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Página 1 CÓDIGO DE OBRAS DECRETO Nº 233 Baixa normas regulamentares relativas às edificações e demolições de obras no município de Betim. O Prefeito Municipal de Betim, no uso de suas atribuições e tendo em vista os artºs. 16 a 18 da Lei 862 de 16/09/69 (PLANO DIRETOR URBANÍSTICO). D E C R E T A TÍTULO I Do Projeto das Edificações e de sua Execução Capítulo I Disposições Gerais Art. 1º. – Este Regimento estabelece as normas que disciplinam a elaboração de projetos, bem como a execução e a fiscalização de edificações e demolições de obras no município de Betim. Art. 2º. – Nenhuma edificação ou demolição poderá ser iniciada sem prévia licença da Prefeitura. Parágrafo Único – A obrigatoriedade de concessão de licença pela Prefeitura e extensiva às reformas, reconstruções parciais e acréscimos de quaisquer tipos de edificações. Art. 3º. – A concessão de licenças para edificar e executar obras parciais, bem como a expedição de certidão de número, dependem de prévia aprovação do Projeto arquitetônico. Parágrafo Único – A expedição do alvará de aprovação do projeto de edificação e, quando necessário, do Alvará de alinhamento, nivelamento e numeração, bem como a concessão de licença para edificar, executar obras parciais e demolir, dependem de pagamento antecipado das taxas respectivas. Art. 4º. – Para atender aos interesses da comunidade, o projeto de edificação deverá ser elaborado em rigorosa conformidade com as prescrições deste Regimento e demais normas disciplinares do uso do solo nas áreas urbanas e de expansão urbana do município, inclusive às estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Art. 5º. – Todo e qualquer edificação deverá ser obrigatoriamente construído segundo o projeto aprovado pela Prefeitura.

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CÓDIGO DE OBRAS

DECRETO Nº 233 Baixa normas regulamentares relativas às edificações e demolições de obras no município de Betim. O Prefeito Municipal de Betim, no uso de suas atribuições e tendo em vista os artºs. 16 a 18 da Lei 862 de 16/09/69 (PLANO DIRETOR URBANÍSTICO). D E C R E T A TÍTULO I Do Projeto das Edificações e de sua Execução Capítulo I Disposições Gerais Art. 1º. – Este Regimento estabelece as normas que disciplinam a elaboração de projetos, bem como a execução e a fiscalização de edificações e demolições de obras no município de Betim. Art. 2º. – Nenhuma edificação ou demolição poderá ser iniciada sem prévia licença da Prefeitura. Parágrafo Único – A obrigatoriedade de concessão de licença pela Prefeitura e extensiva às reformas, reconstruções parciais e acréscimos de quaisquer tipos de edificações. Art. 3º. – A concessão de licenças para edificar e executar obras parciais, bem como a expedição de certidão de número, dependem de prévia aprovação do Projeto arquitetônico. Parágrafo Único – A expedição do alvará de aprovação do projeto de edificação e, quando necessário, do Alvará de alinhamento, nivelamento e numeração, bem como a concessão de licença para edificar, executar obras parciais e demolir, dependem de pagamento antecipado das taxas respectivas.

Art. 4º. – Para atender aos interesses da comunidade, o projeto de edificação deverá ser elaborado em rigorosa conformidade com as prescrições deste Regimento e demais normas disciplinares do uso do solo nas áreas urbanas e de expansão urbana do município, inclusive às estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT). Art. 5º. – Todo e qualquer edificação deverá ser obrigatoriamente construído segundo o projeto aprovado pela Prefeitura.

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Art. 6º. – Somente profissional legalmente habilitado poderá projetar, calcular e construir. Art. 7º. – A Prefeitura, através de seu órgão competente, terá a responsabilidade da fiscalização dos serviços de edificação e demolição, a fim de assegurar o exato cumprimento das leis e normas técnicas aplicáveis. Art. 8º. – Sempre que o desenvolvimento da ciência e da técnica permitir ao homem criar, artificialmente, condições ambientes idênticas às asseguradas pela natureza, ou utilizar, com o mesmo resultado, fórmulas, materiais ou equipamentos diversos do que este Regimento estabelece, poderá o órgão competente admitir soluções das que aqui se prescrevem. Art. 9º. –A aprovação de projeto e a concessão de licença para edificar e demolir, bem como a fiscalização da execução, não implicam na responsabilidade da Prefeitura pela elaboração de qualquer projeto ou cálculo, nem pela realização de qualquer obra. Capítulo II Do Projeto de Edificação, da Licença para Edificar e Demolir e do Profissional Habilitado a Projetar, Calcular e Construir. Seção I Do projeto de Edificação Art. 10º – O projeto de edificação completo, contendo os elementos necessários para sua perfeita compreensão e execução, compreende:

I - projeto arquitetônico; II - projeto fundações; III - projeto estrutural; IV - projeto instalações.

Parágrafo 1º. – Para toda e qualquer edificação serão exigidos os projetos arquitetônicos e de instalações. Parágrafo 2º. – O projeto de fundações poderá ser exigido para toda e qualquer edificação, excluída apenas a habilitação de tipo econômico. Parágrafo 3º. – O projeto estrutural será exigido para as edificações para fins especiais e para as de mais de dois pavimentos. Art. 11º – Do projeto arquitetônico deverá constar, obrigatoriamente:

I - planta da localização da edificação no terreno, na escala de 1:200, que registre a posição da edificação relativamente às linhas de divisa do terreno e às construções vizinhas, constando cotas dos recuos de todos os elementos salientes e reentrantes; II - perfis longitudinais e transversais do terreno, na escala de 1:200, que contenham a posição da edificação a ser construída; III - plantas dos pavimentos, em escala igual ou superior a 1:50, que indiquem os destinos de cada pavimento e compartimento e suas dimensões e superfícies, as espessuras das paredes, as dimensões dos terrenos, áreas e poços, além do contorno do terreno, com os recuos devidamente cotados;

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V - plantas de cobertura, na escala de 1:100, que estabeleçam o módulo adequado às condições climáticas locais e ao tipo de edificação; VI - plantas de todas as elevações externas, na escala igual ou superior a 1:50, que contenham todos os seus elementos arquitetônicos e decorativos, bem como os materiais e cores a serem empregados; VII - cortes longitudinais e transversais, na escala de 1:50 e convenientemente cotados, em quantidade suficiente para perfeito entendimento do projeto, contendo a numeração dos pavimentos, altura dos pés direitos, dimensões das aberturas de iluminação e da cobertura, altura dos peitoris e barras impermeáveis, bem como desníveis dos terrenos acidentados, quando for o caso; VIII - planta e detalhes de execução, na escala de 1:50, no mínimo; IX - plantas e detalhes das esquadrias, nas escalas adequadas que indiquem os tipos de esquadrias, e as especificações necessárias; X - perspectivas, nos padrões adequados e usuais. Parágrafo 1º. – As exigências estabelecidas nos itens VIII, IX e X e do presente artigo serão dispensados para projeto de edificação unifamiliar. Parágrafo 2º. – No caso de edificações de acentuada superfície horizontal, onde resultem impraticáveis as escalas fixadas nos itens do presente artigo, o projetista poderá escolher outras escalas, devendo um dos cortes ser, obrigatoriamente, na escala de 1:100. Parágrafo 3º. – Além de especificação das escalas, é obrigatória a indicação das cotas, inclusive a de altura total da edificação. Parágrafo 4º. – Das plantas de pavimento térreo e dos pavimentos superiores, deverão constar as cotas correspondentes aos recuos de frente, laterais e de fundos, bem como os entre-blocos, edifícios e dependências. Parágrafo 5º. – Nas plantas de todos os pavimentos deverão constar, além das medidas internas, as medidas das faces externas do edifício, representadas pela soma das cotas internas mais as espessuras das paredes. Parágrafo 6º. – Acompanha, obrigatoriamente, o projeto arquitetônico o memorial descritivo, contendo as características do terreno, as características e o destino da edificação no seu conjunto e nos seus elementos componentes, inclusive a justificativa da solução estrutural adotada.

Art. 12º – Do projeto de fundações deverão constar os seguintes elementos: I - planta de locação da edificação no terreno a ser ocupado e em relação às edificações vizinhas, localizadas em um raio correspondente à metade da altura da edificação projetada; II - planta de localização dos diversos corpos da fundação, com as cotas de seus planos de base; III - cortes longitudinais e transversais, que caracterizam a situação topográfica do terreno, na extensão prevista no item I; IV - plantas dos corpos da fundação projetada; V - plantas e detalhes relativos às obras de fundação projetada; VI - cálculo das peças estruturais previstas.

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Parágrafo 1º. – A planta de locação da edificação a construir deverá ser confeccionada na escala de 1:50 e os demais desenhos nas escalas de 1:20, 1:50 e 1:100. Parágrafo 2º. – Acompanha, obrigatoriamente, o projeto de fundações o memorial justificativo da solução adotada, contendo informações precisas sobre a natureza e características do subsolo, bem como sobre as tensões e os coeficientes de segurança previstos. Parágrafo 3º. – Quando se tratar de edificação para fins especiais ou de mais de dois pavimentos, é obrigatória a investigação do subsolo por meio de sondagem ou poços, executada por profissional ou firma especializada, devendo os resultados serem apresentados isoladamente em perfis individuais e, conjuntamente, em cortes ou seções do subsolo, acompanhados de respectivo memorial. Art. 13º – O projeto estrutural deverá ser elaborado com observância às prescrições normalizadas pela ABNT, abrangendo cálculos estruturais, desenhos de formas e armaduras, memorial justificativo dos cálculos, volumes e quantidades. Parágrafo 1º. – É obrigatória a apresentação dos seguintes desenhos de formas e armaduras:

a) localização dos pilares ou paredes; b) distribuição das cargas; c) cintas e paredes; d) tetos; e) pilares, cintas, vigas, lajes e escadas; f) reservatórios; g) detalhamentos especiais.

Parágrafo 2º. – É obrigatória, igualmente, a apresentação dos seguintes elementos: a) memorial justificativo dos cálculos, incluindo cargas adotadas, tensões admissíveis

ou de ruptura e dimensionamento das seções; b) indicações de volumes e quantidades: concreto, em metros cúbicos; formas, em

metros quadrados; armaduras, em quilos, com a necessária especificação do tipo e resistência do material;

c) indicações dos respectivos volumes e quantidades, com discriminação de tipo de material recomendado, no caso de lajes em elementos pré-moldados ou especiais.

Parágrafo 3º. – Os desenhos de conjunto, constantes de plantas, elevações, cortes, vistas e perspectivas, deverão ser feitos na escala mais proveniente à sua necessária clareza. Parágrafo 4º. – Os desenhos para execução de formas e para execução de armaduras, deverão ser feitas nas escalas de: 1:20, 1:50 e 1:100. Parágrafo 5º. – Nos desenhos de detalhes, o calculista tem liberdade de escolher a melhor forma de representação. Parágrafo 6º. – O projeto estrutural deverá obedecer basicamente ao projeto arquitetônico e observar todas as suas características.

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Art. 14º – Os projetos de instalações prediais compreendem: I - projeto de instalações de abastecimento de água; II - projeto de instalações do esgoto sanitário; III - projeto de instalações de escoamento de água pluvial e de proteção contra água de infiltração; IV - projetos de instalações elétrica e de iluminação; V - projetos de instalações de rádio e televisão; VI - projeto de instalações de para-raio; VII - projeto de instalações telefônicas; VIII - projeto de instalações de gás; IX - projeto de instalações de elevador; X - projeto de instalações de coletores ou incineradores de lixo; XI - projeto de instalações de proteção contra incêndio; XII - projetos de instalações de refrigeração, condicionamento e renovação de ar.

