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COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR DARCY JOSÉ COSTA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIONÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CAMPO MOURÃO
MUNICÍPIO DE CAMPO MOURÃO - PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
OUTUBRO /2007
1
SUMARIO
Apresentação.......................................................................................02
1.1 Caracterização da Instituição...........................................................04
2 Aspectos Históricos..............................................................................04
3 Organização e Disponibilidade do espaço físico..................................07
4 Caracterização do Atendimento..........................................................08
5 Recursos Humanos..............................................................................10
6 Caracterização da População...............................................................11
7 Objetivos..............................................................................................18
8 Princípios Filosóficos do Trabalho Escolar............................................19
9 Princípios Norteadores da Educação....................................................20
10 Descrição da realidade atual.............................................................21
11 Contradições e conflitos presentes na prática pedagógica...............33
12 Concepção direcionador do trabalho no Colégio...............................40
13 Critérios de organização interno do Colégio......................................45
14 Organização Curricular......................................................................49
15 Operacionalização da gestão e práticas pedagógicas.......................50
16 Papel especifico de cada segmento do Colégio.................................51
17 Papel das instâncias colegiadas........................................................58
18 Critérios de organização interno do Colégio......................................62
19 Recursos que a escola dispõe para realizar seu projeto....................64
20 Plano de ação da equipe pedagógica................................................66
21 Proposta curricular por disciplina do Ens. Fundamental ....................70
22 Proposta Curricular por disciplina do Ens. Médio..............................156
22 Projetos Desenvolvidos pelo Colégio ................................................227
23 Sala de Recurso................................................................................ 226
24 Referencias Bibliografias...................................................................259
2
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professor Darcy José Costa foi
elaborado para nortear a linha de ação e direcionar os trabalhos necessários à
prática de ensino- aprendizagem, sendo elaborado pela equipe pedagógica,
administrativa, serviços gerais, corpo docente e discente e comunidade escolar
para o período de 2006 a 2010.
Considerando que o Ensino Público ainda não vem atendendo satisfatoriamente à
demanda de interesses da sociedade, fez-se necessário a montagem deste
projeto, que contém alternativas variadas de mudanças, inovações e soluções
para os problemas vividos diariamente na comunidade escolar.
A construção deste projeto está embasada no comportamento de todos, em
teorias sociais, educacionais, econômicas, estudos de grupos, reuniões com
profissionais da área, clientela, comunidade escolar, integrantes da sociedade,
documentos de estruturação da SEED, cursos e oficinas práticas de interação e
reflexão sobre o assunto.
A partir deste trabalho, os resultados esperados são: educandos preparados para
participar com igualdade onde quer que estejam, sendo capazes de fazer a
diferença, atuando como agentes transformadores do mundo e visando o bem de
todos como seu maior objetivo. Portanto, cabe a nós buscarmos cumprir com
responsabilidade e dinamismo o nosso papel enquanto coadjuvantes neste
processo de transformação da sociedade, otimizando o exercício de uma
cidadania responsável.
3
1. INTRODUÇÃO
1.0 Identificação do Estabelecimento de Ensino
1.1.Caracterização da Instituição
Denominação da Instituição : Colégio Estadual Professor Darcy José Costa
– Ensino Fundamental e Médio.
Dependência Administrativa: Rede Estadual de Ensino, tendo como
entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná.
Endereço: Situado na região Asa Leste do Município, na Rua do Bicudo, 100 –
Conjunto Habitacional Parigot de Souza, CEP – 87.310-590, pertencente ao
Núcleo Regional de Ensino de Campo Mourão, Município de Campo Mourão,
Estado do Paraná.
Documentação da Instituição
Curso Resolução Reconhecimento
Fundamental 3805/90 1815/02
Médio 1436/00 197/04
2. ASPECTOS HISTÓRICOS
2.1. Histórico do Estabelecimento
Características peculiares fazem a história do Colégio Estadual Professor Darcy
José Costa – Ensino Fundamental e Médio. Entre elas, destaca-se o fato de que o
surgimento do Conjunto Habitacional Parigot de Souza, na década de 1980,
acarretou a necessidade de uma escola para atender aos novos moradores.
No final do ano de 1990, a obra já estava em fase final de construção e em
dezembro de 1990, iniciaram-se as matrículas de 5ª e 6ª séries. Foram
matriculados 206 alunos de 5ª e 82 alunos de 6ª séries, distribuídos em dois
períodos: manhã e noite.
4
A Escola foi autorizada a funcionar com o Ensino Fundamental através da
Resolução 3.805/90 de 07 dezembro de 1990, na gestão do governador Senhor
Álvaro Dias, portanto, a entidade mantenedora é o Estado do Paraná. Já em 03 de
maio de 2000, através da Resolução 1.436/2000, foi autorizado o funcionamento
do Ensino Médio, período noturno.
Para dirigir a Escola foi indicada, pela chefia do Núcleo Regional de Educação, a
professora Eunice Maria Schuab Costa, por ter sido esta esposa do professor
Darcy José Costa. A convite da Senhora Diretora foi designado para o cargo de
Secretária, a professora Maria Odila Previato Pereira Costa, iniciando, em 1991,
as atividades com os alunos.
Para Equipe Pedagógica foi empossada, no dia 01 de março de 1991, a
professora pedagoga Juraci Alves, e a primeira professora removida para a escola
foi a professora de Língua Portuguesa, Rosângela Shikasho Nagima.
O prédio onde se iniciaram as atividades escolares é de propriedade da
Prefeitura Municipal de Campo Mourão, onde funcionava a Escola Municipal
Daniel Portela, parceria que permaneceu até o final do ano letivo de 1998.
Atualmente, as dependências são utilizadas apenas pelo Colégio Estadual
Professor Darcy José Costa – Ensino Fundamental e Médio, dando continuidade à
parceria com o Município de Campo Mourão.
2.2. Histórico da Comunidade
A história da comunidade escolar onde o colégio está localizado se funde com a
própria construção do prédio e com a história deste estabelecimento de ensino.
Sendo assim, o espaço educacional se expandiu com o crescimento dos bairros,
através de solicitações e de reivindicações junto às autoridades competentes,
visto que as famílias, em sua maioria, pertencentes à classe baixa, tinham
dificuldades para que seus filhos se locomovessem para outras escolas centrais
do município.
Um dos fatores que sempre influenciaram a comunidade escolar, na década de
90, foi o constante vai e vem das famílias que migravam e emigravam de outros
5
bairros e municípios circunvizinhos, na busca de moradias habitacionais e
melhores empregos.
Atualmente, o Colégio atende a toda a asa leste do município de Campo Mourão
procurando sempre, através do diálogo, oferecer alternativas que facilitem e
priorizem o bem estar da comunidade onde o mesmo está inserido.
2.3. Biografia do Patrono
Nasce Darcy José Costa no dia 05 de setembro de 1940, no Município de Siqueira
Campos, Estado do Paraná, filho do casal Sebastião Messias Costa e Lúcia
Gouvêa Costa,
Em 1949, concluiu o primário no Grupo Escolar Professor Francisco Guimarães.
Em 1957, no Colégio Estadual Professor João D’Oliveira Gomes, atual Colégio
Estadual de Campo Mourão, concluiu o antigo ginásio.
Iniciou o 2º grau no mesmo Colégio, terminando em Curitiba, Estado do Paraná,
na Escola Técnica de Comércio Plácido e Silva.
Na vida profissional, exerceu a profissão de contador por cerca de 20 anos, foi
professor em Jesuítas e em Campo Mourão, na área de contabilidade por 16 anos,
no Colégio Estadual de Campo Mourão, e coordenador regional do IPÊ (Instituto
de Previdência do Estado do Paraná), durante 02 anos.
Em 1964, casou-se com a Professora Eunice Maria Schuab Costa, desta união
tiveram 04 filhos, vivendo nesta cidade por trinta anos. Faleceu em setembro
de 1986.
6
3.ORGANIZAÇÃO E DISPONIBILIDADE DO ESPAÇO FÍSICO.
Recursos Físicos e Materiais
Relação dos ambientes Quantidade
Salas de Aulas 12
Sala da Direção 01
Sala da Orientação 01
Sala dos Professores 01
Sala de Vídeo 01
Sala de Hora Atividade 01
Secretaria 01
Sala de Arquivos 01
Sala Grêmio Estudantil 01
Sala de Apoio 01
Sala de Educação Física 01
Lab. de Biologia-Física-Química 01
Biblioteca 01
Cantina 01
Cozinha 01
Almoxarifado 01
Depósito de Alimentos 01
Salão de multi uso 01
Quadra Poli-esportiva Coberta 01
Vestiário 01
Banheiro de Alunos 04
Banheiro de Funcionários 03
Estacionamento – Ar Livre 01
Pátio Coberto 01
7
4. CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
4.1 Cursos Ofertados
Período Cursos
Manhã Fundamental Médio
Tarde Fundamental
Noite Médio
4.2Turmas
Fundamental
Período Turmas
5a série 6a série 7a série 8a série Total
Manhã 02 02 02 02 08
Tarde 02 02 01 01 06
Total 04 04 03 03 14
Médio
Período Turmas
1o Ano 2o Ano 3o Ano Total
Manhã 02 02 01 05
Noite 01 01 01 03
Total 03 03 02 07
8
4.3Número de Alunos
Fundamental Período Turmas
5a série 6a série 7a série 8a série Total Manhã 68 64 67 67 266Tarde 57 66 30 30 183Total 125 130 97 97Médio Período Turmas
1o ano 2o ano 3o ano Total Manhã 88 46 40 174Tarde 19 28 26 73Total 107 74 66
4.4Número de Alunos Transferidos
Fundamental Período Turmas
5a série 6a série 7a série 8a série Total Manhã 00 00 03 01 04Tarde 03 01 00 02 06Total 03 01 03 03Médio Período Turmas
1o ano 2o ano 3o ano Total Manhã 04 00 00 04Tarde 00 00 01 01Total 04 00 01
9
5. RECURSOS HUMANOS
5.1 Setor Administrativo
Função Quantidade Direção 01 Direção Auxiliar 01 Secretária 01 Técnico Administrativo 06Agente de Execução 015.2 Setor Pedagógico
Função QuantidadeProfessor Pedagogo 055.3 Regência por disciplina - Ensino Fundamental
Função QuantidadeProfessor Língua Portuguesa 05Professor Matemática 05Professor Ciências 06Professor Geografia 03Professor História 02Professor Educação Física 03Professor Educação Artística 03Professor L.E.M. – Inglês 02Professor Lit. Infanto Juvenil 04
Professor Ensino Religioso 025.4 Regência por disciplina - Ensino Médio
Função QuantidadeProfessor Língua Portuguesa 05Professor Matemática 05Professor Química 06Professor Geografia 03Professor História 02Professor Educação Física 03Professor Artes 03Professor L.E.M. – Inglês 02Professor Física 04Professor Biologia 02Professor Filosofia 02Professor Sociologia 025.5 Setor Funcional
Função Quantidade Serviços Gerais 11
OBS. : Ver anexo o quadro de pessoal por ordem alfabética, função e formação.
10
6. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Para caracterizar com precisão a população atendida por este Colégio, fez-se
necessário conhecer a realidade da nossa comunidade. Para isso, foram
distribuídos aos alunos e pais um questionário sócio-econômico, com o intuito de
se fazer um diagnóstico da situação atual, buscando as características da nossa
comunidade escolar.
As grandes oportunidades que a nova legislação oferece, apesar de
importantíssimas, não bastam, pois é necessário que as mudanças sejam
pensadas e recriadas dentro da própria escola com a participação de todos, para
o início dessa mudança. Após a tabulação dos dados, obtivemos o seguinte
resultado:
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR DARCY JOSÉ COSTA - E.F.M.
O presente questionário busca a realidade sócio-econômico-cultural dos alunos,
objetivando a elaboração do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual
Professor Darcy José Costa.
DADOS GERAIS SOBRE O ALUNO
1-Qual o seu estado civil?
(a)Solteiro 98%
(b)casado 02%
(c)separado 00%
(d)união estável (mora junto sem casar) 00%
(e)outro 00%
2-Onde reside?
(a) zona urbana 99%
(b) zona rural 01%
3-Com quem você mora?
(a) pai, mãe e irmãos 35%
(b) mãe 25%
(c) pai 05%
(d) mãe e irmãos 15%
(e) pai e irmãos 03%
11
(f) mãe, padrasto e irmãos 07%
(g) pai, madrasta e irmãos 05%
(h) avós 03%
(i) tios outros parentes 00%
(j) marido e esposa 02%
4-Tem filhos?
(a)Sim 00%
(b)Não 100%
5-Qual o local de sua residência?
(a)Paulista 30%
(b)Aeroporto 10%
(c)Diamante Azul 03%
(d)Condor 03%
(e) Jardim Brasília 00%
(f) Jardim Isabel l00%
(g)Jardim Albuquerque 01%
(h) Ilha Bela 03%
(i) Tropical I e II 07%
(j ) Parigot de Souza 40%
(l) outros 03%
12
6-Qual sua situação quanto à moradia?
(a)casa própria, quitada ou financiada 70%
(b)casa alugada 30%
(c)casa doada 00%
(d)pensão ou pensionato 00%
(e) abrigo (Ágape ou Mão Cooperadora) 00%
7-Com que idade você começou a exercer atividade remunerada?
(a)antes dos 14 anos 10%
(b)entre 14 e 16 anos 10%
(c)entre 16 e 18 anos 30%
(d)após os 18 anos 40%
(e) nunca trabalhou 10%
8-Freqüenta ou freqüentou outros cursos?
(a)Computação 60%
(b)língua estrangeira 05%
(c)cabeleireira / manicure 05%
(d)recepcionista 00%
(e)vendedor 05%
(f)centro de integração 15%
(g) outro. Qual? 10%
9-Que tipo de atividades culturais e de lazer você pratica?
(a)Cinema 0%
(b)Teatro 0%
(c)Dança 20%
(d)trabalhos manuais 00%
(e)circo 01%
(f)leitura 0%
(g)filmes 19%
(h)esportes em geral 60%
13
DADOS GERAIS SOBRE A FAMÍLIA
10-Qual o nível de escolaridade de seu pai?
(a) Sem escolaridade 20%
(b) Ens. Fundamental incompleto 20%
(c) Ens. Fundamental completo 10%
(d) Ens. Médio Incompleto 20%
(e) Ens. Médio completo 15%
(f) Ens. Superior Incompleto 10%
(g) Ens. Superior Completo 04%
(h) Pós-graduação 01%
11-Qual o nível de escolaridade de sua mãe?
(a) Sem escolaridade 10%
(b) Ens. Fundamental incompleto 15%
(c) Ens. Fundamental completo 20%
(d) Ens. Médio Incompleto 15%
(e) Ens. Médio completo 20%
(f) Ens. Superior Incompleto 10%
(g) Ens. Superior Completo 09%
(h) Pós-graduação 01%
12-Qual a principal ocupação de seu pai?
(a) funcionário público 18%
(b) empregado de empresa privada 20%
(c)sócio proprietário de empresa 02%
(d)trabalho remun. pôr conta própria 20%
(e)artista 00%
(f)pastor 01%
(g) trabalha em casa e não é remun. 05%
(h) desempregado 15%
(i) aposentado 05%
(j) trabalhador rural 10%
(k) falecido 04%
13-Qual a principal ocupação de sua mãe?
(a)funcionário público 10%
(b) empregado de empresa privada 05%
14
(c) sócia proprietária de empresa 00%
(d) trabalho remun. pôr conta própria 10%
(e) artista 00%
(f) pastora 00%
(g) trabalha em casa e não e remun. 10%
(h) desempregado 10%
(i) aposentado 05%
(g) trabalhador rural 05%
(h) falecido 05%
(i) empregada doméstica 20%
(j) diarista 20%
14-Participa da escola em que seu filho estuda?
(a)Sempre 10%
(b)Não 30%
(c)às vezes 25%
(d)Somente quando convocado 35%
15-A renda total mensal de sua família se situa na faixa:
(a)até R$ 300,00 60%
(b)de R$301,00 a R$ 600,00 15%
(c)de R$ 601,00 a R$ 900,00 10%
(d) R$ 901,00 a R$ 1.800,00 10%
(e) de R$ 1.801,00 a R$ 3.000,000 5%
(f) acima de R$ 3.000,000 0%
15
16-Quantas pessoas contribuem para a obtenção da renda familiar?
(a)Uma 30%
(b) duas 40%
(c) três 15%
(d) quatro 10%
(e) cinco 05%
(f) seis ou mais 00%
17-Quantas pessoas são sustentadas com a renda familiar?
(a)Uma 00%
(b)Duas 10%
(c)Três 10%
(d)Quatro 15%
(e)Cinco 25%
(f)seis ou mais 40%
18-Que tipo de atividades culturais e de lazer são praticadas pela
família?
(a)Cinema 10%
(b)Teatro 05%
(c)Dança 06%
(d)Trabalhos manuais 20%
(e)Circo 03%
(f)Leitura 01%
(g)Filmes 50%
(h)Esportes em geral 05%
16
QUESTÕES DESTINADAS AOS PAIS OU ALUNOS MAIORES DE 18 ANOS
19-Qual o principal motivo que o levou a matricular seu filho ou
matricular-se no colégio?
(a)Por tratar-se de uma escola pública e gratuita 30%
(b)Pela qualidade de ensino 10%
(c)Pela localização próxima à residência 50%
(d)Por conhecer os profissionais da educação desta escola 05%
(e)Por indicação de pessoas conhecidas 05%
(f)Outros.
Qual?_________________________________________________________
20-Como você vê o processo de ensino- aprendizagem do Colégio?
(a)Excelente 10%
(b)Ótimo 40%
(c)Bom 30%
(d)Regular 20%
(e)Péssimo 00%
21-O que você espera do ensino desta escola?
(a)a aquisição de cultura geral ampla 40%
(b)a aquisição de conhecimentos que permitam compreender melhor o mundo
em que vivemos 10%
(c)a aquisição de conhecimentos que permitam melhorar o nível de instrução do
alunos 05%
(d)que prepare para o vestibular / faculdade 40%
(e)que prepare para o mundo do trabalho 05%
(f)Outros. Qual?_____________________________________________________
17
7. OBJETIVOS
7.1 Objetivo Geral
Este Projeto Político Pedagógico tem como prioridade organizar o trabalho
pedagógico do Colégio Professor Darcy José Costa para o período de 2006/2010,
seguindo os princípios de igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão
democrática e valorização do magistério, com a finalidade de formar um cidadão
participativo, responsável, comprometido, crítico e criativo para a construção de
uma sociedade justa, igualitária e democrática.
7.2 Objetivos Específicos
•Definir as ações educativas e as características necessárias para que a
escola cumpra seus propósitos e intencionalidades;
•Garantir a permanente reflexão dos problemas da escola;
•Buscar alternativas viáveis para a efetivação dos objetivos da escola;
•Propiciar a vivência democrática necessária para a participação de todos os
membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania;
•Organizar o trabalho pedagógico de tal forma que possibilite romper com as
relações competitivas, corporativas e autoritárias;
•Eliminar os efeitos fragmentários da divisão do trabalho no interior da escola,
provenientes da hierarquização dos poderes de decisão.
18
8 . PRINCIPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
Os preceitos legais expressam a importância da Educação e do processo de
escolarização para a população brasileira, exigindo dos Estados, Municípios e de
cada escola, a definição de políticas educacionais que tenham o compromisso
com a qualidade do ensino, de forma a contribuir com a redução das profundas
desigualdades sociais e com a melhoria das condições de vida.
Nesse propósito, pretende-se uma escola que contribua, não só para a leitura
crítica de mundo, mas que eduque para a reflexão, a ação e a transformação, a
partir do entendimento dos acontecimentos sociais, econômicos, culturais e
políticos, tendo como base os princípios éticos, políticos e estéticos, expressos
nas Diretrizes curriculares Nacionais e nos pressupostos da Pedagogia Histórico-
Crítica.
Assim sendo, a linha filosófica que sustenta o pensamento e a ação do Colégio
Professor Darcy José Costa, determina que este seja um local privilegiado para se
aprender a viver e a conviver com êxito. Local onde educadores, funcionários,
alunos e comunidade percebam-se como seres capazes de construir seu futuro
de modo consciente, solidário e feliz.
Este Colégio será um local propício para o “saber ser” e o “saber fazer”, onde
todos se apoderem do existente e o transformem, estando ainda, comprometidos
com o processo educacional, buscando reconhecimento e valorização dos
profissionais e educandos, sendo uma escola que valoriza a cultura e o
conhecimento científico, estando comprometida com a formação do indivíduo
como um todo.
Deste modo, o aluno deverá ser um sujeito crítico e transformador,
comprometido com seus ideais juntamente com os da coletividade, para viver
numa sociedade em que todos tenham os mesmos direitos.
19
9 . PRINCIPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A organização do trabalho no Colégio Estadual Professor Darcy José Costa está
fundada nos princípios que norteiam a escola democrática, pública e gratuita.
Estes princípios são os de igualdade, da qualidade, da gestão democrática, da
liberdade e da valorização do magistério.
A Constituição Federal do Brasil garante, no Artigo 205, a educação como direito
de todos e dever do Estado e da família, visando o pleno desenvolvimento da
pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
O Artigo 206 da Constituição, institucionaliza que o ensino será ofertado a todos,
com base nos princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência
na escola; da liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,
a arte e o saber; do pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; da
gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais; da valorização dos
profissionais do ensino; da gestão democrática do ensino público e da garantia
do padrão de qualidade.
Consultando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96),
observa-se que esta reitera os princípios anteriormente expressos na
Constituição: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Sendo assim, o Projeto Político Pedagógico deste Colégio está constituído dentro
dos princípios citados na Constituição e na LDB, que favorecem o
desenvolvimento da capacidade do aluno e lhe permite apropriar-se de
conhecimentos científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente,
sendo resultante de um processo coletivo de avaliação emancipatória.
20
10. DESCRIÇÃO DA REALIDADE ATUAL
10.1 Realidade Brasileira e Mundial
O mundo contemporâneo atravessa enormes modificações econômicas, sociais,
políticas e culturais. Vivemos um momento histórico intensamente marcado pelo
avanço da globalização e da tecnologia. Ocorre um processo de universalização
da cultura, dos produtos, das trocas, dos custos e do capital.
A educação brasileira necessita de novos olhares sobre ela. A Constituição
Federal promulgada em 1824, já garantia a instrução pública gratuita a todos. A
lei de 15 de outubro de 1827, regulamentou esse preceito e determinou a
construção de escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares
mais populosos. No entanto, o analfabetismo persiste no país, marginalizando a
população desfavorecida.
A educação encontra-se entre os diretos a serem assegurados pelo Estado, como
a saúde, a moradia, o transporte e a segurança. A maioria da população
brasileira não desfruta desses direitos, ou seja, as políticas públicas sociais não
atingem a milhões de cidadãos. Esse quadro é resultante da excessiva
concentração de renda no país. A exclusão social é elevada e isso se reflete na
Educação. O índice de analfabetismo é altíssimo. De acordo com os dados do
MEC, 14,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, são analfabetos; 33
milhões não sabem ler, embora tenham sido formalmente alfabetizados; 4,3
milhões de crianças entre 4 e 14 anos e 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos
estão fora da escola, 1,3 milhões de crianças, entre 10 e 17 anos, estão
trabalhando ao invés de estudar e 4,8 milhões são obrigados a trabalhar e
estudar ao mesmo tempo; apenas 42% da população com 15 anos ou mais
completam a 8ª série. (PEE,2005, p. 12-13). Estes números revelam a exclusão
de milhões de brasileiros de seus direitos à educação. As crianças e jovens que
não estão fora das escolas recebem, segundo o MEC, uma educação de baixa
qualidade, pois, 59% dos alunos da 4ª série não sabem ler adequadamente e,
52% não dominam habilidades elementares de matemática. Dentre os 31 países
investigados, o Brasil ficou em último lugar na média de desempenho em
matemática.(PEE, 2005, p.12-15)
21
Os dados são elevados e alarmantes, “apesar ou com pesar”, das políticas
neoliberais adotadas no governo Federal (1995 – 2002), quando foi desenvolvida
uma reforma educacional nos diferentes níveis de ensino, especialmente na
educação básica. A referida reforma compreendeu as mudanças nas Diretrizes e
Parâmetros Curriculares Nacionais, na forma de gestão, na formação de
professores, no estabelecimento de sistemas de avaliação centralizados nos
resultados, nos programas de educação à distância, no programa de distribuição
de livros didáticos para o ensino fundamental e no sistema de financiamento da
educação.
A reforma educacional priorizou a autonomia do currículo, utilizando-se de
Parâmetros Curriculares Nacionais que não atenderam à diversidade sócio-
cultural brasileira e ao desenvolvimento social necessário à população
marginalizada e excluída.
O Ensino Médio constitui-se em etapa final da Educação Básica e, historicamente,
tem tido um caráter de dualidade, onde a formação técnica profissional é
dissociada da formação humana.
A superação desta dicotomia deve ser um compromisso das políticas públicas
para esta modalidade de ensino, na qual o Estado deve assumi-la como
obrigatória, onde a formação humana integral encontra-se deslocada da
formação técnico- profissional.
O nosso aluno não pode estar sujeito a optar entre a preparação para o
vestibular ou para o mercado de trabalho. É preciso que o Ensino Público dê aos
alunos um significado mais amplo, para além da dualidade estrutural. Na busca
desta nova identidade da vida escolar do aluno, é necessário que se
identifiquem os sujeitos que o constituem e o meio social em que se inserem,
centrando neles o processo educativo, possibilitando-lhes o desenvolvimento
pleno de suas potencialidades. “ (...) reconhecendo-os não como cidadãos e
trabalhadores de um futuro indefinido, mas como sujeitos com direitos e deveres
(art. V da CF de 1988).
O processo de internacionalização do comércio está administrado pela direção
econômica neoliberal. A educação não está imune a este processo. Reformas
curriculares ocorreram em todos os países marcados pela valorização da
22
formação estudantil com implementação de um espírito de ação e liderança, da
capacitação para o trabalho em grupo, e do uso das tecnologias.
O momento se caracteriza por um imenso aumento da capacidade de se obter
informações. Objetos são produzidos pela informação com a finalidade de
comercialização. As culturas do consumo e da propaganda são fortificadas e tudo
gira em função do comprar e do vender, de modo que a propaganda se dirige
para o consumidor que deve ser aliciado emocionalmente. O capital, ao dominar
as mídias, acaba por dominar as emoções, os sentimentos, os hábitos e seduz
fortemente os desejos das pessoas. A mídia transforma o cidadão em
consumidor, na globalização neoliberal.
A sociedade brasileira, nos dias atuais, continua excludente, competitiva,
individualista, com fortes marcas do Neoliberalismo, doutrina na qual predomina
o Estado Mínimo na direção da sociedade, deixando ao mercado o controle das
relações sociais e econômicas. Nesta sociedade predominam a falta de
humanismo, de respeito ao outro e às instituições sociais, com preconceitos,
racismo, altos índices de violência, falta de perspectivas, desprovida de valores
éticos e morais, como corrupção na política e desigualdades sócio-econômicas. Aí
predominam o “ter” sobre o “ser” determinando os comportamentos e relações
entre as pessoas e coisas, o imediatismo e a falta de planejamento e
perspectivas futuras. As desigualdades sociais foram atribuídas à pouca
participação do povo nas decisões, à eleição de políticos corruptos, à falta de
conhecimento dos direitos e deveres e à injusta divisão de rendas.
Como educadores, não devemos identificar o termo informação como
conhecimento, pois, embora andem juntos, não são palavras sinônimas.
Informações são fatos, expressão, opinião, que chegam às pessoas por
ilimitados meios sem que se saiba os efeitos que acarretam. Conhecimento é a
compreensão da procedência da informação, da sua estrutura e dinâmica
própria, e das conseqüências que dela advém, exigindo para isso um certo grau
de racionalidade. A apropriação do conhecimento, é feita através da construção
de conceitos, que possibilitam a leitura crítica da informação, processo
necessário para absorção da liberdade e da autonomia mental.
O Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua
identidade: é índio, afro-descendente, imigrante, é urbano, sertanejo, caiçara,
23
caipira... Contudo, ao longo de nossa história, têm existido preconceitos e
relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de
ter uma vivência plena de sua cidadania.
O discurso de defesa do multiculturalismo, ou ainda, da diversidade cultural, vem
sendo incluído em documentos referentes às políticas de currículo nacional de
diferentes países.
Na sociedade brasileira, uma questão a ser abordada e que torna-se o grande
desafio da escola é o investimento na superação da discriminação e dar a
conhecer a riqueza apresentada pela diversidade etno-cultural que compõe o
patrimônio sócio-cultural brasileiro, valorizando a trajetória particular dos grupos
que compõem a sociedade, e diminuir o desinteresse e a falta de conhecimento
dos direitos adquiridos.
É imprescindível tratar a diversidade cultural, reconhecendo-a e valorizando-a,
sendo que superar as discriminações é atuar sobre um dos mecanismos de
exclusão – tarefa necessária, ainda que insuficiente, para se caminhar na direção
de uma sociedade mais plena e democrática.
É um imperativo do trabalho docente na sala de aula voltado para a cidadania,
uma vez que tanto a desvalorização cultural, traço bem característico de um país
colonizado, quanto a discriminação são entraves à plenitude da cidadania para
todos, portanto para a nação.
10.2 Realidade do Estado do Paraná
O Estado do Paraná caracteriza-se, hoje, como um dos mais ricos e desenvolvidos
da Federação, porém, tem uma grande concentração de rendas nas mãos de
poucos que dominam os meios de produção, gerando exclusão e desigualdades
sociais. O estado tem predomínio econômico na produção agrícola e agro-
industrial, porém, a concentração da população se dá no meio urbano.
Na nossa região, há predominância de grandes propriedades agrícolas de
monocultura de soja e trigo para exportação, gerando assim, o êxodo rural, o
extermínio dos pequenos agricultores e da diversificação de culturas, gerando o
desemprego e subemprego no campo. Há utilização de alta tecnologia no plantio
24
e na colheita com maquinários de última geração, que dispensam quase que
totalmente a mão-de-obra.
Existem, hoje, algumas iniciativas, inclusive oficiais do Governo do Estado, por
meio de suas Secretarias de Agricultura, Trabalho e Ação Social, da revalorização
do pequeno agricultor e agricultor familiar, promovendo o incentivo à
diversificação de culturas, associativismo para empreendimentos rurais de forma
a gerar renda, postos de ocupação e qualidade de vida no campo.
Existe, na nossa região, também a pecuária bovina de corte e de leite, ovina,
suína e também algumas iniciativas nas áreas de avicultura e sericultura. Todas
essas atividades, devido à reestruturação produtiva, necessitam utilizar novas
tecnologias e atingir padrões de qualidades aceitos pelas grandes empresas
exportadoras.
O Estado do Paraná tem uma ótima característica de congregar várias raças,
etnias e credos que convivem harmonicamente nas diferentes regiões.
10.3 Realidade do Município de Campo Mourão
“Campo Bordejado de Araucárias”, tais como taças erguidas ao céu, brindando
ao Criador pela exuberância de suas águas, fauna, flora e terra riquíssima.
Falamos de “Campos do Mourãos”.
A região dos “Campos” bordejado pelas matas Atlântica e Araucárias, sede da
Nação Guarani, começou a ser visitada pelos espanhóis entre 1524 e 1541 e
pelos bandeirantes portugueses a partir de 1628. A região pertenceu a Província
del Guairá – capital Assuncion.
Em 1765 começou a ser vasculhada por milícias do governo da Província de
Piratininga (hoje São Paulo), que denominaram o vale descampado entre os rios
Ivaí e Piquiri, de “Campos do Mourão”, em homenagem ao governador
provincial, Dom Luiz Antônio de Souza Botelho e Mourão.
No ano de 1890, o pasto natural e o cerrado nativo dos “Campos do Mourão”
serviam de ponto de descanso dos tropeiros que por aqui passavam, tocando
boiadas para negociar no Mato Grosso do Sul.
25
Em 1903, chegou e fixou-se nos “Campos do Mourão” a família do paulista José
Luiz Pereira, seguida dos Teodoro, Custódio, Oliveira, Mendonça, Mendes e dos
guarapuavanos Guilherme de Paula Xavier, João Bento, Norberto Marcondes e
Jorge Walter (O Russo), dentre outros pioneiros que se fixaram em grandes áreas
no território de Campo Mourão.
Em 1943, Campo Mourão pertencia ao município de Guarapuava. A partir deste
ano, passou a distrito do município de Pitanga e, no dia 10 de outubro de 1947,
começou a andar com suas próprias pernas, emancipado política e
economicamente pela Lei 02/47, sancionada pelo governador Moysés Lupion,
tendo como seu primeiro prefeito nomeado em 18/10/1947 o senhor José Antonio
dos Santos e depois o Sr. Pedro Viriato de Souza Filho, primeiro prefeito eleito.
No ano de 1960, o município de Campo Mourão compreendia toda a Microrregião
12 e os municípios que hoje integram eram seus distritos administrativos. Na
década de 80, foram desmembrados dois dos seus últimos distritos
administrativos: Luiziana e Farol do Oeste, ficando sobre sua tutela apenas o
distrito de Piquirivaí.
O prefeito atual é o Sr. Nelson José Tureck, e o vice-prefeito o Dr. Moacir Ciulla
Porciúncula (gestão 2004/ 2008). Segundo projeção do IBGE para 1999, Campo
Mourão possui uma população de 80.169 mil habitantes. Sua área é de 783,67
Km².
Campo Mourão é Município Sede da Microrregião 12, a qual agrega 25 Municípios,
totalizando uma população de aproximadamente 356.191 habitantes.
O clima do Município de Campo Mourão, é classificado como Cfa: Clima
subtropical úmido mesotérmico, com verões quentes e geadas pouco freqüentes,
com tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, sem estação
seca definida. A média das temperaturas dos meses mais quentes é superior a
22 graus centígrados e a dos meses mais frios é inferior a 18 graus centígrados.
A temperatura média anual está entre 20 e 21 graus centígrados.
Os índices pluviométricos apresentam-se em média entre 1.400mm e 1.500mm
por ano, tendo nos meses de verão as maiores concentrações de chuvas e nos
meses de inverno os menores. Os ventos predominantes na região são os de
26
quadrante nordeste, apresentando probabilidade de geadas nos meses de
inverno, quando os ventos sopram de sul e sudoeste.
O solo predominante é o lato solo roxo, de textura argilosa, profundo, muito fértil,
de grande aptidão para sustentar a intensa atividade agrícola.
O Município de Campo Mourão pertence à bacia hidrográfica do rio Ivaí, sendo
seu rio mais importante o Rio Mourão, que atravessa o Município de sul a norte. A
vazão deste rio, associada à topografia de seu vale, oferece o maior potencial
hidrodinâmico do Município. Outros rios importantes por serem condicionantes
físico-naturais à expansão urbana são os Rios 119 e o do Campo.
A Casa da Cultura Thomaz de Andrade Vieira foi o primeiro espaço público de
Campo Mourão voltado para desenvolvimento de ações culturais. Inaugurado em
1981, este espaço recebeu primeiramente a Biblioteca Municipal e aos poucos foi
agregando todas as manifestações culturais do Município.
Em 1987 ,veio a autonomia do setor cultural, que passou a ser gerenciado pela
Fundação Cultural de Campo Mourão-FUNDACAM, com sede na Casa da Cultura
Thomaz Edson de Andrade Vieira. A FUNDACAM assumiu a direção da política
cultural municipal, desvinculando definitivamente este setor da Secretaria de
Educação.
Em 2003, foi instalada a Secretaria Especial de Cultura para gerir e organizar a
Política Cultural do Município, através da FUNDACAM, responsável pelo fomento,
produção e consumo dos bens culturais a FUNDACAM presta grande serviço à
comunidade mourãoense e regional, é a única no interior do Estado a ter um
Núcleo Experimental Operístico e Corpo Municipal de Ballet.
Para fomentar manifestações artísticas e culturais do Município foi implantada,
em 1997, a Lei Municipal de Incentivo à Cultura nas modalidades Mecenato e
FEPAC – Fundo Especial de Promoção das Atividades Culturais.
Os trabalhos da Fundação Cultural são acompanhados e aprovados pelo Conselho
Municipal de Cultura e suas metas e prioridades, estabelecidas anualmente pelo
Simpósio Municipal de Cultura, com a participação expressiva de representantes
dos segmentos culturais e comunidade interessada.
27
A estrutura administrativa municipal de Campo Mourão é formada, atualmente,
por secretarias afins que agregam diferentes setores de atendimento,
envolvendo saúde, educação, cultura, esporte, administração, urbanismo,
agricultura e meio ambiente.
O progresso social e econômico de um município está diretamente ligado ao
conhecimento de seu povo. A educação tem por objetivo a formação básica do
cidadão, indispensável à participação e à democratização da sociedade.
Em nosso município, o Ensino Fundamental de 1.ª a 4.ª série é ofertado pela
Rede Municipal em 22 estabelecimentos de ensino, sendo que 5 destas escolas
atendem de 1.ª a 8.ª séries.
A Rede Municipal vem apresentando uma certa estabilidade no número de
matrículas, conforme pode ser observado na tabela a seguir:
SÉRIE/MATRICULAS 2001 2002 2003 2004 2005
1.ª a 4.ª Série 5.006 6.001 6.153 6.102 6.005
5.ª a 8.ª Série 856 897 808 854 938
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
Ainda na rede municipal, o índice de aprovação é significativo, conforme tabela:
Séries 2001 2002 2003 2004 2005
1.ª 67% 72% 72% 68% 70%
2.ª 75% 78% 77% 77% 77%
3.ª 78% 80% 77% 78% 79%
4.ª 82% 82% 82% 83% 82%
5.ª 60% 69% 76% 81% 72%
6.ª 66% 73% 77% 84% 75%
7.ª 73% 71% 79% 74% 74%
8.ª 76% 75% 78% 83% 78%
Fonte: Secretaria Municipal de Educação
Os índices de aprovação na Rede Municipal são mais elevados nas 1.ªs e 5.ªs
séries. Na 1.ª série, constata-se a falta de contato com materiais escritos, o que
dificulta a apropriação da linguagem escrita. A metodologia, forma de avaliar,
28
número excessivo de alunos, são alguns fatores que contribuem para a retenção
do aluno.
Quanto à 5.ª série, entre os fatores apontados que levam à reprovação, temos: a
fragmentação entre a 4.ª e 5.ª séries, a falta de interesse e indisciplina dos
alunos, o não acompanhamento e comprometimento da família, o número
excessivo de alunos, a metodologia, avaliação, condições de trabalho do
professor, como, por exemplo, a jornada excessiva.
Entre os índices de aprovação da Rede Municipal, as 4.ªs e 8.ªs séries possuem
melhor desempenho, com 82% e 78% respectivamente, enquanto os piores
índices estão nas 1.ªs e 5.ªs séries, com 15% e 12% respectivamente.
No que se refere à Rede Estadual de Ensino, pode ser verificado que o número de
matrículas também é estável em Campo Mourão, conforme podemos observar na
tabela que se segue:
Série 2001 2002 2003 2004 2005
1.ª a 4.ª série 2.319 525 328 135 *
5.ª a 8.ª série 6.240 5.834 5.857 5.821 5.172
* Modalidade assumida pela Rede Municipal e Privada.
Também na Rede Estadual, o número de aprovação é maior nas 4.ªs e 8.ªs séries
com 85% e 72% respectivamente, enquanto a reprovação também é maior nas
1.ªs e nas 5.ªs séries com 10% e18% respectivamente.
De acordo com o MEC, os dados de 2001 do IBGE indicam que o total da
população brasileira na faixa etária entre 15 e 17 anos (10.308.707)- a idade
regular para se cursar o Ensino Médio- apenas 37% - cerca de 4 milhões de
jovens encontram-se matriculados neste nível de ensino. Cerca de 10% (1 milhão
de jovens) – ainda estavam cursando o Ensino Fundamental, freqüentando cursos
de Educação para Jovens e Adultos ou mesmo Cursos Profissionais.
Comparando estes dados com o total da população desta faixa etária, conclui-se
que, mais de 5 milhões de jovens que deveriam estar cursando o Ensino Médio,
sequer estão matriculados na escola.
No município de Campo Mourão, a população entre 15 e 17 anos era de 4.724
jovens no ano 2000, sendo que, destes, 79,5% freqüentavam a escola (IBGE,
2000).
29
O Ensino Médio no município é ofertado por três estabelecimentos de ensino da
Rede Privada, quatorze da Rede Estadual e um da Rede Federal .
Nos anos 2001 a 2005, em Campo Mourão, houve aumento na oferta de vagas,
suprindo a demanda de 4.864 jovens que freqüentavam o Ensino Médio:
Ano 2001 2002 2003 2004 2005
Rede Estadual 3.822 3.610 3.635 3.898 4.155
Rede Privada 380 442 493 559 556
Rede Federal 130 122 117 132 153
Total Geral 4.332 4.174 4.245 4.589 4.864
Fonte: Rede Estadual, Rede Privada e Rede Federal/2005.
A análise dos dados dos três mantenedores nos permite considerar que ocorre
em Campo Mourão um progressivo aumento das matrículas do Ensino Médio.
Embora as estatísticas comprovem um aumento nas matrículas, um ponto crítico
a ser enfatizado é a existência de 0,8% da população entre 15 e 17 anos
apontados como analfabetos de acordo com o IBGE (2000). Outro ponto a ser
considerado é o número de alunos que não concluíram o Ensino Fundamental, e a
distensão idade-série, que dificulta o ingresso desses alunos no Ensino Médio na
idade regular.
O nível educacional da população jovem de Campo Mourão ainda está longe do
ideal, como nos mostra a tabela a abaixo:
Faixa
Etária
Taxa de
Analfabetismo
% com menos
de 4 anos de
estudo
% com menos
de 8 anos de
estudo
%
freqüentando a
escola
(anos) 1991 2000 1991 2000 1991 2000 1991 2000
10 a 14 3,5 1,5 45,5 26,7 - - 83,9 96,0
15 a 17 3,1 0,8 16,1 5,3 13,8 38,6 55,3 79,5
Fonte: IBGE – Censo Escolar
Na Rede Estadual de Campo Mourão,em relação ao Ensino Médio, constata-se
que as causas da reprovação e abandono escolar mais freqüentes são: Gravidez
na Adolescência, Falta de Interesse, Metodologia e Avaliação. Deve ser enfatizado
que para o horário noturno se faz necessário que a metodologia seja adequada à
realidade e necessidades dos educandos e, também devido ao grande número de
alunos trabalhadores freqüentando o Ensino Médio, os mesmos estão sujeitos a
30
atrasos e perdas de aulas pela incompatibilidade de horário do final do
expediente e início das aulas.
No que se refere a Rede Privada, constatou-se que o índice de aprovação é maior
que na Rede Estadual em média 15%, a taxa de abandono é inferior a 2% e a
reprovação em torno de 5%, enquanto na Rede Federal os números são bastante
próximos aos observados na Rede Privada.
Diante do exposto, podemos afirmar que a realidade de educação no município
de Campo Mourão precisa ser melhorada, ainda é grande a falta de estrutura das
escolas, salas com excessivo número de alunos, bibliotecas defasadas, falta de
funcionários e outros, fatores estes que levam à reprovação – 9,5% nas quatro
primeiras séries, 12% de 5.ª a 8.ª séries, 9,6% no Ensino Médio – Rede Estadual;
2,6% na Rede Privada e 14% na Rede federal nos últimos quatro anos.
Realidade do Colégio
10.4 Características Sócio-Econômicas da Comunidade Escolar
A comunidade em que está inserido o Colégio Estadual Professor Darcy José
Costa – Ensino Fundamental e Médio, é formada por 15 bairros, sendo 5
conjuntos habitacionais e 10 jardins, conforme levantamentos anteriores,
notamos que os moradores desta comunidade escolar, pelo tempo que já estão
estabelecidos nos bairros, conhecem os problemas e dificuldades da região.
Sabe-se que a existência da escola é uma demanda, uma exigência da
sociedade, e é essa sociedade que provê os recursos e condições para que a
escola exista. E mais, a sociedade demanda à escola que cumpra seu papel junto
a uma comunidade específica. Este Colégio, por estar situado em um bairro de
classe média baixa, conseqüentemente, atende discentes que apresentam
carência econômica, bem como, afetiva, pois a presença dos pais é insuficiente
para que se alcance um bom resultado na aprendizagem, já que os alunos, na
sua grande maioria, tendem a não se interessar em aprender e apreender os
conteúdos propostos, porém, sabe,-se que há vários alunos que almejam trilhar
os caminhos do saber galgando rumo ao sucesso pessoal e profissional.
