longo deste ano.
Estamos nos preparando para voltar ao mercado. Queremos mandar profissionais
para fora para se especializarem. Temos plano de treinamento para brasileiros na
França, que vão passar dois meses lá em treinamento. Queremos investir mais no
Brasil, tanto em maquinário quanto em mão de obra. Já fizemos um investimento
acima de R$ 2 milhões e temos previsão de investir mais R$ 500 mil por ano até
2020.
Quais serão os próximos passos da companhia?
No médio prazo, queremos ampliar nossa carteira de clientes, sempre trabalhando
com as maiores dificuldades deles. Queremos investir nestes clientes e trazer mais
soluções e tecnologia. Além disso, queremos ainda contratar mais pessoas e
ampliar nossas atividades em outros estados. Hoje, estamos em Minas Gerais, Rio
de Janeiro e Espírito Santo e visamos entrar em São Paulo e Paraná. Não será uma
expansão com uma planta fabril, necessariamente, mas com uma representação
comercial. Também visamos ampliar nossa presença na América Latina.
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Fonte: Tnpetróleo
05/07/2017
- Vai de hoje (05) até 21 de julho consulta pública relativa aos pré-editais e minutas dos contratos das 2ª e 3ª Rodadas
A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocambustíveis (ANP) realiza entre
hoje (5/7) e 21 de julho a consulta pública relativa aos pré-editais e minutas dos
contratos das 2ª e 3ª Rodadas de Licitações de Partilha de Produção, de áreas
no pré-sal. A audiência pública sobre o tema ocorrerá no dia 25 de julho, em
local a ser definido.
A etapa pública do processo permitirá à ANP obter subsídios e informações
adicionais sobre os pré-editais e minutas de contratos e propiciar aos agentes
econômicos e demais interessados a possibilidade de encaminhamento de
comentários e sugestões, dando publicidade e transparência às ações da
Agência.
Na elaboração dos pré-editais e das minutas dos contratos, foram realizados
aprimoramentos de forma, que resultaram na simplificação do texto e melhor
organização das informações, e de conteúdo, que adaptaram as regras às
novas resoluções do CNPE e demais legislações relevantes.
Entre as principais mudanças estão: informações específicas relativas aos
procedimentos de individualização da produção para a 2ª Rodada; inclusão de
regras que permitam a participação, na modalidade de não-operador, dos
Fundos de Investimento em Participações (FIPs); possibilidade de
aproveitamento de documentos apresentados em uma rodada de partilha para
a outra; adequação da cláusula de P,D&I à Resolução Pedefor nº 1/2017;
alteração da cláusula de conteúdo local para adaptação à Resolução CNPE nº
07/2017.
Destaca-se ainda a adaptação dos textos ao direito de preferência da
Petrobras em atuar como operadora. A empresa exerceu direito de preferência
para a área unitizável adjacente ao campo de Sapinhoá, ofertada na 2ª
Rodada, e nos blocos de Peroba e Alto de Cabo Frio Central, oferecidos na 3ª
Rodada. Desse modo, para cada rodada, foram elaboradas duas minutas de
contrato, sendo uma com e outra sem a participação de 30% da Petrobras
como operadora.
Ambas as rodadas estão previstas para ocorrerem no dia 27 de outubro, no Rio
de Janeiro.
Os documentos relacionados à consulta e à audiência públicas, procedimentos
para envio de sugestões e para participação na audiência, bem como
informações e cronogramas das rodadas estão disponíveis na página
http://www.brasil-rounds.gov.br/.
A consulta pública também pode ser acessada na
página http://www.anp.gov.br/wwwanp/consultas-audiencias-publicas/em-andamento/3854-
consulta-e-audiencia-publicas-n-15-2017.
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Fonte: Tnpetróleo
05/07/2017
- Brent estabiliza próximo dos US$ 50
O Brent aumentou por nove dias seguidos e é o maior período de ganhos
desde julho de 2009.
No final de maio e na maior parte de junho foram predominantemente de
preços baixos, na medida em que a produção dos EUA aumentou e as dúvidas
cresceram sobre a capacidade da Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep) de controlar a produção.
Mas o sentimento começou a mudar no final de junho, quando os dados
mostraram uma caída na produção de petróleo dos EUA e uma pequena queda
na perfuração para a nova produção.
Os preços subiram nos últimos dias, apesar da produção da Opep atingir um
máximo de 32,72 milhões de barris por dia (bpd) em junho de 2017, de acordo
com uma pesquisa realizada pela Reuters.
Os esforços do grupo para reequilibrar o mercado foram prejudicados pelo
aumento da produção da Líbia e da Nigéria, que estão isentos de um acordo de
redução do resultado. A Líbia está bombeando cerca de 1 milhão de barris de
petróleo bruto, uma alta de quatro anos.
As exportações da Opep subiram pelo um segundo mês consecutivo em junho
para 25,92 milhões de bpd, 1,9 milhão de barris por ano no mesmo mês do ano
passado, de acordo com a Thomson Reuters Oil Research.
"Vemos uma recuperação dos preços do petróleo no segundo semestre de
2017 a partir dos níveis atuais, com os cortes na produção da Opep, uma
desaceleração no crescimento da oferta global e uma demanda sazonada
reafirmando os preços", disse a BMI Research, e acrescentou que "apesar de
um aumento na produção, teremos um crescimento dos preços no ano em
2018. "
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Fonte: Tnpetróleo
05/07/2017
- Emprego reaquece e cria 73 mil novas vagas em maio para candidatos jovens
O mercado de trabalho para os jovens está reaquecendo e novas
oportunidades de emprego estão surgindo, segundo o Ministério do Trabalho.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
(Caged), de 1,24 milhão de contratações em maio, 611,42 mil foram de
trabalhadores com até 29 anos. Como resultado, a diferença entre admissões e
desligamentos gerou um saldo positivo de 73,29 mil novas vagas somente para
essa faixa etária.
Segundo o Ministério do Trabalho, esta não foi a primeira vez que a criação de
empregos para trabalhadores jovens teve um desempenho positivo no Caged.
