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2 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

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:: COFA - ComunicadorFarmacêutico

Veículo de Comunicação doConselho Regional de

Farmácia de SantaCatarina. Trav. Olindina

Alves Pereira, 35 - Centro -Florianópolis - SC

Cx.Postal 472Cep 88020-100

Fone (48) 3222 4702Website: www.crfsc.org.brE-mail: [email protected]

DIRETORIAPresidente: José Miguel doNascimento Júnior. Vice-Presidente Hortência S.

Müller Tierling. SecretárioGeral Tércio Egon PauloKasten. Tesoureiro Paulo

Sérgio Teixeira de Araújo.

CONSELHEIROSLuiz Henrique Costa; Eduardo

Comeli Goulart; LaércioBatista Júnior; Silvana Nair

Leite; Cláudia Miguel deSouza; Robison Menin;

Renate Schaefer; Lea ReginaConrado Costa Lima.

Suplentes: Álvaro LuizParente; Ilton Oscar Willrich.

Conselheiro Federal:Paulo Roberto Boff; Anna

Paula de Borba Batschauer.

Textos e EdiçãoSandra Werle, Caroline

Junckes da Silva eRonald Ferreira dos Santos

Estágios de JornalismoMiguel R. da Silveira

Junior - Unisul

FotografiaTempo Editorial

Projeto GráficoAlexandre Salles

DiagramaçãoSALLES Estúdio de

Produção & Design Gráfico(48) 9949 3225

Tiragem7.000 exemplares

ImpressãoGráfica Floriprint

Atividades do CRF-SCCONSELHO LUTA PELA PRESENÇA DOS FARMACÊUTICOS NO NASF EM SANTA CATARINA ...................4MINISTÉRIO PÚBLICO RECEBE RELATÓRIO SOBRE PRESENÇA DE FARMACÊUTICOS NOS POSTOS DE SAÚDE E HOSPITAIS

PÚBLICOS ...................................................................................................4

EspecialDEPOIS DE MAIS DE UMA DÉCADA A FARMÁCIA PODERÁ SE

TRANSFORMAR EM ESTABELECIMENTO DE SAÚDE ...................5UMA LONGA CAMINHADA ........................................... 7

Profissão FarmacêuticoA FORÇA DE UM PROFISSIONAL FARMACÊUTICO INOVADOR ..................................................8

EspecialNEBAVI: UM CASO DE AMOR COM A BACTERIOLOGIA ...................................................... 10

14º FarmapolisUMA CIDADE DOS FARMACÊUTICOS ....................................................................... 12

ComissõesANÁLISES CLÍNICAS:

CONGRESSO SUL-BRASILEIRO DA SBAC REUNIU REPRESENTAÇÃO DE TODO O PAÍS ................... 15ENSINO:

A EDUCAÇÃO E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL: A RESOLUÇÃO 464 DO CFF ............................. 15FARMÁCIA:

FÓRUM SOBRE ESSÊNCIAS FLORAIS AMPLIARÁ ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO ............................. 16INDÚSTRIA:

QUALIFICAÇÃO E DEBATE COMO OBJETIVO .............................................................. 15

Atividades do CRF/SCPROGRAMA DAS FARMÁCIAS NOTIFICADORAS CONTINUA EM 2008 ........................................ 17

ArtigoINTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: CONHECER PARA NÃO TEMER ............................................ 18DE JACKSON CARLOS RAPKIEWICZ, MESTRE EM FARMACOLOGIA E FARMACÊUTICO DO CENTRO DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS DO CRF-PR

Todo farmacêutico deve saberSOBRE A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL ........................................................................ 22OS ARTIGOS 578 A 610 DA CLT REGULAMENTAM O IMPOSTO SINDICAL ................................. 22NEGOCIAÇÃO FECHA PISOS SALARIAIS PARA 2008/2009 ................................................ 22

Agenda........................................................................................................... 23

ÍNDICE

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Junho / Julho de 2008 • 3Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

EDITORIAL

A saúde pública e aprofissão farmacêuticano foco do Congresso Nacional

1º semestre de 2008 foi de amplo debate em torno da EmendaConstitucional 29, que determina o financiamento do SUS; e de

pressão pela aprovação do Substitutivo ao Projeto de Lei 4385/94,que tira a farmácia da condição de um simples comércio

Dia 11 de junho foi um dia históricopara os farmacêuticos brasileiros. Aomesmo tempo em que a Câmara dosDeputados aprovava a regulamentaçãoda Emenda Constitucional 29, que ago-ra segue para o Senado, profissionaise estudantes de Farmácia de todo opaís se faziam presentes nas ruas dacapital federal e nas galerias do Con-gresso Nacional para se manifestar ever incluída na pauta do Legislativo oSubstitutivo ao Projeto de Lei 4385/94, que transforma as farmácias emestabelecimentos de saúde. Nesta edi-ção do COFA (páginas 5 a 7) você podeacompanhar a cobertura do que acon-teceu em Brasília, com a participaçãoefetiva do CRF/SC, de entidades ligadas aos farmacêuti-cos, profissionais e estudantes catarinenses.

A diretoria do CRF/SC vê, nessa luta nacional, os fru-tos do que foi semeado ao longo dos últimos quatro anos,quando a campanha "Farmácia Estabelecimento de Saú-de" foi lançada e se tornou uma das prioridades do Con-selho, conquistando apoio em todo o país.

Como profissionais da saúde, os farmacêuticos comemo-raram, também, a aprovação da regulamentação da EC29, uma decisão fundamental para a saúde de toda a po-pulação brasileira. O projeto é conhecido e debatido portodas as entidades ligadas ao setor da saúde há mais decinco anos. Ele define o mínimo de recursos a serem apli-cados em saúde pela União, estados e municípios. Tam-bém define em quais ações e serviços de saúde estes recur-sos podem ser investidos, amplia a fiscalização e estabele-

ce a punição para os casos de descumpri-mento ou má aplicação do orçamento dasaúde. É a regulamentação da EC-29 queirá garantir, definitivamente, a melhoriae o bom funcionamento do Sistema Únicode Saúde (SUS). Além de regulamentaros gastos com a saúde pública, os depu-tados aprovaram também a criação daContribuição Social para a Saúde (CSS),a ser cobrada nas operações financeiras,com alíquota de 0,1% e arrecadação to-talmente direcionada ao setor. Se o pro-jeto for aprovado pelo Senado, a contri-buição entrará em vigor em 1º de janeirode 2009 e não incidirá sobre aposentado-rias, pensões e salários de trabalhadoresregistrados até o valor de R$ 3.080.

O debate em torno do financiamento da saúde públicacontinua, agora no âmbito do Senado federal. Portanto,a atuação das entidades, dos profissionais e dos cidadãosque querem garantir a viabilidade do sistema de saúdebrasileiro deve continuar. Precisamos ver garantidos emLei os recursos e precisamos que estes sejam repassadosintegralmente à saúde.

O certo é que a defesa dos interesses dos profissionaisfarmacêuticos, dos profissionais da saúde e de toda apopulação brasileira está gerando resultados. Cumprin-do seu compromisso junto aos farmacêuticos catarinen-ses, a diretoria e os conselheiros do CRF/SC estão inseri-dos nesse cenário e continuarão atuando nas mais diver-sas frentes, inclusive gestionando junto ao poder legisla-tivo e executivo, pelas transformações necessárias.

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4 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

ATIVIDADES DO CRF/SC

Conselho luta pela presença dosfarmacêuticos no NASF em Santa Catarina

O Conselho Regional de Farmácia estágestionando junto aos municípios cata-rinenses para que os farmacêuticos se-jam incluídos entre aqueles que compo-rão as equipes multiprofissionais dos Nú-cleos de Apoio à Saúde da Família(NASF). A vice-presidente do Conselho,Hortência Muller Tierling, nos meses demaio e junho visitou uma série de muni-cípios, onde fez contato com os secretá-rios municipais de Saúde, buscando sen-sibilizar os gestores sobre a importânciafundamental do acompanhamento doprofissional farmacêutico na dispensa-ção de medicamentos e na assistência

Ministério Público recebe relatório sobre presença defarmacêuticos nos postos de saúde e hospitais públicos

Respondendo à solicitação doMinistério Público, o CRF/SC re-alizou fiscalização nos hospitaispúblicos e postos de saúde e enca-minhou ao MP relatório da situa-ção das farmácias nesses estabe-lecimentos, no que diz respeito apresença de farmacêutico respon-sável técnico para a dispensaçãode medicamentos.

Os cinco hospitais visitados pelafiscalização possuem responsáveistécnicos, entretanto, eles estão pre-sentes apenas em parte do horá-rio, uma vez que as farmácias hos-pitalares prestam atendimento 24 horas.

Nas 52 unidades municipais de saú-de o quadro é ruim, pois é possívelconstatar que em grande parte delesa dispensação de medicamentos é fei-to sem a presença de farmacêutico.

Há três unidades no município em quea presença de responsável técnico co-bre todo o horário de funcionamento,e outras quatro unidades em que háum responsável técnico em parte dotempo em que a dispensação é reali-

zada. Em 45 farmácias dessespostos municipais não há farma-cêuticos. Durante a realização dafiscalização, em diversos postosnão foi permitido ao fiscal doCRF visitar as dependências dasfarmácias. Tudo isso foi relatadoao Promotor de Justiça Alexan-dre Herculano Abreu, que soli-citou a fiscalização do Conselhoapós visita realizada por repre-sentantes do CRF/SC ao Minis-tério Público, solicitando apoiopara que haja cobrança junto aopoder público para o cumprimen-

to da Lei que estabelece a obrigatori-edade da presença do profissional far-macêutico na dispensação de medi-camentos, o que é, também, um direi-to do usuário do SUS.

farmacêutica. "A presença do profissio-nal farmacêutico acompanhando e ava-liando a medicação ministrada vai pos-sibilitar uma utilização racional de me-dicamentos, ação que certamente con-tribuirá para a melhoria da qualidadede vida dos usuários, além de racionali-zar também os custos com a saúde pú-blica", lembra a vice-presidente.

Entre os municípios já visitados es-tão: São Miguel do Oeste, Concórdia,Caçador, Videira, Tubarão e os 16 mu-nicípios da Associação dos Municípiosda Região Serrana (Amures) - os secre-tários municipais de saúde se reuniram

em Lages. Além da vice-presidente Hor-tência, o presidente José Miguel doNascimento Júnior e outros conselhei-ros estão envolvidos na ação.