Parágrafo 1º. – Em geral, cada projeto de instalações prediais deverão constar, no mínimo, os seguintes elementos necessários ao seu completo entendimento e à sua perfeita execução, utilizando-se os símbolos gráficos normalizados pela ABNT:

a) todas as plantas de edifício, na escala de 1:50 ou 1:100, desde o subsolo até cobertura, contendo dados e especificações sobre o tipo do imóvel, o uso a que se destina, localização, área de construção, designação dos compartimentos, número e data do Alvará de aprovação de projeto arquitetônico pela Prefeitura, nas quais deverão estar localizadas e discriminadas fielmente as instalações em causa, com todas as suas características e com os serviços a serem executados;

b) perfis das instalações, nas escalas adequadas, contendo todos os dados e especificações necessários;

c) detalhamentos diversos, nas escalas adequadas, com todos os dados e especificações necessários;

d) memorial descritivo, contendo os necessários esclarecimentos.

Parágrafo 2º. – Do projeto de instalações de abastecimento de água deverão constar ainda os seguintes elementos:

a) localização e descriminação, com todas as suas características, nas plantas de edifício, do cavalete, depósito inferior, tubulação e coluna de recalque, depósito superior, local dos avisos, ladrão e limpeza, barrilete, coluna de água fria e de água quente;

b) detalhes das instalações de água fria e de água quente com localização dos aparelhos, contendo todos os dados e especificações, desde os aparelhos até as colunas de distribuição, em perspectiva e na escala de 1:20;

c) perfil, em corte ou perspectiva, da distribuição e de armazenamento de água fria ou quente, desde o cavalete até as colunas de distribuição, contendo todos os dados e especificações;

d) resumo do cálculo de distribuição de água fria e água quente, contendo: cálculos dos volumes dos reservatórios, baseados no consumo diário do edifício; cálculos dos diâmetros da canalização da saída de reservatório superior, para água fria e água quente, relacionando características das bombas, potência e vazão; indicação da tabela ou ábaco adotado em cada caso.

Parágrafo 3º. – O projeto de instalação de esgotos sanitários deverá conter, obrigatoriamente:

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a) localização e discriminação, com todas as suas características, nas plantas do edifício, das colunas de ventilação e esgotos, ramais e subcoletores, caixas de inspeção e inspeções;

b) detalhes dos esgotos sanitários, com a localização dos aparelhos, em planta e na escala de 1:20, contendo todos os dados e especificações necessários, desde os aparelhos até as colunas;

c) perfil de esgoto, em corte ou perspectiva, desde as colunas até o alinhamento do logradouro, contendo todos os dados e especificações com diâmetro, declividade e número de unidade;

d) resumo do cálculo da instalação de esgoto, constando: cálculo das colunas de esgoto, relacionando os aparelhos, pesos, nÚmero de unidade e diâmetro; cálculo do ramal, relacionando as colunas, nÚmero de unidades, diâmetro e declividade; indicação das tabelas ou ábacos adotados em cada caso.

Parágrafo 4º. – Do projeto de instalações de águas pluviais deverão constar os seguintes elementos:

a) cálculo da área de contribuição para as calhas e condutores; b) escolha das seções das calhas e dos condutores e seus respectivos

dimensionamentos, considerando-se que, para a descarga de 0,06 litros/segundo/m² , cada metro quadrado de área de proteção horizontal da superfície de cobertura corresponderá a 1 cm² da seção de calha ou do condutor;

c) localização e número das calhas e dos condutores, obedecendo-se as disposições arquitetônicas do edifício;

d) tipo de ligação à rede ou galeria de águas pluviais se for o caso.

Parágrafo 5º. – No projeto de instalações elétricas, obedecidas as prescrições normalizadas pela ABNT, deverão ser desenhados os seguintes elementos sobre a planta arquitetônica:

a) localização dos pontos de consumo de energia elétrica, com as respectivas cargas, seus comandos e indicações dos circuitos pelos quais serão alimentados;

b) localização dos quadros dos centros de distribuição; c) traçado dos condutores e sua proteção mecânica bem como dimensões dos

condutores e caixas; d) diagrama unifilar, discriminando circuitos, seção dos condutores e dispositivos de

manobra e proteção; e) características e relação dos materiais a serem empregados, discriminados por

grupos de utilização.

Parágrafo 6º. – Do projeto de iluminação, observadas as prescrições normalizadas pela ABNT, deverão constar, obrigatoriamente:

a) detalhes de iluminação, com localização dos aparelhos e sua altura de montagem; b) tipo e relação de aparelhos de iluminação a serem empregados; c) características elétricas do equipamento auxiliar, quando for o caso.

Parágrafo 7º. – Do projeto de instalação de alta tensão, de 0,6 a 15 Kv, obedecidas as prescrições normalizadas pela ABNT, deverão constar, obrigatoriamente:

a) todos os elementos estruturais e elétricos necessários ao seu completo entendimento;

b) dimensionamento das estruturas de suporte; c) localização, plantas e cálculos dos postos e subestações;

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d) processo de drenagem e prevenção contra inundações, quando os postos e subestações forem subterrâneos.

Parágrafo 8º. – No projeto de instalações telefônicas deverão ser desenhadas sobre a planta arquitetônica os seguintes elementos:

a) traçado das tubulações para passagem de cabos ou fios telefônico no edifício, as quais só poderão ser utilizadas para esse fim;

b) indicação das dimensões das tubulações, caixas de distribuição e de passagem, pontos de saída para aparelhos, etc.;

c) outros quaisquer esclarecimentos e circunstâncias considerados necessários para o completo entendimento do projeto e para sua perfeita execução.

Parágrafo 9º. – Do projeto de instalação de elevadores de passageiros e de cargas, bem como de monta-cargas, observadas as prescrições normalizadas pela ABNT e indicado o destino do edifício, deverão constar, obrigatoriamente:

a) representação do conjunto, em elevação e em planta, respectivamente, nas escalas 1:50 e de 1:25,

b) planta da localização do carro na caixa do elevador, na escala de 1:10, com indicação das cotas entre as soleiras da cabina e dos pavimentos e entre as soleiras e as respectivas portas de cabina e dos pavimentos, bem como as distâncias entre os carros de dois ou mais elevadores adjacentes que funcionam em uma única caixa;

c) memorial descritivo da instalação, que indique: potência, capacidade de transporte; peso do carro e do contrapeso; número e diâmetro dos cabos de suspensão; velocidade máxima e mínima; área útil do piso da cabina; percurso; profundidade do poço; distância entre o piso do mais elevado pavimento servido pelo elevador e o limite superior da caixa; localização da escada de acesso á casa de máquinas; tipo de regulador de velocidade, freios de segurança, para choque do carro, contrapeso e demais aparelhos e dispositivos de segurança e de emergência a serem empregados; dispositivos de nivelamento automático do carro, de limites de parada e do fim de curso; sistema de comando; sistema de portas a serem empregadas nos pavimentos e nas cabinas; tipo de fechos eletrônicos a serem colocados nas portas dos pavimentos; bitola do cabo de alimentação; tipo e características da instalação.

Parágrafo 10º. – Do projeto de instalação de escadas rolantes, observadas as prescrições normalizadas pela ABNT, deverão constar os seguintes elementos:

a) representação do conjunto em elevação e em planta, nas escalas adequadas; b) memorial descritivo, que indique: capacidade de transporte, ângulo de

inclinação;largura; armação; trilhos; guarda-corpos; degraus e patamares, compartimentos de máquinas; limites de velocidade; dispositivo de segurança.

Art. 15º – Para projetos de edificações, os desenhos técnicos deverão ser executados de acordo as prescrições da Norma Geral de Desenho Técnico da ABNT. Parágrafo 1º. – A exigência do presente artigo compreende as distintas modalidades de desenhos técnicos, formatos de papel, indicação de escalas e de cotas, emprego de letras, algarismos e linhas, representação gráfica e dobramentos de folhas.

Parágrafo 2º. – Na execução de desenhos técnicos para obras de concreto simples ou armado deverão ser observadas ainda as condições especiais estabelecidas pela ABNT.

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Parágrafo 3º. – Os desenhos para obras total ou parcialmente constituídas de madeira deverão ser executados conforme as prescrições normalizadas pela ABNT. Parágrafo 4º. – Nos desenhos de instalações prediais deverão ser empregados os símbolos normalizados pela ABNT. Parágrafo 5º. – Cada folha desenhada deverá ter, no ângulo direito inferior, um quadro destinado à legenda, conforme padronização do órgão competente da Prefeitura, no qual constarão as seguintes indicações:

a) título do desenho; b) número da folha; c) escalas; d) identificação da edificação, sua natureza e seu destino, além do número de

pavimentos; e) local da edificação, contendo nome do logradouro e numeração do imóvel, além da

identificação cadastral; f) área de terreno, área do terreno a ser ocupado pela edificação separada da

edificação principal e das dependências, bem como área total a edificar; g) nome e endereço do proprietário da edificação ou de seu representante legal

devidamente comprovado e espaço para respectiva assinatura; h) espaço para aprovação do projeto.

Seção II Da Apresentação do Projeto de Edificação

Art. 16º – Para atender às exigências deste Regimento, será obrigatório a apresentação à Prefeitura do projeto de edificação completo, compreendendo o projeto arquitetônico, o projeto de fundações, projeto estrutural e os projetos de instalações.

Parágrafo 1º - Para efeito de aprovação, será suficiente a apresentação à Prefeitura do projeto arquitetônico.

Parágrafo 2º - Os projetos de fundações, estrutural e de instalações serão apresentados quando do pedido de licença para edificar.

Subseção I Da Apresentação do Projeto Arquitetônico

Art. 17º - Para a aprovação do projeto de arquitetura, o interessado deverá apresentar, juntamente com seu requerimento, os seguintes documentos:

I – cópias heliográficas, sem emendas, rasuras ou borrões, do projeto arquitetônico; II – título de domínio pleno ou Útil de posse, sob qualquer modalidade, do bem imóvel; III – certidões negativas de impostos municipais relativos ao imóvel.

Parágrafo 1º. – O número de cópias heliográficas necessárias à apresentação do projeto arquitetônico, bem como dos demais que completam o projeto de edificação, será fixado pelo órgão técnico da Prefeitura.

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Parágrafo 2º. – Tratando-se de moradia de tipo econômico, de até 60 m² de área, o interessado poderá requerer á Prefeitura que lhe forneça o projeto e respectivas especificações.

Art. 18º – O projeto arquitetônico deverá indicar a localização dos aparelhos fixos das instalações prediais.

Parágrafo Único – A exigência do presente artigo é extensiva à localização e às dimensões dos reservatórios de água, das cabinas de força, dos incineradores de lixo, dos medidores de energia elétrica, dos transformadores e das bombas de recalque.

Art. 19º – No projeto arquitetônico de edificação com um ou mais elevadores deverá ficar assegurado o mais adequado sistema de circulação vertical, a fim de que a respectiva instalação possa ser executada em rigorosa observância às prescrições normalizadas da ABNT.

Parágrafo Único – É obrigatório a apresentação dos seguintes elementos:

a) localização, arranjo e dimensões das caixas do elevadores; b) localização, dimensões e ventilação da casa de máquinas; c) profundidade dos poços, adequada à velocidade dos elevadores; d) altura entre o piso da última parada e a laje da casa de máquinas.

Art. 20º - Dos projetos de auditórios, cinemas e teatros deverão constar, obrigatoriamente, gráficos demonstrativos da perfeita visibilidade da tela ou palco por parte de espectador situado em qualquer das localidades. Art. 21º - Nos projetos de piscina de natação deverão existir plantas detalhadas de suas dependências e anexos, bem como das canalizações, filtros e bombas e das instalações elétricas e mecânicas. Art. 22º - Dos projetos dos postos de serviços e de abastecimento de veículos deverão constar plantas de localização dos equipamentos e instalações, com notas explicativas referentes às condições de segurança e funcionamento. Art. 23º - Nos projetos de depósitos de inflamáveis deverão ser apresentados, também, as seguintes especificações:

I – indicação do número de tanques, do local onde cada tanque será instalado, dos tipos de inflamáveis e armazenar, os dispositivos protetores contra incêndio e dos aparelhos de sinalização; II – discriminação das características técnicas essenciais a serem observadas na construção, bem como a do tipo e da capacidade dos tanques.

