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COLETÂNEA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

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Coletânea de Legislação Federal

Relacionada à PMDF

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MARCOS ANTÔNIO NUNES DE OLIVIERA - CEL QOPM Comandante-Geral da PMDF FREDERICO AVELINO BEZERRA SANTIAGO – CEL QOPM Chefe do Gabinete do Comandante-Geral GILVÂNI SOUZA COSTA PINTO – TCQOPM Chefe da ATJ/GCG

Organização

Assessoriade Análise Técnico-Jurídica/GCG

3 ª Edição

Revista, ampliada e atualizada

Brasília-DF 2017

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APRESENTAÇÃO

A Coletânea de Legislação Federal Relacionada à PMDF representa a

consolidação das normas usualmente empregadas nas análises desenvolvidas pela

Assessoria de Análise Técnico Jurídica do Gabinete de Comando-Geral - ATJ/GCG.

Lançada a primeira edição em 2011, houve uma boa receptividade quanto

a essa iniciativa, diante da ausência de compêndios dessa natureza, particularmente

relacionados à nossa Corporação.

Nesse sentido, em face da notória dinâmica associada à evolução

legislativa, houve a necessidade de um aprimoramento do texto inicial, com vistas à

atualização, à revisão e à ampliação da obra anterior, visando facilitar a atuação de

todos aqueles que labutam na aplicação dos diplomas envolvidos.

Desse modo, espera-se que o presente trabalho auxilie na gestão dos

temas que lhe são afetos, colaborando inclusive, para uma atuação administrativa

eficiente, plenamente consentânea com práticas típicas de administração gerencial.

ATJ/GCG

Novembro de 2017

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ÍNDICE CRONOLÓGICO GERAL

LEIS

Lei nº 1.234, de 14 de novembro de 1950............................05

Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960.......................................05

Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965...................................08

Lei nº 4.898, de 09 de dezembro de 1965............................11

Lei nº 5.553, de 6 de dezembro de 1968..............................13

Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972...............................13

Lei nº 6.450, de 14 de outubro de 1977...............................18

Lei nº 6.477, de 1º de dezembro de 1977.............................21

Lei nº 6.577, de 30 de setembro de 1978............................22

Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984...........................25

Lei nº 7.524, de 17 de julho de 1986....................................42

Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992.....................................42

Lei nº 9.442, de 14 de março de 1997..................................45

Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997............................46

Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999..................................47

Lei nº 9.873, de 23 de novembro de 1999............................52

Lei nº 10.029, de 20 de outubro de 2000..............................53

Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002.....................................54

Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002..........................64

Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003..........................64

Lei nº 10.937, de 12 de agosto de 2004................................70

Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005...................................71

Lei nº 11.473, de 10 de maio de 2007...................................75

Lei nº 12.016, de 07 de agosto de 2009...............................76

Lei nº 12.086 de 06 de junho de 2009..................................78

Lei nº 12.191 de 13 de janeiro de 2010.............................101

Lei nº 12.505, de 11 de outubro de 2011...........................101

Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011......................101

Lei nº 12.664, de 5 de junho de 2012................................108

Lei nº 13.459, de 26 de junho de 2017..............................112

Lei nº 13.491, de 13 de outubro de 2017..........................113

DECRETOS

Decreto n. 5.904,de 24 de fevereiro de 1906.........................114

Decreto n. 7.901,de 17 de março de 1910..............................115

Decreto nº 20.910, de 06 de janeiro de 1932.........................115

Decreto nº 49.096, de 10 de outubro de 1960........................115

Decreto Lei nº 200 de 25 de fevereiro de 1967.....................125

Decreto Lei nº 667 de 02 de julho de 1969.............................143

Decreto nº 71.733, de 18 de janeiro de 1973.........................147

Decreto nº 88.540, de 20 de julho de 1983.............................155

Decreto nº 88.777, de 30 de setembro de 1983....................155

Decreto nº 92.092 de 09 de dezembro de 1985....................162

Decreto nº 3.643, de 26 de outubro de 2000..........................163

Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002............................164

Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002............................174

Decreto nº 5.123, de 1º de julho de 2004................................193

Decreto nº 5.289 de 29 de novembro de 2004......................203

Decreto nº 6.386, de 29 de fevereiro de 2008.......................204

Decreto nº 7.165, de 29 de abril de 2010.................................208

PORTARIA

Portaria Normativa nº 660/MD, de 19 de maio de 2009.......204 Portaria nº 28 - COLOG, de 14 de março de 2017.................233

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LEIS FEDERAIS

LEI Nº 1.234, DE 14 DE NOVEMBRO DE1950.

Confere direitos e vantagens a servidores que operam com Raios X e substâncias radioativas. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Todos os servidores da União, civis e Militar es, e os empregados de entidades paraestatais de natureza autárquica, que operam diretamente com Raios X e substâncias radioativas, próximo às fontes de irradiação, terão direito a: a) regime máximo de vinte e quatro horas semanais de trabalho; b) férias de vinte dias consecutivos, por semestre de atividade profissional, não acumuláveis; c) gratificação adicional de 40% (quarenta por cento) do vencimento. Art. 2º Os Serviços e Divisões do Pessoal manterão atualizadas as relações nominais dos servidores beneficiados por esta Lei e indicarão os respectivos cargos, ou funções, lotação e local de trabalho, relações essas que serão submetidas à aprovação do Departamento Nacional de Saúde, do Ministério da Educação e Saúde. Art. 3º Os chefes de repartição ou serviço determinarão o afastamento imediato do trabalho de todo o servidor que apresente indícios de lesões radiológicas, orgânicas, ou funcionais e poderão atribuir-lhes, conforme o caso, tarefas sem risco de irradiação, ou a concessão ex-offício, de licença para tratamento de saúde, na forma da legislação vigente. Art. 4º Não serão abrangidos por esta Lei: a) os servidores da União, que, no exercício de tarefas acessórias, ou auxiliares, fiquem expostos às irradiações, apenas em caráter esporádico e ocasional; b) os servidores da União, que, embora enquadrados no disposto no artigo 1º desta Lei, estejam afastados por quaisquer motivos do exercício de suas atribuições, salvo nos casos de licença para tratamento de saúde e licença a gestante, ou comprovada a existência de moléstia adquirida no exercício de funções anteriormente exercidas, de acôrdo com o art. 1º citado. Art. 5º As instalações oficiais e paraestatais de Raios X e substâncias radioativas sofrerão revisão semestral, nos têrmos da regulamentação a ser baixada. Art. 6º O poder Executivo regulamentará apresente Lei dentro no prazo de 60 (sessenta) dias e estabelecerá as medidas de higiene e segurança no trabalho, necessárias à proteção do pessoal que manipular Raios X e substâncias radioativas, contra acidentes e doenças profissionais e reverá, anualmente as tabelas de proteção. Art. 7º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1950; 129º da Independência e 62º da República.

EURICO G. DUTRA. José Francisco Bias Fortes

Sylvio de Noronha Canrobert P. da Costa

Raul Fernandes Guilherme da Silveira

João Valdetaro de Amorim e Mello A. de Novaes Filho

Pedro Calmon Marcial Dias Pequeno Armando Trompwsky

LEI Nº 3.765, DE 4 DE MAIO DE 1960.

(Vide Lei nº 5.552, de 1968)

Dispõe sôbre as Pensões Militar es. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I

DOS CONTRIBUINTES E DAS CONTRIBUIÇÕES Art. 1º São contribuintes obrigatórios da pensão militar, mediante desconto mensal em folha de pagamento, todos os Militares das Forças Armadas. (Redação dada pela Medida Provisória nº2215-10, de 31.8.2001) Parágrafo único. Excluem-se do disposto no caput deste artigo: (Incluído pela Medida Provisória nº2215-10, de 31.8.2001) I - o aspirante da Marinha, o cadete do Exército e da Aeronáutica e o aluno das escolas, centros ou núcleos de formação de oficiais e de praças e das escolas preparatórias e congêneres; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) II - cabos, soldados, marinheiros e taifeiros, com me nos de dois anos de efetivo serviço. (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 2º(Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 3º-A. A contribuição para a pensão militar incidirá sobre as parcelas que compõem os proventos na inatividade. (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Parágrafo único. A alíquota de contribuição para a pensão militar é de sete e meio por cento. (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 4º Quando o militar, por qualquer circunstância, não puder ter descontada a sua contribuição para a pensão militar, deverá ele efetuar o seu recolhimento, imediatamente, à unidade a que estiver vinculado. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Parágrafo único. Se, ao falecer o contribuinte,houver dívida de contribuição, caberá aos beneficiários saldá-la integralmente, por ocasião do primeiro pagamento da pensão militar. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 5º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §1º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §2º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001)

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CAPÍTULO II

DOS BENEFICIÁRIOS E SUA HABILITACÃO

Art. 7º A pensão militar é deferida em processo de habilitação, tomando-se por base a declaração de beneficiários preenchida em vida pelo contribuinte, na ordem de prioridade e condições a seguir: (Redação dada pela Medida provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) I - primeira ordem de prioridade: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) a) cônjuge; (Incluída pela Medida Provisória nº2215-10, de 31.8.2001) b) companheiro ou companheira designada ou que comprove união estável como entidade familiar; (Incluída pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) c) pessoa desquitada, separada judicialmente, divorciada do instituidor ou a ex-convivente, desde que percebam pensão alimentícia; (Incluída pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) d) filhos ou enteados até vinte e um anos de idade ou até vinte e quatro anos de idade, se estudantes universitários ou, se inválidos, enquanto durar a invalidez; e (Incluída pela Medida Provisória nº2215-10, de 31.8.2001) e) menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário, até vinte e quatro anos de idade ou, se inválido, enquanto durar a invalidez. (Incluída pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) II - segunda ordem de prioridade, a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) III - terceira ordem de prioridade: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) a) o irmão órfão, até vinte e um anos de idade ou, se estudante universitário, até vinte e quatro anos de idade, e o inválido, enquanto durar a invalidez, comprovada a dependência econômica do militar; (Incluída pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) b) a pessoa designada, até vinte e um anos deidade, se inválida, enquanto durar a invalidez, ou maior de sessenta anos de idade, que vivam na dependência econômica do militar. (Incluída pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) § 1º A concessão da pensão aos beneficiários de que tratam o inciso I, alíneas "a", "b", "c" e "d", exclui desse direito os beneficiários referidos nos incisos II e III. (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) § 2º A pensão será concedida integralmente aos beneficiários do inciso I, alíneas "a" e "b", ou distribuída em partes iguais entre os beneficiários daquele inciso, alíneas "a" e "c" ou "b" e "c", legalmente habilitados, exceto se existirem beneficiários previstos nas suas alíneas "d" e "e".(Incluído pela Medida provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) § 3º Ocorrendo a exceção do § 2º, metade do valor caberá aos beneficiários do inciso I, alíneas “a" e "c" ou "b" e "c", sendo a outra metade do valor da pensão rateada, em partes iguais, entre os beneficiários do inciso I, alíneas "d" e "e". (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 8º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art 9º A habilitação dos beneficiários obedecerá, à ordem de preferência estabelecida no art. 7º desta lei.

§ 1º O beneficiário será habilitado com a pensão integral; no caso de mais de um com a mesma precedência, a pensão será repartida igualmente entre êles, ressalvadas as hipóteses dos §§ 2º e 3º seguintes. § 2º Quando o contribuinte, além da viúva, deixar filhos do matrimônio anterior ou de outro leito, metade da pensão respectiva pertencerá à viúva, sendo a outra metade distribuída igualmente entre os filhos habilitados na conformidade desta lei. § 3º Se houver, também, filhos do contribuinte coma viúva ou fora do matrimônio reconhecidos estes na forma da Lei nº 883, de 21 de outubro de 1949, metade da pensão será dividida entre todos os filhos, adicionando-se à metade da viúva as cotas partes dos seus filhos. § 4º Se o contribuinte deixar pai inválido e mãe que vivam separados, a pensão será dividida igualmente entre ambos. Art 10. Sempre que, no início ou durante o processamento da habilitação, fôr constatada a falta de declaração de beneficiário, ou se ela estiver incompleta ou oferecer margem a dúvidas, a repartição competente exigirá dos interessados certidões ou quaisquer outros documentos necessários à comprovação dos seus direitos. § 1º Se, não obstante a documentação apresentada, persistirem as dúvidas, a prova será feita mediante justificação judicial, processada preferencialmente na Auditoria Militar, ou na falta desta, no fôro civil. § 2º O processo de habilitação à pensão militar é considerado de natureza urgente.

CAPÍTULO III

DA DECLARAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS

Art 11. Todo contribuinte é obrigado a fazer sua declaração de beneficiários, que, salvo prova em contrário, prevalecerá para qualificação dos mesmos à pensão militar. § 1º A declaração de que trata este artigo deverá ser feita no prazo de 6 meses, sob pena de suspensão do pagamento de vencimentos, vantagens ou proventos. § 2º Dessa declaração devem constar: a) nome e filiação do declarante; b) nome da esposa e data do casamento; c) nome dos filhos de qualquer situação, sexo e respectiva data do nascimento, esclarecendo, se fôr o caso, quais os havidos em matrimônio anterior ou fora do matrimônio; d) nome dos irmãos, sexo e data do nascimento; e) nome dos netos, filiação, sexo e data do nascimento; f) nome, sexo e data do nascimento do beneficiário instituído, se fôr o caso; g) menção expressa e minuciosa dos documentos comprobatórios apresentados, citando a espécie de cada um, os ofícios de registros ou outros que os expediram ou registraram os atos originais, bem como os livros, números de ordem, e das folhas onde constam e as datas em que foram lavrados. Art 12. A declaração, de preferência dactilografada, sem emendas nem rasuras e firmas do próprio punho pelo declarante, deverá ter a assinatura reconhecida pelo respectivo comandante diretor ou chefe, ou por tabelião ou, ainda pelo representante diplomático ou consular, caso o declarante se encontre no estrangeiro.

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Parágrafo único. Quando o contribuinte se aplicar impossibilitado de assinar a declaração, deverá fazê-la em tabelião, na presença de duas testemunhas. Art 13. A declaração feita na conformidade do artigo anterior será entregue ao comandante, diretor ou chefe, ao qual o declarante estiver subordinado, instruída com documentação do registro civil que comprove, não só o grau de parentesco dos beneficiários enumerados, mas também, se fôr o caso, a exclusão de beneficiários preferenciais. Parágrafo único. A documentação de que trata este artigo poderá ser apresentada em original, certidão verbo ad verbum, ou cópia fotostática, devidamente conferida. Art 14. Qualquer fato que importa em alteração da declaração anterior obriga o contribuinte a fazer outra, aditiva, que, instruída com documentos comprobatórios, obedecerá às mesmas formalidades exigidas para a declaração inicial. Parágrafo único. A documentação será restituída ao interessado depois, de certificados pelo comandante, diretor ou chefe, na própria declaração, as espécies dos documentos apresentados com os dados relativos aos ofícios do registro civil que os expediram, bem como os livros, números de ordem e respectivas folhas que contêm os atos originais.

CAPÍTULO IV

DAS PENSÕES

Art. 15. A pensão militar será igual ao valor da remuneração ou dos proventos do militar. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10,de 31.8.2001) Parágrafo único. A pensão do militar não contribuinte da pensão militar que vier a falecer na atividade em consequência de acidente ocorrido em serviço ou de moléstia nele adquirida não poderá ser inferior: (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) I - à de aspirante a oficial ou guarda-marinha, para os cadetes do Exército e da Aeronáutica, aspirantes de marinha e alunos dos Centros ou Núcleos de Preparação de Oficiais da reserva; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) II - à de terceiro-sargento, para as demais praças e os alunos das escolas de formação de sargentos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 16 (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §1º(Revogado pela Medida provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §2º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 17 (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §1º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §2º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) §3º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art. 18 (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) § 1º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) § 2º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001)

§ 3º (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art19. (Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art 20. O oficial da ativa, da reserva remunerada ou reformado, contribuinte obrigatório da pensão militar, que perde posto e patente, deixará aos seus herdeiros a pensão militar correspondente ...Vetado. Parágrafo único. Nas mesmas condições, a praça contribuinte da pensão militar com mais de 10 (dez) anos de serviço, expulsa ou não relacionada como reservista por efeito de sentença ou em virtude de ato da autoridade competente, deixará aos seus herdeiros a pensão militar correspondente ...Vetado. Art 21. A pensão resultante da promoção post-mortem será paga aos beneficiários habilitados, a partir da data do ato da promoção. Art 22. Revogado pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001)

CAPÍTULO V

DA PERDA E DA REVERSÃO DA PENSÃO MILITAR

Art. 23. Perderá o direito à pensão militar o beneficiário que: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) I - venha a ser destituído do pátrio poder, no tocante às quotas-partes dos filhos, as quais serão revertidas para estes filhos; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) II - atinja, válido e capaz, os limites de idade estabelecidos nesta Lei; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) III - renuncie expressamente ao direito; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) IV - tenha sido condenado por crime de natureza dolosa, do qual resulte a morte do militar ou do pensionista instituidor da pensão militar. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art 24. A morte do beneficiário que estiver no gozo da pensão, bem como a cessação do seu direito à mesma, em qualquer dos casos do artigo anterior importará na transferência do direito aos demais beneficiários da mesma ordem, sem que isto implique em reversão; não os havendo, pensão reverterá para os beneficiários da ordem seguinte. Parágrafo único. Não haverá, de modo algum, reversão em favor de beneficiário instituído.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art 25. Os contribuintes do atual montepio militar, não abrangidos nos arts. 1º e 2º, terão seus direitos assegurados e sua situação regulada por esta lei, inclusive quanto à contribuição e aos beneficiários. Art 26. Os veteranos da campanha do Uruguai e Paraguai, bem como suas viúvas e filhas, beneficiados com a pensão especial instituída pelo Decreto-lei nº 1.544, de 25 de agôsto de 1939, e pelo art. 30 da Lei nº 488, de 15 de novembro de1948, e os veteranos da revolução acreana, beneficiados com a pensão vitalícia e intransferível instituída pela Lei nº 380, de 10 de setembro de1948, passam a perceber a pensão correspondente a deixada por um 2º sargento, na forma do art. 15desta lei. (Vide Decreto nº 4.307, de 2002)

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Art. 27. A pensão militar não está sujeita à penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casos especificamente previstos em lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art 28. A pensão militar pode ser requerida a qualquer tempo, condicionada porém, a percepção das prestações mensais à prescrição de 5 (cinco) anos. Art. 29. É permitida a acumulação: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) I - de uma pensão militar com proventos de disponibilidade, reforma, vencimentos ou aposentadoria; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) II - de uma pensão militar com a de outro regime, observado o disposto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal. (Redação dada peça Medida Provisória nº 2215-10, de 31.8.2001) Art 30. A pensão militar será sempre atualizada pela tabela de vencimentos que estiver em vigor, inclusive quanto aos beneficiários dos contribuintes falecidos antes da vigência desta lei. § 1º O cálculo para a atualização tomará sempre por base a pensão tronco deixada pelo contribuinte, e não as importâncias percebidas pelos beneficiários em pensões subdivididas e majoradas ou acrescidas por abono. § 2º Em relação aos beneficiários dos contribuintes já falecidos, a nova pensão substituirá o montepio e o meio-soldo, ou a pensão especial, não podendo, porém, nenhum beneficiário passar aperceber pensão inferior à que lhe vem sendo paga. Art 31. O processo e o pagamento da pensão militar, inclusive os casos de reversão e melhoria, são da competência dos ministérios a que pertencerem os contribuintes, devendo ser submetidas ao Tribunal de Contas as respectivas concessões, para julgamento da sua legalidade. § 1º Para o caso das pensionistas que, na data, da publicação desta lei, já estejam percebendo suas pensões pelo Ministério da Fazenda, o processo e o pagamento nos casos de reversão e melhoria continuam sendo da competência do mesmo ministério. § 2º O julgamento da legalidade da concessão, pelo Tribunal de Contas, importará no registro automático da respectiva despesa e no reconhecimento do direito dos beneficiários ao recebimento, por exercícios findos, das mensalidades relativas a exercícios anteriores, na forma do artigo 29 desta lei. Art 32. A dotação necessária ao pagamento da pensão militar, tendo em vista o disposto no art. 31desta lei, será consignada anualmente no orçamento da República aos ministérios interessados. Parágrafo único. As dívidas de exercícios findos, relativas à pensão militar, serão pagas pelo ministério a que estiver vinculado o beneficiário. Art 33. A documentação necessária à habilitação da pensão militar é isenta de sêlo. Parágrafo único. São isentas de custas, taxas e emolumentos as certidões, justificações e demais documentos necessários a habilitação dos beneficiários de praças, cujo falecimento ocorrer nas condições do § 2º do art. 15 desta lei. Art 34. Em cada ministério militar e no da Justiça e Negócios Interiores os assuntos relacionados coma pensão militar serão tratados em um órgão central e órgãos regionais já existentes ou que venham a ser criados ou ampliados. Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos beneficiários que, na data da publicação desta lei, já estejam percebendo suas pensões pelo Ministério da Fazenda.

Art 35. Continuam em vigor até produzirem os seus efeitos em todos os interessados que a eles tenham direito, as disposições do Decreto-lei número 8.794, de 23 de janeiro de 1946, que regula as vantagens dos herdeiros dos Militares que participaram da Força Expedicionária Brasileira no teatro de operações da Itália, nos anos de 1944e 1945. Art 36. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação e deverá ser regulamentada no prazo de 90 (noventa) dias. Art 37. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 4 de maio de 1960; 139º da Independência e 72º da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK Armando Falcão

Matoso Maia Odylio Denys

Francisco de Mello S. Paes de Almeida

LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965.

Regula a ação popular.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. § 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico, estético, histórico ou turístico. (Redação dada pela Lei nº 6.513, de 1977) § 2º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja criação ou custeio o tesouro público concorra com me nos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as consequências patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos. § 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda. § 4º Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às entidades, a que se refere este artigo, as certidões e informações que julgar necessárias, bastando para isso indicar a finalidade das mesmas. § 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo anterior, deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução de ação popular. § 6º Somente nos casos em que o interesse público, devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação. § 7º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá ser proposta desacompanhada das certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança

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nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado de sentença condenatória. Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas: a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou; b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato; c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo; d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido; e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência. Art. 3º Os atos lesivos ao patrimônio das pessoas de direito público ou privado, ou das entidades mencionadas no art. 1º, cujos vícios não se compreendam nas especificações do artigo anterior, serão anuláveis, segundo as prescrições legais, enquanto compatíveis com a natureza deles. Art. 4º São também nulos os seguintes atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º. I - A admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. II - A operação bancária ou de crédito real, quando: a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, estatutárias, regimentais ou internas; b) o valor real do bem dado em hipoteca ou penhor for inferior ao constante de escritura, contrato ou avaliação. III - A empreitada, a tarefa e a concessão do serviço público, quando: a) o respectivo contrato houver sido celebrado sem prévia concorrência pública ou administrativa, sem que essa condição seja estabelecida em lei, regulamento ou norma geral; b) no edital de concorrência forem incluídas cláusulas ou condições, que comprometam o seu caráter competitivo; c) a concorrência administrativa for processada em condições que impliquem na limitação das possibilidades normais de competição. IV - As modificações ou vantagens, inclusive prorrogações que forem admitidas, em favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos de empreitada, tarefa e concessão de serviço público, sem que estejam previstas em lei ou nos respectivos instrumentos.

V - A compra e venda de bens móveis ou imóveis, nos casos em que não cabível concorrência pública ou administrativa, quando: a) for realizada com desobediência a normas legais, regulamentares, ou constantes de instruções gerais; b) o preço de compra dos bens for superior ao corrente no mercado, na época da operação; c) o preço de venda dos bens for inferior ao corrente no mercado, na época da operação. VI - A concessão de licença de exportação ou importação, qualquer que seja a sua modalidade, quando: a) houver sido praticada com violação das normas legais e regulamentares ou de instruções e ordens de serviço; b) resultar em exceção ou privilégio, em favor de exportador ou importador. VII - A operação de redesconto quando sob qualquer aspecto, inclusive o limite de valor, desobedecer a normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. VIII - O empréstimo concedido pelo Banco Central da República, quando: a) concedido com desobediência de quaisquer normas legais, regulamentares, regimentais ou constantes de instruções gerias: b) o valor dos bens dados em garantia, na época da operação, for inferior ao da avaliação. IX - A emissão, quando efetuada sem observância das normas constitucionais, legais e regulamentadoras que regem a espécie.

DA COMPETÊNCIA Art. 5º Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município. § 1º Para fins de competência, equiparam-se atos da União, do Distrito Federal, do Estado ou dos Municípios os atos das pessoas criadas ou mantidas por essas pessoas jurídicas de direito público, bem como os atos das sociedades de que elas sejam acionistas e os das pessoas ou entidades por elas subvencionadas ou em relação às quais tenham interesse patrimonial. § 2º Quando o pleito interessar simultaneamente à União e a qualquer outra pessoas ou entidade, será competente o juiz das causas da União, se houver; quando interessar simultaneamente ao Estado e ao Município, será competente o juiz das causas do Estado, se houver. § 3º A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações, que forem posteriormente intentadas contra as mesmas partes e sob os mesmos fundamentos. § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado. (Incluído pela Lei nº 6.513, de 1977) DOS SUJEITOS PASSIVOS DA AÇÃO E DOS ASSISTENTES

Art. 6º A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.

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§ 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente contra as outras pessoas indicadas neste artigo. § 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando o valor real do bem for inferior ao da avaliação, citar-se-ão como réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os beneficiários da mesma. § 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. § 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores. § 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

DO PROCESSO Art. 7º A ação obedecerá ao procedimento ordinário, previsto no Código de Processo Civil, observadas as seguintes normas modificativas: I - Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: a) além da citação dos réus, a intimação do representante do Ministério Público; b) a requisição, às entidades indicadas na petição inicial, dos documentos que tiverem sido referidos pelo autor (art. 1º, § 6º), bem como a de outros que se lhe afigurem necessários ao esclarecimento dos fatos, ficando prazos de 15 (quinze) a 30 (trinta) dias para o atendimento. § 1º O representante do Ministério Público providenciará para que as requisições, a que se refere o inciso anterior, sejam atendidas dentro dos prazos fixados pelo juiz. § 2º Se os documentos e informações não puderem ser oferecidos nos prazos assinalados, o juiz poderá autorizar prorrogação dos mesmos, por prazo razoável. II - Quando o autor o preferir, a citação dos beneficiários far-se-á por edital com o prazo de 30 (trinta) dias, afixado na sede do juízo e publicado três vezes no jornal oficial do Distrito Federal, ou da Capital do Estado ou Território em que seja ajuizada a ação. A publicação será gratuita e deverá iniciar-se no máximo 3 (três) dias após a entrega, na repartição competente, sob protocolo, de uma via autenticada do mandado. III - Qualquer pessoa, beneficiada ou responsável pelo ato impugnado, cuja existência ou identidade se torne conhecida no curso do processo e antes de proferida a sentença final de primeira instância, deverá ser citada para a integração do contraditório, sendo-lhe restituído o prazo para contestação e produção de provas, Salvo, quanto a beneficiário, se a citação se houver feito na forma do inciso anterior. IV - O prazo de contestação é de 20 (vinte) dias, prorrogáveis por mais 20 (vinte), a requerimento do interessado, se particularmente difícil a produção de prova documental, e será comum a todos os interessados, correndo da entrega em cartório do mandado cumprido, ou, quando for o caso, do decurso do prazo assinado em edital. V - Caso não requerida, até o despacho saneador, a produção de prova testemunhal ou pericial, o juiz ordenará vista às partes por 10 (dez) dias, para alegações, sendo-lhe os autos conclusos, para sentença, 48 (quarenta e oito) horas após a expiração desse prazo; havendo requerimento de prova, o processo tomará o rito ordinário.

VI - A sentença, quando não prolatada em audiência de instrução e julgamento, deverá ser proferida dentro de 15 (quinze) dias do recebimento dos autos pelo juiz. Parágrafo único. O proferimento da sentença além do prazo estabelecido privará o juiz da inclusão em lista de merecimento para promoção, durante 2 (dois) anos, e acarretará a perda, para efeito de promoção por antiguidade, de tantos dias quantos forem os do retardamento, salvo motivo justo, declinado nos autos e comprovado perante o órgão disciplinar competente. Art. 8º Ficará sujeita à pena de desobediência, salvo motivo justo devidamente comprovado, a autoridade, o administrador ou o dirigente, que deixar de fornecer, no prazo fixado no art. 1º, § 5º, ou naquele que tiver sido estipulado pelo juiz (art. 7º, n. I, letra "b"), informações e certidão ou fotocópia de documento necessários à instrução da causa. Parágrafo único. O prazo contar-se-á do dia em que entregue, sob recibo, o requerimento do interessado ou o ofício de requisição (art. 1º, § 5º, e art. 7º, n. I, letra "b"). Art. 9º Se o autor desistir da ação ou der motiva à absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita, promover o prosseguimento da ação. Art. 10. As partes só pagarão custas e preparo a final. Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa. Art. 12. A sentença incluirá sempre, na condenação dos réus, o pagamento, ao autor, das custas e demais despesas, judiciais e extrajudiciais, diretamente relacionadas com a ação e comprovadas, bem como o dos honorários de advogado. Art. 13. A sentença que, apreciando o fundamento de direito do pedido, julgar a lide manifestamente temerária, condenará o autor ao pagamento do décuplo das custas. Art. 14. Se o valor da lesão ficar provado no curso da causa, será indicado na sentença; se depender de avaliação ou perícia, será apurado na execução. § 1º Quando a lesão resultar da falta ou isenção de qualquer pagamento, a condenação imporá o pagamento devido, com acréscimo de juros de mora e multa legal ou contratual, se houver. § 2º Quando a lesão resultar da execução fraudulenta, simulada ou irreal de contratos, a condenação versará sobre a reposição do débito, com juros de mora. § 3º Quando o réu condenado perceber dos cofres públicos, a execução far-se-á por desconto em folha até o integral ressarcimento do dano causado, se assim mais convier ao interesse público. § 4º A parte condenada a restituir bens ou valores ficará sujeita a sequestro e penhora, desde a prolação da sentença condenatória. Art. 15. Se, no curso da ação, ficar provada a infringência da lei penal ou a prática de falta disciplinar a que a lei comine a pena de demissão ou a de rescisão de contrato de trabalho, o juiz, "ex-officio", determinará a remessa de cópia autenticada das peças necessárias às autoridades ou aos administradores a quem competir aplicar a sanção. Art. 16. Caso decorridos 60 (sessenta) dias da publicação da sentença condenatória de segunda instância, sem que o autor

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ou terceiro promova a respectiva execução. o representante do Ministério Público a promoverá nos 30 (trinta) dias seguintes, sob pena de falta grave. Art. 17. É sempre permitida às pessoas ou entidades referidas no art. 1º, ainda que hajam contestado a ação, promover, em qualquer tempo, e no que as beneficiar a execução da sentença contra os demais réus. Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. Art. 19. A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal; da que julgar a ação procedente caberá apelação, com efeito suspensivo. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) § 1º Das decisões interlocutórias cabe agravo de instrumento. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973) § 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer qualquer cidadão e também o Ministério Público. (Redação dada pela Lei nº 6.014, de 1973)

DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 20. Para os fins desta lei, consideram-se entidades autárquicas: a) o serviço estatal descentralizado com personalidade jurídica, custeado mediante orçamento próprio, independente do orçamento geral; b) as pessoas jurídicas especialmente instituídas por lei, para a execução de serviços de interesse público ou social, custeados por tributos de qualquer natureza ou por outros recursos oriundos do Tesouro Público; c) as entidades de direito público ou privado a que a lei tiver atribuído competência para receber e aplicar contribuições para fiscais. Art. 21. A ação prevista nesta lei prescreve em 5 (cinco) anos. Art. 22. Aplicam-se à ação popular as regras do Código de Processo Civil, naquilo em que não contrariem os dispositivos desta lei, nem a natureza específica da ação. Brasília, 29 de junho de 1965; 144º da Independência e 77º da República.

H. Castello Branco Milton Soares Campos

LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965. Regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são regulados pela presente lei. Art. 2º O direito de representação será exercido por meio de petição: a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade civil ou militar culpada, a respectiva sanção;

b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver. Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: a) à liberdade de locomoção; b) à inviolabilidade do domicílio; c) ao sigilo da correspondência; d) à liberdade de consciência e de crença; e) ao livre exercício do culto religioso; f) à liberdade de associação; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto; h) ao direito de reunião; i) à incolumidade física do indivíduo; j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional. (Incluído pela Lei nº 6.657,de 05/06/79) Art. 4º Constitui também abuso de autoridade: a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de qualquer pessoa; d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja comunicada; e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em lei; f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal; i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Incluído pela Lei nº 7.960, de 21/12/89) Art. 5º Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remuneração. Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

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a) advertência; b) repreensão; c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituição de função; e) demissão; f) demissão, a bem do serviço público. § 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros. § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código Penal e consistirá em: a) multa de cem a cinco mil cruzeiros; b) detenção por dez dias a seis meses; c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos. § 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulativamente. § 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo de um a cinco anos. Art. 7º recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de inquérito para apurar o fato. § 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou Militar es, que estabeleçam o respectivo processo. § 2º não existindo no município no Estado ou na legislação militar normas reguladoras do inquérito administrativo serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a 225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis da União). § 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a decisão da ação penal ou civil. Art. 8º A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade civil ou militar. Art. 9º Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade administrativa ou independentemente dela, poderá ser promovida pela vítima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada. Art. 10. Vetado Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de Processo Civil. Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima do abuso. Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência de instrução e julgamento. § 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.

Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o ofendido ou o acusado poderá: a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas testemunhas qualificadas; b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e julgamento, a designação de um perito para fazer as verificações necessárias. § 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e prestarão seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por escrito, querendo, na audiência de instrução e julgamento. § 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação poderá conter a indicação de mais duas testemunhas. Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia requerer o arquivamento da representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa da representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá no arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender. Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado nesta lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os termos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal. Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia. § 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada, improrrogavelmente. dentro de cinco dias. § 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à audiência de instrução e julgamento, será feita por mandado sucinto que, será acompanhado da segunda via da representação e da denúncia. Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentada em juízo, independentemente de intimação. Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória para a audiência ou a intimação de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a realização de diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em despacho motivado, considere indispensáveis tais providências. Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos auditórios ou o oficial de justiça declare aberta a audiência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o perito, o representante do Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do réu. Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se se ausente o Juiz. Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência. Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, se contrariamente não dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juízo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar. Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do réu, se estiver presente.

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Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz nomeará imediatamente defensor para funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo. Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz dará a palavra sucessivamente, ao Ministério Público ou ao advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz. Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente a sentença. Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz, termo que conterá, em resumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença. Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do Ministério Público ou o advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão. Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difíceis e não permitirem a observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre motivadamente, até o dobro. Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do Código de Processo Penal, sempre que compatíveis com o sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei. Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão os recursos e apelações previstas no Código de Processo Penal. Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 9 de dezembro de 1965; 144º da Independência e 77º da República.

H. CASTELLO BRANCO Juracy Magalhães

LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE1968.

Dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de identificação pessoal. O PRESIDENTE DAREPÚBLICA. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A nenhuma pessoa física, bem como a nenhuma pessoa jurídica, de direito público ou de direito privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão de registro de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro. Art. 2º Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará extrair, no prazo de até 5 (cinco) dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor. § 1º - Além do prazo previsto neste artigo, somente por ordem judicial poderá ser retirado qualquer documento de identificação pessoal. (Renumerado pela Lei nº 9.453, de 20/03/97) § 2º - Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado. (Incluído pela Lei nº9.453, de 20/03/97) Art. 3º Constitui contravenção penal, punível com pena de prisão simples de 1 (um) a 3 (três) meses ou multa de NCR$ 0,50 (cinquenta centavos) a NCR$ 3,00 (três cruzeiros novos), a retenção de qualquer documento a que se refere esta Lei.

Parágrafo único. Quando a infração for praticada por preposto ou agente de pessoa jurídica, considerar-se-á responsável quem houver ordenado o ato que ensejou a retenção, a me nos que haja, pelo executante, desobediência ou inobservância de ordens ou instruções expressas,quando, então, será este o infrator. Art. 4º O Poder Executivo regulamentará apresente Lei dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação. Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

LEI Nº 5.809, DE 10 DE OUTUBRO DE1972.

Dispõe sobre a retribuição e direitos do pessoal civil e militar em serviço da União no exterior, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a Lei:

CAPÍTULO I

Disposições Preliminares

Art 1º Esta lei regula a retribuição no exterior e dispõe sobre outros direitos dos funcionários públicos e dos Militar es, em serviço da União no exterior. § 1º Para os efeitos desta lei considera-se servidor público o funcionário ou empregado público e o militar. § 2º O disposto nesta lei se aplica: a) aos servidores da Administração Federal Direta, regidos pela legislação trabalhista, da Administração Federal Indireta e das Fundações sob supervisão ministerial; b) aos servidores do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas da União; c) no que couber, aos servidores do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, bem como às pessoas sem vínculo com o serviço público, designados pelo Presidente da República. § 3º Os servidores de Empresa Pública e de Sociedade de Economia Mista são excluídos das disposições do § 2º, quando em serviço específico do órgão no exterior. § 4º É vedado ao pessoal referido nos parágrafos1º e 2º deste artigo o pagamento, pelos cofres públicos, por motivo de serviço da União no exterior, de qualquer forma de retribuição, remuneração e outras vantagens ou indenizações não previstas nesta lei. § 5º A tropa brasileira em missão de paz, definida como sendo os Militares das Forças Armadas e os Militares dos Estados, Distrito Federal e dos Territórios integrantes de contingente armado de força multinacional empregado em operações de paz, reunidos em módulo de emprego operacional, com comando único, empregada no exterior, em cumprimento de compromissos assumidos pelo Brasil com o membro de organismo internacional ou em virtude de tratados, convenções, acordos, resoluções de consulta, planos de defesa, ou quaisquer outros entendimentos diplomáticos ou Militar es, autorizados pelo Congresso Nacional, terá sua remuneração fixada em legislação específica. (Incluído pela Lei nº 10.837, de 2004) Art 2º Considera-se sede no exterior: I - no caso dos servidores do Ministério das Relações Exteriores, diplomatas ou não, e dos Adidos Militares e seus Adjuntos ou auxiliares, acidade onde está localizada a sede da missão diplomática ou da repartição consular de sua lotação;

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II - nas comissões exercidas a bordo, o navio; e III - nos demais casos, a cidade, o município ou unidade correspondente da divisão territorial político-administrativa do país em que se situa a organização para a qual haja sido nomeado ou designado o servidor. Art 3º O servidor em serviço no exterior – assim considerado aquele que se encontra em missão fora do País por ter sido nomeado ou designado para o desempenho ou exercício de cargo, função ou atividade no exterior - pode ser enquadrado em uma das seguintes missões ou atividades: I - quanto ao tipo: a) missão permanente; b) missão transitória; e c) missão eventual. II - quanto a natureza: a) diplomática; b) militar; e c) administrativa. Art 4º. Considera-se permanente a missão na qual o servidor deve permanecer em serviço, no exterior, por prazo igual ou superior a 2 (dois) anos, em missão diplomática, em repartição consular ou em outra organização, militar ou civil, no desempenho ou exercício de cargo, função ou atividade, considerados permanentes em decreto do Poder Executivo. (Vide Decreto nº 72.021, de1973) Parágrafo único. A designação para o exercício demissão permanente determina: a) a mudança de sede, do País para o exterior, ou de uma para outra sede no exterior; e b) para o servidor do Ministério das Relações Exteriores, também a alteração de sua lotação. Art 5º Reputa-se transitória a missão na qual o servidor tem de permanecer em serviço no exterior, com ou sem mudança de sede, em uma das seguintes situações: I - designado para o exercício, em caráter provisório de missão considerada permanente; II - professor, assessor, instrutor ou monitor, por prazo inferior a 2 (dois) anos, em estabelecimento de ensino ou técnico-científico e, por qualquer prazo, estagiário ou aluno naqueles estabelecimentos ou organizações industriais; III - participante de viagem ou cruzeiro de instrução; IV - em missão de representação, de observação ou em organismo ou reuniões internacionais; V - comandante ou integrante de tripulação, contingente ou força, em missão operativa ou de adestramento, em país estrangeiro; e VI - em encargos especiais. § 1º A missão transitória com mudança de sede, pode ser: a) igual ou superior a 6 (seis) meses; b) inferior a 6 (seis) e superior ou igual a 3 (três) meses; e c) inferior a 3 (três) meses. § 2º As missões transitórias, sem mudança de sede, têm duração variável e, em princípio, inferior a 1 (um) ano.

Art 6º É eventual a missão na qual o servidor tem de permanecer em serviço, no exterior, em uma das seguintes situações, por período limitado a 90(noventa) dias, sem mudança de sede ou alteração de sua lotação, sejam estas em território nacional, no exterior ou em navio: I - designado para o exercício, em caráter provisório, de missão considerada permanente ou transitória; II - membro de delegação de comitiva ou de representação oficial; III - em missão de representação, de observação ou em organismo ou reuniões internacionais; IV - comandante ou integrante de tripulação, contingente ou força, em missão operativa ou de adestramento em país estrangeiro; V - em serviço especial de natureza diplomática, administrativa ou militar; e VI - em encargos especiais.

CAPÍTULO II

Da Retribuição no Exterior

SEÇÃO I

Da Constituição e do Pagamento da Retribuição no Exterior Art 7º Considera-se Retribuição no Exterior o vencimento de cargo efetivo para o funcionário público ou o soldo para o militar, acrescido da gratificação e das indenizações, previstas nesta lei. § 1º No caso de servidor regido pela legislação trabalhista, considera-se retribuição no exterior o salário, acrescido das indenizações e, se for ocaso, da gratificação, previstas nesta lei. § 2º Salvo os casos previstos nesta lei, a retribuição no exterior: a) é fixada e paga em moeda estrangeira; b) elimina o direito do servidor à percepção de vencimento, salário ou soldo, e quaisquer indenizações ou vantagens, em moeda nacional, que lhe possam ser devidas ao período em que fizer jus aquela retribuição. Art 8º A retribuição no exterior é constituída de: I - Retribuição Básica: Vencimento ou Salário, no Exterior, para o servidor civil, e Soldo no Exterior, para o militar; Il - Gratificação: Gratificação no Exterior por Tempo de Serviço; III - Indenizações: a) Indenização de Representação no Exterior; b) Auxílio-Familiar; c) Ajuda de Custo de Exterior; d) Diárias no Exterior; e e) Auxílio-Funeral no Exterior. IV - décimo terceiro salário com base na retribuição integral; (Incluído pela Lei nº 7.795, de 1989) V - acréscimo de 1/3 (um terço) da retribuição na remuneração do mês em que gozar férias. (Incluído pela Lei nº 7.795, de 1989)

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Parágrafo único. Aplica-se no caso dos incisos IV e V a legislação específica, no Brasil, para o pagamento daqueles valores. (Incluído pela Lei nº 7.795, de 1989) Art 9º A soma dos valores da retribuição básica e da indenização de representação no exterior percebida por qualquer servidor, salvo os Embaixadores Chefes de Missão Diplomática brasileira junto a organismos internacionais, não ode ultrapassar 90% (noventa por cento) da importância que, a igual título, é atribuída ao Chefe de Missão Diplomática brasileira acreditado junto ao governo do país em que o servidor estiver em serviço no exterior. Art 10. O direito do servidor à retribuição no exterior se inicia na data do embarque para o exterior e cessa na data do desligamento de sua sede no exterior ou da partida da última localidade no exterior, relacionada com sua missão. § 1º As datas de partida e de desligamento são determinadas ou aprovadas, conforme o caso, pela autoridade competente. § 2º O pagamento da retribuição no exterior não se interrompe: a) quando se tratar de missão permanente, em virtude de viagem ao Brasil a serviço, em férias, por motivo de núpcias, luto ou de licença para tratamento de saúde até 90 (noventa) dias e, para a funcionária pública, licença para gestante, e b) quando se tratar de missão transitória, em virtude de viagem ao Brasil a serviço. Art 11. O servidor em serviço no exterior, em missão eventual, continua a perceber a retribuição ou remuneração a que faz jus, em moeda nacional ou estrangeira, conforme o caso, na organização civil ou militar a que pertence. Parágrafo único. Cabe, ainda, ao servidor, o direito ao transporte e a diárias no exterior, na forma desta lei. Art 12. Em casos especiais, o servidor pode ser designado para missão transitória, sem mudança de sede para o exterior, de duração até 60(sessenta) dias, sem direito à retribuição no exterior. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o servidor recebe em moeda nacional: a) retribuição ou remuneração e demais vantagens a que faz jus; b) indenização diária em valor equivalente ao de uma diária de alimentação devida no País, além de alimentação e pousada que for assegurada pela União; c) ajuda de custo correspondente a 1 (um) mês de vencimento, salário ou soldo, no País, quando em missão de representação decorrente de compromissos internacionais.

SEÇÃO II

Do Vencimento ou Salário e do Soldo, no Exterior Art 13. Vencimento, Salário ou Soldo, no Exterior, é a retribuição básica mensal devida ao servidor em serviço no exterior, em missão permanente, ou transitória obedecido seu nível ou grau hierárquico. Parágrafo único. Aplicam-se ao vencimento e ao soldo no exterior as disposições legais e peculiares ao servidor quanto à penhora, sequestro e arresto, suspensão temporária ou cessação de direito previstas para o vencimento ou soldo, no País. Art 14. O vencimento ou salário e o soldo, no exterior, são pagos de acordo com as Tabelas de Escalonamento Vertical que acompanham esta lei. Parágrafo único. O fator de conversão dos índices de retribuição básica é o quantitativo em cruzeiros correspondente

a 26 (vinte e seis) unidades da moeda padrão utilizada nas transações financeiras internacionais do governo brasileiro (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.394, de 1975)

SEÇÃO III

Da Gratificação no Exterior por Tempo de Serviço Art 15. Gratificação no Exterior por Tempo de Serviço é o quantitativo devido ao servidor em serviço no exterior, em missão permanente ou transitória, por anos de efetivo serviço prestado já computados na forma da legislação pertinente.

SEÇÃO IV

Da Indenização de Representação no Exterior Art 16. Indenização de Representação no Exterior é o quantitativo devido ao servidor em serviço no exterior, em missão permanente ou transitória, destinado a compensar as despesas inerentes a missão de forma compatível com suas responsabilidades e encargos. § 1º O valor dessa indenização é calculado com base em índices e fatores de conversão variáveis estabelecidos em razão: a) do grau de representatividade da missão; b) do tipo e natureza da missão; c) da correspondência entre cargos, missões e funções; d) da hierarquia funcional ou militar; e) do custo de vida local; f) das condições peculiares de vida da sede no exterior; e g) do desempenho cumulativo de cargos. § 2º Para as missões a bordo de navios ou aeronaves Militar es, são considerados fatores de conversão regionais, com base nos estabelecidos para as localidades-sede ou localidades visitadas. Art 17. Ocorrendo afastamento igual ou superior a30 (trinta) dias do Chefe efetivo da Missão Diplomática, do Adido Militar, do Chefe da Repartição consular e do Delegado do Tesouro Brasileiro no Exterior, os respectivos substitutos tem direito a um suplemento mensal equivalente a30% (trinta por cento), da indenização de representação no exterior atribuída ao titular. Art 18. O servidor perde o direito à indenização de representação no exterior quando: I - passa o cargo ou encerra suas atividades, por término de missão; Il - ultrapassa 30 (trinta) dias afastado do desempenho ou exercício do cargo, função ou atividade, ressalvados os casos previstos no parágrafo 2º do artigo 10; III - entra em licença especial, e IV - cessa ou é suspenso seu direito ao vencimento ou ao soldo, nos casos previstos na parte final do parágrafo único do artigo 13. Art 19. Os índices da indenização de representação no exterior e seus fatores de conversão serão estabelecidos em tabelas, na regulamentação desta lei. § 1º Os fatores de conversão serão expressos em unidades da moeda-padrão utilizada nas transações financeiras internacionais do governo brasileiro. § 2º O Poder Executivo, em decreto aplicável a todos os servidores abrangidos por esta lei, modificará as tabelas a que

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se refere este artigo quando se verificarem alterações dos elementos de fixação dos índices seus fatores de conversão.

SEÇÃO V

Do Auxílio-Familiar

Art 20. Auxílio-Familiar é o quantitativo mensal devido ao servidor, em serviço no exterior, a título de indenização para atender, em parte, à manutenção e às despesas de educação e assistência, no exterior, a seus dependentes. Art 21. O auxílio-familiar é calculado em função da indenização de representação no exterior recebida pelo servidor à razão de: (Vide Decreto nº 72.288, de 1973) I- 10% (dez por cento) de seu valor, para a esposa; e Il - 5% (cinco por cento) de seu valor, para cada um dos seguintes dependentes: a) filho, menor de 21 (vinte e um) anos ou estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos que não receba remuneração ou inválido ou interdito; b) filha solteira, que não receba remuneração; c) mãe viúva, que não receba remuneração; d) enteados, adotivos, tutelados e curatelados, nas mesmas condições das letras anteriores; e e) a mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva, no mínimo há cinco anos, sob a dependência econômica do servidor solteiro, desquitado ou viúvo, e enquanto persistir o impedimento legal de qualquer das partes para se casar. § 1º O auxílio-familiar será acrescido de um quantitativo igual a 1/30 (um trinta avos) do maior valor de indenização de representação no exterior atribuído a Chefe de Missão Diplomática quando o servidor tiver de educar, fora do país onde estiverem serviço, os dependentes referidos nas letras a, b e d do item II. § 2º O Poder Executivo, na regulamentação desta lei, estabelecerá: a) o limite mínimo por dependente a ser observado no pagamento do auxílio-familiar; e b) os casos especiais que justifiquem o quantitativo referido no parágrafo 1º e a forma de seu pagamento.

SEÇÃO VI

Da Ajuda de Custo de Exterior

Art 22. Ajuda de Custo de Exterior é a indenização paga adiantadamente ao servidor para custeio das despesas de viagem, de mudança e da nova instalação. Art 23. O servidor tem direito à ajuda de custo de exterior: I - em missão permanente: quando a remoção ou a movimentação importarem em mudança de sede concomitante ao desligamento da organização onde exerce suas atividades; II - em missão permanente ou transitória: quando deslocado com a sua organização ao ser esta transferida de sede, desde que não seja em caráter periódico; e III - em missão transitória: quando a remoção ou a movimentação importarem em mudança de sede: a) com desligamento de sua organização, por prazo igual ou superior a 6 (seis) meses; b) com ou sem desligamento de sua organização, por prazo inferior a 6 (seis) meses e superior ou igual a 3 (três) meses; e

c) com ou sem desligamento de sua organização, por prazo inferior a 3 (três) meses. § 1º O servidor em serviço no exterior que, por motivo alheio à sua vontade, for afastado definitivamente da missão para a qual foi designado, sem decorrer o prazo previsto de sua duração, tem direito à ajuda de custo de exterior, no valor estabelecido para aquela missão. § 2º Os dependentes do servidor falecido em serviço no exterior com direito à ajuda de custo fazem jus a seu recebimento para regresso ao Brasil, nos valores previstos no artigo 25. Art 24. A ajuda de custo de exterior tem o valor de2 (duas) vezes a retribuição básica e 2 (duas) vezes o auxílio-familiar, acrescido o total de 1(uma) indenização de representação no exterior a que o servidor tiver direito na nova sede no exterior, observados os valores em vigor à data determinada para a partida. Parágrafo único. Na remoção ou movimentação para o Brasil, a ajuda de custo é calculada, na forma deste artigo, com base nos valores relativos à sede no exterior. Art 25. A ajuda de custo de exterior é paga: I - integralmente, nos casos dos itens I, II e letra a, do item III, do artigo 23; II - pela metade de seu valor, no início da missão, e pela quarta parte de seu valor, no término, nos casos: a) do item I, do artigo 23, quando já tiver recebido ajuda de custo de exterior em seu valor integral há me nos de 2 (dois) anos: e b) da letra b, do item III, do artigo 23; III - pela quarta parte de seu valor, no início da missão, e pela oitava parte de seu valor, no término, nos casos da letra c, do item III, do artigo23. Art 26. Não tem direito à ajuda de custo de exterior o servidor: I - removido ou movimentado: a) a pedido; e b) de sede no exterior para o Brasil, a fim de entrarem licença, a qualquer título; e Il - desligado de curso ou estabelecimento de ensino por trancamento voluntário de matrícula. Art 27. O servidor restitui, de uma só vez, a ajuda de custo de exterior: I - integralmente quando deixar de seguir destino, apedido; II - com redução das despesas que comprove já ter realizado quando deixar de seguir destino por motivo independente de sua vontade; e III - pela metade do valor recebido, quando, até 6 (seis) meses após ter seguido destino, for, apedido, dispensado, exonerado, demitido, aposentado ou transferido para a reserva. Parágrafo único. A ajuda de custo de exterior não é restituída: a) pelo servidor se após ter seguido destino for mandado regressar; e b) pelos herdeiros do servidor, quando ocorrer seu falecimento, após tê-la recebido.

SEÇÃO VII

Do Transporte

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Art 28. O servidor designado para serviço no exterior tem direito a transporte por conta do Estado. Parágrafo único. O transporte compreende a passagem e, conforme o caso, translação da bagagem do servidor e dos seus dependentes. Art 29. O transporte é assegurado na forma e condições que se seguem: I - passagem via aérea, para o servidor e seus dependentes, e translação da bagagem, quando designado para: a) missão permanente ou missão transitória de duração superior a 6 (seis) meses, com mudança de sede; e b) missão transitória, com mudança de sede, de duração inferior a 6 (seis) meses e igual ou superior a 3 (três) meses, com dependentes; II - passagem via aérea para o servidor, sua esposa e dependentes menores quando for designado para o exercício, em caráter provisório, de missão considerada permanente e cuja duração seja superior a 30 (trinta) dias; e Ill - passagem via aérea para o servidor, quando designado para: a) missão transitória, com mudança de sede, de duração inferior a 6 (seis) meses e igual ou superior a 3 (três) meses, sem dependentes; b) missão transitória, sem mudança de sede e de duração igual ou superior a 3 (três) meses; c) missão transitória, com ou sem mudança da sede, de duração inferior a 3 (três) meses; e d) missão eventual. § 1º O transporte é assegurado, ainda, na forma e condições que se seguem: a) de acordo com a regulamentação desta lei, para um empregado doméstico, quando designado o servidor para missão permanente ou transitória com mudança de sede; b) anualmente, no período mais longo de férias escolares, passagens via aérea que possibilitem aos dependentes reunirem-se à família na sede no exterior onde o servidor se encontrar em missão permanente ou transitória, quando estiver amparado pelo § 1º do artigo 21; c) passagem via aérea, para o servidor e seus dependentes, quando: 1) em área de condições peculiares, tiver direito, na forma da legislação aplicável, à vinda periódica ao Brasil; e (Vide Decreto nº 76.931, de 1975) 2) diplomata da classe final ou semifinal da carreira, vier ao Brasil em gozo de férias extraordinárias; d) 2 (duas) passagens via aérea, quando a sede no exterior não dispuser de assistência médico-hospitalar apropriada e, comprovadamente, dela necessitar, em caráter urgente, o servidor ou seus dependentes; e e) passagens via aérea para o servidor, quando chamado a serviço ao Brasil. § 2º Caso seja necessário utilizar transporte diferente do aéreo, no todo ou em parte, para alcançar o local de destino, são fornecidas as correspondentes passagens por ferrovia, rodovia ou aquavia. § 3º No caso da letra a, do item I, o servidor pode optar por outro meio de transporte, desde que o valor das passagens não ultrapasse o das por via aérea.

§ 4º O transporte só é assegurado àqueles que constarem da declaração de dependentes do servidor. § 5º Falecendo o servidor, os dependentes a que se refere o parágrafo anterior fazem jus a transporte para regresso ao Brasil, na forma da regulamentação desta lei. Art 30. Não tem direito a transporte o servidor: I - removido ou movimentado: a) a pedido; e b) de sede no exterior para o Brasil, a fim de entrar de licença, a qualquer título; e II - compreendido nos itens III e V do artigo 5º, e item IV do artigo 6º. Art 31. O Ministério a que pertence o servidor designado para missão no exterior providencia as passagens e translação da bagagem: I - de ida e de volta, com pagamento em moeda nacional, se a missão é de duração igual ou inferior a 6 (seis) meses; II - de ida, com pagamento em moeda nacional, e de volta, em moeda estrangeira, se a missão é de duração superior a 6 (seis) meses; III - com pagamento em moeda estrangeira, quando já se encontra o servidor em outra missão no exterior. Art 32. O Poder Executivo estabelecerá os limites de cubagem e de peso da bagagem do servidor que podem ser compreendidos no transporte.

SEÇÃO VIII

Das Diárias no Exterior

Art 33. Diária no Exterior é a indenização paga adiantadamente ao servidor para custeio das despesas de alimentação, de pousada e outras decorrentes do afastamento de sua sede, por motivo de serviço no exterior. Parágrafo único. As diárias no exterior são devidas, na forma da regulamentação desta lei, computando-se, também, os dias de partida e de chegada. Art 34. O servidor não tem direito à diária no exterior: I - quando a alimentação e a pousada forem asseguradas pelo Estado; II - cumulativamente com a ajuda de custo de exterior. Parágrafo único. Em serviço no exterior, percebe o servidor diárias em moeda nacional, na forma da legislação específica, no período em que permanecer no Brasil em objeto de serviço. Art 35. O servidor restitui as diárias no exterior: I - integralmente, quando não ocorrer o afastamento da sede; e II - correspondentes aos dias: a) que ultrapassarem o período de afastamento da sede, a serviço, quando este afastamento for menor que o previsto; e b) em que a alimentação e a pousada forem asseguradas pelo Estado. Parágrafo único. As diárias no exterior não são restituídas pelos herdeiros do servidor falecido. Art 36. O Poder Executivo fixará o valor das diárias no exterior, em decreto aplicável a todos abrangidos por esta lei.

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SEÇÃO IX

Do Funeral no Exterior

Art 37. É assegurado sepultamento condigno ao servidor em serviço no exterior. Parágrafo único. São responsáveis pelas providências para sepultamento, pagamento de auxílio-funeral no exterior e traslado do corpo, conforme o caso e na sequência a seguir: a) a organização brasileira em que estava em serviço o servidor;

b) a repartição consular em cuja jurisdição ocorrer o óbito; ou c) a Missão Diplomática no país, na inexistência das outras duas responsáveis. Art 38. O auxílio-funeral no Exterior é o quantitativo destinado a atender às despesas com o funeral do servidor em serviço no exterior, em missão permanente ou transitória. Art 39. O auxílio-funeral no exterior tem o valor da retribuição mensal que o servidor recebia normalmente, no exterior. Art 40. O auxílio-funeral no exterior é pago, imediatamente, a quem de direito, mediante simples apresentação do atestado de óbito. Parágrafo único. Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem reclamação do auxílio-funeral no exterior por quem haja custeado o sepultamento do servidor, o auxílio será pago aos beneficiários da pensão, mediante requerimento à autoridade competente. Art 41. No caso de falecimento de servidor em serviço no exterior, em missão eventual, a União custeia e promove o sepultamento ou traslada o corpo para o Brasil. Parágrafo único. Transladando-se o corpo para o Brasil, o auxílio-funeral, devido no País, é pago em moeda nacional, observadas as disposições legais aplicáveis. Art 42. Em casos especiais, a critério do Poder Executivo, a União pode custear diretamente o sepultamento do servidor falecido em serviço no exterior. Parágrafo único. Nesta hipótese, não cabe direito a qualquer tipo de auxílio-funeral por parte dos beneficiários do falecido. Art 43. Ocorrendo o falecimento do servidor em serviço no exterior, que não esteja acompanhado do cônjuge ou de parente adulto, é assegurado a um membro de sua família o transporte de ida e volta até o local onde se encontra o corpo. Art 44. Falecendo, no exterior, dependentes ou empregado doméstico do servidor, cujo transporte haja sido pago pela União, o traslado do corpo para o Brasil é custeado pelo órgão a que está vinculado o servidor. Art 45. Os dependentes do servidor, falecido quando em serviço no exterior, têm direito ao mesmo tratamento aduaneiro para desembaraço de bagagem que lhe era assegurado ao término de sua missão.

CAPÍTULO III

Disposições Gerais

Art 46. Os proventos de aposentadoria do funcionário público e os de inatividade do militar continuam a ser calculados de acordo com a respectiva legislação específica, baseados unicamente na retribuição ou remuneração no País, neles não devendo ser computadas as somas recebidas, a qualquer título, quando em serviço no exterior. § 1º As contribuições para benefício de família continuarão a ser calculadas de acordo com a legislação específica,

considerando-se, para esse fim, os valores dos descontos efetuados no País. § 2º As pensões devidas aos beneficiários dos servidores que prestem ou hajam prestado serviço no exterior são calculadas de acordo com as normas estabelecidas neste artigo. Art 47. Os descontos ou consignações, obrigatórios ou facultativos, que incidam sobre a retribuição do servidor em serviço no exterior, em ou transitória, são processados na forma estabelecida na regulamentação. Art 48. São assegurados, de acordo com a Lei de Remuneração dos Militar es: I - ao militar em serviço no exterior que realizar exercícios ou cumprir missões previstas, no em parte, nos planos de provas das atividades especiais de vôo em aeronave militar, salto em pára-quedas, imersão em submarino ou mergulho com escafandro ou com aparelho o registro e a apreciação, para fins de homologação, de percepção ou de atualização de quotas de indenização de compensação orgânica a serem consideradas para pagamento, em moeda nacional, a partir da data de regresso ao território nacional; e II - ao militar em campanha no exterior, a remuneração e demais direitos previstos naquela lei. Art 49. A retribuição básica dos Embaixadores não integrantes da carreira diplomática, dos Ministros para Assuntos Comerciais de primeira e segunda classes e Cônsules Privativos é fixada de acordo com os índices da Tabela de Escalonamento Vertical - Servidores Civis, que acompanha esta lei. § 1º A retribuição básica das pessoas sem vínculo com o serviço público, designadas pelo Presidente da República, é fixada, dentro dos índices da Tabela a que se refere este artigo, observando-se os fatores estabelecidos, para a indenização de representação no exterior, nas letras a, b, c e d do§ 1º do artigo 16. § 2º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior ao funcionário público, cujo cargo não tenha nível de vencimento previsto no atual Sistema de Classificação de Cargos do Serviço Civil do Poder Executivo, bem assim ao empregado público. Art 50. É assegurada ao servidor público em serviço no exterior, enquanto permanecer na atual missão, retribuição mensal, no mínimo, igual à retribuição ou remuneração a que tinha direito na data da entrada em vigor desta lei. Art 51. A despesa decorrente da aplicação desta lei correrá à conta dos recursos previstos na Lei de Orçamento para 1973. Art 52. São revogados os Decretos leis nº 7.410, de 23 de março de 1945; nº 995, de 21 de outubro de 1969 e nº 1.227, de 28 de junho de 1972; os §2º e 3º do artigo 15 e os artigos 17,18 e 19 do Decreto-lei nº 9.202, de 26 de abril de 1946; o artigo 43, da Lei nº 488, de 15 de novembro de1948; o parágrafo único do artigo 120, da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952; o artigo 40, o parágrafo único do 41 e o artigo 50, da Lei nº 3.917, de 14 de julho de 1961; o artigo 19 e seus parágrafos, da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963 e o artigo 9º e seu parágrafo único do Decreto-Lei nº 310, de 28 de fevereiro de 1967, e demais dispositivos legais que contrariem a matéria regulada nesta lei. Art 53. Esta lei entra em vigor em 1º de janeiro de1973. Brasília, 10 de outubro de 1972; 151º da Independência e 84º da República.

EMÍLIO G. MÉDICI Alfredo Buzaidi

Adalberto de Barros Nunes Orlando Geisel

Mário Gibson Barboza Antônio Delfim Netto

Mário David Andreazza L. F. Cirne Lima

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Jarbas G. Passarinho Júlio Barata

J. Araripe Macêdo Walter Joaquim dos Santos

Marcus Vinicius Pratini de Moraes Antônio Dias Leite Júnior

João Paulo dos Reis Velloso José Costa Cavalcanti

Hygino C. Corsetti

LEI Nº 6.450, DE 14 DE OUTUBRO DE1977.

Dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Senado Federal decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I

GENERALIDADES

Art. 1º A Polícia Militar do Distrito Federal, instituição permanente, fundamentada nos princípios da hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos §§ 5º e 6º do art. 144 da Constituição Federal, subordinada ao Governador do Distrito Federal, destina-se à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 2º Compete à Polícia Militar do Distrito Federal: (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986) I - executar com exclusividade, ressalvadas as missões peculiares das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da Lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos; (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986) II - atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem; III - atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; e IV - atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa, ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção nos casos previstos na legislação em vigor, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de1986) Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 4º O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal é o responsável pela administração, comando e emprego da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de1986)

TÍTULO II

ORGANIZAÇÃO BÁSICA

CAPÍTULO I

Estrutura Geral

Art. 5º A Polícia Militar do Distrito Federal será estruturada em Comando-Geral, Órgãos de Apoio e Órgãos de Execução.

Art. 6º O Comando-Geral realiza o comando e administração da Corporação, incumbindo-lhe: I - o planejamento em geral, visando à organização da Corporação em todos os pormenores; às necessidades de pessoal e material e ao emprego da Corporação para o cumprimento de suas missões; II - o acionamento, por meio de diretrizes e ordens, dos órgãos de apoio e de execução; III - a coordenação, o controle e a fiscalização da atuação desses órgãos. Art. 7º Incumbe aos órgãos de apoio atender às necessidades de pessoal e de material da Corporação, em cumprimento às diretrizes. Art. 8° Aos órgãos de execução, constituídos pelas Unidades Operacionais da Corporação, incumbe a execução das atividades-fim da Corporação.