De janeiro a maio, o grupo de trabalhadores de até 24 anos teve saldo positivo
de 320,55 mil vagas formais de trabalho. O saldo entre admitidos e demitidos
de todas as faixas etárias nesses cinco meses chegou a 25,23 mil vagas, ou
seja, 12 vezes menor.
No acumulado dos últimos 12 meses, quando o saldo geral foi negativo em
887,62 mil vagas, a criação de vagas para os mesmos trabalhadores de até 24
anos apresentou saldo positivo de 545, 91 mil vagas.
―Embora as faixas etárias mais elevadas ainda não tenham apresentado saldos
positivos de emprego, a forte presença dos jovens na geração de empregos
formais deve ser comemorada, considerando as dificuldades que esse grupo
enfrenta no mercado de trabalho‖, informou o ministério, em nota, citando
dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad
Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aponta
que, no 1º trimestre de 2017, a taxa de desocupação dos trabalhadores entre
18-24 anos foi 28,8%, o dobro da média nacional (13,7%).
Atividade econômica
Dos oito setores de atividade econômica, seis deles concentram os maiores
saldos positivos de emprego para jovens dos 18 aos 24 anos, segundo o
ministério. Só o setor de serviços, em maio, abriu 21,8 mil vagas formais para
esses trabalhadores. Na indústria da transformação, foram 12,6 mil, e no
comércio, 11,8 mil postos.
Também tiveram desempenho positivo para esta faixa etária, a construção civil,
com saldo de mil postos; os serviços de utilidade pública, com cerca de 400; e
a extrativa mineral, com 165 vagas a mais.
O estado que mais empregou jovens em maio foi São Paulo, com a criação de
26.861 vagas formais para trabalhadores com até 29 anos. A maioria, 20.123,
tinha entre 18 e 24 anos. Em segundo lugar ficou Minas Gerais, com um saldo
positivo de 14.581, sendo 10.140 para a faixa de 18 a 24. E o terceiro foi o
Paraná, com saldo de 6.150.
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Fonte: Tnpetróleo
05/07/2017
- Odebrecht Agro comemora 10 anos de atuação
A diretoria da UDOP parabeniza a Odebrecht Agroindustrial pela comemoração
de seus 10 anos de atuação, ocorrida neste mês de julho. "É sem dúvida algo a
se celebrar, uma vez que a Odebrecht Agro significou um grande divisor de
águas nos rumos do setor da bioenergia. Uma empresa com uma visão de
futuro excepcional e que em 10 anos marcou de forma destacada sua trajetória
no setor", destaca o presidente executivo da UDOP, Antonio Cesar Salibe.
Com mais de 11 mil integrantes, a Odebrecht Agro é marca registrada na
excelência do segmento, com mais de 6 milhões de horas em capacitação, 400
mil participações e cerca de R$ 80 milhões investidos em cursos de
qualificação profissional em suas nove Unidades Agroindustriais.
"Com um sistema de gestão altamente eficiente, capitaneado pelo Dr. Genésio
Lemos Couto, vice-presidente de Pessoas, Sustentabilidade e Comunicação, a
Odebrecht Agro é referência quando o assunto é qualificação de seus
integrantes, utilizando-se, inclusive, de toda a estrutura da UniUDOP -
Universidade Corporativa da UDOP, em treinamentos que vão desde o chão de
fábrica até os nossos cursos de MBA", destacou ainda Salibe.
Na safra 2016/17, o Programa Acreditar, desenvolvido pelo grupo, capacitou
244 pessoas em 17 cursos de qualificação para a indústria sucroenergética,
enquanto o Acreditar Jr. beneficiou 415 jovens. Durante o último ano, a
Odebrecht Agroindustrial criou também o Projeto Acreditar na Diversidade,
para inclusão de Pessoas com Deficiência no mercado de trabalho.
Desenvolvido no Polo São Paulo, o projeto foi reconhecido pela ONU em 2016,
durante as comemorações dos 10 anos da Convenção dos Direitos da Pessoa
com Deficiência.
Colheita de resultados
Em seus 10 anos de atuação, a Odebrecht Agro já produziu 11,5 bilhões de
litros de etanol, capazes de evitar 23 milhões de toneladas de gás carbônico na
atmosfera; 3,5 milhões de toneladas de açúcar; e 9,5 mil GWh de energia
elétrica, mostrando que é possível associar o crescimento da produção à
construção de um futuro limpo.
Comemorando os 10 anos o grupo produziu um vídeo destacando os
integrantes que fazem, da Odebrecht Agro, a referência que se tornou. Confira
a vídeo clicando aqui.
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Fonte: Tnpetróleo
05/07/2017
- Rio Amazonas: Global Water Summit incentiva diálogo intersetorial e voltado para ação
Foi navegando pelo Rio Amazonas, uma das principais bacias de água de doce
do país, que representantes da sociedade civil e do setor privado discutiram
durante três dias, entre 29 de junho e 1º de julho, a segurança hídrica e os
desafios de como as mudanças climáticas podem afetar a população, diante de
um cenário desafiador: até 2030, se nada for feito, duas em cada três pessoas
não terão acesso à água. Realizado no percurso de barco entre Manaus e
Parintins, no Amazonas, o Global Water Summit tem como objetivo contribuir
para a construção da agenda do 8º Fórum Mundial da Água, que acontecerá
em março de 2018 em Brasília.
A Carta de Parintins endereçará uma série de demandas e sugestões, como a
necessidade de um diálogo voltado para ação, e sem protagonismo individual,
mas sim coletivo, com um pensamento integrado e intersetorial. O evento foi
realizado pela Coca-Cola Brasil em parceria com o Grupo Focal de
Sustentabilidade do 8º Fórum Mundial da Água, sob liderança do CEBDS e
WWF Global.
Os painéis de diálogo reuniram representantes de diversas entidades
brasileiras e internacionais que trabalham com o tema água, aproximando o
setor privado e a sociedade civil. As discussões foram embasadas nos
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organizações das
Nações Unidas (ONU), em especial o ODS 6+, que trata especificamente de
água e saneamento para todos.
A avaliação dos organizadores
―Foi muito inspirador ouvir todas as discussões que tivemos nesses três dias.