Parágrafo 1º - Da planta de locação, além das edificações deverá constar a implantação de maquinaria e a posição dos tanques. Parágrafo 2º - No exame de planta de situação do parque deverá ser julgada a vantagem ou desvantagem de localização proposta. Art. 24º - Dos projetos de marquises deverão constar, obrigatoriamente, os seguintes elementos:

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I - planta do conjunto de marquises, com a parte da fachada onde deverá ser executada a obra, além de revestimentos inferior ou forro; II - planta de projeção horizontal do passeio, localizados rigorosamente os postes e árvores a caso existentes no trecho correspondente à fachada; III – planta da seção transversal da marquise, determinando o perfil, a constituição da estrutura, os focos de luz e a largura de passeio; IV - memorial descritivo das características da marquise, de natureza dos materiais da sua construção, revestimento e iluminação do seu sistema de escoamento de águas pluviais e de seu acabamento.

Parágrafo 1º - Os desenhos técnicos deverão obedecer a escala de 1:50 além de convenientemente cotados. Parágrafo 2º - O órgão competente da Prefeitura poderá exigir, sempre que julgar conveniente, a apresentação de fotografias de toda a fachada e o cálculo de resistência de obra a ser executada. Art. 25º - Os projetos de edificações para fins especiais total ou parcialmente constituídas de madeira deverão observar as prescrições normalizadas pela ABNT e compreender os seguintes elementos:

I - especificações dos materiais, com indicação dos pesos específicos das madeiras previstas; II - cargas consideradas; III - formas e dimensões de todas as peças essenciais, acompanhadas dos desenhos necessários à perfeita compreensão de todos os detalhes, especialmente os das ligações; IV - cálculo de todos os esforços solicitados; V - cálculo dos esforços resistentes, com verificação das seções adotadas onde ocorrem as tensões máximas, bem como cálculo das ligações, elementos de apoio e articulação; VI - valores das flechas, calculados sob a carga permanente e sob as cargas acidentais, bem como valores das contra-flechas para construção da obra, a critério do órgão competente da Prefeitura; VII - indicação de todas as posições construtivas relacionadas com a durabilidade da estrutura ou que tenham como objetivo facilitar a inspeção e a eventual substituição de peças prematuramente deterioráveis.

Art. 26º - Os projetos de reformas, reconstrução ou acréscimo de edificações devem ser apresentados de maneira a possibilitar a perfeita caracterização das partes a conservar, demolir ou acrescer. Parágrafo 1º - As cores convencionais serão as seguintes:

a) preta, para as partes a conservar; b) amarela, para as partes a demolir; c) vermelha para as partes novas ou renovar.

Parágrafo 2º - Os projetos deverão ser acompanhados de memorial que especifique detalhadamente as obras a executar e justifique sua necessidade. Art. 27º - Independem de apresentação de projeto as seguintes obras em edificações em geral:

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I - galinheiros sem finalidades comerciais, desde que sejam instalados fora das habitações tenham o solo do poleiro impermeabilizado e com a declividade necessária para o escoamento das águas de lavagem; II - carramanchões e fontes decorativas; III - pinturas internas ou externas de edifícios; IV - construção de passeios, no interior de terrenos edificados; V - construção de passeios, quando do tipo aprovado pela Prefeitura; VI - conserto de passeios, sem modificações de suas características essenciais; VII - construção de entrada de veículos; VIII - rebaixamento de meios-fios; IX - construção de muros divisórios de lotes; X - reparos nos revestimentos das edificações, quando não descaracterizarem os elementos arquitetônicos existentes; XI - reparos internos nas edificações e substituições de abertura em geral.

Subseção II Da Aprovação de Projeto Arquitetônico Art. 28º - Para a sua aprovação, o projeto arquitetônico deverá ser examinado pelo órgão competente da Prefeitura nos seus elementos genéricos essenciais e nos seus aspectos estéticos. Parágrafo Único - Os elementos geométricos essenciais são os seguintes:

a) altura da edificação; b) pé direito; c) espessura das paredes mestras, as seções das vigas, pilares e colunas; d) área dos pavimentos e compartimentos; e) dimensões das áreas e passagens; f) posição das paredes externas; g) área e forma da cobertura; h) posição e dimensões das saliências e dos balanços; i) dimensões das saliências e dos balanços; j) linhas de detalhes das fachadas.

Art. 29º - Quando o projeto estiver incompleto ou apresentar inexatidão ou equívocos facilmente sanáveis, o requerente será intimado para completá-lo no prazo de dez dias. Parágrafo 1º - Retificações gráficas que se tenham de fazer no projeto serão apresentadas separadamente, em duas vias devidamente autenticadas pelo requerente e pelo projetista. Parágrafo 2º - Nos projetos arquitetônicos serão permitidos apenas correções de algumas cotas, feitas a tinta vermelha pelo profissional responsável e rubricada pelo mesmo e pela autoridade municipal competente. Art. 30º - Para aprovação do projeto, a Prefeitura disporá do prazo máximo de 15 (quinze) dias Úteis, a contar da data da entrada do requerimento no Protocolo. Parágrafo Único - O prazo será dilatado dos dias que se fizerem necessários para ouvir outras repartições ou entidades oficiais estranhas à Prefeitura.

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Art. 31º - Nos casos de exigências descabidas para completar ou corrigir projetos, e de demora injustiçada para despachar requerimento de aprovação, o interessado poderá dirigir-se por escrito ao Prefeito, o qual mandará realizar sindicância sumária, aplicando ao funcionário faltoso as penalidades funcionais previstas em lei. Art. 32º - Aprovado o projeto arquitetônico, o órgão competente da Prefeitura entregará cópias visadas do mesmo ao interessado, acompanhadas de respectivo Alvará. Parágrafo 1º - Se no prazo de um ano não for requerida licença para edificar, ficará cancelada a aprovação do projeto arquitetônico e será arquivado o processo. Parágrafo 2º - A revalidação de alvará de aprovação do projeto arquitetônico poderá ser requerida pelo interessado nos termos deste Código, devendo para tanto, o projeto ser examinado pelo órgão competente da Prefeitura. Art. 33º - O projeto arquitetônico que não for aprovado pelo órgão competente da Prefeitura poderá ter suas peças devolvidas ao interessado, após sua invalidação. Parágrafo Único - Quando se verificar o caso previsto no presente artigo, uma via completa do projeto arquitetônico deverá ser conservada, obrigatoriamente, no órgão competente da Prefeitura, para os devidos fins. Art. 34º - Os projetos de reconstrução parcial, reforma ou acréscimo de edificações só serão aprovados após vistoria da edificação pelo órgão competente, a fim de verificar as suas condições e a conveniência das obras. Parágrafo Único - As obras de reconstrução parcial, reforma ou acréscimo de edificação só serão permitidas nos seguintes casos:

I - quando tiverem por finalidades tomar a edificações compatíveis com o que neste Regimento ou em outras leis aplicáveis, se dispõe; II - tratando-se de reconstrução parcial ou reforma, quando se destinarem a melhorar as condições de higiene, comodidade e segurança ou ampliar a capacidade de utilização; III - tratando-se de acréscimos, se não prejudicarem as partes existentes.

SEÇÃO III Da Licença para Edificar Art. 35º - Para a concessão da licença para edificar, reformar, reconstruir ou acrescer, o interessado deverá apresentar, juntamente com seu requerimento, os seguintes documentos:

I - projeto arquitetônico aprovado e respectivo Alvará; II-projetos de instalações devidamente aprovados pela repartições públicas competentes ou pelos concessionários de serviços públicos, quando for o caso; III - projeto de fundações e projeto estrutural; IV - certidão de que foram arquivados, no cartório competente de registro de imóveis, os documentos exigidos pela legislação federal sobre incorporações imobiliárias, se for o caso; V - recibo de pagamento da taxa de licença para edificar.

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Parágrafo 1º - O requerimento de licença, além das especificações necessárias, conterá o nome e endereço do construtor responsável e o prazo previsto para a obra ser iniciada e concluída. Parágrafo 2º - Quando for necessário, o profissional responsável pelo projeto e/ou o profissional responsável pela execução da obra ou instalação poderá ser convidado a comparecer ao órgão competente da Prefeitura. Parágrafo 3º - O projeto de fundações e o projeto estrutural ficarão arquivados na Prefeitura, para o fim de apuração de responsabilidades, quando necessário. Art. 36º - O requerimento de licença para construir moradia econômica, segundo decisões do CREA – 4ª Região, deverá ser acompanhado de uma declaração, em duas vias, assinada pelo interessado, contendo os seguintes esclarecimentos:

I - não ser proprietário de outro imóvel, além do terreno onde pretende construir; II - estar ciente das penalidades legais impostas aos que fazem falsas declarações; III - obrigar-se a seguir, rigorosa e detalhadamente, o projeto arquitetônico que for aprovado pela Prefeitura; IV - estar ciente da sua responsabilidade civil pela obra.

Art. 37º - É obrigatória a concessão de licença por parte da Prefeitura para construção de marquises e construção de rampamento ou rebaixamento de meios-fios para entrada de veículo. Art. 38º - Antes de expedir a licença para edificar, o órgão competente da Prefeitura deverá vistoriar as condições do terreno onde se pretende construir a edificação. Art. 39º - Para a concessão da licença, a Prefeitura disporá do prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, a contar da data da entrega do requerimento no Protocolo. Parágrafo 1º - No caso de necessidade de comparecimento do profissional responsável pelo projeto e/ou o profissional responsável pela execução da obra, o prazo ficará acrescido do período compreendido entre a data da intimação e a do seu comparecimento, o qual não poderá exceder de 10 (dez) dias. Parágrafo 2º - O prazo será dilatado dos dias que se fizerem necessários para ouvir outras repartições ou entidades oficiais estranhas à Prefeitura. Art. 40º - Esgotado o prazo estabelecido no artigo anterior sem que a licença tenha sido concedida, poderá o interessado dar início à construção, mediante comunicação prévia à Prefeitura, e obrigando-se ao inteiro cumprimento do que neste Regimento se dispõe. Art. 41º - Na licença para edificar serão expressas:

I - nome e endereço do interessado; II - nome e endereço do construtor responsável; III - nome do logradouro, numeração do imóvel e sua identificação cadastral; IV - prazo para construir a edificação, com data para início e término; V - servidões legais a serem observadas no local; VI - tipo e destino da edificação.

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Parágrafo Único - Além dos elementos discriminados nos itens do presente artigo, poderão ser indicados outros julgados necessários. Art. 42º - A licença para edificar será válida, para dar início à construção, pelo prazo de 06 (seis) meses. Parágrafo Único - Se o interessado quiser iniciar a execução das obras após o prazo fixado no presente artigo, deverá requerer nova licença e pagar nova taxa. Art. 43º - Considera-se iniciada a construção ao ser promovida a execução dos serviços de locação e de escavações ou aterros e reaterros. Parágrafo 1º - Se a construção não for concluída dentro do prazo fixado na licença, o interessado deverá requerer a prorrogação do prazo e pagar a taxa de licença correspondente à prorrogação. Parágrafo 2º - No caso de faltarem apenas os serviços de pintura, estes poderão ser executados independentemente de nova licença, desde que seja requerida a necessária prorrogação ao término do prazo de licença. Parágrafo 3º - A prorrogação referida no parágrafo anterior será concedida gratuitamente pelo prazo máximo de 03 (três) meses, após será obrigatório o pagamento de nova taxa de licença. SEÇÃO IV Das Notas de Alinhamento e Nivelamento Art. 44º – Para iniciar edificação em terreno onde ainda não se construiu, é indispensável que o interessado esteja munido das notas de alinhamento e nivelamento fornecidas pela Prefeitura. Parágrafo Único - A exigência das notas de alinhamento e nivelamento decorre da necessidade de assegurar que a edificação seja construída em concordância com a via pública. Art. 45º - As notas de alinhamento e nivelamento serão fornecidas em forma de “croquis”, extraído em três vias, mediante requerimento próprio e pagamento das taxas respectivas. Parágrafo Único - A primeira via do “croquis” será entregue ao interessado, ficando as restantes arquivadas na Prefeitura. Art. 46º - O “croquis” indicará os pontos piqueteados no terreno pelo funcionário municipal competente, bem como, pelo menos, uma referência de nível (RN). Parágrafo Único - Os piquetes colocados pela Prefeitura deverão ser mantidos em seus lugares. Art. 47º - Para efeito de início da construção, a validade do “croquis” de alinhamento e nivelamento é de 6 (seis) meses.

