Codigo Faina

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Codigo Faina Aveiro

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  • Ttulo:FAINA ACADMICAou nem tudo o que vem rede praxe

    1 EDIO

    AUTORES DE TEXTO ORIGINAL:Carlos Miguel GrangeiaCarlos Manuel RodriguesLina Maria RodriguesLus GonalvesLus Jorge Fardilha

    EDIO:A.A.U.Av.COORDENAO:Sector Informativo da A.A.U.Av.CAPA:Paulo FontesFOTOGRAFIA:Paulo OliveiraFOTOCOMPOSIO:Paulo BarreiraILUSTRAO:Joo AlmeidaFOTOCOMPOSIO E IMPRESSO:Joartes - Artes Grficas, Lda.TIRAGEM:3000 exemplaresDespsito Legasn ISBN: 972-97836-1-6Setembro de 1998

    2 EDIO

    AUTORES DA 1 REVISO:Valdemar VazDaniel GauthierDavid CarvalhoJoo CorreiaNuno RibeiroNancy SalgadoHernani Ribeiro

    Joana NogueiraGonalo AlmeidaSnia DuarteJoana Ruivo

    Autores da 2 Reviso:Agostinho AlmeidaAlexander MarquesAndr AzevedoCarlos MirandaDaniela SilvaDavid CarrilhoJoo Pedro SantosJos AlmeidaMarco RochaMarisa MadeiraMiguel FonsecaRui Silva

    Autores da 3 Reviso:Lus Borges (Panzer)Lus LoureiroHugo BatistaJos FreitasCarlos Miranda (Corvo)Miguel FonsecaPedro Borges (Tanque)

    EDIO:Verso WEB - Conselho do SalgadoDESIGN E PAGINAO:Lus Borges (Panzer)Lus LoureiroPaulo Lopes (Monh)Paulo PintorRicardo Esteves MartinsGLOSSRIO:Priscillia RodriguesFOTOGRAFIA:Paulo OliveiraFOTOCOMPOSIO:Paulo BarreiraILUSTRAO:Joo AlmeidaLus Loureiro

    FICHA TCNICA

  • NDICE

    INTRODUOPORTO OU BOMBAbreve resenha histricaBARACHA INICIALnem tudo o que vem rede praxe

    SALINA IVIVEIRO

    Tormentas, mars e bonanas da faina acadmica...ALGIBSComo se nasce e cresce no Salgado de AveiroALGIBSOrgos de faina CALDEIROSComisso de faina do cursoSOBRE CABECEIRASCompetnciasSOBRE CABECEIRASOrganizao internaTALHOSCandidaturas e eleioTALHOSArrais e VarinasSOBRE CABECEIRASInsgniaCALDEIROSConselho do SalgadoCALDEIROSSalgadssima TrindadeCALDEIROSConselho de Cagarus

    SALINA IIVIVEIROAs artes, aparelhos e palamenta do bem trajarALGIBSFundamentos etnogrficos do TertlioCALDEIROSNo vamos menosprezar

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  • ou Nem Tudo o Que Vem Rede Praxe

    SALINA IIITraje AcadmicoVIVEIROComo bem trajarALGIBSExcepesCALDEIROSLutosCALDEIROSNcleos, Tunas e outros Movimentos AssociativosCALDEIROSCartas de marear

    SALINA IVVIVEIROImposio e mrito de insgniasALGIBSO gaboALGIBSOs nsSOBRE CABECEIRASOs nossos Cursos... os nossos Ncleos...

    SALINA VVIVEIROLinhas e Anzis de bem praxarALGIBSQuem pode praxar no Salgado Acad-mico de AveiroCALDEIROSDireitos e deveres dos Patres e PatroasSOBRE CABECEIRASFerramentas e materiais utilizados para praxar Lodos e Lamas

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  • Faina Acadmica

    SALINA VIVIVEIROO Outono...ALGIBSCalendrios, ampulhetas, margrafos e afins da safra anual...CALDEIROSFainas e tertlias marcantes da recepoSOBRE CABECEIRASCerimnia de imposio de insgnias - Serenata Santa Joana PrincesaSOBRE CABECEIRASBaile do AluvioSOBRE CABECEIRASDragagem do Salgado AcadmicoSOBRE CABECEIRASGrande AluvioCALDEIROSLoucuras de um EnterroSOBRE CABECEIRASRoncadasSOBRE CABECEIRASA Grande Caldeirada de MestresTALHOSDa candidatura aos cargos de faina na Grande Caldeirada de MestresSOBRE CABECEIRASTomada de Posse da Salgadssima Trindade e Conselho do Salgado - Serenata RiaSOBRE CABECEIRASSarau AcadmicoSOBRE CABECEIRASDesfile do EnterroTALHOSHistorial do Desfile do EnterroTALHOSRegras do Desfile do EnterroSOBRE CABECEIRASBaile de gala

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  • SALINA VIIVIVEIROExcepes e penalizaes que fazem as regrasALGIBSPara quem no quer... H muito!ALGIBSExcepes para evitar tentaes...ALGIBSPunies para quem caiu em tentaes!CALDEIROSJustia Sumria AcadmicaSOBRE CABECEIRASIndemnizaes e coimas acadmicasCALDEIROSCaldeirada de Justica Suprema

    ESTEIROAlteraes ao Cdigo de Faina

    BARACHA FINALNem tudo o que Veio Rede Foi Praxe

    CANAL I (EM ETERNA CONSTRUO)Canal regulamentador das cores dos cursosCANAL IICanal regulamentador da candidatura e eleio da Comisso de Faina do CursoCANAL IIICanal Regulamentador do GODCANAL IVCanal da Carta de Princpios do Conselho Nacional e Praxe e Tradies AcadmicasCANAL VCanal regulamentador do Grito Acadmico Aveirense

    GLOSSRIOBIBLIOGRAFIAAGRADECIMENTOS

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    INTRODUO

    A existncia de um instrumento orientador e difusor das tradies e vivncias Acadmicas tem o intuito de fomentar em todos os membros da Academia o gosto pelo conhecimento da regio que durante alguns anos ser o seu Lar AVEIRO.

    Esta Faina Acadmica ou Nem Tudo o Que Vem Rede Praxe surge, assim, como uma pica tentativa de enquadrar as tradies, os movimentos sociais e a dinmica cultural da regio com as manifestaes acadmicas inerentes existncia de organismos mobilizadores, como Asso-ciaes de Estudantes, Ncleos e outros, da vida acadmica. O reconhecimento dos mesmos, em termos de trabalho desenvolvido e em termos de formao complementar e extracurri-cular do estudante, passa por um dever de qualquer membro desta academia. Deste modo, a filosofia base adoptada na elaborao desta faina teve como objectivo principal identificar o estudante recm-chegado com o meio em que se vir a inserir e, simultaneamente, regulamen-tar a conduta da Nossa Vivncia. As Fainas Piscatrias, o ciclo das Safras do Sal, actividades que se desenvolvem desde tempos imemoriais na regio de Aveiro, so a fonte de inspirao e cenrio das modestas linhas que a seguir se lavram na...

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    PORTO OU BOMBA

    Breve resenha histrica

    As razes de Aveiro identificam-se com Cltica Talbriga. Da chegaram a Talavarium e, depois, a Alvarrio, como consta do primeiro documento escrito que se conhece, no caso a funcionar como certido de nascimento desta terra. Este primeiro documento escrito sobre o Salgado, remonta a 26 de Janeiro de 959 d.C. sendo consequentemente anterior formao da nacionalidade (1143), refere-se doao das terras que possumos no Alvarrio (Aveiro) e das salinas que a mesmo comprmos - Terras in alavario et salinas que ibidem comparavimos, feita pela condessa de Mumadona Dias ao mosteiro de S. Salvador que fundou em Guimares. Se compradas por ela, teriam de existir anteriormente. H quem pense que tero sido os Fe-ncios, povo dado ao comrcio que ter vindo do Mdio Oriente, por mar, no sculo X a.C. que, abandonando mais tarde as relaes com o pas de origem, ter passado a dedicar-se, entre outras actividades, ao fabrico do sal. Com a independncia de Portugal, a cidade e as marinhas foram propriedade da nao at que em 1187 D. Sancho I doou Aveiro sua irm D. Hurraca Afonso. Em 1215, D. Hurraca Afonso doou a produo de sal ao mosteiro de S. Joo de Tarouca, produo que j na poca deveria atingir alguns milhares de toneladas. O que em parte explica o acentuado desenvolvimento urbano eino, o mesmo continuando, nessa regio, pelo sculo XIV, ainda que a base social assentasse fundamentalmente em pescadores, marnotos e trabalhadores agrcolas.

    Verificaram-se outras mudanas de proprietrios deste tipo, mas o que de salientar que a produo de sal em Aveiro era j de facto notria durante a primeira dinastia, sempre con-siderada e reconhecida pelo prprio Rei uma autntica Feitoria do Sal nas Cortes de vora (1361). Pois alm de abastecer todo o norte do pas exportava j para pases Europeus como a Frana, a Flandres ou a Inglaterra, tendo continuado uma actividade prspera, nomeadamente nos reinados de D. Afonso IV e D. Pedro I, sendo uma regular fonte de riqueza com a qual se pagaram dvidas e empreendimentos nacionais, como aconteceu com a tomada de Ceuta (1415) e com as Guerras da Restaurao (1640-1668). No entanto, com os problemas da Barra e a quase estagnao das guas da laguna as dificuldades comearam a surgir e a actividade comeou a decair.

    Com efeito, a topografia da Ria e a circulao de gua a ela associada, que como se sabe variaram grandemente ao longo dos tempos at abertura artificial da Barra, em 1808, foram factores decisivos na variao do nmero e situao das salinas. Estas, no sculo X d.C., Al-quembim, Esgueira, Sza, Vagos, Bco e lhavo, no reinado de Afonso IV seriam cerca de qui-nhentos. No entanto, no sculo XVIII, s existiriam cerca de 170 marinhas e s aps a abertura da Barra em 1808, permitiu a renovao regular das guas da Laguna, a actividade refloresceu, tendo-se mesmo constitudo novas marinhas que nos anos 60 do nosso sculo, eram cerca de 270, chegando a produzir cerca de 95.600 toneladas/ano em 1966.

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    No entanto, a partir de 1960 a actividade salcula entra em franca decadncia, no s em nmero de salinas activas como tambm em volume de produo. Em 1991, havia cerca de 30 marinhas licenciadas para a produo de sal, no entanto, apesar de estarem activas, nem todas se dedicam produo de sal, aguardando apenas licenciamento para a piscicultura. Da que, apesar de renovar as licenas para a salicultura, apenas o fazem com o intuito de aproveitarem as infra-estruturas para a produo de peixe em regime extensivo.

    Em suma, a situao actual do Salgado Aveirense no animadora atendendo ao papel de relevo que j teve no passado como Plo de Desenvolvimento. A designao de Plo de Desenvolvimento justifica-se pela existncia de factores que por razes de ordem vria con-tribuem para o crescimento econmico, tais como: Inovao; Progresso tecnolgico; investi-mento; aumento de produo; aumento de qualidade do produto; diminuio do preo; etc... Estes factores iro desencadear sinergias e todo um processo de desenvolvimento. As sinergias podero ser transmitidas de uma forma horizontal - se tratar de uma ertical se tratar de uma di-fuso desequilibrada dos efeitos de crescimento, beneficiando os sectores que esto directamente ligados com o sector inovador quer estes se encontrem a montante ou a jusante.

    Salgado de Aveiro foi esse elemento Motor do desenvolvimento econmico dado o papel de relevo que teve na economia da regio, na medida em que dinamizou um conjunto de actividades nesta rea tais como: a construo de alfaias agrcolas; a construo de embarcaes; dinamizou e alargou as redes de comercializao, assim como toda a actividade armazenista; gerou postos de trabalho; permitiu a pesca de longo curso, nomeadamente a do bacalhau, enfim... em vrias pocas, o Salgado foi a pedra angular, a chave dos perodos ureos de Aveiro. Dele emergiram os impulsos que as micro-unidades Unidades dependentes iam transmitir e necessariamente ampliar contribuindo assim para o processo de desenvolvimento econmico.