Sabemos que é através do diálogo que evoluímos nas nossas estratégias. Isso
tem sido uma constante para a Coca-Cola Brasil. Nosso papel, como líderes do
setor, é começar a ouvir e chamar a indústria e outros parceiros. Estamos
convencidos de que é papel das empresas atuar além dos marcos regulatório e
leis‖, disse Henrique Braun, presidente da Coca-Cola Brasil.
―Queremos fazer do tema água uma alta prioridade, levá-lo para um patamar
como os das discussões de mudanças climáticas. Temos sempre de buscar
novas formas e soluções que nos ajudem a conscientizar, engajar e mobilizar a
sociedade, os governos e as empresas para essa agenda. Água é fundamental
e sem ela não temos nada nesse mundo. O Fórum no Brasil será a
oportunidade que teremos de juntar uma série de stakeholders de diferentes
níveis. Nosso desafio é conseguir incentivar essa agenda única, com objetivos
convergentes, em prol de todos‖, disse Karin Krchnak, diretora do World Wide
Fund for Nature e membro do Conselho do Fórum Mundial de Água.
―A parceria entre a Coca-Cola Brasil e o CEBDS para a realização do Global
Water Summit foi inovadora e muito importante para construção da agenda do
Fórum Mundial da Água. Nestes três dias de encontro, tivemos a oportunidade
de falar e debater temas relevantes e fundamentais para o desenvolvimento da
agenda. Juntamos representantes do setor privado e da sociedade civil em um
diálogo livre. Pudemos vivenciar isso em um ambiente propício para a reflexão
e discussão. No fim, criamos consenso e apontamos caminhos. O Brasil tem
muita relevância quando se fala de água, mas precisamos partir para as
ações‖, ressaltou Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro
para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).
―Água é um tema prioritário para a sustentabilidade do nosso negócio e para o
planeta. Sem água não há vida e não há negócio. Ao longo da nossa trajetória
e da nossa relação com os recursos hídricos, conseguirmos afinar a nossa
estratégia e evoluir no nosso papel a partir de diálogos com a sociedade civil.
Agora estamos indo além, viabilizando o acesso à água potável para
comunidades por meio da nossa plataforma Água +Acesso. Nesse caminho, o
diálogo com a sociedade civil sempre foi o ponto de inflexão. O Global Water
Summit é mais um passo. Queremos usar o momento do fórum para acelerar
essa agenda‖, explicou Pedro Massa, diretor de Valor Compartilhado da Coca-
Cola Brasil.
Os painéis do Global Water Summit
No primeiro painel, que trouxe o debate ―Água para todos – garantindo a
segurança e a biodiversidade‖, Alan Bojanic, da Food and Agriculture
Organization (FAO), ao falar sobre eficiência dos recursos hídricos e da
necessidade de soluções inovadoras na produção de alimentos, lembrou que
hoje a agricultura consome 70% da água. ―Precisamos de mais criatividade nos
sistemas de irrigação, por exemplo. Israel tem exemplos de boas práticas‖,
afirmou.
Já Telma Rocha, da Fundação Avina, trouxe a discussão sob o prisma das
pessoas. ―A base do trabalho é estar em processos que envolvam pessoas,
sejam de acesso ou de políticas públicas. Quem tem acesso hoje não tem
garantia que terá acesso amanhã. A informação é algo essencial nessa
jornada‖, garantiu. Pedro Massa, da Coca-Cola Brasil, trouxe a experiência da
empresa que, a partir do diálogo, entendeu que precisava ir além dos muros.
―Mudamos a forma de encarar o tema água e abraçamos o diálogo, o que nos
fez evoluir muito na forma como tratamos esse tema e para estar onde
estamos hoje. Nossa evolução é da inciativa privada como um todo – não só
para nossos produtos, mas também para os insumos que compramos para a
produção. Agua é essencial para o nosso negócio‖, disse.
Para Samuel Barreto, representante da The Nature Conservancy (TNC), o
principal desafio é a questão climática. ―Precisamos rever nossas relações de
trabalho já na nossa geração para conseguirmos tratar a questão climática,
temos de desenvolver novas habilidades e isso exige soluções rápidas. O
horizonte de impacto é daqui a 15 anos. Se não conseguirmos estabilizar o
clima, podemos comprometer os outros esforços‖, alertou ele. Foi de Barreto
também a iniciativa de propor a construção de uma cúpula no âmbito da ONU
para tratar de água e discutir compromissos que monitorem o tema e culminem
em ações efetivas. A ideia foi abraçada por todos os participantes.
Como inserir o tema água na agenda dos governos e da iniciativa privada, além
da criação de um legado, foi o cerne da discussão no painel ―Água para
sempre – construindo o futuro‖. Tatiana Fedotova, diretora de água do World
Business Council for Sustainable Development (WBCSD), lembrou que não há
mais tempo para novas discussões. Ela também destacou a importância da
comunicação e a melhoria na transparência e linguagem da informação. ―Há
uma falta de unidade entre os profissionais de água, o que é um desafio para
compromissos. Não se trata de reinventar nada de novo, mas potencializar
todos os entes que já trabalham o tema‖, apontou.
Um dos grandes desafios é o uso eficiente da água nas produções agrícolas,
como ressaltou Rafael Pizzi, diretor da startup Agrosmart. Ele apresentou um
caso que utiliza dados para ajudar produtores rurais a tomarem decisões e
terem melhores práticas de irrigação, evitando o desperdício. ―Há um
desconhecimento sobre as melhores formas de se irrigar, inclusive por parte de
grandes produtores. Não temos muito investimento em tecnologia de irrigação
no Brasil. Isso é um desafio que precisa ser superado‖, disse. Hugo Flores,
representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e Perpétuo
Cajazeiras, do Banco do Nordeste, fizeram apresentações sobre as políticas de
investimentos de recursos em projetos de água.