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Art. 48º - As edificações no alinhamento da via pública deverão ter seu alinhamento verificado pela Prefeitura antes que a construção atinja a altura de 1,00 m (um metro). Parágrafo Único - A verificação tem por fim assegurar que as notas de alinhamento e nivelamento sejam observados com fidelidade. Art. 49º - A verificação de alinhamento será feita mediante solicitação do responsável pela edificação, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis. Parágrafo 1º - Quando se tratar de estrutura de concreto armado, o pedido de verificação de alinhamento será feito antes de concretadas as colunas de pavimento térreo. Parágrafo 2º - Os muros de fechamento provisórios não estão sujeitos às exigências deste artigo. Art. 50º - A autoridade encarregada da fiscalização só aporá o seu visto no “croquis” de alinhamento e nivelamento após certificar-se de que a edificação satisfaz às notas nele inseridas. SEÇÃO V Das Edificações Públicas Art. 51º - As edificações públicas de qualquer natureza estão sujeitas à aprovação de projeto arquitetônico e à concessão de licença por parte da Prefeitura. Parágrafo 1º - O pedido de licença, feito pela repartição interessada por meio de Oficio ao Prefeito, deverá ser acompanhado do projeto arquitetônico da edificação a ser construída, observando-se as disposições deste Regimento. Parágrafo 2º - O projeto arquitetônico deverá ser assinado por profissional legalmente habilitado, com a indicação do cargo e do número da carteira profissional, se tratar de funcionário. Parágrafo 3º - Não sendo funcionário, o profissional responsável deverá satisfazer o que este Regimento dispõe. Parágrafo 4º - Quando se tratar de firma, as obrigações serão idênticas às estabelecidas para profissional no parágrafo anterior. Parágrafo 5º - Existe prioridade e regime de urgência para os processos relativos à construção de edifícios públicos em geral. Parágrafo 6º - As exigências em relação ao projeto arquitetônico apresentado e à licença solicitada, caso necessário, serão feitas, de uma só vez, pelo órgão competente da Prefeitura, diariamente à autoridade interessada, por meio de oficio. Parágrafo 7º - O projeto arquitetônico aprovado e o respectivo Alvará, bem como a licença para edificar e o Alvará de alinhamento e nivelamento, serão enviados à autoridade que fez a solicitação.

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Parágrafo 8º - Uma cópia do projeto arquitetônico aprovado será conservada no órgão competente da Prefeitura para fins de fiscalização, sendo arquivado após o término das obras. Parágrafo 9º - Os contratantes ou executantes das obras a que se refere o presente artigo estão sujeitos ao pagamento das licenças relativas ao exercício profissional, caso não sejam funcionários ou pessoas e entidades concessionárias de serviços públicos. Art. 52º - Equiparam-se às edificações públicas, para efeito deste Regimento as construções a cargo de autarquias e empresas concessionárias de serviço público. SEÇÃO VI Da Licença para demolições. Art. 53º - A demolição de qualquer construção, excetuados apenas os muros de fechamento de até 3,00m (três metros) de altura, só poderá ser efetuado mediante licença da Prefeitura e pagamento da taxa respectiva. Parágrafo 1º - Se a edificação a demolir tiver mais de 02 (dois) pavimentos ou mais de 8,00 m (oito metros) de altura, só poderá ser efetuada sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado. Parágrafo 2º - Estão sujeitas às exigências do parágrafo anterior as demolições de edifícios encostados em outros edifícios ou construídos no alinhamento do logradouro, ou sobre uma ou mais divisas do lote, ainda que sejam de apenas um pavimento. Art. 54º - O requerimento de licença para demolição será assinado pelo proprietário da edificação e pelo profissional responsável. Parágrafo Único - No pedido de licença deverá constar o período de duração dos serviços, o qual poderá ser prorrogado por solicitação do interessado e a juízo do órgão competente da Prefeitura. Art. 55º - Exceto no caso de perigo iminente, não se procederá a demolição de edificação no alinhamento da via pública sem empachamento da frente correspondente à fachada. Art. 56º - A Prefeitura poderá exigir do responsável pela demolição todas as medidas que julgar conveniente para preservar a segurança dos operários, do público, das benfeitorias dos logradouros e das propriedades vizinhas. SEÇÃO VII Da Modificação de Projeto Arquitetônico Art. 57º - Antes de início da execução da edificação ou durante a sua execução, será admissível modificar-se projeto arquitetônico aprovado ou alterar-se o destino de compartimentos ou as linhas de detalhes das fachadas. Parágrafo 1º - As modificações ou alterações de que trata o presente artigo dependem do projeto modificativo, bem como da sua aprovação pelo órgão competente da Prefeitura.

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Parágrafo 2º - O projeto modificativo deve ser apresentado pelo interessado ao órgão competente da Prefeitura, juntamente com o projeto aprovado e a licença para edificar. Parágrafo 3º - A aprovação do projeto modificativo constará de apostila na licença para edificar, anteriormente fornecida, a qual será devolvida ao interessado juntamente com as cópias do referido projeto. Art. 58º - No caso de modificação do projeto arquitetônico e após sua aprovação pelo órgão competente da Prefeitura, o proprietário ou construtor responsável fica obrigado a cientificar às repartições estaduais e municipais competentes e às concessionárias de serviços públicos com a devida antecedência, a fim de que as mesmas possam verificar se a modificação exige alterações nos traçados das tubulações das instalações dos aparelhos fixos. SEÇÃO VIII Do Profissional Legalmente Habilitado a Projetar, Calcular e Construir Art. 59º - Considera-se legalmente habilitado a projetar, calcular e construir o profissional que satisfizer às exigências da legislação federal pertinente às deste Regimento. Art. 60º - Os trabalhos de qualquer natureza referentes às edificações serão aceitos ou permitidos pela Prefeitura se forem assinados ou estiverem sob a direção de profissional registrado, na forma deste Regimento. Parágrafo 1º - O registro será feito pelo órgão competente da Prefeitura, mediante apresentação de requerimento acompanhado dos seguintes documentos:

a) carteira profissional ou certidão de registro profissional ou visada pelo CREA 4ª. Região; b) prova de pagamento dos impostos municipais concernentes ao exercício profissional ou prova de inscrição na repartição competente da Prefeitura, para pagamento dos referidos impostos; c) prova de quitação de anuidade do CREA – 4ª. Região.

Parágrafo 2º - No caso de profissional licenciado, deverá ser apresentada prova de que se encontra regularmente licenciado para projetar e construir no Município de Betim. Parágrafo 3º - Quando se tratar de firma, serão exigidos, além dos documentos especificados nas alíneas do parágrafo 1º do presente artigo, a documentação relativa à sua constituição legal e a carteira profissional do responsável. Parágrafo 4º - Do registro de profissional constarão anotações de atribuições, de títulos, de impostos pagos e de ocorrência profissionais, além de retrato. Parágrafo 5º - Do registro de firma constarão ainda o certificado de registro expedido pelo CREA – 4ª. Região e a necessária identificação do profissional responsável. Art. 61º - Para que o profissional seja considerado licenciado perante a Prefeitura, é obrigatória a apresentação periódica de quitação de anuidade do CREA – 4ª Região e do pagamento dos impostos correspondentes à profissão exercida.

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Art. 62º - As atividades profissionais das pessoas e firma registradas na Prefeitura ficarão sujeitas às limitações das respectivas carteiras profissionais. Parágrafo Único - Em caso de dúvida sobre as limitações contidas nas carteiras profissionais, será ouvido o CREA – 4ª. Região. Art. 63º - Os projetos, cálculos e conclusões dos memoriais ou a execução de obras e de instalações são de inteira responsabilidade dos profissionais que se elaboram ou dirigem. Parágrafo 1º - Para projetar e calcular, a responsabilidade profissional poderá ser de dois ou mais profissionais. Parágrafo 2º - A execução de obras ou de instalações é de responsabilidade exclusiva de um único profissional ou firma legalmente habilitada. Art. 64º - À Prefeitura cabe representar ao CREA – 4ª. Região solicitando a aplicação das penalidades cabíveis contra profissionais que no exercício de suas atividades violaram as determinações deste Regimento. Capítulo III Da Execução das Edificações SEÇÃO 1 Disposições Gerais Art. 65º - É obrigatória a execução das edificações em absoluta conformidade com o projeto arquitetônico aprovado. Art. 66º - Não será iniciada a construção de qualquer edifício sem prévio e adequado preparo de solo. Art. 67º - Não será permitida a construção de edifício em terreno pantanoso ou alagadiço, antes de executadas as necessárias obras de drenagem e enxugo. Art. 68º - Nenhuma obra será iniciada sem que o construtor responsável notifique à Prefeitura do fato, com pelo menos 24 hs. (vinte e quatro horas) de antecedência. Parágrafo Único - A exigência do presente artigo é extensiva às demolições. Art. 69º - Enquanto durarem as obras, os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução serão obrigados a manter, em local visível, as placas regulamentares, com tamanho e indicações exigidas pelo CREA – 4ª. Região. Parágrafo Único - As placas a que se refere o presente artigo são isentas de quaisquer taxas. Art. 70º - Não será exigido construtor responsável para pequenas obras desde que também o dispense o CREA – 4ª. Região.

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Parágrafo Único - Considera-se pequena obra aquela cujo orçamento, segundo avaliação da Prefeitura, não exceda de 100 (cem) salários mínimos. Art. 71º - Para efeito de fiscalização da Prefeitura, serão permanentemente conservados em local facilmente acessível de obra, protegidas da ação do tempo e dos materiais da construção, uma cópia de projeto arquitetônico, a licença para edificar e as notas de alinhamento e nivelamento. Parágrafo Único - No caso de demolição, deverá ficar no local a licença respectiva. SEÇÃO II Dos Tapumes e dos Andaimes Art. 72º - Qualquer edificação a ser construída ou demolida, situada no alinhamento do logradouro, deverá ser obrigatoriamente protegida por tapumes. Parágrafo 1º - A colocação de tapumes deverá ser feita antes do início dos trabalhos e depende da licença para edificar ou da licença para demolir. Parágrafo 2º - Os tapumes deverão ser mantidos enquanto perdurarem as obras. Art. 73º - Os tapumes deverão satisfazer os seguintes requisitos:

I - não ocupar mais da metade de largura do passeio, observando-se o máximo de 3,00m (três metros) em qualquer caso; II - serem feitos com tábuas aparelhadas, assegurarem o fechamento de canteiro de trabalho e apresentarem bom acabamento; III - terem afixada de forma bem visível a placa de numeração do prédio; IV - terem afixadas deforma bem visível as placas indicadores de tráfego de veículos e a da nomenclatura da rua, quando forem localizadas em esquinas de logradouros; V – terem sempre altura superior a 2,10m (dois metros e dez centímetros); VI - terem acima de 3,00 m (três metros), uma proteção inclinada sob ângulo de 45º (quarenta e cinco graus) e que atinja a quarta parte da largura do passeio, no mínimo, não podendo ultrapassar a sua largura.

Parágrafo 1º - No caso em que for tecnicamente indispensável, para a execução da obra, maior ocupação do passeio de que a prevista no presente artigo, o responsável pela execução da obra deverá dirigir-se por escrito ao órgão competente da Prefeitura, apresentando a correspondente justificativa. Parágrafo 2º - Quando localizados nos logradouros principais, os tapumes deverão satisfazer ainda, as seguintes condições:

a) serem feitos de madeira aparelhada, pintados a tinta lavável das faces voltadas para os logradouros principais;

b) serem conservados com as faces externas em estado de completa limpeza.

Parágrafo 3º - A madeira aparelhada poderá ser substituída por placas pré-moldadas de cimento, fibrocimento ou outro material tecnicamente adequado, a necessidade de pintura, desde que resistentes e apresentem aspecto esteticamente satisfatório.