Ao analisar esta realidade, verifica-se uma falta de participação da comunidade,
especialmente dos pais dos educandos, no contexto escolar. Esse é um grande
desafio da nossa escola. Nota-se que, muitas vezes, não se prioriza o
31
acompanhamento da vida escolar de seus filhos, pois o trabalho e o sustento da
família os impedem, ou ocupa-os por inteiro. A família precisa estar mais
presente nesse contexto, participar ativamente das atividades desenvolvidas
pela escola e pela vida escolar de seus filhos. Cabe à escola promover esse
espaço de interação, provocando um maior comprometimento da família na vida
escolar dos educandos.
Para que a participação realmente se efetive, sabe-se que é necessário
sensibilizar nossa comunidade através de aproximações sucessivas e
estratégicas, com o objetivo de despertar o seu interesse, captar sua confiança e,
principalmente ouvir o que essa comunidade tem a dizer. Outra dificuldade
encontrada e que impede uma participação maior na escola, é a grande
rotatividade de funcionários, especialmente dos *-professores. A rotavidadde dos
mesmos é tão grande que fica difícil tal participação, pois quando começam a se
inteirar da realidade do Colégio, são removidos ou remanejados. Os poucos
funcionários efetivos que permanecem, lutam para que os alunos que aqui
estudam tenham o melhor ensino público possível.
32
11. ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA
DOCENTE
A ausência de uma política educacional comprometida com a universalização da
escola pública com qualidade e para todos impede que os índices de evasão,
reprovação e educação sem qualidade aumentem. A massificação do ensino sem
qualidade foi acompanhada de um processo de exclusão por dentro do sistema,
com reprovações, evasão, gestão autoritária, avaliação punitiva, aceleração,
prédios ruins, salas de aula superlotadas, ausência de recursos didáticos, arrocho
salarial e falta de condições de trabalho adequadas para os trabalhadores em
educação.
Vivemos numa sociedade em crise, de ausência de sonhos, projetos, de utopias,
com modelos sociais que se desmancham e novos que ocupam seu lugar, de
jovens movidos pelo imediatismo e hedonismo, que expressam valores de
consumo fácil, de pouco esforço físico e mental. Neste contexto, a escola não
tem conseguido ser espaço de socialização e reflexão coletiva no sentido de
desvelar o mundo, problematizá-lo do ponto de vista ético, político e econômico
e, assim, repensar sua função.
A partir do projeto neoliberal, a educação pública passou a sofrer os seus efeitos
e à escola se impôs a lógica da mercantilização. As questões pedagógicas
tomaram um outro rumo, uma vez que o currículo passou a ser entendido como
um rol de competências e habilidades voltadas para o mercado de trabalho,
através de parâmetros curriculares vagos e imprecisos, sem o compromisso com
a transformação e com os trabalhadores. Temas essenciais da educação foram
abandonados, entre eles, os debates acerca dos trabalhadores em educação, a
organização da escola de maneira coletiva e solidária, a gestão democrática, o
significado e a função do conhecimento trabalhado na escola, entre outros.
Revelar uma sociedade injusta passa por explicar as duras condições de
trabalho, de salário e a intrínseca relação entre o pedagógico, o político e o
econômico. A realidade da escola pública brasileira ainda é permeada por muitas
contradições. Nela lutamos, indagamos e provocamos, anunciando um mundo
melhor como possibilidade.
33
Propõe-se uma reorganização da escola pública e um repensar contínuo sobre o
currículo. Para isso, é preciso colocar na pauta de nossas reflexões as mudanças
econômicas, sociais, culturais, científicas e políticas vivenciadas nos últimos
tempos. Novos problemas exigem novas respostas.
A afirmação da diversidade e a exigência da abolição das diferentes formas de
opressão : de gênero, de liberdade sexual, contra as pessoas com necessidades
especiais, têm sido eixo de lutas de todos esses movimentos, assim como a
preocupação com as questões ambientais e a exigência da participação popular e
direta, através de Fóruns, Conselhos e da constituição de Redes Solidárias de
colaboração, de produção e de consumo que inauguram uma nova economia. O
capital reage de várias maneiras, com guerras, massacres étnicos, imposições
econômicas e com a mídia cooptada, prestando um de-serviço à informação e à
autonomia da classe trabalhadora.
Nota-se que são grandes os anseios dos nossos educadores, tanto na sua
prática, como em todo o processo educacional, a partir dessa reflexão. Por isso,
quando questionados sobre o tema abordado, propuseram algumas mudanças
que se fazem necessárias no individual e no coletivo, visando a qualidade do
processo de ensino-aprendizagem.
Nossos educadores consideram urgente a revisão e ação sobre a metodologia de
ensino e a gestão administrativa, aplicada,hoje,nesta instituição escolar.
Propondo ensinar com mais qualidade e menos quantidade os conteúdos,
incluindo temas transversais e atuais, onde o aluno possa interagir positivamente
nesse processo de construção do conhecimento.
Menciona-se também, com grande ênfase, o número excessivo de alunos por
turma, fator que inviabiliza um ensino-aprendizagem de qualidade, causando
dificuldades para o desenvolvimento de um trabalho eficaz por parte dos
professores. Quanto ao livro didático, houve diversos pareceres, entre eles:
afirma-se que o livro não atende às necessidades educacionais dos alunos por
estarem voltados ao acúmulo de conteúdos e vislumbrarem o desempenho no
vestibular, esquecendo-se o contexto social no qual o aluno está inserido. Para
outros, é um importante material de apoio, o qual não deve ser a única fonte de
conteúdos utilizada para ministrar as aulas.
34
A avaliação foi amplamente discutida pelos professores, que consideram
indispensável que ela seja diagnóstica e contínua, fazendo-se necessário refletir
a respeito de cada resultado obtido.
Para os professores, faz-se necessário avaliar as causas da indisciplina.
Geralmente, o desinteresse do aluno é um dos principais fatores para uma
análise mais detalhada sobre essa problemática. Para Içami Tiba, a disciplina é
algo necessário a todo ser humano, que, sem ela, se torna um ser anárquico e
sem limites, pois não compreende os momentos de agir desta ou daquela forma,
perdendo o rumo e se tornando um ser sem perspectiva e sem motivação.
A Evasão Escolar constitui-se num problema crônico e atinge com maior
intensidade a classe trabalhadora. Resolver este problema, entretanto, não
depende apenas da escola, pois ele está condicionado a determinantes
econômico e sociais. A Evasão é causada por vários fatores que podem ser
externos ou internos. Muitos alunos trabalham e estudam à noite. Em muito
casos, estes trabalhos são braçais e exigem grande esforço físico, dificultando o
desempenho escolar. Essa dificuldade, aliada à falta de estímulo da família e do
próprio professor, acabam gerando a evasão do educando.
Reconstruir a escola pública paranaense, depois de oito anos de governo com
políticas neoliberais, é tarefa árdua para os profissionais da educação, os alunos,
os pais e o atual governo do Estado. Ao governo estadual, cabe o compromisso
de implantar, após discussão coletiva com os profissionais da educação, políticas
educacionais que garantam a reconstrução da escola pública para avançar na
direção de uma escola que não separe instrução de educação. Como dizia
Gramsci, uma Escola Unitária, uma escola que não separe o pensar do fazer,
uma escola que instaure nossas relações entre trabalho manual, que seja um
espaço de formação humana pautada no acesso ao conhecimento como
condição fundamental para a transformação da sociedade.
A escola pública que queremos deve ser construída através do envolvimento de
toda a comunidade, por isso, o desafio ao qual nos propomos é o de construir
coletiva e democraticamente esta escola. Acreditamos que este sonho é
possível. E o caminho, além da luta constante, é iniciarmos pelo estudo,
discussão, análise, debate e proposições da escola que queremos, na
comunidade, com professores, funcionários, pais e alunos.
35
O papel do funcionário de escola na construção da educação de qualidade exige
defesa de um programa de formação continuada que contribua efetivamente na
sua qualificação e valorização, afirmando sua identidade também como
educador. A clareza política e o compromisso com a educação exigem, de todos,
a coerência em reconhecermos e afirmarmos que os funcionários das escolas
são, também,educadores, portanto, devem estar inseridos no processo de
construção do Plano Estadual de Educação enquanto sujeitos do fazer político-
pedagógico.
Dentre as políticas educacionais, acreditamos que o governo deve investir
recursos financeiros na formação continuada para os trabalhadores em
educação. Esta deve fazer parte de uma política de qualificação profissional, com
qualidade do ponto de vista pedagógico, ético, político e técnico destes
profissionais. Isso só é possível através de um programa de formação e adoção
de uma política de aperfeiçoamento sistemático, com investimento real na
capacitação docente e dos demais trabalhadores em educação.
Em relação à gestão democrática na educação, entendemos que ela é, antes de
tudo, um processo onde todos os que participam são representantes dos
segmentos sociais que formam a comunidade escolar. Sua forma de ação
acontece através de mecanismos como os Conselhos, fóruns, a elaboração dos
Projetos Políticos Pedagógicos das escolas, bem como a eleição direta para
diretores dos estabelecimentos de ensino.
A realização de eleições diretas dos diretores das escolas é necessária para a
autonomia das escolas, além de cumprir um dispositivo constitucional. A
Constituição Estadual, em seu artigo 178, inciso VII, diz: “ gestão democrática e
colegiada das instituições de ensino mantidas pelo Poder Público Estadual,
adotando-se sistema eletivo, direto e secreto, na escolha dos dirigentes, na
forma da lei.” Portanto, esse processo deve ser plural, democrático e
representativo. Sendo assim, alguns indicadores são fundamentais na construção
da gestão democrática, como a autonomia, a representatividade social e a
formação da cidadania.
Quanto à Inclusão Social, é importante destacar que “especiais” devem ser
consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve
assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os 36
alunos (CARVALHO, 2000, P.17). Desse modo, desloca-se o foco do especial ligado
ao aluno para o enfoque do especial atribuído à Educação. Mesmo que os alunos
apresentem características diferenciadas, decorrentes não apenas de
deficiências, mas, também, de condições sociais,culturais e econômicas diversas.
A Inclusão e a Democratização do Ensino vêm de encontro com as novas leis
educacionais e isto é positivo, sendo que o acesso e a permanência na escola é
um direito de todos. Entendemos como negativo o fato de não haver a
qualificação do professor e/ou a presença de um profissional capacitado para
lidar com alunos portadores de necessidades especiais mais acentuadas. Temos
alguns alunos com necessidades educacionais especiais e nossos professores
encontram dificuldades em lidar com eles, devido à falta de formação específica
nessa área. E esta inclusão no sistema de ensino regular, de crianças e jovens
com necessidades educativas especiais, suscita um amplo debate na sociedade e
coloca-se como um grande desafio.
Entende-se, por Educação Especial, para os efeitos legais, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino (desde
que atendidas as condições), para educandos com necessidades especiais. O
compromisso do Estado deve ser com a manutenção de um modelo público de
educação especial, em todas as modalidades, como educação precoce, iniciação
profissional, habilitação e qualificação para o trabalho, no ensino médio e
superior.
Para incluir as crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais,
é fundamental a efetivação de políticas educacionais. Pessoas com necessidades
especiais de aprendizagem ou locomoção têm o direito ao acesso à educação de
qualidade, de forma que sua singularidade seja respeitada, superando toda série
de preconceitos e limitações estruturais e de recursos humanos para recebê-las
com qualidade.
Não podemos admitir que estas pessoas sejam colocadas aleatoriamente nas
escolas sem antes serem tomadas medidas que afirmem seus direitos de forma
digna. Para tanto, exige-se uma adequação curricular, destinação de recursos
humanos e financeiros, material especializado para as diferentes deficiências,
instalações físicas adequadas e próprias, transporte específico, equipes
interdisciplinares e de saúde, avaliação diagnóstica e, finalmente, uma relação
adequada ao número de alunos por sala.
37
Nossa luta é pela garantia de acesso e permanência dos alunos com
necessidades educacionais especiais nas escolas comuns e especializadas,
porém, acreditamos que o governo deve investir em recursos financeiros,
formação continuada para os profissionais em educação, adequando o espaço
físico e capacitando as escolas com recursos e materiais didáticos.
As relações étnico-raciais apresentam-se como outro tema desafiador. A Lei
10.639, assinada em 09 de janeiro de 2003 pelo Presidente da República Luis
Inácio da Silva e o Ministro da Educação Cristovão Buarque, alterou dispositivos
da LDB (Lei nº 9394/96) e tornou obrigatório o ensino da temática História e
Cultura Afro-brasileira e Africana nos estabelecimentos de ensino da Educação
básica do país. E em 10 de março de 2004, o Conselho Nacional de Educação
aprovou o parecer 003/2004, instituindo as Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação das Relações Étnicos-Raciais para o ensino deste tema. Devendo ser
trabalhada em todas as áreas do conhecimento, enfatizando-a no que é
pertinente a cada disciplina.
A implementação desta lei, embora esteja em vigor no papel, é um desafio
constante. Faz-se necessário, para implantar a lei, que o poder público e nós,
educadores, desenvolvamos uma pedagogia multi-racial, em que as vozes e os
saberes das diversas etnias estejam presentes no cotidiano escolar. Desenvolver
práticas pedagógicas no interior da escola, que promovam a igualdade racial,
deverá fazer parte da especificidade do trabalho do educador, pois a escola que
defendemos, deve promover a elevação cultural da classe trabalhadora, visando
à transformação social, não podendo, portanto, em seu currículo e na sua prática
educativa, fechar os olhos aos milhares de negros e negras presentes no
contingente da nação brasileira.
As questões ambientais em discussão no mundo hoje, são da mesma forma
importantes neste contexto de reflexão. É necessário cuidar do meio onde se vive
e, para tanto, a educação ambiental torna-se uma grande aliada na
compreensão de que sociedade e natureza interagem, afetando-se mutuamente.
Os seres humanos não são vítimas nem senhores da natureza, mas guardiães de
algo que não deve ser explorado irracionalmente, nem permanecer totalmente
intocado, sabendo que toda ação humana traz conseqüências e que se não nos
38
re-educarmos em relação a forma de explorar os bens naturais, nos tornaremos
responsáveis pela nossa própria destruição.
Tanto a sociedade humana como os sistemas naturais devem interagir,
compreendendo que é preciso promover ações, invenções e promover
organizações sociais que respeitem a viabilidade, estabilidade e produtividade. A
educação ambiental não substitui ou ultrapassa as disciplinas acadêmicas:
precisa ser aplicada a elas com o objetivo de entendermos e aprendermos a
empregar novas tecnologias, aumentando a produtividade, evitando desastres
ambientais, diminuindo os danos existentes, oportunizando tomadas de decisões
acertadas frente aos problemas ambientais e, para isso, precisamos de
subsídios da história, economia, geologia, engenharia, estatística, ciência política
e sociologia. Os profissionais envolvidos podem contribuir com idéias,
combinando-as de forma criativa, integrando-as, considerando e integrando-as
sob novas perspectivas e dando-lhes novas aplicações.
Ressalta-se que o contexto escolar tem influência efetiva não apenas dentro dos
seus muros, nos momentos formais de formação de seus alunos, mas em toda a
comunidade formada por seus familiares e moradores de seu entorno.
Precisamos estudar e desenvolver estratégias que estejam voltadas para a
questão ambiental. Por este motivo a Agenda Escolar 21, deste Colégio será um
documento que conterá um programa de ação, o qual prevê iniciativas e ações
voltadas para a melhoria da qualidade de vida de toda a população, com a
participação de todos os setores sociais. A Agenda 21 é composta pela Agenda
Global, Brasileira, Estadual e Local, resultante dela, nasceu a proposta para a
elaboração da Agenda Escolar que visa um compromisso coletivo de cuidados
com o meio ambiente em vista da melhor qualidade de vida do Planeta.
Sabendo que é através da educação que contribuímos para a transformação da
sociedade,acreditamos ser trabalhadores que fazem a educação de nosso Estado
com o conhecimento, por isso estamos indignados e motivados a construir a
educação que sonhamos. No sonho que acalentamos a educação não é
mercadoria, o lucro não é a medida de todas as coisas. O que nos move é a vida
humana em sua integridade cultural, ética, política e social.
39
12. CONCEPÇÃO DIRECIONADORA DO TRABALHO NO COLÉGIO
Ao refletir sobre o compromisso desta escola com a gestão democrática, a
melhoria contínua da qualidade da educação e a reflexão sobre o processo
educacional, buscou-se, aqui, oferecer conceitos e concepções definidas em
coletividade, e, ainda, uma análise crítica da realidade atual para dar a esta
comunidade escolar, com o aprofundamento de conceitos formulados nos
diferentes campos que delimitam o processo educacional.
Objetiva-se, com esta prática, fortalecer a reflexão que servirá de orientação
para toda a prática educativa deste estabelecimento. Deste modo, segue-se
abaixo as concepções de homem, sociedade, educação, cultura,
cidadania, conhecimento, ciência, tecnologia e trabalho. Acrescenta-se a
estas concepções as reflexões e atitudes adotadas para uma possível superação
dos problemas levantados.
O homem que temos hoje, em sua maioria é passivo, submisso, dominado pela
ideologia da mídia, inseguro, sem perspectiva de vida e que não acredita em seu
potencial. A escola e a sociedade precisam transformar a realidade da qual ele
está inserido. Partindo do pressuposto que é um ser histórico, que poderá
escrever a sua história de maneira crítica, construtiva, traçando metas e
buscando alcançá-las, sem prejudicar o meio onde vive. Ter consciência do
desenvolvimento, buscando-o como sustentabilidade.
Busca-se que o aluno adquira consciência da sua participação e ação na
sociedade, traçando diretrizes que possibilitem a consciência crítica, reflexiva,
participativa e transformadora. Este homem deverá buscar o domínio do
conhecimento, o respeito mútuo, aceitando as diferenças, conquistando, assim,
sua autonomia e valorização.
Ao longo de todo trabalho, a escola desenvolverá ações pedagógicas para incluir
os alunos em busca da sociedade que queremos; faz-se necessário proporcionar
ações que contribuam para o pleno desenvolvimento dos cidadãos, viabilizando
uma sociedade que tenha conhecimento do seu processo histórico e compreenda
que as relações que ocorrem entre os indivíduos não são naturais, mas
construídas historicamente. Queremos uma sociedade que busque construir
oportunidades de participação efetiva dos indivíduos que a compõem. E ainda,
40
uma sociedade que combata o individualismo, que gera o conformismo. Uma
sociedade em que vigore e se valorize o ser e não o ter.
Por mais que a escola se esforce em dar um retorno plausível à sociedade,
esbarra nas dificuldades que ainda são intransponíveis como: tabus,
individualismo, conformismo e temor a manifestar-se. Estas dificuldades
precisam ser superadas com ações concretas.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e
simultaneamente, de modificação da sociedade para o benefício do homem.
Sendo um processo, um fato existencial, social, intencional e libertadora, ela visa
atingir três objetivos que formam o ser humano para gerir uma democracia
aberta: pretende-se uma educação voltada para a transformação social, sendo
libertadora, crítica e humanitária. Oportunizando ao educando um conhecimento
científico, político e cultural, visando formar cidadãos críticos e conscientes de
seus direitos e deveres, preparando para a vida. Um indivíduo capaz de interagir
com o outro e com o ambiente de forma equilibrada.
Tendo como base as concepções de autores críticos e analisando a realidade com
a qual convivemos em nossa escola, consideramos que faz-se necessário uma
concepção de cultura que identifique, conheça e vivencie o multiculturalismo,
que vise a transformação do ser humano, da sociedade e do mundo.
Para tanto, é necessário desmistificar a idéia de que existe uma cultura superior
ou inferior à outra, o que temos é uma diversidade cultural que precisa ser
aceita, valorizada, respeitada e reconhecida como parte do ser humano.
Segundo Boff (2000, p. 51) “Cidadania é um processo histórico-social que
capacita a massa humana a forjar condições de consciência, da organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de
passar a ser povo, como sujeito histórico planador de seu próprio destino.” É uma
busca de tornar realidade o que assegura a Constituição Federal de 1988 no seu
artigo 5º “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
41
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade”.
Porém, o grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar
consciente, (sujeito de direitos), organizado e participativo no processo de
construção político-social e cultural. A educação como um dos principais
instrumentos de formação da cidadania deve ser entendida como a concretização
dos direitos, que permitem aos indivíduos sua inserção na sociedade.
Nesse sentido, a escola como instituição para o ensino deve propiciar ao cidadão
uma participação ativa que o institui portador de direitos e deveres, conhecedor
e criador de direitos bem como cumpridor de seus deveres, abrindo espaço à
participação, buscando a dimensão da co-cidadania, reivindicando, e não
pedindo ao Estado, organizando-se não para substituir, mas para fazê-lo
funcionar.
Neste aspecto, o conhecimento passa a ser uma atividade humana que busca
explicar as relações entre os seres humanos e a natureza, produzido nas
relações sociais mediadas pelo trabalho.
Segundo Veiga, (Veiga, 1995, p. 270) “o conhecimento escolar é dinâmico e não
uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa
etária e aos interesses dos alunos” . Assim, o conhecimento escolar é resultado
de fatos, conceitos, e generalizações, sendo portanto, objeto de trabalho do
professor.
O ato de conhecer representa um caminho privilegiado para a compreensão da
realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; o que transforma
a realidade é a conversão do conhecimento em ação, sendo percebido quando
ocorre mudanças de atitudes e comportamentos frente às situações vividas pela
prática social.
Este Colégio acredita que a Ciência nasce da necessidade de explicar os fatos,
observar de forma sistematizada, utilizando-se de métodos, a partir de uma
concepção de ciência constituída historicamente, portanto mutável,
compreendida como a soma dos esforços humanos para explicar, de forma
42
sistematizada, a realidade humana, na busca da emancipação do homem e da
mulher.
Para Andery (1980), “ a ciência é uma das formas do conhecimento produzido
pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é
determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento
histórico, ao mesmo tempo em que nela interfere”.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos
produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “ a ciência merece
lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de
conhecimento” , ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento
dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade em que vivem,
sabendo nele atuar e transformá-lo.
No contexto educacional, a tecnologia deve ser entendida como uma
ferramenta sofisticada e alternativa, pois a mesma pode contribuir para o
aumento das desigualdades, ou para a inserção social, se vista como uma forma
de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em diferentes áreas. É
necessário continuar lutando pela escolarização como um bem público,
contribuindo para que a educação em geral, e que o currículo, em particular, se
constitua como efetiva base para que os mais desfavorecidos se apropriem e
mudem a própria concepção de poder.
Assim, fica claro que, ter no currículo uma concepção de educação tecnológica
não será suficiente para o acesso de todos à Escola Pública, sem que haja
vontade e ação política que possibilite investimento para que os recursos
tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramentas que
contribuam para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer
relações entre conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico e possibilite
articular teoria e prática.
Na base de todas as relações humanas, determinando e condicionando a vida
está o trabalho que é, no processo educativo, uma atividade intencional que
envolve formas de organização necessárias à formação do ser humano. Ele
envolve vários fatores: cultura, sociedade, homem, mundo, conhecimento,
tecnologia, educação, cidadania, ciência. É necessário ter
43
compromisso/comprometimento para a obtenção dos objetivos. No trabalho e em
suas relações é necessário buscar o despertar do interesse no homem, cidadão
do conhecimento que levará a uma construção diferenciada e atual de sociedade,
envolvendo o homem/cidadão pensante e criativo, certos de suas interferências
na sociedade, buscando resposta para seus problemas. Falta, atualmente, uma
visão clara do objetivo de cada disciplina e sua interferência na formação do ser
humano capaz de usar plenamente suas potencialidades.
44
13.CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO
A organização das turmas obedece as determinações da SEED quanto ao número
mínimo de alunos, e estaremos lutando através dos Gestores, seguimentos
administrativos e pedagógicos pelo número máximo de alunos por sala,
buscando possibilitar-lhes um aprendizado e convivência de qualidade.
A montagem das turmas acontece de acordo com o espaço físico, priorizando-se
a escolha do aluno quanto ao turno em que quer estudar, dentro das vagas
ofertadas pela escola e assegurada a vaga do aluno para o ano posterior, desde
que o seu responsável confirme a matricula no prazo estabelecido pela Seed.
Quando ocorre baixo rendimento, oportuniza-se a recuperação de estudos,
através de novas atividades e/ou avaliações voltadas ao conteúdo trabalhado,
além do acompanhamento individual ao aluno que necessitar de tal atenção. Isto
é detectado no Conselho de Classe, conversas informais com os professores na
hora-atividade e avaliação das dificuldades em relação às atividades não
desenvolvidas. Após a constatação, a Equipe Pedagógica e Direção conversam
com o aluno, pais e/ou responsáveis no intuito de conscientizá-los da real
situação e assim tomar as medidas pedagógicas visando um melhor desempenho
e o sucesso escolar do aluno.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, em seu
artigo 13, os docentes devem incumbir-se de ministrar nos dias letivos as horas-
aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional, bem como o
cumprimento da hora-atividade.
O artigo 67 diz que “Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estudos,
planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”.
A organização da hora-atividade será conforme as possibilidades do
estabelecimento de ensino, visando o trabalho coletivo dos professores e
favorecendo a dinâmica interdisciplinar, a organização do trabalho docente na
escola e, em especial, as ações que nortearão a hora-atividade, devendo-se
aproveitar esse tempo em espaço para estabelecer as propostas, conteúdos,
estratégias de planejamento, de reuniões pedagógicas, de correção de tarefas
dos alunos, de estudos e reflexões sobre os saberes curriculares e de ações,
45
projetos e propostas metodológicas, de troca de experiências, pesquisas e no
atendimento de alunos, pais e ou responsáveis, bem como outros assuntos
educacionais pertinentes.
A formação continuada dos profissionais da escola compromissada com sua
equipe escolar, não se limita aos conteúdos curriculares, mas estende-se à
discussão da escola como um todo e suas relações com a sociedade. Fazem parte
dos programas de formação continuada da nossa escola, questões como
cidadania, gestão democrática, avaliação, metodologia de pesquisa e ensino, as
quais poderão ser oportunizadas durante o Conselho de Classe e Hora-atividade
previamente planejados, visando a qualidade do ensino-aprendizagem.
O Conselho de Classe constitui-se num momento/espaço de avaliação coletiva do
trabalho pedagógico, na tomada de decisões relativas aos encaminhamentos
necessários, tendo em vista os resultados obtidos e a superação dos problemas
diagnosticados e também momento de definir atribuições/ações a serem
implementadas para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem, definindo
prazos/espaços para implementar as propostas acordadas. Momento este
previamente planejado, possibilitando a participação de todos os envolvidos no
processo: professores, equipe pedagógica, secretaria da escola e direção,
podendo também envolver os alunos em um pré-conselho, em sala com a turma,
sob a orientação da equipe pedagógica, onde cada aluno possa estar se auto –
avaliando, oferecendo aos professores a compreensão que possuem sobre o
desempenho de cada um e da turma como um todo.
Agenda 21 é um documento que contém um programa de ação, o qual prevê
iniciativas e ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida de toda a
população, onde a participação de todos os setores sociais é condição
indispensável para a sua construção e as soluções sempre devem ser buscadas
de forma criativa. É composta pela Agenda Global, Brasileira, Estadual, Local
resultando dessas, a elaboração da Agenda 21 Escolar. A escola tem influência
efetiva não apenas dentro dos seus muros, nos momentos formais de formação a
seus alunos, mas em toda a comunidade formada pelos respectivos familiares
dos alunos e moradores de seu entorno. Neste sentido, o Colégio Estadual Darcy
José Costa desenvolverá atividades de conscientização, despertando os alunos
para um maior compromisso com a preservação da vida no Planeta, a partir de
atividades voltadas para a questão da Arborização, do ambiente interno e
externo aos arredores dessa instituição, reciclagem do lixo, coleta seletiva, mata 46
ciliar e outros, assunto esse levantado a partir do Fórum realizado no colégio e
contou com a presença de todos os envolvidos no contexto escolar: pais, alunos,
professores, equipe escolar e comunidade local.
As atividades referentes à Agenda 21 Escolar serão desenvolvidas no coletivo a
partir de discussões e elaboração de ações necessárias para o desenvolvimento
do projeto, abordando temas pré-definidos, buscando conscientizar a
comunidade escolar e local na busca de soluções, visando uma melhor qualidade
de vida, onde a participação de todos é prioridade para o alcance de um
resultado satisfatório.
O tópico Cultura Afro-descendente será trabalhado por todos os professores,
através de abordagens reflexivas sobre seus valores e riquezas presentes no
cotidiano do brasileiro, visando a superação da discriminação e, em contrapartida
proporcionar um amplo conhecimento da riqueza apresentada pela diversidade
etno-cultural que compõe o patrimônio sócio-cultural brasileiro. Para isso, faz-se
necessário um esforço coletivo para buscar o aprofundamento sobre a questão,
estando sempre atualizados com informações pertinentes.
O Programa Nacional De Educação Fiscal – PNEF, incluir-se-à no decorrer do ano
letivo, abrangendo todas as turmas de Ensino Fundamental e Médio e as
disciplinas que compõem esses níveis, visando abrir horizontes aos educadores,
escola e sociedade através de um suporte concreto para uma educação crítica e
cidadã. Esse trabalho é direcionado para a ênfase no exercício da cidadania, para
o tratamento das questões tributárias e de finanças públicas nos três níveis de
governo, para a participação do cidadão na gestão governamental. Envolve
basicamente um trabalho de sensibilização da sociedade para a função
socioeconômica do tributo e não a simples meta de aumento de arrecadação.
Este processo é condizente com uma ação permanente na proposta do colégio e
com o compromisso de devolver para a sociedade pessoas mais conscientes e
que tomem iniciativas com conhecimento de causa.
As Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC’s, incluídas como proposta
que conscientize sobre o papel de cada recurso tecnológico no processo ensino-
aprendizagem, como estimuladora do aprender com prazer e no do despertar da
fome por conhecimento. Visando ao alcance destas metas, os educadores serão
continuamente estimulados a inserir com mais freqüência em suas aulas, todos
os recursos existentes no colégio. Tais como: O uso da Internet, softwares
47
educativos, computadores, televisores, DVD, vídeo, como forma de interação no
processo educativo, que amplia a ação de comunicação entre aluno e professor e
o intercâmbio educacional e cultural e, assim, atravessando fronteiras,
removendo o isolamento da escola, acelerando a autonomia de aprendizagem
dos alunos em seus próprios ritmos. Desta maneira, a educação estará
assumindo um caráter coletivo e tornando-se um dever de todos.
48
14. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A organização curricular segue os preceitos contidos nos artigos 26 e 27 da LDB
9394/96, para que tenha legalidade. Somado a estes preceitos, incluímos o
pressuposto do trabalho coletivo para sua aplicação, envolvendo o corpo docente
para o compromisso com a melhoria do ensino que inclui o atendimento das
necessidades históricas e sociais dos educandos.
Pretendemos um currículo desvelado, asssumido como um momento que não é
neutro, que compõe-se de uma ideologia,e, por isso, é necessário uma análise
reflexiva e interpretativa, envolvendo o conhecimento do que é cultura popular e
cultura dominante.
49
15. OPERACIONALIZAÇÃO DA GESTÃO E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
15.1 Gestão Democrática do Colégio
O direcionamento do cotidiano deste Colégio está voltado para a participação de
todos os envolvidos no processo educacional, a tomada de decisões envolvendo
o consenso conjunto, jamais partindo do individual. Logo, uma gestão que
compreenda a profundidade dos problemas postos pela prática pedagógica,
ultrapassando a divisão entre concepção e execução, entre o pensar e o fazer,
entre a teoria e a prática.
50
16. PAPEL ESPECÍFICO DE CADA SEGMENTO DO COLÉGIO
16.1 O Papel do Diretor
A função do diretor é ampla, implica em direcionar toda a organização escolar em
seu cotidiano. Como liderança da escola, é preciso adoção de posturas nos
momentos administrativos e humanos, pois a essência da escola está no ser, no
saber, e é nestes momentos em que além de sua presença, é preciso
competência, sobriedade, responsabilidade e ciência da relevância do cargo que
ocupa.
Essa atuação supera a mobilização das pessoas para a realização eficaz das
atividades, pois implica intencionalidade, definição de um rumo, uma tomada de
posição frente a objetivos sociais e políticos da escola, pois ao cumprir sua
função social de mediação, influi significativamente na formação da
personalidade humana e, por essa razão, não é possível estruturá-la sem levar
em consideração objetivos políticos e pedagógicos.
O cargo de diretor preside ao funcionamento dos serviços escolares, aos
trabalhos dos professores, as atividades dos alunos e às relações da comunidade
escolar com a vida exterior, no sentido de garantir o alcance dos objetivos
educacionais do estabelecimento de ensino, definidos em seus projetos de
implantação, devendo zelar para manter a escola dentro das normas do sistema
educacional, seguindo portarias e instruções, exigindo cumprimento de prazos.
Valoriza a qualidade do ensino, o projeto político pedagógico, a equipe
pedagógica e cria oportunidades para a capacitação docente.
Dentre as atribuições que são fundamentais para o desenvolvimento do trabalho
diretivo, as mais evidentes precisam envolver o incentivo às iniciativas
inovadoras, elaboração das estratégias para ações cotidianas e de longo prazo,
visando a melhoria da escola, gerenciamento dos recursos financeiros e
humanos, garantia do direito de participação da comunidade, identificação das
necessidades da escola e busca de soluções das mesmas.
16.2 O Papel do Professor Pedagogo
“ O compromisso próprio da existência
humana, só existe no engajamento com a
realidade de cujas “águas” os homens
realmente comprometidos, ficam “molhados e
51
ensopados” . Somente assim o compromisso é
verdadeiro. Ao experiência-lo, num ato que
necessariamente é corajoso, decidido e
consciente, os homens já não se dizem
neutros. “ Paulo Freire
A Equipe Pedagógica deste Colégio, acredita na educação como um ato humano
que se dá também dentro do espaço escolar, e como ato político, ao devolver
para a sociedade, pessoas com condições de questionar e de acreditar em si e
em sua capacidade de agir, conhecendo o lugar que ocupa no mundo, enquanto
cidadãos de uma escola, um bairro, uma cidade, um Estado e de um País.
O plano de ação da equipe reflete o que observa as Diretrizes Curriculares
Nacionais, considerando como ponto norteador, o projeto de sociedade local,
regional e nacional.
Sob esta base, mantendo a visão do coletivo, importa considerar o aluno inserido
nessa sociedade que, por sua vez, traz desafios constantes para a educação, que
não pode manter-se neutra em relação a ele.
A escola se vincula a todas as educações, que se dão em toda parte, resultantes
da ação de todo o meio cultural e seus participantes.
Assim, essa proposta visa a uma atuação da Equipe Pedagógica voltada para
estabelecer e manter uma ponte entre a escola, a família e a comunidade, além
de contribuir com outros profissionais da instituição para a efetivação qualitativa
do processo de ensino-aprendizagem, suscitando a constância da reflexão,
discussão sobre o cotidiano escolar, como busca permanente da qualidade do
ensino, já que a essência da escola é, em primeiro lugar, a educação formal,
intencional, elaborada para transmitir o saber historicamente acumulado.
16.3 O Papel do Professor
Ao educador cabe, a partir de seu compromisso com a educação, rever e avaliar
sua ação pedagógica, elevando ao máximo sua competência profissional, a fim
de garantir ao aluno o acesso ao conhecimento e instar junto à administração
pública melhores condições para a real efetivação do seu compromisso.
Além disso, cabe a ele ter o compromisso de contribuir, com seus
conhecimentos, para a transformação estrutural da sociedade. Tal contribuição
“... se consubstancia na instrumentalização, isto é, nas ferramentas de caráter
52
histórico, matemático, científico, literário, etc., que o professor seja capaz de
colocar de posse dos alunos” (Saviani, 1983, p.83). O professor partirá da prática
social, buscando alterar qualitativamente a prática de seus alunos, enquanto
agentes de transformação social.
É o professor que encaminha os alunos para um senso crítico, porém antes, ele
precisa ter essa criticidade. A apropriação da herança cultural da humanidade é o
que caracteriza um indivíduo humano. Mazzeu (1998) enfatiza que o processo de
humanização também está presente no próprio trabalho docente e na sua
formação profissional.
O professor tem uma função mediadora que, Conforme Facci (1998) “é realizada
a partir de ações intencionais, conscientes, dirigidas para um fim específico de
propiciar a instrumentalização básica do aluno de modo que permita que este
conheça, de forma crítica, a realidade social e que, a partir deste conhecimento,
haja a promoção do desenvolvimento individual” (p.26).
16.4 O Papel do Aluno
A formação crítica do aluno e o desenvolvimento de uma autonomia na
capacidade de discernir são elementos que devem ser buscados
permanentemente, devendo ser despertado para a curiosidade intelectual. A ele
deve ser possibilitado o acesso às metodologias científicas, estimulando a sua
aplicação. Na preparação do aluno, inclui preocupar-se com o seu tornar-se
pessoa, com o seu aprender a viver junto e aprender a viver com os outros.
O aluno deve buscar uma consciência social e política, porém não política
partidária, mas visando à melhoria da qualidade de ensino, à melhoria das
relações interpessoais que se travam na escola, à melhoria da organização do
trabalho que se desenvolve na escola, dentre outros fatores que só um estudante
politizado pode reivindicar. Para Gadoti (1998, p.85):
Estudante politizado é aquele que atua politicamente
dentro e fora da escola. É um estudante que tem
motivação pela qualidade, pela relevância social e
teórica do que é ensinado. Passa a exigir do professor,
tem interesse pelas relações humanas estabelecidas no
interior da escola, discute a gestão da escola, o
currículo, enfim, o projeto político pedagógico da escola.
53
O conhecimento não pode se reduzir apenas ao saber fazer, aprender usar,
aprender a comunicar, com capacidade de adaptação às mudanças técnicas
continuadas do processo produtivo, do mercado e da sociedade, imposto pela
globalização neoliberal. Hoje, exige-se do novo aluno um certo desenvolvimento
de capacidades intelectuais, de abstração, de rapidez de raciocínio e de visão
crítica mais ampla que valorize mais do que a racionalidade baseada apenas na
informação.
A inclusão da educação desenvolve as condições de realização da cidadania
porque absorvem conhecimentos, habilidades, técnicas, novas formas de
solidariedade social, porque associa tarefas pedagógicas e ações sociais pela
democratização da sociedade. A educação é um caminho de acesso ao
conhecimento significativo, que se caracteriza por propiciar um saber que liberta.
A assimilação do conhecimento, das opiniões, pode permitir uma elevada
capacidade de letramento, que nada mais é do que a leitura crítica da
informação, que é um dos caminhos para a liberdade mental e política.
16.5 Secretaria
A secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento. Os serviços de secretaria são
coordenados e supervisionados pela direção, ficando a ela subordinados. O cargo
de secretário (a) será exercido por profissional devidamente qualificado para
desempenhar essa função, de acordo com a normas da Secretaria de Estado da
Educação (SEED), em ato específico.
Prevê-se exceções a essas normas, em locais onde haja carência de pessoal
habilitado. Nestes casos, a função de Secretário pode ser exercida por professor
primário que preencha as seguintes condições: tenha título de professor
expedido por estabelecimento credenciado; tenha curso de treinamento ou
aperfeiçoamento de secretário; seja aprovado em exame de suficiência.
Preenchidas essas condições, é fornecido ao candidato à função uma autorização
a título precário, após prova de conhecimentos específicos.
16.6 Função do Secretário
O secretário, por condições legais e regimentais, exerce uma ação ao mesmo
tempo centralizadora e abrangente, porque seu setor relaciona-se com todos os
demais setores envolvidos no processo pedagógico e na vida escolar.
54
Síntese das atribuições do secretário escolar:
•Responsabilizar-se pelo pleno funcionamento da Secretaria;
•Zelar pela guarda e sigilo dos documentos escolares;
•Manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e o
resultado das avaliações dos alunos;
•Compatibilizar Histórico-Escolar (Adaptação);
•Manter as Estatísticas da escola em dia.
16.7 Biblioteca
A biblioteca terá a finalidade contribuir para o desenvolvimento de estudos e
pesquisas, através de leitura e consultas em livros, revistas, periódicos, além de
outros materiais bibliográficos.
16.8 Função do Bibliotecário
•Selecionar material bibliográfico;
•Completar e manter atualizadas as coleções da Biblioteca;
•Distribuir entre os professores, formulários para sugestões e aquisições;
•Conferir todo o material recebido, carimbar, dar número de entrada e registrar
no livro competente;
•Organizar fichário de aquisição;
•Classificar e catalogar o acervo da biblioteca;
•Orientar o leitor na consulta e no uso das obras;
•Organizar as bibliografias;
•Organizar exposições de livros novos;
•Registrar os leitores;
•Atualizar o registro de leitores;
•Emprestar o material solicitado;
•Reclamar aos leitores as publicações em atraso e aplicar multas aos mesmos;
•Administrar o local para a leitura;
55
•Registrar a freqüência dos alunos na biblioteca;
•Realizar o trabalho de mecanografia;
•Administrar a videoteca;
•Orientar, promover e divulgar os serviços prestados pela Biblioteca, a fim de
despertar o interesse aos professores e estudantes;
•Manter intercâmbio com outras Bibliotecas e instituições;
•Elaborar levantamento diário, mensal e anual dos dados relativos aos vários
serviços da Biblioteca.
O profissional bibliotecário para atuar no serviço de referência e atendimento aos
usuários, precisa agir com cordialidade, paciência, bom diálogo e amabilidade,
qualidades estas indispensáveis para a boa atuação nas atividades acima
citadas.
16.9 Serviços Gerais
Os serviços gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado
pela direção. Compõem esse quadro: serventes, merendeira, vigia, inspetor de
alunos e outros previstos em atos específicos da Secretaria de Estado de
Educação.
O Colégio Estadual Professor Darcy José Costa - EFM conta com as seguintes
funções: serventes e merendeira.
16.10 Função Da Servente
•Prestar auxílio à execução de tarefas relativas às áreas de manutenção e
conservação das instalações efetuar a limpeza mantendo em ordem as
instalações escolares, solicitando quando necessário, os materiais e produtos
utilizados para o desenvolvimento da suas atividades;
•Integrar equipes auxiliares e/ou realizar individualmente às tarefas que lhe
forem confiadas;
•Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, solicitando o
material e produtos necessários.
16.11 Função da Merendeira
56
Preparar e cozinhar alimentos, utilizando técnicas específicas de culinária, com
reaproveitamento de alimentos e outros, além disso, a merendeira deverá
também:
•Controlar o estoque de gêneros alimentícios;
•Manter a organização da dispensa com os cuidados necessários de preservação
dos alimentos;
•Zelar pelos materiais, equipamentos e máquinas, necessários ao desempenho
da função;
•Servir o lanche e as refeições;
Contribuir para o bom relacionamento entre a equipe escolar, independente da
função que cada um exerça, o respeito e a cordial idade entre todos os que
fazem parte dessa estrutura são fundamentais para uma educação de qualidade.
Por isso, o Colégio Darcy José Costa
quer buscar a harmonia proporcionando momentos de diálogo entre todos os
seguimentos que compõem sua equipe, procurando detectar problemas que
possam estar acontecendo e, juntos, buscar as soluções possíveis no intuito de
tornar o ambiente de trabalho mais produtivo e prazeroso.
57
17. PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
17.1 APMF
A Associação de Pais e Mestres do Colégio Estadual Darcy José Costa, A APMF,
pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos pias e
professores do estabelecimento, não tendo caráter político- partidário, religioso,
racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e
Conselheiros. APMF é regida por um estatuto próprio. Esse órgão é de extrema
importância para as ações da escola, e tem como objetivo:
•Discutir e decidir sobre as ações para a assistência ao educando, o
aprimoramento do ensino, e para a integração família-escola-comunidade;
•Prestar assistência aos educandos assegurando-lhes melhores condições de
eficiência escolar;
•Integrar a comunidade no contexto escolar, discutindo a política educacional,
visando sempre a realidade dessa mesma comunidade;
•Proporcionar condições ao educando, criticar e participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização livre em grêmios estudantis;
•Representar os reais interesses da comunidade e dos pais de alunos junto à
escola, contribuindo, dessa forma, para a melhoria do ensino e da melhor
adequação dos planos curriculares;
•Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e membros da
comunidade, através de atividades sócio-educativa-cultural-desportivas;
•Contribuir para a melhoria e conservação do aparelhamento e do
estabelecimento escolar, sempre dentro de critérios de prioridade, sendo as
condições dos educandos fator de máxima prioridade.