Na primeira fase das visitas, Hortên-cia foi acompanhada do professor Lu-ciano Soares, que fez contato com oscoordenadores de curso das regiões vi-sitadas. O objetivo é buscar, tambémjunto aos cursos de Farmácia, uma for-mação voltada para a atuação dos far-macêuticos no SUS.

Veja no site do CRF-SC uma apre-sentação sobre o NASF.

Presença do profissional farmacêutico nos postos de saúde ainda é exceção

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Junho / Julho de 2008 • 5Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

Depois de mais de uma década aFarmácia poderá se transformarem estabelecimento de Saúde

ESPECIAL

Da catedral, os manifestantes seguiram empasseata até o Ministério da Saúde, ondeuma comissão foi recebida pelo Ministro JoséGomes Temporão, que manifestou se apoio àcampanha e seu empenho em trabalhar paraque o substitutivo do deputado Ivan Valenteseja colocado em votação.

A quarta-feira, 11 de ju-nho, foi um dia de inten-sas mobilizações em Bra-sília, organizada por en-tidades ligadas à farmá-cia, como a FederaçãoNacional dos Farmacêu-ticos (Fenafar), ConselhosRegionais de Farmácia eSindicatos de Farmacêu-ticos de vários estados.

Bem cedo, as delega-ções começaram a chegarde todo o país, concentra-dos na Catedral de Brasí-lia. Ali, portando faixas e vestindo camisetas da campanha Far-mácia Estabelecimento de Saúde, os farmacêuticos começaramsua manifestação, mostrando à população que a luta do farmacêu-tico é muito mais do que uma bandeira corporativa, ela é a lutapela efetivação da Assistência Farmacêutica no Brasil e pelo direi-to da população a ter acesso a este serviço de saúde essencial.

Projeto apresentado em1994, com Substitutivo de1997 e que está na mesada Câmara para ser votadodesde 2001, finalmenteserá apreciado pelosdeputados

O dia 11 de junho de 2008 entroupara a história da luta dos profissio-nais farmacêuticos como um dia de vi-tórias. Depois de mais de uma décadade mobilização para colocar o substitu-tivo ao PL 4385/94 em votação, gover-no e parlamento se comprometem emsubmeter a matéria à apreciação dosdeputados. Nesse dia, outra importanteiniciativa marca a luta em defesa daAssistência Farmacêutica: o lançamen-to da Frente Parlamentar em defesa daAssistência Farmacêutica.

Farmacêuticos e estudantesde todo o país em passeatana capital federal

Da esquerda para adireita: Ministro daSaúde José GomesTemporão, diretor-presidente da Anvisa,Dirceu Raposo de Mello,deputado Ivan Valente eo presidente do CRF/SCJosé Miguel doNascimento Júnior

A FENAFAR agradecea todos e todas que aten-deram ao seu chamadopara marcha à Brasília.Chamar para si a defini-ção dos rumos de sua pro-fissão foi a opção daque-les que estiveram na capi-tal federal no dia 11 de ju-nho. Fazer da FarmáciaEstabelecimento de Saúdeestá bem mais próximo, eé um orgulho para a FE-NAFAR ter liderado estemovimento. É importante lembrar que o contatocom os deputados e senadores deve continuar" sa-lientou Célia Chaves, Presidente da FENAFAR.

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6 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

Em seguida, na tenda montada em frente ao Congresso Nacional,começava o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Assis-tência Farmacêutica, proposta pela Fenafar e articulada pela farma-cêutica e deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA). Além de Ali-ce Portugal, que irá coordenar a Frente, compareceram ao lançamen-to os deputados federais Ivan Valente (PSOL-SP), Vanessa Graziottin(PCdoB-AM), Eliene Lima (PT-MG), Valtemir Palmeira (PSB-MG),Chico Lopes (PCdoB-CE), Dr. Rosinha (PT-PR), o presidente do Conse-lho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, o presidente daAgência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo, apresidente da Fenafar, Célia Chaves, o presidente do CRF/SC, JoséMiguel do Nascimento Junior, e outras lideranças do movimento desaúde.

No momento de seu lançamento, a Frente Parlamentar em Defesa daAssistência Farmacêutica já contava com mais de 130 deputados.

De lá, os farmacêuticosseguiram para o Congres-so Nacional. Uma tendafoi montada em frente àrampa, para acomodar osmanifestantes que vieramde 24 estados brasileiros.A delegação de SantaCatarina foi formada porprofissionais ligados aoConselho, a Farma e Far-ma, ao Sindicato dos Far-macêuticos e pelos estu-dantes de Farmácia (nafoto, parte da delegação catarinense). As diversas bancadas foram percorrer osgabinetes da Câmara dos Deputados para pedir o apoio ao substitutivo e, tam-bém, convidar os deputados a aderirem a outro movimento: a constituição de umaFrente Parlamentar em Defesa da Assistência Farmacêutica.

Enquanto isso, a comissão organizadora das mobilizaçõesfoi recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arlin-do Chinaglia. Na breve audiência as entidades solicitaram aopresidente da Câmara que o substitutivo de autoria do depu-tado Ivan Valente (PSol-SP) fosse posto em votação de plená-rio. Chinaglia se comprometeu em colocar, nos próximos dias,o projeto para apreciação.

Lideranças farmacêuticas como presidente da Câmara dosDeputados Arlindo Chinaglia

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Junho / Julho de 2008 • 7Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

A Campanha Farmácia Estabeleci-mento de Saúde foi lançada pelo Con-selho de Farmácia de Santa Catarinaem 2006, com o objetivo de informar esensibilizar a população e, dessa for-ma, pressionar pela mudança da leique considera as farmácias um sim-

ples negócio,para trans-formá-las emestabeleci-mentos deassistência epromoção dasaúde. Umdos caminhosapon tadospela campa-nha foi aaprovaçãodo Substitu-tivo ao PL4 3 8 5 / 9 4 ,que já trami-tava no Con-gresso, paramudar a leique regula-menta as far-mácias nopaís.

Santa Catarina entre osprecursores de ummovimento nacional queestá a caminho da vitória

"As entidades farmacêuticas catarinenses,com o apoio das universidades, deram exem-plo e estiveram na frente na condução nãoapenas dessa manifestação histórica realiza-da em Brasília, mas de todo o movimento pelamudança na legislação das farmácias", co-memorou o presidente do CRF/SC José Mi-guel do Nascimento Júnior. Mais de 100 pro-fissionais e estudantes catarinenses estiveramna capital federal no dia 11 de junho onde,além da manifestação nas ruas, fizeram con-tato com pelo menos 12 parlamentares cata-rinenses, sendo que nove deles fazem parteda Frente Parlamentar em Defesa da Assis-tência Farmacêutica.

O presidente do CRF/SC lembrou ainda quea manifestação em Brasília, de grande re-percussão, não foi o início, mas o resultadode um trabalho que vem se desenvolvendonos últimos anos, principalmente a partir dolançamento da campanha "Farmácia Esta-belecimento de Saúde", capitaneada pelonosso Conselho e que teve grande mobiliza-ção em Santa Catarina. "Esse também não éo último capítulo dessa história, teremos avotação do Substitutivo ainda em junho, con-forme compromisso dos deputados, depois te-remos o Senado e, uma vez alterada a lei,temos que buscar seu efetivo cumprimento,com a presença dos farmacêuticos nas far-mácias, prestando a assistência farmacêuti-ca que a população brasileira tem direito",apontou o presidente do CRF/SC. O compro-misso expressado pelo presidente da Câmarados Deputados, Arlindo Chinaglia, foi de oSubstitutivo ao PL 4385/94 entrar em vota-ção ainda no mês de junho.

Durante todo o ano de 2007 a Cam-panha teve grande repercussão, rece-beu o apoio de inúmeras entidades es-taduais e nacionais, ganhou as ruas eos espaços legislativos das Câmaras deVereadores e Assembléias Legislati-vas.

Também no Congresso Nacional, di-versos deputados manifestaram seuapoio ao Substitutivo apresentado pelodeputado Ivan Valente (PSOL), em1997, ao Projeto de Lei original apre-sentado pela senadora Marluce Pinto(PMDB), em 1994.

Vários contatos foram feitos pelosrepresentantes dos farmacêuticos li-gados a diversas entidades, parapressionar pela votação da nova lei.No mês de maio, o presidente do CRF/SC José Miguel do Nascimento Juni-or esteve em Brasília, juntamentecom o diretor da Fenafar Ronald Fer-reira dos Santos, para conversar comparlamentares, buscando apoio. Odeputado federal catarinense Fernan-do Coruja - líder do PPS na Câmara- foi um dos que se comprometeu apedir a inclusão do Substitutivo aoProjeto de Lei 4.385/94 na pautapara ser votada.

Uma longa caminhadaDa esquerda para a direita: Ronald Ferreira dos Santos, diretor da Fenafar, deputado federalFernando Coruja, líder do PPS, e José Miguel do Nascimento Júnior, presidente do CRF/SC

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8 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

PROFISSÃO FARMACÊUTICO

"Muitos perguntam qual osignificado da nossa logomar-ca, optamos pelo desenho dorinoceronte branco, pois é umanimal que representa força.É o segundo maior mamíferoterrestre, só perde para o ele-fante. Na natureza praticamen-te não tem predadores. É umanimal que sobreviveu duran-te milênios e só está desapare-cendo pela ação do homem." Acuriosa explicação é encontra-da no site da Orgânica Home-opatia Veterinária que, mesmoinstalada no Oeste do estado,terra de gado e suíno, apresen-ta o perfil de um rinoceronteem sua logomarca. Inovador,criado por jovens empreende-dores, foi o primeiro Laborató-rio Homeopático Veterinário ainstalar-se no Sul do Brasil.

Adenei Roberto Mattanaformou-se na primeira turmade farmácia da Unochapecó e,antes mesmo de sua formatu-ra, já trabalhava na farmáciaque tinha em sociedade com ocunhado. Entretanto, seu de-sejo era o de produzir medica-mentos para animais, o que o fez ten-tar a carreira profissional em uma far-mácia de manipulação para animais."Trabalhei muito tempo com a pesqui-sa, buscando resultado e também bai-xo custo, mas a única maneira viávelsurgiu através da produção em regimeindustrial", conta Adenei, explicandocomo sua idéia evoluiu para o labora-tório atual.

