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SUMARIO LISTA DE FIGURAS....................................................... .............................................3 LISTA DE TABELAS....................................................... ............................................3 1- INTRODUÇÃO.................................................... ......................................................4 2- RESUMO........................................................ ...........................................................5 3-RESIDUOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL......................................................... .......6 3.1- ENTULHO....................................................... ............................................6 3.1.1-COLETA DESSE MATERIAL...................................................... ..6 3.1.2-ENTULHO TRANSFORMADO.................................................. ....7 3.2-GARRA PET USADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................9 1

Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

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Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

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Page 1: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

SUMARIO

LISTA DE FIGURAS....................................................................................................3

LISTA DE TABELAS...................................................................................................3

1-INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

2-RESUMO...................................................................................................................5

3-RESIDUOS PARA CONSTRUÇÃO

CIVIL................................................................6

3.1-ENTULHO...................................................................................................6

3.1.1-COLETA DESSE MATERIAL........................................................6

3.1.2-ENTULHO TRANSFORMADO......................................................7

3.2-GARRA PET USADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................9

3.2.1- COLETA DESSE MATERIAL.......................................................9

3.2.2-UTILIZAÇAO NA CONSTRUÇAO CIVIL.......................................9

3.3-BORRACHA (PNEU) USADO NA CONTRUÇAO

CIVIL...........................10

3.3.1-COLETA DESSE MATERIAL.......................................................12

3.3.2-UTILIZAÇÃO NA

CONSTRUÇÃO ...............................................12

3.3.3-MAIS SOBRE BORRACHA

(PNEU).............................................13

3.3.4-COMO É PRODUZIDO ESSE

MATERIAL...................................14

3.3.5-DURABILIDADE..........................................................................15

3.3.6-VANTAGENS...............................................................................15

3.4-AÇO...........................................................................................................16

1

Page 2: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.4.1-RECICLAGEM DE AÇO...............................................................16

3.4.2-PRODUÇAO DO

AÇO..................................................................17

3.4.3-RECICLAGEM DO

AÇO...............................................................18

3.4.4-SUSTENTABILIDADE.................................................................19

3.5-FULIGEM...................................................................................................21

3.5.1-UTILIZAÇAO DE FULIGEM NA CONSTRUÇÃO

CIVIL................21

3.5.2-A COLETA DE FULIGEM DE CARBOELETRICAS.....................21

3.5.3-COMPOSIÇAO DE

FULIGEM......................................................22

3.5.4-PROCESSO DE ADIÇAO............................................................22

3.5.5-RESULTADOS OBTIDOS............................................................23

3.5.6-CONCLUSAO..............................................................................24

3.6-MADEIRA PLASTICA...............................................................................25

3.7-TABUA DE TUBO.....................................................................................26

4-LEI E RESOLUÇAO DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE(CONAMA)..............................................................................................27

4.1-DISTINGUIR RESIDUOS DA CONSTRUÇAO CIVIL...............................27

4.2-CLASSIFICAÇAO DE RESIDUOS OU RECICLAVEIS.............................28

4.3-ONDE SÃO DESTINADOS ESSES RESIDUOS.......................................29

5-DISCUSSÃO E

CONCLUSÃO................................................................................32

6-REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................32

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Page 3: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1-Caçamba cheia de entulho..........................................................................6

FIGURA 2-Exemplo de Usina de reciclagem de entulho...............................................8

FIGURA 3-Tijolo com entulho reciclado .......................................................................8

FIGURA 4-Garrafa PET em aterro sanitário..................................................................9

FIGURA 5-Parede de garrafa PET (Divisoria).............................................................10

FIGURA 6-Predio externo com garrafa PET (EcoARK)...............................................11

FIGURA 7-Estrutura do pavilhão EcoARK..................................................................12

FIGURA 8-Escola de PET ..........................................................................................12

FIGURA 9-Como é feito agregado para asfalto...........................................................15

FIGURA 10-Bloco de PNEU para barragem...............................................................16

FIGURA 11-Fluxo simplificado de produção...............................................................18

FIGURA 12-Aço reciclado...........................................................................................19

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Page 4: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

FIGURA 13-Valores de resistência à compressão para corpos de prova teste.........24

FIGURA 14-Madeira Plastica......................................................................................25

FIGURA 15-Telha e tabua de pasta de dente.............................................................26

FIGURA 16-Ilustração da Resolução 307 (CONAMA)................................................31

LISTA DE TABELAS

TABELA 1- Comparação do custo do asfalto borracha e convencional....................14

TABELA 2- Comparação do custo da obra no total...................................................15

TABELA 3-Materiais utilizados na preparação dos corpos de prova T1cA,T1cB e

T1sA...........................................................................................................................22

TABELA 4- Materiais utilizados na preparação dos corpos de prova T2cA e

T2sA...........................................................................................................................22

1-INTRODUÇÃO

"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" (Antoine Laurent de

Lavoisier 1743 – 1794), diz o químico francês.