São inúmeras as atividades que poderão ser desenvolvidas pela APMF com o
objetivo de colaborar promovendo, desta forma, uma escola de qualidade onde
todos aqueles que dela fazem parte direta ou indiretamente, sintam-se co-
responsáveis pelos resultados obtidos.
17.2 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade
Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
58
organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,
observando a Constituição Federal, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e
o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função social e específica do
colégio. Podendo fazer parte do Conselho a comunidade escolar, compreendida
como o conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos
devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis
pelos alunos, representantes de segmentos organizados presentes na
comunidade comprometidos com a educação.
O Conselho Escolar é concebido enquanto um instrumento de gestão colegiada e
da participação da comunidade escolar numa perspectiva de democratização da
escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do
Estabelecimento de Ensino.
Sua função deliberativa refere-se à tomada de decisões relativas às diretrizes e
linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao
direcionamento das políticas públicas desenvolvidas no âmbito escolar.
A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e
tomar decisões quanto as questões pedagógicas, administrativas e financeiras,
no âmbito de sua competência.
Sua função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações
educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de
problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o
cumprimento das normas da escola e a qualidade social da instituição escolar.
E por fim, a função fiscalizadora, que refere-se ao acompanhamento e
fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade
escolar, garantindo a legitimidade de suas ações.
17.3 Grêmio Estudantil
Da necessidade natural que surge dentro das escolas, articulam-se
informalmente diferentes grupos que formam-se em torno das mais variadas
razões e motivos. Deste modo, a organização dos grêmios estudantis é
importantíssima. São estes grupos que favorecem o relacionamento e a
convivência entre os nossos jovens. Por serem institucionalizados, podem
59
representar melhor a rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos
e aspirações dos estudantes.
O grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que devem
reconhecer a sua importância e que devem definir o seu perfil. Os grêmios,
organizados desta forma, exercem papel importante na formação do aluno,
devendo ter uma dimensão social, cultural e também política.
Toda escola que respeita os princípios de gestão democrática, deverá abrir
espaço para a formação dos grêmios, não temendo a sua força reivindicatória,
mas compreendendo a sua importância. O educador precisa ter consciência de
que o aluno se expressa, muitas vezes, pela contestação, enriquecendo a
qualidade do processo educacional. E toda representação estudantil deve ser
estimulada, pois ela aponta um caminho para a democratização, sendo um apoio
à direção numa gestão colegiada.
Os Grêmios Estudantis compõem uma das mais duradouras tradições da nossa
juventude. Pode-se afirmar que, no Brasil, com o surgimento dos grandes
Estabelecimentos de Ensino Secundário, nasceram também os grêmios
estudantis, que cumpriram sempre um importante papel na formação e no
desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude,
organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios
esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis
representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e
política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o
enriquecimento cultural de grande parcela da nossa juventude.
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por
alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,
produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos
estudantes, que não fazem parte do Currículo escolar, e também organizando
reivindicações, tais como compra de livros para a biblioteca, transporte gratuito
para estudantes, e muitas outras.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio serão estabelecidas
em seu Estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do
60
Estabelecimento de Ensino, convocada para este fim, obedecendo à legislação
pertinente.
A aprovação do Estatuto, a escolha dos Dirigentes e dos Representantes do
Grêmio serão realizadas pelo voto direto e secreto de cada estudante,
observando-se, no que couber, as normas da legislação eleitoral.
No Colégio Estadual Professor Darcy José Costa, o Grêmio teve suas atividades
iniciadas no ano de 2002, com a ajuda do então presidente da UMES, Vitor Raoni
de Assis Marques, que incentivou os alunos através de reuniões, sendo eleita a
primeira diretoria. Posteriormente em 2004 houve a 2ª eleição para a
representação do Grêmio deste Colégio com mandato 2004/2005.
Atualmente o Grêmio Estudantil Olavo Bilac representa os alunos deste
estabelecimento, desde sua posse no dia 25/08/2005. Com sede própria e
Estatuto aprovado, o atual grêmio comanda os interesses dos estudantes através
de uma associação composta por : Presidente, Vice-presidente, Secretário geral,
1º secretário, Tesoureiro, 1º tesoureiro, Diretor Social, Diretor de Imprensa,
Diretor de Esportes, Diretor de Cultura, Diretor de Saúde e Meio ambiente.
61
18.CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DO COLÉGIO
18.1 Critérios de Organização para a Utilização do Espaço Educativo
18.1.1 Critérios para Elaboração do Calendário Escolar e Horários
Letivos
A Secretaria de Estado da Educação faz o planejamento do calendário escolar de
acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9394/96) e
atende a flexibilidade de cada Estado de acordo com os feriados federais e
estaduais. O calendário é elaborado pela SEED que repassa aos Núcleos
Regionais de Ensino para a consulta dos professores sobre os recessos e feriados
municipais, sempre respeitando os 200 dias letivos e as 800 horas/aulas que são
obrigatórios. Após discussão e aprovação, entra em vigor e as escolas não têm
autonomia para definir outros dias de recesso ou dispensas de aulas sem
justificativa pedagógica.
18.1.2 Critérios para Organização de Turmas e Distribuição por
Professor em Razão de Especificidades
O critério para distribuição de aulas aos professores do estabelecimento de
ensino, segue as resoluções da SEED que regulamenta o processo na rede
estadual de ensino, estabelecendo normas e diretrizes para tal. Primeiramente
são distribuídas as aulas aos professores lotados no estabelecimento, seguindo
uma lista previamente enviada pelo NRE, onde se encontra a classificação do
professor por tempo de serviço no estabelecimento, de acordo com a disciplina
de concurso.
As aulas remanescentes do estabelecimento são enviadas ao NRE e este faz a
distribuição seguindo critérios da resolução específica. Primeiramente são
distribuídas as aulas aos professores não lotados e ocupantes de cargo efetivo,
as aulas que restarem são distribuídas nas escolas, aos professores efetivos na
forma de aulas extraordinárias, as aulas remanescentes voltam ao NRE para a
distribuição aos professores contratados pelo regime CLT e outros contratos
temporários especiais.
Para a distribuição de aulas será considerada a carga horária disponível no
estabelecimento de ensino, gerada para o ano letivo, de acordo com o número de
turmas e modalidades de ensino, previstos em regulamentação específica e na
62
matriz curricular aprovada pelo NRE. A distribuição de aulas deverá ser
acompanhada pela chefia do Núcleo Regional de Ensino.
63
19. RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO
O Colégio Estadual Professor Darcy José Costa recebe dois recursos financeiros
públicos. O Governo do Estado destina à escola o Fundo Rotativo (Recursos
Descentralizados para as Escolas Estaduais do Paraná) e o Governo Federal envia
o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Estas verbas são calculadas a
partir do número de alunos matriculados e declarados no Censo Escolar.
O Fundo Rotativo tem como finalidade o repasse de recursos financeiros aos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual. Criado por Lei, este recurso
viabiliza a manutenção e despesas relacionadas com a atividade educacional.
Cabe ao FUNDEPAR estabelecer diretrizes para a política de seu funcionamento.
O critério de sua distribuição tem como base o número de alunos matriculados,
valor linear e outros indicadores educacionais e sociais. O FUNDEPAR repassa
ainda, através do Fundo Rotativo, cotas suplementares para investimentos,
desde que caracterizada a sua necessidade e previamente solicitadas pelos
gestores e autorizadas pelo FUNDEPAR. Classifica-se como manutenção, as
despesas realizadas com material de consumo e serviços de terceiros (prestação
de serviços). Os investimentos são as despesas realizadas com equipamentos e
material permanente e melhorias. O gestor do Fundo Rotativo é o Diretor do
estabelecimento durante o seu mandato e tem que cumprir as determinações
efetuando a prestação de contas a cada semestre. As liberações são mensais e
em conta específica, única e especial em nome do Fundo. A movimentação da
conta bancária efetuada pelo Diretor do estabelecimento se dá através de
nominal, sendo a guarda e zelo do talão de cheques de sua inteira
responsabilidade. A cada liberação, o Diretor deverá elaborar um plano de
aplicação junto com a APMF e Conselho Escolar e, estes acompanharão a
realização de suas ações, pois ao final de cada semestre estes devem assinar o
relatório final comprovando que realmente o recurso foi gasto de forma correta.
Desde o ano de 2005, o Colégio recebe uma verba complementar do Fundo
Rotativo chamada “Projeto Escola Cidadã”, destinada exclusivamente à melhoria
da merenda dos alunos. A direção da escola tem a responsabilidade de gastar e
prestar contas sobre esta verba em conjunto com a APMF e o Conselho Escolar.
O PDDE consiste na transferência de recurso Financeiro anual, em parcela única,
destinado às escolas públicas do Ensino Fundamental. Este recurso tem como
objetivo contribuir para a manutenção e melhoria da infra-estrutura física e
64
pedagógica das instituições de ensino, concorrendo para a elevação da qualidade
do Ensino Fundamental. As escolas a serem beneficiadas deverão possuir alunos
matriculados nas modalidades regular, especial ou indígena de acordo com os
dados extraídos do CENSO ESCOLAR, realizado pelo INEP. São as informações
obtidas através do Censo que irão determinar quanto cada escola terá de
recurso. Além de estar em atividade, deverá dispor de uma unidade executora
que é a APMF e ter mais de 50 alunos matriculados. A entidade APMF será a
responsável pelo seu recebimento, execução e prestação de contas dos recursos
transferidos pelo FNDE em conta específica. Os recursos deverão ser aplicados
na aquisição de materiais permanentes, manutenção e material de consumo.
Sendo duas as categorias econômicas, a de custeio e a de capital. A de custeio
refere-se à aquisição de bens e materiais de consumo e contratação de serviços
para funcionamento e manutenção da escola, a de capital são recursos a cobrir
despesas com material permanente que resultem em reposição ou elevação
patrimonial. A unidade executora, ao receber o recurso, deverá fazer um plano
de aplicação juntamente com a Direção da escola e o Conselho Escolar, fazendo
pesquisas de preço antes da aquisição dos materiais a serem adquiridos.
65
20.PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
O Colégio Estadual Professor Darcy José Costa – Ensino fundamental e Médio.
Tendo como Diretora: Maria Odila Previato Pereira Costa, Diretora Auxiliar: Fátima
Aparecida Grandi Bottega, Pedagogas: Ester Cristiane Wonsik, Luzinéia Maria
Silva, Conceição José de Sant' Ana, Marcia Cristina Buzetti e Rosimary Aparecida
Stortti Genari tem como plano de ação para 2006/2007:
20.1 Eixo Norteador
A atuação da Equipe Pedagógica deste Colégio, reflete o que observa as
Diretrizes Curriculares Nacionais, considerando como ponto norteador, o projeto
de sociedade local, regional e nacional.
Sob esta base, mantendo a visão do coletivo, importa considerar o aluno inserido
nessa sociedade que, por sua vez, traz desafios constantes para a educação, que
não pode manter-se neutra a ele.
A escola se vincula a todas as educações, que se dão em toda parte, resultante
da ação de todo o meio cultural e seus participantes.
Assim, esta proposta visa a atuação da Equipe Pedagógica voltada para
estabelecer e manter uma ponte entre a escola, a família e a comunidade, além
de contribuir com outros profissionais da instituição para a efetivação qualitativa
do processo de ensino-aprendizagem, suscitando a constância da reflexão,
discussão sobre o cotidiano escolar, como busca permanente da qualidade do
ensino já que a essência da escola é, em primeiro lugar, a educação formal,
intencional, elaborado para transmitir o saber historicamente acumulado.
20.2 Detalhamento das ações:
•Articular o P.P.P. da escola, para que seja conhecido , valorizado e
concretizado;
•Acompanhar, supervisionar as ações a serem executadas na hora- atividade,
para que esta tenha um planejamento, execução e avaliação;
•Auxiliar no processo de planejamento, bem como em seus desdobramentos,
em elaborar, vivenciar, acompanhar e avaliar sua aplicação na prática
pedagógica do educador;
66
•Tornar o conselho de classe um momento de avaliação e replanejamento por
meio do confronto de diferentes visões, onde cada um resultará em
totalidade;
•Vistar bimestralmente o livro do professor , verificando sua adequação com
as leis pertinentes, com as exigências das instâncias superiores e como
planejamento elaborado;
•Organizar roteiros de ações flexíveis, se necessário, com o coletivo, pautadas
nas necessidades que surgirem no decorrer do ano letivo;
•Oferecer opções para o enriquecimento do trabalho docente, objetivando a
melhoria do processo ensino-aprendizagem;
•Acompanhar o desenvolvimento do trabalho do educador em sala de aula,
quanto aos conteúdos, metodologia, avaliação e objetivos formulados no
Projeto Político Pedagógico;
•Trabalhar e estimular a escola como um todo a atuar com a comunidade;
•Estabelecer vinculo com o aluno desde o momento da matrícula, verificando
como a escola se organiza para recebê-lo, para permanência e não a evasão
do mesmo;
•Informar ao aluno sobre seu desempenho escolar, bem como sugerir atitudes
que culminem em melhorias em seu desenvolvimento;
•Tornar a escola local apreciado pela família, firmando parceria com os pais,
para acompanhamento conjunto do processo educacional do discente;
•Estimular a reflexão dialogada e participativa entre pais e professores;
•Promover ações para fortalecimento do grupo, para atingir metas e decisões
dos mesmos;
•Buscar manter junto ao corpo escolar, valores universais, valores humanos
de fraternidade e solidariedade, cultivo da subjetividade e sistematização do
conhecimento do conhecimento histórico, como condição básica para cultura;
•Tornar os acontecimentos rotineiros, organização da escola, a gestão da
mesma, espaço de trabalho do pedagogo;
20.3 Cronograma
67
Muitas das ações consideradas no detalhamento estão inseridas no cotidiano da
escola, adotadas em momentos oportunos, possíveis e necessários:
•O diálogo far-se-á no coletivo e quando necessário individualmente;
•O plano de ação fica aberto a quaisquer atos e projetos que objetive a
melhoria do espaço escolar;
Consideradas as observações acima segue o cronograma passível de registro:
Corpo escolar: no mínimo duas reuniões anuais, uma a cada semestre, para
incorporação de todos , dos objetivos pretendidos para o ano letivo;
Professores: organização da semana pedagógica, conselho de classe, reuniões
pedagógicas e planejamento;
Alunos: apoiar e incentivar o Grêmio Estudantil, diálogos individuais, reuniões
com turmas e grupos;
Pais: convocar quatro reuniões com todos os pais sendo uma a cada bimestre e
também reuniões com turmas específicas; enviar convites individuais para
visitas;
20.4 Condições
Para cada proposta, há condições de aplicabilidade, quando não, adaptar-se-á as
condições existentes, no que tange ao espaço físico e humano oferecidos.
20.5 Objetivos
A partir das metas organizadas, a Equipe Pedagógica deste Colégio, acredita na
educação como um ato humano que se dá também dentro do espaço escolar, e
como ato político, ao devolver para a sociedade, pessoas com condições de
questionar e de acreditar em si e em sua capacidade de agir, conhecendo o lugar
que ocupa no mundo, enquanto cidadão de uma escola, um bairro, uma cidade,
um Estado e de um País.
“ O compromisso próprio da existência humana, só existe no engajamento com a realidade de cujas “águas” os homens realmente comprometidos, ficam “molhados e ensopados” . Somente assim o compromisso é verdadeiro. Ao experienciá-lo, num ato que necessariamente é corajoso, decidido e consciente, os homens já não se dizem neutros. “ Paulo Freire
68
21. PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA
21.MATRIZ CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
69
Fonte:
Data:
Disciplina
Série / Carga Horária Semanal
1 2 3 4 5 6 7 8
BNC 3 3 3 4
BNC 2 2 2 2
BNC 3 3 3 2
BNC 1 1
BNC 3 3 3 4
BNC 3 3 4 3
BNC 4 4 4 4
BNC 4 4 4 4
PD 2 2 2 2
Carga Horária Total 24 24 25 25
Matriz Curricular - Ano Letivo 2007
SAE
20/03/2007 15:00
Estabelecimento: DARCY JOSE COSTA, C E PROF - E FUND MED
Curso: ENS.DE 1 GR-REGULAR 5/8 SERIE Turno: Manhã
Ano de Implantação: 2006 - SIMULTANEA Módulo: 40
semanas
Composição Curricular
0301 - CIENCIAS 0725 - ARTES 0601 - EDUCACAO FISICA 7502 - ENSINO RELIGIOSO * 0401 - GEOGRAFIA 0501 - HISTORIA 0106 - LINGUA PORTUGUESA 0201 - MATEMATICA 1107 - L.E.M.-INGLES
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. * Opcional para o aluno e não computada na carga horária da matriz curricular. BNC=BASE NACIONAL COMUM
70
Matriz Curricular - Ano Letivo 2007
Disciplina
Série / Carga Horária Semanal
1 2 3 4 5 6 7 8
BNC 2
BNC 2 2 3
BNC 2 2 2
BNC 2
BNC 2 3 2
BNC 2 2 2
BNC 2 2 2
BNC 4 4 4
BNC 4 4 4
BNC 3 2 2
BNC 2
PD 2 2 2
Carga Horária Total 25 25 25
Fonte: SAE
Data: 20/03/2007 15:22
Estabelecimento: DARCY JOSE COSTA, C E PROF - E FUND MED
Curso: ENSINO MEDIO Turno: Manha e
Noite
Ano de Implantação: 2007 - SIMULTANEA Módulo: 40
semanas
Composição Curricular
0704 - ARTE 1001 - BIOLOGIA 0601 - EDUCACAO FISICA 2201 - FILOSOFIA 0901 - FISICA 0401 - GEOGRAFIA 0501 - HISTORIA 0106 - LING. PORTUGUESA 0201 - MATEMATICA 0801 - QUIMICA 2301 - SOCIOLOGIA 1107 - L.E.M.-INGLES
Matriz Curricular de acordo com a LDB N.9394/96. BNC=BASE NACIONAL COMUM PD=PARTE DIVERSIFICADA
21. 2 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ARTES
A arte-educação enfatiza as funções da arte no desenvolvimento psicológico, valorizando a expressão e a criatividade.
É bastante conhecida e compreendida a importância das atividades artísticas na
educação, como meio de desenvolver tanto a formação intelectual do aluno quanto a formação da personalidade.
O objetivo central e ultimo da educação escolar é dar acesso ao saber, às diversas formas de conhecimento. É dar acesso à cultura, entendendo-se cultura como produção coletiva de uma sociedade, ou ainda, como patrimônio de toda humanidade, construído ao longo de toda sua história.
A arte é uma forma de expressão, de expressar emoções, idéias, vivencias, entre utros. É também uma forma de comunicação, presume a capacidade de atingir o outro, de ser compreendida pelo outro. Essa compreensão só é possível se o outro entende o “código”, se ele domina, na maior parte das vezes de modo inconsciente, os princípios de organização da mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na musica, e daí por diante.
Se o interesse depende da capacidade de compreensão, a distancia que a maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas eruditas, é gerada pela falta de referencia adequadas, que permitam apreender as linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve ao um dom inato ou algo assim; deve-se, sim, a certas formas de perceber, de pensar e mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização.
A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Este contato continuado, esta freqüência, vai construindo gradativamente a familiarização, vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a apreensão e compreensão das linguagens artísticas.
71
OBJETIVOS GERAIS
Proporcionar aos alunos a oportunidade de entender e refletir sobre as principais correntes da crítica de arte, viabilizando o estudo de objetos artísticos, buscando a arte na relação do homem com o mundo que está inserido, proporcionando aos alunos a oportunidade de entender e perceber a influencia da arte na sua vida, conhecendo o conceito de arte, historia da humanidade por meio da arte, conhecendo e identificando obras artísticas conhecidas, procurar distinguir diferenças e semelhanças dentro das artes visuais, percebendo que a cultura e arte são relacionadas e fazem parte da história de uma sociedade, proporcionando ao educando condições de perceber a riqueza cultural que nos rodeia.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
•Elementos básicos das linguagens artísticas;•Produções/manifestações artísticas;•Elementos contextualizadores.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª Série•O ponto;•Linhas e formas;•Desenho criativo livre,dirigido, memorizações, observação;•O ritmo;•Data comemorativa;•Textura;•Simetria e assimetria;•Cores: primárias, secundárias, quentes, frias e neutras;•Figuras geométricas: quadrado, retângulo, círculo, losango, triângulo;•Data comemorativa;•Mosaicos;•História da música;•História da pintura;•História em quadrinhos;•Data comemorativa;•Movimentos do corpo;•História da arte;•A natureza: árvores;•Desenhos figurativos e abstratos;•Data comemorativa.
6ª Série
•O ponto na arte - pontilhismo;•Linhas e formas;
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•Desenho criativo dirigido, memorização e observação;•Sinais e símbolos;•Data comemorativa;•A natureza: animais;•Cores: primárias, secundárias, quentes, frias e neutras;•Origami;•A história em quadrinhos;•Data comemorativa;•Classificação dos polígonos;•Ilustração dirigidas - poemas, frases e temas;•Sinais e símbolos gráficos;•Simetria e assimetria;•História da Pintura;•Data comemorativa;•História da arte;•Vitrais;•Desenhos abstrato e figurativo;•Contraste de cores;•Rasgadura;•Data comemorativa;
7ª Série
•Comunicação visual - ilusão óptica;•Escala cromática - monocromia, isocromia, contraste e policromia;•Origami;•Luz e sombra;•História em quadrinhos;•Jornal;•Estações do ano;•Sinais , sinalização, símbolos;•Publicidade;•Op -arte;•Data comemorativa;•Decoração;•Xilografia;•História do cinema;•História da música;•Data comemorativa;•Simetria e assimetria;arte;•Data comemorativa;•Decoração;•Xilografia;•História•Vitral;•Colagens - montagem cômica;•História da arte;•Data comemorativa;
73
8ª Série•Vinhetas;•Estilização;•O ambiente a natureza;•Tipos de desenhos - memorização, observação, criativo dirigido e livre;•Data comemorativa;•História da música;•Expressão do rosto;•Caricatura e cartoons;•Fotografia;•Vitral;•Data comemorativa;•Propaganda;•Publicidade em cartazes;•Natureza morta;•Colagens - Imagem Cômica;•Data comemorativa;•O rádio e a televisão;•História da arte;•Técnicas de movimento - Quadrinhos;•Logotipo;•Data comemorativa;
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•História e Cultura Afro;•Educação para a Cidadania/Educação Fiscal•Agenda 21 Escolar
METODOLOGIA
Deverão ser abordadas partindo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho do individuo histórica e socialmente, cada conteúdo tem sua origem e sua historia que devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno. Conhecendo como se organiza formas de produzir arte pela maneira qual a sociedade estrutura-se historicamente.
Trabalhar com diversas formas de interferência e mutações em imagens, tende a oferecer aos alunos a oportunidade de observar, estudar e apreciar a arte nos aspectos práticos e teóricos, aguçando a curiosidade e desenvolvendo o espírito artístico.
O aluno poderá desenvolver seu conhecimento artístico nas diversas áreas da arte, tanto para produzir trabalhos pessoais quanto grupais, para que possa, progressivamente, julgar os bens artísticos, buscar e saber organizar informações
74
sobre a arte, em contato com obras, documentos, livros, revistas, jornais, ilustrações e outros acervos. Desta forma, estará reconhecendo e compreendendo com mais clareza a variedade de produtos artísticos e as concepções estéticas presentes nas diferentes culturas e também na sua realidade.
Construir o auto-retrato, o retrato dos colegas, desenhar e pintar modelos vivos em conjunto com os colegas e o professor.
Fazer mosaico de papel sobre desenho de rostos e fotografias.
Exercícios de livre escolha, dentro do tema proposto de interferências e mutações da imagem.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar exige,acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino e aprendizado. Possibilitando a avaliação individual e coletiva, utilizando instrumentos de avaliação, como o diagnostico inicial, durante o percurso final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas, pesquisas, exposição de trabalhos, entre outras.
As proposições pedagógicas e curriculares, aqui apresentadas, potencializam a efetivação de instituições escolares inclusivas acolhendo efetivamente: as pessoas com necessidades especiais de todos os tipos, moradores do campo, populações indígenas, grupos afro-descendentes, entre outros.
É importante neste processo termos em vista que o aluno tem um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente aprende em outros espaços sociais (família, grupo, associações, religião e outros), e um percurso escolar distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico (música, artes visuais, teatro e dança).
BIBLIOGRAFIA
CARDIOLLI, M. Diversidade e Pertinência na Construção Curricular. Currículo e Inclusão.
Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio.
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.
HAILER, M. A. Caderno de Artes. São Paulo: Editora FTD.
MIRIAM, C.; PISCOQUE, G.; GUERRA, M. T. Didática do Ensino da Arte. São Paulo: Editora FTD, 1998.
POUGY, E. Descobrindo as Artes Visuais. São Paulo: Editora Ática, 2001.
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2001.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL – CIÊNCIAS
Ao analisar a educação e o currículo de ciências, em cada momento histórico percebe-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando assim a mudança e o foco do processo do aprendizado.
É fundamental considerar a avaliação do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a história da ciência se constrói.
O conhecimento da história da ciência propicia ao ensinar e aprender ciências, uma visão dessa evolução ao apresentar seus limites e possibilidades.
A sua participação no meio social revela atitudes críticas de afirmação da personalidade junto às relações inter-pessoais na família, na escola com os amigos, na busca de novas amizades.
Tais envolvimentos facilitam a interação e a comunicação, através de participações nas quais a emulação entre os indivíduos e grupos, se dá de forma harmônica possibilitando o destaque de cada um e ao longo do aprendizado integral.
OBJETIVOS GERAIS
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial como os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma atividade humana, histórica, associada e aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;
Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvimentos no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados com energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações e registros para coleta, comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e informações;
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Valorizar o trabalho em grupo e ser capaz de agir crítica e cooperativamente para a construção coletiva do conhecimento.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5º SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•O Universo•O Planeta Terra•A Água•O Ar
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
O Sistema Solar;•Estrelas•Planetas e satélites•Asteróides e meteoritos•Cometas•Número de planetas•Telescópio espacial Hubble•Notícias do telescópio Hubble•Energia solar e estado físico do sol•Origem dos calendários
As Galáxias;•As estrelas no céu•Observando o céu•Via láctea •Constelações•O planeta terra
A Conquista do Espaço;•Mitologia e ficção•Sondas espaciais•Naves recuperáveis•Estação espacial•O Brasil na era espacial•Os satélites em volta da terra
A Terra e a Vida;•Origem da terra•O Big – Bang•Origem da vida•A biosfera•Ecossistema•Equilíbrio ecológico
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Os Ecossistemas;•Cadeia alimentar: produtores, consumidores e decompositores•O relacionamento entre seres vivos: •Predatismo•Harmonia e desarmonia•Parasitismo•Competição•Mutualismo e protocooperação•Comensalismo e inquilinismo•Sociedade e colônia
Forma e Estrutura da Terra;•A forma da terra•Estrutura de terra •Movimentos da crosta terrestre•Terremotos•Vulcões
Rocha e Solo;•As rochas:•Tipos de rochas•Rochas magmáticas•Rochas metamórficas•Rochas sedimentares•O solo:•Origem do solo•Tipos de solo•Utilização do solo•Solo e agricultura:•Culturas alternativas•Adubação irrigação e drenagem•Planta e solo:•Erosão pluvial e causada pelo vento
A Água na Natureza;•Água por toda parte:•Água potável e a água destilada•Destilação na natureza•A cor da água•Composição da água•Água potável e a poluição das águas:•Água para o consumo •Água de poço•Fontes termais•Água da chuva•Água salgada•Água doce•Poluição da água doce
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•Poluição dos mares•Petróleo no mar•Maré vermelha
Tratamento de Água:•Água de boa qualidade•Tratamento domiciliar:•Decantação•Filtração•Fervura•Tratamento público da água•Uso doméstico de substâncias químicas
Flutuação e Pressão;•Peso e empuxo:•Peso dos corpos•Empuxo•Densidade•Pressão da água:•Principio de Pascal•Vasos comunitários•Existência do Ar;•Ar e matéria:•O ar ocupa espaço•Moléculas e átomos•Peso do ar•Camadas atmosféricas:•Composição da troposfera•Umidade relativa•Medindo a umidade relativa
Pressão Atmosférica;•Ar comprimido e ar rarefeito:•Ar em movimento•Pressão e temperatura•Vento:•Velocidade e direção do vento•Brisas•Utilização do vento
Pressão Atmosférica e Previsão do Tempo;•Usando a pressão atmosférica:•Tubo de vácuo•Garrafa térmica•Pressão e velocidade do vento•A asa do avião•Medindo a pressão atmosférica•Previsão do tempo:
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•Nuvens.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Cultura afro-brasileira;•Diversidade cultural;•Agrinho;•Sexualidade;•Agenda 21;•Educação Fiscal.
6º SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•Os Seres Vivos•Os Microorganismos•Os Fungos•O Reino Animal•O Reino das Plantas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os Seres Vivos e os Ecossistemas;•Nascimento e reprodução•Crescimento e desenvolvimento•Constituição •Movimentos
Classificação e Nomenclatura dos Seres Vivos ; •Os Reinos
Os Vírus;•Os vírus •Doenças causadas por vírus:•Catapora•Caxumba•Dengue•Febre amarela•Poliomielite•Raiva•Rubéola•Sarampo•Varíola•Hepatite•Gripe•Meningite•AIDS
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Os Seres Unicelulares;•As moneras:•Cólera•Difteria•Disenteria bacilar•Febre tifóide•Hanseníase•Meningite•Tétano•Tuberculose•Os protistas:•Os protozoários;•Ciliados•Flagelados•Sarcodíneos•Esporozoários•Os protozoários e a saúde humana;•Disenteria amebiana•Doença de chagas•Malária•Algas unicelulares;•Euglenófitas•Pirrófitas•Crisófitas•Os Fungos;•Fungos:•A importância econômica dos fungos
O Reino Animal;•Os animais:•Poríferos •Cnidário•Platelmintos•Nematódes•Moluscos•Anelídeos•Artrópodes•Equinodermes•Cordados
Os Poríferos;•Esponjas•Características das esponjas•Reprodução sexuada•Reprodução assexuada
Os Cnidários;•Animais da água
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•A reprodução dos cnidários
Os Platelmintos;•Os platelmintos•Características dos platelmintos•Turbelários•Reprodução das planárias•Trematódeos e cestódeos•Teníase•Esquitossomose
Os Nematelmintos;•Características gerais dos nematelmintos•Ciclo de vida da lombriga•Ciclo de vida do ancilóstomo•Bicho geográfico•Ciclo de vida da filaria•Ciclo de vida do oxiúro•Os Moluscos;•Gastrópodes•Bivalves•Cefalópodes•Os moluscos e a saúde humana
Os anelídeos;•Características gerais dos anelídeos•Os poliquetos•Os oligoquetos:•Reprodução das minhocas•Os hirudíneos
Artrópodes I – Os Insetos;•Características gerais dos artrópodes•Os insetos•Classificação dos insetos
Artrópodes II – Aracnídeos, Crustáceos, Diplodes e Quilópodes;•Animais com espinho na pele•Classificação dos equinodermos:•Asteróides •Equinóides•Ofiuróides•Crinóides•Holoturóides•Concentriciclóides
Os Peixes;•Vertebrados
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•Os peixes:•Órgãos dos sentidos•Reprodução dos peixes•Classificação dos peixes
Os Anfíbios;•Os Anfíbios•Classificação dos anfíbios•Anuros•Urodelos•Ápodes ou gimnofionos
Os Répteis;•Répteis – características gerais•Escamosos:•Larcertílios•Ofídios•Cobras venenosas•Quelônios•Crocodilianos
As Aves;•Características gerais das aves•Classificação das aves
Os Mamíferos;•Características gerais dos mamíferos:•Glândulas sudoríparas •Presença de pêlos•Respiração•Coração•Reprodução •Classificação:•Monotremados•Marsupiais•Eutérios•Ordem carnívoros•Ordem roedores•Ordem lagomorfos•Ordem proboscídeos •Ordem cetáceos•Ordem sirênios•Ordem artiodáctilos•Ordem perissodáctilos•Ordem desdentados•Ordem quirópteros•Ordem primatas
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Os Grandes Grupos de Plantas;•O conceito de planta:•Talófitas•Briófitas•Pteridófitas•Fanerógamas
As Criptógamas;•Talófitas:•Algas verdes •Algas vermelhas•Algas pardas•Reprodução das algas•Briófitas:•Reprodução das briófitas•Pteridófitas:•Reprodução das pteridófitas
Nutrição das Fanerógamas;•Raiz:•Raiz tuberosa•Raiz aquática•Raiz escora•Raiz grampiforme•Raiz respiratória•Raiz tabular•Raiz sugadora•Velame•Caule: •Caule aéreos•Caules aéreos não eretos•Caules aquáticos•Caules subterrâneos•Modificações do caule•Folhas:•Fotossíntese•Transpiração modificações da folha
Reprodução das Fanarógamas;•Reprodução assexuada:•Enxertia•Alporquia•Mergulhia•Estaquia•Reprodução sexuada em gimnospermas•Reprodução sexuada em angiospermas•Pseudofrutos•A semente
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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Cultura afro-brasileira;•Diversidade cultural;•Agrinho;•Sexualidade;•Agenda 21;•Educação Fiscal.
7º SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•Estrutura e Funções do Organismo Humano•Relações do Ser Humano com o Ecossistema•Nutrição do Organismo Humano•Conservação da Espécie•Coordenação das Funções (sistema nervoso, divisão autônoma do sistema nervoso e sistema endócrino).
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A Espécie Humana;•A espécie humana:•Os seres humanos e o meio ambiente•Relações entre a espécie humana e os outros seres vivos•Relações do homem com o ambiente físico
Como é o Ser Humano;•O corpo humano por fora•Nosso corpo visto por dentro
As Células;•A descoberta das células •O tamanho das células•O formato das células•Estrutura celular:•Membrana plasmática•Citoplasma•Núcleo•Divisão celular
Os Tecidos do Corpo Humano;•Os agrupamentos celulares:•Tecido epitelial•Tecido conjuntivo•Tecido conjuntivo propriamente dito•Tecido adiposo
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•Tecido ósseo•Tecido cartilaginoso•Tecido nervoso•Tecido muscular•Órgãos e sistemas
O Aparelho Locomotor;•O aparelho locomotor•Sistema esquelético:•Tipos de ossos•Estrutura dos ossos•Ossos da cabeça•Ossos do tronco•Coluna vertebral•Costelas•Ossos dos membros•Articulações•Sistema muscular•Músculos antagônicos
Sistema Sensorial;•O ser humano e o ecossistema•Visão:•Os olhos•Audição:•Como escutamos•Fonação •Olfato:•Como sentimos o cheiro•Gustação•Tato
O Sistema Sensorial e a Saúde;•Interação das funções sensoriais•Doenças que afetam a visão•Doenças que afetam a fonação•Doenças que afetam a audição•Doenças que afetam a gustação•Doenças da pele
Os Alimentos;•Classificação dos alimentos:•Classificação dos alimentos quanto a função•Carboidratos•Proteínas•Lipídios•Água•Sais minerais
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•Vitaminas•Conservação dos alimentos:•Conservação pelo calor•Conservação pelo frio•Conservação por desitratação e liofilização•Aditivos alimentares•Embalagens especiais
A Digestão;•O sistema digestório•Digestão na boca:•Os dentes•Dentições•A saliva•A deglutição•Os movimentos peristálticos•Digestão no estômago•Digestão no intestino:•Absorção•O sistema digestório e a saúde humana:•Outras inflamações do sistema digestório
O Sistema Respiratório;•Sistema respiratório:•Vias aéreas •Os pulmões•Fisiologia dos sistema respiratório•Trocas gasosas•A respiração e a nossa saúde:•Asma •Pneumonia•Coqueluche•Gripe e resfriado•Difteria•Enfisema•Riniti alérgica
Circulação;•Funções da nutrição•O sangue:•Coagulação•Os leucócitos um exercício em defesa do corpo•Origem das células sangüineas•A linfa•Sistema cardiovalcular:•O coração •Como funciona o coração]a grande circulação•A pequena circulação
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•O baço•Pressão sangüínea•Circulação linfática•Grupos sangüíneos:•Sistema Rh
A Excreção;•Excreção•Sistema urinário:•Os rins•Outras substâncias eliminadas pelo organismo •Doenças do sistema urinário
A Reprodução Humana;•Células reprodutoras humanas•Sistema genital:•Sistema genital feminino•Sistema genital masculino•Reprodução:•Gestação•O parto•Contracepção•Doenças sexualmente transmissíveis
Noções de Genética;•Os cromossomos:•Os cromossomos e a hereditariedade•determinação do sexo•Os genes e a hereditariedade•Leis da herança
Coordenação das Funções;•O sistema nervoso:•Parte central do sistema nervoso•O Sistema Solar;
cérebro• cerebelo•Diencéfalo•Medula oblonga•A medula espinhal•Revestimento do sistema nervoso central•Parte periférica do sistema nervoso •A condução do impulso nervoso•Divisão autônoma do sistema nervoso:•Arco reflexo•Atos voluntários e atos reflexos•Sistema endócrino:
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•Hipófise•Tireóidea•Paratireódeas•Supra-renais ou adrenais•Pâncreas•Ovários•Testículos
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Cultura afro-brasileira;•Diversidade cultural;•Agrinho;•Sexualidade;•Agenda 21;•Educação Fiscal.
8º SÉRIE:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE/ ANO
•Química (relação de algumas reações químicas; dependendo, em sala de aula ou, se necessário, em laboratório ciência/biologia/química).
•Física (relação de algumas reações física; dependendo, em sala de aula ou, se necessário, em laboratório ciência/biologia/física).
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
Introdução à Química;•História da química•A química – ciência experimental•A química no cotidiano:•A química nos alimentos•Adubos e inseticidas•As substâncias químicas em casa•As substâncias químicas e a medicina•A química e o funcionamento do corpo
A Matéria;•Propriedades gerais da matéria:•Divisibilidade•Impenetrabilidade•Compressibilidade e elasticidade•Propriedades especificas da matéria•Propriedades organolépticas•Propriedades físicas•Mudanças de estado físico
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•Exemplos de mudança de estado físico
Substâncias e Misturas;•Elemento químico•Substância química•Mistura:•A água na natureza•Substâncias simples e composta:•Alotropia•Misturas homogêneas e as heterogêneas•Fracionamento das misturas:•Fracionamento de misturas heterogêneas•Misturas sólido-sólido•Misturas sólido-líquido•Misturas sólido-gasoso•Misturas líquido-líquido•Fracionamento de misturas homogêneas•Mistura líquido-sólido•Mistura líquido-líquido •Mistura gás-gás
O Átomo;•A história do átomo:•Dalton e Thomson•O átomo de Rutherford•As partículas elementares do átomo•Número atômico•Número de massa•Representação do átomo•Isoátomos•Modelo atômico de Bohr:•Primeiro postulado de Bohr•Segundo postulado de Bohr•Íons
Tabela Periódica;•Classificação dos elementos químicos:•Metais•Ligas metálicas•Ametais (não metais)•Semimetais•Gases raros•O hidrogênio•Símbolos dos elementos químicos•Tabela periódica atual:•Os períodos•As colunas•Os elementos representativos
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•Os elementos de transição•Para uso da tabela
Ligações Químicas;•A teoria do octeto:•Ligação iônica ou eletrovalente•Tamanho dos íons•Ligação covalente ou molecular•Ligação covalente normal•Ligação covalente dativa•Propriedades dos compostos iônicos e moleculares•Vantagens de algumas ligas metálicas
Funções Químicas;•As diferentes substâncias químicas•Dissociação iônica e ionização•Ácidos:•Propriedades dos ácidos•Classificação dos ácidos•Nomes dos ácidos•Fórmula dos ácidos•Hidrácidos•Oxiácidos•Bases ou hidróxidos:•Propriedades das bases•Classificação das bases•Nomes das bases•Notação das bases•Sais:•Propriedades dos sais •Classificação dos sais•Nome e fórmula dos sais•Óxidos:•Fórmula dos óxidos•Fórmula dos óxidos moleculares
Reações Químicas;•Equações químicas:•Como equilibrar uma equação química•Tipos de reações químicas:•Reações de síntese•Reação de análise ou de decomposição•Reação de deslocamento ou de simples troca•Reação de dupla troca•Leis das reações químicas:•Lei da conservação de massa (lei de Lavoisier)•Lei das proporções definidas (lei de Proust)•Lei das proporções múltiplas (lei de Dalton)•Lei de Gay-Lussac•Velocidade das reações químicas:•Influência da temperatura
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•Influência da superfície dos reagentes•Influência dos catalisadores
Introdução à Física;•No mundo da física•Transformações •Grandezas físicas:•Sistema de medidas •Comprimento•Tempo•Um pouco da história do tempo – mês•Unidades de tempo•O sistema internacional de unidades
Cinemática;•Movimento:•Deslocamento (S )•Intervalo de tempo (t )•Velocidade média•Tipos de movimento quanto à velocidade do móvel:•Movimento uniforme (MU)•Movimento variado•Movimento uniforme variado (MUV)•Queda dos corpos:•Aceleração da gravidade
Dinâmica;•Forças e movimentos: •Efeitos das forças•As forças na dinâmica•Campos de força•Campo magnético•Campo gravitacional•Campo elétrico•A força e a trajetória do móvel •Elementos de uma força:•Medida de intensidade das forças•Sistemas de força
Princípios da Dinâmica;•Principio da inércia ou primeira lei de Newton•Principio fundamental da dinâmica ou segunda lei de Newton:•Medida da massa•Principio da ação e reação ou terceira lei de Newton:•Centro de massa e centro de gravidade•Equilíbrio dos corpos
Trabalho e Potência;•O conceito de trabalho:•Unidades de trabalho
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•Atrito•Tipos de atrito•Potência:•Unidades de potência•Outras unidades de potência
Energia e Máquinas;•Energia e suas formas de apresentação:O Sistema Solar;•Transformação de energia•Estudo da energia mecânica (Emec):•Energia cinética (Ec)•Energia potencia (Ep)•Somando energia•Conservação da energia mecânica•Máquinas:•Alavanca interfixa, inter-residente e interpotente•Roldana•Plano inclinado
Energia Térmica;•Calor e temperatura•Equilíbrio térmico•Termometria:•Medida de temperatura•Escalas termométricas•Dilatação dos corpos•Quantidade de calor (Q):•Calor específico •Propagação do calor:•A garrafa térmica
Energia Sonora;•O som:•Velocidade do som•Qualidades fisiológicas do som•Reflexão do som•Classificação das ondas•Ondas periódicas•Freqüência de uma onda•Período•Velocidade da onda
Energia Luminosa;•Fontes de luz•Meios de propagação da luz•Fenômenos ópticos:•Propagação retilínea da luz•Reflexão e refração da luz
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•Reflexão e espelhos•Leis da reflexão•Espelhos planos associados•Espelhos esféricos•Difusão da luz•Refração e lentes•Lentes•Velocidade e cor da luz:•Formação do arco-íris•Composição da luz branca
Eletrecidade e Magnetismo;•Fenômenos elétricos•Eletrostática:•Atração e repulsão •Condutores e isolantes•Eletrização•Corrente elétrica•Intensidade da corrente elétrica (i)•Sentido da corrente elétrica•Tipos de corrente elétrica•Resistência elétrica (R)•Primeira lei de Ohm•Circuito elétrico simples•Trabalho e potencia elétrica•Geradores elétricos•Geradores químicos•Magnetismo:•Campo magnético•Atração e repulsão magnéticas •Magnetismo terrestre •Bússolas•Efeito magnético da corrente elétrica
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Cultura afro-brasileira;•Diversidade cultural;•Agrinho;•Sexualidade;•Agenda 21;•Educação Fiscal.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação aplicada em ciências é diagnosticada, continua e acumulativa envolvendo vários métodos que verifica o nível de aprendizagem de cada aluno, esses métodos são atividades orais e escritas que permita que o aluno tenha um
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raciocínio lógico em consonância com o conteúdo trabalhado e outros assuntos atuais, e relatórios.
