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ASSIGNATURAS BBÁSI- Anno .... .;.ÍMOOO Semestre25ÍO0O Trimestre ....15J00O EXTI5IHOB- Anno 120Í00O Semestre60*000 Numero avulso 100 réis :,*:..-.:. ¦^.¦:-::..:. ¦ ^A. - - , - -'.¦-. -,.*¦-.--.;; /:*;"- r--yj ¦"¦' ¦"*-,.~ M- '7 ' V. ¦••, .J5r* _.___-_ - ¦ * ¦- ,Jfí * J "'¦ -1-!Í- m .^àási.... ., a. Avenida Rio Branco N." 128, 130 e 132 «pás ?.:, ANNO XXXVIII- N. 13.854 RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922 Jornal independente, político, literário o noticioso EXPOSIÇÃO OE ARTE" A mais alta expressão de homenagem que o Brasil recebe, na data centenária de sua independência, é a visita que lhe faz a arte franceza por intermédio de alguns de seus mais illustres pintores contempo- ranços, na exposição.que hoje inauguram, na rua Gonçalves Dias, as Galerias Georges Patítj de Paris. I Xão creio que outro tentamen se tenha realizado, entre nós; com esta variedade e riqueza, e que haja podido inscrever, no seu catalogo, nomes tão representativos e marcantes como de Daubigny, Corot, Diaz, Baudry, Isabey, Jongking (hollandez de origem), Pissaro, Rapliaclü, iSisley, Ziem, Boudin, Henri-Martin, Le Sidaner e òu- tros, que formam como que uma especie de ctassicos modernos, diante das fragor- osas revoluções que têm agitado a pin- tura franceza desde os divisionistas, ce- zanistas, até os faitvcs, chegando ás manei- ras alarmantes dos cubisjar!. Ha nomes que, pelo prestigio syllabar, pelas ondas de emoções que evocam nos recônditos das saudades, são verdadeiras syntheses de realidades idéaes. Corot goza desse estranho' prestigio, como Carricre. Aliás, não sei quc estranho parentesco os filia ao mesmo sentimento de atmosphera. Assim, o enunciado dos nomes que a esclarecida' e diligente competência do Sr. Jean Henry-Blanchon nos trouxe, é toda uma larga seducção. Em cada um delles se esconde a scente- lha que desvenda um segredo da natureza, e que, através dc seu sentimento e dc seus pensares, nol-a deixa entrever em um da- rão de belleza. De nossa época, a não ser o movimento prc-raphaelista, chefiado por William Hunt, Gabriel-Rosseti, Millais, Tord Madox Brown (18.18), todas as renovações que a pintura tem soffrido nascem em França. Deilas, a de maior vulto, é evidente, foi o chamado Imprcssionismo. Sendo elle limitadamente reacção de technica, cm que sc procura pintar diversamente dos pre- ceitos acadêmicos, ç tradicionaes na arte, e fugir ás officinas para o ar livre dos sampos, após o estudo da luz pareceu jue elle se confinava na sua própria habi- idade manual e óptica. Desse movimento, rrandes nomes ficaram na arte franceza, lendo maior, para mim, o de Rcnoir, sem «jue delle muito se afastem Dégas, Monet e Manet, Pissaro e Sisley." De Pissaro poderá, o leitor—examinar/- na' presente exposição, duas manhãs de primavera e de Sisley Les Bords du Loing, como também Morei au soleil cou- chant. O Imprcssionismo com o estudo de lumi- nosidade, de decomposição da luz, estjuc- cia-se de que o coração humano é um foco Inesgotável de impressões. Esse aspecto de realismo exclusivo que taes artistas deram á pintura foi o elemento que lhes estancou .-» vida. E' verdade quc, ao lado delles, se manifestava, isolado e amoroso, vehcmente e psychologo, animista sublime, Eugênio Carrière. Sem abandonar o "pro- blema da luz", ainda nelle mais fundo mergulhando, o poeta das Malcrnitcs so- nhou segredos insondaveis na monochro- mia das nevoas densas, fazendo da pintura physionomica verdadeira revelação espiri- ta, como apparições de estados psychicos em que toda historia moral do individuo ali se ."subliminava". Se recorrermos á época napoleonica, veremos que caso similar de divergência se entre David c sua escola, c esse pai espiritual de Carrière, que foi Prud'hon. Dos Impressionistas ha ainda tendências curiosas: neo-impressionismo, onde figu- ram pontilhistas, como o grande e singu- lar Seurat, Paul Signac, Theo van Rys- selbcrgue, Maurice Denis, sem mesmo es- quecer Pissaro, que, por annos, se desgar- rou nessa nova tcchnics. Aqui, não sc pinta mais somente fazendo distribuição . de tonalidades, por manchas, mas sim, por meio de oontos pequenos, de fôrma esphe- rica, que nos reenvios dos raios lumino- 6os irão agir sobre a retina, neila se fa- icndo, então, a synthese colorida domi- «ante. Ainda mais próximo dos nossos dias, e dentro dc uma concepção natural do mun- do c humana do homem, longe das de- formações propositadas devo indicar, nesta breve resenha, a acção dos pintores post-impressionistas. Ha nelles figuras como de Paul Gaugin e Odilon Rédon, o que nos faz chegar aos primeiros aniíos deste século. Gaugin, natureza sensibilis- sima, vai deixar-se morrer cm Tahiti, des- apparccendo còm o creador do neo-primi- tivismo uma das almas raras da arte fran- ceza, onde havia o sentimento religioso dos seres c das coisas, dispersos, errantes, na solidão impressionante da_ vida. Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade, de sua ingênua aspiração a realizar alguma coisa de simples e profundo,'— os seus disci- pulos fizeram de seus vicios e impotencias pirturaes linguagem reveladora de novo mundo da Belleza. Para eiles toda a vida do quadro é uma questão de planos e co- lorido. O assumpto é secundário. Nem sei sc Cézanne, tocado por inspi- ração discreta e religiosa, teria tido con- sciencia dessa expansão que teria a sua arte: elle solitário, intimo, vivendo de seu sonho interior como um monarcha ern seu reino... E' claro que a violenta interpretação que se deu á arte de Paul Cézanne (náo sei se o interesse mercante dos quadros não se intrometteu nesse advento) não se podia limitar á sua focagem pesscal. Teria, e por força, um desdobramento maior, mais larga repercussão. E teve. Foi a apparição dos fatives, chefiados por Henri Mátissc, Van Don- gen, Otto Friesz, que são porta-estan- dartes do Cubismo. Esta soviética da pintura não mais se preoecupava de novas harmonias de cores, como os Impressio- nistas . suas ramificações; ella queria re- alizar novíssimas harmonias (?) de fór- mas. Inquietava-a a quarta dimensão, o sen- timento dos volumes na atmosphera, inde- pendente de sua expressão, como massas, como planos, como superficies. Tudo reduzido ás linhas elementares, pa- rece que a pintura moderna fugia a ex- primir os sentimentos da alma humana, as suas crises de dores fundas, òs seus surtos iterativos de prazer, de horas indecisas; vagas, propheticas de -volúpia e devaneio. A paizagem não tem mais o sonho que nella derramava Corot, e mesmo muitos dos impressionistas. E' a pura geometria da paizagem. * Picassô, Lhot, Derain e outras patru- lhas cubistas não poderão attingir as fór- mas de perfeição, fugindo aos eternos principios da harmonia. E' claro que o artista deve, sondando com emoção suas visões interiores, ir com a lâmpada accesa da inspiração, desven- dar, no segredo da natureza, o mysterio de novos horizontes. Mas ha um limite «jue se não pôde transpor: como imaginar fôrma e compostura anatômica mais per- feita que' a do homem? Nossa mentalidade biológica não aceita- ria a menor divergência nesse concebi- mento que. a torrente hereditária formou desde o Paraiso, ou das manifestações em- bryogenicas da especie: poderia jogai-a ao ergastulo dos monstros da natureza. E' claro que ninguém negará aos cubis- tas o senso do volume, que é o traço que os ha de assignalar na historia da arte franceza, caso o tempo lhes destine uma sobre-porta, no templo da pintura, para nella sc anicharem. Taes considerações, por demais summa- rias, referentes aos movimentos contempo- ranços da pintura franceza, foram-me sugeridas pelo delicado e saboroso prazer que tive á visita que fiz avant-vernissage á exposição que as Galerias George Petit hoje inauguram, sob a orientação technica do Sr. Blauchon. .-1T' Lamento não poder dizer, em especial, o que foi essa hora de emoção, no abrir de caixas, pendurar quadros, em que eu via por terra: Henri Rousseau, Le- bourg, Ménard, Monticelli, Isabey, Delpy, Boudin... Por momentos, embalei nos bra- ços um Corot:.. . E quem seria essa nova Eva que Char- les Gary faz viver com tanta expressão? Ao cabo de tres annos, essas eco- nomias deram para oceorrer aquelles dispendios e para satisfazer outros encargos, relacionados com o bem estar das praças, ficando ainda em cofre elevado saldo. "Além dessas coisas, essenciaes á higiene do -quartel— diz o commandante Rego Monteiro consegui instituir casino, para di- versões das praçaa, bem como uma barbearia e officina de al- faiate e sapateiro, onde ellas se .podem servir, para o seu asseio e reparos de peças de fardaineu- to, sem nada gastar por esses ser- viços, cujo material e mão de obra são pagos á custa do cofre do CA. Para os officiaes, foi prepa- rado um amplo e confortável casino e para os sargentos foi preparado alojamento especial e convenientemente mobilado. Dando aos soldados tudo quan- to podia servir para bem alojai- os, cuidei, por outro lado, de lhes melhorar a instrucção e con- correr para lhes dar hábitos de hygiene, physica e moral. Fun- dei, para esse fim, a Escola Re- gimental, que não existia, e ficou dotada de material escolar, pago também pelo C. A.; activei a instrucção da arma, que era de- ficiente, e a de tiro, que não ex- istia; tornei a disciplina uma realidade e cheguei a esse resul- tado pela applicação da lei e dos principios de justiça, sem exce- pção para ninguém. Tive a fortuna de, em toda essa obra de remodelação, encon- trar sempre o apoio e ajuda das divergia autoridades debaixo de cujas Ordens tive a honra de ser- vireV'ips.(exemplos tanto mo guiaraVétoo cumprimento do de- ver."$ '•'• Eis ahi. Nada mais simples, des- pretencioso e honesto; e, também, nada mais significativo. Exemplos de trabalho, de dedica- ção, de intelligencia, de patriotismo, como esse, não são raros, bem sabe- mos, no exercito; mas isto não obsta a que elles deram multiplicnr-se, e acreditamos quc assim suecederá, por- que a nossa officialidade investida de funeções dc commando não 6 estra- nha, felizmente, á emulação dos actos reveladores do seu preparo, do seu gnTRcaTr__, eríF pátzàge'mtoúaenio'ci' Montezin rev:la influencia de Sisley, sem perder sua personalidade, nessa paizagem onde ha frescura dulcida e poética. Dos novos, no tumulto em que lhes pude apenas dar lance de olhos, é Phi- dias (que nome tremendo!) quem se me assignala com mais interesse. Dc uma technica inesperada, fazendo, por meio de lanhos coloridos, suas figuras de excellentes pastas, vem revelar-se artista como factura ecomo inspiração. Ha delle um pierrot e uma cigana, que são deliciosos. Que influencia de Zuloaga haverá neste pintor? - A exposição de arte franceza é uma distincçâo que a França nos faz: o Rio ha de corresponder a essa homenagem, com interesse e enthusiasmo. E nós todos nos devemos felicitar por esse afortunado acontecimento, o mais fe' D tempo. BOLKTIH DA milECrolUA DB X!BTE0110_0_1A Prepfíõc» para o periodo: ie 18 horas it hontem até 18 horas de hoje: . Dl-írfcío Federal « Nlth,erou Tempo, Instável, sujeito a chuvas rara*. Temperatura, estável. Ventos, predomlnar&o .jflndti os de sul, frescos.'^V . , ,. Estado do Rio Tempo. Instável sujeito a chuvas raras salvo a leste que será entre ln- stavel o ameaçador, sujeito a chuvas iracas. Temperatura, estável.. Tendência geral do tempo apõe 18 Horas io hojo Melhorar. SIKOPSB D0 TEMPO OÇÍOUMDO No DiíWcío Federal (até-.»"lioras de hon» tem) O tompo, de aceordo «com a previsão feita, foi ameaçador 4 nóltòe Instável (Ua, apresentando neste período, por» vezes, raelho- ras sensíveis. A temperatura, fql estável a noi- te com ll.elra ascensão de.diar,a máxima ve- rlficou.o 4s 11,50, com 240,6 é a mínima as 18 horas e 55, com 17°.6. Os vgntos foram nor- raaes, predominando porém, .calmaria. Em todo o paiz (até D Noras de hontem) Zona norte Por ter faltado o aervlço tele- grnphleo desta zona, nüo é-feita ft respectiva Bynopse. Zona centro Tempo em geral in- stavel, salvo po F,stndo <1<> Matto Grosso, cm que esta bom. A temperatura subiu em Minas e Matto «rosso e declinou no Kstado do Bio. .Chuvas régúlares .Iiontem, em Minas, Uoyaz e Estado do Rio. Zona sul Tempo instável em oeste o sudoeste de S. Paulo e bom nos demais poutos dostn -sono. Clioylsè.oü em Igun- pe e Paranaguft. A temperatura em" geral foi estável. ~, "" "' _.'. Mcnore, temperaturas 6°,0 em Lages e 7",0 em Santa Marin e Porto Alegre. _ ------ ¦ Maiorc, chuvas recolhidas «o dio 24— 28 mlni.O cm Leopoldina e 16 7rn'lu,7 «m Carmo. _.rado do mar na costa, do patz-t-randos vagas, na Bahia; pequenas vagas, em S. -Paulo o Paraná: tranqüilo e chão, nos.jdemals.¦pon; tos do costa do paiz. - - , -- -;.--:. :; Regiões sem chuvas Ha-.mala de 15 dins. Quixada e Quixeramoblm. Ha mais de 30 das: parte do norte dc Minas. Oa mnis de 00 dias: Grnjahú, Joazeiro, Januaria Pltauguy. DADOS AEIIOI.or.ICOS Corrento SSE até 801 metros com velocidade máxima de 8m,7 passando a N. atf 990 me- tros com velocidade máxima de 1 metro c 8. nté 1 170 metros com velocidade mnximn ue 4m.5; flnnlmente, rondando.de W o NW cor- rente W com velocidade máxima de 0m,2 ato *> 010 metros, altura em que o bolSo dcsappa- reeou cm-Strnlus-Cuinulos, fi distancia horizou- tnl de 2.305 metros. Edição de hoje, 6 paginas Com a presença do Sr. presidente tia Republica, Dr. Pires do Rio, ministro da viação; Dr. Homero Baptista, ministro da fazenda, c outras altas autoridades, serão inauguradas hoje as obras da zona franca d„ ilha do Governador. O acto da inauguração será effectuado ás 14 horas, e do cáes Mauá partirão lanchas, conduzindo convidados, ás 13 horas. O Dr. Pires do Rio, ministro da via- ção, convidou os representantes da im- prensa junto ao scu gabinete, para assis- tirem essa inauguração, E Francis Etienne com essas massas si- . . , . ,. zaç-uo, da forte consciência com qao se integra na plenitude das suas re- sponsabilidades. No momento verdadeiramente liiâ- torico cm que a Nação não olha a sa- crificios para crear não somente um e ercito novo, eom as virtudes c as tradições do passado, mas uni*i nova mentalidade militar cm consonância com os complexos Reveres da defesa da Pátria e das instituições e em liar- monia com os ensinamentos teclmi- cos dos novos tempos, é sunimameii- te agradável verificar como os com- .mandantes da nossa tropa compre- heudem o seu papel de organizado: res e a sua funeção de educadores e dirigentes. Delles depende consideravelmen- te o exito dos moldes modernos cm 0 A recente passagem do commando da Primeira Companhia de Estabele- cimento deu ensejo a uma revelação, que, se, em verdade, não é original ou unica no genero, nem por isso deixa de ser merecedora de calorosa sympathia e de especial destaque, porque importa em effeito da actuação da nova- men- talidade dominante em nossas forç.is dc terra. Promovido a major, o comman- dante Eego Monteiro teve que trans- ferir as suas funeções á frente daquella brilhante unidade ao ca- pitão Aristarcho Pessoa. Pop essa oceasião, o antigo commandantc fez uma breve exposição da sua ges- tão administrativa, e 6 precisamente nesse relato simples e honesto quo encontramos uma das melhores pro- vas da .guperior orientação a que obedecem os nossos chefes militares integrados na hora de grandiosa transformação moral e material por que passa o exercito brasileiro. Vale a pena acompanhar de perto os esclarecimentos em que o major Rego Monteiro baseou a sua ordem do dia, ao deixar, após tres annos de enérgico e fecundo commando, n Pn- meira Companhia de Estabeleci- mento. Ao tomar-tihe a -ireéçâoj icncoa- trou-a o commandantc Monteiro in- stalada sem conforto algum em pe- quenos compartimentos de um antigo quartel no Realengo. Não tardou, felizmente, o governo em lhe dar um quartel condigno, mas sem o mobilario conveninclc. Começaram a revelar-se ahi o tacto, a solicitude do administrador. A quantia encontrada em cofre er.\ escassa, mas um regimen de intelli- gente economia nas dotações da uni- dade permittiu que o conselho de administração a provesse de- todos os moveis e ornamentação indispensa- veis ao conforto e ordem de suas ia- stalações. cundo para a nossa cultura de quantos. Q'10 s0 «Sta.elecetl a instituição; solicitou o centenário da independência. d .!«< dependo cnormcmcnle a fov- _., riu, '•mação do novo soldado, a sun saude xa < K*iro. morai( o santo enthusiasmo que lhe de- ve despertar a caserna, a alegria sau- davel com que cede um pouco da sua liberdade ás contingências da disci- plina e a convicção sincera com que tem do serviço das armas a noção d.* um dever que o dignifica como cida- dão e o ennobrece como brasileiro. A esse aspecto propriamente mor _ da missão dos commandantes vem li- gar-se outro, que envolve a efficicn- cia technica e a organização economi- ca das suas unidades, A Nação, como dissemos, não hesita em se empenhar em avultados dispeu- dios, quo raiam pelo sacrifício, para ter um exercito á altura do seu reno- me e dos seus interesses internos e ex- ternos. E' preciso, portanto, que, na medida do possivel, esse sacrifi- cio seja attenuado, e o aperfeiçoa- mento e conforto da tropa se consi- gam dentro de comprehensivcl parei- monia, desde que lhe possibilite, em taes condições, a poupança dos re- cursos. Que isso não é impraticável, oca- ba de proval-o admiravelmente a administração do commandante Rego Monteiro na Primeira Companhia do Estabelecimento. 0 governo deu-lhe um quartel ma- gnifico e dar-lhe-bia, certamente, os meios complementares para o perfei- to desempenho da sua funeção, mas o illustre chefe, ajudado efficazmen- mente por outros officiacs igualmen- te possuidos do alto senso dns suas obrigações para com a Pátria, p'ro- curou poupar o Thesouro a maiores encargos o attendeu com as ecõ- nomias vigilantes que lhe foi dado fazer nas respectivas dotações ás lar- gas necessidades que as instalações liygienicas da caserna, e conforto e os attraetivos da vida em quartel im- punham, como exigências naturaes e Huperativas, aos altos deveres da-sua autoridade. São lições desse valor, exemplos dessa eloqüência que facilitarão o suecesso da missão soeial reservada nesta época de intensidade reno- vadora ao exercito de que tanto s? orgulha a Republica. Como nos viu o general Mangln. Está a imprensa publicando as impres- soes 'da "longa viafem -d. #ficfal Mangin á America do Sul, particularizando o que se refere ao Brasil, impressões essas com- municadas ao órgão official da Uoiiversi- dade dos Annalcs, de Paris. Muita gente, desconhecendo o facto de ser o illustre general francez um homem dc notável cultura scientifica e literária, ao ouvir falar cm impressões da sua via- gem á Anrerica, talvez imaginasse que a sua attenção tivesse sido absorvida ape- nas pelas coisas militares. Puro engano. A França enviou-nos um glorioso vencedor de batalhas double de um fino iijtellectual c de um arguto.es- tudioso dos problemas administrativos c sociaes. Tem-se a prova disto na sua aprecia- ção em torno do ensino normal de São Paulo, questão que parece ter absorvido mais a sua attenção do quc propriamente a famosa organização policial-militar do grande Estado, que, como se sabe, tam- bem tem á frente da sua força publica uma missão militar franceza. S.. Paulo foi, com effeito,- visto pelo illustre cabo de guerra com olhos attentos. " Chego disse elle ao Estado de S. Paulo, o Estado modelo, qüe tem a coqucitcric de querer sempre estar em avanço, com todos os progressos europeus. Do ponto de vista da agricultura, da pc- cuaria, das obras publicas, elle está avan- çado. A locomotiva dernier cri anda so- bre as suas estradas de ferro, o appare- lho de transmissão mais aperfeiçoado existe nas suas repartições telegraphicas ou tclephonicas. Os seus museus são cui- dadosamefltfc catalogados e providos como os melhores museus da Europa. Emfim, as escolas normaes são taes como eu que- ria que as nossas escolas normaes fossem tão completamente apparclhadas do ponto de vista dos professores como do ponto de vista das instalações e de todo o ma- terial escolar." São conceitos altamente confortadores. E graças sejam dadas ao poderoso Es- tado *pelo consolo dessa constatação hon- rosa, que è uma homenagem e um pre- conicio á civilização do Brasil. nte foi verificado no livro de soecorros do navio-escola Primeiro de Marco, existente no archivg da marinha. * O Sr. ministro pediu ao seu collega da pasta da fazenda providencias no senti- do de ser habilitada a pagadoria do ministério com o credito de 4.450:000?, como adiantamento, afim de attender as despezas do pessoal da marinha, durante ô mez de outubro próximo, a conta do credito aberto pelo decreto b. 15.631, de 25 de agosto ultimo. Está errado.- (Refere um telegramma de Riga que o departamento russo do trabalho tem tido uma labuta incrível para attender o gran- de numero de engenheiros que procuram a Republica bolshevista pára exerce- rem a sua actividade, contando-se entre os pretendentes uns 200 engenheiros bra- sileiros. Não é possivel. Se a época do enge- nheiro, no Brasil, é agora que começa, se é palpável a falta desses prófissionaes technicos nos numerosos serviços de es- tradas de ferro, estradas de rodagem, con- strucções civis, desobstrucção de rios e canaes, portos, pontes, barragens, etc, que se estão emprchendendo por quasi toda parte do território nacional como. é que poderíamos exportar engenheiros para o estrangeiro, eem_ numero de 200? E logo para a; Rússia, onde as estra- das de ferro e de rodagem e todas as demais construcções se utilizam, hoje, de uma engenharia, a acreditar no que dizem as - agencias telegraphicas, a - da fome! ? Não pôde. ser. Está errado. Podia ser e não çstaria, talvez, er- rado, se se tratasse... de bacharéis. Não quanto ao facto de pretenderem emigrar para a iRussia, porque elles não trocariam de modo algum e com razão isto aqui, que é o seu paraiso, pelo inferno vermelho; mas, quanto ás possibilidades de exportação... Duzentos engenheiros far-nos-hiam im- mensa falta, ao passo que- 2.000 baeha- reis exportados.,. Mas, por que hão de querer tão mal aos bacharéis? Organização judiciaria de Mlnns. Pelo projeeto de orçamento para o pro- ximo exercicio, ficam restabelecidos no Estado de Mipas os logares de juizes municipaes nas comarcas de 2* e 3" en- trancias, cabendo a esses juizes as attri- buições que tinham anteriormente, exce- pto o despacho de pronuncia ou impro- nuncia, que continua privativo dos juizes de direito. As attribuições quc a lei de 1920, sup- pressora dos cargos de juiz ¦ municipal, conferia aos delegados de policia, passa- rão a ser exercidas, nas comarcas dc i*, pelos juizes de direito. B__d5Il-fll_QEN™_l As homenagens excepcionaes que o Bra- sil vem recebendo de quasi todas as gran- des nações civilizadas devem ter com- movido profundamente os nossos corações e profundamente sensibilizado a nossa vaidade ou o nosso orgulho nacional. En- tre os paizes muito menos ainda do que entre os individuos, as relações não se estabelecem apenas sob simples bases sen- timentaes: ellas têm um sentido mais pratico. Mandando-nos as suas embaixa- das especiaes ou erguendo os seus formo- sos palácios no recinto da exposição, os paizes amigos testemunham-nos os seus sentimentos affectivos; mas dão-nos, so- bretudo, a certeza desvanecedora de que somos, emfim, um valor internacional,jjue é necessário sempre levar em conta. Todo ma rivalidade concreta. A velha phrase de Saens Pena, diariamente repetida, de que "tudo nos une e nada nos separa", fez a sua fortuna pela verdade que encerrava. A Natureza traçou os nossos destinos di- versos, creando-nos esphcras próprias de desenvolvimento. A_ civilização, que se processa no Brasil, ha de ser caracteriíti- camente industrial. A abundância dos nos- sos mercados internos de consumo, as nos- sas riquezas era ferro e carvão, as quedas d'agua de fácil aproveitamento, indicam o caminho primeiro da nossa actividade, que não exclue, .riem poderia excluir, é claro, as explorações agricolas que, pelo menos, nos bastam a nós mesmos. A civilização argentina é e será toda a vida essencial- mente rural. Nas suas infinitas planícies, o mundo sente instinetivamente que o pe- que o trigo, o linho, o vinhedo e as pasta- Ministério da Guerra. Os embarques para os portos do norte foram transferidos para quarta-feira, 27 do corrente. ²Os officiaes intendentes 1o0 tenen- tes Felicissimo e Leonidas Cardoso vão servir 110 grupo de artilheria de costa e no 23" batalhão de caçadores. ²Serviço para hoje: dia á região, ca- pitão Costa Leite; auxiliar do official de dia, 3" sargento Theophilo Lima. Uniforme, 6o. m>«m**m1 Orador á hnla... Narra um telegramma de Ponta Grossa, Estado do Paraná, que o delegado de- po- licia local, não conseguindo auditório para uma conferência, reuniu a soldadesca sob as suasaordcns e ordenou o fuzilamento summario do povo. Com certeza, ha exagero no despacho telegraphico, mas o facto deve ser verda- deiro nas suas linhas geraes. Deve ser para o bom nome dos pontagrossenses. Realmente, um povo quc se -recusa a ou- vir um máo orador, apesar de ser autori- dade policial, offerece admirável prova dc sua cultura. E, se persiste nessa attitude de legitima defesa... auricular, mesmo sob a ameaça de fuzilamento a Mauser, sobe de ponto o seu valor, porque attinge •uma fôrma nova de heroismo o dc pre- ferir a morte fulminante por bala ao en- venenamento insidioso pela rhetorica. Quantos deputados e senadores, que cos- tuniam.fazer discurso para o recinto vasio, não ficarão invejando o delegado de Ponta Grossa, pelo seu gesto de represália vio- lenta, vingando-se á tiros do auditório rebelde... Que se acautclem, portanto, os freqüentadores da Câmara e do Senado. riodo multisecular da hegemonia euro péa se encerrou depois da guerra. Para as grandes nações da America do Sul, como desde algumas dezenas de annos para os Estados Unidos e para o Japão, voltam-se as attenções universaes. Nestas terras novas e ainda tão mal povoadas do Brasil, da Argentina, do Chile preparam- se rapidamente novos focos de civilização' e de cultura. As forças immancntcs do nosso progresso bastam para sorrir dos erros dos homens que, tantas vezes, pare- cem contrarial-as. Com a sua visão mais justa ou mais serena das coisas, o estran- geiro, que tem que nos vender os seus pro- duetos ou comprar as nossas matérias pri- mas, julga melhor do que nós das nos- sas possibilidades, e do campo infinito que aqui se abre no esforço humano. Por isto mesmo, se fosse possivel medir na nossa gratidão collectiva o alcance de tantas deferencias, para destinguir a es- pecie de sentimentos ou interesses que as ditam, de certo, as de nenhum paiz pode- riam tocar-nos mais do quc as da Argenti- na.Em todas as espheras da intelligencia, a Europa ainda é, felizmente, a nossa mes- tra c a nossa inspiradora. Nas letras, como nas artes ou na própria sciencia, vivcmos'e teremos que viver por muito tempo do pensjmcnto das grandes nações do velho mundo, a França sobre todas. Econômica- mente também, o concurso dos seus colo- nos e dos seus capitães é-iios extremamen- te precioso.A nossa vida internacional faz- se, entretanto, na America. Para os Es- tados Unidos e para a Argentina voltam- se naturalmente os pólos da nossa politica exterior. Entre os Estados Unidos distan- tes e fabulosamente ricos e poderosos, o Brasil ainda »'ê_ meio caminho da süa jor- nada histórica, não pódc haver grandes motivos de entrechoques, collisões de inter- esses ou vaidades feridas. A affectuosida- de das nossas relações é, relativamente, uma tarefa fácil para a diplomacia dos dois paizes. Com a Argentina,.o caso tor- na-se um pouco differente. Antes de tudo, somos vizinhos; as nos- sas terras confinam sobre algumas cen- tenas de leilometros. O contacto diário dos nossos interesses recíprocos torna-se, assim, muito mais directo, muito mais vivo. De- pois, é perfeita a equivalência dos nossos valores econômicos e, consequentemente, politicos. Atravessamos ambos a mesma phase de evolução; vivemos ambos no or- gulho das conquistas feitas e no deslutn- bramento das que nos promette um fu- turo próximo. Muito mais fáceis, desta fôrma, se tornam as hypotheses de peque- nas rivalidades e pequenas susccptibilida- des feridas. O phenomeno verifica-se cm toda a historia humana: duas grandes nações vizinhas não crescem juntas, sem encontrar quem lhes estimule as descon- fianças ou as antipathias reciprocas, jus- tas ou»injustas, não importa. Em Buenos Aires como no Rio ou em S. Paulo, não faltarão, talvez, algumas almas envenena- das que acalentam o sonho vermelho de un.1 entrechoque brutal, que viria servir, sobretudo, aos vendedores estrangeiros de armamentos e munições de guerra... Entretanto, não escapará ao mais grosso bom-senso de quc á apparente rivalidade, entre as duas grandes nações ibéricas da' America do Sul não corresponde nenhu^ gens enriquecem, está, talvez o mais for- midavel celleiro do mundo. Em que con- sistem, pois, as possibilidade de uma disputa econômica ? Os nossos mercados não são os seus; são diversos os produ- ctos que poderemos fornecer ao mundo. Onde não ha ódios de , sangue, que- stões de raça, de religião ou de terras, os interesses econômicos inspiram a poli- tica entre dois paizes. O duelo formidável entre a Allemanha e a França poderia ter as suas origens primeiras cm velhos ódios guerreiros; entre a Inglaterra e o antigo iriiperio germânico elle foi, sobretudo, de origem econômica. O Brasil e a Argen- tina, através das suas dessemelhanças eth- nicas, vera do mesmo tronco, partem da mesma civilização. L_iem-nos a mesma re- liglão e quasi a mesma lingua; guia-nos o mesmo ideal pacifico de paizes novos, que chegam, cheios de esperanças, na concur- rencia internacional. Sobre as nossas ter- ras sertanejas, ainda algumas centenas de milhões de creaturas humanas podem viver e agitar-se livremente. Que nos .separa, pois? A politica, um desejo vão dc he- gemonia continental... Sente-se bem quc, repetindo estas velhas palavras, incorremos, inconscientemente, em um equivoco peri- goso. Modelando a nossa vida social ou politica pela dos velhos paizes europeus, não distinguimos, muitas vezes, onde a sua moldura é mesquinha ou imprópria para O' nosso quadro. A diplomacia européa, que deu sentido a semelhantes expressões e que frutificou tão logicamente na catastrophe de 1914, é uma expressão absurda na Ame- rica do Sul. Hegemonia'' brasileira,- por que? Por que hegemonia argentina? As grandes nações do velho mundo, dila- ceradas. pelas suas rivalidades latentes, mal dormindo sobre a inquietação da guerra próxima, guardavam naturalmente o maior interesse em ampliar a sua esphera de in- fluencia politica e econômica, tão neces- saria nos dias da provação militar. Onde as mesmas condições na America do Sul? Antes de levar as pequenas vizi- nhas á orbita dos seus interesses, as tres grandes nações continentaes, o Bra- sil, a Argentina, o Chile têm quc compu- tar a sua própria independência economi- ca, pelo aproveitamento integral das suas próprias forças e das suas próprias rique- zas. Demais, as hegemonias internacionaes não surgem da vontade desta ou daquella geração de homens. Estabeleccm-se por si, como consequencia directa do va- lor deste ou daquelle paiz. As peque- nas Republicas, que nos cercam, gravitarão em torno do Rio ou de Buenos Aires, con- forme as suas conveniências c não as nos- sas. Uma politica de estreita aproximação, de entendimento cordial c, assim, a que os interesses mais altos e mais sérios das duas grandes nações sul-americanas indicam aos seus homen de responsabilidade. A nossa alliança constitue a primeira condiqão do nosso progresso commum. Por istç, repe- tiria, entre tantas homenagens estrangei- ras, que nos captivam e nos envaidecem, as da nossa grande vizinha têm um al- cance á parte valem como o signal de que, dissipadas para sempre as ultimas e absurdas prevenções de um triste equi- voco; -Brasil''eaATgèntlni,se.unent»frater- 'nálmeníe*-pára-'á' ''fcBhqtiiíílá'' 8(ft_ eu*1 fWmdT" ¦•ii- !,%5'iov»;rt*,o .ff ch .;.:¦» -tyss olho.' _*.»*>)_ ii'J^S^iM^WA-PI-IíIAí^ ¦*'-¦'¦' £™nzJ<-r:u ;¦._*-.„- _ Propaganda dos nossos produetos. Entre 03 papeis sujeitos ao estudo da' commissão de fazenda da Câmara dos Deputados de S. Paulo, encontra-se unia petição, em que o Sr. Hannibal Porto, vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, solicita favores para a orga- nização de uma companhia destinada á propaganda de produetos brasileiros, e es- pcclalmente do café, no extremo Oriente. Ministério dn Marinha. O Sr. ministro, restituindo ao Ministe- rio da Guerra o requerimento do reser- vista do exercito José Luiz Queiroz Bur- lamaqui pedindo adiamento de sua in- corporação, por se achar inscripto na 2* categoria da reserva naval, enviou a informação prestada nesse sentido pela inspectoria de portos e costas. O Sr. ministro autorizou a inspepto- ria de saude naval a inspeccionar o reser- vista do exercito Arthur Lemos, que pediu sua transferencia para a reserva naval. '— O Sr. ministro resolveu deferir o requerimento em que o carpinteiro-cala- fatc de 2* classe, sargento do corpo de sub-officiaes da armada, Roberto Ferreira Lima, pede seja contado pelo do- bro, para os effeitos de sua futura refor- ma, o periodo de de outubro a 30 de dezembro de 1894, em que recebeu ven- cimentos de campanha, por ter estado em- barcado em navio da» legalidade, confor- A juta cm Minas. O Dr. Américo dos Santos, que se acha ha tempos em Juiz de Fora, estudando, em conjunto com amigos e collegas de São Paulo, o problema do cultivo da juta em Minas, chegou á evidencia da facilidade de tão grandiosa cultura, classificando os terrenos daquelle municipio muito mais apropriados do que os de S. Paulo, onde existe tal cultura, tão intensificada que, iem futuro muito próximo, não será mais importada a fibra indiana, passando a ser feito o abastecimento das fabricas paulis- tas de aniagens e saccaria pelo próprio produeto do Estado. Ligado agora ao Sr, Jaymc Leal Vel- loso, lavrador e industrial paulista, e a ea- pitaíistas locaes ou mesmo de S. Paulo, vai iniciar a cultura daquella preciosa fi- tra, a sua fiação e tecelagem, para o que* foram encommendados os machinismos necessários, e será adquirida a fabrica de tecidos de juta existente em Juiz de Fora. Consta mais quc c pensamento dos mesmos estabelecer como industria correlata o fa- brico do papel, aproveitando as partes da juta nue não se prestarem para a fabricação de fios. A confirmação de tal noticia significará para Minas mais um grande passo dado no caminho do desenvolvimento industrial. ¦<^ .CBWfl»— ——-— ¦ Feminismo ao norte ! Parece que é a primeira vez que no ex- tremo norte do paiz a mulher toma "a dian- feira ao homem no exercicio dc funeções administrativas. Eis um telegramma do Pará que revela estar aberta a porta ao ingresso da mulher na burocracia local: " Belém, 21 O director da Recebe- doria de Rendas, informando o officio do governador do Estado, a propósito da no- meação de D. Benedicta Carvalho para o cargo de despachante estadoal. diz que nãoi acha justo que se negue á mulher o direito de procurar honradamente os meios de süa subsistência, pleiteando um cargo publico, mormente quando este direito é amparado pelos governos de todos os povos civili- zados. Parece que o governo nomeará D. Be- o caso, Tuitimaflas -aS .experiências,, será fe_tâ'Jtí!naL.fi_drdsa.ri-_p_áíSo na' machi- na, e este ponto bastante delicado será definitivamente esclarecido. O consumo do novo combustivelé sensivelmente igual ao da gazolina-; a composição centesimal de hydrogenio e carbono, quasi identi- cas, tendo a seu favor uma larga pereci- nedicta Carvalho para o cargo de despa- tagem de oxygenio que facilita a com- chante estadoal effectivo, por ter a mesma demonstrado aptidões para o cargo a que aspira, quando o oecupa va interinamente." Como se vê, o precedente é claro, e d'aqui por diante a- administração pa- rácnse terá de admittir novas Evas concur- rentes aos Adões burocráticos daquella- unidade federativa, tão amavelmente pro- picia ao trabalho da mulher. O feminismo, que havia empolgado o 'Centro e o sul, onde a actividade infati- gavel da illustre senhorita Bertha Lutz prega com suecesso a doutrina dos direitos imprescriptiveis e soberanos dc seu sexo, está agora cm marcha pelo norte, onde, certamente, não tardará cm triumphar. Acompanhemos com sympathia a sua trajectoria, mesmo porque cila se "faz por meio do trabalho honesto c da intelligencia esclarecida, que são, no fim de contas, apanágios da" mulher b.-asileira. bustão, nugmentando o rendimento ther- mico apesar de menor coefficicnte. Tudo leva a crer que as nossas experien- cias serão coroadas de pleno suecesso, e, opportunamente, em relatório, .detalha- do, offerecemosos dados technicos mais completos que, baseados em longas ex- periencias devidamente controladas, nas mais variadas applicações do novo car- burante nos motores á explosão, permit- tirão julgar de uma fôrma absoluta a pos- sibilidade de substituir o combustível im- portado pelo nacional." -»-^^«- O carbureto nacional. Na ultima sessão da Sociedade Pau- lista de Agricultura, o Dr. Bernardes Mo- relli, como membro da commissão nomea- da para o estudo e experiência do álcool como força motriz, fez uma interessante communicação, que conclue por estes termos: "O nosso carbureto, absolutamente "anidro" e "neutro" não pôde oceasio- nar os inconvenientes que se mencionam, dada uma lubrificação acurada; em todo Hi Nova praga do caféeiro, O Dr. José de Campos Novaes, phyto- pathologista do Instituto Agronômico dcí* Estado de S. Paulo, em Campinas, se- gundo o aviso que fez á secretaria de agricultura, descobriu em algumas fazen- das de "Pedreiras uma nova praga do ca- feeiro. Ante a communicação recebida, fez a dircectoria da agricultura seguir, sem perda de tentpo, para aquella localidade o seu entomologo Dr. Adolph Hempel, que, visitando cafezaes da referida zona, encontrou, de facto, a larva de um lepi- dóptero que atacava os cafeeiros mais fracos em seus galhos seccos e mortos. Festa das Aves. Nas escolas normaes e annexas, grupos escolares, escolas reunidas e isoladas e outras do Estado de S. Paulo, realizou-se, sabbado ultimo, a Festa das Aves, institui- da, ha mais de 10 annos, pela dircjtoria geral de instrucção publica.

Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

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ASSIGNATURASBBÁSI-

Anno .... .;. ÍMOOOSemestre 25ÍO0OTrimestre .... 15J00O

EXTI5IHOB-Anno 120Í00OSemestre 60*000

Numero avulso 100 réis

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Avenida Rio BrancoN." 128, 130 e 132

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ANNO XXXVIII- N. 13.854 RIO DE JANEIRO, SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922 Jornal independente, político,literário o noticioso

EXPOSIÇÃO OEARTE"

A mais alta expressão de homenagem

que o Brasil recebe, na data centenária de

sua independência, é a visita que lhe faz

a arte franceza por intermédio de alguns

de seus mais illustres pintores contempo-ranços, na exposição.que hoje inauguram,na rua Gonçalves Dias, as Galerias GeorgesPatítj de Paris. I

Xão creio que outro tentamen se tenharealizado, entre nós; com esta variedade eriqueza, e que haja podido inscrever, noseu catalogo, nomes tão representativos emarcantes como de Daubigny, Corot, Diaz,Baudry, Isabey, Jongking (hollandez deorigem), Pissaro, Rapliaclü, iSisley, Ziem,Boudin, Henri-Martin, Le Sidaner e òu-tros, que formam como que uma especiede ctassicos modernos, diante das fragor-osas revoluções que têm agitado a pin-tura franceza desde os divisionistas, ce-zanistas, até os faitvcs, chegando ás manei-ras alarmantes dos cubisjar!.

Ha nomes que, pelo prestigio syllabar,pelas ondas de emoções que evocam nosrecônditos das saudades, são verdadeirassyntheses de realidades idéaes. Corot gozadesse estranho' prestigio, como Carricre.Aliás, não sei quc estranho parentesco osfilia ao mesmo sentimento de atmosphera.Assim, só o enunciado dos nomes que aesclarecida' e diligente competência doSr. Jean Henry-Blanchon nos trouxe, étoda uma larga seducção.

Em cada um delles se esconde a scente-lha que desvenda um segredo da natureza,e que, através dc seu sentimento e dc seuspensares, nol-a deixa entrever em um da-rão de belleza.

De nossa época, a não ser o movimentoprc-raphaelista, chefiado por William Hunt,Gabriel-Rosseti, Millais, Tord MadoxBrown (18.18), todas as renovações quea pintura tem soffrido nascem em França.Deilas, a de maior vulto, é evidente, foio chamado Imprcssionismo. Sendo ellelimitadamente reacção de technica, cm quesc procura pintar diversamente dos pre-ceitos acadêmicos, ç tradicionaes na arte,e fugir ás officinas para o ar livre dossampos, após o estudo da luz — pareceujue elle se confinava na sua própria habi-idade manual e óptica. Desse movimento,rrandes nomes ficaram na arte franceza,lendo maior, para mim, o de Rcnoir, sem

«jue delle muito se afastem Dégas, Monete Manet, Pissaro e Sisley."

De Pissaro poderá, o leitor—examinar/-na' presente exposição, duas manhãs deprimavera e de Sisley — Les Bords duLoing, como também Morei au soleil cou-chant.

O Imprcssionismo com o estudo de lumi-nosidade, de decomposição da luz, estjuc-cia-se de que o coração humano é um focoInesgotável de impressões. Esse aspectode realismo exclusivo que taes artistasderam á pintura foi o elemento que lhesestancou .-» vida. E' verdade quc, ao ladodelles, se manifestava, isolado e amoroso,vehcmente e psychologo, animista sublime,Eugênio Carrière. Sem abandonar o "pro-

blema da luz", ainda nelle mais fundomergulhando, o poeta das Malcrnitcs so-nhou segredos insondaveis na monochro-mia das nevoas densas, fazendo da pinturaphysionomica verdadeira revelação espiri-ta, como apparições de estados psychicosem que toda historia moral do individuoali se ."subliminava".

Se recorrermos á época napoleonica,veremos que caso similar de divergência sedá entre David c sua escola, c esse paiespiritual de Carrière, que foi Prud'hon.

Dos Impressionistas ha ainda tendênciascuriosas: neo-impressionismo, onde figu-ram pontilhistas, como o grande e singu-lar Seurat, Paul Signac, Theo van Rys-selbcrgue, Maurice Denis, sem mesmo es-quecer Pissaro, que, por annos, se desgar-rou nessa nova tcchnics. Aqui, não scpinta mais somente fazendo distribuição

. de tonalidades, por manchas, mas sim, pormeio de oontos pequenos, de fôrma esphe-rica, que nos reenvios dos raios lumino-6os irão agir sobre a retina, neila se fa-icndo, então, a synthese colorida domi-«ante.

Ainda mais próximo dos nossos dias, edentro dc uma concepção natural do mun-do c humana do homem, — longe das de-formações propositadas — devo indicar,nesta breve resenha, a acção dos pintorespost-impressionistas. Ha nelles figurascomo de Paul Gaugin e Odilon Rédon, oque nos faz chegar aos primeiros aniíosdeste século. Gaugin, natureza sensibilis-sima, vai deixar-se morrer cm Tahiti, des-apparccendo còm o creador do neo-primi-tivismo uma das almas raras da arte fran-ceza, onde havia o sentimento religiosodos seres c das coisas, dispersos, errantes,na solidão impressionante da_ vida.

Por 1305, Cézanne é descoberto... E,a par de sua emotiva simplicidade, de suaingênua aspiração a realizar alguma coisade simples e profundo,'— os seus disci-pulos fizeram de seus vicios e impotenciaspirturaes linguagem reveladora de novomundo da Belleza. Para eiles toda a vidado quadro é uma questão de planos e co-lorido. O assumpto é secundário.

Nem sei sc Cézanne, tocado por inspi-ração discreta e religiosa, teria tido con-sciencia dessa expansão que teria a suaarte: elle solitário, intimo, vivendo deseu sonho interior como um monarcha ernseu reino...

E' claro que a violenta interpretaçãoque se deu á arte de Paul Cézanne (náosei se o interesse mercante dos quadrosnão se intrometteu nesse advento) nãose podia limitar á sua focagem pesscal.

Teria, e por força, um desdobramentomaior, mais larga repercussão.

E teve. Foi a apparição dos fatives,chefiados por Henri Mátissc, Van Don-

gen, Otto Friesz, — que são porta-estan-dartes do Cubismo. Esta soviética dapintura não mais se preoecupava de novasharmonias de cores, como os Impressio-nistas . suas ramificações; ella queria re-alizar novíssimas harmonias (?) de fór-mas.

Inquietava-a a quarta dimensão, o sen-timento dos volumes na atmosphera, inde-pendente de sua expressão, como massas,como planos, como superficies. •

Tudo reduzido ás linhas elementares, pa-rece que a pintura moderna fugia a ex-primir os sentimentos da alma humana, assuas crises de dores fundas, òs seus surtositerativos de prazer, de horas indecisas;vagas, propheticas de -volúpia e devaneio.

A paizagem não tem mais o sonho quenella derramava Corot, e mesmo muitosdos impressionistas.

E' a pura geometria da paizagem.* Picassô, Lhot, Derain e outras patru-lhas cubistas não poderão attingir as fór-mas de perfeição, fugindo aos eternos

principios da harmonia.E' claro que o artista deve, sondando

com emoção suas visões interiores, ir coma lâmpada accesa da inspiração, desven-dar, no segredo da natureza, o mysteriode novos horizontes. Mas ha um limite«jue se não pôde transpor: como imaginarfôrma e compostura anatômica mais per-feita que' a do homem?

Nossa mentalidade biológica não aceita-ria a menor divergência nesse concebi-mento que. a torrente hereditária formoudesde o Paraiso, ou das manifestações em-bryogenicas da especie: só poderia jogai-aao ergastulo dos monstros da natureza.

E' claro que ninguém negará aos cubis-tas o senso do volume, que é o traço queos ha de assignalar na historia da artefranceza, caso o tempo lhes destine umasobre-porta, no templo da pintura, paranella sc anicharem.

Taes considerações, por demais summa-rias, referentes aos movimentos contempo-ranços da pintura franceza, foram-mesugeridas pelo delicado e saboroso prazerque tive á visita que fiz — avant-vernissage— á exposição que as Galerias GeorgePetit hoje inauguram, sob a orientaçãotechnica do Sr. Blauchon. .-1T'

Lamento não poder dizer, em especial,o que foi essa hora de emoção, no abrirde caixas, pendurar quadros, em que euvia por terra: — Henri Rousseau, Le-bourg, Ménard, Monticelli, Isabey, Delpy,Boudin... Por momentos, embalei nos bra-ços um Corot:..

. E quem seria essa nova Eva que Char-les Gary faz viver com tanta expressão?

Ao cabo de tres annos, essas eco-nomias deram para oceorrer aquellesdispendios e para satisfazer outrosencargos, relacionados com o bemestar das praças, ficando ainda emcofre elevado saldo.

"Além dessas coisas, essenciaesá higiene do -quartel— diz ocommandante Rego Monteiro —consegui instituir casino, para di-versões das praçaa, bem comouma barbearia e officina de al-faiate e sapateiro, onde ellas se.podem servir, para o seu asseioe reparos de peças de fardaineu-to, sem nada gastar por esses ser-viços, cujo material e mão deobra são pagos á custa do cofredo CA.

Para os officiaes, foi prepa-rado um amplo e confortávelcasino e para os sargentos foipreparado alojamento especial econvenientemente mobilado.

Dando aos soldados tudo quan-to podia servir para bem alojai-os, cuidei, por outro lado, delhes melhorar a instrucção e con-correr para lhes dar hábitos dehygiene, physica e moral. Fun-dei, para esse fim, a Escola Re-gimental, que não existia, e ficoudotada de material escolar, pagotambém pelo C. A.; activei ainstrucção da arma, que era de-ficiente, e a de tiro, que não ex-istia; tornei a disciplina umarealidade e cheguei a esse resul-tado pela applicação da lei e dosprincipios de justiça, sem exce-pção para ninguém. '¦

Tive a fortuna de, em todaessa obra de remodelação, encon-trar sempre o apoio e ajuda dasdivergia autoridades debaixo decujas Ordens tive a honra de ser-vireV'ips.(exemplos tanto moguiaraVétoo cumprimento do de-ver."$ '•'•

Eis ahi. Nada mais simples, des-pretencioso e honesto; e, também,nada mais significativo.

Exemplos de trabalho, de dedica-ção, de intelligencia, de patriotismo,como esse, não são raros, bem sabe-mos, no exercito; mas isto não obstaa que elles deram multiplicnr-se, eacreditamos quc assim suecederá, por-que a nossa officialidade investida defuneções dc commando não 6 estra-nha, felizmente, á emulação dos actosreveladores do seu preparo, do seu

gnTRcaTr__, eríF pátzàge'mtoúaenio'ci'Montezin rev:la influencia de Sisley, semperder sua personalidade, nessa paizagemonde ha frescura dulcida e poética.

Dos novos, — no tumulto em que lhespude apenas dar lance de olhos, é Phi-dias (que nome tremendo!) quem se meassignala com mais interesse.

Dc uma technica inesperada, fazendo, pormeio de lanhos coloridos, suas figuras deexcellentes pastas, vem revelar-se artistacomo factura ecomo inspiração.

Ha delle um pierrot e uma cigana, quesão deliciosos. Que influencia de Zuloagahaverá neste pintor?- A exposição de arte franceza é umadistincçâo que a França nos faz: o Rioha de corresponder a essa homenagem,com interesse e enthusiasmo.

E nós todos nos devemos felicitar poresse afortunado acontecimento, o mais fe'

D tempo.BOLKTIH DA milECrolUA DB X!BTE0110_0_1A

Prepfíõc» para o periodo: ie 18 horas ithontem até 18 horas de hoje: .

Dl-írfcío Federal « Nlth,erou — Tempo,Instável, sujeito a chuvas rara*. Temperatura,estável. Ventos, predomlnar&o .jflndti os de sul,frescos. '^V . , ,.

Estado do Rio — Tempo. Instável sujeito achuvas raras salvo a leste que será entre ln-stavel o ameaçador, sujeito a chuvas iracas.Temperatura, estável..

Tendência geral do tempo apõe 18 Horas iohojo — Melhorar.

SIKOPSB D0 TEMPO OÇÍOUMDO

No DiíWcío Federal (até-.»"lioras de hon»tem) — O tompo, de aceordo «com a previsãofeita, foi ameaçador 4 nóltòe Instável d» (Ua,apresentando neste período, por» vezes, raelho-ras sensíveis. A temperatura, fql estável a noi-te com ll.elra ascensão de.diar,a máxima ve-rlficou.o 4s 11,50, com 240,6 é a mínima as18 horas e 55, com 17°.6. Os vgntos foram nor-raaes, predominando porém, .calmaria.

Em todo o paiz (até D Noras de hontem) —Zona norte — Por ter faltado o aervlço tele-grnphleo desta zona, nüo é-feita ft respectivaBynopse. Zona centro — Tempo em geral in-stavel, salvo po F,stndo <1<> Matto Grosso, cmque esta bom. A temperatura subiu em Minase Matto «rosso e declinou no Kstado do Bio.

.Chuvas régúlares .Iiontem, em Minas, Uoyaz eEstado do Rio. Zona sul — Tempo instávelem oeste o sudoeste de S. Paulo e bom nosdemais poutos dostn -sono. Clioylsè.oü em Igun-pe e Paranaguft. A temperatura em" geral foiestável. ~, "" "' _.'.

Mcnore, temperaturas — 6°,0 em Lages e 7",0em Santa Marin e Porto Alegre. _ ------ ¦

Maiorc, chuvas recolhidas «o dio 24— 28mlni.O cm Leopoldina e 16 7rn'lu,7 «m Carmo.

_.rado do mar na costa, do patz -t-randosvagas, na Bahia; pequenas vagas, em S. -Pauloo Paraná: tranqüilo e chão, nos.jdemals.¦pon;tos do costa do paiz. — - - , -- -;.--:. :;

Regiões sem chuvas — Ha-.mala de 15 dins.Quixada e Quixeramoblm. Ha mais de 30 das:parte do norte dc Minas. Oa mnis de 00 dias:Grnjahú, Joazeiro, Januaria • Pltauguy.

DADOS AEIIOI.or.ICOSCorrento SSE até 801 metros com velocidade

máxima de 8m,7 passando a N. atf 990 me-tros com velocidade máxima de 1 metro c 8.nté 1 170 metros com velocidade mnximn ue4m.5; flnnlmente, rondando.de W o NW cor-rente W com velocidade máxima de 0m,2 ato*> 010 metros, altura em que o bolSo dcsappa-reeou cm-Strnlus-Cuinulos, fi distancia horizou-tnl de 2.305 metros.

Edição de hoje, 6 paginas

Com a presença do Sr. presidente tiaRepublica, Dr. Pires do Rio, ministro daviação; Dr. Homero Baptista, ministroda fazenda, c outras altas autoridades,serão inauguradas hoje as obras da zonafranca d„ ilha do Governador.

O acto da inauguração será effectuadoás 14 horas, e do cáes Mauá partirãolanchas, conduzindo convidados, ás 13horas.

O Dr. Pires do Rio, ministro da via-ção, convidou os representantes da im-prensa junto ao scu gabinete, para assis-tirem essa inauguração,

E Francis Etienne com essas massas si- . . , . ,.

zaç-uo, da forte consciência com qaose integra na plenitude das suas re-sponsabilidades.

No momento verdadeiramente liiâ-torico cm que a Nação não olha a sa-crificios para crear não somente ume ercito novo, eom as virtudes c astradições do passado, mas uni*i novamentalidade militar cm consonânciacom os complexos Reveres da defesada Pátria e das instituições e em liar-monia com os ensinamentos teclmi-cos dos novos tempos, é sunimameii-te agradável verificar como os com-.mandantes da nossa tropa compre-heudem o seu papel de organizado:res e a sua funeção de educadores edirigentes.

Delles depende consideravelmen-te o exito dos moldes modernos cm

0A recente passagem do commando

da Primeira Companhia de Estabele-cimento deu ensejo a uma revelação,que, se, em verdade, não é original ouunica no genero, nem por isso deixa deser merecedora de calorosa sympathiae de especial destaque, porque importaem effeito da actuação da nova- men-talidade dominante em nossas forç.isdc terra.

Promovido a major, o comman-dante Eego Monteiro teve que trans-ferir as suas funeções á frentedaquella brilhante unidade ao ca-pitão Aristarcho Pessoa. Pop essaoceasião, o antigo commandantc fezuma breve exposição da sua ges-tão administrativa, e 6 precisamentenesse relato simples e honesto quoencontramos uma das melhores pro-vas da .guperior orientação a queobedecem os nossos chefes militaresintegrados na hora de grandiosatransformação moral e material porque passa o exercito brasileiro.

Vale a pena acompanhar de pertoos esclarecimentos em que o majorRego Monteiro baseou a sua ordemdo dia, ao deixar, após tres annos deenérgico e fecundo commando, n Pn-meira Companhia de Estabeleci-mento.

Ao tomar-tihe a -ireéçâoj icncoa-trou-a o commandantc Monteiro in-stalada sem conforto algum em pe-quenos compartimentos de um antigoquartel no Realengo.

Não tardou, felizmente, o governoem lhe dar um quartel condigno,mas sem o mobilario conveninclc.Começaram a revelar-se ahi o tacto,a solicitude do administrador.

A quantia encontrada em cofre er.\escassa, mas um regimen de intelli-gente economia nas dotações da uni-dade permittiu que o conselho deadministração a provesse de- todos osmoveis e ornamentação indispensa-veis ao conforto e ordem de suas ia-stalações.

cundo para a nossa cultura de quantos. Q'10 s0 «Sta.elecetl a instituição;solicitou o centenário da independência. d .!«< dependo cnormcmcnle a fov-

_., riu, '• mação do novo soldado, a sun saudexa < K*iro. morai( o santo enthusiasmo que lhe de-ve despertar a caserna, a alegria sau-davel com que cede um pouco da sualiberdade ás contingências da disci-plina e a convicção sincera com quetem do serviço das armas a noção d.*um dever que o dignifica como cida-dão e o ennobrece como brasileiro.

A esse aspecto propriamente mor _da missão dos commandantes vem li-gar-se outro, que envolve a efficicn-cia technica e a organização economi-ca das suas unidades,

A Nação, como dissemos, não hesitaem se empenhar em avultados dispeu-dios, quo raiam pelo sacrifício, parater um exercito á altura do seu reno-me e dos seus interesses internos e ex-ternos. E' preciso, portanto, que,na medida do possivel, esse sacrifi-cio seja attenuado, e o aperfeiçoa-mento e conforto da tropa se consi-gam dentro de comprehensivcl parei-monia, desde que lhe possibilite, emtaes condições, a poupança dos re-cursos.

Que isso não é impraticável, oca-ba de proval-o admiravelmente aadministração do commandante RegoMonteiro na Primeira Companhia doEstabelecimento.

0 governo deu-lhe um quartel ma-gnifico e dar-lhe-bia, certamente, osmeios complementares para o perfei-to desempenho da sua funeção, mas oillustre chefe, ajudado efficazmen-mente por outros officiacs igualmen-te possuidos do alto senso dns suasobrigações para com a Pátria, p'ro-curou poupar o Thesouro a maioresencargos o attendeu com as ecõ-nomias vigilantes que lhe foi dadofazer nas respectivas dotações ás lar-gas necessidades que as instalaçõesliygienicas da caserna, e conforto eos attraetivos da vida em quartel im-punham, como exigências naturaes eHuperativas, aos altos deveres da-suaautoridade.

São lições desse valor, exemplosdessa eloqüência que facilitarão osuecesso da missão soeial reservadanesta época de intensidade reno-vadora ao exercito de que tanto s?orgulha a Republica.

Como nos viu o general Mangln.

Está a imprensa publicando as impres-soes

'da "longa viafem -d. #ficfal Mangin

á America do Sul, particularizando o quese refere ao Brasil, impressões essas com-municadas ao órgão official da Uoiiversi-dade dos Annalcs, de Paris.

Muita gente, desconhecendo o facto deser o illustre general francez um homemdc notável cultura scientifica e literária,ao ouvir falar cm impressões da sua via-

gem á Anrerica, talvez imaginasse que asua attenção tivesse sido absorvida ape-nas pelas coisas militares.

Puro engano. A França enviou-nos um

glorioso vencedor de batalhas double deum fino iijtellectual c de um arguto.es-tudioso dos problemas administrativos csociaes.

Tem-se a prova disto na sua aprecia-ção em torno do ensino normal de SãoPaulo, questão que parece ter absorvidomais a sua attenção do quc propriamentea famosa organização policial-militar dogrande Estado, que, como se sabe, tam-bem tem á frente da sua força publicauma missão militar franceza.

S.. Paulo foi, com effeito,- visto peloillustre cabo de guerra com olhos attentos.

" Chego — disse elle — ao Estado deS. Paulo, o Estado modelo, qüe tem acoqucitcric de querer sempre estar emavanço, com todos os progressos europeus.Do ponto de vista da agricultura, da pc-cuaria, das obras publicas, elle está avan-çado. A locomotiva dernier cri anda so-bre as suas estradas de ferro, o appare-lho de transmissão mais aperfeiçoadoexiste nas suas repartições telegraphicasou tclephonicas. Os seus museus são cui-dadosamefltfc catalogados e providos comoos melhores museus da Europa. Emfim,as escolas normaes são taes como eu que-ria que as nossas escolas normaes fossemtão completamente apparclhadas do pontode vista dos professores como do pontode vista das instalações e de todo o ma-terial escolar."

São conceitos altamente confortadores.E graças sejam dadas ao poderoso Es-tado *pelo consolo dessa constatação hon-rosa, que è uma homenagem e um pre-conicio á civilização do Brasil.

nte foi verificado no livro de soecorrosdo navio-escola Primeiro de Marco,existente no archivg da marinha.* — O Sr. ministro pediu ao seu collegada pasta da fazenda providencias no senti-do de ser habilitada a pagadoria doministério com o credito de 4.450:000?,como adiantamento, afim de attender asdespezas do pessoal da marinha, duranteô mez de outubro próximo, a conta docredito aberto pelo decreto b. 15.631,de 25 de agosto ultimo.

Está errado.-• (Refere um telegramma de Riga que odepartamento russo do trabalho tem tidouma labuta incrível para attender o gran-de numero de engenheiros que procurama Republica bolshevista pára lá exerce-rem a sua actividade, contando-se entreos pretendentes uns 200 engenheiros bra-sileiros.

Não é possivel. Se a época do enge-nheiro, no Brasil, é agora que começa,se é palpável a falta desses prófissionaestechnicos nos numerosos serviços de es-tradas de ferro, estradas de rodagem, con-strucções civis, desobstrucção de rios ecanaes, portos, pontes, barragens, etc, quese estão emprchendendo por quasi toda

parte do território nacional — como. é

que poderíamos exportar engenheiros parao estrangeiro, eem_ numero de 200?

E logo para a; Rússia, onde as estra-das de ferro e de rodagem e todas asdemais construcções só se utilizam, hoje,de uma engenharia, a acreditar no quedizem as - agencias telegraphicas, a - dafome! ?

Não pôde. ser. Está errado.Podia ser e não çstaria, talvez, er-

rado, se se tratasse... de bacharéis. Nãoquanto ao facto de pretenderem emigrarpara a iRussia, porque elles não trocariamde modo algum — e com razão — istoaqui, que é o seu paraiso, pelo infernovermelho; mas, quanto ás possibilidadesde exportação...

Duzentos engenheiros far-nos-hiam im-mensa falta, ao passo que- 2.000 baeha-reis exportados.,. Mas, por que hão dequerer tão mal aos bacharéis?

Organização judiciaria de Mlnns.Pelo projeeto de orçamento para o pro-

ximo exercicio, ficam restabelecidos noEstado de Mipas os logares de juizesmunicipaes nas comarcas de 2* e 3" en-trancias, cabendo a esses juizes as attri-buições que tinham anteriormente, exce-pto o despacho de pronuncia ou impro-nuncia, que continua privativo dos juizesde direito.

As attribuições quc a lei de 1920, sup-pressora dos cargos de juiz ¦ municipal,conferia aos delegados de policia, passa-rão a ser exercidas, nas comarcas dci*, pelos juizes de direito.

B__d5Il-fll_QEN™_lAs homenagens excepcionaes que o Bra-

sil vem recebendo de quasi todas as gran-des nações civilizadas devem ter com-movido profundamente os nossos coraçõese profundamente sensibilizado a nossavaidade ou o nosso orgulho nacional. En-tre os paizes muito menos ainda do queentre os individuos, as relações não seestabelecem apenas sob simples bases sen-timentaes: ellas têm um sentido maispratico. Mandando-nos as suas embaixa-das especiaes ou erguendo os seus formo-sos palácios no recinto da exposição, ospaizes amigos testemunham-nos os seussentimentos affectivos; mas dão-nos, so-bretudo, a certeza desvanecedora de quesomos, emfim, um valor internacional,jjueé necessário sempre levar em conta. Todo

ma rivalidade concreta. A velha phrase deSaens Pena, diariamente repetida, de que"tudo nos une e nada nos separa", fez asua fortuna pela verdade que encerrava.A Natureza traçou os nossos destinos di-versos, creando-nos esphcras próprias dedesenvolvimento. A_ civilização, que seprocessa no Brasil, ha de ser caracteriíti-camente industrial. A abundância dos nos-sos mercados internos de consumo, as nos-sas riquezas era ferro e carvão, as quedasd'agua de fácil aproveitamento, indicam ocaminho primeiro da nossa actividade, quenão exclue, .riem poderia excluir, é claro,as explorações agricolas que, pelo menos,nos bastam a nós mesmos. A civilizaçãoargentina é e será toda a vida essencial-mente rural. Nas suas infinitas planícies,

o mundo sente instinetivamente que o pe- que o trigo, o linho, o vinhedo e as pasta-

Ministério da Guerra.Os embarques para os portos do norte

foram transferidos para quarta-feira, 27do corrente.

Os officiaes intendentes 1o0 tenen-tes Felicissimo e Leonidas Cardoso vãoservir 110 1° grupo de artilheria de costae no 23" batalhão de caçadores.

Serviço para hoje: dia á região, ca-pitão Costa Leite; auxiliar do official dedia, 3" sargento Theophilo Lima.

Uniforme, 6o.m>«m**m 1

Orador á hnla...Narra um telegramma de Ponta Grossa,

Estado do Paraná, que o delegado de- po-licia local, não conseguindo auditório parauma conferência, reuniu a soldadesca sobas suasaordcns e ordenou o fuzilamentosummario do povo.

Com certeza, ha exagero no despachotelegraphico, mas o facto deve ser verda-deiro nas suas linhas geraes. Deve ser

para o bom nome dos pontagrossenses.Realmente, um povo quc se -recusa a ou-

vir um máo orador, apesar de ser autori-dade policial, offerece admirável prova dcsua cultura. E, se persiste nessa attitudede legitima defesa... auricular, mesmo soba ameaça de fuzilamento a Mauser, sobede ponto o seu valor, porque attinge•uma fôrma nova de heroismo — o dc pre-ferir a morte fulminante por bala ao en-venenamento insidioso pela rhetorica.

Quantos deputados e senadores, que cos-tuniam.fazer discurso para o recinto vasio,não ficarão invejando o delegado de PontaGrossa, pelo seu gesto de represália vio-lenta, vingando-se á tiros do auditóriorebelde... Que se acautclem, portanto, osfreqüentadores da Câmara e do Senado.

riodo multisecular da hegemonia européa se encerrou depois da guerra. Paraas grandes nações da America do Sul,como desde algumas dezenas de annospara os Estados Unidos e para o Japão,voltam-se as attenções universaes. Nestasterras novas e ainda tão mal povoadas doBrasil, da Argentina, do Chile preparam-se rapidamente novos focos de civilização'e de cultura. As forças immancntcs donosso progresso bastam para sorrir doserros dos homens que, tantas vezes, pare-cem contrarial-as. Com a sua visão maisjusta ou mais serena das coisas, o estran-geiro, que tem que nos vender os seus pro-duetos ou comprar as nossas matérias pri-mas, julga melhor do que nós das nos-sas possibilidades, e do campo infinito queaqui se abre no esforço humano.

Por isto mesmo, se fosse possivel medirna nossa gratidão collectiva o alcance detantas deferencias, para destinguir a es-pecie de sentimentos ou interesses que asditam, de certo, as de nenhum paiz pode-riam tocar-nos mais do quc as da Argenti-na.Em todas as espheras da intelligencia, aEuropa ainda é, felizmente, a nossa mes-tra c a nossa inspiradora. Nas letras, comonas artes ou na própria sciencia, vivcmos'eteremos que viver por muito tempo dopensjmcnto das grandes nações do velhomundo, a França sobre todas. Econômica-mente também, o concurso dos seus colo-nos e dos seus capitães é-iios extremamen-te precioso.A nossa vida internacional faz-se, entretanto, na America. Para os Es-tados Unidos e para a Argentina voltam-se naturalmente os pólos da nossa politicaexterior. Entre os Estados Unidos distan-tes e fabulosamente ricos e poderosos, oBrasil ainda »'ê_ meio caminho da süa jor-nada histórica, não pódc haver grandesmotivos de entrechoques, collisões de inter-esses ou vaidades feridas. A affectuosida-de das nossas relações é, relativamente,uma tarefa fácil para a diplomacia dosdois paizes. Com a Argentina,.o caso tor-na-se um pouco differente.

Antes de tudo, somos vizinhos; as nos-sas terras confinam sobre algumas cen-tenas de leilometros. O contacto diário dosnossos interesses recíprocos torna-se, assim,muito mais directo, muito mais vivo. De-pois, é perfeita a equivalência dos nossosvalores econômicos e, consequentemente,politicos. Atravessamos ambos a mesmaphase de evolução; vivemos ambos no or-gulho das conquistas feitas e no deslutn-bramento das que nos promette um fu-turo próximo. Muito mais fáceis, destafôrma, se tornam as hypotheses de peque-nas rivalidades e pequenas susccptibilida-des feridas. O phenomeno verifica-se cmtoda a historia humana: duas grandesnações vizinhas não crescem juntas, semencontrar quem lhes estimule as descon-fianças ou as antipathias reciprocas, jus-tas ou»injustas, não importa. Em BuenosAires como no Rio ou em S. Paulo, nãofaltarão, talvez, algumas almas envenena-das que acalentam o sonho vermelho deun.1 entrechoque brutal, que viria servir,sobretudo, aos vendedores estrangeiros dearmamentos e munições de guerra...

Entretanto, não escapará ao mais grossobom-senso de quc á apparente rivalidade,entre as duas grandes nações ibéricas da'America do Sul não corresponde nenhu^

gens enriquecem, está, talvez o mais for-midavel celleiro do mundo. Em que con-sistem, pois, as possibilidade de umadisputa econômica ? Os nossos mercadosnão são os seus; são diversos os produ-ctos que poderemos fornecer ao mundo.

Onde não ha ódios de , sangue, que-stões de raça, de religião ou de terras, sóos interesses econômicos inspiram a poli-tica entre dois paizes. O duelo formidávelentre a Allemanha e a França poderia teras suas origens primeiras cm velhos ódiosguerreiros; entre a Inglaterra e o antigoiriiperio germânico elle foi, sobretudo, deorigem econômica. O Brasil e a Argen-tina, através das suas dessemelhanças eth-nicas, vera do mesmo tronco, partem damesma civilização. L_iem-nos a mesma re-liglão e quasi a mesma lingua; guia-nos omesmo ideal pacifico de paizes novos, quechegam, cheios de esperanças, na concur-rencia internacional. Sobre as nossas ter-ras sertanejas, ainda algumas centenas demilhões de creaturas humanas podem vivere agitar-se livremente. Que nos .separa,pois? A politica, um desejo vão dc he-gemonia continental... Sente-se bem quc,repetindo estas velhas palavras, incorremos,inconscientemente, em um equivoco peri-goso. Modelando a nossa vida social oupolitica pela dos velhos paizes europeus,não distinguimos, muitas vezes, onde a suamoldura é mesquinha ou imprópria para O'nosso quadro. A diplomacia européa, quedeu sentido a semelhantes expressões e quefrutificou tão logicamente na catastrophede 1914, é uma expressão absurda na Ame-rica do Sul. Hegemonia'' brasileira,- porque? Por que hegemonia argentina?As grandes nações do velho mundo, dila-ceradas. pelas suas rivalidades latentes, maldormindo sobre a inquietação da guerrapróxima, guardavam naturalmente o maiorinteresse em ampliar a sua esphera de in-fluencia politica e econômica, tão neces-saria nos dias da provação militar.