A abertura da Orgânica Homeopa-tia Veterinária, em Chapecó, ocorreuem agosto de 2004, quando foram lan-çados dois dos produtos que até hojesão o carro chefe da empresa: Orgâni-ca Parasitas e Orgânica Mamites, os

dois desenvolvidos pelo farmacêutico.Com 27 anos, o jovem que gosta detomar chimarrão parece que não vaiparar por aí. Além de mostrar sua cri-atividade ao se adaptar a um merca-do regional e nacional promissor, tam-bém já provou que tem persistência eforça de vontade. Juntamente com seusócio, o administrador Jerson Reginat-to, superou dificuldades como a ocor-rência de um incêndio que destruiupraticamente todo o laboratório, setemeses após sua inauguração.

Os dois sócios receberam a reporta-gem do COFA nas instalações da em-presa e mostraram, com orgulho, as

instalações onde são produzi-dos hoje 13 tipos de medica-mentos veterinários homeopá-ticos, voltados principalmentepara o gado, caprinos e ovi-nos. Adenei revela planos parapesquisar e desenvolver produ-tos para auxiliar no tratamen-to de suínos, enquanto os pro-dutos voltados para o mercadodos pets (animais de estimação)são deixados para um futuromais distante.

Por enquanto, o farmacêuti-co produz suas fórmulas paraestimular a produção de leite,controlar o estresse bovino, en-gorda, prevenção da mastite,cura da diarréia bovina, con-trole da verminose em caprinose ovinos, incremento à fertili-dade, prevenção e combate aosparasitas, tratamento dos pa-pilomas (verrugas) e gel paratratar traumatismos físicos nosanimais. Tudo isso através dotratamento homeopático.

PERSISTÊNCIA PARA OCONVENCIMENTO

Aí surge a dúvida: "Mesmo surgidano início do século XVIII, nos temposatuais a homeopatia ainda é discuti-da na aplicação aos seres humanos,como é, então, que os criadores rece-bem essa idéia para tratar seus ani-mais?" pergunto. Com um meio sorri-so, a resposta do farmacêutico é rápi-da: "Não é fácil!" Adenei Roberto ex-plica que esta foi uma das principaisdificuldades do negócio. Foi precisoque ele e seu sócio buscassem a boavontade e a mente aberta de algunscriadores, para poder demonstrar aeficácia dos produtos, principalmenteporque o resultado não é imediato, é

A força de um profissionalfarmacêutico inovador

POR SANDRA WERLE

Inovador, o farmacêutico Adenei criou o primeirolaboratório homeopático veterinário do Sul do país

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Junho / Julho de 2008 • 9Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

necessário um tratamento mais longodo que o realizado com uso da alopa-tia. Era comum acontecer de eles se-rem recebidos com comentários como:"Essa coisa de vir aqui e dar uma ben-zida não funciona". "Mas os bons re-sultados observados nas experiênciasque se tornaram possíveis, o baixocusto, o fato do produto homeopáticonão deixar resíduo, enfim, uma sériede benefícios acabaram por conven-cer mais e mais criadores", comemorao farmacêutico.

Ele lembra ainda que não somenteos criadores, mas também os veteriná-rios precisam ser convencidos. Na ava-liação dele, nem 10% desses profissi-onais fazem uso da homeopatia. Tam-bém nesse caso o farmacêutico acre-dita que o convencimento se dará atra-vés de casos que se tornam referência:"Quando conseguimos sucesso com umtratamento, principalmente em casoscomo de mastite, onde a homeopatianão deixa resíduos e não comprometea qualidade do leite, o tratamento aca-ba sendo copiado em outras criações",constata Adenei.

CADA VEZ MAIS NATURAL

Se por um lado o mercado da home-opatia veterinária se mostra difícil eprecisa convencer o cliente potencial,por outro lado o movimento mundialem busca de soluções naturais, desen-volvimento sustentável e alternativaspouco agressivas às plantas e animaisacaba sendo uma frente importantepara projetos como o da Orgânica Ho-meopatia Veterinária darem certo.

Um bom exemplo é o da "pecuáriaorgânica" ou "carne orgânica", umaprática que oferece ao mercado con-

Sobre ahomeopatia

A Homeopatia Veterinária, como práticamédica, foi oficialmente amparada no Bra-sil pela resolução n° 625, de 16 de marçode 1995, do Conselho Federal de MedicinaVeterinária, que dispõe sobre o registro detítulo de especialista no âmbito dos conse-lhos regionais. Os medicamentos e tambémas farmácias e laboratórios de manipula-ção e produção são regulamentados pelaAgência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa).

A Homeopatia prioriza o tratamento decada organismo como único, respeitando assuas particularidades. Com base nessa pre-missa, a conduta do médico veterinário ho-meopata é a de individualizar o paciente,buscando ao máximo todos aqueles sinto-mas raros, estranhos e peculiares apresen-tados na moléstia, entendendo que o que édigno de curar é o doente e não a patologiapropriamente dita.

Historicamente, quando um proprietárioprocura o atendimento por Homeopatia parao seu animal, o faz por ter esgotado todosos recursos em alopatia. São, geralmente,casos crônicos como dermatites, otites re-sistentes a antibióticos e convulsões. Recen-temente, os casos de distúrbios comporta-mentais são preferencialmente encaminha-dos para tratamento homeopático. No tra-tamento de rebanhos, a particularização éfeita entendendo que o rebanho pode serconsiderado um organismo único; cada gru-po tem características próprias: raça, tem-peramento, ocorrência geográfica e outros.Todos são fatores que devem levados em con-ta e que caracterizam aquele rebanho comoúnico e suas moléstias como particulares.

sumidor de carne um alimento livrede agrotóxicos e hormônios sintéticos,ele também proporciona qualidade devida aos animais. O boi orgânico deveser criado em pasto sem agrotóxico eadubação química e tratado com me-dicamentos homeopáticos. Essas e ou-tras vertentes modernas fazem com queo farmacêutico chapecoense esteja in-serido na vanguarda daqueles que pen-sam o mundo de uma forma mais sus-tentável, preocupando-se também coma qualidade de vida das pessoas e dosanimais.

Adenei e seu sócio Jerson não têmmedo do trabalho. Percebe-se isso fa-cilmente numa primeira conversa comos dois jovens. Eles empregam hoje setefuncionários, possuem dois veterinári-os supervisores e vendem produtos paraSanta Catarina, Mato Grosso do Sul,Paraná, Rio Grande do Sul, São Pau-lo e Minas Gerais. Investem na pro-moção de seus produtos participandode feiras e anunciando junto aos cria-dores, em rádios e outdoors. Investemconstantemente em pesquisa e sonhamem transformar sua microempresanuma grande empresa.

"Ao começarmos não fizemos nenhu-ma loucura, investimos aos poucos, tes-tamos bastante nossas fórmulas, cres-cemos em um ano e hoje somos conhe-cidos e respeitados", resume o sócioJerson. Há vários pontos em comumentre o administrador e o farmacêuti-co: a seriedade, a auto-confiança, avontade de inovar com responsabilida-de. Eles estão tratando de sobreviver,mas estão indo além disso: oferecemuma alternativa na qual acreditam,como uma forma de melhorar a vidadas pessoas e também dos animais.

No laboratório são produzidos, atualmente,13 medicamentos em forma de pó, gel e pasta

Jerson Reginatto (a esq.) e Adenei Roberto Mattana, os sócios na frente da empresa

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10 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

Provocado pelo COFA, opresidente do Núcleo deEstudos de Bacteriologia doVale do Itajaí, AlessandroSilveira, contou a históriade um grupo de pessoasque, nas suas palavras, são"pessoas especiais, queabdicam da família,trabalho e outrosinteresses, viajam muitosquilômetros pelo simplesprazer de reencontrar osamigos e, claro, discutirsobre esses microscópicosseres que tanto admiramos:as bactérias". Publicamosa íntegra de seu relato:

O Nebavi é um grupo de estudos quese reúne mensalmente a fim de discu-tir assuntos relacionados à bacteriolo-gia clínica, ou seja, estudo das bacté-rias patogênicas (causam doenças),como podemos diagnosticar laborato-rialmente essas doenças infecciosas,bem como fazer e interpretar o antibi-ograma (exame que indica para o mé-dico quais antibióticos são eficazescontra aquela bactéria).

Começamos em dezembro de 2005,nos reunimos geralmente na últimaquarta feira do mês. Essas reuniõesmensais têm duração aproximada de

2 horas, onde tratamos de temas pré-estabelecidos em nosso cronograma.Funciona assim: definimos um tema equem irá preparar um material paraapresentar ao grupo; é feita uma pa-lestra, onde podemos discutir e trocarinformações. Normalmente, essas pa-lestras são ministradas por pessoas dopróprio grupo, porém já contamos comalguns ilustres convidados: Dr. CaioSalvino, Dr. Carlos Albini, Dr. Amau-ry Mielle Filho, entre outros que, gen-tilmente, nos brindaram com sua com-petência e generosidade, amigos queconquistamos. Inclusive o presidente doCRF-SC, José Miguel do NascimentoJunior, já nos visitou. Todos os queministraram palestras o fizeram gra-tuitamente.

Atualmente, contamos com 14 mem-bros, de várias cidades de SC: Blume-nau, Joinville, Jaraguá do Sul, Ita-jaí, Balneário Camboriú, Guaramirim,Florianópolis e Rio do Sul. Essas pes-soas têm em comum o amor pela bac-teriologia, pessoas que abandonam seutrabalho, sua família, seus afazerespessoais, viajam vários quilômetrospara discutir temas ligados à

área, relatar casos, enfim, trocar

experiências e conhecimento. Possodizer-lhe com total convicção que ad-quirimos, ao longo desses dois anos emeio de convívio, uma amizade sóli-da, uma relação de carinho mútuo di-fícil de conquistar em tão pouco tem-po.

Nossas reuniões já aconteceram emvárias cidades, como Joinville (Univi-lle), Blumenau (FURB), Itajaí (Hospi-tal Marieta Konder), Balneário Cam-boriú (Clinitest Laboratório) e Floria-nópolis (Recanto Champagnat). EmFlorianópolis ficamos reunidos por umfinal de semana, para confraternizar.Em Jaraguá do Sul realizamos nossafesta de final de ano, em dezembro doano passado. Mas a cidade onde ge-ralmente nos encontramos é Blumenaupois, além de ser a mais centralizada,é onde tudo começou e a que possuimaior número de membros.