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Parágrafo 4º - Após a execução da laje do piso do terceiro pavimento deverá o tapume ser recuado para uma distância máxima de 1,00 m (um metro) do alinhamento do logradouro a ser construída cobertura com pé direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros), podendo os pontaletes permanecerem nos locais primitivos e servir de apoio à cobertura. Art-. 74º - Quando as edificações ou demolições forem recuadas, os tapumes deverão ser feitos no alinhamento do logradouro, com altura mínima de 2,10 (dois metros e dez centímetros). Art. 75º - Do lado de fora dos tapumes não será permitida a ocupação de nenhuma parte da via pública, devendo o responsável pela execução das obras manter o espaço livre do passeio em perfeitas condições de trânsito para os pedestres. Parágrafo 1º - No caso de ser indispensável a poda em árvores do logradouro para colocar tapumes ou facilitar a construção ou a demolição, o interessado deverá requerer autorização à Prefeitura. Parágrafo 2º - Os tapumes deverão garantir efetiva proteção às árvores, aparelhos de iluminação pública, postes e outros dispositivos existentes nos logradouros. Art. 76º - Os tapumes poderão ser dispensados nos seguintes casos:

I - na construção, elevação, reparos ou demolições de muros ou gradis até 3,00 m (três metros) de altura, exceto nas vias principais; II - em edificações ou demolições afastados de alinhamento de logradouros destituídos de passeios e meios-fios; III - em pinturas ou remendos em fachadas, exceto nas vias principais, desde que sejam armados andaimes protetores, suspensos a uma altura de 3,00 m (três metros).

Parágrafo Único - Nos casos de logradouros com passeios de largura muito reduzida ou de trânsito intenso, não poderão os tapumes ser dispensados. Art. 77º - Os andaimes deverão ficar dentro de tapumes e satisfazer as seguintes exigências:

I - terem os postos, travessas, escadas e demais peças em perfeitas condições de resistência e estabilidade e capazes de garantir os operários e transeuntes contra acidentes; II - terem largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) não podendo exceder a largura do passeio; III - terem as tábuas das pontes com espessura mínima de 0,025 m (vinte e cinco milímetros); IV - terem as pontes protegidas externamente por um guarda-corpo construído de dois barrotes horizontais, sendo um fixado a 0,50 m (cinqüenta centímetros) e outro a 1,00m (um metro) acima do piso; V - terem a ponte de serviço protegida por uma cortina externa capaz de impedir a queda de materiais.

Parágrafo 1º - A colocação de andaimes depende da licença para edificar ou da licença para demolir.

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Parágrafo 2º - As escadas colocadas nos andaimes deverão ter a necessária solidez e serem mantidas com a suficiente inclinação, além de apoiadas e amarradas. Parágrafo 3º - É proibida a colocação de escadas fora de tapumes. Art. 78º - Os andaimes armados com cavaletes ou escadas serão permitidos nos seguintes casos:

I - quando usados exclusivamente para pequenos serviços, até a altura máxima de 5,00m (cinco metros); II - quando forem providos de travessas que os limitem, a fim de impedir o trânsito público sob as peças que os constituem.

Art. 79º - Os andaimes suspensos ou mecânicos deverão atender, ainda, nos seguintes requisitos:

I - terem a largura mínima fixadas para outros tipos de andaimes; II - serem guarnecidos em todas as faces externas, inclusive a inferior, para segurança dos trabalhadores, e com fechamento capaz de impedir a queda de materiais.

Parágrafo Único - O emprego de andaimes suspensos ou mecânicos através de cabos será permitido nas seguintes condições:

a) não descer o passadiço à altura inferior a 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do passeio; b) não ter o passadiço largura inferior a 1,20 m (um metro e vinte centímetros); c) ter o passadiço resistência correspondente a 300 Kg (trezentos quilos) por metro quadrado; d) ser o passadiço dotado de guarda-corpo em todos os lados livres de altura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros); e) ser colocado, prévia obrigatoriamente, um andaime de proteção, nas fachadas situadas no alinhamento dos logradouros, à altura de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) acima do passeio.

Art. 80º - Durante a execução da estrutura de edifício e das alvenarias, de três em três pavimentos deverá existir um andaime de proteção, tenham bandejas salva vidas, com afastamento, na sua face externa, do plano das fachadas, constando de estrado horizontal de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), dotados de guarda-corpo de altura mínima de 1,00 m (um metro), com inclinação aproximada de 45º (quarenta e cinco graus). Parágrafo Único - Concluída a estrutura do edifício, poderão ser instalados andaimes mecânicos, mediante comunicação prévia à Prefeitura. Art. 81º - Durante a fase de revestimento e pintura, os andaimes deverão ser do tipo mecânico. Art. 82º - Os andaimes não poderão danificar árvores nem prejudicar aparelhos de iluminação pública e o funcionamento de equipamentos e instalações de quaisquer outros serviços públicos. Parágrafo Único - No caso de ser indispensável a retirada de qualquer instalação, equipamentos ou aparelho, o interessado deverá solicitar providências à Prefeitura.

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Art. 83º - Os tapumes e andaimes deverão ser periodicamente vistados pelo órgão competente da Prefeitura, a fim de verificar sua eficiência segurança. Art. 84º - Após o término das obras, os andaimes e tapumes deverão ser retirados no prazo de 5 (cinco) e 20 (vinte) dias, respectivamente. Parágrafo 1º - Se os andaimes e tapumes não forem retirados dentro do prazo fixado pelos itens do presente artigo, a Prefeitura o fará, correndo as despesas por conta do proprietário ou de responsável pelas obras, quando for o caso sem prejuízo das sanções cabíveis. Parágrafo 2º - Retirados os andaimes e tapumes, deverão ser feitas imediatamente, pelo construtor responsável, os reparos dos estragos acaso verificado os passeios e logradouros, sob pena das sanções cabíveis. SEÇÃO III Da Paralisação de Obras Art. 85º - A paralisação dos serviços de edificação ou de demolição deverá ser obrigatoriamente comunicada ao órgão competente da Prefeitura. Parágrafo 1º - Enquanto a comunicação não for feita, estará correndo o prazo da licença para edificar ou da licença para demolir. Parágrafo 2º - Se a paralisação comunicada ou constatada for superior a 60 (sessenta) dias, será obrigatória a remoção dos tapumes e andaimes, bem como fechamento das obras, no alinhamento do logradouro, por meio de muro de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura, dotado de portão de entrada. Parágrafo 3º - Se o proprietário, responsável pela remoção dos tapumes e andaimes e pela construção do muro, não atender à intimação da Prefeitura para executar as determinações do parágrafo anterior, ficará sujeito, além das penalidades previstas neste Regimento, ao pagamento dos custos dos serviços efetivados pela Prefeitura, acrescidos de 20% (vinte por cento). Parágrafo 4º - Quando a edificação for localizada no alinhamento do logradouro, uma das aberturas deverá ser guarnecida por porta, ficando as demais aberturas convenientemente fechadas com alvenaria. Parágrafo 5º - Decorridos mais de 60 (sessenta) dias de paralisação das obras, o órgão competente da Prefeitura deverá fazer a necessária vistoria a fim de verificar se a edificação oferece perigo à segurança pública e de intimar o proprietário a executar, no prazo máximo de 30(trinta) dias, as medidas que se fizerem necessárias. Art. 86º - Se se tratar de logradouro no qual, a juízo do órgão competente da Prefeitura, o aspecto da edificação prejudique a estética da cidade, o proprietário deverá ser intimado a reiniciar os serviços, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, a fim de concluir as obras. Art. 87º - No caso de paralisação dos serviços de demolição por mais de 60 (sessenta) dias, o órgão competente da Prefeitura deverá intimar o proprietário a reiniciá-lo imediatamente

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e a concluí-los dentro de um prazo devidamente fixado, sob pena das sanções cabíveis, inclusive judiciais. SEÇÃO IV Da Conclusão das Obras Art. 88º - Terminada a construção de um edifício, qualquer que seja sua destinação, somente poderá ser habitado, ocupado ou utilizado após a concessão do “Habite-se” . Parágrafo Único - Considera-se concluída a construção de um edifício quando integralmente executado o projeto aprovado e satisfazer os seguintes requisitos:

I - instalações prediais concluídas, testadas e aprovadas pelas repartições estaduais ou municipais, ou pelas concessionárias de serviço público, conforme o caso; II - prédio livre de todos os resíduos da construção e em completo estado de limpeza; III - placa de numeração do edifício colocada; IV - passeio de logradouro correspondente ao edifício concluído e limpo.

Art. 89º - O “Habite-se” será concedido mediante solicitação do interessado, no ato da notificação da conclusão da obra, e após rigorosa vistoria da Prefeitura quanto à observância do projeto e ao cumprimento das disposições deste Regimento. Art. 90º - A vistoria a que se refere o artigo anterior será realizada no prazo de 03 (três) dias a contar da notificação da conclusão da obra pelo interessado. Parágrafo Único - Se a vistoria não for realizada dentro do prazo previsto, considerar-se-á a obra aprovada, podendo o prédio ser habitado, ocupado ou utilizado pelo proprietário. Art. 91º - Se se constatar na vistoria que a edificação não foi construída, reconstruída, reformada ou acrescida de acordo com o projeto arquitetônico aprovado pela Prefeitura, o construtor responsável será punido segundo as disposições deste Regimento, bem como intimado a legalizar as obras, executando as necessárias modificações. Parágrafo Único - As exigências estabelecidas no presente artigo poderão ir até à demolição parcial ou total da edificação ou de partes da mesma. Art. 92º - Poderá ser concedido “Habite-se” ou “ocupação parcial” se o edifício tiver partes que possam ser habitadas ou ocupadas independentemente uma das outras, constituindo cada uma delas uma edificação definida. Parágrafo 1º - Para os edifícios de apartamentos, além das exigências estabelecidas no presente artigo, deverão ser observadas ainda as seguintes:

a) terem em perfeito funcionamento as instalações prediais em geral; b) estarem concluídas todas as partes do edifício comuns aos apartamentos, faltando apenas término das obras no interior de alguns deles; c) terem sido removidos os tapumes e andaimes; d) estarem o edifício e os apartamentos já concluídos com as respectivas numerações.

Parágrafo 2º - Quando se tratar de mais de uma edificação dentro do mesmo lote, o ‘Habite-se” ou “ocupação parcial” poderá ser concedido a cada uma delas que satisfizer separadamente as exigências fixadas neste Regimento.

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Parágrafo 3º - A ocupação parcial para lojas poderá ser concedida independentemente do revestimento do piso, a ser executado juntamente com as necessárias instalações. Parágrafo 4º - O “Habite-se” parcial nos conjuntos residenciais e nas ruas particulares só poderá ser concedido quando as vias, passagens ou entradas estiverem totalmente concluídas. Parágrafo 5º - Quando destinadas a moradia do seu proprietário, a moradia econômica poderá ser habitada provisoriamente antes de terminadas todas as partes desde que estejam em condições de ser utilizados um dos compartimentos de permanência prolongada, a cozinha e o sanitário com banho, bem como as instalações de abastecimento de água e de esgotos sanitários. Parágrafo 6º - A Prefeitura não fica sujeita a prazo para conceder baixa parcial de construção. Art. 93º - Concedido o “Habite-se”, não poderá o proprietário mudar a destinação do prédio, salvo com prévia licença da Prefeitura, sob pena das sanções cabíveis, inclusive interdição judicial. Parágrafo 1º - Só será permitida a mudança parcial ou total da destinação do prédio quando isto não contrariar as disposições deste Regimento. Parágrafo 2º - A licença para mudança de destinação, solicitada em requerimento instruído com o projeto da edificação, será concedido por Alvará, depois de verificado sua regularidade. Art. 94º - Antes de ser concedido o “Habite-se”, o órgão competente da Prefeitura deverá providenciar, obrigatoriamente, para que os elementos de interesse da tributação municipal sejam transcritos no cadastro fiscal. TÍTULO II Capítulo I Condições Gerais das Edificações Art. 95º - A fachada principal das edificações recuadas deve ser paralela ao alinhamento da via pública, salvo quando o terreno for de esquina ou em ângulo agudo, caso em que a fachada principal poderá ser normal à bissetriz do ângulo formada pelos alinhamentos das duas vias. Parágrafo 1º - Considera-se como fachada principal a que der para o logradouro mais importante. Parágrafo 2º - Quando as divisas laterais do lote forem oblíquas em relação a via pública, a fachada principal poderá ser em linha quebrada, com os vértices mais salientes alinhados segundo uma paralela à frente do lote, em recuo regulamentar. Art. 96º - No caso de prédios com corpos salientes, o mais avançado é que deverá guardar a distância mínima de 3 m (três metros) estabelecidos para o recuo.