    Figura 1 - Aveiro e sua Muralha Quatrocentista (q uadro do sc. XVIII)

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    BARACHA INICIAL

    Nem tudo o que vem rede praxe

    E eis que nos chegam, de intempries e outros vendavais (perturbando a bonana) uma mistura de caloiros e caloiras que se corporificam naquelas tansas criaturas os lodos e lamas (gnero distinto mas basicamente hbrido). Estes entopem, conspurcam, dificultam, estragam e estrangulam o nosso Porto, as Salinas, os Canais, a cantina, a secretaria, as Bombinhas... e outros locais pblicos e privados. Procede-se assim, de uma maneira afincada e implacvel a uma Limpeza, aplicando-se partes desses detritos na reparao das Cambeias brechas causadas pelos caloiros e caloiras na sua vinda atribulada concluindo-se com a aplicao do Capelo (camada de lama e de lodo que arremata em toda a extenso).

    A Limpeza culmina na Rega do Mandamento em que a fluncia se torna mais uniforme e menos dspar. Segue-se assim a Cura, operao que tem como objectivo o produto final (subentenda-se, o Sal), que colhido e conservado (Feitura) para futura utilizao. A Safra divide-se em trs fases com datas prprias e sucessivas. A primeira, que se limita aos trabalhos preparatrios, tem comeo geralmente em meados de Abril e do-lhe os marnotos o nome de Limpeza. A segunda, que abrange propriamente o fabrico do sal, intensiva nos meses de Maio a Agosto, e chamam-lhe Cura. A terceira, que consiste na recolha e conservao do sal, tem lugar em Setembro e designam-na por Feitura. A Limpeza tem por objectivo escoar as guas depositadas na Comedoria e no Mandamento; reparar os estragos causados pelas tempestades e remover as lamas depositadas durante o perodo de inactividade da salina. Efec-tuados estes trabalhos preparatrios procede-se entrada de gua pela primeira vez na salina, operao a que chamam Regar o Mandamento. A Cura um conjunto de servios que tem por objectivo obter o endurecimento do Parcel, geralmente brando e vasoso, preparando-o para a Feitura do sal. o trabalho mais importante, pois dele depende a abundncia e a boa qualidade daquele produto, abrangendo um conjunto de servios tais como: Escoar Encanas, que significa o esgotamento da gua depositada nas salinas; Amanhar o Mandamento, Arear Passadoiros, Machos, Eiras e Tabuleiros, espalhando areia fina; Bulir, servio que cons-ta em agitar a moira brandamente a fim de remover a pelcula de sal que a cobre e obter me-lhor evaporao; Quebrar e Envaiar, ou seja juntar o sal nos lados de cada compartimento cristalizador; Rr, operao que se traduz em arrastar o sal para o tabuleiro; abrir o tabuleiro, moirar as cabeceiras e os meios de cima para dar passagem s moiras; e por fim tirar o sal para as eiras. Cada operao de sal rido demora trs dias a cristalizar.

    O trabalho da Feitura, ltima fase da actividade das salinas, consiste em encher os montes pela colocao do sal nas eiras sobre a forma geomtrica de um cone.

    Concludos os trabalhos de colheita e conservao, procede-se ao alagar da salina e inunda-o que a submerge inteiramente, com a qual se pem termo ao perodo anual da actividade da explorao salineira, mantendo-se assim at Primavera seguinte.

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    Faina Acadmica

    Figura 2 - Esquema de uma Salina

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    SALINA I

    VIVEIRO

    Tormentas, mars e bonanas da faina acadmica...

    Aparelhar Representa os primeiros passos nesta academia para as Lamas e Lodos, Molio, Canias e Juncos. Estes preparam as linhas e enredos com que se iro coser durante toda a sua Faina Acadmica (Vida Universitria). A transformao radical de hbitos (alcolicos e sexuais) e para muitos a mudana de casa e ainda de namoradas(os), (neste caso recomenda--se acumulao), obriga a uma depurao e tratamento que os vai tornando em Mui Ilustres Membros do Salgado Acadmico de Aveiro.

    Lanar Nesta fase quando j Moo (uns mais outros menos!), Moas, os membros da Aca-demia possuem os conhecimentos e a experincia mnimos sobre os locais e os momentos de lanamento dos enredos indispensveis para capturar o que querem possuir.

    Recolher J Marnotos, Salineiras ou sempre Mestres a impacincia instala-se nestes estu-dantes, que colhem ansiosamente, o fruto de to longa Faina e extenuantes Safras anuais. Lar-gam amarras e partem mundo fora carregados com o precioso Sal Acadmico, indispensvel para vencer os Desafios da Vida. Do Salgado Acadmico ficar a saudade dos anos marcantes de ser Universitrio e da bomia de Aveiro.

    ALGIBS

    Como se nasce e cresce no Salgado de Aveiro

    A matria-prima bsica de qualquer Academia so os caloiros que a exemplo do que acon-tece na Ria de Aveiro chegam com as primeirssimas chuvas, ao fim do Vero, na forma de Lodos ou Lamas. A descrio hierrquica seguinte contempla todos os cursos excepto a Escola Superior de Design, Gesto e Tecnologia de Produo Aveiro Norte (ESAN) e Escola Superior de Tecnologia e Gesto de gueda (ESTGA) que devido ao facto de serem politcnicos o grau de mestre atribudo 4 matrcula..Para melhor entendimento, aconselha-se a consulta do quadro resumo na Salina IV.

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    LODO verso acadmica Sedimento de estudante degradado em que a bunda resduos de escola secundria e se encontra depositado nas profundezas do Salgado Acadmico.

    LAMA Mesmo que Lodo, mas no gnero feminino.

    MATRCULAS: Uma e nica.DIREITOS: No existem, no entanto permite-se a escolha de Patro ou Patroa para que no fique solo baldio.DEVERES: Todos os que nos apetecerem e mais alguns. Quando misturados ou referidos em simultneo, tomam como nome Aluvio ou Aluvies, conforme o nmero. Quando transportados (pelo seu prprio p) perante a tribuna onde se encontra a Salgadssima Trindade e seus ilustres convidados, no decorrer do Desfile da Semana do Enterro do Ano, os Lodos e Lamas transformam-se em Molios (as).

    ALUVIES INSOSSOS Aluvies provenientes de guas doces (entenda-se outras Acade-mias) necessitando por isso de um ano de permanncia no Salgado Acadmico para adquiri-rem algum sabor, pois o que seria da vida sem Sal?

    MATRICULAS: Uma no Salgado Aveirense e uma ou mais noutras guas, que a partir da 2 matrcula acumularo.DIREITOS: Em tempos antigos, quando as cantinas no eram solo sagrado, antes de ocorrerem abusos em locais de pasto to maravilhosos (ou no) os Aluvies In-sonsos poderiam deliciarem-se na cantina sem serem perturbados, podendo fazer uso dos utenslios metlicos disponveis. Actualmente estes tm o direito de no participar em qualquer tipo de faina depois das dezoito horas treze minutos e qua-renta e sete segundos (aconselha-se o uso de um astrolbio), com a excepo que caso a faina estiver a ocorrer em cima de um ancoradouro s pode abandona-la antes do incio da preia-mar.DEVERES: Os mesmos que os restantes Aluvies, i.e., todos os que nos apetecerem e mais alguns.

    MOLIO fertilizante 100% natural, agente revitalizador do Salgado Acadmico. O estu-dante neste estado ainda se encontra sujeito s vontades das mars, sem poiso certo e por isso necessria ajuda para que se oriente.

    MATRCULAS A mesma de quando Lama ou Lodo.DIREITOS J tm dois, pode existir e pode trajar.DEVERES Os que nos apetecer...INSGNIAS (Consultar Salina IV)

    Logo aps a segunda matrcula o estudante cria razes na Academia e na Cidade e toma a forma de:

    JUNCO Ou vulgar herbceo aqutico, verde e inexperiente que assiste s fainas e tertlias da Faina de Lodos e Lamas, tentando adquirir algum saber na arte.

    CANIA - O mesmo que Junco (gnero feminino), mas com linhas mais atraentes.

    MATRCULAS: DuasDIREITOS: Tem trs (incrvel)... Existir, trajar e usar insgnias.DEVERES: No poluir, no atrapalhar a navegao, no praxar Aluvies, etc...INSGNIAS: (Consultar Salina IV)

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    Faina Acadmica

    MOO J com liberdade de movimentos, est autorizado a entregar-se aos prazeres da Faina, Lodo ou Lamas... conforme os gostos ou tendncias.

    MOA Gnero feminino de Moo, espera-se que, tal como ele...

    MATRCULAS: TrsDIREITOS: Plenos, de membro do Salgado Acadmico.DEVERES: Prestar reverncia e mostrar respeito aos mais velhos em particular aos Mestres. Cumprir e fazer cumprir o cdigo de Faina Acadmica ou Nem Tudo o Que Vem Rede Praxe bem como as tradies e ensinamentos contidos neste (e em caso de dvida ler o cdigo uma vez mais!).INSGNIAS: (Consultar Salina IV)

    MARNOTO e SALINEIRA A finalizar a estadia no Salgado Acadmico, a sua preocu-pao obter a melhor cotao (nota final) pela sua Faina, pois com isso sentem-se prontos para os maiores desafios que lhes surgirem.

    MATRCULAS: QuatroDIREITOS: Todos, mais os que conseguirem.DEVERES: Recordarem e suspirarem de saudade pelos anos vividos no Salgado Acadmico, nunca se esquecendo de visitar quem fica.INSGNIAS: (Consultar Salina IV)

    MESTRES Pela sua permanncia prolongada no Salgado Acadmico possuem experin-cia e a autoridade mxima, sendo verdadeiros detentores do saber viver acadmico.

    MATRCULAS: Cinco matrculas ou todas as que conseguirem. Com a excepo da Escola Superior de Design, Gesto e Tecnologia de Produo Aveiro Norte (ESAN) e Escola Superior de Tecnologia e Gesto de gueda (ESTGA) que devido ao facto de serem politcnicos o grau de mestre atribudo 4 matrcula.DIREITOS: Todos sobre todos.DEVERES: Respeitar e fazer Respeitar o cdigo de Faina Acadmica ou Nem Tudo o Que Vem Rede Praxe bem como as tradies e ensinamentos contidos neste, participar nas caldeiradas de mestres e assim contribuir para a tradio acadmica Aveirense.INSGNIAS: (Consultar Salina IV)

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    Faina Acadmica

    ALGIBS

    rgos da faina

    CALDEIROS

    Comisso da faina do curso

    SOBRE CABECEIRAS

    Competncias

    Aos elementos da Comisso da Faina do Curso cabe incentivar, coordenar e implementar todas as actividades no mbito do cdigo da Faina Acadmica, nomeadamente: recepo ao Aluvio, Fainas de curso, desfile do Enterro e jantares de curso, entre outros, assegurando que todas as actividades se realizem em conformidade com o cdigo. tambm competncia desta Comisso estabelecer um elo de ligao com o Conselho do Salgado, visando assim um melhor intercmbio de informao.

    SOBRE CABECEIRAS

    Organizao interna

    A Comisso da Faina do Curso dever ser constituda por um nmero mximo de 10 ele-mentos mais o Mestre de Curso e, apesar de todos os elementos desta comisso terem o mesmo estatuto, por uma questo de funcionalidade, ser liderada pelo Mestre de Curso. Na impossi-bilidade deste, as funes devero ser delegadas num qualquer outro elemento da Comisso, sendo da inteira responsabilidade do Mestre todas as aces realizadas por este elemento.

    TALHOS

    Candidatura e eleio

    A eleio dos elementos desta Comisso dever, para efeitos prticos, ser realizada antes do trmino do ano lectivo, em reunio de alunos, sendo aconselhado para tal o ms de Maio. permitido o acesso a esta Comisso a alunos que no sejam Mestres, desde que juncos/canias ou superiores, salvaguardando-se a obrigatoriedade de 2/3 dos elementos da Comisso hierar-quia igual ou superior a moo/a.