CAPÍTULO II

Constituição e Atribuições do Comando-Geral

Art. 9º O Comando-Geral da Corporação compreende: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). I - o Comandante-Geral; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). II - o Subcomandante-Geral; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). III - o Estado-Maior, órgão de planejamento estratégico; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). IV - os departamentos, órgãos de direção-geral; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). V - as diretorias, órgãos de direção setorial; (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). VI - as comissões; e (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). VII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 9.054, de 1995). VIII - as assessorias. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). Parágrafo único. Os cargos de comando, direção geral, direção setorial e assessoramento, definidos como cargo em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO I

Do Comandante Geral

Art. 10. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). § 1º Sempre que a escolha não recair no oficial PM mais antigo da Corporação, terá ele precedência funcional sobre os demais oficiais PM. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986) (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). § 2º O provimento do cargo de Comandante-Geral será feito mediante ato do Governador do Distrito Federal, após aprovação, pelo Ministro do Exército do nome do indicado, observada a formação profissional do oficial para o exercício de Comando. (Redação dada pela Lei nº 7.457, de 1986)(Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 11. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido por coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, nomeado pelo Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

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Art. 12. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO II

Do Estado-Maior

Art. 13. O Estado-Maior, órgão de direção geral, responsável, perante o Comandante-Geral, pelo estudo, planejamento, coordenação, fiscalização e controle de todas as atividades da Corporação, inclusive dos órgãos de direção setorial, constitui o órgão central do sistema de planejamento administrativo, programação e orçamento e encarregado da elaboração de diretrizes e ordens do comando, que acionam os órgãos de direção setorial e os de execução no cumprimento de suas atividades. Art. 14. O Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 (dez) seções, de acordo coma natureza dos assuntos afetos à Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). III - (revogado): (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). a) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). b) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). c) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). d) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). e) (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). f) (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 15. O Chefe do Estado-Maior, principal assessor do Comandante-Geral, dirige, orienta,coordena e fiscaliza os trabalhos do Estado-Maior. Art. 16. O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus impedimentos eventuais. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 17. Os cargos de Subcomandante-Geral e de Chefe do Estado-Maior da Corporação serão exercidos por Oficiais do posto de Coronel PM do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, indicados pelo Comandante-Geral e nomeados pelo Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). § 1º Quando a escolha de que trata este artigo não recair no oficial PM mais antigo no posto, o escolhido terá precedência funcional sobre os demais. § 2º O substituto eventual do Chefe do Estado-Maior será o Subchefe do Estado-Maior. Art. 18. O Subchefe do Estado-Maior auxiliará diretamente o Chefe do Estado-Maior, de acordo com os encargos que lhe forem atribuídos.

SEÇÃO III

Dos Departamentos

(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 19. Os departamentos, em número máximo de6 (seis) e organizados sob a forma de sistema, exercerão suas competências por meio de órgãos de direção setorial que lhes sejam diretamente subordinados, criados mediante ato do Poder Executivo federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). I - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

II - (revogado); (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Parágrafo único. O número de órgãos de direção setorial não poderá exceder ao limite de 5 (cinco) por departamento. (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). Art. 20. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 21. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 22. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

SEÇÃO IV

Da Ajudância-Geral

Art. 23. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009) .

SEÇÃO V

Das Comissões

Art. 24. As Comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-Geral, podendo ser constituídas de membros natos e de membros escolhidos pelo Comandante-Geral, conforme se dispuser em regulamento, e terão caráter permanente e temporário. § 1º A Comissão de Promoção de Oficiais, presidida pelo Comandante-Geral, e a Comissão de Promoção de Praças, presidida pelo Chefe do Estado-Maior, são de caráter permanente. § 2º Sempre que necessário, poderão ser constituídas comissões temporárias, a critério do Comandante-Geral, que especificará a sua finalidade e fixará a sua duração.

SEÇÃO VI

Das Assessorias

Art. 25. As Assessorias, constituídas, eventualmente, para estudo de determinadas matérias que escapem às atribuições normais e específicas dos órgãos de direção, destinam-se a dar flexibilidade à estrutura do Comando da Corporação, particularmente em assuntos especializados. Parágrafo único. As assessorias de que trata este artigo poderão ser constituídas de civis, de reconhecida competência, contratados para esse fim, observada a legislação específica.

CAPÍTULO III

Constituição e Atribuições dos Órgãos de Apoio

Art. 26. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 27. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 28. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 29. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

CAPÍTULO IV

Constituição e Atribuição dos Órgãos de Execução

Art. 30. Os órgãos de execução da Polícia Militar do Distrito Federal são as Unidades de Polícia Militar, organizações que têm a seu cargo a execução das diferentes missões policiais Militar es. Art. 31. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento, sempre que houver necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da

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missão e objetivando a coordenação dessas unidades. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). Art. 32. As unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser de natureza operacional ou de apoio. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 33. Outros tipos de unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser criados, de acordo com a legislação específica e segundo as necessidades do Distrito Federal e evolução da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). Art. 34. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 35. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

TÍTULO III

PESSOAL

CAPÍTULO I

Do Pessoal da Polícia Militar Do Distrito Federal

Art. 36. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 37. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 38. O pessoal civil da Polícia Militar compõe-sede: a) pessoal civil, contratado em regime de CLT; e b) funcionário público civil, lotado na Corporação ou eventualmente colocado à disposição da Polícia Militar.

CAPÍTULO II

Do Efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal

Art. 39. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 40. Respeitado o efetivo fixado em lei, cabe ao Governador do Distrito Federal aprovar, por decreto, os Quadros de Organização – QO, mediante proposta do Comando-Geral da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009).

TÍTULO IV

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

CAPÍTULO I

Disposições Transitórias

Art. 41. A organização básica prevista nesta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). Art. 42. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 43. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 44. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 45. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 46. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009).

CAPÍTULO II

Disposições Finais

Art. 47. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, na forma da legislação em vigor, poderá contratar

pessoal civil para a prestação de serviços de natureza técnica ou especializada, bem como de natureza geral. Art. 48. A organização, funcionamento, transformação, extinção e definição de competências de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a organização básica e os limites de efetivos definidos em lei, ficarão a cargo: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos da organização básica, que compreende o Comando-Geral e os órgãos de direção-geral e direção setorial; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-Geral, em relação aos órgãos de apoio e de execução, não considerados no inciso I. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 49. As atribuições dos dirigentes dos órgãos a que se referem os incisos I e II do art. 48 serão definidas em conformidade com o disposto nesse artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). Art. 50. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições relativas à Polícia Militar do Distrito Federal, contidas no Decreto-Lei n. 9, de 25 de junho de 1966, bem como as demais disposições em contrário. Brasília, 17 de outubro de 1977; 156º da Independência e 89º da República.

ERNESTO GEISEL Armando Falcão

Fernando Bethlem

LEI Nº 6.477, DE 1º DE DEZEMBRO DE1977.

Dispõe sobre o Conselho de Disciplina na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o SENADO FEDERAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Conselho de Disciplina é destinado a julgar da incapacidade do Aspirante-a-Oficial PM ou BM e das demais praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal com estabilidade assegurada, para permanecerem na ativa, criando-lhes, ao mesmo tempo, condições para se defenderem. Parágrafo único - O Conselho de Disciplina pode, também, ser aplicado ao Aspirante-a-Oficial PM ou BM e às demais praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, da reserva remunerada ou reformados, presumivelmente incapazes de permanecerem na situação de inatividade em que se encontram. Art. 2º É submetida a Conselho de Disciplina, ex-officio, a praça referida no artigo 1º, e seu parágrafo único, desta Lei: I - acusada oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social de ter: a) procedido incorretamente no desempenho do cargo; b) tido conduta irregular; ou c) praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor ou o decoro da classe. II - afastada do cargo, na forma da legislação específica, por se tornar incompatível com o mesmo ou demonstrar incapacidade no exercício de funções policiais-Militares ou de bombeiro militar a ele inerentes, salvo se o afastamento é decorrência de fatos que motivem sua submissão a processo;

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III - condenada por crime de natureza dolosa, não previsto na legislação especial concernente à segurança Nacional, em tribunal civil ou militar, apena restritiva de liberdade individual até 2 (dois) anos, tão logo transite em julgado a sentença; ou IV - pertencente a partido político ou associação, suspensos ou dissolvidos por força de disposição legal ou decisão judicial, ou que exerça atividades prejudiciais ou perigosas à Segurança Nacional. Parágrafo único - É considerada pertencente a partido político ou associação a que se refere este artigo, para os efeitos desta Lei, a praça da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal que, ostensiva ou clandestinamente: a) estiver inscrita como seu membro; b) prestar serviços ou angariar valores em seu benefício; c) realizar propaganda de suas doutrinas; ou d) colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloso, em suas atividades. Art. 3º - A praça da ativa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, ao ser submetida a Conselho de Disciplina, é afastada do exercício de suas funções. Art. 4º - A nomeação do Conselho de Disciplina, por deliberação própria ou por ordem superior, é da competência do Comandante-Geral da Corporação. Art. 5º - O Conselho de Disciplina é composto de 3 (três) oficiais da Corporação a que pertença a praça a ser julgada. § 1º - O membro mais antigo do Conselho de Disciplina, no mínimo um oficial intermediário, é o presidente; o que se lhe segue em antiguidade é o interrogante e relator e, o mais moderno, o escrivão. § 2º - Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina: a) o oficial que formulou a acusação; b) os oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau de consanguinidade colateral ou de natureza civil; e c) os oficiais que tenham particular interesse na decisão do Conselho de Disciplina. Art. 6º - O Conselho de Disciplina funciona sempre com a totalidade de seus membros, em local onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a apuração dos fatos. Art. 7º- Reunido o Conselho de Disciplina, convocado previamente por seu presidente, em local, dia e hora designados com antecedência, presente o acusado, o presidente manda proceder à leitura e à autuação dos documentos que constituíram o ato de nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e o interrogatório do acusado, o que é reduzido a auto, assinado por todos os membros do Conselho e pelo acusado, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este oferecidos. Parágrafo único - Quando o acusado é praça da reserva remunerada ou reformado e não é localizado ou deixa de atender à intimação por escrito para comparecer perante o Conselho de Disciplina: a) a intimação publicada em órgão de divulgação na área de domicílio do acusado; e b) o processo corre à revelia, se o acusado não atender à publicação.

Art. 8º - Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito reperguntar ao acusado e às testemunhas sobre o objeto da acusação e propor diligências para o esclarecimento dos fatos. Art. 9º - Ao acusado é assegurada ampla defesa, tendo ele, após o interrogatório, o prazo de 5 (cinco) dias para oferecer suas razões por escrito, devendo o Conselho de Disciplina fornecer-lhe o libelo acusatório, onde se contenham, com minúcias, o relato dos fatos e a descrição dos atos que lhe são imputados. § 1º - O acusado deve estar presente a todas as sessões do Conselho de Disciplina, exceto à sessão secreta de deliberação do relatório. § 2º - Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, perante o Conselho de Disciplina, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar. § 3º - As provas a serem realizadas mediante Carta Precatória são efetuadas por intermédio da autoridade policial-militar ou, na falta desta, da autoridade judiciária local. § 4º - O processo é acompanhado por um oficial: a) indicado pelo acusado, quando este o desejar,para orientação de sua defesa; ou

b) designado pelo Comandante-Geral da Corporação, nos casos de revelia. Art. 10 - O Conselho de Disciplina pode inquirir o acusador ou receber, por escrito, seus esclarecimentos, ouvindo, posteriormente, a respeito, o acusado. Art. 11 - O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão de seus trabalhos, inclusive remessa do relatório. Parágrafo único - O Comandante-Geral da Corporação, por motivos excepcionais, pode prorrogar até 20 (vinte) dias o prazo de conclusão dos trabalhos. Art. 12 - Realizadas todas as diligências, o Conselho de Disciplina passa a deliberar, em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido. § 1º - O relatório, elaborado pelo escrivão e assinado por todos os membros do Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça: a) é, ou não, culpado da acusação que lhe foi feita; ou b) no caso do item III, do artigo 2º, desta Lei, levados em consideração os preceitos de aplicação de pena previstos no Código Penal Militar, está, ou não, incapaz de permanecer na ativa ou na situação em que se encontra na inatividade. § 2º - A decisão do Conselho de Disciplina é tomada por maioria de votos de seus membros. § 3º - Quando houver voto vencido, é facultada a sua justificação por escrito. § 4º - Elaborado o relatório, com um termo de encerramento, o Conselho de Disciplina remete o processo ao Comandante-Geral da Corporação. Art. 13 - Recebidos os autos do processo do Conselho de Disciplina, o Comandante-Geral, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando ou não seu julgamento e, nesse último caso, justificando os motivos de seu despacho, determina: I - o arquivamento do processo, se não julgar a praça culpada ou incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade; II - a aplicação de pena disciplinar, se considera transgressão disciplinar a razão pela qual a praça foi julgada culpada;

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III - a remessa do processo a instância competente se considera crime a razão pela qual a praça foi julgada culpada; ou IV - a exclusão a bem da disciplina ou a remessado processo ao Governador do Distrito Federal propondo a efetivação da reforma, se considerar que: a) se, pelo crime cometido, previsto no item III, do artigo 2º, desta Lei, a praça foi julgada incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade; ou b) a razão pela qual a praça foi julgada culpada está prevista nos itens I, II ou IV, do artigo 2º, desta Lei. § 1º - O despacho que determinar o arquivamento do processo deve ser publicado em Boletim Interno da Corporação e transcrito nos assentamentos da praça, se esta é da ativa. § 2º - A reforma da praça é efetuada no grau hierárquico que possui na ativa, com proventos proporcionais, ao tempo de serviço. Art. 14 - O acusado ou, no caso de revelia, o oficial que acompanhou o processo, pode interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina ou da solução posterior do Comandante-Geral da Corporação. Parágrafo único - O prazo para interposição de recurso é de 10 (dez) dias, contados da data na qual o acusado tem ciência da decisão do Conselho de Disciplina ou da publicação da solução posterior do Comandante-Geral da Corporação. Art. 15 - Cabe ao Governador do Distrito Federal, em última instância, no prazo de 20 (vinte) dias, contados da data do recebimento do processo, julgar os recursos que forem interpostos nos processos oriundos de Conselhos de Disciplina. Art. 16 - Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, as normas do Código de Processo Penal Militar. Art. 17 - Prescrevem-se em 6 (seis) anos, computados da data em que foram praticados, os casos previstos nesta Lei. Parágrafo único - Os casos também previstos no Código Penal Militar como crime, prescrevem-se nos prazos nele estabelecidos. Art. 18 - O Governador do Distrito Federal, atendendo às peculiaridades de cada Corporação, baixará os atos complementares necessários à execução desta Lei. Art. 19 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o § 2º do artigo 49 da Lei nº 6.022, de 3 de janeiro de 1974, o § 2º do artigo 49da lei nº 6.023, de 3 de janeiro de 1974, e as demais disposições em contrário. Brasília, em 01 de dezembro de 1.977; 156º da Independência e 89º da República.

Ernesto Geisel Armando Falcão

LEI Nº 6.577, DE 30 DE SETEMBRO DE1978.

Dispõe sobre o Conselho de Justificação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O Conselho de Justificação é destinado a julgar, através de processo especial, da incapacidade do oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal para permanecer na ativa, criando-lhe, ao mesmo tempo, condições para se justificar.

Parágrafo único - Ao Conselho de Justificação pode, também,

ser submetido o oficial da reserva remunerada ou reformado, presumivelmente incapaz de permanecer na situação de inatividade em que se encontra. Art. 2º - É submetido ao Conselho de Justificação, a pedido ou ex-officio, o oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal: I - acusado oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social de ter: a) procedido incorretamente no exercício do cargo; b) tido conduta irregular; ou c) praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor ou o decoro da classe; II - Considerado não habilitado para o acesso, em caráter provisório, no momento em que venha a ser objeto de apreciação para o ingresso em Quadro de Acesso; III - afastado do cargo, na forma da legislação específica, por se tornar incompatível com o mesmo ou de mostrar incapacidade no exercício de funções policiais-Militares ou de bombeiro militar a ele inerentes, salvo se o afastamento é decorrência de fatos que motivem sua submissão a processo; IV - Condenado por crime de natureza dolosa, não previsto na legislação especial concernente à segurança nacional, em tribunal civil ou militar, à pena restritiva da liberdade individual até dois anos, tão longo transite em julgado a sentença nacional; ou V - pertencente a partido político ou associação, suspensos ou dissolvidos por força de disposição legal ou decisão legal ou decisão judicial, ou que exerça atividades prejudiciais ou perigosas à segurança nacional. Parágrafo único - É considerado pertencente a partido político ou associação a que se refere a este artigo, para os efeitos desta Lei, o Oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal que ostensiva ou clandestinamente: a) estiver inscrito como seu membro; b) prestar serviços ou angariar valores em seu benefício; c) realizar propaganda de suas doutrinas; ou d) colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou doloso, em suas atividades. Art. 3º - O oficial da ativa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal, ao ser submetido ao Conselho de Justificação, é afastado do exercício de suas funções: I - automaticamente, nos casos dos itens IV e V, do artigo 2º, desta Lei; II - a critério do respectivo Comandante-Geral no caso do item I, do artigo 2º, desta Lei. Art. 4º - A nomeação do conselho de justificação é da competência do Governador do Distrito Federal. § 1º - O Governador do Distrito Federal pode, com base nos antecedentes do oficial a ser julgado e na natureza ou falta de consistência dos fatos argüidos, considerar improcedente a acusação e indeferir, em conseqüência, o pedido de nomeação do Conselho de Justificação. § 2º - O indeferimento do pedido de nomeação do Conselho de Justificação, devidamente fundamentado, deve ser publicado no boletim do Comando Geral e transcrito nos assentamentos do oficial, se este for da ativa.

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Art. 5º - O Conselho de Justificação é composto de três oficiais da ativa, da Corporação a que pertencer justificante, de posto superior ao seu. § 1º O membro mais antigo do Conselho de Justificação, no mínimo um oficial superior, da ativa, é o presidente; o que se lhe segue em antigüidade é o interrogante e relator e, o mais moderno, o escrivão. § 2º Não podem fazer parte do Conselho de Justificação: a) o oficial que formulou a acusação; b) os oficiais que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, parentesco consangüíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau consangüinidade colateral ou de natureza civil; c) os oficiais subalternos. § 3º - Quando o justificante é oficial superior do último posto existente na Corporação, os membros do Conselho de Justificação serão nomeados dentre os oficiais daquele posto, da ativa ou na inatividade, mais antigos que o justificante. § 4º - Não havendo na Corporação oficiais que preencham as condições do parágrafo anterior, o Conselho será completado ou formado com oficiais do mesmo posto do justificante, do Exercício Brasileiro, mediante solicitação do Governador do Distrito Federal ao Ministro do Exército. § 5º - Quando o justificante é oficial da reserva remunerada ou reformado, um dos membros do Conselho de Justificação pode ser da reserva remunerada. § 6º - O Conselho de Justificação funciona sempre com a totalidade de seus membros, em local onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a apuração dos fatos. Art. 7º - Reunido o Conselho de Justificação, convocado previamente por seu presidente, em local, dia e hora designados com antecedência, presente e justificante, o presidente manda proceder à leitura e à autuação dos documentos que constituíram o ato de nomeação do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e o interrogatório do justificante, o que reduzido a auto, assinado por todos os membros do Conselho e pelo justificante, fazendo-se a juntada de todos os documentos por este oferecidos. Parágrafo único - Quando o justificante é oficial da reserva remunerada ou reformado e não é localizado ou deixa de atender à intimação por escrito para comparecer perante o Conselho de Justificação: a) a intimação é publicada em órgão de divulgação na área de domicílio do justificante; e b) o processo corre à revelia, se o justificante não atender a publicação. Art. 8º - Aos membros do conselho de justificação é lícito reperguntar ao justificante e às testemunhas sobre o objeto da acusação e propor diligência para esclarecimento dos fatos. Art. 9º - Ao justificante é assegurada ampla defesa, tendo ele, após o interrogatório, o prazo de cinco dias para oferecer suas razões por escrito, devendo o Conselho de Justificação fornecer-lhe o libelo acusatório, onde contenha, com minúcias, o relato dos fatos e a descrição dos atos que são imputados. § 1º - O justificante deve estar presente a todas as sessões do Conselho de Justificação, exceto à sessão secreta de deliberação do relatório. § 2º - Em sua defesa, pode o justificante requerer a produção, perante o Conselho de Justificação, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar.

§ 3º - As provas a serem realizadas mediante Carta Precatória são efetuadas por intermédio da autoridade policial militar ou, na falta desta, da autoridade judiciária local. Art. 10 - O Conselho de Justificação pode inquirir o acusador ou receber, por escrito, seus esclarecimentos, ouvindo, posteriormente, a respeito, o justificante. Art. 11 - O Conselho de Justificação dispõe de um prazo de trinta dias, a contar da data de sua nomeação, para a conclusão de seus trabalhos inclusive a remessa do relatório. Parágrafo único - A autoridade nomeante, por motivos excepcionais, pode prorrogar até vinte dias o prazo de conclusão dos trabalhos. Art. 12 - Realizadas todas as diligências, o Conselho de Justificação passa a deliberar, em sessão secreta, sobre o relatório a ser regido. § 1º - O relatório, elaborado pelo escrivão e assinado por todos os membros do Conselho de Justificação, deve julgar se o justificante: a) é, ou não, culpado da acusação que lhe foi feita; ou b) no caso do item II, do artigo 2º, desta Lei, está, ou não, sem habilitação para o acesso, em caráter definitivo; ou c) no caso do item IV, do artigo 2º, desta Lei, levados em consideração os preceitos de aplicação da pena previstos no Código Penal Militar, está, ou não, incapaz de permanecer na ativa ou na situação em que se encontra na inatividade. § 2º - A deliberação do Conselho de Justificação é tomada por maioria de votos e seus membros. § 3º - Quando houver voto vencido, é facultada a sua justificação por escrito. § 4º - Elaborado o relatório, com um termo de encerramento, o Conselho de Justificação remete o processo ao Governador do Distrito Federal, por intermédio do Comandante Geral da Corporação. Art. 13 - Recebidos os autos do processo do Conselho de Justificação, o Governador do Distrito Federal, dentro do prazo de vinte dias, aceitando ou não seu julgamento e, neste último caso, justificando os motivos de seu despacho, determina: I - o arquivamento do processo, se considera procedente a justificação; II - a aplicação de pena disciplinar, se considera transgressão disciplinar a razão pela qual o oficial foi julgado culpado; III - na forma da legislação específica, a adoção das providências necessárias à transferência para a reserva remunerada, se o oficial for considerado não habilitado para o acesso em caráter definitivo; IV - a remessa ao processo à instância competente, se considera crime a razão pela qual o oficial foi considerado culpado, ou V - a remessa do processo ao Tribunal a que competir a 2ª Instância da Justiça Militar do Distrito Federal: a) se a razão pela qual o oficial foi julgado culpado está prevista nos itens I, III e V do artigo 2º desta Lei; ou b) se, pelo crime cometido, previsto no item IV, do artigo 2º, desta Lei, o oficial foi julgado incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade. Parágrafo único - O despacho que julgou procedente a justificação deve ser publicado oficialmente e transcrito nos assentamentos do oficial, se este é da ativa.

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Art. 14 - É da competência do Tribunal de Justiçado Distrito Federal julgar, em instância única, os processos oriundos dos Conselhos de Justificação, a ele remetidos pelo Governador do Distrito Federal. Art. 15 - No Tribunal de Justiça do Distrito Federal, distribuído o processo, é o mesmo relatado por um dos seus membros que, antes, deve abrir prazo de cinco dias para a defesa se manifestar por escrito sobre a decisão do Conselho de Justificação. Parágrafo único - Concluída esta fase, é o processo submetido a julgamento. Art. 16 - O Tribunal de Justiça do Distrito Federal, caso julgue provado que o oficial é culpado do ato ou fato previsto nos itens I, III e V, do artigo 2º, desta Lei, ou que, pelo crime cometido, previsto no item IV, do artigo 2º, desta Lei, é incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade, deve conforme o caso: I - declará-lo indigno do oficialato ou com ele incompatível, determinado a perda de seu posto e patente; ou II - determinar sua reforma. § 1º - A reforma do oficial é efetuada no posto que possui na ativa, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. § 2º - A reforma do oficial ou sua demissão ex officio, consequente da perda de posto e patente, conforme o caso, é efetuada por ato do Governador do Distrito Federal, tão logo seja publicado o acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Art. 17 - Aplicam-se a esta Lei, subsidiariamente, as normas do Código de Processo Penal Militar. Art. 18 - Prescrevem-se em seis anos, computados da data em que foram praticados, os casos previstos nesta Lei. Parágrafo único - Os casos também previstos no Código Penal Militar, como crime, prescrevem-se nos prazos nele estabelecidos. Art. 19 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 20 - Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 30 de setembro de 1978; 157º da Independência e 90º da República.

Ernesto Geisel Armando Falcão

LEI Nº 6.577, DE 30 DE SETEMBRO DE1978

Dispõe sobre o Conselho de Justificação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras providências.

(PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL DE 3 DEOUTUBRO DE1978)

RETIFICAÇÃO

Na página nº 16.038, na 2a coluna, no artigo 18, ONDE SE LÊ: Prescrevem-se em seis anos, . LEIA-SE: Prescrevem em seis anos, .. Na mesma página e coluna, no artigo 18, Parágrafo único, ONDE SE LÊ: .., prescrevem-se nos prazos .... LEIA-SE:

..., prescrevem nos prazos

LEI Nº 7.289, DE 18 DE DEZEMBRO DE1984.

Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o SENADO FEDERAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

ESTATUTO DOS POLICIAIS-MILITAR ES DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

TÍTULO I

Generalidades

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigação, deveres, direitos e prerrogativas dos Policiais-Militares da Polícia Militar do Distrito Federal. Art 2º - A Polícia Militar do Distrito Federal, organizada com base na hierarquia e disciplina, considerada força auxiliar reserva do Exército, é destinada à manutenção da ordem pública e segurança interna do Distrito Federal. Art 3º - Os integrantes da Polícia Militar, em razão da destinação a que se refere o artigo anterior, natureza e organização, formam uma categoria especial de servidores públicos do Distrito Federal, denominados policiais-Militar es. § 1º - Os policiais-Militares encontram-se em uma das seguintes situações: I - na ativa: a) os de carreira; b) os incluídos na Polícia Militar, voluntariamente, durante os prazos a que se obriguem a servir; c) os componentes da reserva remunerada da Polícia Militar, convocados ou designados para o serviço ativo; e d) os alunos de órgãos de formação de policiais- Militar es; II - na inatividade: a) os da reserva remunerada, percebendo remuneração do Distrito Federal e sujeitos à prestação de serviço na ativa, mediante convocação; e b) os reformados, quando, tendo passado por uma das situações anteriores, estiverem dispensados,definitivamente da prestação de serviço na ativa,continuando, entretanto, a perceber remuneração do Distrito Federal. § 2º - Os policiais-Militares de carreira são os que,no desempenho voluntário e permanente do serviço policial-militar, têm vitaliciedade assegurada ou presumida. Art 4º - O serviço policial-militar consiste no exercício de atividade inerente à Polícia Militar e compreende todos os encargos previstos na legislação específica, relacionados com a manutenção da ordem pública e segurança interna. Art 5º - A carreira policial-militar é caracterizada pela atividade continuada e inteiramente devotadas às finalidades precípuas da Polícia Militar,denominada atividade policial-militar. § 1º - A carreira policial-militar é privativa do policial em atividade; inicia-se com o ingresso Polícia Militar e obedece à sequência degraus hierárquicos.

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§ 2º - A carreira de Oficial da Polícia Militar é privativa de brasileiros natos. Art. 6º São equivalentes as expressões "na ativa","da ativa", "em serviço ativo", "em serviço na ativa","em serviço", "em atividade", e "em atividade policial-militar", conferidas aos policiais-Militares no desempenho de cargo, comissão, encargo,incumbência ou missão, serviço ou exercício de função policial-militar ou consideradas de natureza policial-militar, nas Organizações Policiais-Militares da Polícia Militar do Distrito Federal, bem como em outros órgãos do Governo do Distrito Federal ou da União, quando previstos em lei ou regulamento. Art 7º - A condição jurídica dos policiais-Militares do Distrito Federal é definida pelos dispositivos constitucionais que lhes forem aplicáveis, por este Estatuto, pelas leis e pelos regulamentos que lhes outorgam direitos e prerrogativas e lhes impõem deveres e obrigações. Art 8º - O disposto neste Estatuto aplica-se, no que couber, aos policiais-Militares reformados e aos da reserva remunerada. Art 9º - Além da convocação compulsória, prevista no art. 3º, inciso II, letra “a”, deste Estatuto, os integrantes da reserva remunerada poderão, ainda,ser excepcionalmente designados para o serviço ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária. Parágrafo único - A designação para o serviço ativo, em caráter transitório e mediante aceitação voluntária, ser regulamentada pelo Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

Do Ingresso na Polícia Militar

Art. 10. O ingresso na Polícia Militar do Distrito Federal dar-se-á mediante concurso público de provas ou de provas e títulos, observadas as condições prescritas neste Estatuto, em leis e em regulamentos da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005) Art. 11. Para matrícula nos cursos de formação dos estabelecimentos de ensino da Polícia Militar,além das condições relativas à nacionalidade,idade, aptidão intelectual e psicológica, altura,sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral,obrigações eleitorais, aprovação em testes toxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal.(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). § 1º A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput deste artigo é de 18 (dezoito) anos,sendo a máxima de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingresso nos Quadros que exijam formação superior com titulação específica, e de 30 (trinta) anos nos demais Quadros, não se aplicando os limites máximos aos policiais Militares da ativa da Corporação. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). § 2º Os limites mínimos de altura para a matrícula a que se refere o caput são, com os pés nus e arábica descoberta, de um metro e sessenta e cinco centímetros para homens e um metro e sessenta centímetros para mulheres. (Incluído pela Lei nº 11.134, de 2005) § 3º Ato do Governador do Distrito Federal regulamentará as normas para a matrícula nos estabelecimentos de ensino da Polícia Militar,mediante proposta de seu Comandante-Geral,observando-se as exigências profissionais da atividade e da carreira policial. (Incluído pela Lei nº11.134, de 2005) Art 12 - A inclusão nos Quadros da Polícia Militar obedecerá ao voluntariado, de acordo com este Estatuto e regulamentos da Corporação,respeitadas as prescrições da Lei do Serviço Militar e seu regulamento.

Parágrafo único - É vedada a reinclusão, salvo quando para dar cumprimento à decisão judicial e nos casos de deserção, extravio e desaparecimento.

CAPÍTULO III

Da Hierarquia Policial-Militar e da disciplina

Art 13 - A hierarquia e a disciplina são a base institucional da Polícia Militar, crescendo a autoridade e a responsabilidade com a elevação do grau hierárquico. § 1º - A hierarquia é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia Militar, por postos e graduações. Dentro de um mesmo posto ou graduação, a ordenação faz-se pela antiguidade nestes, sendo o respeito à hierarquia consubstanciado no espírito de acatamento da autoridade. § 2º - Disciplina é a rigorosa observância e acatamento integral da legislação que fundamenta o organismo policial-militar e coordena seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo, perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desseorganismo. § 3º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as circunstâncias pelos policiais-militares em atividade ou na inatividade. Art 14 - Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os policiais-militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo. Art 15 - Os círculos hierárquicos e a escala hierárquica na Polícia Militar são os fixados nos parágrafos e quadros seguintes. § 1º - Posto é o grau hierárquico do Oficial, conferido por ato do Governador do Distrito Federal e confirmado em Carta Patente. § 2º - Graduação é o grau hierárquico da Praça, conferido pelo Comandante-Geral da Corporação. § 3º - Os Aspirantes-a-Oficial PM e Alunos da Escola de Formação de Oficiais Policiais-Militar essão denominados Praças Especiais. § 4º - Os graus hierárquicos inicial e final dos diversos Quadros de Oficiais e Praças são fixados, separadamente, para cada caso. § 5º - Sempre que o policial-militar da reserva remunerada ou reformado fizer uso do posto ou graduação, deverá fazê-lo com as abreviaturas respectivas de sua situação.

CÍRCULO E ESCALA HIERÁRQUICA NA POLÍCIA MILITAR

HIERARQUIZAÇÃO

POSTOS E GRADUAÇÕES

Círculo de Oficiais Superiores

Coronel PM

Tenente-Coronel PM

Major PM

Círculo de Oficiais Intermediários

Capitão PM

Círculo de Oficiais Subalternos

Primeiro-Tenente PM

Segundo-Tenente PM

PRAÇAS ESPECIAIS

Frequentam o Círculo de Oficial Subalternos

Aspirante-a-Oficial PM

Excepcionalmente ou em reuniões sociais, têm acesso ao Círculo de Oficiais.

Aluno-Oficial PM

CÍRCULO DE PRAÇAS

GRADUAÇÕES

Círculo de Subtenentes e Sargentos

Subtenente PM

Primeiro-Sargento PM

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Segundo-Sargento PM

Terceiro-Sargento PM

Círculo de Cabos e Soldados

Cabo PM

Soldado PM 1ª Classe

Soldado PM 2ª Classe

Art 16 - A precedência entre os Policiais-Militares da ativa, do mesmo grau hierárquico, é assegurada pela antiguidade no posto ou na graduação, salvo nos casos de precedência funcional estabelecida em lei ou regulamento. § 1º A antiguidade em cada posto ou graduação à contada a partir da data da assinatura do ato da respectiva promoção, nomeação, declaração ou inclusão, salvo quando estiver taxativamente fixada outra data. § 2º - No caso de ser igual a antiguidade referida no parágrafo anterior, é ela estabelecida: I - entre os policiais-Militares do mesmo Quadro,pela posição nas respectivas escalas numéricas ou registros existentes na Corporação; Il - nos demais casos, pela antiguidade no posto ou graduação anterior; se, ainda assim, subsistirigualdade de antiguidade, recorrer-se-á,sucessivamente, aos graus hierárquicos anteriores,à data de Praça e à data de nascimento paradefinir a precedência e, neste último caso, o demais idade será considerado o mais antigo; III - entre os alunos de um mesmo órgão deformação de policiais-Militar es, de acordo com oregulamento do respectivo órgão, se não estiveremespecificamente enquadrados nos incisos I e II; e IV - na existência de mais de uma data de Praça,prevalece a antiguidade do policial-militar da últimaPraça na Corporação se não estiver,especificamente, enquadrado nos incisos I, II e III. § 3º - Em igualdade de posto ou graduação, ospoliciais-Militares em atividade têm precedênciasobre os da inatividade. § 4º - Em igualdade de Posto ou graduação, a precedência entre policiais-Militares de carreira naativa e os da reserva remunerada, quandoestiverem convocados ou designados para o serviço ativo, é definida pelo tempo de efetivo serviço no posto ou graduação. § 5º - Nos casos de nomeação coletiva a hierarquiaserá definida em consequência dos resultados doconcurso a que forem submetidos os candidatos à Polícia Militar. Art 17 - A precedência entre as Praças Especiais oas demais Praças assim regulada: I - os Aspirantes-a-Oficial PM são hierarquicamentesuperiores às demais Praças e frequentam oCírculo de Oficiais Subalternos; II - os Alunos de Escola de Formação de Oficiaissão hierarquicamente superiores aos SubtenentesPM; e III - os Cabos PM têm precedência sobre os Alunosdo Curso de Formação de Sargentos, que a elessão equiparados, respeitada a antiguidade relativa. Art 18 - Na Polícia Militar será organizado o registrode todos os Oficiais Graduados, em atividade,cujos resumos e constarão dos Almanaques da Corporação. § 1º - os Almanaques, um para Oficiais eAspirantes-a-Oficial e outro para Subtenentes eSargentos da Polícia Militar conterão,respectivamente, a relação nominal de todos osOficiais e Aspirantes-a-Oficial, Subtenentes eSargentos em atividade, distribuídos por seusQuadros, de acordo com seus postos, graduaçõese antiguidade.

§ 2º - A Polícia Militar manterá um registro de todosos dados referentes ao pessoal da reserva remunerada, dentro das respectivas escalasnuméricas segundo instruções baixadas peloComandante-Geral. Art 19 - O Aluno-Oficial PM, por conclusão docurso, será declarado Aspirante-a-Oficial PM porato do Comandante-Geral, na forma especificadaem regulamento. Art 20 - O ingresso na carreira de Oficial será porpromoção do Aspirante-a-Oficial PM para o Quadrode Oficiais Policiais-Militares e, mediante concursoentre diplomados por faculdades civis reconhecidaspelo Governo Federal, para o Quadro de OficiaisPoliciais-Militares de Saúde. Parágrafo único - Para os demais quadrosprevistos na Organização Básica da Polícia Militar do Distrito Federal, o ingresso na carreira de Oficialserá regulado por legislação específica ou peculiar.

CAPÍTULO IV

Do Cargo e da Função Policial-Militar

Art 21 - Cargo policiaI-militar é um conjunto dedeveres e responsabilidades cometidos aopolicialMilitar em serviço ativo. § 1º - O cargo policial-militar a que se refere este artigo é o que se encontra especificado nosQuadros da Organização ou previsto, caracterizadoou definido como tal em outras disposições legais. § 2º - As atribuições e obrigações inerente ao cargopolicial-militar devem ser compatíveis com ocorrespondente grau hierárquico e, no caso dapolicial-militar, com as restrições fisiológicaspróprias, tudo definido em legislação ouregulamentação específica. Art 22 - Os cargos policiais-Militares são providoscom pessoal que satisfaça os requisitos de grauhierárquico e de qualificação exigidos para o seudesempenho. Parágrafo único - O provimento de cargopolicialmilitarse faz por ato de nomeação, de designaçãoou determinação expressa de autoridade competente. Art 23 - O cargo policial-militar é considerado vagoa partir de sua criação ou desde o momento emque o policial-militar exonerado, dispensado ou quetenha recebido determinação expressa deautoridade competente (VETADO), o deixe e atéque outro policial-militar tome posse, de acordo com a norma de provimento previsto no parágrafoúnico do art. 22. Parágrafo único - Consideram-se também vagos os cargos policiais-Militares cujos ocupantes tenhamfalecido ou hajam sido considerados desertores ou extraviados. Art 24 - Função policial-militar é o exercício dasobrigações inerentes do cargo policial-militar. Art 25 - Dentro de uma mesma OrganizaçãoPolicial-Militar, a sequência de substituição paraassumir cargo ou responder por funções, bem como as normas, atribuições e reponsabilidadesrelativas, são estabelecias na legislação específica,respeitadas a precedência e a qualificação exigidapara o cargo ou para o exercício da função. Art 26 - O policial-militar, ocupante de cargoprovido em caráter efetivo ou interino, de acordo com o parágrafo único do art. 22, faz jus aosdireitos correspondentes ao cargo, conformeprevisto em lei. Art 27 - As atribuições que, pela generalidade,peculiaridade, duração, vulto ou natureza, não sãocatalogadas como posições tituladas em Quadrosde Organização ou dispositivo legal, são cumpridascomo encargos, comissão, incumbência, serviço ouexercício de função policial-militar ou como talconsiderada.

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Parágrafo único - Aplica-se, no que couber, oencargo, incumbência, comissão, serviço ouexercício de função policial-militar, o disposto nesteCapítulo para cargo policial-militar.

TÍTULO II

DAS OBRIGAÇÕES E DOS DEVERES POLICIAIS-MILITAR ES

CAPÍTULO I

Das Obrigações Policiais-Militar es

SEÇÃO I

Do valor Policial-Militar

Art 28 - São manifestações essenciais do valorpolicial-militar: I - o patriotismo, traduzido pela vontade inabalávelde cumprir o dever policial-militar e pelo solenejuramento de fidelidade à Pátria, até com osacrifício da própria vida; II - o civismo e o culto das tradições históricas; III - a fé na missão elevada da Polícia Militar; IV - o amor à profissão e o entusiasmo com que aexerce; V - o aprimoramento técnico-profissional; VI - o espírito de corpo e o orgulho pelaCorporação; e VII - a dedicação na defesa da sociedade.

SEÇÃO II

Da Ética Policial Militar

Art 29 - O sentimento do dever, o pundonor policialMilitar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes da Polícia Militar, conduta moral eprofissional irrepreensíveis, com observância dosseguintes preceitos da ética policial-militar: I - amar a verdade e a responsabilidade, comofundamentos da dignidade pessoal; II - exercer, com autoridade, eficiência e probidade,as funções que lhe couberem em decorrência docargo; III - respeitar a dignidade da pessoa humana; IV - cumprir e fazer cumprir as leis, osregulamentos, as instruções e as ordens dasautoridades competentes; V - ser justo e imparcial nos julgamentos dos atos ena apreciação do mérito dos subordinados; VI - zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual efísico e, também, pelo dos subordinados, tendo emvista o cumprimento da missão comum; VII - praticar a camaradagem e desenvolver,permanentemente, o espírito de cooperação; VIII - empregar todas as suas energias embenefício do serviço; IX - ser discreto em suas atitudes e maneiras e emsua linguagem escrita e falada; X - abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado,de matéria sigilosa de qualquer natureza; XI - acatar as autoridades civis; XII - cumprir seus deveres de cidadão; Xlll - proceder de maneira ilibada na vida pública, eparticular;

XIV - garantir a assistência moral e material ao seular e conduzir-se como chefe de família modelar; XV - comportar-se mesmo fora do serviço ou na inatividade, de modo que não sejam prejudicadosos princípios da disciplina, do respeito e do decoropolicial-militar; XVI - observar as normas de boa educação; XVII - abster-se de fazer uso do posto ou graduação para obter facilidades pessoais dequalquer natureza ou para encaminhar negóciosparticulares ou de terceiros; XVIII - abster-se, na inatividade, do uso dasdesignações hierárquicas quando: a) em atividades político-partidárias; b) em atividades comerciais; c) em atividades industriais; d) para discutir ou provocar discussões pelaimprensa a respeito de assuntos políticos oupoliciais-Militar es, excetuando-se os de naturezaexclusivamente técnica, se devidamenteautorizado; e e) no exercício de cargo ou função de naturezacivil, mesmo que seja da administração pública. XIX - zelar pelo bom nome da Polícia Militar e decada um de seus integrantes, obedecendo efazendo obedecer aos preceitos da éticapolicialmilitar. Art 30 - Ao policial-militar da ativa é vedadocomerciar ou tomar parte na administração ougerência de sociedade ou deIa ser sócio ouparticipar, exceto como acionista ou quotista emsociedade anônima ou por quotas deresponsabilidade limitada. § 1º - Os integrantes da reserva remunerada,quando convocados ou designados para o serviço ativo, ficam proibidos de tratar nas OrganizaçõesPoliciais-Militares e nas repartições civis, deinteresse de organizações ou empresas privadasde qualquer natureza. § 2º - Os policiais-Militar es, em atividade, podemexercer diretamente a gestão de seus bens, desde que não infrinjam o disposto no posto no presenteartigo. § 3º - No intuito de desenvolver a práticaprofissional, é permitido aos Oficiais titulados noQuadro de Saúde o exercício de atividadetécnicoprofissional,no meio civil, desde que tal prática nãoprejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo. Art 31 - O Comandante-Geral poderá determinaraos policiais-Militares da ativa que, no interesse dasalvaguarda da dignidade dos mesmos, informemsobre a origem e natureza dos seus bens, quandohaja razões que recomendem tal medida.

CAPÍTULO II

Dos Deveres Policiais-Militar es

SEÇÃO I

Da Conceituação

Art 32 - Os deveres policiais-Militares emanam devínculos racionais e morais que ligam opolicialmilitarà comunidade do Distrito Federal e à suasegurança, compreendendo, essencialmente. I - a dedicação integral ao serviço policial-militar e afidelidade à instituição a que pertence, mesmo como sacrifício da própria vida; II - a culto aos Símbolos Nacionais; III - a probidade e a lealdade em todas ascircunstâncias;

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IV - a disciplina e o respeito à hierarquia; V - o rigoroso cumprimento das obrigações eordens; VI - a obrigação de tratar o subordinadodignamente e com urbanidade; VIl - o trato urbano, cordial e educado para com oscidadãos; VIII - a manutenção da ordem pública; e lX - a segurança da comunidade.

SEÇÃO II

Do Compromisso Policial-Militar

Art 33 - Após ingressar na Polícia Militar, medianteinclusão, matrícula, ou nomeação, o policial-militarprestará compromisso de honra, no qual afirmará asua aceitação consciente das obrigações e dosdeveres policiais-Militares e manifestará a suafirme disposição de bem cumpri-los. Art 34 - O compromisso a que se refere o artigoanterior terá caráter solene e será prestado napresença de tropa, tão logo o policial-militar tenhaadquirido o grau de instrução compatível com operfeito entendimento de seus deveres comointegrante da Polícia Militar, conforme os seguintesdizeres: "Ao ingressar na Polícia Militar do Distrito Federal, prometo regular minha conduta pelospreceitos da moral, cumprir rigorosamente asordens das autoridades a que estiver subordinadoe dedicar-me inteiramente ao serviço policialmilitar,à manutenção da ordem pública e à segurança da comunidade, mesmo com o risco daprópria vida". § 1º - O compromisso do Aspirante-a-Oficial PM éprestado na solenidade de declaração deaspirante-a-Oficial, de acordo com o cerimonialprevisto no regulamento do estabelecimento de ensino. § 2º O compromisso do Oficial PM terá osseguintes dizeres: "Perante a Bandeira do Brasil epela minha honra, prometo cumprir os deveres deOficial da Polícia Militar do Distrito Federal ededicar-me inteiramente ao seu serviço".

SEÇÃO III

Do Comando e da Subordinação

Art 35 - O Comando, como soma de autoridade,deveres a responsabilidades de que o policialmilitaré investido, legalmente, quando conduzhomens ou dirige uma Organização Policial-Militar,vincula-se ao grau hierárquico e constitui umaprerrogativa impessoal, em cujo exercício opolicialmilitarse define e se caracteriza como chefe. § 1º- Aplica-se à Direção e à Chefia daOrganização Policial-Militar, no que couber, oestabelecido para o Comando. § 2º - (VETADO). Art 36 - A subordinação não afeta, de modo algum,a dignidade pessoal do policial-militar e decorre,exclusivamente, da estrutura hierarquizada da Polícia Militar. Art. 37. O oficial é preparado, ao longo da carreira,para o exercício do Comando, da Chefia e daDireção das Organizações Policiais-Militar es. § 1º Para o provimento do cargo de Comandantede Organização Policial-Militar Independente, cujo Comando seja privativo de Oficial do Posto deCapitão PM, somente poderá ser designado Oficialpossuidor de Curso de Aperfeiçoamento deOficiais. § 2º É o Governo do Distrito Federal obrigado, noprazo de 5 (cinco) anos, a proceder à criação daAcademia de Policia

Militar, onde funcionarão,regularmente, os cursos de Formação de Oficiais,de Aperfeiçoamento de Oficiais e Superior dePolícia. Art 38 - Os Subtenentes e Sargento auxiliam oucomplementam as atividades dos Oficiais, quer noadestramento e emprego de meios, quer nainstrução e administração. Parágrafo único - No exercício das atividadesmencionadas neste artigo e no comando deelementos subordinados, os Subtenentes eSargentos deverão impor-se pela lealdade, peloexemplo e peIa capacidade técnico-profissional,incumbindo-lhes assegurar a observânciaminuciosa e ininterrupta das ordens, das regras do serviço e das normas operativas pelas Praças quelhes estiverem diretamente subordinadas e a manutenção da sua coesão e do seu moral, emtodas as circunstâncias. Art 39 - Os Cabos e Soldados são essencialmenteelementos de execução. Art 40 - As Praças Especiais cabe a rigorosaobservância das prescrições dos regulamentos doEstabelecimento de Ensino policial-militar, ondeestiverem matriculados, exigindo-se lhes inteiradedicação ao estudo e ao aprendizado técnicoprofissional. Art 41 - Ao Policial-Militar cabe a responsabilidadeintegral pelas decisões que tomar, pelas ordensque emitir e pelos atos que praticar.

CAPÍTULO III

Da Violação das Obrigações e dos Deveres

Policiais-Militar es

SEÇÃO I

Da Conceituação

Art 42 - A violação das obrigações ou dos deverespoliciais-Militares constituirá crime, contravençãoou transgressão disciplinar, conforme dispuser a legislação ou regulamentação específica ou peculiar. § 1º - A violação dos preceitos da ética policialmilitaré tão mais grave quanto mais elevado for ograu hierárquico de quem a cometer. § 2º - No concurso de crime militar de transgressãodisciplinar, será aplicada somente a pena relativaao crime. Art 43 - A inobservância ou falta de exação no cumprimento dos deveres especificados nas Leis eregulamentos acarreta, para o policial-militar,responsabilidade funcional, pecuniária, disciplinarou penal, consoante a legislação especifica oupeculiar em vigor. Parágrafo único - A apuração da responsabilidadefuncional, pecuniária, disciplinar ou penal, poderáconcluirpela incompatibilidade do policial-militarcom o cargo ou pela incapacidade do exercício dasfunções policiais-Militares a ele inerentes. Art 44 - O policial-militar que, por sua atuação, setornar incompatível com o cargo ou demonstrarincapacidade no exercício de funções policiaisMilitar esa ele inerentes, será afastado do cargo. § 1º - São competentes para determinar o imediatoafastamento do cargo ou o impedimento doexercício da função: I - o Governador do Distrito Federal; II - o Comandante-Geral; e III - os Comandantes, os Chefes e os Diretores deOrganização Policial-Militar-OPM, na conformidadeda legislação ou regulamentação específica oupeculiar sobre a matéria.

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§ 2º - o policial-militar afastado do cargo, nascondições mencionadas neste artigo, ficará privadodo exercício de qualquer função policial-militar, atéa solução do processo ou das providências legaisque couberem no caso. Art 45 - São proibidas quaisquer manifestaçõescoletivas, tanto sobre atos de superiores quanto asde caráter reivindicatório ou político.

SEÇÃO II

Dos Crimes Militar es

Art 46 - Aplicam-se, no que couber, aos policiaisMilitar es,as disposições estabelecidas na legislação Penal Militar.

SEÇÃO III

Das Transgressões Disciplinares

Art 47 - O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará e classificará as transgressõese estabelecerá as normas relativas à amplitude eaplicação das penas disciplinares, a classificaçãodo comportamento do policial-militar e ainterposição de recursos contra as penasdisciplinares. § 1º - A pena disciplinar de detenção ou prisão nãopode ultrapassar de trinta dias. § 2º - A Praça Especial aplicam-se, também, asdisposições disciplinares previstas no regulamentodo estabelecimento do ensino onde estivermatriculada.

SEÇÃO IV

Dos Conselhos de Justificação e Disciplina

Art 48 - O Oficial, presumivelmente incapaz depermanecer como policial-militar da ativa será, na forma da legislação específica, submetido aConselho de Justificação. § 1º - O Oficial, ao ser submetido a Conselho deJustificação, deverá ser afastado do exercício de suas funções, conforme estabelecido em legislaçãoespecífica. § 2º - Compete ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal julgar os processos oriundos dosConselhos de Justificação, na forma estabelecida em lei especifica. § 3º - A Conselho de Justificação poderá, também,ser submetido o Oficial da reserva remunerada oureformado, presumivelmente incapaz depermanecer na situação de inatividade em que seencontra. Art 49 - O Aspirante-a-Oficial PM, bem como asPraças com estabilidade assegurada,presumivelmente incapazes de permanecer comopoliciais-Militares da ativa, serão submetidos aConselho de Disciplina e afastados das atividadesque estiverem exercendo, na forma da legislaçãoespecífica. § 1º - Cabe ao Governador do Distrito Federal, emúltima instância, julgar os recursos que foreminterpostos nos processos oriundos de Conselhode Disciplina. § 2º - A Conselho de Disciplina poderá, também,ser submetido a Praça na reserva remunerada oureformada, presumivelmente incapaz depermanecer na situação de inatividade em que seencontra.

TITULO III

DOS DIREITOS E PRERROGATIVAS DOS POLICIAIS-MILITAR ES

CAPÍTULO I

Dos Direitos

SEÇÃO I

Da Remuneração

Art 50 - São direitos dos policiais-Militar es: I - a garantia da patente quando Oficial em toda asua plenitude, com as vantagens, prerrogativa edeveres a ela inerentes; II - a percepção de remuneração correspondenteao grau hierárquico superior ou melhoria delaquando, ao ser transferido para a inatividade,contar mais de 30 (trinta) anos de serviço; III - a remuneração calculada com base no soldointegral do posto ou graduação, quando nãocontando 30 (trinta) anos de serviço, for transferidopara a reserva remunerada, ex officio, por teratingido a idade-limite de permanência ematividade no posto ou graduação ou ter sidoabrangido pela quota compulsória; IV - nas condições ou nas limitações impostas na legislação e regulamentação específicas oupeculiares: a) a estabilidade, quando Praça com 10 (dez) oumais anos de tempo de efetivo serviço; b) o uso das designações hierárquicas; c) a ocupação de cargo correspondente ao postoou à graduação; d) a percepção de remuneração; e) a assistência médico-hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida como o conjunto deatividades relacionadas com a prevenção,conservação ou recuperação da saúde,abrangendo serviços profissionais médicos,farmacêuticos e odontológicos, bem comofornecimento, aplicação de meios e os cuidados edemais atos médicos e paramédicos necessários; f) o funeral para si e seus dependentes,constituindo-se no conjunto de medidas tomadaspelo Distrito Federal, quando solicitado, desde oóbito até o sepultamento condigno; g) a alimentação, assim entendida como asrefeições fornecidas aos policiais-Militares ematividade; h) o fardamento, constituindo-se no conjunto deuniformes, roupa branca e roupa de cama,fornecido ao policial-militar na ativa de graduaçãoinferior a terceiro-sargento e, em casos especiais, aoutros policiais-Militar es; i) a moradia para a policial-militar em atividade,compreendendo: 1 - alojamento em organização policial-militar; 2 - habitação para si e seus dependentes emimóvel sob a responsabilidade da Corporação, deacorda com as disponibilidades existentes; j) o transporte, assim entendido como os meiosfornecidos ao policial-militar, para seudeslocamento por interesse do serviço; quando odeslocamento implicar em mudança de sede ou demoradia, compreende também as passagens paraseus dependentes e a translação das respectivasbagagens, de residência a residência; l) a constituição de Pensão Policial-Militar; m) a promoção; n) as férias, os afastamentos temporários do serviço e as licenças; o)a demissão e o licenciamento voluntários; p) o porte de arma, quando oficial em serviço ativoou na inatividade, salvo aqueles na inatividade poralienação mental

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ou condenação por crimes contraa segurança do Estado ou por atividade quedesaconselhe aquele porte; q) o porte de arma, pelas Praças, com as restriçõesreguladas pelo Comandante-Geral; e r) outros direitos previstos em legislação específicaou peculiar. s) a transferência a pedido para a inatividade. § 1º - A percepção de remuneração ou melhoria damesma, de que trata o item II, obedecerá aoseguinte: I - o Oficial que contar mais de 30 (trinta) anos deserviço, após o ingresso na inatividade, terá seusproventos calculados sobre o soldo correspondenteao posto imediato, se na Corporação existir postosuperior ao seu, mesmo que de outro Quadro; seocupante do último posto da hierarquia Policial-Militar, terá os seus proventos calculados sobre osoldo de seu próprio posto, acrescido de percentualfixado em legislação específica ou peculiar; II - os Subtenentes, quando transferidos para ainatividade, terão seus proventos calculados sobreo soldo correspondente ao de Segundo-Tenente,desde que contem mais de 30 (trinta) anos deserviço; III - os demais Praças que contem mais de 30(trinta) anos de serviço, ao serem transferidos paraa inatividade, terão seus proventos calculadossobre o soldo correspondente à graduaçãoimediatamente superior. § 2º - São considerados dependentes dopolicialmilitar: I - a esposa; Il - o filho menor de 21 (vinte e um) anos ouinválido ou interdito; III - a filha solteira, desde que não percebaremuneração; IV - o filho estudante, menor de (vinte e quatro)anos; V - a mãe viúva, desde que não percebaremuneração; VI - o enteado, o filho adotivo e o tutelado, nasmesmas condições dos itens II, III e IV; VII - a viúva do policial-militar, enquantopermanecer neste estado, e os demaisdependentes mencionados nos itens II, IIl, IV, V eVI deste parágrafo, desde que vivam sob aresponsabilidade da viúva; e VIII - a ex-esposa ou ex-esposo com direito apensão alimentícia estabelecida por sentençatransitada em julgado, enquanto não contrair novomatrimônio. § 3º - Também será considerado dependente,desde que não perceba remuneração, o marido: I - considerado inválido, isto é, impossibilitado totale permanentemente para qualquer trabalho, nãopodendo prover os meios de subsistência,mediante julgamento proferido por Junta Médica da Corporação; II - Judicialmente declarado interdito, desde que apolicial-militar seja sua curadora; III - que estiver em cárcere por mais de 2 (dois)anos; IV- para efeito do disposto no artigo 50, item IV,letra f. § 4º - São, ainda, considerados dependentes dopolicial-militar, desde que vivam sob a suadependência econômica, sob o mesmo teto, equando expressamente declarados na OrganizaçãoPolicial-Militar competente: I - a filha, a enteada, a tutelada, nas condições deviúvas, separadas judicialmente ou divorciadas,desde que não recebam remuneração;

II - a mãe solteira, a madrasta viúva, a sogra viúvaou solteira, bem como separadas judicialmente oudivorciadas, desde que em qualquer dessassituações não recebam remuneração; III - os avós e os pais, quando inválidos ouinterditos e respectivos cônjuges, estes, desde quenão recebam remuneração; IV - o pai maior de 60 (sessenta) anos e seurespectivo cônjuge, desde que ambos não recebamremuneração; V - o irmão, o cunhado e o sobrinho, quandomenores ou inválidos ou interditos, sem outroarrimo; VI - a irmã, a cunhada e a sobrinha, solteiras,viúvas, separadas judicialmente ou divorciadas,desde que não recebam remuneração; VII - o neto, órfão, menor ou inválido ou interdito; VIII - a pessoa que viva, no mínimo há 5 (cinco)anos, sob a sua exclusiva dependência econômica,comprovada mediante justificação judicial; IX - a companheira, desde que viva em suacompanhia há mais de 5 (cinco) anos, comprovadapor justificação judicial; e X - o menor que esteja sob sua guarda, sustento eresponsabilidade, mediante autorização judicial. § 5º - Para efeito do disposto nos §§ 2º a 4º deste artigo, não serão considerados como remuneraçãoos rendimentos não provenientes de trabalhoassalariado, ainda que recebidos dos cofrespúblicos, ou a remuneração que, mesmo resultantede relação de trabalho, não enseje ao dependentedo policial-militar qualquer direito à assistênciaprevidenciária oficial. Art 51 - O policial-militar, que se julgar prejudicadoou ofendido por qualquer ato administrativo oudisciplinar de superior hierárquico, poderá recorrerou interpor pedido de reconsideração, queixa ourepresentação, segundo o regulamento específicoou peculiar. § 1º - O direito de recorrer na esfera administrativaprescreverá: I - em 15 (quinze) dias corridos, a contar dorecebimento da comunicação oficial, quanto a atoque decorra de inclusão em quota compulsória oude composição de Quadro de Acesso; II - nas questões disciplinares, como dispuser oregulamento específico ou peculiar; e III - em 120 (cento e vinte) dias corridos, nos demais casos. § 2º - O pedido de reconsideração, a queixa e arepresentação não podem ser feitos coletivamente. § 3º - O policial-militar só poderá recorrer aojudiciário após esgotados todos os recursosadministrativos e deverá participar estaprovidência, antecipadamente, à autoridade a qualestiver subordinado. Art 52 - Os policiais-Militares são alistáveis comoeleitores, desde que Oficiais, Aspirantes-a-Oficial,Subtenentes e Sargentos ou Alunos de curso denível superior para a Formação de Oficiais. Parágrafo único - Os policiais-Militares alistáveissão elegíveis, atendidas as seguintes condições: I - o policial-militar, que tiver me nos de 5 (cinco)anos de efetivo serviço, será ao se candidatar acargo eletivo, excluído do serviço ativo, mediante demissão ou licenciamento ex oficio ; e II - o policial-militar em atividade, com 5 (cinco)anos ou mais de efetivo serviço, ao se candidatar acargo eletivo, será afastado, temporariamente do serviço ativo, agregado e considerado em licençapara tratar de interesse particular; se eleito, será noato da diplomação, transferido para a reserva remunerada,

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percebendo a remuneração a quefizer jus em função de seu tempo de serviço.

SEÇÃO II

Da Remuneração

Art. 53. A remuneração dos Policiais Militares seráestabelecida em legislação específica, comum aosMilitares do Distrito Federal.(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) § 1º Na ativa, compreende:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) I - soldo;(Redação dada pela Lei nº 10.486, de4.7.2002) II - adicionais:(Redação dada pela Lei nº 10.486,de 4.7.2002) a) de Posto ou Graduação;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) b) de Certificação Profissional;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) c) de Operações Militar es;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) d) de Tempo de Serviço;(Alínea incluída pela Lei nº10.486, de 4.7.2002) III - gratificações:(Inciso incluído pela Lei nº 10.486,de 4.7.2002) a) de Representação;(Alínea incluída pela Lei nº10.486, de 4.7.2002) b) de função de Natureza Especial;(Alínea incluídapela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) c) de Serviço Voluntário.(Redação dada pela Lei nº10.486, de 4.7.2002) § 2º Na inatividade, compreende:(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) I - soldo ou quotas de soldo;(Redação dada pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) II - adicionais:(Redação dada pela Lei nº 10.486,de 4.7.2002) a) de Posto ou Graduação;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) b) de Certificação Profissional;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) c) de Operações Militar es;(Alínea incluída pela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) d) de Tempo de Serviço;(Alínea incluída pela Lei nº10.486, de 4.7.2002) III - gratificação de Representação.(Inciso incluídopela Lei nº 10.486, de 4.7.2002) § 3º - 0s policiais-Militares receberão o saláriofamíliaem conformidade com a lei pertinente. § 4º - Os policiais-Militares farão jus, ainda, aoutros direitos pecuniários, em casos especiais. Art 54 - O auxílio-invalidez, atendidas as condiçõesestipuladas na lei específica que trata daremuneração dos policiais-Militar es, seráconcedido ao policial militar que, quando em serviço ativo, tenha sido ou venha a ser reformadopor incapacidade definitiva e considerado inválido,isto é, impossibilitado total e permanentementepara qualquer trabalho, não podendo prover osmeios de subsistência. Art 55 - O soldo é irredutível e não está sujeito apenhora, sequestro ou arresto exceto nos casos previstos em lei.

Art 56 - O valor do soldo é igual para opolicialmilitarda ativa, da reserva remunerada oureformado, de um mesmo grau hierárquico,ressalvado o disposto no item lI, do caput do art. 50. Art 57 - É proibido acumular remuneração deinatividade. Parágrafo único - O disposto neste artigo não seaplica aos policiais-Militares da reserva remunerada e aos reformados quanto ao exercíciode mandato eletivo, quanto à função de magistérioou cargo em comissão, ou quanto ao contrato paraprestação de serviços técnicos ou especializados. Art 58 - Os proventos da inatividade serãoprevistos sempre que, por motivo de alteração dopoder aquisitivo da moeda, se modificar osvencimentos dos policiais-Militares em serviço ativo. Parágrafo único - Ressalvados os casos previstosem lei, os proventos da inatividade não poderãoexceder a remuneração percebida pelopolicialmilitarda ativa no posto ou graduaçãocorrespondentes aos de seus proventos. Art 59 - Por ocasião de sua passagem para ainatividade o policial-militar terá direito a tantasquotas de soldo, quantos forem os anos de serviço,computáveis para inatividade, até o máximo de 30(trinta) anos, ressalvado o disposto no item III docaput do art. 50. Parágrafo único - Para efeito de contagem dasquotas, a fração de tempo igual ou superior a 180(cento e oitenta) dias será considerada 1 (um) ano.