Procuramos unir o profissional far-macêutico-bioquímico com os docentesuniversitários, já que em nosso grupoparticipam os professores da discipli-na de Microbiologia Clínica (que en-globa a Bacteriologia das universida-des FURB, Univali e Univille). Acha-mos muito importante essa troca.

ESPECIAL

Nebavi: um caso de amorcom a bacteriologia

Em junho de 2007, a reunião realizada em Blumenau contou com a presença de Carlos Albini

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Junho / Julho de 2008 • 11Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

O nome Nebavi foi dado porque iniciamos nossos traba-lhos em Blumenau, com a intenção inicial de sermos umgrupo regional. Então batizamos o grupo assim, Núcleo deEstudos de Bacteriologia do Vale do Itajaí, homenagean-do também o grupo de Curitiba (Nebac - Núcleo de Estu-dos de Bacteriologia de Curitiba). Esse grupo de Curitibaestá prestes a completar 18 anos, é um grupo tradicional emuito respeitado, que nos deu muita força e à quem deve-mos muito. Com a chegada de membros de outras cidadesdo estado, pensamos inclusive em mudar o nome. Talvezaté Nebasc. Entretanto, além de considerar a alternativafeia, acabamos nutrindo um carinho especial pelo nomeNebavi e, também, já o havíamos divulgado bastante. De-cidimos manter o nome, mesmo contando com colegas devárias cidades que não pertencem ao Vale do Itajaí.

Outra coisa importante a ser dita é a idéia da informali-dade, nossas reuniões são dinâmicas, pois a intenção é deinteratividade, participação de todos. Até por isso que op-tamos por um grupo pequeno, o que facilita a troca deinformações e não transforma nossas reuniões em aulas.

O que esperamos das pessoas que queiram participamdo grupo? Algo muito simples: trabalhar com bacteriolo-gia, seja em laboratórios públicos, privados e/ou universi-dades, disposição e comprometimento de participar de nos-sas reuniões mensais, contribuição ativa em nossas discus-sões, gostar de estudar e pesquisar temas e, sobretudo,amizade. Pois o lado profissional-científico é muito impor-tante, mas a questão pessoal, a amizade, o querer-bemmútuo é fundamental.

Participamos ativamente na organização de um eventoestadual, o I Encontro Catarinense de Microbiologistas Clí-nicos / I Encontro Catarinense de Gestão Laboratorial, queocorreu em Lages, de 7 a 9 de dezembro de 2007. O Neba-vi atuou como entidade parceira, já que esse evento foiorganizado pela SBAC- SC, entidade essa que muito nosapóia. Além da organização, contribuímos na parte cien-tífica, com participação em mesa redonda e palestra.

Temos nosso estatuto, aprovado pelo grupo e que passoupor uma avaliação jurídica, sendo que estamos providen-ciando as alterações necessárias para que possamos regis-trá-lo e, posteriormente, incluir o grupo ou como uma ONGou entidade de utilidade pública.

Cabe ainda um agradecimento a algumas pessoas quesempre nos incentivaram: José Miguel do Nascimento, pre-sidente do CRF-SC; Caio Salvino, delegado da SBAC-SC;Cássia Zoccoli, gerente geral do Laboratório Santa Luziae Carlos Albini, da UFPR, PUC-PR, Nebac e Newprov;amigos de longa data, que sempre nos incentivaram e pe-los quais nutrimos uma enorme admiração e gratidão.

O que é o Nebavi?O Núcleo de Estudos de Bacteriologia do Vale do Itajaí é um

grupo de estudos, seus membros se reúnem mensalmente paradiscutir assuntos relacionados à bacteriologia, visando a tro-ca de informações e o enriquecimento profissional, agregandoconhecimento.

Seus objetivos são: promover a troca de informações entre seus membros, vi-sando o enriquecimento profissional;

participar e/ou promover eventos técnico-científicos (cur-sos, palestras, reuniões...);

incentivar o intercâmbio técnico e científico com profissi-onais e entidades afins;

fomentar a pesquisa e aperfeiçoamento técnico científico; fornecer apoio científico aos profissionais que atuam naárea de bacteriologia clínica;

padronizar técnicas de diagnóstico bem como seu controlede qualidade;

promover a integração social de seus membros.

Para saber maisEmail: [email protected]: (47) 9974-1213, falar com Alessandro Sil-

veira, presidente do grupo.

O Nebavi recebeu a visita de Caio Salvino, da SBAC-SC, na reunião de julho de 2007, em Blumenau

O presidente do CRF/SC, José Miguel do Nascimento Júnior, foi oconvidado do encontro realizado em Florianópolis em setembro de 2007

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3 a 5 de julho - Florianópolis - 1ºEncontro Estadual dos Farmacêuticos -Organizado pelo Sindfar-SC, teve oobjetivo de debater o estado atual dasaúde no estado e no Sistema Único deSaúde; as propostas da IX Conferênciade Saúde; aprovar o novo estatuto doSindicato; e debater os planos decargos e salários do serviço público e osacordos salariais, além de elaborar umplano de luta da categoria.

20 a 22 deagosto -Florianópolis - IIEncontroEstadual dosFarmacêuticos -Realizado em umhotel, o encontrocontou com maisestrutura eapresentou comotema dosdebates asPolíticas desaúde, políticasde medicamen-tos e Decreto793/93.

25 de julhoa 1º de agosto- Florianópolis- II EncontroEstadual dosFarmacêuticose Bioquímicos -V Semana deEstudosFarmacêuticos- A questãocentral foi aexcelência nasatividades queo farmacêuticoexerce.

12 a 15 de outubro -Florianópolis - IV EncontroEstadual dos Farmacêuti-cos e Bioquímicos - Com otema "A Saúde do povo nãoé de brinquedo", osparticipantes debateram acampanha nacional pelouso racional do medica-mento.

7 a 10 de novembro -Florianópolis - V EncontroEstadual dos Farmacêuticos eBioquímicos - Os participantesbuscaram a "Modernização": oobjetivo foi promover a reciclageme a atualização profissional,colocando o farmacêutico emcontato com o que há de maismoderno em tecnologia deequipamentos e meios relaciona-dos à área.

1992 1993 1994 1995 1996

14º FARMAPOLIS

Uma Cidade dos Farmacêuticos "O sentido do termo polis não quer dizer apenas um local socialmente organizado,antes disso, para os gregos antigos, a polis era uma maneira de compartilhamento deconcepções práticas da vida cotidiana."

Florianópolis, 26 a 29 de novembro de 2008

12 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

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Junho / Julho de 2008 • 13Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

20 a 23 de novembro - Florianópolis- VI Encontro Estadual dos Farmacêu-ticos e Bioquímicos - O debate seaprimorou e foi além da categoria,propondo como tema das discussões:"Compromisso com a vida - Somosprofissionais da saúde, pois trabalha-mos essencialmente com a vida, pelaqual devemos fazer e dar o máximo denosso conhecimento".

9 a 12 de outubro - Florianó-polis - VII Encontro Estadual dosFarmacêuticos e Bioquímicos - Oencontro foi enriquecido com arealização do V CongressoCatarinense de Farmacêuticos eBioquímicos, paralelamente. Odebate proposto foi: "Compromis-so com a vida / Luta contra afalsificação de medicamentos",acompanhando o momento socialde discussão desse tema no país,buscando a capacitação técnicados profissionais farmacêuticospara enfrentar momentos difíceiscomo o descaso com a saúdepública no Brasil.

29 de outubro a 1ºde novembro -Florianópolis - VIIIEncontro Estadual dosFarmacêuticos eBioquímicos - VICongresso Catarinensede Farmacêuticos eBioquímicos. Osprofissionais sereuniram para debatero avanço nos conheci-mentos farmacêuticos.Conforme o material dedivulgação, "Entende-mos que politizar-se ecapacitar-se tecnica-mente são requisitosindispensáveis paraqualquer profissional,mas os profissionaisfarmacêutico têm umaresponsabilidade amais, pois o conheci-mento humano noâmbito farmacêuticoestá em constantesavanços e de formaacelerada".

2 a 5 de novembro -Florianópolis - O IX EncontroEstadual dos Farmacêuticos eBioquímicos e o VII CongressoCatarinense de Farmacêuticose Bioquímicos, mais arealização do I Encontro deFarmacêuticos do Mercosulmarcaram o que passou a serchamado de Farmapolis, areunião dos profissionaisfarmacêuticos em torno dediversos debates. O tema desseano foi a "Era da informação eo farmacêutico". A credibilida-de e o reconhecimentoadquiridos até então garanti-ram a Santa Catarina estarsediando um dos maioresevento de farmácia do Brasil.

1997 1998 1999 2000

Construído pelos profissionais, o Far-mapolis iniciou como "Encontro Esta-dual dos Farmacêuticos" e, ao longode quase duas décadas, tornou-se umdos mais importantes eventos para pro-fissionais e estudantes da área de Far-mácia no país. Em 2008, ganha sua14a edição, marcada para o mês de no-vembro. O Farmapolis será realizadono campus da Universidade Federal deSanta Catarina (UFSC), numa promo-ção conjunta do Conselho Regional deFarmácia de Santa Catarina (CRF/SC)e Sindicato dos Farmacêuticos no Es-tado de Santa Catarina (Sindfar/SC).

O 14o Farmapolis criará mais umavez a "cidade dos farmacêuticos", en-

dereço onde profissionais de todo oBrasil e dos países da América Latinase encontrarão para exercer uma ci-dadania consciente, envoltos nos de-bates em torno de sua profissão, res-ponsabilidade ética e busca de maisqualificação técnica. O evento reuniráo XIV Encontro Estadual de Farma-cêuticos e Bioquímicos, o VI Encontrode Farmacêuticos do Mercosul, o XIICongresso Catarinense de Farmacêu-ticos e Bioquímicos, o IV Encontro deFarmacêuticos do SUS e o IV Seminá-rio da Indústria Farmacêutica. Em2008 o Farmapolis se amplia aindamais, recebendo ainda o II FórumNacional de Educação Farmacêutica

(em parceria com a ABENFAR - Asso-ciação Brasileira de Ensino Farmacêu-tico); e os participantes contarão comexpositores institucionais na Feira deProdutos e Serviços.