    A forma como se devem processar as reunies ser explicada no Canal Regulamentador Da Candidatura e Eleio da Comisso de Faina do Curso.

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    Faina Acadmica

    TALHOS

    Arrais e Varinas

    Sabedores entendidos das artes e ofcios de extrair o Sal Acadmico. O estudante consegue contornar as dificuldades com jogos de cintura!

    Quando um curso no consiga em Reunio de Alunos apresentar Salgadssima Trindade e Conselho do Salgado um Mestre do Curso para liderar a Comisso de Faina, ser nomeado pela Salgadssima Trindade um Arrais ou uma Varina para liderar o curso pelas guas tempes-tuosas da Faina Acadmica.

    MATRCULAS: As que prouver Salgadssima Trindade e ao Conselho do Salgado.

    DIREITOS: Todos os que lhes aprouver mais o de serem invejados.

    DEVERES: Zelar pela organizao da Comisso de Faina do seu curso sendo faris em noites de nevoeiro para os olhos dos menos iluminados, trabalhando sempre com o intuito de no deixar que a palavra do Cdigo de Faina e da Salgadssima Trindade seja desrespeitada. Participar nas Caldeiradas de Mestres sempre que con-vidados pela Salgadssima Trindade, podendo usufruir do direito palavra mas no do direito de voto nestas.

    SOBRE CABECEIRAS

    Insgnia

    Os elementos desta Comisso exibiro um anzol (de tamanho pequeno e de preferncia rombo), que dever ser colocado na lapela direita do casaco. Aps cessarem funes a insgnia transitar para o gabo, sendo colocada na 2 fila, entre o emblema da Universidade e o da cidade de Aveiro.

    CALDEIROS

    Conselho do Salgado

    DEFINIO:O Conselho do Salgado o rgo moderador e fiscalizador da Faina Acadmica (Praxe) da

    Universidade de Aveiro. Constitudo por um mnimo de nove e um mximo de treze elementos, eleitos anualmente na Grande Caldeirada de Mestres, sendo a tomada de posse na Serenata Ria.

    permitido o acesso a este rgo aos alunos no mestres, desde que tenham hierarquia igual ou superior a Moos (as) desde que propostos por um Mestre. Estes ltimos podem e devem auto propor-se.

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    Faina Acadmica

    DIREITOS: Todos os elementos do Conselho do Salgado tero os mesmos direitos da-queles que os elegeram, exceptuando o direito de voto em Caldeirada de Mestres para os no Mestres. A academia deve-lhes respeito e obedincia, uma vez que foram eleitos para serem a voz da razo nas questes relacionadas com a Academia, o Tertlio e as Tradies Acadmicas.

    DEVERES: Assento em Caldeirada de Justia Suprema, onde julgaro a inocncia do ru. Caso possua nmero par de elementos, um Mestre da Assembleia, indicado pela Salgadssima Trindade, ter a Honra de se juntar ao Conselho do Salgado nesta rdua tarefa.Organizar actividades da faina acadmica, nomeadamente o grande aluvio, juntamente com a Salgadssima trindade. Elaborar propostas de actualizao da faina acadmica que sero submetidas a Caldeirada de Mestres. Zelar pelo bom funciona-mento da Faina e da arte de bem trajar.

    INSGNIAS: Os Membros do Conselho do Salgado, enquanto em funes, exibiro na lapela direita do casaco um saco de sal (peso q.b.), simbolizando... Aps cessarem funes essa insgnia transitar para o gabo, sendo colocada na segunda fila, entre o emblema da Universidade e o da Cidade de Aveiro.

    ORGANIzAO INTERNA:Apesar de todos os membros do Conselho do Salgado terem o mesmo estatuto, por uma

    questo de funcionalidade, o conselho ter:

    Um/a Conselheiro/a da Faina Aquele que se faz ouvir, sabe escutar, dialogar, que garante a democracia e, agora a srio, coordena as reunies do Conselho do Salgado.Um/a Conselheiro/a Escrivo O escravo, membro paciente que no se faz ouvir, s escuta. No dialoga, s escreve porque no tem tempo para mais.Um/a Conselheiro/a Financeiro O guardio do cofre sem fundo e sem dinheiro, apresenta as contas e est habituado a somar o nmero zero.

    Deve ainda prever-se a criao de comisses que tero a funo de estudar e trabalhar sobre assuntos especficos.

    FUNCIONAMENTO DAS REUNIES necessria a presena mnima de 2/3 dos seus elementos e as deliberaes sero tomadas

    por maioria e de brao no ar. No caso de exonerao de algum elemento do Conselho do Salgado necessria a maioria de 2/3 e o voto ser secreto.

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    Faina Acadmica

    COMPETNCIAS:Aos elementos do Conselho do Salgado cabe o assento na caldeirada de justia suprema, onde

    julgaro a inocncia ou culpabilidade do ru. Um porta-voz eleito no momento, entre os elemen-tos deste Conselho, comunicar Salgadssima Trindade o veredicto e estes atribuiro a pena.

    No caso de o Conselho do Salgado ter um nmero par de elementos, a Salgadssima Trin-dade indicar um Mestre da assembleia, que ter a honra de se juntar ao Conselho do Salgado nesta rdua tarefa. Caber ao Conselho do Salgado a tarefa de organizar o Grande Aluvio, contando para isso com um Mestre por curso que trabalhar com uma comisso reunida para o efeito. Qualquer assunto (queixa) susceptvel de ser levada a Caldeirada de Mestres, ou Cal-deirada de Justia Suprema dever ser comunicado ao Conselho do Salgado, que em conjunto com a Salgadssima Trindade decidir o rumo a dar a essa queixa. O Conselho do Salgado, como rgo mais atento ao desenrolar da Faina Acadmica, dever, sempre que achar neces-srio, elaborar propostas de actualizao ao cdigo de Faina que sero sempre submetidas a Caldeirada de Mestres. Cabe a todos e sobretudo aos Mestres, dada a sua experincia no Salgado, zelar pelo bom funcionamento da Faina bem como pelo bem trajar, sendo no entanto o Conselho do Salgado o rgo eleito para moderar e fiscalizar a Faina e bom uso do Tertlio.

    CALDEIROS

    Salgadssima Trindade

    DEFINIO:A Salgadssima Trindade o rgo mximo da Faina Acadmica ou Nem Tudo o que vem

    Rede Praxe. Os constituintes deste esbelto e salgado rgo, sero escolhidos de entre os Mestres da Academia na Grande Caldeirada de Eleio pelo perfil erecto, recto e de destaque na Faina Acadmica aps o reconhecimento por do seu percurso.

    MESTRE DO SALGADO a entidade Mxima da Faina nesta Academia. Este deve ser escolhido com o mais salutar esprito acadmico, e ser possuidor das mais elevadas qualidades bomias, scio-culturais e outras.

    DIREITOS: A tudo,.... A sua palavra lei!

    DEVERES: Ele l deve saber quais so.

    INSGNIAS: Uma P do sal (grande).

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    Faina Acadmica

    MESTRE PESCADOR Auxiliar directo do Mestre do Salgado, coadjuvar ou substituir este, sempre que necessrio.

    DIREITOS: A tudo, tambm a sua palavra deliberao.

    DEVERES: O Mestre do Salgado sabe quais so.

    INSGNIAS: Um leno tabaqueiro, preso ao pescoo por uma caixa de fsforos.

    MESTRE ESCRIVO o Guardio Supremo do Rol das Caldeiradas ou por midos O Magnfico Livro de Registro De Ocorrncias Ordinrias & Extraordinrias das Divinas, Des-lumbrantes, Etlicas, Gastronmicas e Magnificentes Caldeiradas de Mestres.

    DIREITOS: Ele que os regista.

    DEVERES: Os mais chatos ele esquece-se de os registar.

    INSGNIAS: O Rol de Caldeiradas.

    Aps cessarem funes as insgnias (em tamanho reduzido) transitaro para o gabo, sendo colocadas na segunda fila, entre o emblema da Universidade e o da Cidade de Aveiro.

    Figura 3 - Hierarquia da Faina Acadmica

    Apenas os Mestres da Salgadssima Trindade podero ultrapassar toda e qualquer protec-o, podendo no entanto delegar este poder, atravs de Edital de Faina ao Conselho do Salgado e/ou a outros Mestres de sua confiana.

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    Faina Acadmica

    CALDEIROS

    Conselho de Cagarus

    Desde tempos imemoriais, os saberes e ensinamentos da Faina Acadmica so adquiridos e transmitidos verbalmente dos mais velhos para os mais novos.

    Chegamos, aprendemos, vivemos e sentimos todos esses conhecimentos. tradio, e um legado que queremos deixar para a posteridade. Posto isto a Salgadssima Trindade, na sua sapincia, decidiu criar uma entidade consultiva composta por elementos da Faina Acadmica (matriculados ou no) que se tenham destacado durante o seu percurso no salgado acadmi-co em relao aos outros devido a um bom trabalho efectuado na faina, contribuindo deste modo, com ensinamentos e experincia.

    Ser ento emitido este estatuto pela Salgadssima Trindade que posteriormente levar apro-vao acadmica em Caldeirada De Mestres, podendo a S. T. ser auxiliada nesta funo apenas pelo Conselho do Salgado e pelos elementos j pertencentes ao Conselho de Cagarus.

    DIREITOS: Usar do poder da palavra e assistir s votaes em Caldeirada De Mes-tres e assim sendo verificar com gldio como so aceites os seus ensinamentos. Ter plenos poderes na Faina Acadmica enquanto acompanhado por Tertlia composta por elementos do C. S. e S. T.

    DEVERES: Transmitir ensinamentos e aconselhar os mestres da academia, para que possam continuar o seu bom contributo, desta vez de forma indirecta, mas sempre reconhecida Assistir a Salgadssima Trindade relembrando a tradio para que esta nunca se perca.

    INSGNIAS: Faixa verde, da cor da Academia, atada cintura descaindo do lado esquerdo at altura do joelho. Bordado na ponta do pndulo, a preto, a insgnia da Faina Acadmica e por baixo o nome pelo qual o Cagaru reconhecido na academia.

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    Faina Acadmica

    ADMISSO DE NOVOS ELEMENTOS:Anualmente s podero ser adicionados no Conselho de Cagarus um nmero mximo de

    trs novos elementos. A S.T. dever consultar os elementos possveis do Conselho de Cagarus sobre a admisso de um novo elemento.

    Tendo noo que este estatuto deve ser usado e no abusado, as seguintes restries so estabelecidas:

    A revogao do estatuto decidida pela S.T em conjunto (se possvel) com o Con-selho de Cagarus e votada em CALDEIRADA DE MESTRES.

    No poder ser imposto a elementos do C. S. e S. T. em funo; a algum que tenha sido condenado em caldeirada de justia suprema ou tenha feito algo que v contra o Cdigo de Faina.

    Poder ser usada a proibio de atribuio do estatuto como castigo de JUSTIA SUMRIA ACADMICA OU CALDEIRADA DE JUSTIA SUPREMA, quando aplicada pela S. T., quer seja temporria quer perenemente.

    Nos mesmos moldes em que este estatuto imposto, ele poder ser revogado.

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    Faina Acadmica

    ALGIBS

    Fundamentos etnogrficos do Tertlio

    Ao Tertlio esto associados elementos etnogrficos im-portantes da indumentria regional. Assim, quer o Tertlio masculino quer o feminino possui notas explicativas relati-vas s peas que maior significado possuem.

    Quanto cor do Tertlio, refere-se o facto de que o preto est intimamente associada ao movimento estudantil, enq uanto o bordado em volta do casaco e do colete servem de identificao desta Academia.