SEÇÃO III

Da Promoção

Art 60 - O acesso na hierarquia policial-militar éseletivo, gradual e sucessivo e será feito mediantepromoção, de conformidade com o disposto na legislação e regulamentação de promoções deOficiais e de Praças, de modo a obter-se um fluxoregular e equilibrado de carreira para ospoliciaisMilitar es. § 1º - O Planejamento da carreira dos Oficiais edas Praças, obedecidas as disposições da legislação e regulamentação a que se refere este artigo, é atribuição do Comando da Polícia Militar. § 2º - A promoção é um ato administrativo e temcomo finalidade básica a seleção dos policiaisMilitar espara o exercício de funções pertinentes aograu hierárquico superior. § 3º As promoções serão efetuadas pelos critériosde antiguidade e merecimento, ou ainda, porbravura e post mortem. § 4º Em casos extraordinários, poderá haverpromoção em ressarcimento de preterição,independente de vagas. § 5º A promoção de policial-militar feita emressarcimento de preterição será efetuada segundoos critérios de antiguidade e merecimento,recebendo ele o número que lhe competir naescala hierárquica como se houvesse sidopromovido, na época devida, pelo critério em que ora é feita sua promoção. Art. 61. A fim de manter a renovação, o equilíbrio eregularidade de acesso nos diferentes Quadros,haverá obrigatoriamente um número fixado devagas à promoção, nas proporções abaixoindicadas: I - Coronel PM a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete)Oficiais, 1 (uma) por ano; b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou maisOficiais, 1/6 (um sexto) dos respectivos Quadrospor ano. II - Tenente-Coronel PM

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a) quando, nos Quadros, houver de 3 (três) a 5(cinco) Oficiais, 1 (um) de dois em dois anos; b) quando, nos Quadros, houver 6 (seis) ou maisOficiais, 1/8 (um oitavo) dos respectivos Quadros,por ano; c) quando, nos Quadros, houver 24 (vinte e quatro)ou mais Oficiais, 1/8 (um oitavo) dos respectivosQuadros, por ano. III - Oficiais dos Quadros de que trata a letra c , doitem I do artigo 92: a) quando, nos Quadros, houver até 7 (sete)Oficiais, 1 (Uma) por ano; b) quando, nos Quadros, houver 8 (oito) ou maisOficiais, 1/5 (um quinto) dos respectivos Quadros,por ano. § 1º Para determinação do número de Policiais-Militares de um Quadro, devem ser consideradosos em efetivo serviço, os agregados e excedentes. § 2º O número de vagas para promoção obrigatóriaem cada ano (ano ou anos-base), paradeterminado posto ou graduação, será fixado até odia 15 (quinze) de janeiro do ano seguinte aoanobaseconsiderado (ano anterior), por ato do Comandante-Geral. § 3º As frações que resultarem da aplicação dasproporções estabelecidas neste artigo serãoadicionadas cumulativamente, aos cálculoscorrespondentes aos anos seguintes atécompletar-se pelo me nos 1 (um) inteiro, que, então,será computado para obtenção de uma vaga parapromoção obrigatória. § 4º As vagas serão consideradas abertas deacordo com o estabelecido em leis e regulamentos. § 5º Para assegurar o número fixado de vagas àpromoção obrigatória na forma estabelecida nocaput deste artigo, quando este número não tenhasido alcançado com as vagas ocorridas durante oano considerado ano-base, deverá ser aplicadauma quota, integrada de tantos policiais-Militar esquantos forem necessários, que compulsoriamenteserão transferidos para a inatividade, de maneira apossibilitar as promoções determinadas. § 6º A indicação de policiais-Militares dos Postosconstantes neste artigo, para integrarem a quotacompulsória, referida no parágrafo anterior,obedecerá as seguintes prescrições básicas: I - inicialmente, serão apreciados os requerimentosapresentados pelos Oficiais da Ativa que, contandomais de 25 (vinte e cinco) anos de serviço,requeiram sua inclusão na quota compulsória,dando-se por prioridade em cada posto aos maisidosos; II - se o número de Oficiais voluntários na forma doitem I, não atingir o total de vagas da quota fixadaem cada posto, esse total será completado, exofficio, pelos Oficiais que: a) contarem, no mínimo 30 (trinta) anos de serviço; b) possuírem interstício para promoção, quando foro caso; c) estiverem compreendidos nos limitesquantitativos de antiguidade que definem a faixados que concorrem à constituição dos Quadros deAcesso por antiguidade ou merecimento; d) ainda que não concorrendo à constituição dosQuadros de Acesso por antiguidade oumerecimento, estiverem compreendidos nos limitesquantitativos de antiguidade estabelecidos para aorganização dos referidos Quadros; e) satisfizerem as condições das letras a, b, c, e d,na seguinte ordem de prioridade: 1º os que não concorrem à constituição dosQuadros de Acesso por antiguidade oumerecimento, mesmo estando

compreendidos nos limites quantitativos de antiguidade estabelecidospara a organização dos referidos Quadros, por nãopossuírem os requisitos exigidos na legislaçãoespecífica ou peculiar para promoção, ressalvada aincapacidade física até 6 (seis) meses contínuos ou12 (doze) meses descontínuos; 2º os de menor merecimento, a ser apreciado pelo órgão competente da Polícia Militar, em igualdadede merecimento, os de mais idade e, em caso demesma idade, os mais modernos; 3º os que integrando os Quadros de Acesso pormerecimento, tenham sido preteridos por maismodernos; 4º forem os de mais idade e, no caso de mesmaidade, os mais modernos. § 7º As vagas decorrentes da aplicação direta daquota compulsória e as resultantes das promoçõesefetivadas nos diversos postos em face daquelaaplicação inicial, não serão preenchidas porOficiais excedentes ou agregados que reverteremem virtude de haverem cessado as causas daagregação. § 8º As quotas compulsórias só serão aplicadasquando houver, no posto imediatamente abaixo,Oficiais que satisfaçam as condições de acesso. § 9º O Governador do Distrito Federal regulamentará a quota compulsória, em 60(sessenta) dias após a publicação desta lei,estabelecendo os critérios e demais normasnecessárias ao cumprimento deste artigo. Art 62 - Não haverá promoção de policial-militar porocasião de sua transferência para a reserva remunerada ou reforma.

SEÇÃO IV

Das Férias e de Outros Afastamentos Temporáriosdo Serviço

Art 63 - Férias são afastamentos totais do serviço,anual e obrigatoriamente concedidos aospoliciaisMilitar espara descanso, a partir do último mês doano a que se referem, e durante todo o anoseguinte. § 1º Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar a regulamentação da concessão das fériasanuais e de outros afastamentos temporários. § 2º A concessão e o gozo de férias não éprejudicada pelo gozo anterior de licença paratratamento de saúde, licença especial, nem pelo cumprimento de sanção disciplinar, pelo estado deguerra ou para que sejam cumpridos atos deserviço, bem como não é anulável o direito a essalicença. § 3º Somente em casos de interesse daSegurança Nacional, da manutenção da ordem, deextrema necessidade do serviço ou detransferência para a inatividade, para cumprimentode punição decorrente de transgressão disciplinarde natureza grave e em caso de baixa a hospital,os policiais-Militares terão interrompido ou deixadode gozar, na época prevista, o período de férias aque tiverem direito, registrando-se, então, o fato emseus assentamentos. § 4º Na impossibilidade de gozo de férias noperíodo previsto no caput deste artigo, pelosmotivos constantes do parágrafo anterior,ressalvados os casos de transgressão disciplinarde natureza grave, o período de férias não gozadoserá computado dia-a-dia pelo dobro, no momentoda passagem do policial-militar para a inatividade esomente para esse fim. Art 64 - Os policiais-Militares têm direito, ainda, aosseguintes períodos de afastamento total do serviço,obedecidas as disposições legais eregulamentares, por motivo de: I - núpcias: 8 (oito) dias; II - luto: 8 (oito) dias; III - instalação: até 48 (quarenta e oito) horas; e

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IV - trânsito: até 30 (trinta) dias, quando designadopara cursos ou outras missões fora do Distrito Federal. Parágrafo único - Além do disposto neste artigo, apolicial-militar, quando gestante, tem direito a umperíodo de 4 (quatro) meses de afastamento totaldo serviço, equivalente à licença para tratamentode saúde, o qual será concedido, medianteinspeção médica, a partir do 8º (oitavo) mês degestação, salvo prescrição em contrário. Art 65 - As férias, e os afastamentos mencionadosnesta Seção, são concebidos com a remuneraçãoprevista na legislação específica ou peculiar ecomputados como tempo de efetivo serviço paratodos os efeitos legais.

SEÇÃO V

Das Licenças

Art 66 - Licença é a autorização para afastamentototal do serviço, em caráter temporário, concedidaao policial-militar, obedecidas as disposições legaise regulamentares. § 1º - A licença pode ser: I - especial; II - para tratar de interesse particular; III - para tratamento de saúde de pessoa da família;e IV - para tratamento de saúde própria. § 2º - A remuneração do policial-militar, quando emqualquer das situações de licença constantes do parágrafo anterior, será regulada em legislaçãoespecífica ou peculiar. § 3º - A concessão de licença é regulada peloComandante-Geral da Corporação. Art 67 - A licença especial é a autorização paraafastamento total do serviço, relativa a cadadecênio de tempo de efetivo serviço prestado,concedida ao policial-militar que a requerer, semque implique em qualquer restrição para a suacarreira. § 1º - A licença especial tem a duração de 6 (seis)meses, a ser gozada de uma só vez, podendo serparcelada em 2 (dois) ou 3 (três) meses por anocivil, quando solicitado pelo interessado e julgadoconveniente pela autoridade competente. § 2º - O período de licença especial não interrompea contagem de tempo de efetivo serviço. § 3º - Os períodos de licença especial não gozadospelo policial-militar são computados em dobro parafins exclusivos de contagem de tempo para apassagem para a inatividade e, nesta situação,para todos os efeitos legais. § 4º - A licença especial não é prejudicada pelogozo anterior de qualquer licença para tratamentode saúde e para que sejam cumpridos atos deserviço, bem como, não anula o direito àquelaslicenças. § 5º - Uma vez concedida a licença especial, opolicial-militar será exonerado do cargo oudispensado do exercício das funções que exerce eficará à disposição do Órgão de Pessoal da Polícia Militar. Art 68 - A licença para tratar de interesse particularé a autorização para afastamento total do serviço,concedida ao policial-militar que contar mais de 10(dez) anos de efetivo serviço e que requerer comaquela finalidade. Parágrafo único - A licença será sempre concedidacom prejuízo da remuneração e da contagem detempo de efetivo serviço. Art 69 - As licenças poderão ser interrompidas apedido ou nas condições estabelecidas neste artigo.

§ 1º - A interrupção da licença especial e da licençapara tratar de interesse particular poderá ocorrer: I - em caso de mobilização e estado de guerra; Il - em casos de decretação de estado deemergência ou de sítio; III - para cumprimento de sentença que importe emrestrição da liberdade individual; IV - para cumprimento de punição disciplinar,conforme o regulado pelo Comandante-Geral daPolicia Militar; e V - em caso de denúncia, pronúncia em processocriminal ou indiciação em inquérito policial-militar, ajuízo da autoridade que efetivou a denúncia, apronúncia ou a indiciação. § 2º - A interrupção de licença para tratar deinteresse particular será definitiva, quando opolicial-militar for reformado ou transferido ex officiopara a reserva remunerada. § 3º - A interrupção de licença para tratamento desaúde de pessoa da família, para cumprimento depena disciplinar que importe em restrição daliberdade individual, será regulada na legislaçãoespecífica ou peculiar.

CAPÍTULO II

Das Prerrogativas

SEÇÃO I Da Constituição e Enumeração

Art 70 - As prerrogativas dos policiais-Militares sãoconstituídas pelas honras, dignidade e distinçõesdevidas aos graus hierárquicos e cargos. Parágrafo único - São prerrogativas dos policiaisMilitar es: I - o uso de títulos, uniformes, distintivos, insígniase emblemas da Polícia Militar, do Distrito Federal,correspondentes ao posto ou graduação; II - honras, tratamento e sinais de respeito que lhessejam asseguradas em leis e regulamentos; III - cumprimento de pena de prisão ou detençãosomente em Organização Policial Militar da Corporação cujo Comandante, Chefe ou Diretortenha precedência hierárquica sobre o preso; e IV - julgamento, em foro especial, dos crimesMilitar es. Art 71 - Somente em casos de flagrante delito, opolicial-militar poderá ser preso por autoridadepolicial, ficando esta obrigada a entregá-lo,imediatamente, à autoridade policial-militar maispróxima, só podendo retê-lo, na Delegacia ouPosto Policial, durante o tempo necessário àlavratura do flagrante. § 1º - Cabe ao Comandante-Geral da Corporação ainiciativa de responsabilizar a autoridade policialque não cumprir o disposto neste artigo e quemaltratar ou consentir que seja maltratado qualquerpolicial-militar preso, ou não lhe der o tratamentodevido ao seu posto ou graduação. § 2º - Se, durante o processo e julgamento no forocivil houver perigo de vida para qualquer presopolicial-militar, o Comandante-Geral da Corporaçãoprovidenciará os entendimentos com o Juiz dofeito, visando a guarda dos pretórios ou tribunaispor Força Policial-Militar. Art 72 - Os policiais-Militares da ativa, no exercíciode funções policiais-Militar es, são dispensados do serviço na instituição do júri e do serviço na JustiçaEleitoral.

SEÇÃO II

Do Uso dos Uniformes da Polícia Militar

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Art 73 - Os uniformes da Polícia Militar com seusdistintivos, insígnias e emblemas, são privativosdos policiais-Militares e representam o símbolo da autoridade policial-militar, com as prerrogativas aela inerentes. Parágrafo único - Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes,distintivos, insígnias e emblemas policiais-Militar es,bem como, seu uso por parte de quem a eles nãotiver direito. Art 74 - O uso dos uniformes com seus distintivos,insígnias e emblemas, bem como, os modelos,descrição, composição e peças acessórias, sãoestabelecidos em legislação peculiar da Polícia Militar do Distrito Federal. § 1º - É proibido ao policial-militar o uso dosuniformes: I - em manifestação de caráter político-partidário; II - no estrangeiro, quando em atividade nãorelacionada com a missão do policial-militar, saIvoquando expressamente determinado ou autorizado; III - Na inatividade, salvo para comparecer asolenidades policiais-Militar es, cerimônias cívico comemorativas das grandes datas nacionais ou aatos sociais solenes, quando devidamenteautorizado. § 2º - Os policiais-Militares na inatividade, cujaconduta possa ser considerada como ofensiva àdignidade da classe, poderão ser definitivamenteproibidos de usar uniformes por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar. Art 75 - O policial-militar fardado tem as obrigaçõescorrespondentes ao uniforme que use e aosdistintivos, emblemas ou insígnias que ostente. Art 76 - É vedado a qualquer elemento civil ouorganizações civis usar uniformes ou ostentardistintivos, insígnias ou emblemas que possam serconfundidos com os adotados na Policia Militar. Parágrafo único - São responsáveis pela infraçãodas disposições deste artigo, além dos indivíduosque a tenham cometido, os Diretores ou Chefes derepartições, organizações de qualquer natureza,firma ou empregadores, empresas, institutos oudepartamentos que tenham adotado ou consentidosejam usados uniformes ou ostentado distintivos,insígnias ou emblemas que possam serconfundidos com os adotados na Polícia Militar.

TÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES DIVERSAS

CAPÍTULO I

Das Situações Especiais

SEÇÃO I

Da Agregação

Art 77 - A agregação é a situação na qual opolicialmilitarda ativa deixa de ocupar a vaga na escalahierárquica do seu quadro, nela permanecendosem número. § 1º - O policial-militar deve ser agregado quando: I - for nomeado para cargo considerado noexercício de função de natureza policial-militar oude interesse policial-militar estabelecido em Lei ouDecreto-lei, ou Decreto, não previsto nos Quadrosde Organização da Polícia Militar; II - aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em quaisquerdos requisitos que a motivaram; e

III - for afastado, temporariamente, do serviço ativopor motivo de: a) ter sido julgado incapaz, temporariamente, apósum ano contínuo de tratamento de saúde própria; b) ter sido julgado incapaz, definitivamente,enquanto tramita o processo de reforma; c) haver ultrapassado um ano contínuo de licençapara tratamento de saúde própria; d) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos emlicença para tratar de interesse particular; e) haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos emlicença para tratar de saúde de pessoa da família; f) ter sido considerado oficialmente extraviado; g) haver sido esgotado o prazo que caracteriza ocrime de deserção previsto no Código Penal Militar,se Oficial ou Praça com estabilidade assegurada; h) como desertor, ter-se apresentadovoluntariamente ou ter sido capturado e reincluídoa fim de se ver processar; i) se ver processar, após ficar exclusivamente àdisposição da Justiça Comum; j) ter sido condenado à pena restritiva de liberdadesuperior a 6 (seis) meses, em sentença passadaem julgado, enquanto durar a execução, excluído operíodo de sua suspensão condicional seconcedida esta ou até ser declarado indigno depertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível; l) ter passado à disposição de outro órgão do Distrito Federal, da União, dos Estados ouTerritórios para exercer função de natureza civil; m) ter sido nomeado para qualquer cargo Públicocivil temporário, não eletivo, inclusive daadministração indireta; n) ter se candidatado a cargo eletivo, desde queconte 5 (cinco) anos ou mais de efetivo serviço; e o) ter sido condenado à pena de suspensão doexercício do posto, graduação ou cargo ou função,prevista no Código Penal Militar. § 2º - O policial-militar agregado, de conformidadecom os itens I e Il do § 1º, continua a serconsiderado, para todos os efeitos, como em serviço ativo. § 3º - A agregação do policial-militar a que se refereo Item I e as letras l e m do item III do § 1º, écontada a partir da data de posse do novo cargoaté o regresso à Corporação ou transferência exoficio para a reserva remunerada. § 4º - A agregação do policial-militar, a que se referem as letras a , c e e do item III do § 1º, écontada a partir do primeiro dia após os respectivosprazos e enquanto durar o evento. § 5º - A agregação do policial-militar, a que se referem o item Il e as letras b, f, g, h, i, j e o doitem III do § 1º, é contada a partir da data indicadano ato que torna público o respectivo evento. § 6º - A agregação do policial-militar, a que se refere a letra n do item III do § 1º, é contada a partirdo registro como candidato, até sua diplomação ouseu regresso à Corporação se não houver sidoeleito. § 7º - O policial-militar agregado fica sujeito àsobrigações disciplinares concernentes às suasrelações com outros policiais-Militares eautoridades civis e Militar es, salvo quando ocuparcargo que lhe dê precedência funcional sobre osoutros policiais-Militares mais graduados ou maisantigos.

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§ 8º - Caracteriza a posse no novo cargo reguladopelo § 3º a entrada em exercício no cargo ourespectiva função. Art 78 - O policial-militar agregado ficará adido,para efeito de alterações e remuneração, àDiretoria de Pessoal, continuando a figurar no lugarque então ocupava no Almanaque ou Escala Numérica, com a abreviatura "Ag" e anotaçõesesclarecedoras de sua situação. Art 79 - A agregação se faz por ato do Governadordo Distrito Federal, para Oficiais e peloComandante-Geral, para Praças.

SEÇÃO II

Da Reversão

Art 80 - A reversão é o ato pelo qual o policialmilitaragregado retorna ao respectivo Quadro, tãologo cesse o motivo que determinou a suaagregação, voltando a ocupar o lugar que lhecompetir no respectivo Almanaque ou EscalaNumérica, na primeira vaga que ocorrer. Parágrafo único - Em qualquer tempo, poderá serdeterminada a reversão do policial-militaragregado, exceto nos casos previstos nas letras a,b, c, f, g, h, j, n, e o do item III do § 1º do artigo 77. Art 81 - A reversão de Oficiais será efetuadamediante ato do Governador do Distrito Federal eas das Praças por ato do Comandante-Geral da Corporação. Parágrafo único - (VETADO).

SEÇÃO III

Do Excedente Art 82 - Excedente é a situação transitória a que,automaticamente, passa o policial-militar que: I - tendo cessado o motivo que determinou suaagregação, reverte ao respectivo Quadro, estandoeste com o efetivo completo; Il - aguarda a colocação a que faz jus na escalahierárquica, após haver sido transferido do Quadro,estando o mesmo com seu efetivo completo; III - é promovido por bravura, sem haver vaga; IV - é promovido indevidamente, mesmo havendovaga; V - sendo o mais moderno da respectiva escalahierárquica, ultrapassa o efetivo de seu Quadro,em virtude de promoção de outro policial-militar emressarcimento de preterição; e VI - tendo cessado o motivo que determinou suareforma por incapacidade definitiva, retorne aorespectivo Quadro, estando este com seu efetivocompleto. § 1º - O policial-militar, cuja situação é a deexcedente, salvo o indevidamente promovido,ocupa a mesma posição relativa, em antiguidade,que lhe cabe na escala hierárquica, com aabreviatura " EXCD " e receberá o número que lhecompetir em consequência da primeira vaga que severificar. § 2º - O policial-militar cuja situação é deexcedente é considerado como em efetivo serviço,para todos os efeitos e concorre, respeitados osrequisitos legais, em igualdade de condições e semnenhuma restrição, a qualquer cargopolicial militar,bem como à promoção. § 3º - O policiaI-militar promovido por bravura, semhaver vaga, ocupará a primeira vaga aberta,deslocando o critério da promoção a ser seguidopara a vaga seguinte. § 4º - O policial-militar, promovido indevidamente,só contará antiguidade e receberá o número quelhe competir, na escala hierárquica, quando a vagaque deverá preencher corresponder ao critério peloqual deveria ter sido promovido, desde quesatisfaça os requisitos para a promoção.

SEÇÃO IV

Do Ausente e do Desertor

Art 83 - É considerado ausente o policial-militarque, por mais de 24 (vinte e quatro) horasconsecutivas: I - deixar de comparecer à sua OrganizaçãoPolicial-Militar sem comunicar qualquer motivo deimpedimento; e Il - ausentar-se, sem licença, da OrganizaçãoPolicial-Militar onde serve ou local onde devepermanecer. Parágrafo único - Decorrido o prazo mencionadoneste artigo, serão observadas as formalidadesprevistas em legislação específica. Art 84 - O policial-militar é considerado desertornos casos previstos na legislação penal militar.

SEÇÃO V

Do Desaparecido e do Extraviado

Art 85 - É considerado desaparecido, opolicialmilitarda ativa que, no desempenho de qualquerserviço, em viagem, em operaçõespoliciaisMilitar esou em casos de calamidade pública, tiverparadeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias. Parágrafo único - A situação de desaparecimentosó será considerada quando não houver indício dedeserção. Art 86 - O policial-militar que, na forma do artigoanterior, permanecer desaparecido por mais de 30(trinta) dias, será oficialmente consideradoextraviado.

CAPÍTULO II

De Exclusão do Serviço Ativo SEÇÃO I

Da Ocorrência

Art 87 - A exclusão do serviço ativo da Polícia Militar e o consequente desligamento daOrganização a que estiver vinculado o policialmilitardecorrem dos seguintes motivos: I - transferência para a reserva remunerada; II - reforma; III - demissão; IV - perda do posto e patente; V - licenciamento; VI - exclusão a bem da disciplina; VII - deserção; VIII - falecimento; e IX - extravio. Parágrafo único - O desligamento do serviço ativoserá processado após a expedição do ato do Governador do Distrito Federal ou de autoridade aqual tenha sido delegado poderes para isso. Art 88 - A transferência para a reserva remuneradaou a reforma não isentam o policial-militar daindenização dos prejuízos causados à Fazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nem do pagamentodas pensões decorrentes de sentença judicial. Art. 89. O policial-militar da ativa, enquadrado emum dos itens I, II e V do artigo 87 desta lei, oudemissionário a pedido, será movimentado daOrganização Policial-Militar em que

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serve,passando à disposição do órgão encarregado depessoal até ser desligado da Polícia Militar.

SEÇÃO II

Da Transferência para a Reserva Remunerada

Art. 90. A passagem do policial-militar para ainatividade, mediante transferência para a reserva remunerada, efetuar-se-á: I - a pedido; ou II - ex officio. Art. 91º A transferência a pedido, para a reservaserá concedida ao policial-militar que a requerer,desde que conte no mínimo 30 (trinta) anos deserviço. § 1º O Oficial da ativa pode pleitear transferênciapara a reserva remunerada mediante inclusãovoluntária na quota compulsória. § 2º É facultado ao Coronel PM exonerado oudemitido do cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar, requerer transferência para a reserva remunerada, quando não contar 30 (trinta) anos deserviço. § 3º No caso do policial-militar haver realizadoqualquer curso ou estágio de duração superior a 6(seis) meses, por conta do Distrito Federal, noestrangeiro, sem haver decorrido 3 (três) anos de seu término, a transferência para a reserva remunerada só será concedida medianteindenização de todas as despesas correspondentes à realização do referido estágioou curso, inclusive as diferenças de vencimentos,cabendo aos órgãos competentes da Polícia Militaro cálculo da indenização. I - respondendo a inquérito ou processo emqualquer jurisdição; e II - cumprindo pena de qualquer natureza. Art 92 - A transferência para a reserva remunerada,que o ex officio , verificar-se-á sempre que opolicial-militar incidir nos seguintes casos: I - atingir as seguintes idades-limite: (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). a) para o Quadro de Oficiais Policiais Militar es:(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). 1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto deCoronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deTenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos deMajor e Capitão; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos deOficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086,de 2009). b) para os Quadros de Policiais Militares de Saúde:(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). 1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto deCoronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deTenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto deMajor; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos deCapitão e Oficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

c) para os Quadros de Policiais Militares Capelães:(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). 1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto deTenente-Coronel; (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deMajor; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto deCapitão; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos deOficiais Subalternos; (Incluído pela Lei nº 12.086,de 2009). d) para os Quadros de Policiais Militares de administração e de Oficiais Policiais Militar esEspecialistas: (Redação dada pela Lei nº 12.086,de 2009). 1. 61 (sessenta e um) anos, para o posto de Major;(Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deCapitão; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto dePrimeiro-Tenente; e (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 4. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos deSegundo-Tenente; e (Incluído pela Lei nº 12.086,de 2009). e) para as Praças Policiais Militar es: (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação deSubtenente; (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009). 2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação dePrimeiro-Sargento; (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação deSegundo-Sargento; (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação deTerceiro-Sargento; e (Incluído pela Lei nº 12.086,de 2009). 5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação deCabos e Soldados. (Incluído pela Lei nº 12.086, de2009). II - atingir, o Coronel PM, 6 (seis) anos depermanência no posto, desde que conte mais de30 (trinta) anos de serviço; III - contar o policial-militar 35 (trinta e cinco) anosde serviço; IV - atingir, o Oficial, 6 (seis) anos de permanênciano posto, quando este for o último da hierarquia de seu Quadro, desde que conte mais de 30 (trinta)anos de serviço; V - for o Oficial considerado não habilitado para oacesso em caráter definitivo, no momento em quevier a ser objeto de apreciação para o ingresso emQuadro de Acesso; VI - ultrapassar 2 (dois) anos, contínuos ou não,em licença para tratar de interesse particular; VII - ultrapassar 2 (dois) anos contínuos em licençapara tratamento de saúde de pessoas de suafamília; VIII - ser empossado em cargo público permanenteestranho à sua carreira, cujas funções sejam demagistério; IX - ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento,contínuo ou não, agregado em virtude de terpassado a exercer cargo ou emprego público civiltemporário, não eletivo, inclusive de administraçãoindireta; e X - ser diplomado em cargo eletivo, na forma doitem II do parágrafo único do Art. 52.

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XI - for o Oficial abrangido pela quota compulsória;e XII - for a Praça abrangida pela quota compulsória,na forma regulada em decreto pelo Governador do Distrito Federal. § 1º - A transferência para a reserva remuneradaprocessar-se-á à medida em que o policial-militarfor enquadrado em um dos itens deste artigo. § 2º - A transferência de policial-militar para areserva remunerada, nas condições estabelecidasno item VIII, será efetivada no posto ou graduaçãoque tinha na ativa, podendo acumular os proventosa que fizer jus na inatividade com a remuneraçãodo cargo ou emprego para o qual foi nomeado ouadmitido. § 3º - A nomeação ou admissão do policial-militarpara cargo ou emprego público de que tratam ositens VIII e IX somente poderá ser feita: I - quando a nomeação ou admissão for da alçadafederal ou estadual, pela autoridade competente,mediante requisição ao Governador do Distrito Federal; e II - pelo Governador ou mediante sua autorizaçãonos demais casos. § 4º - Enquanto permanecer no cargo ou empregopúblico de que trata o inciso IX: I - é-lhe assegurada a opção entre a remuneraçãodo cargo ou emprego e a do posto ou graduação; II - somente poderá ser promovido por antiguidade;e III - o tempo de serviço é contado apenas para apromoção por antiguidade e para a transferênciapara inatividade. § 5º O órgão encarregado de pessoal da Polícia Militar deverá encaminhar para a Junta Médica da Corporação, para os exames médicos necessários,os policiais-Militares que serão enquadrados nositens I, II, III e IV deste artigo, 120 (cento e vinte)dias antes da data em que os mesmos serãotransferidos ex officio para a reserva remunerada. Art 93 - A transferência do policial-militar para areserva remunerada pode ser suspensa navigência do estado de guerra, estado de sítio ou deestado de emergência, em caso de mobilização ede interesse da segurança pública.

SEÇÃO III

Da Reforma

Art 94 - A passagem do policial-militar à situaçãodeinatividade, mediante reforma, será sempre exofficio e aplicada ao mesmo, desde que: I - atinja as seguintes idades-limites depermanência na reserva remunerada: a) para Oficiais - 65 (sessenta e cinco) anos; e(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). b) para Praças - 63 (sessenta e três) anos;(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). c) para Praças - 58 anos; II - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço da Policia Militar; III - esteja agregado há mais de 2 (dois) anos, porter sido julgado incapaz, temporariamente,mediante homologação da Junta Superior deSaúde, ainda mesmo que se trate de moléstiacurável; IV - seja, condenado à pena da reforma prevista noCódigo Penal Militar, por sentença transitada emjulgado;

V - sendo Oficial, a tiver determinada pelo Tribunalde Justiça do Distrito Federal, em julgamento porele efetuado, em consequência de Conselho deJustificação a que foi submetido; e VI - sendo Aspirante-a-Oficial PM ou Praça comestabilidade assegurada, for para tal indicado, aoComandante-Geral da Polícia Militar, emjulgamento do Conselho de Disciplina. Parágrafo único - O policial-militar reformado na forma dos itens V e VI só poderá readquirir asituação de policial-militar anterior,respectivamente, por outra sentença do Tribunal deJustiça do Distrito Federal e nas condições nelaestabelecidas ou por decisão do Comandante-Geral da Polícia Militar. Art 95 - Anualmente, no mês de fevereiro, aDiretoria de Pessoal organizará a relação dos Policiais-Militares que houverem atingido aidadelimitede permanência na reserva remunerada a fimde serem reformados. Parágrafo único - A situação de inatividade dopolicial-militar da reserva remunerada, quandoreformado por limite de idade, não sofre solução decontinuidade, exceto quanto às condições demobilização estabelecidas em legislaçãoespecífica. Art 96 - A incapacidade definitiva pode sobrevir emconsequência de: I - ferimento recebido em operações policiaisMilitar esou na manutenção da ordem pública; II - enfermidade contraída em operações policiaisMilitar esou na manutenção da ordem pública, ouenfermidade cuja causa eficiente decorra de umadessas situações; III - acidente em serviço; IV - doença, moléstia ou enfermidade adquirida emtempo de paz, com relação de causa e efeito acondições inerentes ao serviço; V - tuberculose ativa, alienação mental, neoplasiamaligna, cegueira, lepra, paralisia irreversível eincapacitante, cardiopatia grave, mal de Parkinson,pênfigo, espondiloartrose, anquilosante, nefropatiagrave, e outras moléstias que a lei indicar com base nas conclusões da medicina especializada; e VI - acidente ou doença, moléstia ou enfermidade,sem relação de causa e efeito com o serviço. § 1º - Os casos de que tratam os itens I, II, III e IV,serão provados por atestado de origem, inquéritosanitário de origem ou ficha de evacuação, sendoos termos do acidente, baixa ao hospital, papeletade tratamento nas enfermarias e hospitais, e osregistros de baixa utilizados como meiossubsidiários para esclarecer a situação. § 2º - Os policiais-Militares julgados incapazes porum dos motivos constantes do item V deste artigo,somente poderão ser reformados após ahomologação, por junta superior de saúde, dainspeção de saúde, que concluiu pela incapacidadedefinitiva, obedecida a regulamentação específicaou peculiar. Art 97 - O policial-militar da ativa julgado incapazdefinitivamente por um dos motivos constantes dositens I, II, III e V do artigo anterior será reformadocom qualquer tempo de serviço. Art 98 - O policial-militar da ativa julgado incapaz,definitivamente por um dos motivos constantes dositens I e II do art. 96 será reformado comremuneração calculada com base no soldocorrespondente ao grau hierárquico imediato aoque possuir na ativa. § 1º - Aplica-se o disposto neste artigo aos casos previstos nos itens III, IV e V do art. 96, quando,verificada a incapacidade definitiva, for opolicialmilitarconsiderado inválido, isto é, impossibilitadototal e permanentemente para qualquer trabalho.

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§ 2º - Considera-se, para efeito deste artigo, grauhierárquico imediato: I - o de Primeiro-Tenente PM, para Aspirante-a-Oficial PM e Subtenente PM; II - o de Segundo-Tenente PM, para Primeiro-Sargento PM, Segundo-Sargento PM e Terceiro-Sargento PM; e III - o de Terceiro-Sargento PM, para Cabo PM e asdemais Praças constantes do Quadro a que se refere o art. 15. § 3º - Aos benefícios previstos neste artigo e seus parágrafos poderão ser acrescidos outros relativosá remuneração, estabelecidos em legislaçãoespecífica, desde que o policial-militar, ao serreformado, já satisfaça as condições por elaexigidos. § 4º - O direito do policial-militar previsto no art. 50,item Il, independerá dos benefícios referidos nocaput e no § 1º deste artigo, ressalvado o dispostono parágrafo único do art. 136. § 5º - Quando a Praça fizer jus ao direito previstono item II do art. 50 e, conjuntamente, a um dosbenefícios a que se refere o parágrafo anterior,aplicar-se-á somente o disposto no § 2º deste artigo. Art 99 - O policial-militar da ativa julgado incapazdefinitivamente por um dos motivos constantes doitem VI do art. 96, será reformado: I - com remuneração proporcional ao tempo deserviço, se Oficial ou Praça com estabilidadeassegurada; e II - com remuneração integral do posto ou graduação desde que, com qualquer tempo deserviço, seja considerado inválido, isto é,impossibilitado total e permanentemente paraqualquer trabalho. Art 100 - O policial-militar reformado, consideradoincapaz definitivamente, que for julgado apto eminspeção de saúde por Junta Superior em grau derecurso ou revisão, poderá retornar ao serviço ativoou ser transferido para a reserva remunerada,conforme dispuser a legislação específica oupeculiar. § 1º - O retorno ao serviço ativo ocorrerá se otempo decorrido na situação de reformado nãoultrapassar 2 (dois) anos e na forma do disposto no§ 1º do art. 82. § 2º - A transferência para a reserva remunerada,observado o limite de idade de permanência nessareserva, ocorrerá se o tempo transcorrido nasituação de reformado ultrapassar 2 (dois) anos. Art 101 - O policial-militar reformado por alienaçãomental, enquanto não ocorrer a designação judicialdo curador, terá remuneração paga aos seusbeneficiários desde que estes o tenham sob suaguarda e responsabilidade e lhe dispensemtratamento humano e condigno. § 1º - A interdição judicial do policial-militar,reformado por alienação mental, deverá serprovidenciada junto ao Ministério Público, poriniciativa dos beneficiários, parentes ouresponsáveis até 60 (sessenta) dias a contar dadata do ato de reforma. § 2º - A interdição judicial do policial-militar e seuinternamento em instituição apropriada, deverãoser providenciados pela Policia Militar, quando: I - não houver beneficiários, parentes ouresponsáveis; e II - não forem satisfeitas as condições detratamento exigidas neste artigo. § 3º - Os processos e os atos de registros deinterdição do policial-militar terão andamentosumário, serão instruídos com laudo proferido porJunta Policial - Militar de Saúde e isentos decustas.

Art 102 - Para fins do previsto na presente Seção,as Praças constantes no Quadro a que se refere oart. 15 são consideradas: I - Segundo-Tenente PM, os Aspirantes-a-OficialPM; II - Aspirante-a-Oficial PM, Alunos da Escola deFormação de Oficiais PM, qualquer que seja o ano; III - Terceiro-Sargento PM, Alunos dos Cursos deFormação de Sargentos PM; e IV - Cabo PM, os Alunos do Curso de Formação deSoldados PM.

SEÇÃO IV

Da Demissão

Art 103 - A demissão da Polícia Militar, aplicadaexclusivamente aos Oficiais, se efetua: I - A pedido; e III – ex-officio . Art 104 - A demissão a pedido será concedidamediante requerimento do interessado: I - sem indenização aos cofres públicos, quandocontar mais de 5 (cinco) anos de oficialato naPolicia Militar, ressalvado o disposto no § 1º deste artigo; e II - com indenização das despesas relativas à suapreparação e formação, quando contar me nos de 5(cinco) anos de oficialato. § 1º - A demissão a pedido só será concedidamediante indenização de todas as despesas correspondentes, acrescidas, se for o caso, dasprevistas no item II, quando o Oficial tiver realizadoqualquer curso ou estágio, no país ou no exterior, enão tenham decorrido os seguintes prazos: I - 2 (dois) anos, para cursos ou estágios deduração igual ou superior a 2 (dois) meses einferior a 6 (seis) meses; II - 3 (três) anos, para cursos ou estágios deduração igual ou superior a 6 (seis) meses e igualou inferior a 18 (dezoito) meses; e III - 5 (cinco) anos, para cursos ou estágios deduração superior a 18 (dezoito) meses. § 2º - O cálculo das indenizações a que se referemo item II e o § 1º deste artigo será efetuado pelaOrganização Policial-Militar encarregada dasfinanças da Polícia Militar. § 3º - O Oficial demissionário, a pedido, não terádireito a qualquer remuneração, sendo a suasituação militar definida pela Lei do Serviço Militar. § 4º - O direito à demissão a pedido pode sersuspenso na vigência do estado de guerra,calamidade pública, perturbação da ordem interna,estado de sítio, estado de emergência, em caso demobilização, ou, ainda, quando a legislaçãoespecífica determinar. Art 105 - O Oficial da ativa que passar a exercercargo ou emprego público permanente estranho asua carreira, cuja função não seja de magistério,será demitido ex-officio, sem direito a qualquerremuneração ou indenização, sendo-a sua situaçãomilitar definida pela Lei do Serviço Militar.

SEÇÃO V

Da Perda do Posto e da Patente

Art 106 - O Oficial policial-militar perderá o posto ea patente se for declarado indigno do oficialato, oucom ele incompatível, por

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decisão do Tribunal deJustiça do Distrito Federal, em ocorrência dejulgamento a que foi submetido. Parágrafo único - O Oficial policial-militar declaradoindigno do oficialato ou com ele incompatível,condenado à perda de posto e patente, só poderáreadquirir a situação policial-militar anterior atravésde outra sentença do Tribunal mencionado e nascondições nela estabelecidas. Art 107 - O Oficial policial-militar que houverperdido o posto e a patente será demitido ex-officio, sem direito a qualquer remuneração ouindenização e terá sua situação militar definida pela Lei do Serviço Militar. Art 108 - Fica sujeito à declaração de indignidadepara o oficialato ou de incompatibilidade com o mesmo, o Oficial que: I - for condenado, por Tribunal Civil ou Militar, apena restritiva de liberdade individual superior a 2(dois) anos, em decorrência de sentençacondenatória transitada em julgado; II - for condenado, por sentença transitada emjulgado, por crimes para os quais o Código PenalMilitar comina essas penas acessórias e por crimesprevistos na legislação concernente a segurançado Estado. III - incidir nos casos previstos em leis específicasque motivam julgamento por Conselho deJustificação e neste for considerado culpado; e IV - houver perdido a nacionalidade brasileira.

SEÇÃO VI

Do Licenciamento

Art 109 - O licenciamento do serviço ativo, aplicadosomente às Praças, se efetua: I - a pedido; e II – ex-officio . 1º - O licenciamento a pedido poderá serconcedido às Praças de acordo com as normasbaixadas pelo Comandante-geral. § 2º - O licenciamento ex-officio será aplicado àsPraças: I - por conveniência do serviço; II - a bem da disciplina; e III - por conclusão de tempo de serviço. § 3º - O policial-militar licenciado não tem direito aqualquer remuneração e terá a sua situação militardefinida pela Lei do Serviço Militar. § 4º - o licenciado ex-officio a bem da disciplinareceberá o certificado de isenção do serviço militar,previsto na Lei do Serviço Militar. Art 110 - O Aspirante-a-Oficial PM e as demaisPraças que passarem a exercer cargo ou empregopúblico permanente, estranho á sua carreira e cujafunção não seja de magistério, serãoimediatamente licenciados ex-officio, semremuneração, e terão a sua situação definida pela Lei do Serviço Militar. Art 111 - O direito ao licenciamento a pedidopoderá ser suspenso na vigência do estado deguerra, calamidade pública, perturbação da ordeminterna, estado de sítio, estado de emergência, emcaso de mobilização ou, ainda, quando a legislaçãoespecífica regular.

SEÇÃO VII

Da Exclusão das Praças a Bem da Disciplina

Art 112 - A exclusão a bem da disciplina seráaplicada ex-officio ao Aspirante-a-Oficial PM ou àsPraças com estabilidade assegurada: I - sobre os quais houver pronunciado tal sentençao Conselho Permanente de Justiça, por haveremsido condenados em sentença transitada emjulgado por aquele Conselho ou Tribunal Civil, àpena restritiva da liberdade superior a 2 (dois) anosou nos crimes previstos na legislação concernenteà segurança do Estado à pena de qualquerduração; II - sobre os quais houver pronunciado tal sentençao Conselho Permanente da Justiça, por haveremperdido a nacionalidade brasileira; e Ill - que incidirem nos casos que motivarem ojulgamento pelo Conselho de Disciplina, previsto no artigo 49 e neste forem considerados culpados. Parágrafo único - O Aspirante-a-Oficial PM ou aPraça com estabilidade assegurada que houversido excluído a bem da disciplina só poderáreadquirir a situação policial-militar anterior: I - por outra sentença do Conselho Permanente deJustiça e nas condições nela estabelecidas se aexclusão for consequência de sentença daqueleConselho; e II - por decisão do Comandante-Geral da PoliciaMilitar, se a exclusão for consequência de ter sidojulgado culpado em Conselho de Disciplina. Art 113 - É da competência do Comando-Geral oato de exclusão a bem da disciplina do Aspirante aOficial PM, bem como das Praças com estabilidadeassegurada. Art 114 - A exclusão da Praça a bem da disciplinaacarreta a perda do seu grau hierárquico e não aisenta da indenização dos prejuízos causados àFazenda do Distrito Federal ou a terceiros, nemdas pensões decorrentes de sentença judicial. Parágrafo único - A Praça excluída a bem dadisciplina não terá direito a qualquer indenizaçãoou remuneração e a sua situação militar serádefinida pela Lei do Serviço Militar.

SEÇÃO VIII

Da Deserção Art 115 - A deserção do policial-militar acarretaumainterrupção do serviço policial-militar, com aconsequente demissão ex-officio, para o Oficial, ouexclusão do serviço ativo para o Aspirante-a-OficialPM ou Praça. § 1º - A demissão do Oficial ou a exclusão doAspirante-a-Oficial PM ou da Praça comestabilidade assegurada processar-se-á após 1(um) ano de agregação, se não houver captura ouapresentação voluntária antes desse prazo. § 2º - A Praça sem estabilidade assegurada seráautomaticamente excluída, após oficialmentedeclarada desertora. § 3º - O policial-militar desertor que foi capturadoou que se apresentar voluntariamente, depois deter sido demitido ou excluído será reincluído no serviço ativo e a seguir agregado para se verprocessar. § 4º - A reinclusão em definitivo do policial-militarde que trata o parágrafo anterior, dependerá desentença do conselho de Justiça.

SEÇÃO IX

Do Falecimento, do Extravio e do Reaparecimento

Art 116 - O falecimento do policial-militar na ativaacarreta, automaticamente, a exclusão do serviço ativo e desligamento da Organização Policial-Militara que está vinculado, na data da ocorrência doóbito.

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Art 117 - O extravio do policial-militar na ativaacarreta interrupção do serviço policial-militar, como consequente afastamento temporário do serviço ativo, a partir da data em que o mesmo foioficialmente considerado extraviado. § 1º - A exclusão do serviço ativo será feita 6 (seis)meses após a agregação por motivo de extravio. § 2º - Em caso de naufrágio, sinistro aéreo,catástrofe, calamidade pública ou outros acidentesoficialmente reconhecidos, o extravio ou odesaparecimento de policial-militar da ativa seráconsiderado como falecimento, para fins deste Estatuto, tão logo sejam esgotados os prazosmáximos de possível sobrevivência ou quando sedeem encerradas as providências de salvamento. Art 118 - O reaparecimento do policial-Militar extraviado ou desaparecido, já excluído do serviço ativo, resulta em sua reinclusão e nova agregaçãoenquanto se apuram as causas que deram origemao seu afastamento. Parágrafo único - O policial-militar reaparecido serásubmetido a Conselho de Justificação ou aConselho de disciplina, por decisão do Governadordo Distrito Federal ou do Comandante-Geral,respectivamente, se assim for julgado necessário.

CAPÍTULO III

Do Tempo de Serviço

Art 119 - Os policiais-Militares começam a contartempo de serviço na Policia Militar a partir da datade sua inclusão, matricula em órgão de formaçãode policiais-Militares ou nomeação para posto ou graduação na Policia Militar. § 1º - Considera-se como data de inclusão, parafins deste artigo, a do ato de inclusão em umaOrganização Policial-Militar, a de matricula emqualquer órgão de formação de Oficiais ou Praçasou a de apresentação para o serviço em caso denomeação. § 2º - O policial-militar reincluído recomeça a contartempo de serviço da data de sua reinclusão. § 3º - Quando, por motivo de força maioroficialmente reconhecido, decorrente de incêndio,inundação, sinistro aéreo e outras calamidades,faltarem dados para contagem de tempo de serviçocaberá ao Comandante-Geral arbitrar o tempo aser computado para cada caso particular, deacordo com os elementos disponíveis. § 4º - Os períodos de tempo de serviço, prestadospelas Praças, serão estabelecidos em normasbaixadas pelo Comandante-Geral. Art 120 - Na apuração de tempo de serviço dopolicial-militar será feita a distinção entre: I - tempo de efetivo serviço; e II - anos de serviço. Art 121 - Tempo de efetivo serviço é o espaço detempo computado dia-a-dia entre a data deinclusão e a data-limite estabelecida para acontagem ou a data do desligamento emconsequência da exclusão do serviço ativo, mesmoque tal espaço de tempo seja parcelado. § 1º - Será computado como tempo de efetivo serviço: I - o tempo de serviço prestado nas ForçasArmadas ou em outras Policias Militar es; e Il - o tempo passado dia-a-dia, nas OrganizaçõesPoliciais-Militar es, pelo policial-militar da reserva da Corporação, convocados para o exercício defunções Policiais-Militar es.

§ 2º - Não serão deduzidos do tempo de efetivo serviço, além dos afastamentos previstos no artigo.65, os períodos em que o policial-Militar estiver afastado do exercício de suas funções, emgozo de licença especial. § 3º - Ao tempo de efetivo serviço, de que tratameste artigo e seus parágrafos, apurado e totalizadoem dias, será aplicado o divisor de 365 (trezentos e sessenta e cinco) para a correspondente obtençãodos anos de efetivo serviço. Art 122 - "Anos de Serviço" é a expressão quedesigna o tempo de efetivo serviço a que se referem o artigo 121 e seus parágrafos, com osseguintes acréscimos: I - tempo de serviço público federal, estadual oumunicipal, prestado pelo policial-militar,anteriormente à sua inclusão, matrícula, nomeaçãoou reinclusão na Polícia Militar; II - tempo de serviço de atividade privada na formada Lei nº 6.226, de 14 de julho de 1975, alteradapela Lei nº 6.864, de 1º de dezembro de 1980; III - 1 (um) ano para cada 5 (cinco) anos de tempode efetivo serviço prestado pelo Oficial do Quadrade Saúde que possuir curso universitário, até queeste acréscimo complete o total de anos deduração normal correspondente ao referido curso,sem superposição a qualquer tempo de serviçopolicial-militar ou público, eventualmente prestadodurante a realização deste mesmo curso; IV - tempo relativo a cada licença especial nãogozada, contado em dobro; e V - tempo relativo a férias não gozadas, contadoem dobro. § 1º - o acréscimo a que se refere o item I deste artigo só será computado no momento dapassagem do policial-militar situação de inatividadee para esse fim. § 2º - Os acréscimos a que se referem os itens Il,III, IV e V deste artigo serão computados somenteno momento da passagem do policial-militar àsituação de inatividade e, nessa situação, paratodos os efeitos legais, inclusive quanto àpercepção definitiva da gratificação de tempo deserviço. § 3º - O disposto no item III, deste artigo aplicar-se-á nas mesmas condições e na forma da legislaçãoespecífica ou peculiar, aos possuidores de cursouniversitário, reconhecido oficialmente, quevenham a ser aproveitados como Oficiais da Polícia Militar, desde que esse curso seja requisitopara seu aproveitamento. § 4º - Não é computável, para efeito algum, otempo: I - que ultrapassar de 1 (um) ano, contínuo ou não,em licença para tratamento de saúde de pessoa dafamília; II - passado em licença para tratar de interesseparticular; III - passado como desertor; IV - decorrido em cumprimento de pena desuspensão do exercício do posto, graduação, cargoou função por sentença transitada em julgado; e V - decorrido em cumprimento de pena restritiva daliberdade, por sentença transitada em julgado,desde que não tenha sido concedida suspensãocondicional da pena, quando, então, o tempo queexceder ao período da pena será computado paratodos os efeitos, caso as condições estipuladas nasentença não o impeçam. Art 123 - O tempo que o policial-militar passou ouvier a passar afastado do exercício de suasfunções, em consequência de ferimentos recebidosem acidentes quando em serviço na manutençãoda ordem pública e em operações policiaisMilitar esou de moléstia adquirida no exercício dequalquer função policial-militar, será computadocomo se ele o tivesse passado no exercício efetivodaquelas funções.

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Art 124 - O tempo de serviço em campanha para opolicial-militar é o período em que o mesmo estiverem operações de guerra. Parágrafo único - A participação do policial-Militar em atividades dependentes ou decorrentes dasoperações de guerra será regulada em legislaçãoespecífica. Art 125 - O tempo de serviço dos policiais-Militar esbeneficiados por anistia será contado comoestabelecer o ato legal que o conceder. Art. 126. Uma vez computado o tempo de efetivo serviço e seus acréscimos, previstos nos artigos121 e 122 desta lei, e no momento da passagemdo policial-militar à situação de inatividade, pelositens I, II, IV, V, XI e XII do artigo 92 e nos itens II eIII do artigo 94 desta lei, a fração de tempo igual ousuperior a 180 (cento e oitenta) dias seráconsiderada como 1 (um) ano para os efeitoslegais. Art 127 - O tempo de serviço prestado ao antigoDepartamento Federal da Segurança Pública(DFSP), pelos Oficiais e Praças da Polícia Militar,aproveitados nos termos do art. 4º, e seuparágrafo, do Decreto-lei nº 9, de 25 de junho de1966, é computado como tempo de efetivo serviçopara fins do artigo 121 deste Estatuto. Art 128 - A data-limite estabelecida para final decontagem dos anos de serviço, para inatividade,será a do desligamento em consequência daexclusão do serviço ativo. Parágrafo único - A data-limite não poderá excederde 45 (quarenta e cinco) dias, dos quais o máximode 15 (quinze) no órgão encarregado de efetivar atransferência, da data da publicação do ato detransferência para a reserva remunerada da Polícia Militar ou reforma, no órgão oficial do Governo do Distrito Federal ou em Boletim da OrganizaçãoPolicial-Militar considerada sempre a primeirapublicação oficial. Art 129 - Na contagem dos anos de serviço nãopoderá ser computada qualquer superposição dotempo de serviço público federal, estadual oumunicipal e da administração indireta entre si, nemcom os acréscimos de tempo para os possuidoresde curso universitário, e nem com o tempo deserviço computável após a inclusão emOrganização Policial-Militar, matrícula em órgão deformação policial-militar ou nomeação para postoou graduação na Polícia Militar.

CAPÍTULO IV

Do Casamento

Art 130 O policial-militar da ativa pode contrairmatrimônio, desde que observada a legislação civilespecífica. § 1º - É vedado o casamento as Praças Especiais,com qualquer idade, enquanto estiverem sujeitasaos regulamentos dos Órgãos de Formação deOficiais. § 2º - O casamento de policiais-Militares comestrangeiros somente poderá ser realizado apósautorização do Comando-Geral. § 3º - Excetuadas as situações previstas nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, todo policial-militardeve participar com antecedência, ao Comandantede sua Organização Policial-Militar, o evento a serrealizado. Art 131 As Praças Especiais que contraíremmatrimônio em desacordo com o § 1º do artigoanterior serão excluídas sem direito a qualquerremuneração ou indenização.

CAPÍTULO V

Das Recompensas e das Dispensas do Serviço

Art 132 As recompensas constituemreconhecimentos dos bons serviços prestadospelos policiais-Militar es.

§ 1º - São recompensas policiais-Militar es: I - prêmios de Honra ao Mérito; Il - condecorações; III - elogios; e IV - dispensa do serviço. § 2º - As recompensas serão concedidas de acordo com as normas estabelecidas na legislação emvigor. Art 133 - As dispensas do serviço são autorizaçõesconcedidas aos policiais-Militares para afastamentototal do serviço, em caráter temporário. Art 134 - As dispensas de serviço podem serconcedidas aos policiais-Militar es: I - como recompensa; II - para desconto em férias; e III - em decorrência de prescrição médica. Parágrafo único - As dispensas do serviço serãoconcedidas com a remuneração integral ecomputadas como tempo de efetivo serviço.

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS EFINAIS

Art 135 - A assistência religiosa aospoliciaisMilitar esé regulada em legislação específica oupeculiar. Art 136 - O policial-militar beneficiado por uma oumais das Leis nºs 288, de 8 de junho de 1948; 616,de 2 de fevereiro de 1949; 1.156, de 12 de julho de1950; 1.267, de 9 de dezembro de 1950, emvirtude do disposto no art. 62 desta Lei, não maisusufruirá das promoções previstas naquelas Leis,ficandoassegurada, por ocasião da transferênciapara a reserva remunerada da Polícia Militar oureforma, a remuneração de inatividade relativa aoposto ou graduação a que seria promovido emdecorrência da aplicação das referidas Leis. Parágrafo único - A remuneração de inatividadeassegurada neste artigo não poderá exceder, emnenhum caso, à que caberia ao policial-militar, sefosse ele promovido até 2 (dois) graus hierárquicosacima daquele que tiver por ocasião doprocessamento de sua transferência para a reserva remunerada ou reformado, incluindo-se nestalimitação a aplicação do disposto no § 1º do art. 50e no § 1º do art.98. Art 137 - Ao policial-militar já na situação deinatividade remunerada, que venha a ser julgadoinválido, impossibilitado total e permanentementepara qualquer trabalho, ainda que sem relação decausa e efeito com o exercício de suas funçõesenquanto esteve na ativa, aplica-se o disposto noart. 106 e seus parágrafos da Lei nº 5.619, de 03de novembro de 1970. Art 138 - O policial-militar que em inspeção desaúde for julgado incapaz para o serviçopolicialMilitar e vier a falecer antes da efetivação de suareforma, será considerado reformado, para todosos efeitos legais a contar da data do óbito. Art 139 - Ao Policial-militar, do sexo feminino,integrante dos Quadros Orgânicos da Polícia Militar, aplicar-se-ão, na íntegra, os dispositivosdeste Estatuto, resguardados os direitos,específicos da mulher, regulados por legislaçãoespecífica ou peculiar. Art 140 - É vedado o uso, por parte de OrganizaçãoCivil, de designações que possam sugerir suavinculação à Polícia Militar.

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Parágrafo único - Excetuam-se das prescriçõesdeste artigo as associações, clubes, círculos eoutras entidades que congreguem membros da Polícia Militar e que se destinem, exclusivamente apromover intercâmbio social e assistencial entre ospoliciais-Militares e seus familiares e entre esses ea sociedade civil e local. Art 141 - Enquanto não entrar em vigor a Lei dePensão Policial-Militar, considerar-se-ão vigentesos arts. 70 a 72 da Lei nº 6.023, de 3 de janeiro de1974. Art 142 - Após a vigência do presente Estatutoserão a ele ajustados todos os dispositivos legais eregulamentares que com ele tenham pertinência. Art 143 - As disposições deste Estatuto nãoretroagem para alcançar situações constituídasanteriormente à data de sua vigência. Art 144 - O presente Estatuto entra em vigor na data de sua publicação. Art 145 - Ressalvado o disposto no art. 141 destaLei, ficam revogadas a Lei nº 6.023,de 3.1.74, o artigo 2º da Lei nº 6.547, de 4.7.78,e demaisdisposições em contrário.

Brasília, em 18 de dezembro de 1984; 163º da Independência e 96º da República.

JOÃO FIGUEIREDO

Ibrahim Abi-Ackel

LEI Nº 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986.

Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político, e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público. Parágrafo único. A faculdade assegurada neste artigo não se aplica aos assuntos de natureza militar de caráter sigiloso e independe de filiação político-partidária. Art 2º O disposto nesta lei aplica-se ao militar agregado a que se refere a alínea b do § 1º do art. 150 da Constituição Federal. Art 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art 4º Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 17 de julho de 1986; 165º da Independência e 98º da República.

JOSÉ SARNEY Henrique Saboia

Leônidas Pires Gonçalves Octávio Júlio Moreira Lima

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentespúblicos nos casos de enriquecimento ilícito noexercício de mandato, cargo, emprego ou funçãona administração pública direta, indireta oufundacional e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais

Art. 1° Os atos de improbidade praticados porqualquer agente público, servidor ou não, contra aadministração direta, indireta ou fundacional dequalquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, deempresa incorporada ao patrimônio público ou deentidade para cuja criação ou custeio o erário hajaconcorrido ou concorra com mais de cinquenta porcento do patrimônio ou da receita anual, serãopunidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos àspenalidades desta lei os atos de improbidadepraticados contra o patrimônio de entidade quereceba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal oucreditício, de órgão público bem como daquelaspara cuja criação ou custeio o erário hajaconcorrido ou concorra com me nos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual,limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial àrepercussão do ilícito sobre a contribuição doscofres públicos. Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitosdesta lei, todo aquele que exerce, ainda quetransitoriamente ou sem remuneração, por eleição,nomeação, designação, contratação ou qualqueroutra forma de investidura ou vínculo, mandato,cargo, emprego ou funçãonas entidadesmencionadas no artigo anterior. Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, noque couber, àquele que, mesmo não sendo agentepúblico, induza ou concorra para a prática do atode improbidade ou dele se beneficie sob qualquerforma direta ou indireta. Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ouhierarquia são obrigados a velar pela estritaobservância dos princípios de legalidade,impessoalidade, moralidade e publicidade no tratodos assuntos que lhe são afetos. Art. 5° Ocorrendo lesão ao patrimônio público poração ou omissão, dolosa ou culposa, do agente oude terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento dodano. Art. 6° No caso de enriquecimento ilícito, perderá oagente público ou terceiro beneficiário os bens ouvalores acrescidos ao seu patrimônio. Art. 7° Quando o ato de improbidade causar lesãoao patrimônio público ou ensejar enriquecimentoilícito, caberá a autoridade administrativaresponsável pelo inquérito representar aoMinistério Público, para a indisponibilidade dosbens do indiciado. Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refereo caput deste artigo recairá sobre bens queassegurem o integral ressarcimento do dano, ousobre o acréscimo patrimonial resultante doenriquecimento ilícito. Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão aopatrimônio público ou se enriquecer ilicitamenteestá sujeito às cominações desta lei até o limite dovalor da herança.

CAPÍTULO II

Dos Atos de Improbidade Administrativa

Seção I

Dos Atos de Improbidade Administrativa queImportam Enriquecimento Ilícito

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativaimportando enriquecimento ilícito auferir qualquertipo de vantagem patrimonial indevida em razão doexercício de cargo, mandato, função, emprego ouatividade nas entidades mencionadas no art. 1°desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bemmóvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagemeconômica, direta ou indireta, a título de comissão,percentagem, gratificação ou presente de quemtenha interesse, direto ou indireto, que possa

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seratingido ou amparado por ação ou omissãodecorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ouindireta, para facilitar a aquisição, permuta oulocação de bem móvel ou imóvel, ou a contrataçãode serviços pelas entidades referidas no art. 1° porpreço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ouindireta, para facilitar a alienação, permuta oulocação de bem público ou o fornecimento deserviço por ente estatal por preço inferior ao valorde mercado; IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos,máquinas, equipamentos ou material de qualquernatureza, de propriedade ou à disposição dequalquer das entidades mencionadas no art. 1°desta lei, bem como o trabalho de servidorespúblicos, empregados ou terceiros contratados poressas entidades; V - receber vantagem econômica de qualquernatureza, direta ou indireta, para tolerar aexploração ou a prática de jogos de azar, delenocínio, de narcotráfico, de contrabando, deusura ou de qualquer outra atividade ilícita, ouaceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquernatureza, direta ou indireta, para fazer declaraçãofalsa sobre medição ou avaliação em obraspúblicas ou qualquer outro serviço, ou sobrequantidade, peso, medida, qualidade oucaracterística de mercadorias ou bens fornecidos aqualquer das entidades mencionadas no art. 1ºdesta lei; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercíciode mandato, cargo, emprego ou função pública,bens de qualquer natureza cujo valor sejadesproporcional à evolução do patrimônio ou àrenda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exerceratividade de consultoria ou assessoramento parapessoa física ou jurídica que tenha interessesuscetível de ser atingido ou amparado por açãoou omissão decorrente das atribuições do agentepúblico, durante a atividade; IX - perceber vantagem econômica paraintermediar a liberação ou aplicação de verbapública de qualquer natureza; X - receber vantagem econômica de qualquernatureza, direta ou indiretamente, para omitir atode ofício, providência ou declaração a que estejaobrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seupatrimônio bens, rendas, verbas ou valoresintegrantes do acervo patrimonial das entidadesmencionadas no art. 1° desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas,verbas ou valores integrantes do acervo patrimonialdas entidades mencionadas no art. 1° desta lei.

Seção II

Dos Atos de Improbidade Administrativa queCausam Prejuízo ao Erário

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativaque causa lesão ao erário qualquer ação ouomissão, dolosa ou culposa, que enseje perdapatrimonial, desvio, apropriação, malbaratamentoou dilapidação dos bens ou haveres das entidadesreferidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para aincorporação ao patrimônio particular, de pessoafísica ou jurídica, de bens, rendas, verbas ouvalores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física oujurídica privada utilize bens, rendas, verbas ouvalores integrantes do acervo patrimonial dasentidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem aobservância das formalidades legais ouregulamentares aplicáveis à espécie;

III - doar à pessoa física ou jurídica bem como aoente despersonalizado, ainda que de finseducativos ou assistências, bens, rendas, verbasou valores do patrimônio de qualquer dasentidadesmencionadas no art. 1º desta lei, semobservância das formalidades legais eregulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta oulocação de bem integrante do patrimônio dequalquer das entidades referidas no art. 1º destalei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas,por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta oulocação de bem ou serviço por preço superior aode mercado; VI - realizar operação financeira sem observânciadas normas legais e regulamentares ou aceitargarantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscalsem a observância das formalidades legais ouregulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório oudispensá-lo indevidamente;(Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) IX - ordenar ou permitir a realização de despesasnão autorizadas em lei ou regulamento; X - agir negligentemente na arrecadação de tributoou renda, bem como no que diz respeito àconservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observânciadas normas pertinentes ou influir de qualquer formapara a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviçoparticular, veículos, máquinas, equipamentos oumaterial de qualquer natureza, de propriedade ou àdisposição de qualquer das entidadesmencionadas no art. 1° desta lei, bem como otrabalho de servidor público, empregados outerceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento quetenha por objeto a prestação de serviços públicospor meio da gestão associada sem observar asformalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº11.107, de 2005) XV – celebrar contrato de rateio de consórciopúblico sem suficiente e prévia dotaçãoorçamentária, ou sem observar as formalidadesprevistas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de2005) XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

Seção III

Dos Atos de Improbidade Administrativa queAtentam Contra os

Princípios da AdministraçãoPública

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativaque atenta contra os princípios da administraçãopública qualquer ação ou omissão que viole osdeveres de honestidade, imparcialidade,legalidade, e lealdade às instituições, enotadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ouregulamento ou diverso daquele previsto, na regrade competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente,ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciênciaem razão das atribuições e que deva permanecerem segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais;

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V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando estejaobrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue aoconhecimento de terceiro, antes da respectivadivulgação oficial, teor de medida política oueconômica capaz de afetar o preço de mercadoria,bem ou serviço. VIII - XVI a XXI - (Vide Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

CAPÍTULO III

Das Penas

Art. 12. Independentemente das sanções penais,civis e administrativas previstas na legislaçãoespecífica, está o responsável pelo ato deimprobidade sujeito às seguintes cominações, quepodem ser aplicadas isolada ou cumulativamente,de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ouvalores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,ressarcimento integral do dano, quando houver,perda da função pública, suspensão dos direitospolíticos de oito a dez anos, pagamento de multacivil de até três vezes o valor do acréscimopatrimonial e proibição de contratar com o PoderPúblico ou receber benefícios ou incentivos fiscaisou creditícios, direta ou indiretamente, ainda quepor intermédio de pessoa jurídica da qual sejasócio majoritário, pelo prazo de dez anos; II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral dodano, perda dos bens ou valores acrescidosilicitamente ao patrimônio, se concorrer estacircunstância, perda da função pública, suspensãodos direitos políticos de cinco a oito anos,pagamento de multa civil de até duas vezes o valordo dano e proibição de contratar com o PoderPúblico ou receber benefícios ou incentivos fiscaisou creditícios, direta ou indiretamente, ainda quepor intermédio de pessoa jurídica da qual sejasócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integraldo dano, se houver, perda da função pública,suspensão dos direitos políticos de três a cincoanos, pagamento de multa civil de até cem vezes ovalor da remuneração percebida pelo agente eproibição de contratar com o Poder Público oureceber benefícios ou incentivos fiscais oucreditícios, direta ou indiretamente, ainda que porintermédio de pessoa jurídica da qual seja sóciomajoritário, pelo prazo de três anos. Parágrafo único. Na fixação das penas previstasnesta lei o juiz levará em conta a extensão do danocausado, assim como o proveito patrimonial obtidopelo agente.