Onde as mesmas condições na Americado Sul? Antes de levar as pequenas vizi-nhas á orbita dos seus interesses, astres grandes nações continentaes, o Bra-sil, a Argentina, o Chile têm quc compu-tar a sua própria independência economi-ca, pelo aproveitamento integral das suaspróprias forças e das suas próprias rique-zas. Demais, as hegemonias internacionaesnão surgem da vontade desta ou daquellageração de homens. Estabeleccm-se porsi, como consequencia directa do va-lor deste ou daquelle paiz. As peque-nas Republicas, que nos cercam, gravitarãoem torno do Rio ou de Buenos Aires, con-forme as suas conveniências c não as nos-sas. Uma politica de estreita aproximação,de entendimento cordial c, assim, a que osinteresses mais altos e mais sérios das duasgrandes nações sul-americanas indicam aosseus homen de responsabilidade. A nossaalliança constitue a primeira condiqão donosso progresso commum. Por istç, repe-tiria, entre tantas homenagens estrangei-ras, que nos captivam e nos envaidecem,as da nossa grande vizinha têm um al-cance á parte — valem como o signal deque, dissipadas para sempre as ultimas eabsurdas prevenções de um triste equi-voco; -Brasil''eaATgèntlni,se.unent»frater-'nálmeníe*-pára-'á' ''fcBhqtiiíílá'' 8(ft_ eu*1 fWmdT"¦•ii- !,%5'iov»;rt*,o .ff ch .;.:¦» -tyss olho.'

_*.»*>)_ ii'J^S^iM^WA-PI-IíIAí^¦* '-¦'¦' £™nzJ<-r:u ;¦._*-.„-

_ Propaganda dos nossos produetos.Entre 03 papeis sujeitos ao estudo da'

commissão de fazenda da Câmara dosDeputados de S. Paulo, encontra-se uniapetição, em que o Sr. Hannibal Porto,vice-presidente da Sociedade Nacional deAgricultura, solicita favores para a orga-nização de uma companhia destinada ápropaganda de produetos brasileiros, e es-pcclalmente do café, no extremo Oriente.

Ministério dn Marinha.O Sr. ministro, restituindo ao Ministe-

rio da Guerra o requerimento do reser-vista do exercito José Luiz Queiroz Bur-lamaqui pedindo adiamento de sua in-corporação, por se achar inscripto na2* categoria da reserva naval, enviou ainformação prestada nesse sentido pelainspectoria de portos e costas.

— O Sr. ministro autorizou a inspepto-ria de saude naval a inspeccionar o reser-vista do exercito Arthur Lemos, que pediusua transferencia para a reserva naval.'— O Sr. ministro resolveu deferir orequerimento em que o carpinteiro-cala-fatc de 2* classe, i° sargento do corpo desub-officiaes da armada, Roberto FerreiraLima, pede seja contado pelo do-bro, para os effeitos de sua futura refor-ma, o periodo de i° de outubro a 30 dedezembro de 1894, em que recebeu ven-cimentos de campanha, por ter estado em-barcado em navio da» legalidade, confor-

A juta cm Minas.

O Dr. Américo dos Santos, que se achaha tempos em Juiz de Fora, estudando, emconjunto com amigos e collegas de SãoPaulo, o problema do cultivo da juta emMinas, chegou á evidencia da facilidadede tão grandiosa cultura, classificando osterrenos daquelle municipio muito maisapropriados do que os de S. Paulo, ondejá existe tal cultura, tão intensificada que,

iem futuro muito próximo, não será maisimportada a fibra indiana, passando a serfeito o abastecimento das fabricas paulis-tas de aniagens e saccaria pelo próprioprodueto do Estado.

Ligado agora ao Sr, Jaymc Leal Vel-loso, lavrador e industrial paulista, e a ea-pitaíistas locaes ou mesmo de S. Paulo,vai iniciar a cultura daquella preciosa fi-tra, a sua fiação e tecelagem, para o que*já foram encommendados os machinismosnecessários, e será adquirida a fabrica detecidos de juta existente em Juiz de Fora.Consta mais quc c pensamento dos mesmosestabelecer como industria correlata o fa-brico do papel, aproveitando as partes dajuta nue não se prestarem para a fabricaçãode fios.

A confirmação de tal noticia significarápara Minas mais um grande passo dado nocaminho do desenvolvimento industrial.

¦<^ .CBWfl»— ——-— ¦

Feminismo ao norte !Parece que é a primeira vez que no ex-

tremo norte do paiz a mulher toma "a dian-feira ao homem no exercicio dc funeçõesadministrativas.

Eis um telegramma do Pará que revelaestar aberta a porta ao ingresso da mulherna burocracia local:

" Belém, 21 — O director da Recebe-doria de Rendas, informando o officio dogovernador do Estado, a propósito da no-meação de D. Benedicta Carvalho para o

cargo de despachante estadoal. diz que nãoiacha justo que se negue á mulher o direitode procurar honradamente os meios de süasubsistência, pleiteando um cargo publico,mormente quando este direito é amparadopelos governos de todos os povos civili-zados.

Parece que o governo nomeará D. Be-

o caso, Tuitimaflas -aS .experiências,, seráfe_tâ'Jtí!naL.fi_drdsa.ri-_p_áíSo na' machi-na, e este ponto bastante delicado serádefinitivamente esclarecido. O consumodo novo combustivelé sensivelmente igualao da gazolina-; a composição centesimalde hydrogenio e carbono, quasi identi-cas, tendo a seu favor uma larga pereci-

nedicta Carvalho para o cargo de despa- tagem de oxygenio que facilita a com-chante estadoal effectivo, por ter a mesmademonstrado aptidões para o cargo a queaspira, quando o oecupa va interinamente."

Como se vê, o precedente é claro, ed'aqui por diante a- administração pa-rácnse terá de admittir novas Evas concur-rentes aos Adões burocráticos daquella-unidade federativa, tão amavelmente pro-picia ao trabalho da mulher.

O feminismo, que já havia empolgadoo 'Centro e o sul, onde a actividade infati-gavel da illustre senhorita Bertha Lutzprega com suecesso a doutrina dos direitosimprescriptiveis e soberanos dc seu sexo,está agora cm marcha pelo norte, onde,certamente, não tardará cm triumphar.

Acompanhemos com sympathia a suatrajectoria, mesmo porque cila se "faz pormeio do trabalho honesto c da intelligenciaesclarecida, que são, no fim de contas,apanágios da" mulher b.-asileira.

bustão, nugmentando o rendimento ther-mico — apesar de menor coefficicnte.Tudo leva a crer que as nossas experien-cias serão coroadas de pleno suecesso,e, opportunamente, em relatório, .detalha-do, offerecemosos dados technicos maiscompletos que, baseados em longas ex-periencias devidamente controladas, nasmais variadas applicações do novo car-burante nos motores á explosão, permit-tirão julgar de uma fôrma absoluta a pos-sibilidade de substituir o combustível im-portado pelo nacional."

-»-^^«-O carbureto nacional.Na ultima sessão da Sociedade Pau-

lista de Agricultura, o Dr. Bernardes Mo-relli, como membro da commissão nomea-da para o estudo e experiência do álcoolcomo força motriz, fez uma interessantecommunicação, que conclue por estestermos:"O nosso carbureto, absolutamente"anidro" e "neutro" não pôde oceasio-nar os inconvenientes que se mencionam,dada uma lubrificação acurada; em todo

Hi

Nova praga do caféeiro,O Dr. José de Campos Novaes, phyto-

pathologista do Instituto Agronômico dcí*Estado de S. Paulo, em Campinas, se-gundo o aviso que fez á secretaria deagricultura, descobriu em algumas fazen-das de "Pedreiras

uma nova praga do ca-feeiro.

Ante a communicação recebida, feza dircectoria da agricultura seguir, semperda de tentpo, para aquella localidadeo seu entomologo Dr. Adolph Hempel,que, visitando cafezaes da referida zona,encontrou, de facto, a larva de um lepi-dóptero que atacava os cafeeiros maisfracos em seus galhos seccos e mortos.

Festa das Aves.Nas escolas normaes e annexas, grupos

escolares, escolas reunidas e isoladas eoutras do Estado de S. Paulo, realizou-se,sabbado ultimo, a Festa das Aves, institui-da, ha mais de 10 annos, pela dircjtoriageral de instrucção publica.

Page 2: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

O PAIZ- SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922

¦ r- \\WÊk \ **

1II11S.S. encarou ainda, com proficiênciae brilho o lado econômico e socialdas questões agrárias e pecuárias, ex-aminando com particular carinho eattonção o eifcprestimo hypothecarioá lavoura, fixando os moldes em quea operação de auxilio financeiro aos

Exposição de gado . .SUA IN*AUGUR.<YÇÃO HONTEMQue o publico, no Brasil, já, se in-

terossa fortemente pelas coisas sériaso notáveis do paiz para o qual consti-tuem sólidos e efficientes factores do•prosperidade e grandeza, tivemos plantadores deve ser prestado, demohontem a prova, por oceasião daabertura solemne da exposição dôgado, subordinada á grandiosa Expo-1**ição Intocrnacional do Centenário.Realmente, o amplo e arejado recintocomprohondido c-ntre a rua MattaMachado o o leito da Central do Bra-(ili, na Yisinhança lmmodlata do pra-do do Derby Club, apresentava fis 13o mola horas, quando chegaram o Sr..presidente da Republica, o Dr. Pires«lo Rio, ministro da Agricultura, e-co-mitiva, grando numero de visitantes,

rando-se mais em apreciar o caso doassucar, -como um exemplo typico doque acontece -o do que urguo realizar.S. S. louvou fortemente a, acção queo governo da Republica tem desen-volvido no sentido de amparar as plan-tações e -os rebanhos, nielhorando-ose desenvolvendo-os e terminou porestas palavras que valem por iim no-ora o vibrante appello:

' "Senhorescongressistas:

Acabanioa do ouvir, com insisten-cia, de vozes estrangeiras, a áífirina-

quo se infiltraram entro os diversos ' tiva do qne o Brasil tem colossalmen-•pavilhões, cheios do curiosidade e ale-gro espectativ<i.

A' chegada do Dr. Epitacio Pessoa,as bandas de musica, «los bombeiros,da marinha e do exercito, romperamO Hymno Nacional, emquanto S. Ex.,o aquellès que o cercavam, demanda-vam a graciosa tribuna, armada omfrento íi "pelouse" onde iam desfilaros animaes, nn qual estavam dispostasmosa ampla, cadeiras, -o vitrines mos-trando os objectos de arte, as taças oas medalhas conferidas aos campeõesdas diversas raças.

O palanque ficou para logo ropletodo damas o cavalheiros da melhor so-ciedade, convidados especial» quocercaram a comitiva presidencial, Ini-ciando a ceromonia inauguratlva oDr. Pires do IRio, que disse expressivodiscurso alluslvo no acto. Em seguidafalou com propriedade e brilho, cmnome da commissão organizadora daexposição, o Dr. Padua do Rezende,ap«3s o quo o Dr. Epltacio Pessoa de-clarou inaugurado o certamen.

Assomando ao outro lado da tri-buna, o Sr. presidento da Republicac demais convidados apreciaram odesfilo de admiráveis speclmen bovi-nos e eqüinos, surgindo em Io logara, representação da Argentina, ver-dadeiramente tw-iu, destacando-se«lentre todos um magnífico touro Ho-rçford, vencedor do ultimo concurso•ue .gado de Palcrmo, em Buenos Ai-ros e nue na aotual exposição bra-«If-lra conquistou o mais alto pre-mio. As representações neerlandeza,«ulssa, franceza o ingleza alcançaramtambem brilhante suecesso, desta-eando-se da primeira uma linda coi-leeçao da .raça ho.laníoza, onde ai-"•¦uris individuos pareciam uma pin-tnra, com o seu formoso peilo demanchas pretas o brancas. Igual-mente esplendidos, oa touros -"cha-rolc-ces", quasi brancos, -assim comoos "«monthal» euissos, contastandocom o peilo vermelho dos "sussex-"mglozos,

Mas a parte »do .desfilo que impres-eionou mais intensamente o publicoarrancando palmas da numerosa edistineta asslstoncia, estava reserva-oa cos animaes nacionaes, que sur-prehenderam soberbamento, .sobre»tudo os "caracús" -. a raça brasilei-rn — carinhosamente tratada nelos

te progredido. Pois bem, representampedra do toque, justificativa ou con-demnatoria de tão grato conceito pa-ra nõs, os resultados que

"brotaremdos congressos que aqui se estão ceie-brando. Não sendo a nenhum dellesInferior, -em importância, o de agri-cultura e pecuária que,ps recantos to-dos abrange, do nosso immenso paia,a elles nos dediquemos com afinco,examinando minuciosamente as innu-meras questões contidas cm nosso ex-tenso programma. Mostremos aomundo, pela profundez de nosso es-tudo e pelo aperfeiçoamento de nossamentalidade eonstruetiva, quo o mun-do não estíi illudido. Trabalhemos!"

Falaram após os Dra. Paulo deMoraes Barros, Carlos Miranda e Le-mos Brito, quo foi multo feliz emsua oração, da qual -destacamos aparlo final: "Nós, os brasleiros, so-mos bons, somos dignos e capazes. Seainda trepida o chão em que pisa-mos, lovemos tildo isso fi. conta do es-touvamento peculiar fi puberdado.Para uma nação que mal pervaga oolhar pela imrncns'dade de eeu tor-ritorio, com annos do v'da soberanaconstituem apenas o prelúdio da es-tupenda .symphonia que lhe cabe le-gar ao progresso (mlvaràal. Os povos&ão como os homens, e os filhos domillloirarioa, alguém jfl, o recordou,animados cm demasia pela boa fortu-na, custam mais quo os pobres, casti-gados ç;ue são pela dureza dò desfno,a adquirir o senso da rusponsabilida-de. Mas, "de repente, 'ossa

mesmaconsciência -da riquesa transforma acriança no homem feito.

O de que precisamos, pois, 6 denos 'Ooni.prehenderm.08 o amarmos.Sobro a-enormidade da terrn-prodigoe a sombra, densa suprema aspiraçãonacional, o trabalho farfi, o milagredo integrar no presente o horizontedesse futuro.

E Deus, senhores e senhoras, abou-coará, contente, esta Nação.

Quanto a' nõs, não saiamos d*aqui

derar notificados do convite, caso nãorecebam a tempo o telegramma quelhes foi enviado hontem.A INGKEJA CATHOLICA E O

CENTENÁRIOCongresso Eucharistlco

Programma dos ultimos dias:28 de «etembro — Da» 7 A« 13 horas, neto-rat-io «oleimie «to Santíssimo Sucrainento, naetttnedral metropolitana .1» 10 l|2,rounlilo eatwrdotat; a«- 13 toras. na

cathedral, hora santo, sermüo e bensão«lo Santisslmo Sacramento; As 14 horas, re-união ias senhoras; fis 10 lioras, rennlTSo doshomens; fts 20 horas, ussemblía eenu, na Igre-Ja -de S. Francisco «le Paula; «tos 23 Ai 2-4 112horas, para os homens, ua cathedral c na torejado Coraçüo de Maria, ÍJig-er. Vigília Eucliarls-uca pelo Brasil; nas Igrejas da ImmaculadaConceiçSo, pmin do Botafogo, fi. J0J0 Bnptistoda 'Lntoa, Coraçio de Jesus, BanfAiiua, 85oFrancisco Xavier, Saato Afiouso, Lourdes eEngenho Novo, Vigília -Eucharlstlca para fami-30 dc setembro — A'a 11 horas — Nn Can-«lelaria, a solemne missa pontificai do Congres-so. .Viloraçio, reparação, ncçJo dn graças oprece pelo Itrnsn. Mala de 20 •bispos brasileirosassistirão fi missa revestidos de pluvial e mitra.Mais dc 300 sacerdotes nsElsUrfio revestidos desobrepeliz. Scrmlo. Consagração do Brasil aoCoração Eucharistlco de Jesus; fis 14 horas,rcunlío das senhoras no Collegio -da Imrr.iK-ula-«to Conoelçüo; fia 15 horas, -reunlüo sncerdotatno Circo Catholico; fis 10 borus, rcimlüo dosIwmenB no Circulo Cnlholioo; fis 20 horta,ultima nsccinbltSa geral, na igreja de 8. Fran-cisco dé Paula.1° do outubro — A'a 8 lioras — Comiminhüogeral, distribuída pelos Srs. bispos e preladosem todas ns matrizes; na -caUrèdral, na igrojaao Santo Affonso, Sautuario do Meyer o matrisflo Campo Orande, comniunhüo geral de bo-mens; fis 13 hm-as, organização «ia prociesloeucharistlca, devendo uchnr-se todas as irmnu»dades c associações no logar <m«* a cada umafor determinado fi Aíenlda .Beira-Mar; fis 14horas, desfilará a .procissão pelas avenidasBiiraJMar « «io Branco, até fi ireuça Maui, on-de será dada a ultima benção. O Santíssimo Sa-cramento serfi levado em carro trlumphal co-mo ê uso om muito» -congressos enehorlstjcos.

CASOS ©^ POLICIATiroteio funesto

No posto central -da Assistência,onde ficou após a operação a que foisubmettida e, em virtude da grávida-do «Jo seu estado, veiu a fallecer namanhã de hontem a menina Leonor,de 6 annos, filha de Eduardo' PereiraLago e Margarida Almeida, morado-res na casa n. 60, da rua Leoncio deAlbuquerque.

v Leonor foi attingida por um tiro,dos muitos -disparados por dote Indi-viduos que perseguiam um teroelroque fugiu pola rua cm que morava ainditosa criança.

O facto esta s-**do esclarecido pelapolicia do 11° icto, qe ral ouviros moradores do .»,cal.O cadaverzinho foi removido pamo necrotério da policia, sendo amo-

psiado pelo Dr. Antenor Costa, quoattestou oomo causa da morte — des-pedaçamento parcial do cérebro porprojectil de arma de fogb.

O feretro saiu & tarde para o ce-miterio de Sao Francisco Xavier,• imm

Caiu do andaimeO operai-lo Joilo Affonso, dé 34. an-nos, morador a rua «Senador Alencarn. 49, caiu de um andauno na ruaCornello, fracturando uma costellado lado direito.Depois do soecorrido pela Assisten-cia Municipal, retirou-se o ferido pa-ra a «rua -residência.A policia do. 10o dislrLcto soube do«tacto.

Levou uma chifradaEm Jacarêpaguá, -onde mor-a, foiattingldo por auim. chifrada de boi

o operário Manoel Pereira de Amo-rim, -de 37 annos, portuguez, que £i-cou ferido na parna -esquerda -e nopeito.

Amorim foi soecorrido pela Assis

VIMSOCIdLAlmoços. 1

O Nosso Club, a originalíssima agre-imiação de authenticos gourmets, reuniu-sehontan para a sua quarta collação, na re-1sidencia do nosso companheiro Jarbas deCarvalho.

Foi uma Tcfeição carácteristicáméntebrasileira or.de os agretniados estrangeiro»se irdeiaram em alguns pratos ainda inedi-tos da nossa -cozinha, o que certamente,concorreu para levantar o prestigio dosnossos acepipes.

Estando presente um novo gourtnct, combrilhantes «-*re«ie*-eiaes, aotes de começadoo -repasto prestou elle 4> compromisso re-gimental, que tem *a seguinte singela eloquencia: , .

" Prometto manter o culto da dignidadee alegria da mesa c proporcioiV-r aos meusamigos, sempre que possa, o prazer alta-mente espiritual de comer bem."

Presidiu o repasto o commendador Sam-marco.

O Nosso Clul), além dos seus fins emi-nentemente gastronômicos, está proporcio-liando uma bella oonfraternidade interna-cional clmentaudo-a nesse terreno -com-¦num a todos os povos — a boa mesa,

Jantares.Os redactores do diário portenho La

Nacion, que actualmente se acham nestacapital, enviados por aquelle grande órgão•para assistirem ás, festas couimemorati-vas tio centenário, offerecem hoje, no Jo-ckey Club, um jantar ás personalidadesbrasileiras e aos collegas desta capital.

Portugâl-Bras

111'i ¦ ¦' ¦ ' ¦

O Dr. Antônio José de Almeida emvisita a Ruy Barbosa — As ho-menagens ao chefe da NaçãoPortugueza. í

Hontem ao meio-dia, o Dr. Anto-nio José de Almeida, presidente daRepublica Porttigueza, acompanhado l

organizadora da manifes-missão¦tação. ..Apus alguns minutos de ligeiro

tio Dr. Barbosa; Magalhães, ministro 1 Ü3S&ÍS á8Kir£g£.idoe estrangeiros -de Portugal; general eloqüente, discurso do -saudação

10Bernardo de F*árla, almirante Nou- eminente chefe «ie E3tado da naçãoparth e officiaeè âs ordens, esteve na' _____*.^t\T8S t* ,justns sy,nl,il**. nuas que o.Dr. Antônio José de Al»residência do conselheiro Ruy Barbe-sa, cm visita de cortezla ao eminentebrasileiro.

Recebidos ma porta pela familiaRuy Barbosa, o illustre chefe de Es-tado portuguez o sua comitiva foTamintroduzidos no salão, onde se acha-vam os Srs. Alfredo Ruy Barbosa esenhora, Dr. 'Baptista

Pereira e se

meida desperta e que vinham de sorconfirmadas pelas iicclamaçOes de-"irantes do povo. As trádloões poliu-cas de S. Ex, e a sua collaboraçãoefficaz na obra da implantação daRepublica em Portugal, desde a sualongu propaganda até o B do outubrovencedor são titulos bastantes paiafazerem do actual primeiro magls-trado da naçã0 amiga "um varão as-signalado". Proseguiu o orador di-

_ „„v «.„ íliU,,u» \tim-rcM-ojj «11*1111 naueos. *,,-,.•- j •»- . _ Tomarão pnrte no prestito nmis do 20 íirciaiioj 1 toncia d0 Meyer e internado na'• '""*¦'- •'- "*" -- - • ¦ 'Santa Casa»-**Soube do facto a policia do 24"districto.

e pjrto «lo 400 encerdotes paramcntndo».l"<ota — InforouieuOí sobre a ¦ proi-lusio ío-mo dadns por monsenior (Jonzaga, na matri»«Ia Clorla, largo -do Machado.

i E FITASThomas HEtcnAtí, cosforme *eu o co-

NHEÇO.

O, jornalista americano Adam Hiill Shirk«ssim intitulou as seguintes notas sobreTJiomas Meighan:"Nâo podemos dizer que o bom exitoda carreira artistica de Thomas Meighanfoi devido somente a uma boa estrella.Pelo contrario, não foram poucas as con-"rariedades soffridas, até attingir a suaactual posição de actor galã da arte doSilencio.

O homem não é uma moeda de ouro da"uai todos gostam- e quanto mais vistosafor a sua personalidade, maiores probabi-lidades terá de agradar a uns c desagradar* outros.

A modéstia c uma das qualidades do«ctor_ Thomas Meighan. Glaro está quenão é insensível ao valor da publicidade,

sem completar a obra do lustíça do ! pas nao gos1*' oe .sobresair- para obtel-a.

que- me fizestes instrumento:"" como as *^rotcS^ algumas crianças orphãs, mas negapotências guerreiras celebram :i ..':"a ! Sue °

, * .3"e <luc os hpmens mais ricosgloria sobre o túmulo sem nome do .°„™""„."'a? a<ll|(:Iles .a.,tll"rm ? naturezasoldado desconhecido, nós, a potencia pacifica o -reconstruciora, qw!

«m^cow»*0?11"81?6 qUe aPresentarain I vemos sempre uma palavra de justi-t., notn «,í

,**í.im-les «oi*prehonden- ça o de reconhecimento pnra o colla-jes pelo tamanho, a harmonia das ' '

í- n,aS'n 0..pe"° "e 8Uavo -w» ««"a-rella. Os "carac-us" foram, Innega-•1 ei mento, os melhores vencedores dodia: demonsítrando, com sua apresen-lacuo triumpnante, o que só pôdeconseguir do boi nacional, desde quose trato com os -cuidados da zoote-tei-nnia. 1

¦ Os criadores gaúchos brilharamcom- uma imponente collecçao do"lolled-ansus", negros e lusidios,conforme a cor da raça, e com lin-dos "speclm'.'ns" das raças "Her,»-ford» *o «Dev»u«.,-5tK

perfeitos^mõos argentinos "Devous" tambom osc.Mibiram, e lindos, os paulistas ca-pela apresentação do numerosos "se-h,^

n."d0 0S "««'aristas mineirosbus , entre os quaes alguns enormese possantes touros da esmeou uv;„iloro". espécie Vel-. (,„e, cantando -e chorando fi. viola aa

On nm.inno í*uas u01"?**" • -os seus sonhos, ora ca-m-i4»inco ¦ x,nnS?S2f ^««'"«"te I V«J^" a terra do seu calvário na re-Sml^ f£?S? -,P?.tr,os' q"° Slu0 ¦"•-"•azada das seccas, ora arran-i,. ?.™.m.í!?B milos dos"lad.s"(iivertido cando da terra a maravilhosa abun-

borador incessanto de nosso progres-so, o proletário ostraiigeíro, saude-mos a gloria do Brasil na figuraobscura e esquecida do trabalhadoruacional!

A olle, o seringueiro impávido quodesbravou o integrou o Acre na orbi-ta dos noa«os destinos; a elle, o cai-pira do norte, o vaqueano indo-mito oestoico dos «sertSos de nossa torra; aello, o austero camponio mineiro; aello, ainda hoje bandeirante em SãoPaulo, rasgando um novo far-ivestnos ramos da Mogyana; a elle, ogaúcho tempestuoso do pampa;a olle,o brasileiro legitimo de todas as pro-vindas do Brasil; a ello, senhores,cujo symbolo de imipavidez e de bra-vura ahi está nesses rastos do velasida jangadas heróicas; a todos elles

Po povo com as tropellas que fizeramna "pelouso".

piruetas executadasalifis por diversos touros tambemTorminado o desfile foram servi-dos sorvetes, doces e refrescos aospresentes, dirigindo-se o Sr. presi-dente da Republica aos pavilhões dogado estrangeiro, onde apreciou poralguns momentos, detendo-sa a con-templal-os, os campeões francezes,¦buíssos, hollandezes e argentinos.Cerca das 15 horas rctlrou-se oDr. Epitacio ressoa, sendo observa-

das as mesmas continências da cho-gada.

A «Impressão -do todos áquelles queestiveram hontem na exposição dogado foi geralmente boa, tudo estíidisposto com ordem, asaeio e cstheti-ca. Além doa eqüinos e bovinos, «les-taca-se & numerosa representaçãonorte-americana de suínos "Poland-Chino" e as secções dc coelhos e aveavariadas o Interessantes. Indepon-dente -disso ba um pavilhão de forra-«ena;. •; outro d»-li-.forma.coes, 8lm*ileí-

. , ^..^^--iM^j^isB^^ide o. pjibllcó éposto ao par"' flo promissor estadoactualda pecuária naciona*,' ém detâ-

dnncla do seu» produetos, fizeram agrandeza actual do Brasil, a todosolles-, meus senhores e minhas se-nhoras, os nossos applausos, a nossabenção, a nossa gratidão !... "

Por ultimo falou novamente o Dr.Miguel Calmon, que, em phrases es-pontanoas e px-nrem.;-.;»; agradeceu oapoio do Sr. Pires «lo Rio ao con-gresso que havia pouco Inaugurarae concltou todos os-congressistas a

concedeu o iusigne privilegio do talento,mas não deixa .de continuar a estudar aarte da sua profissão para aperfciçoal-aainda mais. Sem ser extravagante gosta dcdivertir-se c prefere um bom espectaculodramático a qualquer outro divertimento.

i'0i no "film" The Miracle Man, (O/i£>jK<*Hi miraculoso), que o actor ThomasMeighan alcançou um grande suecesso edepois tem progredido sempre. O seu es-pirito de bondade c o seu amor á liumani-dade, parece que o auxiliam a interpretarainda com inais perfeição os seus diffi-,ceis papeis nos films da Paramount.

E um homem activo e diligente, por-«íue sabe que a preguiça viaja de vagarc a pobreza depressa a alcança. E' ummarido exemplar, que não gosta dc saber0 que se passa em casa do vizinho.

Analysar a vida dos outros", disse-meelle, "<j uní problema peor que a qua-dratura dc um circulo. E' coisa que nãofaço, nem nunca hei dc fazer".

Nasceu em Pittsburg c ao attingir aniaioridade já era um bom actor da scenafalada. Dedicou-se depois á scena muda,conseguindo impor-se como trrn bom in-terprete da arte mímica. Apesar da cine-matographia não produzir obras primas accida cinco minutos, posso' dizer sèinmedo de errar, que quasi todos os filmsde Thomas Meighan podem ser qualifi-cados de optimos.Quasi todas as crianças syrepathizam

com elle e o sen maior prazer « brincarcom ellas. Não sei se elle Conhece oprovei'-bio tão Apreciado por muitos pais: " Quemmeus fiilios beija, minha boca adoça! "'Talvez conheça,-mas garanto que«ra geralelle agrada mais as crianças orphãs c sen-do assim, certamente, não tem o defeito

Pilhado por uma carroçaO menor Juvenal Costa, de 16 an-

nos, operário, morador na Chácarado Oco, na Gavea.foi comtao por umacarroça no largo da Memória, sof-frendo -escoriações pett> corp*,.

Chamada a Asslstenc'» .Municipal,foi o ferido medicado, retirando-sedará a sua residência.

A policia do 21" distlcto teve co-nhecimento do facto.

¦* ¦» m . -

Caiu do tremO menor Arthur. de 10 annos, fl-

lho de Pedro Manoel, morador naEstrada Real do Santa Cruz,-caiu doum trem na eata«;ão de Senador Vas-concellos, ficando com, contusõespelo corpo.

Soecorrido pela Assistência doMeyer, recolheu-se o menor ü. casade .seus pais.

A policia local soube do íacto.

Afogado

Kcaliza-se hoje, áa 19 1*2 .horas, 110Palace Hotel, o banquete que a AlliançaAcadêmica offerece a João de Barros, cn-viado extraordinário dc Portugal, na co-mitiva do Dr. Antônio José de Almeida.

Viajantes.Hstá desde hontem, á tarde, nesta ca-

pitai, o commandante Mullcr dos Reis,.cj»-director do Lloyd Brasileiro.

Sua chegada constituiu motivo para queas classes marítimas fizessem nova dc-monstrações de apreço ao seu patrono.O commandante Mullcr dos Reis foi rc-cebido por commissões de todas as asso-ciações filiadas á Confederação MaritimaBrasileira, que, de automóveis, o acompa-nharam ate sua residência.

A scss»*ío solemne organizada pelas elas-ses marítimas, em homenagem ao oomman-dante Mullcr dos Reis, e que devia reali-zar-sç esta manhã, na sóde da União dosFoguistas, ficou adiada de horas.

Será hoje, ás 20 hor.as, 110 mesmo lo-cal, á rua Senador P«7mpeu n. 125,

Anniversarios. ..t-yPassa hoje a data iixtií}^ ,,áo -marechal

Pires Ferreira.

nhora, madame Ayrosá. Dr. JoSo I ___?£ qfiU,ea ®*?r* An»on-o J"s«5 de A.»

Ruy Barbosa o senhora, deputados | S S0'b5S. SS3BSS £2KJofio Mangabeira e senhora, Octavio | aPõs esse feito vinha, révej-o e conhe-

Mangabelra o senhora, Pedro Lag0 ei f,t^!.1„1?..0!_?r0-ír*:ESOS- OostoiamonteMiguel Calmon, desembargador Pai-'ma, E*r. Bittencourt Rodrigues, Dr."Oul-í Barbosa, -ministro Alberto dõOliveira, Joüo de Sousa Lage, dire-ctor de "O Paiz'* e outras pessoas.

Peitas as apresentações aos pre-sentes b depois de -curta demora, oB*r. Antônio José de Almeida o suacomitiva diriglram-so aos aposentosdo conselheiro Ruy Barbosa, a quemo estadista portuguez cumprimentouaffectuosamente agradooondo o tele-¦gramma de saudações .0 boas vindasquo- lhe foi endereçado- por oceasiãode sua chegada a esta capital.

* Seguiram-se depois os cumprlmon-tos do Dr. Barbosa Magalhães quosaudou o grande brasileLro, -em nomeda Academia de Direito de Lisboa, deque 6 professor, e do governo portu-gU£\Z.

preBtava contas do que tem feito oBrasil o então, o orador demora-sea dissertar sobro a„ npaia historianestes cem annos de Independênciawia^f0 a n*rra*»HO c°ni as maisbellas figuras de rethoriea

A peroração foi- brilhante, termi-nando o orador por beijar, -om nomeoo povo, a face do presidente portu-guez.

José e A meida que pronunciou brevee notável discurso de agrad-ScImontosComeçou dizendo: "Povo meu ami»

p, povo meu irmão" o disso ombreves palavra.*., como sempre o cad-voz maia estão vinculada» as reli»ções entre as duas pátrias. Dtese queabi Ia do par om par seu coraçãonovnTT^°í,ar bem ^'imamente o'•po*.o do Brasil o acerescentou: "éstudo na historia de Portugal, deadea acçao dos teus primeiros homequer seja na voz do-Castro Alvesainda nos teus feitos presentes"Entra

us,ou

em outraa consideraçõesAquecendo a vüdta. o eonselheiro S^^o^^TXTl Stmou "Brar"" :

Portugal!*

¦Em frente ú praia do Retiro Saudosofoi encontrado hontem, boiando, urncadáver; que pouco depois foi r.cco-nhecido, osabèndo-se quo so tratava domarítimo Gustavo Alves de Souza', «le31 annos, brasileiro, solteiro e moradorna ilha do IP.om Jesus.

Gustavo, ha di.is saiu daquella lilmem uma ran. a, indo a. Ponta dò Cajufníser umas còni^taís, -wiitlo de prosu-mil que se, houvesse embriagado e vi-rudn s«, n:,ir da can a que conduzia, aj-pi»,-, 1.. ¦ •

O cadáver foi removido para t> neoro.terio du pol.cla.'

Desastres de bondeO carpinteiro .Terão Francisco Alves,

de 23 annos, portuguez, morador á ruaS. -iLuls*. Gonzaga n. 315, ao passarnela ."Estrada da Penha, cm .frente aon. 1.61-0, foi colhido por um bonde, fl-cando ferido no rosto... Medicado .pe;u Astílütencia, retirou-seo íeridu para a sua residcjicia.¦Soube do facts a .policia do 22° dis-tricto.

O alfaiate Joaquim Henrique do Cas-tro, portuguvz, do -SO annos, morador ârua da- Mirerieordla n. 83, íoi colhidoI>or um bonde, na Avenida Rio Branco,recebendo escori.ic.-Oe.s polo corpo.

Med.cadò*-pela Assistência, Castro ro-colheu-se ã sua residência.

Faz annos hoje o< coronel EexnardnioVieira Cardoso, industrial no EngenhoNovo.

Casamentos.Realizou-se ante-hontem o enlace ma-

trimonial da sv-.nhorita Berthc Conein.fi-lha do Sr. .'Ufrcd Concin c dc D. BeríheConein, com o tenente-coronel John Ni-coletis, engcnhciro-chefc da fabrica depólvora da missão militar franceza.