No encerramento do encontro, Marina Grossi, do CEBDS, liderou a roda de
diálogos com Karin Krchnak, do WWF, e Marússia Whately, da Aliança pela
Água. Elas falaram sobre expectativas, resultados, inclusão e participação da
sociedade no Fórum Mundial de Água, além de impactos, estratégias, evolução
e próximos passos. ―Falta consenso entre os diferentes atores que trabalham
na agenda de água. Sabemos que ela é ampla e talvez o mais interessante
seja escolher um foco para fazer um trabalho mais assertivo, monitorado e que
apresente resultados‖ sugeriu Marina. ―Temos de pensar como dar
continuidade ao que será discutido no fórum, principalmente na questão da
governança, envolvendo as empresas e os governos. Vamos propor uma carta
de compromissos das empresas para chegarmos a um novo patamar.
Precisamos fazer disso um movimento mais virtuoso‖.
Marússia lembrou que, nos últimos 20 anos, o tema água vem ganhando uma
nova dimensão e se tornou emergente. ―A crise hídrica saiu da categoria de um
problema ambiental e entrou na de um desafio global da sociedade. O gap de
gestão no Brasil é imenso para lidar com problemas como escassez. A
governança é muito complexa, envolve diversas esferas governamentais,
assim como várias instituições, o que dificulta entender quem efetivamente
cuida da água‖, assinalou ela.
Para Karin Krchnak, o fórum é uma oportunidade para o engajamento das
empresas. ―Temos uma série de desafios para o fórum, como, por exemplo,
documentar e compartilhar as soluções que surgirem ou que serão
apresentadas. Vejo a importância de engajar todos em ações coletivas e
regionais. É um grande momento para trazer as empresas e buscar ações
práticas e concretas. É o caso da Coca-Cola Brasil, que tem sido referência
para a agenda de água e pode compartilhar seus resultados. Quem sabe as
empresas poderiam ajudar a financiar uma maior participação da sociedade?‖,
sugeriu a integrante do conselho do Fórum Mundial de Água.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Santander vai lançar estratégia para crédito imobiliário com juro abaixo de 10% e processo pelo
Objetivo do aplicativo é reduzir o tempo de concessão do crédito celular
imobiliário
Homem caminha em frente a uma agência do banco Santander em Madri - Simon
Dawson / Bloomberg
MADRI – O banco Santander, que é o quarto maior em crédito imobiliário no
país, vai lançar uma nova estratégia para o segmento, que inclui taxa de juros
para financiamento abaixo de 10% ao ano e um sistema de pedido de
empréstimos totalmente digital, pelo celular. A informação é do presidente
Sérgio Rial, durante o XVI Encontro Santander América Latina. A nova taxa de
juros – atualmente o número fica perto de 11%, 11,5% ao ano – passa a valer
nesta sexta-feira.
— Acreditamos que o segmento imobiliário será o que vai reagir primeiro no
crédito. Nesta quinta-feira, vamos lançar uma iniciativa com 50 incorporadoras
para lançamentos de empreendimentos financiados abaixo de 10%. O modelo
de aplicativo vai reduzir drasticamente o tempo de concessão do crédito
imobiliário. Hoje o prazo médio é de 90 a 120 dias. Nossa idéia em um primeiro
momento é reduzir para 60 dias — afirmou Rial.
A taxa de juros abaixo de 10% é inicialmente promocional, mas a ideia do
banco é que possa se tornar permanente. A estratégia é se preparar para o
período de pós-crise e a retomada do crédito imobiliário. Além do novo sistema
para pessoas físicas – que poderão enviar os documentos digitalizados –, há
um novo programa diretamente para as empresas, para o financiamento dos
lançamentos residenciais, também com taxa de juros de um dígito. Se os
projetos incluírem reúso de água e fontes de energia renováveis, terão direito a
uma taxa ainda maior.
CRESCIMENTO DO BANCO
Rial reforçou sua aposta na continuidade do crescimento do Santander no
Brasil, mas disse que isso não passa necessariamente por novas aquisições.
Mais cedo, a presidente mundial do banco, Ana Botín, disse que há espaço
para crescimento orgânico no Brasil. Ele negou que haja qualquer negociação
no momento para compra de compra de plataformas de investimento digital,
embora reconheça que o banco está sempre de olho em oportunidades.
Rumores de mercado sugeriam interesse da instituição no Banco Original.
— O Brasil é grande o suficiente para ter um terceiro banco privado. Somos
uma alternativa e estamos fazendo um importante trabalho de base, muito
focado na experiência do cliente e no lado digital. Estou super confiante com o
crescimento do banco: os outros cresceram menos. (...) O banco não precisa
comprar ninguém para continuar crescendo, não sou um grande comprador.
(...) Mas eu olho tudo.
*A repórter viajou a convite do Santander
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Senado aprova projeto que cancela precatórios depositados há mais de 2 anos
Governo pretende engordar a arrecadação para garantir o cumprimento da
meta fiscal
BRASÍLIA - O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, por 44
votos favoráveis e 23 contrários, o texto base do projeto que modifica as regras
de pagamento de precatórios (valores que a União é obrigada a pagar a
pessoas físicas e empresas em ações judiciais transitadas em julgado). Após a
análise dos destaques, o projeto será encaminhado à sanção.
A proposta prevê o cancelamento de precatórios e Requisições de Pequeno
Valor (RPV) depositados há mais de dois anos e que não tenham sido sacados
pelos beneficiários. Essa é uma das estratégias do governo para engordar a
arrecadação este ano e garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017, de um
déficit de R$ 139 bilhões.
Quando o projeto foi enviado ao Congresso a previsão da equipe econômica
era de que os cancelamentos rendessem R$ 8,6 bilhões aos cofres públicos.
Eles estariam inscritos em 493.301 contas vinculadas a precatórios e RPVs.
Conforme mostrou o GLOBO, no entanto, os valores ―abandonados‖ pelos
trabalhadores nas contas vinculadas são muito baixos. Na verdade, segundo o
Conselho da Justiça Federal, a maior parte desses R$ 8,6 bilhões não foram
retirados dos bancos porque há pendências nas ações.
O projeto enfrentou a resistência de senadores da oposição e da própria base.
O senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), afirmou que há problemas de
constitucionalidade na iniciativa.
— Há uma série de questionamentos não apenas no mérito, mas na duvidosa
constitucionalidade dessa iniciativa. Esse projeto não faz nada para resolver a
ineficiência que decorre do fato de que, muitas vezes, o credor sequer sabe
que esses recursos estão disponíveis para serem retirados (...). O que se
propõe, em lugar de resolver essa ineficiência, é cancelar o direito transitado
em julgado de se receberem valores líquidos e certos — disse.