    SALINA II

    VIVEIRO

    As artes, aparelhos e palamenta do bem trajar

    O traje um suporte, um reviver de tradies, de usos e costumes Acadmicos e Aveirenses. Assim, no ser de estranhar que se tente fazer uma articulao entre estes dois pilares funda-mentais da (sobre) vivncia acadmica. O traje est assente numa base etnogrfica slida. Jun-tando elementos representativos de algumas das principais indumentrias regionais e aliando a estes um conforto e sentido prtico necessrios aos nossos dias, deu-se corpo ao que hoje se intitula de Tertlio. Parte das gentes que frequentam esta instituio, no sendo endmicos, tm de obrigatoriamente se integrar o melhor possvel numa regio que muitas vezes alheia s necessidades de cada um de ns. Uma boa articulao entre a academia e a cidade de Aveiro passa sem sombras de dvidas pelo conhecimento dos costumes da regio. Uma Faina que valorize esta faceta da sociedade que integramos, vem contribuir para um enriquecimento cultural e humano, de todos que desta perspectiva comungam, alm de posteriormente haver uma ligao forte e mais duradoira com esta cidade, depois das nossas Safras por aqui terem terminado. fundamental, por estes motivos, que a Faina possua um enquadramento regional forte e digno da riqueza etnogrfica desta regio.

    Figura 4 - O Moo dos Ramos envergando um gabo

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    Faina Acadmica

    O colete feminino possui corte arredondado (decote) e desenha um antigo efeito, hoje ape-nas observvel nos trajes usados por grupos folclricos da regio, criado pelos diversos fios de ouro quando pendurados ao peito das mulheres. O uso destes fios de ouro era vulgar sobretu-do nas mulheres de famlias mais abastadas. O colete, hoje, todo preto com uma risca verde escura a delinear o decote e tem dois botes em par com o smbolo da Universidade de Aveiro, antes da linha verde e mais quatro aps a linha. A parte de trs do colete feita de cetim preto e tem duas fitas pretas que comeam na parte de tecido e unem-se num n/lao.

    O cordo, era antigamente usado pelas varinas para prender as saias aquando do puxar de redes de arte xvega para terra.

    Os lenos, usados por grande parte das mulheres da regio, independentemente da sua clas-se social, pois estes apenas a reflectiam, eram usualmente de grandes dimenses e encontram--se hoje no Tertlio acadmico feminino numa forma mais reduzida, facilitando o seu uso.

    O lao de um tecido mais leve que o colete (no de cetim), no tem volume e do lado direito encontra-se bordado o smbolo que a todos nos une.

    O Gabo, este traje de uso comum podia ser usado como vestimenta de trabalho (castanho) ou como traje domingueiro, este ltimo de cor preta. de salientar a importncia que este tra-je teve na histria de Portugal, sendo mesmo responsvel pelo nome de um pas africano (Gabo). O gabo tanto se encontra no Tert-lio masculino como no feminino sem nenhum tipo de alterao. O comprimento deste quan-do envergado correctamente nos ombros deve ser aproximadamente a um palmo do cho, medido descalo.

    Amigos, a gravata fundamental! Esta cida-de sempre acarinhou e desenvolveu a indstria ligada a esse nosso e fiel amigo, O Bacalhau. Depois de exaustivos e prolongados estudos no Museu Martimo de lhavo (Aconselhamos desde j a sua visita.) sobre esta espcie, o seu modus vivendi, a sua captura, cura e salgao, criou-se ao terceiro dia a Gravata Bacalhoeira de Aveiro. Esta academia no traja com grava-ta, mas sim, presta a justa homenagem esp-cie em causa e aos homens que h sculos para a Terra Nova se dirigiram, erguendo grandes e valiosos esforos para a sua captura.

    Figura 5 - Trajes Regionais de Aveiro

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    Faina Acadmica

    O tecido desta negro, significando as tormentas por que passaram os avs desses homens que ainda hoje se dedicam a esta actividade. E, obviamente, ao nosso mui nobre e fiel amigo. Nela se encontra tambm bordado o smbolo que a todos nos une (na vertical e no meio da gravata).

    Uma pasta acadmica preta com um Cordo de pesca tingido de verde, que representa o mastro dos mui belos moliceiros. Como qualquer moliceiro s se encontrar completo para navegar quando possuir uma vela que s poder ser colocada no ano de finalista, pois s a se atinge o saber que permite abraar os canais do conhecimento.

    CALDEIROS

    No vamos menosprezar

    As outras peas que constituem o Tertlio acadmico so de indubitvel necessidade, no tendo um significado especial quanto ao enquadramento etnogrfico. So elas respectivamen-te; a camisa, a saia e cala, o casaco, os sapatos, as meias, os botes e o colete masculino.

    A irreverncia estudantil teve tambm o seu lugar, como no poderia deixar de ser. Assim, surgem outras peas como o soutien/corpete e as cuecas masculinas. A primeira, de grande importncia, revela uma medida de personalidade, ou parte dela, por parte de quem o utiliza, alm de perfumar e enaltecer a majestosa figura da Acadmica Donzela Aveirense. As cuecas / boxers devem ser brancas (imaculadas), com o smbolo da U.A. estampado em padro na cor verde (cor da academia), ou na cor preta. Devem ser relativamente laas, permitindo assim um bom arejamento da rea em questo. Alerta-se tambm, que o mau uso ou uso inadequado (apertadas) deste tipo de pea leva perda parcial e mesmo total de potncia. Os botes de ambos os Tertlios devem possuir o smbolo da Universidade de Aveiro.

    Em resumo, deve referir-se que:

    NO TERTLIO FEMININO:

    A camisa de algodo, branca sem botes no colarinho, com 3 botes em cada punho, 1 boto falso (i.e. sem casa) na parte detrs do colarinho e os botes so todos brancos;

    A saia preta, de l e trevira e de cintura alta, deve estar a cerca de trs dedos acima do joelho (deve ser comprovada esta medida sempre que possvel) com a racha (da saia) atrs (cerca de 6-7 cm.);

    O casaco preto, do mesmo tecido da saia e colete, sem botes no pulso. Tem quatro botes grandes com o smbolo da UA na parte da frente e um bolso de casa lado do casaco fechados e redondos. Em ambas as extremidades do mesmo h uma risca verde escura (no continua em baixo, termina no final em altura);

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    Faina Acadmica

    O colete feminino possui corte arredondado (decote), todo preto com uma risca verde escura a delinear o decote e tem dois botes em par com o smbolo da Univer-sidade de Aveiro, antes da linha verde e mais quatro aps a linha. A parte de trs do colete feita de cetim preto e tem duas fitas pretas que comeam na parte de tecido e unem-se num n/lao;

    O lao de um tecido mais leve que o colete (no de cetim), no tem volume e do lado direito encontra-se bordado o smbolo que a todos nos une;

    Os sapatos so todos pretos, com um salto de cunha, com um mnimo de 3 cm e um mximo 5 cm de altura, sem atacadores, sem fivelas e fechados (sapato clssico);

    As meias (de vidro, tipo collants) so de cor pretas.

    NO TERTLIO MASCULINO:

    A camisa tambm de algodo, branca, sem botes no colarinho, com um boto branco em cada punho;

    As calas so de l e trevira, pretas, com 4 pinas na parte da frente e duas de cada lado da braguilha. Tm um bolso aberto de cada lado das calas e um na parte de trs com boto. Para alm disso tm presilhas para colocao de cinto, tambm ele preto, dois botes para apertar, um tapado pelo tecido, outro que se v e tm dobra no final;

    O casaco preto com um bolso de cada lado, e um pequeno no lado esquerdo em cima. Por dentro, possui trs bolsos: um bolso de cada lado do casaco com boto a fechar (tipo o exterior da cala) e um mais pequeno do lado esquerdo localizado mais abaixo. Na parte de fora tem trs botes grandes com o smbolo da UA loca-lizados do lado direito e, como o casaco feminino, tem tambm uma risca verde escura em ambos os lados, que comea na lapela e termina em baixo, um pouco mais para dentro;

    O colete masculino preto, com 4 botes com o smbolo da UA (mais pequenos que os do casaco), a parte de trs de cetim preto, liso e tem duas fitas do mesmo tecido que partem da costura lateral do colete e se unem com uma fivela preta. Tem dois bolsos fechados de cada lado e duas riscas na vertical, em verde-escuro, que vo do princpio at ao fim do tecido a direito;

    A gravata de tecido preto e nela se encontra tambm bordado o smbolo que a todos nos une (na vertical e no meio da gravata); Os sapatos so todos pretos, sem fivelas e fechados (sapato clssico, nunca sapatilhas nem derivados), com atacadores pretos;

    As meias so de cor pretas.

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    Faina Acadmica

    A pasta acadmica que acompanha o Tertlio dever ser completamente preta tendo a meio um cordo de pesca tingido de verde que a abraa totalmente sendo unido na extremidade por uma aplicao com o smbolo da Universidade. O uso da pasta no obrigatrio. No entanto, no caso de transporte de acessrios Acadmicos (livros, calculadoras, etc.), o seu uso obri-gatrio quando trajado!

    A pasta ser complementada no ano de finalista com uma vela feita de lenol branco que obedecer ao formato de vela de moliceiro, no excedendo os limites da pasta. Esta vela en-contrar-se- presa ao cordo no interior da pasta e no dever ser visvel com a pasta fechada. Ateno!!! As velas utilizam-se na pasta e no nos sapatos!!!

    de referir que em caso de dvida quanto ao nmero de peas, seu corte, e mesmo quanto constituio do Tertlio, existe na A.A.U.Av. um exemplar deste que retirar todas as dvidas, mesmo aos mais salgados cpticos.

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    Faina Acadmica

    SALINA III

    Traje acadmico

    VIVEIRO

    Como bem trajar

    O Tertlio estar bem envergado quando todos os botes que o compem estiverem abo-toados, (excepo feita ao gabo), quando em p as calas estiverem a tocar nos sapatos, no se vendo as meias, no caso das raparigas, os sapatos devero ser de cunha e os seus saltos no ultrapassaro os 5 centmetros.

    A gravata/lao e os sapatos devem estar apertados.

    O gabo dever estar dobrado trs vezes da direi-ta para a esquerda, (o sentido do movimento para a pessoa) com o seu interior virado para fora (armas e emblemas vista), e pousado sobre o ombro esquerdo com o capuz para o lado das costas (e correctamente agasalhado dentro das dobras do gabo), poder tam-bm, estar pousado sobre ombros devidamente aper-tado junto ao pescoo (preso com um colchete preto).

    Quando trajado o gabo no poder ficar em casa, carro, etc. ... O gabo pessoal e intransmissvel! Este tem de permanecer imaculado (sem rasgos ou aten-tados sua dignidade), desde a sua aquisio at ao abandono desta Academia.

    Todo e qualquer desrespeito ao mesmo so punveis com presena em Caldeirada de Justia Suprema.

    No devem ser usados quaisquer adornos extra Tertlio, citando como exemplos, brincos e piercin-gs psicadlicos, maquilhagem susceptvel de causar Figura 6 - Foto de Pessoas Trajadascegueira (batons, sombras, etc. ), elsticos ou fitas para o cabelo fluorescentes, luvas, guarda--chuva, bengalas, pistolas, televises, patins, antenas, carteiras, cabeleiras, tacos, mscaras, quadros, capacetes, objectos contundentes, sendo tolerados e mesmo aconselhados, culos escuros (devido luminosidade muito prpria desta cidade), relgio para se poder respeitar o quarto de hora acadmico, garrafes, borrachas, leites, sacos de sal, mariscos diversos e por ltimo ovos-moles.

  • 29

    Faina Acadmica

    Figura 7 - Como se dobra o Gabo

    De forma a evitar que o colete do nosso Tertlio deixe de servir s belas raparigas que po-pulam a nossa Academia aconselhamos vivamente o porte de um ou mais preservativos, em nmero inferior vintena, a acompanhar o Tertlio. Entenda-se que, embora no estando definitivamente proibidos alguns adornos e adereos, apela-se aos mais vaidosos a sobriedade da simplicidade e descrio. Todas as formalidades relativas ao uso do Tertlio devero ser levadas em considerao, especialmente em questes relativas representao desta academia.

    de lembrar que existe uma relao directa entre o momento solene e o saber estar altura, tal como a famosa relao enguias-caldeirada. O senso comum dever ser consultado com urgncia em certos e determinados casos de (in)deciso.