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Art. 97º - Na zona urbana, as edificações recuadas devem ter pelo menos um pavimento que fique acima do passeio na via pública contígua.(MODIFICADO PELO ART. 1º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 98º - O espaço compreendido entre o logradouro e o edifício deverá ser convenientemente ajardinado e tratado. Art. 99º - As edificações construídas sobre linhas divisórias não podem ter beiradas que deitem águas no terreno do vizinho, o que se evitará mediante captação por meio de calhas e condutores, sem aberturas, nas paredes confinantes. Art. 100º - As dependências dos prédios quando construídas nos fundos dos terrenos, sempre que possível, fora das vistas dos logradouros públicos não poderão ter a área superior a 50% (cinqüenta por cento) da área do edifício principal e sua distância ao mesmo edifício principal deverá ter no mínimo de 15% (quinze por cento) da profundidade do lote. Parágrafo Único - Tratando-se do terreno a mais de dois metros acima do nível da via pública, ou de difícil acesso, em virtude de sua declividade, será permitida a construção de garagens no alinhamento do logradouro, desde que não firam a estética do edifício principal e das construções vizinhas. (MODIFICADO PELO AR.T 2º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 101º - As edificações construídas no alinhamento da via pública devem ter a fachada provida de platibanda. (MODIFICADO PELO ART 3º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Capítulo II Dos Compartimentos Art. 102º - Para os efeitos deste Regimento, o destino dos compartimentos não será considerado apenas pela sua designação no projeto, mas também pela sua finalidade lógica, decorrente da disposição em planta. Art. 103º - Os compartimentos são classificados em:

a) compartimentos de permanência prolongada (diurna e noturna); b) compartimentos de utilização transitória; c) compartimentos de utilização especial.

Art. 104º - São compartimentos de permanência prolongada: dormitório, refeitórios, sala de visitas, de costura, lojas, armazéns, salas e gabinetes de trabalho, escritórios, consultórios, estúdios e outros de destino semelhante. Art. 105º - São compartimentos de utilização transitória: vestiários, sala de entrada, sala de espera, corredor, caixa de escada, rouparia, cozinha, copa, despensa, gabinete sanitário, banheiro, arquivo, depósito e outros de destino semelhante. Art. 106º - São compartimentos de utilização especial aqueles que pela sua finalidade, dispensam abertura para o exterior: câmara escura, frigorífico, adega, armário e outros de natureza especial.

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Art. 107º - Os pés direitos dos compartimentos terão as seguintes alturas mínimas: a) 2,80 (dois metros e oitenta centímetros), para os de utilização, ou permanência prolongada, diurna e noturna; b) dois metros e cinqüenta centímetros (2,50m), para os de utilização transitória; c) quatro metros (4m) para as lojas; d) dois metros e meio (2,50) no mínimo, três metros (3m) no máximo, para as sobre-lojas, considerada pavimento a sobreloja em que o pé direito ultrapasse três metros (3m).

Art. 108º - As sobrelojas devem comunicar-se com as lojas, por meio de escada, interna fixa e não serão permitidas, quando resultar diminuição, para pé-direito das lojas, além do mínimo regulamentar. Parágrafo Único - Entretanto, sobrelojas parciais, que não cubra mais de cinqüenta por cento (50%) da área da loja e não prejudiquem os índices de iluminação e ventilação previstos neste Regimento serão permitidas na parte posterior das lojas que tenham pé-direito mínimo de cinco metros e meio (5,50m) e que possam guardar a altura de dois metros e oitenta centímetros (2,80m), debaixo da sobreloja. Art. 109º - As edificações que possuam compartimentos com destino comercial, quando localizados na zona mista ou residencial, serão construídas no alinhamento do logradouro. (MODIFICADO PELO ART. 4º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 110º - Os compartimentos com destinação comercial podem usar toda a área do terreno, desde que sejam atendidas as exigências relativas à iluminação e ventilação, previstas neste Regimento. (MODIFICADO PELO ART. 5º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 111º - A regra do artigo anterior não se aplica ao caso das edificações residenciais localizados no pavimento superior de lojas, cuja taxa de ocupação permitida será de 50% (cinqüenta por cento) ou 55% (cinqüenta e cinco por cento) quando se tratar de edificação localizada em esquina. Parágrafo Único - Quando se pretender edificar compartimentos de destinação comercial e habitação residencial, num único pavimento, a taxa de ocupação total não poderá ultrapassar de 50% (cinqüenta por cento). Art. 112º - As edificações destinadas a residências serão obrigatoriamente afastadas, no mínimo, em 03 (três) metros de alinhamento. Art. 113º - As edificações destinadas as residências terão no máximo a taxa de ocupação de 50% (cinqüenta por cento) ou 55% (cinqüenta e cinco por cento) em se tratando de esquina. Parágrafo Único - Nas edificações destinadas a residência, quando localizadas em esquinas, as dependências deverão formar um único bloco sem obrigatoriedade de guardar a taxa de afastamento de 3 (três) metros, previstas para os demais casos. Art. 114º - As áreas devem ter formas e dimensões compatíveis com iluminação e ventilação indispensáveis aos compartimentos.

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Art. 115º - Dentro das dimensões mínimas de uma área não poderá existir saliência e balanço de mais de 0,20 m (vinte centímetros). Art. 116º - As áreas para os efeitos do presente Regimento serão divididas em duas categorias: áreas principais, áreas secundárias. Art. 117º - Toda área principal fechada deverá satisfazer as seguintes condições: I - ser de dois metros (2m), no mínimo, o afastamento de qualquer lado à face da parede que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular traçada, em plano horizontal, ao meio do peitoral ou soleira não interessado; II - permitir a inscrição de um círculo de dois metros (2m) de diâmetro, no mínimo. III - ter uma área mínima de dez metros (10 m2) quadrados; IV - permitir, acima do segundo pavimento, ao nível de cada piso, a inscrição de um círculo cujo diâmetro mínimo D seja dado pela fórmula: D = 2m + (h/b) No qual h representa a distância do piso considerado ao piso do segundo pavimento e b = 4. Poder-se-á adotar b = 6, quando não houver compartimentos destinados a permanência noturna, que sejam iluminados e ventilados pela área. Art. 118º - Toda área principal aberta deverá satisfazer as seguintes condições: I - ser de um metro e meio (1,50 m), no mínimo o afastamento de qualquer vão à face da parede que lhe fique oposta, afastamento medido sobre a perpendicular traçada, em plano horizontal, ao meio do peitoril ou soleira do vão interessado; II - permitir a inscrição de um círculo de um metro e meio (1,50 m) diâmetro no mínimo; III - permitir, acima do segundo pavimento, ao nível de cada piso, a inscrição de um círculo cujo diâmetro mínimo D seja dado pela fórmula: D= 1,50m + (h/b) No qual h representa a distância do piso considerado ao piso do segundo pavimento e onde b = 6. Art. 119º - Toda área secundária deverá satisfazer as seguintes condições: I - ser de um metro e meio (1,50 m), no mínimo o afastamento de qualquer vão à face da parede que lhe fique oposta, afastamento este medido sobre a perpendicular traçada, em plano horizontal ao meio do peitoril ou soleira de vão interessado; II - permitir a inscrição de um círculo de um metro e meio (1,50 m) de diâmetro; III - ter a área mínima de seis metros quadrados (6,00 m2); IV - permitir acima do segundo pavimento, ao nível de cada piso, a inscrição de um círculo cujo diâmetro D seja dado pela fórmula: D = 1,50 m + (h/10) No qual h representa a distância do piso considerado ao piso do segundo pavimento. SEÇÃO I Da Iluminação e da Ventilação

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Art. 120º - Todo compartimento, seja qual for o seu destino deverá ter, dentro das prescrições deste Regimento, em plano vertical, pelo menos vãos aberto diretamente ou para o logradouro público ou uma área. Parágrafo Único - Deverão os compartimentos ser dotados, nessas aberturas, de dispositivos próprios para assegurar a circulação de ar. Art. 121º - Nenhum vão será considerado como iluminado e ventilando pontos de compartimentos que dele distem mais de duas vezes o valor do pé direito, quando o mesmo vão abrir para área fechada; e duas vezes e meia este valor, nos demais casos. Art. 122º - Para os compartimentos de permanência prolongada as aberturas para o exterior deverão ser, no mínimo, de 1/6 da área do piso; para os compartimentos de utilização transitória, no mínimo de 1/8. CAPÍTULO IV Da Estética dos Edifícios Art. 123º - Todos os projetos para construção, reconstrução, acréscimo e reforma de edificações estão sujeitas à censura estética da Prefeitura não só quanto às fachadas visíveis dos logradouros, mas também na sua harmonia com as construções vizinhas. Art. 124º - As fachadas secundárias, visíveis dos logradouros, devem hormonizar-se, no estilo, com a fachada principal. Art. 125º - As fachadas que se caracterizam por único motivo arquitetônico não poderão receber pinturas diferentes ou qualquer tratamento que perturbe a harmonia do conjunto. Art. 126º - As fachadas e os muros de alinhamento deverão ser conservados com bom estado pelo proprietário, podendo a Prefeitura intimá-lo a cumprir essa disposição, sob pena das sanções cabíveis. Art. 127º - Nas fachadas das edificações construídas no alinhamento serão permitidas saliências até o máximo de 0,20 m (vinte centímetros). (MODIFICADO PELO ART. 6º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 128º - As construções em balanço, nas fachadas construídas no alinhamento, só serão permitidas acima do pavimento térreo e deverão obedecer as seguintes condições: (MODIFICADO PELO ART. 7º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001)

a) em hipótese alguma poderão ficar a menos de 3,00 m (três metros) de altura sobre o passeio; b) o afastamento de qualquer de seus pontos, em relação ao plano da fachada, não deverá ser maior que a distância entre a respectiva projeção sobre o mesmo plano, e a divisa lateral mais próxima; c) a saliência máxima permitida será de 5% (cinco por cento) da largura da rua, não podendo exceder de 1,00 m (um metro); d) a soma das projeções das construções em balanço, formando recinto fechado, sobre plano vertical, paralelo à frente, não poderá exceder a um terço da superfície da fachada, em cada pavimento;

Parágrafo 1º - Quando a edificação apresentar várias faces voltadas para logradouros públicos, cada uma delas será considerada isoladamente, para os efeitos do presente artigo.

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Parágrafo 2º - O canto chanfrado ou em curva poderá permanecer a qualquer das duas faces contíguas, a critério do autor do projeto. Art. 129º - As fachadas de edifícios com destinação comercial construídos no alinhamento do logradouro, na forma prevista neste Regimento, deverão ter, no mínimo, 7 (sete) metros. (MODIFICADO PELO ART. 8º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 130º - Será permitida a construção de marquises na testada das edificações construídas no alinhamento dos logradouros, desde que obedeçam as seguintes condições: (MODIFICADO PELO ART. 9º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001)

a) não exceder, à metade da largura dos passeios; b) não apresentarem quaisquer de seus elementos abaixo da cota de 3,00 m (três metros); c) serem constituídas de material incombustível e resistente à ação do tempo; d) terem, na face superior, caimento em direção à fachada do edifício junto à qual está convenientemente disposta calha provida de condutor para coletar e encaminhar as águas sob o passeio, para a sarjeta do logradouro.