ENCONTROCOM A SAÚDE

Entidades ligadas à farmácia, alimen-tos e às análises clínicas, universidadese órgãos governamentais estão sendocontatados para mais uma vez construirum grande evento. Segundo a presiden-te do Sindfar-SC Caroline Junckes daSilva, as universidades, e entidades da

O trabalho de muitos na organização...

Junho / Julho de 2008 • 13Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

...resultou num ótimo evento para todos, na 13. Edição do Farmapolis

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14 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

29 de novembro a2 de dezembro -Florianópolis - 10ºFarmapolis - XEncontro Estadual deFarmacêuticos eBioquímicos; VIIICongresso Catarinen-se de Farmacêuticos eBioquímicos; IIEncontro de Farma-cêuticos do Mercosul.A Consciência Sociale a participação dofarmacêutico naconstrução de ummundo melhor,aceitando o desafiode buscar na ciência omelhor caminho paraefetivar essaconstrução foi o temaque marcou osdebates nesta edição.

28 de novembro a 1º dedezembro - Florianópolis - 11ºFarmapolis - XI EncontroEstadual de Farmacêuticos eBioquímicos; IX CongressoCatarinense de Farmacêuticose Bioquímicos; III Encontro deFarmacêuticos do Mercosul.Profissionais do Brasil e dospaíses do Mercosul debateram:"Mercado, Trabalho e práticana atenção à saúde. Agregar aciência a realidade da profissãofarmacêutica."

29 de abril a 2 demaio - Florianópolis -12º Farmapolis - XIIEncontro Estadual deFarmacêuticos eBioquímicos; XCongresso Catarinensede Farmacêuticos eBioquímicos; IVEncontro de Farma-cêuticos do Mercosul; IEncontro Nacional deFarmacêuticos doSUS. Uma estruturaainda mais ampla foicolocada à disposiçãodos participantespara debater: "O sabere o fazer farmacêuticotêm compromisso coma vida".

27 a 30 de outubro - Joinville (Centreventos CauHansen) - 13º Farmapolis - I Seminário da CadeiaProdutiva do Medicamento; XIII Encontro Estadual deFarmacêuticos e Bioquímicos; XI Congresso Catarinensede Farmacêuticos e Bioquímicos; V Encontro deFarmacêuticos doMercosul. Essaedição levou oFarmapolis paraJoinville, onde foidebatida "Aevolução da ciênciacomo arte para avida". O objetivo foiproporcionar oaperfeiçoamentotécnico paraprofissionaisfarmacêuticos ebioquímicos daárea da saúde e desegmentos detecnologias dealimentos, análisesclínicas e saúdepública.

2001 2002 2004 2005

categoria como sindicatos, conselhos, associaçõese federações, são parceiras do Farmapolis desdeseu nascimento, há 16 anos. "Nas últimas ediçõescontamos com o apoio da OPAS, ANVISA, Secre-taria Estadual de Saúde de Santa Catarina e Mi-nistério da Saúde, que desde 2002 vem mantendo-se parceiro nesta realização", acrescenta.

São essas parcerias que possibilitam a reali-zação de cerca de 50 atividades, entre cursos,conferências e mesas redondas. No Congressocientífico serão expostos painéis com os traba-lhos mais recentes nas diferentes áreas abrangi-das, como a farmácia (e suas especificidades,como farmácia hospitalar ou homeopatia), aná-lises clínicas, ciência e tecnologia em alimentose cadeia produtiva do medicamento.

Para a conselheira Silvana Nair Leite, que édiretora do Sindfar, o evento criado pelo Sindica-to só teve a ganhar com a parceria do Conselho,principalmente em suas duas últimas edições:"Esta parceria significa promover o debate efeti-vo, tanto em relação ao que existe de mais avan-çado em ciência e tecnologia para a profissão,como em relação aos temas da valorização profis-sional, legislação e organização do setor.

Crescendo em estrutura e participação a cadaano, o Farmapolis nesta 14a edição será conheci-do como o "Encontro com a Saúde" um tema amploque permitirá os mais diversos debates, entre eles:

• Encontro com a Saúde na Prática da Far-mácia Hospitalar;

• Encontro com a Saúde na Prática Laborato-rial;

• Encontro com a Saúde na Prática das Ciên-cias dos Alimentos;

• Encontro com a Saúde na Prática Interdis-ciplinar;

• Encontro com a Saúde na Prática da Far-mácia de Manipulação;

• Encontro com a Saúde na Prática da Indús-tria;

• A Saúde em Debate;• Farmácia Estabelecimento de Saúde;• Modalidades de Gestão no Sistema Público

de Saúde;• Debates específicos tais como: Cadeia pro-

dutiva de Plantas Medicinais; A Pós Graduaçãona área Farmacêutica no Brasil; A Saúde daMulher - abordagem generalista; Alternativaspara atuação do Farmacêutico; O que é ser Hu-manista, Crítico e Reflexivo; Ética na Pesquisa;Erros de Medicação, uso off-label e reações ad-versas; Triagem Neonatal; Citologia; SegurançaAlimentar; Bioquivalência; Legislação sanitá-ria; Legislação Trabalhista; Administração Far-macêutica, etc.

• Os mais variados cursos de atualização, comcertificação.

São esperadas em torno de 2 mil pessoas, que sereunirão na "ilha da magia", em novembro, paratransformá-la na Cidade dos Farmacêuticos.

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VEJA MAIS

As informações sobreos debates, programa-ção, forma de inscrição,hospedagem, inscriçõesde trabalhos e outrosestarão disponíveis nosítio da internetwww.farmapolis.org.br.

Dúvidas poderão sersanadas com a organi-zação do evento, atravésdo [email protected] pelo telefone (48)3222-4702, ramal 21,com Simone.

INSCREVA SEUTRABALHO CIENTÍFICO

A partir de 15 dejulho, somente pelo sitewww.farmapolis.org.brestarão abertas asinscrições de trabalhoscientíficos no XIICongresso Catarinensede Farmacêuticos eBioquímicos.

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Junho / Julho de 2008 • 15Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

COMISSÃO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Congresso Sul-Brasileiro da SBACreuniu representação de todo o país

Em abril foi realizado em Florianó-polis, com sucesso, o 1º Congresso Sul-Brasileiro de Análises Clínicas, pro-movido pela Delegacia Regional daSociedade Brasileira de Análises Clí-nicas de Santa Catarina (SBAC-SC).O evento contou o apoio da Comissãode Análises Clínicas do CRF/SC.

O Congresso reuniu 750 participan-tes e cerca de 150 visitantes, vindosde praticamente todos os estados bra-sileiros, nos 36 estandes de exposição,quatro mini-cursos, 18 conferências e12 mesas redondas.

Na solenidade de abertura o presi-dente do CRF/SC José Miguel do Nas-cimento Júnior reafirmou o compromis-so constante da diretoria do Conselhojunto aos farmacêuticos das AnálisesClínicas. Ele lembrou a importanteatuação da Comissão de Análises Clí-nicas do CRF/SC no debate técnico epolítico das questões específicas daárea.

A Comissão de Ensino do CRF/SC,em conjunto coma a Associação Brasi-leira de Ensino Farmacêutico (ABEN-FAR), está trabalhando na organiza-ção do II Fórum de Educação Farma-cêutica de SC que será realizado nosdias 31 de julho e 1° de agosto em Flo-rianópolis.

Uma das pautas já escolhidas parao Fórum é a resolução do ConselhoFederal de Farmácia (CFF) nº 464, que

regulamenta a inscrição dos profissio-nais farmacêuticos, dos práticos e ofi-ciais de farmácia licenciados e provi-sionados, dos auxiliares-técnicos emlaboratórios e de registro de pessoasjurídicas junto aos Conselhos Regionaisde Farmácia.

No último Fórum, realizado em de-zembro de 2007, foi discutido a ne-cessidade de se criar uma identida-de do profissional farmacêutico. Para

COMISSÃO DE ENSINO

Presidente do CRF/SC fala durante a solenidade de abertura do Congresso; na mesa (da esq. para a direita): vice-presidente daSBAC, Irineu Keiserman Grinberg; coordenador de Vigilância em Saúde de Santa Catarina, Winston Luiz Zonkowski; Presidenteda SBAC, Ulisses Tuma; Delegado da SBAC-SC, Caio Roberto Salvino; vice-prefeito de Florianópolis Rubens Carlos PereiraFilho; e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos (Sindfar-SC), Caroline Junckes da Silva

o presidente da Comissão de Ensino,Luciano Soares, "A meta era tornara área de fármacos a 'cara' da pro-fissão, ainda que preparando o pro-fissional para outros setores, como ali-mentos e análises clínicas". O próxi-mo Fórum também servirá para dis-cutir se as metas de Educação Far-macêutica, debatidas em 2007, fo-ram alcançadas.

A Educação e o exercício profissional:a Resolução 464 do CFF

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16 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

COMISSÃO DE FARMÁCIA

fissionais, durante os encontros.O primeiro Workshop apresentará o

tema Validação Analítica e Perfil deDissolução, e está marcado para osdias 25 e 26 de agosto, no Hotel BaíaNorte, em Florianópolis. A ministranteserá a doutora Margareth Marques.

A intenção dos componentes da Co-missão de Indústria é de viabilizaressas oficinas a cada dois meses e

entre os temas já elencados estão:Produtos de Degradação; AssuntosRegulatórios; e Validação microbio-lógica. Para obter mais informaçõessobre o primeiro e os demais eventos,acesse o ambiente da Comissão deIndústria dentro do site do CRF/SC,no endereço: www.crfsc.org.br/comis-soes/industria.

Fórum sobre essências floraisampliará atuação do farmacêutico

Qualificação e debate como objetivoA Comissão de Indústria do CRF/

SC está programando uma série deoficinas, abertas aos interessados,sobre temas de interesse dos farma-cêuticos da área, para a qualifica-ção dos profissionais. Para a farma-cêutica Márcia Wypyszynski da Cos-ta, integrante da Comissão, esse tipode oportunidade é importante e ain-da permite o contato com outros pro-

COMISSÃO DE INDÚSTRIA

O CRF/SC, através da Comissãode Farmácia, a Associação Catari-nense de Farmacêuticos Homeopa-tas (ACFH), o Sindicato dos Farma-cêuticos no Estado de Santa Catari-na e a Farma & Farma realizaram,no dia 30 de maio, o I Fórum sobreEssências Florais, no auditório An-tonieta de Barros, da AssembléiaLegislativa de Florianópolis. A or-ganização foi realizada ainda pelaAnfarmag-SC e ABFH, com apoioda Visa-SC, Anvisa e Afalesc.