Os métodos de avaliação, respeitam as diferenças de modalidades de cada um, pois cada aluno apresenta uma forma de aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
ALVARENGA, Jenner Procópio. Ciências Naturais no Dia-a-Dia. Editora Positivo. 1º edição. Curitiba – 2004.
VALLE, Cecília. Terra e Universo. Editora Positivo.
CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental. Editora Ática. 2º edição.
DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL – EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física no Ensino Fundamental é parte de um projeto de escolarização, articulada ao projeto político pedagógico da escola, cujo compromisso está direcionado para a formação humana.
Num contexto mais amplo, é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos, relacionando o movimento humano ao cotidiano escolar e todas as suas formas e manifestações. A corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no Ensino Fundamental preconiza a transposição das práticas corporais para além de uma dimensão meramente motriz, possibilitando e incentivando o surgimento de expressões de alegria, dor, violência, preconceito, sexualidade, dentre outras, que tem sentido amplo no corpo e são historicamente produzidos.
A Educação Física quando se refere aos conteúdos relacionados ao corpo e à corporalidade abrange a totalidade das manifestações corporais e sua potencialidade formativa, que podem transformar o espaço pedagógico repleto de significados, evitando formas de discriminação, segregações e competição exacerbada, administrando com coerência as situações conflitantes e direcionando-as para experiências de fato significativas para a sua formação.
A trajetória da disciplina de Educação Física, retrata os fatos ocorridos a partir do século XIX.
Com a proclamação da República, veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, no ano de 1882, afirmou a importância da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. Desde então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares. A burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios foram reelaborados pelo conhecimento médico na perspectiva pedagógica de atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos foram importadas da Europa práticas conformativas, como o modelo de saúde e os sistemas ginásticos, os quais foram fundamentais para o surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.
Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava pelo Método Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de 1931. A Educação Física se consolidou, no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937. A Educação Física seguiu a guisa dos princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de um corpo masculino robusto. As atividades dirigidas à mulher,
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deviam desenvolver a harmonia de suas formas e às exigências da maternidade futura.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a Educação Física.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também conhecida como Reforma Capanema, instituiu-se, no ensino secundário, um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o científico. Impunha-se, assim, mais uma obrigação para a juventude brasileira, além da defesa da nação, seus deveres para com a economia.
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana. O esporte consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos passaram a tratá-lo com maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho. Neste contexto, os chamados esportes olímpicos (vôlei, basquete, handebol e atletismo entre outros) foram priorizados com o objetivo principal de formar atletas para representar o país em competições internacionais.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Institui-se, assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
A disciplina estava, então, ligada à aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência olímpica.
Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação da disciplina na escola.
A Educação Psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.
Em meados dos anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou correntes, suscitando os primeiros debates voltados a uma criticidade. Tais propostas dirigiram suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo Básico. O currículo da Educação Física está embasado na pedagogia histórico-crítica da Educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em todas as suas dimensões. No entanto, apresentava uma rígida listagem de
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conteúdos que limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus pressupostos teórico-metodológicos.
A insuficiente oferta de formação continuada necessária à implementação da proposta e, posteriormente, as mudanças políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões governamentais no estado, enfraqueceram a força político-pedagógica do Currículo Básico.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física.
Esta proposta representou um marco para a Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondem às características regionais.
Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso na década de 90 quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) para a disciplina de Educação Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino Fundamental buscaram romper com as perspectivas da aptidão física, fundamentado em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando outras questões consideradas relevantes relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em concepções teóricas que discutem corpo e movimento. Porém, o documento não apresenta uma coerência interna de proposta curricular, analisada por alguns críticos com ecletismo teórico. Ou seja, há elementos da pedagogia construtiva piagetiana, abordagem tecnicista com a idéia de eficiência e eficácia e também a perspectiva da saúde e qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, há a descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos, ao propor temas amplos que desviam a centralidade e importância dos conhecimentos próprios de cada conteúdo de tradição da Educação Física. Verifica-se, portanto, uma desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das competências.
Por fim pode-se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio, trazem uma proposta confusa e acrítica com uma redação aparentemente progressista. Porém, as diversas concepções pedagógicas ali apresentadas atendem a interesses que visam a um processo de individualização e adaptação à sociedade, ao invés da construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem
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estas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando à Educação Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
OBJETIVOS GERAIS
O Projeto Político Pedagógico tem como prioridade organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Professor Darcy José Costa para o período de 2006/2010, seguindo os princípios de igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do Magistério, com a finalidade de formar um cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes adotados para o Ensino Fundamental são relativos à expressividade corporal.
5ª Série
Manifestações esportivas•Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;•O esporte como fenômeno de massa;•Princípios básicos dos esportes;•O sentido da competição esportiva;•Possibilidades dos esportes como atividade corporal;•Elementos básicos constitutivos dos esportes;•Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
Manifestações ginásticas•Origem da ginástica e sua mudança no tempo;•Diferentes tipos de ginástica;•Princípios básicos de diferentes ginásticas;•Práticas ginásticas;•Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro•A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;•Diferentes tipos de danças;•Porque dançamos?•Danças tradicionais e folclórica;•Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;•Mímica, imitação e representação;•Expressão corporal com e sem materiais;•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
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Brincadeiras, brinquedos e jogos•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;•Por que brincamos?•Oficina de construção de brinquedos;•Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;•Diferentes manifestações e tipos de jogos;•Jogos e brincadeiras com e sem materiais;•Diferenças entre jogo e esporte
6ª Série
Manifestações esportivas•Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;•O esporte como fenômeno de massa;•Princípios básicos dos esportes;•O sentido da competição esportiva;•Possibilidades dos esportes como atividade corporal;•Elementos básicos constitutivos dos esportes;•Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
Manifestações ginásticas•Origem da ginástica e sua mudança no tempo;•Diferentes tipos de ginástica;•Princípios básicos de diferentes ginásticas;•Práticas ginásticas;•Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro•A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;•Diferentes tipos de danças;•Porque dançamos?•Danças tradicionais e folclórica;•Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;•Mímica, imitação e representação;•Expressão corporal com e sem materiais;•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;•Por que brincamos?•Oficina de construção de brinquedos;•Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;•Diferentes manifestações e tipos de jogos;•Jogos e brincadeiras com e sem materiais;•Diferenças entre jogo e esporte
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7ª Série
Manifestações esportivas•Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;•O esporte como fenômeno de massa;•Princípios básicos dos esportes;•O sentido da competição esportiva;•Possibilidades dos esportes como atividade corporal;•Elementos básicos constitutivos dos esportes;•Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
Manifestações ginásticas•Origem da ginástica e sua mudança no tempo;•Diferentes tipos de ginástica;•Princípios básicos de diferentes ginásticas;•Práticas ginásticas;•Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro•A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;•Diferentes tipos de danças;•Porque dançamos?•Danças tradicionais e folclórica;•Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;•Mímica, imitação e representação;•Expressão corporal com e sem materiais;•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;•Por que brincamos?•Oficina de construção de brinquedos;•Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;•Diferentes manifestações e tipos de jogos;•Jogos e brincadeiras com e sem materiais;•Diferenças entre jogo e esporte
8ª Série
Manifestações esportivas•Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;•O esporte como fenômeno de massa;•Princípios básicos dos esportes;•O sentido da competição esportiva;•Possibilidades dos esportes como atividade corporal;•Elementos básicos constitutivos dos esportes;•Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos;
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Manifestações ginásticas•Origem da ginástica e sua mudança no tempo;•Diferentes tipos de ginástica;•Princípios básicos de diferentes ginásticas;•Práticas ginásticas;•Cultura da rua, cultura do circo
Manifestações estético-corporais na dança e no teatro•A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;•Diferentes tipos de danças;•Porque dançamos?•Danças tradicionais e folclórica;•Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;•Mímica, imitação e representação;•Expressão corporal com e sem materiais;•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
Brincadeiras, brinquedos e jogos•A construção coletiva de jogos e brincadeiras;•Por que brincamos?•Oficina de construção de brinquedos;•Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;•Diferentes manifestações e tipos de jogos;•Jogos e brincadeiras com e sem materiais;•Diferenças entre jogo e esporte
Elementos Articuladores•O conhecimento do corpo: •O corpo que brinca e aprende – manifestações lúdicas;•Desenvolvimento corporal e construção da saúde;•Relação do corpo com o mundo do trabalho;•Noções de higiene e saúde.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Participação nos JOCOP´S•Pesquisa de IMC (Índice de Massa Corporal) e outros•Jogos Inter-classes•Festivais de Dança•Agenda 21 Escolar •Cultura Afro•Educação Fiscal
METODOLOGIA
As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as
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durezas das aulas em sala. A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana, não esquecendo dos alunos inclusos, oportunizando a eles idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais. Com isso alcançando-se a igualdade de oportunidades e condições semelhantes a todos.
As aulas serão práticas e teóricas através de textos, comentários, atividades individuais e em grupo, participações em eventos e projetos internos e externos utilizando-se de material específico para cada atividade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Avaliação será formativa, contínua, permanente e cumulativa, identificando os progressos do aluno durante o ano letivo, visando buscar novas formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar, para possibilitar encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas, levando os alunos a uma reflexão e posicionamento crítico a fim de construir uma suposta relação com o mundo, obedecendo-se os princípios de inclusão e igualdade, contemplando os conteúdos programáticos propostos.
BIBLIOGRAFIA
BARRETO, D. Dança: Ensino, Sentidos e Possibilidades na Escola. Campinas. Autores Associados, 2004.
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
BRACHT, V. As ciências do Esporte no Brasil. Campinas. Autores Associados, 1995.
______. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.
_______. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez, 1992.
DAOLIO, J. . Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados, 2004.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
LIBÂNIO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
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TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática, Goiânia, 2:1-23, jun/jul. 1998.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo “educado”: um olhar sobre a ginástica do século XIX. In: FERREIRA NETO, Amarílio (org). Pesquisa Histórica na Educação Física. 1 ed. Vitória: 1997, v.2, p. 05-32.
Apostilas da SEED, Paraná, 2005/2006.
Parecer nº CNE/CP 003/2004, Brasília, MEC, 2004.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso era, tradicionalmente, o ensino da Religião Católica Apostólica Romana, religião oficial do Império, conforme determinação da Constituição de 1824. Após a proclamação da República, o ensino passou a ser laico, público, gratuito e obrigatório – rejeitada hegemonia católica – o monopólio dessa religião das demais.
A partir da Constituição de 1934, o Ensino Religioso passou a ser admitido como disciplina na escola pública, porém, com matrícula facultativa.
Meados da Década de 1960, grandes debates nos quais retornou-se a questão da liberdade religiosa, devido à pressão das tradições religiosas e da sociedade civil organizada, que partiu das diferentes manifestações religiosas.
O ensino Religioso perdeu sua função catequética, com a manifestação do pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo de curricular centrado na doutrina passou a ser questionado, porém na prática continuavam a ser ministradas por professores leigos voluntários, ao que resultava em forte influencia das suas tradições religiosas, de caráter proselitista. com objetivo de converter o aluno.
nas Constituições de 1937, 1946 e de 1867, o Ensino Religioso foi mantido como matéria do currículo, de freqüência livre para o aluno. A identidade do Ensino Religioso como disciplina escolar foi fragilizada. Em decorrência dessa situação, destaca a ausência de cursos de licenciatura para professores de Ensino Religioso abrindo espaço para as tradições religiosas hegemônicas se ocupassem em preparar professores que continuaram atrelados aos princípios.
Nas Disposições Gerais e Transitórias, constante na Ldb. 4024/61, o Ensino foi citado no art 97, que determina que essa disciplina deve ser de disciplina deve ser ministrado de acordo com a confissão religiosa do aluno. sobre o provimento de professores estabeleceu que deveria ser feito perante as autoridades religiosas das respectivas tradições religiosas, sendo mais uma vez marginalizado no contexto escolar.
Durante a vigência do Regime Militar, expresso pela Lei n. 5.692/71, at 7º estabelece o Ensino Religioso de matrícula facultativa constituirá disciplina dos horários normais ...; em decorrência desta Lei, o Ensino Religioso foi instituído como disciplina escolar em 1972, no Estado do Paraná com a criação da Associação Interconfissional de Curitiba.
Em março de 1973 começa a acontecer as primeiras reuniões com educadores das escolas municipais e estaduais, para disseminar o programa da Assintec em todo o estado. A princípio por programas radiofônicos, tendo como foco o ensino moral-religioso nas escolas oficiais de primeiro grau. Neste mesmo ano é firmado convênio com a SEED, que designou a ASSINTEC como intermediária entre a Secretária e os Núcleos Regionais de Educação, nos quais foi instituído o Serviço de Ensino Religioso para orientar a proposta curricular da disciplina.
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Em 1976, resolução 754/76, foram autorizados cursos de atualização religiosa em quatorze municípios do Estado, com o apoio da Associação das Escolas Católicas (AEC) – Aprofundamento e atualização do conhecimento Bíblico e esclarecimentos sobre a pedagogia da Educação Religiosa. Os conteúdos se pautavam na visão global do antigo e Novo Testamento. no mesmo ano foi oferecido ao professor um conjunto de apostila intituladas Crescer em Cristo.
No ano de 1981, nasce um novo programa de rádio denominado “diga sim” dirigidos aos professores, destinado a formação continuada, sobre os temas a serem tratados nas aulas de Ensino Religioso sendo também realizado o Primeiro Simpósio de Educação Religiosa no Centro de Treinamento de Professores do Estado do Paraná (Cetepar).
Em 1987 teve início o curso de Especialização em Pedagogia Religiosa, com carga horária de 360 h/a, parceria da SEED, ASSINTEC e PUC/PR, voltado a formação de professores interessados em ministrar aulas de Ensino Religioso.
As discussões iniciadas durante a Constituinte foram intensificadas após a promulgação da Constituição Federal, em 1988, por meio da organização de um movimento nacional, que buscou garantir o Ensino Religioso como disciplina escolar. A emenda constitucional para o Ensino Religioso foi a segunda maior ementa popular que deu entrada na Assembléia Constituinte, contou com 78 mil assinaturas. Assim na década de 1980, no processo de redemocratização do país, as tradições religiosas, mais uma vez, asseguraram o direito à liberdade de culto e de expressão religiosa.
Nesta conjuntura, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico para a Escola Público do Paraná, em 1990. Na primeira edição do documento, o Ensino Religioso não foi apresentado com as demais disciplinas sendo publicado dois anos depois um caderno para o Ensino Religioso, conforme os moldes do Currículo Básico, elaborado sob responsabilidade da ASSINTEC, com a colaboração da SEED.
Mais uma vez, esvaziou-se o papel do Estado em relação ao Ensino Religioso. Retornou-se, na prática, a idéia de que a definição de currículo da disciplina é de responsabilidade das tradições religiosas e evidencia-se o distanciamento do Ensino Religioso das demais disciplinas escolares.
No âmbito legal, o Ensino Religioso ofertado na rede pública estadual atendia às orientações da Resolução SEED n. 6856/93 que reitera o estabelecido anteriormente entre a SEED e a ASSINTEC, define orientações para oferta do Ensino Religioso nas escolas, documento que perdeu sua validade a partir da promulgação da Nova LDBEN 9.394/96.
Não se esvaziam as discussões nacionais a respeito do Ensino Religioso após a Nova Constituição. É elaborado uma concepção de Ensino Religioso legitimando este componente curricular, para superar o caráter proselitista que marcou a disciplina históricamente. Três projetos foram apresentados para a mudança do Artigo 33 da Lei 9.394/96 sendo promulgada a Lei n. 9.475/97 que dá nova redação a esse artigo.
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No período entre 1995 a 2002, ocorre um novo esvaziamento da disciplina de Ensino Religioso no Paraná, acentuado a partir de 1998. Período em que o ensino Religioso não havia sido regulamentado pelo Conselho Estadual de Educação, ficando sua oferta restrita às escolas onde havia professor efetivo na disciplina. Sendo praticamente extinto no momento da reorganização das matrizes curriculares do Ensino Fundamental, realizada neste período.
Em 1996, o MEC elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais, mas não inclui o Ensino Religioso. Sendo este tema, assunto de discussão pelo FONAPER (Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso), entidade de representantes da sociedade civil organizada. Pela primeira vez educadores de várias tradições religiosas conseguiram elaborar uma proposta educacional e, finalmente, em 1997 foi publicado os PCN de Ensino Religioso.
Em 2002, o conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou a Deliberação 03/02, que regulamentou o Ensino Religioso nas Escolas Publicas do Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
Com a aprovação dessa deliberação, a SEED elaborou a Instrução Conjunta n. 001/02 do DEF/SEED, que estabeleceu as normas para a disciplina na rede pública estadual. No início da gestão 2003-2006, retornou a responsabilidade sobre a oferta e organização curricular da disciplina no que se refere à composição do corpo docente, metodologia, avaliação e formação continuada de professores.
Como nas demais disciplinas os professores de ensino Religioso passaram a ser envolvidos num processo de formação continuada voltado à legitimação da disciplina na rede pública estadual. Atualmente, é a ASSINTEC uma entidade civil, livre, eqüitativa, democrática e aberta a toda a manifestação culturais, religiosas, espirituais e místicas. Está formada por uma diretoria com membros de diversas tradições religiosas e, também, de uma equipe pedagógica constituída por professores. Sua finalidade é colaborar com as secretarias Estaduais e Municipais de Educação na efetivação do Ensino Religioso, de acordo com a legislação vigente.
Em 2006, é aprovado pelo Conselho Estadual de Educação n. 01/06, que instituiu novas normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de ensino do Paraná.
O Ensino Religioso busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICOS
O Ensino Religioso, área do conhecimento da Base Nacional Comum, tem como objeto de estudo o Sagrado como foco do fenômeno religioso e o conhecimento veiculado é o entendimento desse fenômeno constatado no convívio social. Visa subsidiar o educando no entendimento que ele tem a respeito do fenômeno religioso que experimenta e observa em seu contexto, um conhecimento que gera o saber de si, superando as concepções conteudista de doutrinação religiosa
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e ou ensino de religião. Uma interação entre educando (sujeito) fenômeno religioso (objeto) e conhecimento (objetivo).
Está fundamentado nas ciências humanas, sociais e na religião, suporte mínimo necessário para o desenvolvimento do Ensino Religioso como saber, não como saber em si, a informação pela informação, mas, o saber de si, o entendimento de si, na construção de significados pela releitura (análise, interpretação) dos elementos do fenômeno religioso, pois, para todo ser humano, culturas e tradições religiosas são elementos significativos, densos e tensos que se conectam na formação do cidadão, por isso fundamentado na fenomenologia religiosa.
Nesse entender se estabelecem à relação entre as concepções de Ensino Religioso e sua conseqüente prática no cotidiano da sala de aula, em que a concepção determina a relação ensino aprendizagem através do tratamento didático, da metodologia utilizada e da avaliação.
O ser humano, ser em relação, está em constante luta pela sobrevivência e procura dar significado à existência. Ao longo da história desenvolveu várias formas de significado à sua existência, várias formas de relacionamento com o mundo, com os seus semelhantes e com o Transcendente, na busca de superar sua limitação, sua finitude. Busca de respostas a indagações como: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Indagações estas, que provocam o desenvolvimento de um conhecimento possibilitando representar um ser humano dotado de um outro nível de relações: A Transcendência. Capacidade inerente ao ser humano, que possibilita integrar o que lhe é exterior, bem como rebelar-se contra os problemas, recusando encarar o desconhecido como barreira definitiva, transformando-o em projetos.
Cada grupo, trás no bojo de sua cultura o substrato religioso, e este unificado a vida coletiva, diante de seus desafios e conflitos. Pedagogicamente, torna-se necessário o entendimento das relações entre as concepções do Ensino Religioso e suas conseqüências práticas.
Como toda a área do conhecimento, o Ensino Religioso tem uma pedagogia própria. E esta deve acontecer sem espontanieismo ou pragmatismo. Tem direção própria, e está alicerçado nos princípios da cidadania, do entendimento do outro enquanto outro, religioso ou não, pois o ser religioso é um dado antropológico presente no substrato de cada cultura.
O Ensino Religioso deve proporcionar ao estudante o conhecimento dos elementos básicos que compõe o Fenômeno Religioso para que possa entender melhor o sagrado e a sua busca do Transcendente.
Como as demais áreas do conhecimento, o tratamento didático do Fenômeno Religioso, deve estar caracterizada a partir do que o educando consegue aprender em cada série.
O processo de ensino propostos nas Diretrizes Curriculares visa à construção e produção do conhecimento que se caracteriza pela promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica -, do confronto de idéias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de conteúdos
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formalizados. Opõe-se a um modelo educacional que centra o ensino tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo professor, o que reduz as possibilidades de participação do aluno e não respeita a diversidade religiosa.
Uma Reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização, diante das demandas sociais contemporâneas que exigem a compreensão ampla da diversidade cultural, postas também no âmbito religioso entre países e, de forma mais restrita, no interior das comunidades. A consciência da unidade do destino do homem em todo em todo o planeta e das radicais diferenças culturais que marcam a humanidade.
Dentre os desafios para o Ensino Religioso podem-se destacar:
- a necessária superação das tradicionais aulas de religião;
- a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos ; e
- as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as diversas formas de religiosidade.
Sendo necessário que o Ensino Religioso adquira estatuto de disciplina a partir da definição mais consistente de seus conteúdos escolares, da produção de referencias didático-pedagógicos e científicos, bem como da formação do professor.
As religiões interessam como objeto de conhecimento a ser tratado nas salas de aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são abordadas para ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da cultura, constituída historicamente e, portanto, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.
Desta formar, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento, sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.
A disciplina do Ensino Religioso propõe-se a levar os alunos, por meio dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado, e a interpretação dos seus múltiplos significados. Subsidiar os educandos na compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.
Seu objeto de estudo é o estudo do Sagrado, como foco do fenômeno religioso favorecendo uma abordagem ampla de conteúdos específicos das disciplinas. O estudo do sagrado como o cerne da experiência religiosa que se expressa no universo cultural de diferentes grupos sociais, uma vez que é uma das formas de expressão empregadas para se explicar fenômenos que não obedecem às leis da natureza.
Busca explicar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras mais recentes. Implica,
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também, preocupação com processos históricos de constituição do sagrado, a fim de explicar caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições.
Por meio do entendimento do sagrado, compreende-se a construção dos processos de explicação para os acontecimentos que não obedecem às leis da natureza, do físico e do material. Acontecimentos que marcam a vida em sociedade atribuídos às manifestações do sagrado. Manifestações que superam a realidade material ou que servem para responder assuntos não explicados ou aceitos com facilidade.
Como parte da dimensão cultural, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira como o homem religioso vive seu cotidiano, o que para alguns é normal e corriqueiro, para outros é encantador, sublime, extraordinário, repleto de importância e, portanto, merecedor de tratamento diferenciado. Desta forma o sagrado perpassa todo o currículo de Ensino Religioso, de modo a permitir uma análise mais complexa de sua presença nas diferentes manifestações religiosas, cujas instâncias podem ser assim estabelecidas: paisagem religiosa: materialidade fenomênica do sagrado – exterioridade do sagrado; símbolo: apreensão conceitual – sistema simbólico e projeção cultural; texto sagrado: é a tradição e a natureza do sagrado como fenômeno – manifestado de forma material ou imaterial. Reconhecido por meio de Escrituras Sagradas, das tradições orais sagradas e dos mitos; sentimentos religioso: é o caráter transcendente e imanente não-racional; é a experiência do sagrado em si, reconhecida por seus efeitos. O sentimento religioso perpassa as dimensões do sagrado, em relação à atribuição de significado aos objetos, espaço e tempo. É um estado efetivo peculiar da experiência religiosa centrada no sujeito.
A partir do objeto de estudo do Ensino Religioso, busca-se superar as tradicionais aulas de religião e entender essa disciplina escolar como processo pedagógico cujo enfoque é o entendimento cultural sobre o sagrado e a diversidade religiosa.
OBJETIVOS GERAIS
•Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, a partir das experiências religiosas percebidas no contexto do educando;•Subsidiar o educando na formação do questionamento existencial, em profundidade, para dar sua resposta devidamente informado;•Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação e manutenção das diferentes culturas e manifestações socioculturais;•Facilitar a compreensão do significado das afirmações e verdades de fé das tradições religiosas;•Refletir o sentido da atitude moral como conseqüência do fenômeno religioso e expressão da consciência e da resposta pessoal e comunitária do ser humano;•Possibilitar esclarecimentos sobre o direito à diferença na construção de estruturas religiosas que tem na liberdade o seu valor inalienável.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5ª Série
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•A Paisagem religiosa;•O simbólico;•O Texto Sagrado;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•Respeito à diversidade religiosa: • Lugares Sagrados•Textos Sagrados orais e escritos•Organizações religiosas•As orientações legais para o Ensino Religioso;•Os objetivos do Ensino Religioso;•As principais diferenças entre aulas de Religião e ensino Religioso como disciplina escolar;•Culturas e tradições Religiosas: •Declaração Universal dos direitos Humanos e constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa; direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão, direito à liberdade de reunião e associação pacificas; direitos humanos e sua vinculação com o sagrado.•Identidade Religiosa (diferentes Igrejas e diferentes Religiões);•Lugares sagrados na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras e lugares sagrados construídos: templos, cidades sagradas e outros;•As Raízes Culturais – conceitos de Igreja e Religião;•As tradições Religiosas: Cristianismo, Afro brasileira, Indígena, Espírita, Candomblé, Judaísmo, Fé Bahá’i, Islamismo, Budismo, Shintoismo, Hinduismo, Confucionismo, Umbanda. •O Transcendente •Ethos: – Alteridade: Eu, Eu-outro e o outro somos nós. Saber conviver com o diferente. A reverencia ao Sagrado do outro. As regras básicas do amor nas Culturas e Tradições Religiosas. Sensibilidade, respeito e solidariedade. Os valores se aproximam e nos aproximam. Limites e a busca do ser na essência (realização humana). Ética e Relacionamento social . O papel das Religiões na construção do Ethos e na humanização do homem.•Textos Sagrados: O que é sagrado na vida. Textos Sagrados orais, escritos e pictóricos. A Linguagem Mística – Simbólica dos Textos Sagrados. Mitos e Crenças.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Agenda 21 Escolar•Cultura Afro•Educação fiscal•Festas locais ligadas às Tradições Religiosas
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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•A PAISAGEM RELIGIOSA;•O simbólico;•O Texto Sagrado;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•Universo Simbólico Religioso•Ritos •Festas Religiosas•Vida e Morte•Origem e História das Tradições Religiosas. •Influência das Tradições Religiosas na cultura e na construção dos valores éticos, na cultura brasileira identificando-os nas tradições local. •Festas Religiosas: peregrinações, festas familiares; festas nos templos; datas comemorativas.•As concepções de vida, de relação com o mundo, com o Transcendente (divindades). •Religião e Religiosidade.•As possíveis respostas da vida além da morte: o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; ressurreição – ação de volta à vida; Além morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, reencarnação e outras. Os ritos de passagem, os mortuários, os propiciatórios; a dança (Xire), o candomblé, o Kiki (Kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, páscoa (Judaica – cristã) e outros. •Ritos, Símbolos e Espiritualidade: Ritos sociais, culturais, cívicos e religiosos. A espiritualidade e a busca do auto-conhecimento. Símbolos e os significados nas Tradições Religiosas. O rito e o culto nas Tradições Religiosas, Arquitetura religiosa, os mantras, os paramentos, os objetos religiosos.•Textos Sagrados: O que é sagrado na vida. Textos Sagrados orais, escritos e pictóricos. A Linguagem Mística – Simbólica dos Textos Sagrados. Mitos e Crenças. •Ethos: – Alteridade: Eu, Eu-outro e o outro somos nós. Saber conviver com o diferente. A reverencia ao Sagrado do outro. As regras básicas do amor nas Culturas e Tradições Religiosas. Sensibilidade, respeito e solidariedade. Os valores se aproximam e nos aproximam. Limites e a busca do ser na essência (realização humana). Ética e Relacionamento social . O papel das Religiões na construção do Ethos e na humanização do homem.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Agenda 21 Escolar•Cultura Afro•Educação fiscal•Festas locais ligadas às Tradições Religiosas
METODOLOGIA
Para que o Ensino Religioso contribua efetivamente para o processo de formação dos educandos, o trabalho com os conteúdos específicos deve ser orientado a
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partir de manifestações religiosas ou expressões do sagrado desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos, para que depois sejam trabalhados os conteúdos relativos a manifestações religiosas mais comuns, do universo cultural da comunidade.
Pretende-se evitar a redução dos conteúdos às manifestações religiosas hegemônicas que, historicamente, ocupam um grande espaço nas aulas de ensino Religioso e pouco têm ampliado a compreensão e o conhecimento dos alunos acerca da diversidade religiosa e dos múltiplos significados do sagrado.
Entretanto, as tradições e manifestações religiosas mais conhecidas ou majoritárias também serão objetos de estudos ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os conhecimentos apreendidos de outras manifestações religiosas constituam novas referencias para analisar-se e aprofundar-se acerca das manifestações já conhecidas ou praticadas pelos alunos e / ou comunidade.
O conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para superar o preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; para questionar toda forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer expressão do sagrado.
Os conteúdos ministrados não tem o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em prejuízo de outra, porque a escola não é o espaço de doutrinação nem de evangelização, de expressão de ritos, símbolos, campanhas e celebrações.
Os conteúdos deve contemplar as diversas manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que contribuam para construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com o diferente.
Torna-se recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do sagrado para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou de outra tradição religiosa . Tal cuidado evita a valorização da própria doutrina como meio de atrair adeptos, de cunho confessional que buscam legitimar seus pressupostos, e muitas vezes, também desqualificando outras manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão, aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sociocultural. Portanto, propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Ensino Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação, nem registro de notas ou conceitos na documentação escolar, por seu caráter facultativo de matricula na disciplina. Porém, não deixa de ser um elemento integrante do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso.
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Cabe ao professor implementar praticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e os seu objetivos através de instrumentos que o auxiliem a registrar quanto o aluno e a turma se apropriaram ou tem se apropriado dos conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religiosos
Significa identificar em que medida os conteúdos passam a ser referencias para a compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos, em diferentes situações de ensino e aprendizagem como:
−em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que tem opções religiosas diferentes da sua?
−o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
−o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social?
−o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações do sagrado?
A sistematização propicia ao professor planejar as necessárias intervenções no processo pedagógico, pra retomar as lacunas identificadas na aprendizagem do aluno, e terá elementos para dimensionar os níveis de aprofundamentos a serem adotados em relação aos conteúdos que desenvolverá posteriormente.
Devido estar em processo de implementação nas escolas, a disciplina de Ensino Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que a avaliação se torna um fator que pode contribuir para legitimação como componente curricular.
Apesar de não haver aferição de notas recomenda-se o registro avaliativo por meio de instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
BIBLIOGRAFIA
FONAPER, Parâmetros Curriculares Nacionais – Ensino Religioso – Ed. Ave Maria, 3ª edição, 1998.
FONAPER, Ensino Religioso Culturas e Tradições Religiosas, Caderno Temático nº2, 2001.
FONAPER, Ensino Religioso Referencial curricular para a Proposta Pedagógica da Escola. Caderno Temático nº1, 2000.
GPER. www.pger.or
PORTUGAL, Maria das Graças. Coordenação Editorial. Gráfica da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná – 2005
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SEED. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Versão Preliminar, julho 2006.
SEED: Formação Continuada. Grupo de Estudos. Ensino Religioso, 2005.
SEED: Formação Continuada. Grupo de Estudos. Ensino Religioso, 2006.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL - GEOGRAFIA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância entre período seco e período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
Foram nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade do Planeta Terra; o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre a latitude e definições climáticas, entre outros.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Temas como comércio, formas de poder, organização do estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios, extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. Porém, até o século XIX não havia sistematização das produções geográficas.
Durante o século XX, o ensino da geografia na escola era meramente decorativa/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica são conhecidas com Geografia Tradicional.
O movimento da Geografia Crítica, ao propor uma análise social, política e econômica sobre o espaço geográfico, entendeu que a superação da dicotomia natureza-sociedade (Geografia Física e Geografia Humana) e das fragmentações das abordagens dos conteúdos dar-se-iam pelo abandono das pesquisas e do ensino sobre a dinâmica da natureza. Por isso, essa proposta não foi imediatamente compreendida nem aceita por parte dos professores da rede estadual de ensino.
A compreensão e incorporação da Geografia Crítica foram gradativa e inicialmente vinculadas tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos 80 e início dos 90, quanto à utilização de livros didáticos escritos a partir daquela perspectiva teórica. No entanto, essa incorporação de Geografia Crítica pela escola sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico e das condições políticas dos anos 90, pois, nessa década aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação.
A política educacional desenvolvida a partir de 2003, nesse Estado assumiu, como uma de suas prioridades, ações visavam à retomada dos estudos das disciplinas de formação do professor, estimulando seu papel de pensador e pesquisador. Ao retomar os estudos teóricos e epistemologia de sua disciplina de
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formação, o professor (de Geografia) pode reorganizar seu fazer pedagógico, com clareza teórico-conceitual, restabelecendo, assim, as relações entre objeto de estudo da disciplina e os conteúdos a serem abordados.
OBJETIVOS GERAIS
Propiciar ao aluno o desenvolvimento de uma consciência crítica, para que o mesmo possa ter uma leitura de mundo mais próxima da realidade atual, visando diminuir as mais diversas formas de alienação e manipulação impostas pela sociedade dominante, e assim passar a analisar e compreender a produção e reprodução do Espaço Geográfico e sua participação e formação como agente transformador da sociedade na qual está inserida.
Oferecer um currículo articulado onde os conteúdos estruturantes e seus desdobramentos, sejam abordados numa perspectiva crítica e contextualizanda, levando em conta a prática social do aluno, suas implicações e limitações de compreensão de mundo.
Identificar os conhecimentos geográficos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta, perceber as mudanças climáticas e geopolíticas, processo de globalização e a interação do homem e natureza, são características da geografia como aspectos que estimulam o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade de compreender e transformar o meio em que vive sem degradá-lo.
Entender que o espaço geográfico é produto de uma organização socioeconômica que se transforma a partir de uma história constituída por contradições e conflitos que se resolvem e se rompem continuamente.
A geografia, assim como as demais disciplinas do currículo escolar, deve prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para melhor compreende-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido de separar as contradições.
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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•Degradação Ambiental•Poluição, Agenda 21; Sustentabilidade.•Mudança de hábitos e estilos de vida•Cultura Afro-brasileira•Educação Fiscal•Violência •Impactos Ambientais•Poluição•Fontes Alternativas de Energia•Desmatamento e Degradação Ambiental
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•Trabalho e Renda•Terrorismo•Circulação e Poluição Atmosférica•Mecanização Agrícola•Urbanização e Favelização•Movimentos Sociais•Trabalho / Consumo•História das Migrações Mundiais•Problemas Sociais Urbanos•Xenofobia
METODOLOGIA
Sabemos que a nossa realidade sofre influências de outras, até das mais distantes, pois sabemos que as informações hoje circulam e renovam-se com grande rapidez, já que vivemos num mundo que se diz globalizados. Cabe a disciplina de Geografia selecionar conteúdos que estejam próximos de nossos alunos.
Propor que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar nas diferentes escalas espaciais, do local ao global e vice-versa ampliando assim suas noções espaciais.
Compreender o espaço geográfico como resultado da integração entre dinâmica físico/natural e dinâmico humano/social podendo articular os diferentes níveis de escalas seja local, regional, nacional e global ou o oposto.
A disciplina de geografia deve propiciar a busca da justiça social e o respeito às culturas existentes, tais como: cultura africana e afro-brasileira, a contribuição do negro na construção da nação brasileira, o movimento do povo africano no tempo e no espaço, a colonização da África pelos europeus e as diferentes etnias que participaram da construção e formação no espaço geográfico brasileiro.
Deve-se também considerar durante o processo ensino-aprendizagem, os alunos que apresentam algumas dificuldades, adequando o conteúdo conforme sua necessidade, valorizando e respeitando as diversidades culturais existentes, suas diferenças e limitações, promovendo a integração do aluno, possibilitando a inclusão com qualidade.
Dentro das possibilidades, quando possível o professor promoverá aulas de campo, primeiramente nos arredores da escola para depois outras de maior distância; não se limitando apenas à visita do local desejado mas buscando sempre fortalecer a relação entre teoria e prática na relação professor/aluno garantindo uma melhor compreensão do tema abordado.
Também através da disciplina despertar no aluno o interesse pela Educação Ambiental e Fiscal, e pela valorização da cultura do campo.
Ao desenvolver a metodologia, fazer uso dos recursos tecnológicos disponíveis no desenvolvimento da prática docente para enriquecer o trabalho didático.
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Nestas diretrizes propõe-se que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos.
Os conteúdos estruturantes devem estar inter-relacionados, ampliando a abordagem dos conhecimentos específicos que deles são derivados, disponíveis em diferentes materiais didáticos. Não pode ser vistos isoladamente, permitindo assim, que o professor possa a todo o momento usar os materiais didáticos sem adotar, submeter-se à linearidade de conteúdos ou à dicotomia, sociedade-natureza (Geografia Física Humana).
Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos aqui propostos.
Os desdobramentos receberão, no momento da aula, a ênfase específica de cada conteúdo estruturante, porém, não acontecerá uma separação nas abordagens, pois na realidade concreta, as dimensões sócio-ambientais, cultural, demográfica, econômica e geopolítica do meio urbano não se separam, mas se entrecruza o tempo todo.
Interferir na produção de um espaço onde haja justiça social e melhor qualidade de vida. A geografia pode contribuir para compreender fenômenos através da observação, análise descrição e representação de sua espacialidade, bem como auxiliando na aquisição de novas posturas e valores que levam a conquista da cidadania, a partir do conhecimento do espaço e dia “leitura”.
Devemos conduzir o processo ensino-aprendizagem buscando resgatar e valorizar o conhecimento dos alunos a respeito dos seus espaços de vivência, analisando como estas foi produzido, que fatores interferiram na sua produção, quais foram às forças ou os agentes de transformação e, principalmente, qual é a importância das pessoas e dos grupos em todo esse processo.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação do Ensino da geografia está inserida dentro do processo ensino-aprendizagem, e deve ser entendida como uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos tratados durante um determinado período.
Diante disso, as avaliações deverão contemplar mais de uma forma de comunicação dos alunos, pois estes encontrarão esse tipo de situação no seu dia a dia, já que vivemos numa sociedade capitalista.
Assim, o processo de avaliação deverá ser articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplem diferentes práticas pedagógicas.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como serão avaliado em cada atividade proposta.
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Cabe ressaltar que os alunos com necessidades educacionais especiais no processo de ensino-aprendizagem serão avaliados considerando-se seu desenvolvimento ao longo do período de sua integração com o grupo, utilizando se necessário da flexibilização curricular.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo de ensino - aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem do educando, mas também o trabalho pedagógico do educador.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação não será apenas em momentos predeterminados, como avaliação escrita, testes ou trabalhos, mas será continua, somativa e diagnóstica como: textos complementares com atividades extras, mapas, leituras, paródias, atividades de fixação, relatórios, desenhos, cruzadas, caça – palavras, produção de texto, possibilitam a todos os educandos a procriação dos conhecimentos propostos.
Também se considera que os alunos possuam ritmos e processo de aprendizagem diferente, o educador deverá estar sempre atento a esses educandos com dificuldades, oportunizando outras formas e métodos para que os mesmos consigam desenvolver o conhecimento.
O educador deverá buscar outros métodos de avaliação e de exposição dos saberes, como: incentivar a participação e de exposição durante as aulas, criarem grupos de apoio no próprio ambiente da sala de aula e da escola, trabalho em grupo, assim o educando se sentirá acolhido e superará as dificuldades.
BIBLIOGRAFIA
Agenda 21
CAMARGO, João Borba de. Geografia Física, Humana e Econômica do Paraná, 4 ed., 2001.
CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Ed. Papirus, 1998, Campinas – S.P.
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná (versão preliminar 2005).
GARCIA, Garavelho Coleção de Geografia – Ensino Fundamental 5ª a 8ª série.
MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial, 2002.
MORAES, A.C.R. de. Pequena História Crítica da Geografia. São Paulo: Hucitec, 1987.
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Parâmetros Curriculares Nacional para o Ensino da Geografia.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba, 1990.
RUA, João. Para ensinar geografia. Copyright, Rio de Janeiro, 2005.
SANTOS, M. Por uma geografia nova. São Paulo: Hucitec, 1986.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
VASCONCELOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética – libertadora do processo de avaliação escolar, 16ª ed. São Paulo, 2006.
WLACH, V.R.F. O ensino da geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In: Vesentini, J. W. (org). O ensino de geografia no século XXI. Campinas-S.P. Papirus, 2004.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL - HISTÓRIA
Ao propor um breve histórico da disciplina, pretende suscitar reflexões a respeito dos aspectos políticos, econômico, culturais, sociais, bem como das relações entre o ensino da história com a produção.
Em 1837, a disciplina de história passou a ser obrigatória e no mesmo ano torno-se uma disciplina acadêmica.
No início do século XX, mudanças no currículo educacional brasileiro,relegaram ao conteúdo de história do Brasil uma espaço infinito, que , devido a extensão do conteúdo dificilmente era tratado pelo professores em sala de aula. O retorno da História do Brasil nos currículos escolares deu-se apenas no governo de Getúlio Vargas, vinculado ao projeto nacionalista do Estado Novo, por meio da lei Orgânica do ensino secundário de 1942.
O ensino de História após s implantação do Regime Militar (1964)continuou com seu caráter estritamente político. Manteve-se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados.
A partir da lei número 5692/71, o Estado criou o Primeiro Grau de 8 anos e o Segundo Grau profissionalizante.
No Primeiro Grau, as disciplinas de História e Geografia foram condensadas com áreas de Estudos socais, dividindo ainda a carga horária com educação Moral e Cívica. No Segundo Grau a carga horária foi reduzida e a disciplina de Organização Social e Política (OSPB) passou a compor o currículo.
O ensino de História, neste época,tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento de seus deveres patrióticos, privilegiando noções e conceito básicos para a adaptação da realidade.
A partir dos anos 70 a elaboração do currículo para o Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual, privilegiou a História tradicional, valorizando personagens enquanto sujeitos da história e a sua atuação em fatos políticos, de forma fractal e linear.
Neste contexto, o ensino de História distanciou-se da produção acadêmica, envolvida em discussões a respeito dos objetos,das fontes,, dos métodos, das concepções e dos referenciais teóricos da ciências História. Sendo que a reaproximação entre educação básica e superior só foi retomada com fim da ditadura militar no Pais.
A fundamentação teórica usada para elaboração do currículo básico da escola pública do Estado do Paraná ( 1990), foi a pedagogia histórico-crítica. Esta proposta confrontou o esvaziamento de conteúdos presente no ensino de Estudos Sociais no Primeiro Grau, assim como procurou ser contrária, em seus pressupostos teóricos, ao ensino da História tradicional, ou seja, eurocêntrica, factual, heróica, política, pautada na memorização na realização de exercícios de fixação no direcionamento dos livros didáticos.
O documento sobre a reestruturação do Ensino de Segundo Grau no Paraná (1990) apresentava uma proposta curricular de História que apontava para a organização dos conteúdos, a partia de estudo da formação do capitalismo no mundo ocidental e a inserção do Brasil nesse quadro, de forma integrada, por meio da retomada da historiografia social ligada ao Materialismo Histórico Dialético.
Apesar do avanço das proposta, os documentos apresentaram limitações, principalmente devido a definição de uma listagem de conteúdos que se
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contrapunham, em vários aspectos, à proposta apresentada nos pressupostos teóricos e metodológicos.
Dentre as reforma educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação divulgou, entre os anos de 1997 e 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino fundamental e médio.
A incorporação dos PCNs no Estado do Paraná, deu-se no final da década de 1990, de forma autoritária, retirando a autonomia das escolas quanto a elaboração de sua propostas curriculares.
Essa conjuntura teve implicações no currículo de História na medida em que o PCNs tinham como preocupação formar cidadãos preparados para exigências científico-tecnológica da sociedade contemporânea, pois estas são consideradas necessárias à adaptação do indivíduos frente às aceleradas mudanças sociais. Nesse sentido, os conteúdos tornaram-se meios para a aquisição de competências e não de produção de conhecimentos. Os PCNS propunham uma valorização do ensino humanístico, mas a maior preocupação era preparar o indivíduo para o mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e tecnológico, principalmente no Ensino Médio.