Foram padrinhos dos noivos os senho-res Alexandre Conty, embaixador de Fran-ça; general Gamelin, chefe da missão mi-litar franceza; Mareei Boilloux-Lafout,vice-presidente da Crédit Foncit*r du Bre-sil et de PÂmenque du Sud, e S. Ke-rolias. '¦':..

A ceremonia religiosa- realizou-se ás 15horas na residência dos pais da noiva, árua do Leão, Laranjeiras..

Desastres de automóvel

•levarem-corajosamente por diante a Icle. ser auulador. Sente-se bc-.n entre aobra que a Sociedade -Nacioaal de í ?n*'l7*l:aca. cerao elle costuma dizer e gostaAgricultura, fortalecida vivamente ' '"""'P50 4c films desempenhados por acío-

jiaUe*» americanos .i

3° Congresso Nacional deAgricultura e P«òúaria

SUA INAUGURAÇÃO, nONTI33í.VO PALÁCIO DAS IT5STAS

Um positivo c torilhanto suceosso ainauguração do 3° Congresso Nacionaldo Agricultura o Pecuária, realizadahontem. no Palácio das Festas, no re-cinto da Exposição Internacional.

Cerca das 31 horas, o Dr. Miguel Cal-mon, da Sociedade Nacional do Agri-cultura, dirigindo-se ao Dr. Pires doRio, que presidiu a sessão, ladeado pe--los Drs. Simões Lopes e Augusto Ka-mos, convidou o titular da pasta da.- surricultiira a declarar Inaugurado ocongresso. Levantou-se, enlão, o dou-tor Pires do Rio. sob uma salva do pai-mas da numerosa e selecta assistência,c leu um ponderado discurso sobre as'possibilidades maravilhosas do Brasil,110 que respeita -fi agricultura o à•pecuária, os dois factores máximos dagrandeza nacional. S. Ex. foi muito

polo apoio solruo o enthusiastico dollee, r*tá certa do realizar.A seguir, entre vivos applausos, o

Sr. ministro da agricultura deu poroncerrada a sessão.*Hojo, íis 16 -horas, no salão da As-

soi-iação des Empregados do Com-mercio, será realizada a primeirasessão plena do Congresso Nacionaldo Agricultura e Pecuária, devendoa ella comparecer todos os Sra. con-gresslstas.

As adlieeões á brilhante iniciativada Sociedade Nacional de Agricul-Ihe^-íití^iitnirti-^iiòaó«wn á de outrositura ^o cada voz mais numerosas,sendo igualmente grande o numerodo theses apresentadas.

Diversas noticiasO CRUZADOR "URUGUAY" PVR-

TIU HONTEMO cruzador "Ua-uguay" que zarpou

hontem de nosso porto, comboiadopelo contra-torpedeiro "Alagoas", de-vo chegar hojo a Snntos, onde se-gundo ordens recebidas, fará escalasantes de regressar a Montevidéo.

ET possivel quo os .líípirantes na-vaes do Uruguay, embarcado-, no re-ferido vaso de guerra, visitem alemde Santos, a capital de S. Paulo.A MUSICA NA EXPOSIÇÃO

Hoje á noite, a banda do corpodo marinheiros fará retreta no recin-to da Exposição. .

2" CONGRESSO PERRO-VIAKIOSUL-AMERICANO

Realiza-se hoje. á? 20 lioras, no sa-lao do honra do Derby Club, o ban-

res infantis. Quaudo ha petizes nos filmsque interpreta para a Paramount, o seutrabalho passa a ser um verdadeiro pra-zer. Diz elle "que é ouro sobre anil".Concordo c«jm elle, porque um talento r.re-mcc, maduro ante» do tempo, tambem éadorável.Não ha actor residente em Los Angeles

que teniia viado tantas vezes a Nova Yorkmas não por recreio. Terminava um filmem Los Angeles e logo depois iniciavaoutro cm Nova York. Em ambas as ci-daües tem innumeros amigos. ~.

Pro*»rammas para hoje:PATHÍE* — Pato esperto c A manchaaa covardia.ODEON — Traição c fidelidade, porKathcrme Mac Donald, e Gaumont-Actua-

lidades.AVENIDA — O dinheiro dc Martha,

por Ethel Clayton.PARISIENSE - O amor de um ver-dareiro homemf, por Frank Mayo, c No-viaadcs -internacionaes.RIALTO — A marca do Zorro, porDouglas Fairbanks.IDE'AL — O dinheiro de Martha, Umverdadeiro hvmem c Homenagens ao bre-sidente dc Portugal. .ÍRIS — A mancha da covardia- O

phantjtsma do inimigo c O grande "mee-ting" dc aviação.

applauüido, não só pela commissão do M?uete 1ue ° c'ub de Engenharia of-¦congressistas que o cercava no palco í,erece I08 membros do 2» Congressocomo -por todos os presentes, seguindo-' err0" Vlar'° Sul-Amc-rlcano, presen-sc com o palavra o Dr. Augusto Ramospresld-jato d.i Sododade Nacioiual deAgricultura, que, depois de agradecer apresença do Sr. ministro c as palavrasdn apoio e incitamento que proferirarelembrou, cm termos incisivos e en-corajadores, a tarefa árdua, mas bellaque, com a ajuda precisa dos congres-Bístas, a sociedade que preside propõe-«-•e realizar.

O Dr. Augusto Ramos, tendo co-meçado por agradecer o apoio fran-co e decidido doa «u-Iadores e agri-cultores quo oceorreram do todos ospontos do Brasil ao congresso, histo-rlou os longos o pertinazes esforçosda soiíiedado collimando a congrega-ção «le todos aquellès que, sobre o só-lo immenso da Pátria grande e iutu-rosa, «e oecupa. das plantações o dogado. jiara juntos resolverem os pro-blcm.ts da pecuária e da agricultura.

temente reunido nt;,-ta -capital, e doquo fazem parte -eminentes engenhei-ros do nosso paiz e das outras na-çoes oul-amoricanas.

Durante o banquete, cujo "menu"foi <*u!dadosnmento encolhido, tocaráuma excellente orchestra do profes-sores.

Para esto banquete, cm que toma-rno parto 03 congressistas homena-geados e 03 membros do conselhodirector do Club de Engenharia, £0-ram convidados os seguintes enge-nheiros- Francisco Si, Lauro Muiler.Simões Lopes, Ecnto Miranda, Tra-do Lopes, Vespucio de Abreu, Gue-des Nogueira, Antonino Freire JoséPires Rabello, Barbosa GonçalvesLuiz Adolpho, Alaor Prata, AugustoRamos o Dr. Angulo Tavares Lyra.que por esta noticia se devem consi-secções e acompanharam o enterro mui-

ARTES EJHTISTA8Os espectaculos de hoje:THEATRO MUNICIPAL _ Têmpora-da lyrica oíficial — lsabeau, ás 20 1I3noras. !COMEDL1 BRASILEIRA — (S. Pe-dro) — Ensaio geral.. PALÁCIO TllEATRO _ Companhiaíra-nccza de comédias Signorct _ Vac-cord parfait e Mais n'tc premene donctouic mie, ás 20 3(4.TRIANON — Companhia Brasileira deComédias — Flores de sombra, ás 10 3I4e 21 314.REPUULIC.". — Companhia porturuezade operetas Satanella-Amarante — Paris-Monte Cario, ás 20 3U.

cional de revistas - Agüenta, Felippe t.as jq ske ai 3|4. rre''RECRIJIO — Companhia portugueza derevista Henrique Alves _ Coisas dTlute Orna anccâota, ás 20 3I4.LVRICQ — Circo, ás 20 3I4.

As raças humanas-A mulher

Importante trabalho do seneralGomes do Castro. X venda naa prin.«¦ipacs livrarias..

KA AVENIDA MEM DE SA'O automóvel n. 1 .-230, dirigido p«-lomotorista Manoel Augusto de Olivei-

ra, ao passar na madrugada de hou-tom pela avenida Mem do Sá; atrope-lou Maria Campello, de 2*7 annos, sol-teira, moradora íl rua da Lapa n*. 84,bem como o menor Salustino. de 8annos, filho de Antônio NobregaBomfim, morador â avenida .Mom deSa n. 288 e quo com ella atravessavaaquella avenida.

Salustino ficou com -varias escoria-ções pelo corpo e com a coxa esquer-da íracturada, e Maria soffreu diver-sas fracturas de costellas, braços, etc. io ferimentos -pelo oorpo.

Ambos foram soecorridos pola As-sistencia Municipal, sendo Salustinointernado no Hospital de S. Sebastiãoe Maria levada para o hospital da Mi-soricordia. ondo duas horas depoisvolu a fallecer.O cadáver foi removido para o Ne-croterio da Policia.O motorista foi preso e aútoado emflagrante pela policia do 12" districto.

NO LARGO ESTAGIO DE SA'Antônio Caetano dos Santos, de 2-1annos, morador á. rua Visconde dcitauna n. 16, e Sebastião Pinto de 24annos, morador na rua Visconde deItamaraty n. 16, foram atropelados

PDr um automóvel no largo Estacioue Sa, recebendo ferimentos pelo cor-po. Soecorridos pela Assistência reti-raram-so os feridos para as respecti-vas residências.A policia do iS" districto soube dosdesastres.

NA RUA TDO CATTETENessa rua, esquina da de Silveira

A,frHi,S*J-oi atr°Po*aao Por -um autot n^.0'?3' d0 3i aimos- morador Arua Tenente Possollo n. 49.Dias recebeu ferimentos pelo cornosendo soecorrido pela Assistência Mu-nicipal e rctlrando-se.

NA RUA DO LAVRADIO

ti'™l°ini? Ferr6ira Poverinha foi.atropelado por um automóvel, rece-bendo ferimentos pelo corpo

Realizou-se arite-hontem o enlace ma-trimonial da senhorita liara de'Mattos,filha do Sr. Ernesto Augusto dc Mattosc de D. Bernardina de Mattos, com oSr. Américo Martino, filho do Sr. Ma-noel Martino de Oliveira e de D. Mar-garida -Martino da Cruz.

Foram paranymphos, por parte da noi-va, no aclo civil, o Sr. Josí; Fruza e aExma. Sra. D. Anna Mattos Caldas,viuva do general Honorato Caldas, e noacto religioso o Dr. João Baptista Lopesc senhora.

Por parte do noivo serviram de padri-nhos o Sr. Ricardo Martino e sua se-nhora cm ambas as solemnidades.

Ambos os actos foram realizados na re-sidencia dos pais da noiva, á rua VistaAlegre, ás 15 e 16 horas.

Enterros.Em carneiro de in classe n. 4.83G, docemitério de S. João Baptista «Ia Lagoa,

íoi dado á sepultura ante-liontcm, á tarde,o corpo do Sr. Armando Barreto.O Sr. Armando Barreto era filho da

Sra. D. Luiza Barreto e do professorAmaro Barreto, fallecido ha perlo.de doismezes nesta capital.O extineto era muito relacionado não só-na nossa sociedade como no alto comniercio

desta praça.O enterro teve grande acompp.nhamer.to,

pois além de muitos parentes do finado,compareceram todos -os directores da Em-preza de Navegação Pereira Carneiro, fa-zendo-se tambem reD.reíêntar ' '» -• - -<«secções e acompanharam o feretro mui-tas-outras pessoas, vendo-se c...» ». ..presentantes de todas as classes sociaes.

O conde Pereira Carneiro, presidente dareferida empreza, tomou todas as pro«-i-dnçj.-is para aue os funeraes de seu tãodedicado auxiliar fossem feitos a expen-sas da empreza que com tanta proficiênciadirige.Muitas foram as coroas que se acharam

collocadas sobre o feretro, entre as quaesvimos as oue foram offerecidas pela suaviuva, pelas filhas c sua progenitora, condePereira Carneiro. Cnnm.iiil»;-, ("„,„»»..»....;

Ruy Barbosa dirigiu-se com palavrasde affecto ao Dr. Antônio José .deAlmeida, que pediu licença a S. Ex.para .fazer-lho entrega da mais altaoondocoraçao -existente em Portugalpara os homens de letras — a GrãCruz do Santiago» Tirando, então, dobolso uma roseta, *o Dr. Antônio Josí*de Almeida disse: "Como minha ho-menagem,' offereço a roseta de meuuso próprio".

O conselheiro Ruy Barbosa, muitoeommovido, agradeceu aquella hon-rosa distincção, demorando-se os dois«Ilustres homens públicos em cordla-lissima palestra.

Foi servida depois uma taça dechampagne aos presentes, saudandoo Dr. Antônio José de Almeida amadame Ruy Barbosa, a quem cha-mou anjo tutelar daquelle lar.-'

Foram tiradas, então, varias pho-tographias:

Percorreram em .seguida a biblio-theca do grando ¦brasileiro, domoran-do-so o chefe da uação portuguezaem examinar varias obras de valor,entre ellas os diecionarios de Moraeso Cândido do Figueirodo, cheios do'an-notaçBcs em todas as paginas, fei-

ftas pelo conselheiro Ruy Barbosa.Despediu do-so do ominonto brasi-

loiro, o Dr. Antônio José do Almei-da dispensou-lho o tratamento domestre, deix.ando-lhe nma impressãongi-adabilisslma daquella visita, quotomava, assim, iim caracter de ait-jfectuosa intimidade.

Retirando-se, o Dr. Antônio Josédo Almeida e sua comitiva foramacompanhados até á porta pela fami-lia Ruy Barbosa e demais pessoaspresentes e até, ao Palácio Guana-bara pelo Dr. João Ruy Barbosa.

OdiadeS.Ex.NO PALÁCIO GUANABARA

Durante a manhã de hontem,¦*¦>. .Lx. o Sr. presidento de Portucalvoltando, maus tarde, aos seus apo-'tf™ d0 íazer a "WUettS

Para

Varias aggressõesNa' praia do Ptato, o trabalhadorOduvaldo Santos, -de 22 annos, mo-

l£°*i ew,,s°Pet*ba* foi aggredido porum desaffecto a páo, ficando feridona i*abeça_

Santos foi medicado pela Assisten-cia Municipal, retirando-se, ««bendodo facto a «policia do 21- -districto.

O menor Milton Guimarães*, de 12annoj|, morador & rua Firel Canecan. 519 casa 21. foi victlma do umapedrada, no morro õb S. Carlos, fi».cando ferido na cabeça.Milton reeolheu-eo á caaa do scuspala, depois de soecorrido pola As-siatencia Municipal,

pereira Carneiro, Companhia Commercio eNavegação, Dr. Augusto Tavares de Lyrae familia Associação Beneficente CaixaUnidos, Dr. Cesario de Mello, Dr. Au-írusto Bezerra c familia. Dr. AlfredoDuarte c família, Sociedade Auxiliadoradas Senhoras da Igreja do Cattete, fami-lia Autcro de Almeida, Dr. B. 'Corrêa deAraujò, Arnaldo Silva c senhora, CvrffloTovar e família, Julio Cardador e farniliaMarcos de Castro e senhora, A. da CunhaGonçalves, fupcclonarios da filial de Sãoi aulo companheiros do escriptorio centralcompanheiros da ilha do Cajii, compauhei-ros do armazém 14, companheiros da j>e-cçao de contabilidade, companheiros da se-cçao maritima, Jorge Barreto e familia, íe-nhorita Adelaide Machado, Britis*» Aroeri-can Colkge. Pedro Campello e familia,Dr. Raul Bastos, Carlos Adour c familia

João Goulart e faraüia. commandantes dosvapores da -Companhia Commercio e Nave-gaçao, Carlos Soares Bento, Cândido Pa-checo e família, Rodrigues Quintans e mui-tas ontras coroas dc que não foi possiveltomar nota. vAlém das coroas acima especificadas foicollocado tambem sobre o feretro grandenumero dc palmas e bouquets de flores na-turacs,

NÃoTslirTiNfFSSEM 0 EXAME DA

VISTA°? w»UBCa p-ft»edidoa 1111 Cosaaleluia sao eratnltos o cffcctnadoe

pelo Sr. WHly Ahrens, óptico alie!mao do f*ranilo eiompetciiina.AttcjMjão—A Casa Vicii.i-, (. „»ma da Qaltandi» »9, e .não na isqni.na do roa do Hosj>iào,

o almoço.AS CORRIDAS DO JOCKEY

CLUBDepois, S. Ex. deixou o palácioGuanabara, em companhia de vários

ii»'"«!;0STtlLSUa comltlva' l,ar» a*to*ti», -no Jockey ciub, á corrida dopareô "Portugal".

A VISITA A' EXPOSIÇÃOA*3 16 horas, S. Ex. visitou a Ex-Posição, onde recebeu uma grandemanifestação popular. t.'-*-"""*Voltando no Guanabara, d'ahisahia algum tempo -depois, para Ir to-mar parte no banquete do Club dos-Uiarios, quo descrevemos em outro

9 PROGRAM.MA DE HOJEO programma official de hoje 6o eeguliué: 'A's 13 hora» — Lançamento dapedra fundamental na praia

"Òrus^se11, do monumento que Portugal vaioflerecer ao Brasil. A* essa ceremo-nia comparecera, pessoalmente!^^ DrAntônio José de Almeida

A'« 10 horas — Entrega, no pala-cio Guanabara, da condecoração de^:iz*7?0

c,°n*o de voluntários da *eâ-cola Naval, pelo presidente da Remi-blica Portugueza. v

notara?"8 t* Bail° no p'al!lcio Gua-

Na exposiçãoA MANIFESTAÇÃO POPULAR AOSU™° JOSÉ DE ^,v,oAt-t'n*:iu-*'ls miores P>*oporç5es amanifestação popular de hontem aoillustre Dr. Antônio José de AlmeidaMarcada para as 15 1|2 horastlesde_ muito antes o recinto da Ex-pomçao era já intransitável, havendoSíli .„" ° Proxinia<-amente 250m.vi,PtMoa8-,

I)0 quando em «.«andoouv;a-ae ao longo o ruido do automo-o o povo julgando ser o do presidentede Portugnl irrompia em enthusias-.cos ap,i,usoS.Pinalmente,cerca í«16 honiB. chegou S. Ex. acompanhado do Dr. Carlos Sampaio. prefeUodo Districto Federal, generalxandre Leal, commandante Ale.

ou "Brasil! fe a maior gloria dowtugal!» interrompido constante-monte pelos applausos do povo S "Exconsegue afinal terminar seu dlócur-so, dizendo que se sentia íellz por c-i-tar ali naquelle momento lançando'1jiedra fundamental do monumentoIiuperecivol que ^erü, do irtea,**- o duidentificação dos ponto* de vista quet-em.pt** existiram, existem agoramas extensivo cada vez mais, entreurasiletros e portuguezes.

As suas ultlmus palavras toram co-bertas por estrondosa salva dc pai-mas. O povo Incessantemente clama-va pelo nome de S. Ex. vivando-o /rn|A°?r'

Antônio José de Almeidafoi orrerocida uma estampa com 0eeu retrato o do Dr. Epitacio Pessoa«om expressiva dedicatória do Insti-tuto.de Protecção aos pobres o áacrianças.Os discursos dos Drs. Antônio JosC*Ue Almeida o Raphael Pinheiro fo-ram ouvidos por quantos so encontra-vam no recinto da Exposição, pr,'a,íuncclonavam os apparelhos do pho-ne alto-falante collttdoa no Palácio

.Monroe -e Pavilhão dns IndustriasUma tarde, emfim, Inolvidavcl,

essa do hontem, na exposição.Hora de confraternização

coimbrãComo estava annunciado, realizou-so hontem, no JtxJkoy-Club, a festa

que tomou esse significativo titulo ea que compareceu o Dr. AntônioJoí- • do Ah"p'i"ln .

Foi um acontecimento ' brilhantis-sirno c du quo daremos completa no-treia na nossa edição de airianhã.

0 banquete de hontem ánoite

No lindo salüo nobre do Club dosDiários realizou-se hontem, das20 1(2 fe 23 1|2 horas, o grande ban-gueto offerecido .pelo commercio doRio de Janeiro a S. Ex. o Sr. pre-sidente da Republica de Portugal.

Ornamentadas an galerias còimlindos rostos femininos o as mesascom flores lindas, entre as quaes cs'cravos roseos sobresahiam, 09 050convivas oeeuparam os respectivoslogares logo que o Sr. Antônio Joséde Almeida o respectiva comitiva pe-¦netraram na sala.

O serviço do banquete foi irrepre-henslvel.

Ao champagne ergueu-se o do*i>tor Lourival Souto, presidente doCentro Industrial, que em pequeno ovibrante discurso fez em nome daassistência a saudação ao Sr. presi-dento de Portugal. Cobertas compalmas onthusiasticas ae ultimas pa-lavras do orador, levantou-se S. Ex.o Sr. presidente de Portugal quo,após tor bebido 6. saude do chefo d-.Nação Brasileira, deliciosamente "seaiwgou em agradecimentos ao brinde*que recebera.

O discurso deS. Ex., .que lamen-tamos nuo poder reproduzir na inte-gra — « que foi o quarto proferidono dia de hontem — foi bello. Rello¦Pelas idóas expressas, bello pela £6r-Ma em que, na evidente improvisa-Çuo. era vacado « sou pensamento.A c-rta altura o Sr. mnistro dos 110-Focios estrangeiros de Portugal coi-locado á direita do presidente, an-¦minciou-lhe

discretamente que haviaja mai„ de 10 minutos — quo paraa •asjnst-"ncia-pareciam apenas ân'.3wi tns» .- que S. Ex. falava. O se-«hor presidente começou então aperoração magnífica do sua oraçãoreferindo-te a indissolúvel união dasduas.Patrhs, conjugadas não sô pe»los idéaes oommims, cuja orgem sefinda no sentimento da raça, comopelos mesmos interesses representa-dos pelo commercio.

A linda festa, que terminou entrocalorosos applausos e ovaçSes pn.-longadas, deixou em quantos a ellaassistiram indelével impressão.

Banquete no Itamarly^Rtiallza^e .-.manhã, terça-reira; nopalácio do Itamaraty. o grande ban-^..».jb ^m, commandante Gitahv aueto oue « *-ir í» »

****W,UB uu"-de Alencastro, Dr. Duarte i*u!T « , n,,~T 1 . ? far* r>r- Azci-edo Mar-iwt-ro^r». .«„ Wt^ J*uarte L«lte, anj. ques, ministrou daa r»bn».. „...„_.-..baixador de Portugal; Dr. Barbo-1'âMagalhães, ministro dos E-stramrfci-ros de Portugal; Dr. Alberto de OU-veira. ministro de Portugal na Ar-«enüna e variou memteça da cem-

ques.ministro* das relações exterio-S?«2r ^.nonraaoSr. Dr. Barbosa¦de Magalhães, minWro dos negociesestrangeiro-s du Portugal.

Tomarão parte neste banquete aaaltas autoridades brasileiras..

v)

Page 3: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

1'" .'*

O PAIZ —SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922

HJ.!.

Ainda a íiap do presidenteI José de Almeida Outras noticias

Dia 30:O PERCURSO REGULAR DO

"PORTO"

São, felizmente, .animadoras ae no-tieias radiographicae hontem rece-bidas do vapor "Porto". •¦•

Pelo Si\ Barbosa do Magalhães,ministro dos estrangeiros, foi enviadoum radio ao seu suecessor interino,<iue é o Sr. ministro do commercio;dizendo que o navio teta navegadobem, sem incidente algum, e com avelocidade de 10 milhas á hora. Ac-orescenta que o Sr. presidente daRepublica vai om boa disposição, eremata por cumprimentos ao seucollega do ministério.

Transcrevendo (de onde o verão):"O enviado especial do "Diário do

Noticias" dirigiü-nos o' seguinte ra-dio, que foi colhido cerca do 15 ho-ras, no posto de T. S. F. do Centrode Aviação da Amadora, e entreguenesta redaecão ¦ pelo bolètineiro daCentral Telegraphica, às 3 horas damanhã, ou seja (12 lioras depois:

"Diário do Noticias" — Lisboa —A's 10 horae, pelo meridiano de bor-do, o vapor "Porto" chegou a 100milhas da costa põrtugueza. Os"destroyer1- "Douro" e "Vouga", in-cumbldos de o .comboiar atê estadistancia, radlographaram saudandoo Sr. presidente da Republica _e ap-nunclando o termo da sua missão. O'Dr. Antonio .José de Almeida, pelaradiographia, agradeceu os. cumpri-mentos. Em seguida, o "Vou-ja" oe o "Douro" passaram em continen-cha junto do "Porto", sendo, nessaoceasião, levantados os vivas da or-denançà.

Os "destroyers" afastaram-se de-pois, cada qual com seu rumo: o"Douro", para Lisboa, e o "Vouga"ao encontro do "Guadiana", afim deo rebocar para as Canárias.' O "Porto" segue sem novidade,encontrando-se todos bem a bordo.O Sr. presidente da Republica vaimuito bem disposto. A velocidadedo navio ainda não foi além de 10milhas, devido á fadiga do pessoalde fogo, que saiu de Lisboa extenua-do. Espera-se, porém, que ainda ho-jo o navio consiga deitar 13 milhas.Os passageiros brasileiros e portu-guezes do paquete "Almanzora", daMal.a Real .Ingleza, quo so dirige aLisboa, vindos doe portos do Brasil,saudaram, pela radiotelegraphia, oDr. Antônio José de Almeida, que.pola mesma via, lhes agradeceu. —Accureio Pereira."

Ao fim da tarde, recebeu-se emLisboa um novo radio, dizendo queo "Porto", ás .2 1|2 horas navegavaa 142 milhas da costa, indo a bordotodos bem'.-

A esposa do Sr. presidente daRoipubliea teve conhecimento da¦marcha.do "Porto" por um redactordo "Diário de Noticias", que lhecommunicou o radio recebido do en-viado especial do "Diário dc Noti-cias".

O "destroyer" "Douro" entrou abarra, de regresso ao Tejo, ás IS ho-ras.

NA AUSÊNCIA DO CHEFE DOESTADO

O Congresso da Republica decreta eos ministros promulgam

Durante a ausência do Sr. presi-(lente da Republica, a publicação daslols e resoluções do Congresso seráfeita com a seguinte formula:"Em nomo da Nação, o Congres-so da Republica decreta e nós pro-mulgamos, noe termos do paragrapho3o do art. 38 da Constituição politicada Republica Põrtugueza, a lei (ouresolução) .seguinte: (segue-se a leiou resolução). "O minl9tro ou mi-nistro» de... o façam imprimir, pu-blicar o correr. (Seguem-se as assi-gnaturas dos ministros.)

Para a publicação de decretos afórmula ê a seguinte:"Usando da faculdade que nosconferem os artigos 38 n. 3-e 47 n. 4da Constituição politica da RepublicaPõrtugueza, havemos por bem, sobproposta do ministro de... Deere-tar: (seguem-se as assignaturas dosministros). •

Pela presidência .do ministério vãoser dadas inetrueções a todas as rc-partições dos vários ministérios,afim de que as leis e decretos sejamledigidos nos referidos termos.

Dia. 31:O "PORTO" NAVEGANDO 13 311-

LHAS A HORA -No Ministério da Marinha recebeu-

se hontem um radio do vapor "Por-to" dizendo que o navio segue bem,tendo augmentíido a velocidade para13 milhas. A manter-se essa véloei-dade, o "Porto" deve chegar ao Riode Janeiro em 10 ou 11 de setembropróximo. Informa ainda o radio queo Sr. presidente da Republica conti-núa em optima disposição.

Do enviado especial do "Diário deNoticias", recorto os seguintes ra-dios: !"Bordo do "Porto", 30, ás 15,10—A projectada festa a bordo do "Por-to' para imposhjão da Cruz de Guer-ra á bandeira do batalhão de mari-nha que se bateu na campanha deAngola de 1914-15 realiza-se no pro-ximo domingo, coincidindo essa co-remonta como facto de acompanha-rem o Sr. presidente da Republicaos Srs. Augusto Neuparth, que era aotempo ministro da marinha c foi oorganizador do referido batalhão, eo capitão de fragata Sr. Coriolanoda Costa, que foi* commandante domesmo batalhão, além de variaspraças que delle fizeram parte. OSr. presidente da Republica discursa-rá nessa festai, havendo jantar degala e depois concerto.

O "Porto" accelerou hojo a suamarcha, tendo feito a viagem atéagora sem algum Incidente. Estãojá percorridas.mais de 400 milhas.

O Sr. presidente e comitiva estãoexcellentemente. O tempo optimo.Todos os passageiros saúdam pornosso intermédio as suas_íaniilias. —•Acurcio Pereira.""Bordo do "Porto", 30 — Na im-possibilidade do "Porto" chegar nodia " de setembro ao Rio de Janeiro,o Sr. presidente da Republica dispen-sou o ser comboiado pelo '"CarvalhoAraujo", que recebeu ordem paraseguir immediatiimente para a. capi-tal federal, afim de a sua guarniçãotomar parte na parada que ali serealiza n0 dia 7. A viagem segue semnovidade. O «Sr. Dr. Antonio José deAlmeida offerecerá um banquete eum baile, no palácio Guanabara aoSr. Dr. Epitcio Pessoa e visitará oCongresso da Republica irmã. Oresto do programma, alterado pormotivo do atrazo do navio, será com-binado no Rio dc Janeiro. — Acur-cio Pereira."

Charutos de HavanaIMPORTAÇÃO DIRECTA

LOPES SA* & C.VtUA SANTO ANTONIO NS. 5 E 9

Dia 1 de setembro: -|O "PORTO" ATTINGIU A VELOCI- !

DADE MÁXIMADe "O Diário de Noticias":Kadio de bordo vapor "Porto", 31

— "O navio rttigiu já a velocidademáxima, embora as. machinas te-nham precisado de algumas repara-ções, que o pessoal de bordo executasem difficuldadé. A's 19 horaá e meiao ''Porto" encontráva-se na la-titude N. 35:,34' e longitude O.12",42. Calcula-se que chegaremosao Rio de Janeiro- antes do dia 12.Promette ser emocionante a festapatriótica do próximo dia 3, em queserá conferida a Cruz de Guerra aobatalhão de marinha que tomou par-te na expedição ao sul do Angola de1914-1915.

O Sr. presidente da Republica con-tinúa bem disposto,assim como todosos restantes passageiros. — AcurcioEereírã.

No Ministério da Marinha rece-beti-se um radio do "Porto" confir-mando o que acima publicámosquanto á marcha do navio e dizendoque a velocidade attingida é de 13milhas."

TROCA DE SAUDAÇÕESO Sr. ministro da marinha enviou

ao Sr. presidente da Republica o se-guinte radio:"Exmo. Sr. presidente da Republi-ca — Permitta-me V. Ex. que emmeu nome pessoal e no de toda amarinha de guerra faça no momentodo inicio da viagem do chefo do Es-tado ao Brasil os mais ardentes vo-tos pelo bem estur de V. Ex. e pelosbons resultados da alta missão queao presidente da Republica foi pelanação confiada."

O Sr. presidente respondeu nos se-guintes termos:"Exmo. ministro da marinha —Agradeço o telegramma de V. Ex.,retribuo suas saudações e cumpri-mentos gloriosa marinha de guerrapõrtugueza,. viva encarnação Pátria.

— (a) Antonio José de Almeida."#• *

Dia 2:A ARRIBADA DO '"PORTO" AS

CANÁRIASOs boatos

Consjpu hontem em Lisboa que ovapor "Porto" tinha arribado ás Ca-narias, impossibilitado do seguir via-gem, por motivo de avarias nas ma-chinas. Accrèscentava-se que, em vir-tude desse lamentável aconteoímen-to, o ministro dos estrangeiros, quesegue a bordo, pedira, por interme-dio do governador civil do Funchal,ao paquete "Arlanza", da Mala RealIngleza, o favor do aguardar no Fun-chal a chegada do "Porto", afim doconduzir ao Brasil o Sr. presidenteda Republica, mas o referido paquo-te desattend.era o pedido, allegandonão poder retardar a viagem sem au-torização da companhia proprietáriado navio.

O «QUE OCCORRECNo Parlamento — Informações

officiaes* Eis o quo se passara de verdade,

segundo o radiogramma, que segue,enviado do vapor "Porto" ao Sr. pre-sidente do ministério e por este lidohontem na sessão da tarde «Jo Se-nado:"Tencrife,31 de agosto — O. "Por-to", tendo avarias diversas, ora cmuma ora em outra*machina, emborade pouca importância,reduziu o an-damento a. nove milhas, o quese manteve desde hontem duran»to todo o dia. Além disso, pormotivo de avarias no frigorífico,tendo-se inutilizado parte dos man-timentos íoi o navio obrigado aarribar, tendo-se preferido Las Pai-mas visto a imposibilidade de Irá Madeira e para não perder cami-nho. Arribada indispensável. Deve-mos chegar a Las Palmas cm 1 desetembro. O Sr. presidente da Repu-blica continua bem. —(a) Ministrodos Estrangeiros."

Como este "radio" era omissoquanto ás probabilidades do navioseguir ou não viagem, o Sr. presiden-te do ministério encarregou o chefedos serviços telegraphicos de falarPaira Madrid, afim de se saber seali teriam recebido quaesquer com-municações do "Porto". O intenden-te geral dos telegraphos da capitalhespanhola respondeu com o S3-guinte teíegraníma:

"Dizem de Las Palmas que acabade fundear o vapor portugu'ez ".Por-to", que conduz o Sr. Almeida, pre-sidente da Republica Põrtugueza,ministro dos estrangeiros e altopessoal, que sc .dirigem ao Brasil/ Ovapor soffreu avarias no frigorífico,tendo que arribar a Las PalmaS. Asautoridades passam agora para bor-do a saudar o Sr. presidente da Re-publica.'"

Ainda na duvida de /ue o, naviopudesse seguir viagem, o chefe dogoverno tratou de so prevenir paraessa hypothese, preparando a trans-ferencia do Sr. presidente, da Repu-blica e mais passageiros do "Porto"para o paquete "Demorara", da mes-ma Mala Real Ingleza, o qual devechegar hoje de manha ao Tejo e se-guir á tarde directamente para o Riode Janeiro. Para esse effeito, o Sr.Antonio Maria da Silva conferencioude tarde com um representante daMala Real Ingleza, o qual. o infor-mou de que o "Demerara"vem cheio,trazendo apenas logares para cincoou- seis passageiros de primeiraclasse.

Apesar disso, não deixou o repre-sentante da M. R. I., -a pedido dochefe do governo, de dar telegraph!-,camente .conhecimento do facto paraLondres, afim de qiie a autorizaçãodo embarque do chefo do ' Estadoviesse a tempo, no caso de ser neces-sario.

Felizmente, pouco depois, recebiao governo uma nova. communícaç/intelegraphica dé Mad,*ifl, confirmadaposteriormente por telegrammas doPorto, e que dizia o seguinte:"Segundo noticias de Teneriffe oSr. presidente da Repuplica portu-gueza encontra-se cra Las Palmas,,onde permanecerá esta noite paracontinuar viagem amanhã ás 18 ho**ras. A avaria nas câmaras frigorifl-cas foi de pouca importância."

Estas informações nabilltaram ogoverno a fornecer aos jornaes a se-ginte nota officiosa:

"Um telegramma official. expedi-do de bordo do "Porto", informou ogoverno haver este transporte sof-frido avarias na machina, de pou-ca Importância, e no frigorífico, ten-do-o forçado estas ultimas a arribara Las Palmas, afim de metter novosmantimentos.

Telegramma posterior do Sr. ml-nistro dos estrangeiros communicouque o "Porto" deverá proseguir via-gem '."Jnda «.*> m nlriigaíTn de hoje.mantendo o andamento iie 12 a IJmilhas.

Era contrario do que um jornal damanhã informou, o "Arlanza", deharmonia cóm a prompta e attencio-sa autorização dada de Londres peladirecção da Mala Real Ingleza, sônão aguardou a chegada do Sr. pre-sidente da Republica no Funchalpara o receber a seu bordo, em vir-tude do telegramma do "Porto" áVi-sando de que s*eguia para as Cana-rias."