    Caso subsistam dvidas aps este momento de solene reflexo, aconselhamos aos nossos ilustrssimos colegas do Salgado Acadmico Aveirense a consulta a membros mais experientes e conhecedores sobre o modo de uso do Magnfico Tertlio.

    O gabo dever ser dobrado trs vezes da direita para a esquerda, (o sentido do movimento para a pessoa) com o seu interior virado para fora (armas e emblemas vista), e pousado sobre o ombro esquerdo com o capuz para o lado das costas, este deve estar correctamente agasalha-do dentro das dobras do gabo (no deve estar visvel quando o gabo se encontrar dobrado). O gabo poder tambm estar pousado sobre ombros devidamente apertado junto ao pescoo.

  • 30

    Faina Acadmica

    ALGIBS

    Excepes

    CALDEIROS

    Lutos

    O mximo respeito deve ser reservado aos que por esta tragdia so atingidos, como sinal de luto um tecido negro dever cobrir as insgnias que se encontram na lapela, simbolizando desta forma o afastamento fsico da(s) pessoa(s) em causa. Outra razo, porque na dor todos os membros desta academia so iguais e solidrios.

    Todas as praxes sero suspensas, por razes bvias, em momentos de luto, representaes, homenagens pstumas e em momentos solenes e formais.

    tambm previsto que nenhum emblema ou pin poder ser visvel em circunstncia algu-ma durante o uso do Tertlio nestas condies. Assim, se a parte metlica de algum pin, ou linha de cosedura de um emblema estiver nestas condies dever ser retirado.

    O gabo, quando dobrado deve agasalhar o capuz e tapar os emblemas, sendo este enver-gado sobre o ombro direito. Esta ser a nica situao em que o gabo pode ser transportado sobre aquele ombro.

    CALDEIROS

    Ncleos, Tunas e outros Movimentos Associativos.

    Estes merecem uma ateno especial devido ao trabalho desenvolvido e por isso de algum modo deve ser reconhecido pelos colegas do Salgado Acadmico.

    permitido o uso de uma insgnia na lapela do casaco alm das respectivas identificaes do grau de desenvolvimento e maturao acadmica. Apenas os Mestres tero a possibilidade de usar mais que uma insgnia na lapela do casaco.

    Quando o traje de um grupo associativo o exigir, podero ser usadas peas extra traje, desde que previamente aprovadas em Caldeirada de Mestres. Salvaguarda-se Tuna Universitrio de Aveiro direito do uso do gabo do lado direito e os pins do lado esquerdo. Salvaguarda-se ainda o direito exclusivo da praxe aos elementos das tunas relativamente aos seus Lodos ou Lamas quando de actividades com elas relacionadas de forma a respeitar os cdigos de praxe internos de cada tuna, salvaguardando o respeito por este regulamento e a magna interveno da Salga-dssima Trindade. As insgnias dos Ncleos da A.A.U.Av. devem ser atribudas aos elementos que sejam considerados dignos de transportar tal insgnia, por servios prestados, ou por terem contribudo de forma inequvoca para o avolumar do prestgio e fama destes. Cabe direco dos ncleos esta responsabilidade.

  • 31

    Faina Acadmica

    CALDEIROS

    Cartas de marear

    Entende-se que dentro das nossas igualdades, todos somos diferentes. Visto isto, o MESTRE DO SALGADO pode, na sua sapincia, emitir uma carta de marear ao indivduo que necessite de uma excepo s regras de bem trajar por necessidade mdica.

    Esta iseno, que pessoal e intransmissvel, deve ser pedida por escrito ao C. S. e S. T., juntamente com documentos mdicos e oficiais que justifiquem a sua necessidade. Aps este pedido a S. T., nomeadamente o MESTRE DO SALGADO, aps reunio com o C. S. decidiro a maneira mais adequada dentro do esprito do bem trajar e, se ser ou no emitida a carta de marear temporria ou perenemente.

    Ser ento entregue ao indivduo um documento no formato A4 e uma cpia deste em for-mato A7 (passaporte) assinados pelo requerente e pelo dignssimo MESTRE DO SALGADO onde ser indicada a forma correcta de trajar adequada ao caso especfico, estando ento o requerente sempre que trajar obrigado a ter em seu poder o formato passaporte da carta de marear e resguardando o formato A4 para que na eventualidade de extravio do formato port-vel seja lesto o seu processo de re-emisso.

    Posteriormente sero anunciadas as cartas de marear emitidas entre cada CALDEIRADA DE MESTRES para conhecimento geral. Sempre que se verifique mau uso de uma carta de marear, faltosos os envolvidos tero como penalizao mxima uma caldeirada de justia su-prema e tudo o que da possa advir.

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    Faina Acadmica

    SALINA IV

    VIVEIRO

    Imposio e mrito de insgnias

    Se pensarem que esta salina se vai debruar em questes de disputas pelo poiso, elitismos ou cenas extraconjugais... esto enganados. Se desesperas, se procuras desenfreadamente a insgnia, como se estivesses em frente daquelas caixas azuis com quatro moedas na mo aps uma conversa frutfera... control(a-te). Se foste fazer um safari fotogrfico, e conseguiste caar o inalcanvel grifo trazendo-o, como trofu e exibindo-o no teu cinto de pele perante a aca-demia...ganha juzo.

    A insgnia no um prmio relativo tua pretensa superioridade mas sim um smbolo de dignidade e responsabilidade para com todos e, acima de tudo, para com a Academia. Ser portador de insgnia(s) o carregar de experincias adquiridas, de sapincia, de loucura, de participao acadmica, etc. ... Fica pois responsabilidade de cada um, envergar as insgnias que so justa e merecidamente conquistadas.

    A aquisio de insgnias a metro ou ao quilo constitui grave ofensa Faina Acadmica. Incorrendo a penalizaes a definir pelo Mestre do Salgado, Caldeirada de Mestres, ou por outras pessoas com poderes delegados pelos anteriores.

    ALGIBS

    O gabo

    As insgnias do gabo ficam sujeitas se-guinte ordem:

    Emblema de PortugalEmblema da Terra Natal / Cidade

    ResidenteEmblema da Universidade de AveiroEmblema da Cidade que nos AcolheEmblema da A.A.U.Av.No caso do uso de emblemas de N-

    cleos da Associao, estes devero ser colocados em sexto lugar.

  • 33

    Faina Acadmica

    Todas as insgnias tm que ser cosidas em linha preta na parte interior do gabo, do lado esquerdo, do meio para baixo e da direita para a esquerda.

    As insgnias obrigatrias sero colocadas duas a duas perfazendo as duas primeiras linhas. Nas restantes linhas as insgnias sero colocadas trs a trs, no havendo restries em termos de paridade (ser em nmero par ou mpar).

    ALGIBS

    Os ns

    Quando as Lamas e os Lodos chegam nossa academia, tal como est descrito na Salina in-trodutria, estes no tm direito a usar qualquer tipo de insgnia (nem Tertlio). Isto porque, e aps 175.200,3 horas de estudos estatsticos de destreza motriz e mental, no se conseguiu que estes executassem um simples e banal n de azelha. Alis, vrios incidentes se deram, tornan-do esta tarefa invivel e o consequente apelo razo de que se tentava o impossvel.

    Podero eventualmente, para no se sentirem marginalizados e no caso de terem a sorte de ser adquiridos por um Patro(oa), usarem uma atadura (n de azelha). Esta apenas pode ser oferecida pelos patres aps a abertura oficial, dada pelo Mestre do Salgado, da Dragagem do Salgado Acadmico.

    Aps a Semana do Enterro, sendo j Molio, aconselha-se, para os no cardacos e sensveis ao colesterol o uso do Tertlio Smbolo Mximo desta Academia. No entanto, todo o Tert-lio deve-se manter virgem e imaculado (sem embelemas ou insgnias), com o pin da nossa Universidade, na lapela esquerda, demonstrando assim o orgulho de ser membro da nossa Faina Acadmica.

    O Junco e a Cania tero como insgnia o n de Coxim Redondo de cor verde. Cor esta que simboliza, por um lado, a cor do Junco, por outro, representa a imaturidade ainda sentida pelo segundo-anista. Com o decorrer do ano, estes vo crescendo, precisando de fazer a barba mais vezes e colocando no lixo o clear stick.

    Chega o terceiro ano, estes tornam-se Moos(as) e j podem, assim, colocar ao lado do seu n verde inicial, um outro n. Com efeito, o Moo(a) tem agora a honra de ser possuidor(a) de dois ns de Coxim: o primeiro, de cor verde e o segundo de cor castanha.

    Este acumular no pra aqui. Na passagem destes para Marnoto ou Salineira, no quarto ano, este digno terceiro n, transforma-se em branco cru (smbolo da paz), enfatizando, mais uma vez, o sal ex-lbris da cidade - e ateno! A todos os que no defenderem as cores das suas insgnias: o algodo no engana!!!

  • 34

    Faina Acadmica

    Quando, por fim, se atinge o venervel estatuto de Mestre, coloca-se, por cima das entre-tanto alcanadas insgnias, uma fina rede de pesca verde. Rede esta que simboliza o momento de espera no Salgado Acadmico de Aveiro, o largar das amarras da Academia fica para mais tarde. A rede ir situar-se por inteiro na lapela do casado, seguindo os contornos da mesma, cosida nos trs vrtices desta com linha preta. O Mestre Acadmico, dedicado e exemplar, no possuindo Safras suficientes, guarda as Safras j conseguidas sob uma cobertura protectora contra as intempries.

    Falta, por ltimo, notar que estes ns devero estar na lapela direita do traje acadmico, colocados da direita para a esquerda e de baixo para cima, o n de azelha ir situar-se na extremidade inferior da lapela tendo acima os ns de coxim redondo par a par consoante o nmero de matrculas.

    Todos estes ns sero fixos com pequenos alfinetes.

    Demonstrando, assim, os anos de matrcula e as saudveis participaes nas Fainas Acadmi-cas. A lapela direita do traje fica assim reservada em exclusivo para as insgnias da faina acadmica.

    Aos que conseguem finalizar o curso d-se o direito de usar o magnificente Tertlio, para assim poderem recordar e suspirar de saudade pelos anos vividos na Universidade e no Sal-gado Acadmico. Assim obrigatrio acrescentar uma rede branca que ocupe a lapela direita do casaco. No caso de j se ter atingido o venervel estatuto de Mestre, esta ir sobrepor a rede verde identificativa desse mesmo estatuto. Aqueles que milagrosamente conseguem finalizar o seu curso sem atingir o estatuto de mestre, devero colocar apenas uma rede branca.

    Figura 9 - Ns utilizados

    Executa-se como se fosse uma Laada dada no seio dum cabo.

    Obtm-se planificando as Pinhas de Anel. As suas caractersticas so portanto as das Pinhas de Anel de que derivam (ver Arte de Marinheiro, Cap. X). Consideramos um Pinha de Anel; depois de planificada, esta Pinha apresentar o aspecto esquerda; todavia os Coxins so normalmente cobertos a 2, 3 ou mesmo mais, a fim de se obter maior consistncia e melhor efeito decorativo.

    O Coxim representado esquerda pode cobrir-se por exemplo a 2, seguindo o chicote b paralelamente ao cordo que tem incio no chicote a (seta S da figura esquerda). Assim se chegar Figura na pgina seguinte.

  • 35

    Faina Acadmica

    Figura 10 - Disposio dos Ns na Lapela do Casaco

    O N de Azelha dever ser colocado em primeiro lugar verticalmente na parte inferior da lapela direita.