Uma das formas é reciclar tudo aquilo que dizemos ser lixo, algo desnecessário que

não consegue ser utilizado originalmente. Para reciclar precisa coletar de forma

correta, pois todos materiais podem ser proveitosos ou úteis em muitas áreas, como

na construção civil, em diversas aplicações beneficiando com os valores mais

acessíveis à população, e também à cidade em construções públicas como se

sucede.

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Page 5: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Tal numerosa é a quantidade de resíduos da construção civil e outros, sendo esses:

tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, tubos, meios-fios, etc., tendo a

possibilidade de ser reciclado e reutilizado posteriormente na construção civil ou

outro espaço e ambiente.

A construção civil atualmente vem evoluindo e atraindo a sustentabilidade, não só

com a reciclagem dos materiais citados anteriormente, como abrangendo os

materiais inovadores, sustentáveis e conscientes, couro, garrafa PET, plásticos,

vidro, alumínio de pasta de dente, etc. Retirando todo o preconceito que na

construções de casas, prédios e outros, sejam de tijolos, concreto, argamassa.

Por fim esses materiais sustentáveis oferecem maior durabilidade e resistência.

2-RESUMO DA LEITURA

Este trabalho está dividido em capítulos de materiais pesquisados com subcapítulos

explicativos, para comprovar qualidade, resistência e benefícios dos matérias

recicláveis e exemplos de utilização na construção civil.

Materiais dos quais são muito utilizados e constantemente não tem utilização em

outros meios e ambientes, por exemplo.

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Page 6: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Como Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) conquistou a classificação e

outros desses resíduos da construção civil. A discussões entre reciclar e ajudar o

meio ambiente por ter novas funções a esses materiais.

3-RESÍDUOS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL

3.1- Entulho

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Page 7: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.1.1- Coleta desse material

Alvenarias, concreto, argamassas e solos, restos

de madeira, metal, plástico, papel, papelão, gesso, vidro, tintas, solventes, óleos e

outros, são coletados todos os dias em diversos pontos do país, em forma de

entulho por caçambas, como na figura 1.

Figura 1-Caçamba cheia de entulho

http://cacambas.com/com-quantas-cacambas-se-faz-uma-casa/. Acessado no dia 04/04/2015 às

11:17.

Essa figura representa a maneira certo de coleta

o entulho corretamente, que será levado para

um destino de reciclagem

Anteriormente ou em alguns lugares, não tinham serventia para sua reciclagem e

então eram destinados aos aterros de forma inadequada.

3.1.2- Entulho transformado

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Page 8: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

O entulho no momento em que chega a usina de reciclagem por exemplo da cidade

de Belo Horizonte são separados e coletados seletivamente, separando os

matérias plástico, pneus, vidro e outro. Posteriormente são triturados e agregados.

I. Agregados reciclados oriundos de concretos estruturais apresentam

uma qualidade melhor do que os agregados oriundos de tijolos

cerâmicos e argamassas, e podem ser usados em aterros, obras de

pavimentação nas cidades, e também para argamassas e até

concretos estruturais como laje, pilares. 

II. Agregados de concreto são bem triturados, posteriormente,

peneirados para adicionar cimento, areia, água e pode produzir

com esses materiais os artefatos, que serão utilizados para

construir casas, prédios públicos, etc.

III. Agregados de telhas e tijolos são triturados, e depois destinados

para base e sub-base para pavimentação de estradas.

Figura 2- Exemplo de Usina de reciclagem de Entulho

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Page 9: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

http://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/desconstrucao-um-passo-alem-da-demolicao_4781_0_1 .

Acessado no dia 04/04/2015 às 11:47

Essa figura é um exemplo de usina de reciclagem

que vira agregados de vários níveis para

diversas construções.