Esse conjunto de fatores marcou o currículo da história na rede pública estadual tanto no ensino fundamental como no médio até o final de 2002. Essa realidade começou a ser superada em 2003, com o processo de elaboração de Diretrizes Curriculares para o Ensino de História.
Com esse propósito, a SEED organizou um projeto de formação continuada para os professores da disciplina, articulada ao processo de construção de diretrizes curriculares, visando à definição de orientações comuns ao ensino de História para a rede pública estadual.
A organização das diretrizes curriculares do ensino de História tem como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes
que aproximam os campos da história e seus objetivos. Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico atual que sustenta os campos de investigação da História política, econômica-social e cultural, à luz da nova esquerda inglesa e da nova história cultural, inserindo conceitos relativos à consciência histórica.
OBJETIVOS GERAIS
No ensino de história, espera-se que o aluno domine o fazer da pesquisa, saiba ler, interpretar, e diferenciar documentos e linguagens, desenvolva suas habilidades, tornando se um sujeito, situado em seu tempo, com a dimensão da sua cidadania.
Espera-se também que o relacionamento contínuo e flexivo com a comunidade, favoreça a compreensão dos fatores políticos; sociais, culturais e psicológicos que se expressam no ambiente escolar.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão política;
Dimensão Econômico;
Dimensão cultural.
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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O historiador e a produção do conhecimento histórico;
Tempo, espaço e fontes históricas;
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e as grandes migrações;
Origem das religiões monoteístas.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cidadania;
Educação Fiscal;
Agenda 21 Escolar;
Cultura Afro.
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão política;
Dimensão Econômico;
Dimensão cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Sociedade Ocidental Européia;
Crise do Sistema Feudal;
Formação do Estado Moderno;
Renascimento Cultural e Científico;
Sociedades Americanas e o Etnocentrismo Europeu;
Fragmentação do Cristianismo na Europa;
África e América no contexto europeu;
A chegada dos europeus na América;
Expansão do território brasileiro;
A economia paranaense: a erva mate, o pinheiro, o café, a soja e a industrialização.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Os reinos e sociedades africanas em contato com a Europa;
Itaupu: Lago da Memória;
Educação Fiscal;
Agenda 21 Escolar;
Cultura Afro.
7ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão política;
Dimensão Econômico;
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Dimensão cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ciências Modernas ( ciências naturais e sociais);
Estados Liberais na Europa;
Processos de independência na América;
Revolta Anti-coloniais;
Revolução Capitalista (agrícola e industrial);
As nacionalidades na Europa e na América;
Impérios e reinos Africanos;
Fragmentação da África;
Consolidação do Imperialismo;
Brasil República;
Imperialismo;
Emancipação do Paraná.
CONTEÚDOS COMPLEMENTAR
Os reinos e sociedades africanas em contato com a Europa;
Itaipu: Lago da memória;
Educação Fiscal;
Agenda 21 Escolar;
Cultura Afro.
8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão política;
Dimensão Econômico;
Dimensão cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Disputas econômicas e políticas no final do século XIX e início do século XX;
Primeira Guerra Mundial;
Rússia absolutista e as transformações pós Revolução;
República brasileira nas primeiras décadas do século XX;
Ascensão dos regimes totalitários na Europa;
Segunda Guerra Mundial;
Movimentos populares e governos militares na América Latina;
Populismo no Brasil e na América Latina;
Guerra Fria;
Processo de descolonização afro-asiático e o neocolonialismo;
Cultura e sociedade no mundo contemporâneo.
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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A semana de Arte Moderna no Brasil - 1922;
Educação Fiscal;
Agenda 21 Escolar;
Cultura Afro.
METODOLOGIA
A problematização é o encaminhamento proposto, sendo a pesquisa o meio adequado para a reflexão e elaboração de hipóteses pelos alunos. A pesquisa e análise de várias fontes históricas, revistas, museus, bibliotecas, acervo público ou privado de fotografias, documentos escritos e audiovisuais proporcionam aos alunos conhecimentos históricos que ampliam ou refutam conhecimentos teóricos ou empíricos já produzidos.
O professor deve utilizar diversas estratégias para incentivar os alunos para atender as necessidades da comunidade escolar, visando o combate ao preconceito e a socialização democrática, igualitária do conhecimento, reconhecendo e valorizando todos os grupos sociais aí presentes, afro-descendentes, alunos com necessidades especiais (inclusos), comunidades indígenas e outros grupos.
Essas ações permitem aos alunos a compreensão crítica da História, valorizando o conhecimento produzido e a preservação de fontes de pesquisa a partir de sua intervenção, que lhes dá oportunidade de emitir opiniões e análises referentes ao passado e sobre a sua própria realidade sócio-política e econômica, bem como soluções para os diversos problemas existentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A História está em constante construção, transformação, e conseqüentemente, seu ensino e sua avaliação também. O papel do professor é fundamental nesse processo avaliativo, pois é ele que deve buscar meios de conhecer o nível de desempenho do aluno, comparar este nível com as necessidades para o processo de aprendizagem e decidir quais as práticas viáveis que garantam a obtenção dos resultados esperados. Os alunos e o professor podem dialogar sobre os critérios, permitindo uma análise crítica das práticas executadas ou a serem executadas, assim desenvolvendo a consciência histórica.
A avaliação diagnostica, contínua, processual e diversificada é adequada para o ensino de História, que através de práticas como: pesquisa, produção de texto, de ilustrações, trabalho em grupo, debate, provas dissertativas, relatórios, auto-avaliações, entre outros, atendem aos propósitos da aprendizagem.
No processo avaliativo o professor analisa a apropriação de conceitos históricos e sua aplicação em diferentes momentos históricos, o reconhecimento pelo aluno dos sujeitos históricos e o sentimento de respeito e de pertença ( diversidade étnico-racial, cultura, social e econômico ) e a compreensão da produção histórica e da problematização das diferentes fontes históricas.
BIBLIOGRAFIA
ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Introdução as Diretrizes Curriculares. Superintendente da Educação da SEED-PR.
MOCELLIN, Renato. Para Compreender a História. Coleção Conhecimento. 2. ed. São Paulo: EDITORA DO BRASIL, 2001.
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MONTELLATO, Andrea Rodrigues Dias. História Temática: Diversidade Cultura e Conflitos. São Paulo: SCIPIONE, 2000.
RODRIGUE, Joelza Ester. História em Documento – Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2002.
SILVA, Francisco de Assis. História. São Paulo, MODERNA, 2001.
SMITH, Mario. História Crítica. 2. ed. São Paulo: ÁTICA, 2004.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL – LÍNGUA INGLESA
Resgatar a história do ensino das línguas estrangeiras em nosso país é de fundamental importância para aqueles que desejam sugerir novos caminhos para esta prática pedagógica. Quando se volta ao tempo é que se percebe há quanto tempo tem sido enfatizado o ensino de línguas, sejam elas clássicas, como grego e latim, ou modernas, como francês, inglês, alemão e italiano.
No início da prática pedagógica, apenas as línguas clássicas tinham destaque nos currículos escolares. O grego e o latim eram as disciplinas dominantes e, através do estudo, exercícios de tradução e comentários de autores lidos nestas disciplinas, os alunos aprendiam outras matérias, como geografia e história (LEFFA, 1998). Foi somente em 1855 que o currículo da escola secundária ofereceu ênfase ao ensino das línguas modernas.
Durante o império, o ensino de línguas modernas passou por problemas graves, como a falta de metodologia adequada e problemas com relação à sua administração. Mesmo com estes problemas, a história mostra que os alunos estudavam até seis línguas estrangeiras durante o período do ensino secundário. O número de línguas ensinadas permaneceu praticamente o mesmo durante todo o império. Houve mudanças, porém, em relação às horas dedicadas ao estudo das línguas, que de 50 horas semanais em 1855, foi sendo reduzida gradativamente até chegar a 36 horas semanais no ano de 1881, já no final do Império.
Com s chegada da República, novas mudanças acontecem. Segundo Leffa (1998, p.15), “o grego desaparece, o italiano não é oferecido ou torna-se facultativo, e o inglês e o alemão passam a ser oferecidos de modo exclusivo; o aluno faz uma língua ou a outra, mas, não as duas ao mesmo tempo”. A carga horária em 1931 passa a ser de apenas 23 horas semanais.
Em 1930 é criado o Ministério de Educação de Saúde Pública e, em 1931, a reforma de Francisco de Campos, tem por objetivo “não apenas preparar o aluno para a universidade, mas proporcionar a formação integral do adolescente” (LEFFA, 1998, P.16). Esta reforma introduziu no Brasil o uso do Método Direto que é o ensino da língua pela língua. O principal personagem desta época foi o professor Carneiro Leão, que introduziu este Método no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, no ano de 1931. O método era baseado em 33 artigos. Leffa (1998, p. 17) cita cinco deles:
A aprendizagem da língua deve obedecer à seqüência de ouvir, falar, ler e escrever.
O ensino da língua deve ter um caráter prático e ser ministrado na própria língua, adotando-se o método direto desde a primeira aula.
O significado das palavras deve ser transmitido não pela tradução, mas pela ligação direta do objeto a sua expressão, usando-se para isso ilustrações e objetos do mundo real.
As noções gramaticais devem ser deduzidas pela própria observação e nunca apresentadas sob a forma teórica ou abstrata de regras.
A leitura será feita não só nos autores indicados, mas também nos jornais, revistas, almanaques ou outros impressos, que possibilitem aos alunos conhecer o idioma atual do país.
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A reforma introduzida pelo professor Carneiro Leão é, segunda Chagas, “uma experiência magnífica que até hoje não achou continuadores no âmbito da escola brasileira de segundo grau” (CHAGAS, apud, LEFFA, 1998, p. 17).
O Método Direto se baseava na teoria associacionista da Psicologia da Aprendizagem. O termo Direto lhe é atribuído pela razão do método induzir o aprendiz ao acesso direto dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente na língua estrangeira. A língua materna perde o seu papel de mediadora e tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua em estudo. Dava-se preferência ao professor nativo ou fluente na língua alvo.
Reforma do ensino secundário
A discussão da reforma do ensino secundário se iniciou na gestão de Francisco Campos no Ministério da Educação. O argumento do ministro era que o mundo vivia sob o sinal do econômico, como já viveu em outros tempos sob o sinal do religioso e do político. Daí a necessidade de uma reformulação do ensino, de forma que os indivíduos se preparassem técnicas e profissionalmente para uma sociedade das profissões.
Mas foi na gestão do ministro Gustavo Capanema que foi promulgada, em 9 de abril de 1942, a Lei Orgânica do Ensino Secundário, também conhecida como Reforma Capanema. Esta reforma equiparou todas as modalidades de ensino médio: secundário, normal, militar, comercial, industrial e agrícola. Deu a todos os cursos o mesmo status e reforçou a idéia de que o ensino não deveria ficar apenas nos aspectos instrumentais.
A Reforma Capanema preocupou-se muito com a questão metodológica. Recomendava o uso do Método Direto, mas, deixou claro que o ensino de línguas deveria ser orientado não só para objetivos instrumentais (compreender, falar, ler e escrever), mas, também para objetivo educativos (contribuir para a formação da mentalidade, desenvolvendo hábitos de observação e reflexão) e culturais (conhecimento da civilização estrangeira e capacidade de compreender tradições e ideais de outros povos, inculcando no aluno, noções da própria unidade do espírito) (LEFFA, 1998, p.18).
Com relação aos instrumentos que deveriam ser usados para alcançar estes objetivos, a reforma Capanema os detalhou até o nível da aplicação pedagógica na sala de aula. Detalhes como vocabulário usado, materiais de leitura, recursos audiovisuais foram amplamente recomendados.
Observa-se que os objetivos da Reforma Capanema no sentido de formar integralmente os alunos de modo que eles pudessem não apenas compreender a LI, mas terem senso crítico e serem formadores de opinião são os mesmos que os professores da nova proposta pedagógica têm buscado alcançar. Naquela época, porém, os objetivos da reforma não foram atingidos. A metodologia baseada no Método Direto não chegou às salas de aula, sendo substituído por uma versão mais simplificada pelo Método de Leitura (LEFFA, 1998, p.18).
Acreditamos que se os objetivos da Reforma Capanema tivessem sido atingidos e mantidos a partir de 1942, hoje a realidade da prática pedagógica em nossas escolas seria outra. Dizemos isto porque os objetivos propostos por esta reforma são os mesmo que hoje se procuram alcançar. Como já comentamos anteriormente, entre seus objetivos estava o de contribuir para a formação de alunos reflexivos, capazes de expressar opinião sobre o que lêem, vêem e observam ao redor do mundo, compreendendo as tradições e os ideais de outros povos. Então, nos perguntamos: não é exatamente isso que queremos hoje? A
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resposta é sim, porém, reconhecemos que é preciso avançar mais é preciso repensar o trabalho com a linguagem e as definições de alguns termos como sociedade, ser humano, ensino-aprendizagem e outros.
Mudanças com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação
A primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) foi aprovada em 1961 e publicada no dia 20 de dezembro do mesmo ano. Entre seus principais feitos, está a criação do Conselho Federal de Educação, que visa descentralizar o ensino. As decisões sobre o ensino da língua estrangeira ficaram sob a responsabilidade dos conselhos estaduais de educação. De acordo com Leffa (1998, p. 19), “o latim, com raras exceções, foi retirado do currículo, o francês quando não retirado, teve sua carga semanal diminuída, e o inglês, de um modo geral, permaneceu sem grandes alterações”.
Esta LDB, porém, seu início ao fim dos anos dourados das línguas estrangeiras durante a Reforma Capanema. Leffa (1998, p.20) menciona que a mesma “reduziu o ensino de línguas a menos de 2/3 do que foi durante a Reforma Capanema”.
Em 11 de agosto de 1971 foi aprovada outra LDB. Esta lei reduz o ensino em um ano que passa a ser de 11 anos totais. Esta alteração provocou mudanças nas horas de ensino de línguas que foram novamente reduzidas. Muitas escolas chegaram a ponto de tirar a língua estrangeira do primeiro grau. No segundo grau as escolas ofereciam penas uma hora por semana e durante apenas um ano (LEFFA, 1998, p.20).
Em 1996 ocorreram novas mudanças. No dia 20 de dezembro de 1996, é aprovada uma nova LDB. O ensino da língua estrangeira torna-se obrigatório par ao ensino fundamental, porém, conforme o quinto artigo da lei, a escolha da língua a ser ensinada fica a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades de cada instituição.
Complementando esta LDB, foram publicados, em 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental de Línguas Estrangeiras. A abordagem proposta pelos PCNs, bem como seus efeitos para o ensino de LE, será apresentada no item 2.3-Parâmetros Curriculares Nacionais. Antes disso, porém, podemos relembrar quais as metodologias de ensino e aprendizagem da LI existiram no passar dos tempos.
Ao historiar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se, sucintamente, problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que têm marcado o seu ensino, sejam eles, políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.
Hoje com as diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio procura se trazer reflexões teóricas – pedagógicas e educacionais – que possam ensinar a pensar sobre – ou expandir o que já vem sendo pensado – e a lidar com os conflitos inerentes à educação, ao ato de ensinar, à cultura que consolida a profissão de professor, ao aprendizado de Línguas Estrangeiras e à construção de uma visão de mundo.
OBJETIVOS GERAIS
O objetivo geral de ensinar uma língua estrangeira é mostrar ao educando a importância do ensino/aprendizagem desta língua que hoje é considerada um instrumento de comunicação universal e desenvolver as habilidades necessárias à expressão oral e escrita.
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Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dia-lógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Com base no exposto e na concepção de língua defendida nestas Diretrizes, serão estabelecidos, a seguir, os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos desta disciplina escolar, os quais são considerados basilares e fundamentais para a compreensão do objeto de estudo. Esses saberes são concebidos como Conteúdos Estruturantes, uma vez que deles derivam os conteúdos específicos que fazem parte do trabalho pedagógico na relação de ensino e de aprendizagem. Os mesmos constituem-se, historicamente, e são legitimados socialmente e, por isso, não têm sido sempre os mesmos.
Assim, tomando a língua como interação verbal, enquanto espaço de produção de sentido marcado por relações contextuais de poder, o Conteúdo Estruturas é aquele que traz de forma dinâmica – o discurso enquanto prática social – efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.
Desta forma, para que os alunos sujeitos percebam a interdisciplinaridade nas diferentes relações sociais, ou seja, as condições de produção dos diferentes discursos, as diferentes vozes que permeiam para agir no mundo social, são preciso que os níveis de organização lingüística (fonético-fonológico, léxico-semântico e de sintaxe) sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não-verbal.
Assim, a linguagem do texto passa a ser a materialidade para alcançar tal fim, ou seja, o trabalho em sua sala de aula precisa partir de um texto de linguagem num contexto em uso, tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por meio do engajamento discursivo e não meramente a prática de estruturas lingüísticas. E, com o foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico recai sobre a necessidade dos sujeitos interagirem ativamente com os discursos, sendo capazes de comunicar-se com e em diferentes formas discursivas materializadas em diferentes tipos de texto.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do Conteúdo Estruturantes serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos lingüístico-discursivo: unidades lingüísticas que se configuram como as unidades de linguagem que compõem o texto, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas, as quais referem-se ao que pode tornar-se visível por meio de um gênero e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero.
Diante da dificuldade de estabelecer conteúdos por série, nessas Diretrizes, considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a especialidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, com base no exposto, cumpre tecer algumas considerações a fim de estabelecer critérios norteadores a serem observados na definição dos conteúdos específicos, por série, para o ensino de LE na Educação Básica na escola.
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Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma progressão entre as séries considerando as especialidades da língua estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto política-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
A partir dessa consideração, caberá ao professor selecionar um conjunto de textos para o trabalho em sala de aula, tendo como referência os fundamentos teórico-metodológicos das disciplinas, bem como os objetivos do ensino de LE, de modo que o aluno:
seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultura, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Cumpre destacar que tais objetivos são suficientes flexíveis para contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte e permitir um direcionamento comum na seleção de conteúdos específicos por série por ocasião do planejamento.
No ato da seleção de textos, propõe-se analisar os elementos lingüístico-discursivos neles presentes, mas de forma que não seja levados em conta apenas objetivos de natureza lingüística, mas principalmente fins educativos, na medida que apresentem possibilidades de tratamento em sala de aula de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos. É importante também que os textos abordem os diversos tipos textuais e que apresentem diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
É importante que seja dada aos alunos a oportunidade para participar ativamente da escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é justamente possibilitar formas de participação que permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas. Por meio desta experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre auto-interesse e interesse do grupo. Além disto, esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos porque resultam da participação dos alunos, afim de:
Mostrar a importância de uma pratica educacional interativa;
Propiciar o desenvolvimento das práticas de ouvir, falar, ler e escrever em Língua Inglesa de uma nova abordagem (AC);
Proporciona meio para que o educando possa compreender que a aquisição de uma segunda língua pode ser prazerosa e relevante;
Possibilitar aos alunos maior percepção da sua própria cultura por meio de conhecimento da cultura de outros povos;
Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por meio de comparações;
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Colaborar com uma ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e reflexivo.
Refletir sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em determinado contexto sócio-cultural particular.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor.
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
5ª Série
TEMAS
Greetings
Animais
Esporte
Escola
Moradia
Meio Ambiente
Saúde
Drogas
GRAMMAR
Demonstrative Pronouns
Personal Pronouns
Verb to be
Indefinite Article
Genitive case
Possessive Adjective
Numbers
Adjectives
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Cultura Afro
Projeto sing and dance
6ª SÉRIE
TEMA
Tecnologia
Animais
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Fenômenos da Natureza
Viagem
Placas de Advertência
Profissôes
Drogas
Postcars
GRAMMAR
Abreviations
Percentage
Verb to have
Infinitive
Present contínuou tense
Object Pronouns
Imperative
immediate Future
Verb modal
Adverbs od time
Ordinal numbers
Interrogative Pronouns
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Cultura – Afro
Projeto Sing and Dance
7ª SÈRIE
TEMAS
Saúde
Cardápio
Agencia de viagem
Moradia
Horóscopo
Alimentos
O Planetário
Drogas
GRAMMAR
Simple present tense
Plural of nouns
Interrogative pronouns
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Relative Pronouns
The Imperative
Personal pronouns
Future tense
There will be
Genitive case
Reflexive Pronouns
To be – Past tense
Past continuous tense
Possessive pronouns
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Cultura – Afro
Projeto Sing and Dance
8ª SÈRIE
TEMAS
Save the Planet
Communication
Reading magazines
Scince and tecnology
The Future
GRAMMAR
Comparative and Superlative
Prepositions
Adjectives and Adverbs
Since- for
Possessive adjectives
Possessive pronouns
Reflexive Pronouns
Simple Present
Present Continuous
The Future ( to be going to )
Interrogative Pronouns
Relative Pronouns
Passive voice
CONTEÚDO COMPLEMENTEAR
Agenda 21 Escolar
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Cultura- afro
Educação Fiscal
Projeto Sing and Dance
METODOLOGIA
Considerando pertinente a necessidade do redimensionamento do ensino de língua estrangeira nas escolas da rede pública estadual. Como já foi mencionado, a partir do conteúdo estruturante – discurso – não deverão ser abordadas apenas questões lingüísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. No entanto, é preciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal – que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao interagir com/na língua,estão interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente quem disso o quê, para quem, onde, quando e porquê é imprescindível.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe uma diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. Sob essa perspectiva, à medida em que se aproximar de outra língua e de outra cultura, o aluno compreenderá a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade.
Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem às formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin). Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é imprescindível. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se depare e entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. Além disso, ao interagir com textos provenientes de
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diferentes gêneros, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere também aos textos não-verbais – estejam eles combinados ou não com o texto verbal. Para que o aluno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua o contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em língua estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com os conhecimentos – lingüísticos, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos – necessários e dos quais não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto particular com que se deparar.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. Sendo assim, é preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua coerência. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção, assim como, a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada (forma/informal), etc. Ao realizar escolhas o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo com sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos necessários para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentos discursivos, lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, e que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, depedente do contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos, propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular. Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e culturais de que não disponha para que tenha elementos suficientes para interagir com esses textos.
Para concluir, ressaltamos a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna Inglês e Espanhol, que não esgota todas as necessidades, nem abrange todos os conteúdos de língua estrangeira, mas se constituirá como suporte e ponto de partida para professores e alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Muito se tem discutido sobre a questão da avaliação nas escolas públicas e particulares. Criou-se uma polêmica muito grande em relação a como avaliar e o que avaliar. Muitos fatores dificultam a superação da prática tradicional, já tão criticada, mas, dentro muitos, desponta sobremaneira a crença dos educadores de todos os graus de ensino na manutenção da ação avaliativa classificatora
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como garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber competente dos alunos.
O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de uma autocrítica:
Abrir mão do uso autoritário de avaliação que o sistema lhe faculta;
Rever a metodologia de trabalho de sala de aula;
Redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma quanto do conteúdo).
Alterar a postura diante dos resultados da avaliação;
Criar uma nova mentalidade junto aos alunos, colegas, educadores e pais.
Não se pode conceber uma avaliação reflexiva, crítica emancipatória num processo de ensino passivo, repetitivo, alienante. Se o conteúdo não é significativo, com a avaliação pode sê-lo?
É preciso despertar em nosso aluno a criatividade, pois ela é fundamental na formação do educando e do cidadão, mas ela precisa de uma base material: ensino significativo, oportunidade e condições para a participação e expressão das idéias e alternativas, compreensão crítica para o erro com pesquisa e diálogo.
No que tange o ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que formas e quais as condições. Para tanto, é preciso elaborar conjuntos de procedimentos investigativos que possibilitem o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a aprendizagem de melhor qualidade. Para tanto, estarão sendo avaliadas as quatro habilidades (reading, lintening, writing and speaking).
Deve funcionar, por um lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente a sua prática educativa e, por outro lado, como instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Neste sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho.
A avaliação não é, portanto, unilateral ou monológica. Deve ser realizada num espaço em que sejam considerados aquele que ensina, aquele que aprende e a relação intrínseca que estabelece entre todos os participantes do processo de ensino/aprendizagem. Portanto, não se aplica apenas a aluno, considerando unicamente as expectativas de aprendizagem, aplica-se também às condições oferecidas para que isso ocorra: avaliar a aprendizagem implica a avaliar o ensino oferecido. Com isso, a avaliação de Línguas será processual, diagnostica e prognostica.
BIBLIOGRÁFIA
LIBERATO, Wilson. Engilsh in information. São Paulo: FTD, 2005.
AMOS, Eduardo & PRESCHER, Elisabeth. New Ace. São Paulo. Ed. Longman.
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná 1990.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. Uma prática em construção da Pré-Escola à’ Universidade. 1994.
MARQUES, Amadeu. Inglês – Série Novo Ensino Médio. Volume único. Ed. Ática
143
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná 1990.
PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglesa. Reflexões e experiências. Ed. Pontes, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação – Concepção Dialética – Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 4ª edição, 1994.
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio.
144
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL - MATEMÁTICA
O termo Matemática de origem grega, quer dizer: a arte de conhecer.
Surgida na antiguidade por necessidade da vida cotidiana converteu-se em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as ciências, refletem as leis sociais e serve de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e domínio da natureza.
Mesmo com um conhecimento superficial da matemática, é possível reconhecer certos traços que a caracterizam: abstração, precisão, rigor lógico, caráter irrefutável de suas conclusões, bem como o extenso campo de suas aplicações.
A Matemática faz parte dos currículos escolares, como disciplina básica, desde o início da escolarização. Saber falar, ler e escrever, matematizar é muito importante, pois é a base para desenvolver qualquer área do conhecimento humano.
Ao ensinar matemática, devemos levar em conta que a escola não é um mundo isolado, faz parte de uma organização mais ampla, a sociedade. Necessário, então, que o professor direcione sua prática concreta e diária como contexto histórico-social mais amplo. Voltando sua prática pedagógica e formando uma sociedade na qual queremos viver,.
OBJETIVOS GERAIS
Levar o aluno a identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característica da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade para desenvolver problemas.
Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral, e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas. Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
CONTEÚDO POR SÉRIE / ANO
5ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números;
Operações;
Álgebra.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Sistemas de numeração decimal e não- decimal;
Números naturais e suas representações;
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação);
Conjuntos numéricos (naturais);
Adição, subtração, multiplicação e divisão por meio de equivalência;
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Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença;
Expressões numéricas;
Fatoração.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Medidas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
Transformações de unidades de medidas e massa, capacidade, comprimento e tempo;
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos;
Capacidade e volume e suas relações.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometria
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não euclidiana;
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
Construções e representações no espaço e no plano;
Planificação de sólidos geométricos;
Classificação de poliedros e objetos redondos, polígonos e círculos;
Ângulos, polígonos e circunferências; representação cartesiana e confecção de gráficos;
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
Círculo e cilindro.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Tratamento de Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas.
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números;
Operações;
Álgebra.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As seis operações e suas inversas;
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Conjuntos numéricos (racionais e inteiros);
Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença;
Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais;
Juros e porcentagens em seus diferentes processos de cálculos (razão, proporção, frações e decimais);
Grandezas diretamente e inversa mente proporcionais;
Expressões numéricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Medidas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas aplicações na resolução de problemas algébricos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometria
Ângulos, polígonos, e circunferências;
Representação cartesiana e construção de gráficos;
Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
Círculo e cilindro;
Noções de geometria espacial.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Coleta, organização e distribuição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Leitura e interpretação de gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas.
7ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números;
Operações;
Álgebra.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conjuntos numéricos (reais e irracionais);
As noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir de substituição de letras por valores numéricos;
Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença;
Equações e sistemas de equações de 1º grau;
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Polinômios e os casos notáveis;
Produtos notáveis;
Ângulos;
Cálculo do número de diagonais de um polígono;
Expressões numéricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Medidas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas aplicações na resolução de problemas algébricos;
Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometria
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não euclidiana;
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
Condições de paralelismo e perpendicularidade;
Ângulos, polígonos e circunferências;
Classificação de triângulos;
Interpretação geométrica de equações e sistemas de equações;
Noção de geometria espacial.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Construção de gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas.
8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números;
Operações;
Álgebra.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Radiciação;
Equações e sistemas de equações do 2º grau;
Expressões numéricas;
148
Funções;
Trigonometria no triângulo retângulo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Medidas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e suas aplicações na resolução de problemas algébricos;
Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;
Triângulo retângulo – Relações numéricas e Teorema de Pitágoras;
Triângulos quaisquer;
Poliedros regulares e suas relações métricas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Geometria
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Ângulos, polígonos e circunferências;
Representação cartesiana e construção de gráficos;
Estudo de polígonos encontrados através de prismas e pirâmides;
Interpretação geométrica de equações e sistemas de equações;
Construção de polígonos inscritos em circunferências;
Círculo e cilindro;
Noções de geometria espacial.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Tratamento da Informação
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Construção de gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, curvas e histogramas;
Noções de probabilidade;
Médias, moda mediana.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro Descendente;
Agenda 21;
Educação Fiscal.
METODOLOGIA
Deve considerar o espírito questionador, discutindo questões relativa à utilidade da Matemática, sendo que as situações de aprendizagem precisam estar centradas na construção de significados, na elaboração de estratégias e na
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resolução de problemas, em que o aluno desenvolve também processos importantes como a intuição, analogia, indução e dedução.
Assim o ensino da Matemática direciona o aluno para aquisição de competências básicas necessárias ao cidadão e não apenas voltadas para a preparação de estudos posteriores, oportunizando o desempenho de um papel ativo do aluno na construção do seu conhecimento.
É importante salientar que a ênfase na resolução de problemas terá a exploração da Matemática a partir dos problemas vividos no cotidiano do aluno e outros encontrados nas várias disciplinas.
É importante se trabalhar com amplo espectro de conteúdos, incluindo atividades em sala que se contemple elementos de estatística, probabilidade e combinatória para atender à demanda social que indica a necessidade de abordar esses assuntos.
Necessidade de levar os alunos a compreender a importância do uso da tecnologia e a acompanhar sua permanente renovação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação tem como função fornecer aos estudantes informações sobre o desenvolvimento das capacidades e competência que são exigidas socialmente, bem como auxiliar os professores a identificar quais objetivos foram atingidos: conhecimentos adquiridos, raciocínio desenvolvidos, crenças, hábitos e valores incorporados, domínio de certas estratégias; para que ele possa propor revisões e reelaborações de conceitos e procedimentos ainda parcialmente consolidados.
Assim é fundamental que os processos de avaliação envolvam um trabalho que inclua uma variedade de situações de aprendizagem, tais como a compreensão de definições, estabelecimento de relações, argumentação oral: explicações e justificativas, resolução de problema , o uso de recursos tecnológicos.
É fundamental que o professor dentro desse processo seja flexível, verifique e valorize o progresso do aluno, tomando-o como referencial de análise, observando seu trabalho individual e suas atitudes desenvolvidas no decorrer do processo de aprendizagem.
Para atingir esses objetivos além da observação constante e realização de debates orais, serão realizados trabalhos individuais ou em grupo, busca da resolução de situações-problema, trabalhos práticos em sala e fora dela.
BIBLIOGRAFIA
GIOVANI CASTRUCCI, GIOVANNI JR. A conquista da matemática FTD.
IMENES E LELLIS. Matemática. SCIPIONE.
MARIA CECILIA, MARIA CAPUCHO, APARECIDA BORGES. Promat projeto oficina de matemática
LUZIA FARACO RAMOS. DESCOBERTA DA MATEMÁTICA. ÁTICA.
PPP – Projeto Político Pedagógico.
Diretriz Curricular de Matemática Para o Ensino Fundamental.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO FUNDAMENTAL - LÍNGUA PORTUGUESA
O ensino de Língua Portuguesa se caracteriza por apresentar uma proposta que deverá levar o aluno a dominar as competências necessárias para ler, escrever, interagir, falar e interpretar as múltiplas linguagens que permeiam os diferentes contextos da sociedade.
Para alcançarmos esses propósitos é necessário ter clareza das concepções de linguagem que norteiam o ensino de Língua Portuguesa, bem como sua evolução histórica.
Nos primeiros tempos da colônia não havia uma educação em moldes institucionais, mas sim a partir de práticas restritivas à alfabetização, as quais eram determinadas pelo caráter político, social, de organização e controle de classes, e, em detrimento da visão pedagógica.
Em meados do século XVIII, o marques de Pombal torna obrigatório o ensino da Língua Portuguesa, em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas: Gramática, Retórica e Poética. Nesta última abrangia-se a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo Gramatical ganhou a denominação de Português. Em 1871 foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.
O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do século XX, quando iniciou-se no Brasil. Somente em 1967, acontece um processo de “democratização” do ensino, segundo Frederico e Osakabe. Como conseqüência, houve a multiplicação de alunos modificando-se as condições escolares e pedagógicas, bem como as necessidades e exigências culturais que passam a ser diferentes.
Com o governo de Getúlio Vargas, depois de institucionalizada, a educação tornou-se vinculada ao processo crescente de industrialização no país. A Lei 5.692/1971 impõe a pedagogia tecnicista.
A Língua Portuguesa passa a ser denominada “Comunicação e Expressão” nas quatro primeiras séries, “Comunicação em Língua Portuguesa” nas quatro últimas séries, baseando-se nos estudos de Jacobson, Teoria da Comunicação.
Na década de 1960, a leitura de textos literários tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, visando incutir valores religiosos, morais e cívicos. A partir de 1970 o ensino de Literatura restringiu-se ao segundo grau, como era chamada na época o nosso ensino médio.
A partir dos anos 80 iniciou-se o repensar sobre o ensino de língua materna. Wanderley Geraldi, Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Percival Leme Brito são exemplos de estudiosos desse período, os quais estão presentes até hoje nos estudos e pesquisas sobre a Língua Portuguesa.
Na década de 90 passa a existir a concepção interacionista ou discursiva, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita, e essa reflexão envolve um processo, na qual os interlocutores vão construindo significados e sentidos ao longo de suas trocas lingüísticas. Toda essa busca sofre interferência do autor e ouvinte ou leitor, já que neste momento ambos estão em contato entre si, através da língua, em prol a um tema que esta sendo lido ou ouvido. Para que todos esses segmentos ocorram com sentido, potencializam-se os conhecimentos prévios, atitudes e contextos social onde a interlocução está existindo.
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Sendo assim, o ensino de língua e literatura deve conceber uma visão que as reconheça como um produto de linguagem que carrega sobre si uma história proveniente de significados sociais e culturais, isso exige uma abordagem reflexiva, que analisa o contexto em busca do reconhecimento de pontos de vista diferentes sobre um mesmo momento, através de estratégias variadas, na construção de sentido do texto, haja visto que a língua é necessariamente uma interlocução viva. Para tanto precisamos conceber um conceito de sujeito social, cognitivo, participativo, sensível, biológico e ambiental.
OBJETIVOS GERAIS
Promover o estudo da Língua Portuguesa nos três eixos da prática discursiva, ou seja, oralidade, leitura e escrita, transformando o educando em um ser criativo e crítico, integrado em seu tempo e lugar, capaz de analisar sua realidade e transformá-la, efetivando assim o crescimento individual e, conseqüentemente, o crescimento comunitário e o desenvolvimento do país.
Criar no educando a responsabilidade e a capacidade de auto-desenvolvimento no processo de aprendizagem, com o objetivo de torná-lo independente para a leitura, para a expressão oral e escrita e para a análise e reflexão.
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor. Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipologia textual, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
Trabalhar assuntos explorados na Agenda 21, como preservação do meio ambiente, cultura afro-brasileira, educação fiscal, dentro dos conteúdos onde os mesmos enfoquem o assunto. Para assim oportunizar aos educandos e a comunidade o envolvimento com os problemas sociais e ambientais referentes à escola e ao bairro, buscando soluções para resolvê-los ou amenizá-los.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura
Oralidade
Produção
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
5ª série
Linguagem verbal e não-verbal (carta, diálogo, fábula, charge, lendas, piadas, gravuras, pinturas, propagandas, ...).
Análise das variantes lingüísticas (gíria, variantes regionais, variantes culturais, linguagem técnica, ...).
Estruturas lingüísticas contextualizadas (classes: artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, ... ortografia de acordo com a linguagem padrão, acentuação e pontuação).
Leitura dos mais variados tipos de textos.
Tipologia textual (narrativo, descritivo, poético, informativo, dramático).
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Debates a partir de leituras realizadas (livros de literatura infanto-juvenil, textos informativos como jornalísticos, ...)
Produção de textos diversos a partir das mais variadas técnicas, bem como sua reestruturação para adequá-los a linguagem padrão.
6ª série
Morfossintaxe ou estruturação das palavras de forma contextualizada (artigo, substantivo, adjetivo, verbo)
Estudo da ortografia de acordo com a linguagem padrão, acentuação e pontuação de forma contextualizada.
Estudo contextualizado do verbo: os modos verbais, formas nominais, verbos regulares e irregulares.
Estudo da sintaxe de forma contextualizada: tipos de sujeito, de predicado.
Tipologia textual (narrativo, descritivo, poético, informativo, dramático, de opinião).
Leitura dos mais variados tipos de textos.
Debates a partir de leituras realizadas (livros de literatura infanto-juvenil, textos informativos como jornalísticos, ...)
Produção de textos diversos a partir das mais variadas técnicas, bem como sua reestruturação para adequá-los a linguagem padrão.
7ª série
Análise semântica de forma contextualizada (semântica, polissemia, denotação e conotação).
Estudo contextualizado das estruturas lingüísticas: aposto e vocativo, verbo, conjunção.
Estudo da ortografia de acordo com a linguagem padrão, acentuação e pontuação de forma contextualizada.
Estudo contextualizado do período composto (coordenação e subordinação), os complementos verbais, vozes verbais.
Tipologia textual (narrativo, descritivo, poético, informativo, dramático, de opinião/argumentativo).
Leitura dos mais variados tipos de textos, oral e silenciosa, bem como a compreensão e interpretação das mesmas de forma escrita e oral (debates).
Debates a partir de leituras realizadas (livros de literatura infanto-juvenil, textos informativos como jornalísticos, ...)
Produção de textos diversos a partir das mais variadas técnicas, bem como sua reestruturação para adequá-los a linguagem padrão.
Estudo e produção dos gêneros textuais, das tipologias textuais.
8ª série
Leitura, análise e produção dos diversos tipos de texto: crônica, contos, texto científico de opinião, argumentativo e informativo, charge, poema, música, ...
Leitura e análise de textos publicitários, jornalísticos e anúncios.
Estudo da ortografia de acordo com a linguagem padrão, acentuação e pontuação, uso da crase de forma contextualizada.
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Estudo contextualizado de: discurso direto, indireto, indireto livre; período simples e período composto (subordinação e suas respectivas conjunções), concordância verbal e nominal, coesão e coerência, colocação pronominal (ênclise, próclise e mesóclise).
Leitura dos mais variados tipos de textos, oral e silenciosa, bem como a compreensão e interpretação das mesmas de forma escrita e oral (debates).
Debates a partir de leituras realizadas (livros de literatura juvenil, textos informativos como jornalísticos, ...)
Antologia poética.
Produção de textos diversos a partir das mais variadas técnicas, bem como sua reestruturação para adequá-los a linguagem padrão.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar;
Cultura Afro;
Educação Fiscal;
A Hora da História;
Janelas Abertas (teatro);
Reciclar é Preciso;
Projeto Independência;
Noite da Poesia;
Folclore.
METODOLOGIA
O ensino de língua materna deve contemplar as possibilidades de trabalho com debates, discussões, seminários, análises de programas televisivos e de discursos orais nas mais diferentes formas expostas, promover circunstâncias propícias para produções escritas bem como explorar as diversas possibilidades de leitura seja estas verbais ou não.
A literatura deve ser utilizada como um veículo de estímulo para a interação dos sujeitos na apropriação crítica da língua e não como mostra na linha de tempo da historiografia literária, pois, segundo ROJO (2004) – “A fala, a leitura e a escrita são atos de interação que constroem a vida social.”
Isso deve ser praticado tendo-se sempre em vista que a linguagem não se dissocia do social e, jamais, pode ser reduzida a estruturas desvinculadas do contexto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser realizada de forma global, ampla e múltipla, tendo por objetivo diagnosticar o desenvolvimento, sendo que com este procedimento o educador poderá interferir no processo ensino-aprendizagem, para que a aquisição dos conteúdos se torne efetiva.
Esse processo deve ser contínuo e ter como base à visão holística do educando, subsidiado por observações e registros obtidos no decorrer do ano letivo.
Deve-se destacar a avaliação formativa, a qual analisa o progresso e avanço na aquisição dos conteúdos, para tanto o educador age como mediador e
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acompanha o desenvolvimento do educando apoiando-o nas suas dificuldades uma vez que torna-se possível oferecer outros métodos de aprendizagem.
Em suma, compreende-se que “A avaliação escolar está relacionada a uma concepção de homem e sociedade”, cabendo ao educador buscar o “sujeito interativo”.
Observação: Os alunos que não conseguirem ter um progresso satisfatório na aprendizagem dos conteúdos deveram ter um acompanhamento especial, segundo proposto na LDB por meio de intervenções didático-pedagógica, conforme as condições ofertadas pela mantenedora.
BIBLIOGRAFIA
ALBERGARIA, Lino Fernandes. Português na ponta da Língua.
CEREJA, Willian Roberto e MAGALHÃES, Tereza Cochar. Português: Linguagens. Atual Editora.
DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula: Leitura e Produção. 2ª edição. Assoeste. Cascavel, 1985.
Linguagem e Literatura no jornal Proleitura, Cultura Acadêmica, 2004.
MAIA, João Domingues. Gramática: Teoria e Exercícios. Ed. Ática, 4ª edição, 2000.
PEREIRA, Rony Farto; BENTES, Sônia Apª Lopes. À roda da leitura.
PLATÃO e FIORINI. Para entender o texto: Leitura e Redação. Ed. Ática, 1995.
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22. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO – ARTE
A arte-educação enfatiza as funções da arte no desenvolvimento psicológico, valorizando a expressão e a criatividade.
É bastante conhecida e compreendida a importância das atividades artísticas na educação, como meio de desenvolver tanto a formação intelectual do aluno quanto a formação da personalidade.
O objetivo central e ultimo da educação escolar é dar acesso ao saber, às diversas formas de conhecimento. É dar acesso à cultura, entendendo-se cultura como produção coletiva de uma sociedade, ou ainda, como patrimônio de toda humanidade, construído ao longo de toda sua história.
A arte é uma forma de expressão, de expressar emoções, idéias, vivencias, entre outros. É também uma forma de comunicação, presume a capacidade de atingir o outro, de ser compreendida pelo outro. Essa compreensão só é possível se o outro entende o “código”, se ele domina, na maior parte das vezes de modo inconsciente, os princípios de organização da mensagem. Mensagem que se concretiza seja através de sons, na musica, e daí por diante.
Se o interesse depende da capacidade de compreensão, a distancia que a maioria do povo brasileiro mantém das formas de arte, principalmente daquelas ditas eruditas, é gerada pela falta de referencia adequadas, que permitam apreender as linguagens artísticas como significativas. A capacidade de compreender não se deve ao um dom inato ou algo assim; deve-se, sim, a certas formas de perceber, de pensar e mesmo de sentir que dependem da vivência, da experiência de contato com as obras de arte. Em outros termos, a capacidade de aprender as linguagens artísticas, o que podemos chamar de “competência artística”, depende da posse de esquemas de percepção, pensamento e apreciação que são gerados pela familiarização.
A competência artística depende, assim, do ambiente sócio cultural em que se vive, uma vez que depende das possibilidades de contato com as obras artísticas. Este contato continuado, esta freqüência, vai construindo gradativamente a familiarização, vai formando, lentamente e de forma imperceptível, os referenciais necessários para a apreensão e compreensão das linguagens artísticas.