    Em suma:CURSOS (Licenciaturas, Mestrados Integrados e Mestrados Opcionais)

    Molios e Molias: N de Azelha, cor de curso - 1 matrcula (aps a abertura oficial, dada pelo Mestre do Salgado, da Dragagem do Salgado Acadmico)

    Juncos e Canias: N de Coxim Redondo, verde - 2matrcula

    Moos e Moas: N de Coxim Redondo, castanho - 3matrcula

    Marnotos / Salineiras: N de Coxim Redondo, branco cru - 4matrcula (No caso da ESAN e da ESTGA o n branco colocado na 3 matrcula)

    Mestres: Rede de pescador a sobrepor todas as insgnias, de cor verde a partir da 5 matrcula. (No caso da ESAN e da ESTGA na 4 matrcula)

    Em tudo isto necessrio no esquecer que todas estas insgnias, cujas pontas tero 1,5 centmetros, sero falcaadas e unidas com linha da cor do n quando o respectivo ano estiver concludo na sua totalidade. Todos os ns so acumulados e dispostos no Tertlio em confor-midade com o descrito e demonstrado na Figura 10.

    SOBRE CABECEIRAS

    Os nossos Cursos... os nossos Ncleos...

    E porque nem s de po vive o Homem, tambm no Salgado de Aveiro, as actividades extra-curriculares imperam. Assim, e para que estas sejam justamente reconhecidas, torna-se neces-srio contemplar os Ncleos da A.A.U.Av.

    As insgnias respeitantes aos ncleos tero de ser aprovadas em Caldeirada de Mestres e a respectiva imposio dever ser feita na Cerimnia anual de imposio de insgnias, Serenata a Santa Joana Princesa, a ttulo simblico, e a transmisso dentro dos corpos gerentes dos n-cleos estar a cargo do responsvel pelo mesmo.

  • 36

    Faina Acadmica

    SALINA V

    VIVEIRO

    Linhas e Anzis de bem praxar

    Feita que est a hierarquia entre os membros desta laboriosa academia, necessrio estabe-lecer linhas mestras e directrizes que assegurem um ambiente de cordialidade, de s convivn-cia e, acima de tudo, respeito sim, porque o respeitinho muito lindo e indispensvel para o sucesso das inmeras tertlias, bomias e fainas. Cabe aos mais velhos ensinar e orientar os mais verdes e Moos nas difceis artes e manhas da Faina. Cumpre aos mais verdes e Mo-os demonstrar gratido e respeito aos mais velhos e com especial reverncia ao Mestre do Salgado e Mestres, por tais ensinamentos e atenes de que so objecto. s Lamas e Lodos recm-chegados, desejam-se ricos em nutrientes, cheios de potencialidades e isentos de maus cheiros, espera-se que causem o menor incmodo enquanto aguardam pacientemente a sua transformao de elementos dos recintos acadmicos em membros desta academia. Seguindo esta linha de pensamento, necessrio encaminhar os Lodos e Lamas recm-chegados e se-dentos de conhecimento.

    ALGIBS

    Quem pode praxar no Salgado Acadmico de Aveiro

    Na ria e no mar, s os profissionais habilitados e experientes, ou os armadores autorizados, se podem entregar s artes e ofcios da pesca e da navegao, incorrendo em grandes penaliza-es se o fizerem sem as devidas licenas.

    No Salgado Acadmico de Aveiro, as artes & prazeres de praxar Lodos e Lamas, ou outros, esto apenas abertas aos membros mais velhos que Moos. Porqu?... Este trabalho, ao con-trrio do que se pensa, exige muito saber, experincia e muita, muita criatividade... Caros, conseguem imaginar Molios, Juncos e Canias com tais capacidades?

    A TRADIO TEM REGRAS:

    Para exercerem o direito de Faina obrigatrio que se constitua uma tertlia, ou seja, pelo menos 5 elementos Moos(as) ou de hierarquia superior.

    ExCEPO DE FAINA:

    Os Juncos ou as Canias s podem praxar se fizerem parte da Comisso de Faina (C. F.). Estes s podero fazer parte da C. F. caso os lugares no forem ocupados por elementos com maior permanncia no Salgado Aveirense.

  • 37

    Faina Acadmica

    Os restantes s podero exercer direitos de Faina se estiverem reunidas todas as seguintes condies:

    Estiver a decorrer uma Faina organizada pela Comisso de Faina do seu curso.

    Cada Junco ou Cania pode apenas praxar um quinto (1/5) de lodo ou lama.

    Cada grupo de cinco (5) Juncos e/ou Canias s podero praxar um lodo ou lama indicado pela Comisso de Faina.

    Se a maioria do grupo for Juncos s podero praxar um lodo, e se a maioria for Cani-as s podero praxar uma lama.

    A Faina s pode decorrer na presena e com a autorizao da Comisso de Faina.

    Os outros Juncos e Canias s podero exercer este direito se a Comisso de Faina autorizar pois a mesma ser responsavel pelos actos dos Juncos ou Canias.

    CALDEIROS

    Direitos e deveres dos Patres e Patroas

    Vista do cu a nossa ria uma manta de retalhos unidos por esteiros e canais. Estes, sob a forma de salinas, ilhas, ilhus ou arrozais, foram e so propriedade privada muito desejada pelas gentes locais, pois so bem conhecidas as suas qualidades para a agricultura, piscicultura, salinicultura e produo pecuria.

    No SALGADO ACADMICO os ilustres membros mais velhos do que Moo(a), podem tambm desfrutar do direito de possurem uma poro de terra, leia-se Lodo e Lama, passan-do a acumular o ttulo de Patro ou Patroa de um recm-chegado academia.

    DIREITOS DOS PATRES E PATROAS:

    Os Patres ou Patroas tm direito a ter um nmero de Lodos ou Lamas, por ano, igual ao nmero de matrculas.

    Esses Lodos ou Lamas no se podem recusar a ser praxados mas, no entanto, o seu patro / patroa, estando presente, poder noautorizar a Faina.

    Tm direito Indemnizao Acadmica, quando os seus Lodos e Lamas sejam praxa-dos por outros sem a devida autorizao ou convite.

    DEVERES DOS PATRES E PATROAS:

    Impedir, caso assim o entenda, que qualquer pessoa praxe, polua, roube, coma, exporte, expluda, faa cosmticos com os Lodos e Lamas entregues sua responsabilidade.

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    Faina Acadmica

    No caso de abuso de Faina de outrm nos seus Lodos e Lamas, ter que cobrar a indemnizao acadmica ao abusador.

    Esta indemnizao estipulada caso a caso, pelo Patro ou Patroa, e em casos mais graves pelo Mestre do Salgado Acadmico devidamente acompanhado pelos MES-TRES PESCADOR e ESCRIVO ou CALDEIRADA DE MESTRES.

    Instruir, recuperar, tratar, reciclar e orientar os Lodos e Lamas para a vida acadmica.

    Qualquer Patro ou Patroa at ao nvel hierrquico de Marnoto ou Salineira perde o seu direito de proteco perante o nvel hierrquico de Mestre.

    Entendemos que o papel (higinico) dos Patres e das Patroas vital para a integrao dos Lodos e Lamas, bem como para a descoberta do novo meio em que se encontram. A fim de incentivar e favorecer esta funo e responsabilidade dos Patres, interdito qualquer lao de parentesco prvio entre estes e os Aluvies.

    A TRADIO TEM REGRAS:

    Porque temos orgulho de ter uma tradio nica e fundada na regio e hbitos de Aveiro, temos que proteger a nossa individualidade. Todos os que insistirem em apelidar os aluvi-es de caloiros, os patres ou patroas por padrinho ou madrinha, assim como falharem na designao correcta da hierarquia podero ser alvos na hora de Justia Sumria Acadmica aplicada pelo Conselho do Salgado ou Salgadssima Trindade.

    SOBRE CABECEIRAS

    Ferramentas e materiais utilizados para praxar Lodos e Lamas

    No se pode dizer que todos os Lodos e Lamas sejam iguais, tudo depende do grau de dissoluo dos detritos na gua e como se sabe a gua fonte da vida. As Lamas e Lodos contribuem com sais minerais indispensveis e so ainda incubadoras e habitat de inmeras espcies aquticas.

    , pois, de extrema importncia que os materiais e equipamentos utilizados para praxar os Lodos e Lamas respeitem as normas comunitrias de defesa e conservao do meio ambiente.

    Os aptos, no fim de cada jorna devero assegurar a recolha e reciclagem dos desperdcios de tais fainas e tertlias.

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    Faina Acadmica

    Ficam, pois, interditos os seguintes materiais ou equipamentos: berbequins elctricos, moto-serras, bombas atmicas, ovos podres, efluentes domsticos e industriais, martelos pneumticos, graxas de sapatos, caas-bombardeiros e finalmente Fornos de Algodres. Recomendam-se misturadores, pssegos nas suas mais variadas formas, tamanhos e feitios (sem caroo), repastos em alegre convvio, ultraleves, moliceiros, leito Bairrada, espeta-das, ovos-moles, po quente e... acima de tudo muita criatividade. Deve todo o material ser concebido exclusivamente para uso em humanos ou animais.

    Em todas estas cerimnias ser de bom-tom no esquecer o enquadramento do cenrio em questo, o qual no se deve menosprezar e para isto recordemos o material necessrio: bandeiras da Universidade,

    da Cidade, do Distrito, de Portugal, da Pennsula Ibrica, no esquecendo as bandeiras da Europa (de preferncia comunitria), de frica (ateno ao passado), de Marrocos (nossos vizinhos), da Austrlia, do Brasil (n...) e, finalmente, de Cales de Baixo (esta de uma maneira especial). Na parte logstica no convm esquecer a necessidade da existncia de amplificao sonora, com cerca de 5.000W distribudos pelos 7 canais da Ria, bebidas fres-cas com cubos de gelo triturados em forma de poliedros em p e bases para copos recortadas simetricamente em relao a um espelho partido (nada de azar). E para que nada falte, nada melhor do que uma boa cadeira de realizador em fibra sinttica (sim porque h que proteger as espcies...) com dois ps, para o teste final do equilbrio.

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    Faina Acadmica

    SALINA VI

    VIVEIRO

    O Outono...

    Nesta salina fala-se resumidamente das cerimnias, rituais e festas que marcam e celebram a vida acadmica. As maiores festividades ocorrem por alturas do incio do Outono, [recepo ao Aluvio], e no incio da Primavera com o Enterro do Ano.

    ALGIBS

    Calendrios, ampulhetas, margrafos e afins da safra anual...

    Tal como as mars, toda a vida acadmica se subordina aos caprichos do tempo, do Sol e da Lua, que de equincio a solstcio ou de quarto em quarto - no isso seus maliciosos(as) - moldam a natureza do Homem e da Mulher, no nascer, no crescer, no amar, no reproduzir e no morrer. Do equincio de Outono ao equincio da Primavera esta lagunar academia est sujeita a um fenmeno que j ocorria no Antigo Egipto. Eram as cheias do rio Nilo que nas suas passagens depositavam ao longo das suas margens Lamas & Lodos. Ficou este material rico em matria orgnica conhecido por aluvio. Os antigos egpcios recebiam estes aluvies num misto de alegria e receio. Para minimizar os males associados a este fenmeno os Faras ordenaram a construo de um complexo sistema de engenharia hidrulica, que permitiu a este povo receber das cheias os seus benefcios. As gentes que habitam ao longo da bacia hi-drogrfica do Baixo Vouga e respectivo sistema lagunar, a Ria de Aveiro, a exemplo daquela civilizao, aprenderam a tirar o melhor partido dos Lodos e das Lamas da nossa Ria. com estes materiais que se recompe e se prepara anualmente as Salinas para cada Safra. tambm nestes mesmos materiais que todos os anos nasce e se desenvolve o precioso Molio fertili-zante natural utilizado na agricultura da regio.

    Com a mesma preocupao e o mesmo saber, esta academia prepara-se, por altura do equi-ncio de Outono, para a recepo dos novos Aluvies (matria-prima indispensvel regene-rao acadmica), este momento festejado, entre Roncadas, Bailes e Dragagens das Lamas e Lodos, com rituais diversos de alegria e satisfao. Nestes festejos, as Lamas e os Lodos so encaminhados atravs dos Esteiros e Canais da regio e depositados nas Salinas, nas Ilhas, nos Arrozais, nos Departamentos, na E.S.S.U.A., E.S.T.G.A., Aveiro Norte, etc. ... Conforme as suas procedncias, composies e seleco superior prvia. Infelizmente, este um processo moroso, pois esta matria desloca-se e repousa ao sabor das mars e dos humores do clima, entupindo e aoriando os Canais, os Esteiros, as cantinas, o C.U.A., o B.A. (ahhh, que sau-dades!!!!).... A navegao pela academia torna-se um teste pacincia e resistncia de todos.