CAPÍTULO IV

Da Declaração de Bens

Art. 13. A posse e o exercício de agente públicoficam condicionados à apresentação de declaraçãodos bens e valores que compõem o seu patrimônioprivado, a fim de ser arquivada no serviço depessoal competente. (Regulamento) § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis,semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualqueroutra espécie de bens e valores patrimoniais,localizado no País ou no exterior, e, quando for ocaso, abrangerá os bens e valores patrimoniais docônjuge ou companheiro, dos filhos e de outraspessoas que vivam sob a dependência econômicado declarante, excluídos apenas os objetos eutensílios de uso doméstico. § 2º A declaração de bens será anualmenteatualizada e na data em que o agente públicodeixar o exercício do mandato, cargo, emprego oufunção. § 3º Será punido com a pena de demissão, a bemdo serviço público, sem prejuízo de outras sançõescabíveis, o agente

público que se recusar a prestardeclaração dos bens, dentro do prazo determinado,ou que a prestar falsa. § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregarcópia da declaração anual de bens apresentada àDelegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventosde qualquer natureza, com as necessáriasatualizações, para suprir a exigência contida nocaput e no § 2° deste artigo.

CAPÍTULO V

Do Procedimento Administrativo e do Processo Judicial

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar àautoridade administrativa competente para queseja instaurada investigação destinada a apurar aprática de ato de improbidade. § 1º A representação, que será escrita ou reduzidaa termo e assinada, conterá a qualificação dorepresentante, as informações sobre o fato e suaautoria e a indicação das provas de que tenhaconhecimento. § 2º A autoridade administrativa rejeitará arepresentação, em despacho fundamentado, seesta não contiver as formalidades estabelecidas no§ 1º deste artigo. A rejeição não impede arepresentação ao Ministério Público, nos termos doart. 22 desta lei. § 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dosfatos que, em se tratando de servidores federais,será processada na forma prevista nos arts. 148 a182 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 e,em se tratando de servidor militar, de acordo comos respectivos regulamentos disciplinares. Art. 15. A comissão processante daráconhecimento ao Ministério Público e ao Tribunalou Conselho de Contas da existência deprocedimento administrativo para apurar a práticade ato de improbidade. Parágrafo único. O Ministério Público ou Tribunalou Conselho de Contas poderá, a requerimento,designar representante para acompanhar oprocedimento administrativo. Art.16. Havendo fundados indícios deresponsabilidade, a comissão representará aoMinistério Público ou à procuradoria do órgão paraque requeira ao juízo competente a decretação dosequestro dos bens do agente ou terceiro quetenha enriquecido ilicitamente ou causado dano aopatrimônio público. § 1º O pedido de sequestro será processado deacordo com o disposto nos arts. 822 e 825 doCódigo de Processo Civil. § 2° Quando for o caso, o pedido incluirá ainvestigação, o exame e o bloqueio de bens,contas bancárias e aplicações financeiras mantidaspelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dostratados internacionais. Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário,será proposta pelo Ministério Público ou pelapessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias daefetivação da medida cautelar. § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliaçãonas ações de que trata o caput. § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso,promoverá as ações necessárias àcomplementação do ressarcimento do patrimôniopúblico. § 3º No caso de a ação principal ter sido propostapelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, odisposto no § 3ºdo art. 6º da Lei nº 4.717, de 29de junho de 1965. (Redação dada pela Lei nº9.366, de 1996)

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§ 4º O Ministério Público, se não intervir noprocesso como parte, atuará obrigatoriamente,como fiscal da lei, sob pena de nulidade. § 5º A propositura da ação prevenirá a jurisdiçãodo juízo para todas as ações posteriormenteintentadas que possuam a mesma causa de pedirou o mesmo objeto. (Incluído pela Medidaprovisória nº 2.180-35, de 2001) § 6º A ação será instruída com documentos oujustificação que contenham indícios suficientes daexistência do ato de improbidade ou com razõesfundamentadas da impossibilidade deapresentação de qualquer dessas provas,observada a legislação vigente, inclusive asdisposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Códigode Processo Civil. (Incluído pela Medida Provisórianº 2.225-45, de 2001) § 7º Estando a inicial em devida forma, o juizmandará autuá-la e ordenará a notificação dorequerido, para oferecer manifestação por escrito,que poderá ser instruída com documentos ejustificações, dentro do prazo de quinze dias.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de2001) § 8º Recebida a manifestação, o juiz, no prazo detrinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará aação, se convencido da inexistência do ato deimprobidade, da improcedência da ação ou dainadequação da via eleita. (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.225-45, de 2001) § 9º Recebida a petição inicial, será o réu citadopara apresentar contestação. (Incluído pela MedidaProvisória nº 2.225-45, de 2001) § 10. Da decisão que receber a petição inicial,caberá agravo de instrumento. (Incluído pelaMedida Provisória nº 2.225-45, de 2001) § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecidaa inadequação da ação de improbidade, o juizextinguirá o processo sem julgamento do mérito.(Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de2001) § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquiriçõesrealizadas nos processos regidos por esta Lei odisposto no art. 221, caput e § 1º, do Código deProcesso Penal. (Incluído pela Medida Provisórianº 2.225-45, de 2001) Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civilde reparação de dano ou decretar a perda dosbens havidos ilicitamente determinará o pagamentoou a reversão dos bens, conforme o caso, em favorda pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Penais

Art. 19. Constitui crime a representação por ato deimprobidade contra agente público ou terceirobeneficiário, quando o autor da denúncia o sabeinocente. Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, odenunciante está sujeito a indenizar o denunciadopelos danos materiais, morais ou à imagem quehouver provocado. Art. 20. A perda da função pública e a suspensãodos direitos políticos só se efetivam com o trânsitoem julgado da sentença condenatória. Parágrafo único. A autoridade judicial ouadministrativa competente poderá determinar oafastamento do agente público do exercício docargo, emprego ou função, sem prejuízo daremuneração, quando a medida se fizer necessáriaà instrução processual. Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta leiindepende:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimôniopúblico, salvo quanto à pena de ressarcimento;(Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgãode controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho deContas. Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nestaei, o Ministério Público, de ofício, a requerimentode autoridade administrativa ou medianterepresentação formulada de acordo com o dispostono art. 14, poderá requisitar a instauração deinquérito policial ou procedimento administrativo.

CAPÍTULO VII

Da Prescrição

Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos assanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício demandato, de cargo em comissão ou de função deconfiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis comdemissão a bem do serviço público, nos casos deexercício de cargo efetivo ou emprego.

CAPÍTULO VIII

Das Disposições Finais

Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 25. Ficam revogadas as Leis n°s 3.164, de 1°de junho de 1957, e 3.502, de 21 de dezembro de1958 e demais disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 2 de junho de 1992; 171° da Independência e 104° da República.

FERNANDO COLLOR

Célio Borja

LEI Nº 9.442, DE 14 DE MARÇO DE1997.

Cria a Gratificação de Condição, Especial deTrabalho - GCET para os servidores Militar esfederais das Forças Armadas, altera dispositivosdas Leis nºs 6.880, de 9 de dezembro de 1980, e8.237, de 30 de setembro de 1991, dispõe sobre oAuxílio-Funeral a ex-Combatentes, e dá outras providências. Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICAadotou a Medida Provisória nº 1.544-19, de 1997,que o Congresso Nacional aprovou, e eu, AntônioCarlos Magalhães, Presidente, para os efeitos dodisposto no parágrafo único do art. 62 daConstituição Federal, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituída a Gratificação de CondiçãoEspecial de Trabalho - GCET, devida mensal eregularmente aos servidores Militares federais dasForças Armadas ocupantes de cargo militar. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo as praças prestadoras do serviço militarinicial.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) Art. 2º A Gratificação de Condição Especial deTrabalho - GCET será calculada obedecendo àhierarquização entre os diversos postos egraduações, dentro dos respectivos círculos dasForças Armadas e paga de 1º de agosto de 1995até 31 de agosto de 1996, de acordo com o AnexoI, e a partir de 1º de setembro de 1996, de acordo com o Anexo III.(Revogado pela Medida Provisórianº 2.215-10, de 31.8.2001) Art. 3º Simultaneamente, até 31 de agosto de1996, será concedida uma Gratificação Temporáriaaos servidores de que

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trata o art. 1º, no valorconstante do Anexo II.(Revogado pela MedidaProvisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) Parágrafo único. A Gratificação Temporária éacumulável com a Gratificação de CondiçãoEspecial de Trabalho - GCET e: (Revogado pelaMedida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) a) não servirá de base para cálculo de qualquervantagem ou parcela remuneratória, ressalvadasaquelas de que tratam os arts. 35, 40, 42 e 86 daLei nº 8.237, de 30 de setembro de 1991;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) b) será considerada, até a sua extinção, para efeitode pensões e remuneração na inatividade.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) Art. 4º A Gratificação de Condição Especial deTrabalho - GCET passa a integrar a estruturaremuneratória dos Militares da ativa, inativos epensionistas, prevista na legislação em vigor.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.215-10, de 31.8.2001) Art. 5º O inciso III da alínea „‟b” do § 1º do art. 3º daLei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, passa avigorar com a seguinte redação: lll - os da reserva remunerada, e,excepcionalmente, os reformados, executadotarefa por tempo certo, segundo regulamentaçãopara cada Força Armada.” Art. 6º Os arts. 68, 75 e 86 da Lei nº 8.237, de1991, passam a vigorar com as seguintesalterações:(Revogado pela Medida Provisória nº2.215-10, de 31.8.2001)

“Art.68................................................................. § 1º O Adicional de Inatividadeintegrará, para fins de cálculo depensão, a estrutura de remuneraçãodo militar falecido em serviço ativo,inclusive com me nos de trinta anosde serviço, com base nos percentuaisestabelecidos na Tabela VI do AnexoII desta Lei. § 2º Os efeitos financeirosdecorrentes do disposto no parágrafoanterior, para os já falecidos,vigorarão a partir de 1º de dezembrode 1996.”

“Art.75...................................................................

VIIl - multa por ocupação irregular dePróprio Nacional Residencial.”“Art. 86. Ao militar da reserva remunerada, exceto quandoconvocado, reincluído, designado oumobilizado, e, excepcionalmente, aoreformado, que prestarem tarefa portempo certo a qualquer das ForçasArmadas, será conferido adicional prolabore calculado sobre os proventosque efetivamente estiverpercebendo.”

Art. 7º Ao ex-Combatente que tenha efetivamenteparticipado de operações bélicas durante aSegunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº5.315, de 12 de setembro de 1967, e que estejapercebendo Pensão Especial, será concedidoAuxílio-Funeral, para ressarcimento das despesasefetuadas, até o limite equivalente ao valor dosoldo de Segundo-Tenente. Parágrafo único. O Auxílio-Funeral será ressarcidopelo órgão responsável pelo pagamento da PensãoEspecial à pessoa que houver custeado o funeraldo ex-Combatente, mediante requerimento. Art. 8º Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 1.544-18, de 16 dejaneiro de 1997. Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 10. Revogam-se os arts. 41 e 100 da Lei nº8.237, de 30 de setembro de 1991. Congresso Nacional, em 14 de março de1997;176º da Independência e 109º da República.

SENADOR ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES

Presidente do Congresso Nacional

LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997.

Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que oCongresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º (VETADO) Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou entidade produtora ou depositária das informações. Art. 2° O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade depositária do registro ou banco de dados e será deferido ou indeferido no prazo de quarenta e oito horas. Parágrafo único. A decisão será comunicada ao requerente em vinte e quatro horas. Art. 3° Ao deferir o pedido, o depositário do registro ou do banco de dados marcará dia e hora para que o requerente tome conhecimento das informações. Parágrafo único. (VETADO) Art. 4° Constatada a inexatidão de qualquer dado a seu respeito, o interessado, em petição acompanhada de documentos comprobatórios, poderá requerer sua retificação. § 1° Feita a retificação em, no máximo, dez dias após a entrada do requerimento, a entidade ou órgão depositário do registro ou da informação dará ciência ao interessado. § 2° Ainda que não se constate a inexatidão do dado, se o interessado apresentar explicação ou contestação sobre o mesmo, justificando possível pendência sobre o fato objeto do dado, tal explicação será anotada no cadastro do interessado. Art. 5° (VETADO) Art. 6° (VETADO) Art. 7° Conceder-se-á habeas data: I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público; II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável. Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda. Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova: I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão;

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II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão. Art. 9° Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via apresentada pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de dez dias, preste as informações que julgar necessárias. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o caso de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos nesta Lei. Parágrafo único. Do despacho de indeferimento caberá recurso previsto no art. 15. Art. 11. Feita a notificação, o serventuário em cujo cartório corra o feito, juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereçado ao coator, bem como a prova da sua entrega a este ou da recusa, seja de recebê-lo, seja de dar recibo. Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9°, e ouvido o representante do Ministério Público dentro de cinco dias, os autos serão conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias. Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará data e horário para que o coator: I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito, constantes de registros ou bancos de dadas; ou II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita nos assentamentos do impetrante. Art. 14. A decisão será comunicada ao coator, por correio, com aviso de recebimento, ou por telegrama, radiograma ou telefonema, conforme o requerer o impetrante. Parágrafo único. Os originais, no caso de transmissão telegráfica, radiofônica ou telefônica deverão ser apresentados à agência expedidora, com a firma do juiz devidamente reconhecida. Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação. Parágrafo único. Quando a sentença conceder o habeas data, o recurso terá efeito meramente devolutivo. Art. 16. Quando o habeas data for concedido e o Presidente do Tribunal ao qual competir o conhecimento do recurso ordenar ao juiz a suspensão da execução da sentença, desse seu ato caberá agravo para o Tribunal a que presida. Art. 17. Nos casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos demais Tribunais caberá ao relator a instrução do processo. Art. 18. O pedido de habeas data poderá ser renovado se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. Art. 19. Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos os atos judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança. Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator. Parágrafo único. O prazo para a conclusão não poderá exceder de vinte e quatro horas, a contar da distribuição. Art. 20. O julgamento do habeas data compete: I - originariamente:

a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio Supremo Tribunal Federal; b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de Estado ou do próprio Tribunal; c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio Tribunal ou de juiz federal; d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, excetuados os casos de competência dos tribunais federais; e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do Estado; f) a juiz estadual, nos demais casos; II - em grau de recurso: a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for proferida em única instância pelos Tribunais Superiores; b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida em única instância pelos Tribunais Regionais Federais; c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida por juiz federal; d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça do Distrito Federal; III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, nos casos previstos na Constituição. Art. 21. São gratuitos o procedimento administrativo para acesso a informações e retificação de dados e para anotação de justificação, bem como a ação de habeas data. Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, 12 denovembro de 1997; 176º da Independência e 109º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Iris Rezende

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE1999.

Regula o processo administrativo no âmbito daAdministração Pública Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre oprocesso administrativo no âmbito daAdministração Federal direta e indireta, visando,em especial, à proteção dos direitos dosadministrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de funçãoadministrativa. § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: I - órgão - a unidade de atuação integrante daestrutura da Administração direta e da estrutura daAdministração indireta;

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II - entidade - a unidade de atuação dotada depersonalidade jurídica; III - autoridade - o servidor ou agente públicodotado de poder de decisão. Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentreoutros, aos princípios da legalidade, finalidade,motivação, razoabilidade, proporcionalidade,moralidade, ampla defesa, contraditório, segurançajurídica, interesse público e eficiência. Parágrafo único. Nos processos administrativosserão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito; II - atendimento a fins de interesse geral, vedada arenúncia total ou parcial de poderes oucompetências, salvo autorização em lei; III - objetividade no atendimento do interessepúblico, vedada a promoção pessoal de agentes ouautoridades; IV - atuação segundo padrões éticos de probidade,decoro e boa-fé; V - divulgação oficial dos atos administrativos,ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas naConstituição; VI - adequação entre meios e fins, vedada aimposição de obrigações, restrições e sanções emmedida superior àquelas estritamente necessáriasao atendimento do interesse público; VII - indicação dos pressupostos de fato e dedireito que determinarem a decisão; VIII – observância das formalidades essenciais àgarantia dos direitos dos administrados; IX - adoção de formas simples, suficientes parapropiciar adequado grau de certeza, segurança erespeito aos direitos dos administrados; X - garantia dos direitos à comunicação, àapresentação de alegações finais, à produção deprovas e à interposição de recursos, nos processosde que possam resultar sanções e nas situaçõesde litígio; XI - proibição de cobrança de despesasprocessuais, ressalvadas as previstas em lei; XII - impulsão, de ofício, do processoadministrativo, sem prejuízo da atuação dosinteressados; XIII - interpretação da norma administrativa daforma que melhor garanta o atendimento do fimpúblico a que se dirige, vedada aplicação retroativade nova interpretação.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

Art. 3º O administrado tem os seguintes direitosperante a Administração, sem prejuízo de outrosque lhe sejam assegurados: I - ser tratado com respeito pelas autoridades eservidores, que deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações; II - ter ciência da tramitação dos processosadministrativos em que tenha a condição deinteressado, ter vista dos autos, obter cópias dedocumentos neles contidos e conhecer as decisõesproferidas; III - formular alegações e apresentar documentosantes da decisão, os quais serão objeto deconsideração pelo órgão competente;

IV - fazer-se assistir, facultativamente, poradvogado, salvo quando obrigatória arepresentação, por força de lei.

CAPÍTULO III

DOS DEVERES DO ADMINISTRADO

Art. 4º São deveres do administrado perante aAdministração, sem prejuízo de outros previstosem ato normativo: I - expor os fatos conforme a verdade; II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé; III - não agir de modo temerário; IV - prestar as informações que lhe foremsolicitadas e colaborar para o esclarecimento dosfatos.

CAPÍTULO IV

DO INÍCIO DO PROCESSO

Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se deofício ou a pedido de interessado. Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvocasos em que for admitida solicitação oral, deveser formulado por escrito e conter os seguintesdados: I - órgão ou autoridade administrativa a que sedirige; II - identificação do interessado ou de quem orepresente; III - domicílio do requerente ou local pararecebimento de comunicações; IV - formulação do pedido, com exposição dosfatose de seus fundamentos; V - data e assinatura do requerente ou de seurepresentante. Parágrafo único. É vedada à Administração arecusa imotivada de recebimento de documentos,devendo o servidor orientar o interessado quantoao suprimento de eventuais falhas. Art. 7º Os órgãos e entidades administrativasdeverão elaborar modelos ou formuláriospadronizados para assuntos que importempretensões equivalentes. Art. 8º Quando os pedidos de uma pluralidade deinteressados tiverem conteúdo e fundamentosidênticos, poderão ser formulados em um únicorequerimento, salvo preceito legal em contrário.

CAPÍTULO V

DOS INTERESSADOS

Art. 9º São legitimados como interessados noprocesso administrativo: I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem comotitulares de direitos ou interesses individuais ou noexercício do direito de representação; II - aqueles que, sem terem iniciado o processo,têm direitos ou interesses que possam ser afetadospela decisão a ser adotada; III - as organizações e associaçõesrepresentativas, no tocante a direitos e interessescoletivos; IV - as pessoas ou as associações legalmenteconstituídas quanto a direitos ou interesses difusos. Art. 10. São capazes, para fins de processoadministrativo, os maiores de dezoito anos,ressalvada previsão especial em ato normativopróprio.

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CAPÍTULO VI

DA COMPETÊNCIA

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exercepelos órgãos administrativos a que foi atribuídacomo própria, salvo os casos de delegação eavocação legalmente admitidos. Art. 12. Um órgão administrativo e seu titularpoderão, se não houver impedimento legal, delegarparte da sua competência a outros órgãos outitulares, ainda que estes não lhe sejamhierarquicamente subordinados, quando forconveniente, em razão de circunstâncias de índoletécnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigoaplica-se à delegação de competência dos órgãoscolegiados aos respectivos presidentes. Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgãoou autoridade. Art. 14. O ato de delegação e sua revogaçãodeverão ser publicados no meio oficial. § 1º O ato de delegação especificará as matérias epoderes transferidos, os limites da atuação dodelegado, a duração e os objetivos da delegação eo recurso cabível, podendo conter ressalva deexercício da atribuição delegada. § 2º O ato de delegação é revogável a qualquertempo pela autoridade delegante. § 3º As decisões adotadas por delegação devemmencionar explicitamente esta qualidade econsiderar-se-ão editadas pelo delegado. Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional epor motivos relevantes devidamente justificados, aavocação temporária de competência atribuída aórgão hierarquicamente inferior. Art. 16. Os órgãos e entidades administrativasdivulgarão publicamente os locais das respectivassedes e, quando conveniente, a unidadefundacional competente em matéria de interesseespecial. Art. 17. Inexistindo competência legal específica, oprocesso administrativo deverá ser iniciado perantea autoridade de menor grau hierárquico paradecidir.

CAPÍTULO VII

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Art. 18. É impedido de atuar em processoadministrativo o servidor ou autoridade que: I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; II - tenha participado ou venha a participar comoperito, testemunha ou representante, ou se taissituações ocorrem quanto ao cônjuge,companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; III - esteja litigando judicial ou administrativamentecom o interessado ou respectivo cônjuge oucompanheiro. Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer emimpedimento deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.

Parágrafo único. A omissão do dever de comunicaro impedimento constitui falta grave, para efeitosdisciplinares. Art. 20. Pode ser arguida a suspeição deautoridade ou servidor que tenha amizade íntimaou inimizade notória com algum dos interessadosou com os respectivos cônjuges, companheiros,parentes e afins até o terceiro grau. Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeiçãopoderá ser objeto de recurso, sem efeitosuspensivo.

CAPÍTULO VIII

DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DOPROCESSO

Art. 22. Os atos do processo administrativo nãodependem de forma determinada senão quando alei expressamente a exigir. § 1º Os atos do processo devem ser produzidospor escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridaderesponsável. § 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento defirma somente será exigido quando houver dúvidade autenticidade. § 3º A autenticação de documentos exigidos emcópia poderá ser feita pelo órgão administrativo. § 4º O processo deverá ter suas páginasnumeradas sequencialmente e rubricadas. Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se emdias úteis, no horário normal de funcionamento darepartição na qual tramitar o processo. Parágrafo único. Serão concluídos depois dohorário normal os atos já iniciados, cujo adiamentoprejudique o curso regular do procedimento oucause dano ao interessado ou à Administração. Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atosdo órgão ou autoridade responsável pelo processoe dos administrados que dele participem devem serpraticados no prazo de cinco dias, salvo motivo deforça maior. Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo podeser dilatado até o dobro, mediante comprovadajustificação. Art .25. Os atos do processo devem realizar-sepreferencialmente na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de realização.

CAPÍTULO IX

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

Art. 26. O órgão competente perante o qual tramitao processo administrativo determinará a intimaçãodo interessado para ciência de decisão ou aefetivação de diligências. § 1º A intimação deverá conter: I - identificação do intimado e nome do órgão ouentidade administrativa; II - finalidade da intimação; III - data, hora e local em que deve comparecer; IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente,ou fazer-se representar; V - informação da continuidade do processoindependentemente do seu comparecimento; VI - indicação dos fatos e fundamentos legaispertinentes. § 2º A intimação observará a antecedência mínimade três dias úteis quanto à data decomparecimento.

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§ 3º A intimação pode ser efetuada por ciência noprocesso, por via postal com aviso de recebimento,por telegrama ou outro meio que assegure acerteza da ciência do interessado. § 4º No caso de interessados indeterminados,desconhecidos ou com domicílio indefinido, aintimação deve ser efetuada por meio depublicação oficial. § 5º As intimações serão nulas quando feitas semobservância das prescrições legais, mas ocomparecimento do administrado supre sua faltaou irregularidade. Art. 27. O desatendimento da intimação nãoimporta o reconhecimento da verdade dos fatos,nem a renúncia a direito pelo administrado. Parágrafo único. No prosseguimento do processo,será garantido direito de ampla defesa aointeressado. Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos doprocesso que resultem para o interessado emimposição de deveres, ônus, sanções ou restriçãoao exercício de direitos e atividades e os atos deoutra natureza, de seu interesse.

CAPÍTULO X

DA INSTRUÇÃO

Art. 29. As atividades de instrução destinadas aaveriguar e comprovar os dados necessários àtomada de decisão realizam-se de ofício oumediante impulsão do órgão responsável peloprocesso, sem prejuízo do direito dos interessadosde propor atuações probatórias. § 1º O órgão competente para a instrução faráconstar dos autos os dados necessários à decisãodo processo. § 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dosinteressados devem realizar-se do modo me nosoneroso para estes. Art. 30. São inadmissíveis no processoadministrativo as provas obtidas por meios ilícitos. Art. 31. Quando a matéria do processo envolverassunto de interesse geral, o órgão competentepoderá, mediante despacho motivado, abrir períodode consulta pública para manifestação de terceiros,antes da decisão do pedido, se não houver prejuízopara a parte interessada. § 1º A abertura da consulta pública será objeto dedivulgação pelos meios oficiais, a fim de quepessoas físicas ou jurídicas possam examinar osautos, fixando-se prazo para oferecimento dealegações escritas. § 2º O comparecimento à consulta pública nãoconfere, por si, a condição de interessado doprocesso, mas confere o direito de obter daAdministração resposta fundamentada, que poderáser comum a todas as alegações substancialmenteiguais. Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão,poderá ser realizada audiência pública paradebates sobre a matéria do processo. Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, emmatéria relevante, poderão estabelecer outrosmeios de participação de administrados,diretamente ou por meio de organizações eassociações legalmente reconhecidas. Art. 34. Os resultados da consulta e audiênciapública e de outros meios de participação deadministrados deverão ser apresentados com aindicação do procedimento adotado. Art. 35. Quando necessária à instrução doprocesso, a audiência de outros órgãos ouentidades administrativas poderá ser realizada emreunião conjunta, com a participação de titulares ourepresentantes dos órgãos competentes,lavrando-sea respectiva ata, a ser juntada aos autos.

Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos quetenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do dispostono art. 37 desta Lei. Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos edados estão registrados em documentos existentesna própria Administração responsável peloprocesso ou em outro órgão administrativo, o órgãocompetente para a instrução proverá, de ofício, àobtenção dos documentos ou das respectivascópias. Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória eantes da tomada da decisão, juntar documentos epareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objetodo processo. § 1º Os elementos probatórios deverão serconsiderados na motivação do relatório e dadecisão. § 2º Somente poderão ser recusadas, mediantedecisão fundamentada, as provas propostas pelosinteressados quando sejam ilícitas, impertinentes,desnecessárias ou protelatórias. Art. 39. Quando for necessária a prestação deinformações ou a apresentação de provas pelosinteressados ou terceiros, serão expedidasintimações para esse fim, mencionando-se data,prazo, forma e condições de atendimento. Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação,poderá o órgão competente, se entender relevantea matéria, suprir de ofício a omissão, não seeximindo de proferir a decisão. Art. 40. Quando dados, atuações ou documentossolicitados ao interessado forem necessários àapreciação de pedido formulado, o nãoatendimento no prazo fixado pela Administraçãopara a respectiva apresentação implicaráarquivamento do processo. Art. 41. Os interessados serão intimados de provaou diligência ordenada, com antecedência mínimade três dias úteis, mencionando-se data, hora elocal de realização. Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvidoum órgão consultivo, o parecer deverá ser emitidono prazo máximo de quinze dias, salvo normaespecial ou comprovada necessidade de maiorprazo. § 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixarde ser emitido no prazo fixado, o processo não teráseguimento até a respectiva apresentação,responsabilizando-se quem der causa ao atraso. § 2º Se um parecer obrigatório e não vinculantedeixar de ser emitido no prazo fixado, o processopoderá ter prosseguimento e ser decidido com suadispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. Art. 43. Quando por disposição de ato normativodevam ser previamente obtidos laudos técnicos de Órgãos administrativos e estes não cumprirem oencargo no prazo assinalado, o órgão responsávelpela instrução deverá solicitar laudo técnico deoutro órgão dotado de qualificação e capacidadetécnica equivalentes. Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá odireito de manifestar-se no prazo máximo de dezdias, salvo se outro prazo for legalmente fixado. Art. 45. Em caso de risco iminente, a AdministraçãoPública poderá motivadamente adotar providênciasacauteladoras sem a prévia manifestação dointeressado. Art. 46. Os interessados têm direito à vista doprocesso e a obter certidões ou cópiasreprográficas dos dados e documentos que ointegram, ressalvados os dados e documentos deterceiros protegidos por sigilo ou pelo direito àprivacidade, à honra e à imagem. Art. 47. O órgão de instrução que não forcompetente para emitir a decisão final elaborarárelatório indicando o pedido inicial, o

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conteúdo dasfases do procedimento e formulará proposta dedecisão, objetivamente justificada, encaminhando oprocesso à autoridade competente.

CAPÍTULO XI

DO DEVER DE DECIDIR

Art. 48. A Administração tem o dever deexplicitamente emitir decisão nos processosadministrativos e sobre solicitações oureclamações, em matéria de sua competência. Art. 49. Concluída a instrução de processoadministrativo, a Administração tem o prazo de atétrinta dias para decidir, salvo prorrogação por igualperíodo expressamente motivada.

CAPÍTULO XII

DA MOTIVAÇÃO

Art. 50. Os atos administrativos deverão sermotivados, com indicação dos fatos e dosfundamentos jurídicos, quando: I - neguem, limitem ou afetem direitos ouinteresses; II - imponham ou agravem deveres, encargos ousanções; III - decidam processos administrativos deconcurso ou seleção pública; IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade deprocesso licitatório; V - decidam recursos administrativos; VI - decorram de reexame de ofício; VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobrea questão ou discrepem de pareceres, laudos,propostas e relatórios oficiais; VIII - importem anulação, revogação, suspensão ouconvalidação de ato administrativo. § 1º A motivação deve ser explícita, clara econgruente, podendo consistir em declaração deconcordância com fundamentos de anteriorespareceres, informações, decisões ou propostas,que, neste caso, serão parte integrante do ato. § 2º Na solução de vários assuntos da mesmanatureza, pode ser utilizado meio mecânico quereproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dosinteressados. § 3º A motivação das decisões de órgãoscolegiados e comissões ou de decisões oraisconstará da respectiva ata ou de termo escrito.

CAPÍTULO XIII

DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DEEXTINÇÃO DO PROCESSO

Art. 51. O interessado poderá, mediantemanifestação escrita, desistir total ou parcialmentedo pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitosdisponíveis. § 1º Havendo vários interessados, a desistência ourenúncia atinge somente quem a tenha formulado. § 2º A desistência ou renúncia do interessado,conforme o caso, não prejudica o prosseguimentodo processo, se a Administração considerar que ointeresse público assim o exige. Art. 52. O órgão competente poderá declararextinto o processo quando exaurida sua finalidadeou o objetoda decisão se tornar impossível, inútilou prejudicadopor fato superveniente.

CAPÍTULO XIV

DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO ECONVALIDAÇÃO

Art. 53. A Administração deve anular seus própriosatos, quando eivados de vício de legalidade, epode revogá-los por motivo de conveniência ouoportunidade, respeitados os direitos adquiridos. Art. 54. O direito da Administração de anular osatos administrativos de que decorram efeitosfavoráveis para os destinatários decai em cincoanos, contados da data em que foram praticados,salvo comprovada má-fé. § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, oprazo de decadência contar-se-á da percepção doprimeiro pagamento. § 2º Considera-se exercício do direito de anularqualquer medida de autoridade administrativa queimporte impugnação à validade do ato. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie nãoacarretarem lesão ao interesse público nemprejuízo a terceiros, os atos que apresentaremdefeitos sanáveis poderão ser convalidados pelaprópria Administração.

CAPÍTULO XV

DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO

Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso,em face de razões de legalidade e de mérito. § 1º O recurso será dirigido à autoridade queproferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar noprazo de cinco dias, o encaminhará à autoridadesuperior. § 2º Salvo exigência legal, a interposição derecurso administrativo independe de caução. § 3º Se o recorrente alegar que a decisãoadministrativa contraria enunciado da súmulavinculante, caberá à autoridade prolatora dadecisão impugnada, se não a reconsiderar,explicitar, antes de encaminhar o recurso àautoridade superior, as razões da aplicabilidade ouinaplicabilidade da súmula, conforme o caso.(Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). Art. 57. O recurso administrativo tramitará nomáximo por três instâncias administrativas, salvodisposição legal diversa. Art. 58. Têm legitimidade para interpor recursoadministrativo: I - os titulares de direitos e interesses que foremparte no processo; II - aqueles cujos direitos ou interesses foremindiretamente afetados pela decisão recorrida; III - as organizações e associaçõesrepresentativas, no tocante a direitos e interessescoletivos; IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitosou interesses difusos. Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dezdias o prazo para interposição de recursoadministrativo, contado a partir da ciência oudivulgação oficial da decisão recorrida. § 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, orecurso administrativo deverá ser decidido no prazomáximo de trinta dias, a partir do recebimento dosautos pelo órgão competente. § 2º O prazo mencionado no parágrafo anteriorpoderá ser prorrogado por igual período, antejustificativa explícita. Art. 60. O recurso interpõe-se por meio derequerimento no qual o recorrente deverá expor osfundamentos do pedido de reexame, podendojuntar os documentos que julgar convenientes.

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Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, orecurso não tem efeito suspensivo. Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízode difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou aimediatamente superior poderá, de ofício ou apedido, dar efeito suspensivo ao recurso. Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competentepara dele conhecer deverá intimar os demaisinteressados para que, no prazo de cinco diasúteis, apresentem alegações. Art. 63. O recurso não será conhecido quandointerposto: I - fora do prazo; II - perante órgão incompetente; III - por quem não seja legitimado; IV - após exaurida a esfera administrativa. § 1º Na hipótese do inciso II, será indicada aorecorrente a autoridade competente, sendo-lhedevolvido o prazo para recurso. § 2º O não conhecimento do recurso não impede aAdministração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa. Art. 64. O órgão competente para decidir o recursopoderá confirmar, modificar, anular ou revogar, totalou parcialmente, a decisão recorrida, se a matériafor de sua competência. Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação dorecorrente, este deverá ser cientificado para queformule suas alegações antes da decisão. Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação deenunciado da súmula vinculante, o órgãocompetente para decidir o recurso explicitará asrazões da aplicabilidade ou inaplicabilidade dasúmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº11.417, de 2006). Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federala reclamação fundada em violação de enunciadoda súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridadeprolatora e ao órgão competente para o julgamentodo recurso, que deverão adequar as futurasdecisões administrativas em casos semelhantes,sob pena de responsabilização pessoal nas esferascível, administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº11.417, de 2006). Art. 65. Os processos administrativos de queresultem sanções poderão ser revistos, a qualquertempo, a pedido ou de ofício, quando surgiremfatos novos ou circunstâncias relevantessuscetíveis de justificar a inadequação da sançãoaplicada. Parágrafo único. Da revisão do processo nãopoderá resultar agravamento da sanção.

CAPÍTULO XVI

DOS PRAZOS

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir dadata da cientificação oficial, excluindo-se dacontagem o dia do começo e incluindo-se o dovencimento. § 1º Considera-se prorrogado o prazo até oprimeiro dia útil seguinte se o vencimento cair emdia em que não houver expediente ou este forencerrado antes da hora normal. § 2º Os prazos expressos em dias contam-se demodo contínuo. § 3º Os prazos fixados em meses ou anoscontamsede data a data. Se no mês do vencimento nãohouver o dia equivalente

àquele do início do prazo,tem-se como termo o último dia do mês. Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamentecomprovado, os prazos processuais não sesuspendem.

CAPÍTULO XVII

DAS SANÇÕES

Art. 68. As sanções, a serem aplicadas porautoridade competente, terão natureza pecuniáriaou consistirão em obrigação de fazer ou de nãofazer, assegurado sempre o direito de defesa.

CAPÍTULO XVIII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69. Os processos administrativos específicoscontinuarão a reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitosdesta Lei. Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, emqualquer órgão ou instância, os procedimentosadministrativos em que figure como parte ouinteressado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). I - pessoa com idade igual ou superior a 60(sessenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.008, de2009). II - pessoa portadora de deficiência, física oumental; (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de2009). IV - pessoa portadora de tuberculose ativa,esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatiagrave, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave,estados avançados da doença de Paget (osteítedeformante), contaminação por radiação, síndromede imunodeficiência adquirida, ou outra doençagrave, com base em conclusão da medicinaespecializada, mesmo que a doença tenha sidocontraída após o início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 1º A pessoa interessada na obtenção dobenefício, juntando prova de sua condição, deverárequerê-lo à autoridade administrativa competente,que determinará as providências a seremcumpridas. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). § 2º Deferida a prioridade, os autos receberãoidentificação própria que evidencie o regime detramitação prioritária. (Incluído pela Lei nº 12.008,de 2009). § 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de2009). § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de2009). Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília 29 de janeiro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Renan Calheiros

Paulo Paiva

LEI Nº 9.873, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999.

Conversão da MPv nº 1.859-17, de 1999 Estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências. Faço saber que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA adotou a Medida Provisória nº 1.859-17, de 1999, que o Congresso

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Nacional aprovou, e eu, Antônio Carlos Magalhães, Presidente, para os efeitos do disposto no parágrafo único do art. 62 da Constituição Federal, promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. § 1º Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso. § 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal. Art. 1º-A. Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de execução da administração pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em vigor. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 2º Interrompe-se a prescrição da ação punitiva: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) I – pela notificação ou citação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) II - por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato; III - pela decisão condenatória recorrível. IV – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) .Art. 2º-A. Interrompe-se o prazo prescricional da ação executória: (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) II – pelo protesto judicial; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) IV – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) V – por qualquer ato inequívoco que importe em manifestação expressa de tentativa de solução conciliatória no âmbito interno da administração pública federal. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) Art. 3º Suspende-se a prescrição durante a vigência: I - dos compromissos de cessação ou de desempenho, respectivamente, previstos nos arts. 53 e 58 da Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994; II - do termo de compromisso de que trata o § 5º do art. 11 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, com a redação dada pela Lei nº 9.457, de 5 de maio de 1997. Art. 4º Ressalvadas as hipóteses de interrupção previstas no art. 2º, para as infrações ocorridas há mais de três anos, contados do dia 1º de julho de 1998, a prescrição operará em dois anos, a partir dessa data.

Art. 5º O disposto nesta Lei não se aplica às infrações de natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza tributária. Art. 6º Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida Provisória nº 1.859-16, de 24 de setembro de 1999. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 8º Ficam revogados o art. 33 da Lei nº 6.385, de 1976, com a redação dada pela Lei nº 9.457, de 1997, o art. 28 da Lei nº 8.884, de 1994, e demais disposições em contrário, ainda que constantes de lei especial. Congresso Nacional, em 23 de novembro de 1999; 178º da Independência e 111º da República.

Senador ANTONIO CARLOS MAGALHÃES Presidente

LEI Nº 10.029, DE 20 DE OUTUBRO DE2000.

Estabelece normas gerais para a prestaçãovoluntária de serviços administrativos e de serviçosauxiliares de saúde e de defesa civil nas PolíciasMilitares e nos Corpos de Bombeiros Militares e dáoutras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Os Estados e o Distrito Federal poderãoinstituir a prestação voluntária de serviçosadministrativos e de serviços auxiliares de saúde ede defesa civil nas Polícias Militares e nos Corposde Bombeiros Militar es, observadas as disposiçõesdesta Lei. Art. 2º A prestação voluntária dos serviços teráduração de um ano, prorrogável por, no máximo,igual período, a critério do Poder Executivo, ouvidoo Comandante-Geral da respectiva Polícia Militarou Corpo de Bombeiros Militar. Parágrafo único. O prazo de duração da prestaçãovoluntária poderá ser inferior ao estabelecido nocaput deste artigo nos seguintes casos: I – em virtude de solicitação do interessado; II – quando o voluntário apresentar condutaincompatível com os serviços prestados; ou III – em razão da natureza do serviço prestado. Art. 3º Poderão ser admitidos como voluntários àprestação dos serviços: I – homens, maiores de dezoito e menores de vintee três anos, que excederem às necessidades deincorporação das Forças Armadas; e II – mulheres, na mesma faixa etária do inciso I. Art. 4º Os Estados e o Distrito Federal estabelecerão: I – número de voluntários aos serviços, que nãopoderá exceder a proporção de um voluntário paracada cinco integrantes do efetivo determinado emlei para a respectiva Polícia Militar ou Corpo deBombeiros Militar; II – os requisitos necessários para o desempenhodas atividades ínsitas aos serviços a seremprestados; e III – o critério de admissão dos voluntários aosserviços. Art. 5º Os Estados e o Distrito Federal poderãoestabelecer outros casos para a prestação de serviços voluntários nas Polícias Militares e nosCorpos de Bombeiros Militar es, sendo vedados aesses prestadores, sob qualquer hipótese, nas

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viaspúblicas, o porte ou o uso de armas de fogo e oexercício do poder de polícia. Art. 6º Os voluntários admitidos fazem jus aorecebimento de auxílio mensal, de natureza jurídicaindenizatória, a ser fixado pelos Estados e peloDistrito Federal, destinado ao custeio das despesasnecessárias à execução dos serviços a que se refere esta Lei. § 1º O auxílio mensal a que se refere este artigonão poderá exceder dois salários mínimos. § 2º A prestação voluntária dos serviços não geravínculo empregatício, nem obrigação de naturezatrabalhista, previdenciária ou afim. Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 20 de outubro de 2000; 179º da Independência e 112º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO José Gregori

LEI Nº 10.486, DE 4 DE JULHO DE 2002.

Dispõe sobre a remuneração dos Militares do Distrito Federal e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DA REMUNERAÇÃO

Seção I

Da composição e do Direito

Art. 1º A remuneração dos Militares do Distrito Federal - Polícia Militar e Corpo de BombeirosMilitar, compõe-se de: I - soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de Certificação Profissional; c) de Operações Militar es; d) de Tempo de Serviço, observado o art. 62 destaLei; III - gratificações: a) de Representação; b) de função de Natureza Especial; c) de Serviço Voluntário. Parágrafo único. As tabelas de soldo, adicionais egratificações são as constantes dos Anexos I, II eIII desta Lei. Art. 2º Além da remuneração estabelecida no art.1º desta Lei, os Militares do Distrito Federal têm osseguintes direitos pecuniários: I - observadas as definições do art. 3º desta Lei: a) diária; b) transporte;

c) ajuda de custo; d) auxílio-fardamento; e) auxílio-alimentação; f) auxílio-moradia; g) auxílio-natalidade; h) auxílio-invalidez; i) auxílio-funeral; II - observada a legislação específica: a) assistência pré-escolar; b) salário-família; c) adicional de férias; d) adicional natalino. Parágrafo único. Os valores representativos dosdireitos previstos neste artigo são os estabelecidosem legislação específica ou constantes nas tabelasdo Anexo IV. Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se como: I - soldo - parcela básica mensal da remuneração e dos proventos, inerentes ao posto ou à graduaçãodo militar e é irredutível, conforme constante daTabela I do Anexo I; II - adicional de Posto ou Graduação – parcelaremuneratória mensal devida ao militar, inerente àcada círculo hierárquico da carreira militar,conforme constante da Tabela I do Anexo II; III - o adicional de Certificação Profissional dosMilitares do Distrito Federal é composto pelosomatório dos percentuais referentes a 1 (um)curso de formação, 1 (um) de especialização ouhabilitação, 1 (um) de aperfeiçoamento e 1 (um) dealtos estudos, inerente aos cursos realizados comaproveitamento, constantes da Tabela II do AnexoII desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 11.134, de2005) IV - adicional de Operações Militares – parcelaremuneratória mensal devida ao militar pelodesempenho de operações Militares e paracompensação dos desgastes orgânicos e danospsicossomáticos decorrentes do desempenho dasatividades técnico-profissionais nos respectivosQuadros, conforme constante da Tabela III doAnexo II; V - adicional de Tempo de Serviço – parcelaremuneratória mensal devida ao militar, inerente aotempo de serviço, observado o disposto no art. 62desta Lei e conforme constante da Tabela IV doAnexo II; VI - gratificação de Representação – parcelaremuneratória mensal devida aos Militares ativos einativos, a título de representação, conformeconstante da Tabela I do Anexo III; VII - gratificação de função de natureza especial -parcela remuneratória mensal devida aos Militar esem cargo de função de natureza especial eventual,não podendo ser acumulável com a gratificação deserviço voluntário ou qualquer outra remuneraçãodecorrente do exercício de função comissionada,conforme constante da Tabela II do Anexo III eregulamentado pelo Governo do Distrito Federal; VIII - gratificação de Serviço Voluntário – parcelaremuneratória devida ao militar quevoluntariamente, durante seu período de folga,apresentar-se para o serviço de policiamento,prevenção de combate a incêndio e salvamento,atendimento pré-hospitalar ou segurança públicade grandes eventos ou sinistros, com jornada nãoinferior a 8 (oito) horas, na conveniência enecessidade da Administração, conformeregulamentação a ser baixada pelo Governo do Distrito Federal;

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IX - diária - direito pecuniário devido ao militar quese afastar da sede, em serviço de caráter eventual,para outro ponto do território nacional ou no exterior , pago adiantadamente, destinado a cobriras correspondentes despesas de pousada,alimentação e locomoção urbana, utilizando osparâmetros estabelecidos na legislação federal econforme regulamentação no âmbito dasrespectivas Corporações; X - transporte - direito pecuniário devido ao militarpara custear despesas com transporte, quandoestas não forem realizadas por conta de qualqueroutro órgão ou entidade, nas movimentações eviagens por interesse do serviço ou conveniênciaadministrativa, incluindo a necessidade deinternação hospitalar decorrente de prescriçãomédica, utilizando os parâmetros estabelecidos na legislação federal e conforme regulamentação doGoverno do Distrito Federal; XI - ajuda de custo - direito pecuniário devido aomilitar, pago adiantadamente, por ocasião detransferência para a inatividade ou quando seafastar de sua sede em razão de serviço, paracusteio das despesas de locomoção e instalação,exceto as de transporte, nas movimentações parafora de sua sede, conforme Tabela I do Anexo IV;(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). XII - auxílio-fardamento - direito pecuniário devidoao militar para custear gastos com fardamento,conforme Tabela II do Anexo IV, regulamentadopelo Governo do Distrito Federal; XIII - auxílio-alimentação - direito pecuniáriomensal devido ao militar para custear gastos comalimentação, regulamentado pelo Governo do Distrito Federal; XIV - auxílio-moradia - direito pecuniário mensaldevido ao militar, na ativa e na inatividade, paraauxiliar nas despesas com habitação para si e seus dependentes, conforme a Tabela III do Anexo IV,regulamentado pelo Governo do Distrito Federal; XV - auxílio-natalidade - direito pecuniário devidoao militar por motivo de nascimento de filho,conforme Tabela IV do Anexo IV; XVI - auxílio-invalidez - direito pecuniário devido aomilitar na inatividade, reformado como inválido, porincapacidade para o serviço ativo, conforme TabelaV do Anexo IV; XVII - auxílio-funeral - direito pecuniário devido aomilitar por morte do cônjuge, do companheiro oucompanheira, reconhecido junto à Corporação oudo dependente, ou ainda ao beneficiário no casode falecimento do militar, conforme Tabela VI doAnexo IV. Art. 4º A remuneração e os proventos do militar nãoestão sujeitos a penhora, sequestro ou arresto,exceto nos casos especificamente previstos emlei. Art. 5º O direito do militar à remuneração tem iníciona data: I - do ato da promoção, para o Oficial; II - do ato da declaração, para o Aspirante-a-Oficial; III - do ato da promoção a Oficial, para oSubtenente; IV - do ato da promoção ou engajamento, para asdemais praças; V - do ingresso, para os voluntários; VI - da apresentação, quando da nomeação inicialpara qualquer posto ou graduação; VII - do ato da matrícula para os alunos dasescolas, centros de formação de oficiais e depraças, e congêneres. Parágrafo único. Nos casos de retroatividade, aremuneração é devida a partir das datasdeclaradas nos respectivos atos. Art. 6º Suspende-se temporariamente o direito domilitar em atividade, à remuneração e outrosdireitos pecuniários, quando:

I - em licença para tratar de interesse particular; II - na situação de desertor; III - no período de ausência não justificada,percebendo, nessa situação, o soldo, os adicionaisde posto ou graduação, de certificação profissionale o de Tempo de Serviço, se fizer jus a este; IV - no cumprimento de pena restritiva de liberdadeigual ou, superior a 2 (dois) anos, por sentençatransitada em julgado, pelo cometimento de crimede natureza dolosa, percebendo nessa situação osoldo, os adicionais de posto ou graduação, decertificação profissional, de tempo de serviço a quefizer jus e ao auxílio-moradia, enquanto durar a execução, excluído o período de sua suspensãocondicional; V - agregado, para exercer atividades estranhas àCorporação; estiver em cargo, emprego ou funçãopública temporária não eletiva, ainda que naAdministração Pública indireta, respeitado o direitode opção pela remuneração correspondente aoposto ou graduação. § 1º O militar que usar do direito de opção pelaremuneração faz jus à representação mensal docargo, emprego ou função pública temporária,deixando de perceber o adicional de operaçõesMilitar es, a gratificação de representação e oauxílio-fardamento. § 2º O militar que usar do direito de opção pelaremuneração integral do cargo comissionado nãofará jus ao soldo, lhe sendo assegurado osadicionais de posto ou graduação, de certificaçãoprofissional e o de tempo de serviço, se fizer jus a este. Art. 7º O direito à remuneração em atividade cessaquando o militar for desligado do serviço ativo da Corporação, por: I - anulação de ingresso, licenciamento oudemissão; II - exclusão, expulsão ou perda do posto e patenteou graduação; III - transferência para a reserva ou reforma; IV - falecimento. § 1º O militar, enquanto não for desligado,continuará a perceber remuneração na ativa até apublicação da efetivação de seu desligamento, quenão poderá ultrapassar 45 (quarenta e cinco) diasda data da publicação oficial do respectivo ato. § 2º A remuneração a que faria jus em vida o militarfalecido será paga aos seus beneficiárioshabilitados até a conclusão do processo referente àpensão militar. Art. 8º Quando o militar for consideradodesaparecido ou extraviado, nos termos previstosnas Leis nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984 e nº7.479, de 02 de junho de 1986, sua remuneraçãoou proventos serão pagos aos que teriam direito àsua pensão militar. § 1º No caso previsto neste artigo, decorridos 6(seis) meses, iniciar-se-á a habilitação dosbeneficiários à pensão militar, cessando opagamento da remuneração ou dos proventosquando se iniciar o pagamento da mesma. § 2º Reaparecendo o militar caber-lhe-á, se for ocaso, o ressarcimento ao erário, da diferença entrea remuneração ou os proventos a que faria jus e apensão paga a seus beneficiários.

Seção II

Das Diárias

Art. 9º As diárias compõem-se de percentuaisdestinados à pousada, alimentação e locomoção.

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Parágrafo único. A diária é devida pela metade nodia da chegada e nos deslocamentos que nãoexigir pernoite. Art. 10. Compete ao Comandante da respectivaCorporação determinar o pagamento das diárias aque fizer jus o militar. Parágrafo único. Nos casos em que o militar nãoseguir destino ou interromper a missão deveráressarcir o erário em 72 (setenta e duas) horas. Art. 11. Não serão atribuídas diárias ao militar: I - quando o pagamento das despesas correr porconta da Corporação ou qualquer outro órgão eentidade; II - no período de 30 (trinta) dias após orecebimento da ajuda de custo na ida; III - no período de 30 (trinta) dias anterior ao seuretorno à sede, nos casos em que fizer jus à ajudade custo; IV - cumulativas com o auxílio-alimentação; V - quando a autorização para o afastamento da sede ocorrer sem ônus para os cofres públicos.

Seção III

Da Ajuda de Custo

Art. 12. Não terá direito à ajuda de custo o militar: I - movimentado por interesse próprio; II - desligado de curso ou escola por falta deaproveitamento, a pedido ou por trancamentovoluntário de matrícula; III - quando o pagamento das despesas correr porconta da Corporação ou por qualquer outro órgão eentidade; IV - quando a autorização para o afastamento da sede ocorrer sem ônus para os cofres públicos. Art. 13. Será devida a restituição da ajuda de custopelo militar que a houver recebido, nascircunstâncias e condições seguintes: I - integralmente, de uma só vez, quando deixar deseguir destino a seu pedido; II - pela metade do valor recebido e de uma só vezquando, até 6 (seis) meses após ter seguidodestino, houver sido, a pedido, dispensado,licenciado ou exonerado; III - pela metade do valor, mediante descontoparcelado, quando não seguir destino por motivoindependente de sua vontade, inclusive as licençaspara tratamento da saúde própria ou da família. Art. 14. Quando o militar receber, antecipadamente,ajuda de custo inferior à que teria direito fará jus àdiferença. Art. 15. A ajuda de custo não será restituída pelomilitar ou seu herdeiro, quando: I - após ter seguido destino, for mandadoregressar; II - ocorrer o falecimento do militar, mesmo antesde seguir destino. Art. 16. Os dependentes com direito a transporteque, por qualquer motivo, não acompanharem omilitar na mesma viagem poderão fazê-lo até 3(três) meses após a movimentação. Parágrafo único. Ocorrendo a circunstância docaput, o militar deverá comunicá-la à autoridade competente.

Seção IV

Da Remuneração no Exterior

Art. 17. Considera-se em serviço no exterior omilitar em atividade, fora do País, designado paradesempenhar funções enquadradas em uma das missões seguintes: I - encarregado ou participante de missõesespeciais; II - membro de delegação, comitiva ourepresentação de natureza militar, técnicoprofissionalou desportiva; III - encarregado ou participante de outras missões. Art. 18. O militar em missão especial no exteriorterá sua remuneração calculada em moedaestrangeira, durante o período compreendido entreas datas de saída e retorno ao território nacional,conforme dispuser regulamentação a ser baixadapelo Governo do Distrito Federal. Parágrafo único. Enquanto não houverregulamentação, serão aplicadas as normasvigentes em 5 de setembro de 2001.

CAPÍTULO II

DOS DIREITOS PECUNIÁRIOS AO PASSAR PARA A INATIVIDADE

Art. 19. O militar, ao ser transferido para ainatividade remunerada, além dos direitos previstosno inciso XI do art. 3º e nos arts. 20 e 21 desta Lei,fará jus ao valor relativo ao período integral dasférias a que tiver direito não gozadas pornecessidade do serviço e ao incompleto, naproporção de 1/12 (um doze avos) por mês deefetivo serviço, sendo considerada como mêsintegral a fração igual ou superior a 15 (quinze)dias, bem como licenças não gozadas. (Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). Parágrafo único. Os direitos previstos neste artigosão concedidos aos beneficiários da pensão militarno caso de falecimento do militar em serviço ativo.

CAPÍTULO III

DOS PROVENTOS NA INATIVIDADE

Art. 20. Os proventos na inatividade remuneradasão constituídos das seguintes parcelas: I - soldo ou quotas de soldo; II - adicional de Posto ou Graduação; III - adicional de Certificação Profissional; IV - adicional de Operações Militar es; V - adicional de Tempo de Serviço; VI - gratificação de representação. § 1º Para efeito de cálculos, os proventos sãointegrais ou proporcionais: I - integrais, calculados com base no soldo; e II - proporcionais,calculados com base em quotasdo soldo, correspondentes a 1/30 (um trinta avos)do valor do soldo, por ano de serviço. § 2º Aplica-se o disposto neste artigo ao cálculo da pensão militar. § 3º O militar transferido para a reserva remunerada ex officio, por haver atingido a idadelimite de permanência em atividade, no respectivoposto ou graduação, tem direito ao soldo integral.

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§ 4º Os proventos do militar transferido para ainatividade serão calculados com base naremuneração correspondente ao cargo efetivo emque se deu o ato de sua transferência. Art. 21. Além dos direitos previstos no art. 20, omilitar na inatividade remunerada faz jus a: I - adicional-natalino; II - auxílio-invalidez; III - assistência pré-escolar; IV - salário-família; V - auxílio-natalidade; VI - auxílio-moradia; VII - auxílio-funeral. Parágrafo único. Eventuais diferenças em razão do§ 4º do art. 20, serão pagas a título de vantagempessoal nominalmente identificadas. Art. 22. Suspende-se o direito do militar inativo àpercepção de proventos, quando retornar à ativa,convocado ou designado para o desempenho decargo ou comissão na respectiva Corporação, na forma da legislação em vigor, a partir da data de sua apresentação, ficando garantido a não reduçãodos proventos. Art. 23. Cessa o direito à percepção dos proventosna inatividade na data: I - do falecimento do militar; III - (revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.086,de 2009). Parágrafo único. Será cassada a situação deinatividade do militar que houver praticado, quandoem atividade falta punível com a demissão ouexclusão a bem da disciplina. (Incluído pela Lei nº 12.086, de 2009).

CAPÍTULO IV

DOS INCAPACITADOS

Art. 24. O militar incapacitado terá seus proventoscalculados sobre o soldo integral do posto ou graduação em que foi reformado, na forma da legislação em vigor e os adicionais e auxílios a quefizer jus, quando reformado pelos seguintesmotivos: I - ferimento recebido em serviço ou na manutenção da ordem e segurança pública ou porenfermidade contraída nessa situação ou que nelastenha sua causa eficiente; II - acidente em serviço; III - doença tendo relação de causa e efeito com o serviço; IV - por moléstia profissional, doença grave,contagiosa ou incurável, desde que torne o militartotal ou permanentemente inválido para qualquertrabalho. § 1º Consideram-se doenças graves, contagiosasou incuráveis, a que se refere o inciso IV deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental,esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueiraposterior ao ingresso no serviço militar,hanseníase, cardiopatia grave, doença deParkinson, paralisia irreversível e incapacitante,espondiolartrose anquilosante, nefropatia grave,estados avançados do mal de Paget (osteítedeformante), pénfigo, Síndrome daImunodeficiência Adquirida (AIDS), e outras que alei indicar, com base na medicina especializada. § 2º Os proventos serão proporcionais nos demaiscasos.

§ 3º Na inatividade, o militar que venha a adquiriruma das doenças descritas no § 1º deste artigo,desde que declarado por Junta Médica da Corporação, terá direito à revisão dos seusproventos, nas condições estabelecidas no caputou no art. 26. Art. 25. O militar reformado por incapacidadedecorrente de acidente ou enfermidade semrelação de causa e efeito com o serviço,ressalvados os casos do inciso IV do art. 24,perceberá os proventos nos limites impostos pelotempo de serviço computável para a inatividade,observadas as condições estabelecidas no art. 24.

CAPÍTULO V

DO AUXÍLIO-INVALIDEZ

Art. 26. O militar julgado incapaz definitivamentepor um dos motivos constantes no art. 24, terádireito ao auxílio-invalidez, desde que consideradototal e permanentemente inválido, para qualquertrabalho, não podendo prover os meios desubsistência e satisfaça ainda a uma dascondições a seguir especificadas, declaradas porJunta Médica da Corporação: I - necessitar de internação especializada, militarou não; ou (Redação dada pela Lei nº 12.086, de2009). II - necessitar de assistência ou de cuidados emrazão das doenças relacionadas no § 1º do art. 24.(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009). § 1º Para continuidade do direito ao recebimentodo auxílio-invalidez, o militar ficará sujeito aapresentar anualmente declaração de que nãoexerce nenhuma atividade remunerada pública ouprivada e, a critério da Administração, submeter-se,periodicamente, a inspeção de saúde de controle.No caso de militar mentalmente enfermo, adeclaração deverá ser firmada por dois oficiais daativa da respectiva Corporação. § 2º O auxílio-invalidez será suspensoautomaticamente, pela autoridade competente, sefor verificado que o militar beneficiado exerce outenha exercido, após o recebimento do auxílio,qualquer atividade remunerada, sem prejuízo deoutras sanções cabíveis, bem como se, eminspeção de saúde, for constatado não seencontrar nas condições citadas neste artigo. § 3º O militar na inatividade que contrair uma dasdoenças do art. 24, § 1º, declarado por JuntaMédica da Corporação, fará jus ao auxílioinvalidez.

CAPÍTULO VI

DOS DESCONTOS

Art. 27. Descontos são os abatimentos que podemsofrer a remuneração ou os proventos do militarpara cumprimento de obrigações assumidas ouimpostas em virtude de disposição de lei ou deregulamento. § 1º Os descontos podem ser obrigatórios ouautorizados. § 2º Os descontos obrigatórios têm prioridadesobre os autorizados. § 3º A soma mensal dos descontos autorizados decada militar não poderá exceder ao valorequivalente a 30% (trinta por cento) da soma daremuneração, proventos, direitos pecuniáriosprevistos no art. 2º desta Lei, com os adicionais decaráter individual e demais vantagens, relativas ànatureza ou ao local de trabalho, e a vantagempessoal nominalmente identificada, ou outra pagacom base no mesmo fundamento, sendo excluídas:(Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005) I - diárias; (Incluído pela Lei nº 11.134, de 2005) II - ajuda de custo; (Incluído pela Lei nº 11.134, de2005) III - indenização da despesa do transporte;(Incluído pela Lei nº

11.134, de 2005)

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IV - salário-família; (Incluído pela Lei nº 11.134, de2005) V - adicional natalino; (Incluído pela Lei nº 11.134,de 2005) VI - auxílio-natalidade; (Incluído pela Lei nº 11.134,de 2005) VII - auxílio-funeral; (Incluído pela Lei nº 11.134, de2005) VIII - adicional de férias, correspondente a 1/3 (umterço) sobre

a remuneração; e (Incluído pela Lei nº11.134, de 2005) IX - auxílio-fardamento. (Incluído pela Lei nº11.134, de 2005) Art. 28. São descontos obrigatórios do militar: I - contribuição para a pensão militar; II - contribuição para a assistênciamédicohospitalar,odontológica, psicológica e social domilitar; III - indenização pela prestação de assistênciamédico-hospitalar aos dependentes por intermédiode organização militar, conforme regulamentação; IV - impostos incidentes sobre a remuneração ouos proventos, de acordo com a Lei; V - indenização à Fazenda Pública em decorrênciade dívida; VI - pensão alimentícia judicial; VII - taxa de uso por ocupação de próprio nacionalresidencial ou do Distrito Federal, conformeregulamentação; VIII - multa por ocupação irregular de próprionacional residencial ou do Distrito Federal,conforme regulamentação; IX - decorrente de decisão judicial. Art. 29. Descontos autorizados são os efetuadosem favor de entidades consignatárias, conformelegislação específica. § 1º Não serão permitidos descontos autorizadosaté o limite de 30% (trinta por cento) quando asoma destes com a dos descontos obrigatóriosexceder a 70% (setenta por cento) da remuneraçãodo militar. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de2005) § 2º O Comandante-Geral de cada Corporaçãoestabelecerá os critérios e promoverá ocredenciamento dos consignatários.

CAPÍTULO VII

DOS LIMITES DA REMUNERAÇÃO E DOS PROVENTOS

Art. 30. Nenhum militar, na ativa ou na inatividade,poderá perceber mensalmente, a título deremuneração ou proventos, importância superior àremuneração bruta do respectivo Comandante-Geral. Parágrafo único. Excluem-se, para fins deaplicação deste artigo, os valores inerentes: I - ao adicional de Tempo de Serviço, observado oart. 62 desta Lei; II - à gratificação de Representação; III - à gratificação de função de Natureza Especial; IV - à gratificação de Serviço Voluntário. Art. 31. Nenhum militar ou beneficiário de pensãomilitar pode receber, como soldo, quotas de soldoou pensão militar, valor inferior ao do saláriomínimovigente, sendo-lhe paga,

comocomplemento, a diferença encontrada, passando acompor o soldo ou a pensão militar para todos osefeitos legais. Parágrafo único. A pensão militar de que trata ocaput deste artigo é a pensão militar tronco e nãoas quotas partes resultantes das subdivisões aosbeneficiários.

CAPÍTULO VIII

DA ASSISTÊNCIA MÉDICO-HOSPITALAR

Art. 32. A assistência médico-hospitalar, médicodomiciliar,odontológica, psicológica e social aomilitar e seus dependentes será prestada porintermédio de organizações do serviço de saúde da respectiva Corporação, com recursos consignadosem seu orçamento, conforme dispuser emregulamento próprio a ser baixado pelo Governo do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº 11.134,de 2005) § 1º O militar e seus dependentes poderão receberatendimento em outras organizações hospitalares,nacionais ou estrangeiras, nas seguintes situaçõesespeciais: I - de urgência ou emergência, quando aorganização hospitalar da Corporação não puderatender; II - quando a organização hospitalar da respectivaCorporação, não dispuser de serviço especializado; III - Ao inativo e pensionista, será fornecido otransporte, quando houver necessidade deinternação hospitalar decorrente de prescriçãomédica utilizando os parâmetros estabelecidos na legislação federal e conforme regulamentação doGoverno do Distrito Federal. § 2º A organização de saúde da Corporação,destina-se a atender ao militar, seus dependentes epensionistas. Art. 33. Os recursos para assistência médicohospitalar,médico-domiciliar, odontológica,psicológica e social ao militar e seus dependentestambém poderão provir de outras contribuições eindenizações, nos termos dos incisos II e III docaput do art. 28 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005) § 1º A contribuição para a assistênciamédicohospitalar,psicológica e social é de 2% a.m.(doispor cento ao mês) e incidirá sobre o soldo, quotasde soldo ou a quota-tronco da pensão militar. § 2º A contribuição de que trata o § 1º deste artigopoderá ser acrescida de até 100% (cem por cento)de seu valor, para cada dependente participante doFundo de Saúde, conforme regulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005) § 3º As contribuições e indenizações previstas nocaput deste artigo serão destinadas à constituiçãode um Fundo de Saúde, que será regulamentadopelo Comandante-Geral de cada Corporação. § 4º A indenização pela prestação de assistênciamédico-hospitalar aos dependentes de que trata ocaput deste artigo, não poderá ser superior,conforme regulamentação do Comandante-Geralde cada Corporação: a) a 20% (vinte por cento) do valor da despesapara os dependentes do 1º grupo; b) a 40% (quarenta por cento) do valor da despesapara os dependentes do 2º grupo; c) a 60% (sessenta por cento) do valor da despesapara os dependentes do 3º grupo; d) ao valor máximo de apenas uma remuneraçãoou proventos do posto ou da graduação do militar,considerada a despesa total anual, para todas assituações deste parágrafo.