OBJETIVOS GERAIS
Proporcionar aos alunos a oportunidade de entender e refletir sobre as principais correntes da critica de arte, viabilizando o estudo de objetos artísticos, buscando a arte na relação do homem com o mundo que está inserido, proporcionando aos alunos a oportunidade de entender e perceber a influencia da arte na sua vida, conhecendo o conceito de arte, historia da humanidade por meio da arte, conhecendo e identificando obras artísticas conhecidas, procurar distinguir diferenças e semelhanças dentro das artes visuais, percebendo que a cultura e arte são relacionadas e fazem parte da história de uma sociedade, proporcionando ao educando condições de perceber a riqueza cultural que nos rodeia.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos Formais;
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Composição;
Movimentos;
Períodos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais – São elementos da cultura, que são observadas nas produções humanas e na natureza, eles são as matérias-primas para a produção artística e o conhecimento em arte. Estes elementos, como por exemplo o timbre de musica, a cor em artes visuais, a personagem em teatro ou o corpo em dança, são diferentes em cada área, mas todas as áreas são organizadas mediante elementos formais. O professor deverá aprofundar o conhecimento dos elementos formais da sua área de formação, sendo que a articulação com outras áreas será por intermédio dos conteúdos estruturantes. Os elementos formais são articulados porque o aluno percebe como a área que esta sendo abordada se organiza e poderá compreender que as outras áreas têm sua própria forma de organização.
Composição – A composição é a produção artística, ela acontece por meio da organização e do desdobramento dos elementos formais. Por exemplo, os elementos visuais, linha, superfície, volume, luz e cor de acordo com OSTROWER (1983, p. 65) “não tem significados preestabelecidos, nada representa, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”. Ao participar da uma composição, cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e, ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam.
Todo som tem sua duração, dependendo do tempo de repercussão da fonte sonora que originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento estético, que este som passa a construir-se em ritmo ou uma composição.
Com a organização dos elementos formais de cada área de arte, formulam-se todas as obras (sejam elas visuais, teatrais, musicas ou da dança), na imensa variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e Períodos – Constitui-se no conteúdo da História que está relacionado com o conhecimento em arte. Esse conteúdo tem por objetivo revelar o conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos, culturais e sociais, que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico, cada um com suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a aprendizagem do aluno com relação a estes conhecimentos, bem como para ter uma compreensão totalizante do conhecimento em arte, este conteúdo estruturante deve estar presente em vários momentos do ensino da arte. Quando possível, o professor deverá mostrar as relações que cada movimento e período têm com as outras áreas da arte, e como apresentam pontos em comum em determinados momentos.
Optando, por exemplo, por iniciar o trabalho com o conteúdo estruturante (movimentos e períodos) em música, pode-se enfatizar o período contemporâneo e o movimento Hip-Hop, pesquisando a sua origem, que teve raízes no rap, no grafite e no break, articulando assim, a musica, as artes visuais e a dança.
É importante ter em vista que os movimentos correspondem ao imaginário social, representando uma determinada consciência social. Nas quatro áreas da arte, às vezes, um determinado movimento artístico não corresponde ao mesmo período histórico na música, teatro, danças ou artes visuais.
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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar;
Educação Fiscal;
História e Cultura Afro;
Educação para a Cidadania.
METODOLOGIA
Deverão ser abordadas partindo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho do individuo histórica e socialmente, cada conteúdo tem sua origem e sua historia que devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno. Conhecendo como se organiza formas de produzir arte pela maneira qual a sociedade estrutura-se historicamente.
Trabalhar com diversas formas de interferência e mutações em imagens, tende a oferecer aos alunos a oportunidade de observar, estudar e apreciar a arte nos aspectos práticos e teóricos, aguçando a curiosidade e desenvolvendo o espírito artístico.
O aluno poderá desenvolver seu conhecimento artístico nas diversas áreas da arte, tanto para produzir trabalhos pessoais quanto grupais, para que possa, progressivamente, julgar os bens artísticos, buscar e saber organizar informações sobre a arte, em contato com obras, documentos, livros, revistas, jornais, ilustrações e outros acervos. Desta forma, estará reconhecendo e compreendendo com mais clareza a variedade de produtos artísticos e as concepções estéticas presentes nas diferentes culturas e também na sua realidade.
Construir o auto-retrato, o retrato dos colegas, desenhar e pintar modelos vivos em conjunto com os colegas e o professor.
Fazer mosaico de papel sobre desenho de rostos e fotografias.
Exercícios de livre escolha, dentro do tema proposto de interferências e mutações da imagem.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar exige,acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam os critérios, para em seguida, escolherem seus procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão usados no processo de ensino e aprendizado. Possibilitando a avaliação individual e coletiva, utilizando instrumentos de avaliação, como o diagnostico inicial, durante o percurso final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, provas teóricas e práticas, pesquisas, exposição de trabalhos, entre outras.
As proposições pedagógicas e curriculares, aqui apresentadas, potencializam a efetivação de instituições escolares inclusivas acolhendo efetivamente: as pessoas com necessidades especiais de todos os tipos, moradores do campo, populações indígenas, grupos afro-descendentes, entre outros.
É importante neste processo termos em vista que o aluno tem um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente aprende em outros espaços sociais (família, grupo, associações, religião e outros), e um percurso escolar distinto entre os mesmos, pois pela amplitude do conhecimento artístico (música, artes visuais, teatro e dança).
BIBLIOGRAFIA
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GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora LTC, 1999.
POUGY, E. Descobrindo as Artes Visuais. São Paulo: Editora Ática, 2001.
PROENÇA, G. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 2001.
HAILER, M. A. Caderno de Artes. São Paulo: Editora FTD.
MIRIAM, C.; PISCOQUE, G.; GUERRA, M. T. Didática do Ensino da Arte. São Paulo: Editora FTD, 1998.
Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio.
CARDIOLLI, M. Diversidade e Pertinência na Construção Curricular. Currículo e Inclusão.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - BIOLOGIA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa tentativa de explica-lo e ao mesmo tempo, compreende-lo.
Podemos observar que há cerca de quinze anos, o Paraná promoveu um amplo processo de elaboração de proposta curricular que se concretizou no Currículo Básico. Esse processo foi um aprendizado novo que passou a reger uma prática reflexiva de construção de proposta pedagógicas nos diferentes níveis e modalidades de ensino.
Ao analisar o texto, na crise dos anos 80 começou a surgir várias críticas como ás concepções que prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciências. O ponto central desta revisão é a respeito da idéia de Ciências positivista e da utilização da metodologia científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por uma concepção empírico – indutivista para á Biologia, e visavam desenvolver essa concepção no ensino.
Pode-se observar nos PCN de Biologia, é que estes trazem um esvaziamento do conteúdo formal da disciplina, permitindo a presença de temas geradores e criando subsistemas, na qual valores, conhecimentos e capacidades e até mesmo Ciência, estariam continuamente se transformando, orientados por uma “ sociedade aberta”, como definido por POPPER (1974), e controlada pela competência individual.
Já nas Diretrizes Curriculares, a observação é considerada com um procedimento de investigação que consiste na atenção sistemática de um fato natural de mecanismo biológicos, de processos que ocorrem no âmbito da biodiversidade.
Dentre a metodologia para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização do método da prática social que parte da pedagogia histórico-crítica centrada na valorização e socialização dos conhecimentos de Biologia.
A utilização de textos informativos ou temas que serão expostos para os alunos em formas dialogada e contextualizada visa a utilização de recursos didáticos como (jornais, vídeos, experiências, etc.).
É importante, valorizar os conhecimentos e idéias do aluno para obter uma aprendizagem. A partir das explicações dos fatos e fenômenos observáveis ou não, que os alunos têm, que se deve promover a introdução da concepções científicos.
A principal característica dessa relação é o estabelecimento de vínculos entre os conteúdos que são resultados de experiências de gerações anteriores que visavam atender a uma necessidade prática.
OBJETIVOS GERAIS
É fundamental que o ensino de Biologia relacione o desenvolvimento das ciências naturais ao desenvolvimento tecnológico e associe as diferentes técnologias aos problemas que se propuseram e propõem solucionar, bem como entender o impacto das tecnologias na sua vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.
Reconhecer as relações do homem com o meio ambiente e com os outros seres vivos.
CONTEÚDOS
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Estabelecer os conteúdos estruturantes para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretende serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos.
Os conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar.
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados quatro modelos interpretativos de fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no Ensino Médio.
Os conteúdos Estruturantes de Biologia foram estabelecidos buscando-se sua historicidade para que se perceba a não neutralidade da construção do pensamento científico e o caráter transitório do conhecimento elaborado. Desta forma a disciplina de Biologia é capaz de relacionar diversos conhecimentos específicos entre si e com outras áreas de conhecimento e deve priorizar o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos e propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos, em decorrência de questões emergentes.
I - Organização e Distribuição dos Seres Vivos (Biologia celular e molecular, Histologia, Zoologia, Botânica, Microbiologia, Ecologia).
Organização celular
Composição química;
Membrana, citoplasma e núcleo;
Divisão celular;
Organização dos tecidos.
Os Seres Vivos e o Ambiente
Produtores (características gerais do grupo);
Consumidores (importância biológica);
Decompositores (nocividade ao homem).
II – Biodiversidade ( Zoologia, Botânica, Ecologia)
Biomas terrestres
Tundra (Seres vivos);
Taiga (relação entre seres vivos);
Floresta (características dos seres vivos);
Campos (reprodução);
Desertos (problemas ambientais).
Biomas Aquáticos
Mares, oceanos (Seres vivos);
Geleiras (relação entre seres vivos);
Lençóis subterrâneo (reprodução);
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Rios, lagos (problemas ambientais).
Ciclos biogeoquímicos
Cadeias e teias alimentares
Desequilíbrio ambiental (rural e urbano)
III – Processos de Modificações dos Seres Vivos ( Biologia celular e molecular, Genética, Evolução, Fisiologia comparada animal e vegetal).
Origem e Evolução da vida
Teorias do surgimento da vida
Lamarck x Darwin
Mutação
Origem das espécies
Conquista dos ambientes pelos seres vivos
Especiação
Árvore filogenética (filogenia dos grupos)
Reprodução humana, embriologia e genética
Reprodução humana e embriologia
Leis de Mendel
Anomalias genéticas humana
Fisiologia comparada (animal e vegetal)
Nutrição, respiração, circulação, excreção, revestimento do corpo, sustentação, locomoção, reprodução.
VI – Implicações dos avanços Biológicos no contexto da vida (atualidades, pesquisas científicas, saúde, ambiente, tecnologia)
Método científico
Ciência e saúde
Pesquisas científicas/biológicas
Bioética
Biotecnologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º Série
O que é Biologia?
Caracterizando os seres vivos
Níveis de organização dos seres vivos
Origem da Vida:
Geração espontânea ou abiogênise
Louis Pasteur: o fim da geração espontânea
A Terra primitiva: onde tudo começou
Outros experimentos: Fox e Calvin
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Composto química da célula
Água
Sais Minerais
Carboidratos
Lipídios
Proteínas
Ácidos Nucléicos
Vitaminas
Introdução ao estudo da célula
O Microscópio
Organização celular (procariontes e eucariontes)
Membrana Plasmática
Composição química e estrutura da membrana
Especializações da membrana plasmática
Permeabilidade da membrana plasmática
Transporte ativo
Endocitose
Citoplasma
Hialoplasma
Orgânulos citoplasmáticos (ribossomos, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos, centríolos, plastos, mitocôndrias, peroxissomos e esferossomos, vacúolos)
Respiração celular.
Núcleo celular
Componentes do núcleo interfásico
Ciclo Celular
Inte faseŕ
Mitose
Meiose
Reprodução
Conceitos básicos de reprodução
Reprodução assexuada
Reprodução sexuada
Gametogênese humana
Embriologia
Segmentação ou clivagem
Fases do desenvolviemento embrionário
Celoma
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Destino dos folhetos embrionários
Histologia Animal
Introdução
Tecido epitelial
Tecido conjuntivo
Tecido muscular
Tecido nervoso
2ª série
Classificação e Nomenclatura Biológicas
Vírus
A estrutura dos vírus
Doenças causadas por vírus
Reino Monera
As bactérias
Principais doenças bacterianas que afetam o homem
Importância econômica e ecológica das bactérias das bactérias.
As cianobactérias
Reino Protesta
Protista autótrofos ( euglenófitas, pirrófitas e crisófitas).
Protistas heterótrofos (protozoários)
Doenças causadas por protozoários.
Reino Fungi
Estrutura e reprodução dos fungos.
Importância econômica e ecológica dos fungos.
Os liquens.
Histologia Vegetal
Tecidos meristemáticos
Tecidos permanentes
Reino Plantae
Algas Pluricelulares
Clorofíceas
Rodofíceas
Feofíceas
Criptógamas
Briófitas
Pteridófitas
Fanerógamas
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Gimnospermas
Angiospermas
Morfologia das Angiospermas (raiz, caule, folha, flor, fruto e semente)
Fisiologia Vegetal
Equilíbrio Hídrico
A absorção
O transporte da seiva bruta orgânica
A transpiração
Hormônios vegetais
Movimentos Vegetais
Reino Animalia
Filo Poriphera
Filo Celenterata
Filo Platyhelminthes
Filo Nematelminthes
Filo Annelida
Filo Arthropoda
Filo Mollusca
Filo Echinodermata
Reino Animalia
Filo Chordata
Protocordados
Urochordata
Cephalochordata
Eucordados
Pisces (Chondricthyes e Osteichthyes)
Tetrapoda ( Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia)
Fisiologia Humana.
3ª série
Hereditariedade
A Primeira Lei de Mendel
Genealogias ou Heredogramas
. Co-dominância Gênica
Alelos Múltiplos
Coloração da pelagem em coelhos
Os grupos sangüíneos do sistema ABO
Os grupos sangüíneos do sistema Rh e do sistema MN.
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A segunda Lei de Mendel
Interação Genetica
Epistasia
Herança Quantitativa
Pleiotopia
A Herança do Sexo
Herança ligada ao sexo
Herança restrita ao sexo
Herança influenciada pelo sexo
Determinação do sexo na espécie humana (aberrações cromossômicas).
Linkage e Mapeamento Genético
Teoria da Evolução
Conceito de adaptação
Lamarck e o mecanismo evolutivo
Darwinismo
Neodarwinismo
Evidências da evolução
Genética de Populações
Avanços tecnológicos (biotecnologias, bioética, eutanásia, transgênicos, clonagem,etc).
Ecologia
Conceitos básicos; componentes do ecossistema.
Cadeias e teias alimentares.
Pirâmides ecológicas.
Ciclos biogeoquímicos.
Sucessões ecológicas.
Desequilíbrios ambientais.
Dinâmica das populações.
Relações entre os seres vivos.
Divisão da biosfera.
Os grandes biomas da Terra e do Brasil.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Implicações dos avanços Biológicos no contexto da Vida ( uma proposta voltada para as implicações da engenharia genética), considerando-se que, com os avanços da biologia molecular, há a possibilidade de manipular o material genético dos seres vivos. Exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos.
O estudo da biotecnologia se torna importante para os avanços científicos e de suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso,
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de biologia possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.
Bioética e Biotecnologia pode-se citar alguns conteúdos complementares como:
1 – agrotóxicos;
2 – queimadas;
3 - aditivos químicos;
4 - aborto;
5 – amamentação;
6 - anabolizantes;
7 - prevenção de doenças ( no geral e sexualmente transmissíveis);
8 - transgênicos ( clonagem,etc.);
9 - plantas (propriedades terapêuticas, conservação da flora, etc.) entre outras situações que podem surgir perante a descobertas e transformações do Universo.
10 – Educação Fiscal.
11 – Educação Ambiental.
12 – Agenda 21.
13 – Cultura afro-brasileira e africana.
14 – entre outras situações que podem surgir perante a descobertas e transformações do Universo em relação as decorrências que o homem pode trazer benefício ou não para todos os seres vivos ou não-vivos.
METODOLOGIA
Com a introdução de elementos da história, torna-se possível compreender que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos social, econômico, político e cultural, verificando-se que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas, está associada ao momento histórico em que foram propostas e aos interesses dominante do período.
A apresentação do tema pelo professor com exposição dialogada ( conversa com os estudantes) ou acompanhada de algum recurso didático, como passar um trecho de filme, apresentar uma notícia de revista ou outra situação concreta para iniciar a problematização.
A aplicação dos conteúdos de Biologia, será feita a partir dos elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos, através de levantamentos temáticos ou outras formas de diálogo que permitem articular os saberes trazidos pelo aluno e o conteúdo científico. Isso contribuirá também para a valorização da diversidade cultural e a promoção do diálogo inter-cultural, no ambiente escolar.
Em biologia, são inúmeros os procedimentos(estratégia) que podem ser utilizados. Entre elas, destacam-se textos; noticiários; experimentos; visitas orientadas (excursões); debates; júri simulado; aulas expositivas; recursos tecnológicos; jogos de pesquisas; projetos; aulas práticas; relatórios; entrevistas; atividades individuais, em duplas ou em grupos; dramatizações, palestras. A determinação do professor no sentido de trabalhar com uma biologia contextualizada e voltada para a realidade dos alunos poderá lhe ser muito útil no sentido de atingir os objetivos a que se propõe.
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Assim, ao utilizar-se desta estratégia metodológica e retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marco conceituais apresentados nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se a utilização dos momentos históricos, porém, adequados ao ensino neste momento histórico e científico atual.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS
É objeto de estudo da Biologia o fenômeno Vida em toda em toda sua diversidade de manifestações.
A associação entre Ciências e tecnologia tem logrado alcançar avanços realmente desarticulares, cujos resultados não só interferem em nosso cotidiano como, também, suscitam profundas indagações sobre o destino da humanidade. Devemos lembrar os recentes sucessos alcançados pela Engenharia Genética e suas profundas implicações em várias áreas da atividade humana.
A Biologia, como parte do processo de construção científica deve ser entendida e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano.
Não se pode esquecer, que o avanço do conhecimento biológico é um empreendimento científico, como uma atividade humana, que parte de um processo histórico, produzido coletivamente pela troca de informações.
Considerando o ensino como instrumento de transformação dos mecanismos de reprodução social para melhor compreender a realidade, a aula experimental torna-se um espaço de organização, discussão e reflexão, a partir de modelos que reproduzem o real.
O aprendizado é proposto de forma a proporcionar aos alunos o desenvolvimento de uma compreensão do mundo que lhes dê condições de continuamente colher e processar informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação positiva e crítica em seu meio social.
Sendo assim, nestas Diretrizes Curriculares redimensiona-se a importância dada ao processo de construção histórica dos conhecimentos biológicos de forma que os possibilitem acesso a cultura científica, socialmente valorizada, tendo o objetivo a formação do sujeito crítico e reflexivo, rompendo com concepções pedagógicas.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola como um todo. Para tanto, deve ser contínua e evolutiva, o que dará ao professor subsídios para a percepção de dificuldades e dos avanços dos alunos;
Desenvolver-se paralelamente o processo de construção do conhecimento;
Servir para desencadear e interpretar comportamentos a serem observados.
É preciso compreender avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a avaliação passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem oportunizando aos alunos a sanar suas dificuldades e dúvidas independente de seu nível de conhecimento. Desta forma sendo incluído em atividades grupais para sua melhor integração ao ambiente que está participando.
Dentre a visão da avaliação emancipadora estará voltada para a construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso social.
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A avaliação deve considerar o desenvolvimento da capacidade dos estudantes com relação á aprendizagem, não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes.
A avaliação será diagnóstica e contínua, podendo ser individual e coletiva, oral e escrita, através da participação dos estudantes durante as aulas, debates, pesquisas, filmes, relatórios, experiências (laboratório Biologia) proporcionando recursos para torna-los agentes ativos e participativos devem favorecer a construção, pelos estudantes, de uma visão de mundo como um todo formado por elementos inter-relacionados, entre os quais o ser humano, agente de transformação.
BIBLIOGRAFIA
Biologia volume único/ Clarinda Mercadante, José Arnaldo Favoretto.—ed.SP: Moderna, 1999.
Biologia volume único/ Paulino –ed.SP:Ática, 2004.
Biblioteca do estudante moderno/ SP: DCL,2000.
Apostila de Biologia volume único/ Albino Fonseca—site na internet:www.ibep-nacional.com.Br ou endereço eletrônico: [email protected]
Biologia para o ensino médio:volume único/Alba Gaianotti, Alessandra Modelli, --São Paulo: Scipione,2002. –(Série Parâmetros), www.scipione.com.br
Biologia volume 1,2 e 3/ José Luís Soares/SP:Scipione, 1996.
Biologia volume único/ José Luís Soares/ SP: Scipione, 1997.
Secretária de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Biologia – Orientação Curriculares Preliminares. Curitiba, 2005 e 2006.
Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Biologia Para o Ensino Médio. Versão preliminar, 2006.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO – EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física no Ensino Médio é parte de um projeto geral de escolarização, articulada ao projeto político pedagógico da Escola, cujo compromisso está direcionado para a formação humana.
Num contexto mais amplo, é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos, relacionando o movimento humano ao cotidiano escolar e todas as suas formas e manifestações, construindo uma cultura corporal que permita uma ampliação da visão de mundo por parte dos alunos.
Desta forma, a Educação Física no Ensino Médio permite uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais, com base na sua constituição interdisciplinar, proporcionando aos alunos oportunidades de participação nas atividades propostas de uma maneira a inter-relacioná-las com as suas vivências, bem como, compará-las às práticas ou costumes preconizados pelo meio em que está inserido, resultando numa soma de valores apreendidos que determinarão a sua capacidade crítico-construtiva frente às diversas situações que enfrentará no âmbito de sua convivência social.
A trajetória da disciplina de Educação Física, retrata os fatos ocorridos à partir do século XIX.
Com a proclamação da República, veio à tona a discussão sobre as instituições escolares e as políticas educacionais. Rui Barbosa, Deputado Geral do Império, no ano de 1882, afirmou a importância da ginástica para a formação do cidadão, equiparando-a em categoria e autoridade com as demais disciplinas. Desde então, a Educação Física tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares. A burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida urbana.
As práticas pedagógicas escolares de Educação Física, foram fortemente influenciadas pela instituição militar e pela medicina, emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios foram reelaborados pelo conhecimento médico na perspectiva pedagógica de atender aos objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, foram importadas da Europa práticas conformativas, como o modelo de saúde e os sistemas ginásticos, os quais foram fundamentais para o surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.
Por não existir um plano nacional de Educação Física, a prática nas escolas se dava pelo Método Francês de ginástica adotado pelas Forças Armadas e tornado obrigatório a partir de 1931. A Educação Física se consolidou, no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937. A Educação Física seguiu à guisa dos princípios higienistas para um corpo forte e saudável, com atividades ligadas à formação de um corpo masculino robusto. As atividades dirigidas à mulher, deviam desenvolver a harmonia de suas formas e às exigências da maternidade futura.
Ainda na década de 30, o esporte começou a se popularizar confundindo-se com a Educação Física.
Com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Secundário, em 1942, também conhecida como Reforma Capanema, instituiu-se, no ensino secundário, um primeiro ciclo denominado ginasial, com duração de quatro anos, e um segundo
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ciclo de três anos, com duas opções, o clássico e o científico. Impunha-se, assim, mais uma obrigação para a juventude brasileira, além da defesa da nação, seus deveres para com a economia.
A partir de 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase no Brasil, devido aos acordos feitos entre o MEC e o Departamento Federal de Educação Americana. O esporte consolidou sua hegemonia no interior da Educação Física, quando os currículos passaram a trata-lo com maior ênfase, através do método tecnicista centrado na competição e no desempenho. Neste contexto, os chamados esportes olímpicos (vôlei, basquete, handebol e atletismo entre outros) foram priorizados com o objetivo principal de formar atletas para representar o país em competições internacionais.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7º e, pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica. Institui-se, assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
A disciplina estava, então, ligada à aptidão física, considerada importante para o desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora, e ao desporto, pela intenção de tornar o país uma potência olímpica.
Na área pedagógica, uma das primeiras referências a ganhar destaque entre os profissionais foi a psicomotricidade, por buscar uma suposta legitimação da disciplina na escola.
A Educação Psicomotora surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.
Em meados dos anos 80, já se pôde falar não só de uma comunidade científica na Educação Física, mas também da delimitação de tendências ou correntes, suscitando os primeiros debates voltados à uma criticidade. Tais propostas dirigiram suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná foi a elaboração do Currículo Básico.
O currículo da Educação Física está embasado na pedagogia histórico-crítica da Educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em todas as suas dimensões. No entanto, apresentava uma rígida listagem de conteúdos que limitava o trabalho do professor, enfraquecendo seus pressupostos teórico-metodológicos.
A insuficiente oferta de formação continuada necessária à implementação da proposta e, posteriormente, as mudanças políticas públicas de educação assumidas pelas novas gestões governamentais no estado, enfraqueceram a força político-pedagógica do Currículo Básico.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física.
Esta proposta representou um marco para a Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, apontando a produção histórica e cultural dos
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povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondem às características regionais.
Todos esses avanços teóricos da Educação Física sofreram um retrocesso na década de 90 quando após a discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), apresentou-se a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) para a disciplina de Educação Física.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino Fundamental buscaram romper com as perspectivas da aptidão física, fundamentado em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando outras questões consideradas relevantes relacionadas as dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em concepções teóricas que discutem corpo e movimento. Porém, o documento não apresenta uma coerência interna de proposta curricular, analisada por alguns críticos com ecletismo teórico. Ou seja, há elementos da pedagogia construtiva piagetiana, abordagem tecnicista com a idéia de eficiência e eficácia e também a perspectiva da saúde e qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, há a descaracterização dos conhecimentos historicamente construídos, ao propor temas amplos que desviam a centralidade e importância dos conhecimentos próprios de cada conteúdo de tradição da Educação Física. Verifica-se, portanto, uma desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das competências.
Por fim pode-se dizer que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física dos Ensinos Fundamental e Médio, trazem uma proposta confusa e acrítica com uma redação aparentemente progressista. Porém, as diversas concepções pedagógicas ali apresentadas atendem a interesses que visam a um processo de individualização e adaptação à sociedade, ao invés da construção e abordagens dos conhecimentos que possibilitem a formação do sujeito em todas as suas dimensões.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas, desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes, com vistas à avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando à Educação Física a função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
OBJETIVOS GERAIS
O Projeto Político Pedagógico tem como prioridade organizar o trabalho pedagógico do Colégio Estadual Professor Darcy José Costa para o período de 2006/2010, seguindo os princípios de igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do Magistério, com a finalidade de formar um cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes adotados para o Ensino Médio são relativos ao corpo: ginástica, lutas, dança, esporte e jogos.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º Ano172
O circo como componente da ginástica;
Qualidade de vida (exercícios formativos e nutrição);
Fitness (step);
Atividades rítmicas / artísticas;
Caminhada;
Noções e importância das atividades físicas para a saúde;
Resistência aeróbica e anaeróbica;
Índice de Massa Corporal;
Freqüência Cardíaca;
Capoeira: Jogo, luta ou dança?
Judô: a prática do caminho suave;
Caratê: controle da agressividade;
Quem dança seus males espanta;
Influência da Mídia sobre o corpo do adolescente;
Danças populares;
O Futebol para além das quatro linhas;
A relação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras;
Eu faço esporte ou sou usado pelo esporte?
Voleibol, Futsal, Handebol: regras, arbitragem, sistema de jogos;
Jogos de Mesa: Xadrez e Tênis de mesa;
Esportes Olímpicos e não olímpicos;
1º socorros;
Competir ou cooperar: eis a questão;
O jogo é jogado e a cidadania é negada;
Jogos lúdicos, recreativos e cooperativos;
Organização competições e eventos;
2º Ano
O circo como componente da ginástica;
Qualidade de vida (exercícios formativos e nutrição);
Fitness (step);
Atividades rítmicas / artísticas;
Caminhada;
Noções e importância das atividades físicas para a saúde;
Resistência aeróbica e anaeróbica;
Índice de Massa Corporal;
Freqüência Cardíaca;
Capoeira: Jogo, luta ou dança?
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Judô: a prática do caminho suave;
Caratê: controle da agressividade;
Dança;
Quem dança seus males espanta;
Influência da Mídia sobre o corpo do adolescente;
Danças populares;
O Futebol para além das quatro linhas;
A relação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras;
Eu faço esporte ou sou usado pelo esporte?
Voleibol, Futsal, Handebol: regras, arbitragem, sistema de jogos;
Jogos de Mesa: Xadrez e Tênis de mesa;
Esportes Olímpicos e não olímpicos;
1º socorros;
Competir ou cooperar: eis a questão;
O jogo é jogado e a cidadania é negada;
Jogos lúdicos, recreativos e cooperativos;
Organização competições e eventos;
3º Ano
O circo como componente da ginástica;
Qualidade de vida (exercícios formativos e nutrição);
Fitness (step);
Atividades rítmicas / artísticas;
Caminhada;
Noções e importância das atividades físicas para a saúde;
Resistência aeróbica e anaeróbica;
Índice de Massa Corporal;
Freqüência Cardíaca;
Capoeira: Jogo, luta ou dança?
Judô: a prática do caminho suave;
Caratê: controle da agressividade;
Quem dança seus males espanta;
Influência da Mídia sobre o corpo do adolescente;
Danças populares;
O Futebol para além das quatro linhas;
A relação entre a televisão e o voleibol no estabelecimento de suas regras;
Eu faço esporte ou sou usado pelo esporte?
Voleibol, Futsal, Handebol: regras, arbitragem, sistema de jogos;
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Jogos de Mesa: Xadrez e Tênis de mesa;
Esportes Olímpicos e não olímpicos;
1º socorros;
Competir ou cooperar: eis a questão;
O jogo é jogado e a cidadania é negada;
Jogos lúdicos, recreativos e cooperativos;
Organização competições e eventos;
Elementos Articuladores;
A Desportivização;
A Mídia;
A saúde;
O corpo;
A Tática e a técnica;
O lazer;
A diversidade.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Participação nos JOCOP´S;
Pesquisa de IMC (Índice de Massa Corporal) e outros;
Jogos Inter-classes;
Festivais de Dança;
Agenda 21;
Cultura Afro.
METODOLOGIA
As aulas de Educação Física não podem ser um apêndice das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as durezas das aulas em sala. A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao Projeto Político Pedagógico da escola. Se a atuação do professor é na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu compromisso é com a escola, com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana, não esquecendo dos alunos inclusos, oportunizando a eles idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais. Com isso alcançando-se a igualdade de oportunidades e condições semelhantes a todos.
As aulas serão práticas e teóricas através de textos, comentários, atividades individuais e em grupo, participações em eventos e projetos internos e externos utilizando-se de material específico para cada atividade.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Avaliação será formativa, contínua. permanente e cumulativa, identificando os progressos do aluno durante o ano letivo, visando buscar novas formas de entendimento e compreensão de seus significados no contexto escolar, para possibilitar encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas, levando os alunos a uma reflexão e posicionamento crítico a fim de
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construir uma suposta relação com o mundo, obedecendo-se os princípios de inclusão e igualdade, contemplando os conteúdos programáticos propostos.
BIBLIOGRAFIA
BARRETO, D. Dança: Ensino, Sentidos e Possibilidades na Escola. Campinas. Autores Associados, 2004.
BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.
BRACHT, V. As ciências do Esporte no Brasil. Campinas. Autores Associados, 1995.
______. Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.
CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.
_______Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo. Cortez, 1992.
DAOLIO, J. . Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados, 2004.
ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In: Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.
LIBÂNIO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos. São Paulo: Loyola, 1985.
NOZAKI, H. T. Educação Física e reordenamento no mundo do trabalho: mediações da regulamentação da profissão. Tese de doutorado – Niterói: UFF, 2004.
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática, Goiânia, 2:1-23, jun/jul. 1998.
SOARES, Carmem Lúcia. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo “educado”: um olhar sobre a ginástica do século XIX. In: FERREIRA NETO, Amarílio (org). Pesquisa Histórica na Educação Física. 1 ed. Vitória: 1997, v.2, p. 05-32.
Apostilas da SEED (Diretrizes Curriculares de Educação Física - SEED), Paraná, 2005/2006.
Parecer nº CNE/CP 003/2004, Brasília, MEC, 2004.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - FILOSOFIA
A Filosofia constitui-se como pensamento há mais de 2600 anos. Com os embates em torno do pensamento de Platão e as teses de sofistas buscando compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no ensino.
Platão admitia que sem uma noção básica das técnicas de persuasão a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens, por outro lado também se pensava que o Ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de “técnicas” de sedução do ouvinte por meio de discursos o perigo seria favorecer posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.
A preocupação maior se deu com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia, assunto amplamente debatido na história da disciplina e garantir métodos de ensino que não deturpem o conteúdo. A idéia de que em conteúdos como moral e política praticamente não existem verdades absolutas tese freqüentemente defendida por filósofos, sendo inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definidas provocará nos estudantes. Característica preliminar a qualquer conteúdo filosófico.
A Filosofia, embora trata dos mesmos problemas da ciência, a abordagem filosófica é diferente. Se ocupando a Filosofia de questões cujas respostas estão longe de se obter pela Ciência, como a estrutura do universo, a origem das noções de bem e de mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo são próprios da filosofia com inúmeras possibilidades para a construção do programa de Ensino da Filosofia, como: a divisão cronológica linear: Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia Renascentista, Filosofia Moderna e Filosofia contemporânea. A divisão geográfica: Filosofia Ocidental, Africana, Oriental, Latino Americana, dentre outras e a divisão por conteúdos: - Teoria do Conhecimento, Ética (ou Filosofia da Moral), Filosofia Política, Estética (ou filosofia da Arte), Filosofia da ciência (ou epistemologia), Ontologia (ou metafísica), Lógica, filosofia da Linguagem, Filosofia da história e outras.
A abordagem da Filosofia por divisão geográfica pode apresentar diversas dificuldades não podendo dar tratamento tão genérico a essa complexa dimensão da Filosofia que se estende da Antiguidade à Contemporaneidade e compreende o pensamento elaborado numa vasta zona geográfica que abrange Síria, Fenícia, Índia China, Japão e vários outros países, não considerando o pensamento árabe e Judaico, comumente vinculado à filosofia ocidental que ao observá-los teria que abordar o pensamento religioso o que não é viável à Filosofia devido a complexidade de tais conceitos.
As Diretrizes Curriculares faz opção por conteúdos estruturantes constituídos ao logo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e sociedades diferentes, e que, ganha especial sentido e significado político, social e educativo.
São estabelecidos conteúdos estruturantes: - Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia das Ciências, presentes em todos os períodos históricos da Filosofia no antigo, no mediaval, no moderna, e no contemporâneo. Cada um desses grandes períodos os conteúdos estruturantes recebem tratamento diferenciado. A Filosofia Antiga apresenta um cosmocentrismo na produção do conhecimento com tendências para explorar questões relativas à natureza: o principio originário (Archer); as leis que regem o universo, os fenômenos atmosféricos; o movimento e a estética; questões gerais no campo antropológico; procura de uma moral adequada à felicidade humana; enquanto no período grego-romano se dá uma retomada à religiosidade o
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hibridismo de idéias religiosas e filosóficas, características recorrente em toda a idade média.
Na Idade Média, a filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo, características recorrente em toda a Idade Média sem que representasse uma ruptura ao período anterior. Enquanto o Medieval é marcado pela inspiração divina da Bíblia; monoteísmo; criacionismo e pecado original. A Filosofia na Idade Média tratava basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos – Filosofia serve à Teologia. Na Modernidade a Filosofia declara sua autonomia diante da Teologia. O homem descobre sua importância dominando a natureza da sociedade e do universo. O homem ser critico não aceitando passivamente o critério da autoridade ou da tradição para tornar válido uma idéia – antropocentrismo. Os campos da Fé e da razão são separados.
No pensamento contemporâneo, o homem sente-se capaz de resolver todos os seus problemas, Período da História da Filosofia marcado pelo pluralismo filosófico, permitindo pensar de maneira bastante especifica cada um dos conteúdos estruturantes.
No Brasil, a Filosofia faz parte dos currículos escolares desde o ensino jesuítico, entendido como instrumento de formação moral e intelectual. Com a proclamação da república passa a fazer parte dos currículos oficiais. Com a lei 4.024/61 a Filosofia deixa de ser obrigatória e com a Lei 5692/71 o currículo não dá espaço para o ensino e estudo da Filosofia.
A partir da década de 80 iniciaram um movimento de resistência com articulações políticas na defesa da Disciplina, uma retomada do espaço da Filosofia em contestação à Educação Tecnicista oficializada pela Lei 5691/71. Com essa mobilização é criada a sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas – SEAF, um marco na afirmação da importância da Filosofia para a formação do estudante do nível médio e em 1994, a partir de estudos é elaborado uma Proposta Curricular para a Disciplina de Filosofia no Ensino Médio que contém um histórico da construção do Ensino de filosofia seguido de fundamentação teórica indicando as especificidades da Filosofia no Currículo de 2º Grau, propõe metodologia e apresenta critérios para a avaliação.
Este trabalho cai no esquecimento em 1995, deixando de ser aplicado nas escolas do Estado do Paraná, retomando as discussões em torno do ensino de Filosofia a partir da LDB 9.394/96 embora a tendência das políticas curriculares oficiais manteve uma posição de saber transversal às disciplinas do Currículo, isso expresso no veto de 2001 do então Presidente Fernando Henrique Cardoso ao Projeto Lei que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como disciplinas obrigatórias no Ensino Médio com os argumentos de precariedade na formação de professores; elevação dos gastos dos Estados com a contração de professores; redução da Filosofia a um Discurso puramente pedagógico.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, no Artigo 36, determina que ao final do Ensino Médio o estudante deverá “dominar os conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.
Diante da não indicação nos Parâmetros Curriculares Nacionais da disciplina e dos conteúdos que constitui o ensino de Filosofia, por convocação pelo MEC, em 5 Seminários Regionais, professores do Ensino Médio com a apresentação diversas sugestões que levou a construção das Diretrizes para o Ensino de Filosofia através de um revistar da história do ensino de Filosofia no Brasil e no Paraná então possível de ser redimensionada as filosofias ensinadas em cada momento histórico, com seus recortes de conteúdos, legitimados ou legitima
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dores, conivência com a sociedade em que estavam inseridos ou resistentes a ela.
Neste processo percebeu-se ao ler a história, duas tendências: a de busca de afirmação como disciplina e de garantir seu espaço nos currículos escolares, mas com a necessidade de justificar-se perante as demais disciplinas; outra questão trata-se de buscar qual Filosofia ensinar e de qual filosofar as Diretrizes esta tratando e ainda, para que filosofar?
As Diretrizes faz ver, a partir da compreensão de Emanuel Appel (1999), “ que não há oficio filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e cultural, em avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão.
OBJETIVOS GERAIS
Promover a formação pluridimensional e democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com múltiplas particularidades e especializações. Neste mundo, que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opera por questionamentos, conceitos e categorias de pensamentos, que busca articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórico em que se dá o pensamento e experiência humana.
Considera-se que a Filosofia como disciplina na matriz curricular do Ensino Médio pode viabilizar interfaces com outras disciplinas para a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, de modo a possibilitar ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento; um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de Filosofia.
CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Mito e Filosofia
Teoria do Conhecimento
Ética Filosofia Política
Estética
Filosofia da Ciência
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A Filosofia
Sua origem
O nascimento da filosofia
Sua História
As evidências do cotidiano.
A atitude da filosófica.
A atitude critica.
Para que filosofia?
Atitude filosófica: indagar
A reflexão filosófica
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Filosofia: um pensamento sistemático
Em busca de uma definição da filosofia
Inútil? Útil?
Campos de investigação da filosofia
Principais períodos da história da filosofia
Aspectos da filosofia contemporânea
A razão
Os sentidos da palavra razão
Os princípios racionais
A atividade racional e suas modalidades
A razão na filosofia contemporânea
A razão histórica
Razão e sociedade
Razão e descontinuidade temporal
A verdade
Ignorância e verdade, ignorância, incerteza e insegurança.
As concepções da verdade
A lógica
O nascimento da lógica
Elementos de lógica: proposição, silogismo e silogismo científico
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar: Trabalharei em jardinagem e arborização dentro do pátio escolar e na quadra do colégio.
Cultura Afro brasileira: O respeito e a valorização do negro no Brasil.
Educação Fiscal: Incentivo aos alunos em pedir notas fiscais e conscientiza-los o valor da mesma.
METODOLOGIA
O ensino da Filosofia se dá em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.
Após a sensibilização inicia-se um trabalho filosófico: a problematização, a investigação, a criação de conceitos, podendo a sensibilização ocorrer diretamente a partir do conteúdo problematizado que deve se dar a partir do conteúdo em discussão, levantando questões, identificando problemas e investigando o conteúdo.
Toda ação no ensino da Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, na busca de resolução de problemas, preocupando-se com a atualidade, com uma abordagem contemporânea que leve o estudante a sua própria realidade. Um estudo dos problemas atuais a partir da história da Filosofia, do estudo clássico, de interpretação científica e de sua abordagem contemporânea proporcionando ao estudante a formulação de seus próprios conceitos e construção do seu discurso filosófico.
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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A Avaliação deve ser concebida na sua função diagnostica, sem finalidade em si mesma, mas com a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores, estudantes e instituição de ensino estão construindo coletivamente. Não se resumindo em perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história da Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar de determinado tema.
O que deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos e a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
No Ensino de filosofia é relevante avaliar a capacidade do estudante em criar conceitos, tendo inicio já na sensibilização, coletando o que o estudante pensava antes e o que pensa após o estudo. Se dando portanto durante o processo de Ensino do conteúdo e não separadamente.
BIBLIOGRAFIA
CORBISSIER, R. Introdução à Filosofia. Vol. I . 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986.
DIRETRIZES CURRICULARES DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO. Seed (2006)
GALLINA, S. O ensino de Filosofia e a criação de conceitos. In: CADERNOS CEDES, nº 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, (2004)
GALLO, S; KOHAN, W. O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.
LANGON M. Filosofia do ensino de Filosofia. In: Gallo, S; CORNELLI, G. ; DANELON, M. (Org.) Filosofia do ensino de Filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.
LEOPOLDO E SILVA, F. Por que a Filosofia no segundo grau. REVISTA ESTUDOS AVANÇADOS, 6 (14), 1992.
REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - FÍSICA
A Física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade. O aprender na disciplina a compreender os seus conceitos, princípios e axiomas; permite ao educando desenvolver novas idéias, criar e transformar novos materiais, produtos e tecnologia. Assim, como, aprofundar o conhecimento das ciências naturais e suas transformações, com maior visão de mundo.
O saber físico trás um novo paradoxo às novas descobertas no campo da ciência, maior flexibilidade no manuseio do conjunto de equipamentos, procedimentos tecnológicos de uso doméstico, social, cultural, industrial profissional, tornando-se mais comprometidos com suas estruturas e mais acessível à sua aprendizagem.
Nos critérios a serem utilizados para o ensino da Física, enfatiza, a forma de como ela pode ser trabalhada, as condições centralizadas nos objetivos estabelecidos. Em momento algum deve deixar de promover a construção do conhecimento, usar de recursos atuais, tais como: interfaces para ambiente Windows, calculadoras de bolsos, celulares, etc.
Para enfatizar os objetivos propostos, a cultura física deve ser apresentada em forma de desafios, onde os estudantes se mobilizem de recursos cognitivos, busquem sua realização pessoal e fortaleça a perseverança para novas tomadas de decisão. Entende-se (Menezes/2004) que a física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para o estudo e o conhecimento do universo de fenômenos que o cerca.
Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual em que os procedimentos matemáticos sejam considerados como pressupostos teóricos que afirma que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.
OBJETIVOS GERAIS
Construir o ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências, sob a perspectiva de que esta ciência não é fruto apenas da pura racionalidade científica. Assim, busca-se contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico capaz de admirar a beleza da produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender o universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento com as estruturas que representa estes aspectos.
Compreender a física hoje, a partir, sempre que possível dos elementos vivenciais e mesmo cotidianos, a fim de garantir consistência na percepção de sua utilidade e universalizar o saber científico e tecnológico, interagindo professor e aluno à da busca do conhecimento.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Estudo dos Movimentos;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
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Entidades Fundamentais: Espaço – Tempo e Massa.
Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentum e suas conseqüências.
Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.
A conservação do momentum;
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia de força;
Conceito de Equilíbrio e 3ª lei de Newton;
Potência;
Movimentos retilíneos e curvilíneos;
Gravitação universal;
A energia e o princípio da conservação da energia;
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola, ondulatória, acústica;
Movimento dos fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais;
Introdução a sistemas caóticos.
2ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Termodinâmica;
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Entidades Fundamentais: Calor e entropia
Conceitos Fundamentais:Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.
