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ciencias

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  • Professor

    Cincias

    CCaaddeerrnnoo ddee AAttiivviiddaaddeess

    PPeeddaaggggiiccaass ddee

    AApprreennddiizzaaggeemm

    AAuuttoorrrreegguullaaddaa -- 0033 88 AAnnoo || 33 BBiimmeessttrree

    Disciplina Curso Bimestre Srie

    Cincias Ensino Fundamental 3 8 ano

    Habilidades Associadas

    1. Justificar a homeostasia como caracterstica fundamental dos seres vivos.

    2. Perceber o sistema endcrino, o sistema nervoso e os rgos dos sentidos como responsveis pela relao do organismo com o ambiente.

    3. Distinguir as funes dos sistemas endcrino e nervoso.

  • 2

    A Secretaria de Estado de Educao elaborou o presente material com o intuito de estimular o

    envolvimento do estudante com situaes concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem

    colaborativa e construes coletivas entre os prprios estudantes e respectivos tutores docentes

    preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado.

    A proposta de desenvolver atividades pedaggicas de aprendizagem autorregulada mais uma

    estratgia pedaggica para se contribuir para a formao de cidados do sculo XXI, capazes de explorar

    suas competncias cognitivas e no cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma

    autnoma, por meio dos diversos recursos bibliogrficos e tecnolgicos, de modo a encontrar solues

    para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional.

    Estas atividades pedaggicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das

    habilidades e competncias nucleares previstas no currculo mnimo, por meio de atividades

    roteirizadas. Nesse contexto, o tutor ser visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem

    efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem.

    Destarte, as atividades pedaggicas pautadas no princpio da autorregulao objetivam,

    tambm, equipar os alunos, ajud-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-

    os a tomar conscincia dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em

    prtica.

    Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observao e autoanlise, ele passa ater maior

    domnio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno j domina, ser possvel contribuir para

    o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as

    ferramentas da autorregulao.

    Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princpio da autorregulao, contribui-se

    para o desenvolvimento de habilidades e competncias fundamentais para o aprender-a-aprender, o

    aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser.

    A elaborao destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulao Curricular, da

    Superintendncia Pedaggica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede

    estadual. Este documento encontra-se disponvel em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim

    de que os professores de nossa rede tambm possam utiliz-lo como contribuio e complementao s

    suas aulas.

    Estamos disposio atravs do e-mail [email protected] para quaisquer

    esclarecimentos necessrios e crticas construtivas que contribuam com a elaborao deste material.

    Secretaria de Estado de Educao

    Apresentao

  • 3

    Caro Tutor,

    Neste caderno, voc encontrar atividades diretamente relacionadas a algumas

    habilidades e competncias do 3 Bimestre do Currculo Mnimo de Cincias do 8o ano

    do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o perodo

    de um ms.

    A nossa proposta que voc atue como tutor na realizao destas atividades

    com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as

    trocas de conhecimentos, reflexes, dvidas e questionamentos que venham a surgir no

    percurso. Esta uma tima oportunidade para voc estimular o desenvolvimento da

    disciplina e independncia indispensveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de

    nossos alunos no mundo do conhecimento do sculo XXI.

    Neste Caderno de Atividades, os alunos vo aprender algumas caractersticas das

    Cincias. Na primeira aula conhecero de forma geral o sistema nervoso e sua

    composio. Na segunda aula compreendero o papel dos cientistas que estudam o

    sistema nervoso. Nas aulas 03 e 04 conhecero o funcionamento do crebro e suas

    particularidades. E nas ltimas aulas, vero como a adolescncia uma fase especial e,

    por isso, precisa de tantos cuidados. Assim, esse material ajudar os alunos a

    reconhecer a presena da cincia nas mais diversas situaes da sua vida e a se

    compreenderem melhor como jovens e cidados.

    Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas

    relaes diretas com todos os materiais que esto disponibilizados em nosso portal

    eletrnico Conexo Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedaggico para o

    Professor Tutor.

    Este documento apresenta 06 (seis) aulas. As aulas podem ser compostas por

    uma explicao base, para que voc seja capaz de compreender as principais ideias

    relacionadas s habilidades e competncias principais do bimestre em questo, e

    atividades respectivas. Leia o texto e, em seguida, resolva as Atividades propostas. As

    Atividades so referentes a um tempo de aula. Para reforar a aprendizagem, prope-

    se, ainda, uma avaliao e uma pesquisa sobre o assunto.

    Um abrao e bom trabalho!

    Equipe de Elaborao

  • 4

    Introduo ........................................................................................... 03

    Objetivo Geral .....................................................................................

    Material de Apoio Pedaggico ...........................................................

    Orientao Didtico-Pedaggica ........................................................

    05

    05

    06

    Aula 01: O sistema nervoso uma viso geral ....................................

    Aula 02: As cincias que estudam o sistema nervoso .........................

    Aula 03: O crebro nosso de cada dia .................................................

    Aula 04: As sensaes em nosso corpo ...............................................

    Aula 05: Drogas e adolescncia ...........................................................

    Aula 06: Crebro, Adolescncia e Mudanas ......................................

    Avaliao .............................................................................................

    Pesquisa ...............................................................................................

    Referncias ...........................................................................................

    07

    11

    15

    20

    24

    30

    34

    37

    38

    Sumrio

  • 5

    No 3 bimestre do 8 ano do Ensino fundamental, o contedo mais abordado

    o sistema nervoso e suas mltiplas funes, num trabalho conjunto com o sistema

    hormonal a fim de zelar pela homeostasia. A partir de uma linguagem acessvel e

    exemplificada com curiosidades observveis do cotidiano, os assuntos baseiam-se no

    Currculo Mnimo, sendo as habilidades e competncias tratadas de maneira inicial e

    simples com o objetivo de contribuir para formao do aluno.

    No portal eletrnico Conexo Professor, possvel encontrar alguns materiais

    que podem auxili-los. Vamos listar estes materiais a seguir:

    Aula

    Referncia Teleaulas n Orientaes Pedaggicas do CM

    Reforo

    Escolar

    Aula 1 60 http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Aula 2 --- http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Aula 3 60 http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Aula 4 18 e 54 http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Aula 5 --- http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Aula 6 27 http://tinyurl.com/lsndnj9 ---

    Materiais de Apoio Pedaggico

    Objetivos Gerais

  • 6

    Para que os alunos realizem as atividades referentes a cada dia de aula,

    sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no

    Caderno do Aluno:

    1 - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa

    compreend-lo sem o auxlio de um professor;

    2 - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na pgina 3;

    3 - Reproduza as atividades para que os alunos possam realiz-las de forma

    individual ou em dupla;

    4 - Se houver possibilidade de exibir vdeos ou pginas eletrnicas sugeridas na

    seo Materiais de Apoio Pedaggico, faa-o;

    5 - Pea que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos

    abordados no texto base;

    6 - Aps a leitura do material, os alunos devem resolver as questes propostas

    nas ATIVIDADES;

    7 - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas

    com toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala

    para que os alunos possam verificar se acertaram as questes propostas na Atividade.

    Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementao.

    Orientao Didtico-Pedaggica

  • 7

    Caro Tutor, provavelmente voc j usou alguma vez a palavra nervoso. Em

    geral, voc deve ter usado a palavra para descrever algum quando ela est um pouco

    estressada, no mesmo? Mas, de onde vem esse nome?