Figura 3- Tijolo com entulho reciclado

http://www.revistahabitare.com.br/ecologia/tijolo-de-entulho-a-reciclagem-do-entulho-e-uma/34.

Acesso no dia 04/04/2015 às 11:52.

A figura mostra tijolos com entulho reciclado e como

procede na construção.

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Page 10: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.2- Garra Pet Usada na Construção Civil

3.2.1- Coleta desse material

A garrafa PET é um material, que normalmente é coletada em residenciais, restaurantes, mercadinhos, lanchonetes, entre outros. Que tem destino traçado e na maioria das vezes, vão ser direcionadas para aterro sanitário ou aberto, pois não é mais utilizável, ou vão para reciclagem.

Nesse trabalho será apresentado benefícios, onde pode ser utilizado esse material na construção civil, e qual sua classificação perante as Leis.

Figura 4- Garrafa PET em aterro sanitário

http://respeitoverde.blogspot.com.br/2011/05/o-que-fazer-com-as-garrafas-pet.html. Acessado no dia 04/04/2015 ás 12:45.

Nessa figura mostra aterro onde sãolevados lixo e com ele as garrafas PET.

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Page 11: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.2.2- Utilização na construção civil

As garrafas podem ser utilizadas de diversas formas, por exemplo a Figura 5 podemos verificar uma forma simples de Parede de Garrafa (Divisória) sem a utilização de concreto, que foi somente utilizado uma estrutura de algum material em metal para manter a mesma ereta.

Figura 5- Parede de Garrafa PET (Divisória)

http://www.clickinteriores.com.br/comunidade/garrafa-pet/ .Acessado no dia 04/04/2015 ás 13:04.A figura retrata uma maneira simplesDe utilizar a garra PET como divisória.

Porem a Figura 6 por exemplo, tem um outro plano, onde ela é feita de garrafas PET, uma do lado da outra, em seguida entre as garrafas tem outros materiais e estruturas.

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Page 12: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Figura 6-Predio externo com Garrafa PET

http://1.bp.blogspot.com/-DnCc60POE5Y/UkpiNlb5z3I/AAAAAAAAAJw/zIeKt1iilo8/s1600/pollibrickstructure.png. Acessado no dia 04/04/2015 ás 13:20A figura mostra pavilhão EcoARK localizado em Taiwan na cidade de Taipei, ocupa uma área de 2 mil metros quadrados, e é um ponto de referência para os "prédios verdes" ou “green buildings”.

Figura 7- Estrutura do pavilhão EcoARK

http://sustentabilidade-uniceub.blogspot.com.br/2013/10/pavilhao-ecoark-feito-com-garrafas-pet.html. Acessado no dia 04/04/2015 ás 13:39.A figura representa a estrutura do PavilhãoEcoARK .

Pode ser usada também para construir parede de residências, e outros. Como na Figura 8, uma escola foi feita pelos os alunos com paredes de garrafas PET.

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Page 13: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Figura 8-Escola de PET

http://radios.ebc.com.br/jornal-da-cidade-1a-edicao/edicao/2013-10/alunos-constroem-sala-em-escola-de-planaltina-com-garrafas. Acessado as 04/04/2015 ás 14:07.Figura mostra uma sala de aula feita pelosalunos com garrafa PET um jeito de baixocusto e uma grande inciativa de sustentabilidade

3.3- Borracha (Pneu) usado na Construção

3.3.1- Coleta desse material

Com o aumento dos automóveis em cidades, estados e outros. O ramo da reciclagem da borracha (Pneu) se expandiu de tal forma, no qual a mesma começou a ser utilizada também na construção civil. A coleta desse material é feita em borracharia e outros estabelecimentos, quando não consegue reutilizar para fins automobilísticos, sendo assim as empresas coletoras desse material, trituram a borracha sendo reciclada, para a finalidade de produzir por exemplo, pisos e outros. No qual será citado nos próximos subcapítulos.

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Page 14: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.3.2 Utilização na Construção

Como citado no subcapitulo anterior, a borracha (Pneu) é utilizada para produzir pisos de grande resistência, com maior durabilidade, como mostra a Figura 4.

A borracha também conquistou seu espaço em pavimentação de ruas e avenidas de diversas cidades, que contem alto movimento de automóveis.

3.3.3- Mais sobre borracha (pneu)

Os pneus usados estão se tornando um problema mundial. O descarte de pneus cresce ano após ano em todo o mundo. Pouca importância foi dada ao descarte de pneus em muitos países.