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Art. 33-A. A contribuição de que trata o § 1º do art.33 desta Lei será facultativa aos Militares inativosdo Distrito Federal e pensionistas Militar es, desde que residentes fora do Distrito Federal e aCorporação não proporcione a assistência médica,hospitalar e domiciliar adequada nos locais onderesidam. (Incluído pela Lei nº 11.134, de 2005) Art. 34. Para os efeitos de assistênciamédicohospitalar,médico-domiciliar, psicológica,odontológica e social, tratada neste Capítulo, sãoconsiderados dependentes do militar: (Redação dada pela Lei nº 11.134, de 2005) I – 1º grupo: a) o cônjuge, companheiro ou companheirareconhecido judicialmente; b) os filhos(as) ou enteados(as) até 21 (vinte e um)anos de idade ou até 24 (vinte e quatro) anos deidade, se estudantes universitários, ou, seinválidos, enquanto durar a invalidez; c) a pessoa sob guarda ou tutela judicial até 21(vinte e um) anos de idade ou até 24 (vinte equatro) anos de idade, se estudante universitário,ou, se inválido, enquanto durar a invalidez; II – 2º grupo: os pais, com comprovadadependência econômica do militar, desde quereconhecidos como dependentes pela Corporação; III – 3º grupo: os que constarem na condição dedependentes do militar, até a data da entrada emvigor desta Lei, enquanto preencherem ascondições estabelecidas em Estatuto dasrespectivas Corporações.

CAPÍTULO IX

DA PENSÃO MILITAR

Art. 35. São contribuintes obrigatórios da PensãoMilitar, mediante desconto mensal em folha depagamento, os Militares da ativa, os Militares da reserva remunerada e os Militares reformados do Distrito Federal, e os Militares inativos ereformados do antigo Distrito Federal. Art. 36. (VETADO) § 1º Os valores atualmente descontados a título depensão militar vigorarão até 31 de dezembro de2001. § 2º Para fins de aplicação do caput, seráconsiderado como posto ou graduação do militar ocorrespondente ao soldo sobre o qual foremcalculadas as suas contribuições. § 3º Fica assegurado aos atuais Militar es:(Redação dada pela Lei nº 10.556, de 13.11.2002) I - a manutenção dos benefícios previstos na Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, até 29 de dezembrode 2000, mediante contribuição específica de umvírgula cinco por cento da remuneração ouproventos; ou II - a renúncia, em caráter irrevogável, ao dispostono inciso I, desde que expressa até 31 de agostode 2002." (NR) § 4º Os beneficiários diretos ou por futura reversãodas pensionistas são também destinatários da manutenção dos benefícios previstos na Lei nº 3.765, de 1960, até 29 de dezembro de 2000. Art. 37. A pensão militar é deferida em processo dehabilitação tomando-se por base a declaração debeneficiários preenchida em vida pelo contribuinte,na ordem de prioridades e condições a seguir: I - primeira ordem de prioridade - viúvo ou viúva,companheiro ou companheira; filhos menores de21 (vinte e um) anos ou, quando estudantesuniversitários, menores de 24 (vinte e quatro) anos;

II - segunda ordem de prioridade - pais, ainda queadotivos, que comprovem dependência econômicado contribuinte; III - terceira ordem de prioridade – pessoadesignada mediante declaração escrita docontribuinte e que viva sob a dependênciaeconômica deste, quando menor de 21 (vinte e um)ou maior de 60 (sessenta) anos. Parágrafo único. Os beneficiários de que trata este artigo, quando interditos ou inválidos, ou, ainda,cometidos de enfermidade grave, que os impeçade prover a própria subsistência, julgados por juntade saúde militar, poderão habilitar-se à pensãoindependente de limites de idade. Art. 38. O beneficiário a que se refere o item III doart. 37 poderá ser instituído a qualquer tempo,mediante declaração na conformidade com asregras constantes nesta Lei ou testamento feito deacordo com a lei civil, mas só gozará de direito àpensão militar se não houver beneficiário legítimo. Parágrafo único. Nas mesmas condições do caput,o militar contribuinte da pensão militar com mais de10 (dez) anos de serviço, licenciado ou excluído abem da disciplina, em virtude de ato da autoridade competente, deixará aos seus herdeiros a pensãomilitar correspondente, conforme as condições doart. 37. Art. 39. A habilitação dos beneficiários obedecerá àordem de preferência estabelecida no art. 37 destaLei. § 1º O beneficiário será habilitado com a pensãointegral; no caso de mais de um com a mesma precedência, a pensão será repartida igualmenteentre eles, ressalvadas as hipóteses do § 2º. § 2º Se o contribuinte deixar pai inválido e mãe quevivam separados, a pensão será divididaigualmente entre ambos. § 3º Havendo pensionista judiciária, a pensãoalimentícia continuará a ser paga, de acordo comos valores estabelecidos na decisão judicial. Art. 40. Sempre que, no início ou durante oprocessamento da habilitação, for constatada afalta de declaração de beneficiário, ou se elaestiver incompleta ou oferecer margem a dúvidas,a repartição competente exigirá dos interessadoscertidões ou quaisquer outros documentosnecessários à comprovação dos seus direitos. § 1º Se, não obstante a documentaçãoapresentada, persistirem as dúvidas, a prova seráfeita mediante justificação judicial, processadapreferencialmente na auditoria militar do Distrito Federal ou, na falta desta, no foro civil. § 2º O processo de habilitação à pensão militar éconsiderado de natureza urgente. Art. 41. Todo contribuinte é obrigado a fazer suadeclaração de beneficiários, que, salvo prova emcontrário, prevalecerá para qualificação à pensãomilitar. Parágrafo único. Dessa declaração devem constar: I - nome e filiação do declarante; II - nome do cônjuge e data do casamento, ou,companheiro ou companheira designada ou quecomprove união estável como entidade familiar; III - nome dos filhos de qualquer situação, sexo erespectiva data do nascimento, esclarecendo, sefor o caso, quais os havidos em matrimônio anteriorou fora do matrimônio; IV - nome dos irmãos, sexo e data do nascimento; V - nome, sexo e data do nascimento dobeneficiário instituído, se for o caso;

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VI - menção expressa e minuciosa dos documentoscomprobatórios apresentados, citando a espécie de cada um, ou ofícios de registros ou outros que osexpediram ou registraram os atos originais, bem como os livros, números e ordem, e das folhasonde constam e as datas em que foram lavrados. Art. 42. A declaração, de preferência digitada, sememendas nem rasuras ou firmada do próprio punhopelo declarante, deverá ter a assinaturareconhecida pelo respectivo comandante, diretorou chefe, ou por tabelião ou, ainda pelorepresentante diplomático ou consular, caso odeclarante se encontre no estrangeiro. Parágrafo único. Quando o contribuinte se acharimpossibilitado de assinar a declaração, deveráfazê-la em tabelião, na presença de duastestemunhas. Art. 43. A declaração feita na conformidade do art.42 será entregue ao comandante, diretor ou chefe,a quem o declarante estiver subordinado, instituídacom documentação do registro civil que comprove,não só o grau de parentesco dos beneficiáriosenumerados, mas, também, se for o caso, aexclusão de beneficiários preferenciais e, por este,encaminhada ao órgão setorial de pessoal da respectiva corporação. Parágrafo único. A documentação de que trata este artigo poderá ser apresentada em original, certidãoverbo ad verbum ou cópia fotostática, devidamenteconferida. Art. 44. Qualquer fato que importe em alteração dadeclaração anterior obriga o contribuinte a fazeroutra, aditiva, que, instruída com documentoscomprobatórios, obedecerá às mesmasformalidades exigidas para a declaração inicial. Art. 45. O direito à pensão fica condicionado aorecebimento de 24 (vinte e quatro) contribuiçõesmensais, relativas à pensão que será deixada aosbeneficiários permitindo-se a estes fazerem orespectivo pagamento ou completarem o que faltar. Parágrafo único. O recolhimento poderá ser feitode uma só vez ou em parcelas correspondentes aovalor da contribuição. Art. 46. Todo e qualquer militar não contribuinte da pensão militar, mas em serviço ativo, cujofalecimento ocorrer em consequência de acidentede ato ou acidente em serviço ou de moléstia neleadquirida, deixará a seus beneficiários a pensãoque, na conformidade desses parágrafos, lhecouber, qualquer que seja o seu tempo de serviço. § 1º A pensão militar a que se refere este artigonão poderá ser inferior a de aspirante-a-oficial,para os cadetes das Academias de PM ou BM, oua de 3º sargento, para as demais praças e osalunos dos cursos de formação de praças. § 2º Em qualquer dos casos estabelecidos neste artigo, a outorga da pensão fica condicionada àsatisfação prévia, pelos beneficiários, da exigênciade que trata o art. 45. § 3º Para os efeitos de cálculo da pensão, acontribuição obedecerá a regra prevista no art. 36da presente Lei. Art. 47. A pensão resultante da promoção postmortem será paga aos beneficiários habilitados, apartir da data do falecimento do militar. Art. 48. O militar que ao falecer já houverpreenchido as condições legais que permitam suatransferência para a reserva remunerada oureforma, em postos ou graduações superiores, seráconsiderado promovido naquela data e deixará apensão correspondente à nova situação, obedecidaa regra do art. 37 desta Lei. Art. 49. Perderá o direito à pensão: I - a viúva ou viúvo que venha a ser destituído dopátrio poder, na conformidade do art. 395 doCódigo Civil Brasileiro;

II - o beneficiário que renuncie expressamente; III - o beneficiário que tenha sido condenado porcrime de natureza dolosa, do qual resulte a mortedo contribuinte. Art. 50. A morte do beneficiário que estiver no gozoda pensão, bem como a cessação do seu direito aorespectivo benefício, em qualquer dos casos do art.49 importará na transferência do direito aos demaisbeneficiários da mesma ordem, sem que istoimplique em reversão; não os havendo, a pensãoreverterá para os beneficiários da ordem seguinte. Parágrafo único. Não haverá, de modo algum,reversão em favor do beneficiário instituído. Art. 51. A pensão militar não está sujeita à penhora, sequestro ou arresto, exceto nos casosespecificadamente previstos em lei. Art. 52. A pensão militar pode ser requerida emqualquer tempo, condicionada, porém, à percepçãodas prestações mensais a prescrição de 5 (cinco)anos. Art. 53. A pensão militar será igual ao valor daremuneração ou dos proventos do militar. Art. 54. É permitido a acumulação: I - de uma pensão militar com proventos dedisponibilidade, reforma, vencimentos ouaposentadoria; II - de uma pensão militar com a de outro regime,observado o disposto no art. 37, inciso XI, daConstituição Federal.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 55. Os Militares da reserva remunerada,convocados para missão especial, fazem jus àremuneração como se em atividade estivessem. Art. 56. Aos Militares que prestarem serviço aentidades conveniadas com a Corporação, poderãoser conferidas gratificações, por conta dos recursosoriundos do respectivo convênio, e na forma nesteestabelecida. Art. 57. Para efeitos desta Lei, adotam-se asseguintes conceituações: I - Sede - o território do Distrito Federal; II - Corporação - é a denominação dada à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; III - Missão, tarefa ou atividade - é o deveremergente de uma ordem específica de comando,direção ou chefia; IV - Unidade Militar (UM) - é a denominaçãogenérica dada a corpo de tropa, repartição,estabelecimento ou a qualquer outra unidadeadministrativa das Corporações Militares do Distrito Federal. Parágrafo único. Para as demais Unidades daFederação atingidas por esta Lei considera-sesede, a unidade em que serve o militar tendo comolimite o Município.

Seção II

Das Disposições Transitórias

Art. 58. Ficam asseguradas, até 30 de setembro de2001, aos Militares do Distrito Federal, Militar esinativos, reformados e pensionistas do antigoDistrito Federal, as parcelas

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remuneratórias pagasem conformidade com as leis que as instituíram.

Seção III

Das Disposições Finais

Art. 59. Os arts. 53 e 63 da Lei no 7.289, de 18 dedezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 53. A remuneração dos Policiais Militares seráestabelecida em legislaçãoespecífica, comum aosMilitares do Distrito Federal. § 1º Na ativa, compreende: I - soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de CertificaçãoProfissional; c) de Operações Militar es; d) de Tempo de Serviço; III - gratificações: a) de Representação; b) de função de NaturezaEspecial; c) de Serviço Voluntário. § 2º Na inatividade,compreende: I - soldo ou quotas de soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de CertificaçãoProfissional; c) de Operações Militar es; d) de Tempo de Serviço; III - gratificação de representação. .............................................................. ......................................." (NR) "Art.63. ................................................. ....................................... .............................................................. ...................................... § 2º A concessão e o gozode férias não é prejudicadapelo gozo anterior delicença para tratamento desaúde, licença especial,nem pelo cumprimento desanção disciplinar, peloestado de guerra ou paraque sejam cumpridos atosde serviço, bem como não éanulável o direito a essalicença. .............................................................. ................" (NR)

Art. 60. Os arts. 54 e 64 da Lei nº 7.479, de 2 dejunho de 1986, passam a vigorar com a seguinteredação:

"Art. 54. A remuneração dosBombeiros Militares do Distrito Federal seráestabelecida em legislaçãoespecífica, comum aosMilitares do Distrito Federal.

§ 1º Na ativa, compreende: I - soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de CertificaçãoProfissional; c) de Operações Militar es; d) de Tempo de Serviço; III - gratificações: a) de Representação; b) de função de NaturezaEspecial; c) de Serviço Voluntário. § 2º Na inatividade,compreende: I - soldo ou quotas de soldo; II - adicionais: a) de Posto ou Graduação; b) de CertificaçãoProfissional; c) de Operações Militar es; d) de Tempo de Serviço; III - gratificação de representação."(NR) "Art.64. ................................................ .............................................................. § 2º A concessão e o gozode férias não é prejudicadapelo gozo anterior delicença para tratamento desaúde,licença especial,nem pelo cumprimento desanção disciplinar, peloestado de guerra ou paraque sejam cumpridos atosde serviço, bem como não éanulável o direito a essalicença." (NR)

Art. 61. Constatada a redução de remuneração, deproventos ou de pensões, decorrente da aplicaçãodesta Lei, o valor da diferença será pago a título devantagem pessoal nominalmente identificada. Parágrafo único. A vantagem pessoalnominalmente identificada prevista no caput deste artigo constituirá parcela de proventos na inatividade, além das previstas no art. 21 desta Leiaté que seja absorvida por ocasião de futurosreajustes. Art. 62. Fica extinto o adicional de Tempo deServiço, previsto na alínea "d" do inciso II do art.1º, assegurado ao militar o percentualcorrespondente aos anuênios a que fizer jus em 5de setembro de 2001. Art. 63. Fica assegurado ao militar que, até 5 desetembro de 2001, tenha os requisitos para setransferir para a inatividade o direito à percepçãode remuneração com base na legislação entãovigente. Parágrafo único. Os bombeiros Militares e ospoliciais Militares da reserva remuneradarecepcionados por esta Lei serão confirmados noposto ou graduação correspondente aos proventosque recebem no momento da passagem para ainatividade, ficando-lhes assegurados todos osdireitos e prerrogativas, salvo para aqueles que, naativa, já ocupavam os postos de coronel BM oucoronel PM, limites máximos das respectivascarreiras. (Redação dada pela Lei nº 11.134, de2005)

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Art. 64. Os períodos de férias não gozadas até 5 desetembro de 2001 poderão ser contados em dobropara efeito de inatividade. Art. 65. As vantagens instituídas por esta Lei seestendem aos Militares da ativa, inativos epensionistas dos ex-Territórios Federais do Amapá,Rondônia e de Roraima, e aos Militares inativos epensionistas integrantes da Polícia Militar e doCorpo de Bombeiros Militar do antigo Distrito Federal. § 1º A assistência médico-hospitalar para osinativos e pensionistas do antigo Distrito Federalpoderá, através de convênio, continuar a serprestada pelas Corporações Militares que já osassistem, mediante desconto obrigatório para esse fim de contribuição correspondente à prescrita pela legislação específica vigente para os demaisintegrantes da mesma instituição, a cujas normasmanter-se-ão igualmente sujeitos. § 2º O mesmo procedimento aplicado aos Militar esdo Distrito Federal, será adotado para osremanescentes do antigo Distrito Federal. Art. 66. As despesas decorrentes da aplicação dodisposto nesta Lei, com exceção das relativas aosMilitares dos ex-Territórios Federais do Amapá,Rondônia e de Roraima e dos inativos ePensionistas da Polícia Militar e do Corpo deBombeiros Militar do antigo Distrito Federal,correrão a conta das Transferências a Estados,Distrito Federal e Municípios - Governo do Distrito Federal - Recursos sob supervisão do Ministério daFazenda, constantes do Orçamento da União. Parágrafo único. Até que seja constituído o Fundoprevisto no art. 21, inciso XIV, da Constituição, astransferências ao Governo do Distrito Federal de que trata o caput ficarão limitadas ao montante deR$ 2.500.000.000,00 (dois bilhões e quinhentosmilhões de reais) no exercício de 2001, observadoo disposto na Lei Orçamentária. Art. 67. Ficam revogados a Lei nº 5.619, de 3 denovembro de 1970; a Lei nº 5.733, de 16 denovembro de 1971; a Lei nº 5.906, de 23 de julhode 1973; a Lei nº 5.932, de 1º de novembro de1973; a Lei nº 5.959, de 10 de dezembro de 1973;a Lei nº 7.590, de 29 de março de 1987; a Lei nº7.591, de 29 de março de 1987; a Lei nº 7.609, de6 de julho de 1987; o art. 1º da Lei nº 7.961, de 21de dezembro de 1989; a Lei nº 9.687, de 6 de julhode 1998; o Decreto-Lei nº 1.015, de 21 de outubrode 1969; o Decreto-Lei nº 1.463, de 29 de abril de1976; o Decreto-Lei nº 1.464, de 29 de abril de1976; o Decreto-Lei nº 1.545, de 15 de abril de1977; o Decreto-Lei nº 1.618, de 3 de março de1978; o Decreto-Lei nº 1.716, de 22 de novembrode 1979; o Decreto-Lei nº 1.777, de 18 de marçode 1980; o Decreto-Lei nº 1.860, de 18 de fevereirode 1981; o Decreto-Lei nº 1.926, de 17 de fevereirode 1982; o Decreto-Lei nº 2.008, de 11 de janeirode 1983; o Decreto-Lei nº 2.086, de 22 dedezembro de 1983; o Decreto-Lei nº 2.213, de 31de dezembro de 1984; o Decreto-Lei nº 2.138, de28 de junho de 1984. Art. 68. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com seus efeitos a partir de 1º deoutubro de 2001. Brasília, 4 de julho de 2002; 181o da Independência 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Miguel Reale Júnior

Guilherme Gomes Dias

ANEXO I

(Redação dada pela Lei nº 12.804, de 2013)

TABELAS DE SOLDO E ESCALONAMENTO VERTICAL

TABELA I - SOLDO Em R$

POSTO OU GRADUAÇÃO

ATÉ 28 DE FEVEREIRO

DE 2013

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

DE 2013 DE 2014 DE 2015

OFICIAIS SUPERIORES

Coronel 2.760,00 2.892,48 3.040,00 3.195,04

Tenente-

Coronel 2.649,60 2.776,78 2.918,40 3.067,23

Major 2.530,92 2.652,40 2.787,68 2.929,85

OFICIAIS INTERMEDIÁRIOS

Capitão 2.103,12 2.204,07 2.316,48 2.434,62

OFICIAIS SUBALTERNOS

Primeiro-Tenente

1.943,04 2.036,31 2.140,16 2.249,31

Segundo-Tenente

1.796,76 1.883,00 1.979,04 2.079,97

PRAÇAS ESPECIAIS

Aspirante-a-Oficial

1.548,36 1.622,68 1.705,44 1.792,42

Cadete (último ano) da Academia de Polícia Militar ou Bombeiro Militar

609,96 639,24 671,84 706,10

Cadete (demais anos) da Academia de Polícia Militar ou Bombeiro Militar

433,32 454,12 477,28 501,62

PRAÇAS GRADUADOS

Subtenente 1.393,80 1.460,70 1.535,20 1.613,49

Primeiro-Sargento

1.214,40 1.272,69 1.337,60 1.405,82

Segundo-Sargento

1.037,76 1.087,57 1.143,04 1.201,33

Terceiro-Sargento

924,60 968,98 1.018,40 1.070,34

Cabo 692,76 726,01 763,04 801,95

DEMAIS PRAÇAS

Soldado - 1a Classe

609,96 639,24 671,84 706,10

Soldado - 2a Classe

433,32 454,12 477,28 501,62

TABELA II - ESCALONAMENTO VERTICAL

Posto ou Graduação

OFICIAIS SUPERIORES Valor (R$)

Coronel

1000

Tenente Coronel

960

Major

917

OFICIAIS INTERMEDIÁRIOS

Capitão

762

OFICIAIS SUBALTERNOS

Primeiro-Tenente

704

Segundo-Tenente

651

PRAÇAS ESPECIAIS

Aspirante a Oficial

561

Cadete (último ano) da Academia de Polícia Militar ou Bombeiro Militar

221

Cadete (demais anos) da Academia de Polícia Militar ou Bombeiro Militar

157

PRAÇAS GRADUADAS

Subtenente

505

Primeiro-Sargento

440

Segundo-Sargento

376

Terceiro-Sargento

335

Cabo

251

DEMAIS PRAÇAS

Soldado – 1ª Classe 221

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64

Soldado – 2ª Classe 157

ANEXO II

TABELAS DE ADICIONAIS

TABELA I-A - ADICIONAL DE POSTO OU GRADUAÇÃO

(A PARTIR DE 1º DE OUTUBRO DE 2001)

Circulo Hierárquico

PERCENTUAL

SOBRE O SOLDO

FUNDAMENTO

Oficial Superior 41% Arts. 1º e 3º desta Lei.

Oficial Intermediário 38% Idem

Oficial Subalterno e Asp-Of

35% Idem

Cadetes das Academias PM/BM

30% Idem

Sub Ten e Sgt

33% Idem

Cabo e Soldado

31% Idem

Soldado 2ª Classe 30% Idem

TABELA I-B - ADICIONAL DE POSTO OU GRADUAÇÃO

(A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2002)

Circulo Hierárquico PERCENTUAL SOBRE O SOLDO

FUNDAMENTO

Oficial Superior 80% Arts. 1º e 3º desta Lei.

Oficial Intermediário 75% Idem

Oficial Subalterno e Asp-Of 70% Idem

Cadetes das Academias PM/BM

50% Idem

Sub Tem e Sgt 65% Idem

Cabo e 60% Idem

Soldado 2ª Classe 50% Idem

TABELA II – ADICIONAL CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL

TIPOS DE CURSO

QUANTITATIVO PERCENTUAL

SOBRE O SOLDO

FUNDAMENTO

Altos Estudos

30% Arts. 1º e 3º desta Lei.

Aperfeiçoamento

20%

Especialização ou Habilitação

15%

Formação

10%

TABELA III– ADICIONAL OPERAÇÕES MILITAR ES SITUAÇÃO

VALOR PERCENTUAL QUE INCIDE SOBRE O SOLDO DE CORONEL

FUNDAMENTO

Desempenho de Operações Policiais ou de Bombeiros e para a compensação dos desgastes orgânicos edanos psicossomáticos pelo desempenho das atividades técnico-profissionais nos respectivos Quadros (1)

12,70%

Arts. 1ª e 3º, desta Lei.

Trabalho com Raios-X ou substâncias radioativas (1)

12,70%

(1) Não são acumuláveis

TABELA IV - ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO BASE

QUANTITATIVO

PERCENTUAL SOBRE O SOLDO

FUNDAMENTO

Tempo de Serviço 1% por ano

Arts 1º, 3º e 67 desta lei

ANEXO III

TABELAS DE GRATIFICAÇÕES

TABELA I-A - GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE REPRESENTAÇÃO

SITUAÇÃO

VALOR DE

INCIDÊNCIA

FUNDAMENTO

A

A Militares na ativa e na inatividade

1% do soldo

Arts. 1º e 3º desta Lei.

B

Representação Especial no Exterior

Conforme Legislação Federal

Arts. 1º e 3º desta Lei.

TABELA II – GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE NATUREZA ESPECIAL

G R U P O

QUANTITATiVO

VALOR PERCENTUALDE

INCIDÊNCIASOBRE O SOLDO

DECORONEL

FUNDA-MENTO

Arts. 2º e 3º desta Lei

PMDF CBMDF

I

15 13 39,67%

II

35 29 30,85%

III

46 41 22,04%

IV

04 04 17,74%

V

264 264 8,81%

ANEXO IV

TABELAS DE OUTROS DIREITOS PECUNIÁRIOS

TABELA I - AJUDA DE CUSTO

SITUAÇÕES

VALOR REPRESENTA-TIVO

FUNDA-MENTO

A

Militar, com dependente, nas

movimentações para fora da sede, superior a

seis meses.

Duas vezes o valor da remuneração, na ida e na

volta.

Arts. 2º e 3º desta Lei.

B

Militar, com dependente, nas

movimentações para fora da sede, superior a três meses e igual ou inferior a seis meses.

Duas vezes o valor da remuneração, na ida, e

uma vez na volta.

C

Militar, com dependente, nas

movimentações para fora da sede igual ou superior a um mês e igual ou inferior a três

meses.

Uma vez o valor da remuneração, na ida, e

outra na volta.

D

Militar, sem dependente, nas

situações "a", "b" e "c" desta tabela.

Metade dos valres estabelecidos para as situações "a", "b" e "c"

desta tabela.

E

Militar, com ou sem dependente, por

ocasião de transferência para a

inatividade remunerada.

Oficial – quatro vezes o valor da remuneração, calculada com base no

soldo do último posto do círculo hierárquico a que

pertencer o militar.

Praça – Quatro vezes o valor da remuneração calculado com base no soldo de Subtenente.

TABELA II – AUXÍLIO-FARDAMENTO

SITUAÇÕES

VALOR REPRESENTA-TIVO

FUNDA-MENTO

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65

A

Cadete e o Soldado de 2ª classe. (1 remuneração)

Por conta do erário – uniforme e roupa de cama, de acordo com as Tabelas de Distribuição estabelecidas pelos respectivos Comandantes- Gerais.

Arts. 2º e 3º desta Lei.

B

Militar declarado Aspirante-a-Oficial ou promovido a 3º Sargento.

Um soldo e meio.

C

Oficiais nomeados Capelães Militares e dos Quadros de Saúde e Complementar.

D

Anualmente, quando permanecer no mesmo posto ou graduação.

Um quarto da remuneração

E

O militar que retornar à ativa por convocação, designação ou reinclusão, desde que há mais de seis meses na inatividade.

Um soldo

F

O militar que perder o uniforme em sinistro, ocorrência ou em caso de calamidade

Um soldo

TABELA III - AUXÍLIO-MORADIA

POSTO OU GRADUAÇÃO

VALOR(R$)

MILITAR COM DEPENDENTE

VALOR(R$)

MILITARSEM DEPENDENTE

FUNDA-MENTO LEGAL

Coronel

143,91 47,97 Arts. 2º e 3º XVI, desta Lei.

Tenente Coronel

134,73 44,91

Major

126,00 42,00

Capitão

110,70 36,90

1º Tenente

98,37 32,79

2º tenente

90,09 30,03

Aspirante

87,93 29,31

Cadete (3º ano)

34,74 11,58

Cadete (demais anos)

23,31 7,77

Subtenente

85,23 28,41

Primeiro-Sargento

71,82 23,94

Segundo-Sargento

63,36 21,12

Terceiro-Sargento 53,46 17,82

Cabo

39,06 13,02

Soldado

34,74 11,58

Soldado 2ª Classe

23,31 7,77

TABELA IV - AUXÍLIO-NATALIDADE

SITUAÇÕES

VALOR REPRESENTATIVO

FUNDA-MENTO

A

Nascimento de filho do militar da ativa ou da inatividade remunerada.

Uma vez o soldo do posto ou graduação.

Arts. 2º e 3º desta Lei.

B

Nascimento de filhos, em parto múltiplo, do militar da ativa ou da inatividade remunerada.

Uma vez o soldo do posto ou graduação, acrescido de 50% (cinquenta por cento) por recém nascido

TABELA V - AUXÍLIO-INVALIDEZ

(Redação dada pela Lei nº 12.086, de 2009).

SITUAÇÕES

VALOR

REPRESENTATIVO

FUNDA-MENTO

A

O militar julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do art. 24 desta Lei terá direito ao auxílio- invalidez, desde que considerado total e permanentemente inválido para qualquer trabalho, devidamente constatados por junta médica da Corporação.

10% da PRÓPRIA REMUNERAÇÃO

Arts. 2º e 3º E 26º desta Lei.

B

O militar que, por prescrição médica, homologada por junta médica da Corporação, necessitar de assistência ou de cuidados em razão das doenças relacionadas no § 1o do art. 24 desta Lei.

10% da PRÓPRIA REMUNERAÇÃO

TABELA VI - AUXÍLIO-FUNERAL

SITUAÇÕES

VALOR

REPRESENTATIVO

FUNDA-MENTO

A

Morte do cônjuge, companheira (o), dependente ou filho (a) natimorto.

Uma vez a remuneração percebida, não podendo ser inferior ao soldo de Subtenente.

Arts. 2º e 3º desta Lei.

B

Morte do militar – pago ao beneficiário da Pensão Militar.

LEI Nº 10.633, DE 27 DE DEZEMBRO DE2002.

Institui o Fundo Constitucional do Distrito Federal –FCDF, para atender o disposto no inciso XIV do art.21 da Constituição Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituído o Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, de natureza contábil, coma finalidade de prover os recursos necessários àorganização e manutenção da polícia civil, da Polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como assistência financeirapara execução de serviços públicos de saúde eeducação, conforme disposto no inciso XIV do art.21 da Constituição Federal. § 1º As dotações do FCDF para a manutenção dasegurança pública e a assistência financeira para a execução de serviços públicos deverão serdiscriminadas por atividades específicas. § 2º (VETADO) § 3º As folhas de pagamentos da polícia civil, da Polícia militar e do corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, custeadas com recursos doTesouro Nacional, deverão ser processadasatravés do sistema de administração de recursoshumanos do Governo Federal, no prazo máximo decento e oitenta dias, contado a partir da publicaçãodesta Lei, sob pena de suspensão imediata daliberação dos recursos financeiroscorrespondentes. Art. 2º A partir de 2003, inclusive, o aporte anual derecursos orçamentários destinados ao FCDF seráde R$ 2.900.000.000,00 (dois bilhões e novecentosmilhões de reais), corrigido anualmente pelavariação da receita corrente líquida – RCL da União. § 1º Para efeito do cálculo da variação de que tratao caput deste artigo, será considerada a razãoentre a RCL realizada: I – no período de doze meses encerrado em junhodo exercício anterior ao do repasse do aporte anualde recursos; e II – no período de doze meses encerrado em junhodo exercício anterior ao referido no inciso I.

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§ 2º O cálculo da RCL para efeito da correção dovalor a ser aportado ao FCDF no ano de 2003levará em conta a razão entre a receita acumuladarealizada entre julho de 2001 e junho de 2002, e areceita acumulada realizada entre julho de 2000 ejunho de 2001. Art. 3º Para os efeitos do aporte de recursos aoFCDF, serão computadas as dotações referentes àmanutenção da segurança pública e à assistênciafinanceira para execução de serviços públicos,consignadas à unidade orçamentária "73.105 –Governo do Distrito Federal – Recursos sobSupervisão do Ministério da Fazenda". Art. 4º Os recursos correspondentes ao FCDFserão entregues ao GDF até o dia 5 de cada mês,a partir de janeiro de 2003, à razão de duodécimos. Art. 5º (VETADO) Art. 6º (VETADO) Art. 7º (VETADO) Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 27 de dezembro de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo de Tarso Ramos Ribeiro

Pedro Malan Guilherme Gomes Dias

José Bonifácio Borges de Andrada

LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE2003.

Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o SistemaNacional de Armas – SINARM, define crimes e dáoutras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DO SISTEMA NACIONAL DE ARMAS

Art. 1º O Sistema Nacional de Armas – Sinarm,instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, tem circunscrição em todo oterritório nacional. Art. 2º Ao Sinarm compete: I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; II – cadastrar as armas de fogo produzidas,importadas e vendidas no País; III – cadastrar as autorizações de porte de arma defogo e as renovações expedidas pela PolíciaFederal; IV – cadastrar as transferências de propriedade,extravio, furto, roubo e outras ocorrênciassuscetíveis de alterar os dados cadastrais,inclusiveas decorrentes de fechamento deempresas de segurança privada e de transporte devalores; V – identificar as modificações que alterem ascaracterísticas ou o funcionamento de arma defogo; VI – integrar no cadastro os acervos policiais jáexistentes; VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo,inclusive as vinculadas a procedimentos policiais ejudiciais; VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País,bem como conceder licença para exercer aatividade;

IX – cadastrar mediante registro os produtores,atacadistas, varejistas, exportadores eimportadores autorizados de armas de fogo,acessórios e munições; X – cadastrar a identificação do cano da arma, ascaracterísticas das impressões de raiamento e de micro estriamento de projétil disparado, conformemarcação e testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; XI – informar às Secretarias de Segurança Públicados Estados e do Distrito Federal os registros eautorizações de porte de armas de fogo nosrespectivos territórios, bem como manter ocadastro atualizado para consulta. Parágrafo único. As disposições deste artigo nãoalcançam as armas de fogo das Forças Armadas eAuxiliares, bem como as demais que constem dosseus registros próprios.

CAPÍTULO II

DO REGISTRO

Art. 3º É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão competente. Parágrafo único. As armas de fogo de uso restritoserão registradas no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei. Art. 4º Para adquirir arma de fogo de uso permitidoo interessado deverá, além de declarar a efetivanecessidade, atender aos seguintes requisitos: I - comprovação de idoneidade, com aapresentação de certidões negativas deantecedentes criminais fornecidas pela JustiçaFederal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estarrespondendo a inquérito policial ou a processocriminal, que poderão ser fornecidas por meioseletrônicos; (Redação dada pela Lei nº 11.706, de2008) II – apresentação de documento comprobatório deocupação lícita e de residência certa; III – comprovação de capacidade técnica e deaptidão psicológica para o manuseio de arma defogo, atestadas na forma disposta no regulamentodesta Lei. § 1º O Sinarm expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitosanteriormente estabelecidos, em nome dorequerente e para a arma indicada, sendointransferível esta autorização. § 2º A aquisição de munição somente poderá serfeita no calibre correspondente à arma registrada ena quantidade estabelecida no regulamento destaLei. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 3º A empresa que comercializar arma de fogo emterritório nacional é obrigada a comunicar a vendaà autoridade competente, como também a manterbanco de dados com todas as características daarma e cópia dos documentos previstos neste artigo. § 4º A empresa que comercializa armas de fogo,acessórios e munições responde legalmente poressas mercadorias, ficando registradas como de sua propriedade enquanto não forem vendidas. § 5º A comercialização de armas de fogo,acessórios e munições entre pessoas físicassomente será efetivada mediante autorização doSinarm. § 6º A expedição da autorização a que se refere o§ 1º será concedida, ou recusada com a devidafundamentação, no prazo de 30 (trinta) dias úteis, acontar da data do requerimento do interessado.

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§ 7º O registro precário a que se refere o § 4º prescinde do cumprimento dos requisitos dosincisos I, II e III deste artigo. § 8º Estará dispensado das exigências constantesdo inciso III do caput deste artigo, na forma doregulamento, o interessado em adquirir arma defogo de uso permitido que comprove estarautorizado a portar arma com as mesmascaracterísticas daquela a ser adquirida. (Incluídopela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 5º O certificado de Registro de Arma de Fogo,com validade em todo o território nacional, autorizao seu proprietário a manter a arma de fogoexclusivamente no interior de sua residência oudomicílio, ou dependência desses, ou, ainda, noseu local de trabalho, desde que seja ele o titularou o responsável legal pelo estabelecimento ouempresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de2004) § 1º O certificado de registro de arma de fogo seráexpedido pela Polícia Federal e será precedido deautorização do Sinarm. § 2º Os requisitos de que tratam os incisos I, II e IIIdo art. 4o deverão ser comprovadosperiodicamente, em período não inferior a 3 (três)anos, na conformidade do estabelecido noregulamento desta Lei, para a renovação doCertificado de Registro de Arma de Fogo. § 3º O proprietário de arma de fogo comcertificados de registro de propriedade expedidopor órgão estadual ou do Distrito Federal até a datada publicação desta Lei que não optar pela entregaespontânea prevista no art. 32 desta Lei deverárenová-lo mediante o pertinente registro federal,até o dia 31 de dezembro de 2008, ante aapresentação de documento de identificaçãopessoal e comprovante de residência fixa, ficandodispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantesdos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)(Prorrogação de prazo) § 4º Para fins do cumprimento do disposto no § 3º deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderáobter, no Departamento de Polícia Federal,certificado de registro provisório, expedido na redemundial de computadores - internet, na forma doregulamento e obedecidos os procedimentos aseguir: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) I - emissão de certificado de registro provisório pelainternet, com validade inicial de 90 (noventa) dias;e (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) II - revalidação pela unidade do Departamento dePolícia Federal do certificado de registro provisóriopelo prazo que estimar como necessário para aemissão definitiva do certificado de registro depropriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

CAPÍTULO III

DO PORTE

Art. 6º É proibido o porte de arma de fogo em todoo território nacional, salvo para os casos previstosem legislação própria e para: I – os integrantes das Forças Armadas; II – os integrantes de órgãos referidos nos incisosdo caput do art. 144 da Constituição Federal; III – os integrantes das guardas municipais dascapitais dos Estados e dos Municípios com mais de500.000 (quinhentos mil) habitantes, nas condiçõesestabelecidas no regulamento desta Lei; IV - os integrantes das guardas municipais dosMunicípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) eme nos de 500.000 (quinhentos mil) habitantes,quando em serviço; (Redação dada pela Lei nº10.867, de 2004)

V – os agentes operacionais da Agência Brasileirade Inteligência e os agentes do Departamento deSegurança do Gabinete de Segurança Institucionalda Presidência da República; VI – os integrantes dos órgãos policiais referidos noart. 51, IV, e no art. 52, XIII, da ConstituiçãoFederal; VII – os integrantes do quadro efetivo dos agentese guardas prisionais, os integrantes das escoltasde presos e as guardas portuárias; VIII – as empresas de segurança privada e detransporte de valores constituídas, nos termosdesta Lei; IX – para os integrantes das entidades de desportolegalmente constituídas, cujas atividadesesportivasdemandem o uso de armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando-se, noque couber, a legislação ambiental. X - integrantes das Carreiras de Auditoria daReceita Federal do Brasil e de Auditoria-Fiscal doTrabalho, cargos de Auditor-Fiscal e AnalistaTributário. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de2007) XI - os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 1º As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V eVI do caput deste artigo terão direito de portar armade fogo de propriedade particular ou fornecida pelarespectiva corporação ou instituição, mesmo forade serviço, nos termos do regulamento desta Lei,com validade em âmbito nacional para aquelasconstantes dos incisos I, II, V e VI. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 1º-A (Revogado pela Lei nº 11.706, de 2008) § 1º-B. Os integrantes do quadro efetivo de agentes e guardas prisionais poderão portar arma de fogo de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, desde que estejam: (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) I - submetidos a regime de dedicação exclusiva; (Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) II - sujeitos à formação funcional, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.993, de2014) III - subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno.(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) § 1º-C. (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.993, de 2014) § 2º A autorização para o porte de arma de fogoaos integrantes das instituições descritas nosincisos V, VI, VII e X do caput deste artigo estácondicionada à comprovação do requisito a que se refere o inciso III do caput do art. 4º desta Lei nascondições estabelecidas no regulamento desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) § 3º A autorização para o porte de arma de fogodas guardas municipais está condicionada àformação funcional de seus integrantes emestabelecimentos de ensino de atividade policial eà existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas noregulamento desta Lei, observada a supervisão do Comando do Exército. (Redação dada pela Lei nº10.867, de 2004) § 4º Os integrantes das Forças Armadas, daspolícias federais e estaduais e do Distrito Federal,bem como os Militares dos Estados e do Distrito Federal, ao exercerem o direito descrito

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no art. 4º,ficam dispensados do cumprimento do dispostonos incisos I, II e III do mesmo artigo, na forma doregulamento desta Lei. § 5º Aos residentes em áreas rurais, maiores de25 (vinte e cinco) anos que comprovem dependerdo emprego de arma de fogo para prover suasubsistência alimentar familiar será concedido pelaPolícia Federal o porte de arma de fogo, nacategoria caçador para subsistência, de uma armade uso permitido, de tiro simples, com 1 (um) ou 2(dois) canos, de alma lisa e de calibre igual ouinferior a 16 (dezesseis), desde que o interessadocomprove a efetiva necessidade em requerimentoao qual deverão ser anexados os seguintesdocumentos: (Redação dada pela Lei nº 11.706, de2008) I - documento de identificação pessoal; (Incluídopela Lei nº 11.706, de 2008) II - comprovante de residência em área rural; e(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) III - atestado de bons antecedentes. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 6º O caçador para subsistência que der outrouso à sua arma de fogo, independentemente deoutras tipificações penais, responderá, conforme ocaso,por porte ilegal ou por disparo de arma defogo de uso permitido. (Redação dada pela Lei nº11.706, de 2008) § 7º Aos integrantes das guardas municipais dosMunicípios que integram regiões metropolitanasserá autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 7º As armas de fogo utilizadas pelosempregados das empresas de segurança privada ede transporte de valores, constituídas na forma dalei, serão de propriedade, responsabilidade eguarda das respectivas empresas, somentepodendo ser utilizadas quando em serviço,devendo essas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgãocompetente, sendo o certificado de registro e aautorização de porte expedidos pela PolíciaFederal em nome da empresa. § 1º O proprietário ou diretor responsável deempresa de segurança privada e de transporte devalores responderá pelo crime previsto no parágrafo único do art. 13º desta Lei, sem prejuízodas demais sanções administrativas e civis, sedeixar de registrar ocorrência policial e decomunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ououtras formas de extravio de armas de fogo,acessórios e munições que estejam sob suaguarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horasdepois de ocorrido o fato. § 2º A empresa de segurança e de transporte devalores deverá apresentar documentaçãocomprobatória do preenchimento dos requisitosconstantes do art. 4º desta Lei quanto aosempregados que portarão arma de fogo. § 3º A listagem dos empregados das empresasreferidas neste artigo deverá ser atualizadasemestralmente junto ao Sinarm. Art. 7º-A. As armas de fogo utilizadas pelos servidores das instituições descritas no inciso XI do art. 6º serão de propriedade, responsabilidade e guarda das respectivas instituições, somente podendo ser utilizadas quando em serviço, devendo estas observar as condições de uso e de armazenagem estabelecidas pelo órgão competente, sendo o certificado de registro e a autorização de porte expedidos pela Polícia Federal em nome da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 1º A autorização para o porte de arma de fogo de que trata este artigo independe do pagamento de taxa. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 2º O presidente do tribunal ou o chefe do Ministério Público designará os servidores de seus quadros pessoais no exercício de funções de segurança que poderão portar arma de fogo,

respeitado o limite máximo de 50% (cinquenta por cento) do número de servidores que exerçam funções de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 3º O porte de arma pelos servidores das instituições de que trata este artigo fica condicionado à apresentação de documentação comprobatória do preenchimento dos requisitos constantes do art. 4o desta Lei, bem como à formação funcional em estabelecimentos de ensino de atividade policial e à existência de mecanismos de fiscalização e de controle interno, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 4º A listagem dos servidores das instituições de que trata este artigo deverá ser atualizada semestralmente no Sinarm. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) § 5º As instituições de que trata este artigo são obrigadas a registrar ocorrência policial e a comunicar à Polícia Federal eventual perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de armas de fogo, acessórios e munições que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte e quatro) horas depois de ocorrido o fato. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) Art. 8º As armas de fogo utilizadas em entidadesdesportivas legalmente constituídas devemobedecer às condições de uso e de armazenagemestabelecidas pelo órgão competente,respondendo o possuidor ou o autorizado a portara arma pela sua guarda na forma do regulamentodesta Lei. Art. 9º Compete ao Ministério da Justiça aautorização do porte de arma para os responsáveispela segurança de cidadãos estrangeiros em visitaou sediados no Brasil e, ao Comando do Exército,nos termos do regulamento desta Lei, o registro e aconcessão de porte de trânsito de arma de fogopara colecionadores, atiradores e caçadores e derepresentantes estrangeiros em competiçãointernacional oficial de tiro realizada no territórionacional. Art. 10º A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional, é decompetência da Polícia Federal e somente seráconcedida após autorização do Sinarm. § 1º A autorização prevista neste artigo poderá serconcedida com eficácia temporária e territoriallimitada, nos termos de atos regulamentares, edependerá de o requerente: I – demonstrar a sua efetiva necessidade porexercício de atividade profissional de risco ou deameaça à sua integridade física; II – atender às exigências previstas no art. 4º destaLei; III – apresentar documentação de propriedade de arma de fogo, bem como o seu devido registro no órgão competente. § 2º A autorização de porte de arma de fogo,prevista neste artigo, perderá automaticamente suaeficácia caso o portador dela seja detido ouabordado em estado de embriaguez ou sob efeitode substâncias químicas ou alucinógenas. Art. 11º Fica instituída a cobrança de taxas, nosvalores constantes do Anexo desta Lei, pelaprestação de serviços relativos: I – ao registro de arma de fogo; II – à renovação de registro de arma de fogo; III – à expedição de segunda via de registro de arma de fogo; IV – à expedição de porte federal de arma de fogo; V – à renovação de porte de arma de fogo; VI – à expedição de segunda via de porte federalde arma de fogo.

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§ 1º Os valores arrecadados destinam-se aocusteio e à manutenção das atividades do Sinarm,da Polícia Federal e do Comando do Exército, noâmbito de suas respectivas responsabilidades. § 2º São isentas do pagamento das taxasprevistas neste artigo as pessoas e as instituiçõesa que se referem os incisos I a VII e X e o § 5º doart. 6º desta Lei. (Redação dada pela Lei nº11.706, de 2008) Art. 11-A. O Ministério da Justiça disciplinará aforma e as condições do credenciamento deprofissionais pela Polícia Federal paracomprovação da aptidão psicológica e dacapacidade técnica para o manuseio de arma defogo. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 1º Na comprovação da aptidão psicológica, ovalor cobrado pelo psicólogo não poderá excederao valor médio dos honorários profissionais pararealização de avaliação psicológica constante doitem 1.16 da tabela do Conselho Federal dePsicologia. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 2º Na comprovação da capacidade técnica, ovalor cobrado pelo instrutor de armamento e tironão poderá exceder R$ 80,00 (oitenta reais),acrescido do custo da munição. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 3º A cobrança de valores superiores aosprevistos nos §§ 1º e 2º deste artigo implicará odescredenciamento do profissional pela PolíciaFederal. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

CAPÍTULO IV

DOS CRIMES E DAS PENAS

Posse irregular de arma de fogo de uso permitido Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma defogo, acessório ou munição, de uso permitido, emdesacordo com determinação legal ouregulamentar, no interior de sua residência oudependência desta, ou, ainda no seu local detrabalho, desde que seja o titular ou o responsávellegal do estabelecimento ou empresa: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa

Omissão de cautela Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessáriaspara impedir que menor de 18 (dezoito) anos oupessoa portadora de deficiência mental se apoderede arma de fogo que esteja sob sua posse ou queseja de sua propriedade: Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem oproprietário ou diretor responsável de empresa desegurança e transporte de valores que deixarem deregistrar ocorrência policial e de comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formasde extravio de arma de fogo, acessório ou muniçãoque estejam sob sua guarda, nas primeiras 24(vinte quatro) horas depois de ocorrido o fato.

Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, terem depósito, transportar, ceder, ainda quegratuitamente, emprestar, remeter, empregar,manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,acessório ou munição, de uso permitido, semautorização e em desacordo com determinaçãolegal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, emulta. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo éinafiançável, salvo quando a arma de fogo estiverregistrada em nome do agente. (Vide Adin 3.112-1)

Disparo de arma de fogo

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar muniçãoem lugar habitado ou em suas adjacências, em viapública ou em direção a ela, desde que essaconduta não tenha como finalidade a prática deoutro crime: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, emulta. Parágrafo único. O crime previsto neste artigo éinafiançável. (Vide Adin 3.112-1)

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de usorestrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer,receber, ter em depósito, transportar, ceder, aindaque gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,acessório ou munição de uso proibido ou restrito,sem autorização e em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, emulta. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I – suprimir ou alterar marca, numeração ouqualquer sinal de identificação de arma de fogo ouartefato; II – modificar as características de arma de fogo,de forma a torná-la equivalente a arma de fogo deuso proibido ou restrito ou para fins de dificultar oude qualquer modo induzir a erro autoridade policial,perito ou juiz; III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefatoexplosivo ou incendiário, sem autorização ou emdesacordo com determinação legal ouregulamentar; IV – portar, possuir, adquirir, transportar oufornecerarma de fogo com numeração, marca ou qualqueroutro sinal de identificação raspado, suprimido ouadulterado; V – vender, entregar ou fornecer, ainda quegratuitamente, arma de fogo, acessório, muniçãoou explosivo a criança ou adolescente; e VI – produzir, recarregar ou reciclar, semautorização legal, ou adulterar, de qualquer forma,munição ou explosivo.

Comércio ilegal de arma de fogo

Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar,conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar,montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda,ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprioou alheio, no exercício de atividade comercial ouindustrial, arma de fogo, acessório ou munição,sem autorização ou em desacordo comdeterminação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, emulta. Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercialou industrial, para efeito deste artigo, qualquerforma de prestação de serviços, fabricação oucomércio irregular ou clandestino, inclusive oexercido em residência.

Tráfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ousaída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, semautorização da autoridade competente: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, emulta. Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, apena é aumentada da metade se a arma de fogo,acessório ou munição forem de uso proibido ourestrito. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16,17 e 18, a pena é aumentada da metade se forempraticados por integrante dos órgãos e empresasreferidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.

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Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18são insuscetíveis de liberdade provisória. (VideAdin 3.112-1)

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 22. O Ministério da Justiça poderá celebrarconvênios com os Estados e o Distrito Federal para o cumprimento do disposto nesta Lei. Art. 23. A classificação legal, técnica e geral bem como a definição das armas de fogo e demaisprodutos controlados, de usos proibidos, restritos,permitidos ou obsoletos e de valor histórico serãodisciplinadas em ato do chefe do Poder ExecutivoFederal, mediante proposta do Comando doExército. (Redação dada pela Lei nº 11.706, de2008) § 1º Todas as munições comercializadas no Paísdeverão estar acondicionadas em embalagens comsistema de código de barras, gravado na caixa,visando possibilitar a identificação do fabricante edo adquirente, entre outras informações definidaspelo regulamento desta Lei. § 2º Para os órgãos referidos no art. 6º, somenteserão expedidas autorizações de compra demunição com identificação do lote e do adquirenteno culote dos projéteis, na forma do regulamentodesta Lei. § 3º As armas de fogo fabricadas a partir de 1 (um)ano da data de publicação desta Lei conterãodispositivo intrínseco de segurança e deidentificação, gravado no corpo da arma, definidopelo regulamento desta Lei, exclusive para osórgãos previstos no art. 6º. § 4º As instituições de ensino policial e asguardas municipais referidas nos incisos III e IV docaput do art. 6º desta Lei e no seu § 7º poderãoadquirir insumos e máquinas de recarga demunição para o fim exclusivo de suprimento de suas atividades, mediante autorização concedidanos termos definidos em regulamento. (Incluídopela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 24. Excetuadas as atribuições a que se refereo art. 2º desta Lei, compete ao Comando doExército autorizar e fiscalizar a produção,exportação, importação, desembaraço alfandegárioe o comércio de armas de fogo e demais produtoscontrolados, inclusive o registro e o porte detrânsito de arma de fogo de colecionadores,atiradores e caçadores. Art. 25. As armas de fogo apreendidas, após aelaboração do laudo pericial e sua juntada aosautos, quando não mais interessarem àpersecução penal serão encaminhadas pelo juizcompetente ao Comando do Exército, no prazomáximo de 48 (quarenta e oito) horas, paradestruição ou doação aos órgãos de segurançapública ou às Forças Armadas, na forma doregulamento desta Lei. (Redação dada pela Lei nº11.706, de 2008) § 1º As armas de fogo encaminhadas ao Comandodo Exército que receberem parecer favorável àdoação, obedecidos o padrão e a dotação de cadaForça Armada ou órgão de segurança pública,atendidos os critérios de prioridade estabelecidospelo Ministério da Justiça e ouvido o Comando doExército, serão arroladas em relatório reservadotrimestral a ser encaminhado àquelas instituições,abrindo-se-lhes prazo para manifestação deinteresse. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 2º O Comando do Exército encaminhará arelação das armas a serem doadas ao juizcompetente, que determinará o seu perdimento emfavor da instituição beneficiada. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) § 3º O transporte das armas de fogo doadas seráde responsabilidade da instituição beneficiada, queprocederá ao seu cadastramento no Sinarm ou noSigma. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)

§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.706, de2008) § 5º O Poder Judiciário instituirá instrumentos para o encaminhamento ao Sinarm ou ao Sigma,conforme se trate de arma de uso permitido ou deuso restrito, semestralmente, da relação de armasacauteladas em juízo, mencionando suascaracterísticas e o local onde se encontram.(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 26. São vedadas a fabricação, a venda, acomercialização e a importação de brinque dos,réplicas e simulacros de armas de fogo, que comestas se possam confundir. Parágrafo único. Excetuam-se da proibição asréplicas e os simulacros destinados à instrução, aoadestramento, ou à coleção de usuário autorizado,nas condições fixadas pelo Comando do Exército. Art. 27. Caberá ao Comando do Exército autorizar,excepcionalmente, a aquisição de armas de fogode uso restrito. Parágrafo único. O disposto neste artigo não seaplica às aquisições dos Comandos Militar es. Art. 28. É vedado ao menor de 25 (vinte e cinco)anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I,II, III, V, VI, VII e X do caput do art. 6o desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 29. As autorizações de porte de armas de fogojá concedidas expirar-se-ão 90 (noventa) dias apósa publicação desta Lei. (Vide Lei nº 10.884, de2004) Parágrafo único. O detentor de autorização comprazo de validade superior a 90 (noventa) diaspoderá renová-la, perante a Polícia Federal, nascondições dos arts. 4º, 6º e 10 desta Lei, no prazode 90 (noventa) dias após sua publicação, semônus para o requerente. Art. 30. Os possuidores e proprietários de arma defogo de uso permitido ainda não registrada deverãosolicitar seu registro até o dia 31 de dezembro de2008, mediante apresentação de documento deidentificação pessoal e comprovante de residênciafixa, acompanhados de nota fiscal de compra oucomprovação da origem lícita da posse, pelosmeios de prova admitidos em direito, ou declaraçãofirmada na qual constem as características da armae a sua condição de proprietário, ficando estedispensado do pagamento de taxas e do cumprimento das demais exigências constantesdos incisos I a III do caput do art. 4º desta Lei.(Redação dada pela Lei nº 11.706, de 2008)

(Prorrogação de prazo) Parágrafo único. Para fins do cumprimento dodisposto no caput deste artigo, o proprietário de arma de fogo poderá obter, no Departamento dePolícia Federal, certificado de registro provisório,expedido na forma do § 4º do art. 5º desta Lei.(Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008) Art. 31. Os possuidores e proprietários de armas defogo adquiridas regularmente poderão, a qualquertempo, entregá-las à Polícia Federal, medianterecibo e indenização, nos termos do regulamentodesta Lei. Art. 32. Os possuidores e proprietários de arma defogo poderão entregá-la, espontaneamente,mediante recibo, e, presumindo-se de boa-fé, serãoindenizados, na forma do regulamento, ficandoextinta a punibilidade de eventual posse irregularda referida arma. (Redação dada pela Lei nº11.706, de 2008) Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 11.706, de2008) Art. 33. Será aplicada multa de R$ 100.000,00(cem mil reais) a R$ 300.000,00 (trezentos milreais), conforme especificar o regulamento destaLei: I – à empresa de transporte aéreo, rodoviário,ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre quedeliberadamente, por qualquer

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meio, faça,promova, facilite ou permita o transporte de armaou munição sem a devida autorização ou cominobservância das normas de segurança; II – à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade para venda,estimulando o uso indiscriminado de armas defogo, exceto nas publicações especializadas. Art. 34. Os promotores de eventos em locaisfechados, com aglomeração superior a 1000 (ummil) pessoas, adotarão, sob pena deresponsabilidade, as providências necessárias paraevitar o ingresso de pessoas armadas, ressalvadosos eventos garantidos pelo inciso VI do art. 5º daConstituição Federal. Parágrafo único. As empresas responsáveis pelaprestação dos serviços de transporte internacionale interestadual de passageiros adotarão asprovidências necessárias para evitar o embarquede passageiros armados.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 35. É proibida a comercialização de arma defogo e munição em todo o território nacional, salvopara as entidades previstas no art. 6º desta Lei. § 1º Este dispositivo, para entrar em vigor,dependerá de aprovação mediante referendopopular, a ser realizado em outubro de 2005. § 2º Em caso de aprovação do referendo popular, odisposto neste artigo entrará em vigor na data depublicação de seu resultado pelo Tribunal SuperiorEleitoral. Art. 36. É revogada a Lei nº 9.437, de 20 defevereiro de 1997. Art. 37. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 22 de dezembro de 2003; 182º da Independência e 115º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz Bastos

José Viegas Filho Marina Silva

TABELA DE TAXAS

ATO ADMINISTRATIVO R$

I - Registro de arma de fogo:

- até 31 de dezembro de 2008 Gratuito

(art. 30)

- a partir de 1º de janeiro de 2009

60,00

II - Renovação do certificado de registro de arma de fogo:

Gratuito

- até 31 de dezembro de 2008 (art. 5º, § 3º)

- a partir de 1º de janeiro de 2009 60,00

III - Registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte de valores

60,00

IV - Renovação do certificado de registro de arma de fogo para empresa de segurança privada e de transporte de valores:

- até 30 de junho de 2008 30,00

- de 1º de julho de 2008 a 31 de outubro de 2008

45,00

- a partir de 1º de novembro de 2008

60,00

V - Expedição de porte de arma de fogo

1.000,00

VI - Renovação de porte de arma de fogo

1.000,00

VII - Expedição de segunda via de certificado de registro de arma de fogo

60,00

VIII - Expedição de segunda via de porte de arma de fogo

60,00

LEI Nº 10.937, DE 12 DE AGOSTO DE2004.

Dispõe sobre a remuneração dos Militar es, aserviço da União, integrantes de contingentearmado de força multinacional empregada emoperações de paz, em cumprimento de obrigaçõesassumidas pelo Brasil em entendimentosdiplomáticos ou Militar es, autorizados peloCongresso Nacional e sobre envio de Militares dasForças Armadas para o exercício de cargos denatureza militar junto a organismo internacional. Faço saber que o Presidente da República adotoua Medida Provisória nº 187, de 2004, que oCongresso Nacional aprovou, e eu, José Sarney,Presidente da Mesa do Congresso Nacional, para os efeitos do disposto no art. 62 da ConstituiçãoFederal, com a redação dada pela EmendaConstitucional nº 32, combinado com o art. 12 daResolução nº 1, de 2002-CN, promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a remuneração e aindenização de Militares de tropa brasileira no exterior integrante de força multinacionalempregada em operações de paz, sob a égide deorganismo internacional. § 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se tropabrasileira no exterior os Militares integrantes decontingente armado, reunidos em módulo deemprego operacional, com comando único. § 2º As tripulações de aeronaves e embarcaçõesMilitares operando isoladamente e não submetidasa um comando único estão excluídas do dispostonesta Lei. Art. 2º O emprego de tropa no exterior, em missãode paz, em cumprimento de compromissosassumidos pelo Brasil como membro deorganizações internacionais ou em virtude detratados, convenções, acordos, resoluções deconsulta, planos de defesa, ou quaisquer outrosentendimentos diplomáticos ou Militar es,autorizados pelo Congresso Nacional, é deresponsabilidade do Presidente da República, quedeterminará ao Ministro de Estado da Defesa aativação de órgãos operacionais.

CAPÍTULO II

DA REMUNERAÇÃO E DA INDENIZAÇÃO DETROPA NO EXTERIOR

Art. 3º Os Militares integrantes de tropa brasileirano exterior continuarão recebendo, em moedanacional, a remuneração prevista na legislaçãopertinente das Forças Armadas ou na dos Estados,Distrito Federal e Territórios, percebendo, ainda,em moeda estrangeira, a Indenização FinanceiraMensal para Tropa no Exterior, que será igual aoproduto dos valores estabelecidos na Tabela I doAnexo a esta Lei pelo Fator Regional fixado.

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§ 1º Ao militar designado para a função deComandante de Organização Militar no Exterior oude Chefe de Estado-Maior de Grande Unidade oude Grande Comando será devida, em moedaestrangeira, a Indenização Financeira Mensal paraFunções de Comando no Exterior resultante doproduto dos valores estabelecidos na Tabela II doAnexo a esta Lei pelo Fator Regional fixado. § 2º Ao militar designado para a função deSubcomandante de Organização Militar no Exterior,nível batalhão ou superior, será devida, em moedaestrangeira, a Indenização Financeira Mensal paraFunções de Comando no Exterior resultante doproduto dos valores estabelecidos na Tabela II doAnexo a esta Lei pelo Fator Regional fixado. § 3º O Fator Regional será proposto pelo Ministrode Estado da Defesa e fixado no ato deautorização da missão, com base na avaliaçãoestratégica, operacional e econômica da região daoperação de paz, observada a Tabela III do Anexoa esta Lei. § 4º A forma de pagamento das indenizaçõesfinanceiras a que o militar no exterior faça jus serádisciplinada em ato específico do Comandante daForça Singular. § 5º As indenizações financeiras não serãocomputadas para efeito de pagamento do adicionalde férias e do 13º salário. § 6º As indenizações financeiras não serãocomputadas para efeito de pagamento de proventode inatividade e de pensão militar e alimentícia. § 7º O direito à percepção das indenizaçõesfinanceiras inicia-se na data do embarque para oexterior e cessa na data do desligamento de suasede no exterior ou da partida da última localidadeno exterior, relacionada com a missão. § 8º O pagamento das indenizações financeirasnão se interrompe: I - por motivo de luto; II - por licença para tratamento de saúde de atétrinta dias; ou III - em virtude de viagem ao Brasil, a serviço. Art. 4º Além da remuneração e das indenizaçõesfinanceiras previstas no art. 3º, o militar integrantede tropa brasileira no exterior terá direito a umauxílio destinado a atender despesas comdeslocamento e instalação, calculado da seguinteforma: I - na ida, correspondente a uma vez o valor daIndenização Financeira Mensal para Tropa no exterior e acrescida, nos casos específicos, deuma vez o valor da Indenização Financeira Mensalpara Funções no Exterior, em moeda estrangeira; II - na volta, correspondente a uma vez o valor daremuneração prevista na legislação pertinente dasForças Armadas ou na dos Estados, Distrito Federal e Territórios, em moeda nacional. § 1º No caso de o prazo da missão ser superior adoze meses ou ultrapassar este período por motivode prorrogação, os Militares dela participantesterão direito, a cada três meses de acréscimo daduração da missão, a um adicional do auxílioprevisto no caput, correspondente a um quarto dovalor recebido na ida mais um quarto do valor areceber na volta. § 2º O adicional estabelecido no § 1º será pago aomilitar da seguinte forma: I - a parcela referente a ida, no local da missão; e II - a parcela referente a volta, quando dodesligamento de sua sede no exterior. Art. 5º O auxílio previsto no art. 4º deverá serrestituído: I - integralmente, quando o militar, a pedido, deixarde seguir destino; ou

II - parcialmente, quando o militar, por motivoindependente de sua vontade, deixar de seguirdestino, desde que comprove ter realizadodespesas. § 1º O auxílio não será restituído pelo militar, se,depois de ter seguido destino, for mandadoregressar. § 2º O auxílio não será restituído pelosbeneficiários ou herdeiros legais do militar falecido. Art. 6º Os Militares integrantes de tropa brasileiraempregada no exterior terão direito ao transporteàs expensas da União. Art. 7º Será devida, se for o caso, diária no exterior , paga adiantadamente, para custeio dasdespesas de alimentação, pousada e locomoção,decorrentes do afastamento de sua sede no exterior por motivo de serviço, nos termos da legislação em vigor. Parágrafo único. Os Militar es, nos termos destaLei, não terão direito à diária no exterior, quando aalimentação, a pousada e a locomoção forem asseguradas pela União ou por instituição pública,privada ou organismo internacional. Art. 8º Serão restituídas as diárias: I - integralmente, quando não ocorrer oafastamento da sede no exterior; e II - correspondentes aos dias: a) que ultrapassarem o período de afastamento da sede no exterior, a serviço, quando esteafastamento for menor que o previsto; e b) em que a alimentação, a pousada e alocomoção forem asseguradas pelo Estado ou pororganismo internacional. Parágrafo único. As diárias não serão restituídaspelos beneficiários ou herdeiros legais do militarfalecido. Art. 9º No caso de falecimento de militar integrantede tropa brasileira, nos termos desta Lei, a Uniãoserá responsável pelas providências de traslado docorpo, sepultamento e pagamento de um auxílio. § 1º O auxílio previsto no caput corresponderá aovalor de duas Indenizações Financeiras Mensaispara Tropa no Exterior e ainda, nos casosespecíficos, ao de duas Indenizações FinanceirasMensais para Funções no Exterior. § 2º O auxílio a que se refere o § 1º não poderátotalizar valor inferior a quatro mil e oitocentosdólares americanos. § 3º Nos casos em que seja necessário osepultamento no exterior, será assegurado a doismembros da família do militar falecido o direito aotransporte de ida e volta até o local em que seencontrar o corpo. § 4º Quaisquer benefícios assegurados por outrospaíses ou por organismo internacional em virtudede falecimento do militar serão repassados aosseus beneficiários ou, na falta destes, aosherdeiros legais.