    A palavra nervoso deriva da palavra nervos, que so vrias fibras fininhas

    (como linhas transparentes) que saem do crebro e da medula espinhal. So

    estruturas longas e grandes o suficiente, sendo espalhadas por todas as partes do

    corpo. Por incrvel que parea, j eram conhecidas por povos antigos: egpcios, gregos

    e romanos. Mas, como a cincia no era to desenvolvida naquele perodo, a estrutura

    interna dos nervos s conseguiu ser melhor compreendida aps o desenvolvimento de

    bons microscpios.

    Ao se observar um nervo no microscpio, podemos notar que eles consistem

    principalmente de axnios de neurnios, juntamente com uma variedade de

    membranas que os envolvem e os separam em diferentes fascculos. Ali dentro

    tambm existem vasos sanguneos que nutrem as fibras nervosas e lhes fornecem

    oxignio. A imagem abaixo nos mostra um nervo por dentro:

    Imagem 1 Organizao interna de um nervo. http://tinyurl.com/kws8phm

    Aula 1: O sistema nervoso uma viso geral

  • 8

    Observando a imagem, voc percebe que formando um fascculo nervoso,

    existem vrios axnios. Mas o que isso, afinal? Um axnio uma parte de uma clula

    nervosa chamada neurnio.

    Formando o sistema nervoso temos vrias clulas especializadas. As mais

    famosas so os neurnios (maiores clulas do sistema nervoso), que do origem aos

    nervos. Mas essas clulas no inteiramente dentro dos nervos: uma parte delas forma

    os nervos e a outra se localiza no crebro, na medula central, ou gnglios nervosos.

    Estas clulas so bastante especiais porque so responsveis pelo impulso nervoso que

    transmitido de um neurnio ao outro (ou de um neurnio para um msculo ou de

    um neurnio para qualquer outro rgo tambm e vice-versa), permitindo que a

    informao chegue ao sistema nervoso central. O curioso que a comunicao

    qumica que ocorre entre os neurnios (chamada sinapse), parte dos dendritos. Dos

    dendritos, percorrem toda a extenso do axnio e, atravs de suas terminaes,

    emitem substncias (neurotransmissores), que so capturadas pelos dendritos de

    outro neurnio. E assim sucessivamente acontece a todo momento com vrios

    neurnios. O mais intrigante que os dendritos e axnios no se tocam. Portanto, a

    comunicao entre eles basicamente qumica. Observe abaixo uma imagem de um

    neurnio e conhea suas particularidades:

    Imagem 2 A organizao de um neurnio.

    http://www.filosofiaadistancia.com.br/grava%C3%A7%C3%B5es%20agosto/Neuroci%C3%AAncias/Neuroc2.jpg

  • 9

    O sistema nervoso o principal responsvel pela coordenao das atividades

    musculares, do funcionamento dos rgos e permite que o corpo sinta as sensaes

    (gosto, cheiro, toque, som etc.) a partir de estmulos do meio. Em parceria com os

    hormnios (sistema endcrino), realizam um trabalho fantstico na busca do equilbrio

    do corpo (chamada de homeostase, como vimos nas aulas do bimestre anterior).

    Todas as partes do sistema nervoso de um animal so feitas de tecido nervoso

    e seus estmulos so dependentes do meio. Mas ateno: o sistema nervoso no

    formado apenas por nervos. Ele formado tambm pelo crebro e outros rgos

    dentro de nossa cabea e pela medula espinhal dentro de nossa coluna. Por isso,

    classificamos o nosso sistema em: sistema nervoso central (no centro do corpo) e

    sistema nervoso perifrico (na periferia, espalhado no corpo).

    Mas uma pergunta que no quer calar: Apenas os seres humanos apresentam

    sistema nervoso? Por mais curioso que seja, no somos os nicos privilegiados com

    esse grande e complexo sistema. Todos os animais, exceto as esponjas, so regulados

    por um sistema nervoso, mas, em muitos grupos de animais, o sistema nervoso

    super simples. Nas guas-vivas, por exemplo, o sistema nervoso organizado em uma

    rede espalhada de clulas isoladas.

    Comentrios: Abra a sua aula para todos os questionamentos possveis. E caso no

    tenha as respostas, busque com os alunos atravs dos livros e outros materiais.

    SISTEMA NERVOSO

    CENTRAL

    Encfalo + Medula

    espinhal

    PERIFRICO

    Nervos + gnglios

    nervosos

  • 10

    Caro Tutor! Agora apresentamos as questes propostas para a aula 01 no

    caderno do aluno e seus respectivos comentrios:

    QUESTO 1 A Comunicao entre os neurnios recebe um nome especial: so

    chamadas sinapses. As terminaes de um axnio liberam substncias que so

    capturadas pelos dendritos de outros neurnios, estabelecendo uma conexo nervosa.

    Essas substncias so chamadas:

    (a) transmisses neurticas;

    (b) neurotransmissores;

    (c) transmissores nervosos;

    (d) neurotransmisses.

    COMENTRIO: Essas substncias liberadas pelos axnios so chamadas

    neurotransmissores e so fundamentais para a realizao das sinapses. Letra B.

    QUESTO 2 Leia o material com ateno e repare bem a organizao de um

    neurnio. Identifique bem suas estruturas e represente-os abaixo, indicando em que

    partes da clula ocorrem as sinapses:

    COMENTRIO: Nessa questo, caro tutor, o objetivo deixar correr livre a criatividade

    do aluno e sua arte de representar. Atente, apenas para que ele sinalize, de forma

    adequada, que o impulso parte dos dendritos e segue para a poro final do axnio.

    QUESTO 3 Como o sistema nervoso pode ser classificado? Que rgos fazem parte de

    cada organizao? Pense e responda com ateno:

    COMENTRIO: O sistema nervoso pode ser organizado em Sistema nervoso central e

    Sistema nervoso perifrico. Do primeiro fazem parte o crebro, o bulbo e demais

    estruturas que compem o encfalo, juntamente com a medula espinhal. E do segundo,

    os nervos e gnglios nervosos.

    Atividades Comentadas 1

  • 11

    Comentrios: Caro Tutor, essa aula tem um objetivo interessante: discutir com o aluno

    como vem evoluindo os estudos na neurocincia, rea de estudo especfica do sistema

    nervoso e da cognio. Voc pode acompanhar a proposta do material, que parte do

    significado da palavra (Neuro, sistema nervoso e Cincia).

    Caro Tutor, voc j ouviu falar em Neurocincia? Pode ser at um nome

    diferente, mas se voc refletir bem pode lembrar-se de ter ouvido essa palavra em

    algum documentrio, noticirio ou at mesmo em algum outro programa de televiso

    ou internet.

    Mas, o que de fato vem a ser a Neurocincia? Bom, se analisarmos as duas

    partes que formam esta palavra (Neuro e Cincia), a coisa fica mais simples.

    Neurocincia o estudo cientfico do sistema nervoso. uma rea que os cientistas

    chamam de rea interdisciplinar (entre vrias disciplinas), onde a Biologia o carro

    chefe. Diferentes outras cincias e reas do conhecimento colaboram para os estudos

    da Neurocincia, como a qumica, a cincia da computao, a engenharia, a

    antropologia, a lingustica, a matemtica, a medicina e disciplinas afins, filosofia, fsica

    e psicologia, por exemplo.