    Contrariar esta movimentao desordenada, dentro do esprito da Faina Acadmica, uma das competncias e obrigaes de todo o Moo(a) ou membro mais velho desta academia.

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    Faina Acadmica

    Na Primavera renova-se o ciclo da vida. Acabam as longas chuvas e intempries. tempo de renovar e de amar. tempo de preparar as Salinas para nova Safra e das embarcaes sarem do defeso para pintarem a ria com os reflexos coloridos das suas velas, proas e popas. As gentes da regio, e no s, celebram e do as boas vindas a esta estao numa das mais antigas feiras de Portugal a Feira de Maro. Laboriosos, os Marnotos procedem limpeza das Salinas, isto , escoam as guas retidas na Comedoria e no Mandamento, removem as Lamas e Lodos entretanto depositados e reparam com estes os estragos, provocados pelas estaes anteriores, dos Muros de Defesa e Separao, Traves, Carreiras e Carreirinhas, Malhadal, etc. ... Aps esta preparao, procedem entrada de gua pela primeira vez na salina, ou seja, d-se a Rega do Mandamento. Iniciam ento a Cura, designao para o complexo conjunto de ope-raes necessrias obteno do Sal e o trabalho da Feitura, ou seja, fazer os montes de Sal que durante o Vero enchem de beleza as salinas ao redor de Aveiro. Findo o Vero cobrem--se os montes com palha e redes para proteger o Sal da chuva e do vento e alaga-se a salina submergindo-a inteiramente. Ficando a mesma pronta para novo aluvio.

    Toda esta actividade contagia e agita a Academia que acorda e recupera das tormentas e ma-zelas do final do primeiro semestre. Opera-se um verdadeiro milagre e d-se uma exploso de vida... nocturna. Tal como no Salgado de Aveiro, intensifica-se o tratamento s Lamas e Lodos, pois muita desta matria encontra-se em estado de putrefaco, provocada pelas descargas ilegais de algumas pautas poluidoras. Do Mestre do Salgado at ao mais Moo(a), entre os Juncos e Canias estticos e observadores, todos aplicam o saber em tertlias e fainas das mais intensas enquanto houver luz natural, desaguando num ambiente de bomia. Isto para salvar e colher o que h de melhor das Lamas e dos Lodos.

    Agradecidos, estes materiais orgnicos metamorfoseiam-se em Molio. O Molio Acadmi-co o estgio embrionrio dos novos membros desta academia. As sucessivas manifestaes de alegria e gratido por tal ddiva culminam na maior celebrao desta academia, o Enterro do Ano, uma semana de festa acadmica rija e pura na cidade de Aveiro, que mobiliza e sacode os estudantes e os amantes da farra num frenesim alucinante, entre actividades culturais, des-portivas e muuuuiiiito recreativas... Em pequenos grupos ou atravs dos magnficos ncleos da Associao Acadmica da Universidade de Aveiro, com a coordenao da C.O.S.E. (Comisso Organizadora da Semana do Enterro), todos membros desta salutar bomia, tm o sagrado dever de colaborar e participar, pois esta uma das semanas acadmicas que incorpora grande percentagem de matria-prima e de mo-de-obra local, nacional e mesmo internacional.

    De faina em tertlia, de espectculo em exposio, de baile em prova desportiva, de be-bedeira em directa, de noite no dormida e dia em ressaca, os membros desta academia & farristas associados, cumprem religiosamente o destino de todo o bomio. O Enterro do Ano a referncia mxima dos calendrios da Safra Anual e da Faina Acadmica e, por isso, mar-cado por rituais e acontecimentos de elevado significado, so eles:

    A Serenata RiaO Sarau AcadmicoRoncada do EnterroVelrioJantar de curso, Cortejo e Baile do EnterroBaile de Gala

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    Faina Acadmica

    Passada que est a Semana do Enterro e at finais de Setembro, tal como nas marinhas do Salgado de Aveiro inicia-se a Cura. A Cura Acadmica o nome dado a um conjunto de operaes que visam o almejado Sal Acadmico. Este composto constitudo por pores de conhecimentos e saber condensados em cristais que, quando analisados a microscpio, apre-sentam a estranha forma de cadeiras e cadeires. A primeira operao da Cura Acadmica a Recupera. Recupera-se das bebedeiras e ressacas, recuperam das feridas aqueles (as) que levaram com os ps e recuperam-se as contas bancrias - inocentes vtimas sacrificadas nas ce-rimnias e rituais do enterro. do cuidado e empenho dedicados a esta operao que depende o sucesso da safra do ano.

    Segue-se a Marra, quando o estudante introduz desesperadamente nos seus neurnios, em lentas e demoradas cabeadas s sebentas e calhamaos, as matrias e conhecimentos necess-rios obteno das pequenas quantidades de Sal Acadmico, na forma de unidades de crdito. Este sal forma-se pelo processo de transpirao do estudante. Assim como nas salinas, o mau tempo inesperado estraga a colheita sendo necessrio proceder a vrios trabalhos para evitar mais perdasna Safra.

    No Salgado Acadmico, para contrariar os maus humores do clima docente, o estudante por vezes tem que recorrer Directa, para no ser vtima de perdas irreparveis. Atravs desta operao tenta fazer em dois ou trs dias o que deveria ter feito durante 300. Durante a directa no se dorme, come-se mal e os mais aplicados tornam-se invisveis.

    Terminada a Cura Acadmica, o resultado desta rdua labuta encontra-se espalhado, na forma de pequenos montes ou notas, por diversas pautas do Salgado Acadmico de Aveiro, inicia-se ento o trabalho de Feitura. Este servio consiste em reunir num nico monte, gran-de e puro, ou outros mais pequenos, o resultado da Safra anual. So as diversas Safras Anuais que compem a Grande Faina Acadmica e so necessrias algumas para se conseguir o Ca-nudo. Infelizmente, nem sempre tudo corre bem e nas ltimas Safras um conhecido fenmeno vem crescendo desmesuradamente. Como todos sabem, por vezes, julga-se ir buscar um bom monte de Sal Acadmico e no lugar deste encontramos um monte de chumbo. Durante muitos anos atribuiu-se isso s brincadeiras de quem se divertia s custas do estudante, deixando-o penar sob o sol intenso, carregando aquilo que este julgava ser Sal Acadmico.

    Os trabalhos da Cura e da Feitura no Salgado Acadmico de Aveiro repetem-se jorna a jorna. Parte do tempo livre do Marnoto gasto a tratar da embarcao que lhe serve de transporte entre a Salina e a sua casa, aparelha-a, escoa-a, baldeia-a e se h infiltraes pe-na a seco e calafeta-a.

    O aluno desta academia tambm gasta muito do seu pouco tempo livre a Calafetar, nome dado operao que feita quando em algumas cadeiras este meteu gua. O estudante tenta tapar as fendas, as faltas dadas e as falhas, enchendo-as com maos de folhas A4 freneticamen-te manuscritas ou marteladas num computador, misturadas com uma pasta hmida, pega-nhenta e viscosa, similar ao Breu, chamada choradinho ou coro.

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    Faina Acadmica

    Fica assim concluda a descrio do calendrio de uma Safra Acadmica Anual, onde se teve o cuidado de enumerar e definir os factos e gravatas marcantes da vida dos membros deste Salgado Acadmico de Aveiro, durante o perodo (no, no esse...) de um ano.

    CALDEIROS

    Fainas e tertlias marcantes da recepo.

    SOBRE CABECEIRAS

    Cerimnia de imposio de insgnias - Serenata Santa Joana Princesa

    Chega a hora da imposio de insgnias, esta deveras importante para todo o ciclo em que este Salgado Acadmico de Aveiro se enquadra. Sendo convidadas para a entrega das mesmas, pessoas relacionadas com as actividades piscatrias e salineiras da cidade de Aveiro. A entrega de insgnias dever ser feita de um modo simblico, a cada representante de curso (e ano) e outras pessoas que se distinguiram na Faina Acadmica.

    No que diz respeito aos coxins redondos e n de azelha estes devem ser falcassados e unidos com linha da cor do n, o que impede tambm o seu desfiamento. Esta tarefa s pode ser rea-lizada quando o ano a que diz respeito o n esteja finalizado, condutas que visem o desrespeito pelas mesma, isto , quando o nmero de chicotes unidos no coincidirem com o nmero de anos finalizados haver punio em CALDEIRADA DE MESTRES.

    QUADRO RESUMO:

    Figura 11 - Quadro Resumo da Safra Acadmica Anual

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    Faina Acadmica

    SOBRE CABECEIRAS

    Baile do Aluvio

    um lamaal que faz bem pele.

    SOBRE CABECEIRAS

    Dragagem do Salgado Acadmico

    Nome dado aos trabalhos efectuados por todos os membros mais velhos que moos(as) que desejem ser patres ou patroas, isto , retirar lamas ou lodos dos canais, esteiros, B.A., etc., e tornarem-se responsveis por estes. A Dragagem s iniciada aps abertura formalizada pelo Mestre do Salgado. Esta abertura efectua-se quando, simbolicamente Aquele toma um lodo ou uma lama sob sua proteco directa, impondo-lhes uma atadura (n de azelha), da cor do respectivo curso que ostentar aps adquirir o direito a trajar.

    SOBRE CABECEIRAS

    Grande Aluvio

    Cabe ento ao Conselho do Salgado organizar o Grande Aluvio.

    CALDEIROS

    Loucuras de um Enterro

    SOBRE CABECEIRAS

    Roncadas

    Esta uma das propostas desta faina acadmica. Quando os pescadores eram surpreendidos por nevoeiros em plena faina piscatria, a nica esperana destes, de regressar em segurana a terra, era ouvirem a ronca da Barra, os bzios de quem ficou em terra, ou ainda os sinos das Igrejas. Atendendo a que as lamas e os lodos so materiais perdidos e confundidos no salgado acadmico prope-se este jogo/ festa/ homenagem aos homens do mar. Cada curso ensina os seus aluvies a reconhecer a roncada de chamada desse curso. A roncada composta por toques de bzios, chifres, trompas, etc., todas preparadas para produzir rudos sem recorrer a palhetas. Podem ainda utilizar sinos ou sinetas. Depois, em dia ou noite pr-estipulada haver um confronto inter-cursos de todos os estabelecimentos, onde se premiar a roncada com as lamas e lodos mais rpidos a encontr-la. Note-se que todos os cursos roncam ao mesmo tempo e que cada roncada ser colocada em local sorteado momentos antes do incio do jogo. Todos os lodos e lamas participantes sero mantidos em local isolado e em absoluto estado natural, isto , ignorncia. Podero ser atribudos prmios s roncadas mais originais, ursos com lamas e lodos mais bem decorados, etc.

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    Faina Acadmica

    SOBRE CABECEIRAS

    A Grande Caldeirada de Mestres

    Entre os Mestres sero eleitos anualmente trs, para assegurarem a organizao das Gran-des Caldeiradas ordinrias ou extraordinrias de Mestres. Compete a estes aplicar a Justia Suprema Acadmica, presidir a cerimnias, rituais, bebensais, comensais e outros ais aca-dmicos e da Faina. A eleio destes realizada na Grande Caldeirada de Mestres antes da Semana do Enterro do Ano, sendo a tomada de posse na Serenata Ria.