Mesmo com teorias existentes hámais de 500 anos, a terapia floral éuma ciência recente, criada na dé-cada de 1930, na Inglaterra. As es-sências florais são preparações lí-quidas ou semi-sólidas criadas apartir de flores e outras partes ve-getais, minerais, radiações ambien-tais, que depois de recolhidos nanatureza são diluídos e servirãocomo auxílio no tratamento de do-enças.

A farmacêutica especializada em

homeopatia Karem Denez explicaque a terapia floral atua no indiví-duo e não na doença, auxilia naharmonização emocional e, conse-qüentemente, transforma estes esta-dos emocionais negativos em atitu-des mais positivas. Ou seja, a tera-pia floral é uma ciência que acredi-ta que a saúde física esta diretamen-te ligada ao modo de pensar, agir esentir. Pensamentos ruins associadosà fadiga, estresse, períodos de difi-culdades no dia-a-dia e outros fato-res podem facilitar transtornos fisi-ológicos que podem agravar peque-nas enfermidades.

O evento alertou para a necessi-dade de regulamentar a terapia flo-ral, já que somente um profissionalcom conhecimentos teóricos e práti-cos adequados poderá escolher asessências que serão mais eficazes.Foram cerca de 50 participantes ea iniciativa foi elogiada pela maio-ria.

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Junho / Julho de 2008 • 17Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

ATIVIDADES DO CRF/SC

Programa das FarmáciasNotificadoras continua em 2008Coordenadora doPrograma, a vice-presidente HortênciaMuller Tierling destaca opapel do farmacêuticodentro da saúde pública,como notificador dereações adversas

Está sendo programada a tempo-rada 2008 do Programa FarmáciasNotificadoras, organizada peloCRF/SC e dando seqüência ao pro-grama de Farmacovigilância im-plantado pela Anvisa em parceriacom o Conselho e com a VigilânciaSanitária do Estado (Visa-SC). Asfarmácias e drogarias recebem umselo de identificação e passam ainformar desvios de qualidade dosmedicamentos, ineficácia, assimcomo reações adversas nos pacien-tes.

São 11 estados brasileiros parti-cipantes do programa, e Santa Ca-tarina foi o segundo estado a se in-tegrar, desenvolvendo os cursos decapacitação gratuitamente. Em trêsanos de atividades, foram 1.686participantes, com 315 empresascadastradas, que receberam o selode Farmácia Notificadora. Os cur-sos foram realizados nas cidades deFlorianópolis, Criciúma, Blumenau,Joinville, Lages, Chapecó e Caça-dor, onde os inscritos vieram de todaa região.

A vice-presidente do CRF/SC, Hor-tência Muller Tierling, é a coorde-nadora do Programa pelo Conselhoe participou, no dia 31 de maio, do1º Encontro dos Farmacêuticos No-

tificadores do Estado de São Paulo,onde representou o estado de SantaCatarina. Hortência destacou a atu-ação dos farmacêuticos catarinen-ses que aderem anualmente ao pro-grama para, de forma voluntária,notificar as reações adversas aosmedicamentos. "Prestando esse tipode serviço ao usuário e se tornandouma Farmácia Notificadora, a far-mácia está deixando de ser um es-tabelecimento meramente comerci-al e se comprometendo com a saúdepública", destaca a vice-presidentedo CRF/SC.

O diretor-presidente da Anvisa,Dirceu Raposo de Mello, concordacom a afirmação, lembrando que oprograma de Farmacovigilância eas capacitações realizadas atravésdele visam orientar e conscientizaro profissional farmacêutico do seupapel enquanto observador paragarantir um maior controle dos me-dicamentos. Mello destacou tam-bém a parceria com o CRF: "O con-selho é um instrumento aglutinadordos profissionais farmacêuticos",disse.

Reconhecido internacionalmentepela Organização Mundial de Saú-de, OMS, em janeiro de 2006, o Pro-grama de Farmacovigilância reali-za a capacitação dos profissionaisfarmacêuticos e cadastra o estabe-lecimento com o selo de FarmáciaNotificadora. Além de preparar oprofissional para discernir se a in-formação do usuário é ou não umareação adversa, através da capaci-tação, o programa inclui outrastarefas, como o acompanhamentodas atividades realizadas pelos es-tabelecimentos cadastrados.

Acompanhe no site do CRF/SC ocalendário de cursos previstos para2008 e seja mais um farmacêuticodesta rede.

Em Santa Catarina:• 1.686 farmacêuticos participaram

do programa;• 315 empresas são cadastradas

como Notificadoras.

O Conselhodisponibiliza materialpara divulgação dasfarmáciasnotificadoras,solicite o seu pelo [email protected] pelo telefone (48)3222-4702

Junho / Julho de 2008 • 17Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

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18 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

A legislação em vigor e as recomen-dações da Organização Mundial da Saú-de estabelecem que o farmacêutico deveatuar ativamente dentro da farmáciacomunitária. Uma de suas atribuiçõesmais importantes é analisar todas asprescrições recebidas quanto a aspectostécnicos e legais. Caso verifique algumaincompatibilidade ou interação com pe-rigo real ou potencial para o paciente ofarmacêutico deve entrar em contato como prescritor e só dispensar o produto casohaja confirmação expressa1,2. Se nãoconseguir se comunicar ou caso não hajaconfirmação clara, o farmacêutico ficaimpedido de dispensar o medicamento epode anotar os motivos da recusa no ver-so da receita, devolvendo-a ao pacien-te2.

Felizmente, apenas uma minoria dasinterações apresenta relevância clínica3.Outras, porém, colocam em risco a efeti-vidade do tratamento e até mesmo a vidados pacientes4. Como proceder então paraatuar preventivamente nos casos de ris-co mas sem se tornar um empecilho aoacesso a medicamentos que só interagemnos livros? Para isso é necessário umconhecimento geral das interações porgrupos farmacológicos, mas também oacesso a fontes de informação confiáveispara consultas de rotina. Estas não de-vem apenas informar que determinadainteração é possível, mas também espe-cificar a importância clínica, se a rea-ção é demorada ou imediata, o mecanis-mo provável e principalmente quais pro-vidências devem ser tomadas frenteaos riscos apresentados. Em alguns ca-sos será necessário recusar a dispensa-ção, porém na maioria das vezes apenasaconselhamentos e acompanhamento dotratamento serão suficientes.

Uma interação medicamentosa ocorre

quando um medicamento interfere naação de outro, ou seja, a administraçãoconcomitante (ou subseqüente) de dois(ou mais) medicamentos resulta em efei-tos diferentes daqueles observados quan-do cada um é usado isoladamente4. Es-sas interações nem sempre conduzem aresultados prejudiciais, ao contrário,algumas vezes são usadas em benefíciodo paciente, possibilitando a redução dadose de um dos fármacos (com conseqüen-te diminuição dos efeitos indesejáveis)ou amentando a efetividade do tratamen-to5,6. Um exemplo é a combinação dalevodopa com inibidores periféricos dadescarboxilase de L-aminoácidos aromá-ticos (como a carbidopa e a benserazi-da) na Doença de Parkinson. A adminis-tração da levodopa tem como objetivofornecer o precursor para a formação dedopamina no sistema nervoso central(SNC). Entretanto, se a levodopa foradministrada isoladamente sofrerá des-carboxilação intensa no intestino e ou-tros locais periféricos, restando menos de1% do fármaco para penetração no SNC.Além disso, a conversão da levodopa àdopamina na periferia resulta em efei-tos indesejáveis ao paciente, principal-mente náusea. Desta forma, a levodopaquase sempre é administrada em associ-ação com carbidopa ou benserazida paraque esta interação benéfica resulte nadiminuição da dose administrada e naredução de reações adversas6.

Um fármaco pode interferir na respos-ta de um tecido a outro fármaco, produ-zindo efeitos iguais (agonismo) ou atra-vés do bloqueio do efeito (antagonismo).Esse tipo de interação é chamado inte-ração farmacodinâmica e não altera aconcentração do fármaco que chega aolocal de ação. Do outro lado, as intera-ções farmacocinéticas alteram os proces-

ARTIGO

Interações medicamentosas:conhecer para não temer

JACKSON CARLOS RAPKIEWICZMestre em FarmacologiaFarmacêutico do Centro de Informação sobre Medicamentos do CRF-PR

sos de absorção, distribuição, metabo-lismo ou excreção dos fármacos, provo-cando diferenças na magnitude ou naduração do efeito7. Para que essas inte-rações sejam clinicamente importantesé necessário que o medicamento que estásofrendo influência tenha uma faixa te-rapêutica estreita (nesse caso uma pe-quena redução no efeito pode levar aperda de eficácia ou um pequeno au-mento no efeito pode levar a toxicidade)e que, no caso de interações farmacoci-néticas, sua curva concentração-respos-ta seja inclinada, de modo que uma pe-quena alteração na concentração plas-mática resulte em alteração substancialno efeito8.

INTERAÇÕES FARMACODINÂMICAS

Uma interação farmacodinâmica quepode ter importância clínica é o siner-gismo entre fármacos depressores doSNC. Apesar de serem comumente utili-zados em conjunto, a associação dessesfármacos pode resultar em sedação adi-cional, o que pode, por exemplo, provo-car dificuldade para dirigir automóveise operar máquinas. Em casos mais seve-ros, é possível ocorrer depressão da re-gulação respiratória, podendo ocasionarmortes6. Casos recentes de óbitos divul-gados na imprensa podem ter sido con-seqüência do uso de vários depressoresdo SNC em conjunto. O lutador RyanGracie, por exemplo, teria ingerido al-prazolam antes de ser preso e dentro dacela teria sido medicado com haloperi-dol, clozapina, diazepam, topiramato,prometazina e captopril9. Segundo pu-blicado na mídia, o laudo do InstitutoMédico Legal concluiu que Ryan mor-reu devido a um colapso do SNC que

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Junho / Julho de 2008 • 19Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

resultou em parada cardiorrespirató-ria10. Outra morte recente foi a do atoraustraliano Heath Ledger. Segundo di-vulgado pelos meios de comunicaçãoLedger teria feito uso concomitante dedois analgésicos opióides (oxicodona ehidrocodona), três benzodiazepínicos(diazepam, temazepam e alprazolam) edo anti-histamínico sedante doxilamina.Acredita-se que os medicamentos foramprescritos por diferentes médicos que nãosabiam que o ator já utilizava outrosfármacos e que a interação entre eles(mesmo em doses terapêuticas) teria pro-vocado sua morte11,12.