— O dinheiro tem proprietários. Isso não é nada mais do que uma operação de
crédito. Só que operação de crédito não pode ser feita pelo governo. É uma
pedalada, é ilegal — completou a senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB/AM).
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Presidente do Santander diz que economia brasileira não está paralisada
Para Sérgio Rial, aumento de vendas no varejo e a redução da taxa de juros
são exemplos de desenvolvimento
Sérgio Rial, presidente do Santander no Brasil - Divulgação
MADRI – O presidente do Santander no Brasil, Sérgio Rial, afirmou que a
economia brasileira segue seu rumo, embora em ritmo mais lento, e não está
paralisada por causa da nova crise política. Ao participar do XVI Encontro
Santander América Latina, ele citou o aumento de vendas no varejo, a redução
da taxa de juros e o impacto dos saques das contas inativas do FGTS como
exemplos de que "as coisas estão andando".
— O varejo está vendendo mais que no ano passado, apesar de ser uma base
baixa. O Brasil micro está estruturalmente melhor, com taxa de juros caindo,
que ajuda a alavancar, e o FGTS teve impacto muito maior que a imprensa e o
mercado foram capaz de entender. (...) Não acho que a gente está paralisado,
acho que a economia está seguindo seu rumo, de forma mais lenta. Mas acho
que o país está cansado — disse.
Para o executivo, a delação do presidente da JBS, Joesley Batista – divulgada
em maio pelo colunista do GLOBO, Lauro Jardim – não teve impacto nos
pedidos de empréstimos das companhias. Ele ressaltou que não se pode
confundir o que acontece com os controladores das empresas do grupo com o
que ocorre com as companhias.
Apesar da maior lentidão na agenda macroeconômica, Rial acredita que a
reforma trabalhista será aprovada pelo Congresso por falta de alternativas e,
no caso da Previdência, pelo menos a questão da idade mínima deve avançar.
As mudanças, no entanto, são classificadas por Rial muito mais como
atualizações da legislação que exatamente reformas.
— Se não fizermos reforma, o custo da Previdência vai chegar a 20% do PIB.
O Brasil para. Do jeito que está, fica em 15% do PIB. Vocês verão pelo menos
mais duas reformas. Na verdade, devemos chamar de atualização. Atualização
Previdência fase 1, atualização Previdência fase 2.... — concluiu.
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Governo discute alternativas ao fim do imposto sindical
BRASÍLIA (Reuters) - O governo negocia uma alternativa de financiamento aos
sindicatos, mas não deverá incluir na medida provisória que irá alterar pontos
da reforma trabalhista a volta do imposto sindical, como gostaria o setor.
Em reunião na manhã desta quarta-feira, o presidente Michel Temer discutiu o
tema com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o deputado
Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente da Força Sindical.
"Eu falei da dificuldade que seria a recomposição do imposto sindical por parte
da Câmara. Isso precisaria ser muito bem trabalhado pelo deputado Paulinho",
disse Rodrigo Maia ao chegar na Câmara depois do encontro no Palácio do
Jaburu. "Agora, sem a reconstrução dos deputados... isso não é tema que
agrade à Câmara".
O fim do imposto sindical --a cobrança de um dia de trabalho de todos os
trabalhadores, redistribuída entre os sindicatos-- não estava previsto no projeto
de lei com mudanças trabalhistas enviado pelo governo, mas foi incluído pela
Câmara, assim como outras alterações.
Para acelerar a sanção da lei, o Palácio do Planalto fez um acordo com o
Senado de enviar uma medida provisória com modificações nos pontos que os
senadores não concordam --a volta do imposto sindical não está entre eles.
No entanto, as centrais sindicais pressionam o governo para encontrar uma
alternativa de financiamento, mesmo que não seja a volta do imposto.
De acordo com fontes governistas, então em estudo uma regulamentação da
chamada contribuição assistencial, que é decidida em assembleia e cobrada
mensalmente dos representados na convenção coletiva, mesmo que não sejam
sindicalizados.
Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a cobrança era ilegal
para trabalhadores não sindicalizados.
O governo estuda ainda um tempo de transição para o fim do imposto sindical,
que poderia chegar a quatro anos, de redução gradativa do imposto.
O Planalto planeja publicar a MP com alterações no mesmo dia em que Temer
sancionar a reforma trabalhista.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)
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Fonte: O Globo
05/07/2017
- Maia diz a Temer que reoneração enfrentará dificuldades no plenário da Câmara
Adiamento do benefício foi aprovado em comissão da Casa
Rodrigo Maia chega ao Supremo Tribunal federal para tratar do rito da denúncia contra
Temer (Arquivo-04-07-2017) - ANDRE COELHO / Agência O Globo
BRASÍLIA - O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ),
esteve nesta manhã com o presidente Michel Temer e não deu boas notícias
da economia: disse que há dificuldade para aprovar em plenário a proposta de
reoneração da folha de pagamento de setores da economia — que foi
aprovada em comissão da Casa esta tarde — e a manutenção do imposto
sindical por algum tempo.
No caso da reoneração, Maia disse que já informara ao ministro da Fazenda,
Henrique Meirelles, que esse assunto teria ―dificuldades‖ no Congresso e
questionou se a medida não vai prejudicar a economia já em crise, porque
aumenta impostos. Ele esteve no Palácio do Jaburu logo cedo, acompanhado
do presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
— A reoneração é uma matéria polêmica, num momento de crise. Tem que
entender por que alguns setores foram beneficiados e outros não. Às vezes
têm explicação. A gente precisa tem que entender porque a crise ainda existe e
é profunda. Isso vai gerar arrecadação, mas vai gerar desemprego também. Já
disse ao ministro Meirelles. Esse texto vai ser dificuldades no plenário — disse
Maia.
Maia disse que o encontro foi pedido pelo deputado Paulo Pereira da Silva para
tratar da questão do imposto sindical. O problema é que a reforma trabalhista
acaba com a obrigatoriedade do imposto sindical. E sindicalistas querem que
Temer reveja isso.