No Brasil, em 1999, foi aprovada a Resolução nº 258/99 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que instituiu a responsabilidade do produtor e do importador pelo ciclo total do produto, ou seja, a coleta, o transporte e a disposição final. Desde 2002, os fabricantes e importadores de pneus devem coletar e dar a destinação final para os pneus usados. Segundo essa lei, os distribuidores, revendedores, reformadores e consumidores finais são corresponsáveis pela coleta dos pneus servíveis e inservíveis, os quais devem colaborar com a coleta.

Uma solução para o acumulo de pneus usados seria a reciclagem dos mesmos. Que podem ser usados para diversas atividades. Como obras de contenção de encostas, borrachas de rodos, pisos esportivos, equipamentos de play groud, entre outros.

Porem vamos falar de uma atividade ligada as obra civil que seria o asfalto-borracha. Pode até parecer uma novidade em pavimentação, mas não é. Usado nos Estados Unidos há mais de 40 anos mas só começou a ser visto no Brasil por volta do ano 2000.

Os números são incertos, mas pesquisadores chegam a dizer que há atualmente mais de 8 mil km de estradas pavimentadas com asfalto-borracha no Brasil. O número é pequeno diante de uma malha asfáltica de 170 mil km.

Cerca de 22% das estradas administradas pelo Grupo EcoRodovias já possuem pavimentação com asfalto-borracha (o equivalente a 1,5 mil km) e o grupo CCR, outro gigante do setor, possui pavimentação do tipo em 15% de suas rodovias.

O custo do asfalto borracha é considerado maior, se comparado ao asfalto convencional. Conforme a tabela 1.

Tabela 1-Comparação do custo do asfalto borracha e convencional

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Page 15: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Asfalto Convencional R$ 200,00 por toneladaAsfalto Borracha R$ 230,00 por tonelada

http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/eliane_fatima_strapazzon1.pdf. Acessado no dia 26/03/2015 às 16:00

Porem esse gasto é compensado no custo total da obra. Conforme a tabela 2.

Tabela 2- Comparação do custo da obra no totalCusto Total da Obra

Asfalto Convencional 6.759.375,00Asfalto Borracha 5.792.718,75

http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/eliane_fatima_strapazzon1.pdf. Acessado no dia 26/03/2015 às 16:00

3.3.4- Como é produzido esse material

O material é caracterizado por mistura descontínua com ligante asfáltico modificado por borracha triturada de pneus e compactado a quente. 

Na pavimentação de 1 km de rodovias com asfalto-borracha são reutilizados 600 pneus.  Para isso é usado pó de borracha - extraído do pneu por empresas especializadas, que fazem com que o material se torne novamente útil como matéria-prima na indústria da borracha.

Ao ser quimicamente adicionado ao cimento asfáltico de petróleo (CAP), o composto resultante dessa extração dá ao asfalto as características que pertenciam ao pneu, como a capacidade de não perder as características funcionais por causa da variação de temperatura ou intempéries, e as vantagens de aumentar a estabilidade e prolongar a vida útil do pavimento.

Com a mistura do pó de borracha (que se assemelha a uma farinha preta), o ligante asfáltico fica mais viscoso, mais grosso, e precisa de uma temperatura maior para ficar líquido e se tornar trabalhável. Enquanto o asfalto convencional exige calor de 60º ou 70º, o asfalto-ecológico precisa de 170º ou até 180º, dependendo da quantidade de pó de borracha adicionado a ele.

No final, nem se vê a borracha dissolvida. A última etapa é adicionar pedra ao ligante e aplicar na estrada.

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Page 16: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Figura 9-Como é feito agregado para asfalto.

http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/eliane_fatima_strapazzon1.pdf acesso dia 26/03/2014. Acesso no dia 26/03/2015 às 18:32.

A figura demonstra como é feitoo agregado para asfalto com o PNEU borracha.

3.3.5- Durabilidade

Em geral, o pavimento de asfalto-borracha é cerca de 40% mais resistente do que o asfalto convencional. A durabilidade varia de acordo com as condições da estrada, a temperatura e clima da região, assim como a intensidade do tráfego.