CAPÍTULO III

DO EXERCÍCIO DE CARGOS DE NATUREZAMILITAR JUNTO AORGANISMO INTERNACIONAL Art. 10. Serão considerados de natureza militar,para fim de aplicação do disposto no inciso I do art.81 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, oscargos ocupados por Militares da ativa das ForçasArmadas em organismo internacional, de que oBrasil participe ou com o qual coopere, queassuma o encargo de remuneração mensal domilitar. Parágrafo único. A agregação do Militar enquadrado na situação acima dar-se-á com asuspensão temporária do direito

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à remuneraçãomensal e aos demais direitos remuneratóriosdevidos pela União. Art. 11. O recolhimento dos descontos previstos naMedida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de2001, será de responsabilidade do militar,obedecendo às disposições do art. 46 da Lei nº5.809, de 10 de outubro de 1972.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 12. As disposições desta Lei aplicam-se, noque couber, aos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios, quando integrantes deforça multinacional nas operações de paz. Art. 13. Para o cômputo dos cálculos dos valoresprevistos nesta Lei será considerado o mês comtrinta dias. Art. 14. Esta Lei não se aplica aos Militar esintegrantes de tropa brasileira que se encontre no exterior em missão de paz na data de sua publicação. Art. 15. O art. 1º da Lei nº 5.809, de 10 de outubrode 1972, passa a vigorar acrescido do seguinteparágrafo:

"§ 5º A tropa brasileira emmissão de paz, definidacomo sendo os Militares dasForças Armadas e osMilitares dos Estados,Distrito Federal e dosTerritórios integrantes decontingente armado de forçamultinacional empregadoem operações de paz,reunidos em módulo deemprego operacional, comcomando único, empregadano exterior, em cumprimentode compromissosassumidos pelo Brasil comomembro de organismointernacional ou em virtudede tratados, convenções,acordos, resoluções deconsulta, planos de defesa,ou quaisquer outrosentendimentos diplomáticosou Militar es, autorizadospelo Congresso Nacional,terá sua remuneração fixadaem legislação específica."(NR)

Art. 16 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Congresso Nacional, em 12 de agosto de 2004;183o da Independência e 116º da República.

Senador JOSÉ SARNEY Presidente da Mesa do Congresso Nacional

TABELA I

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA MENSAL PARA TROPA NO

EXTERIOR

Postos e Graduações Parcela em USD

Oficial General 4,400.00

Oficial Superior 4,000.00

Capitão 3,250.00

Tenente 2,960.00

Subtenente e 1o Sargento 2,700.00

2o e 3o Sargento 2,400.00

Cabo e Soldado 972.00

TABELA II

INDENIZAÇÃO FINANCEIRA MENSAL PARA FUNÇÕES

DECOMANDO NO EXTERIOR

Gratificação de Comando Valor em USD

Comandante de Grande Unidade ou Unidade e Chefe do Estado-Maior de Grande Unidade

400.00

Subcomandante de Organização Militar - nível batalhão ou superior

250.00

Comandante de Subunidade Independente ou Tropa de valor inferior

300.00

TABELA III

FATOR DE CORREÇÃO REGIONAL

Fator Índice Multiplicador

1 1

2 1,15

3 1,25

LEI Nº 11.134, DE 15 DE JULHO DE2005.

Institui a Vantagem Pecuniária Especial – VPE,devida aos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; altera a distribuição de Quadros, Postos eGraduações dessas Corporações; dispõe sobre aremuneração das Carreiras de Delegado de Políciado Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal; altera as Leis nos 7.289, de 18 dedezembro de 1984, 7.479, de 2 de junho de 1986,10.486, de 4 de julho de 2002, 8.255, de 20 denovembro de 1991, e 9.264, de 7 de fevereiro de1996, e dá outras providências. O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, noexercício do cargo de PRESIDENTE DAREPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituída a Vantagem PecuniáriaEspecial - VPE, devida mensal e regularmente,privativamente, aos Militares do Distrito Federal -Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar, ativose inativos e aos seus pensionistas, nos valoresintegrais estabelecidos na forma do Anexo I destaLei. Art. 1º-A. A Gratificação de Condição Especial de Função Militar - GCEF, instituída pelo art. 2º, é devida mensal e regularmente aos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, nos valores estabelecidos no Anexo I-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.804, de 2013) Parágrafo único. A GCEF integra os proventos na inatividade remunerada dos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº11.663, de 2008) Art. 2º (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 3º (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 4º São extintos a Qualificação Policial-MilitarParticular de Praças Motoristas - QPMP-8,remanejando-se seus efetivos para o Quadro dePraças Policiais-Militares Combatentes - QPPMC,e o Grupamento Padioleiro, da Qualificação Auxiliarde Saúde - QPMP-6, remanejando-se seus efetivospara o Grupamento de Especialistas em Saúde, daQualificação Auxiliar de Saúde - QPMP-6, previstanesta Lei. Art. 5º Fica declarada em extinção a QualificaçãoPolicial-Militar Particular de Praças Artífices-QPMP-9. § 1º Aos integrantes da Qualificação de que trata este artigo é assegurada a promoção na respectivaQualificação, de acordo com o previsto nesta Lei,mediante o preenchimento das condições básicasde acesso constantes da legislação que dispõesobre as promoções da Polícia Militar do Distrito Federal.

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§ 2º Os claros decorrentes das promoções naQualificação Policial-Militar Particular de PraçasArtífices - QPMP-9, previstas na alínea h do AnexoII desta Lei, serão remanejados para o Quadro dePraças Policiais-Militares Combatentes, previsto naalínea g do Anexo II desta Lei. Art. 6º Os policiais Militares pertencentes àsqualificações de que tratam os arts. 4º e 5º destaLei poderão, no prazo de 90 (noventa) dias, acontar da data da publicação desta Lei, requerer aoComandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal sua transferência para outra especialidadeou para o Quadro de Praças Policiais-Militar esCombatentes. § 1º Caberá ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal fixar os critérios eestabelecer os requisitos a serem exigidos paracada especialidade, em consonância com adisponibilidade de vagas e as necessidades da Corporação. § 2º O remanejamento de que trata este artigo seráfeito procedendo-se às necessárias classificaçõesdos policiais Militares nas especialidades. Art. 7º Para a 1a (primeira) promoção aos postosde Primeiro-Tenente e Capitão e às graduações deSegundo e Primeiro-sargento e Subtenentes,realizada após a publicação desta Lei,excepcionalmente, não serão aplicados os limites quantitativos de antiguidade previstos nasrespectivas legislações que regulamentam apromoção de oficiais e praças da Polícia Militar do Distrito Federal. Art. 8º As alíneas b e c do inciso I do art. 92 da Leino 7.289, de 18 de dezembro de 1984, passam avigorar com a seguinte redação: "Art.92. .................................................................... I- ............................................................................... ................................... b) para o Quadro de Oficiais Policiais-Militares Capelães:

POSTOS IDADES

Capitão PM 59 anos

Primeiro-Tenente PM 56 anos

c) para os Quadros de Oficiais Policiais-Militares de Administração e de Oficiais Policiais-Militares Especialistas:

POSTOS IDADES

Major PM 58 anos

Capitão PM 56 anos

Primeiro-Tenente 54 anos

Segundo-Tenente 52 anos

......................................................................................................

.............................................................." (NR) Art. 9º. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 10. (Revogado pela Lei nº 12.086, de 2009). Art. 11. Para a 1ª (primeira) promoção após apublicação desta Lei, excepcionalmente, os limitesquantitativos de antiguidade para os Sargentos doCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federalserão os seguintes: I - quando no efetivo fixado na Qualificação deBombeiro Militar Particular - QBMP houver até 5(cinco) Sargentos, concorrerá o total do efetivo; II - quando no efetivo fixado na Qualificação deBombeiro Militar Particular - QBMP houver mais de5 (cinco) Sargentos, concorrerão os 5 (cinco) 1os(primeiros) mais antigos e mais 50% (cinquenta porcento) do que exceder a esse número;

III - sempre que as divisões constantes dos incisosI e II do caput deste artigo resultarem em quocientefracionário, este será arredondado para o númerointeiro superior. Art. 12. Aplica-se aos Militares do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal o disposto noinciso III do caput do art. 50, no art. 61 e nosincisos XI e XII do caput do art. 92 da Lei nº 7.289,de 18 de dezembro de 1984. Art. 13. As alíneas a e b do inciso I e o inciso IV doart. 93 do Estatuto dos Bombeiros-Militares doCorpo de Bombeiros do Distrito Federal, aprovadopela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986, passam avigorar com a seguinte redação: "Art.93..................................................................................................................... I-......................................................................... .................................................... a) para o Quadro de OficiaisCombatentes:

POSTOS IDADES

Coronel BM 60 anos

Tenente-Coronel BM 56 anos

Major BM 54 anos

Oficial Intermediário e Subalterno 50 anos

b) para os demais Quadros:

POSTOS IDADES

Tenente-Coronel 60 anos

Major BM 59 anos

Intermediário e Subalterno 56 anos

IV - ultrapassar o Tenente-Coronel, o Major e oCapitão 6 (seis) anos depermanência no posto,quando esse for o último de seu Quadro, desde queconte 30 (trinta) anos oumais de serviço;

............................................................................" (NR)

Art. 14. O inciso III do caput do art. 3º, o § 3º doart. 27, o § 1º do art. 29, o caput do art. 32, o capute o § 2º do art. 33, o caput do art. 34 e o parágrafoúnico do art. 63 da Lei nº 10.486, de 4 de julho de2002, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 3º .......................................................................................................................................................................... III - o adicional deCertificação Profissional dosMilitares do Distrito Federalé composto pelo somatóriodos percentuais referentes a1 (um) curso de formação, 1(um) de especialização ouhabilitação, 1 (um) deaperfeiçoamento e 1 (um)de altos estudos, inerenteaos cursos realizados comaproveitamento, constantesda Tabela II do Anexo IIdesta Lei; .............................................................. ..............................." (NR) "Art.27....................................................................................................................................................

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§ 3º A soma mensal dosdescontos autorizados decada militar não poderáexceder ao valorequivalente a 30% (trintapor cento) da soma daremuneração, proventos,direitos pecuniáriosprevistos no art. 2º destaLei, com os adicionais decaráter individual e demaisvantagens, relativas ànatureza ou ao local detrabalho, e a vantagempessoal nominalmenteidentificada, ou outra pagacom base no mesmofundamento, sendoexcluídas: I - diárias; II - ajuda de custo; III - indenização da despesado transporte; IV - salário-família; V - adicional natalino; VI - auxílio-natalidade; VII - auxílio-funeral; VIII- adicional de férias,correspondente a 1/3 (umterço) sobre a remuneração;e IX - auxílio-fardamento."(NR) "Art. 29. ................................................. § 1º Não serão permitidosdescontos autorizados até olimite de 30% (trinta porcento) quando a somadestes com a dos descontosobrigatórios exceder a 70%(setenta por cento) daremuneração do militar. .............................................................. ..............................." (NR) "Art 32. A assistênciamédico-hospitalar, médicodomiciliar,odontológica,psicológica e social ao militar e seus dependentesserá prestada porintermédio de organizaçõesdo serviço de saúde da respectiva Corporação, comrecursos consignados emseu orçamento, conformedispuser em regulamentopróprio a ser baixado peloGoverno do Distrito Federal. ............................................................................" (NR) "Art 33. Os recursos paraassistência médicohospitalar,médicodomiciliar,odontológica,psicológica e social aomilitar e seus dependentestambém poderão provir deoutras contribuições eindenizações, nos termosdos incisos II e III do caputdo art. 28 desta Lei. .............................................................. ............................... § 2º A contribuição de quetrata o § 1º deste artigopoderá ser acrescida de até100% (cem por cento) de seu valor, para cadadependente participante doFundo de Saúde,conformeregulamentação do Comandante-Geral de cada Corporação. ................................................................................" (NR) "Art 34. Para os efeitos deassistência médicohospitalar,médicodomiciliar,psicológica,odontológica e social,tratada neste Capítulo, sãoconsiderados dependentesdo militar:

..........................................................................

.." (NR) "Art.63........................................................................................................ Parágrafo único. Osbombeiros Militares e ospoliciais Militares da reserva remunerada recepcionadospor esta Lei serãoconfirmados no posto ou graduação correspondenteaos proventos que recebemno momento da passagempara a inatividade, ficandolhesassegurados todos osdireitos e prerrogativas,salvo para aqueles que, naativa, já ocupavam ospostos de coronel BM oucoronel PM, limites máximosdas respectivas carreiras." (NR)

Art. 15. A Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002,passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

"Art 33-A. A contribuição de que trata o § 1º do art. 33desta Lei será facultativaaos Militares inativos do Distrito Federal epensionistas Militar es,desde que residentes forado Distrito Federal e aCorporação não proporcionea assistência médica,hospitalar e domiciliaradequada nos locais onderesidam."

Art. 16. Aos Militares do Distrito Federal,beneficiados pelo art. 63 da Lei nº 10.486, de 4 dejulho de 2002, e pelos arts. 50 e 98 da Lei nº 7.289,de 18 de dezembro de 1984, e pelos arts. 51 e 99do Estatuto aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 dejunho de 1986, no momento da passagem para areserva remunerada ou reforma, ficamassegurados os proventos calculados sobre osoldo correspondente ao posto ou graduação,acrescidos dos adicionais, auxílios e gratificaçõesincidentes sobre a nova parcela básica obtida pelaaplicação dos dispositivos legais mencionadosneste artigo. Art. 17. Fica assegurada aos Militares do Distrito Federal a percepção da ajuda de custo prevista noinciso XI do art. 3º da Lei nº 10.486, de 4 de julhode 2002, nas situações descritas nas alíneas a a eda Tabela I do Anexo IV da referida Lei. Art. 18. Os arts. 10 e 11 da Lei nº 7.289, de 18 dedezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 10. O ingresso naPolícia Militar do Distrito Federal dar-se-á medianteconcurso público de provasou de provas e títulos,observadas as condiçõesprescritas neste Estatuto,em leis e em regulamentosda Corporação." (NR) "Art. 11. Para matrícula noscursos de formação dosestabelecimentos de ensinopolicial-militar, além dascondições relativas ànacionalidade, idade,aptidão intelectual epsicológica, altura, sexo,capacidade física, saúde,idoneidade moral,obrigações eleitorais e, sedo sexo masculino,ao serviço militar, é necessárioaprovação em testestoxicológicos,bem assim aapresentação,conformeedital para o concurso, dediploma de conclusão doensino médio ou do ensinosuperior, reconhecido peloGoverno Federal. § 1º A idade mínima para amatrícula a que se refere ocaput deste artigo é de 18(dezoito) anos,sendo amáxima de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingressonos Quadros que exijamformação superior comtitulação específica, e de 30(trinta) anos nos demaisQuadros.

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§ 2º Os limites mínimos dealtura para a matrícula aque se refere o caput são,com os pés nus e a cabeçadescoberta, de um metro e sessenta e cincocentímetros para homens eum metro e sessentacentímetros para mulheres. § 3º Ato do Governador do Distrito Federal regulamentará as normaspara a matrícula nos estabelecimentos de ensinoda Polícia Militar, mediante proposta de seuComandante-Geral,observando-se asexigências profissionais da atividade e da carreirapolicial." (NR)

Art. 19. Os arts. 10 e 11 da Lei nº 7.479, de 2 dejunho de 1986, passam a vigorar com a seguinteredação:

"Art. 10. O ingresso noCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal dar-se-ámediante concurso públicode provas ou de provas etítulos, observadas ascondições prescritas neste Estatuto, em leis e emregulamentos da Corporação." (NR) "Art. 11. Para matrícula noscursos de formação dosestabelecimentos de ensinobombeiro-militar, além dascondições relativas ànacionalidade, idade,aptidão intelectual epsicológica, altura, sexo,capacidade física, saúde,idoneidade moral,obrigações eleitorais e, sedo sexo masculino, ao serviço militar, é necessárioaprovação em testestoxicológicos, bem assim aapresentação, conformeedital para o concurso, dediploma de conclusão doensino médio ou do ensinosuperior,reconhecido peloMinistério da Educação. § 1º A idade mínima para amatrícula a que se refere ocaput deste artigo é de 18(dezoito) anos, sendo amáxima de 35 (trinta e cinco) anos para o ingressonos Quadros de OficiaisBombeiros Militares deSaúde, Complementar eCapelães, de 28 (vinte eoito) anos para os demaisQuadros que exijamformação superior comtitulação específica, de 25(vinte e cinco) anos para o ingresso nos Quadros deOficiais onde se exija ensinomédio, e de 28 (vinte e oito)anos para o Quadro Geralde Praças BombeirosMilitar es. § 2º Os limites mínimos dealtura para a matrícula aque se refere o caput são,com os pés nus e cabeçadescoberta, de um metro e sessenta e cincocentímetros para homens emulheres. § 3º Ato do Governador do Distrito Federal regulamentará as normaspara matrícula nos estabelecimentos de ensinodo Corpo de BombeiroMilitar, mediante propostade seu Comandante-Geral,observando-se asexigências profissionais da atividade e da carreirabombeiro militar." (NR)

Art. 20. Ato do Governador do Distrito Federal regulamentará as normas relativas ao ensino dosMilitares do Distrito Federal. Art. 21. (VETADO) Art. 22. (VETADO) Art. 23. As Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal, de que trata a Lei nº 9.264,

de 7 defevereiro de 1996, ficam reorganizadas de acordo com os Anexos IV e V desta Lei. Art. 24. Revogado pela Lei nº 11.361, de 2006. Art. 25. O art. 5º da Lei nº 9.264, de 7 de fevereirode 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 5º O ingresso noscargos das carreiras de quetrata esta Lei dar-se-ásempre na 3ª (terceira)classe, mediante concursopúblico, exigido cursosuperior completo,observados os requisitosprevistos na legislaçãopertinente.§ 1º Será exigido para o ingresso na Carreira deDelegado de Polícia do Distrito Federal o diplomade Bacharel em Direito. § 2º Será exigido para o ingresso na Carreira dePerito Criminal da PolíciaCivil do Distrito Federal odiploma de Física, Química,Ciências Biológicas,Ciências Contábeis, Ciênciada Computação,Informática, Geologia,Odontologia, Farmácia,Bioquímica, Mineralogia ouEngenharia. § 3º Será exigido para o ingresso na Carreira dePerito Médico-Legista da Polícia Civil do Distrito Federal o diploma deMedicina. § 4º O Poder Executivodisporá, em regulamento,quanto aos requisitos econdições de progressãonos cargos das carreiras."(NR)

Art. 26. Revogado pela Lei nº 11.361, de 2006. Art. 27. Fica vedada a cessão do servidor dascarreiras de que trata a Lei nº 9.264, de 7 defevereiro de 1996,, enquanto perdurar o estágioprobatório, exceto para o exercício de cargodeNatureza Especial no âmbito do Distrito Federal oucargo equivalente no âmbito dos Poderes da União, Estados e Municípios. Art. 28. A promoção das Praças Policiais Militares eBombeiros Militares ocorrerá em 3 (três) datasanuais a ser regulamentada pelo Governo do Distrito Federal. Parágrafo único. Ficam garantidos os direitos apromoção dos Oficiais e Praças da Polícia Militar edo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,decorrentes desta Lei, retroativos a 1º de fevereirode 2005. Art. 29. O Governador do Distrito Federal, no que couber, expedirá as normas necessárias para o fielcumprimento do disposto nesta Lei. Art. 30. Revogam-se os §§ 1º e 2º do art. 93 doEstatuto dos Bombeiros Militar es, aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986. Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros retroativos a 1º de fevereiro de 2005. Brasília, 15 de julho de 2005; 184º da Independência e 117º da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA Márcio Thomaz Bastos Paulo Bernardo Silva

ANEXO I

(Redação dada pela Lei nº 12.804, de 2013)

TABELA DE VALOR DA VANTAGEMPECUNIÁRIA ESPECIAL–

VPE

Em R$

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POSTO GRADUAÇÃO

ATÉ 28 DE FEVEREIRO

DE 2013

A PARTIR DE 1º DE MARÇO DE 2013

A PARTIR DE 1º DE MARÇO DE 2014

A PARTIR DE 1º DE MARÇO DE 2015

OFICIAIS SUPERIORES

Coronel 6.192,73 6.523,58 6.891,98 7.279,17

Tenente-Coronel 5.951,09 6.270,34 6.625,83 6.999,45

Major 5.354,99 5.645,63 5.969,26 6.309,39

OFICIAIS INTERMEDIÁRIOS

Capitão 4.518,56 4.769,05 5.047,97 5.341,12

OFICIAIS SUBALTERNOS

Primeiro-Tenente 3.993,85 4.219,15 4.470,03 4.733,70

Segundo-Tenente 3.737,50 3.950,50 4.187,68 4.436,95

PRAÇAS ESPECIAIS

Aspirante-a-Oficial 3.122,77 3.306,26 3.510,58 3.725,32

Cadete (último ano)

da Academia de

Polícia Militar ou

Bombeiro Militar

1.668,11 1.781,78 1.908,35 2.041,38

Cadete(demaisanos)

da Academia de

Polícia Militar ou

Bombeiro Militar

1.199,54 1.290,72 1.392,24 1.498,95

PRAÇAS GRADUADOS

Subtenente 3.024,18 3.202,94 3.401,99 3.611,19

Primeiro-Sargento 2.713,85 2.877,71 3.060,18 3.251,95

Segundo-Sargento 2.424,57 2.574,55 2.741,55 2.917,07

Terceiro-Sargento 2.175,75 2.313,79 2.467,49 2.629,03

Cabo 1.839,75 1.961,66 2.097,40 2.240,07

DEMAIS PRAÇAS

Soldado - 1a Classe 1.735,51 1.852,41 1.982,59 2.119,40

Soldado - 2a Classe 1.199,54 1.290,72 1.392,24 1.498,95

ANEXO I-A

(Redação dada pela Lei nº 12.804, de 2013)

VALOR DA GRATIFICAÇÃO DE CONDIÇÃOESPECIAL DE

FUNÇÃO MILITAR - GCEF Em R$

VALOR DA GCEF ATÉ 28 DE

FEVEREIRO DE 2013

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

DE 2013

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

DE 2014

A PARTIR DE 1º DE MARÇO

DE 2015

351,49

368,36

387,15

406,89

ANEXO IV

ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DE DELEGADO

DE POLÍCIA DO DISTRITO FEDERAL

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA

CARGO CLASSE CLASSE CARGO

Delegado de Polícia

ESPECIAL ESPECIAL Delegado de Polícia

PRIMEIRA PRIMEIRA

SEGUNDA SEGUNDA

TERCEIRA

ANEXO V

ESTRUTURA DE CARGOS DA CARREIRA DEPOLÍCIA CIVIL

DO DISTRITO FEDERAL

SITUAÇÃO ANTERIOR SITUAÇÃO NOVA

CARGOS CLASSE CLASSE CARGOS

Perito Criminal Perito Médico-Legista Agente de Polícia Agente Penitenciário Escrivão de Polícia Papiloscopista

ESPECIAL

ESPECIAL

Perito Criminal Perito Médico- Legista Agente de Polícia Agente Penitenciário Escrivão de Polícia Papiloscopista

Policial Policial

PRIMEIRA PRIMEIRA

SEGUNDA SEGUNDA

TERCEIRA

LEI Nº 11.473, DE 10 DE MAIO DE 2007. Dispõe sobre cooperação federativa no âmbito dasegurança pública e revoga a Lei nº 10.277, de 10de setembro de 2001. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A União poderá firmar convênio com osEstados e o Distrito Federal para executaratividades e serviços imprescindíveis àpreservação da ordem pública e da incolumidadedas pessoas e do patrimônio. Art. 2º A cooperação federativa de que trata o art.1º desta Lei, para fins desta Lei, compreendeoperações conjuntas, transferências de recursos edesenvolvimento de atividades de capacitação equalificação de profissionais, no âmbito da ForçaNacional de Segurança Pública. Parágrafo único. As atividades de cooperaçãofederativa têm caráter consensual e serãodesenvolvidas sob a coordenação conjunta da União e do Ente convenente. Art. 3º Consideram-se atividades e serviçosimprescindíveis à preservação da ordem pública eda incolumidade das pessoas e do patrimônio, para os fins desta Lei: I - o policiamento ostensivo; II - o cumprimento de mandados de prisão; III - o cumprimento de alvarás de soltura; IV - a guarda, a vigilância e a custódia de presos; V - os serviços técnico-periciais, qualquer que seja sua modalidade; VI - o registro de ocorrências policiais. Art. 4º Os ajustes celebrados na forma do art. 1º desta Lei deverão conter, essencialmente: I - identificação do objeto; II - identificação de metas; III - definição das etapas ou fases de execução; IV - plano de aplicação dos recursos financeiros; V - cronograma de desembolso; VI - previsão de início e fim da execução do objeto;e VII - especificação do aporte de recursos, quandofor o caso. Parágrafo único. A União, por intermédio doMinistério da Justiça, poderá colocar à disposiçãodos Estados e do Distrito Federal, em caráteremergencial e provisório, servidores públicosfederais, ocupantes de cargos congêneres e deformação técnica compatível, para execução doconvênio de cooperação federativa de que trataesta Lei, sem ônus. Art. 5º As atividades de cooperação federativa, noâmbito da Força Nacional de Segurança Pública,serão desempenhadas por Militares e servidorescivis dos entes federados que celebraremconvênio, na forma do art. 1º desta Lei. Art. 6º Os servidores civis e Militares dos Estadose do Distrito Federal que participarem de atividadesdesenvolvidas em decorrência de convênio decooperação de que trata esta Lei

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farão jus aorecebimento de diária a ser paga na forma prevista no art. 4º da Lei nº 8.162, de 8 de janeiro de 1991. § 1º A diária de que trata o caput deste artigo seráconcedida aos servidores enquanto mobilizados noâmbito do programa da Força Nacional deSegurança Pública em razão de deslocamento da sede em caráter eventual ou transitório para outroponto do território nacional e não será computadapara efeito de adicional de férias e do 13º (décimoterceiro) salário, nem integrará os salários,remunerações, subsídios, proventos ou pensões,inclusive alimentícias. § 2º A diária de que trata o caput deste artigo serácusteada pelo Fundo Nacional de SegurançaPública, instituído pela Lei nº 10.201, de 14 defevereiro de 2001, e, excepcionalmente, à conta dedotação orçamentária da União. Art. 7º O servidor civil ou militar vitimado duranteas atividades de cooperação federativa de quetrata esta Lei, bem como o Policial Federal, oPolicial Rodoviário Federal, o Policial Civil e oPolicial Militar, em ação operacional conjunta com aForça Nacional de Segurança Pública, farão jus, no caso de invalidez incapacitante para o trabalho, àindenização no valor de R$ 100.000,00 (cem milreais), e seus dependentes, ao mesmo valor, no caso de morte. Parágrafo único. A indenização de que trata ocaput deste artigo correrá à conta do FundoNacional de Segurança Pública. Art. 8º As indenizações previstas nesta Lei nãoexcluem outros direitos e vantagens previstos emlegislação específica. Art. 9º Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo Federal, para atender às necessidadesdo Programa da Força Nacional de SegurançaPública, 9 (nove) cargos em comissão do GrupoDireção e Assessoramento Superiores DAS, sendo1 (um) DAS-5, 3 (três) DAS-4 e 5 (cinco) DAS-3. Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11. Fica revogada a Lei nº 10.277, de 10 desetembro de 2001.

Brasília, 10 de maio de 2007; 186º da Independência e 119º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro

Paulo Bernardo Silva

LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009. Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. § 1º Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. § 2º Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.

§ 3º Quando o direito ameaçado ou violado couber a várias pessoas, qualquer delas poderá requerer o mandado de segurança. Art. 2º Considerar-se-á federal a autoridade coatora se as consequências de ordem patrimonial do ato contra o qual se requer o mandado houverem de ser suportadas pela União ou entidade por ela controlada. Art. 3º O titular de direito líquido e certo decorrente de direito, em condições idênticas, de terceiro poderá impetrar mandado de segurança a favor do direito originário, se o seu titular não o fizer, no prazo de 30 (trinta) dias, quando notificado judicialmente. Parágrafo único. O exercício do direito previsto no caput deste artigo submete-se ao prazo fixado no art. 23 desta Lei, contado da notificação. Art. 4º Em caso de urgência, é permitido, observados os requisitos legais, impetrar mandado de segurança por telegrama, radiograma, fax ou outro meio eletrônico de autenticidade comprovada. § 1º Poderá o juiz, em caso de urgência, notificar a autoridade por telegrama, radiograma ou outro meio que assegure a autenticidade do documento e a imediata ciência pela autoridade. § 2º O texto original da petição deverá ser apresentado nos 5 (cinco) dias úteis seguintes. § 3º Para os fins deste artigo, em se tratando de documento eletrônico, serão observadas as regras da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Art. 5º Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em julgado. Parágrafo único. (VETADO) Art. 6º A petição inicial, que deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual, será apresentada em 2 (duas) vias com os documentos que instruírem a primeira reproduzidos na segunda e indicará, além da autoridade coatora, a pessoa jurídica que esta integra, à qual se acha vinculada ou da qual exerce atribuições. § 1º No caso em que o documento necessário à prova do alegado se ache em repartição ou estabelecimento público ou em poder de autoridade que se recuse a fornecê-lo por certidão ou de terceiro, o juiz ordenará, preliminarmente, por ofício, a exibição desse documento em original ou em cópia autêntica e marcará, para o cumprimento da ordem, o prazo de 10 (dez) dias. O escrivão extrairá cópias do documento para juntá-las à segunda via da petição. § 2º Se a autoridade que tiver procedido dessa maneira for a própria coatora, a ordem far-se-á no próprio instrumento da notificação. § 3º Considera-se autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para a sua prática. § 4º (VETADO) § 5º Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

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§ 6º O pedido de mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. Art. 7º Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: I - que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações; II - que se dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito; III - que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica. § 1º Da decisão do juiz de primeiro grau que conceder ou denegar a liminar caberá agravo de instrumento, observado o disposto na Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. § 2º Não será concedida medida liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários, a entrega de mercadorias e bens provenientes do exterior, a reclassificação ou equiparação de servidores públicos e a concessão de aumento ou a extensão de vantagens ou pagamento de qualquer natureza. § 3º Os efeitos da medida liminar, salvo se revogada ou cassada, persistirão até a prolação da sentença. § 4º Deferida a medida liminar, o processo terá prioridade para julgamento. § 5º As vedações relacionadas com a concessão de liminares previstas neste artigo se estendem à tutela antecipada a que se referem os arts. 273 e 461 da Lei nº 5.869, de 11 janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. Art. 8º Será decretada a perempção ou caducidade da medida liminar ex officio ou a requerimento do Ministério Público quando, concedida a medida, o impetrante criar obstáculo ao normal andamento do processo ou deixar de promover, por mais de 3 (três) dias úteis, os atos e as diligências que lhe cumprirem. Art. 9º As autoridades administrativas, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da notificação da medida liminar, remeterão ao Ministério ou órgão a que se acham subordinadas e ao Advogado-Geral da União ou a quem tiver a representação judicial da União, do Estado, do Município ou da entidade apontada como coatora cópia autenticada do mandado notificatório, assim como indicações e elementos outros necessários às providências a serem tomadas para a eventual suspensão da medida e defesa do ato apontado como ilegal ou abusivo de poder. Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, por decisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração. § 1º Do indeferimento da inicial pelo juiz de primeiro grau caberá apelação e, quando a competência para o julgamento do mandado de segurança couber originariamente a um dos tribunais, do ato do relator caberá agravo para o órgão competente do tribunal que integre. § 2º O ingresso de litisconsorte ativo não será admitido após o despacho da petição inicial. Art. 11. Feitas as notificações, o serventuário em cujo cartório corra o feito juntará aos autos cópia autêntica dos ofícios endereçados ao coator e ao órgão de representação judicial da

pessoa jurídica interessada, bem como a prova da entrega a estes ou da sua recusa em aceitá-los ou dar recibo e, no caso do art. 4º desta Lei, a comprovação da remessa. Art. 12. Findo o prazo a que se refere o inciso I do caput do art. 7º desta Lei, o juiz ouvirá o representante do Ministério Público, que opinará, dentro do prazo improrrogável de 10 (dez) dias. Parágrafo único. Com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz, para a decisão, a qual deverá ser necessariamente proferida em 30 (trinta) dias. Art. 13. Concedido o mandado, o juiz transmitirá em ofício, por intermédio do oficial do juízo, ou pelo correio, mediante correspondência com aviso de recebimento, o inteiro teor da sentença à autoridade coatora e à pessoa jurídica interessada. Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o juiz observar o disposto no art. 4º desta Lei. Art. 14. Da sentença, denegando ou concedendo o mandado, cabe apelação. § 1º Concedida a segurança, a sentença estará sujeita obrigatoriamente ao duplo grau de jurisdição. § 2º Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer. § 3º A sentença que conceder o mandado de segurança pode ser executada provisoriamente, salvo nos casos em que for vedada a concessão da medida liminar. § 4º O pagamento de vencimentos e vantagens pecuniárias assegurados em sentença concessiva de mandado de segurança a servidor público da administração direta ou autárquica federal, estadual e municipal somente será efetuado relativamente às prestações que se vencerem a contar da data do ajuizamento da inicial. Art. 15. Quando, a requerimento de pessoa jurídica de direito público interessada ou do Ministério Público e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, o presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso suspender, em decisão fundamentada, a execução da liminar e da sentença, dessa decisão caberá agravo, sem efeito suspensivo, no prazo de 5 (cinco) dias, que será levado a julgamento na sessão seguinte à sua interposição. § 1º Indeferido o pedido de suspensão ou provido o agravo a que se refere o caput deste artigo, caberá novo pedido de suspensão ao presidente do tribunal competente para conhecer de eventual recurso especial ou extraordinário. § 2º É cabível também o pedido de suspensão a que se refere o § 1º deste artigo, quando negado provimento a agravo de instrumento interposto contra a liminar a que se refere este artigo. § 3º A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo. § 4º O presidente do tribunal poderá conferir ao pedido efeito suspensivo liminar se constatar, em juízo prévio, a plausibilidade do direito invocado e a urgência na concessão da medida. § 5º As liminares cujo objeto seja idêntico poderão ser suspensas em uma única decisão, podendo o presidente do tribunal estender os efeitos da suspensão a liminares supervenientes, mediante simples aditamento do pedido original. Art. 16. Nos casos de competência originária dos tribunais, caberá ao relator a instrução do processo, sendo assegurada a defesa oral na sessão do julgamento.

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Parágrafo único. Da decisão do relator que conceder ou denegar a medida liminar caberá agravo ao órgão competente do tribunal que integre. Art. 17. Nas decisões proferidas em mandado de segurança e nos respectivos recursos, quando não publicado, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da data do julgamento, o acórdão será substituído pelas respectivas notas taquigráficas, independentemente de revisão. Art. 18. Das decisões em mandado de segurança proferidas em única instância pelos tribunais cabe recurso especial e extraordinário, nos casos legalmente previstos, e recurso ordinário, quando a ordem for denegada. Art. 19. A sentença ou o acórdão que denegar mandado de segurança, sem decidir o mérito, não impedirá que o requerente, por ação própria, pleiteie os seus direitos e os respectivos efeitos patrimoniais. Art. 20. Os processos de mandado de segurança e os respectivos recursos terão prioridade sobre todos os atos judiciais, salvo habeas corpus. § 1º Na instância superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir à data em que forem conclusos ao relator. § 2º O prazo para a conclusão dos autos não poderá exceder de 5 (cinco) dias. Art. 21. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político com representação no Congresso Nacional, na defesa de seus interesses legítimos relativos a seus integrantes ou à finalidade partidária, ou por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo me nos, 1 (um) ano, em defesa de direitos líquidos e certos da totalidade, ou de parte, dos seus membros ou associados, na forma dos seus estatutos e desde que pertinentes às suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial. Parágrafo único. Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo podem ser: I - coletivos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os transindividuais, de natureza indivisível, de que seja titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica básica; II - individuais homogêneos, assim entendidos, para efeito desta Lei, os decorrentes de origem comum e da atividade ou situação específica da totalidade ou de parte dos associados ou membros do impetrante. Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. § 1º O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. § 2º No mandado de segurança coletivo, a liminar só poderá ser concedida após a audiência do representante judicial da pessoa jurídica de direito público, que deverá se pronunciar no prazo de 72 (setenta e duas) horas. Art. 23. O direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias, contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. Art. 24. Aplicam-se ao mandado de segurança os arts. 46 a 49 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil.

Art. 25. Não cabem, no processo de mandado de segurança, a interposição de embargos infringentes e a condenação ao pagamento dos honorários advocatícios, sem prejuízo da aplicação de sanções no caso de litigância de má-fé. Art. 26. Constitui crime de desobediência, nos termos do art. 330 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, o não cumprimento das decisões proferidas em mandado de segurança, sem prejuízo das sanções administrativas e da aplicação da Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, quando cabíveis. Art. 27. Os regimentos dos tribunais e, no que couber, as leis de organização judiciária deverão ser adaptados às disposições desta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da sua publicação. Art. 28. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 29. Revogam-se as Leis nºs 1.533, de 31 de dezembro de 1951, 4.166, de 4 de dezembro de 1962, 4.348, de 26 de junho de 1964, 5.021, de 9 de junho de 1966; o art. 3º da Lei nº 6.014, de 27 de dezembro de 1973, o art. 1º da Lei nº 6.071, de 3 de julho de 1974, o art. 12 da Lei nº 6.978, de 19 de janeiro de 1982, e o art. 2º da Lei nº 9.259, de 9 de janeiro de 1996. Brasília, 7 de agosto de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro

José Antonio Dias Toffoli

LEI Nº 12.086 DE 06 DE JUNHO DE2009.

Dispõe sobre os Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; altera as Leis nos 6.450, de 14 deoutubro de 1977, 7.289, de 18 de dezembro de1984, 7.479, de 2 de junho de 1986, 8.255, de 20de novembro de 1991, e 10.486, de 4 de julho de2002; revoga as Leis nºs 6.302, de 15 de dezembrode 1975, 6.645, de 14 de maio de 1979, 7.491, de13 de junho de 1986, 7.687, de 13 de dezembro de1988, 7.851, de 23 de outubro de 1989, 8.204, de 8de julho de 1991, 8.258, de 6 de dezembro de1991, 9.054, de 29 de maio de 1995, e 9.237, de22 de dezembro de 1995; revoga dispositivos dasLeis nºs 7.457, de 9 de abril de 1986, 9.713, de 25de novembro de 1998, e 11.134, de 15 de julho de2005; e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Esta Lei estabelece os critérios e ascondições que asseguram aos policiais Militares daativa da Polícia Militar do Distrito Federal e aosBombeiros Militares da ativa do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal e o acesso à hierarquia das Corporações, mediante promoções,de forma seletiva, gradual e sucessiva, com base nos efetivos fixados para os Quadros que osintegram.

TÍTULO I

DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 2º O efetivo da Polícia Militar do Distrito Federal é de 18.673 (dezoito mil e seiscentos esetenta e três) policiais Militares distribuídos emQuadros, conforme disposto no Anexo I. Parágrafo único. Não serão considerados no limitedo efetivo fixado no caput: I - os policiais Militares da reserva remuneradadesignados para o serviço ativo;

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II - os policiais Militares da reserva remunerada eos reformados, sujeitos à prestação de serviço portempo certo, em caráter transitório e medianteaceitação voluntária; III - os Aspirantes-a-Oficial PM; IV - os alunos dos cursos de ingresso na Carreirapolicial militar; e V - os policiais Militares agregados e excedentes. Art. 3º A distribuição do pessoal ativo da Polícia Militar do Distrito Federal no Quadro deOrganização da Corporação, respeitados osquantitativos estabelecidos nesta Lei, será feita emato do Comandante-Geral. Art. 4º As atividades desenvolvidas pelos integrantes dos Quadros da Polícia Militar do Distrito Federal serão especificadas em ato do Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

DAS PROMOÇÕES

Art. 5º Promoção é ato administrativo e tem comofinalidade básica a ascensão seletiva aos postos egraduações superiores, com base nos interstíciosde cada grau hierárquico, conforme disposto noAnexo I. § 1º Interstício é o tempo mínimo que cada policialmilitar deverá cumprir no posto ou graduação. § 2º Cumpridas as demais exigênciasestabelecidas para a promoção, o interstíciopoderá ser reduzido em até 50% (cinquenta porcento), sempre que houver vagas não preenchidaspor esta condição. § 3º A redução de interstício prevista no § 2º seráefetivada mediante ato: I - do Governador do Distrito Federal, por proposta do Comandante-Geral, para as promoções deOficiais; e II - do Comandante-Geral, por proposta do titulardo órgão de gestão de pessoal, para as promoçõesde Praças. Art. 6º No âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, as promoções ocorrem pelos seguintescritérios: I - antiguidade; II - merecimento; III - ato de bravura; e IV - post mortem. Art. 7º Promoção por antiguidade é aquela que sebaseia na precedência hierárquica de um policialmilitar sobre os demais de igual grau hierárquico,dentro do mesmo Quadro, Especialidade,Qualificação ou Grupamento. Art. 8º Promoção por merecimento é aquela quese baseia: I - na ordem de classificação obtida ao final doscursos iniciais de cada Quadro; e II - no conjunto de atributos e qualidades quedistingue e realça o valor do Oficial entre seuspares, avaliado no decurso da Carreira e no desempenho de cargos, funções, missões ecomissões exercidas, em particular no posto que ocupe ao ser cogitado para a promoção. Art. 9º A promoção por ato de bravura é aquelaque resulta de ato não comum de coragem eaudácia, que, ultrapassando os limites normais do cumprimento do dever, representa feito heroico indispensável ou relevante às operações policiaisMilitares ou à sociedade, pelos resultadosalcançados ou pelo exemplo positivo delesemanado.

§ 1º A promoção de que trata este artigo,decretada por intermédio de ato específico do Governador do Distrito Federal, dispensa asexigências para a promoção por outros critériosestabelecidos nesta Lei. § 2º Os atos de bravura que poderão ensejar apromoção de que trata o caput serão analisadospelas competentes comissões de promoção, com base em processo administrativo autuado para estefim. § 3º A solicitação de promoção por ato de bravurapoderá ser feita pelo interessado, no prazo de até120 (cento e vinte) dias da data do fato. § 4º Será proporcionado ao policial militarpromovido por ato de bravura a oportunidade desatisfazer as condições exigidas para o acessoobtido. § 5º No caso de não cumprimento das condiçõesde que trata o § 4º, será facultado ao policial militarcontinuar no serviço ativo, no grau hierárquico queatingiu, até a transferência para a inatividade comos benefícios que a lei lhe assegurar. Art. 10. Promoção post mortem é aquela que visaa expressar o reconhecimento ao policial militarmorto no cumprimento do dever ou emconsequência disto, ou a reconhecer direito que lhecabia, não efetivado por motivo de óbito. § 1º A promoção de que trata o caput serárealizada quando o policial militar falecer em umadas seguintes situações: I - em ação de manutenção e preservação da ordem pública, ou em ato ou consequência deatividade militar; II - em consequência de ferimento, doença,moléstia ou enfermidade contraída em ação demanutenção e preservação da ordem pública, ouem ato ou consequência de atividade militar, ouque nela tenham sua causa eficiente; ou III - em acidente em serviço ou em consequênciade doença, moléstia ou enfermidade que neletenham sua causa eficiente. § 2º As situações que possam ensejar a promoçãode que trata o caput deverão ser devidamenteanalisadas pelas competentes comissões depromoção, com base em processo administrativoautuado para este fim. § 3º A promoção post mortem será efetivada aograu hierárquico imediatamente superior do Quadro, Especialidade, Qualificação ouGrupamento a que pertencia o militar. Art. 11º. O policial militar também será promovidopost mortem ao grau hierárquico cujas condiçõesde acesso satisfazia e pertencia a faixa dos queconcorreriam à promoção, nomeação oudeclaração, se ao falecer possuía as condições deacesso e integrava a faixa dos que concorreriam àpromoção pelos critérios de antiguidade oumerecimento. Art. 12º. Os casos de morte porferimento, doença, moléstia ou enfermidade serãocomprovados por procedimento apuratórioadequado para este fim, podendo utilizar comomeios subsidiários para esclarecer a situaçãodocumentos oriundos da área de saúde. Art. 13º. A promoção por ato de bravura exclui, emcaso de falecimento, a promoção post mortem queresultaria de suas consequências. Art. 14º. Promoção em ressarcimento de preteriçãoé aquela feita após ser reconhecido ao policialmilitar preterido o direito à promoção que lhecaberia, sendo efetivada segundo o critério deantiguidade ou merecimento, recebendo o militarassim promovido o número que lhe competia naescala hierárquica, como se houvesse sidopromovido na época devida. Art. 15º. Em casos extraordinários, poderá haverpromoção por ressarcimento de preteriçãodecorrente do reconhecimento do direito depromoção que caberia a militar preterido.

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Parágrafo único. O policial militar será ressarcidode preterição quando:, I - tiver solução favorável no recurso interposto; II - cessar sua situação de desaparecido,extraviado ou desertor, desde que tal situação nãotenha sido provocada por culpa ou dolo do militar; III - for considerado capaz de permanecer nasfileiras da Corporação em decisão final prolatada apartir de apuração feita por conselho dejustificação, conselho de disciplina ou processoadministrativo de licenciamento a que tiver sidosubmetido; IV - for absolvido ou impronunciado no processo aque estiver respondendo; ou V - tiver sido prejudicado por comprovado erroadministrativo. Art. 16º. As promoções post mortem, por ato debravura e em ressarcimento de preterição,ocorrerão a qualquer tempo, com efeitos retroativosà data do fato que motivou ou preteriu a promoção. Art. 17º. O Governador do Distrito Federal editaráos atos de nomeação e promoção de Oficiais. § 1º Os atos de nomeação para o posto inicial daCarreira e de promoção a este posto ou ao primeiroposto de Oficial Superior acarretam a expedição decarta patente, pelo Governador do Distrito Federal. § 2º As promoções aos demais postos serãoapostiladas à carta patente expedida. Art. 18º. Os atos de declaração e promoção dePraças são efetivados em ato do Comandante-Geral da Corporação. Art. 19º. Nos diferentes quadros, as vagas a seremconsideradas para as promoções serãoprovenientes de: I - promoção ao grau hierárquico superior imediato; II - agregação; III - demissão, licenciamento ou exclusão do serviço ativo; IV - aumento de efetivos; e V - falecimento. Art. 20. As vagas são consideradas abertas: I - na data da publicação oficial do ato quepromove, agrega, passa para a inatividade, demite,licencia ou exclui do serviço ativo o policial militar,salvo se no próprio ato for estabelecida outra data; II - na data oficial do óbito; ou III - como dispuser a lei, no caso de alteração deefetivo. Parágrafo único. Serão também consideradasvagas abertas as que resultarem dastransferências ex officio para a reserva remunerada, já previstas, até a data da promoção,inclusive, bem como as decorrentes de quotacompulsória. Art. 21. Feita a apuração de vagas a preencher,este número não sofrerá alteração. Parágrafo único. Cada vaga aberta emdeterminado posto ou graduação acarretará vagasnos graus hierárquicos inferiores, sendo estasequência interrompida no posto ou graduação emque houver preenchimento por excedente,ressalvado o caso de vaga aberta em decorrênciade aplicação da quota compulsória conformedisposto no Estatuto dos Policiais Militar es, de quetrata a Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984.

Art. 22. O policial militar promovido indevidamentepassará à situação de excedente e, nesse caso,contará antiguidade e receberá o número que lhecompetir na escala hierárquica, quando a vaga aser preenchida corresponder ao critério pelo qualdeveria ser promovido, desde que preencha osrequisitos para a promoção. Art. 23. Não preenche vaga o policial militar que,estando agregado, venha a ser promovido econtinue na mesma situação. Art. 24. A promoção por merecimento seráaplicada exclusivamente para o acesso ao últimoposto dos Quadros e Especialidades de Oficiais. Parágrafo único. Os critérios gerais de avaliaçãodos Oficiais no decurso da Carreira e no exercíciode cargos, funções, missões e comissões, paraatendimento ao disposto no caput, serãoestabelecidos pelo Poder Executivo federal, e oscritérios específicos constarão de ato do Governador do Distrito Federal. Art. 25. As promoções aos demais graushierárquicos dos Quadros de Oficiais e Praçasserão realizadas pelo critério de antiguidade. Parágrafo único. A antiguidade no grau hierárquicoé contada a partir da data do ato de promoção,nomeação, declaração ou na data especificada nopróprio ato. Art. 26. O policial militar agregado, quando no desempenho de cargo policial militar ouconsiderado de natureza ou interesse policialmilitar ou da segurança pública, concorrerá àpromoção por quaisquer dos critérios, sem prejuízodo número de concorrentes regularmenteestipulado. Parágrafo único. O policial militar agregado porqualquer outro motivo não será promovido pelocritério de merecimento. Art. 27. O policial militar não poderá constar emQuadro de Acesso quando: I - for considerado não habilitado para o acesso,em caráter provisório, mediante decisãofundamentada da respectiva comissão depromoção, por ser, presumivelmente, incapaz desatisfazer ao critério estabelecido para o conceitomoral da Corporação; II - não possuir o interstício exigido para seu grauhierárquico; III - não tiver concluído com aproveitamento ocurso ou estágio previsto; IV - estiver submetido a conselho de justificação,conselho de disciplina ou processo administrativode licenciamento; V - for condenado a pena privativa de liberdade,enquanto durar o seu cumprimento, inclusive no caso de suspensão condicional, não secomputando o tempo acrescido à pena por ocasiãode sua suspensão condicional; VI - for condenado a pena de suspensão doexercício do posto, graduação, cargo ou função,durante o prazo dessa suspensão; VII - for considerado desaparecido, extraviado oudesertor; VIII - estiver em gozo de licença para tratamento desaúde de pessoa da família por mais de um anocontínuo; ou IX - estiver em gozo de licença para tratar deinteresse particular. Parágrafo único. O policial militar incluído no incisoI será submetido, ex officio, a conselho dejustificação, conselho de disciplina ou processoadministrativo de licenciamento, conforme o caso. Art. 28. Será excluído do Quadro de Acesso opolicial militar que incidir em uma dascircunstâncias previstas no art. 27 ou ainda:

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I - for incluído indevidamente no referido Quadro; II - for promovido; ou III - for excluído do serviço ativo. Art. 29. As promoções serão efetuadasanualmente, nos dias 22 de abril, 21 de agosto e26 de dezembro, para as vagas abertas até odécimo dia útil do mês anterior às datasmencionadas, bem como para as decorrentesdestas promoções. Parágrafo único. Para a primeira data depromoçãoapós a vigência desta Lei, a data deapuração de vagas a serem preenchidas seráestipulada em conformidade com o calendárioestabelecido pelo Comandante-Geral da Corporação.

CAPÍTULO III

DA INCLUSÃO

Art. 30. A inclusão nos postos e graduaçõesiniciais de cada Quadro de Oficiais e Praças da Polícia Militar do Distrito Federal está condicionadaao atendimento das exigências legais. Parágrafo único. Aplicam-se a todos os policiaisMilitar es, licenciados ou demitidos a pedido, asindenizações especificadas no art. 104 da Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de 1984. Art. 31. A ordem hierárquica de colocação dosOficiais e Praças nos graus hierárquicos iniciaisresulta da ordem de classificação em curso deformação ou habilitação, para a inclusão nosseguintes Quadros: I - Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM; II - Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde -QOPMS; III - Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães- QOPMC; IV - Quadro de Oficiais Policiais Militar esAdministrativos - QOPMA; V - Quadro de Oficiais Policiais Militar esEspecialistas - QOPME; VI - Quadro de Oficiais Policiais Militares Músicos -QOPMM; VII - Quadro de Praças Policiais Militar esCombatentes - QPPMC; e VIII - Quadro de Praças Policiais Militar esEspecialistas - QPPME. Art. 32. Para inclusão nos QOPMA, QOPME eQOPMM, o policial militar deverá: I - ser selecionado dentro do número de vagasdisponíveis em cada Quadro ou Especialidade,mediante aprovação em processo seletivodestinado a aferir o mérito intelectual doscandidatos; II - possuir diploma de ensino superior expedidopor instituição reconhecida pelo Ministério daEducação, observada a área de atuação; III - possuir, no mínimo, 18 (dezoito) anos deserviço policial militar, até a data da inscrição doprocesso seletivo; IV - possuir me nos de 51 (cinquenta e um) anos deidade na data da inscrição do processo seletivo; V - possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Praçasou equivalente; VI - pertencer ao QPPMC para o acesso aoQOPMA; e

VII - pertencer ao QPPME para o acesso aoQOPME ou para o QOPMM, correspondentes. Parágrafo único. A titulação ou qualificaçãonecessária para ingresso nos Quadros eEspecialidades de que trata o caput seráestabelecida em ato do Governador do Distrito Federal. Art. 33. A Praça a que se refere o art. 32frequentará o Curso de Habilitação de Oficiais nagraduação em que se encontra ou na que venha aser promovida no decorrer do curso. Parágrafo único. Se o candidato não concluir comaproveitamento o curso de que trata o caput,permanecerá na graduação e voltará a ocupar amesma posição anterior na escala hierárquica. Art. 34. Para a confirmação na graduação deSoldado, mediante promoção à graduação deSoldado PM 1a Classe, independentemente devagas na graduação, o Soldado PM 2ª Classedeverá concluir com aproveitamento o Curso deFormação de Praças e ser aprovado em estágioprobatório. Parágrafo único. As normas reguladoras dehabilitação, acesso e situação das Praçasespecialistas serão estabelecidas peloComandante-Geral da Corporação. Art. 35. Para inclusão no posto de Segundo-Tenente do QOPM, o policial militar deverá concluircom aproveitamento o Curso de Formação deOficiais, ser declarado Aspirante-a-Oficial e seraprovado no estágio probatório. Parágrafo único. O Aspirante-a-Oficial serápromovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento dos requisitos na graduação, naprimeira data de promoção, independentemente daexistência de vagas. Art. 36. Para ingresso nos QOPMS e QOPMC noposto de Segundo-Tenente, o policial militar deveráconcluir com aproveitamento o Curso deHabilitação de Oficiais de Saúde e Capelães,obedecida a disponibilidade de vagas no postoinicial. Parágrafo único. Para todos os efeitos legais, oEstágio de Adaptação de Oficiais - EAO, efetivadopara o QOPMS e para o QOPMC, equivale aoCurso de Habilitação de Oficiais de Saúde eCapelães. Art. 37. O candidato a que se refere o art. 36frequentará o curso inicial de Carreira como aluno,na condição de Aspirante-a-Oficial. Parágrafo único. Se o candidato não concluir, comaproveitamento, o curso inicial de Carreira, serálicenciado ou demitido ex officio, conforme o caso,sem direito a qualquer remuneração ouindenização, e terá a sua situação definida pela Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 - Lei do Serviço militar.

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES PARA INGRESSO NOQUADRO DE ACESSO

Art. 38. Para o ingresso no Quadro de Acesso énecessário que o policial militar satisfaça asseguintes condições de acesso: I - possuir os cursos exigidos em leis ouregulamentos, concluídos com aproveitamento; II - cumprir o interstício referente ao grauhierárquico; III - não ser considerado incapaz definitivamentepara o serviço ativo da Polícia Militar do Distrito Federal, em inspeção de saúde realizada naCorporação; IV - atender às condições peculiares a cada postoou graduação dos diferentes Quadros; V - alcançar o critério estabelecido comonecessário para o conceito profissional no âmbitoda Corporação; e

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VI - atender aos critérios estabelecidos para oconceito moral da Corporação. § 1º Enquadram-se no inciso I os seguintesCursos, conforme o caso: I - Curso de Formação de Oficiais, para acesso aospostos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente eCapitão pertencentes ao QOPM; II - Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde eCapelães, para acesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentesao QOPMS e ao QOPMC; III - Curso de Habilitação de OficiaisAdministrativos, Especialistas e Músicos, paraacesso aos postos de Segundo-Tenente, Primeiro-Tenente e Capitão pertencentes ao QOPMA, aoQOPME e ao QOPMM; IV - Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, paraacesso aos postos de Major e Tenente-Coronelpertencentes ao QOPM, ao QOPMS e ao QOPMC; V - Curso de Aperfeiçoamento de OficiaisAdministrativos, Especialistas e Músicos, paraacesso ao posto de Major pertencentes aoQOPMA, ao QOPME e ao QOPMM; VI - Curso de Altos Estudos para Oficiais, paraacesso ao posto de Coronel pertencentes aoQOPM e ao QOPMS; VII - Curso de Formação de Praças, para acessoàs graduações de Soldado, Cabo e Terceiro-Sargento; VIII - Curso de Aperfeiçoamento de Praças, paraacesso às graduações de Segundo-Sargento ePrimeiro-Sargento; IX - Curso de Altos Estudos para Praças, paraacesso à graduação de Subtenente; e X - Curso de Especialização ou Habilitação, a cadaperíodo de 5 (cinco) anos, realizado de acordo comas condições estabelecidas pela Corporação, seoficial subalterno do Quadro de OficiaisCombatentes, Cabo ou Soldado. § 2º Ato do Governador do Distrito Federal estabelecerá critérios objetivos para a avaliaçãodos conceitos profissional e moral. § 3º Na impossibilidade de o policial militar realizaro teste de aptidão física por motivo de força maiorou caso fortuito, será considerado o resultadoalcançado no teste imediatamente anterior. § 4º A inspeção de saúde a que se refere o incisoIII do caput será realizada pela junta médica da Corporação. § 5º Em casos excepcionais, inspeções de saúderealizadas fora das unidades da Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser convalidadas pelajunta médica da Corporação. Art. 39. Compete ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal promover a incorporaçãodos candidatos aprovados nos concursos públicospara os diversos quadros ou qualificaçõesexistentes na Corporação.

CAPÍTULO V

DO QUADRO DE ACESSO

Art. 40. Serão estipulados limites quantitativos deantiguidade que definirão a faixa dos policiaisMilitares que concorrerão às promoções ao grauhierárquico superior. § 1º Os limites quantitativos de antiguidade são osseguintes: I – 1/4 (um quarto) do previsto em cada grauhierárquico dos quadros constantes do Anexo I; e

II - nos graus hierárquicos dos quadros em que oquantitativo previsto for até 10 (dez), concorrerá asua totalidade, em caráter excepcional. § 2º Sempre que, nas divisões previstas no inciso Ido § 1º, resultar quociente fracionário, será eletomado por inteiro e para mais. Art. 41. Quadros de Acesso são as relações deOficiais e Praças organizadas por postos egraduações para as promoções por antiguidade, noQuadro de Acesso por Antiguidade, e pormerecimento, no Quadro de Acesso porMerecimento. § 1º O Quadro de Acesso por Antiguidade é arelação dos Oficiais e Praças incluídos nos limitesquantitativos de antiguidade habilitados ao acesso,dentro dos respectivos quadros, colocados emordem decrescente de antiguidade na escalahierárquica. § 2º O Quadro de Acesso por Merecimento é arelação dos Oficiais incluídos nos limitesquantitativos de antiguidade habilitados ao acesso,dentro dos respectivos quadros, resultante daapreciação dos méritos exigidos para a promoção. § 3º Somente será organizado Quadro de Acessopor Merecimento para as promoções ao últimoposto dos Quadros e Especialidades de Oficiais. Art. 42. Para ser promovido pelos critérios deantiguidade ou de merecimento, é indispensávelque o policial militar esteja incluído no Quadro deAcesso. Art. 43. Não poderão constar no Quadro deAcesso por Merecimento os Oficiais que estiveremno exercício de cargo, emprego ou função públicacivil temporária, não eletiva, ainda que daadministração indireta, ou que estiverem àdisposição de órgão do governo federal, estadualou do Distrito Federal, para exercerem função denatureza civil. Art. 44. São requisitos para o Oficial figurar noQuadro de Acesso por Merecimento, observado odisposto nos arts. 27, 38 e 43: I - eficiência revelada no desempenho de cargos ecomissões; II - potencialidade para o desempenho de cargosmais elevados; III - capacidade de liderança, iniciativa e prestezade decisões; IV - resultado dos cursos regulamentaresrealizados; e V - realce do Oficial entre seus pares. § 1º Os méritos e qualidades constantes deste artigo serão comprovados, expressamente, pelosComandantes, Chefes ou Diretores daOrganização Policial Militar à qual pertencer o oficial ou, ainda, pelo responsável pelo órgão ourepartição onde ele tenha exercido cargo oucomissão. § 2º Os parâmetros gerais de aferição de mérito ede qualidade constantes dos incisos I a V serãoestabelecidos pelo Poder Executivo federal, e osespecíficos mediante ato do Governador do Distrito Federal. Art. 45. A promoção por merecimento será feitacom base no Quadro de Acesso por Merecimento,obedecendo ao seguinte critério: I - para a primeira vaga, será selecionado um entreos 3 (três) Oficiais que ocupam as 3 (três)primeiras classificações no Quadro; II - para a segunda vaga, será selecionado umOficial entre a sobra dos concorrentes à primeiravaga e mais os 3 (três) que ocupam as 3 (três)classificações que vêm imediatamente a seguir; e III - para a terceira vaga,será selecionado umOficial entre a sobra dos concorrentes à segundavaga e mais 3 (três) que

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ocupam as 3 (três)classificações que vêm imediatamente a seguir, eassim por diante. § 1º Caso os concorrentes à primeira vagavenham a ser promovidos e permaneçam nacondição de agregados, serão indicados paraconcorrer a esta vaga os 3 (três) oficiais que ocupam as 3 (três) classificações imediatamente aseguir, e assim por diante até o seu preenchimento. § 2º O Governador do Distrito Federal, nos casosde promoção por merecimento, apreciarálivremente o mérito dos Oficiais contemplados naproposta encaminhada pelo Comandante-Geral edecidirá por quaisquer dos nomes. § 3º O Oficial que constar do Quadro de Acessopor Merecimento em primeiro lugar em 3 (três)datas de promoção, tendo havido promoção aoúltimo posto nas 2 (duas) datas anteriores, serápromovido por ocasião da apresentação desteterceiro Quadro ao Governador do Distrito Federalna primeira vaga apurada.

CAPÍTULO VI

DAS COMISSÕES DE PROMOÇÃO

Art. 46. Apenas os policiais Militares quesatisfaçam as condições de acesso e estejamcompreendidos nos limites quantitativos deantiguidade definidos nesta Lei serão consideradospela Comissão de Promoção para possívelinclusão no Quadro de Acesso. Art. 47. A Comissão de Promoção de Oficiais e aComissão de Promoção de Praças, de caráterpermanente, são órgãos de processamento daspromoções, sendo constituídas por membros natose efetivos. § 1º Compõem a Comissão de Promoção deOficiais: I - o Comandante-Geral, que a presidirá, oSubcomandante da Corporação, o Corregedor-Geral e o titular do órgão de direção-geral depessoal, como membros natos; e II - 3 (três) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, admitindo-se arecondução, como membros efetivos. § 2º Compõem a Comissão de Promoção dePraças: I - o Subcomandante da Corporação, que apresidirá, o Corregedor Adjunto e o titular do órgãode direção-geral de pessoal, como membros natos;e II - 2 (dois) coronéis designados pelo Comandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano, admitindo-se arecondução, como membros efetivos. Art. 48. As regras de funcionamento e ascompetências das Comissões de Promoção serãoestabelecidas pelo Poder Executivo federal.

CAPÍTULO VII

DOS RECURSOS

Art. 49. O policial militar que se julgar prejudicado,por ocasião de composição de Quadro de Acesso,poderá interpor recurso ao Presidente da respectiva Comissão de Promoções. § 1º Para a apresentação do recurso, o policialmilitar terá prazo de 15 (quinze) dias corridoscontados do dia da publicação oficial do Quadro deAcesso. § 2º O recurso referente à composição do Quadroe Acesso deverá ser solucionado no prazomáximo de 15 (quinze) dias contados a partir dadata de seu recebimento. Art. 50. Os Oficiais e Praças que se julgarempreteridos ou prejudicados com relação a direito depromoção poderão interpor recurso ao Governadordo Distrito Federal ou ao

Comandante-Geral,respectivamente, como última instância na esferaadministrativa. Parágrafo único. Para a apresentação do recurso,o policial militar terá prazo de 15 (quinze) diascorridos, a contar da data da publicação do ato depromoção no órgão oficial.