Art. 131º - Fica obrigatória a colocação de marquises nos prédios comerciais a serem construídos, bem como nas edificações comerciais já existentes quando tiverem de serem executadas nesses edifícios obras que importem as modificações da fachada. (MODIFICADO PELO ART. 10º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001) Art. 132º - A altura e o balanço de marquises na mesma quadra serão uniformes, salvo no caso de logradouro acentuadamente em declive. Art. 133º - Nas quadras onde já existirem marquises, serão adotados a altura e o balanço de uma delas, para padrão das que de futuro ali se construírem. Art. 134º - Quando construídas em logradouros de grande declividade as marquises se comporão de tantos segmentos horizontais quantos forem convenientes. Art. 135º - As marquises, quando executadas em edificações de acentuado valor arquitetônico deverão incorporar-se ao estilo da fachada. CAPÍTULO V Do Gabarito Art. 136º - De um modo geral, as edificações devem ser contidas em sólido, constituídos por face planas verticais, cujos traços no terreno incidam com as divisas do lote, e cuja altura máxima será fixada: (MODIFICADO PELO ART. 11º DO DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001)

a) do lado da rua, por um plano com a inclinação de 55º (cinqüenta e cinco graus) sobre a horizontal, passando a 5 m (cinco metros) de altura da sua interseção com o plano de alinhamento da face oposta da rua; b) nos lados, por outro plano com a inclinação de 55% (cinqüenta e cinco graus) sobre a horizontal, partindo de 5 m (cinco metros) de altura, na interseção com o plano passando pelos alinhamentos divisórios.

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TÍTULO 111 Das Infrações e de suas Penalidades Capítulo 1 Disposições Gerais Art. 137 - As infrações à Lei do Plano Diretor Urbanístico e a este Regimento serão punidas com as penas de:

I - embargo de obras; II - demolição.

Art. 138 - Poderão ser passíveis de responsabilidade por infrações:

I - o profissional autor do projeto arquitetônico ou das instalações; II - o profissional incumbido da execução da edificação e das instalações; III - o proprietário das obras.

Parágrafo 1º - A Prefeitura, através do seu órgão competente, representará no CREA 4a. Região, contra o profissional que, no exercício de suas atividades profissionais, violar disposições da Lei do Plano Diretor Urbanístico, legislação federal em vigor concernente à matéria e ao presente Regimento. Parágrafo 2º - As penalidades especificadas no artigo anterior serão aplicadas, igualmente, no caso e de infrações em obras pertencentes a empresas concessionárias de serviços públicos federais, estaduais ou municipais. CAPITULO 11 Do Embargo das Obras Art. 139 - Qualquer edificação ou obra parcial, em execução ou concluída, poderá ser embargada sem prejuízo de outras penalidades cabíveis, nos seguintes casos:

I - quando não tiver licença para edificar, sendo necessária; II - quando desobedecida qualquer prescrição essencial da licença para edificar; III - quando desobedecida qualquer prescrição das notas de alinhamento de nivelamento; IV - quando não tiver projeto aprovado, mesmo que esteja de acordo com as exigências deste Regimento; V - quando desrespeitadas as normas da ABNT; VI - quando empregados materiais inadequados ou sem as necessárias condições de resistência, a juízo do órgão competente da Prefeitura, com código para a segurança da edificação, do pessoal que a constrói e do público; VII - quando, a juízo do órgão competente da Prefeitura, a edificação estiver ameaçada na sua segurança, estabilidade e resistência; VIII - quando o construtor isentar-se da responsabilidade de execução da edificação ou quando for substituído sem os referidos fatos serem comunicados ao órgão competente da Prefeitura; IX - quando o construtor ou proprietário se recusarem a atender qualquer intimação da Prefeitura, referente às disposições deste Regimento;

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Parágrafo Único - As prescrições estabelecidas nos itens do presente artigo são extensivas às demolições. Capítulo III Das Demolições Art. 140 - A demolição ou desmonte, parcial ou total, de edificação ou instalação será aplicável nos seguintes casos:

I - quando, decorridos mais de 30 (trinta) dias, forem atendidas as exigências deste Regimento referentes à construção paralisada que oferecer perigos à segurança pública ou prejudicar a estética da cidade; II - quando o proprietário não atender a intimação para reiniciar imediatamente os serviços de demolição, paralisados por tempo superior ao estabelecido; III - quando as obras forem julgadas em risco, na sua segurança, estabilidade ou resistência, por laudo de vistoria, e o proprietário ou construtor responsável se negar a tomar as medidas de segurança ou as reparações necessárias, previstas pelo parágrafo 3º do artigo 305 do Código do Processo Civil; IV -- quando for iniciada, no laudo de vistoria, a necessidade de imediata demolição, parcial ou total, diante de ameaça de iminente desmoronamento ou ruína; V - quando, no caso de obras ou instalações possíveis legalizáveis, o proprietário ou construtor responsável não realizar, no prazo fixado, as modificações necessárias nem preencher as exigências legais, determinadas no aludo de vistoria, VI - quando, no caso de obras ou instalações ilegalizáveis, o proprietário ou construtor responsável não executa, no prazo fixado, as medidas determinadas no laudo de vistoria.

Parágrafo 1º - Nos casos a que se referem os itens V e VI do presente artigo deverão ser observadas sempre as prescrições dos parágrafos 1º e 2º do art. 305 do Código do Processo Civil. Parágrafo 2º - Salve os casos de comprovada urgência, o prazo a ser dado ao proprietário ou construtor responsável para iniciar a demolição será de 7 (sete) dias, no máximo. Parágrafo 3º - Se o proprietário ou construtor responsável se recusar a executar a demolição, a Procuradoria Jurídica da Prefeitura, por solicitação de órgão competente da Municipalidade e determinação do Prefeito, deverá providenciar, com a máxima urgência, a ação cominatória prevista na alínea “a” do item XI do artigo 902 do Código de Processo Civil. Parágrafo 4º - As demolições referidas nos itens do presente artigo poderão ser executadas pela Prefeitura, por determinações do Prefeito. Parágrafo 5º - Quando a demolição for executada pela Prefeitura, o proprietário ou construtor ficará responsável pelo pagamento dos custos dos serviços acrescidos de 20% (vinte por cento). Capítulo IV Dos Autos de Infração

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Art. 141 - Dará motivo à lavratura do auto de infração qualquer violação das disposições deste Regimento. Parágrafo 1º - São autoridades para lavrar autos de infração os fiscais ou outros funcionários para tanto designados. Parágrafo 2º - Qualquer cidadão é igualmente autoridade para autuar os infratores, devendo o auto respectivo, neste caso, ser enviado ao Prefeito, para os fins de direito. Art. 142 - Compete ao Prefeito julgar os autos de infração e cominar as penas correspondentes. Parágrafo Único: - o Prefeito poderá delegar esta competência ao Coordenador da Comissão Técnica do Plano Diretor Urbanístico. Art. 143 - Dos autos de infração constarão, obrigatoriamente:

I - o nome do infrator, sua profissão, idade, estado civil e residência, exceto quando se tratar de autuação prevista no parágrafo 2º do artigo anterior, quando será bastante assinalar a localização exata da obra; II - descrição sucinta do fato determinante da infração e de pormenores que possam esclarecer; III - local da infração; IV - data em local que foi lavrado.

Parágrafo 1º - Os autos de infração serão assinados por quem o lavrar pelo infrator e por duas testemunhas capazes. Parágrafo 2º - Na hipótese de o infrator recusar-se a assiná-lo, ou não for possível colher a sua assinatura, será tal fato devidamente registrado no auto de infração. Capítulo V Do Processo Administrativo da Infração Art. 144 - Lavrado o auto da infração, será este registrado, no órgão competente da Prefeitura e enviado à Procuradoria Jurídica para o processo administrativo cabível. Parágrafo Único - Quando, para a infração autuada, se prever pena de demolição, o processo administrativo será precedido de vistoria, assim realizada:

I - o Coordenador da Comissão Técnica do Plano Diretor constituirá uma comissão especial de três membros, um dos quais será ele próprio, como presidente, para proceder à vistoria; II - a comissão intimará o proprietário da edificação pela forma prevista neste capítulo, marcando dia e hora para realização da vistoria; III - não comparecendo o proprietário, ou seu representante, à comissão fará rápido exame de construção, manda fazer nova intimação ao proprietário se verificar que a vistoria pode ser adiada; IV - não podendo haver adiamento, ou se o proprietário não atender à segunda intimação, a comissão fará os exames que julgar necessários, concluídos os quais dará o seu laudo em 3 (três) dias, descrevendo a situação encontrada e o que deve ser feito para evitar a demolição.

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Art. 145 - Do auto da infração se notificará o infrator, o qual terá o prazo de 5 (cinco) dias para apresentar, por escrito, sua defesa. Parágrafo 1º - A notificação será feita pessoalmente, ou pelo Correio, mediante aviso de recebimento (AR), ou, ainda, não sendo encontrado o infrator, edital afixado em quadro próprio no edificio-sede da Prefeitura ainda pela imprensa local ou oficial. Parágrafo 2º - Quando para infração autuada se prever pena de demolição, sem notificação acompanhada de cópia do laudo de vistoria. Art. 146 - Sempre que o infrator oferecer testemunhas, serão os delatantes tomados em resumo, em um só termo. Parágrafo 1º - As testemunhas serão intimadas para audiência na forma do parágrafo primeiro do artigo anterior. Parágrafo 2º - A Prefeitura poderá recusar as testemunhas que, manifestamente nada possam esclarecer a questão. Art. 147 - Apresentada a defesa, dár-se-á vista do processo ao auto por 48 (quarenta e oito) horas quando, se tratar de fiscal ou funcionário da Prefeitura. Art. 148 - Completado o período de instrução, ou não sendo apresentado defesa, será o processo, devidamente instruído com parecer da Procuradoria Jurídica, concluso ao Prefeito para julgamento. Art. 149 - O infrator será notificado, por escrito, da decisão proferida. Art. 150 - Quando for cominada pena de embargo as obras serão imediatamente paralisadas. Parágrafo 1º - Para assegurar a paralisação de obra embargada, a Prefeitura poderá, se for o caso, requisitar força policial, observados os requisitos legais. Parágrafo 2º - O embargo só poderá ser levantado após o cumprimento das exigências que o motivarem e mediante requerimento do interessado ao Prefeito. Parágrafo 3º - Se a obra embargada não for legalizável, só poderá verificar se o levantamento do embargo após a demolição, desmonte ou retirada do que tiver sido executado com desacordo com os dispositivos deste Regimento. Parágrafo 4º - O embargo de obras públicas em geral ou de instituições oficiais, através do mandato judicial, será efetuado quando não surtirem efeito os pedidos de providências encaminhadas por vias administrativas, em ofícios da chefia do órgão competente da Prefeitura ao diretor da repartição ou instituição responsável pelas obras, bem como de comunicação escrita do Prefeito ao Ministro ou Secretário, ao qual as mesmas estiverem subordinadas.

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Parágrafo 5º - No caso de desrespeito ao embargo administrativo em obras pertencentes a empresas concessionárias de serviços públicos, deverá ser providenciado mandato judicial. Art. 151 - Quando para a infração for cominada pena de demolição, a decisão ficará em suspenso pelo prazo necessário a que o proprietário possa tomar as medidas recomendadas no laudo de vistoria para evitar a demolição. Parágrafo 1º - O prazo referido no artigo não será inferior a 3 (três) dias, nem superior a 3 (três) meses, findos os quais, sem que as medidas tenham sido tomadas, o proprietário dará início imediato à demolição. Parágrafo 2º - Se a demolição não for prontamente iniciada, promoverá a Prefeitura com a maior urgência, a competente ação cominatória, em juízo. Art. 152 - Quando a demolição tiver que ser decretada em virtude de risco ou ruína iminente, o Prefeito poderá determiná-la de pronto, a só vista laudo de vistoria, dispensando o processo administrativo. Parágrafo Único - Ocorrendo a hipótese do artigo, a Prefeitura promoverá a demolição recomendada ficando o proprietário responsável pelo pagamento das despesas, acrescidos de 20% (vinte por cento) como taxa de administração. Art. 156 - O presente Regimento entra em vigor na data de sua publicação revogadas as disposições em contrário.

BETIM, 02 DE MAIO DE 1969

ÁLVARO DE SALES BARBOSA PREFEITO

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM

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Decreto nº. 10.029 de 12 de Agosto de 1993

Acrescenta alínea ao artigo 107 do Decreto Municipal nº233, de 02 de maio de 1993.