»O Sr. presidente do ministério de-

clarou, no Senado, depois de ter lido"o telegramma que acima se 16,que, emquanto tiver energia e vida.como chefe do governo, ha de apu-rar responsabilidades e castigar osculpados.

O, Sr. Oriol Penna (monarehieo).alludiu á, falta de condições de segu-rança que o* vapor' "Porto" offerecepara a viagem presidencial ao Riode Janeiro.

Fez ainda varias consideraçõesacerca das pessoas que acompanhamo chefe do Estado, e designadamentedos jornalistas alguns' dos quaes, emseu entender, se tém referido commenos cortezia ao primeiro magis-trado da nação. Não nos foi possívelouvir bem as palavras do orador, taesa exaltação com que as proferiu o osapartes e vozeria que se cruzavam nasala. ^

O Sr. ministro da justiça, Catanhcde Meneses, declarou não ter rece-bldo ainda informação official sobreo caso.

Na Câmara dos Deputados, mar-cada já a sessão, foi concedida a pa-lavra ao Sr. presidente do ministério,Antonio Maria da Silva, que repe-tiu o que já dissera no Senado, a pro-posito da viagem do "Porto", narran-do o que determinou a sua arribadaás Canárias o annunçiando que hojede manhã devo deixar Las Palmaspara seguir com uma velocidade de12 a 13 milhas.

O CASO DO "ARLANZA"

O Sr, presidente do ministério dis-se a um redactor d'"0 Diário de No-tieias" que não interviera no casn do"Arlanza", nem delle tivera conheci»niento; porém, que o pedido foi, ef-fectivamente, feito ao paquete, masunicamente pelo governador civil doFunchal, que certamente assim pro-cedeu quando ainda não conheciasuficientemente as possibilidades do"Porto".

Não é verdade, comtudo, que o"Arlanza" so tivesse recusado, nascondições ao parecer desprimorosasque se fizeram constar em Lisboa. Orepresentante da M.R. I., o Sr.Stanley Baives, confirmou a um jor-«alista que o entrevistou a versão danota officiosa acima tra.nscript.i. di-zendo que o "Arlanza" só largou doFunchal quando alli chegou a noticiado que o "Porto" arribara ós Cana-rias, não sendo, poi conseguinte, ne-cessarios os seus serviços. De resto— acerescentou o Sr. Stanley — sea Mala Real Ingleza so havia offere-cido espontaneamente o sem a menormira dc interesse, para conduzir oSr. presidente da Republica ao Bra-sll com todas as commodidades, nãohavia razão para quo, em uma enier-gencia destas, o commandante ouquem quer que seja, dà companhia,so recusasse a acceder a um pedidodaquella natureza. .

Informações officiaes"O Sr. presidente do ministério,

assim que teve conhecimento da noti-cia de quo o vapor "Porto" havia ar-rlbado a Las Palmas por motivo deavaria nas machinas, dirigiu-se parao Ministério do Interior, onde confe-renciou sobre o assumpto com o Sr.ministro das colônias. Depois foipara o gabinete do Sr. ministro damarinha, permanecendo ali duranteuma grande parto do dia, tendo obti-do todos os informes possíveis sobrea viagem presidencial, que o habili-taram a fazer declarações no Parla-mc.nto.

.0 Sr. Antonio Maria dá Silva, quetomou desde logo todas as providen-cias para assegurar o proseguimentoda viagem do chefe do Estado, nocaso do "Porto" não poder continuara navegar, teve uma conferênciacom um empregado superior da" MalaReal Ingleza para saber se um dosseus paquetes podia fazer a condu-cção do supremo magistrado do pai:»,e da sua comitiva.

Áquella empreza telegraphou.ini-medlatamento para o "Porto" afimde se informar, por intermédio dasua agencia, se o paquete "Demera-ra" que sairá de Leixões, tinha com-partimentos disponíveis para esseeffeito. «•

Mais tarde um empregado superiorda Mala Real Ingleza conferenciounovamente com o chefe do governo,no edificio do Congresso, parecendoque declarou que o "Demerara" nãopodia realizar o transporte. Sabemoscomtudo, que a referida empreza quefoi de uma gentileza captivante paracom o Sr. presidente do ministério,se offereceu para prestar ao governotodos ós serviços que estejam ao seualcance." ,

ACTOS DE SABOTAGE?Esta nota da Arcada:"Tendo o governo elementos que o

levam a crer que as avarias que sederam nos vapores "Porto" o "Lou-renço Marques" são devidas a actosde "sabotage", vai sor ordenado umrigoroso Inquérito."

*Dia 2:

A ARRD3ADA EM LAS PALMASO acolhimento do Sr. presidente da

RepublicaD'"0 Diário de Lisboa":"Las Palmas, 1, ás 12 e 55— O

"Porto" entrou cm Las Palmas, combom tempo, ás sete «*» mela.

O vapor "Lordelo" e o "destroyer'"Guadiana" içaram os signaes deboas-vindas, que foram immediata-mente corçspondidos pelo 'Porio".

A bordo do navio presidencial veiulogo o tenente-immediato da canho-nheira hespahola "Infanta Isabel",apresentar, em nome do comman-dante. os seus cumprimentos ao Sr.presidente da Republica.

Em nome do governador da cida-do esteve a bordo uma policia espe-ciai para acompanhar o chefe do Es-tado e a sua comitiva, no caso dedesembarque.

Foi tambem dirigido um conviteao Sr. presidente da. Republica e. áspessoas que o acompanham para umgrahde passeio no campo, que parocenão poaTr ser aceito, em vista dopouco tempo de que dispõem. .

O Sr. Dr. Antonio José de Almeida,que sc mostra penhorado com umarecepção tão affectuosa, manifestouo desejo de passar incógnito em LasPalmas, limitando-se a receber àspessoas que lhe vfim apresentar cum.-primentos.

Para esse fim, estiveram a bordoo aleaide, o governador, o comman-

dante do porto e demais autoridadesde Las Palmas.

Toda.s as visitas têm um ar affe-ctuosisslmo, manifestando ao Sr. pre-sidente da Republica os* sentimentosde amisade que ligam ¦ Portugal áHespanha. — Norberto de Araujo."

"Las Palmas, 1, ás 13 e 30 — Malo "Porto" fundeou, veiu a bordo ocônsul portuguez, Sr. Vasques, -quefoi recebido pelo Sr! ministro dos es-trangeiros. O representante de Por-tugal em Las Palmas commuhlcou aoSr. Dr. Barbosa de l*.la'galhãe& o en-thusiasmo da colônia põrtugueza pelavisita inesperada do Si*, presidenteda Republica e o d,eseJ'° lui* o' povohespanhõl tem de apresentar os seuscumprimentos' ao chefe do Estadoportuguez.

Esteve tambem a bordo o capitão-tenente Navarro, commandante de"destroyer" "Guadiana", que cum-primentou o Sr. presidente da Repu-blica. O "Porto' segue viagem aindaesta noite. — Norbéi*to de Araujo."

"Las Palmas, 1, ás 13 e 50 —• Omundo official hespàiihoi foi recebi-do com toda a solemnidade pelo Sr.presidente da Republica, tendo-setrocado palavras notáveis e altamen-te significativas para as boas rela-ções luso-hespanbolas.

Esta noite realiza-se, no Club Real.um baile em honra do Sr. presidenteda Republica, a quo assistirão aspessoas da sua comitiva o um repre-sentante official do Sr. Dr. Ant2ü'oJosé de Almeida.

Todos os jornaes consagram gran-des artigos á visita inesperada dochefe do Estado portuguez, referiu-do-se nos termos mais elogiosos á.personalidade do Sr. presidente daRepublica.

O Sr. ministro dos - estrangeirosnão desembarca.

O "Porto" está prompto a seguirviagem. — Norberto de Araujo."

Na Camnra dos DeputadosHonteni, ao iniciarem-so os tra-

balhos na Câmara dos Deputados, oSr. Ferreira de Mira .liberal, usan-do da palavra, em negocio urgente,tratou da viagem presidencial. Cen-surou a leviandade do governo, co-meçando por se referir ãs demorashavidas com a decisão sobre a cífa- jactlvação da viagem, no intuito depesar

"com essa consideração sobre .aapprovação rápida "tias propostas definanças. Referiu-se á leviandadeque representa fazer embarcar o che-fe do Estado em um navio de que,nom as machinas depois do repara-das, nem o frigorífico tinham sidoexperimentados. Concluiu por dizerao governo que assegurasse ao paizsobro a probabilidade do não sobro-vivem novos incidentes com o va-por que conduz o Sr. presidente daRepublica, magistrado supremo dáNação.

O Sr. Cancela de Abrçu ,monar-chico, formulou o seguinte requeri-mento:

"Requeiro que so abra uma in-scripção especial sobre o assumpto."

O Sr. Vietorino Guimarães .demo-cratico, falando sobre o requerimen-««o, disse em resumo:"A maioria náo o pôde votar por-que não sabe o quo responderáo gqyernò ás considerações do Sr.Ferreira de Mira." .

Apoiados e apartes -da esquerda'.O Sr. Cancela de Abreu, justifi-

cando-se :"Esperei que algum senhor minis-tro pedisse a palavra, mas vendo quenenhum n fazia apresentei o requeri-mento. Peço quo a sua votação sofaça depois do falar sobre o casoalgum membro do governo.,"

O ministro da marinha e interinodos estrangeiros, Sr. Azevedo Cou-tinho, respondeu em poucas pala-vras :"A 'viagem

do Sr. presidente daRepublica não se ultimou mais cedopor motivos de saude o da sua curade águas. Quanto "áos incidentesoccorridós não pode o governo ser

'responsável, pois o embarque só ssrealizou depois'dos teclniicoe have-rem affirrnados que o barco estavacm boas condições de navegar. Vaiproceder-se a um inquérito, afim dsresponsabilidades sorem pedidas aquem de direito."

Sobro a segurança da viagem not*-mal das Canárias, para lá, a que sereferira o Sr. Ferreira do Mira, oSr. Azevedo Coutinho não respon-deu.

Passando-se á votação do reque-rimento, o Sr. Cancela de Abreu sa-llentou que não tinha em mira ne-nhum intuito de especulação politi-ca, mas, apenas o movia o desejo doque .tudo ee esclareça.

Estas palavras provocaram ápar-tes das bancadas da maioria,- osquaes foram retribuídos da direita,pelos deputados monarchicos.

Liberaes e reconstituintes conser-varam-so silenciosos, como merosespectadores.

Feita a votação em contra-prova.o requerimento foi rejeitado. •

O Sr. Cancela de Abreu, comoquem commentavà o ,resultado' davotação:"Querem abafar! E' o abafareido sempre!"

Vozes da esquerda — Qual abafa-rete ? -*• O que nós não queremosé especulações, politicas !"

Os Srs. Cancella de Abreu e Car-valho da Silva .monarchicos, — Nemao menos o brio nacional... '

Vozes da esquerda— Cale-se ! Ca-le-se !• Acordam tarde...

E durante minutos a batalha pro-seguiu.

OSr.Agatao Langa .independen-te, que pedira a palavra para expli-cações, dirigiu ao ministro da mari-nha as seguintes perguntas:

— Antes do chefe do Estado em-barcar o "Portou foi * dado comoprompto a

'navegar ?Em caso affirmativo, quem foi que

informou o governo ?Da esquerda, vários deputados da

maioria interromperam o orador,allegando que elle não estava a darnem a pedir explicações. Estava,quando muito, a fazer uma interpela»ção ao ministro.

O Sr. Agatão Lança protestou con-tra as interrupções e. como estas con-tinuassem visto ipie alguns deputadosreclamavam a intervenção da pre-sidencia, que nesta altura era oeupa-da pelo Sr. Nunes Loureiro, concluiuas euas considerações.

Os Srs. Abilio Marcai e João Ca-moesas, democráticos, invocaram oregimento, para salientar que o Sr.presidente não podia dar a'palavrapara explicações eenão ao Sr. Fer-reira de Mira.

, O Sr. presidente discordou, argu -mentando com os costumes e habi-tos seguidos, que elle, oecupandoaccidentalmente aquelle logar, nãoqueria modificar. (Apoiados da di -reita e protestos da esquerda).

O Sr. Ferreira de Mira, voltandoa usar da palavra, açradeceu ao mi-nistro da marinha as suas explica -ções, mas salientou que ellas o nSohaviam satisfeito. Observou que a

trégua politica aconselhada durantea ausercia do Sr. presidente da Re-publica não excluiu o direito que oParlamento tem de chamar a atten-ção do governo para factos como osque se censuram e lamentam.

Dada a palavra ao Sr. Carvalhoda Silva, monarehieo, para 'explica-çõee, alguns deputados da maioria,como protesto, sairam da sala.

O deputado monarehieo verberouo procedimento do governo nestecaso e accentuou que o ministro damarinha não disse á Câmara ee ogoverno tom ou não probabilidadesde se concluir a viagem do chefe doEstado. * .

A esquerda protestou, um poucoruidosamente, e o orador terminou.

O Sr. Alberto Jordão, reconstituiu-te, falando em nome do seu partido,disse. em resumo :"Declaro que o momento não éopportuno para apreciar o assumpto;mas, no entanto, reservo-me o di -reito de tratar delle logo que cheguea opportunidade, não por querer ee-guir na rota de especulação políticaque os inimigos do regimen. estão fa-zendo." - • - •¦¦

O ministro da marinha e interinodos estrangeiros, Sr. Azevedo Co.uti-nho, respondeu nue o governo pro-curaria assegurar a viagem do su-premo magistrado da Nação.

No SenadoNo Senado oecupou-sc do caso do"Porto"'/.o Sr. Mendes dos Reis (li-

beral), censurando asperamente ogoverno pela manifesta impreviden-cia e indiscutível falta de cuidado naorganização e preparação da viagemdo Sr. presidente da Republica aoBrasil.

Se a arribada dò "Porto" ás Ca-narias por si só não seria de notar,junta a tantos incidentes e avariasdesagradáveis e Inexplicáveis, suece-didas com essa viagem, mostra cia-ramente que alguma coisa gravoexiste, o que os inimigos do bem dopaiz se valepi do todos os meios paraimpedir o seu progresso e desenvol-vimento.

O Sr. ministro da Instrucção, Au-gusto Nobre, respondeu, dando ex-plicações o justificando o governoda aceusação de que não lhe cabemresponsabilidades. Declara quo eódepois da vinda do Sr*, presidente daRepublica do Gerez se resolveu de-finitivamento a visita de S .Ex. aoBrasil, por motivos de saude que jáforam, esclarecidos pelo Sr. presi-ciente do ministério e ainda estamanhã, na Câmara dos Deputados,pio Sr. ministro da marinha. Ogoverno vai mandar fazer um rigo-roso'inquérito. Tem tudo priparádopara, se não receber alguma respos-ta tranquilizadora, o Sr. presidenteda Republica seaúir.viagem.

Entre o Sr. ministro e o Sr. Men-des dos Reis trocam-se .ainda algu-mas explicações.O 'PORTO-LEVANTA FF.HROÍ. DE

LAS PALMASNa majoria general da armada

íoi, depois das duas horas, recebidoo seguinto radiogramma :"LAS PALMAS, 2 ás 21 c 30, ho-ra local : — - A avaria • no iri-¦gorifico que motivou arribada, te-ve único fim metter eombusti-vel (?), "Porto" seguirá hoje regu-lares condições. Em mou parecer,não devo o Sr. presidente da Repu-blica mudar de navio. — (a) Com-imitidante do Bandeira."

A's duas e meia horas, o che-fo dos serviços telegraphicos deLisboa recebeu do seu collega deMadrid o seguinte telegramma :"Tenho a satisfação de communi-car-lhe que ás 15 horas de hoje par-tiu. felizmente, do portí* do Las Pai-mas, o transporto "Porto", condu-zindo o Exmo. Sr. presidente daRepublica Põrtugueza."

O chefe doe serviços telegraphicosdeu immediatamente conhecimentodà boa nova, pelo telephone, ao Sr.presidente do ministério, que estavacm Cascaes, e aos Srs. ministros damarinha o estrangeiros.

Um "radio" dc bordo do "Porto"D".'0 Diário de Noticias":"A's 3 e meia. horas recebe-

mo3 o radiogramma que abaixopublicamos. Esta communicaçao foiexpedida de bordo do "Porto", peloenviado do "Diário do Noticias',ante-hontem, ás 23 horas. . De-morou no trajecto 2S horas e,mela, o que parece indicar que osserviços telegraphicos, em ffinccio-namento correm, parelhas com asmachinas do"."Porto1*."Las Palmas, 1 — O "Porto" avis-tou as Canárias ás 6 horas eancorou no porto de Las Pai-mas cerca das.8 horas, onde lhe es-tava reservado .o local para o fun-deadouro. * ' '

O "Porto" trouxe um andamentomédio de 8 milhas á hora.

O frigorífico' está sendo reparadodurante a noite.

O "Porto" traz içada a flàmmulade guerra.

Percorremos já 745 milhas faltan-do percorrer 3.500 que o comman-danto assegura vencer em um mini-mo de 12 milhas por hora.

Com as autoridades sanitárias veiua- bordo o chefe da policia.

Em outro vapor vieram o cônsulportuguez.o commandante do vaporportuguez"Lordelo" que se encontraaqui fundeado ha cinco mezes pordeficiência de força nas machinas, edois fornecedores. N• O cônsul declarou que recebera oaviso da chegada do "Porto" ás 18horas de liontem, tendo tudo. pre-parado para ~o abastecimento donavló. A bordo conferenciou com oministro dos negócios estrangeiros.

O official da canhonheira hespa-nhola "Infanta Isabel"' apresentoucumprimentos ao chefe do Estadoportuguez.

Quando, a bordo Uo "Porto" foiiçada a bandeira nacional, o eontin-gente de marinha formou no convése apresentou armas e a banda exe-cutou a "araria da Fonte", a "Portu-gueza" e o hymno hespanhõl. O mo-mento foi solemne.

Logo que o "Porto" fundeou ap-pareceram dezenas de bajfiuitoscom curiosos que, assim como os pas-sageiros de bordo de outros navios,assistiram ás manobras..

O aleaide enviou a bordo seu ir-policias pava impedir a. entrada deestranhos a bordo.

O 'Aleaide enviou a bordo seu'ir-mão D. Diogo Mesa que convidou osviajantes para um almoço e um pas-selo do automóvel pela cidade e arre-dores.

Com o adjunto da capitania doporto vieram a bordo os directoresdo Real Club Náutico, entre os quaeso portuguez Manoel Moniz, que viveaqui, os quaes convidaram os viajan-tes para um baile naquella associa-ção.

O Sr. presidente da Republicaneste momento viaja iifçognito. Devereceber ás IG horas, o" general da di-

visão, o commandante do marinha, oaleaide e* o governador.

A' noite houve jantar a bordo offe-recido polo Sr. presidente ás autori-dades. — A. P."

A POLÍTICA'LISBOA, 30 de agosto:

ACCORDO EXTRE LIBERAES EDEIttOCRATICOS. ACERCA DOSTRABALHOS PARLAMENTARESDe "O Século":"A discussão das propostas de fl-

nanças, objectivo único, actualmente,do governo e dos parlamentares, vaiprosegUindo, devendo na sessão dehoje ficar completamente votado ocapitulo referente ao novi», Impostosobre os valores das transacções.

Vai-se notando, comtudo, que acontinuar a discussão sob os moldespor que se está fazendo, não haverápossibilidade de se votar toda a pro-posta, que contém uns 70 artigos,aproximadamente; antes do dia 13do próximo mez de setembro.

. . Deputados o senadores, porém,sen-tem-se cançados, extenuados, e de-sejosos de abreviarem o começo dasférias, difflcllmeritè se podendo re-tel-os em- Lisboa até aquelle dia. Poresso motivo, todos elles, quer damaioria, quer das minorias, desejam,nesto momento, encontrar uma pia-taforma, dentro- da qual caiba uma

jnaior rapidez na apreciação de tãoimportante diploma.

Nesse sentido, desde sabbado quese anda em negociações, principal-mente entre democráticos o liberaes.negociações quo se suppõe ficarãohoje encerradas, embora ainda "st*não tenha chegado a um completoaccordo.

Com excepção de um ou ou',-0deputado, toda a mai.irla quer que sevote por completo a prbposta, em-hora acceitando a3 emendas das roi-n orlas, que tendam a melhoral-as.Os liberaes, ao que so diz, desej.-iriamque se votasse apenas o imposVó so-bre os valores das transacções, dan-do-so ao governo autorização paraappliear os coefficientes que julgasseconvenientes ás outras contribuições.

Entro estas duas opiniões extremasha uma outra, que entende dever vo-tar-se toda o. proposto, com excepçãoda parte que se refere á contribuiçãopredial, a qual ficaria para ser apre-ciadas em outubro, juntamente coma lei do inquilinato.

Ha ainda quem- defenda o critériodo que so deve dividir a proposta emtantas quantas são ns espécies decontribuições e impostos a quo ellase refere, afim de que á medida quesobro oada uma recaia o voto dosdeputados, ella possa transitarimmediatamente para o Senado, afimdo abreviar trabalhos. Este critériotem, porém, contradictores, com ,>aallegação de quo é perigosa a fór-mula, podendo dar-logar a que, vo-tada uma contribuição, já se nãoconsiga arrancar á*. Câmaras qual-quer outra." *

Dia 31:DEMOCRÁTICOS SOBRE A DIS-OUSS«\0 DAS PROPOSTAS DEFINANÇASAinila de "O óculo": . ¦"O Sr. ministro das finanças teve

uma demorada conferência com o"leader" do partido liberal, Sr. Bar-ros Queiroz, conferência em que, se-gundo nos consta, este illustro par-lamentar expoz as uas idéas sobre asrestantes contribuições e impostosque estão para discutir e as emendasque julga dever serem introduzi-das, para as melhorar.

Depois dessa conferência, aindaoutras se effectuaram, entre váriosparlamentares, tendo em seguidareunido a commissão de finanças daCaniara dos Deputados, com o íim dedar finalidade ao que mais ou menosnessas conferências ficara accordado.

Segundo nos constou, nessa reu-nião ficou já concertado quaes asemendas que devem ser feitas áparto da proposta quo se refere ácontribuição industrial, cuja dis-cussão se inicia hoje, discussão que,por esso motivo, será pouco demo-rada.

Quanto ás outras contribuições eimpostos, cm novas reuniões e confe-rencias se procurará chegar a iden-tico accordo, sendo já pooto assentoque serão multo diminuídas as taxasdo Imposto pessoal de .rendimento."*

Dia Io de setembro:A CARESTIA DA VTD.A

? A commissão incumbida de estu-dar as determinantes econômicas dacarestia da vida reunida honteni, re-solveu solicitar dos differentes minis-terios os elementos estatísticos, tantoquanto possivel actuajizados, que lhefacilitem o estudo de que está enear-regada.

. Tratou da questão da pesca, nassuas relações com o abastecimentopublico, distribuindo um questiona-rio ás differentes emprezas, além doInquérito directo que já iniciou,

Outros questionários vai distribuirpara os aftigos essenciaes ao abaste-cimento publico e á elaboração dasindustrias, acceitando tambem todosos alvitres e elementos que possamfacilitar a sua, missão, o que as pes-soas que ao assumpto do.problemada carestia da vida se tenham dedl-*cado auelram enviar-lhe para o mi-nisterio do trabalho.

A commissão, na sua reunião, deha dias, elegeu seu vice-presidente oSr. Álvaro de Lacerda, désempenhan-do «as funeções de prusídente o Dr.Joaquim Ribeiro, antigo ministro daAgricultura e deputado.

?

Dia 2:O PROVIMENTO DAS PASTAS DO

COMMERiCIO E fFINANCASEstá assente a transferencia, <pm

definitivo, para a pa«ta das Finanças,do Sr. Lima Basto. Para o Comraer-cio irá o Sr. Vietorino Guimarães,que, primeiramente, fora indigitadopara as Finanças.

*'.» •

Dia 3PROVIMENTO DE PASTAS

De "O Século":"Ao contrario do que tém noticia-

do alguns jornaes, podemos garantirnada haver neste momento combl-nado sobre o provimento definitivoda pasta das finanças. O Sr. Victo-rino Guinfkrães, que para essa pastafora indicado, parece que não temdesejo algum de fazer parte do go-'verno. Se, como se diz, o Sr, Limr»Basto passar definitivamente para apasta das Finanças, é muito possivelque o Sr. Ernesto Navarro venha atransitar para a pasta do Commer-cio, passando a sobraçar a pasta da

Agricultura o Sr. Dr. Vasco Borgese entrando para a do Trabalho o Sr,Dr. João Camoezas.

yarias noticiasLISBOA, 29 de agosto.

IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃODia 29:O "Diário *do

governo" publicouliontem a seguinte lei:"Art. Io. E' o governo autorizado aactualizar e pôr immediatamente emvigor as pautas do importação'e deexportações, nas seguintes bases:

Base 1* — A pauta de ifhportaçãoserá dupla, máxima e minima, acom-panhada pelas respectivas instru-cções preliminares e indice remissivo,que poderá eer modificada pelo mi-nistro das finanças, sob parecer doconselho do serviço teehnico adua-neiro. /

Baee 2* — Os direitos de Importa-ção serão cobrados, em regra, emouro, bem como as sobretaxas a quese refere a base 4a.

Base 3* — No prazo de dez dias oministro do^ negócios estrangeirosdenunciará as convenções literárias eaceordos commerciaes com a pautaannexa.

Ease 4* — Ficam abolidas as so-bretaxas aos direitos de importaçãoe de exportação, com excepção dasque poderão incidir sobre os direitosdas - pautas convencionaes, actual-mente em vigor.

Base 5* — Durante o periodo-doseis mezes, a contar da publicaçãodas pautas, podem ser- presentes aoconselho do serviço teehnico adua-»neiro, quaesquer ¦ reclamações sobraesases diplomas. O consalho do servi-*ço teehnico aduaneiro, aggregando-sea entidades que julgar convenientes,e tendo om attenção o resultado dosinquéritos a realizar, apreciará ae re- .feridas reclamações e apresentará aogoverno d respectivo parecer funda-mentado, no prazo .de dois mezes, fi-cando esto autorizado a Introduzir napauta as correcções indispensáveis.

Base 6" — Pura conveniente appli-cação das pautas, máxima o minima,modifiear-se-ha o decreto n. 7.801,de 5 de novembro' dc, 1921, ficando,revogados a lei de 10 de julho do1912 e os decretos n. 3.902, de IG demarço de 1918, e n. ti.965, de 23 dosetembro de 1920.

Base 7* — Fica o governo autori».zado a assignar aceordos commer-ciaes em que a pauta minima, èm re-g'imen de reciprocidade, marque olimite das concessões a fazer. Os ac-cordos celebrados e ratificados emvirtude desta autorização não pode-rão vigorar por prazo superior a unianno.

Base 8* — Fica o governo autori-zado a limitar a importação de algu-mas ou toda.s as mercadorias proce-dentes de. um paiz que limite, peloregimen de licenças de Importaçãoou qualquer outro systema, a quanti-dado que 6 ¦ licito importar de deter-1minadas mercadorias portuguezás.

Base 9*1 — As pautas a que se re-ferem o art. 1° desta lei e a base 1*.entram immediatamento em vigor,devendo ser revistas e actualizadas',periodicamente, de..-cinco em cincoannos, mas sendo feitti a, primeirarevisão em 1923. *

Paragrapho .único. A revisão pe-riodica a que se refere esta base serfifeita.polo Congresso da Republica eTpor iniciativa da Caniara dos Depu-tados.

Art. 2°. Fica revogada a legislaçãoem contrario."

Dia 31:Os navios a concurso

No "Diário do Governo" deve sei*hoje publicada a lei, já votada peloParlamento, que manda liquidar aadministração dos Transportes Mari-tlmos do Estado e abrir concursopublico para a exploração dos respe-ctivos barcos pela industria parti-cular.

A lei estabelece que a frota mer-canto do Estado, dividida em váriosgrupos, só poderá ser entregue auma ou maia sociedades anonymasdo responsabilidade limitada, consti-ituidOaS por cidadãos portuguezes, e,em geral, com agencias, euceursaese filiaes portuguezás*. A sociedade ousociedades adjudicantes obrigar-se-hão a constituir um fundo de reno-vação da frota, representado por umapercentagem nunca inferior a 20-"|«*dos lucros líquidos, de modo a asse-gurar a sua continuidade.

O Estado terá o direito de prefe-rencia, tanto no embarque de merca-dorlas coino de passageiros, e a re-ducção de 10 "|" nas tarifas, em rcla-ição ás- mái.1 favoráveis. Alérrt disso,sem autorização delle os adjudicantesnão poderão ceder, fretar, vender oufazer quaesquer transacções sobre,osnavios. Ao Estado será sempre reco-nhecido. ò direito de readquirir osbarcos pelo valor.que lhes for judi-cialmente arbitrado, quando os adju-dicantes se dissolvam. .. O Estado, embora renuncie ao dl-reito de, com as suas acções, elegercorpos gerentes, poderá nomear uninumero de administradores e mem-bros do conselro fiscal proporcionalás acções que possua, numero quenunca poderá exceder o dos accionis-tas menos uni. Para effeitos de adju-dlcação, terão preferencia as propôs-taa para compra de todos os navios.

O programma do concurso fixaráas carreiras obrigatórias e a sua pe-«riodicidade, de modo a que os adju-dicantes estabeleçam carreiras paraCabo Verde e Guiné, com a respecti-va navegação de cabotagem; Angola,S. Thomé e Príncipe e cabotagem emAngola; Moçambique e cabotagem;índia, Moçambique, Macáo e Timor;eventualmente índia (Mormugão). 'podendo estender-se, por um ladoaté aos portos do norto da Europa e,por outro, até ao Extremo Oriente;Brasil norte e Brasil .sul, finalmente,poderá tambem estabelecer-se umalinha entre o continente e a Americado Norte. Os navios terão Lisboacomo eeu porto de armamento o to-carão sempre nesta porto, tanto á Idacomo á volta, e uma vez, pelo. me-nos, em Leixões. Toda a tripulaçãodos barcos será portuguez.!.

O valor dos navios será .pago aoEstado, de preferencia, em acçõesinteiramente liberadas, parte em nu-merario corrente e parte cm acções,ou todo em dinheiro. O capital da so-ciedade, quando o pagamento fôrtodo feito em acções, deverá, pelomenos, ser o dobro do valor dos na»vios adjudicados.

Para a admissão ao concur.**i seráfeito o deposito prévio de 500 con-tos.

F. CARRELIIAS.

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Page 4: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

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4 O PAIZ — SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922

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O CULTO DA MUSICAEnsaios de moral artistica

Jk. Oscar d.© Carvallio -A_ze-v©c3Lo

¦ A nossa tarefa é cana vez mais i|«»c»le, com freqüência, inutilmente difficil.Deveríamos tratar dc simplifical-a por to-dos os meios possíveis. A nossa acçao po-deria ter uma gTandc amplitude sem cx-igir vãos sacrifícios dc tempo c dc cucr-

g' Ha cincoenU annos (e a generalidade

dos virtuoses-typos esforçam-se por con-scrvaT a-tradição) o repertório piamsti-co começava por um certo numero de pa-líinas de Bach e terminava pelos roman-ticos: -eram os limites do repertório deLiSEt c — aproximadamente — os do rc-

l-crtorio corrente de Antônio Rubinsteiii,os dois maiores pianistas do século XlA, e

quiçá de todas as épocas.Hoje os limites históricos partem de

um século c meio antes dc Bach (Anto-nio de Cabezón, os ''vii*ginalistas' in-glezes do XVI e os "-"* cravistas *! do XV11e do XVIII antreiores a Bach) e vão atemeio século depois de List- (Ravet ccontemporâneos); a differença c sensível.

Úm pequeno numero de audições erasufficiente, cm 1840, para a conquistadc uma celebridade considerável; hoje,cem concertos são apenas um sinples co-meço. Dar quinze, vinte concertos emutn mez deixou dc ser, ha muito tempo,uma excepção. .,. .

Pode o publico fazer uma idea da quan-tidade de energia que é necessário des-envolver para affrontar semelhante exis-tencia ? Estradas de ferro, automóveis,transatlânticos,, telephone, telegrapho. ra-diogrammas... eis ahi os tristes emblemasda vida do virtuose moderno, vida trept-dante, ir.quieta, agitada, ambulativa, quelembra certos aspectos da vida do JudeuErrante.

Se essa vida não sc simplifica, que resta

nisso nenhum obstáculo ao seu gozo es-thetico.

Não obstante, os maiores virtuoses fo-nvm e continuam Fetodo, com freqüênciavictimas da sua memória, para não iníriii-gir uma lei que foi dictada pela fantasiade um homem extraordinário, porém ro-mantico, e que a moda e o snobistr.o con-sagram. Não é triste, não c penoso ver,

Joüo Daudt, Trajano Ferraz, coronel J0J0 Dan-tas, coronéis Curado F-.nrj*. Ator de Almeidae Abrillno Bandeira, tenente-coronel Scberer,coronéis Jos. do Lima, Odorico Henriques, ca-pitão de mar o -guerra Thiers Fleming, coro-nela Nepomuceno da -Costa, Ferreira de OU-veira o Hellodoro do Miranda, tenente-coronelVires de Almada o officiaes do 14» B. O. I.;coronel Ferreira da Cunha, tenente-coronel com-mandante c officiaes da E. A. de Officiaes,coronel Gil £_ Almeida, Dr. Ivo Soares, depu-todo Jovii-0 do Araujo, coronéis Manoel Pedrode Alcântara • -Samuel Libanio, tenente-coronelFeliciano Pessoa e ofíiciaes do 15" It. C. I.;tenente-coronel lU-zcndo o ol-icia-s do serviçode transporte da guerra, coronel Iluduilet, co-ronel Oscar Gradin o officiaes do HospitalMilitar d» .Tufz ds Fora: tenente-coronel Gul-uiarlcs Junior, coronéis Carlos Arlindo e Ma-lan, c officiaes -do gabinete da guerra; Tanta-leão Telles, José Luiz 1'ereirn do Vasconcel-los, Abrillno de -Abreu, Alberto Terceira e of-XicÜies do 10» R. I., capitão de mar e guerraBrnsque, major Ony, capitães liernardo Fra-Coso, Dalmo Ketcodc, WolgTuna. «uijores Eu-cUdcs Figueiredo s familia. Armando Duval,José (TAvUla Garce_. Conha Pitta. ..rUiar Pau-Uni e filhos, * Claudia Monteiro. Andrade MiSlo,Antônio José de Souza, Oliveira Iteis, Dr. Al-

Bastos c senhora, Altue-ríoJeremias. Pitanga.

_._, Thiago Bonoso, Illppolyloobra e o que, precisamente por isso, e 1 Medcii-oii e officiaes do 12" B. I.; Sousi Viannamais difficil reter,-* antes de chegar aj e Kscola de Aviaçüo Militar; auditor de gnerraessa accuraulação mecânica, já se sabe a 4 nr. José Beruanilai. promotor Dr. Kdaardopeça, artisticamente, musicalmente fahmé"^^do, vinte vczts. Para que_e para quem . •Rpitacl» Braga, Juiz Dr. Menezes Hll», dorealizar esse trabalho de artifice? j conse!!» de Jnstiça de Jnl_ de Fora; major

essa; não obstante, os amadores commct-tem a cada momento essa indiscreção.

Sejamos lógicos: toquemos com natu-ralidade, sem cmphase, sem pedanteria,nem arrogância.-A presença do texto mu-sical nos será sempre favorável, inesmosabendo a peça de cor, para imprimir ásnossas audições, o caracter respeitoso esimples que devem ter? Acreditam, jior-ventura, que o sacerdote não sabe de coro texto que utilisa para a celebração dosofficios divinos? Não importa, a sua pre-sença é indispensável.