Em uma rodovia de alto tráfego com estrutura de pavimento robusta, o asfalto-borracha pode durar cinco anos, e em uma de baixo tráfego bem estruturada e com as mesmas condições climáticas pode durar 25, 30 anos, aponta o engenheiro Paulo Ruwer, responsável por uma experiência pioneira com asfalto-borracha em 2001 em uma estrada controlada pelo consórcio Univias.

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Page 17: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.3.6- Vantagens

O uso de pneus descartados (que no Brasil chegam a 30 milhões por ano) na produção de asfalto leva a uma economia de:

 Petróleo (R$ 14 milhões/1.000 km em asfaltos);  Pedras (R$ 26 milhões/1.000 km);  Energia (R$ 10 milhões/1.000 km em transporte); Tempo de viagens (25 milhões veículos/ano); Aterros sanitários (R$ 8 milhões/1.000 km).

Figura 10-Bloco de PNEU para barragem

http://pt.wikinoticia.com/cultura%20cient%C3%ADfica/ecologia%20e%20ambiente/4853-reciclagem-de-pneus-para-construir-muros. Acessado no dia 04/04/2015 às 14:29.

Bloco de pneu usados para proteger os solos contra a erosão, a construção em zonas húmidas, controle de enchentes, de barragens, etc. exemplo de utilização

3.4- Aço

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Page 18: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.4.1- Reciclagem de Aço

O aço por ser um material 100% reaproveitado, ele pode ser reciclado infinitas

vezes e indefinidamente, sem perder nenhuma qualidade, onde se mantém

características como resistência e dureza. A taxa de reciclagem é o percentual dos

materiais que perdem a sua função que são reaproveitados e reutilizados

novamente, o que faz essa taxa ser muito alta no caso do aço.

No setor da construção civil, ela atinge níveis elevados como: 98% para vigas

e 70% para armação de concreto armado. (ArcelorMittal)

3.4.2- Produção do aço

O aço é produzido a partir de minério de ferro, carvão e cal. Sua fabricação

pode ser dividida em quatro etapas: preparação da carga, redução, refino e

laminação.

Na preparação de carga o minério de ferro é aglomerado utilizando cal e finos

de coque. O resultado é um produto chamado sinter. E então o carvão é processado

na coqueria e transforma-se em coque.

Na redução essas matérias primas são preparadas e levadas ao forno. O

carvão quando em contato com o oxigênio, produz calor que funde a carga metálica

e dá início ao processo de redução do minério de ferro em um metal líquido: o ferro-

gusa.

No refino as aciarias a oxigênio ou elétricas são utilizados para transformar a

gusa líquida ou sólida e a sucata de ferro e aço em aço líquido. Nesse processo uma

boa parte do carbono que contem na gusa é removida junto com as impurezas. A

maior parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de lingotamento contínuo

para produzir semiacabados, lingotes e blocos.

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Page 19: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

E então na laminação os semiacabados são processados por equipamentos

chamados laminadores e transformados em uma grande variedade de produtos

siderúrgicos.

Figura 11-Fluxo simplificado de produção

http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/aco/processo--etapas.asp. Acessado as 02/04/2015

às 00:14

Processo de produção do aço (fluxo

simplificado de produção)

3.4.3- Reciclagem do aço

A reciclagem do aço tem tudo a ver com reaproveitamento, mas também a

reciclagem do aço colabora com o meio ambiente. Estima-se que cada tonelada de

aço reciclado representa uma economia de 1.140 quilos de minério de ferro, 154

quilos de carvão e 18 quilos de cal.

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Page 20: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Aos materiais mais pesados, a reciclagem é feita através de siderúrgicas

onde o processo começa com a coleta desse material que é levado através de

caminhões para as fabricas, onde primeiramente são examinados para verificar se

não há nenhum material radioativo. Muitos canos e vigas chegam nas fábricas e

depósitos e acabam não sendo processados, já que tem utilidade da forma que

estão. Já os outros produtos são passados por uma triagem onde são encontrados

diferentes tipos e tamanhos de ferro. Após a separação dessa sucata são

produzidas peças, normalmente em forma de cilindro, como ilustrada na figura 2,

onde serão levadas para as siderúrgicas que vão refundi-las em fornos a 1.550 º C.

Figura 12- Aço reciclado

http://www.escolaemacao.org.br/publico/apresentarConteudo.aspx?

TP=2&CODIGO=C2010112385823470. Acessado no dia 02/04/2015 às 00:40.