    Imagem 1 Diversos conhecimentos sobre o crebro e o restante do sistema

    nervoso so mapeados com a neurocincia. http://tinyurl.com/lqqr848

    Aula 2: As cincias que estudam o sistema nervoso

  • 12

    muito comum voc escutar um cientista usar o termo neurobiologia de forma

    alternada com o termo neurocincia. Mas, preste ateno: Embora o primeiro se refira

    especificamente biologia do sistema nervoso, o ltimo se refere toda a cincia do

    sistema nervoso. E uma outra confuso s vezes surge quando falamos em neurologia.

    Esta rea de atuao exclusivamente mdica, tratando dos distrbios estruturais do

    sistema nervoso, ou seja, distrbios neurolgicos. Diferente da Neurocincia, a

    neurologia lida com o diagnstico e tratamento de doenas que envolvem os sistemas:

    nervoso central e perifrico, incluindo os seus revestimentos, vasos sanguneos, e

    todos os tecidos que o compe.

    A hiptese de trabalho mais fundamental da neurocincia que o que somos,

    fazemos, pensamos e desejamos resultado do funcionamento do sistema nervoso e

    sua interao com o corpo. Toda a pesquisa em neurocincia atualmente baseada

    nessa ideia e busca entender justamente como a estrutura e funcionamento do

    sistema nervoso, juntamente com a histria de vida de cada um, a cultura, a sociedade

    e a gentica fazem de ns o que somos, individualmente, como seres humanos e como

    animais. Isso quer dizer que apenas a Biologia no seria suficiente para explicar todas

    essas questes e justamente isso que faz da Neurocincia uma rea to ampla.

    Podemos dizer que atualmente a neurocincia tem sido ampliada para incluir

    diferentes abordagens usadas para estudar os aspectos moleculares, celulares, de

    desenvolvimento, estruturais, funcionais, evolutivos e mdicos do sistema nervoso,

    ainda sendo aberta para incluir a ciberntica como estudo da comunicao e controle

    no animal e na mquina com resultados importantes para ambas as reas do

    conhecimento.

    Diferentes estudos e tcnicas so usados pelos neurocientistas: desde estudos

    moleculares (de como se comportam algumas molculas do corpo, como enzimas, por

    exemplo) e celulares de neurnios individuais at imageamento de tarefas sensoriais e

    motoras no crebro.

    Muitos conhecimentos do que ocorre no crebro dos adolescentes, por

    exemplo, e isso deve ser interessante para voc, sabemos hoje devido aos avanos

    tericos recentes na neurocincia. Em relao aprendizagem, sabemos por exemplo,

    com base em evidncias neurocientficas, que h uma correlao entre o tipo de

    ambiente e o aumento das sinapses (conexes entre as clulas cerebrais) e que podem

  • 13

    Caro Tutor! Agora apresentaremos as questes propostas no caderno do aluno

    sobre a atividade 02 e seus comentrios. Para as trs questes propostas, voc deve

    orientar o aluno a observar cautelosamente a charge:

    Imagem 2 - http://www.nanihumor.com/2013/06/cartum_4377.html

    QUESTO 1 - O que voc entende sobre a charge? O que ela quer dizer para voc?

    COMENTRIO: Nessa questo o aluno ficar a vontade para responder com suas

    palavras o que pensa a respeito da imagem. No entanto, importante que voc

    sinalize algumas questes, como por exemplo: O homem no consegue ou no capaz

    de manipular ferramentas tecnolgicas? Ser que a mulher est neurologicamente

    mais preparada para isso? Abra se possvel uma discusso com a classe a respeito.

    QUESTO 2 Na situao acima, para entender o que acontece com o crebro e a

    aprendizagem de Ado, o que seria mais conveniente: um neurocientista ou um

    neurologista? Por que voc prope essa rea de conhecimento?

    COMENTRIO: Nessa questo, voc pode retornar s diferenas entre os estudos

    neurolgicos e neurocientficos, abrindo uma discusso sobre a diferena na

    Atividades Comentadas 2

  • 14

    aprendizagem das pessoas. Voc pode, caso deseje, abrir uma brecha inclusive para

    abordar a importncia do hbito de estudos e do exerccio mental com a execuo das

    tarefas propostas para casa e para a aula, mostrando o lado positivo de novas

    conexes serem formadas no crebro.

    QUESTO 3 Tente explicar o porqu de a neurocincia ser uma rea de

    conhecimento interdisciplinar, no contexto na charge.

    COMENTRIO: Como j aconselhado anteriormente, permita que o aluno enxergue a

    relao entre as cincias/reas de conhecimento e a importncia do trabalho em

    equipe para a resoluo de problemas no apenas no campo cientfico, mas na vida e

    no mercado de trabalho, de forma geral. Esta pode ser uma boa oportunidade. Que

    tal?

    Comentrios: Caro Tutor, nessa aula o objetivo mostrar ao aluno a extrema

    organizao do crebro. Voc pode comear a aula, questionando como se escreve a

    palavra crebro. Lembre-se que muitos alunos confundem a palavra, escrevendo

    incorretamente clebro ao invs de crebro.

    Caro Tutor, voc j viu na aula 1, o sistema nervoso formado por uma srie de

    elementos, sustentada por uma rede grandiosa e microscpica de clulas nervosas

    extremamente organizadas. No mesmo?

    Um dos rgos do nosso sistema nervoso, especificamente do sistema nervoso

    central, o famoso crebro. Ele um rgo particularmente complexo e extenso.

    Representa cerca de 2% da massa total do corpo, recebendo ainda assim, em torno de

    25% de todo o sangue que bombeado pelo corao. Para se ter uma ideia da

    importncia deste rgo vai uma informao: o crebro utiliza cerca de 20 % da

    energia produzida pelo corpo.

    Aula 3: O crebro nosso de cada dia

  • 15

    O crebro se assemelha a uma noz, s que em tamanho bem maior. Divide-se

    em dois hemisfrios: esquerdo e o direito. um conjunto distribudo de milhares de

    clulas que se estende por uma rea de mais de um metro quadrado dentro do qual

    conseguimos diferenciar certas estruturas correspondendo s chamadas reas

    funcionais. Cada hemisfrio contm quatro partes conhecidas como lobos cerebrais,

    como podemos observar na imagem 1 abaixo: lobo frontal (azul), lobo parietal

    (amarelo), lobo occipital (rosa) e lobo temporal (verde). Observe a organizao geral

    dos lobos cerebrais:

    Imagem 1 Lobos cerebrais - http://tinyurl.com/n3ug538

    Comentrios: A partir da imagem 2, nas mos de um cientista, voc pode orient-los a

    perceberem a dimenso do rgo e a formao estranha que ele apresenta por fora (as

    ondulaes). Leve-os a refletir sobre o porqu dessa forma! O que cada um pensa a

    respeito?

    Aproveite a mesma imagem para mostrar a membrana que envolve o rgo e

    os demais do SNC, ressaltando a importncia das meninges para o sistema de proteo

    nervosa. Ser que eles sabem o que passa ali dentro? Ser que j ouviram falar em

    lquido cefalorraquidiano? Que nome estranho no? Mas Raquidiano teria a ver com a

    injeo raquidiana? Que tal consult;-los para saber se eles tm alguma experincia no

    assunto?

    O lobo frontal est associado atividade motora, articulao da fala,

    pensamento e planejamento responsvel por cognio e memria. O lobo parietal

  • 16

    responde pela interpretao das sensaes e pela orientao do corpo. O lobo

    occipital interpreta a viso. Nos lobos temporais as emoes e a memria so

    trabalhadas, fornecendo ao indivduo a capacidade de identificar e interpretar objetos

    ao recuperar informaes passadas.