Temperatura e Calor
1ª Lei da Termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;
2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processos irreversíveis e reversíveis;
3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto.
As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
3ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Eletromagnetismo.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Entidades Fundamentais: Carga, pólos magnéticos e campos
Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell,
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A luz como onda eletromagnética.
Conceitos de carga e pólo magnéticos;
As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere e Lei de Lenz.
Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz.
Circuitos elétricos e Magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito;
As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética;
Propriedades da luz como uma onda e como partícula; a dualidade onda-partícula;
Óptica Física e Geométrica.
A dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria..
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Serão trabalhados através de projetos:
AGENDA 21ESCOLAR: desenvolvendo temas- Usinas hidrelétricas e o preço ambiental da energia limpa, pilhas e baterias,etc.
CULTURA AFRO: O som dentro da cultura afro.
EDUCAÇÃO FISCAL: O referencial fiscal dentro do consumo de energia elétrica.
Função e desempenho de motores e aparelhos elétricos.
Energia Solar e outros tipos de energia;
Radioatividade e Relatividade;
Uso do cinto de segurança;
Efeito fotoelétrico;
Projeto IDÉIAS LUMINOSAS E ELETRIZANTES: criação de modelos físicos e prática pedagógica e mostra interdisciplinar.
METODOLOGIA
O processo de ensino aprendizagem, em Física parte do conhecimento prévio dos estudantes, onde se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas, sobre os quais a ciência tem um conceito científico..
Ressalta-se que na concepção espontânea o estudante adquire no seu dia-a-dia, na interação com diversos objetos no seu espaço de convivência em que a escola, se faz presente no momento em que se inicia o processo de ensino-aprendizagem. Já a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzido. A metodologia a ser trabalhada pelo professor visa agregar condições favoráveis para se dar início aprendizagem.
O professor no papel de mediador, cabe a formular questões sobre o que os estudantes não têm conhecimento, ou direcionar informações a fim de sanar dúvidas.. A metodologia adotada pelo professor deva estar em conformidade com o conteúdo trabalhado, tendo como objetivo a apropriação do conteúdo. Nas
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estratégias de ação metodológicas, trabalhar com a realidade, acompanhar a evolução e transformação de produtos, aparelhos de uso domésticos e bens de consumo. Nos recursos para atingir os fins desejados emprega-se de recursos didáticos tais como: aula expositiva, trabalhar com textos e contextualização, pesquisas científicas, utilização de recursos audiovisuais, práticas laboratorial, elaboração de projetos e mostras interdisciplinar.
Através dos recursos adotados e procedimentos metodológicos, devem ser enfatizadas a origem e evolução das idéias e conceitos físicos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Contínua e cumulativa.
A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados pelas diretrizes curriculares para o ensino de Física. Consideram-se importante os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não neutralidade da ciência, a avaliação em si deve levar em conta o progresso do estudante quanto esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de estudo da Física, então ao avaliar deve-se também considerar a apropriação desses objetivos pelos estudantes.
Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração todos os aspectos à compreensão dos conceitos físicos: a capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou científico, emitindo opinião que leve em conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar relatório sobre o experimento, ou qualquer outro evento que envolva a Física.
No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota, tendo como objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem, Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.
BIBLIOGRÁFIA
Explorando o Ensino de Física – MEC – Brasília, 2 006.
Física, 1, 2 e 3 5ª edição, GREF, Edusp – 2 005.
Diretrizes Curriculares, SEED/ Julho, 2 006.
Física no Ensino Médio, Secretaria Estadual Educação, Paraná, 2 006.
Física, 1, 2 e 3 Tipler Mosca 5ª edição, LTC, editora, 2 005.
Física e Realidade: Gonçalves e Toscano, Editora Scipione.
Física, Ciência e Tecnologia, Nicolau e Toledo Editora Moderna.
Física: Wilson Carron e Osvaldo Guimarães, Editora Moderna.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - GEOGRAFIA
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estratégias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Observar a dinâmica das estações do ano, conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas, bem como as variações climáticas e a alternância entre período seco e período chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores. Esses conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
Foi nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos como os relativos à elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade do Planeta Terra; o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre a latitude e definições climáticas, entre outros.
Os saberes geográficos, nesse processo histórico, passaram a ser evidenciados nas discussões filosóficas, econômicas e políticas, que buscavam explicar questões referentes ao espaço e à sociedade. Temas como comércio, formas de poder, organização do estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios, extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais. Porém, até o século XIX não havia sistematização da produção geográfica.
Durante o século XX, o ensino da geografia na escola era meramente decorativa/enciclopedista, focado na descrição do espaço, na formação e fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação do Estado Nacional Brasileiro, principalmente nos períodos de governos autoritários. Essa corrente teórica e metodológica é conhecida com Geografia Tradicional.
Nó enquanto professores do Colégio Darcy José Costa, Buscando desenvolver uma visão geral das relações entre natureza e sociedade e ampliar o universo de conhecimentos dos alunos em relação à Geografia a metodologia utilizada dará a oportunidade ao aluno de observar, descrever, comparar, interpretar, sintetizar, analisar, criticamente, assim como inteirar-se e refletir sobre os conhecimentos adquiridos.
Estimular os alunos a opinarem argumentarem e se posicionarem diante de uma situação ou conhecimento colocado, gerará no mesmo a construção de um espírito critico,base essencial para o exercício de sua cidadania.
Diante disso,os conteúdos serão abordados de forma interdisciplinar, propiciando a ampliação dos conhecimentos dos alunos e torna-los ciente de que os saberes científicos se constituem, na realidade, num todo.
Para que a prática educativa seja eficaz e cumpra a que se propõem várias técnicas poderão ser utilizadas tais como: leitura diversa, produção de textos, colagens, trabalhos com fotografias, aulas de campo, visitas a locais que estejam relacionados aos conteúdos estudados, leituras e construção de mapas, filmes, como construção de maquetes, jogos, pesquisas bibliográficas, pesquisas de campo, confecção de cartazes,exposições,técnicas culturais (danças, teatro,artes plásticas,entre outras), trabalhos em equipe, músicas, etc.
Fundamentação Teórica
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A geografia enquanto conhecimento científica tem como objetivo de estudo o espaço historicamente produzido e modificado pelo homem em sua relação com a natureza através do seu trabalho.
Assim a geografia, presta-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor compreende-la, e identificar as possibilidades de transformação no sentido de superar suas limitações.
Ter conhecimento de geografia é algo que pode ajudar a compreender melhor outras técnicas que possam facilitar a vida em sociedade. Ao conhecer as características sociais, culturais e naturais do lugar onde vive, o cidadão é capaz de conhecer a si mesmo, fazer comparações, buscar explicações e compreender as múltiplas relações que diferentes sociedades em épocas variadas estabeleceram; devem ser capazes de desenvolver senso de responsabilidade no uso de bens comuns e recursos naturais, de modo que respeitem o ambiente e as pessoas.
Ao ensinar geografia devemos levar em conta que a escola não é um mundo isolado, faz parte de uma organização mais ampla, a sociedade.
Necessário então que a professora direcione sua prática concreta e diária como contexto histórico-social mais ampla. Voltando sua prática pedagógica formando sociedade no qual queremos viver.
Pois aprender geografia não é só manejar massas, saber escalas ou interpretar gráficos, mas desenvolver o censo critica, a cidadania e a socialização para uma sociedade mais justa e igualitária.
OBJETIVO GERAL
O Projeto Político Pedagógico tem como prioridade organizar o trabalho pedagógico de geografia do Colégio Darcy José Costa para o período de 2006/2010, segundo os princípios de igualdade, gratuidade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério, com a finalidade de formar um cidadão participativo, responsável, comprometido, crítico e criativo na construção de uma sociedade justa, igualitária e democrática do Ensino Médio
As finalidades do ensino de geografia indicam, como objetivo de ensino médio, levar o aluno a identificar os conhecimentos geográficos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta, perceber as mudanças climáticas e geopolíticas, processo de globalização e a interação do homem e natureza, são características da geografia como aspectos que estimulam o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade de compreender e transformar o meio em que vive sem degradá-lo.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
História e evolução do pensamento geográfico.
A geografia como conhecimento científico: Conceito de geografia. Produção do conhecimento geográfico. A utilização da geografia.
Ferramentas da cartografia.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Noções de localização (Coordenadas geográficas).
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A terra e suas características e o espaço geográfico.
A estrutura interna da terra.
Movimentação da crosta terrestre.
A dinâmica interna e externa do relevo.(Formação do solo,fertilização,sua classificação,agricultura e conservação dos solos)
As várias “fisionomias” da superfície terrestre.
A atmosfera e os fenômenos meteorológicos.
O clima.
Os grandes biomas terrestres ambientais ecossistema brasileiros
Os oceanos e mares.
As águas continentais.
Poluição das águas oceânicas e fluviais
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Aspectos demográficos: dinâmica e estrutura da população.
As atividades agropecuárias.
Agricultura: origem,evolução e tipos.
Mudanças na agricultura num mundo tecnológico e globalizado.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A agricultura no mundo.
Geopolítica,ecologia e agricultura no mundo.
Estrutura fundiária brasileira.
Distribuição espacial da indústria e do artesanato à indústria moderna.
As relações cidade e campo.
1º,2º e 3º fases da revolução industrial, urbana e agrícola.
Desenvolvimento Social X Econômico.
Países de industrialização recente.
A urbanização da humanidade.
Redes urbanas. Cidades, metropolitana, principais problemas.
O capitalismo e o socialismo.
O mundo desenvolvido e subdesenvolvido.
Os blocos econômicos.
As novas migrações internacionais.
Nacionalismos.
As particularidades do mundo contemporâneo.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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A formação e expansão do território brasileiro.
Caracterização do espaço brasileiro.
Brasil: estrutura geológica e relevo.
Clima do Brasil.(com ênfase no Paraná)
Ecossistemas brasileiros.
A hidrografia brasileira.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A organização político-administrativa e a divisão regional do Brasil.
Os complexos regionais brasileiros.
Brasil: de agro exportador a país industrializado subdesenvolvido.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
O comércio exterior brasileiro.
O espaço agropecuário brasileiro.
A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil.
Os recursos minerais.
Os recursos energéticos.
A indústria.
Os transportes.
População brasileira: crescimento e formação étnica, distribuição e estrutura e movimentos populacionais.
Urbanização do Brasil.
Impactos ambientais.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
A geografia abrange um campo extenso de conhecimento. Tanto que é o ponto de encontro de diversos conteúdos complementares, que estão relacionados com a Geografia.
Meio Ambiente: envolve questões políticas, históricas, econômicas e geográficas.
Ética: Trata de reafirmar valores democráticos a partir da expressão de diferença e conflito. Liga-se a geografia quando se valoriza o lugar como construção da identidade.
Pluralidade cultural: é caracterização dos espaços de diferentes segmentos culturais que marcam a população brasileira.
Degradação Ambiental
Poluição, Agenda 21; Sustentabilidade.
Mudança de hábitos e estilos de vida
Cultura Afro-brasileira
Educação Fiscal
Violência
Impactos Ambientais
189
Poluição
Fontes Alternativas de Energia
Desmatamento e Degradação Ambiental
Trabalho e Renda
Terrorismo
Circulação e Poluição Atmosférica
Mecanização Agrícola
Urbanização e Favelização
Movimentos Sociais
Trabalho / Consumo
História das Migrações Mundiais
Problemas Sociais Urbanos
Xenofobia
METODOLOGIA
Entendemos que para analisar o espaço geográfico, devemos partir do espaço de vivência dos educandos para compreendermos o espaço como um todo dentro de um universo compreensivo a faixa etária dos alunos.
Incorporar novas metodologias, tomando cuidado para não transformar o estudo da geografia num criticismo politiqueiro e pouco produtivo. Compreender o processo, mas valorizar também os personagens. O professor deve ser um incentivador.
Utilizar a geografia para transformar nossos alunos em cidadãos conscientes, sendo que para isso a participação dos mesmos se faz necessário.
A seleção de conteúdos de geografia, tem sido variada. Sendo feita geralmente de acordo com a realidade da nossa comunidade escolar, consolidada, mas permanentemente de acordo com os temas relevantes para cada momento.
Propõem-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos propostos. Conforme o exemplo abaixo destaca-se os conteúdos específicos são abordados a partir do enfoque de cada conteúdo estruturante e que esse enfoques perpassam uns aos outros, constantemente.
Exemplo 1
Dimensão Sócio-ambienta
Dinâmica Cultural
Demográfica
Dimensão Econômica da Produção
A Questão Geopolítica
O MEIO URBANO
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O conteúdo específico meio urbano pode e deve ser abordado nos quatro conteúdos estruturantes. Os desdobramentos receberão, no momento da aula, a ênfase específica de cada conteúdo estruturante, porém, não acontecerá uma separação nas abordagens, pois na realidade concreta as dimensões socio-ambiental, cultural, demográfico, econômica e geopolítica do meio urbano não se separam, mas se entrecruzam o tempo todo.
É preciso ensinar procedimentos e incentivar a atitude nos educandos que sejam coerentes com os objetivos propostos do planejamento para o exercício da cidadania.
Entre os procedimentos é importante que os alunos aprendam a coletar informações em bibliografias e fontes documentais diversos, selecionar eventos sujeitos históricos e estabelecer relações entre eles no tempo; observar e perceber transformações, em permanência, semelhanças e diferenças, identificar ritmos e durações temporais, conhecer autorias nas obras e distinguir diferentes versões históricas diferenciando conceitos históricos e suas relações.
Esta é uma concepção metodológica de ensino de geografia que incentiva o docente a criar intervenções pedagógicas significativas para a aprendizagem dos educandos que valoriza reflexões sobre as relações que geografia estabelece com a realidade social vivida pelos alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação será processual, contínua e participativa, envolvendo atividades escritas, compreensão e critica de textos, exercícios de fixação e prática. Os alunos serão avaliados conforme as necessidades educacionais específicas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e o objetivo de ensino. Tal prática requer um professor que, compreenda a concepção de ensino de geografia na perspectiva crítica. Os alunos com necessidades educacionais especiais devem ser incluídos e avaliados igualmente como os outros alunos mas, na medida possível de suas diferenças.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE AVALIAÇÃO
A avaliação é parte do processo de ensino - aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem do educando, mas também o trabalho pedagógico do educador.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação não será apenas em momentos predeterminados, como avaliação escrita, testes ou trabalhos, mas será continua, somativa e diagnostica como: textos complementares com atividades extras, mapas, leituras, paródias, atividades de fixação, relatórios, desenhos, cruzadas, caça – palavras, produção de texto, possibilitam a todos os educandos a apropriação dos conhecimentos propostos.
Também se considera que os alunos possuam ritmos e processo de aprendizagem diferente, o educador deverá estar sempre atento a esses educandos com dificuldades, oportunizando outras formas e métodos para que os mesmos consigam desenvolver o conhecimento.
O educador deverá buscar outros métodos de avaliação e de exposição dos saberes, como: incentivar a participação e de exposição durante as aulas,
191
criarem grupos de apoio no próprio ambiente da sala de aula e da escola, trabalho em grupo, assim o educando se sentirá acolhido e superará as dificuldades.
BIBLIOGRAFIA
CAMARGO, João Borba de. Geografia física, humana e econômica do Paraná. Ed. Boaventura, 1999, Maringá – Pr.
WONS, Yaroslaw. Geografia do Paraná, Ed. Ensino Renovado, 1994 – Curitiba – Pr.
MAAK, Reinhard. Geografia Física do Estado do Paraná. José Olímpio, Ed. 1981, Curitiba.
VISENTINI, J.W. O ensino de geografia no século XXI, Ed. Campinas, SP, Papiros 2004.
Geografia e textos críticos 1995.
ARCHELA, Rosely Sampaio. Geografia para o ensino médio: manual de aulas práticas. Ed. UEL, 1999, Londrina - Pr.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço – Técnica e Tempo, Razão e Emoção. – São Paulo, Ed. Da Universidade de S.P. 2005.
SANTOS Milton. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil Território e sociedade no início do século XXI, 8º ed, Rio de Janeiro, Record 2005.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. Versão Preliminar – Julho de 2006. Secretaria de Estado de Educação.
192
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - HISTÓRIA
A disciplina de História é importante para a identificação das relações sociais no próprio grupo de convívio do educando, na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços. Instiga a questionar a realidade do aluno, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo formas político-institucionais e a organização da sociedade civil que possibilitem modos de atuação.
A disciplina de História passou a fazer parte do contexto escolar brasileiro a partir da terceira década do século XIX, tendo como base a teoria positivista orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito de documentos oficiais, escritos como fonte de verdades históricas, como a valorização dos heróis. Vale lembrar ainda que até a metade do século XIX, o ensino de História se ocupava em reforçar o caráter moral e cívica dos conteúdos escolares, bem como fez parte de Estudos Sócias com Geografia e dividiu seu espaço com OSPB e Educação Moral e Cívica.
Na década de l990, a SEED PR propôs um Currículo Básico fundamentado na Pedagogia Histórica-crítica e a partir de 2003, teve inicio o processo de elaboração de Novas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na rede estadual de ensino do Estado do Paraná.
A produção do conhecimento histórico; A conquista da Terra; Sociedades do antigo Oriente próximo; A civilização grego-romana; O mundo medieval; As sociedades Modernas; Era uma vez, na América; A colonização da América; Uma era de revoluções; O mundo no século XIX; Uma era de incertezas; Um mundo bi-polar; Ricos e pobres no mundo globalizado.
OBJETIVOS GERAIS
Consolidar e aprofundar os conhecimentos históricos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento dos estudos;
Dar condições para que o educando possa se adaptar com flexibilidade as novas condições ou situações de ocupação e aperfeiçoamento, quer seja no trabalho, ou nas relações humanas;
Possibilitar a compreensão dos fundamentos e dos processos científicos e tecnológicos produtivos, práticos e teóricos;
Entender que as relações de poder não se limitam somente à dimensão política, que essas relações encontram-se também na dimensão econômico-social, cultural, ou seja, em todo o corpo social;
Situar acontecimentos históricos e localiza-los em uma multiplicidade de tempo;
Valorizar o direito de cidadania dos indivíduos dos grupos e povos como condição de efetivo fortalecimento da democratização, mantendo-se o respeito às diferenças e da luta contra a desigualdade;
Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a diversidade social considerando critérios éticos;
Compreender que as histórias individuais são partes integrantes das histórias coletivas;
Possibilitar ao educando o entendimento de que o processo histórico se dá no enfrentamento das desigualdades sociais, no reconhecimento político, nas especificidades culturais que caracterizam as diferenças das minorias.
193
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho;
Relações de poder;
Relações culturais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Produção do conhecimento histórico;
O que é história?
Fontes históricas;
Princípio da humanidade: os primeiros grupos humanos (relações de trabalho, poder e relações culturais)
A descoberta da Agricultura:(sedentarismo,divisão de trabalho) permanência e transformações dos trabalhos agrícolas e processo de localização dos primeiros seres humanos.
A transformação do meio-ambiente.
Trabalho coletivo.
Formação dos primeiros grupos humanos: relações de poder (liderança, primeiras organizações políticas.
Hierarquia social, trabalho servil, processo de formação social, organização política, religião: Egito, Mesopotâmia, Fenícios, Hebreus, Persas, Grécia e Roma.
Egito-Cultura-Afro.
Feudalismo:relações de poder, Hierarquia social, trabalho(servil e escravo) poder religioso, comércio (a base de troca) e relação cultural.
Emancipação do território “Paranaense” Economia Organização Social, manifestações culturais.
Evolução Política do Paraná moderno.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 – Desenvolver no aluno a consciência ambiental de cuidar e preservar os bens do planeta, através de ações locais como: coleta seletiva, reciclagem, reflorestamento, proteção às nascentes e leito dos rios.
Educação Fiscal – Conscientizar o aluno do compromisso ético-social na participação, fiscalização dos órgãos públicos e o senso crítico com relação aos tributos cobrados e sua devida aplicação.
Diversidade cultural – Respeitar as diversidades culturais, diferentes tradições, costumes, ideologias, etnias.
Doenças sexualmente transmissíveis – Cuidado com o corpo, prevenção das doenças.
Folclore Brasileiro – Conhecer as tradições folclóricas nas diferentes regiões do Brasil
Drogas – Prevenção através da informação e conscientização sobre os riscos do uso das drogas para pessoa humana.
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Cidadania (Direitos e deveres) – Conscientizar o aluno da sua participação como cidadão na sociedade conhecendo seus direitos e deveres.
2° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho.
Relações do poder.
Relações culturais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Renascimento cultural - valorização do homem.
Questões religiosas - reformas, poder religioso,
Absolutismo – (abuso de poder, exploração do trabalho).
Exploração e colonização – relações culturais entre classe dominante e dominada.
Iluminismo – visão crítica com relação ao poder econômico, político, social e religioso, que resultou em várias revoluções e nos processos de independência
Revolução Industrial: trabalho assalariado, exaustão, fome, violência, desigualdade social, exploração do trabalho adulto e infantil, produção em massa, condições precárias de trabalho, ausência de leis trabalhistas, abuso de poder econômico pelos industriais, iniciando o processo de revolução.
Primeiro e Segundo Reinado no Brasil – poder do Coronelismo, exploração do trabalho escravo (indígena e africano).
Cultura – Afro: formas de resistência, religião, arte (música e dança).
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 – Desenvolver no aluno a consciência ambiental de cuidar e preservar os bens do planeta, através de ações locais como: coleta seletiva, reciclagem, reflorestamento, proteção às nascentes e leito dos rios.
Educação Fiscal – Conscientizar o aluno do compromisso ético-social na participação, fiscalização dos órgãos públicos e o senso crítico com relação aos tributos cobrados e sua devida aplicação.
Diversidade cultural – Respeitar as diversidades culturais, diferentes tradições, costumes, ideologias, etnias.
Doenças sexualmente transmissíveis – Cuidado com o corpo, prevenção das doenças.
Folclore Brasileiro – Conhecer as tradições folclóricas nas diferentes regiões do Brasil
Drogas – Prevenção através da informação e conscientização sobre os riscos do uso das drogas para pessoa humana.
Cidadania (Direitos e deveres) – Conscientizar o aluno da sua participação como cidadão na sociedade conhecendo seus direitos e deveres.
3° Ano
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de trabalho
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Relações de poder
Relações culturais
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Imperialismo: disputa territorial, choques culturais, exploração de trabalho.
Primeira e Segunda Guerra Mundial: disputa de poder político, econômico e social.
A crise de 1929 – questão da super produção, capitalismo, crise econômica e poder político.
Brasil: (1930 – 1964) – criação das leis trabalhistas (CLT), a atuação do poder político.
Cultura – Afro: a vida social, política e econômica dos negros na atualidade do Paraná e Brasil.
Racismo: direitos e deveres.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 – Desenvolver no aluno a consciência ambiental de cuidar e preservar os bens do planeta, através de ações locais como: coleta seletiva, reciclagem, reflorestamento, proteção às nascentes e leito dos rios.
Educação Fiscal – Conscientizar o aluno do compromisso ético-social na participação, fiscalização dos órgãos públicos e o senso crítico com relação aos tributos cobrados e sua devida aplicação.
Diversidade cultural – Respeitar as diversidades culturais, diferentes tradições, costumes, ideologias, etnias.
Doenças sexualmente transmissíveis – Cuidado com o corpo, prevenção das doenças.
Folclore Brasileiro – Conhecer as tradições folclóricas nas diferentes regiões do Brasil
Drogas – Prevenção através da informação e conscientização sobre os riscos do uso das drogas para pessoa humana.
Cidadania (Direitos e deveres) – Conscientizar o aluno da sua participação como cidadão na sociedade conhecendo seus direitos e deveres.
METODOLOGIA
A metodologia proposta para o estudo da disciplina de História, no Ensino Médio tem como base a problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-social, político e cultural, entendendo que os objetos são as ações e relações humanas no tempo e espaço.
Para abordar os conteúdos estruturantes torna-se necessário que se estabeleçam recortes espaços-temporais e conceituais à luz da historiografia. Esses recortes são constituídos dos conteúdos específicos a serem estudados pelos alunos do Ensino Médio.
Para concretizar o proposto acima faremos uso da (o):
Narração: na qual professor e aluno ordenam os fatos históricos que se sucederam em certa época. Levando a reconstrução do processo histórico
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relativo às mudanças e transformações por meio de fatos que levem de um contexto inicial a um final.
Descrição: É uma forma de representar um contexto histórico. É utilizada para representar a permanência que ocorrem entre diferentes contextos históricos.
Argumentação, Explicação e Problematização (que fundamenta a explicação e a argumentação histórica) . Assim, a narrativa histórica é a construção, resposta para a problemática em questão. A explicação é a busca das causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a resposta dada à problemática, a qual é construída através da narração e da descrição.
Trabalhos com diferentes documentos (imagens, livros, jornais, fotografias, pinturas, gravuras, museus, músicas, etc.) que serão de grande valia na construção do conhecimento histórico.
Em se tratando da inclusão, existem uma infinidade na aprendizagem dos portadores de deficiência, entre eles, as características das tarefas motoras, o sujeito que aprende, a aprendizagem prévia, o contexto da aprendizagem; o tipo de informação, etc.
Não existe nenhum método, ideal ou perfeito, que se aplique no processo de inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem de seus alunos. Sendo assim, entende-se por educação inclusiva o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino em todos os seus graus.
O objetivo da inclusão é fazer com que os educandos atinjam o seu potencial máximo. O processo deverá ser dosado conforme as necessidades de cada um. Os professores tornam-se mais próximos dos alunos, na captação de suas maiores dificuldades. Gradativamente a escola inclusiva irá criando uma rede de suporte para a superação do déficit na aprendizagem, trabalhando de uma forma integrada à comunidade. Tais modificações deverão ser introduzidas a partir das discussões com a equipe técnica, alunos, pais e professores.
Para auxiliar o trabalho de inclusão o professor utilizará técnicas de leitura como textos complementares; atividades extra-classe, vídeos, pesquisas, dramatizações, etc.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Os princípios que nortearão avaliação de História para os alunos de Ensino Médio, serão de maneira formal, processual, contínua e diagnostica.
A avaliação não deverá ser realizada em momentos separados do processo ensino aprendizagem, o professor deverá acompanhar o quanto cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento.
A avaliação do Ensino Médio de História deverá considerar três aspectos importantes: a apropriação dos conceitos, o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos.
Dentro desta visão, a avaliação deverá ser realizada através de diferentes atividades, como: leitura, interpretação e análise de textos historio-gráficos, mapas e documentos históricos, produções de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentações de seminários, filmes, entre outros.
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BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Versão Preliminar - Junho 2006. Secretaria de Estado e da Educação.
HORN, Geraldo Balduíno. O ensino de História: teoria, currículo e método. Curitiba: Livro de Areia, 2003.
SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. São Paulo: Brasiliense, 2004. Razão histórica - teoria da História: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UnB, 2001.
Documentos da Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - LÍNGUA INGLESA
Resgatar a história do ensino das línguas estrangeiras em nosso país é de fundamental importância para aqueles que desejam sugerir novos caminhos para esta prática pedagógica. Quando se volta ao tempo é que se percebe há quanto tempo tem sido enfatizado o ensino de línguas, sejam elas clássicas, como grego e latim, ou modernas, como francês, inglês, alemão e italiano.
No início da prática pedagógica, apenas as línguas clássicas tinham destaque nos currículos escolares. O grego e o latim eram as disciplinas dominantes e, através do estudo, exercícios de tradução e comentários de autores lidos nestas disciplinas, os alunos aprendiam outras matérias, como geografia e história (LEFFA, 1998). Foi somente em 1855 que o currículo da escola secundária ofereceu ênfase ao ensino das línguas modernas.
Durante o império, o ensino de línguas modernas passou por problemas graves, como a falta de metodologia adequada e problemas com relação à sua administração. Mesmo com estes problemas, a história mostra que os alunos estudavam até seis línguas estrangeiras durante o período do ensino secundário. O número de línguas ensinadas permaneceu praticamente o mesmo durante todo o império. Houve mudanças, porém, em relação às horas dedicadas ao estudo das línguas, que de 50 horas semanais em 1855, foi sendo reduzida gradativamente até chegar a 36 horas semanais no ano de 1881, já no final do Império.
Com s chegada da República, novas mudanças acontecem. Segundo Leffa (1998, p.15), “o grego desaparece, o italiano não é oferecido ou torna-se facultativo, e o inglês e o alemão passam a ser oferecidos de modo exclusivo; o aluno faz uma língua ou a outra, mas, não as duas ao mesmo tempo”. A carga horária em 1931 passa a ser de apenas 23 horas semanais.
Em 1930 é criado o Ministério de Educação de Saúde Pública e, em 1931, a reforma de Francisco de Campos, tem por objetivo “não apenas preparar o aluno para a universidade, mas proporcionar a formação integral do adolescente” (LEFFA, 1998, P.16). Esta reforma introduziu no Brasil o uso do Método Direto que é o ensino da língua pela língua. O principal personagem desta época foi o professor Carneiro Leão, que introduziu este Método no Colégio Pedro II no Rio de Janeiro, no ano de 1931. O método era baseado em 33 artigos. Leffa (1998, p. 17) cita cinco deles:
A aprendizagem da língua deve obedecer à seqüência de ouvir, falar, ler e escrever.
O ensino da língua deve ter um caráter prático e ser ministrado na própria língua, adotando-se o método direto desde a primeira aula.
O significado das palavras deve ser transmitido não pela tradução, mas pela ligação direta do objeto a sua expressão, usando-se para isso ilustrações e objetos do mundo real.
As noções gramaticais devem ser deduzidas pela própria observação e nunca apresentadas sob a forma teórica ou abstrata de regras.
A leitura será feita não só nos autores indicados, mas também nos jornais, revistas, almanaques ou outros impressos, que possibilitem aos alunos conhecer o idioma atual do país.
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A reforma introduzida pelo professor Carneiro Leão é, segunda Chagas, “uma experiência magnífica que até hoje não achou continuadores no âmbito da escola brasileira de segundo grau” (CHAGAS, apud, LEFFA, 1998, p. 17).
O Método Direto se baseava na teoria associacionista da Psicologia da Aprendizagem. O termo Direto lhe é atribuído pela razão do método induzir o aprendiz ao acesso direto dos sentidos, sem intervenção da tradução, de forma que se pensasse diretamente na língua estrangeira. A língua materna perde o seu papel de mediadora e tem como princípio fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua em estudo. Dava-se preferência ao professor nativo ou fluente na língua alvo.
Reforma do ensino secundário
A discussão da reforma do ensino secundário se iniciou na gestão de Francisco Campos no Ministério da Educação. O argumento do ministro era que o mundo vivia sob o sinal do econômico, como já viveu em outros tempos sob o sinal do religioso e do político. Daí a necessidade de uma reformulação do ensino, de forma que os indivíduos se preparassem técnicas e profissionalmente para uma sociedade das profissões.
Mas foi na gestão do ministro Gustavo Capanema que foi promulgada, em 9 de abril de 1942, a Lei Orgânica do Ensino Secundário, também conhecida como Reforma Capanema. Esta reforma equiparou todas as modalidades de ensino médio: secundário, normal, militar, comercial, industrial e agrícola. Deu a todos os cursos o mesmo status e reforçou a idéia de que o ensino não deveria ficar apenas nos aspectos instrumentais.
A Reforma Capanema preocupou-se muito com a questão metodológica. Recomendava o uso do Método Direto, mas, deixou claro que o ensino de línguas deveria ser orientado não só para objetivos instrumentais (compreender, falar, ler e escrever), mas, também para objetivo educativos (contribuir para a formação da mentalidade, desenvolvendo hábitos de observação e reflexão) e culturais (conhecimento da civilização estrangeira e capacidade de compreender tradições e ideais de outros povos, inculcando no aluno, noções da própria unidade do espírito) (LEFFA, 1998, p.18).
Com relação aos instrumentos que deveriam ser usados para alcançar estes objetivos, a reforma Capanema os detalhou até o nível da aplicação pedagógica na sala de aula. Detalhes como vocabulário usado, materiais de leitura, recursos audiovisuais foram amplamente recomendados.
Observa-se que os objetivos da Reforma Capanema no sentido de formar integralmente os alunos de modo que eles pudessem não apenas compreender a LI, mas terem senso crítico e serem formadores de opinião são os mesmos que os professores da nova proposta pedagógica têm buscado alcançar. Naquela época, porém, os objetivos da reforma não foram atingidos. A metodologia baseada no Método Direto não chegou às salas de aula, sendo substituído por uma versão mais simplificada pelo Método de Leitura (LEFFA, 1998, p.18).
Acreditamos que se os objetivos da Reforma Capanema tivessem sido atingidos e mantidos a partir de 1942, hoje a realidade da prática pedagógica em nossas escolas seria outra. Dizemos isto porque os objetivos propostos por esta reforma são os mesmo que hoje se procuram alcançar. Como já comentamos anteriormente, entre seus objetivos estava o de contribuir para a formação de alunos reflexivos, capazes de expressar opinião sobre o que lêem, vêem e observam ao redor do mundo, compreendendo as tradições e os ideais de outros povos. Então, nos perguntamos: não é exatamente isso que queremos hoje? A
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resposta é sim, porém, reconhecemos que é preciso avançar mais é preciso repensar o trabalho com a linguagem e as definições de alguns termos como sociedade, ser humano, ensino-aprendizagem e outros.
Mudanças com as Leis de Diretrizes e Bases da Educação
A primeira Lei de Diretrizes e Bases (LDB) foi aprovada em 1961 e publicada no dia 20 de dezembro do mesmo ano. Entre seus principais feitos, está a criação do Conselho Federal de Educação, que visa descentralizar o ensino. As decisões sobre o ensino da língua estrangeira ficaram sob a responsabilidade dos conselhos estaduais de educação. De acordo com Leffa (1998, p. 19), “o latim, com raras exceções, foi retirado do currículo, o francês quando não retirado, teve sua carga semanal diminuída, e o inglês, de um modo geral, permaneceu sem grandes alterações”.
Esta LDB, porém, seu início ao fim dos anos dourados das línguas estrangeiras durante a Reforma Capanema. Leffa (1998, p.20) menciona que a mesma “reduziu o ensino de línguas a menos de 2/3 do que foi durante a Reforma Capanema”.
Em 11 de agosto de 1971 foi aprovada outra LDB. Esta lei reduz o ensino em um ano que passa a ser de 11 anos totais. Esta alteração provocou mudanças nas horas de ensino de línguas que foram novamente reduzidas. Muitas escolas chegaram a ponto de tirar a língua estrangeira do primeiro grau. No segundo grau as escolas ofereciam penas uma hora por semana e durante apenas um ano (LEFFA, 1998, p.20).
Em 1996 ocorreram novas mudanças. No dia 20 de dezembro de 1996, é aprovada uma nova LDB. O ensino da língua estrangeira torna-se obrigatório par ao ensino fundamental, porém, conforme o quinto artigo da lei, a escolha da língua a ser ensinada fica a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades de cada instituição.
Complementando esta LDB, foram publicados, em 1998, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental de Línguas Estrangeiras. A abordagem proposta pelos PCNs, bem como seus efeitos para o ensino de LE, será apresentada no item 2.3-Parâmetros Curriculares Nacionais. Antes disso, porém, podemos relembrar quais as metodologias de ensino e aprendizagem da LI existiram no passar dos tempos.
Ao historiar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se, sucintamente, problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a desnaturalizar os aspectos que têm marcado o seu ensino, sejam eles, políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais.
Hoje com as diretrizes curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio procura se trazer reflexões teóricas – pedagógicas e educacionais – que possam ensinar a pensar sobre – ou expandir o que já vem sendo pensado – e a lidar com os conflitos inerentes à educação, ao ato de ensinar, à cultura que consolida a profissão de professor, ao aprendizado de Línguas Estrangeiras e à construção de uma visão de mundo.
OBJETIVOS GERAIS
O objetivo geral de ensinar uma língua estrangeira é mostrar ao educando a importância do ensino/aprendizagem desta língua que hoje é considerada um
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instrumento de comunicação universal e desenvolver as habilidades necessárias à expressão oral e escrita.
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço dia-lógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
CONTEÚDOS
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Conteúdos estruturantes são entendidos como saberes mais amplos da disciplina e que podem ser desdobrados nos conteúdos que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimento constituído e acumulados historicamente. O conteúdo estruturante não deve ser entendido como isolado em si mesmo e estanque, pois é uma dimensão disciplinar da realidade.
Constituirá o conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna o discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. Pois, como afirma Bakhtin: “... o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação particular”.
Segundo Coracini, o ambiente de aprendizagem pode ser visto como um fenômeno social ideologicamente constituído por discursos conflitantes cruzados por vieses hegemônicos incontáveis. Como o ensino-aprendizagem da língua estrangeira ocorrerá nesse ambiente, e para que se realize de forma eficiente, é necessário que se leve em conta essa heteroglossia e que seja compreendido como algo significativo para esses estudantes.
Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e que estarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja em que prática for: conhecimentos lingüísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.
Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe apresenta.
Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos alunos.
Os culturais, a tudo quilo que sente, acredita, pensa, diz, faz e tem uma sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.
Os sócios-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular.
Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e garantida através de atividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita e oralidade, interagem entre si e constituam uma prática sócio-cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Os conteúdos específicos a serem desdobrados a partir do Conteúdo Estruturante serão estabelecidos com referência aos textos de diferentes tipos, contemplando seus elementos lingüístico-discursivo: unidades lingüísticas que se configuram
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como as unidades de linguagem que compõem o texto, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas, as quais referem-se ao que pode tornar-se visível por meio de um gênero e composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero.
Diante da dificuldade de estabelecer conteúdos por série, nessas Diretrizes, considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade e a especialidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, com base no exposto, cumpre tecer algumas considerações a fim de estabelecer critérios norteadores a serem observados na definição dos conteúdos específicos, por série, para o ensino de LE na Educação Básica na escola.
Inicialmente, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma progressão entre as séries considerando as especialidades da língua estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto política-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
A partir dessa consideração, caberá ao professor selecionar um conjunto de textos para o trabalho em sala de aula, tendo como referência os fundamentos teórico-metodológicos das disciplinas, bem como os objetivos do ensino de LE, de modo que o aluno:
seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivencie, na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhe possibilite estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultura, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Cumpre destacar que tais objetivos são suficientes flexíveis para contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte e permitir um direcionamento comum na seleção de conteúdos específicos por série por ocasião do planejamento.
No ato da seleção de textos, propõe-se analisar os elementos lingüístico-discursivos neles presentes, mas de forma que não seja levados em conta apenas objetivos de natureza lingüística, mas principalmente fins educativos, na medida que apresentem possibilidades de tratamento em sala de aula de assuntos polêmicos, adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos. É importante também que os textos abordem os diversos tipos textuais e que apresentem diferentes graus de complexidade da estrutura lingüística.
É importante que seja dada aos alunos a oportunidade para participar ativamente da escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é justamente possibilitar formas de participação que permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas. Por meio desta experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre auto-interesse e interesse do grupo. Além disto, esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos porque resultam da participação dos alunos, afim de:
Mostrar a importância de uma pratica educacional interativa;
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Propiciar o desenvolvimento das habilidades de ouvir, falar, ler e escrever em Língua Inglesa de uma nova abordagem (AC);
Proporciona meio para que o educando possa compreender que a aquisição de uma segunda língua pode ser prazerosa e relevante;
Possibilitar aos alunos maior percepção da sua própria cultura por meio de conhecimento da cultura de outros povos;
Contribuir para uma reflexão dos alunos sobre sua própria língua por meio de comparações;
Colaborar com uma ampliação da visão de mundo do aluno, tornando-o mais crítico e reflexivo.
Refletir sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em determinado contexto sócio-cultural particular.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização.
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor.
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais.
CONTEÚDO POR SÉRIE/ANO
1ª SÉRIE
A Influência do Inglês na Lígua Portuguesa
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
Música
Correspondência
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Educação Fiscal
Cultura-Afro
Projeto Sing and Dance
2º SÈRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
O Inglês no Mundo Através dos Tempos
Saúde ( alimentação )
Contos de Fada- Literatura
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Cultura-Afro
Educação Fiscal
204
Projeto Sing and Dance
3º SÈRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
Biografias de Pessoas Famosas, Inclusive de Shakespeare
Tecnologia e Trabalho
Textos Informativos
CONTEÚDO COMPLEMENTAR
Agenda 21
Educação Fiscal
Cultura- Afro
Projeto Sing and Dance
GRAMÁTICA PARA OS TRÊS ANOS:
Elementos coesivos ( advérbios, conjunções, preposições )
Pronomes ( pessoal e oblíquo )
Possessivo adjetivo
Possessivo reflexivo
Tempos verbais
Números cardinais e ordenais
Adjetivos
Artigos
Substantivo
Pronomes relativos
Pronome interrogativo
Preposição
Plural do substantivo
Caso genitivo
Comparativo e superlativo
METODOLOGIA
Considerando pertinente a necessidade do redimensiona mento do ensino de língua estrangeira nas escolas da rede pública estadual. Como já foi mencionado, a partir do conteúdo estruturante – discurso – não deverão ser abordadas apenas questões lingüísticas, mas também as sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do uso da língua – leitura, escrita e oralidade.
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação verbal, que pode tanto ser escrita, oral ou visual será o ponto de partida da aula de língua estrangeira.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela solução deste problema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles
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desenvolvam uma prática reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. No entanto, é preciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados será diferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal – que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao interagir com/na língua,estão interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar em conta que para entender um enunciado em particular ter em mente quem disso o quê, para quem, onde, quando e porque é imprescindível.
Adquirir conhecimentos sobre novas culturas implica em constatar que existe uma diversidade cultural, que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. Sob essa perspectiva, à medida em que se aproximar de outra língua e de outra cultura, o aluno compreenderá a língua como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade.
Os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que dispõem às formas gramaticais. Aprendemos a moldar nossa fala às formas do gênero. Se não existissem gêneros e se não os dominássemos, tendo que criá-los pela primeira vez no processo da fala, a comunicação verbal seria quase impossível (Bakhtin). Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-los. O objetivo será o de proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc., ressaltando as suas diferenças estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas experiências com a língua materna, é imprescindível. Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja um leitor crítico e que reaja aos diferentes textos com que se depare e entenda que por traz de cada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. Além disso, ao interagir com textos provenientes de diferentes gêneros, o aluno perceberá que as formas lingüísticas não são sempre idênticas, não assumem o mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua ocorre. Não se pode esquecer que a leitura se refere também aos textos não-verbais – estejam eles combinados ou não com o texto verbal. Para que o aluno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua o contexto sócio-histórico e os valores estilísticos e ideológicos que geraram o texto. O maior objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade. Para que uma leitura em língua estrangeira se transforme realmente em uma situação de interação é fundamental que o aluno seja subsidiado com os conhecimentos – lingüísticos, sócio-pragmáticos, culturais e discursivos – necessários e dos quais não dispõe para a efetiva compreensão de cada texto particular com que se deparar.
As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los
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em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sócio-interacionista, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. Sendo assim, é preciso que no contexto escolar esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua coerência. A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção, assim como, a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada (forma/informal), etc. Ao realizar escolhas o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo com sujeito crítico. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementos necessários para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentos discursivos, lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.
Com relação aos textos de literatura, se acreditamos que a reflexão sobre a ideologia e a construção da realidade fazem parte da produção do conhecimento, e que esse conhecimento é sempre parcial, complexo e dinâmico, dependente do contexto e das relações de poder, é preciso ao apresentar textos literários aos alunos, propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular. Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos e culturais de que não disponha para que tenha elementos suficientes para interagir com esses textos.
Para concluir, ressaltamos a importância do Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna Inglês e Espanhol, que não esgota todas as necessidades, nem abrange todos os conteúdos de língua estrangeira, mas se constituirá como suporte e ponto de partida para professores e alunos.
CRITÉRIO DA AVALIAÇÃO
Muito se tem discutido sobre a questão da avaliação nas escolas públicas e particulares. Criou-se uma polêmica muito grande em relação a como avaliar e o que avaliar. Muitos fatores dificultam a superação da prática tradicional, já tão criticada, mas, dentro muitos, desponta sobremaneira a crença dos educadores de todos os graus de ensino na manutenção da ação avaliativa classificatória como garantia de um ensino de qualidade que resguarde um saber competente dos alunos.