Figura retrata o material reciclado separado

para as siderúrgicas

3.4.4- Sustentabilidade

A taxa de reciclagem do aço é um indicador de sua sustentabilidade, o que

faz ele ser amigável em relação ao meio ambiente.

O aço é um material natural, sua matéria prima é o ferro e é um dos

elementos abundantes no planeta. É de fácil localização e há grande quantidade na

crosta terrestre. Na sua produção o oxigênio é separado do ferro onde o resultado é

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Page 21: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

um elemento puro, um material que não existe nenhuma substancia que agride o

meio- ambiente.

O aço é um material limpo e ambientalmente inerte, assim quando em contato

com a água ou o ar, ele não libera componentes tóxicos para o ambiente ou seres

humanos. Hoje, o aço é produzido mundialmente por siderúrgicas elétricas que são

alimentadas exclusivamente com sucata recicladas, sendo assim, não geram

emissões de CO².

Todos os derivados que resultam da produção do aço são reutilizados. Por

exemplo, a escória resultante da produção de ferro é empregada na produção de

cimento. E essa produção sem nenhum tratamento adicional evita a extração de 4,5

milhões de toneladas de calcário por ano, e economiza 350.000 toneladas de

carvão.

O tempo de construção com o aço é mais curto e permite um processo mais

eficiente, já que são produzidos fora do local. A economia de tempo reduz custos de

investimentos e assim diminuindo encargos financeiros.

Economiza materiais e ajuda a preservar o solo. Com a facilidade de trabalhar

com o aço, e com o baixo peso dele, as escavações podem ser menos profundas,

sendo assim, gerando menos entulho e facilitando a limpeza do local.

Preservando o bem estar das pessoas, o aço por ser leve e altamente

resistente permite estruturas em lugares vulneráveis, como por exemplo, regiões em

que há terremotos. A estabilidade estrutural após um terremoto significa menos

detritos, e reparos mais simples.

O aço tem vida longa por serem galvanizados por imersão em zinco quente,

possuindo uma excelente proteção. Ainda há outras maneiras de proteção ao aço

contra corrosão, sendo através de revestimento metálico ou pintura.

Preserva a natureza de uma forma em que não deixa detritos quando há

demolição de alguma edificação. Por ser fácil de desmontar, o aço propõe uma

maneira segura e limpa, permitindo somente entulho seletivo. Quando um prédio é

demolido, o peso dos materiais a serem removidos é mais baixo e os custos com

aterro são menores.

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Page 22: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

Ao final de sua vida útil, é facilmente reciclável. No total, a economia gerada

durante a vida útil de uma edificação contribui para um balanço ecológico altamente

favorável ao aço.

3.5- Fuligem

3.5.1- Utilização de fuligem na construção civil

E possível ver uma ampla utilização de matérias recicláveis na construção civil, assim como em varias outras áreas, nessa nova era que valoriza as ideias sustentáveis de reutilização e reciclagem dos materiais as varias áreas da construção civil tem se emprenhado em encontrar soluções eficientes e baratas, dentro dessas condições foram criados processos de adição de fuligem vinda de gases provenientes da queima de carvão mineral em usinas carboelétricas e da cinza do bagaço da cana-de-açúcar em cimento e concreto, esses dentre outros são exemplos de como a indústria de matérias recicláveis e reutilizáveis vem crescendo nos últimos anos e mostrando novos rumos a serem observados, novos ambientes de pesquisa e desenvolvimento para a ampliação da ideia de o que é possível ser renovado nos matérias que descartamos todos os dias, e mudando o padrão ou prioridade dos componentes que normalmente são coletados.

3.5.2- A coleta da fuligem de carboelétricas

As usinas carboelétricas funcionam com a queima de carvão mineral, de acordo com Jose Péres Bueno (2012), a coleta desde material é obtida através do que é retido nas chaminés das centrais desta queima, quando o material já não possue carbono em sua composição sendo feito isto durante o processo de geração de energia elétrica, sendo assim a coleta deste material esta em um local concentrado, o que facilita a coleta do mesmo.