CAPÍTULO VIII

DAS REGRAS DE TRANSIÇÃO

Art. 51. A progressão funcional do policial militar do Distrito Federal cessa com a sua transferência paraa inatividade. Art. 52. Aos Soldados e Cabos que não possuam oCurso de Formação de Praça deverá serdisponibilizado curso de nivelamento parapromoção à graduação de Terceiro-Sargento, quesubstituirá a exigência constante do inciso VII do §1º do art. 38. Parágrafo único. O prazo para disponibilização docurso de nivelamento será de 2 (dois) anos,período em que, excepcionalmente, poderãoocorrer promoções às graduações de Cabo e deTerceiro-Sargento sem a obrigatoriedade daexigência do caput, limitando-se a uma promoçãopara cada graduado sem o referido curso. Art. 53. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após apublicação desta Lei, poderão ocorrer promoçõesàs graduações de Segundo-Sargento e dePrimeiro-Sargento, sem a obrigatoriedade do Cursode Aperfeiçoamento de Praças, limitando-se a umapromoção para cada graduado sem o referidocurso. Art. 54. No prazo máximo de 2 (dois) anos, após apublicação desta Lei, poderão ocorrer promoções àgraduação de Subtenente, dos Primeiros-Sargentos que possuam somente o Curso deAperfeiçoamento de Praças. Art. 55. No prazo máximo de 1 (um) ano, após apublicação desta Lei, os Capitães que nãopossuam o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiaispoderão ser promovidos ao posto de Major,limitando-se a uma promoção para cada Oficialsem o referido curso. Art. 56. No prazo máximo de 2 (dois) anoscontados da publicação desta Lei, a exigênciaprevista no inciso X do § 1º do art. 38 poderá serdispensada para as promoções aos postos deCapitão e de Primeiro-Tenente do QOPM, e àsgraduações de Cabo e de Terceiro-Sargento. Art. 57. As exigências de que tratam os incisos I eII do art. 32 poderão ser sobrestadas, mediante atodo Governador do Distrito Federal, pelo prazomáximo de 60 (sessenta) meses, contado do inícioda vigência desta Lei. Parágrafo único. Os atuais ocupantes do QOPMApoderão ser empregados em atividadesoperacionais, a critério do Comandante-Geral da Corporação. Art. 58. A manutenção do efetivo dos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal será asseguradamediante ingresso anual, gradual e sucessivo deMilitares nos diversos quadros ou qualificações,observada a existência de recursos orçamentáriose financeiros e o quantitativo proposto no Anexo I. Art. 59. Para efeitos de promoção e de percepçãodo adicional de Certificação Profissional, o Cursode Aperfeiçoamento de Sargentos é equivalente aoCurso de Aperfeiçoamento de Praças. Art. 60. O Curso de Altos Estudos para Praçassomente é equivalente ao Curso de Altos Estudospara Oficiais para fins de pagamento de adicionalde Certificação Profissional, conforme disposto noinciso III do art. 3º da Lei no 10.486, de 4 de julhode 2002.

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Art. 61. Os requisitos estabelecidos para os novoscursos instituídos por esta Lei serão de exigênciaobrigatória aos que ingressarem na Polícia Militar do Distrito Federal a partir de sua publicação. Art. 62. O processamento das promoções e seucronograma serão estabelecidos mediante ato do Governador do Distrito Federal. Parágrafo único. Até que sejam editados os atos aque se referem o caput, o parágrafo único do art.24, o § 2º do art. 38, o § 2º do art. 44 e o art. 48, aspromoções dos policiais Militares serão feitas com base na legislação aplicável até o diaimediatamente anterior ao da publicação desta Lei,em relação aos seguintes aspectos: I - Comissões de Promoção de Oficiais e de Praçase suas respectivas constituições, competências eatribuições; II - limites quantitativos de antiguidade, exceto noscasos em que a previsão desta Lei exceder osquantitativos previstos na legislação anterior; III - datas de calendário, com exceção da primeiradata de promoção que vier a ocorrer após a ediçãodesta Lei, cujo calendário será fixado em ato do Comandante-Geral; IV - aptidão física; V - inspeção de saúde; e VI - documentação básica.

CAPÍTULO IX

DA ORGANIZAÇÃO

Art. 63. Os arts. 1º, 9º, 11, 14, 16, 17, 19, 31, 32,33, 40, 41, 48 e 49 da Lei no 6.450, de 14 deoutubro de 1977, passam a vigorar com a seguinteredação: “Art. 1º A Polícia Militar do Distrito Federal,instituição permanente, fundamentada nos princípios da hierarquia e disciplina, essencial à segurança pública do Distrito Federal e ainda força auxiliar e reserva do Exército nos casos de convocação ou mobilização, organizada e mantida pela União nos termos do inciso XIV do art. 21 e dos §§ 5º e 6º do art. 144 da Constituição Federal,subordinada ao Governador do Distrito Federal,destina-se à polícia ostensiva e à preservação da ordem pública no Distrito Federal.” (NR) “Art. 9º O Comando-Geral da Corporaçãocompreende: I - o Comandante-Geral; II - o Subcomandante-Geral; III- o Estado-Maior, órgão de planejamentoestratégico; IV - os departamentos, órgãos de direção-geral; V - as diretorias, órgãos de direção setorial; VI - as comissões; e .................................................................................. ...................................................... VIII - as assessorias. Parágrafo único. Os cargos de comando,direção geral,direção setorial e assessoramento, definidos como cargo em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos.” (NR) “Art. 11. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido por coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, nomeado pelo Governador do Distrito Federal.” (NR)

“Art. 14. O Estado-Maior da Corporação será composto por até 10 (dez) seções, de acordo coma natureza dos assuntos afetos à Corporação. I - (revogado); II - (revogado); III - (revogado): a) (revogado); b) (revogado); c) (revogado); d) (revogado); e) (revogado); f) (revogado).” (NR) “Art. 16. O Subcomandante-Geral da Corporação substitui o Comandante-Geral em seus impedimentos eventuais.” (NR) “Art. 17. Os cargos de Subcomandante-Geral e de Chefe do Estado-Maior da Corporação serão exercidos por Oficiais do posto de Coronel PM do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, indicados pelo Comandante-Geral e nomeados pelo Governador do Distrito Federal. ...........................................................................” (NR)

“Seção III

Dos Departamentos

„Art. 19. Os departamentos, em número máximode 6 (seis) e organizados sob a forma de sistema,exercerão suas competências por meio de órgãos de direção setorial que lhes sejam diretamente subordinados, criados mediante ato do Poder Executivo federal. I - (revogado); II - (revogado); III - (revogado). Parágrafo único. O número de órgãos de direção setorial não poderá exceder ao limite de 5 (cinco)por departamento.‟ (NR) .................................................................................. .......... “Art. 31. O Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal poderá criar, mediante aprovação do Governador do Distrito Federal, comandos de policiamento, sempre que houver necessidade de agrupar unidades de execução, em razão da missão e objetivando a coordenação dessas unidades.” (NR) “Art. 32. As unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser de natureza operacional ou de apoio. Parágrafo único. (Revogado).” (NR) “Art. 33. Outros tipos de unidades de Polícia Militar do Distrito Federal poderão ser criados, de acordo com a legislação específica e segundo as necessidades do Distrito Federal e evolução da Corporação.” (NR) “Art. 40. Respeitado o efetivo fixado em lei, cabeao Governador do Distrito Federal aprovar, por decreto, os Quadros de Organização - QO,mediante proposta do Comando-Geral da Corporação.” (NR) “Art. 41. A organização básica prevista nesta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo federal,mediante proposta do Governador do Distrito Federal.” (NR)

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“Art. 48. A organização, funcionamento,transformação, extinção e definição de competências de órgãos da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com a organização básica e os limites de efetivos definidos em lei,ficarão a cargo: I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos da organização básica, que compreende o Comando-Geral e os órgãos de direção-geral e direção setorial; e II - do Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Comandante-Geral, em relação aos órgãos de apoio e de execução, não considerados no inciso I.” (NR) “Art. 49. As atribuições dos dirigentes dos órgãos aque se referem os incisos I e II do art. 48 serão definidas em conformidade com o disposto nesse artigo.” (NR) Art. 64. Os arts. 11, 92 e 94 da Lei no 7.289, de 18de dezembro de 1984, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 11. Para matrícula nos cursos de formaçãodos estabelecimentos de ensino da Polícia Militar,além das condições relativas à nacionalidade,idade, aptidão intelectual e psicológica, altura,sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral,obrigações eleitorais, aprovação em testestoxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal. § 1º A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput deste artigo é de 18 (dezoito) anos,sendo a máxima de 35 (trinta e cinco) anos, para o ingresso nos Quadros que exijam formação superior com titulação específica, e de 30 (trinta)anos nos demais Quadros, não se aplicando os limites máximos aos policiais Militares da ativa da Corporação. ...................................................................................................... ..................................................................” (NR) “Art. 92. ....................................................................................... .................................................................... I - atingir as seguintes idades-limite: a) para o Quadro de Oficiais Policiais Militar es: 1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto deCoronel; 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deTenente-Coronel; 3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos deMajor e Capitão; e 4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos deOficiais Subalternos; b) para os Quadros de Policiais Militares de Saúde: 1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto deCoronel; 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deTenente-Coronel; 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto deMajor; e 4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos deCapitão e Oficiais Subalternos; c) para os Quadros de Policiais Militares Capelães: 1. 63 (sessenta e três) anos, para o posto deTenente-Coronel; 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deMajor; 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto deCapitão; e

4. 53 (cinquenta e três) anos, para os postos deOficiais Subalternos; d) para os Quadros de Policiais Militares de administração e de Oficiais Policiais Militar esEspecialistas: 1. 61 (sessenta e um) anos, para o posto de Major; 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deCapitão; 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para o posto dePrimeiro-Tenente; e 4. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos deSegundo-Tenente; e e) para as Praças Policiais Militar es: 1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação deSubtenente; 2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação dePrimeiro-Sargento; 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação deSegundo-Sargento; 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação deTerceiro-Sargento; e 5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação deCabos e Soldados. ......................................................................................................................…........................” (NR) “Art.94......................................................................................................................................................... I - ..........................................................…............... a) para Oficiais - 65 (sessenta e cinco) anos; e b) para Praças - 63 (sessenta e três) anos; .................................................................................. ................................................................” (NR)

TÍTULO II

DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 65. O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal é fixado em 9.703 (nove milsetecentos e três) bombeiros Militares de Carreira,distribuídos nos quadros, qualificações, postos egraduações, na forma do Anexo II. Parágrafo único. Não serão considerados nos limites do efetivo fixado no caput: I - os bombeiros Militares da reserva remuneradadesignados para o serviço ativo; II - os bombeiros Militares da reserva remunerada eos reformados, sujeitos à prestação de serviço portempo certo, em caráter transitório e medianteaceitação voluntária; III - os Aspirantes-a-Oficial BM; IV - os alunos dos cursos de ingresso na Carreirabombeiro militar; e

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V - os bombeiros Militares agregados e os que, porforça de legislação precedente, permanecerão semnumeração nos quadros de origem. Art. 66. Ato do Comandante-Geral do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal disporá sobrea distribuição do pessoal ativo no Quadro deOrganização da Corporação, respeitados osquantitativos estabelecidos nesta Lei. Art. 67. As atividades desenvolvidas pelos integrantes dos Quadros do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal serão especificadas emato do Governador do Distrito Federal.

CAPÍTULO II

DOS CRITÉRIOS DE PROMOÇÃO

Art. 68. A promoção é ato administrativo com afinalidade básica de ascensão seletiva aos postose graduações superiores no âmbito do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal. Art. 69. As promoções ocorrerão pelos critérios de: I - antiguidade; II - merecimento; III - ato de bravura; e IV - post mortem. Art. 70. Promoção por antiguidade é aquela que sebaseia na precedência hierárquica de um militarsobre os demais de igual grau hierárquico, dentrodo mesmo Quadro. Art. 71. Promoção por merecimento é aquela quese baseia: I - na ordem de classificação obtida ao final doscursos iniciais de cada Quadro; II - na avaliação do desempenho medida pelasqualidades e atributos que distinguem e realçam ovalor do oficial em relação aos seus pares, nosseguintes postos: a) de Tenente-Coronel do Quadro de OficiaisBombeiros Militares Combatentes-QOBM/Comb,Complementar-QOBM/Compl e de Saúde-QOBM/S; b) de Major do Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Capelães-QOBM/Cpl; e c) de Capitão dos Quadros de Oficiais Bombeiros Militares Intendentes-QOBM/Intd, Condutores eOperadores de Viaturas-QOBM/Cond, Músicos-QOBM/Mús e de Manutenção-QOBM/Mnt. § 1º A ordem de classificação referida no inciso Ido caput dar-se-á de forma crescente, a partir doprimeiro colocado, considerando-se a classificaçãogeral entre todas as turmas existentes norespectivo curso. § 2º A avaliação do desempenho referida no incisoII do caput será medida segundo o conjunto dequalidades e atributos que distinguirão o oficial nodecurso de sua Carreira, exigida somente ao sercogitado para as promoções, da seguinte forma: I - ao posto de Coronel dos QOBM/Comb,QOBM/Compl e de QOBM/S; II - ao posto de Tenente-coronel do QOBM/Cpl; e III - ao posto de Major dos QOBM/Intd,QOBM/Cond, Músicos - QOBM/Mús e deQOBM/Mnt. Art. 72. Promoção por ato de bravura é aquela queresulta de ato não comum de coragem e audácia,ainda que no cumprimento do dever, querepresente feito relevante à operação bombeiromilitar e à sociedade, pelos resultados alcançadosou pelo exemplo positivo dele emanado,

podendoocorrer a qualquer tempo, independentemente daexistência de vaga e com efeitos retroativos à datada ocorrência do aludido ato. Art. 73. Promoção post mortem é aquela que visaa expressar o reconhecimento ao militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disso,ou a reconhecer direito que lhe cabia, nãoefetivado por motivo de óbito, podendo ocorrer aqualquer tempo, independentemente da existênciade vaga e com efeitos retroativos à data daocorrência do aludido ato. Parágrafo único. A promoção post mortem nãoresultará em ocupação de vaga. Art. 74. Em casos extraordinários, a qualquertempo e independentemente da existência de vaga,poderá haver promoção por ressarcimento depreterição, decorrente do reconhecimento do direitode promoção que caberia a militar preterido. § 1º O bombeiro militar será ressarcido depreterição quando: I - tiver solução favorável no recurso interposto; II - cessar sua situação de desaparecido,extraviado ou desertor, desde que tal situação nãotenha sido provocada por culpa ou dolo do militar; III - for considerado capaz de permanecer nasfileiras da Corporação em decisão final prolatada apartir de apuração feita por conselho dejustificação, conselho de disciplina ou processoadministrativo de licenciamento a que tiver sidosubmetido; IV - for absolvido ou impronunciado no processo aque estiver respondendo; ou V - tiver sido prejudicado por comprovado erroadministrativo. § 2º A promoção, motivada por ressarcimento depreterição, será efetuada com base no critériopleiteado pelo requerente, desde que reconhecidoo seu direito, recebendo o bombeiro militar onúmero que lhe competia na escala hierárquica,como se houvesse sido promovido na épocadevida.

CAPÍTULO III

DO INGRESSO

Art. 75. Para o ingresso no QOBM/Comb, no postode Segundo-Tenente, o candidato deverá: I - ser selecionado dentro do número de vagasfixadas no Anexo III; II - concluir, com aproveitamento, o Curso deFormação de Oficiais Bombeiro Militar; III - ser declarado Aspirante-a-Oficial; e IV - ser aprovado no estágio probatório. Art. 76. Para ingresso no QOBM/Compl, no postode Segundo-Tenente, o candidato deverá serselecionado dentro do número de vagas fixadas noAnexo III e concluir, com aproveitamento, orespectivo Curso de Habilitação de Oficiais. Art. 77. Para ingresso no QOBM/S, no posto deSegundo-Tenente, o candidato deverá serselecionado dentro do número de vagas fixadas noAnexo III, e concluir, com aproveitamento, orespectivo Curso de Habilitação de Oficiais. Art. 78. Para ingresso no QOBM/Cpl, no posto deSegundo-Tenente, o candidato deverá serselecionado dentro do número de vagas fixadas noAnexo III, e concluir, com aproveitamento, orespectivo Curso de Habilitação de Oficiais.

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Art. 79. Para ingresso nos QOBM/Intd,QOBM/Cond, QOBM/Mús e de QOBM/Mnt, noposto de Segundo-Tenente, a Praça obedecerá àsseguintes regras: I - ser selecionada dentro do número de vagasfixadas em edital, com base no Anexo III, para osrespectivos Quadros, mediante aprovação emprocesso seletivo destinado a aferir o méritointelectual dos candidatos; II - possuir diploma de curso superior obtido eminstituição de ensino superior reconhecida pelossistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal; III - ter concluído, com aproveitamento, o Curso deAperfeiçoamento de Praças ou equivalente; IV - possuir, no mínimo, 18 (dezoito) anos de tempode serviço na ativa, até a data de inscrição doprocesso seletivo; e V - concluir, com aproveitamento, o CursoPreparatório de Oficiais. § 1º As vagas a que se refere o inciso I do caputserão preenchidas mediante a transposição dosMilitares oriundos da: I - Qualificação Bombeiro Militar Geral Operacional- QBMG-1 para o QOBM/Intd; II - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Condutore Operador de Viaturas - QBMG-2 para oQOBM/Cond; III - Qualificação Bombeiro Militar Geral deManutenção - QBMG-3 para o QOBM/Mnt; ou IV - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Músico- QBMG-4 para o QOBM/Mús. § 2º As exigências de que tratam os incisos I, II eIV do caput serão aplicadas após 5 (cinco) anoscontados da data de publicação desta Lei. § 3º No período de transição a que se refere o §2º, a transposição aos Quadros de que trata ocaput será processada observando-se asdisposições desta Lei e o seguinte: I - 50% (cinquenta por cento) das vagas existentespelo critério de antiguidade; II - 50% (cinquenta por cento) das vagas pelocritério de merecimento, observadas as regras depromoção de que tratam os incisos I a III do § 2º doart. 71; III - o candidato deverá ser Subtenente ou, quandonão houver Subtenente habilitado, deverá serPrimeiro-Sargento; e IV - o militar deverá ter concluído, comaproveitamento, o Curso de Habilitação de Oficiaise possuir certificado emitido por instituição de ensino médio ou equivalente autorizada oureconhecida pelos sistemas de ensino federal,estadual ou do Distrito Federal; § 4º A contar da data da publicação desta Lei, osOficiais existentes no QOBM/Adm passam aintegrar os seguintes Quadros: I - o QOBM/Intd, se militar oriundo da QBMG-1; e II - o QOBM/Cond, se militar oriundo da QBMG-2. Art. 80. Para o ingresso no Quadro Geral dePraças, na graduação de Soldado de PrimeiraClasse, o candidato deverá concluir comaproveitamento o Curso de Formação de PraçasBombeiros Militares e ser aprovado em estágioprobatório. Art. 81. Os candidatos a que se referem os arts.76, 77, 78 e 80, aprovados e selecionados,frequentarão o curso inicial de Carreira comoaluno, na condição de Aspirante-a-Oficial ou desoldado de segunda classe, conforme o caso.

Parágrafo único. Se o candidato não concluir, comaproveitamento, o curso inicial de Carreira, serálicenciado ou demitido ex officio, conforme o caso,sem direito a qualquer remuneração ouindenização, e terá a sua situação definida deacordo com a Lei nº 4.375, de 17 de agosto de1964 - Lei do Serviço Militar. Art. 82. O Aspirante-a-Oficial será promovido aoposto de Segundo-Tenente após o cumprimentodos requisitos na graduação, na primeira data depromoção que vier a ocorrer, independentementeda existência de vaga. Art. 83. A Praça a que se refere o art. 79frequentará o Curso Preparatório de Oficiais ou oCurso de Habilitação de Oficiais, conforme o caso,na graduação em que se encontra ou na que venhaa ser promovido no decorrer do curso. Parágrafo único. Se o candidato não concluir, comaproveitamento, o curso de que trata o caputpermanecerá na graduação e voltará a ocupar amesma posição anterior na escala hierárquica. Art. 84. A manutenção do efetivo dos Militares doCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal seráassegurada mediante ingresso anual, gradual esucessivo de Militares nos diversos quadros ouqualificações, observada a existência de recursosorçamentários e financeiros e o quantitativoproposto no Anexo III. Parágrafo único. No ano em que o número deexclusões do serviço ativo for igual ou superior a 2(duas) vezes a média dos últimos 10 (dez) anos,em qualquer Quadro ou Qualificação, no anosubsequente haverá o ingresso de 2 (duas) turmasde Militar es, com intervalo de 6 (seis) meses entrecada ingresso, respeitados os limites estabelecidosneste artigo. Art. 85. Compete ao Comandante-Geral do Corpode Bombeiros Militar do Distrito Federal promover aincorporação dos candidatos aprovados nosconcursos públicos para os diversos Quadros ouQualificações existentes na Corporação.

CAPÍTULO IV

DAS CONDIÇÕES BÁSICAS

Art. 86. São condições básicas, imprescindíveis,que habilitam o militar de Carreira à promoção aoposto ou graduação superior: I - ter concluído, com aproveitamento, os seguintescursos, conforme o caso: a) Curso de Formação de Oficiais - CFO/BM, paraacesso ao posto de Segundo-Tenente do Quadrode Oficiais Bombeiros Militares Combatentes; b) Curso de Formação de Praça BM - CFP/BM,para acesso à graduação de Soldado de 1ª Classe,Cabo e Terceiro-Sargento; c) Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais -CAO/BM, para acesso ao posto de Major dos diversos Quadros de Oficiais Bombeiros Militar es; d) Curso de Aperfeiçoamento de Praça BM -CAP/BM, para o acesso à graduação de Segundoe Primeiro-Sargento; e) Curso de Altos Estudos para Oficiais -CAEO/BM, para acesso ao posto de Coronel; f) Curso de Altos Estudos para Praça BM -CAEP/BM, para acesso à graduação deSubtenente; g) Curso Preparatório de Oficiais - CPO/BM,específico para acesso ao posto de Segundo-Tenente dos Quadros de Oficiais BombeirosMilitares de Administração - QOBM/Adm eEspecialista - QOBM/Esp; e h) Curso de Habilitação de Oficiais - CHO/BM -específico para acesso ao posto de Segundo-Tenente dos QOBM/Compl, de QOBM/S e deQOBM/Cpl;

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II - possuir o interstício exigido para o respectivograu hierárquico, conforme disposto no Anexo IV; III - obter o aproveitamento mínimo de 70%(setenta por cento) no teste de aptidão física da Corporação; IV - possuir o tempo de serviço arregimentadoprevisto no Anexo IV; V - frequentar, com aproveitamento, a InstruçãoGeral - IG e a Instrução Específica - IE, a seremcumpridas dentro do planejamento exclusivo paracada interstício, conforme regulamentação do Comandante-Geral da Corporação; VI - não ser considerado incapaz definitivamentepara o serviço ativo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, em inspeção de saúderealizada na Corporação; e VII - ter concluído, com aproveitamento, um cursode especialização ou habilitação no Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal a cadaperíodo de 5 (cinco) anos, conforme normasestabelecidas pela Corporação, se Oficialsubalterno do Quadro de Oficiais Combatentes,Cabo ou Soldado. § 1º O Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais, aque se refere a alínea c do inciso I do caput,poderá ser desenvolvido em turmas específicascontemplando Militares de um ou mais quadros,para adequação da capacitação com vistas nomelhor aproveitamento dos Militares nas suasfuturas funções. § 2º O índice mínimo a que se refere o inciso III docaput é aquele obtido pelo militar no último teste deaptidão física precedente à data prevista para apromoção. § 3º Na impossibilidade de o militar realizar o testede aptidão física dentro do período previsto no §2º, por motivo de força maior ou caso fortuito, seráconsiderado o resultado alcançado por ele no testeimediatamente anterior. § 4º Interstício é o tempo mínimo que cada militardeverá cumprir no posto ou graduação, conformeestabelecido no Anexo IV. § 5º Cumpridas as demais exigênciasestabelecidas para a promoção, o interstíciopoderá ser reduzido em até 50% (cinquenta porcento) sempre que houver vagas não preenchidaspor esta condição. § 6º A redução de interstício prevista no § 5º seráefetivada mediante ato: I - do Governador do Distrito Federal, por proposta do Comandante-Geral, para as promoções deOficiais; e II - do Comandante-Geral, por proposta do Diretorde Pessoal, para as promoções de Praças. § 7º O tempo de serviço arregimentado somenteserá reduzido quando ocorrer a redução dointerstício, prevista no § 5º, e na mesma proporção,bem como não será exigido, a contar da publicaçãodesta Lei, para a primeira promoção do bombeiromilitar. § 8º As exigências de que tratam os incisos V e VIIdo caput poderão ser sobrestadas por até 24 (vintee quatro) meses contados da data da publicaçãodesta Lei. Art. 87. Ato do Governador do Distrito Federaldefinirá os parâmetros de equivalência dos cursos: I - de aperfeiçoamento com cursos deespecialização, de mestrado ou mestradoprofissional para os Quadros de OficiaisComplementares, de Saúde, de Administração eEspecialistas; e II - de altos estudos com cursos de doutorado para os Quadros de Oficiais Complementares e deSaúde, desde que reconhecidos pelo Ministério daEducação.

CAPÍTULO V

DO PROCESSAMENTO DAS PROMOÇÕES

Art. 88. As promoções serão efetuadas nosseguintes dias, para o interstício completado até asrespectivas datas: I - em 22 de abril, 21 de agosto e 26 de dezembro,para promoção de Oficiais; e II - em 30 de março, 30 de julho e 30 de novembro,para promoção das Praças. Parágrafo único. Anualmente, o Comandante-Geral da Corporação fará publicar o calendáriocom as datas de encerramento das alterações e dos demais atos necessários ao processamentodas promoções. Art. 89. Até que seja expedido o ato de que tratamos §§ 3º e 4º do art. 94, as promoções dosbombeiros Militares serão feitas com base na legislação aplicável até o dia imediatamenteanterior ao da publicação desta Lei, em relação aosseguintes aspectos: I - Comissões de Promoção de Oficiais e de Praçase suas respectivas constituições, competências eatribuições; II - limites quantitativos de antiguidade; III - organização dos Quadros de Acesso; IV - condições de acesso; V - interstícios, com as seguintes exceções: a) o interstício para Terceiro-Sargento BM será o mesmo previsto para o Primeiro-Sargento BM; e b) o interstício para Capitão BM será o mesmoprevisto para o Major QOBM/Comb; VI - serviço arregimentado; VII - datas de calendário, com exceção da primeiradata de promoção que vier a ocorrer após a ediçãodesta Lei, cujo calendário será fixado mediante atodo Comandante-Geral; VIII - datas de promoção; IX - aptidão física; X - inspeção de saúde; XI - cursos, com as seguintes exceções: a) não será exigido o Curso de Formação deCabos para a promoção à graduação de Cabo; b) não será exigido o Curso de Formação deSargentos ou equivalente para a promoção àgraduação de Terceiro-Sargento; e c) não será exigido o Curso de Aperfeiçoamento deSargentos para a promoção à graduação dePrimeiro-Sargento; XII - critérios de seleção; XIII - documentação básica; e XIV - processamento das promoções. § 1º Os limites quantitativos de antiguidadeespecificados no inciso II do caput para os Cabos eSoldados serão iguais aos previstos no § 2º do art. § 2º Os limites quantitativos de antiguidadereferidos no inciso II do caput serão calculados deacordo com as seguintes regras: I - deverão ser tomados por base os quantitativosde efetivo fixados no Anexo II;

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II - o resultado numérico final do limite quantitativode antiguidade poderá ser acrescido de até 30%(trinta por cento) quando houver vagas disponíveispara serem preenchidas; e III - serão contabilizados apenas os bombeirosMilitares numerados nos Quadros. § 3º Os Militares promovidos conforme previsto naalínea b do inciso XI do caput serãocompulsoriamente matriculados no primeiro Cursode Aperfeiçoamento de Praças a ser realizado, emconformidade com a alínea d do inciso I do caputdo art. 86. § 4º A apuração das vagas para as promoções de que trata este artigo será realizada considerando odisposto no Anexo II. Art. 90. O órgão de direção setorial do sistema depessoal da Corporação será responsável peloprocessamento das promoções. Art. 91. O processamento das promoções seráiniciado com a abertura de processo administrativo,devidamente autuado, protocolado e numerado, aoqual serão juntados, oportunamente, osdocumentos comprobatórios que justifiquem acomposição do Quadro de Acesso. Art. 92. Apenas os bombeiros Militares quesatisfaçam às condições de acesso e estejamcompreendidos nos limites quantitativos deantiguidade serão relacionados pelas Comissõesde Promoção, para estudo destinado à inclusãonos Quadros de Acesso. § 1º Os limites quantitativos de antiguidade,referidos neste artigo, destinam-se a estabelecer,por postos e graduações, nos Quadros eQualificações, as faixas dos bombeiros Militar esque concorrem à constituição dos Quadros deAcesso. § 2º Os limites quantitativos de antiguidade dosbombeiros Militares que concorrerão às promoçõesao grau hierárquico superior serão os seguintes: I - 1/5 (um quinto) do previsto em cada grauhierárquico dos quadros constantes do Anexo II,exceto o previsto no inciso II; II - 1/3 (um terço) do previsto nos graushierárquicos de que tratam as alíneas a a c doinciso II do caput do art. 71, constantes dosquadros do Anexo II; III - em caráter excepcional, nos graus hierárquicosde que trata o inciso II em que o quantitativoprevisto for igual ou inferior a 10 (dez), concorreráa sua totalidade; e IV - nos demais graus hierárquicos constantes dosQuadros do Anexo II, em que o quantitativoprevisto for igual ou inferior a 10 (dez), concorrerá1/3 (um terço), em caráter excepcional. § 3º Sempre que nas divisões previstas nosincisos I, II e IV do § 2º resultar quocientefracionário, será ele tomado por inteiro e para mais. § 4º Para as promoções aos postos de que tratamos incisos I a III do § 2º do art. 71, apenas osOficiais que cumpram as condições básicasprevistas no art. 86 serão avaliados pela Comissão de Promoção de Oficiais para composição dosQuadros de Acesso por Merecimento. Art. 93. Quadro de Acesso é a relação nominal dosbombeiros Militares organizados por postos ougraduações, dentro dos respectivos Quadros eQualificações existentes na Corporação, colocadosna seguinte ordem: I - decrescente de precedência hierárquica, deacordo com o disposto no Estatuto dos BombeirosMilitar es, aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 de junhode 1986, para as promoções por antiguidade oupor ato de bravura; II - de forma crescente, a partir do primeirocolocado do curso inicial de cada Quadro,considerando-se a classificação geral entre todasas turmas existentes no respectivo curso

parapromoção por merecimento, baseada na ordem declassificação obtida ao final dos respectivos cursos;e III - decrescente, segundo o resultado da somaalgébrica da quantidade de votos recebidos emtodos os fatores de avaliação do desempenho paraa promoção por merecimento aos postos definidos,conforme dispõem os incisos I a III do § 2º do art.71. Art. 94. A Comissão de Promoção de Oficiais e aComissão de Promoção de Praças, de caráterpermanente, são órgãos de processamento daspromoções, sendo constituídas por membros natose efetivos, tendo as seguintes competências: I - proceder à investigação sumária dos atosmotivadores de promoção por ato de bravura epost mortem; II - consolidar juízo de valor, em caráter provisório,quanto ao conceito moral do bombeiro militar; III - assessorar o Comandante-Geral da Corporação na coordenação, acompanhamento efiscalização da gestão do processamento daspromoções; IV - julgar recursos, em primeira instância; V - encaminhar os processos de promoção aoComandante-Geral da Corporação compronunciamento conclusivo para os atosdecorrentes; e VI - proceder à avaliação do desempenho equantificação do mérito para o processamento daspromoções por merecimento aos postos definidos,conforme dispõem os incisos I a III do § 2º do art.71. § 1º Compõem a Comissão de Promoção deOficiais: I - o Comandante-Geral, que a presidirá, oSubcomandante-Geral, o Chefe do Estado-Maior-Geral e o titular do órgão de direção-geral depessoal, como membros natos; e II - 3 (três) Coronéis do Quadro de OficiaisCombatentes, designados pelo Comandante-Geralpelo prazo de 1 (um) ano, podendo serreconduzidos por igual período, como membrosefetivos. § 2º Compõem a Comissão de Promoção dePraças: I - o Subcomandante-Geral, que a presidirá, ostitulares dos órgãos de direção-geral de pessoal eoperacional e o Controlador como membros natos;e II - 3 (três) oficiais superiores designados peloComandante-Geral, pelo prazo de 1 (um) ano,podendo ser reconduzidos por igual período, comomembros efetivos. § 3º As regras de funcionamento e ascompetências das Comissões de Promoção serãoestabelecidas pelo Poder Executivo federal. § 4º Ato do Governador do Distrito Federal disporásobre os critérios para avaliação do conceito morale quantificação do mérito a que se referem osincisos II e VI do caput. § 5º Para a quantificação do mérito a que se refereo inciso VI do caput deverá ser utilizado comométodo de avaliação a comparação em relação aosseus pares, 2 (dois) a 2 (dois) de cada vez, com aescolha de um entre ambos em relação ao fatorobservado, de forma que cada Oficial sejacomparado com todos os pares que integram oQuadro de Acesso. § 6º Na avaliação a que se refere o § 5º, seráutilizado como pontuação o somatório do númerode votos recebidos pelo militar em cada um dosseguintes fatores de avaliação: I - produção: avaliação do trabalho respeitante àquantidade e à qualidade de serviços produzidosdurante o desempenho da atividade bombeiromilitar, bem como a comparação da exatidão, afrequência de erros, a apresentação, a ordem e oesmero que caracterizam os serviços dosavaliados;

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II - responsabilidade: avaliação da maneira como omilitar se dedica ao trabalho e faz o serviço noprazo estipulado; III - cooperação: ponderação sobre a vontade decooperar, a atitude e o auxílio que presta aoscolegas e a maneira de acatar ordens; IV - iniciativa: consideração sobre o bom senso dasdecisões do militar na ausência de instruçõesdetalhadas, ou em situações fora do comum; e V - contribuição futura: avaliação do potencial dedesenvolvimento futuro, que compara o conjuntode conhecimentos, habilidades e experiências quecredenciam cada avaliado a exercer o último postodo seu Quadro. § 7º É vedada a utilização de qualquer critério deavaliação ou escolha não previsto em lei. Art. 95. O ato de promoção em qualquer posto,graduação, quadro e qualificação seráconsubstanciado pelo: I - Governador do Distrito Federal, se a posto deOficial; ou II - Comandante-Geral do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal, se a graduação de Praçae Praça Especial Bombeiro Militar. § 1º O ato de nomeação para o posto inicial daCarreira e os atos de promoção àquele posto e aoprimeiro de oficial superior acarretam expedição decarta-patente pelo Governador do Distrito Federal. § 2º A promoção aos demais postos é apostilada àúltima carta-patente expedida. Art. 96. A promoção por merecimento é garantidaaos bombeiros Militares que concluíram, comaproveitamento, o curso do seu respectivo quadroou qualificação, bem como será o único critériopara a progressão do oficial bombeiro militar aospostos definidos, conforme dispõem os incisos I aIII do § 2º do art. 71. § 1º Apenas o Oficial bombeiro militar quesatisfaça as condições básicas e estejacompreendido no limite quantitativo de antiguidadefixado nesta Lei será relacionado pela Comissão dePromoção de Oficiais, para estudo destinado àinclusão nos Quadros de Acesso por Merecimento. § 2º Para a composição do Quadro de Acesso porMerecimento, a Comissão de Promoção de Oficiaisprocederá ao julgamento da avaliação dedesempenho dos Militares concorrentes àpromoção. § 3º No julgamento a que se refere o § 2º, aavaliação e a quantificação do mérito serãoaferidas individualmente pelos membros daComissão de Promoção de Oficiais, somando-se,ao final, a pontuação de cada um dos avaliados. § 4º Para a promoção a que se referem os incisosI a III do § 2º do art. 71, a proposta extraída do Quadro de Acesso por Merecimento, a sersubmetida ao Governador do Distrito Federal paraescolha do Oficial a ser promovido, seráorganizada da seguinte forma: I - os 3 (três) Oficiais mais bem pontuados, porordem de classificação, para a primeira vagaaberta para a respectiva data de promoção; II - aos Oficiais não promovidos na vaga existenteserão acrescidos mais 2 (dois) Oficiais, nasequência do Quadro de Acesso por Merecimento,para concorrerem a cada vaga subsequente abertapara a mesma data de promoção; III - sempre que os Oficiais concorrentes a umavaga forem promovidos em sua totalidade, porestarem agregados, serão acrescidos 3 (três)Oficiais, na sequência do Quadro de Acesso porMerecimento, passando aquela vaga a ser aprimeira, dando-

se nova sequência às promoçõesconforme redação dos incisos I e II; e IV - o Oficial que constar do Quadro de Acesso porMerecimento em primeiro lugar em 3 (três) datasde promoção, tendo havido promoção ao últimoposto nas 2 (duas) datas anteriores, serápromovido por ocasião da apresentação do terceiroQuadro ao Governador do Distrito Federal, naprimeira vaga apurada. Art. 97. As promoções aos demais graushierárquicos dos quadros de Oficiais e Praças, nãocontemplados pelos critérios por ato de bravura,post mortem e merecimento, serão realizadas pelocritério de antiguidade. Art. 98. A promoção por bravura somente seráprocessada após apuração do mérito do atopraticado em investigação sumária, determinadapelo Comandante-Geral da Corporação eprocedida pelas Comissões de Promoção. § 1º Na promoção por bravura, não se aplicam asexigências para a promoção por outro critérioestabelecidas nesta Lei. § 2º Na investigação sumária, as Comissões dePromoção deverão analisar os reflexos daincidência, pelo bombeiro militar, nos quesitosestabelecidos nos incisos I a X do art. 100. § 3º Será proporcionada ao bombeiro militarpromovido por bravura, quando for o caso, aoportunidade de satisfazer às condições de acessoao posto ou graduação a que foi promovido, deacordo com o disposto nesta Lei. § 4º Na hipótese de o bombeiro militar nãoconseguir satisfazer as condições exigidas,permanecerá no serviço ativo, no posto ou nagraduação que atingiu, até que consigasatisfaze- lás,ou até sua transferência para a reserva remunerada ou reforma, conforme as disposiçõesdo Estatuto dos Bombeiros Militar es, aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986, e com osbenefícios que a lei lhe assegurar. Art. 99. A promoção post mortem é efetivadaquando o bombeiro militar falecer em uma dasseguintes situações, apuradas em investigaçãosumária pela Comissão de Promoção: I - em ação de manutenção da ordem pública, ouem ato ou consequência de atividade de bombeiromilitar; II - em consequência de ferimento, doença,moléstia ou enfermidade contraída em ação demanutenção da ordem pública ou em atividade debombeiro militar, ou que nelas tenham sua causaeficiente; ou III - em acidente em serviço, conforme definido emato do Governador do Distrito Federal, ou emconsequência de doença, moléstia ou enfermidade que nele tenham sua causa eficiente. § 1º O bombeiro militar será também promovidose, ao falecer, satisfazia às condições de acesso eintegrava a faixa dos que concorriam à promoção. § 2º Os casos de morte por ferimento, doença,moléstia ou enfermidade, referidos nos incisos I aIII do caput, serão comprovados por documentosanitário de origem, sendo os termos do acidente,baixa a hospital, papeletas de tratamento nasenfermarias e hospitais e os registros de baixautilizados como meios subsidiários para esclarecera situação. § 3º A promoção que resultar de qualquer dassituações estabelecidas nos incisos I a III do caputindependerá daquela prevista no § 1º e seráefetivada no grau imediato do Quadro ouQualificação a que pertencia. § 4º A promoção que resultar de falecimento dobombeiro militar, em consequência de ato debravura, exclui a promoção post mortem e seráefetivada pelo critério de bravura no grau imediatodo Quadro ou Qualificação a que pertencia.

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Art. 100. O bombeiro militar não poderá constar deQuadro de Acesso quando não cumprir ascondições básicas previstas no art. 86, bem comoincidir em um dos seguintes quesitos: I - esteja submetido a conselho de justificação,conselho de disciplina ou processo administrativode licenciamento; II - for condenado a pena privativa de liberdade,enquanto durar o cumprimento da pena, ou doprazo referente à sua suspensão condicionalinclusive, não se computando o tempo acrescido àpena por ocasião de sua suspensão condicional; III - estiver de licença para tratar de interesseparticular; IV - for condenado à pena de suspensão doexercício do posto, da graduação, cargo ou função,prevista no Código Penal Militar, durante o prazodessa suspensão; V - for considerado desaparecido, extraviado oudesertor; VI - estiver em gozo de licença para tratamento desaúde de pessoa da família por prazo superior a 1(um) ano contínuo; VII - for preso preventivamente ou em flagrantedelito, enquanto a prisão não for revogada; VIII - for considerado não habilitado para o acesso,em caráter provisório, a juízo das Comissões dePromoção por, presumivelmente, ser incapaz desatisfazer ao critério estabelecido para o conceitomoral de que trata o inciso II do caput do art. 94 eseu § 4º; IX - venha a atingir, até a data das promoções, aidade limite para permanência no serviço ativo; ou X - seja julgado incapaz, definitivamente, para o serviço do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal ou esteja agregado há mais de 2 (dois)anos por ter sido julgado incapaz,temporariamente, em inspeção de saúde. Parágrafo único. O bombeiro militar incurso noinciso VIII será submetido a conselho dejustificação ex officio ou a conselho de disciplina exofficio, conforme o caso. Art. 101. Será excluído do quadro de acesso obombeiro militar que incidir em uma dascircunstâncias previstas no art. 100 ou ainda: I - for nele incluído indevidamente; II - for promovido; ou III - for excluído do serviço ativo. Art. 102. Nos diferentes quadros, as vagas aserem consideradas para as promoções serãoprovenientes de: I - promoção ao nível hierárquico superior; II - agregação; III - demissão, licenciamento ou exclusão do serviço ativo; IV - falecimento; e V - aumento de efetivo. § 1º As vagas são consideradas abertas: I - na data da publicação do ato que promove,agrega, passa para a inatividade ou demite,licencia ou exclui do serviço ativo, salvo se, nopróprio ato, for estabelecida outra data; II - na data oficial do óbito; e III - como dispuser a lei, no caso de aumento deefetivo. § 2º Feita a apuração das vagas a preencher, estenúmero não sofrerá alteração, sendo que cadavaga aberta, em determinado

posto ou graduação,acarretará vagas nos graus hierárquicos inferiorese interromper-se-á no posto ou graduação em quehouver preenchimento por excedente, ressalvado ocaso de vaga aberta em decorrência de aplicaçãoda quota compulsória prevista em legislaçãoespecífica. § 3º Serão também consideradas as vagas queresultarem das transferências ex officio para areserva remunerada, já previstas até a data depromoção, inclusive. § 4º Não preenche vaga o militar que, estandoagregado, venha a ser promovido e continue namesma situação. § 5º As vagas decorrentes de promoções porressarcimento de preterição só serão consideradasse o ato que as originou for publicado antes dadataprevista para a apuração das vagas a serempreenchidas. Art. 103. O bombeiro militar agregado, quando no desempenho de cargo bombeiro militar ouconsiderado de natureza ou interesse bombeiromilitar, ou da segurança pública, concorrerá àpromoção por quaisquer dos critérios, sem prejuízodo número de concorrentes regularmenteestipulados. Parágrafo único. O bombeiro militar agregado porqualquer outro motivo não será promovido pelocritério de merecimento.

CAPÍTULO VI

DOS RECURSOS

Art. 104. O bombeiro militar que se julgarprejudicado em consequência de composição deQuadro de Acesso ou em seu direito de promoçãopoderá impetrar recurso, como última instância na esfera administrativa, ao: I - Governador do Distrito Federal, se o recorrentepostular à patente de Oficial; ou II - Comandante-Geral da Corporação, se orecorrente postular à graduação de Praça. § 1º Para a apresentação do recurso, o militar teráo prazo previsto no art. 52 do Estatuto dosBombeiros Militar es, aprovado pela Lei nº 7.479,de 2 de junho de 1986, a contar da data dapublicação do ato no órgão oficial. § 2º O recurso referente à composição do Quadrode Acesso e à promoção deverá ser solucionado,respectivamente, no prazo máximo de 10 (dez) e60 (sessenta) dias corridos, a partir da data derecebimento do recurso.

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 105. Para os efeitos do disposto no inciso I doart. 86, fica estabelecida a seguinte equivalência decursos: I - a Curso de Formação de Praça BM - CFP/BM, oCurso de Formação de Soldado BM - CFSd/BM; II - a Curso de Aperfeiçoamento de Praça BM -CAP/BM, o Curso de Formação de Sargentos BM -CFS/BM; III - a Curso de Altos Estudos para Praça BM -CAEP/BM, o Curso de Aperfeiçoamento deSargentos BM - CAS/BM; e IV - a Curso de Formação, os cursos superioresexigidos para o ingresso dos Militares dos Quadrosde Oficiais Bombeiros Militares Complementar -QOBM/Compl, de Saúde - QOBM/S e Capelães -QOBM/Cpl. Art. 106. A contar da publicação desta Lei, ointerstício exigido para as promoções porantiguidade e merecimento será o estabelecido noAnexo IV.

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Art. 107. Aos Aspirantes-a-Oficial e Soldados deSegunda Classe serão aplicados os dispositivosconstantes desta Lei, no que lhes for pertinente. Art. 108. Será transferido para a reserva remunerada, ex officio, o militar dos postosdefinidos nos incisos I a III do § 2º do art. 71 ou daúltima graduação de cada Quadro ou Qualificação,que possuir 6 (seis) anos de permanência nesseposto ou graduação e contar, cumulativamente,com 30 (trinta) anos ou mais de serviço. Art. 109. A progressão funcional do bombeiromilitar de Carreira do Distrito Federal cessa com asua transferência para a inatividade. Art. 110. Os arts. 2º, 3º, 5º, 11º, 78º, 93º, 95º e 121º doEstatuto dos Bombeiros Militar es, aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986, passam avigorar com a seguinte redação: “Art. 2º O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, instituição permanente, essencial à segurança pública e às atividades de defesa civil,fundamentada nos princípios da hierarquia edisciplina, e ainda força auxiliar e reserva doExército nos casos de convocação ou mobilização,organizada e mantida pela União nos termos doinciso XIV do art. 21 e dos §§ 5º e 6º do art. 144 daConstituição Federal, subordinada ao Governadordo Distrito Federal, destina-se à execução de serviços de perícia, prevenção e combate aincêndios, de busca e salvamento, e deatendimento pré-hospitalar e de prestação desocorros nos casos de sinistros, inundações,desabamentos, catástrofes, calamidades públicas eoutros em que seja necessária a preservação daincolumidade das pessoas e do patrimônio.” (NR) “Art. 3º Os integrantes do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal, à vista da natureza e dadestinação a que se refere o art. 2º, são Militar esdo Distrito Federal e formam categoria especialdenominada bombeiro militar. § 1º .............................................................................................. .................................................................. I - na ativa: a) os de carreira; b) os incluídos no Corpo de Bombeiros,voluntariamente, durante os prazos a que seobrigam a servir; c) os componentes da reserva remunerada doCorpo de Bombeiros, convocados ou designadospara o serviço ativo; e d) os alunos de órgãos de formação debombeirosMilitar es;e II - na inatividade: a) os componentes da reserva remunerada, queestejam sujeitos à prestação de serviços na ativa,mediante convocação; b) os reformados quando, tendo passado por umadas situações previstas neste artigo, estejamdispensados definitivamente da prestação deserviço na ativa; c) os da reserva remunerada, sujeitos à prestaçãode tarefa por tempo certo, em caráter transitório emediante aceitação voluntária. .................................................................................. ……..............................................” (NR) “Art. 5º ...................................................................... ……………………...................................................... .................................................................................. § 2º A Carreira de Oficial do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal é privativa de brasileironato ou naturalizado.” (NR)

“Art. 11. Para matrícula nos cursos de formaçãodos estabelecimentos de ensino bombeiro militar,além das condições relativas à nacionalidade,idade, aptidão intelectual e psicológica, altura,sexo, capacidade física, saúde, idoneidade moral,obrigações eleitorais, aprovação em testestoxicológicos e suas obrigações para com o serviço militar, exige-se ainda a apresentação, conforme o edital do concurso, de diploma de conclusão de ensino superior, reconhecido pelos sistemas de ensino federal, estadual ou do Distrito Federal. § 1º A idade mínima para a matrícula a que se refere o caput é de 18 (dezoito) anos, sendo amáxima de: I - 28 (vinte e oito) anos para o Quadro de OficiaisBombeiros Militares Combatentes e o QuadroGeral de Praças Bombeiros Militar es; e II - 35 (trinta e cinco) anos para ingresso nosQuadros de Oficiais Bombeiros Militares de Saúde,Complementar e Capelães. § 2º Os limites mínimos de altura para matrícula aque se refere o caput são, com os pés nus ecabeça descoberta, de um metro e sessentacentímetros para homens e um metro e cinquenta e cinco centímetros para mulheres. .................................................................................. ................................................................................. § 4º Ato do Poder Executivo federal estabeleceráas áreas específicas de formação a serem exigidaspara matrícula nos cursos de formação para aCarreira de Oficiais do Quadro de OficiaisBombeiros Militares Combatentes e para osQuadros de Oficiais Bombeiros Militares de Saúde,Complementares e Capelães.” (NR) “Art. 78. ........................................................................................ …………………….............................................. § 1º ........................................................................... ……………………................................................. b) aguardar transferência para a reserva remunerada, por ter sido enquadrado em qualquerdos requisitos que a motivam; e ...................................................................................................... …….............................................................” (NR) “Art. 93. ........................................................................................ …………………............................................. I - ................................................................................................. ………........................................................... a) para o Quadro de Oficiais Combatentes: 1. 62 (sessenta e dois) anos, para o posto deCoronel; 2. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deTenente-Coronel; 3. 55 (cinquenta e cinco) anos, para os postos deMajor e Capitão; e 4. 51 (cinquenta e um) anos, para os postos deoficiais subalternos; b) para os demais Quadros: 1. 64 (sessenta e quatro) anos, para o posto deCoronel; 2. 60 (sessenta) anos, para o posto de Tenente-Coronel; 3. 59 (cinquenta e nove) anos, para o posto deMajor; e 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para os postosIntermediário e Subalterno; e c) para Praças:

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1. 59 (cinquenta e nove) anos, para graduação deSubtenente; 2. 58 (cinquenta e oito) anos, para graduação dePrimeiro-Sargento; 3. 57 (cinquenta e sete) anos, para graduação deSegundo-Sargento; 4. 56 (cinquenta e seis) anos, para graduação deTerceiro-Sargento; e 5. 54 (cinquenta e quatro) anos, para graduação deCabos e Soldados; .................................................................................. ................................................................ IV - ultrapassar o Tenente-Coronel e o Major 6(seis) anos de permanência no posto, quando essefor o último de seu Quadro, desde que conte 30(trinta) anos ou mais de serviço; .................................................................................. …................................................................” (NR) “Art. 95. ................................................................... …………………........................................... I - ............................................................................. ………......................................................... a) para oficiais: 65 (sessenta e cinco) anos; b) para Praças: 63 (sessenta e três) anos; c) (revogado); ...............................................................................” (NR) “Art. 121. ................................................................. ................................................................................. ................................................................................. ................................................................................ III - tempo de serviço arregimentado.” (NR) Art. 111. O Estatuto dos Bombeiros Militar es,aprovado pela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986,passa a vigorar acrescido do seguinte dispositivo: “Art. 122-A. Tempo de serviço arregimentado é otempo passado pelo bombeiro militar no desempenho de função em Organização do Corpode Bombeiros Militar do Distrito Federal ou emfunção considerada de natureza militar quandocedido ou à disposição de outro órgão público,conforme estabelecer legislação específica. § 1º Será considerado como tempo de serviçoarregimentado o tempo passado dia a dia nasOrganizações do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal pelo bombeiro militar da reserva da Corporação convocado para o exercício de funçõesde bombeiro militar. § 2º Não serão deduzidos do tempo de serviçoarregimentado, além dos afastamentos previstosno art. 66, os períodos em que o bombeiro Militar estiver em gozo do afastamento total a que se refere o art. 68.”

CAPÍTULO VIII

DA ORGANIZAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

Art. 112. Os arts. 2º, 8º, 10, 11, 12, 13, 22, 24, 26,28, 29, 30 e 32 da Lei nº 8.255, de 20 de novembrode 1991, passam a vigorar com as seguintesalterações: “Art. 2º ...................................................................... X - executar serviços de atendimento pré-hospitalar.”(NR)

“Art. 8º O Comando-Geral é constituído do Comandante-Geral, além do seguinte: I - o Subcomandante-Geral; II - o Chefe do Estado-Maior-Geral; III - os Chefes de Departamentos; IV - o Controlador; V - o Chefe de Gabinete do Comandante-Geral; VI - os Diretores; VII - o Comandante Operacional; e VIII - a Ajudância-Geral.” (NR) “Art. 10. O Comandante-Geral do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal será umcoronel da ativa do Quadro de Oficiais BMCombatentes da própria Corporação. ....................................................................................... ............................................................... § 2º O provimento do cargo de Comandante-Geral será feito mediante ato do Governador do Distrito Federal, observada a formação profissional do oficial para o exercício do comando.” (NR) “Art. 11. O Estado-Maior-Geral é o órgão deorientação e planejamento responsável pelaelaboração da política militar, pelo planejamentoestratégico e pela orientação do preparo e doemprego da Corporação, visando ao cumprimentoda destinação constitucional e legal. Parágrafo único. O Estado-Maior-Geral,encarregado da elaboração das diretrizes e ordens do comando, tem por missão o estudo, oplanejamento, a coordenação, a programaçãoorçamentária e financeira e o controle de todas asatividades da Corporação, por intermédio dosórgãos de direção-geral e de direção setorial, de apoio e de execução, no exercício de suascompetências, em conformidade com as decisõese diretrizes do Comandante-Geral do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal.” (NR) “Art. 12. ......................................................................... .................................................................................. III - Seções, que não poderão exceder o número de10 (dez). a) (revogado); b) (revogado); c) (revogado); d) (revogado); e) (revogado); f) (revogado); g) (revogado). § 1º Cabe ao Chefe do Estado-Maior-Geral aorientação, a coordenação e a fiscalização dostrabalhos do Estado-Maior-Geral, visando ao cumprimento das determinações e políticasestabelecidas pelo Comandante-Geral. .................................................................................. ................................................................. § 3º O Chefe do Estado-Maior-Geral será umcoronel da ativa do Quadro de Oficiais BMCombatentes, indicado pelo Comandante-Geral enomeado pelo Governador do Distrito Federal.

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§ 4º (Revogado). § 5º (Revogado).” (NR)

“Seção III

Dos Departamentos e das Diretorias

„Art. 13. Os Departamentos, em número máximode 6 (seis) e organizados sob a forma de sistema,exercerão suas competências por meio dediretorias e órgãos de direção setorial que lhessejam diretamente subordinados. I - (revogado); II - (revogado); III - (revogado); IV - (revogado); V - (revogado); VI - (revogado); VII - (revogado); VIII - (revogado). Parágrafo único. O número de Diretorias nãopoderá exceder ao limite de 5 (cinco) porDepartamento.‟ .................................................................................. (NR)”

“Seção V

Da Controladoria

„Art. 22. A Controladoria é o órgão de assessoramento direto e imediato ao Comandante-Geral quanto aos assuntos e providênciasrelacionados com a defesa do patrimônio público,auditoria, correição, ouvidoria, orientação efiscalização, e averiguação e análise das atividadesde administração orçamentária, financeira,patrimonial e de gestão de pessoas.‟ (NR) .................................................................................. .................................................................. “Art. 24. ................................................................... ........................................ ................................................................................ II - as Policlínicas: a) Policlínica médica; e b) Policlínica odontológica; e III - os Centros, em número máximo de 12 (doze). a) (revogado); b) (revogado); c) (revogado); d) (revogado); e) (revogado); f) (revogado); g) (revogado); h) (revogado); i) (revogado).” (NR)

“Art. 26. As Policlínicas são órgãos de apoio aosistema de saúde, incumbidas da assistênciamédica, odontológica, farmacêutica e sanitária àfamília bombeiro-militar, conforme dispuser a lei.”(NR) “Art. 28. Os órgãos de execução do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal sãoclassificados, segundo a natureza dos serviços queprestam ou as peculiaridades do emprego, em: I - Comando Operacional; II - Unidade de Prevenção e Combate a Incêndio; III - Unidade de Busca e Salvamento; IV - Unidade de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar; V - Unidade de Proteção Ambiental; VI - Unidade de Proteção Civil; VII - Unidade de Aviação Operacional; VIII - Unidade de Multiemprego. .................................................................................. § 4º Unidade de Atendimento de Emergência Pré-Hospitalar é a que tem a seu cargo, dentro dedeterminada área de atuação operacional, as missões de emergências médicas voltadas para oatendimento pré-hospitalar e socorros de urgência,nos casos de sinistro, inundações, desabamentos,catástrofes e calamidades públicas, bem comooutras que se fizerem necessárias à preservaçãoda incolumidade das pessoas e do patrimônio. § 5º Unidade de Proteção Ambiental é a que tem aseu cargo, dentro de determinada áreaoperacional, o cumprimento das atividades emissões de prevenção e combate a incêndiosflorestais, contenção de produtos perigosos edemais ações de proteção ao meio ambiente. § 6º Unidade de Proteção Civil é a que tem a seucargo, dentro de determinada área deresponsabilidade, a execução de atividades dedefesa civil. § 7º Unidade de Aviação Operacional é a que tema seu cargo, dentro de determinada áreaoperacional, a execução de missões aéreas eapoio a ações conexas. § 8º Unidade de Multiemprego é a que tem a seucargo, dentro de determinada área operacional, a execução de 2 (duas) ou mais das missõesprevistas nos §§ 2º a 7º . § 9º Cada Unidade Operacional terá, em suajurisdição, tantas subunidades subordinadasquantas forem necessárias, para o atendimentodas respectivas missões.” (NR) “Art. 29. A estrutura dos órgãos de direção, apoio eexecução de que trata esta Lei será a mínimaindispensável, de modo a possibilitar amploemprego da Corporação. I - (revogado); II - (revogado); III - (revogado); IV - (revogado); V - (revogado); VI - (revogado); VII - (revogado); VIII - (revogado); IX - (revogado);

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X - (revogado). § 1º (Revogado). § 2º (Revogado). § 3º (Revogado). § 4º (Revogado).” (NR) “Art. 30. ........................................................................ ................................................................... I - pessoal da ativa, constituído dos seguintesQuadros: a) Quadro de Oficiais BM Combatentes -QOBM/Comb; e b) Quadro de Oficiais BM de Saúde - QOBM/S, quese divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Médicos - QOBM/Méd; e 2. Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas -QOBM/CDent; c) Quadro de Oficiais BM Complementar -QOBM/Compl; d) Quadro de Oficiais BM de Administração -QOBM/Adm, que se divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Intendentes - QOBM/Intd;e 2. Quadro de Oficiais BM Condutores eOperadores de Viaturas - QOBM/Cond; e) Quadro de Oficiais BM Especialistas -QOBM/Esp, que se divide em: 1. Quadro de Oficiais BM Músicos - QOBM/Mús; e 2. Quadro de Oficiais BM de Manutenção -QOBM/Mnt; f) Quadro de Oficiais BM Capelães - QOBM/Cpl; e g) Quadro Geral de Praças BM - QGPBM; .................................................................................. .” (NR) “Art. 32. O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal será fixado em lei específica,mediante proposta do Governador do Distrito Federal. .................................................................................. .” (NR) Art. 113. Os Capítulos I e II do Título II da Lei nº 8.255, de 20 de novembro de 1991, passam avigorar acrescidos dos seguintes arts. 7º-A, 8º-A,10-A, 10-B e 23-A: “Art. 7º-A. Os cargos de comando, direção-geral,direção setorial e assessoramento, definidos comocargos em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos.” “Art. 8º-A. O Alto Comando, órgão consultivo do Comandante-Geral, é constituído dos seguintesmembros: I - Comandante-Geral, na qualidade de Presidente; II - Subcomandante-Geral, na qualidade de Vice-Presidente; III - Chefe do Estado-Maior-Geral; IV - Controlador; V - Chefe de Gabinete do Comandante-Geral; VI - Chefes de Departamento;

VII - Diretores; VIII - Comandante-Operacional; IX - Ajudante-Geral; X - os Ex-Comandantes-Gerais e Ex-Subcomandantes-Gerais da Corporação, enquantonão passarem para a inatividade. Parágrafo único. O funcionamento do Alto Comando será regulamentado por ato do Governador do Distrito Federal.” “Art. 10-A. O Subcomando-Geral é o órgão de direção-geral responsável perante o Comandante-Geral pela coordenação, fiscalização e controle dasrotinas administrativas da Corporação, acionandoos órgãos de direção-geral, direção setorial, de apoio e de execução no cumprimento de suas atividades. § 1º O Subcomandante-Geral do Corpo deBombeiros Militar do Distrito Federal será umcoronel do Quadro de Oficiais BM Combatentes daativa da própria Corporação, escolhido peloComandante-Geral e nomeado pelo Governador do Distrito Federal. § 2º Quando a escolha de que trata o § 1º não recair sobre o coronel mais antigo, o escolhido teráprecedência funcional sobre os demais. § 3º O substituto eventual do Subcomandante-Geral será o coronel mais antigo existente naCorporação. § 4º O Subcomandante-Geral é o substitutoeventual do Comandante-Geral da Corporação.” “Art. 10-B. A organização, funcionamento,transformação, extinção e definição de competências de órgãos do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal, de acordo com aorganização básica e os limites de efetivosdefinidos em lei, ficarão a cargo: I - do Poder Executivo federal, mediante proposta do Governador do Distrito Federal, em relação aos órgãos da organização básica, que compreendemo Comando-Geral e os órgãos de direção-geral ede direção setorial; e II - do Governador do Distrito Federal, em relaçãoaos órgãos de apoio e de execução, nãoconsiderados no inciso I.” “Art. 23-A. Fica criado instituto, no Gabinete do Comandante-Geral, diretamente a ele subordinado,que terá a seu cargo: I - a responsabilidade pelo planejamento ecoordenação da realização periódica de concursospúblicos de provas ou de provas e títulos, paraseleção dos candidatos a matrícula nos cursos deformação requeridos para ingresso nas Carreirasdo quadro de pessoal da Corporação; II - a organização e a administração de provas etestes necessários para comprovação dahabilitação às profissões relacionadas à missão doCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; III - a promoção e a organização de simpósios,seminários, trabalhos e pesquisas sobre questõesrelacionadas às missões da Corporação; e IV - a organização e administração de biblioteca,de museu e de centro de documentação, nacionale internacional, sobre doutrina, técnicas elegislação pertinentes à missão dos corpos debombeiros e questões correlatas. Parágrafo único. Ato do Poder Executivo federaldisporá sobre a organização, funcionamento,competências e atribuições dos dirigentes doinstituto referido neste artigo.” Art. 114. Ficam os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal autorizados a nomearpoliciais Militares e bombeiros

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Militares da reserva remunerada, referidos na alínea a do inciso II do §1º do art. 3º do Estatuto dos Bombeiros Militar es,aprovado pela Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de1984, e na alínea c do inciso II do § 1º do art. 3º daLei nº 7.479, de 2 de junho de 1986,respectivamente, até o limite fixado em ato do Governador do Distrito Federal, para a execuçãode tarefa, encargo, incumbência ou missão, emorganizações da Polícia Militar do Distrito Federal edo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,pelo tempo não superior a 1 (um) ano, prorrogávelpor iguais períodos até o limite de 5 (cinco) anos. § 1º As nomeações, na forma do caput, destinamseao atendimento das seguintes atividades, decaráter voluntário e temporário, por absolutanecessidade do serviço de: I - professores, instrutores e monitores emestabelecimento de ensino da Corporação; II - administração, de saúde, de finanças, deinformática e de ciência e tecnologia; III - apoio e em complemento a atividadeoperacional; e IV - realização de serviços ou atividades denatureza emergencial ou urgente. § 2º O chamamento e a seleção de militar inativopara a prestação de tarefa a que se refere o caputserão feitos por intermédio do órgão de direção setorial do sistema de pessoal da Corporação,mediante processo seletivo para o exercício docargo, observadas as seguintes condicionantes: I - observância dos princípios da legalidade,impessoalidade, moralidade, eficiência, publicidadee transparência; II - comprovação de conhecimento ou experiênciana execução da atividade para a qual o inativo évoluntário; e III - aptidão comprovada para a execução da tarefapara a qual é voluntário, em inspeção de saúderealizada na Corporação. § 3º O militar da reserva remunerada do Distrito Federal, e excepcionalmente o reformado, quetenha modificada sua situação na inatividade paraa prestação de tarefa por tempo certo, faz jus aadicional igual a 0,3 (três décimos) dos proventosque estiver percebendo. § 4º O militar do Distrito Federal, reformado deacordo com as situações previstas no inciso II doart. 94 da Lei nº 7.289, de 18 de dezembro de1984, e no inciso II do art. 95 do Estatuto dosBombeiros Militar es, aprovado pela Lei nº 7.479,de 2 de junho 1986, poderá, observado o dispostono § 2º, ser aproveitado no serviço dasCorporações, exercendo as atividades descritasnos incisos I e II do § 1º deste artigo, por meio denomeação em idênticas condições conforme oprevisto no caput, seus parágrafos e incisos,exceto quanto ao tempo de permanência, quepoderá ser prorrogado até o limite de 30 (trinta)anos de serviço. Art. 115. Os arts. 3º, 19, 23 e 26 da Lei nº 10.486,de 4 de julho de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º ..................................................................................... ........................................ ................................................................................................. ........................................ XI - ajuda de custo - direito pecuniário devido aomilitar, pago adiantadamente, por ocasião detransferência para a inatividade ou quando seafastar de sua sede em razão de serviço, paracusteio das despesas de locomoção e instalação,exceto as de transporte, nas movimentações parafora de sua sede, conforme Tabela I do Anexo IV; ...................................................................................... .” (NR)