A Prefeita Municipal de Betim no uso de suas atribuições legais, DECRETA:

Art. 1º - Ao art. 107 do Decreto nº. 233, de 02 de maio de 1969, que baixa normas regulamentares relativas às edificações e demolições de obras no Município de Betim, fica acrescentada a seguinte alínea:

e) dois metros e meio (2,50), no mínimo para construções de

padrão popular, de uso residencial com até 70,00m² (setenta metros quadrados) de área construída.

Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura Municipal de Betim, 12 de agosto de 1993.

Maria do Carmo Lara Perpétuo Prefeita Municipal

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DECRETO Nº 16.729, DE 13 DE JULHO DE 2001.

MODIFICA OS ARTIGOS 97, 100, 101, 109, 110, 127, 128, 129, 130, 131 E 136 DO DECRETO Nº 233, DE 02 DE MAIO DE 1969, E INSTITUI NORMAS RELATIVAS ÀS EDIFICAÇÕES NO MUNICÍPIO DE BETIM.

O Prefeito Municipal de Betim no uso de suas

atribuições legais e visando adequar o Código de Obras – Decreto Nº 233, de 02 de maio de 1969, às novas necessidades urbanísticas do município.

DECRETA:

Art. 1º - O Art. 97 do Decreto Nº 233, de 02 de maio de 1969, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 97 – Fica instituída a obrigatoriedade de Taxa de Permeabilidade Mínima de 15% em relação à área do terreno para todas as edificações a serem aprovadas no Município de Betim”.

Parágrafo único – Quando se tratar de empreendimentos de impacto ou multifamiliares com mais de 30 unidades habitacionais, a Taxa de Permeabilidade Mínima deverá ser de 20% em relação à área do terreno.”

Art. 2º - O Parágrafo único do Art. 100 do Decreto nº 233, de 1969, passa a

vigorar com a seguinte redação: “Parágrafo único – Não serão admitidas edificações afastadas a menos de 3

metros do alinhamento frontal, exceto dentro do perímetro da Área Central do Município, a teor do que dispõe o Artigo 31 da Lei 1.744, de 22 de agosto de 1986 (Lei de Uso e Ocupação do Solo da Área Central do Município de Betim)”.

Art. 3º - O Art. 101 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 101 – Passam a vigorar os coeficientes de aproveitamento máximo

estabelecidos na Lei 2.963, de 04 de dezembro de 1996, no caput do artigo 67, item VI-C. Estes coeficientes não serão aplicados dentro do perímetro da Área Central do Município, onde continuam vigorando os coeficientes estabelecidos pela Lei nº 1.744, de 22 de agosto de 1986.”

Art. 4º - O Art. 109 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 109 – As edificações destinadas a quaisquer usos deverão ter afastamento frontal mínimo de 3 metros, exceto dentro do perímetro da Área Central do Município, a teor do que dispõe o Artigo 31 da Lei nº 1.744 de 22 de agosto 1986 (Lei de Uso e Ocupação do Solo da Área Central do Município de Betim)”.

Art. 5º - O Art. 110 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 110 – A Taxa de Ocupação das edificações destinadas a usos não

residenciais será limitada pelo atendimento à Taxa de Permeabilidade Mínima e aos afastamentos mínimos obrigatórios constantes neste Decreto”.

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Art. 6º - O Art. 127 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 127 – Nas edificações não residenciais o afastamento frontal deverá dar continuidade ao passeio.

Parágrafo único - Dentro do recuo frontal de 3 metros só serão admitidas saliências ou ressaltos de vigas que não ultrapassem 20 cm em projeção horizontal”.

Art. 7º - O Art. 128 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 128 – Nas edificações residenciais, acima do pavimento térreo, serão

admitidas sacadas e varandas balanceadas vedadas apenas por guarda-corpo, dentro do afastamento frontal de 3 metros, desde que não ultrapassem 0,60 metros medidos em projeção horizontal perpendicularmente à fachada.

§1o. Nas edificações residenciais poderá ser feito muro ou gradil no

alinhamento, sendo que, nos lotes de esquina, o muro ou gradil deverá conter chanfro ou canto arredondado;

§2o. Quando se optar pelo chanfro, este deverá ser perpendicular à bissetriz

do ângulo da esquina e ter comprimento mínimo de 2,50 metros medidos na horizontal; §3

o. Quando se optar pelo canto arredondado, este deverá formar raio externo mínimo de 2,50 metros;

§4o. No caso de loteamentos aprovados com raio definido, este deverá ser

respeitado.”

Art. 8º - O Art. 129 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 129 – As edificações a serem aprovadas fora do perímetro da Área Central do Município deverão conter área de estacionamento, respeitando os seguintes itens:

I- Cada vaga deverá ter largura mínima de 2,30m e comprimento mínimo de 4,50m;

II- A largura exigida para manobra deverá ser compatível com o direcionamento das vagas;

III- As edificações destinadas ao uso residencial deverão conter uma vaga para cada unidade habitacional;

IV- As edificações destinadas aos usos não residenciais deverão conter uma vaga para cada 75,00 metros quadrados ou fração de área líquida construída, atendendo ao mínimo de uma vaga para cada unidade não residencial;

V- Em nenhuma hipótese serão admitidas vagas no recuo frontal; VI- Não poderão existir vagas presas nas edificações destinadas ao uso

residencial, a menos que sejam excedentes em relação ao número mínimo exigido; VII- O rebaixamento máximo de meio-fio será de quarenta por cento da

testada do lote, devendo manter-se a distância mínima de 5,00 metros entre trechos rebaixados;

VIII- Não serão permitidas rampas adentrando o logradouro e nem tampouco passeios com inclinação superior a 7% (sete por cento) no sentido transversal. Os rebaixamentos para acesso de veículos deverão ser feitos com rampa interior ao passeio e junto ao meio fio, com largura máxima de 50cm, conforme a figura 1 abaixo.”

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Figura 1.

Art. 9º - O Art. 130 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 130 – Será permitida, em edificações comerciais, a construção de

marquise com até 1,50m dentro do recuo frontal de 3 metros, desde que obedeçam as seguintes condições:

a) Não apresentem quaisquer dos elementos abaixo da cota de 3 metros, medida verticalmente a partir do nível mais alto do passeio;

b) Sejam construídas com material incombustível e resistente à ação do tempo;

c) Tenham, na face superior, caimento em direção à fachada do edifício junto a qual deverá ser colocada calha e condutor, encaminhando as águas pluviais sob o passeio, para a sarjeta do logradouro”.

Art. 10º - O Art. 131 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 131 – Não é obrigatória a execução de marquise nas edificações não

residenciais. Parágrafo único – As edificações não residenciais deverão ser providas de

platibanda ou elemento construtivo que impeça o lançamento das águas pluviais no recuo frontal.”

Art. 11º - O Art. 136 do Decreto nº 233, de 1969, passa a vigorar com a

seguinte redação: “Art. 136 – Para determinação dos afastamentos laterais e de fundos das

edificações, deverá ser observada a Tabela 1 abaixo, considerando-se o número total de pavimentos a partir do térreo, inclusive.

Parágrafo único – A altura máxima nas divisas será de 5,00 metros, considerando-se que:

a) No caso de terrenos com divisas em níveis iguais ou inferiores ao alinhamento, o nível de referência deverá ser o nível do alinhamento no seu encontro com cada divisa;

b) No caso de terrenos em níveis superiores aos do alinhamento, o nível de referência deverá ser igual à média dos níveis do terreno, correspondentes aos pontos extremos da edificação em cada divisa;

c) Não são considerados pavimentos para efeito de escolha do afastamento mínimo: o subsolo, o sótão e a sobreloja;

d) Para se obter a distância mínima entre edificações com mais de um pavimento deverão ser observados os valores da tabela multiplicados por 2.”

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Tabela 1.

Número de pavimentos e Altura Máxima da Edificação (h)

Afastamento lateral e de fundos mínimo (em metros)

1 e h<=5,00 m 0 ou 1,50

(ver Artigo 11 - § único)

2 e h<=8,50 m 0 ou 1,50

(ver Artigo 11 - § único)

3 e h<=11,20 m 1,75

4 e h<=13,90 m 2,00

5 e h<=16,60 m 2,25

6 e h<=19,00 m 2,50

7 e h<=22,00 m 2,75

8 e h<=24,70 m 3,00

9 e h<=27,40 m 3,25

10 e h<=30,10 m 3,50

11 e h<=32,80 m 3,75

12 e h<=35,50 m 4,00

13 e h<=37,20 m 4,25

Art. 12º - Quando se pretender edificar empreendimentos residenciais

multifamiliares, deverão ser observados os seguintes parâmetros:

a) As circulações e escadas coletivas deverão ter largura mínima de 1,20m; b) As escadas coletivas deverão ser cobertas e fechadas com alvenaria, não podendo ainda conter degraus vazados; c) Sempre que a circulação vertical atingir desnível superior a 10,00m, deverá ser prevista a existência de elevador. Este desnível será calculado a partir do nível de acesso no alinhamento até o piso do último pavimento. d) O acesso de pedestres não poderá ser em comum com o acesso de veículos; e) Todas as circulações internas das unidades habitacionais deverão ter largura mínima de 0,90m; f) Ficam estabelecidas as seguintes dimensões mínimas de compartimentos: • Cozinha: largura mínima de 1,60m e área mínima de 4,00 m2; • Sala: largura mínima de 2,50m e área mínima de 10,00m2; • Quartos: largura mínima de 2,40m e área mínima de 7,00m²; • Área de serviço: área mínima de 2,00m². g) Sempre que o empreendimento tiver mais de 30 unidades habitacionais deverá conter um centro comunitário coberto, com piso impermeabilizado e área de 0,40m2 por unidade habitacional, tendo área mínima de 30,00 m2; h) Sempre que o empreendimento tiver mais de 30 unidades habitacionais deverá conter espaço destinado ao lazer coletivo com área mínima de 2,00m² por unidade habitacional, sendo que obrigatoriamente deverá estar incluída uma quadra esportiva cimentada, demarcada e pintada com dimensão mínima de 7,50 x 15m;

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i) Sempre que o empreendimento tiver mais de 30 unidades habitacionais deverá conter guarita com instalação sanitária; j) Sempre que o número de unidades habitacionais ultrapassar a 160, deverá ser respeitada a quota de terreno de 80,00m² por unidade habitacional; k) Deverá ser apresentado estudo paisagístico que contenha as áreas permeáveis, áreas a serem preservadas e arborização do passeio a cada 6 m; l) Deverá ser providenciado o fechamento total do empreendimento, com muro em alvenaria e com altura mínima de 1,80 m; m) Em empreendimentos considerados de impacto poderão ser estabelecidas diretrizes especificas, de forma a reduzir os impactos gerados na infraestrutura existente no local.

Art. 13º - Quando se pretender edificar empreendimentos não residenciais,

deverão ser observados os seguintes parâmetros:

a) Todas as circulações coletivas, inclusive as escadas, deverão ter largura mínima de 1,20 metros; b) O acesso de pessoas ao empreendimento não poderá ser em comum com o acesso de veículos; c) Sempre que a circulação vertical atingir desnível superior a 10,00m deverá ser prevista a existência de elevador. Este desnível será calculado a partir do nível de acesso no alinhamento até o piso do último pavimento.

Art. 14º - A prefeitura poderá, através do órgão competente e sempre que

julgar necessário, estabelecer critérios que visem o bem estar do usuário. Art. 15º - Os processos em tramitação na data de vigência deste decreto

poderão ser aprovados com base na redação original do Decreto nº233/69, anterior à presente modificação.

Art. 16º - Os projetos de novas edificações, aprovados antes da vigência

deste decreto, terão seus Alvarás de Construção válidos por dezoito meses, contados a partir da respectiva data de emissão, podendo ser renovados uma única vez por igual período.

Art. 17º - O presente decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 18º - Revoga-se o Decreto Nº 16.673 de 18 de junho de 2001 e demais

disposições em contrário.

Betim, 13 de Julho de 2001.

Carlaile Jesus Pedrosa Prefeito Municipal

Hélder Pacelli Freitas Campos Secretário Municipal de Obras e Serviços Públicos