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Page 23: Coleta e Reciclagem de Residuos Da Construçao Civil

3.5.3- Composição da fuligem

A Fuligem coletada é proveniente da fuligem do carvão mineral, O carvão mineral é um combustível fóssil natural extraído da terra através do processo de mineração. É encontrado em grandes profundidades ou perto da superfície e possui aparência preta ou marrom, lisa, macia e quebradiça. O carvão é proveniente de depósitos de restos de plantas e árvores, ou seja, uma vegetação pré-histórica que se acumulou em pântanos sob uma lâmina d’água há milhões de anos. Com o passar do tempo, estes depósitos foram cobertos por argilas e areias, ocorrendo um soterramento gradual, que provocou aumento de temperatura e pressão sobre a matéria orgânica depositada. Isto expulsou o oxigênio e o hidrogênio, concentrando o carbono segundo a Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), está fuligem coletada já esta pronta para o processo de adição em cimento ou concreto, sem a necessidade de nenhum outro processo de transformação preparação ou lavagem do material.

3.5.4- Processo de adição

Para a confecção do concreto com fuligem o Laboratório de Resistências dos Materiais (LRM) do Centro Universitário de Patos de Minas (Unipam), foi feito um procedimento experimental.

Para a Confecção dos Corpos de Prova a liguem foi incorporada em duas quantidades e os respectivos materiais usados na produção do concreto conforme a norma ABNT NBR 5738:2003 (ABNT 2003). Inicialmente foram feitos 12 corpos de prova com traço de 1:2:3. O aditivo foi adicionado de acordo com a quantidade de cimento utilizado em uma quantidade de 10% em relação a massa de cimento (Amanda Rocha Dorneles, et al, Potencial de fuligem como material de substituição parcial do cimento Portland em argamassa),

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Em resultado ao teste foram obtidos, os resultados da tabela abaixo:

Tabela 3: Materiais utilizados na preparação dos corpos de prova T1cA, T1cB e T1sACimento (kg) Areia (kg) Brita (kg) A/C (kg) Aditivo (kg)

Sem Aditivos 7,0 14 21 0,64 0Com Aditivos 6,3 14 21 0,64 0,7

Fonte: Dados do trabalho acadêmico potencial de fuligem como material de substituição parcial do cimento Portland em argamassa, tabela 1

Em outro procedimento foi determinado às quantidades de matérias para a formação de um concreto com uma maior resistência. Na composição o teor de argamassa foi calculado 55% e sendo alfa (relação entre argamassa seca e o concreto seco) mantendo um m(pesso da areia mais Peso da brita) rico numa proporção de 3,5 kg para cada 1 kg de cimento divididos em dos grupos de corpo de prova com 3 corpos de prova em cada, três deles continha 20% de adição fuligem em sua composição substituindo o concreto e outros 3 não continham (Amanda Rocha Dorneles, et al, Potencial de fuligem como material de substituição parcial do cimento Portland em argamassa), as como mostra a tabela abaixo

Tabela 4: Materiais utilizados na preparação dos corpos de prova T2cA e T2sACimento (kg) Areia (kg) Brita (kg) A/C (kg) Aditivo (kg)

Sem Aditivos 3 4,18 5,9 0,55 0Com Aditivos 2,4 4,18 5,9 0,6 0,6

Fonte: Dados do trabalho acadêmico potencial de fuligem como material de substituição parcial do cimento Portland em argamassa, tabela 2

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3.5.5-Resultados Obtidos

Os teste e procedimentos feitos anteriormente são referentes a Sete dias da cura do concreto no LRM da Unipam segundo norma ABNT NBR 5739:2007 (ABNT 2007), procederam da seguinte forma. Foram rompidos três corpo-de-prova dois destes possuíam aditivo em sua composição e fora nomeados como T1cA e T1cB e outro corpo-de-prova sem aditivo nomeado como T1sA. Novamente foram realizados da mesma forma o teste para 14 e 21 dias nesta etapa utilizaram 8 corpos-de-prova nomeados como T2cA com Adtivo e T2sA Sem o aditivo, os resultados foram dispostos no gráfico a seguir.

Figura 13- Valores de resistência á compressão para os corpos de prova do teste

Fonte: Dados do trabalho acadêmico potencial de fuligem como material de substituição parcial do cimento Portland em argamassa.

3.5.6-Conclusão

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Mesmo sendo analisado que a resistência do concreto nos teste tenha sido mais baixa do que o concreto sem adição da fuligem, este processo pode se tornar viável em locais que o material não necessite de alta resistência ou função prioritária em obras de construção civil, pois o composto não necessita de nenhuma outra operação para ser agregado ao produto final, e a fuligem pode sem encontrada em uma quantidade consideravelmente boa sendo que usinas funcionam por um longo período de tempo durante o dia, deve ser levado em consideração o fato deste material não possuir outra utilização além de seu descarte no meio ambiente, sendo este um dos casos desta nota a ser levada em conta

3.6- Madeira plástica

Uma das maneiras de se reutilizar o plástico na construção civil é através da sua reciclagem, ou seja, a transformação do mesmo em outro tipo de material. Um bom exemplo disso é a transformação dele em madeira plástica (nome dado a essa madeira sustentável).