— Falamos sobre a dificuldade do tema da recomposição do imposto sindical.
Não é um tema que agrade os deputados — disse Maia.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Ministro comemora projeto dos precatórios e diz que decisão ajudará contas públicas
Projeto de lei que permite resgate dos valores deve injetar mais de R$ 8,6
bilhões nos cofres da União
Em meio à ameaça de paralisação de órgãos da administração pública devido
à restrição orçamentária, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira,
comemorou no Twitter a aprovação do projeto de lei que permite o resgate de
precatórios não sacados por beneficiários no prazo de dois anos.
A medida é importante para trazer alívio ao quadro fiscal do governo, que é
delicado diante do corte de R$ 39 bilhões em despesas que ainda está em
vigor. O resgate dos precatórios vai injetar mais de R$ 8,6 bilhões nos cofres
da União, segundo estimativas da área econômica.
Dyogo Oliveira comentou, no perfil do Ministério do Planejamento no Twitter, que a
decisão dos parlamentares é “acertada e contribui para o ajuste das contas públicas”.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom|Agência Brasil
A medida já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados e nesta quarta-
feira, 5, e foi aprovada no plenário do Senado. Agora, o texto vai à sanção
presidencial. Oliveira comentou, no perfil do Ministério do Planejamento no
Twitter, que a decisão dos parlamentares é ―acertada e contribui para o ajuste
das contas públicas‖.
―A aprovação dos precatórios permite em um primeiro momento o atendimento
de despesas urgentes e prioritárias para a manutenção de serviços públicos
essenciais. Até 22 de julho, o governo vai divulgar o relatório de receitas e
despesas do 3º bimestre com as alterações orçamentárias‖, disse o ministro.
O governo tem sido pressionado por órgãos como a Polícia Federal e Polícia
Rodoviária Federal por liberação de recursos. Na semana passada, a PF
paralisou a emissão de passaportes alegando falta de dinheiro, e o
Congresso Nacional já está analisando um projeto que reforça o Orçamento do
órgão, enviado pelo Ministério do Planejamento. Hoje, a PRF anunciou
suspensão de algumas atividades sob a mesma justificativa de ausência
de verba, embora o governo alegue que o órgão ainda tem R$ 50,7
milhões para serem comprometidos em novas despesas de custeio.
O ingresso dos R$ 8,6 bilhões dos precatórios é parte das medidas com que o
governo conta para adicionar R$ 14,8 bilhões às estimativas de receita e,
assim , conseguir liberar mais uma parte do Orçamento que hoje ainda está
bloqueado. Do corte inicial de R$ 42,1 bilhões, o governo só conseguiu até
agora liberar R$ 3,1 bilhões. A área econômica reconhece que precisa
desbloquear mais recursos para não comprometer as atividades da
administração pública.
Mas, mesmo com esses recursos, a equipe econômica deve fazer uma
avaliação criteriosa do comportamento das receitas administradas, que têm tido
frustração mês a mês. Como mostrou o Estadão/Broadcast no mês passado, o
quanto o governo poderá ou não liberar depende também das outras medidas
e de como está se comportando a arrecadação de tributos, afetada por fatores
como o ritmo da economia. O governo hoje projeta crescimento de 0,5% do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, mas o mercado prevê em média alta de
0,39%.
A aprovação do projeto dos precatórios vinha sendo tratado como prioridade
pela equipe econômica, devido ao grande volume de recursos envolvidos e à
necessidade crescente de liberar a parte do Orçamento contingenciada.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- A experiência afetiva de valorizar a biodiversidade
Preservar o meio ambiente é um tema pelo qual todo cidadão tem simpatia. No
entanto, contribuir para valorizar um dos nossos maiores patrimônios ainda é
atitude para poucos convertidos.
O impacto negativo da indústria no meio ambiente já é assunto conhecido da
população, e essa correlação aumentou consideravelmente entre as pessoas
na última década. É impressionante observar como a expectativa da sociedade
para que as empresas contribuam para um mundo melhor tem crescido ano a
ano. Neste contexto, espera-se que as companhias desenvolvam suas
iniciativas não apenas dentro dos próprios muros, mas também envolvam seu
entorno e mobilizem o maior número de pessoas possível.
Na nossa jornada sobre causas de marketing aprendemos que o cidadão, além
de consciente e cada vez mais crítico, também quer agir, mas na maioria das
vezes não sabe por onde começar. Vejo aí, portanto, uma janela de
oportunidades para marcas se engajarem com causas legítimas, envolvendo a
sociedade de maneira que ela possa contribuir de maneira fácil e, se possível,
ainda ganhe uma recompensa pela mudança de hábito.
Somos movidos por motivações emocionais e racionais. Para os emocionais,
uma boa história vai fazê-lo mover montanhas. Para os racionais a estratégia é
atraí-los com benefícios que o permita conhecer o novo. Sensibilizar e atrair o
cidadão para a temática é um fator fundamental. Uma vez despertado o
interesse, educar para a ação passa a ser a missão de muitas marcas. O ápice
acontece quando conseguimos fazer as pessoas agirem.
Neste quesito, o crowdfunding (financiamento coletivo) desponta nos últimos
tempos como uma ferramenta eficiente que contribui para várias entregas: tem
sempre uma história emocional, oferece benefícios racionais e contribui para
projetos mais sustentáveis.
Claro que, na prática, não é fácil arrecadar a meta proposta e na verdade exige
muito esforço. Histórias de empreendedores sociais e suas iniciativas criativas
para arrecadar os recursos financeiros inspiram e comovem quem está longe
da realidade da prática de mudar o mundo. De lançamentos de satélites a uma
nova câmara fria para processar jabuticabas, acompanhar estas experiências
pode ser bem educativo e divertido. Recentemente, a cervejaria Colorado, que
usa ingredientes da biodiversidade brasileira na composição de seus produtos,
resolveu valorizar e apoiar a causa por meio da divulgação de três projetos
ligados à temática. Um deles fala exatamente da jabuticaba. No interior de São
Paulo, um grupo de produtores tem como meta ampliar seu espaço e comprar
uma câmara fria para aumentar a produção de produtos à base de jabuticaba.