    Observe abaixo na imagem 2, o tamanho de um crebro humano. Perceba sua

    dimenso, seus dois hemisfrios e uma membrana que o envolve, de cor bem clarinha.

    Essa membrana a meninge, que protege todo o encfalo e segue pela medula

    espinhal. Se essa membrana sofrer uma infeco por algum agente patolgico (que

    causa doena), pode gerar o que os mdicos chamam de meningite. J ouviu falar

    nisso?

    Imagem 2 Um neurocientista segurando um crebro humano. http://tinyurl.com/lzhf5qz

    Comentrios: No crebro h uma distino visvel entre a chamada massa cinzenta e a

    massa branca. Uma outra curiosidade que voc tutor, pode aproveitar a questo da

    colorao interna. Por que duas reas com coloraes diferentes? Esquisito, no? Mas

    com a leitura eles podem comear a perceber essa diferena. A massa branca se

    localiza mais internamente. J a massa cinzenta corresponde camada mais externa

    do rgo (tecido rugoso de cerca de dois milmetros de espessura) sendo tambm

    chamado de crtex cerebral. Essa zona um importante local de processamento

    neural, responsvel por funes complexas como memria, ateno, conscincia,

    linguagem, percepo e pensamento. Constituda por essa massa cinzenta, essa

  • 17

    estrutura permitiu ao ser humano desenvolver cultura, j que induziu a elaborao do

    pensamento abstrato e das representaes simblicas.

    Segundo os neurocientistas, o hemisfrio esquerdo dominante em cerca de

    98% dos seres humanos (chamados destros, ou seja, aqueles que tem a facilidade de

    fazer as coisas com a mo direita, por exemplo). Este hemisfrio responsvel pelo

    pensamento lgico e habilidade de se comunicar. J o hemisfrio direito assume o

    pensamento simblico e a criatividade, embora algumas pesquisas atuais questionem

    esse conhecimento, comprovando que existem partes do hemisfrio esquerdo,

    destinadas a criatividade e vice-versa. Nos canhotos as funes esto invertidas. O

    hemisfrio considerado dominante porque nessa regio encontramos duas reas

    especializadas: a que se dedica a motricidade da fala, e a responsvel pela

    compreenso verbal, funes muito importantes para a interao e sobrevivncia da

    espcie humana.

    No crebro h uma distino visvel entre a chamada massa cinzenta e a massa

    branca. Observe a imagem 3 abaixo. Na parte mais interna (mais clara) temos a massa

    branca e na parte mais externa, temos o que chamamos de massa cinzenta:

    Imagem 3 Massa branca e cinzenta do crebro. http://tinyurl.com/m6lwq3a

    A massa branca se localiza mais internamente. J a massa cinzenta corresponde

    camada mais externa do rgo (tecido rugoso de cerca de dois milmetros de espessura)

    sendo tambm chamado de crtex cerebral. Essa zona um importante local importante

  • 18

    porque responsvel por funes complexas como memria, ateno, conscincia,

    linguagem, percepo e pensamento. Constituda por essa massa cinzenta, essa estrutura

    permitiu ao ser humano desenvolver cultura, entender coisas que no pode ver e at

    mesmo viver em equipe.

    QUESTO 1 Como voc descreveria o seu crebro? Como ele formado, sua

    organizao, divises, etc.?

    COMENTRIO: Nessa questo, o aluno responder como julgar mais adequado. No

    entanto, atente para que ele complemente a resposta falando sobre o formato de noz,

    a diviso em dois hemisfrios e a especificidade de cada rea dentro dele para uma

    funo especfica.

    QUESTO 2 Pense e busque explicar porque a minoria das pessoas canhota. Por

    que isso acontece?

    COMENTRIO: O aluno deve responder a essa questo, atentando que uma pessoa

    canhota tem seu lado direito do crebro mais desenvolvido e vice-versa. O aluno deve

    lembrar que o hemisfrio esquerdo dominante em cerca de 98% dos seres humanos

    (chamados destros). Este hemisfrio responsvel pelo pensamento lgico e

    habilidade de se comunicar. J o hemisfrio direito assume o pensamento simblico e

    a criatividade, embora algumas pesquisas atuais questionem esse conhecimento,

    comprovando que existem partes do hemisfrio esquerdo: destinados criatividade e

    vice-versa. Por isso, sendo a maioria destra, a minoria acaba sendo de canhotos.

    QUESTO 3 Uma membrana especial envolve e protege todo o sistema nervoso

    central. No caso de uma infeco por microrganismos que atinja essa membrana, a

    consequncia imediata uma:

    (a) encefalite;

    (b) neurite;

    (c) meningite;

    Atividades Comentadas 3

  • 19

    (d) membranite.

    COMENTRIO: A consequncia imediata de uma inflamao nessa membrana

    (meninge) uma meningite, que pode ser de origem bacteriana, viral ou at mesmo

    fngica. A letra C a opo correta.

    Caro tutor, os nossos sentidos (viso, olfato, audio e equilbrio, tato etc.)

    recebem informaes do mundo que nos rodeia. Estas mensagens so enviadas como

    impulsos sensoriais primeiramente ao tlamo (parte do crebro que tambm controla

    as emoes e comportamentos) e depois para regies do crtex cerebral (a parte

    cinzenta como vimos na aula anterior) especficas de cada sentido. Dessa forma, o

    crebro as rene, organiza e armazena. De forma adequada, transmite impulsos

    nervosos que ditam o comportamento motor e mantm as funes do corpo, como

    batimento cardaco, presso arterial, balano hdrico e temperatura corporal. Ou seja,

    no fundo, todas as atividades do corpo, incluindo os rgos sensoriais buscam o estado

    de equilbrio do organismo, os quais chamamos de homeostase.

    O crebro tambm produz hormnios que influenciam outros rgos, reagindo

    a hormnios produzidos em outras partes do corpo tambm. Nos mamferos, grande

    parte destas substncias liberada no sistema circulatrio pela glndula pituitria,

    tambm conhecida como hipfise (a glndula mestra). O sistema nervoso est to

    integrado ao sistema endcrino que, por exemplo, quando passamos por uma situao

    de estresse, produzimos adrenalina em nossas glndulas suprarrenais, o que envia

    mensagens ao crebro para se preparar para o perigo. Isto revela o quanto todo o

    nosso corpo est conectado e em sintonia com o sistema nervoso. Os rgos

    relacionados s sensaes, como os olhos, o nariz, a lngua, a pele e os ouvidos so

    fundamentais para capturar os estmulos do ambiente que chegaro s reas

    especficas cerebrais.

    Podemos identificar dois grandes grupos de sentidos em nosso corpo: Os

    sentidos especiais e os sentidos gerais. Em relao aos sentidos Especiais, temos o

    Aula 4: As sensaes em nosso corpo

  • 20

    olfato, a gustao, a viso, a audio e o equilbrio. E complementando esses sentidos

    Especiais, temos os sentidos mais Gerais, caracterizados pelas sensaes capturadas

    pelas sensaes tteis, trmicas, de presso e sensaes de dor, por exemplo, e pelas

    sensaes viscerais sobre as condies internas dos lquidos corporais e dos rgos.