    TALHOS

    Da candidatura aos cargos da faina na Grande Caldeirada de Mestres

    CARGOS DA FAINA:

    Salgadssima TrindadeMestre do SalgadoMestre PescadorMestre Escrivo

    Conselho do Salgado

    A apresentao da candidatura aos cargos da Faina dever ser feita por escrito e entregue mesa. Podem candidatar-se aos cargos da SALGADSSIMA TRINDADE, todos os Mestres com pelo menos cinco matrculas e para o CONSELHO DO SALGADO todos os Mestres. Salvaguarda-se que para o caso dos CONSELHEIROS DO SALGADO podem ser eleitos no Mestres, devendo no entanto ter hierarquia igual ou superior a moo, desde que propostos por um Mestre (este ltimo poder apenas propor um no Mestre). Podero ser propostos elementos que data da eleio tenham ainda duas matrculas desde que alcancem a terceira matrcula na data da Serenata Santa Joana e que estes no sejam num nmero superior a um tero do nmero de membros do CONSELHO DO SALGADO.

    Cada Mestre que tenha pelo menos cinco matrculas poder candidatar-se a um mximo de dois cargos, e caso seja eleito para ambos ficar obrigado a aceitar o de hierarquia superior. A eleio dos CONSELHEIROS DO SALGADO dever ser efectuada a seguir da SALGA-DSSIMA TRINDADE e cada Mestre ter direito a sufragar trs nomes. Os treze elementos mais votados constituiro o CONSELHO DO SALGADO. Em caso de empate em qualquer das votaes haver nova votao com os nomes em questo.

    QUEM NUNCA PODER CANDIDATAR-SE A CARGOS DA FAINA:Quem tenha sido sujeito a Caldeirada de Justia Suprema e dela no tenha sado ilibado.

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    Faina Acadmica

    SOBRE CABECEIRAS

    Tomada de Posse da Salgadssima Trindade e Conselho do Salgado - Serenata Ria

    Espectculo nico, com um palco nocturno deslumbrante, frente ao Canal Central, no co-rao da cidade de Aveiro. Tempo de escutar e sentir a Msica Tradicional Portuguesa, tempo de parar e respeitar as sensaes que da emanam.

    SOBRE CABECEIRAS

    Sarau Acadmico

    Palavras para qu?

    SOBRE CABECEIRAS

    Desfile do Enterro

    Tudo comea nos Jantares de Curso. O convvio e a boa disposio aliam-se para uma das noites mais agitadas da Semana do Enterro. A seguir, um nico destino - O Cortejo do Enter-ro - em que os estudantes desfilam pela cidade, sua hospedeira. O cortejo serpenteia na urbe deixando um rasto misto de alegria e resplendor que culmina no famoso Baile do Enterro.

    TALHOS

    Historial do Desfile do Enterro

    Faz parte da nossa Histria! Se existe Semana do Enterro porque antes surgiu o desfile, como j foi dito foi ele que levou os estudantes desta Universidade a realizarem uma semana em que se fazia algo de diferente. E isso faz com que sejamos diferentes, no copimos nada de ningum, aquilo que temos faz parte de ns, faz parte da nossa Histria, a nossa Histria.

    Tudo comeou quando no ano de 78 os rapazes da residncia n1, situada na rua Mrio Sacramento, resolveram tirar os lenis da cama e sair para a rua noite mascarados de fan-tasmas para fazer uma serenata s donzelas da residncia feminina situada na mesma rua. A brincadeira durou at altas horas da madrugada, da surgiu a ideia de alargar o desfile a outras zonas da cidade. No dia seguinte, para mais uma noite de brincadeira, voltaram a descer cidade envoltos nos lenis; mas desta vez a brincadeira acabou mal e o desfile terminou na es-quadra da P.S.P. Foi no ano seguinte que a brincadeira se repetiu, mas desta vez com um morto, um caloiro franzino e bem regado que depois de colocado dentro de um caixo desfilou pelas ruas da cidade enquanto as carpideiras choravam e todos empunhavam velas. Surgindo deste modo o Enterro do Ano.

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    Faina Acadmica

    Decorria o ano de 1997, quando a COSE (Comisso Organizadora da Semana do Enterro), decidiu ressuscitar o GOD (Gabinete Organizador do Desfile) Da recolha de algumas tradi-es, por parte do GOD, surgiram as prximas linhas. Respeitando estas palavras, e as origens do nosso desfile, ele realizar-se- sempre na Quinta-feira da semana acadmica, noite e a seguir aos jantares de curso.

    Abrir o desfile um grupo de alunos da nossa Academia, que habitem na Residncia uni-versitria n1, ou que por l tenham passado. Estes elementos devem ir envoltos em mantas que antes cobriam as camas da dita residncia. Segue este grupo um caixo recheado por um Lodo originrio da n 1, eleito pelos elementos da mesma residncia, pelas suas capacidades invulgares; sabe-se l quais... Atrs do Caixo vai quem sempre o segue, s que neste caso em nmero maior, leia-se as Vivas - Meninas moas donzelas da residncia feminina, que vestem de preto, empunham uma vela e choram, choram, choram... Seguem de perto todos os cursos da U.A., dispostos; respeitando tudo o que j foi dito e mais ainda o que se segue.

    TALHOSRegras do Desfile do Enterro

    TRAADO DO DESFILE:O desfile ter o seu inicio s 22:00h junto residncia n 1, respeitando assim a tradio

    existente.O percurso ser:

    Rua Mrio SacramentoRua S. SebastioRua Ea de QueirsRua Combatentes da Grande GuerraPraa Humberto Delgado (Pontes)Avenida Loureno Peixinho

    DISCURSO:

    Recuperando uma tradio quase perdida cada curso no final do seu desfile far um discur-so de cariz crtico e onde apresentar o seu tema.

    Cada curso tem obrigao de at ao dia primeiro da Semana do Enterro, entregar ao GOD uma cpia do referido discurso, bem como o nome do orador.

    ORDENAO:

    O curso a encabear o desfile ser sempre aquele que no ano anterior obtiver o primeiro lugar, seguido do segundo e terceiro lugares.

    Em seguida vir o curso classificado no ano anterior como o curso mais acadmico.Os restantes cursos sero ordenados por ordem de antiguidade na Universidade de Aveiro.Em caso de igualdade em questo de antiguidade, respeitar-se- a ordem alfabtica.

    TEMA:

    Todos os cursos escolhero um tema que inspirar o seu carro e os seus trajes. Esse tema deve ser comunicado ao GOD em data estabelecida para o mesmo.

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    Faina Acadmica

    ORGANIzAO DO CURSO:

    Abrir o desfile de cada curso o respectivo carro, caso exista. Deve haver uma identificao clara do curso.

    Seguir-se-o os aluvies que se faro acompanhar, obrigatoriamente de uma vela acesa. Vela essa que simboliza o Enterro do Ano, que para eles significa a ascenso na vida acadmica perante a Faina.

    Seguem-se os juncos e as canias, moos e moas, os marnotos e as salineiras, e por fim os mestres.Os alunos em fim de curso, ou seja, arrais, varinas e alguns mestres, desfilaro envoltos em

    lenis brancos, simbolizando por um lado o culminar dos conhecimentos adquiridos, por outro a saudade e a despedida da academia, com a convico que nunca esquecero aquilo que um dia j cantaram: Aveiro nosso, Aveiro nosso e h-de ser, Aveiro nosso e vai vencer.

    Seguindo esta filosofia de pensamento, recomendam-se os cursos a convidar os seus antigos alunos para que faam parte integrante do desfile, no entanto, para isso devero ter vestido o Ga-bo do Tertlio. Aos antigos alunos permitida a livre circulao dentro do desfile do seu curso.

    AVALIAO E CLASSIFICAO:

    A classificao no desfile do enterro do ano atribuda por um jri soberano, jri esse que formado por ilustres da Academia e da cidade Aveirense a convite do G. O. D.

    Os parmetros de avaliao a tomar em considerao pelo jri sero estabelecidos pelo GOD e encontram-se referidos em canal anexo contendo tambm as alteraes que possam ser feitas a estas regras desde que aprovadas pela Salgadssima Trindade.

    PRMIOS

    O GOD atribuir um prmio ao curso mais acadmico; tendo para isso presente o contacto que manteve com todos os cursos, quer durante a construo dos carros, quer durante o desfile.

    Haver uma rplica maior que estar em exposio na academia, onde ser gravado o curso vencedor de cada ano.

    Ser atribudo um prmio para o melhor discurso.

    A TRADIO TEM REGRAS:

    O lenol deve ser usado por todos os alunos que tenham finalizado com sucesso o seu per-curso na academia e decidam abandon-la. Dentro deste esprito, obrigam-se a quando vol-tarem a envergar o tertlio, usem pelo menos durante um ano curricular a rede branca por cima das insgnias, ficando durante esse tempo limitados a apenas observar os actos de Faina.

    SOBRE CABECEIRAS

    Baile de gala

    Quando j se crescido e o Tertlio no to largo finaliza-se a Faina Acadmica neste Baile, as recordaes continuam...

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    Faina Acadmica

    SALINA VII

    VIVEIRO

    Excepes e penalizaes que fazem as regras

    Hoje a Sociedade vive e cultiva a opo individual. Opes que sendo positivas ou negativas condicionam e orientam cada um neste seu navegar. , pois, importante que seja dado o espa-o devido a quem, por qualquer razo, no concordar ou no quiser aderir ou sujeitar-se em parte, ou por todo, a esta forma de estar e de viver a Academia. Por outro lado indispensvel que todos os que aceitem as regras que os defendem ou os privilegiam no Salgado Acadmico, as respeitem e as cumpram, para que todos gozem desses benefcios. Assim como h espao para Praxar, para o porco, enguias e vinho, vital que todos as respeitem, as cumpram e as faam cumprir, assim como que, os que desrespeitem, pervertam ou faltem gravemente s normas orientadoras da Faina Acadmica sejam punidos, pois ofendem o esprito acadmico. Por exemplo, ser Lodo ou Lama uma grave muito falta!

    ALGIBS

    Para quem no quer...H muito!

    Todos os que, por opo individual, no quiserem respeitar os preceitos e aderir Faina Aca-dmica fazem-no em seu pleno direito, devidamente reconhecido por este guia e todos os mem-bros desta Academia. Contudo, por coerncia com a sua deciso, ficam impedidos de trajar, usar qualquer outro smbolo da Faina e ainda de Praxar Lodos e Lamas, ou participar em qualquer outra actividade organizada pela Faina de curso durante a sua carreira e estadia no Salgado Acadmico de Aveiro. Ficam no entanto salvaguardados todos os restantes direitos, enquanto ilustre estudante da Academia, entre eles, o da livre circulao entre os Estados Membros.

    Podem ainda, estes membros, reconsiderar da sua deciso, em qualquer momento da sua vida Acadmica, tendo:

    Apresentar formalmente, por carta, ao Mestre do Salgado a sua inteno e aspirao de aceitar, respeitar e fazer respeitar as normas orientadoras da Faina da Acadmica;

    Aguardar a convocao de Caldeirada (extraordinria, ou no) de Mestres, a fim de estes decidirem sobre a sua solicitao;

    Acatar as decises da Caldeirada e em local(ais), data(s) e hora(s) indicado pelos Mestres, cumprir com os tributos, tarefas e Praxes, aps os quais trajar oficialmente e pela primeira vez o smbolo mximo da Faina Acadmica - O Tertlio.

    Lembramos que, envergar o Tertlio implica aceitar, respeitar e fazer respeitar integralmente e no melhor sentido as normas da Faina Acadmica. Todos os que recusarem a Faina Acad-mica, moralmente, no so dignos de Trajar ou Praxar. Sempre que algum(a) destes o fizer incorre em grave falta e ofensa Academia (Ver Sobre Cabeceiras nesta Salina).

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    Faina Acadmica

    ALGIBS

    Excepes para evitar tentaes...

    Esta norma orientadora tem por objectivo diminuir, ou qui, extinguir, os abusos de Faina nos Lodos e Lamas, praga infestante e to prejudicial manuteno do Bom Ambiente Acad-mico. Todos sabemos que as Lamas e Lodos poludos e maltratados so o habitat ideal para a reproduo descontrolada de insectos, bocas, rancores, etc. ... que infestaro o Salgado Aca-dmico incomodando e lesando todos. Pretende, tambm, acabar com os exibicionismos dos mais velhos, mas menos maduros, e criar, em todos, o sentido de responsabilidade indispens