Em parceria com a EMBRAPA, eles desenvolveram uma técnica que
transforma a fruta em pó e facilita a produção de diversos produtos, como o
jabutipasta – o famoso macarrão de jabuticaba da fazenda. Como esta é minha
fruta favorita e também adoro cerveja, lá fui eu contribuir com a causa.
Para minha surpresa, descobri que ao doar os R$100,00 para a campanha, eu
teria direito a ir até a fazenda e colher jabuticaba no pé, na época da safra.
Mesmo para mim, uma convertida das causas sociais e ambientais, o benefício
racional me fez sonhar com a colheita junto com meus filhos, numa experiência
que com certeza vai trazer muita memória afetiva para a família toda. Sinto o
gosto da infância… Já experimentou valorizar a biodiversidade? Delicie-se.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Temer aceita discutir imposto sindical genérico, diz sindicalista
Em reunião, presidente teria indicado apoio à 'contribuição negocial' após fim
de imposto sindical
BRASÍLIA - O presidente Michel Temer indicou em reunião com sindicalistas
que o governo vê positivamente a ideia de uma nova contribuição sindical a ser
paga pelos trabalhadores que participam dos acordos coletivos. A medida seria
uma alternativa ao fim do imposto sindical previsto na reforma trabalhista.
Em encontro realizado nesta quarta-feira, 5, Temer reafirmou o compromisso
de ajustar a reforma trabalhista em alguns pontos após eventual aprovação no
plenário do Senado.
Presidente Michel Temer teria indicado apoio à 'Contribuição Negocial' após fim
de Imposto Sindical, diz sindicalista Foto: Dida Sampaio/Estadão
"O presidente disse que topa fazer a discussão sobre essa proposta de
financiamento aos sindicatos", disse o primeiro-secretário da Força Sindical,
Sergio Luiz Leite, que participou do encontro no Palácio do Jaburu. A entidade
defende que haja livre negociação entre sindicatos e trabalhadores
beneficiados por uma convenção - independentemente de o empregado ser ou
não sindicalizado. "Queremos a livre negociação e dar poder para que as
assembléias decidam a maneira dessa contribuição", explicou o sindicalista. O
estudo da nova forma de financiamentos dos sindicatos havia sido antecipada
pelo Broadcast no início de junho.
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Luiz Leite nota que "há tempo suficiente" para a discussão desse novo modelo.
"Sancionada pelo presidente da República, a reforma trabalhista entrará em
vigor em 120 dias. Não precisaremos atropelar a discussão e vamos caminhar
para uma saída que tenha sustentabilidade jurídica", disse. Além de
representantes da Força Sindical, a reunião com Temer também contou com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que prometeu apoio à
iniciativa e discutirá o tema no Congresso.
Algumas entidades defendem o fim gradual do imposto sindical, mas esse não
é o "Plano A" do Palácio do Planalto. Para o governo, o ideal é acabar com o
imposto como propõe a reforma trabalhista e criar o mecanismo da
"contribuição negocial" como alternativa de financiamento. Para especialistas
do mercado de trabalho, esse novo mecanismo deve fortalecer sindicatos que
sejam eficientes nas negociações entre patrões e empregados e enfraquecerá
aqueles que não lideram acordos coletivos.
Na reunião, Temer também confirmou aos sindicalistas que alterará alguns
pontos da reforma trabalhista se o texto for aprovado sem mudanças no
Senado - como quer o governo. Entre os itens que o presidente promete
ajustar, está a regulamentação do trabalho intermitente com limitação dos
setores e quarentena de 18 meses para um trabalhador formal ser contratado
pelo novo sistema, mudança na regra para o trabalho insalubre para grávidas e
lactantes e a manutenção da assistência dos sindicatos nas homologações.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Juiz encaminha a Temer perguntas de Cunha sobre FI-FGTS
Lista de ex-deputado é elaborada no âmbito de ação penal que apura liberação
de recursos da Caixa
BRASÍLIA – O juiz federal Vallisney de Souza Oliveira encaminhou nesta terça-
feira, 4, ao presidente Michel Temer uma lista com 22 perguntas elaborada
pela defesa do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no
âmbito de uma ação penal que apura um suposto esquema de pagamento de
propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-
FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal.
Segundo o Estado/Broadcast Político apurou, o presidente terá
―preferencialmente‖ 10 dias para responder às perguntas, mas não é obrigado
a apresentar esclarecimentos. Caso Temer decida não enviar respostas, o juiz
federal pode encaminhá-las novamente ao presidente, reiterando o pedido.
A lista inclui questionamentos se o presidente tinha conhecimento de
pagamentos de vantagens indevidas. ―Vossa Excelência teve conhecimento de
alguma vantagem indevida, seja à época de Moreira Franco (ministro da
Secretaria-Geral da Presidência), seja posteriormente, para liberação de
financiamento do FI-FGTS?‖, questionam os advogados de Cunha a Temer.
Confira abaixo a relação completa das perguntas encaminhadas ao presidente
Michel Temer.
1 – Vossa Excelência foi presidente do PMDB em que período?
2 – Vossa Excelência foi apontado como o responsável pela nomeação do
senhor Moreira Franco para a vice-presidência da Caixa de fundos e loterias. O
senhor era o presidente do PMDB à época? Quando foi isso?
3 – Em 2010, Moreira Franco teve de deixar a Caixa para ocupar a
representação do PMDB na coordenação da campanha presidencial. Vossa
Excelência indicou o então gerente de Moreira, Joaquim Lima, como seu
substituto?
4 – Vossa Excelência conheceu o senhor André da Souza, representante até
2012 no Conselho FI/FGTS, dos trabalhadores ou do PT?
5 – Vossa Excelência fez alguma reunião para tratar de pedidos para
financiamento com FI-FGTS, com Moreira Franco e André de Souza? Se sim,
quando? Com quem?
6 – Vossa Excelência conhece Benedicto Junior e Léo Pinheiro?
7 – Vossa Excelência participou de alguma reunião com eles e Moreira Franco
para doação de campanha para os pleitos eleitorais de 2010, 2012 ou 2014?
8 – Se a resposta for positiva, estava vinculada a alguma liberação do FI-
FGTS?