    Observe na imagem 1, algumas sensaes capturadas por rgos especficos

    em nossos corpos:

    Imagem 1 Alguns rgos sensitivos e suas reas cerebrais responsveis

    http://tinyurl.com/klmm66n

    Comentrios: Sinalize, por exemplo, a importncia do cuidado com os ouvidos. Os

    jovens em geral, ouvem msicas muito altas diretamente no canal auditivo e isso pode

    gerar problemas futuros. Enfatize sempre o cuidado que eles devem tomar com seus

    ouvidos, portanto todo som deve ser apreciado com moderao!

    Tente partir de diferentes curiosidades, como sobre a causa de voc salivar

    tanto quando sente o cheiro de algum alimento muito saboroso. Por que ser que isso

    acontece? Por que os sentidos esto to conectados? Mostre ao aluno que a

  • 21

    sobrevivncia que dita as relaes do corpo com o mundo. Ser que conseguiramos

    viver sem nossos rgos de sensao? O que ser que os alunos acham?

    A pele, como falamos em aulas anteriores, o maior rgo do corpo humano,

    correspondendo a cerca de 16 % em extenso. responsvel pelo tato e tem outras

    funes importantes, como manter os rgos internos isolados do meio ambiente,

    ajudar no controle da temperatura do corpo eliminando o suor, proteger contra a

    invaso de micrbios que prejudicam o organismo, etc. Na pele que reveste os dedos

    h linhas bem particulares que formam as digitais, que so diferentes de uma pessoa

    para outra.

    Quando falamos de sensaes, o ouvido outro rgo importante para a nossa

    sobrevivncia. Ele responsvel pela audio e pela manuteno do equilbrio do

    corpo. As orelhas compem a parte externa do ouvido e funcionam como um radar,

    captando todos os tipos de sons. O ouvido muito sensvel e sons muito altos aos

    ouvidos podem provocar perdas auditivas. Por isso, principalmente voc adolescente,

    tome sempre muito cuidado com seus ouvidos. Se preserve no ouvindo msicas com

    volume muito alto, pois isso pode ser prejudicial para voc a curto e longo prazo.

    Portanto, todo som deve ser apreciado com moderao.

    Com relao ao sentido do paladar, o rgo responsvel a lngua, que

    identifica o sabor dos alimentos atravs das papilas gustativas. Estas estruturas se

    espalham por toda a lngua e em cada ponto dela h papilas que distinguem um sabor

    especfico. Perceba que, quando voc sai da escola e vai faminto para casa e , ao

    chegar, sente o cheiro de algum alimento muito saboroso voc fica com gua na

    boca, no mesmo? E isso tem uma explicao: isso acontece porque com o cheiro,

    nosso organismo se prepara para comer e por isso libera mais saliva, dando a sensao

    de gua na boca.

    E por falar em sentir cheiro, sua percepo tem relao com o sentido do

    olfato. E no propriamente o nariz o responsvel por essa sensao, mas sim os

    receptores internos que distinguem o tipo de cheiro que sentimos e envia as

    informaes para o crebro. Ele as guarda e, quando cheiramos novamente a mesma

    coisa, de imediato essa memria acionada para sua identificao. Por isso no to

    difcil identificarmos o perfume de algum de longe, assim como tambm no difcil

    sentirmos quem no colocou desodorante num dia quente de vero. No verdade?

  • 22

    Mas curiosamente, o olfato pode tambm servir de alerta sobre algum perigo prximo,

    como o cheiro de fumaa, que pode indicar um incndio ou mesmo quando sentimos

    um cheiro diferente do normal em alimentos indicando que j no devem mais ser

    consumidos.

    Finalmente chegamos ao sentido da viso, cujos rgos responsveis so os

    olhos. Nossos olhos so muito sensveis e precisam de proteo contra poeira e outros

    elementos que podem prejudic-los, da a importncia das plpebras, sobrancelhas e

    clios que fazem essa proteo.

    QUESTO 1 Explique com suas palavras, porque temos a sensao de gua na boca

    ao sentirmos um cheiro de comida bastante AGRADVEL? Por que isso acontece?

    COMENTRIO: A sensao de gua na boca ocorre porque sem percebermos,

    salivamos bastante. Isso ocorre porque nosso organismo, atravs do olfato, captura

    essas molculas saborosas e manda a mensagem ao crebro que a comida no est

    distante. Assim, a boca recebe uma informao e j comea a salivar, se preparando

    para comer.

    QUESTO 2 Reflita calmamente e responda: Qual a relao entre os rgos

    sensoriais e a homeostase do organismo? No se esquea de que homeostase o

    estado de equilbrio entre as partes do organismo.

    COMENTRIO: Os sentidos especiais, atravs de seus rgos especficos auxiliam na

    manuteno do equilbrio do corpo (homeostase), pois permite que o corpo capture e

    responda aos estmulos do meio onde o adolescente se encontra.

    QUESTO 3 Pense em voc como adolescente e nas coisas que realiza no seu dia a

    dia. Qual a importncia da higiene para seus rgos dos sentidos? Escolha dois desses

    rgos e defenda o seu ponto de vista:

    COMENTRIO: O objetivo dessa questo estimular uma discusso sobre sade e

    higiene, permitindo que o prprio jovem perceba o hbito de higiene como importante

    Atividades Comentadas 4

  • 23

    para sua viso, sua audio, para o paladar, etc. Dessa forma, o jovem usar seus

    argumentos para defender o porqu da higiene em seu prprio corpo. Oriente-o para

    que ele escolha apenas dois, desde j desenvolvendo a capacidade de sntese e

    respeito ao enunciado.

    Comentrios: Caro tutor essa aula 05 uma aula bem especial, pois um grande

    nmero de jovens (no apenas nas escolas estaduais metropolitanas), vem se

    envolvendo com drogas. E no se trata necessariamente de drogas mais severas.

    Falamos de drogas socialmente aceitas e lcitas: o cigarro e o lcool. Por esta

    preocupao, inserimos este captulo, ligado s competncias de nosso Currculo

    Mnimo, numa compreenso mais sistmica do sistema nervoso. Comeamos a aula 05

    propondo uma reflexo com os alunos a partir da imagem abaixo:

    Caro aluno observe as duas aes da imagem abaixo. Voc consegue ver

    alguma semelhana entre elas?

    Imagem 1 Um copo de cerveja e um cigarro. http://tinyurl.com/kvhmgc2

    Comentrios: O intuito que ele comece a refletir sobre como ele est possivelmente

    rodeado de pessoas que consomem estas drogas. Por exemplo, no caso do copo de

    cerveja, h grandes concentraes de lcool. E no cigarro grandes concentraes de

    nicotina e outras substncias. Dizemos ento que o lcool e a nicotina so drogas, mas,

    Aula 5: Drogas e adolescncia

  • 24

    diferente da maconha e da cocana, so drogas lcitas, ou seja, permitidas por lei.

    Nesse momento instaura-se uma possibilidade de discutir a legalidade de outras

    drogas, como a maconha, por exemplo. O que ser que os jovens nessa faixa etria

    pensam sobre isso? Mapeie as ideias dos alunos! Pode ser bastante interessante.

    Se voc respondeu que ambas dizem respeito ao consumo de drogas, voc tem

    razo. Na realidade elas no so especificamente drogas, mas apresentam as

    mesmas em sua constituio. Por exemplo, no caso do copo de cerveja, h grandes

    concentraes de lcool. E no cigarro grandes concentraes de nicotina e outras

    substncias. Dizemos ento que o lcool e a nicotina so drogas.