Um bom interprete sabe sempre de cora architectura, a construcçao, os planos es-scaciaes, as grandes linhas, os themas e osmovimentos interiores da peça qiu; ex-'ecuta; está empregnàdo dó seu espirito,da ideogenia, da sua essência toda; porémpara executal-a de cor com toda a segu-rança, isto não basta; é necessário ac-cumular, pacientemente, os detalhes deterceira, quarta ou quinta ordem;

Ili Lll 01 NN1IUIIU(Do professor Agliberto Xavier)

3» ec>_c,,*JaE5,E:rcE.isrGi^L

Se o publico soubesse a que deformações i Tlto negis. anditor Dr. José Eutroplo. ma.o,. , v i, . „'j;-_-, -- mr~ i cca Cariou Iteis, Torres Cruz. Olymplo ffllvclnda logar o excesso de confiança na me- j _ offlcIlle, ,ia 'u

tecçl0 d!) ^tado-r-aior dc

ao artista para a iuo vida, para a sua ne- •cessaria contein-plação interior, para o seu evocar u*na q^. um logar> ^ fact0> ourepouso intimo; para os seus prazeres cs-

j ^^ scrje de cJementos narrativos que rc-pirituaes ? j

presenL-un uma acção concreta; o actor.As duas Américas abrem-nos generosa- '

o ac-como eu tenho visto, mais de um virtuose ; cessorio, o insignificante, o que quasi nada des rcfauelra Paulo Bastefc perder-se" e começar a improvisar, a representa em relação á totalidade da ; Al^dr%o_to°ura,FaàKjnadar em um mar de tentativas desespera- -"--- - •*¦— •—"• **¦"- •¦***-* '* -- - -dai, ou então abandonar a paruüa por¦meio de um babil córte? E quando urasolista obriga uma orchestra inteira afazer uni do capo t

Não ha muito tempo, em Paris, um il-lustre virtuose tocava com orciiestra;uo meio da peça, todos o viram lançarmão do texto e percorrel-o tebrilmentesera encontrar a ¦"entrada" que esquece-ra; um espectador que acompanhava aexecução com a partitura foi obrigado agritar-lhe o numero da pagina... Tudoisso durou uiu minuto; porém, que minutodc angustia, de angustia inútil! Em outraocea-iáo fui forçado a Ouvir cinco ouseis vezes o começo du Concerto Italianode Bach, e, finalmente, não óüvi o final.Us ineraenle. deste geuero comam-se pormilhares. Para que provocal-os?

Tocar dc cor é fingir un». iliusão que jánão engana a ninguém; a iilusão do im-provisado, do espontâneo, do que surgenaturalmente, como uma creação própria.E' muito romântico e muito do séculoXIX, porém c supérfluo.

Para dar uma explicação plausível do fa-cto dc tocar de cor, pretendem algunscomparar a execução de uma obra musi-cal a uma representação thcatral, c osinterpretes musicaes aos actores. E' in-admissível I

Na representação théatral c necessário

mente as suas .portas; Cuba -c o Mexi-co, gentilmente, seguem o exemplo. AÁfrica c a Oceania já figuram nos nos-sos-itinerários. Breve a Ásia despertavae reclamará luz ao Oceidente. Já uão che-jou.o momento de simplificar ?

representa, por sua vez, um ser animadocuja evolução se acha intimamente liga-da a elementos dc tempo, movimento,acção c espaço; e a eurhythmia de todosesses elementos produz a ficção, a iilusãosecnica necessária. -

Essa iliusão não existe na execução mu*Para isso o primeiro sacrificio que nos E;ca*. x sc CVoca um logar, uma época, um

deviamos impor é.o da nossa inntil vai- sedtimento ou um iacto qualquerdade. Deveríamos ir para as salas dc pre subjectivamente, cm linguagem abstra-concertos cora a humildade na alma e com cta e puramente relativa, convencional;a musica debaixo do braço... c ali che- no theatro, pelo contrario, o ctteito devegados, collocar a musica na estante, sim- ser tC3\t absoluto: só as causas e tudo oplesmenté, como o fazemos na nossa sala q^e se refere á. misc-en-scene conservamdc estudo, como o faziam os nossos mais 0 xü inevitável convencioualismo.illustres precursores, como o fizeram os 1nossos antepassados e como ainda hoje o |fazem, novamente, alguns artistas livrc3de preconceitos c indifferentes ao que 1possa dizer a gente. _ j

Sejamos sinceros: tocar dc cor é, ameudo, causa de inquietação para nós. 1Para que esse novo esforço? Que sc de-seja de nós? A realização publica dc umaserie de esforços ou a evocação honradae bella dc uma obra dc arte ?

Um esforço de memória não é precisa-mente um esforço intellectual e sim o rc-sultado dc phenomenos passivos secun,-darios, subconscientes c, por conseguinte,independentes da nossa vontade e da nos-sa intelligencia. Para que jacriiicar obom senso e a lógica natural a uma idéa

Não ha eutre os dois elementos a ana-logia que alguns suppocin c que á primei-ia vista parece existir; porém apesar dis-so, lembro-me de ter assistido a algumas" leituras" de dramas de Ibsen, pcmpalco nem scenarios, convencionaes, semduvida algun.a, porém altamente expressi-vas c artisticas.

Outros, mais exigentes, asseveram queo simples facto de ver voltar as paginasdo texto destroc, no ouvinte, toda a poe-sia da interpretação musical. E' scienti-ficamente inexacto. A poesia de uma in-tcnpretação reside, unicamente, nas, rela-çòes^üc sonoridade e de movimento (d)na-mica, rhythmica e. agogica) relações espi-ritnaes e physicas que o interprete esta-beleee segundo a idéa que faz da obra que

moria? Que curiosas observações conse-gui fazer seguindo com o texto os maioresvirtuoses contemporâneos t

E' necessário advertir, porém, que ai-guns concertistas adquiriram um tal habi-to dc tocar de cor, qne não podem, real-mente, seguir o texto: são simples victimasde um máo habito. Outros torturam, de-formara,.compõem c descompoem as peçasde tal modo, com tal violência e tal arbi-trariedade, que sc assustem á simples vistado texto: são os qué soffrcm dc "perso-nalite" aguda, os que .procuram o estropoético, a inspiração no tcçto das salasc nas b2mbolinas dos theatros.

O tocar de cor fez dos virtuoses uniaespécie de autômatos. E cncostal-os a umpiano ou "pôr-lhes na mão um violino e co-meçam. a sonhar, a sonhar indefinida-mente.

Antigamente, nos salões, conversava-se,discreteava-se, fazia-se alarde dc engenho,de cultura, de apuro espiritual; hoje, paraevitar os desastrosos effeitos do aborreci-cimento contemporâneo, conta-se com ovirtuoso como se conta com o chá e ospasteis. E' tão difficil falar 1

No que me conccrne.cmquanto houverum bello livro para ler, um museu para vi-sitar, um canto do mundo para ver, umser humano com quem. possa trocar impres-sões humanas, não hei de perder um mi-nuto da minha vida em aprender dc coro que posso, simplesmente, ler e executarquando quero. Ainda mais: evito saberpeças de cor, pois receio cair na inércia do

sem- I automatisrao. Assim, mais de uma vezevitei que me " encostem" ao piano, aomesmo piano cm que, algumas horas antes,havia uma pianola. Como c possivel luetarcom a memória da pianola?

O concerto, a audição publica, equiva-!em, para o verdadeiro artista, á celebra-ção dc tim culto. Para propagar a religiãodo bello, despojemo-nos de tudo o que émutil ? quanto mais simplesmente o íi-zermos melhor será. Talvez o uosso exitoseja menos ruidoso; talvez provoquemostambem algumas criticas, porque os fra-cos apoiam-se nas falsas tradições paraoppor ao novo o entrave da rotina. Poucoimporta! Deixemos que sorriam os queuão comprchendam. .

Joaquim NIN.(COIIÍMIIÍO.)

puramente convencional— moderna, além executa. Seria absurdo, além disso, pre-disso — que sustenta uincamente umafalsa tradição? j

Mendelssohn tomava parte, certo dia,na execução de um dos seus trios e no-tou, quando ia começar, que faltava a par- itc de piano, isto é, a que elle devia to- |car, parte que sabia dc cor; recusou-se, |não, obstante, a tocada nessas condições,porque recciava, disse elle, passar porfanfarrão; porém accedeu, diante da pro-mossa formal de que seria collocida naestante uma partitura qualquer c que, comintcrvallos regulares, lhe seriam voltadasas paginas para que o publico não perce-besse que estava locando de cor. De modoque o facto de tocar dc cor em publicoconstituía, para Mendelssohn, uma inútilbravata c um pedantismo dc máo gosto. !

Clara Schumann não oceultava a suaindignação quando apparecia algum novopianista tocando de cor. 1

De onde proveiu esse curioso costume?'Liszt era um extraordinário porém algothéatral. Dotado de uma memória pro- 1

tender que os elementos materiaes, os accessorios indispensáveis para toda a cx-ecução musical (partituras, estantes, in-strumentos, batuta e outros) têm uma in-fluencia immediata sobre a acção expres-siva da obra musical que se executa.

Sc um simples caderno de musica pódcneutralizar o poder evocador de uma in-lerpretação musical ou o scu valor poe-tico, que dizer das torrentes de luz quemil lâmpadas electricas descarregam des-apiedadamente sobre os nossos pobresolhos r Que dizer da decoração ridículade quasi todas as nossas salas dc concer-to? Que dizer do indispensável lenço quesem cessar íibsorve o suor do suffocadoexecutante; da vulgarissima casaca, doruido ensurdecedor que produz o publicoquando quer manifestar o seu cnthusias-mo; do palco, sem tapete e coberto depó; do alinhamento frio e severo dosassentos-, da sua inflexível numeração; dodinheiro que se exige, á entrada, paragozar dc tudo isto ?

tNão obstante, todas essas coisas sãodigiosa, recheiando os seus programmas, I ln_ompa'iveis com o idealismo requintadoas mais das vezes, He peças suas, deu com (,llc alguns reclamaraa palavra " recital", que empregou pelaprimeira vez em Londres, no anno de1843, e ao scu enorme prestigio, á fas-cinação que exercia sobre o publico peloseu genio, a sua figura, a sua historia eas suas aventuras, acerescentou uma se-ducção, uma nova " attracção ", que nãoaugmentava nem diminuia o valor do seutrabalho, porém, dava á sua apresentaçãoum caracter imprevisto e sensacional; to-cou de cor, recitou 03 scus concertos t Aemulação propagou-se e a tradição ficouimplantada.

Porém até meados do século passado,até Liszt, o uso do texto musical nos con-certos e audições foi constante. Seriatemerário pretender que esses concertos-ram inferiores aos nossos.

Os organistas não tocam, em geral,senão com o texto á vista, quando não im-provisam, sem que isso lhes impeça dese elevarem ás mais altas regiões da arteda interpretação. A" orciiestra, a todasas agrupações inslrumcntics ou vocaes,aos cantores de concerto permitte-se ouso do texto musical, e o ouvinte não vê

Seria preferível que uns c outros con-fossassem que estão acostumados a nãover a musica na estante, que lhes não agra-da mudar de idéa c que lhes agrada saberque o artista corre, tocando assim, maisum risco, ainda que esse risco nada tenhaque ver com a arte e ainda mesmo queuos assimile — até certo ponto — aosacrobatas que realizam coisas maravilho-sas com os olhos vendados, ou aos doma-dores que entram na jaula sem chicote,nem armas...

E' um erro biológico, poderiamos dizer,erigir a memória cm qualidade intelle-ctual; nos circos, nos " music-halls " ve-mos todos os dias prodigios de memóriarealizados por infelizes dc cuja intelli-gencia nada esperamos nem nada rece-beremos. Qual é o valor intellectual des-sas proezas? Nenhum.

Levar cm conta a memória' de umvirtuose é quasi Uma humilhação que selhe inflige, porque entre as suas quali-dades, a mais inconsciente, a mais infe-rior, a mais dcscuravel, a unica que nâolem nenhum valor mental, é justamente

— . ^ » General Setembrino de

CarvalhoPor motivo do seu anniversario, o illus-

tre general Setembrino dc Carvalho rece-bcu felicitações, das seguintes pessoas:

Dr. F.pitacio Pessoa, Dr. Bueno de Tal-va, vice-presidente da Republica; Dr. Ar-thur Bernardes, Dr. Estacio Coimbra, eousolhcl-ro ltuy Barbosn, senudor Autonlo Azeredo, vice-presidente do .Senado; Dr. Arnolpho Azevedo,presidente da Câmara dos iv-juitados; ministroCnlngeras, ministro Pires do Rio, Dr. Raul ííoa-rer, presidente de Minas Carnes, Dr. Fernan-des I-i ma, governador d<* Alagoas; Dr. J. J.Sentira, governador da Balila; Dr. ücmlntnnodu Franca, chefe do policia; prefeito CadosSampaio, ministro Godofredo Cunha, Dr. Wcn-ceslfio Braz, generaes Carneiro da Fontoura,Estlllac Leal, Albuquerque Souza, Andrade Ne-ves, Eugênio Franco, Odoarto de Moraes, Tasso

i Frago-o, Nestor Passos, Olegario do Vascon-eólios, José Joaqnlai Flrmiiio c senliora, Dias(lo Oliveira, Joaquim Ignacio. Onnielln*, chefeda missiio militar franceza; I.uiz Briet.a, chefedo estado-maior do exercito chileno; Dnraudin,snb-i-hefi! da missão militar franceza; Bonifa-elo Costa, Pedro Ca rol t no, Eduardo Sócrates,José Pessoa, Fellppo Ache, Uustlmphilo deMoura, Menna Barreto, Azeredo Coutinho, Fer-reira' do Amaral. Jullo César, Joaquim Vascon-cellos, Martin Rodriguez, do exercito argen-Uno; marechal Pires Ferreira, embaixador doMéxico, ministro André Cavalcanti, ministroJoüo Pessoa, deputados Bueno Brandão, Anto-«io Carlos, Itaul Faria, Francisco Valladares,Carlos do Campos, Nupolcão Gome*). AnnibalToledo, Plínio Marques, Antunes Maciel, Ar-mando Burlumnqni, Pessoa de Queiroz, OctnvloMangabeira, Epliigeiilo de Salles, Joaquim Sal-Ies, Miguel Calmon, João Simplicio, senadoresSampaio Correia, Lopes Gonçalves, Felix Pa-elieeo, Alexandrino de Alencar, Carlos Cavai-eantl, Manoel Dilnrte, Mçllo Vianna, secretariodo Interior do Estado de Minas; ministro ma-reclial Faria, Dr. Joüo Teixeira Soares, doutorAssis Ribeiro, director da Estrada de FerroCentral do Brasil: Dr. João Luiz Alves, doutorSímios Lopes, Abner Monrão, Cyprinno Lage,deputado Joüo Celestino, deputado LamarHuiDr. Moraes Fernandes, Dr. Silveira Martins, i gento Nuscimento de Jesus;Dr. Georgino Avelino, Dr. Oleéarlo BernardeuDr. Ismael de Souza, coronéis Conceição Monti,Raymundo Arthur do Vasconcellos, João Manoelde Araujo, Joaqnim de Castro, capitão de mnre guerra Souza o Silvn, coronéis Piedade, Ra-pliael Machado, João Gomes Ribeiro Filho, LuizSombra, Climaco Lopes, Dr. Calazans o ro-nhora, coronel Cassiaao Ferreira, coronel Pb!-iiidelph. dn Rocha, coronel Martins Pereira,coronéis Trajano dc Oliveira, Waldomiro Lima,Florindo Ramos, Ollvoira Lyrio, Borges For-tes, Marciano d'Avllla, JonaUias Rego Mon-leiro, lonatlins Borges Fortes; EstelUta IVer-ner, José Pacheco dc Assis, Pinto Amandlo ofamilia, Honório do Aguiur « fnmilin, SantaCruz, Potygunni, Castro e Silva, Tlionmz Te-reira,. Boaoso, Albert Lelóng, Pantoja Rodri-gues c senhora, barão Iluebel c auxiliares, co-ronel Tourinho, tenente-coronel Álvaro Marian-te, coronel Massa, coronéis Aiwlllouio Bodrl-gues, Raphael Benjamin, Rodrigues Barbosa,

doexercito; major Cetnllo dos Santos,- majoresSonza Tlanna, Francisco d» Rego Barros, LnlzT-iamante, Toblaa Coelho, Feliciano Sodré eMnrlo Barreto, Dr. Marinho, auditor Dr. Er-nesto Clnudlno. coronel Carmo Jnnlor, capitãoDantas e officiaes do forte de Copacabana, mn-Jor Domingues Argollo, major "Mario Pinto,tenente-coronel Ernesto de Medeiros, .cnhoritaAnezia Pinheiro Machado, senadores BernardoMonteiro e Benjamin Barroso, deputados Álvarode Carvalho,. Oscar Soares, Amaral Carvalho,Heitor de Souza, Junqueira, Manoel Reis, Ma-galiiii*. de Almeida, Dr. Vicente Subo.*a, dou-tor Artliur Obluo, capitão Castro llrasil o se-nhora. Dr; Ranulpho Bocayuva Cunha, capltfoFraaciwo Reis e. família, i-apltío <l'KUy -i» s"-nhora. capitães Oswaldo Diniz, Sebastião Fon-tes, llr. Godinho dos Santos e familia, Caiu-,pos Paeca, Bentes, Chrlstiiino de Vasconcellos,senador José Accioly, capitão Arthuro Benltez,do exercito chileno; capitães Vlllanova Macha-do, Prudenclo de Lima, Mario liamos. Pnll-mercio Resende, Leonldas Marques, HercnlaooARinnipçflo. -M&notl Yaltadfio. Fabrlclano *e fa-milia, Tinto Guedes, Corblulano Cardoso, Ll-ma Mendes e «.nhora, Antônio Unllhfio e fa-milia, deputado Mello Franco, í-apitães Pau-lino Barcellos, cnpltão Lobato. Belílno MoreiraLhiia. capltüo Henrique rere.ni, capltSÕ Oo-dofredo de Vasconcellos, capitão Arslno Nobre-ga, eapltflo Joüo Damasceno, capltiío Mascare-nhas Moraes, Manoel Oscar Monteiro, Torres cofficiaes da Junta de alistamento; cnpltüo Ana-tollo Duncan. capltio Costnrd, capitão AlfredoDantas, capitão Henrique Cirne. capitão VillelaJunior, capitão Josf Pessoa e nfflcl-ies da com-panhla de cerros de ««salto, capltüo TanereddVieira da Cunha, capitão Victor Caldeira, capi-tio Mariano da Rocha, capitão Oflcs Monteiro,capltio Monlz Ferreira e familia, Dr. -SouzaLoi», Dr. Lafayette Cortes, Dr. Moreira deBarros, aub-sc-cretario da tlasela du .Voü.íoi;tencate Telles Ptres. tenente Rnns, tenente 1*1-res,tenento Innoeeneio Kenun, D.Esther Cunha,tenente liarbosa Lima e senhora, tenente San-zlo, tjnentc Jnlr Dantas Ribeiro, tenente Af-fonso Rodrigues, tenente Kdaardo de Lima cHllvn, tenente Muximlllano Fonseca, tenente-"mani, tenente Uabagaro Silva, tenente Hll-debrando, tenente Prates de Aguiar, tenenteJoaquim Agidar, tenente Mourão Filho, tenenteAugusto CaTvalho, tenente Vnlencn, tenente_Iur.nl, tenente José Fcdulo, tenente Pedro Go-mes da Silva, tenente Jorge Gouveia, tenenteJouln, tenente Aristóteles 'Martins, tenentePnlmlro Pedra, tenento Gil de Vasconcellos, te-nente Aseleplades, tenente-coronel Adoipho deCarvalho, tenente Portocorrero, tenente AnrclioVieira, tenente Campos Christo c coronel Cliri-sto, capitão Barão e família, capitão AlbertoPortella, tenente Fausto Garriga c família, te-nente Lula Corlot, capitão IVdro Gomes, capi-tilo Josué Fonseca, tenente (.lama, capi tilo Cas-tro Pinto, Antouio Jauuzzl, Empreza Pa_choalSeg-reto, João Santos, Dr. Dulphc Pinheiro Ma-chado, Mauro Montanha a familin, Dr. Leo-poldo Moreira, Dr. Zoroastro Alvarenga, curo*nel Severiano Ribeiro, Dr. Paulo Hasslocher,Dr. Jullo Barbos», Companhia Constructora deSantos (secção de S. Paulo), Dr. ProcopioTeixeira, Dr. Mario Cardoso dc Castro, viuvaCardoso de Castro, coiuniendador Grego riu Ja-min Seabra, Dr. Agenor de Roure, vlnva mnie-chal Bento Ribeiro o filho, coronel BenedictoMarcellino e senhora, Gilberto Alencar, Leovi-glldo de Oliveira, coronel lienevenuto llarrose Câmara .Municipal do Tres ('(.rações, doutor.Murillo Fontnlnha, Casa Guarany, Dr. Fran-cisco Seldl, Luiz Figueiredo e família, ArthurVieira, coronel Moreira Barbosa, Antônio Fer-nandes Krvilhn, Severino Barros, IT. Claudedo Rezende Jaguaribe, Germano Bocttcher, 2"teaente 1'liulo, llcruieliudo Passos, Cruz eSilva, Uortenelo de Souza, Flavio Pereiro, JoãoCosta Ribeiro Juulor, coronel Pedro Tostes, Tel-,xelrn Câmara, coronlo Albino Machado, Corlo-lano Rocha, coronel David Aviüa, Dr. ThierCardoso, coronel Alves Junior, coronel VidalLnge, capitão Euclides Aguiar, Dr. FranciscoOrcy c senhora, Dr. Sylvio Goulurt, Dr. JoséCjprlauo da Silva o senhora, coronel OlymploFerraz, coronel Arlstarcho Leme, José Fcgun-des Netto, coronel Severino Costa, capitão Pes-soa de Mello, Eduardo Salgado, Deoelecio Doar-te, tenente Lobo Machado, José Emygdio doidos scntiijos.Souza Ramos, Dr. Fcllclo dos Símios, coronelThibnu e familin,- capitão Ernani Correia, llny-mundo Casimiro de Sá, Emilio Hersch, F.Jcns, Dr. Jorge de Souza, tenente Samuel Ru-mos, Dr. Alfredo Ferreira Lago, Isaias FrotaCavalcanti, Dr. Eurico de Sü Pereira, Dr. JoãoVlctorlo Pareto, Jarbas do Carvalho, RobertoMachado, Osmundo Pimentel, coronel. Nogueiradn Gama e familin. Dr. Costa Couto, Bernar-dino Cardoso, Confeitaria Paschoal, Antônio SI-queira o família, Vicente riissarello, Dr. Ce-sar Franco, Dr. Podro Costa, Dr. José de.Vvndniiça. Amadeu Taborda, Dario de Mondou-ça, Dr. Cyprinno Lage, pessoal dn -officina íue-canica da Intendencia da Guerra, José Palco-clnio Ferreira, empregados do gabinete photo-graphico do estado-maior do exercito. commU-são de officiaes Inferiores do estado-maior doexercito, João Bocha, Autonlo Dutra, OscarSaldanha, sargento Ótima Machado, sargentoJoaquim Simão de Oliveira, Affonso L11I2 Te-reira da Silva, enfermeiros do Hospital Militarde Juiz do Ffirá, operários cordeiros da Inten-dencia da Guerra, sargento Mussi, Caixa Be-neficente oos Amanuenses do Exercito, por oeúpresidente Leopoldo Guimarães; sargento Men-des, ninannense Banho, sargentos ila 1* bateriaisolada de artilheria de cosia, por seu 1» sar-

Empreza Ribeiro

Criticando a obra de Gall, Flourenssustentava que não havia originalidade emo eminente physíologista germânico loca-lizar no cérebro a alma, porquanto Des-cartes já a havia supposto na glândulapineal. Devemos objectar que a alma aque se referia o fundador da püilosophiamathematica era a intelligencia apenas.E esta idéa já era corrente entre os phi-losophos gregos, o que não abona muitoa erudição do critico.

Para Thales c os philosophos de sua es-cola, a alma confundia-se com a vida.Assim, dizia-se: alma do planta, alma doanimal, alma do homem. À alma da plan-ta, affirma vam elles, subsiste na alma doanimal, e esta na alma espiritual do lio-mem, como Bichat modernamente distin-guiu no animal a vida orgânica ou vege-tativa da vida animal. Platão chegoumesmo a distinguir na alma do animal,isto c, na vida animal, a faculdade appc-titiva da faculdade perhorrcscente. Aris-toldes e os pcripathcticos collocavam aalina espiritual do homem no cérebro, achamada alma bruta no tronco e a almavegetativa cm todas as partes sem ex-eepção.

Gregorio de Nyssa, 110 IV século da érachristã, já comparava o cérebro com uma'cidade. Mundini de Luzzi, que floresceuno mesmo século, admittiu no cérebro cel-lulas, tendo cada uma sua faculdade in-tellectual. Alberto Magno, bispo de Ra-tisbonn, no século XIII, desenhou umacabeça c nella localizou as faculdades in-tellectuaes. A obra de Petros Montagua;

'na, publicada cm 1491, apresenta uma

gravura em que figuram: sensus commu-nis, ccllula imaginativa, ccllula eslimati-va scu cogitativa, ccllula memorativa, eccllula ratior.alis. Miguel de Serveto, me-dico hespanhol do século XVI, sustentouque as duas cavidades cerebraes anterio-res recebem as imagens dos objectos ex-ternos; a terceira é a sédc do pensamen-to; o aqueducto dc Sylvio é onde está aalma; a quarta cavidade contém .a me-moria.

O que nenhum antecessor tle Gall, nemmesmo Descartes, nenhum de seus cou-temporaneos, e até hoje nenhum physio-logista fora da escola do famoso medicode Vienna e da dc Augusto Comte, o quenenhum delles comprehendcu é que nossosaltributos moraes fossem funeções ecre-brr.es.

As opiniões 90rren.es entre os physio-logistas sobre as faculdades intelleetuaesc qualidades moraes antes da obra de Gallpodem reduzir-se fundamentalmente a tressystemas assim dispostos na ordem emque mais se aproximam da theoria po-sitiva:

i" — As funeções intelleetuaes effe-ctuam-se no cérebro, mas os motores af-feclivos estão situados nas vísceras vege-

j lativas, no coração c no diaphragma;2o — As faculdades intelleetuaes são

funeções do cérebro, mas as qualidadesmoraes são attributos dos plexus nervosos,dos gânglios do peito e do ventre, cm re-sumo do systema nervoso do grande sym-pathiço;

3° — As funeções intelleetuaes, bemcomo os attributos moraes, são funeções

& 0., coronel Alfredo Vidal, coronel Marquesdn Cunha, Dr. Miguel Valle, Cardoso Lopes esenhora, eoronel Estnnisl&o Pamplona, capitãoDaltro Flllio o senhora, capitão Oscar Lisboade Souza c senhora, general Américo Almada,general Nclva de Figueiredo, general Alexan-dre Leal c senhora, major Gomes Ferraz e fa-milia, Dr. Armando Villein, Dr. ArmandoPeré,' Dr. Archiinedes Cavalcanti e senhora,coronel Sodrt..' major Itego llarros, ür. TrajanoSaldanlin, Dr. José Peró, Dr. Homero Ter.,tenente Agrícola Berhlem, Dr. Mendes Dlntz,uudltor Dr. Pedro Rodrigues, capitão SilvaJunior e senhora, Dr. Washington Vaz Mello,Eduardo Fonseca, Dr. Horacio Carlier, capitüoRvarlsto Marques ó senhora, major FranciscoFontes da Silva, Dr. Leopoldo de Bulhões,marechal Olympio Fonseca, Dr. Cario, Eugênio,*r. Diogo Paes Leme, coronel João Perd « fa-milia, Pedro Surreaux a família, Sra. LuizaVÍHffla, major Reynaldo Francisco Lourival,

Remonta ao polythcismo a idéa que nos-sos motores affectivos são as visceras ve-getativas.

O nome de abdômen, dado ao baixoventre, provém de {ic suppor que elle oc-culta os presagios, conforme attesta suaprópria ctymologia: abdere, oceultar, eomen, presagio porque, inspeccionandons entranhas da victima, é que os sacer-dotes polytheistas tiravam suas prophe-cias. A expressão — Deus sonda os rins— c outras que se encontram na Bíblia,provam que naquella época sc considera-vam os rins como sede dos sentimentosmais Íntimos. O vocábulo aruspkio, dolatim liam, intesliuo, e spiecre, ver, con-

Urbano Villela e senhora. Mudo Martins Viel-ra o. senhora, Dr.. Trajano Alvim Saldanha,Dr. Carlos Mendonça, tenente-coronel Toseanode Brito, Dr. Flores da Cunlia, Intendente deUruguayana, Severo Luzardo, Fredarico Pcré,José Majo, Cnrlos Wramcr, Pedro Antouio Dins;Baldómero Barbar.'., Pedro Belloc, Joio ArregalPatrício Rodrigues, Guilherme Schlniidt, dontorAndré De Marqul, Dr. Os-ivaldo Aranha, dontorFrancisco Orcy, Dr. J0S0 Peró Filho, Dr. Ra-mos Conelin, Dr. José Alencnr, Antônio Bolun-ga, Anlonio Ulrlch, Dr. AmnnUno Fagundes,Pedro Snrreanx, Dr. Adoipho Martins de Mc-nozes, Enstachio Ormaziibal, Siglsmundo Kra-mer, João Belloc, Miguel Barbará, José C. Gul-marães, João De Miirchi, Dr. João Lusardo, Ll-slmaco Dorln, Mignol Schimidt, Dr. AlfredoLisboa Ribeiro, João Valente Junior, ArnaldoVillela, Ângelo Martins Bastos, Dr. João Fa-gnndcs, Nemesio Fabricio, Antônio Cidade, dou-tor Norberto Slmonsen e major Leandro José daCosta e família.

templar, tem a mesma filiação, porque in-dica o prognostico tirado da inspecção dasentranhas da victima.

A tristeza foi denominada melancolia,do grego meias, negro, cholè, bilis, por seattribuir ao ennegrec.mento da bilis cer-ta affecção denominada lypemania, pórEsquirol, e endomania, por Audiffent, ti-nha sido qualificada die hypoçhondria,porque a localizaram nos hypochoudrios,isto é, nas partes lateraes do baixo ven-tre.' Taes opiniões fizeram crear-se umlongo vocabulário c uma abundante phra-seologia.

O desagrado, affectando o estômago,formou o verbo estomagar, que se encon-tra na própria lingua latina: AUquid se-cum stomacari, dizia Terencio, (estar é^-tomagado com alguém). Considerando-seo coração como órgão do affecto e o fi-gado do ódio, fòrmaram-se as phrases:amigo do coração, inimigo figadal.

Estes -preconceitos tradicionaes aindaeram correntes entre os espirites maiscultos contemporâneos dc Gall. Assim éque Bichat, aquelle genio assombroso queha de eternamente honrar a biologia, con-siderava o cérebro como um órgão davida animal, sédc das funeções intelle-ctuaes, mas encarava as qualidades affe-ctivas distribuídas nas visceras do peito e"do abdômen. A seu ver, a bondade es-taria no coração, o medo no estômago, aalegria nas entranhas, a cólera no figa-do, etc.

Adoptadas por Bichai, estas opiniõestambem foram partilhadas por scientistasdo valor dc Cabanis, Richerand c do pro-prio Brousoais, antes de aceitar a obra deGall.

Uui preconceito niuito antigo attribuia acoragem ao coração, conforme attesta suactymologia latina — cor, cordis. Estemesmo prejuizo inspirou a Coincilleaquelle verso do drama dc Cid:

fiedrigue, as-tu da cg-urtCamões diz que D. João I, nn batalha

de Aljubarrota, percorria as fileiras por-tuguezas para lhes dar coração. Lusíadas,canto IV, cstrophe 36:

Sentiu Jotmnc a, affronta que passavaNuno; que, como sábio capitãu,Tudo corria c via c a todos davaCom presença e palavras coniçÃo.Na cstrophe 76 do mesmo canto encon-

tra-se:Determinam o náutico âpparelho,Para que com eiiBinis cmuçãoVá a gente que mandar cortando os marcaA buscar novos climas, novos ares.

Richerand aceitou esta idéa e preten-deu dcmonstral-a, observando que o co-ração c maior e mais robusto nos maisvalentes animaes, c que, depauperado, oguerreiro mais intrépido, sp torna fracoe pusillanimc. Contra este asserto, Galloppõe á hiog'i'aphia dc Bayardo, que, aba-tido pelos males de uma longa febre, nãocessava de procurar.batalhas c não teriadado dez mil escudos á-boa fortuna debater-se contra o inexpugnável hespanholSoto-Maior.

Se -ás visceras vegetativas competissemtão altas funeções, toda paixão ou* todosentimento exaltado em qualquer homemdeveria affectar sempre o niesmo órgão.Mas tal não aconteceu: em certos indivi-duos o pânico manifesta-se por uma tur-bação mental que não podem dissimula'r;em outros, produz tremor de pernas c la-bios; em outros, alterações na circulaçãooceasionando palpitações; cm outros, mo-dificações que se fazem, sentir ua pelle,promovendo abundante transpiração, suorfrio; em outros, é o intestino que soffreprovocando freqüentes evacuações; emoutros, finalmente, a acção se exerce so-tire o figado, sendo a ictericia o signalcaracterístico.

A mesma regra lógica que leva Van Hei-mont a localizar ã^ alma no estômago,como observa Gall, porque c esta vísceraque, em geral, mais sente as emoções, tam-bem deve situar a cSlera nos lábios e nosjoelhos, porque são elles que geralmentemanifestam esta paixão, como se verifica

pelo tremor, e tambem deve localizar aVisão nos intestinos, porque os Vermesintestinaes muitas vezes produzem ce-queira.

1 A anatomia comparada tainbem é um¦(.oderoso methodo de refutação destaiflea. O homem e muitas espécies de ani-mães têm visceras vegetativas, conforma-das da mesma maneira, manifestando, eu-tret.**,.nto, as mais antagônicas inclinações.Certos auimaes têm visceras proporcional-mente maiores que as nossas, ao passoque os attributos correspondentes são maisdesenvolvidos em nessa espécie.

¦"-O lobo, o tigre, a ovelha, a lebre, ocastor têm as mesmas visceras, entretan-to suas íaclinações; appetites, aptidões in-dustriáes) são differeutes e até eontradi-torias. Ou então se ha de sustentar queo coração "é no tigre o órgão da cruelda-de, na ovelha o da doçura, no leio o d;icoragem? Diversos animaes têm o figadomuito gnndê, posto que se não observeííelles nenhunià das qualidades que teria-mos de prestar ao fígado. A outros fal-tam certas -vísceras e notamos nelles qua-lidades que prestamos a essas visceras.Os insectos, por exemplo, não tem figadonem bilis, e, entretanto, sáo irasciveis.As aves não têm diaphragma.

Demais, todas as visceras trazem o ca-racter das funeções de que são encarre-gadas, ou, então, tudo c ali arranjadopara operar uma secreção ou preencherum fim que nada tem de commum comas funeções inleiiectunes ou moraes. "

(Gall, Sobre a origem c as qualidades ;:.->-raes e faculdades intelleetuaes, tomo II,pag- 97)

Dada a impossibilidade de fazer residirnas vísceras vegetativas as qualidades mo-raes, Reil c outros pliysiologistas passa-ram destes órgãos para. os plexus nervo-sos e gânglios do peito c;do baixo ventre,ou, em termos mais amplo'**', para o sys-tema nervoso do grande' sj-mpathieo, emvista das relações que ha entre cllc e asvisceras vegetativas. Foi uma pequenatransição, porque o apparçlito do grandesympathico teiii tres officio,*!, todos liga-dos á vida orgânica : i°, estimular os acteschimicos da renovação vital; -", entreteros movimentos necessários á realização detaes actos; 3", regular a harmonia vis-ccral.

Ein visln da relação phyr-iologica entreo systema nervoso do grande "sympathicoc as funeções das vísceras, basta applicaraos plexus e gânglios o niesmo' raciocínioque fizemos a respeito das'visceras, paiasc ter a convicção de que tambem nsllesnão residem as mais elevadas fuícções davida animal. *?*•.•¦>

Assim, por exemplo, é i^igno dc notaque, tendo cerlos auimaes.ios gânglios òplexus relativamente maiores que o ho-mem, elles mauifestam, pelo contrario,paixões muito menos intensas.