Atualmente, a madeira plástica ainda não é tão utilizada como deveria. Porém a utilização dela promete ser de grande porte, já que essas madeiras além de serem sustentáveis, aceitam todas as operações que a madeira natural, podendo ser furada, serrada, cortada, pintada, assim como os demais processos de trabalho.

Figura 14-Madeira Plástica

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http://embalagemsustentavel.com.br/2012/02/23/madeira-plastica/. Acessado no dia 04/04/2015 às 15:04

A figura da exemplo de madeira plásticareciclável para ser usada na construçãocivil

3.7-Tabua de Tubo

Em 2010 um estudante de engenharia química do Rio Grande do Sul, foi além e criou um projeto para transformar tubos de pasta de dente em um material similar a madeira, porém muito mais resistente. A ideia foi considerada inovadora, já que os tubos são feitos de plástico com uma fina camada de alumínio, com isso o custo de sua reciclagem se torna algo inviável.

As “madeiras” desse projeto se tornaram viáveis, pois por serem feitas de plástico e alumínio, não absorvem umidade, e não pegam cupim, tornando a vida útil das mesmas longa e duradoura.

Essa madeira pode ser utilizada em muitos lugares, como na construção civil, bancos de praças, playgrounds, e foi justamente em um parque infantil onde o jovem estudante iniciou seu projeto, numa escola em Novo Hamburgo, onde ele mora.

Figura 15-Telha e Tabua de Tubo de pasta de Dente

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http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/03/tubos-de-pasta-de-dente-viram-telhas-e-carteiras-

ecologicas-em-pe.html . Acessado 04/04/2015 às 15:19

A figura demonstra que pode-se usar a tanto

como tabua e também como telha que são

de alta resistência.

4- LEI E RESOLUÇÃO DO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (CONAMA)

4.1- Distinguir Resíduos da construção civil

Conforme Resolução 307, de 5 julho de 2002 em vigor em 2 de janeiro de 2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de acordo com Artigo 2° na sua integra dispõe:

Art. 2º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:

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I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;

II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;

III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;

IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infraestrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;

V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;

VI - Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;

VII - Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação;

VIII - Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;

IX - Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a preservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;X - Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.

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4.2- Classificação de resíduos ou recicláveis

Conforme Resolução 307, de 5 julho de 2002 em vigor em 2 de janeiro de 2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de acordo com Artigo 3° na sua integra dispõe:

Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:

a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;

b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;

c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;

IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.

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4.3- Onde são destinados esses resíduos

Conforme Resolução 307, de 5 julho de 2002 em vigor em 2 de janeiro de 2003 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), de acordo com Artigo 10° na sua integra dispõe:

Art. 10° Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:

I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.

Como está representado na figura 15 na página 30, com cada classificação de A à D.Com fotos de exemplo de cada classe.

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Figura 16 -Ilustração da Resolução 307 (CONAMA)

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http://www.isoline.com.br/conama-passa-a-considerar-o-gesso-como-material-reciclavel/ Acessado 04/04/2015 as 17:29.

A figura demostra uma versão de fácil compreensãosobre a classificação da Resoluçao 307 do CONAMA.

5. Discussão e Conclusão

O trabalho teve a meta de demonstrar, o que o ser humano pode fazer pelo Meio Ambiente e também podendo ajudar pessoas de baixíssima renda onde foi o motivo maior do conteúdo retratado.

Porem também mostrar que, não é que se trata de material reciclado, que não terá a mesma resistência do que um material de construção civil convencional. Os materiais citados foram escolhidos pois se trata de materiais que são utilizamos no dia a dia e descartamos sem consciência.

E importante anunciar esses materiais diversificados com intenção de incentivar a população e construtoras a utilizar o mesmo contem valor mais baixo, e retirar todos os preconceitos que as grandes indústrias de materiais da construção civil.

Pois até o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) conseguiu classificar e para começar a fiscalizar os destinos dos materiais em questão para não serem destinados de modo errado.

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6.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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