    Mas, o que so drogas afinal? Estamos rodeados por diferentes tipos delas. Os

    medicamentos que fazemos uso quando estamos doentes, os produtos de limpeza, os

    produtos de higiene, etc. Em todos eles h diferentes tipos de drogas. De forma geral,

    a palavra droga define toda substncia natural ou no, que modifica as funes

    normais de um organismo. Elas tambm so chamadas de entorpecentes ou

    narcticos. Tanto que o trfico de drogas conhecido legalmente como narcotrfico.

    A maioria das drogas so produzidas partir de plantas (drogas naturais), como

    por exemplo a maconha, que feita com Cannabis sativa e o pio, proveniente da flor

    da Papoula. Outras so produzidas em laboratrios (drogas sintticas), como o Ecstasy

    e o LSD. A maioria causa dependncia qumica ou psicolgica, agindo diretamente no

    sistema nervoso central (principalmente no crebro), sendo por este motivo

    conhecidas tambm como drogas psicotrpicas e alterando claramente as funes

    mentais, como o raciocnio e o bom senso. E justamente nessa questo que mora o

    perigo: o seu uso pode gerar superdependncia e levar a bito (morte) por overdose,

    como podemos ver na televiso com vrios artistas.

    Por incrvel que parea o uso de drogas no apenas coisa de novela, filmes ou

    caso de algum famoso. O seu uso, principalmente na adolescncia, tem crescido cada

    vez mais. Drogas como o craque e a cocana tem se espalhado muito entre os jovens

    de sua gerao. No entanto, o lcool e o fumo na juventude parecem ser as drogas

    mais consumidas e, portanto, precisam de ateno especial.

    Quando um jovem consome cigarro de tabaco ou maconha, por exemplo, as

    drogas causam alteraes cerebrais muito importantes. E isso acontece de forma

    semelhante com outras drogas, mudando apenas a forma de uso (aspirada, fumada ou

  • 25

    injetada na veia). No caso do tabaco, existe um princpio ativo chamado de nicotina.

    Essa substncia no crebro responsvel pelo efeito que provoca dependncia. A

    nicotina considerada uma substncia estimulante, mas no considerada uma droga

    alteradora do sistema nervoso (alteraes na percepo de tempo, espao, e viso,

    por exemplo, como cocana, maconha, lcool e outras drogas).

    Para entender melhor como a nicotina gera dependncia qumica, vale lembrar

    que, no crebro h cem bilhes de neurnios, clulas caractersticas do sistema

    nervoso, como vimos em aulas anteriores. atravs deles que o estmulo conduzido

    de um para outro neurnio, formado por ramificaes (dendritos) e pelo

    prolongamento celular (axnio). Os dendritos no se ligam propriamente, existindo um

    pequeno espao livre chamado sinapse onde vrias substncias qumicas so liberadas

    e absorvidas. Uma das mais importantes a dopamina. Quando um jovem fuma ento,

    surge o estmulo que d prazer. A quantidade de dopamina diminui no interior da

    sinapse e, como a chave que entra numa fechadura, penetra nos receptores do

    neurnio seguinte e transmitem a sensao de prazer. A dopamina que sobra na

    sinapse reabsorvida pelos receptores da membrana do neurnio que emitiu o sinal e

    a sensao de prazer desaparece, como pode ser visto na imagem 2. O que acontece

    quando a pessoa fuma o tabaco ou a maconha (ou outra droga) que a nicotina

    entope os receptores que reabsorvem a dopamina, deixando-a por mais tempo na

    sinapse e perpetuando a sensao de prazer. Ou seja, de forma mais clara, a nicotina

    engana os neurnios. Esse mecanismo acontece de forma semelhante com o uso de

    outras drogas psicoativas.

    Imagem 2 Nicotina se ligando a receptores neuronais. http://tinyurl.com/lgay9r4

    Um grande nmero de jovens para se sentir acolhido pelos amigos (que no

    fundo no tem nada de amigos, no mesmo?) ou at mesmo para revelar

  • 26

    independncia, comea a fazer uso do lcool e do cigarro para mostrar ser uma pessoa

    que de fato no . Voc adolescente, no deve esquecer que ainda h muita vida pela

    frente para alcanar todos os seus sonhos. Por isso, no se deixe levar pelo o que os

    outros pensam. O mais importante o que voc pensa e acredita para a sua vida! E a

    sua sade sempre a coisa mais importante. Para voc ter uma ideia, as pessoas que

    tentam abandonar as drogas podem sofrer com a Sndrome de Abstinncia, que so

    reaes do organismo falta da droga. Sem fumar, o dependente entra num quadro

    de ansiedade crescente, que s passa com uma tragada. Enquanto as demais drogas

    do trgua de dias, ou pelo menos de muitas horas ao usurio, as crises de abstinncia

    da nicotina se sucedem em intervalos de minutos. Para evit-las, o fumante precisa ter

    o mao ao alcance da mo. Muitos depoimentos de dependentes da nicotina mostram

    que, para eles, parece que est faltando uma parte do corpo. Como o lcool dissolve a

    nicotina e favorece sua excreo por aumentar a diurese (produo de urina pelos

    rins), quando o fumante bebe, as crises de abstinncia se repetem em intervalos to

    curtos que ele mal acaba de fumar um, j acende outro. Por isso to difcil largar as

    drogas. Muitas at tentam, mas no conseguem ficar muito tempo longe delas e

    recomeam a se drogar devido ao vcio. Ento, pense sempre duas vezes antes de

    utilizar qualquer entorpecente (at mesmo medicamentos), pois o sofrimento que

    voc poder colher extremamente doloroso. Lembre-se sempre que alm de voc,

    muitas outras pessoas que o amam sofrero caso voc entre no mundo das drogas.

  • 27

    Caro Tutor, abaixo voc pode observar as questes propostas na aula 05 no

    caderno do aluno e alguns comentrios:

    QUESTO 1 Observe com ateno a charge abaixo:

    Imagem 3 De pai para filho - http://tinyurl.com/ky2pxmz

    Como voc interpreta essa charge? Que valores so importantes que os pais

    desenvolvam para uma Educao para seus filhos sem o uso de drogas?

    COMENTRIOS: Nesta questo, o aluno revelar suas ideias sobre o assunto estudado

    no captulo, mostrando parte de seu repertrio cultural e de suas experincias

    socialmente construdas. Estimule-os a escreverem da forma que se sentirem mais

    confortveis.

    QUESTO 2 Pense nas pessoas que voc se relaciona (famlia, amigos, conhecidos,

    etc). Quantas pessoas voc acredita que sejam dependentes de alguma substncia

    entorpecente (tabaco, lcool etc)? Voc no precisa identifica-las! Apenas some todas

    as que voc lembrar e especifique que tipo de droga cada uma utiliza (ou mais de

    uma).

    Atividades Comentadas 5

  • 28

    COMENTRIO: Esta questo objetiva o jovem a explorar a realidade onde ele vive e

    buscar relaes de casos de uso de drogas (lcitas ou no) em sua escola, sua

    vizinhana e at mesmo dentro de sua famlia. Pode ser uma tima oportunidade de o

    aluno refletir sobre sua prpria vida e da oportunidade que ele como jovem, ainda tem

    pela frente, construindo uma vida feliz e equilibrada. Ele pode citar quantas

    experincias desejar.