Todos os maminifcros têm, mais ou me-nos, os mesmos plexus e*ganglios; entre-tanto, suas qualidades moraes são profuri-damente diversas. *

Muitos physiologistas sustentavam, ain-da, que as faculdades intellccluaes e asqualidades moraes são funeções dos sen-tidos. O conferencista abeir.l a magnaquestão da parte que.os sentidos tornamna formação das idéas,' na theoria do en-tendimento, passando cm revista o con-curso dos maiores phi losophos desde Aris-loteies até Augusto Comte, c aprecia cs-pecialmcnie qs trabalhos dc Leibniz, Lo-cke, Humc, T_ant, Didcrot c Cabanis.

A propósito do "raid" dosjangadeiros

, ARACAJU', 23. (A; A.) — Osjornaes, na sua unanimidade, applau-dem o projecto do senador AntônioAzeredo, em favor dos Intrépidos pee-cadores -que cm pequenas embarco-ções fizeram c estão ainda empenha-doa uo "raid" dos diversos Estadosk capital da Republica, para assisti-rem fis festas do centenário.

NATAL, 23. (A. A.) — Grando oImponente foi a paaseata aqui reali-zada çni «isnal de regosijo pelo com-pleto exito do frande "-raid" levadoa effeito pelos pescadores da colôniaJosé Bonifácio, que, em.Bimplcs jan-fiadas, con.sczuiram vencer a dlstan-cia Natal-Rio de Janeiro.

Milhares de pessoas, precedidaspor duas bandas do musica, percor-reram as principaes ruas da cidade,falando vario» oradores durante Otrajecto.

159—FOLHETIM—2a-feira, 25 de setembro de 1922

I Doenças do Utero \| Â Saude da Mulher j

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0$ Mandamentos da Lei de DeusHomance de costumes de Juan Justo Uguet

Traducção de A. J. Braz Pinheiro

LIVRO IXEmilio apertou-a affcctuosamcnto.

Quando os factos tme fizerem aJustiça que hoje me 6 negada pelam£i intelligencia, disso a nossa henrolna conservando a sua müo ligadaíi do joven. terei a dupla satisfaçãocie provar-lhe dc outra maneira quemé para si Enoaniação.

Se Emilio conservasse a seriedade«ufticientc para penetrar a intençãoque occultavam aquellas palavras,com certeza sairia Immedlatamentod'ali para não tornar a apparecerpa presença daquelle venenoso aspi-de quo tão cautelosamente conspira-'va contra ello.

Mas longe de formar este juizo omancebo, enganado * pelas apparen-pias, exclamou:

Sinto muito, minha senhora,ier-lho dado motivo para lho inspl-rar uma. resolução, como a que acabado manifestar-me, n3o Intontei cen-mirar a sua condurta, porque estoymuito longe de poder verdadel-vamcn-te apreclal-n.

Náo Julgue por Isso que hei deconservar...

Sei quo tudo devo esperar dcquem scmiu-o so dignou distinguir-

mo, o portanto espero que Besta 0C7casião deeculpairâ a offensa que in-voluntariamente lhe fiz com as ml-nhas antecipadas-apreciações.

:*— Com effeito não podem -scr ee-não antecipadas, ou Inspiradas poruní espirito mal intencionado, aliásnão eo comprehende colno pOdo re-pelllr o que tão visível apparece antea monos atilada percepção.

Emilio manifestou com um gestoo eeu arrependimento, o disse peza-rosamento:

Tem-mo disposto a dar-lhequantas satisfações exija a sua deli-cadeza, minha senhora, o que julgoser sufficiente para extinguir...

Não conservo o menor rancorporquo não me considero offendidapelo que unicamente me faz ver umaapreciação gratuita, _ilha,da levian-dade, o por conseguinte pela minhaparto està desculpado, Emilio.

Muito agradecido, minha senho-ra, disso o joven cheio de reconheci-monto e apertando-lhe a Jm_Lo comcffusão.

Encarnação correspondeu a umatal manifestação da maneira por quosabia fazel-o quando as circumstan-

cias o exigiaan, 6, deixando entre-abrir os lablo-s^ coin prazenteiro sor-riso, disse:

Comtudo, o dito: amanhã ea-poro-o aqui a esta mesma hora.

Ter-cne-ha ãs suas ordens, ml-nha senhora, respondeu o joven.

E deu-se por terminada aquellaentrevista.

Emilio saiu cctnpletamente, flerro-tado.

Toda a sua soberana vontade sehavia destruído ante a astuoia sedu-duetora daquella mulher.

O semblante desta achava-se ani-mado por utma expressão de infinitacomplacência ao desapparecer o dc-bil mancebo a quem seguiu com satis-íatorlo olhar até elle transpor oehumbraes da porta.

CAPITULO IV

MB-O DB EVITAR. UMAACCÜSAÇÃO

Os nosaos leitores talvez condem-nem a volubilldade do caracter dcEmilio, admirados de que ulma pes-soa cgmo clle'6e deixasso deslumbrarcom tanta facilidade.

N3 o obstante temos a certeza quooutro qualquer no casa. do mancebotor-se-hia portado da mesma ma-neira.

O ascendente daquelle espirito 6na-lcflco com apparenclai de anjo era ir-resistivel principalmente para as ai-mas dotadas do certa pureza.

Emílio çntrou em casa visivelm.cn-to preoecupado.

Paulo sentiu ao vol-o certo presen-timento do que suecedera.

NSo obstanto absteverso do lhe fa-.zer a menor intcrpellação, porqueapesar de tudo luotava com a Incer-teza.

Duvidoso da causa que dOxa lo-gar ao aspecto que o nosso Jovenapresentava, não se decidia a falar.

Emilio, pela eua parte, mostrava-se

pouco disposto a sair da sua reserva;estava pelo contrario resolvido aconserval-a absolutamente. •

Poi Irene quo ühe abrandou umpouco a rigidez..

Não podendo resis-ir ao desejo deIndag-ar a causa daquella preoecupa-ção quo a mortificava, rosolvendo-eea dizer: .

Vens inteirameste transtornado,Emilio.

Este (mostrou-se aurprehendido.—Irene tem razão, apoiou Paulo,

o senhor fj_>tú difíerente de quandosaiu, e a julgar pelas apparencins...

Nada se poderia concluir de vor-dadeiro, replicou Emílio, interrom-pendo-o cotm dissimulado mão hu-mor.

¦ — As apparencia» nem sempre en-ganam, objectou Paulo.

A maior parte daa vezes, o estaê uma dellas, tornou a replicarEmílio.

Ainda bem que assim 6, dissePaulo, porquo alias ser-ime-hia des-agradável...

lümillo dirigiu-lhe um olhar slgni-ficativo, par* lhe dar a entender quenão devia falar assim dianto deIrene.

Paulo acolheu aquelle olhar comouma lição de prudência e apressou-se a disfarçar, dizendo:

A amisade o o amor costumamfis vezes transtornal-o.

Assim, parece, disso Emilio sec-camente.

Repito que alegro (irruito do ter-me agora enganado, observou Paulo.\ Irene continuava calada.

Assim o -creio, disse Emilio, umpouco mais moderado, pois de outromodo não -áwla o senhor meu amigo.

Paulo olhou para elle o depois dopequena hesitação disse:

Duvida, acaso da- minha afcnisa-de, Emilio?

Irene olhou inquieta para ambos.Tcr-lh'o-ia dito francamente,

disse Emílio, modificando o sem-blanto.

A tranqüilidade tornou a appare-cer ho semblante do Ireno.

Sentiria muito que me oecultas-se a verdade, observou Paulo.

Creio quo deve bastar-lhe a elm-pies satisfação quo acabo de dar-ilhe,disso Emilio.

E* sufficiente, respondeu Taulo.E levantou-se."

Ja nos deixa? perguntou Irene?Vai-eo fazendo tarde e podem

estar com cuidado em «nvm, dissePaulo.

Mas que horas -são:— Davam onze quando clic-guel a

esta rua, disse Emilio.Então,* não quero demorai-o

mais.Ahianhã falaremos fi, vontade,

murmurou Emilio, em voz baixa, aoapertar a mão do seu amigo.

Até amanhã, disse este, dirlgin-do-so a ambos.

Apenas Paulo acabava de fechar aporta da casa, disse Ireno a Emilio.

Na verdade, ícwte -muito injustopara crfm Paulo.

Por que? — perguntou Emilio,com sinceridade.

Dc certo quo não foi tal a tuaintenção, mas faJastc-lhe um poucoseveramente, Emilio.

Juro-te que a minha intenção..."— Sim, jã. ti*--disso que assim o

creio. Conheço bem o teu caracter eos teus sentimentos para duvidar queeras incapaz de offender a quem,como Paulo, te tem dado tantas pro-vas do boa amisade, ou, njais ainda,de fraternal carinho.

Sentiria muito que se encanda-lizasae...

Não creio porquo sabes que ébastante sensato e não tó-mai-i facll-mente por offensa o que a sua leal-dade Interpretará como filho de umexcesso de franqueza.

Nesse caso dar-lhe-hei. aftnanh-Las explicações necessárias.

Julgo que não fas exigirá,Provar-me-ha com isso que müo

está agastado.Ou que a amlsàdè o faz ser to-

lerante.Como ou o seria com elle.

-—• De accordo.—Emflm, amanha apressar-me-hei

a emendar a iminha falta. «¦,E terminou. aqui a conversação.Daremos tambem aqui fim a este

capitulo porque assim o pede o cursoda narração.

Devemos, comtudo, dar antes umpequeno esclarecimento com respeito•a Emilio, persuadidos de quo a maiorparte dos nossos leitores considera-ram como uma anomalia inexplicávela condueta que ultimamente o vimosobservar para com Paulo.

E nada linais natural, nada mais lo-gico que, depois do que mediaraentro elles ao tratar da 'entrevista

proporcionada por Encarnação, Emi-lio procurasse evitar a censura, se-não a aceusaçõo, do Paulo, por <erfaltado á sua solemne promessa ten-do a fraqueza de ceder da eeducçõesdaquella mulher.

Emilio não encontrou recurso me-lhor do que aquelle aspecto e máohumor de que tão inesperadamente ovimos usar para com «eu amigo, paraoceultar a sua falta.

CAPITULO V

O "PESAU

DO AVARE-STO

Emquanto suecodia o quo acaba-mos dc expor, Raul continuava a dei-xar-se arrastar peloe seus instinetos,e sobre itudo da sua antiga paixão: aavareza.

Deve-se advertir que Goliat fora omenos explicito possivel ao dar-.he

conta do resultado da arriscada com-missão que, como sabemos, quasi lhocustou a vida.

O homem, por mais imlseravel qúeseja, sempre procura oceultar tudo oque lhe parece que ha de ser-lhe pou.co favorável.

Goliat, pois, para oceultar a euacphardia desfigurou totalmente oafactos.

Foram -tão insignificantes os mo-tivos a que attribuiu aquello contra-tempo que Raul insistiu no seu em-penho mais tenasf-n-ente do que noin-ca, adiando comtudo a sua realiza-ção para quando pudesse ter logarcom maior -segurança.

Assente Isto, tornemos a dirigir-nos para o outro ponto vulnerávelque apontámos.-

A sua avareza continuava fazendoos estragos próprios da <-ubIça dee-ordenada que a caracterizava.

Ao acabar com a sua casa de em-prestimos encaminhou as suas ini-quas especulações sob outros auspi-cios não menos -reprohensivels, ad-

.optou outros meios de usura não me-nos criminosos e indignos.

A já conhecida velha, assim comooutros a-gentes da mesma espécie,servia-lhe ao mesmo tempo de espiae de ealppim para os negócios illicl-tos. humanamente considerados, pormeio dos qaat3 ia sugando o sanguedo próximo, á semelhança do9 vam-piros das antigas tradições.

Aquella haTpia oecupava-eo em Iraveriguando as necessidades de cer-tas famílias que formavam a «ua cli-enteia e proporcionava-lhes recursospaTa as satisfazer, mediante o "insi-gnificante" juro do cincoenta porcento, "o menos", precedendo o de-poaito de objectos de valor centuplopara garantir o empréstimo.

Ci*i:l.;,.'«./

/>. '

Page 5: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

O PAIZ - SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922 . ¦'- 5

< ...^_^_^_^^^m^^^^^^^^^^^^^gi^_i_ammmmmmmmmmmmmmms^m9mmmmmai^mmmmmm^Ê-

SPOftTS; Feo^Ealí, Türf. R<9wisng e ©m.ftr<s>g—

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CAMPEONATO SUL-AMERICANOOs paraguayos, estreando no niatch de hontem, empatam com os

brasileiros — O dominio dos nacionaes-Palamone, For-,miga. Amilcar e Junqueira, os nossos melhores joga-dores — A magnífica impressão da equipe paraguaya ~-Osbrasileiros fazem quatro p Mitos, que foram annunados,sendo dois legitimamente conquistados

A SOCIEDADE ELEGANtfé convidada a visitsr •

GUANABARA na »uanova • luxuosa Instai-laçâo para vtr coma.sam pagar exagarna,

lha i possível vaatlr-aacom ea mesmas

finíssimos tecldoa •com a mesma distineção

das casas da luxo.H. Carioca, 64—Central 63

No bello stadlum do veterano Flu-mlnense F. C, reallzou-so liontema terceira prova do 5o campeonatosul-americano, entre os foot-ballersbrasileiros o paraguayos.

A assistência quo affluiu hontemá magestosa praça do sports da rua.Guanabara, embora fosse colossal,foi inferior á do mach enter bra-6ileiros x chilenos. I

O publico hontem, encheu complo-tamente a parte das geraes, deixandoas archibancadas com alguns cia-ros.

nartlda. foi dividida em duasphases, embora uma das equipes de-monstrassè ser superior a adversa-ria.

No primeiro tempo, a lueta trans-correu um tanto fria e mesmo falhado peripécias sensacionaes, devido áactuação do conjunto brasileiro.

Na segunda phase do match, de -

pois de alguns minutos de peleja, ojogo tornou-se bello e emocionante,provocando constantes applausos dagrande" assistência.

A lueta no segundo tempo foi todafavorável á equipe da Confede -raçüo Brasileira, que, depois dc mui-to luctar, conseguiu apenas empataro ombate.

O resultado da prova de hontem,em absoluto não corresponde ao sco-j-o' que devia ter sido. A victoria dc-via pender para os nossos, por que onosso team era superior ao leal ad-versario.

A sorte não quiz, porém, que osnacionaes vencessem a partida o tam-bem não quiz o juiz, que injustamen-te niinullou dois pontos; um feito emecrimace o outro em uma escapada.

O quadro brasileiro apresentou-secm campo como da vez passada, «emum' preparo necessário e ainda mais,sem o grande center Frionderelch,quo foi substituído pelo sympathicocenter palestrino Heitor Marcellino.Rodrigues, que jogou contra os chi-lenos, foi magnlficamente substituídopelo in-side carioca Durval Junqueira.

O team, desde o começo da parti-do,' demonstrou não estar preparadopara a lueta: o conjunto, com cx -eepção de quatro elementos, actuoupessimamente, sem articulação, nãosc entendendo os jogadores.

Os jogadores que hontom jogaram,com exeepção do Palamone, Amilcar,Formiga e Junqueira, não pareciamos mesmos quo estamos costumados avor jogar. A representação nacional,no primeiro tempo, muito deixou adesejar, causando péssima impressãoaos que foram ao stadium.

No segundo tempo, felizmente, 0team actuou melhor porem ainda nãodesenvolveu o jogo que tem postoem campo e.m outras partidas.

Néco, o grande inside paulista, na-da fez e nada produziu a não ser jogopessoal; Tatti, embora no final muito«o esforçasse, tambem nada produ-ziu. Lais o Fortes, pouco fizeram;sondo este o melhor; Bartho, no pri-meiro tempo Jogou abaixo da critl-ca parecendo mais um back de umteam de torneio interno; no segundotempo, melhorou. Marcos teve so-mente tres bolas, sendo o único cau-¦sador do goal de Lopez. Fazendo gol-pe de vista, o consagrado keeper dei-xou passar uma bola defensável. Hei-tor, não desenrolou o seu costumeiroJogo .estando muito infeliz nos tirosfinaes.

Palamone, o grande back alvinegio,foi o principal elemento da defesa e oextraordinário outsido Formiga foi omelhor jogador do ataque. Palamonee Formiga foram os principaes elo-mente* de campo. Junqueira, se con-duziu magnlficamente assim comoAmilcar, quo no segundo tempo jogouadmlrnvclmente.

Amilcar. Palamone, Formiga eJunqueira, foram incontestavelmenteos melhores dos nossos jogadores ojustas foram as palmas que receberamao finalizar a partida.

A '-íulpe da Lirai Paraguaya .doFoot-Ball. que hontem pela primeiravez apresentou-se em campos cario-

." cas', é maorniflea e nella figuram joga-dores excellentes, que podem rivali-zar-so com os veteranos o afamadosfoot-ballevs do continente.

Os jogadores da Republica amiga.,praticam o foot-ball come elle devesei praticado; sao leaes, jogam comtechnica e são ao nosso ver, superlo-res aos chilenos.

A Impressão deixada pelo quadrovisitante foi a melhor possivel o Jus-ta foi a manifestação quo recebeuquando appareceu om canino.

O conjunto paraguayo tem urakeeper que. jofía de modo exfrnordl-nario. sendo um digno rival dos nos-sos mCbores arqueiros.

Denis fez defesas assombrosas e asua actuação deve o team não serderrotado. Os backs são firmes, principalmonto Paredes. A linha média éboa destacando-se Solich, perfeitotypo do center-half. A linha dc for-wards é ligeira e ntaca bem. Lopes6 excellente; Riva. optimo e Ramirezseguro nos passes. Os extremas cen-tram bem.

O team, como uma homenagem aoBrasil, jogou com bandeiras verde eamarolla.

O jogoFinda a prova preliminar, uma

grande calva do palmas annunc'n aentrada em canino dos Jogadores bra-silo'rc\s e paraguayos.

Depois do rariida exercício dn bate-bola, o Juiz chama ás suas posiçõesos jogadores, que- assim estavam con-stltuldos: .

Brasileiros: Marcos; Pniamono e,Bartho; Lais, Am'lcar c Fortes; For-miga. Néco, Heitor, Tatu e Xun-queira. ¦ _

Paraeunvos: Denis; Mona e Pare-d°s- Miranda Solich e Benitz; Cnp-devila. Ramirez. R'va, Lopez e Erico.

O toss foi favorável aos brasllei-rn« flnmlo a sa'da os paraguayos ás15 horas o meia.

Os nossos visitantes iniciam a par-tida atacando o goal do lado da pi-6c!na e iogando contra o sol.

Iniciada a lueta, Tatu sr -apodera

da bola o faz um passo forte a Jun-que'ra. saindo a bola outride. Vol-tam os nacionaes a atacar o Heitorê dado om off-side.

A boln fica no campo dos visitan-tes. punindo o Juiz um hands do Sa-lich. que batido por Amilcar. nãoproduz resultado.

A linha paraguaya organiza nmbom ataque que Palamono inutiliza,passando n bola a Formiga que, es-capando, dS. um centro sem resulta-i o por estar Heitor era off-side.

Mantém-se os locaes no campo dosl

paraguayos e Junqueira, da extrema,dá bello ehoot enviezado quo Denissegura bem. O juiz marca um foulne Miranda e outro de Néco, tendoPalamone salvo a situação.

A linha brasileira ataca pela direi-ta e Formiga dá optimo centro, quoHeitor não aproveita por ter demo-rado oom a bola.

Um offiside de Formiga 6 marca-dc fazendo dopois Lopez boa car-ga', que não produz effeito por terpalamono Intervindo bem.

Carregando pelo centro Riva,Amücar faz um oorner do nullo ef-folio, punindo o juiz um off-side deJunqueira, quando e_<to tinha tresJogadores pela frento.

A quatorze minutos de pugna, alinha paraguaya carrega <_ Capdevll-ia escapa, dando optimo-centro. Pa-.amone, com esforço, corta o centro,passando a pelota a Laia, que não'.Titervem logo. Lopes, fora da arca,ss apodera da bola e shoota alto,Miarcando assim, ás 15.44

matica manifestação espontânea daassistência do -hontem, quo razoável-mente contrariada e adivinhando averdade dolorosa, vaiou uin dos "sa-bldos", na oceasião em. que elle fla-nava risonho polo oampo

FOOT-BALLPassa hoje o 6o anniversa-

rio da fundação do Hei-lenico Athletico Club.

Exactamente ha seis annos pas-sados, rounla-se na tua Francisco Mo-rotarl n. 18 um grupo do; rapazes,mas desses moços, em cuja physio-nomia eo vS estampada.a força devontade e valor precisos, para, lu -ctando contra todos os obstáculos,os levar de vencida e ver em breve

xu Fü RHBn

Unlco ponto dos paraguayosPosta a bola no centro, os nossos

investem céleres e com uma scrima-,ge Néco empata a partida, annullan- I

m i- iu'2 o i>Qi>l.o sob a niio-gação ilo ter' INêco feito um handsantes.

Voltam os locaes a atacar e For-miga é dado ern off-side, sem o es-tar, pois tinha toda a dete__íi pelafv. .,„ -. rinyo não concorda com amarcação do juiz, vaiando-o.

A bola não sac do campo doa pa-raguayos o Néco faz uma carga quer.ão é aproveitada.

Ha ul foul dc Solich junto dn áreaviue Neco põe fora o um' hands deAmilcar, que Palamone detém.

Formiga, em uma das suas ceie-bres encapadas, dá um magn-ficocentro, que não ê aproveitado e logo Ia seguir Denis, segurando a bola en-.vlaaa por Heitor, ía?. um corner semrcsuitado.

Ha dois hands. urçi de Riva e 'OU-tro de Nécc.

Persistem os nossos nos ataques, cFormiga dá um centro quo Luis de-fende o faz corner. Néco faz um pas-se a Heitor, que shoota passando abola rente á trave, um shoot envie-zado de Formiga, obriga Luis a fa-zer boa defesa. Ha um "foul" dcAmilcar o logo a soguir Heitor mar-ca mais um ponto para os brasilel-ros que o juiz considera nullo, porter Formiga feito antes um foul emParedes.

Ha um ataque dos paraguayos an-nullado por Palamone e- um cornerde Mona, que não é marcado. For-tes faz um foul junto á linha de cor-ner o logo dopois Marcos dotem umtiro do Lopez.

Atacando os brasileiros Burity fazum hands, marcando o Juiz a pena-lidade em cima da linha dc penalty.Formiga bate o kick e a bola vai tora.

Carregam os brasileiros e Junquei-ra quando a cinco jardas ia shootara goal é dado em off-side,sem motivoalgum, pois tinha, além de ter dnb-bludo o half-back, os backs pelaírcivtc.

,Por esto motivo, o povo torna amanifestar-se . contra o referee.

O juiz marca um handa de l>or-tes, embora a bola tivesse tocado nabarriga c outro do Lais.

O excellente keeper paraguayo temoceasião de fazer duas lindas defe-sas que são bem applaudidas.

Ní-co dá um bom tiro que Luciosegura e Miranda faz um corner queé bem tirado o melhor defendido porParedes, com a cabeça.

Tatu, escapando* é dado om off-sidec logo depois Dercio segura a bolaenviada por Heitor,

A's 14.15 o juiz dá por terminadoo primeiro tempo com este resultado:

.Paraguayos. ...--.. 1 g»}

Brasileiros » Eoal

Findo o descanço do praxe, ás14 25 é reiniciado o match com a

salda dos brasileiros. Os nossos en-

Iram dispostos e atacam pelo cen-tro. Paredes faz um foul que nos

pareceu ser dentro da área, porém o

juiz manda dar o kick fora.O shoot dado por Amilcar não pro-

ãuz o effeito desejado e logo a se-

guir Dercio faz um carring, queAmilcar tira marcando um goal queé nullo. por não ter tocado em joga-dor algum a pelota.

Os brasileiros atacam com vigor e

a deíesa paraguaya trabalha bem.Dercio Intervom bem o faz em recur-so de defesa um corner que é bemtirado e que redunda em outro.

Formiga, o celebre centrista pau-lista, centra bom o Solich faz uracorner que Junqueira bate bem. A

bola cahe na frente do posto de Der-,cio que faz outro corner. O tiro docentro é bem batido e o keeper pa- .ratniavo intervém com maestria. |

A linha brasileira, 'ou por outra o \

quadro nacional em peso vem para o .ataquo e a defesa paraguaya traba-,lha com segurança e actividade.

O keeper Dercio salva por tres ve-zes o seu posto, segurando bolos en- Ivladas por Formiga, Amilcar, Tatu o

Junqueira. , „„. jA bola não-sae do campo dos nos-'

sos visitantes, havendo verdadeirobombardeio, mas sem resultado.

Heitor é dado cm offside. quandotinha os backes pela frente e Derciosegura um pelotaço de Fortes.

Ha deis off-stdcs: um de Ramirezo outro de Erlco.

Marco», -pela sogunda vez, é chamadoa intervir para segurar um tiro livre"uirfatáque

dos paraguayos é annul-lado por estar Erico off-side.

Os brasileiros, que aos poucos vaomelhorando de Jogo, atacam com ener-

gia, porém, sem resultado. Palamoneintervém duas vezes, muito bem e Hei-lor desperdiça um passe de Palamono.Atacando os nossos, o juiz. sem motivoalgum, -puno Néco cm off-side

__ m *a . ai J— Tii«nllfiirf

quando Denls.se achava fora de seuposto. .- ., .

Persistindo nos ataques, os brasiiei-ros não dão tréguas 4 defesa contra-ria. Amilcar dá um violento tiro, quepassa rente & trave.

Ha um hands de Fortes e outro deNéco

Os brasileiros atacam e Heitor fazum hands. -Erico é dado como of £-side,sem estar, e logo depois Tatu, depoisde driblar os backs marca, era lindoestylo, um goal que é injustamente an-nullado pelo juiz.

A bola não sae do campo dos para-guayos, e Denis faz linda defesa deum kick de Amilcar. Ha um corner d9Mema e, logo a seguir, um back visi-tanto dá um soco na bola dentro daárea, não marcando o juiz o penalty.

O povo, mais uma vez, protesta con-tra a decisão do reforce, vaiande-o poralgum tempo.

O jogo torna-se completamente ía-voravel aos nossos, que dominam oleal adversário.

Denis. o grande keeper, pratica nadamenos de cinco defesas quasi a seguir.Miranda faz um corner ao cortar umcentro do Junqueira.

Os paraguayos fazem uma carga emarcos segura a bola, enviada peloplayer Ramirez.

Benitz faz um corner som resultado,e Palamone faz um foul de nullo ef-feito.

'A's 15,10 minutos ê dado por terml-

nado o match, com esto resultado:lira sileiros — 1 íroal.Paraguayos — 1 ffoàl;O movimento technico da partida foi

esle:Goals: Brasileiros, 1 e .paraguayos, 1.Corners: Paraguayos, 11 o brasllci-

ros, 1.iFouls: brasileiros, 5 o paraguayos, 5.Hands: brasileiros, 6 e paraguayos,

sois.Off-sides: brasileiros, 9 o paraguayos,

tres.Carrings: paraguayos, 1 e brasiíei-

ros, 1.Goals nullos: brasileiros, 4 e para-

guayos, 0.Defesas: Denis, 23 c Marcos, ft.

O Juiz

iva risonno p»i« un__uiw_ i--- •-'—• — ', .. , .Ao pretender esse moço abraçar o realizado o seu ideai .

baek Palamone, houve quem gritas- Em 25 de seteipbro de 1918. re-se indignado quo não! com medo quo unidos sob a presidência do distin-o azar atirado sobre O infeliz con- I cto sportman Manoel Guimarães se-junto brasileiro recaísse com todo o j cretarlado pelo Sr. Gastão oauii,seu "peso" sobre o valente zagueiro reallzava-se a assemblêa propai.uo-

A CORRIDA DE HONTEM, KO JOCKEY CLUDivino e Kellermann - Querelia é Morcego

A reunião que a veterana das nos- 4.» prêmio "ÜNIÂO LATINO AME-sas" sociedade sportivas fez realizar RICANA" - Obstáculos - 3.000hontem no seu hippodromo de São metros — Uma taça do prata, offere-Francisco Xavier, quer pelo lado so- I cid->- uelo Jockey-Club.ciai quer pelo lado technico, íoi ma- ST. MORITZ, «asa. puro sangue,gnijica. alas-io, Inglaterra, 70 kilos, Dr. Cio-

A concorrência, embora não íosse j vis Camargo 1-*numerosa, o que se explica facilmentepelas grandes festas que hontem foramlovadas) a effeito. foi. .entretanto, distin-cta o bastante para que reinasse du-

•^ 1

Foi arbitro da partida o sportmanNorberto Gucvara Ladrou, refereeda delegação chilena.

S. S.. comquanto demonstrasseconhecer as regras do associatiol,teve decisões que muito deixaram adesejar, projudicando a equipe bra-sileira. O Sr. Norberto Guevara La-dron, annullou dois pontos conquls-tados em lindo estylo por Néco eTatu; puniu vários - otf-sides contra03 nossos jogadores quanto antes ti-nham mais de dois adversários, pelafrente e ainda mais, deixou de mar-car um escandaloso hands penaltyde um baclc paraguayo.

As suas decisões não foram sem-pre recebidas com agrado pela gran-do assistência, que mais de uma vezmanifestou-so contraria á sua mar-so manifestou contraria'fi- sua mar-

A prova preliminarA primeira prova do dia, o jogo

preliminar da tarde, foi levado a ef-feito entre o quadro do River F. C,campeão da sele A da divisão inter-mediaria e o toam do S. C. Brasil,segundo collocado na divisão respe-ctiva.

O match foi bom o interessante,terminando com um empate do tresgoal, goals estes marcado d(Vs porVadinho c por Nilo, Waldomar, Is-mael e Marciel, um cada um.

Foi juiz o sporlcman Paulo Canon-gia, do Carioca, e os teams eram osseguintes:

River — Octavio; Osmar e Mala;Aristides, Antonio e Carlinto; Car-lito, Floriano, Maciel, Mathias, Is-mael o AValdemar.

Brasil — Santa Maria: Marcondeso Ebraico; Brane, Driscoll, BOrba;Vadinho, Victor. Nilo, Fred e Borges.

FRACASSAMOS!

do Botafogo.Palácios do Zinco.

Notas do diaEM AGRADECIMENTO DO TE-

NENTE URUGUAYO SANTOSFERREIRA AO TENENTE BRA-SILEIRO FRANCISCO PRADOO distineto official do exercito

uruguayo tenente Santos A. Ferreira,qus veiu participar do campeonatolatino-americano de esgrima, o quehoje regressa & sua pátria, estevehontem em nossa redacção, apresen-tando ns suas despedidas o peaindo apublicação da carta seguinte, dirigidaao tenente Francisco Prado, do nossoexorcito, que tambem participou noreferido campeonato.

A carta é a seguinte:"Rio de Janeiro, 25 do setembro de

1922: . -:Sr. director de "El Pais" — Ruogo

a V. director queira dar cabida enIas columnas de su dllustrado diárioa ia siguiente carta:

Sr. tenente D. Francisco Prado,mi estimado amigo.

És para mi uma immensa satisra-clon dedicado cuatro letras, antesde rolejarme do vuestra noble Pátria,para expressarló ml profuondo reco-nocimiento de gratltud, por ei frater-nalcarino que mo habei» dispensado,durante .ml estadia em esta tierrapródiga y culta.

Estas oxprosiones son extensivasen igual grado a todos los distingui-dos offlclales quo ho tenido el ronorde concerlos.

Gran amigo: ai darlo cl abrazofraternal de despedida, formulo .yo-tos por wuestra folicidad personal ypor ia prosperldad- dei ilustradoejercito de vuestro pais.

Affectuosamcnte, a sus ordenes—Tenente Santos A. Ferreira, uru-

guayo."OS ESGRIMISTAS URSPGUAYOS

RFGRKSSAM HOJE

Regreasam hoje, á tarde, á sua pa-tria os distinetos officiaes do exercitouruguayo, quo vieram a esta cidado.

participar no campeonato latino-americano de esgrima. „„„„„.

Os distinetos cavalheiros regi es-

sam encantados coin o acolhimentoque .tivaram.dos seus collegas brasi-leiros.

BOXtnif T»FSAFIO DO BOXEADOR^RUGUAvê° LUIZ PM^

AO VENCEDOR »<>mr^A^í'PROMOVIDO PEDO "RIO-JOR-

NAL". Em nossa (redacção esteve hontem,

á noite, o Sr. Alberto Morggor m^ia-

eor do boxeador uruguayo Luiz a.

Donlessis, quo por nosso intermédiovem lançar um desafio ao vencedornHucta de box promovida pelos nos-

sos confrades «iJ "Kio-Jornal". entre

o, boxeadores argentino e írancez

Foot-ball internaci0 scratch B de S. Paulo

vence o team tchecoslo-vaco por 3x2.

S PAULO 24 — (A. A.) — Esteve

extraordinariamente concorrido o jogo m-'ernacional

entre o selecciouado d» A.

Paulista c o quadro tclieco-.A partida, que se realizou no campo da

Floresta, decorreu muito intensa, cabendo

a vicloria, depois de ingentes esforços, no

seleecionado paulista, por 3 x 2

ria do hoje t5o conhecido quão ad-mirado e querido Hellenico AthleticoClub, á qual compareceram mais osSrs. Enzo Pereira de Souza, tenenteFrancisco de Carvalho, José OctavioM. Pereira, Josô Medeiros, M. R.Guimarães, Domingos A. MoraosNetto, Aluizio Marinho, Raul do Al-meida Bantos, Edmundo Bailly,Jorgo Bailly, Alclndo Howi^t Rodri-gues, Sebastião de Oliveira, Cicerode Campos Póvoa, Antonio de Sou-za Marques, Salvador Cosenza, Dio-go de Abreu Teixeira Junior, RenanReis, Camillo Soares Filho,. OswaldoJacques da Silva, Casemlro P. de A.Cardoso, Mario Ronchinl, RaymundoFernandes Gurgel, Nelson Pereira doSouza, Nilo Marinho, João de Ai -

meida Gonzaga Junior, Severino dsMattos Pereira Junior, Jorge Gus-mão Gonçalves e Augusto Catramby.

Nessa assemblêa, plenamenteapelado pelos presentes, Manoel Gui-marães dava ao club o nome de Hei-lenico Athletico Club.

Ávidos de assistir ao progresso dogromio então fundado, em breveconseguiam confortável eéds á rua"Silva

Manoel n. 85.E' então nesse novo periodo, que

se pôde perfeitamente julgar o va-lor de cada um desses moços, cujas"frontes

não se abateram ás mais ru-des luetas que tiveram de enfren -tar! .

Enzo Pereira de Souza, ê, sem aminima parcela de favor, o baluartee o mais destemido dentre os oeu3pares !

Cheio de uma força ido vontadepouco commum, intensiva 4 vida doHellenico e sempre apoiado por seuscompanheiros, consegue, pouco a. pou-co, eleval-o cada vez mat9.

Nló monos brilhante, é a figurade Manoel Guimarães, que, tambem,dispondo de uma força do vontadeférrea, e, mais admirada essa dedl-cação por ser toda espontana, foi, porassim dizer, dopois de Enzo o segundobraço.quo elevou o hoje consagradocentro desportivo.

O tenente' Francisco de Carvalho,quo conquistou o primeiro titulo dobenemérito do Hellenico, em umaassemblêa realizada ein 1919, 110 RioComprido, foi dos maiores factoa-esdo progresso dessa sympathica so-ciedade.

A Aluizio Marinho não é possívelnegar o prestimoso auxilio prestadoao glorioso tricolor. Ha seis annosexiste o Hellenico, o, durante o mes-mo tempo, Aluizio, batalha, vence,em uma palavra—"vivo"—pelo que-rido grêmio.