9 – André de Souza participou de alguma dessas reuniões?
10 – Onde se deram essas reuniões?
11– Joaquim Lima continuou como vice-presidente da Caixa, em outra área, a
partir de 2011. Quem foi o responsável pela sua manutenção?
12 –- Vossa Excelência conheceu Fábio Cleto?
13 – Teve alguma participação na sua nomeação?
14 – Houve interferência do então prefeito Eduardo Paes visando à aceleração
do projeto Porto Maravilha para as Olimpíadas?
15 – Vossa Excelência teve conhecimento de alguma vantagem indevida, seja
à época de Moreira Franco, seja posteriormente, para liberação de
financiamento do FI-FGTS?
16 – Vossa Excelência conhece Henrique Constantino? Esteve alguma vez
com ele? Qual foi o tema? Tinha a ver com algum assunto ligado ao
financiamento do FI-FGTS?
17 – A denúncia trata da suspeita do recebimento de vantagens indevidas do
consórcio Porto Maravilha (OAS, Carioca e Odebrecht), da Haztec, da
Aquapolo e Odebrecht Ambiental, Saneatins, Eldorado Participações (Grupo
JBS), Lamsa (Linha Amarela S.A.), Brado, Moura Debeux, BR Vias. Vossa
Excelência tem conhecimento, como presidente do PMDB até 2016, se essas
empresas fizeram doações a campanhas do PMDB? Se sim, de que forma?
18 – Alguma delas fez doação para a campanha de Gabriel Chalita em 2012?
19 – Se positiva a resposta, houve a sua participação? Estava vinculada à
liberação desses recursos da Caixa no FI-FGTS?
20 – Como vice-presidente da República desde 2011, Vossa Excelência tem
conhecimento da participação de Eduardo Cunha em algum fato vinculado a
essa denúncia de cobrança de vantagens indevidas para liberação de
financiamentos do FI-FGTS?
21 – Vossa Excelência tem conhecimento de algum pagamento de vantagem
indevida pelo senhor Benedicto Junior a Moreira Franco para liberação de
financiamento do FI-FGTS à Odebrecht Transportes para associação no Porto
de Santos?
22 –Vossa Excelência tem conhecimento de qualquer vantagem indevida
solicitada ou recebida pelo senhor Moreira Franco para liberação, no âmbito do
FI-FGTS, em qualquer projeto, incluindo o Porto Maravilha?
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Número de lançamentos de imóveis dobra, mas base ainda é pequena
Levantamento da Fipe em parceria com a Abrainc mostra que lançamentos
tiveram salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês de 2016, quando
protestos enfraqueceram negócios do setor; vendas cresceram 7,8%
O mercado mostrou recuperação nos lançamentos e nas vendas de imóveis
residenciais, comerciais e lotes em abril, de acordo com pesquisa realizada
pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a
Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). O resultado
positivo se deve a uma base de comparação fraca, uma vez que os negócios
do setor foram prejudicados pelas mobilizações e protestos nas ruas em abril
de 2016.
Novos empreendimentos enquadrados no Minha Casa Minha Vida somaram 2.316
unidades em abril Foto: Sérgio Castro/Estadão
A pesquisa mostrou que os lançamentos totalizaram 3.106 unidades em abril,
um salto de 96,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado. O
crescimento foi puxado pela oferta de novos empreendimentos imobiliários
enquadrados no Minha Casa Minha Vida (MCMV), que totalizaram 2.316
unidades, alta de 88,6%. Já os lançamentos de imóveis de médio e alto padrão
chegaram a 790 unidades no mês, avanço de 124,4%. No acumulado dos
últimos 12 meses, o mercado registrou o lançamento de 69.540 unidades,
avanço de 8%.
As vendas de imóveis somaram 7.840 unidades em abril, crescimento de 7,8%
em comparação com o mesmo mês do ano passado. Esse resultado também
foi puxado pelos imóveis enquadrados no MCMV - foram vendidas 4.439
unidades desse segmento, um avanço de 28,3%. Entre os empreendimentos
de médio e alto padrão, foram vendidas 2.683 unidades, baixa de 11,2%. As
demais vendas se referem a salas comerciais e lotes. No acumulado de 12
meses, o mercado registrou 103.686 vendas, queda de 2% em comparação
com o período anterior.
Os cancelamentos de vendas (distratos) em abril somaram 3.108 unidades,
queda de 26,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em 12 meses, as
rescisões totalizaram 41.334 unidades, retração de 12%.
O mercado chegou ao fim de abril com um estoque de 119.077 imóveis novos
à venda (na planta, em obras e recém-construídos), aumento de 5,4% em um
ano.
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Fonte: Estadão
05/07/2017
- Governo está concluindo nova lei de recuperação judicial, diz Meirelles
No Twitter, ministro da Fazenda afirma que objetivo é agilizar o processo de
recuperação das empresas
BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, voltou ao Twitter nesta
quarta-feira, 5, para repetir que a pasta está concluindo a proposta para uma
nova Lei de Recuperação Judicial para as empresas. Segundo ele, o objetivo
do projeto é facilitar o processo de retomada da atividade das empresas em
dificuldade.
Ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, voltou a falar dos programas do governo em seu Twitter
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
"Recuperação judicial mais rápida e segura permite que empresas voltem a
operar e preservem os empregos de funcionários e de fornecedores", disse o
ministro na rede social.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast em maio, Meirelles havia adiantado que o
governo pretendia enviar em breve ao Congresso Nacional o projeto de uma
nova Lei de Recuperação Judicial, com a redução para dois anos, em média,
de todo o processo.
Hoje, esse tempo pode chegar a sete ou oito anos. Segundo o ministro, o
projeto dará mais poderes aos credores, viabilizando a negociação de ativos
das empresas, além de regular melhor a sucessão empresarial.
Na ocasião, Meirelles também destacou a importância da mudança da lei para
viabilizar a concessão de novos financiamentos para que a empresa tenha
condições de sobreviver durante o processo de recuperação.
O governo quer, com a nova lei, reduzir o risco de interessados em comprar
empresas em dificuldades. A ideia é evitar que o passivo de um grupo
contamine o ativo.
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