    QUESTO 3 Explique com suas palavras (sem tirar diretamente do texto), por que

    to difcil algum dependente qumico do lcool, do cigarro ou outra droga conseguir

    se livrar da dependncia.

    COMENTRIO: O aluno deve se colocar no lugar do outro. Ajude-o a fazer esse

    exerccio, trabalhando questes de respeito ao prximo. Assim, com sua orientao e

    leitura do texto, o aluno perceber que a dependncia qumica foge do controle

    humano, sendo escravizado pelos entorpecentes. importante que nesse momento

    eles sintam-se na pele do outro, para imaginarem a sensao de uma pessoa de querer

    se livrar de algo ruim e no conseguir.

  • 29

    Comentrios: Caro Tutor, esse captulo final ser uma tentativa de dialogar com

    o adolescente, mostrando como os avanos da neurocincia so positivos para a

    compreenso do ser humano, em particular nessa fase to especial que a

    adolescncia.

    Caro Tutor, provavelmente voc j deve ter percebido que, em muitas ocasies,

    voc comea a fazer coisas que no entende bem o porqu. No mesmo?

    Na fase que voc se encontra na adolescncia, muitos jovens gostam de se refugiar no

    quarto, se apaixonar loucamente, de esportes radicais e, sobretudo, adoram quebrar

    regras, alm de forar um certo distanciamento dos pais. Ser que alguma dessas

    coisas j aconteceu com voc?

    Para os neurocientistas tudo isso absolutamente normal, dentro do bom

    senso e do respeito individualidade do outro. O que acontece que nesse perodo

    ocorre uma reorganizao no crebro do ser humano, onde ocorre tambm uma

    produo de matria prima, ou seja, mais conexes entre os neurnios, seguida da

    eliminao das conexes que no servem mais. Ou seja, as mudanas so frenticas!

    Portanto, o perodo da adolescncia uma fase de intenso aprendizado,

    principalmente em relao ao conhecimento de coisas novas e diferentes do que o

    jovem est habituado a vivenciar. Por isso voc s vezes tem vontade de fazer coisas

    que nunca experimentou, principalmente com os amigos. No entanto, como vimos na

    aula anterior, voc deve ser sensato e inteligente para saber medir o que bom e ruim

    para voc, para no correr o risco de se meter em encrenca.

    No adolescente ocorrem diferentes mudanas no crebro, das quais as

    mudanas mais especficas so no sistema de recompensa. Mas, o que isso? ele

    que nos faz sentir prazer e querer mais do que bom. E esse sistema passa por

    grandes mudanas logo no comeo da adolescncia, o que provavelmente causam os

    sinais mais caractersticos da nova fase: o tdio, o gosto por riscos, a busca de

    novidades, etc. Voc j percebeu, por exemplo, que, mesmo tendo muitas atividades,

    Aula 6: Crebro, Adolescncia e Mudanas

  • 30

    sente ou sentia um imenso tdio? Essa uma consequncia imediata dessas mudanas

    e no deve ser confundido com pessimismo.

    Em relao ao pensamento, nessa etapa da vida humana uma parte do crtex

    (falamos dele na aula anterior), amadurece e passa a permitir o raciocnio abstrato,

    melhora a memria e a concentrao e comea a permitir o controle de impulsos

    (aquele de contar at dez antes de ser grosseiro com algum, principalmente com seus

    pais), que antes voc no tinha.

    Uma outra regio do crtex somente amadurece no final da adolescncia e

    possivelmente permite, s ento, o raciocnio consequente. Isso quer dizer que mais

    ao final deste perodo o jovem apresenta um comportamento mais responsvel,

    levando mais em conta as possveis consequncias de seus atos antes da ao. Devido

    a isso, muitos novos adolescentes no sabem pensar sozinhos nos resultados ruins de

    suas aes.

    Tambm nesse final da adolescncia, o circuito social comea a amadurecer

    mais. quando o comportamento jovem comea a se tornar mais socivel e o jovem

    se revela mais simptico, solidrio e capaz de se colocar no lugar dos outros e usar esta

    informao na hora de agir.

    Imagem 1 O circuito social amadurece. http://tinyurl.com/msk7vhr

    Para alguns neurocientistas, estas mudanas costumam comear primeiro nas

    meninas. Estudos demonstram que elas comeam a fase de transformao cerebral

    antes dos meninos, portanto, meninos, no se sintam constrangidos, mas elas passam

    a adolescncia inteira mais ou menos na frente de vocs. Mas o que a neurocincia

    explica com mais detalhes, j conhecido por muito tempo: meninas de 14 anos

  • 31

    podem ser moas bastante maduras, enquanto meninos de 14 anos so meninos de 14

    anos.

    Todas essas mudanas so muito importantes para os jovens. Nesta fase o

    adolescente precisa conhecer e aceitar seus limites. Para a neurocincia, o

    autoconhecimento muito importante e ajudar o jovem a se desenvolver. O que

    voc precisa na adolescncia de novos estmulos. No fique com medo de arriscar

    em coisas novas. Voc deve estimular o seu crebro com diferentes atividades que o

    estimularo seu desenvolvimento. Por isso, aventure-se na literatura, no cinema, na

    msica, no esporte, nas amizades. Mas ateno! Cuidado com as aventuras. Usar

    drogas na adolescncia, como vimos na aula anterior, uma pssima ideia. No se

    esquea de que o sistema nervoso sobre o qual elas agem est em uma fase crtica de

    desenvolvimento. O adolescente j por natureza impulsivo e isso nem sempre bom.

    V sempre com calma e no se esquea de que a parte do crebro responsvel pelas

    decises responsveis ainda est em desenvolvimento. Portanto, nem tudo faz ou far

    sentido para o jovem. Por isso mesmo, voc deve tomar pequenas decises e pensar o

    mximo possvel nelas, pois afinal s se praticando que se aprende. No verdade?

    Devido tambm a essas transformaes no crebro, adolescentes vivem

    grandes paixes. Eles entendem melhor e mais rpido do que os pais como usar

    equipamentos modernos, como computadores, celulares, jogos eletrnicos, etc. Em

    parte pelo prazer de usar suas recm-descobertas habilidades de raciocnio lgico e

    intelectuais. uma fase de grandes descobertas literrias, musicais, polticas e

    intelectuais de uma maneira geral, quando estantes e mentes comeam a se encher de

    novas ideias. O fascnio recm-descoberto pelo abstrato leva o jovem no s a

    descobrir filosofias, como tambm a criar a sua prpria. E aqui os adolescentes levam

    uma enorme vantagem sobre adultos: livres ainda de grandes responsabilidades sobre

    os ombros, eles tm tempo s para curtir isso tudo. Que tal ento aproveitar esse

    momento de adolescncia para descobrir novos mundos, novos conhecimentos e

    aprender que, quando se quer, tudo se aprende?

  • 32

    QUESTO 1 Pense em voc e nas ltimas mudanas que voc tem sofrido (no nas

    mudanas do seu corpo, mas em seu comportamento). Cite algumas delas que voc

    reconhea e ache interessante mudar para melhorar a convivncia com as pessoas.

    COMENTRIO: Esta questo pessoal e de carter reflexivo, apenas para gerar uma

    maior reflexo em questes possivelmente j desenvolvidas por voc, tutor, mas que

    ajudaro e muito os jovens a pensarem em suas prticas.