A duplicação terapêutica tambémpode representar um perigo para paci-entes deprimidos que consultam médi-cos diferentes. Em muitos casos o paci-ente não relata que já faz uso de outrosmedicamentos e pode receber a prescri-ção de fármacos com ação semelhanteemitidas por médicos diferentes7. A com-binação de antidepressivos raramentetraz benefício terapêutico e pode resul-tar na síndrome serotonérgica, uma con-dição rara, porém potencialmente fataldesencadeada pelo aumento das concen-trações de serotonina no SNC5. A com-binação de antiinflamatórios não-esteroi-dais (AINE) também não traz benefícioterapêutico e não é recomendada poisaumenta o risco de toxicidade gastrin-testinal como ulceração e hemorragias13.

Nem sempre, porém, os mecanismosenvolvidos nas interações farmacodinâ-micas são tão previsíveis. Os AINEs, porexemplo, são capazes de prejudicar ocontrole da pressão arterial proporcio-nado por anti-hipertensivos em decorrên-cia de uma menor produção de prosta-glandinas vasodilatadoras e natriuréti-cas renais5,8,13. Esta interação pode tersignificado clínico importante, tendo emvista o grande número de hipertensos quefazem tratamento concomitante de do-enças articulares com AINEs5.

INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS

Enquanto as interações farmacodinâ-micas são mais previsíveis, uma vez queestão relacionadas com o mecanismo deação dos fármacos, as interações farma-cocinéticas são mais difíceis de serem

previstas. A interferência de um medi-camento na ação de outro pode ocorrerjá no trato gastrintestinal quando a ab-sorção pode ser impedida. Fármacoscomo cetoconazol, por exemplo, necessi-tam de um ambiente ácido para seremabsorvidos. Caso seja utilizado com ome-prazol sua biodisponibilidade pode serdiminuída e comprometer a eficácia dotratamento14. A presença de alimentosno tubo digestivo, apesar de muitas ve-zes minimizar efeitos irritativos dos fár-macos, também pode alterar a absorçãode alguns medicamentos. Antibióticos daclasse das fluoroquinolonas e das tetra-ciclinas são capazes de formar quelatosquando administrados com produtos ri-cos em cálcio como leite e derivados. Oscomplexos formados são pouco solúveise provocam diminuição da dose absorvi-da14.

Os fármacos também podem compe-tir entre si pela ligação às proteínasplasmáticas. O deslocamento de um fár-maco do seu sítio de ligação resulta emuma maior quantidade livre que fica,portanto, disponível para exercer suaação farmacológica. Isso poderia resul-tar no aumento do efeito ou até mesmoem toxicidade, porém, na maioria doscasos, uma maior quantidade de fár-maco livre resulta em maior excreçãorenal, restabelecendo-se um novo esta-do de equilíbrio dinâmico. As poucasinterações importantes neste caso ocor-rem quando um fármaco A, além de des-locar um fármaco B de seus locais deligação nas proteínas plasmáticas, tam-bém diminui sua excreção renal. Istopode ocorrer quando metotrexato e áci-do acetilsalicílico são administrados aomesmo paciente, resultando em umamaior toxicidade do metotrexato, carac-terizada por pancitopenia, necrólise epi-dérmica e toxicidade gastrintestinal4.

Alterações no metabolismo de fárma-cos são uma importante causa de inte-ração entre medicamentos. São conhe-cidos mais de 200 fármacos capazes deinduzir enzimas hepáticas, enquantooutros podem inibir enzimas do sistemaP450. Fármacos como fenobarbital, fe-nitoína, carbamazepina e rifampicinasão indutores enzimáticos conhecidosque podem diminuir a ação farmacoló-gica de substâncias terapêuticas impor-

tantes como os contraceptivos orais e avarfarina, ocasionando gravidez inde-sejada e redução da hipoprotrombine-mia4,8. Para os fármacos que têm seumetabolismo aumentado pode ser neces-sário um aumento da dose quando o usodo indutor enzimático é iniciado e umaredução quando seu uso é descontinua-do4. Quando se fala em casos relevan-tes de inibição enzimática, os princi-pais fármacos que aparecem na litera-tura são cimetidina e eritromicina4. Acimetidina pode inibir o metabolismode antidepressivos tricíclicos, anticoa-gulantes derivados da cumarina e daidandiona, metoprolol, propranolol, fe-nitoína e xantinas (aminofilina, cafeí-na e teofilina), podendo ocorrer toxici-dade13. Em alguns casos o uso de outrosantagonistas H2 como ranitidina e fa-motidina pode ser uma boa alternati-va14. Já a eritromicina pode inibir ometabolismo de astemizol, cisaprida eterfenadina, podendo ocorrer toxicida-de cardíaca severa e morte13,15. Tam-bém podem ter importância clínica re-levante as reações do tipo dissulfiram.De forma semelhante ao que ocorrequando o dissulfiram é ingerido, certosfármacos podem inibir o metabolismodo álcool causando acúmulo de acetal-deído. Isto resulta em sintomas comorubor, sudorese, palpitações, náusea evômito. Medicamentos contendo metro-nidazol, isotretinoína, certas cefalospo-rinas, cloranfenicol, hidrato de cloral,nitrofurantoína e a combinação de sul-fametoxazol e trimetoprima podem pro-vocar o efeito dissulfiram e, por isso,não devem ser ingeridos com etanol4,16.

Por fim, podem ocorrer ainda intera-ções na excreção renal de fármacos, quegeralmente envolvem o transporte tu-bular ativo. A quinidina, por exemplo,diminui a excreção renal da digoxina,podendo ocorrer acúmulo e toxicidade.A probenecida foi desenvolvida com oobjetivo de inibir a secreção tubular daspenicilinas, prolongando assim a suaação. A reabsorção passiva de ácidos ebases fracas também pode ser alteradaem função de mudanças no pH uriná-rio, porém, poucos fármacos (como fe-nobarbital, salicilatos, anfetamina)parecem sofrer influência desta altera-ção4.

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20 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

Um terceiro tipo de interação, cha-mado de interação farmacêutica,pode ocorrer in vitro levando à inati-vação de um ou mais fármacos. A as-sociação de penicilinas e antibióti-cos aminoglicosídeos, por exemplo,pode resultar em inativação mútuasignificativa13. Certas preparações in-

jetáveis também podem interagir como recipiente em que estão sendo pre-paradas. Um bom exemplo desse tipode situação ocorre com soluções con-centradas do antineoplásico paclita-xel. Quando as soluções do fármacosão manipuladas em recipientes ouequipamentos de cloreto de polivini-

la (PVC), o plastificante dietilhexilf-talato presente nesses equipamentospode ser extraído para a solução14,17

e infundido no paciente. O agente res-ponsável por essa extração não é opaclitaxel em si, mas um surfactan-te presente na formulação17.

MOTIVO

Possuem margem desegurança estreita

São inibidores de enzimashepáticas

São indutores de enzimashepáticas

São fármacos extensivamentemetabolizados por enzimashepáticas

Antiarrítmicos (ex: quinidina)Antineoplásicos (ex: metotrexato)DigoxinaLítioTeofilinaVarfarina

CetoconazolCimetidinaCiprofloxacinoClaritromicinaDiltiazemEritromicinaFluconazolFluoxetina

Barbitúricos (ex: fenobarbital)CarbamazepinaFenitoínaRifampicinaErva-de-São-João

AlprazolamAmitriptilinaAtorvastatinaCarbamazepinaClozapinaCorticosteróidesCiclosporinaDiazepamFenitoínaImipraminaInibidores da proteaseLovastatinaMidazolamOlanzapina

FÁRMACOS QUE PODEM ESTAR ENVOLVIDOS EM INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIALMENTE GRAVES7

FluvoxaminaItraconazolNefazodonaParoxetinaRitonavirTelitromicina

SildenafilaSinvastatinaTacrolimoTadalafilaTeofilinaTriazolamVardenafilaVarfarina

INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS

EXEMPLOS

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Junho / Julho de 2008 • 21Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

1. BRASIL. Lei nº 5991 de 17 de de-zembro de 1973. Dispõe sobre o con-trole sanitário do comércio de dro-gas, medicamentos, insumos farma-cêuticos e correlatos e dá outras pro-vidências. Diário Oficial da União,Brasília, 19 dez. 1973.

2. BRASIL. Conselho Federal de Far-mácia. Resolução nº 357 de 20 deabril de 2001. Aprova o regulamen-to técnico das Boas Práticas de Far-mácia. Diário Oficial da União, Bra-sília, 27 abr. 2001.

3. DURÃO, A.M.; TEOFILO, E.; CI-MADEIRA, F. Interações medica-mentosas. In: SOARES, M. A. Me-dicamentos não prescritos: Aconse-lhamento farmacêutico. 2. ed. Lis-boa: Associação Nacional das Far-mácias, 2002.

4. TATRO, D.S. Drug Interaction Facts.California: Facts & Comparisons,2002.

5. FUCHS, F.D.; WANNMACHER, L.;FERREIRA, M.B.C. FarmacologiaClínica. Fundamentos da Terapêuti-ca Racional. 3. ed. Guanabara Koo-gan, Rio de Janeiro, 2004.

6. BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PA-RKER, K.L. Goodman & Gilman's thepharmacological basis of therapeu-tics. 11. ed. New York: McGraw-Hill,2005.

7. BEERS, M.H. The Merck Manualof Diagnosis and Therapy. 18. ed.Whitehouse Station: Merck Resear-ch Laboratories, 2006.

8. RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER,J.M.; MOORE, P.K. Farmacologia.5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

9. O coquetel do Dr. Sabino. Uma mis-tura explosiva pode ter matado o lu-tador Ryan Gracie numa delegaciade São Paulo. Disponível em:<http://veja.abril.com.br>. Acessoem 11 mar. 08.

10. Interação de medicamentos causoua morte de Ryan Gracie. Disponívelem: <http://oglobo.globo.com>.Acesso em 11 mar. 08.