O professor que quer superar o problema da avaliação precisa, a partir de uma autocrítica:
Abrir mão do uso autoritário de avaliação que o sistema lhe faculta;
Rever a metodologia de trabalho de sala de aula;
Redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma quanto do conteúdo).
Alterar a postura diante dos resultados da avaliação;
Criar uma nova mentalidade junto aos alunos, colegas, educadores e pais.
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Não se pode conceber uma avaliação reflexiva, crítica emancipatória num processo de ensino passivo, repetitivo, alienante. Se o conteúdo não é significativo, com a avaliação pode sê-lo?
É preciso despertar em nosso aluno a criatividade, pois ela é fundamental na formação do educando e do cidadão, mas ela precisa de uma base material: ensino significativo, oportunidade e condições para a participação e expressão das idéias e alternativas, compreensão crítica para o erro com pesquisa e diálogo.
No que tange o ensino de línguas estrangeiras, a avaliação deve ser compreendida como um conjunto de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que formas e quais as condições. Para tanto, é preciso elaborar conjuntos de procedimentos investigativos que possibilitem o ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a aprendizagem de melhor qualidade. Para tanto, estarão sendo avaliadas as quatro habilidades (reading, lintening, writing and speaking).
Deve funcionar, por um lado, como instrumento que possibilite ao professor analisar criticamente a sua prática educativa e, por outro lado, como instrumento que apresente ao aluno a possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades. Neste sentido, deve ocorrer durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho.
A avaliação não é, portanto, unilateral ou mono lógica. Deve ser realizada num espaço em que sejam considerados aquele que ensina, aquele que aprende e a relação intrínseca que estabelece entre todos os participantes do processo de ensino/aprendizagem. Portanto, não se explica apenas a aluno, considerando unicamente as expectativas de aprendizagem, aplica-se também às condições oferecidas para que isso ocorra: avaliar a aprendizagem implica a avaliar o ensino oferecido. Com isso, a avaliação de Línguas será processual, diagnostica e prognostica.
BIBLIOGRÁFIA
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná 1990.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. Uma prática em construção da Pré-Escola à Universidade. 1994.
MARQUES, Amadeu. Inglês – Série Novo Ensino Médio. Volume único. Ed. Ática
Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná 1990.
PAIVA, Vera Lucia Menezes de Oliveira e. Ensino de Língua Inglesa. Reflexões e experiências. Ed. Pontes, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação – Concepção Dialética – Libertadora do Processo de Avaliação Escolar. 4ª edição, 1994.
Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio.
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês/ vários autores.- Curitiba: SEED-PR, 2006.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - MATEMÁTICA
O termo matemática de origem grega, que significa a arte de conhecer, surgida na Antiguidade por necessidade da vida cotidiana, converteu-se em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as ciências reflete as leis sociais e serve de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e domínio da natureza.
Mesmo com conhecimento superficial da matemática, é possível reconhece certos traços que a caracterizam: Abstração, precisão, rigor lógico, caráter irrefutável de suas conclusões, bem como o extenso campo de suas aplicações.
A Matemática faz parte dos currículos escolares, como disciplina básica, desde o início da escolarização. Saber falar, ler e escrever, matematizar é muito importante, pois é a base para desenvolver qualquer área do conhecimento humano.
Ao ensinar matemática, devemos levar em conta que a escola não é um mundo isolado, faz parte de uma organização mais ampla, a sociedade. Necessário, então, que o professor direcione sua prática concreta e diária como contexto histórico-social mais amplo. Voltando sua prática pedagógica e formando uma sociedade na qual queremos viver.
OBJETIVOS GERAIS
Levar o aluno a identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual, característica da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, espírito de investigação e desenvolvimento da capacidade para desenvolver problemas.
Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da linguagem oral, e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemática. Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares.
CONTEÚDO POR SÉRIE/ANO
1º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conjunto dos números reais
Geometria
Sistemas de coordenadas cartesianas;
Funções
Introdução a funções;
Função afim;
Função quadrática
Função exponencial;
Função logarítma;
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Função modular;
Composição e inversão de funções;
Progressão aritmética;
Progressão geométrica.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro Descendente;
Agenda 21;
Educação Fiscal.
2º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e álgebra
matrizes;
determinantes;
sistemas lineares;
Geometria
Trigonometria na circunferência;
Razões trigonométricas na circunferência de raio unitário;
Funções trigonométricas;
Tratamento da informação
Análise combinatória;
Estatística;
Probabilidades;
Binômio de Newton
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro Descendente;
Agenda 21;
Educação Fiscal.
3º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Números e Álgebras
Polinômios;
Números complexos;
Equações algébricas;
Geometria
Geometria plana;
Geometria espacial;
Geometria analítica;
210
Noções de geometria não euclidiana;
Tratamento da informação
Matemática financeira.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Cultura Afro Descendente;
Agenda 21;
Educação Fiscal.
METODOLOGIA
Deve considerar o espírito de questionador, discutindo questões relativas a utilidade da matemática, sendo que as situações de aprendizagem precisam centrar-se na construção de significados, na elaboração de estratégias e na resolução de problemas, em que o aluno desenvolve também processo importantes como a intuição, analogia, indução e dedução.
Assim o ensino da matemática direciona o aluno para a aquisição de competências básicas necessárias ao cidadão e não apenas voltadas para a preparação de estudos posteriores, oportunizando o desempenho de um papel ativo do aluno na construção do seu conhecimento.
É importante salientar que a ênfase na resolução de problemas terá a exploração da matemática a partir dos problemas vividos no cotidiano do aluno e outros encontrados nas várias disciplinas.
É importante trabalhar com amplo espectro de conteúdos incluindo atividades em sala que se contemple elementos de estatísticas, probabilidade e combinatória para atender à demanda social que indica a necessidade de abordar esses alunos.
Necessidade de levar os alunos a compreender a importância do uso da tecnologia e acompanhar sua permanente renovação
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação não pode ser feita de forma unilateral ou mono lógica.
Deve ser realizada num espaço em que sejam considerados aquele que ensina, aquele que aprende e a relação intrínseca que estabelece entre todos os participantes do processo de ensino aprendizagem. Portanto, não se explica apenas ao aluno, considerando unicamente as expectativas de aprendizagem, aplica-se também as condições oferecidas para que isso ocorra: avaliar a aprendizagem implica avaliar o ensino oferecido. Com isso, a avaliação de matemática será processual, diagnostica e prognostica.
A avaliação será processual, continua e participativa, envolvendo atividades escritas, compreensão e criticas de textos, exercícios de fixação e prática. A nota será destinada a Avaliação Formal (testes e provas).
Tem a importância de romper as barreiras entre os participantes do processo ensino aprendizagem e entre os conhecimentos presentes no contexto escolar. Oportuniza ainda ao aluno fazer sua auto-avaliação, refletindo sobre suas concepções e comparando-as com as dos colegas; ao professor, permite
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conhecer melhor a natureza das concepções dos alunos e organizar situações didáticas apropriadas para superar as dificuldades existentes.
BIBLIOGRAFIA
GIOVANI BONJORNO, GIOVANI JR, Matemática Fundamental, Ensino Médio, volume único.
PPP – Projeto Político Pedagógico.
Diretriz Curricular de Matemática para o Ensino Médio.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA
Na década de 90 passa a existir a concepção interacionista ou discursiva, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita, e essa reflexão envolve um processo, na qual os interlocutores vão construindo significados e sentidos ao longo de suas trocas lingüísticas. Toda essa busca sofre interferência do autor e ouvinte ou leitor, já que neste momento ambos estão em contato entre si, através da língua, em prol a um tema que esta sendo lido ou ouvido. Para que todos esses segmentos ocorram com sentido, potencializam-se os conhecimentos prévios, atitudes e contextos social onde a interlocução está existindo.
Sendo assim, o ensino de língua e literatura deve conceber uma visão que as reconheça como um produto de linguagem que carrega sobre si uma história proveniente de significados sociais e culturais, isso exige uma abordagem reflexiva, que analisa o contexto em busca do reconhecimento de pontos de vista diferentes sobre um mesmo momento, através de estratégias variadas, na construção de sentido do texto, haja visto que a língua é necessariamente uma interlocução viva.
OBJETIVOS GERAIS
Promover o estudo da Língua Portuguesa nos três eixos da prática discursiva, ou seja, oralidade, leitura e escrita, transformando o educando em um ser criativo e crítico, integrado em seu tempo e lugar, capaz de analisar sua realidade e transformá-la, efetivando assim o crescimento individual e, conseqüentemente, o crescimento comunitário e o desenvolvimento do país.
Criar no educando a responsabilidade e a capacidade de auto-desenvolvimento no processo de aprendizagem, com o objetivo de torná-lo independente para a leitura, para a expressão oral e escrita e para a análise e reflexão.
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor. Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por meio de práticas sociais.
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e topologia textual, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização. Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura, a constituição de um espaço dia lógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
Trabalhar assuntos explorados na Agenda 21, como preservação do meio ambiente, cultura afro-brasileira, educação fiscal, dentro dos conteúdos onde os mesmos enfoquem o assunto. Para assim oportunizar aos educandos e a comunidade o envolvimento com os problemas sociais e ambientais referentes à escola e ao bairro, buscando soluções para resolvê-los ou amenizá-los.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º. ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
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Leitura;
Oralidade;
Produção.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
História da Língua portuguesa.
Gêneros discursivos
Textos informativos;
Textos de Opinião;
Textos Publicitários.
Níveis de leituras de textos literários.
Introdução a estudos gramaticais.
Produção textual
Textos narrativos/ descritivos, poéticos e opinativos.
Resumos.
Verbalização de contos, crônicas/romances.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Hora do conto (verbalização)
Janelas abertas (texto).
Reciclar é preciso.
Folclore.
Projeto Independência.
Noite da poesia
2º. ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura;
Oralidade;
Produção.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tipologia textual (narrativos, poéticos, informativos).
Estudo gramatical aprofundado (classes gramaticais, concordâncias, sentenças coordenadas, ...)
Análise Textual.
Produções textuais (paródias, paráfrases, resenhas, relatórios, e resumos dos romances lidos).
leitura dos clássicos da literatura e outros.
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Hora do conto (verbalização).
Janelas abertas (teatro).214
Folclore.
Projeto independência.
Noite da poesia.
3º. ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Leitura.
Oralidade.
Produção
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Tipologia textual (artigos, editoriais).
Análise gramatical contextualizando.
Comparação cronológica de escritos literários e contextualização com o período histórico.
Leitura de romances e textos de diversas tipologias.
Produções (opinativas, poéticas, teatrais,...)
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Hora do conto (verbalização).
Janelas abertas (teatro).
Reciclar é preciso.
Folclore.
Projeto Independência.
Noite da poesia.
METODOLOGIA
O ensino de língua materna deve contemplar as possibilidades de trabalho com debates, discussões, seminários, análises de programas televisivos e de discursos orais nas mais diferentes formas expostas, promover circunstâncias propícias para produções escritas bem como explorar as diversas possibilidades de leitura seja estas verbais ou não.
A literatura deve ser utilizada como um veículo de estímulo para a interação dos sujeitos na apropriação crítica da língua e não como mostra na linha de tempo da historiografia literária, pois, segundo ROJO (2004) – A fala, a leitura e a escrita são atos de interação que constroem a vida social.
Isso deve ser praticado tendo-se sempre em vista que a linguagem não se dissocia do social e, jamais, pode ser reduzida a estruturas desvinculadas do contexto.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser realizada de forma global, ampla e múltipla, tendo por objetivo diagnosticar o desenvolvimento, sendo que com este procedimento o
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educador poderá interferir no processo ensino-aprendizagem, para que a aquisição dos conteúdos se torne efetiva.
Esse processo deve ser contínuo e ter como base à visão holística do educando, subsidiado por observações e registros obtidos no decorrer do ano letivo.
Deve-se destacar a avaliação formativa, a qual analisa o progresso e avanço na aquisição dos conteúdos, para tanto o educador age como mediador e acompanha o desenvolvimento do educando apoiando-o nas suas dificuldades uma vez que torna-se possível oferecer outros métodos de aprendizagem.
Em suma, compreende-se que “A avaliação escolar está relacionada a uma concepção de homem e sociedade”, cabendo ao educador buscar o “sujeito interativo”.
Observação: Os alunos que não conseguirem ter um progresso satisfatório na aprendizagem dos conteúdos deveram ter um acompanhamento especial, segundo proposto na LDB por meio de intervenções didático-pedagógica, conforme as condições ofertadas pela mantenedora.
BIBLIOGRAFIA
ABAURRE, PONTARA, e FADEL, Maria Luzia, Marcela Nogueira e Tatiana. Português – Língua e Literatura. Volume único. Moderna. São Paulo, 1996.
FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. 1ª edição. Base. Curitiba, 2005.
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA – Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006.
DIRETRIZES CURRICULARES DO PARANÁ.
GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula: Leitura e Produção. 2ª edição. Assoeste. Cascavel, 1985.
Linguagem e Literatura no jornal Proleitura, Cultura Acadêmica, 2004.
MAIA, João Domingues. Gramática: Teoria e Exercícios. Ed. Ática, 4ª edição, 2000.
PEREIRA, Rony Farto; BENTES, Sônia Apª Lopes. À roda da leitura.
PLATÃO e FIORINI. Para entender o texto: Leitura e Redação. Ed. Ática, 1995.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - QUÍMICA
A química está presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, onde a aprendizagem deve ser moldada e construída na interdisciplinaridade, na formação do ser crítico, consciente, que trabalham em harmonia com o meio ambiente para que se possa ter um desenvolvimento sustentável.
Neste contexto, o aluno de Química, não deverá ser apenas preparado para o mercado de trabalho ou para o vestibular, mas sim, o que ele aprende em química lhe dê significado amplos na construção de novas perspectivas, buscando a contextualização e interdisciplinaridade com as diferentes áreas do seu conhecimento.
A preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, recuperando a importância de seu papel no Currículo escolar. O objetivo é formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos, que seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual.
A partir dos conteúdos estruturantes: Matéria e sua natureza, Biogeoquímica e Química sintética no Ensino Médio, identificar e trabalhar com metodologias alternativas para facilitar o ensino – aprendizagem, através de uma visão crítica e que incentive a criatividade dos alunos.
Dessa forma a aprendizagem da Química corresponde a uma proposta de ensino voltado não só a formação de conceitos, onde o experimento faz parte de um contexto normal de sala de aula, porém que deixa claro o que é teoria e pratica, onde os alunos relacionam esses saberes a serem consolidados como condição de cidadania e não como prerrogativa de especialistas.
A carga horária sugerida para o Ensino Médio, no ano de 2007 é de 120 horas/aulas anuais para o 1º série e 80 horas/aulas anuais para o 2º e 3º ano. Porem deverão ser feitas alterações no número de aulas de Química devido à importância dos conteúdos.
OBJETIVOS GERAIS
Proporcionar ao aluno conhecimentos para que possa relacioná-los com o cotidiano, interagindo com os diversos projetos da escola, como Mostra Interdisciplinar, Agenda 21, e Cultura Afro. Permitindo-lhes assim, conhecimento para tomada de decisões autônomas como cidadãos conscientes, críticos, que possam aplicar os conceitos aprendidos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
1º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
MATÉRIA e sua NATUREZA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
ESTRUTURA ATÔMICA
Conceitos
Matéria e energia
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Mudanças de estados
Substâncias puras e misturas
Substâncias simples e compostas
Modelos atômicos
Elementos químicos
Núcleos atômicos
Massa atômica
Configuração eletrônica dos átomos
TABELA PERÓDICA
Classificação periódica moderna
Períodos
Propriedades
LIGAÇÕES QUÍMICAS
Ligação iônica
Ligação covalente
Ligação metálica
Ligação dativa
COMPOSTOS INORGÂNICOS
Ácidos
Bases
Sais
Óxidos
2º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Bioquímica
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
SOLUÇÕES
Soluto e solvente
Classificações
Solubilidade e curvas de solubilidade
Dispersões e soluções
Soluções colidais
Diluição e mistura
TERMOQUÍMICA
Entalpio e variação de entalpio
Equação termoquímica
Processos Exotérmicos e Endodérmicos
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Calores de reação
Lei de Hess
CINÉTICA QUÍMICA
Teoria das colisões
Velocidade de reação
Fatores que alteram a velocidade de reação
OXIRREDUÇÃO
Número de oxidação
Agente oxidante e redutor
Balanceamento de reações de oxirredução
RADIOATIVIDADE
Radioatividade e estrutura atômica
Tipos de radiações
Definição de Fissão e Fusão Nuclear
Aplicações da radioatividade
ELETROQUÍMICA
Pilhas
Potencial e diferença de potencial (ddp) do eletrodo
Eletrólise
3º ANO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Química Sintética
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
QUÍMICA DO CARBONO
Estudo do átomo de carbono
Postulado do carbono
Tipos de união entre os átomos de carbonos
Classificação dos átomos de carbonos numa cadeia carbônica
Tipos de cadeia carbônica
COMPOSTOS ORGÂNICOS
Hidrocarbonetos
Fenóis
Álcoois
Aldeídos
Cetonas
Ésteres
Compostos nitrogenados
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ISOMERIA
Isomeria plana
Isomeria espacial
ESTUDO DE ALGUNS MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS IMPORTANTES
Açucares
Obtenção do etanol
Obtenção do vinagre
Aminoácidos e proteínas
Óleos, gorduras, sabões e detergentes.
Polímeros
Bio-gás e reciclagem
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar
Educação Fiscal
Cultura Afro
METODOLOGIA
Dentro da visão do Ensino Médio e dos avanços da tecnologia, vemos a necessidade de se alterar as metodologias e mesmo os conteúdos da disciplina de Química, que deverão ser trabalhados de maneira interdisciplinar e contextualizados.
Conhecimento dessa área, no Ensino Médio, deve fazer com que o aluno entenda as idéias fundamentais das ciências, levando-o a utilizá-las para compreender melhor o funcionamento e sua interação com o mundo.
O desenvolvimento de um conceito científico deve começar com a linguagem usual para os assuntos da vida cotidiana, sendo de suma importância ser estimuladas as atividades experimentais, pois elas despertam a curiosidade do aluno e é uma forma de ele explicitar as suas idéias sobre o fenômeno a serem estudados. Melhor entendê-lo e até modificar os seus modelos distorcidos sobre determinada teoria científica. A associação da teoria com a prática, é de importância relevante.
Os exercícios devem de preferência, estar ligados a situações concretas da vida do aluno, embora possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração.
Na aquisição do conhecimento científico, o professor deve estimular o aluno a fazer leituras em livros, revistas, jornais, páginas eletrônicas e outros recursos como CD, DVD e projetos.
Esses procedimentos devem levar o aluno a pesquisa, a realidade de trabalho e atividades, que no final do ano poderão ser apresentados em amostras interdisciplinares.
A aprendizagem deve ser moldada e construída na interdisciplinaridade, na formação do ser crítico, contemplando não só os alunos com necessidades especiais, mas os de todas as modalidades de Ensino (do campo afro
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descendente), consciente, que trabalha em harmonia com o meio ambiente voltado para a agenda 21.
A cada conteúdo, serão feitos discussões em sala de aula, sobre a importância q estes tem na vida prática do aluno. Serão realizados trabalhos individuais e em grupo, pesquisas, resolução de exercícios, realização de experiências em laboratório, oficinas, visitas, etc.,
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
O aluno será avaliado não apenas por meio de provas, mas através de uma avaliação contínua e gradativa como: atividades em sala de aula, trabalhos individuais e em grupos, avaliação escrita, participações das aulas (sem visar conceitos), relatórios referentes às aulas práticas, leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários e atividades extra classe. A avaliação deverá ser de tal maneira que o conhecimento de conceitos químicos seja articulado às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construção coletiva do conhecimento Deverá ser diagnostica e cumulativa. A recuperação, assim como a avaliação, deverá estar de acordo com o regimento interno da escola.
BIBLIOGRAFIA
CARVALHO, Geraldo C. & SOUZA, Celso L de. Química: de olho no mundo de trabalho. Editora Scipione: São Paulo, 2005.
COVRE, Geraldo José. Química Total. Editora FTD: São Paulo, 2001.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Química. SEED/ julho/2006
PERUZZO, Tito Miragaia & CANTO, Eduardo Leite do. Química. São Paulo: Editora Moderna: 2001.
SARDELLA, Antonio. Química. Editora Ática: São Paulo, 2002.
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DO ENSINO MÉDIO - SOCIOLOGIA
Compreender as modificações nas relações sociais decorrentes de mudanças impostas pela formação de um novo modo de produção econômica, hoje o sistema capitalista não para sua dinâmica assumindo novas formas de produção e opressão nunca imaginada pelos seus precursores.
A sociologia se baseia no pensamento positivista vinculado as ciências naturais. JÁ o caráter científico estava ligado à lógica das ciências experimentais. Para atender ao Estatuto da Criança e do Adolescente, a sociologia tem que ter pré-requisitos e seguir métodos científicos neutros.
A miséria, o desemprego e as conseqüentes rebeliões foram analisados como desvios ou anomalias sociais que poderiam ser solucionadas apenas com o resgate de valores morais restabelecendo as relações estáveis entre as pessoas, e um dos mecanismos usados para tal resgate seria a educação que é capaz de adequar os indivíduos à nova sociedade.
Com sua origem conservadora e conformista, a sociologia desenvolveu também um olhar crítico e questionador sobre a sociedade, de acordo com certos pensadores da época não há soluções concíliadoras numa sociedade cujas relações se baseiam no trabalho, isso só funciona na teoria, sendo que a única possibilidade de superação de tal desigualdade esta na construção de uma nova sociedade, cuja não existiria dominador e dominados.
Nos anos 30 surgiram novos pensamentos em reação a educação que dizia que deveria haver a miscigenação entre povos também houve o pensamento que de que a educação deveria se basear na ciência sociológica, pois caberia a sociologia salvar a educação e conseqüentemente a sociedade.
Tais problemas e supostas soluções indicadas pelos autores e pensadores da época estão atentos às problemáticas sociais decorrentes das mudanças econômicas da sociedade brasileira e retomar a trajetória histórica do ensino da sociologia no país percorre um caminho marcado por intermitências.
A implantação desta disciplina nas grades secundarias ocorre desde o inicio da República, vinculada a disciplina da moral, apesar de ainda não existir curso de formação de professores nesta área, com isso tal disciplina só voltaria as escolas em 1925 e passaria a ser ministrada nas escolas de formação de docentes e no chamado ciclo complementar.
Após a instauração do Estado novo, varias medidas educacionais foram tomas no sentido de reforçar o nacionalismo que retirou a obrigatoriedade da sociologia no ensino secundário e conseqüentemente a disciplina desaparece completamente dos currículos escolares. Com o clima de democracia que vive o país na década de 50 e 60 favorece a disseminação das faculdades de Filosofia, ciências e letras pelo Brasil ampliando assim o curso de sociologia também para o ensino médio, contudo tal disciplina ainda não é obrigatória nos currículos. NA ditadura a sociologia permanece excluída, inclusive do magistério, para substituí-la foram criadas outras. Nos anos 80 com a redemocratização iniciaram movimentos para a inclusão da sociologia no ensino médio e a partir de 1989 foi frustrada esta idéia.
Tal trajetória do estudo da sociologia trouxe marcas a esta disciplina as quais não podem ser ignoradas quando se reflete a sua inserção no cenário educacional, alguns aspectos originários dessas interrupções irão contribuir para que a disciplina apresente dificuldades em se impor nas escolas. No Paraná, desde 2004 uma série de políticas foi estruturada e implementada no sentido de
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promover a conscientização da comunidade escolar a respeito da importância desta disciplina.
OBJETIVOS GERAIS
O objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade através da compreensão de diversas formas pelas quais o ser humano vive em grupos, das relações estabelecidas e a conseqüências destas relações para o individuo e sua coletividade, o tratamento dos conteúdo pertinentes a esta disciplina fundamenta-se no seu potencial explicativo e ao mesmo tempo recusar qualquer síntese teórica carente de método e rigor. É importante ter a clareza de que a historia da sociologia como disciplina não esta desvinculado aos fundamentos teóricos que a constituem e neste sentido é importante destacar nos teóricos clássicos não só suas concepções de sociedade mas sim suas concepções educacionais, já que uma esta implicada na outra.
Diversos autores são importantes na sociologia e cada um vai por um meio de ensino, Émile Durkheim, Karl Marx, Max Weber, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes, cada autor deste pensava a seu modo, elegendo conteúdos, temáticos, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto histórico em que foram forjadas ,mas que respondem, num campo de interlocução, aos conteúdos, temáticos, problemáticas e metodologias engendrados na realidade contemporânea.
É importante destacar nos teóricos clássicos não só suas concepções de sociedade, mas destacar também suas concepções de educação, já que uma esta implicada na outra, orientando mutuamente campos de ação política e conseqüentemente de ação educacional.
CONTEÚDOS POR SÉRIE/ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O pensamento sociológico na escola é consolidado a partir da articulação de experiências e conhecimentos apreendidos como fragmentados, parciais e ideologizados, experiências e conhecimentos apreendidos como totalidades complexas.
È importante mostrar que não se pretende através dos conteúdos responder a totalidade da sociologia, pois se tem clareza da dimensão da sociedade e do conhecimento científico que a acompanha.
A abordagem que o estudo das instituições sociais devem receber hoje da sociologia reside no sentido de recuperação de sua historícidade nas diversas sociedades humanas objetivando a desnaturalização dos processos sociais, para então promover-se a critica e a explicação d aspectos aparentemente estáticos e imutáveis da sociedade. As instituições sociais devem ser estudadas em sua constante mudança, a qual manifesta-se de forma conflituosa, e que muitas vezes aponta para seu fim. No entanto as instituições têm permanecido em faces mais conservadoras do que poderíamos imaginar no inicio do século XXI. Dentre os diversos seguimentos da sociologia destacamos três conteúdo a serem destacados: Instituição familiar, Instituição escolar e Instituição religiosa.
Quando tentamos definir o conceito incorporamos aquele que diz que a sociologia é todo conhecimento adquirido, crenças, arte, moral, leis e costumes,
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pois tais conhecimentos nos revelam que a cultura não é natural dos indivíduos, mas que é um comportamento adquirido e se difere de um grupo para outro.
O trabalho é a condição de sobrevivência humana, com a finalidade de suprir as condições materiais da sua existência, com o processo de globalização, foi intensificado o processo de acumulação de capital, visando apenas o lucro criando assim um universo econômico.
A ideologia é uma visão de mundo que se mostra verdadeira, mas nem sempre é, pois varia de acordo com quem esta no poder em determinado momento, tipo de sociedade e com os interesses objetivados por estes.
A organização e a luta e a luta dos grupos sociais estão presentes em vários tempos históricos, no entanto o conceito de movimentos sociais como entendemos é próprio das sociedades capitalistas, urbanas ou rurais, tais lutas são praticas civis de confronto, que desempenham o papel de criadoras de novas políticas, que acabam por impactar o desenvolvimento desta mesma sociedade criando possibilidades de novos projetos sociais.
O processo de Socialização e as Instituições Sociais
O Surgimento da Sociologia.
As Teorias Sociológicas na Compreensão do Presente
A Produção Sociológica Brasileira.
Instituições Sociais
A Instituição Escolar
A Instituição Religiosa
A Instituição Família
Cultura e Indústria Cultural
Cultura ou Culturas: uma contribuição antropológica
Diversidade Cultural Brasileira
Cultura: criação ou apropriação
Trabalho, Produção e Classe Sociais
O processo de trabalho e a desigualdade social
Globalização
Poder, Política e Ideologia
Ideologia
Formação do Estado Moderno
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Movimentos Sociais
Movimentos Agrários
Movimento Estudantil
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Agenda 21 Escolar: Trabalharei em jardinagem e arborização dentro do pátio escolar e na quadra do Colégio.
Cultura Afro brasileira: O respeito e a valorização do negro no Brasil .224
Educação Fiscal:Incentivo aos alunos em pedir notas fiscais e conscientiza-los o valor da mesma.
METODOLOGIA
Não se pretende através dos conteúdos responder pela totalidade da sociologia bem como seu desdobramento, mas no ensino da sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetos pretendidos, com leitura e esclarecimento dos significados dos conceitos e a lógicas dos textos e sua derivação.
A pesquisa de campo deve ser iniciada a partir da discussão com o grupo de alunos para a definição do tema a ser pesquisado e do enfoque a ser privilegiado, filme também deve ser encarado como texto e tal passivo de leitura pelo aluno.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As formas de avaliação acompanham a própria pratica de ensino e aprendizagem da disciplina que acompanham textos ou filmes que demonstrem a capacidade de articulação entre teoria e pratica.
BIBLIOGRÁFIA
ALVES, R. Filosofia da Ciência. São Paulo: Ars Poética. 1996.
AZEVEDO, F. Princípios de sociologia:pequena introdução ao estudo da sociologia geral. 11ª ed. São Paulo: Duas Cidades, 1973.
CHAUI, M. S. O que é Ideologia. São Paulo : Brasiliense,1980
COMTE, A. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978
MARX, K. O Capital : crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil , 1994
225
23 . SALA DE RECURSO
Incluir no processo de desenvolvimento integral da aprendizagem é hoje um direito. Hoje não basta receber e manter o aluno em sala de aula, é preciso proporcionar condições para supere suas limitações.
As Diretrizes para a Educação Especial consideram educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educativo, apresentarem, dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações para acompanhar as atividades curriculares ; conduções de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis e altas habilidades /superdotação.
Define que a oferta de serviços e apoios especializados, na modalidade de Educação Especial, destina-se a crianças, jovens e adultos que apresentem necessidades educacionais permanentes, em função de:
− Dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limit5ações no processo de desenvolvimento;
− Dificuldades de comunicação e sinalização;
− superdotação ou altas habilidades;.
Mediante as necessidades de recuperação de conteúdos ou defasagens de conceitos básicos ao desenvolvimento da aprendizagem propõe-se um atendimento especializado no próprio ambiente escolar em Sala de Recurso, em contra turno visando proporcionar a superação das dificuldades detectadas mediante a avaliação pisco-pedagógica pelo professor especializado e pedagogo.
Bibliografia
Seed – Diretrizes Curriculares da Educação Especial Para a Construção de Currículos Inclusivos – Documento Preliminar - 2007.
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24. PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO
Concretizar propostas que incluam valorização da vida, trabalho, adolescência, sexualidade, higiene pessoal, diminuição da evasão e repetência, estímulo a aprendizagem e participação ativa na preservação, organização e valorização do espaço escolar.
FESTIVAL DA TABUADA
CRONOGRAMA: Maio e junho
TURMAS ATENDIDAS: todas as turmas de Ensino Fundamental e Médio
ÁREA: Matemática
PROFESSOR COORDENADOR: Sônia Maria Feitosa
JUSTIFICATIVA: A realidade educacional anseia um ensino da matemática envolvido em uma grande diversidade de situações, com de vida cotidiana e desenvolver habilidades de pensamentos matemáticos, principalmente relacionados a tabuada que gera dúvidas, desconhecimento e desconforto para muitos alunos, quando necessitam do seu uso em situações do dia-a-dia. Com este festival espera-se conciliar e desmistificar estes problemas.
OBJETIVOS GERAIS TRAÇADOS PARA O FESTIVAL
Atuar com discernimento nas situações que exijam a tabuada, conhecendo com propriedade seus procedimentos e conclusões;
Identificar a diversidade de relações matemática/vida, seu vínculo com a realidade, analisando seu impacto na tomada de decisões;
Desenvolver atitude de empatia e destemor quando ao uso do cálculo matemático;
Proporcionar um aprendizado permanente, preparando o educando para a vida, munido da capacidade de reflexão e tomada de decisão;
Organizar atividades que se correlacionem com a realidade do jovem, abrindo espaço para sua interferência e construção no desenvolvimento do conteúdo;
Utilizar a memória, o corpo, o gesto, o grupo em um exercício que garanta a utilização de conhecimento em diferentes e complexas situações.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a tabuada como componente cotidiano, necessária para solução de situações concretas;
Posicionar-se de maneira crítica e consciente, responsável e construtiva nas diferentes situações que exijam o cálculo matemático, utilizando atividades diferenciadas como forma de mediar conflitos e tomar decisões quando a problemas que surgem na vivência escolar e social;
Saber utilizar diferentes fontes de informações e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-los, utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.
DESENVOLVIMENTO: Para o desenvolvimento do projeto, foram seguidas as seguintes etapas;
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Explanação sobre o projeto, seus objetivos e a incumbência de cada sala quanto à apresentação;
Composição das letras das paródias, incluindo o uso e a importância da tabuada;
Exposição e resgate das cantigas de rodas, incorporando a tabuada, através de Coral acompanhado por flauta, envolvendo a 6ª A nos ritmos: atirei o pau no gato, o cravo brigou com a rosa, pirulito que bate-bate, ciranda cirandinha,etc;
Gravação de play-backs, ensaios das turmas;
Formação dos jurados para julgamento das apresentações
Convite ao NRE para prestigiamento do evento
Apresentação de festival para todos os alunos do ensino fundamental, médio e comunidade, na quadra de esportes;
Somatória da pontuação resultante dos trabalhos apresentados;
Divulgação das colocações
Premiação
NOITE DA POESIA
CRONOGRAMA: Setembro e Outubro
TURMAS ATENDIDAS: Todas do Ensino Fundamental e Médio
ÁREA: Língua Portuguesa e Literatura Infantil
PROFESSOR COORDENADOR: Emanuela Trindade Miniz Barbosa
JUSTIFICATIVA: Verificando a necessidade de envolver os alunos em apresentações que estimulem o conhecimento, apreciação de poesias, autores locais, nacionais, internacionais, de vários estilos e épocas; este projeto tem a finalidade de preparar o aluno para compor seus próprios poemas e também a participar de um evento que será denominado “Noite da Poesia”.
OBJETIVOS
Sensibilizar o aluno para linguagem poética;
Estimular a leitura e declamação de poemas;
Propor novas formas de aquisição de conhecimento através da poesia;
Posicionar-se frente ao público declamando com: entonação, gestos, expressão corporal e facial, traje e ambiente adequado;
Expressar seus pensamentos e sentimentos através da composição de seus próprios poemas.
DESENVOLVIMENTO:
Os alunos serão estimulados a ler e pesquisar poemas de diversos autores para posteriormente declamarem em sala de aula (os que quiserem); também serão desenvolvidas atividades de leitura e produção de poemas. O professor encaminhará atividades que fornecerão conhecimentos necessários sobre vários estilos poéticos, abrangendo forma e conteúdo, orientando ainda, sobre os empregos dos recursos expressivos da linguagem poética.
A produção poética será realizada através de atividades de produção de escrita, tais como: acrósticos, paráfrases, paródias, quebra-cabeça de poesia, classificados poéticos, recriação de poemas, observando e explorando recursos poéticos, fazendo atividades que envolvam aspectos estruturais do poema e
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criação livre. Os poemas produzidos pelos alunos passarão por análise e serão classificados para participarem do evento final “Noite da Poesia”, evento de exposição dos poemas produzidos, declamação dos poemas classificados e premiação das melhores produção e dos melhores intérpretes.
Também será montada uma coletânea de poemas produzidos pelos alunos, que poderá ser geral ou por turma, a critério da equipe que compõe este projeto.
RESULTADOS ESPERADOS: As atividades devem tornar os alunos mais competentes na comunicação oral e escrita, em particular, interpretação e elaboração de textos poéticos. Observando criatividade, conteúdo e forma. E na busca independente de conhecimentos. Essas atividades pretendem transformar conhecimentos em atitudes, valorizando a ser humano como um todo. Espera-se construir resultados de melhor qualidade através da valorização da diversidade de talentos, experiências existentes nos diversos grupos a que pertence o aluno.
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PROJETO ÁGUA
DATA DE INÍCIO: 07/03/2005 DATA DE TÉRMINO: 22/03/2005
AREA: CIÊNCIAS
TURMAS ATENDIDAS: 5A A e B, 6a A e B, 7a A e B
PROFESSOR : Ezilda Aparecida Versalhes da Silva
OBJETIVOS:
Subsidiadar os diversos segmentos da comunidade escolar, tornando eficiente as informações sobre a água, entre alunos, pais, visitantes e educadores;
Conscientizar os alunos sobre a importância da água na natureza e para os seres vivos;
Levar os alunos a participarem e entenderem sobre a essencialidade da água para a vida no planeta,
Desenvolver atitudes responsáveis quanto a utilização racional desse recurso nas residências.
METODOLOGIA: Desenvolver o tema com as atividades abaixo:
Exposição do tema em sala de aula,
Trabalho com textos pertinentes,
Discussão sobre aspectos relevante dos textos aplicados,
Confecção de cartazes sobre o projeto,
Exposição dos trabalhos para visitação pública,
Escolha dos trabalhos-destaque,
Entrega de prêmios e certificados para os três melhores trabalhos.
PROJETO MEIO AMBIENTE
CRONOGRAMA: Maio e junho
TURMAS ATENDIDAS: todas as turmas do Ensino Fundamental e Médio
Maquetes: 5ª, 6ª e 7ª
Plantas medicinais 8ª
Seminários – Ensino Médio
ÁREAS: Ciências e Língua Estrangeira Moderna –Inglês
OBJETIVOS:
Ampliar os conhecimentos dos alunos, adquiridos em seu próprio meio, trabalhando informações básicas e essenciais sobre o ambiente em que vive, juntamente com a importância da sua preservação para a sobrevivência do planeta.
Desenvolver atitudes responsáveis quanto a utilização consciente, amorosa e racional dos recursos naturais no meio de convivência.
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DESENVOLVIMENTO:
DISCIPLINA DE CIÊNCIA: o tema foi desenvolvido com as atividades abaixo:
Exposição do tema “ Meio Ambiente” em as de aula;
Discussão sobre aspectos relevantes do tema;
Organização de equipes;
Montagem de Maquetes;
Exposição das maquetes em ambiente apropriado para visitação dos demais alunos;
Votação dos melhores trabalhos, pelos alunos do Ensino Médio;
Entrega de medalhas para os três melhores trabalhos;
DISCIPLINA DE INGLÊS: O tema “plantas medicinais” foi desenvolvido com base nas atividades;
Estudo de textos em inglês que falam da diversidade da flora brasileiras;
Pesquisas sobre as plantas medicinais mais usadas pelos alunos e suas propriedades curativas;
Organização das equipes para elaboração de cartazes sobre as plantas pesquisadas; e distribuição de diversos chás das plantas medicinais pesquisadas;
Seminários de exposição das pesquisas e degustação dos chás;
PROJETO: SING AND DANCE
FESTIVAL DE CANTO, DANÇA E DUBLAGEM DE LÍNGUA INGLESA
TURMAS ENVOLVIDAS: todas do ensino Fundamental e Médio
PROFESSOR COORDENADOR: Neyla e Marilda
AREA: Língua Estrangeira Moderna
JUSTIFICATIVA: Tendo em vista o grande interesse dos jovens por músicas estrangeiras e danças coreografadas, decidiu-se aproveitar este interesse nas aulas de Inglês, propondo aos alunos que tragam as letras das músicas escolhidas para as aulas, e trabalhem com as letras e estilos das mesmas. Em seguida, organizam grupos de dança e ensaiam para o festival.
OBJETIVOS:
Despertar no aluno o gosto pela língua Inglesa;
Facilitar a aprendizagem e motivar as aulas de língua Inglesa através da música;
Vivenciar através da música culturas, religiões patriotismo e revoluções;
Vivenciar experiências em grupo, com ensaio e organização de coreografia;
DESENVOLVIMENTO:
Durante o ano letivo os alunos trazem para as aulas de LEM as letras das músicas de suas preferências, as professoras trabalham com a letra, fazem-se pesquisas sobre os estilos musicais, o autor e país da música escolhida.
No 4º bimestre, organizam-se os grupos e montam se as coreografia ou grupos de canto para o festival.
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Os alunos inscrevem-se, nominando seus grupos com expressões ou palavras na língua inglesa;
No dia do festival organiza-se um grupo de jurados para escolher e premiar as melhores apresentações;
Todos os participantes do festival recebem um certificado de participação;
PROJETO: SARAU LITERÁRIO
TEMA; Literatura viva
AREA: Literatura
TURMAS ENVOLVIDAS: 2º ano – Ensino Médio
PROFESSOR COORDENADOR: Emanuela
JUSTIFICATIVA: Tendo em vista a necessidade de unir a teoria literária à prática cotidiana, tornando-a mais viva e presente na vida de nossos alunos, pretende-se com este projeto fazer uma representação simbólica dos acontecimentos literários, através de experiências concretas. Partindo da participação dos alunos em atividades que possibilitem aos mesmos conhecer diferentes linguagens, comportamentos e contextos históricos do período do romantismo, utilizados por diferentes grupos sociais e culturais da época.
OBJETIVOS:
Inferir a teoria a partir da prática, lendo textos e obras poéticas do romantismo;
Compreender a cultura como realização humana, e a literatura enquanto expressão de uma realidade, através de experiências concretas
DESENVOLVIMENTO:
o sarau será realizado através de estudos e pesquisas da teoria literária (textos literários do Romantismo).
Leituras das obras da poesia e prosa do Romantismo;
Pesquisas sobre a ambientação, comportamento e vestuário de um sarau;
Apresentação
CRONOGRAMA:
Março e Abril: Leituras de obras literárias, pesquisa e estudos
Maio: organização do sarau e ensaios
Junho: Realização
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22. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A elaboração do Projeto Político Pedagógico se deu através de estudos entre o corpo docente e discente da escola, envolvendo toda a comunidade escolar, através de discussões, sugestões e propostas de ações que foram se estruturando de forma a assumir um registro com metas e cronogramas de acordo com as prioridades identificadas.
Obtendo como ponto alto o envolvimento de toda a comunidade na construção das idéias e sugestões. Percebe-se hoje um maior interesse pelo coletivo da escola, pais e alunos assumem juntos com a escola a responsabilidade da sua qualidade, identificando-se como co-responsáveis pelo processo educativo.
Como não podia ser diferente, amamos mais aquilo que construímos.
No entanto, ciente estamos todos, de que a avaliação das propostas deverão acontecer de forma diagnostica e contínua: entre docentes e discentes e ainda trimestralmente com toda a comunidade envolvida, com realimentação de acordo com prioridades identificadas.
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24. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CANDAU, Vera Maria. Reiventar a escola, Petrópolis, RJ: Vozes, 2000, p.11-16
FREIRE, P. Autonomia escolar e reorientação curricular. In: FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1995, p.79-87.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis, 2.ª ed. São Paulo: Cortez, 1998.
GADOTTI, Moacir. Pensamento pedagógico brasileiro. São Paulo: Ática, 1988.
GRISPUN, Múriam Paura S. Fippin. Educação e tecnologia: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1994
SAVIANI, Dermeval. Educação: do Senso Comum à Consciência Filosófica. São Paulo: Autores Associados, 2000.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze tese sobre educação e política. São Paulo: Cortez, Autores Associados, 1983.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica – primeiras aproximações. 5.ª ed, Campinas: Autores Associados, 1995, p. 17.
SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto político pedagógico: a saída para a escola. Brasília: Revista da AEC, v. 27, n.º 107, p. 81-91, abr/jun/1998.
TIBA, Içami: O limite na medida certa. São Paulo: Editora Gente, 1996.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Avaliação – concepção dialética - libertadora do processo de avaliação escolar. 4. Ed. São Paulo: Libertad,, 1994.
VEIGA, I. P. A. e RESENDE, L. M. G. de (orgs). Escola: espaço do projeto político pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998, p. 9-32.
VEIGA, I.P.A. Projeto político pedagógico: novas trilhas para a escola. In: VEIGAS, I. P. A. e FONSECA, M. (orgs). As dimensões do projeto político pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 2001, p. 45-66.
VEIGA, Ilma Passos. Projeto Político da Escola: uma construção coletiva. Projeto Político Pedagógico da Escola: uma construção possível/Ilma Passos Veiga (org). Campinas, SP: Papirus, 1995, p. 11-35.
PARANÁ. Conselho Estadual de Educação. Deliberação n.º 007/99. Normas gerais para a avaliação do aproveitamento escolar, recuperação de estudos e promoção de alunos, do sistema estadual de ensino, em nível do ensino Fundamental e Médio. Curitiba, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394/96. Brasília: MEC, 1996.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico, 1998.
ANEXOS ( data, ato de aprovação: GREMIO/REGIMENTO INTERNO/CONSELHO ESCOLAR/ APMF)
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