    QUESTO 2 bastante comum os adolescentes sentirem tdio, achando muita coisa

    chata ao seu redor. Tente explicar porque isso ocorre. O que ocorre no crebro nesse

    perodo?

    COMENTRIO: Nessa fase, o crebro do jovem passa por uma srie de modificaes

    bioqumicas e novas conexes so criadas. Portanto, o jovem sente necessidade de

    realizar coisas novas e as atividades rotineiras se tornam entediantes.

    QUESTO 3 Pense em alguma tecnologia que voc domina o uso, em relao a seus

    pais ou avs, por exemplo. Descreva esse equipamento, dizendo porque voc sente

    vontade de utiliz-lo. O que ele tem que agradvel? Tente explicar o porqu do

    crebro de muitos jovens lidarem to bem com novas tecnologias.

    COMENTRIO: Essa questo permite que o jovem perceba a aplicao da tecnologia

    em sua vida e perceba que ele tem um elevado potencial de manipular essas

    ferramentas, justamente pela capacidade em desenvolvimento de se abrir ao novo e a

    novas ideias e ferramentas. Ocorrem mudanas no sistema de recompensa. Oriente-o

    para que ele busque suas prprias explicaes, tomando como parmetro um aparelho

    eletrnico que domine o uso, como um celular ou um ipod, por exemplo.

    Atividades Comentadas 6

  • 33

    Caro professor aplicador, sugerimos algumas diferentes formas de avaliar as

    turmas que esto utilizando este material:

    1 Possibilidade: as disciplinas nas quais os alunos participam da Avaliao do

    Saerjinho, podem utilizar a seguinte pontuao:

    Saerjinho: 2 pontos;

    Avaliao: 5 pontos;

    Pesquisa: 3 pontos.

    2 Possibilidade: As disciplinas que no participam da Avaliao do Saerjinho,

    podem utilizar a participao dos alunos durante a leitura e execuo das atividades

    do caderno como uma das trs notas. Neste caso teramos:

    Participao: 2 pontos;

    Avaliao: 5 pontos;

    Pesquisa: 3 pontos.

    Seguem comentrios s questes da avaliao proposta do caderno de

    atividades do aluno.

    QUESTO 1 Como voc explicaria a um colega a diferena entre neurocincia e

    neurologia?

    COMENTRIO: Com suas palavras, o aluno dever mostrar em sua resposta que

    compreende a neurocincia como uma cincia que se dedica ao estudo do sistema

    nervoso em geral e que a neurologia especificamente mais preocupada com as

    questes mdicas e no tratamento de distrbios e doenas nesse complexo sistema.

    Avaliao

  • 34

    QUESTO 2 No nosso crebro, tem dois hemisfrios: um direito e um esquerdo.

    Diferencie basicamente suas funes:

    COMENTRIO: Temos dois hemisfrios, como podemos notar nas imagens das aulas

    anteriores. O hemisfrio esquerdo dominante em cerca de 98% dos seres humanos

    (chamados destros). Este hemisfrio responsvel pelo pensamento lgico e

    habilidade de se comunicar. J o hemisfrio direito assume o pensamento simblico e

    a criatividade, embora algumas pesquisas atuais questionem esse conhecimento,

    comprovando que existem partes do hemisfrio esquerdo, destinadas criatividade e

    vice-versa. Nos canhotos as funes esto invertidas. O hemisfrio considerado

    dominante porque nessa regio encontramos duas reas especializadas: a que se

    dedica motricidade da fala, e a responsvel pela compreenso verbal, funes muito

    importantes para a interao e sobrevivncia da espcie humana.

    QUESTO 3 Atualmente os adolescentes adoram usar celulares para vrios fins.

    Escolha uma funo do celular que voc goste mais e tente explicar por que

    possivelmente o seu crebro lida to bem com isso.

    COMENTRIO: Nessa questo ele pode escolher a funo ligao, rede social, cmera,

    mquina fotogrfica. Ele escolher a habilidade que sentir mais confortvel, tentando

    explicar o porqu do gosto pela novidade que, como vimos, est ligado ao surgimento

    de novas conexes e regies cerebrais voltadas criatividade, em expanso. H prazer

    em usar suas recm-descobertas habilidades de raciocnio lgico e intelectuais

    QUESTO 4 Represente um neurnio, indicando suas particularidades e o sentido do

    impulso eltrico em seu interior. Capriche na ilustrao! Lembre-se que, embora voc

    no veja, existem milhares dessas clulas nervosas em seu sistema nervoso.

    COMENTRIO: A partir da expresso artstica, o jovem representar o sistema nervoso,

    como esquematizado em aulas anteriores. Atente e sinalize aos alunos o correto

    sentido da propagao do impulso: dos dendritos para a poro final do axnio.

  • 35

    QUESTO 5 Proponha uma frase de efeito para uma campanha, com o intuito de

    sensibilizar os jovens para o distanciamento com o mundo das drogas. Vamos l! Mos

    a obra!

    COMENTRIO: Essa questo na realidade, um momento de reflexo e relaxamento,

    onde o bom humor e a criatividade sero requisitados. Oriente-os para que no usem

    palavres.

  • 36

    Caro tutor, todo esse bimestre foi dedicado ao conhecimento do sistema

    nervoso, articulado ao sistema hormonal e gerao do equilbrio entre as partes.

    Tendo em vista que o aluno j estudou quase todos os principais assuntos relativos ao

    3 bimestre, hora de discutir um pouco sobre a importncia deles na nossa vida.

    Ento, vamos l?

    O que ser proposto para o aluno uma pesquisa sobre a cafena. Que

    substncia essa e em que produtos ela encontrada? O que ela pode gerar no

    organismo? Ser que o excesso de cafena pode gerar dependncia? Que tal conhec-

    la melhor?

    Estimule e oriente o aluno a realizar a pesquisa com calma, buscando aprender

    tudo o que pesquisou. S aps ter aprendido e registrado em um rascunho, passe para

    a folha final que ser entregue. Sinalize que a fonte de referncia importante e d

    credibilidade ao trabalho.

    Pesquisa

  • 37

    [1] GOWDAK, D. Cincias Novo Pensar. O Corpo humano. 8 ano. So Paulo:

    FTD,2012.

    [2] GEWANDSZNAJDER, F. Cincias Nosso corpo. 8 ano. 4 Edio. So Paulo: tica,

    2011.

    [3] Governo do Estado do Rio de Janeiro. Conexo professor. Disponvel em

    . Acesso em: 02 set. 2013.

    [4] VARELA, D. Tabagismo: Droga pesada. Disponvel em

    .

    Acesso em: 01 set. 2013.

    [5] FINGER, S. Origins of neuroscience: a history of explorations into brain function.

    [S.l.]: Oxford Univ. Press, 2001. ISBN 9780195146943

    [6] TORTORA, G. J. GRABOWSKU, S. R. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e

    fisiologia. 6 Ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

    Referncias

  • 38

    COORDENADORES DO PROJETO

    Diretoria de Articulao Curricular

    Adriana Tavares Maurcio Lessa

    Coordenao de reas do Conhecimento

    Bianca Neuberger Leda

    Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva

    Marlia Silva

    PROFESSORES ELABORADORES

    Alexandre Rodrigues da Costa Francisco Jos Figueiredo Coelho Marcio Sacramento de Oliveira

    Rosimeire de Souza Freitas Tatiana Figueiredo de Oliveira

    Equipe de Elaborao