11. How prescription medications kil-led Heath Ledger - and how to pre-vent it from happening to you. Dis-ponível em:<www.edrugsearch.com>. Acessoem 11 mar. 08.

12. Combinação de calmantes aumen-ta efeitos colaterais. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br>.Acesso em 11 mar. 08.

13. THE UNITED STATES PHARMA-COPEIAL CONVENTION. USP DI:Drug Information for the Health CareProfessional. 23. ed. Greenwood Vi-llage: Thomson MICROMEDEX,2003. v. 1.

14. DRUGDEX SYSTEM. ThomsonMicromedex. Disponível em: <http://www.thomsonhc.com>. Acesso em18 mar. 08.

15. MARTINDALE: The Complete DrugReference. Pharmaceutical Press. Dis-ponível em: <http://www.thomsonhc.com>. Acesso em 18mar. 08.

16. Drug-induced disulfiram-like reac-tions. In: DRUGDEX CONSULTS.Thomson Micromedex. Disponívelem: <http://www.thomsonhc.com>.Acesso em 18 mar. 08.

17. TRISSEL, L.A. Handbook on in-jectable drugs. 14. ed. Bethesda:American Society of Health-SystemPharmacists, 2007.

REFERÊNCIAS

Exemplo de uma interação farmacocinética: o efeito de uma doseúnica de varfarina sobre o tempo de protrombina em condiçõesnormais (curva vermelha) e após a administração de rifampicina(curva verde). Figura adaptada da referência nº 8

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22 • Junho / Julho de 2008 Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

TODO FARMACÊUTICO DEVE SABER

Art. 582 - Os empregadores são obriga-dos a descontar, da folha de pagamento deseus empregados relativa ao mês de marçode cada ano, a contribuição sindical por es-tes devida aos respectivos sindicatos

Art. 583 - O recolhimento da contribui-ção sindical referente aos empregados e tra-balhadores avulsos será efetuado no mês deabril de cada ano, e o relativo aos agentes outrabalhadores autônomos e profissionais li-berais realizar-se-á no mês de fevereiro.

Art. 585 - Os profissionais liberais pode-rão optar pelo pagamento da contribuiçãosindical unicamente à entidade sindical re-presentativa da respectiva profissão, desdeque a exerça, efetivamente, na firma ou em-presa e como tal sejam nelas registrados

Art. 589 - Da importância da arrecada-ção da contribuição sindical serão feitos osseguintes créditos pela Caixa Econômica Fe-deral, na forma das instruções que foremexpedidas pelo Ministro do Trabalho:

II - para os trabalhadores:

a) 5% (cinco por cento) para a confe-deração correspondente; b) 10% (dez porcento) para a central sindical; c) 15%(quinze por cento) para a federação; d)60% (sessenta por cento) para o sindica-to respectivo; e) 10% (dez por cento) paraa 'Conta Especial Emprego e Salário';

Art. 600 - O recolhimento da contribui-ção sindical efetuado fora do prazo referidoneste Capítulo, quando espontâneo, seráacrescido da multa de 10% (dez por cento),nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adici-onal de 2% (dois por cento) por mês subse-qüente de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção mone-tária, ficando, nesse caso, o infrator, isentode outra penalidade.

Art. 601 - No ato da admissão de qual-quer empregado, dele exigirá o empregadora apresentação da prova de quitação do im-posto sindical.

Art. 602 - Os empregados que não estive-rem trabalhando no mês destinado ao des-conto da imposto sindical serão desconta-

dos no primeiro mês subseqüente ao do rei-nício do trabalho.

Parágrafo único - De igual forma seprocederá com os empregados que fo-rem admitidos depois daquela data e quenão tenham trabalhado anteriormentenem apresentado a respectiva quitação.

Art. 604 - Os agentes ou trabalhadoresautônomos ou profissionais liberais são obri-gados a prestar aos encarregados da fisca-lização os esclarecimentos que lhes foremsolicitados, inclusive exibição de quitação doimposto sindical.

Art. 607 - É considerado como documentoessencial ao comparecimento às concorrênciaspúblicas ou administrativas e para o forneci-mento às repartições paraestatais ou autárqui-cas a prova da quitação do respectivo impostosindical e a de recolhimento do imposto sindical,descontado dos respectivos empregados.

Art. 608 - As repartições federais, esta-duais ou municipais não concederão registroou licenças para funcionamento ou renova-ção de atividades aos estabelecimentos de em-pregadores e aos escritórios ou congêneresdos agentes ou trabalhadores autônomos eprofissionais liberais, nem concederão alva-rás de licença ou localização, sem que sejamexibidas as provas de quitação do impostosindical, na forma do artigo anterior.

Categoria Piso Mínimo R$

Comércio R$ 1.500,00*Distribuidoras R$ 1.350,00Hospitalar R$ 1.350,00Indústrias R$ 1.150,00Laboratórios R$ 1.960,00

*Exceto região da Grande Florianópolis,que se encontra em dissídio.

Negociação fecha pisossalariais para 2008/2009

Os artigos 578 a 610 da CLT regulamentam o imposto sindical. Veja alguns artigos importantes:

Está prevista nos artigos 578 a 591 daCLT e na Constituição Federal (art. 8º, IV).

Possui natureza tributária, ou seja, é umimposto.

É recolhida compulsoriamente (ou seja, éOBRIGATÓRIO) e tem datas previstas pararecolhimento com previsão de multa e jurospelo atraso, já estipulados por lei.

Os empregadores também pagam este im-posto para o seu sindicato patronal, cujo reco-lhimento é no mês de janeiro (imposto patro-nal).

Existem duas maneiras de pagar a contri-buição sindical:

• Recolhimento pelos trabalhadores no mêsde abril de cada ano, referente a "um diade trabalho" do mês de março.

• Recolhimento pelos profissionais liberaisno mês de fevereiro, até o dia 28; estevalor é sugerido pela CNPL e este ano é deR$ 100,00. O farmacêutico que opta pelo

pagamento através deste boleto fica isen-to da Contribuição Confederativa. O art. 8º, IV, da Constituição da Repúbli-

ca, prevê o recolhimento anual por todos aque-les que participem de uma determinada cate-goria econômica ou profissional, ou de umaprofissão liberal, independentemente de seremou não associados a um sindicato.

Não é uma "filiação" ao sindicato, é umimposto como IPVA, IPTU, etc... que temosque pagar todo ano.

É obrigatória para o exercício profissio-nal conforme artigo 599 da CLT. Para sindica-lizar-se o farmacêutico paga em caráter facul-tativo um valor de anuidade, que esse ano é deR$ 50,00. Uma vez sindicalizado, o farmacêu-tico tem assessoria jurídica trabalhista garan-tida e descontos nos eventos promovidos peloSINDFAR-SC.

Não é uma renda integral para o sindicatoque a recolhe. A contribuição é dividida, na

forma da lei, entre aos sindicatos, federações,confederações, centrais sindicais e a "ContaEspecial Emprego e Salário", administrada peloMTE (60% para os sindicatos, 15% para asfederações, 5% para as confederações, 10%para a conta especial do Ministério do Traba-lho e Emprego (MTE), 10% centrais sindi-cais).

O objetivo da cobrança é o custeio dasatividades sindicais e os valores destinados à"Conta Especial Emprego e Salário" integramos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalha-dor (FAT).

A lei prevê a cobrança deste imposto pelosConselhos Profissionais, inclusive a suspensãodo exercício profissional (artigo 599 da CLT).

O sindicato não possui um perfeito con-trole sobre esta arrecadação, limitando-se aconhecer as importâncias que são creditadaspela Caixa Econômica Federal, em conta-cor-rente, mantida para este fim específico.

Sobre a contribuição sindical

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Junho / Julho de 2008 • 23Conselho Regional de Farmácia - CRF-SC

AGENDA

LIVROS

O Farmacêutico na atenção à SaúdeBenedito Carlos Cordeiro e Silvana Nair

Leite (Orgs.).Editora Univali.E-mail: [email protected]

CONCURSO

O Conselho Regional de Farmácia de Santa Catari-na (CRF/SC) realizou Concurso Público para preen-chimento de vaga e cadastro de reserva técnica doQuadro de Empregados no dia 8 de junho de 2008.Inscreveram-se cerca de 750 candidatos para: admi-nistrador, advogado, analista de sistemas, contador,farmacêutico fiscal, jornalista, atendente técnico, au-xiliar de serviços gerais e motorista. A realização doconcurso esteve a cargo da empresa GPG Concursos(www.gpgconcursos.com.br). O resultado será divul-gado dia 1º de julho.

CURSOS

Mestrado em Saúde e Gestão do TrabalhoInício das aulas em 7/10/2008, em Itajaí. Pós Gradua-

ção UNIVALI.Informações: Fone: (47) 33-41-7932E-mail: [email protected]: www.univali.br/mestradosaude

Especialização em Hematologiae Hemoterapia Laboratorial

Início das aulas em junho de 2008, em Florianópolis.Especialização UNISUL/HEMOSC.

Informações: Fone: (48) 36213000E-mail: [email protected]: www.unisul.brHorários de funcionamento do curso: as sextas-feiras das

18h30min às 22h30min e aos sábados das 8h às 12h e das13h às 18h30min. Encontros quinzenais.

EVENTOS

Workshop Validação Analítica e Perfil deDissolução, com a Dra. Margareth Marques

Organização da Comissão de Indústria do CRF/SC. Dias 25 e 26 deagosto de 2008, no Hotel Baía Norte.

Inscrições: confira no site da Comissão de Indústria.Investimento: R$ 30,00 por 1 dia e R$ 50,00 por 2 dias.

II Fórum de Educação Farmacêutica de SCOrganização da ABENFAR, com apoio da Comissão de Ensino do

CRF/SC. Dias 31 de julho e 1° de agosto, em Florianópolis.

Workshop sobre "Produtos de Degradação"Vagas Limitadas - 25 participantesInvestimento: R$ 250,00Data: 25/07/08 - 8 horas de cursoLocal, palestrante e forma de inscrição: confira no site da Comissãode Indústria

Workshop de "Assuntos Regulatórios"Data: 25 e 26/setembro.Investimento: R$ 50,00Participação da ANVISA e Febrafarma.Local, palestrante e forma de inscrição: confira no site da Comissãode Indústria.