Gastão Bailly empregou o máximoda sua dedicação para a formação doclub, e hoje sente-se orgulhoso doquanto fez para o seu engrandeci -mento.

Joaquim Frôes — foi incansável epossuidor de caracter recto, dedicou-se sempre para elevar o nome do clubque lho é devedor de inestimáveisserviços,

Jorge Bailly, que ha seis annos sededica ao engrandecimento do clubda sua sympathia, é, tambem o maisantigo defensor das suas cores o foisem duvida quem mais impulso deu?* victorias conquistadas pelo Hol-lenico, tornando-se, desdo o inicio, oterr.ir dus seus adversários.

Em 1913 foi a sua séde tvansfc-rida para o vasto prédio do largo doRio Comprido n. 13, eebrado, poisque nesse mesmo anuo o club ad -

quiriu o campo da rua Itapirú' nu-moro 137, onde tem até hojo instala-da a sua praça de st>orts.

Foi uma nova êra de progressospara o club o ê justo que salientemosos nomes de Armando Varady. Ma-

2.»

rante todo o "meeting" o maior 011-thusiasmo, o que se reflectiu na casadas apostas, oujo movimento total at-tingiu a 290:740?, apezar da derrota dequasi todos os favoritos.

O programma. do qual faziam partenada menos de quatro provas clássicas,entre ellas oe grandes prêmios "Ame-

rica do Sul" « "Portugal", tevo umdçsenlace muito regular, verificando-sedurante a disputa das varias carreirasausência absoluta de partidos o outrosInconvenientes, como as partidas de-moradas, que foram, aliás, optlmas eaproveitadas com grande rapidez.

O Sr. presidente de Portugal, emhonra do qual se effectuou a festa,compareceu ao prado ás 16 1]2 horas,assistindo do pavilhão principal â maisimportante prova do dia.

O illustre estadista foi recebido sobprolongada salva de palmas, retirando-se logo após aquella carreira, receben-do os cumprimentos que lhe foramapresentados em nomo do Jockey-Clubpelo distineto presidente da sociedade.

Essa importante prova foi levantadaem magnífico estylo pelo cavallo Kel-lermann, do .propriedade do estimadoturfman Dr. Álvaro Barroso, que aindaobteve outro triumpho com a nacionalMascotte.

Ambos tiveram a direcçao do pequenoArmando Rosa, quo se houvo comgrande habilidade e não ha como aquiregistrar esse ultimo triumpho que áeua maestria deve efusivamente osympathico stud. Nunca o vimos comtanta calma e bem mereceu o jovenprofissional os applausos do publico.

Como o do Kellermann, fácil foi tam-bem o triumpho do Divino, no prêmio"America do Sul". O filho de Cylgad,que o seu proprietário e tralaiior con-seguiu conservar em estupenda forma,venceu sem o minimo esforço sobre LaVeloce, quo desde a grande curva noshavia deixado a impressão de ser afácil vencedora.

Montou-o Charles Houghton, umbom piloto dc tiros largos que' osnossos proprietários têm deixado eminjusto abandono. ,

As duas restantes provas clássicasdo dia foram levantadas pela po-tranca Querelia, habilmente montadapelo jockey Arnaldo Grássi, e porMorcego, que, apezar dós 58 kilosquo carregou, venceu firme, sob amonta de Suarez.

Tambom com a sua' direcçüo, Ml- 1co, outro defensor da sympathica ja- Jqueta tricolor, obteve linda vicluriano prêmio "Lisboa", derrotando, cn- Itre outros, Quirino Costa, o grando ji favorito, e Balcorrie; !

O parco para amadores, cm ob-

Macanudo, 70 kilos, tenente Ar-lindo de Oliveira

Turbulento, 71 kilos, capitão Re-nato Poquot .". 3.oNâo correram, Aguacil, Zigomar,

Arlequim. Ebano, o ArabescaTempo; 226 2|5".Ganho por vários corpos; o torcei-

ro a igual distancia.Não houve apostas.5." prêmio "CLÁSSICO GAUDIE

LEY" — 1.600 metros — 6:000í,1:200? o 300^000.

QUERELLA, fcm., zalno, 8 annos,Argentina, por Mojinete a Adversity,do Sr. Bernardino de Andrade. A.

Grassi, S 3 kilos 1-'Chispa, A. Rosa, 53 kilos 2.'Sempreviva, D. Suarez, 53 kil03. 3.'

Não correram: Coiumbine o Vete-rana.

Tempo: 104 l|ã".Ganho por trea corpos; o terceiro

a vários oorpos.Rateio do Quereria, 15$500; dupla

com Chispa, 55$200; plaees: Querei-Ia, 15*500; Chispa. 27Í800".

Movimento do pareô 29:507?000.Importador da vencedora: Jockey-

Ciub.Tratador: Manoel Flgueroa.G° prêmio "LISBOA" — 1.750 me-

tros _ 3:000$ o.6ÜO$000:MICO, masc. zaino, 5 annos, Uru-

guay, por Moocock o Animoaa, do Sr.C. Coutinho — D. Suarez, 52 ki-•los 10

f

3"Quirino Costa, C. Fernandez, 64kilos

Balcorrie, A. Fabbrl, 63 klloaNão correu Malandrlm.Tempo — 113 S|5".Ganho por dois corpos; o terceiro

a meio corpo.Rateio de Mico, 29$500; dupla com

Quirino Costa, 21$700.-Placés: do Mico, 145500, o de Qui-

rino Costa, 13$H0O.Movimente do pareô: 47:326?000.Importador do vencedor — O pro-

prietario.Tratador — Manoel de Mello.7„ „ .,„lio _ "GRANDE PRÊMIO

AMERICA DO SUL" — 3.000 me-tr09 _ 20:000?, -1:000? e 1:0005000:

11'VINO. masc., castanho, 5 annos,Inirlaterra, por Cylgad c Scotch

"VVito,

do Sr. Fernando Schnelder — C.Houghton, 67 kllòsLa Veloce A. Macera, 55 kilos...loa

Martello, C. Ferreira, 53 kilos..Nãp correu Ayinestry.Tempo —r 200".Cunho por dois corpos; o terceiro

a tres corpos.Rateio de Divino, 119?100; dupla

com La Aro!oce, 5'9$20(>Placés: de .Divino, 21ÍS00; dc La-

Io2o

3o

wtaculos, no qual se apresentaram | Veloce. 1G$400, e de Martello, réis.apenas tres concorrentes, íoi ganho ,19520o.pelo excelk-nto cavallo inglez St. 1 Movimento do pareô: 61:1G7$000.Moritz, muito bem conduzido pelo \ importador do vencedor — Valerosportman paulista Dr. Clovis Ca- j pll0yomargo.

As restantes victorias couberajn aDamletta, dirigida pelo jockey Ra-mon Rodriguez, c Loulou, montadopor Cláudio Ferreira.

A reunião terminou com ligeiroatraso, mas a ultima carreira foircaliza-da ainda com bastanto luz.

Tratador — O proprietário.8» prêmio — CVRAtNDE PRÊMIO

"PORTUGAL" — 2.200 metros —Escudos 20.000, 4.000 e 1.000.

KELLBRMANN, masc., castanho,(i annos, São Paulo, por Novelty e Ja-nina. do Sr. A. Barroso, A. Rosa,54 kilos '¦ lt"rcal-iza-da ainda com bastanto luz. 54 kilos . . 1

Foi o seguinte o movimento te- [Lirô, G Benvenutti, 55 kilos .. 2ochnico do "meeting"; BluCf, A. Grassl, 53 kilos 3*

Io prêmio — CLÁSSICO VISCON- Não correu l__u*ir.

Um bello tiro de Junqueira obrigaDenis a intervir. Ha um foul de Solichc uma boa dofesa de Denis, em um tiro3o Amilcar. Monte faz um foul e Arnil;car troca de posição com Heitor, a -aminutos de jogo. .

A modificação da linha brasileiramodifica o jogo, e meio minuto depois,Junqueira faz um optimo passe a Arnil-car, que eom um tiro forto e envieza-do, marca, ús 16,60 1|2 minutos.

O unlco ponto dos brasllclroj

O ponto nacional é multo applaudido,o logo depois Tatu envia a goal umshoot, quo sOmento por sorte nâore-duudou no segundo ponto dos brasilel-ros, pois a bola vai bater na trave.

A dolorosa admirayüo....A multidão que foi hontom ao sta-

dium soffreu a mesma decepção da-quella, mais Considerável é vi)da.de.que assistiu ao jogo chilenos-brasí-leiros. Assim como fracassara triste-niente no" dln 17, hontem outra veza esquadra nacional fracassou, tra-zendo a assistência opprimida du-rante tres quartas partes do jogo, soba. espectativa de uma derrota a zero!

No emtanto o combinado nacionalé composo de jogadores quo formamindiscutível -valor Individual, sendo( exeepção do Marcos, BarTiO eHeitor), os melhores homens de suasposições.

Onde a causa desses insuecessosconsecutivos?

O povo que paga, para ver actuaros campeões que elle ama, e aosquaes incita enthusiasticamente napeleja; pergunta desorientado, verda-deiramente aturdido, pois que os ra-pazes têm-se batido bravamente,briosamente pela victoria, conseguin-do apenas um pobre empate.

Sem duvida a culpa recao sobre oshombros desses que, encarregados daformação da equipe nacional, pre-oecupara-se e:n demasia com idioti-cos succes3-*,'ív''do bilheteria, alimen-tando lameniábllissimas rivalidadesRio-São Paulo. O crime não está sónsso. Ainda hontem 03 rapazes doquadro da Confederação, extenuadoso abatidos pelo rendimento medíocredo seu esforço, capaz de igualar,quando multo, o jogo fraco o defei-tuoso dos chilenos e dos paraguayos,qucixavnm-so de quo passam os diasociosos no hotel, inteiramente esque-cidos, sem que lhes dêem opportuni-dade J sc exercitarem cm gymnnsti-ca inuividual e bate-bola. Os treinosde conjunto tém sido a miséria que csafficionados sabem—

Ora, foi com multa gymnastica in-dividual, com muito bate-bola, o trei-no de conjunto quo nôs vencemos em1919, com uma esquadra onde osponteiros c o meia-esquerda — treselementos, pelo menos! — não eramos melhores homens de suas posi-çOes...

E' praticando as tres coisas acimaonnumeradas que os argentinos pre-param-se activamente, ha vinte dias,em Icarahy, e o publico verá quin-ta-feira o que é a esquadra de BuenosAires!

So os technicos da Confederaçãofossem capaze3 de agir, 6éria e acti*vãmente, nos poucos dias que aindarostam talvez so conseguisse empa-tar este horrível campeonato, que atodo mundo parece perdido.

Mas não, elles continuarão a dor-mltar tranqüilamente, "derrotistlca-mente", «em ligar «quer fi. sympto-

seleecionado paulista, por 3 *_-'.. nnr oí) nomes de Armando Varady, Ma

No primeiro tempo,_ os pauU.stas,^ por Cal.,.ao Alval-0 Carijô, Max Doerintermédio de Teppet, iniciou a ÇO"'"^'» | rfi Kduarao Boheme, Homero Ma-da tarde, c pouco antes de terminar esse Herminio Mattos o Miltonperiodo do jogo os visitante., pelimcia t. ,..,,,..,esquerda Schraeder, de passe de Scdiano,rmnatou a partida.

Nesta pbasc. os paulistas exerceram m-

sitmificante dominio sobre 0 adversário,actuando, porém, este cora mais aprecia-VeNo°5segundo

meio tempo, que decorreuequilibrado, o conjunto paulista actuouum pouco melhor, fracassando, entretanto,a linha dianteira, da qual apenas se sal-vou Cabelli.

Faragassi e Alexi lambem compromctte-ram grandemente a actuação do conjuntopaulista. . ,

Logo aos 10 minutos, era um dos ata-

ques dos paulistas, um defensor tcliecocommetteu uma infracção na área pen-commeueu uma ......—v—_ — — • . ; versauugosa, c Capelli, batendo tiro penal maxi- . corrento.

_, , __-j.rminioMattos Magalhães.

Agora, porém, a directoria actualque muito tem elevado o credito doclub, acaba do conseguir, por contra-to, o magnífico prédio da rua Aristi-des Lobo n. 234, onde introduziutodos os melhoramentos indlspcnsa-vols á educação physica da nossa,mocidade, podendo-se collocar a no-va séde do Hellenico ao lado das mo-lhores que possuem os clubs filia -dos á Liga Metropolitana.

Desejava a directoria fazer ainauguração da nova séde no dia dnhoje, porém, como o salão não te-nha ficado terminado, a festa com -

memnrativa da passagem do 6o anni-versario será realizada no dia 30 do

mo, conquistou o segundo ponto para os

paulistas. .... _.Pouco depois, o» brasileiros incorreram

na mesma infracção, mas o meia direitado quadro visitante bateu mal o tiro pc-_nal máximo, enviando a bola fora, paragáudio dos torcedores brasileiros c des-espero dos tcheco-slovenos.

Sem desanimar, porém, os visitantes as-sediaram com insistência o posto de Mes-quita, obrigando este a operar bellas de-

De'uma feita, porém, Clodoaldo Mes

A directoria muito se tem esforça-do para o suecesso dessa festa que,1pela primeira vez é realizada' na suaprópria séde e dados os preparativo.?,'é de se esoerar uma noite linda que |marcará niais uma pagina de gloria jnos annaes desportivos da vida desse !valoroso club.

Emfim, no seio do sympathico tri-col ¦ 1 2-' divisão, sempre presidiuo lemma do "todos por um e umpor todos", e os esforces das suas

torlás têm-se conjugado em be-Ue lima ieila, VUrClU, \.l«uuamw *¦**.- | f. •MyiuriUS tum-oc wwhji*0»»

quita, ao defender um arremesso contra- • neflcio de um sô objectivorio atrapalharam-lhe, permittindo que grandec.imento dô Hellenico.

___!. __«. ..,. .mamam n nifti(1'l í\ .„ Inil.i r!tiMIIIX<Ínl t\l\ I "11

o en-,l\J, flUUl*!"»» ¦

Polsler empatasse novamente a partida.Vendo perigar a situação, os locaes tra

taram de agir com mais energia, conse-

O estado -financeiro do club — Asfinanças do Hellenico acham-se emboas condições, como se pôde veriíi-taram de agir com mais energia, tui.se- 1 ooas conuiçues, uwuu == ...u^ .*......

guindo, já no final do tempo rcgulamen- j car fl0 ultimo relatório da directo-tar conquistar pelo meia direita Ruyval, ria, .apresentado em assemblêa ge -

de'passe de Néquinho, o seu terceiro pon^ j rai „„„„„,_ „„to, que valeu a victoria.

O juiz, Sr. Sebastião Gravallas, do Mi-nas*Geraes, actuou discretamente, usandode excessiva tolerância com o quadrotchcco-sloveno. ,

Estes, tanto em conjunto, èomõ mdi-vidualmente, actuaram csplc^ '..mente.

Combinam muito bem, jogam habilmentede embeça, c sabem se collocar. O seu jogoporem, pecea pela violência, circumstan-cia que tirou á lueta muito do seu brilhoc interesse.

Estavam assim organizados os dois con-tendores:

Paulistas: Mesquita — Clodoaldo e Ale-xi'— Brasileiro, Taragassi e Arthurzinho

LaertI, Ruyval, Capelli, Teppet e Ne-quinbo.

Tcheco-slovcno: Hofer — E. Sohns eF. Riedl — Dohring.Xozeluth e Mahrer

Bebor, Morvvay, Sediank, Schraeder ePolsler.

As raças humanas-A mulher »

Resumo dos jogos do Hellenico naj Liga Metropolitana — Logo após asua fundação, o club filiou-se á entl-dade carioca e tem disputado os se-guintes jogos de campeonato:

1917 — Jogos realizados, 10; vi-ctorias, 1; empates, 4, e perdidos, 11;pon'os, 6.

1918 — Jogos realizados, 10; vi-ctorias, 6; empates, 1, e derrotas,4; pontos, 11.

1919 — Jogoa realizados, lt; vi-ctorias, 9; empates, 1, o derrotas, 0;pontos, 19.

Campeão sem derrota.1920 — Jogos realizados, 18; vi-

ctorias, 6; empates, 5, e derrotas, 7;pontos, 18.

1921 — Jogos realizados, 12; vi-ctorias, 4; empates, 2, e derrotas, 6;pontos, 1.0.

1922 — Jogos realizados, 12; vi-ctorias, 6; empates, 1, e derrotas, 5;pontos. 13.

Resumo dos jogos officiaes até ápresente data: \

Jogos realizados, 78; victorias, 31;empates. 14, e derrotas, 33.

Jctgos lntercstadoaes—São em nu-mero do cinco os jogos interesta

DE DE BARBACENA — 2.2 00 mo-tros'— 5:000$, 1:000$ e 2!_0?000 .

ItfORCEGO, masc, zaino, 5 an-nos, Uruguay, por King Charmlng eKtoile ltougo, do Sr. C. Coutinho,D. Suarez, 68 kilos 1"Miudinho, P. Zabala, 55 kilos. í"KOdc d'Armo8, C. Houghton, 55kilos .. S»Não correram: Aymestry e Cali-

canto.Tempo : 14G 1|5".Ganho por pescoço; o terceiro a

tres corpos.Rateio de Morcego, 25?400; du-

pia com Miudinho, 12?000.Movimento do parco : 9:33fi$000.Importador do vencedor : o pro-

prietario.Tratador: Manoel do Mello.2" prêmio "AÇORES" — 1.600

metros — 2:500? e 500J000:DAMIETTA, íem„ castanho, 3 an-

nos, S. Paulo, por Corucob o Supre-ma, do Sr. C. E. Souza Aranha —R. Rodrigiiez. 52 kilos 1">!,-,_.„..,. D; s-uircz, 52 kilos 2°Paraíso, A Macera, 54 kilos.'... 3o

i Não correu Estupenda.i Tempo — 104".

Ganho por pescoço; o terceiro aum corpo.

Rateio de Damietta. 17J200; du.-pia com Norma, 25$4sb.

Placés: de Damietta, 17?200, c de, Norma, 25$-100.

Movimento do pareô: 17:682$000.Criador da vencedora — J. Cunha

Bueno.Tratador —• João Japecanga.3° prêmio "CINTRA" — 1.4 50 me-

tros — 2:000? c 400JOOO:MASCOTTE, fem.. tordilho, 4 an-

tir..- q píuiò, pc- Novelty o MaChoutte, do Sr. A. Barroso —A. Rosa,53 kilos IoIronia, S. Alves, 45 kilos 2°Atroz, J. Escobar, 49 kilos 3o

Tempo — 94 3!5". 'Ganho por um corpo; o terceiro

a igual distancia.Rateio de Mascotte, 53?700; dupla

com Ironia, 433200:clacês: He Mascotte; 17?100: de

Ironia, líi?400, e de Atroz, 31J0O0.Movimento do pareô: 2fl:234?000.Criador da vencedora — Dr. -L.

de P. Machado.Tratador — Paulo Rosa.

Não correu Luzir.Tempo: 140 3|5.Ganho por vários corpos, o tercei-

ro a Ires corpos.Rateio de Kellermann, 17?500; du-

pia com Lirô, 47$600.Placés: Kellcrmanp, 14?400; Lirô,

30$900.Movimento do pareô: 53:083?000.-Criador do vencedor: Dr. L. de P.

Machnrâo.Criador: Paulo Rosa.9° prêmio — "PORTO" — 1.750

metros — 3:000? o C00?000.LOULOU, masc, castanho, 5 an-

nos, São Paulo, por Tarporley e VouYou, do Sr. Linneu P. Machado, O.Ferreira 54 klos 1"Torpedo, IR. Rodriguez, 51 kilos. 2"Mini.iol, G. Benvenutti, 52 kilos . 'i°

Tempo: 116".Gnwho por dois corpos; o torcelro

a meio corpo. •Rateio de Loulou, 21?800; dupla '

com Torpedo, 96»!00.Placés: Loulou. 11?800; Torpedo,

32?200.Movimento do parco: 43:227?000.Criador do vencedor: o proprieta-

rio.,Tratador: Francisco B. de OU-

veira.•Movimento total das apostas:

290:740?000.NO ESTRANGEIRO

O clássico "Jockey Club", cm Mou»tevidéo

MONTEVIDEO. 24 (A. A.) — Foibrilhantemonto' disputado, peranteenorme c selecta assistência, o cias-sico prêmio '¦Joskcy Club", no qualtomaram parte cs cavallos Stayer, Bl-gre. Bl Cubano, Pincel; Carlos Alber-to, Mariposa e Richmond, sendo favo-rito Stayer.

Dado o signal de partida, tomou aponta El Cubano, segu indo -so-lheStayer, Bigre, Pincel e Carlos Alberto,porém, na recta final, Stayer conse-guiu passar para a frente, sem obtergrande vantagem, emquanto Pinceldesalojava Bigre do seu logar.

Próximo á chegada, Carlos Alberto,¦wii um violento "rush" ameaçou ftposição de Stayer, que ganhou pormeio corpo, seguindorso-lhe El Cuba-r.o, por meio pescoço.

Importante trabalbo do eeneral ,..,,,,.., ,..... .„ .,. ,.,, ..,,.Gomes do Castro, 4 venda nas prin- J doaes que o Hellenico tem dispu

cipaes livraria*. l^do - !a saber:

Io jogo — Juiz de Fora — Contrao Tupy F. C, do qual logrou ven-cer por 7x5.

2° jogo — Nictheroy — Contra oFluminense F. C, o qual foi der-rotudo por 6x4.

3" jogo — Campos — C. SportivoRio Branco, contra o qual alcançoumais uma linda victoria pelo scoredo 2 xO.

4* jogo — Mendes — Contra o Frl-gorifioo de Mendes, no qual não hou-vo vencedor, pois terminou em umempate de 4x4.

5o jogo — Guaratlnguetá — Asso-ciação Sportiva ' de uuarattnguetáque conseguiu vencer o match por4x1.«Trophéos — O Hellenico possue

nada menos de 21 taças clnqulstadasem jogos amistosos, e uma rica me-dalha de ouro, offerecida pela Asso-cit-tção S. de Guaratlnguetá. tendoainda um bronze o tres taças empa-tados.

Archivo — Constitue uma obra doinestimável valor, um trabalho comonenhum outro club possuo, em seisvolumes, que encerram noticias e

photographias desde o inicio do club,archivadas com multa arte e gosto,representando uma obra de arte dsuma subtileza indizlvel.

.-ii*- toria — A actual directoriado club, 6 a sogulnte:

Presidento, José Calmon; 1° viço»presidente, Homero de Magalhães; #vice-presidente, Enzo Pereira de Sou.za; Io secretario, Octavio Legey; 2'secretario, Aluizio Marinho; 1* the-soureiro, Mario Carrão; 2o ithosou»reiro, Francisco Sauwen; Io procura-dor Nourival Gaullier. e 2' procura-dor Eurico Cunha.

"RAID" SANTIAGO - RIOARACENA VOA

O intrépido aviador chileno Araco-na, ás 8.40, de hoje, levantou vôo d»

Escola de Aviação Naval, para ir at6Ubatuba e regressar.cobrindo assi:no seu brilhante "raid" dc Santiago noRio de Janeiro.

Aracena conta estar de regresso)hoje, mesmo, & tarde.

Page 6: Coleção Digital de Jornais e Revistas da Biblioteca Nacionalmemoria.bn.br/pdf/178691/per178691_1922_13854.pdf · Por 1305, Cézanne é descoberto... E, a par de sua emotiva simplicidade,

: »•?';-* %f,'-%*

6ew O PAIZ — SEGUNDA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 1922

;;

Como a gente nasce "cheiode dedos"

Todo phenomeno teratologico é,evidentemente, uma perfídia da na-lureza. Ella abusa do direito de gerarao seu talante, a creatura racionalou Irracional, dando, isso em resulta-do as mais das vezes o individuo sairapparentemente mais fuvorecido doque os outros, o que quasi sempre éuma estopada e sempre um prejuizo.

Nesta òpoca de casimira ingleza doBangú caríssimo, um christão quevem ao mundo, por exemplo, comtres pernas, é um desgraçado elevadoao cubo: por ter tros gambias a vestir,tres pés a calçar.de meias e tres pa-tas a metter em botlfarras. Um ca-nudo e um prejuizo considerável.

Mas a natureza é cega, Insensível egeralmente estúpida, c continua aproduzir phenomenos. Agora — dizum jornal do Pará — nasceu no por-to de Manáos, a bordo de um vaporque descia do Acre, uma criança coma bagatela de 24 dedos: Seis dedossobresalentes . . .

Diz a noticia :"O vapor Paes dc Carvalho, dc Tolta do suaViagem ao Purus, tinha fuiid.ndo no rio Negro,porto de ManSos. Entro os passageiros conta-vam-.e dc de 8« classe Josí Mendes Gohdimsua mulher Kita Alves Gondlm, e dois fillilnlios,acompanhados de uma senhora, todos procedeu-tes do seringal Pery, sito no Purus. Regres-sam ao Cearfi, numa retirada a quo foram obri-gados pela crise amazônica.

Em 2 do marco, ft noite, Rlta, que estavagrávida, sentiu-se doente.

Sabedor do facto, o machinista Sr. Mareiodo Azovedo offereceu a Jos. Gondlm o seu ca-marote, afim de ali ser logo recolhida a mu-lher cujo estado era serio.

Feito Isto, cila deu ft luz, fts 23,25 horas¦ da mesma noite, unia criança do sexo femiiii-no, que ao dia seguinte, 8 de abril teve o no-me do Eunlllson. Eumilson é um ser pheno-mcnal,' pois tem 21 dedos ou sejam seis cmonda ui3o e seis om cada pó. O casal Gon-dim e nua filhinha desembarcaram em BelC-m,e pretendem embarcar para o Cearft.

A polydactyün constituo um phenomeno te-rato.ogieo que preoecupa a -.ciência, existindosobre ella Interessante? estudos.

Lemos ultimamente numa revista que umdos caso mais extraordinários de polydaetyllaê de uni lavrador portuguez, de 28 annos, ua-tnral dc Silo Pedro do Cintra, o qual tem seisdedos io p6 c seis ua milo direita, ou sejam,ao todo 22 dedos.

Ora o caso da menina .Eumilson „ mais lm-portanto do que esse, pois ella possue _l de-dos. Os pais dn criança, tenciouam submet_el*at uma opcraçiio cirúrgica cm Fortaleza."

Imaginem agora se esse phenome-no, chegando á condição de mulher,tem cabelllnho na venta e applica os"seis" mandamentos em um qualquerfilho de Deus... O sujeito é que fi-cará cheio de dedos . . .

-.. ¦-

POLICIA MILITARServiço para hoje:Superior de dia, capitão Benedicto;

- Official de dia ao quartel-general, i° te-nente Campos;

Medico de dia, capitão Rezende;Medico de promptidao, Dr. Martin;Pharmacctico de dia, i" tenente Aguiar;Interno de dia, acadêmico Ypiranga;(Dentista de dia, 2° tenente Sayão;Auxiliar do official de dia ao quartel-

general sargento Guaracy;Ronda com o superior de dia, 20 tenente

Bueno;Promptidao no quartel-general, _" te-

nenete Dantas;Promptidao ao regimento de cavallaria,

_j° tenente Escobar.Dia aos corpos.—no 1° batalhão, capitão

Barrão; no 2", capitão Ferraz; no 30, ca-pitão Catalão; no 40, capitão Jayme;, e no5°, capitão Carneiro: no regimento de ca-vallaria, i° tenente Meira Lima, e no corpoauxiliar, 2° tenente Polônia.

Uniforme, 40 (kaki).

Secção cs mercaRio, 25 de setembro de 1922.

INDICADOR COMMER-CIAL

CORRETORES DE FUNDOS FU-UIíICOS

Eduardo Ferre?™ — Rua S. Pedron. 23, eob. Telephone Norte 983.

Fernando e Paulo Alvares de Sou-«a — General Câmara n. 39. Tele-phono Norte 4.759.

Henrique Fernandes Lima—R. d&Quitanda n. 136, sob.; telephoneNorte 4.520.

Paulo Roblllard do Marlgny —Rua da Quitanda n. 130, loja. Tel.-phones Norte 5.329 e 6.543.

CORRETORES DE MEROA-DORIAS

Manoel Gustavo Vieira da Motta—Rua da Quitanda n. 190, eob. Tele-phone Norte 636.

DESPACHANTES ADUANEIROS

Augusto Nog, Gonçalves — Impexport., re-eiport. o representações1" de Alargo n. 109, sob. Tel. Nort.2.715.

Eduardo C. M. Dias — Imp. e es-portação. Io de Março n. iu'J, _o:>Tel. Norte 2.716.

AVISOS ESPECIAES

s v •MÉDICOS

Dr. Guedes de Mollo—Moléstiasde olhos, ouvidos, nariz e garganta,Das 3 ás 6 horas p. m. Consu ltas árua S. Jos. n. 61, Io andar. Tele-phone 6.6X0, Central. Residência,rua Dezenove do Fevereiro ri. 135,Botafogo. Telephone Sul 1.9SG.

Dr. Ubaldo Veiga—Clinica íreral,esp. sypliilis e vias urinaria^ Fra-queza sexual,doenças venereas. Cons.R. 7 Set. 81, das 3 ás 5. Tel. C. SOS.Res. rua da Estrella 50. Tel. V. 901.DOENÇAS DO ESTÔMAGO, INmES-

TINOS. FÍGADO E NERVO-SAS—•FHOTOGI.APIIIAS PELOSRAIOS X.Dr. Renato de Souza Lopes—Es-

peclalista, professor da Faculdadede Medicina—Rua S. Josô 39, de3 ás G (consultas diárias). TelephoneC. 6282—Res.: Voluntários da Pa-tria 33. Tel. 1793, Sul.

DOENÇAS DA GARGANTA, NARIZ,OUVIDOS E ROCA

Dr. Eurico de Lemos, professor 11-vre da Faculdade de Medicina doRio, com 25 annos de pratica. Curagarantida e rápida do ozena (fetideznasal), por processo novo. Cons.: ruada Assembléa n. 13, sob., de 12 ás 6da tarde.

CLINICA DAS SENHORASDr. César Esteves—Tratamento ra-

pido das moléstias do utero; nos ca-sos indicados, evita a gravidez porprocesso seguro, .om operação, semdôr e sem prejudicar a saude. RuaSete de Setembro 186—Das 9 ás 11e das 13 ás 16.

DENTISTASDr. Octavio Euricio Álvaro — Cl-

rurgião-dentista pela Faculdade deMedicina do Rio, meinbi o do variasassociações scientificas, fundador daclinica dentaria no Hospital de Nos-sa Senhora das Dores, da Mlsericor-dia, etc. Instalação electrlca. Ilygie-ne rigorosa. Trabalhos rápidos e ga-rantidos, com hora marcada. Con-sultorio, rua da Assembléa 74,1* an-dar. Telephone Central 446. Resi-dencia, telephone Jardim 1.19G.

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pke, Puiggarl-Barreto, Arnaldo Bar-reto, Abilio Mac. Epaminondas eFelisberto de Carvalho, Ferreira daRosa, Galhardo, Hilário Sabino eCosta e Cunha e outros autores; naLivraria Francisco Alves, rua do Ou-vidor n. 1GG, líio de Janeiro—Ruadé S. Bento n. 65, S. Paulo—Ruada. Bahia n. 1.0C5, Bello Horizonte.

LEILÕES

IRMANDADE DO DIVINO ESPIRI-TO SANTO E S. JOÃO BAPTISTADO MARACANÃ

Mesa conjuntaDe ordem do caríssimo lrmâo pro-

vedor, convido todos os irmãos parase reunirem em mesa conjunta, ter-ça-íeira, 26 do corrente, ás 20 ho-ras, para leitura c approvação da re-forma do compromisso.

Rio, 22 de setembro de 1922—O1° secretario, MANOEL DA SILVA.

LEOPOLDINA RAILWAYModificação no horário do trem

mixto entro Ubá e SaudeA começar do Io de outubro pro-

ximo futuro, o trem mixto, que partede Ubá fis 4.20, com destino a Sau-de, sofh-erá a seguinte modificaçãono sou horário, entre as estações deVau-Assú e Viçosa:

Chegada Partida9.55

10.2711.0812.30

Viçosa 9.35Sylvestre. . . . 10.12Teixeiras. . . . , 10.56Vau-Assú. . . . 12. OS

Igualmente, o trem mixto, queparte de Saude ás 7.50, com destinoá Ubá, soffrerá modificação no seuhorário, no mesmo trecho, a saber:

Chegada PartidaVau-Assú. ... 12.00 12.10Teixeiras. .... 13.20 13.30Sylvestre. . . . 13.59 14.14Viçosa 14.31 14.41

Rio de Janeiro, 23 de setembro de1922—M. C. MILLER, director-ge-rente. 7"--

LEILÃO DE PENHORESEm 29 üe setembro de 1922Casa Csonibiet*

cm 1867

Henry & Armando45 Rua Luiz de Camões 47

Fazem leilão dos penhores venci-dos e avisam aos Srs, mutuários quepodem reformar ou resgatar as suascautelas até a vespera do leilão.

LEILÃO DE PENHORESJ. Liberai

Em 30 de setembro de 1922Rua Luiz de Camões 68 e 60

Faz leüáo dos penhores vencidos,podendo os Srs. mutuários reformarn.. ro.pQto.-- ns suas cautelas até ahora do leilão.

OFFERECE-SE uma moça paratrabalhar como arrumadeira, emcasa de casal sem filhos. Recados árua do Cattete n. 119.

SENHORITA de familia distineta,multo instruída e educada, desejatrabalhar, durante algumas horas dodia, em escriptorio ou consultóriode medico, advogado ou dentista.Cartas a Mllo. H. S. B., para a re-dacção de "O Paiz".

PESSOA de meia idade, com pra-tica de viajante, foi empregado emuma casa de commissões em S. Pau-lo, conhece francês;, Italiano, hespa-nhol e portuguez, deseja collocar-se,dando boas referencias. Cartas aC. U., rua D. Julia ir. 107.

OFFERECE-SE um moço paraleccionar o curso primário, em col-legio ou casa particular. Aceita tam-bem emprego para viajar, mesmopara o exterior. Correspondênciapara Jones, neste jornal.

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I IMPORTANTE GURA DE ÜMA LARYNGITE AGUDA Í°btUJL_Òm ° USO a,5Cnas de dols v,dros a° Peitoral de Angico Pelo-tense, como attestn, espontaneamente, o illustre cidadão J. A. Pe-neuo, do liage.

Achando-me soffrendo de um a laryngite ha" mais de um mez aueme provocava uma tosse iraecivel fi noite, aem poder expelir 0 ca--£Mn?„?,.0nc?,co!

recorrla? "WtfosÜ de Angico Pelotense, preparadodo intelligente pharmaceutico Dr. Domingos da Silva Pinto, de Pelo-ífS »^Snf

aS primeiraf «o_heraaM que tomei cessou a tosse comopor encanto promovendo a expectoraçflo com facilidade; assim é que.w~w?„"80 ?8

d,°1S V dr°a me aCh0 completamente cu.ado, restabehSS&Pi Malmente os torças, jâ um pouco esmorecidas pela per-tinacia do incommodo; portanto, cumpro um dever de gratidío oubH-cando estas poucas linhas, que servirão ao mesmo Lm^fde conselho áhownnWa^

'flimm ««"ião desse precioso peitoral, sem duv?dahoje a-melhor que conheço para moléstias do peito e vias "espirito*

&£ E"p5T- com segurança, afiançar a pureza de lua preparaçãovisto reconhecer a eua benéfica ac são no.organismo anima? sSm^ pei-.ais. sa^a*"^como nao 3uccede COm ™«°s".s

Bagé, 29 de junho de 1916 — J. A. Penedo.Acha-se em todos as plmrnincins e drogarias o casas de comnierciode . CampanhaFabrica e deposito geral : Drogaria Eduardo Sequeira — PELOTAS

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porte do correio e dirigidos a NAZARETH & C, Ouvidor n. 94 —Rio de Janeiro ¦¦ --- ¦¦¦-¦¦ im

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