“Art. 19. O militar, ao ser transferido para ainatividade remunerada, além dos direitos previstosno inciso XI do art. 3º e nos arts. 20 e 21 desta Lei,fará jus ao valor relativo ao período integral dasférias a que tiver direito não gozadas pornecessidade do serviço e ao incompleto, naproporção de 1/12 (um doze avos) por mês deefetivo serviço, sendo considerada como mêsintegral a fração igual ou superior a 15 (quinze)dias, bem como licenças não gozadas. .................................................................................. .” (NR) “Art. 23. ................................................................... .............................................................. .................................................................................. .............................................................. II - da cassação da situação de inatividade. III - (revogado). Parágrafo único. Será cassada a situação deinatividade do militar que houver praticado, quandoem atividade falta punível com a demissão ouexclusão a bem da disciplina.” (NR) “Art. 26. .................................................................... ............................................. I - necessitar de internação especializada, militarou não; ou II - necessitar de assistência ou de cuidados emrazão das doenças relacionadas no § 1º do art. 24. .................................................................................” (NR) Art. 116. A Tabela V do Anexo IV da Lei nº 10.486,de 4 de julho de 2002, passa a vigorar na forma doAnexo V. Art. 117. Fica instituída a Gratificação por Risco deVida, parcela remuneratória devida mensal eregularmente aos Militares do Distrito Federal,conforme valores constantes do Anexo VI, gerandoefeitos financeiros a partir das datas neleespecificadas. § 1º A gratificação de que trata o caput integra osproventos da inatividade e as pensões. § 2º (VETADO) Art. 118. Nos termos da legislação distrital, poderáo Governo do Distrito Federal manter instituiçõesde ensino de sua rede pública de educação básicasob a orientação e supervisão do Comando da Polícia Militar do Distrito Federal e do Comando doCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal,com vistas no atendimento dos dependentes deMilitares das Corporações e integrantes do Sistemade Segurança Pública do Distrito Federal e dapopulação em geral. Art. 119. (VETADO) Art. 120. As despesas decorrentes da aplicaçãodesta Lei serão atendidas à conta das dotaçõesconsignadas no Fundo Constitucional do Distrito Federal, constantes do orçamento-geral da União. Art. 121. Os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de BombeirosMilitar do Distrito Federal estabelecerão osprocedimentos para realização ou equiparação doCurso de Altos Estudos para os Oficiais oriundosdas Carreiras de Praças, que não tenham realizadoo referido curso quando Praças. Art. 122. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 123. Ficam revogados: I - a Lei nº 6.302, de 15 de dezembro de 1975;

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II - a Lei nº 6.645, de 14 de maio de 1979; III - os arts. 3º, 10, 12, 20, 21, 22, 23, 26, 27, 28,29, o parágrafo único do art. 32, os arts. 34, 35, 36,37, 39, 42, 43, 44, 45 e 46 da Lei nº 6.450, de 14de outubro de 1977; IV - o § 4º do art. 91 da Lei nº 7.289, de 18 dedezembro de 1984; V - o art. 1º da Lei nº 7.457, de 9 de abril de 1986,na parte em que dá nova redação aos arts. 3º e 10da Lei nº 6.450, de 14 de outubro de 1977; VI - o § 3º do art. 92 e a alínea c do inciso I do art.95 do Estatuto dos Bombeiros Militar es, aprovadopela Lei nº 7.479, de 2 de junho de 1986; VII - a Lei nº 7.491, de 13 de junho de 1986; VIII - a Lei nº 7.687, de 13 de dezembro de 1988; IX - a Lei nº 7.851, de 23 de outubro de 1989; X - a Lei nº 8.204, de 8 de julho de 1991; XI - as alíneas a a g do inciso III do art. 12 e seus§§ 4º e 5º, os arts. 14 a 20, o parágrafo único doart. 23, os §§ 1º a 4º do art. 29 e o art. 35 da Lei nº 8.255, de 20 de novembro de 1991; XII - a Lei nº 8.258, de 6 de dezembro de 1991; XIII - a Lei nº 9.054, de 29 de maio de 1995; XIV - a Lei nº 9.237, de 22 de dezembro de 1995; XV - o art. 1º da Lei no 9.713, de 25 de novembrode 1998; e XVI - os arts. 2º, 3º, 9º e 10º e os Anexos II e III daLei nº 11.134, de 15 de julho de 2005. Brasília, 6 de novembro de 2009; 188º da Independência e 121º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro

ANEXO I

DISTRIBUIÇÃO DO EFETIVO DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL E RESPECTIVOINTERSTÍCIO PARA

PROMOÇÃO

a) Quadro de Oficiais Policiais Militares - QOPM:

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Coronel PM 39 -

Tenente-Coronel PM 78 36 meses

Major PM 199 48 meses

Capitão PM 261 48 meses

Primeiro-Tenente PM 195 48 meses

Segundo-Tenente PM 195 48 meses

Aspirante-a-Oficial 0 6 meses

TOTAL 967

b) Quadro de Oficiais Policiais Militares de Saúde - QOPMS:

Tabela I – Médico

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Coronel PM Médico 2 -

Tenente-Coronel PM Médico

6 36 meses

Major PM Médico 16 48 meses

Capitão PM Médico 34 48 meses

Primeiro-Tenente PM Médico

17 48 meses

Segundo-Tenente PM Médico

25 48 meses

TOTAL 100

Tabela II – Dentista

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Coronel PM Dentista 1 -

Tenente-Coronel PM Dentista

4 36 meses

Major PM Dentista 12 48 meses

Capitão PM Dentista 20 48 meses

Primeiro-Tenente PM Dentista

10 48 meses

Segundo-Tenente PM Dentista

15 48 meses

TOTAL 62

Tabela III – Veterinário

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Tenente-Coronel PM Veterinário

1 -

Major PM Veterinário 1 48 meses

Capitão PM Veterinário 2 48 meses

Primeiro-Tenente PM Veterinário

1 48 meses

Segundo-Tenente PM Veterinário

1 48 meses

TOTAL 6

c) Quadro de Oficiais Policiais Militares Capelães - QOPMC:

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Tenente-Coronel PM 1 -

Major PM 1 36 meses

Capitão PM 1 48 meses

Primeiro-Tenente PM 1 48 meses

Segundo-Tenente PM 1 48 meses

TOTAL 5

d) Quadro de Oficiais Policiais Militares Administrativos - QOPMA:

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Major PM 20 -

Capitão PM 70 48 meses

Primeiro-Tenente PM 131 48 meses

Segundo-Tenente PM 132 48 meses

TOTAL 353

e) Quadro de Oficiais Policiais Militares Especialistas - QOPME:

Tabela I - Especialista em Saúde

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Major PM Especialista em Saúde

2 -

Capitão PM Especialista em Saúde

4 48 meses

Primeiro-Tenente PM Especialista em Saúde

10 48 meses

Segundo-Tenente PM Especialista em Saúde

12 48 meses

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COLETÂNIA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

100

TOTAL 28

Tabela II - Manutenção de Motomecanização

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Motomecanização

2 -

Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Motomecanização

1 48 meses

Segundo-Tenente PM de Manutenção de Motomecanização

2 48 meses

TOTAL 5

Tabela III - Manutenção de Armamento

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Armamento

1 -

Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Armamento

1 48 meses

Segundo-Tenente PM de Manutenção de Armamento

1 48 meses

TOTAL 3

Tabela IV - Manutenção de Comunicações

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM de Manutenção de Comunicações

2 -

Primeiro-Tenente PM de Manutenção de Comunicações

1 48 meses

Segundo-Tenente PM de Manutenção de Comunicações

1 48 meses

TOTAL 4

Tabela V – Veterinário

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Capitão PM Assistente Veterinário

1 -

Primeiro-Tenente PM Assistente Veterinário

1 48 meses

Segundo-Tenente PM Assistente Veterinário

2 48 meses

TOTAL 4

f) Quadro de Oficiais Policiais Militares Músicos - QOPMM:

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Major PM 1 -

Capitão PM 3 48 meses

Primeiro-Tenente PM 4 48 meses

Segundo-Tenente PM 4 48 meses

TOTAL 12

g) Quadro de Praças Policiais Militares Combatentes - QPPMC:

GRAU HIERÁRQUICO

EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 560 -

Primeiro-Sargento PM 2.156 36 meses

Segundo-Sargento PM 2.168 60 meses

Terceiro-Sargento PM 2.748 60 meses

Cabo PM 3.354 60 meses

Soldado PM 5.564 120 meses

TOTAL 16.550

h) Quadro de Praças Policiais Militares Especialistas - QPPME: Tabela I - Manutenção de Armamento - QPMP-1:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 3 -

Primeiro-Sargento PM 4 36 meses

Segundo-Sargento PM 6 60 meses

Terceiro-Sargento PM 9 60 meses

Cabo PM 25 60 meses

Soldado PM 12 120 meses

TOTAL 59

Tabela II - Manutenção de Motomecanização - QPMP-3:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 5 -

Primeiro-Sargento PM 5 36 meses

Segundo-Sargento PM 9 60 meses

Terceiro-Sargento PM 32 60 meses

Cabo PM 57 60 meses

Soldado PM 41 120 meses

TOTAL 149

Tabela III - Músicos - QPMP-4:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 15 -

Primeiro-Sargento PM 30 36 meses

Segundo-Sargento PM 35 60 meses

Terceiro-Sargento PM 25 60 meses

Cabo PM 19 60 meses

Soldado PM 12 120 meses

TOTAL 136

Tabela IV - Manutenção de Comunicações - QPMP-5:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 3 -

Primeiro-Sargento PM 3 36 meses

Segundo-Sargento PM 4 60 meses

Terceiro-Sargento PM 8 60 meses

Cabo PM 8 60 meses

Soldado PM 8 120 meses

TOTAL 34

Tabela V - Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Especialistas em

Saúde:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 12 -

Primeiro-Sargento PM 15 36 meses

Segundo-Sargento PM 18 60 meses

Terceiro-Sargento PM 22 60 meses

Cabo PM 18 60 meses

Soldado PM 15 120 meses

TOTAL 100

Tabela VI - Auxiliares de Saúde - QPMP-6 - Assistentes

Veterinários:

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COLETÂNIA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

101

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 3 -

Primeiro-Sargento PM 5 36 meses

Segundo-Sargento PM 9 60 meses

Terceiro-Sargento PM 10 60 meses

Cabo PM 8 60 meses

Soldado PM 10 120 meses

TOTAL 45

Tabela VII - Corneteiros - QPMP-7:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Subtenente PM 3 -

Primeiro-Sargento PM 2 36 meses

Segundo-Sargento PM 2 60 meses

Terceiro-Sargento PM 4 60 meses

Cabo PM 14 60 meses

Soldado PM 24 120 meses

TOTAL 49

Tabela VIII - Artífices - QPMP-9 (Em extinção):

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO INTERSTÍCIO

Segundo-Sargento PM 1 -

Terceiro-Sargento PM 1 60 meses

TOTAL 2

ANEXO II

DISTRIBUIÇÃO DO EFETIVO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL

a) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Combatentes - QOBM/Comb:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Coronel 18

Tenente-Coronel 85

Major 120

Capitão 144

Primeiro-Tenente 110

Segundo-Tenente 110

TOTAL 587

b) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares de Saúde - QOBM/S:

Tabela I - Quadro de Oficiais BM Médicos - QOBM/Méd:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Coronel 1

Tenente-Coronel 7

Major 44

Capitão 60

Primeiro-Tenente 50

Segundo-Tenente 51

TOTAL 213

Tabela II - Quadro de Oficiais BM Cirurgiões Dentistas -

QOBM/Cdent:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Coronel 1

Tenente-Coronel 4

Major 8

Capitão 14

Primeiro-Tenente 11

Segundo-Tenente 12

TOTAL 50

c) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Complementar - QOBM/Compl:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Coronel 1

Tenente-Coronel 7

Major 44

Capitão 60

Primeiro-Tenente 50

Segundo-Tenente 51

TOTAL 213

d) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares de Administração - QOBM/Adm: Tabela I - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Intendentes -

QOBM/Intd:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Major 10

Capitão 45

Primeiro-Tenente 57

Segundo-Tenente 64

TOTAL 176

Tabela II - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Condutores e

Operadores de Viaturas - QOBM/Cond:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Major 3

Capitão 12

Primeiro-Tenente 14

Segundo-Tenente 17

TOTAL 46

e) Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Especialistas - QOBM/Esp:

Tabela I - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Músicos - QOBM/Mús:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Major 1

Capitão 3

Primeiro-Tenente 4

Segundo-Tenente 5

TOTAL 13

Tabela II - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares de

Manutenção - QOBM/Mnt:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Major 1

Capitão 4

Primeiro-Tenente 4

Segundo-Tenente 5

TOTAL 14

Tabela III - Quadro de Oficiais Bombeiros Militares Capelães -

QOBM/Cpl:

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Tenente-Coronel 1

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COLETÂNIA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

102

Major 1

Capitão 1

Primeiro-Tenente 1

Segundo-Tenente 1

TOTAL 5

f) Quadro Geral de Praças Bombeiros Militar es:

Tabela I - Qualificação Bombeiro Militar Geral Operacional -

QBMG-1

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Subtenente 350

Primeiro-Sargento 737

Segundo-Sargento 970

Terceiro-Sargento 1.030

Cabo 1.080

Soldado 2.310

TOTAL 6.477

Tabela II - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Condutor e

Operador de Viaturas - QBMG-2

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Subtenente 85

Primeiro-Sargento 180

Segundo-Sargento 240

Terceiro-Sargento 260

Cabo 270

Soldado 564

TOTAL 1.599

Tabela III - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Manutenção

- QBMG-3

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Subtenente 16

Primeiro-Sargento 27

Segundo-Sargento 32

Terceiro-Sargento 35

Cabo 37

Soldado 60

TOTAL 207

Tabela IV - Qualificação Bombeiro Militar Geral de Músico -

QBMG-4

GRAU HIERÁRQUICO EFETIVO

Subtenente 15

Primeiro-Sargento 28

Segundo-Sargento 30

Terceiro-Sargento 10

Cabo 10

Soldado 10

TOTAL 103

ANEXO III

LIMITE DE INGRESSO ANUAL DE BOMBEIROS MILITAR ES

QUADROS QUANTITATIVO

Oficiais Combatentes 23

Oficiais Médicos 10

Oficiais Cirurgiões-Dentistas 3

Oficiais Complementares 10

Oficiais Intendentes 16

Oficiais Condutores e Operacionais de

Viaturas 2

Oficiais Músicos 1

Oficiais de Manutenção 1

Oficiais Capelães 1

Geral de Praças 310

ANEXO IV

PRAZOS EXIGIDOS PARA PROMOÇÃO PARA OS BOMBEIROS MILITAR ES

a) Oficiais de Carreira

PRAZOS EXIGIDOS PARA PROMOÇÃO

OFICIAIS DE CARREIRA

QUADRO Combatentes Médicos Cirurgiões-

Dentistas Complementares Intendentes

Condutores e

Operadores de

Viaturas

Manutenção Músicos Capelães

POSTO Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr. Interst. TSArr.

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COLETÂNIA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

103

2o

Tenente

48

meses

36

meses

48

meses

48

meses

48

meses

48

meses

48

meses

48

meses

36

meses

36

meses

36

meses 36meses 36meses 36meses 36meses 36meses 48meses

48

meses

1o

Tenente

48

meses

36

meses

48

meses

36

meses

48

meses

36

meses

48

meses

36

meses

36

meses

24

meses

36

meses

24

meses

36

meses

24

meses 36meses 24meses 48meses

36

meses

Capitão 72meses 48meses 72meses 48

meses

72

meses

48

meses

72

meses

48

meses

60

meses

36

meses

60

meses

36

meses

60

meses

36

meses

60

meses

36

meses 60meses

48

meses

Major 48

meses

24

meses

48

meses

36

meses

48

meses

36

meses

48

meses

36

meses ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- 48meses

24

meses

Ten-Cel 36

meses 24meses

36

meses 24meses

36

meses 24meses

36

meses 24meses ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- -------- --------

Coronel ----- ----- ----- ----- --------- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- ----- --------

LEGENDA: Interst. = Interstício; TSArr = Tempo de Serviço Arregimentado. b) Quadro-Geral de Praças Bombeiros Militares de Carreira

GRADUAÇÃO INTERSTÍCIO Tempo de Serviço

Arregimentado

Soldado de 2a Classe 6 meses -

Soldado de 1a Classe 120 meses 96 meses

Cabo 60 meses 48 meses

3o Sargento 48 meses 30 meses

2o Sargento 48 meses 24 meses

1o Sargento 24 meses 12 meses

Subtenente - -

ANEXO V

(Anexo IV da Lei nº 10.486, de 4 de julho de 2002)

“TABELA V - AUXÍLIO-INVALIDEZ

SITUAÇÕES VALOR

REPRESENTATIVO FUNDAMENTO

A

O militar julgado incapaz definitivamente por um dos motivos constantes do art. 24 desta Lei terá direito ao auxílio-invalidez, desde que considerado total e permanentemente inválido para qualquer trabalho, devidamente constatados por junta médica da Corporação.

10% DA PRÓPRIA

REMUNERAÇÃO

Arts. 2º, 3º e 26 desta

Lei

B

O militar que, por prescrição médica, homologada por junta médica da Corporação, necessitar de assistência ou de cuidados em razão das doenças relacionadas no § 1º do art. 24 desta Lei.

10% DA PRÓPRIA REMUNERAÇÃO

ANEXO VI

GRATIFICAÇÃO POR RISCO DE VIDA

VALOR DA GRATIFICAÇÃO POR RISCO DE VIDA

EFEITOS FINANCEIROS A PARTIR DE

1º ABR 2009

1º AGO 2010

1º AGO 2011

1º AGO 2012

1º AGO 2013

1º AGO 2014

250,00 400,00 550,00 700,00 850,00

1.000,00

LEI Nº 12.191 DE 13 DE JANEIRO DE2010.

vide ADI 4377/SC Concede anistia a policiais e bombeiros Militar esdo Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima,Tocantins,Pernambuco, Mato Grosso, Ceará,Santa Catarina e Distrito Federal punidos porparticipar de movimentos reivindicatórios. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º É concedida anistia a policiais e bombeirosMilitares do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima,Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará,Santa Catarina e Distrito Federal punidos porparticipar de movimentos reivindicatórios. Art. 2º É concedida anistia aos policiais ebombeiros Militares do Rio Grande do Norte, Bahia,Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso,Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal punidospor participar de movimentos reivindicatórios pormelhorias de vencimentos e de condições detrabalho ocorridos entre o primeiro semestre de1997 e a publicação desta Lei. Art. 3º A anistia de que trata esta Lei abrange oscrimes definidos no Decreto-Lei nº 1.001, de 21 deoutubro de 1969 (Código Penal Militar), e asinfrações disciplinares conexas, não incluindo oscrimes definidos no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 dedezembro de 1940 (Código Penal), e nas leispenais especiais. Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 13 de janeiro de 2010; 189º da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

Luís Inácio Lucena Adams

LEI Nº 12.505, DE 11 DE OUTUBRO DE2011.

Concede anistia aos policiais e bombeiros Militares dos Estados de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia, de Sergipe, da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de

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COLETÂNIA DE LEGISLAÇÃO FEDERAL RELACIONADA À PMDF

104

Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios. (Redação dada pela Lei nº 12.848, de 2.013) A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que oCongresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º É concedida anistia aos policiais e bombeiros Militares que participaram de movimentos reivindicatórios por melhorias de vencimentos e condições de trabalho ocorridos: (Redação dada pela Lei nº 12.848, de 2.013) I - entre o dia 1º de janeiro de 1997 e a publicação desta Lei nos Estados de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia e de Sergipe; (Incluído pela Lei nº 12.848, de 2.013) II - entre a data de publicação da Lei nº 12.191, de 13 de janeiro de 2010, e a data de publicação desta Lei nos Estados da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 12.848, de 2.013) Art. 2º A anistia de que trata esta Lei abrange oscrimes definidos no Decreto-Lei nº 1.001, de 21 deoutubro de 1969 - Código Penal Militar, e asinfrações disciplinares conexas, não incluindo oscrimes definidos no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 dedezembro de 1940 - Código Penal, e nas leispenais especiais. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 11 de outubro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo

Luís Inácio Lucena Adams

LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e nº § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no

inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei: I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,

contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção; II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da informação; IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração pública; V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato; II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato; III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado; IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável; V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação; VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema; VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino; IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.

CAPÍTULO II

DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:

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I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre outros, os direitos de obter: I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada; II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e VII - informação relativa: a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores. § 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. § 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. § 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. § 4º A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades referidas no art. 1º, quando não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. § 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação. § 6º Verificada a hipótese prevista no § 5o deste artigo, o responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação. Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local

de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. § 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão; II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações; III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação; V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis para acesso; VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso; VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 186, de 9 de julho de 2008. § 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante:

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I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à participação popular ou a outras formas de divulgação.

CAPÍTULO III

DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Seção I

Do Pedido de Acesso

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. § 1º Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação. § 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet. § 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público. Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação disponível. § 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias: I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão; II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido; ou III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de informação. § 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. § 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar. § 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. § 5º A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse formato, caso haja anuência do requerente.

§ 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais procedimentos. Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983. Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade deverá ser oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o original. Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a conservação do documento original. Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia.

Seção II

Dos Recursos

Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. Art. 16. Negado o acesso a informação pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou desclassificação; III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros procedimentos previstos nesta Lei. § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo me nos uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. § 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a Controladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que adote as providências necessárias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei.

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§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação de informação protocolado em órgão da administração pública federal, poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo das competências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, previstas no art. 35, e do disposto no art. 16. § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido às autoridades mencionadas depois de submetido à apreciação de pelo me nos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou a decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando. § 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, caberá recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações prevista no art. 35. Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classificação de documentos sigilosos serão objeto de regulamentação própria dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos,assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado sobre o andamento de seu pedido. Art. 19. (VETADO). § 1º (VETADO). § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau de recurso, negarem acesso a informações de interesse público. Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capítulo.

CAPÍTULO IV

DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Seção I

Disposições Gerais

Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Parágrafo único. As informações ou documentos que versem sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto de restrição de acesso. Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder público.

Seção II

Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo.

Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:

I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada. § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação, conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes: I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos; II - secreta: 15 (quinze) anos; e III - reservada: 5 (cinco) anos. § 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição. § 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1o, poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação. § 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de acesso público. § 5º Para a classificação da informação em determinado grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério me nos restritivo possível, considerados: I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do Estado; e II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina seu termo final.

Seção III

Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a sua proteção. (Regulamento)

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§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados por lei. § 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. § 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não autorizados. Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça as normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para tratamento de informações sigilosas. Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento de informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação desta Lei.

Seção IV

Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação

Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública federal é de competência: (Regulamento)

I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: a) Presidente da República; b) Vice-Presidente da República; c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior; II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei. § 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação. § 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em regulamento. § 3º A autoridade ou outro agente público que classificar informação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art. 28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, no prazo previsto em regulamento.

Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes elementos: I - assunto sobre o qual versa a informação; II - fundamento da classificação, observados os critérios estabelecidos no art. 24; III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. 24; e IV - identificação da autoridade que a classificou. Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no mesmo grau de sigilo da informação classificada. Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de sigilo, observado o disposto no art. 24. (Regulamento) § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar as peculiaridades das informações produzidas no exterior por autoridades ou agentes públicos. § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos decorrentes do acesso ou da divulgação da informação. § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção. Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de regulamento: I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos últimos 12 (doze) meses; II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com identificação para referência futura; III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações genéricas sobre os solicitantes. § 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da publicação prevista no caput para consulta pública em suas sedes. § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos fundamentos da classificação.

Seção V

Das Informações Pessoais

Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. § 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem: I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e

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II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem. § 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este artigo será responsabilizado por seu uso indevido. § 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será exigido quando as informações forem necessárias: I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o tratamento médico; II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da pessoa a que as informações se referirem; III - ao cumprimento de ordem judicial; IV - à defesa de direitos humanos; ou V - à proteção do interesse público e geral preponderante. § 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior relevância. § 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para tratamento de informação pessoal.

CAPÍTULO V

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública; III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal; V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes do Estado. § 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, transgressões Militares médias ou graves, segundo os critérios neles estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção penal; ou

II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e suas alterações, infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela estabelecidos. § 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis nºs 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992. Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. § 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somente quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso IV. § 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vista. Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo a apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, assegurado o respectivo direito de regresso. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa física ou entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a tratamento indevido.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 35. (VETADO). § 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto no art. 7º e demais dispositivos desta Lei; e

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III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo previsto no § 1º do art. 24. § 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação. § 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art. 39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos. § 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º implicará a desclassificação automática das informações. § 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização e funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observado o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposições desta Lei. (Regulamento) Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações constantes desses instrumentos. Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: (Regulamento) I - promover e propor a regulamentação do credenciamento de segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento de informações sigilosas; e II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive aquelas provenientes de países ou organizações internacionais com os quais a República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ou qualquer outro ato internacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério das Relações Exteriores e dos demais órgãos competentes. Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição, organização e funcionamento do NSC.

Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física

ou jurídica, constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e secretas no prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência desta Lei. § 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos nesta Lei. § 2º No âmbito da administração pública federal, a reavaliação prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observados os termos desta Lei. § 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no caput, será mantida a classificação da informação nos termos da legislação precedente. § 4º As informações classificadas como secretas e ultrassecretas não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas, automaticamente, de acesso público. Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta designará autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no

âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as seguintes atribuições: I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei; II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento; III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto cumprimento do disposto nesta Lei; e IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos. Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da administração pública federal responsável: I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de fomento à cultura da transparência na administração pública e conscientização do direito fundamental de acesso à informação; II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração pública; III - pelo monitoramento da aplicação da lei no âmbito da administração pública federal, concentrando e consolidando a publicação de informações estatísticas relacionadas no art. 30; IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório anual com informações atinentes à implementação desta Lei. Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicação. Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 116. ................................................................. ..................................................................................

VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do

cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração; .........................................................................................” (NR) Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 126-A: “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil,

penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública.” Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Lei, definir regras específicas, especialmente quanto ao disposto no art. 9º e na Seção II do Capítulo III. Art. 46. Revogam-se: I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005; e II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a data de sua publicação.

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Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da Independência e 123º da República.

DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardoso

Celso Luiz Nunes Amorim Antonio de Aguiar Patriota

Miriam Belchior Paulo Bernardo Silva

Gleisi Hoffmann José Elito Carvalho Siqueira

Helena Chagas Luís Inácio Lucena Adams

Jorge Hage Sobrinho Maria do Rosário Nunes

LEI Nº 12.664, DE 5 DE JUNHO DE 2012.

Dispõe sobre a venda de uniformes das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pública, das guardas municipais e das empresas de segurança privada. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º A comercialização de uniformes, distintivos e insígnias utilizados pelas Forças Armadas, pelos órgãos de segurança pública federais e estaduais, inclusive corporações de bombeiros Militar es, e pelas guardas municipais far-se-á exclusivamente em postos e estabelecimentos credenciados pelo respectivo órgão. § 1º (VETADO). § 2º É vedada a utilização pelas empresas de segurança privada de distintivos, insígnias e emblemas que possam ser confundidos com os das instituições e órgãos relacionados no caput deste artigo. Art. 2º O adquirente, além do documento de identificação funcional, apresentará autorização da instituição ou órgão em que exerce sua atividade. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 5 de junho de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

DILMA ROUSSEF José Eduardo Cardozo

Celso Luiz Nunes Amorim

LEI Nº 13.459, DE 26 DE JUNHO DE 2017.

Conversão da Medida Provisória nº 760, de 2016 Altera a Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009, que dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o Esta Lei altera a Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009, que dispõe sobre os militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal para regular acesso aos cursos de habilitação para oficiais. Art. 2o A Lei nº 12.086, de 6 de novembro de 2009, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 32. ..............................................................

I - ser selecionado dentro do somatório das vagas disponíveis no respectivo Quadro ou Especialidade para matrícula no Curso de Habilitação de Oficiais Administrativos, Especialistas e Músicos (CHOAEM), sendo: a) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; e b) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas mediante aprovação em processo seletivo de provas, de caráter classificatório e eliminatório, destinado a aferir o mérito intelectual dos candidatos; ..................................................................................... § 1º ...................................................................... § 2o Na hipótese de o quantitativo da aplicação das proporções estabelecidas no inciso I do caput deste artigo resultar em número fracionário: I - o quantitativo de vagas ocupadas por antiguidade será arredondado por inteiro e para mais; e II - o quantitativo de vagas ocupadas por mérito intelectual será arredondado por inteiro e para menos.” (NR) “Art. 36. Para ingresso nos QOPMS e QOPMC no posto de Segundo-Tenente, o policial militar deverá concluir com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães. ............................................................................” (NR) “Art. 37-A. Concluído com aproveitamento o Curso de Habilitação de Oficiais de Saúde e Capelães, o Aspirante-a-Oficial será promovido ao posto de Segundo-Tenente após o cumprimento dos requisitos da graduação, na primeira data de promoção, observando-se o interstício mínimo de seis meses, independentemente da existência de vagas.” “Art. 79. Para ingresso nos QOBM/Intd, QOBM/Cond, QOBM/Mús e QOBM/Mnt no posto de Segundo-Tenente, a Praça obedecerá às seguintes regras: I - ser selecionada dentro do somatório de vagas disponíveis no respectivo Quadro para matrícula no Curso Preparatório de Oficiais (CPO), sendo: a) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas pelo critério de antiguidade; b) 50% (cinquenta por cento) das vagas ocupadas mediante aprovação em processo seletivo de provas, de caráter classificatório e eliminatório, destinado a aferir o mérito intelectual dos candidatos; e c) na hipótese de o quantitativo da aplicação das proporções estabelecidas nas alíneas a e b deste inciso resultar em número fracionário: 1. o quantitativo de vagas ocupadas por antiguidade será arredondado por inteiro e para mais; e 2. o quantitativo de vagas ocupadas por mérito intelectual será arredondado por inteiro e para menos. ..................................................................................... § 5o (VETADO).” (NR) Art. 3o O caput do art. 114 da Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 114. Ficam os Comandantes-Gerais da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal autorizados a designar policiais militares e bombeiros militares da reserva remunerada, referidos na alínea a do inciso II do § 1o do art. 3o da Lei no 7.289, de 18 de dezembro de 1984, e na alínea c do inciso II do § 1o do art. 3o da Lei no

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7.479, de 2 de junho de 1986, respectivamente, até o limite fixado em ato do Governador do Distrito Federal, para a execução de tarefa, encargo, incumbência ou missão, em organizações da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, por tempo não superior a cinco anos, prorrogável por igual período, iniciando-se no primeiro dia do mês. ...........................................................................” (NR) Art. 4o O inciso III do art. 32 da Lei 12.086, de 6 de novembro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 32. ............................................................... ..................................................................................... III - (VETADO); ...................................................................................... § 3º Para a inclusão referida no caput deste artigo, não será exigido o Curso de Aperfeiçoamento de Praças ao policial militar que possua os demais pré-requisitos, desde que a corporação não tenha ofertado o referido curso. § 4o (VETADO).” (NR) Art. 5o Não será realizado o curso de que trata o inciso I do caput do art. 79 da Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009, em cada Quadro, enquanto não forem promovidos, exclusivamente pelo critério de antiguidade, os subtenentes que possuam o Curso de Habilitação de Oficiais (CHO), na data da publicação desta Lei, cumpridas as demais exigências estabelecidas para a promoção na Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009. Art. 6o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7o Fica revogado o inciso IV do caput do art. 32 da Lei no 12.086, de 6 de novembro de 2009. Brasília, 26 de junho de 2017; 196o da Independência e 129o da República.

MICHEL TEMER Dyogo Henrique de Oliveira

LEI Nº 13.491, DE 13 DE OUTUBRO DE 2017. Altera o Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1o O art. 9o do Decreto-Lei no 1.001, de 21 de outubro de 1969 - Código Penal Militar, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 9o .................................................................. ...................................................................................... II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: ...................................................................................... § 1º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. § 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto: I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. ” (NR) Art. 2o (VETADO). Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 13 de outubro de 2017; 196o da Independência e 129o da República.

MICHEL TEMER Raul Jungmann

DECRETOS FEDERAIS

DECRETO N. 5904, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1906 Crea uma medalha como recompensa de bons serviços prestados á ordem, segurança e tranquilidade publicas pelos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal. O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil, querendo recompensar os bons serviços prestados á ordem, segurança e tranquillidade publicas pelos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal, resolve mandar cunhar uma medalha destinada áquelles officiaes e praças que se tornarem dignos pelo merito, dedicação e lealdade com que houverem prestado os seus serviços, regulando-se a sua

concessão pelas instrucções que a este acompanham, assignadas pelo Ministro da Justiça, e Negocios Interiores. Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 1906, 18º da Republica.

FRANCISCO DE PAULA RODRIGUES ALVES. J. J. Seabra.

Instrucções que acompanham o decreto n. 5904, desta data, creando uma medalha destinada aos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal e que regulam a respectiva concessão,

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Art. 1º A medalha ora creada é destinada a recompensar os bons serviços prestados á segurança, ordem e tranquillidade publicas pelos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal. Art. 2º A medalha terá a fórma e dimensões constantes do desenho annexo, e será usada pendente do peito esquerdo por uma fita de gorgorão de seda chamalotada, de 0m,030 de largura, de quatro listras iguaes, sendo vermelhas as das extremidades, amarella e verde as do centro, com passador. Paragrapho unico. A medalha será de cobre, tendo na fita passador de ouro, para os que contarem mais de 25 annos de bons serviços; passador de prata, para os que tiverem mais de 20 annos com os mesmos serviços; e de bronze, para os que tiverem mais de 15 annos nas mesmas condições; aos que completarem 30 annos, em identicos casos, será concedido o uso dos passadores de ouro e prata conjunctamente. Os passadores de ouro terão gravado ao centro o numero 25, os de prata o numero 20, e os de bronze o numero 15; não terá numero o passador de prata quando usado conjunctamente com o de ouro, nos casos de 30 annos de serviço. Art. 3º O tempo de serviço, prestado pelos officiaes e praças no Exercito, Armada e Corpo de Bombeiros desta Capital será computado para concessão da medalha e passadores, desde que tenham mais de seis annos de effectividade na Força Policial. Paragrapho unico. O tempo de campanha será contado pelo dobro. Art. 4º Não podem fazer jús á medalha e perdem o direito á que houverem recebido, sendo prohibidos de usal-a, os que tenham sido ou forem attingidos por sentença condemnatoria passada em julgado em qualquer fôro, ainda tenha havido perdão da pena, ou hajam commettido infracções disciplinares que mostrem negligencia e desinteresse pelo serviço publico, ou faltas que affectem a moralidade e a dignidade da corporação. Art. 5º Aos officiaes do Exercito que servirem em commissão e tiverem ao me nos seis annos de serviço effectivo na Força Policial do Districto Federal é extensiva a concessão da medalha e passador relativo, computado o tempo de serviço prestado no mesmo Exercito e respeitadas as restricções destas instrucções. Art. 6º Para a concessão da medalha e passadores se observará o seguinte processo: § 1º Os officiaes e praças que se julgarem com direito requererão ao conselho administrativo da Força Policial, o qual requisitará de quem competir a fé de officio ou certidão de assentamentos. Verificado o allegado e depois de conveniente estudo, o conselho, em parecer motivado, dirá si o official ou praça está ou não no caso de obter a medalha, e passador. § 2º Esse parecer, com os documentos, será remettido pelo commandante da Força Policial ao Ministerio da Justiça, afim de servir de base para o decreto de concessão da medalha e passador. Art. 7º Para obtenção do passador representativo de maior numero de annos o processo a seguir será o mesmo. Paragrapho unico. A concessão do passador representativo de maior tempo de serviço exclue o uso do de menor, o qual deverá ser restituido, salvo o caso de 30 annos de serviço. Art. 8º Os officiaes e praças que ao tempo de sua reforma já possuirem a medalha continuarão a usal-o, com o ultimo passador que lhes houver sido concedido. O mesmo se dará no caso de baixa, perdendo-o nas hypotheses do art. 4º. Art. 9º A medalha, passadores e fita serão fornecidos pelo Governo, correndo a respectiva despeza, pela caixa de

economias da Força Policial, e estão isentos de qualquer pagamento. Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 1906.

J. J. Seabra.

DECRETO N. 7.901 - DE 17 DE MARÇODE 1910

Altera as disposições dos arts 1º e 2º dasinstruções annexas ao decreto n. 5.904, de 24 defevereiro de 1.906, que creou uma medalha comorecompensa de bons serviços prestados á ordem,segurança e tranquillidade publicas pelos officiaese praças da Força Policial do Districto Federal. O Presidente da Republica dos Estados Unidos doBrazil resolve decretar: Art. 1º A medalha, creada por decreto n. 5.904, de24 de fevereiro de 1906, para recompensar osbons serviços á segurança, ordem e tranquillidadepublicas, prestados pelos officiaes e praças daForça Policial do Districto Federal, será de ouro,prata e bronze. Art. 2º A medalha será de ouro, tendo na fitapassador de ouro e prata, para os que contaremmais de 30 annos de bons serviços, de prata, tendona fita passador de ouro, para os que tiverem maisde 25 annos; de prata, tendo na fita passador deprata, para os que tiverem mais de 20 annos; debronze, tendo na fita passador de bronze, para osque tiverem mais de 15 annos, e de bronze, sempassador na fita, para os que contarem mais de 10anno de iguaes serviços. Os passadores de ouroterão gravados no centro os ns 30 ou 25, os deprata o n. 20 e os de bronze o n. 15; não devendo,porem, ter numero algum o passador de prata,quando usado conjuntamente com o de ouro. Art. 3º Ficam revogados os arts. 1º e 2º dasinstrucções annexas ao decreto acima citado, de1906. Rio de Janeiro, 17 de março de 1910, 89º daIndependencia e 22º da Republica.

NILO PEÇANHA.

Esmeraldino Olympio de Torres Bandeira.

DECRETO Nº 20.910, DE 06 DEJANEIRO DE 1932.

Regula a Prescrição Quinquenal O Chefe do Governo Provisório da República dosEstados Unidos do Brasil, usando das atribuiçõescontidas no art. 1º do decreto n. 19.398, de 11 denovembro de 1930, decreta: Art. 1º - As Dividas Passivas Da União, DosEstados E Dos Municípios, Bem Assim Todo EQualquer Direito Ou Ação Contra A FazendaFederal, Estadual Ou Municipal, Seja Qual For ASua Natureza, Prescrevem Em Cinco AnosContados Da Data Do Ato Ou Fato Do Qual SeOriginarem. Art. 2º - Prescrevem Igualmente No Mesmo PrazoTodo O Direito E As Prestações Correspondentes APensões Vencidas Ou Pôr Vencerem, Ao MeioSoldo E Ao Montepio Civil E Militar Ou A QuaisquerRestituições Ou Diferenças. Art. 3º - Quando O Pagamento Se Dividir Por Dias,Meses Ou Anos A Prescrição AtingiraProgressivamente As Prestações, A Medida QueCompletarem Os Prazos Estabelecidos PeloPresente Decreto. Art. 4º - Não Corre A Prescrição Durante A DemoraQue, No Estudo, No Reconhecimento Ou NoPagamento Da Divida, Considerada Liquida,Tiverem As Repartições Ou FuncionáriosEncarregados De Estudar E Apura-la. Parágrafo Único. - A Suspensão Da Prescrição,Neste Caso, Verificar-se-a Pela Entrada DoRequerimento Do Titular Do Direito Ou Do CredorNos Livros Ou Protocolos Das RepartiçõesPublicas, Com Designação Do Dia, Mês E Ano.

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Art. 5º - Não Tem Efeito De Suspender APrescrição A Demora Do Titular Do Direito Ou DoCredito Ou Do Seu Representante Em Prestar OsEsclarecimentos Que Lhe Forem Reclamados OuO Fato De Não Promover O Andamento Do FeitoJudicial Ou Do Processo Administrativo Durante OsPrazos Respectivamente Estabelecidos ParaExtinção Do Seu Direito A Ação Ou Reclamação. Art. 6º. - O Direito A Reclamação Administrativa,Que Não Tiver Prazo Fixado Em Disposição De LeiPara Ser Formulada, Prescreve Em Um Ano AContar Da Data Do Ato Ou Fato Do Qual A MesmaSe Originar. Art. 7º. - A Citação Inicial Não Interrompe APrescrição Quando, Pôr Qualquer Motivo, OProcesso Tenha Sido Anulado. Art. 8º. - A Prescrição Somente Poderá SerInterrompida Uma Vez. Art. 9º. - A Prescrição Interrompida Recomeça ACorrer, Pela Metade Do Prazo, Da Data Do AtoQue A Interrompeu Ou Do Ultimo Ato Ou Termo DoRespectivo Processo. Art. 10º. - O Disposto Nos Artigos Anteriores NãoAltera As Prescrições De Menor Prazo, Constantes,Das Leis E Regulamentos, As Quais FicamSubordinadas As Mesmas Regras. Art. 11º. Revogam-se As Disposições EmContrario. Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 1932, 111º da Independência e 44º da República.

Getúlio Vargas Oswaldo Aranha

DECRETO Nº 49.096, DE 10 DEOUTUBRO DE 1960.

Aprova o Regulamento da Lei de PensõesMilitar es. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando daatribuição que lhe confere o artigo 87, inciso I, daConstituição, e nos têrmos do artigo 36, da Lei nº3.765, de 4 de maio de 1960, DECRETA: Art 1º Fica aprovado o Regulamento para a execução da Lei número 3.765 de 4 de maio de1960 (Lei de Pensões Militar es), que com este abaixo assinado pelo Gen.-de-Brigada I. E MarcosJoão Reginato, Presidente da Comissão nomeadapor Decreto de 24 de junho de 1960. Art 2º O presente Decreto entrará em vigor na datada sua publicação, revogadas as disposições emcontrário. Brasília, em 10 de outubro de 1960; 139º da Independência e 72º da República.

JUSCELINO KUBITSCHEK Armando Ribeiro Falcão

J. Mattoso Maia Odylio Denys

S. Paes de Almeida Francisco de Mello

REGULAMENTO DE PENSÕES MILITAR ES

CAPÍTULO I

Da Pensão Militar

Art 1º A pensão militar de que trata este regulamento é o benefício criado pela Lei nº 3.765,de 4 de maio de 1960, em favor dos beneficiáriosdos contribuintes que ela específica. Parágrafo único. Essa pensão substitui o montepioe o meio-sôldo, ou a pensão especial, nãopodendo, porém, beneficiário

algum perceberpensão inferior à que lhe vinha sendo paga até 4de maio de 1960. Art 2º A pensão militar será paga, mensalmente,aos beneficiários e corresponderá: a) a 20 (vinte) vêzes a contribuição para os casosde falecimento do contribuinte sem as condiçõesprevistas nas alíneas b e c dêste artigo; b) a 25 (vinte e cinco) vêzes a contribuição, quandoo falecimento do contribuinte se tenha verificadoem conseqüência de acidente ocorrido em serviçoou de moléstia nele adquirida; c) a 30 (trinta) vêzes a contribuição, se a morte docontribuinte decorrer de ferimento recebido, deacidente ocorrido, ou moléstia adquirida, tanto emoperações de guerra como na defesa ou na manutenção do ordem interna. § 1º As circunstâncias do falecimento docontribuinte, que determinem maior pensão, serãoprovadas por inquérito sanitário de origem ouatestado de origem, conforme o caso. § 2º Em ocorrendo circunstâncias que escapemaos casos daquele inquérito ou atestado de origem(falecimento em operações de guerra, na defesa ouna manutenção de ordem interna, naufrágio,incêndio, desastre de aviação e outros ocorridosem serviço), a prova poderá ser produzida pelapublicação oficial do fato. Art 3º Todo e qualquer militar, não contribuinte da pensão militar, que se encontre em serviço ativo,deixará a seus beneficiários, independentementede tempo de serviço, a pensão que a êste couber,constantes das letras b e c do art. 2º deste regulamento, desde que o seu falecimento ocorranas circunstâncias nelas indicadas. § 1º A pensão militar a que se refere êste artigonão poderá ser inferior à do aspirante a oficial ouguarda-marinha, para os cadetes do Exército e daAeronáutica, aspirantes de marinha e alunos dosCentros ou Núcleos de Preparação de Oficiaisda reserva ou à de terceiro sargento, para asdemais praças e os alunos das escolas deformação de sargento. § 2º Aos beneficiários dos Militares a que se refereo presente artigo aplicar-se-ão as disposições do artigo seguinte e seus parágrafos quandodesaparecidos, extraviados, consideradosprisioneiros de guerra ou internados em paísneutro. § 3º Para os efeitos de calculo da pensão, acontribuição obedecerá à regra prevista no art. 14do presente regulamento. Art 4º Os beneficiários dos Militares consideradosdesaparecidos ou extravados, receberão, deste logo, na ordem prevista nêste regulamento, osvencimentos e vantagens a que o militar fazia jus,pagos pela Organização a que pertencia, ou outra,se fôr o caso. § 1º Findo o prazo de 6 (seis) meses, processarse-ão necessária habilitação para a concessão da pensão militar de direito. § 2º Reaparecendo o militar, em qualquer tempo,será suspenso o pagamento da pensão earquivado, definitivamente o processo que lhe deuorigem. Dos vencimentos e vantagens a que entãotiver direito o militar, serão descontadas asquantias pagas, a título de pensão, aos seusbeneficiários. § 3º Se o militar fôr considerado prisioneiro deguerra ou internado em país neutro, seusbeneficiários, em lugar da respectiva pensãomilitar, receberão, desde logo, seus vencimentos evantagens, enquanto perdurar tal situação. § 4º Entende-se como desaparecimento o militarque, no desempenho de qualquer serviço emcampanha, em viagem (terrestre, marítima ouaérea) ou em caso de calamidade pública, dêle nãose tem mais notícia oficial, durante trinta

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diasconsecutivos. Como extraviado é consideradoquando êsse desaparecimento ultrapassar de trintadias. § 5º Serão aplicadas as disposições do CódigoCivil relativas à ausência, para concessão dosproventos e da pensão dos beneficiários do militarinativo, quando se verificar a hipótese de seudesaparecimento, em que se encontre na situaçãoprevista no parágrafo 4º dêste artigo. Art 5º O oficial da ativa, da reserva remunerada oureformado, contribuinte obrigatório da pensãomilitar, que perder pôsto e patente, deixará a seusbeneficiários a pensão militar para que tivercontribuído. § 1º Nas mesmas condições, a praça contribuinteda pensão militar, com mais de 10 (dez) anos deserviço expulsa e não relacionada como reservista,por efeito de sentença ou em virtude de um ato deautoridade competente, deixará aos seusbeneficiários a pensão militar para que tivercontribuído. § 2º O pagamento da pensão a que se refere este artigo será suspenso e o processo que lhe deuorigem arquivado definitivamente, desde que omilitar considerado obtenha reabilitação plena etotal, que lhe assegure as prerrogativas do posto ou graduação, inclusive o recebimento dosproventos ou vencimentos dos quais serãodescontadas as quantias pagas a título de pensãoaos seus beneficiários. § 3º À praça da reserva remunerada ou reformadaaplica-se também o dispôsto nêste artigo. Art 6º A pensão resultante da promoção portmortemserá paga aos beneficiários a partir da datado ato da promoção, ressalvada a situação prevista no art. 8º dêste regulamento. § 1º Considera-se promoção post-mortem tôda equalquer que ocorra depois do falecimento domilitar, ressalvado o caso do art. 8º deste Regulamento. § 2º Considera-se melhoria de pensão o aumentodecorrente da promoção post-mortem. Art 7º O militar que, ao falecer, já preencha ascondições legais que permitam sua transferênciapara a reserva remunerada ou reforma, em posto ou graduação superiores a considerado promovidona data do falecimento, deixará a pensãocorrespondente à nova situação. Parágrafo único - Se já vinha contribuindo para apensão correspondente a um ou dois pôstos ou graduação acima daquêle que tinha em vida seráassegurado aos seus beneficiários o direito àpensão relativa à nova situação, acrescida de maisum ou doispôstos, conforme o caso. Art 8º (Revogado pelo Decreto nº 644, de 1962) Art 9º No que lhe fôr aplicável, são extensivas asdisposições dos artigos 6º e 7º ao pessoal de quetrata o art. 4º do presente regulamento. Art 10. Ficam mantidas as disposições da Lei nº3.738, de 4 de abril de 1960, que assegurampensão especial à viúva de militar ou funcionáriocivil atacada de tuberculose ativa, alienaçãomental, neoplasia maligna, cegueira, lepra,paralisia ou cardiopatia grave. Parágrafo único - A concessão dessa pensão,quando se tratar de sisões dêste regulamento noque lhe fôr aplicável, com as seguintes restrições: a) não é reversível; b) não é acumulável com quaisquer outrosproventos ou pensões recebidos dos cofrespúblicos. Art 11. (Revogado pelo Decreto nº 57.579, de1966)

CAPÍTULO II

DOS CONTRIBUINTES

Art 12. São contribuintes obrigatórios da pensãomilitar, mediante desconto mensal em fôlha depagamento, os seguintes Militares da ativa da reserva remunerada e reformados das FôrçasArmadas, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Distrito Federal: a) oficiais, aspirantes a oficial, guardas-marinhas,suboficiais, subtenentes e sargentos; b) cabos, soldados marinheiros taifeiros ebombeiros, com mais de dois anos de efetivo serviço militar, se da ativa; ou por qualquer tempode serviço, se reformados ou asilados. Parágrafos únicos - As Organizações que fizerem opagamento dos vencimentos ou proventos dopessoal de que trata êste artigo descontarão dosmesmos, obrigatòriamente, as respectivascontribuições. Art 13. Os oficiais demitidos a pedido e as praçaslicenciadas ou excluídas poderão continuar comocontribuintes da pensão militar, desde que orequeiram e se obriguem ao pagamento dasrespectivas contribuições, a partir da data em queforem demitidos, licenciados ou excluídos. § 1º O direito de requerer e de contribuir para apensão militar na forma dêste artigo, pode serexercido também por qualquer beneficiário, semprejuízo, porém, na concessão do benefício, da ordem preferencial estabelecida no art. 26 dêsteregulamento. § 2º A faculdade prevista nêste artigo somente pode ser exercida no prazo de 1 (um) ano, contadoda data da publicação do ato da demissão,licenciamento ou exclusão. § 3º Os contribuintes de que trata êste artigo,quando convocados ou mobilizados, passarão àcategoria de obrigatórios, durante o tempo em queservirem. § 4º Os oficiais ou praças que passarem para areserva, não remunerada, por aceitação de cargocivil de provimento efetivo, serão beneficiadospelas disposições dêste artigo.

CAPÍTULO III

Das Contribuições

Art 14. A contribuição mensal para a pensão militarserá igual a 1 (um) dia dos vencimentos (sôldo egratificação) do contribuinte, arredondada emcruzeiros para a importância imediatamentesuperior, qualquer que seja a fração de centavos. § 1º A contribuição obrigatória e a facultativa, na inatividade, serão iguais à do militar da ativa, com o mesmo pôsto ou graduação. § 2º Se o militar contribuir para a pensão de posto ou graduação superior, a contribuição será igual a1(um) dia dos vencimentos dêsse pôsto ou graduação. § 3º Os oficiais graduados no pôsto imediatocontribuem para a pensão militar, como se efetivosfossem no pôsto da graduação. Art 15. O oficial que atingir o número 1 (um) da respectiva escala, e seus homólogos, contribuirãopara a pensão militar do pôsto imediato. Parágrafo único. Na contribuição para as pensõesde postos superiores, serão considerados ospostos efetivos que êsses oficiais possuem. Art 16. As contribuições para a pensão militar que,por qualquer circunstância, não puderem serdescontadas ao contribuinte obrigatório, serão porêstes recolhidas, dentro do mês subseqüentes, porintermédio da Organização a que estiver vinculado.

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Art 17. O contribuinte facultativo, a que se refere oart. 13 dêste regulamento, que passar 24 (vinte equatro) meses sem recolher a sua contribuição,perderá o direito de deixar pensão militar. Art 18. Mediante as contribuições em cada caso éfacultado aos contribuintes obrigatórios deixaremaos seus beneficiários, desde que o requeiram: a) pensão correspondente a um pôsto ou graduação acima daquele que possuem, casotenham mais de 30 (trinta) anos de serviço,computáveis para inatividade; b) pensão correspondente a dois postos ougraduações acima daqueles que possuem, setiverem mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço,computáveis para a inatividade. § 1º As contribuições serão sempre devidas a partirdo mês seguinte àquele em que o militar completouo referido tempo de serviço. § 2º Será obrigatória a comprovação do tempo deserviço, bem assim a apresentação de cópiaautenticada do ato que fez carga ao militar, paradesconto em seus vencimentos, de contribuiçõesatrasadas, quando fôr êste o caso. § 3º A carga a ser feita ao militar será relativa ascontribuições devidas em razão da pensão a serdeixada. Art 19. A faculdade para a contribuição de pensãocorrespondente a pôstos superiores à extensivaaos Militares da reserva remunerada oureformados, designados para o exercício efetivo do serviço em função, dentro das Organizações dasFôrças Armadas, desde que êste período deatividade, somado ao primeiro período de serviço ativo, perfaçam mais de 30 (trinta) ou 35 (trinta e cinco) anos de serviço. § 1º É condição essencial para a referida vantagemque êsse segundo período de atividade sejaininterrupto e superior a 5 (cinco) anos. § 2º Como tempo de serviço, para os fins deste artigo, conta-se o período que se seguir à data doato de transferência para a inatividade do militar,até aquela em que se der o seu desligamentoefetivo. Art 20. Os favores de que tratam os dois artigosprecedentes poderão ser concedidos mesmo emrelação a pôstos ou graduações inexistentes nosquadros ou efetivos orgânicos da ativa, desde quesejam requeridos e feitas as necessáriascontribuições. Art 21. A faculdade de contribuir para a pensãomilitar correspondente um ou dois postos ougraduações do ou da que possuam, consoante aartigo 18 dêste regulamento, será autorizado: a) nos Ministérios da Marinha e da Aeronáutica -pela Organização que tenha competência paraconceder a pensão militar; b) no Ministério da Guerra - pelo Agente Diretor daOrganização por onde receba o interessado oupelo Chefe do Departamento Geral do Pessoal,quando o interessado não receba pelo Ministérioda Guerra. c) no Ministério da Justiça e Negócios Interiores -pelos Diretores de Intendência da Polícia Militar ede Contabilidade do Corpo de Bombeiros, que oficiarão de imediato ao Diretor da Divisão dePensões Militar es. Parágrafo único. O militar que contribui ou vir acontribuir para pensão correspondente a um oudois postos superiores, não necessitará de novaautorização para essa contribuição, quando tiveracesso a outros pôstos ou graduações. Art 22. Os Militares que desejarem desistir dacontribuição para pensão correspondente a posto ou graduação acima do ou da

que possuemdeverão requerer às autoridades competentes,indicadas no art. 21 dêste regulamento, a cessaçãodo respectivo desconto. Parágrafo único. A cessação do descontomencionado nêste artigo será publicada emboletim, e constará dos assentamentos dointeressado, sem que lhe seja devida a restituiçãodas importâncias pagas. Art 23. Como regra geral, a concessão do benefíciodepende do desconto em recolhimento de 24 (vintee quatro) contribuições mensais, relativas à pensãoque será deixada aos beneficiários. § 1º É facultado o pagamento dessascontribuições,antecipadamente, pelo militar; post -mortem , pelos seus beneficiários. § 2º Se ocorrer a melhoria prevista no art. 6º deste regulamento, achando-se o beneficiário no gôzo da pensão, ser-lhe-á cobrada apenas a diferença das24 (vinte e quatro) contribuições relativas à novapensão. Art 24. As dívidas resultantes de contribuições,destinadas à pensão militar, serão liquidadas: a) integralmente, por ocasião do primeiropagamento,em fôlha ou por ajuste de contas,quando, sendo obrigação do militar recolher asrespectivas contribuições mensais, não o tenhafeito nas épocas próprias; b) até 24 (vinte e quatro) prestações, quando setratar de dívidas conseqüentes a contribuições parapensões correspondentes a postos ou graduaçõessuperiores, cujas mensalidades retroagem ao mêssubseqüente aquele em que o militar completou otempo de serviço exigido para êsse fim; c) integralmente, quando os beneficiáriosliquidarem contribuições atribuídas ao militar,importância esta que poderá ser descontada noprimeiro pagamento da pensão. Art 25. Os beneficiários estão isentos decontribuições pessoais: a) destinadas à pensão militar, qualquer que seja amodalidade desta, ressalvado o disposto na letra cdo artigo anterior; b) para o reajustamento das pensões, resultante denova tabela. Parágrafo único. Esta isenção abrange também osbeneficiários dos Militares já falecidos.

CAPíTULO IV

Dos Beneficiários SEÇÃO I

Da ordem de beneficiários

Art 26. A pensão militar defere-se na seguinteordem: I - à viúva; II - aos filhos de qualquer condição, exclusive osmaiores do sexo masculino, que não sejaminterditos ou inválidos; III - aos netos, órfãos de pai e mãe, nas condiçõesestipuladas para os filhos; IV - à mãe viúva, solteira ou desquitada, e ao paiinválido ou interdito, observado, neste caso, odisposto no art. 37, § 4º, dêste regulamento; V - às irmãs germanas e consaguíneas, solteiras,viúvas ou desquitadas, bem como aos irmãosmenores interditos ou inválidos;

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VI - ao beneficiário instituído, desde que viva nadependência do militar e, sendo do sexomasculino, enquanto fôr menor de 21 (vinte e um)anos, salvo se interdito ou inválidopermanentemente. § 1º A viúva não terá direito à pensão militar se, porsentença passada em julgado, houver sidoconsiderada cônjuge culpado, ou se, no desquiteamigável ou litigioso, não lhe fôr asseguradaqualquer pensão ou amparo pelo marido. § 2º A invalidez do filho, neto, irmão, pai, bem comoa do beneficiário instituído comprovar-se-á eminspeção de saúde realizada por junta médicamilitar ou do Serviço Público Federal, e só darádireito à pensão quando não disponham de meiospara prover à própria subsistência. § 3º Qualquer que seja o caso previsto neste regulamento, a junta médica, uma vez ordenada ousolicitada a inspeção de saúde, procedê-la-áimediatamente, encaminhando, à Organização quetrata dos assuntos de pensão militar, o respectivoresultado. § 4º Quando a invalidez houver sido constatada porjunta Superior de Saúde, a cópia de ata deinspeção correspondente será o único documentoválido. Art 27 O beneficiário a que se refere o item VI do artigo anterior poderá ser instituído a qualquertempo, mediante declaração, ou por meio detestamento feito de acôrdo com a lei civil. § 1º Havendo beneficiário legítimo, não poderá oinstituto receber a pensão militar, salvo se aquêlehouver perdido o direito à pensão. § 2º O contribuinte poderá instituir mais de umbeneficiário, bem como substituir um por outro, emqualquer tempo. Art 28. O direito à pensão nasce com o óbito docontribuinte. Parágrafo único. Se o beneficiário de uma ordemestiver impedido de receber a pensão, será eladeferida ao beneficiário imediato, que esteja emcondições de habilitar-se à sua percepção.

SEÇÃO II

Da declaração de beneficiários

Art 29. Todo contribuinte é obrigado a fazer suadeclaração de beneficiários, que, salvo prova emcontrário, prevalecerá para qualificação dosmesmos à pensão militar. § 1º A declaração de que trata êste artigo deveráser feita no prazo de 6 (seis) meses, sob pena desuspensão do pagamento dos respectivosvencimentos, vantagens ou proventos, e ficaráarquivada na Organização Central que tratar daspensões Militar es. § 2º Dessa declaração devem constar: a) nome, filiação e estado civil do declarante; b) nome da esposa e data o casamento, se fôr ocaso; c) nome dos filhos de qualquer condição, sexo erespectiva data do nascimento, esclarecendo, sefôr o caso, quais os havidos em matrimônio anteriorou fora do matrimônio; d) nome dos irmãos, filiação, sexo e data onascimento; e) nome dos netos, filiação, sexo e data donascimento; f) nome, filiação, sexo e data do nascimento de beneficiário instituído, se fôr o caso; g) menção expressa e minuciosa dos documentoscomprobatórios apresentados, citando a espécie decada um, os ofícios de registros ou outros que osexpedirem

ou registraram, os atos originais, bem como os livros, números de ordem e das folhas onde constem e as datas em que foram lavradas. § 3º É dispensável essa declaração quando játenha sido feita de conformidade com a legislaçãoanterior. Art 30 A declaração de preferência datilografadasem emendas nem rasuras, assinadas pelodeclarante, deverá ter a firma reconhecida pelorespectivo comandante diretor ou chefe, ou portabelião, ou ainda pelo representante diplomáticoou consular, caso o declarante se encontre noestrangeiro. § 1º - A declaração de beneficiário poderá serimpressa, reservando-se os necessários espaçosem branco, que serão preenchidos à máquina oude próprio punho, devendo ser obrigatoriamentecancelada pela declarante a parte dos espaçosdesnecessários. § 2º - Quando o contribuinte se acharimpossibilitado de assinar a declaração, deveráfazê-la em tabelião, na presença de duastestemunhas. Art 31 A declaração feita será entregue aocomandante, diretor ou chefe, ao qual o declaranteestiver subordinado, instruída com documentaçãodo registro civil que comprove, não só o grau deparentesco dos beneficiários enumerados, mastambém se fôr o caso, a exclusão de beneficiáriospreferenciais. Parágrafo único - A documentação de que trataêste artigo poderá ser apresentada em original,certidão verbo ad verdum , ou cópia fotostática,devidamente conferida. Art 32 Qualquer fato que importe em alteração dadeclaração anterior obriga o contribuinte a fazeroutra, aditiva que, instruída com documentoscomprobatórios, obedecerá às mesmasformalidades exigidas para a declaração inicial. Art 33 A documentação será restituída aointeressado, depois de certificados pelocomandante, chefe ou diretor da OrganizaçãoMilitar, na própria declaração, as espécies dosdocumentos apresentados, com os dados relativosaos ofícios do registro civil que os expediram, bem como os livros, números de ordem respectivosfôlhas que contém os atos originais. § 1º Sendo declarante o próprio comandante,diretor ou chefe, a certidão será passada pela autoridade que o substitua. § 2º - A declaração, depois de apresentada terácaráter sigiloso, até o falecimento do contribuinte.

SEÇÃO III

Da assistência aos beneficiários

Art 34 Nas diversas Organizações, pessoalcapacitado deverá prestar a necessária assistênciaaos beneficiários dos Militares falecidos,esclarecendo-os, orientando-os e promovendo-lhesfacilidades para a solicitação rápida dosrespectivos processos de habilitação à pensãomilitar. Art 35 Assistência análoga será dada à família domilitar falecido, para que ela seja atendida: a) com o quantitativo para funeral, na conformidadeda lei; b) com a ajuda de custo e transporte, nos casos previstos em lei; c) com os vencimentos ou importânciacorrespondente aos vencimentos do de cujus,ainda não recebidos; d) com outros recursos ou benefício que lhecouberem.

CAPÍTULO V

Dos Habilitações

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SEÇÃO I

Do Processamento

Art 36 O processo de habilitação à pensão militarinicia-se com o requerimento da parte interessada,dirigido á autoridade competente do Ministério aque estiver vinculado o contribuinte. § 1º - São competentes para conceder pensãomilitar, transferência de direito reversão, melhoria,atualização de tabela e aumento as seguintesautoridades: a) no Ministério da Guerra, os Chefes da PagadoriaCentral de Inativos e Pensionistas e de outrasPagadorias que se venham criar para o mesmo fim,os Chefes dos Estabelecimentos Regionais deFinanças no que concerne à habilitação inicial, e oDiretor de Finanças do Exército em atinência àshabilitações que dizem respeito à transferência,reversões e melhorias da pensão militar; b) no Ministério da Marinha o Diretor Geral deIntendência da Marinha; c) no Ministério da Aeronáutica, o Sub-Diretor dePlanejamento e Legislação; d) no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, osDiretores de Intendência da Polícia Militar e deContabilidade do Corpo de Bombeiros, para asconcessões de caráter provisório, e o Diretor-Geraldo Departamento de Administração, no referente àsconcessões definitivas. (Redação dada peloDecreto nº 1.501, de 1962) § 2º - Para o caso das pensionistas que, na data davigência da Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960, jáestavam percebendo suas pensões pelo Ministérioda Fazenda, o processamento dos casos detransferência, reversão e melhoria continua sendoda competência do Diretor da Despesa Pública e dos Delegados Fiscais do Tesouro Nacional, nosEstados, conforme o caso. § 3º - As autoridades referidas nêste artigo, desde que a documentação apresentada esteja emordem, concederão o benefício a que o requerentefizer jus. § 4º - A habilitação dos beneficiários decontribuintes da pensão militar, que não estiveremvinculados a qualquer das três Fôrças Armadas,far-se-á pela Organização militar competente doMinistério da Justiça e Negócios Interiores. Art 37. A habilitação dos beneficiários obedecerá àordem de preferência estabelecida para a pensãomilitar no art. 26 dêste regulamento. § 1º - O beneficiário será habilitado com a pensãointegral. No caso de mais de um e com a mesma precedência a pensão será repartida igualmenteentre êles, ressalvadas as hipóteses constantesdos dois parágrafos imediatamente seguintes. § 2º - Quando o contribuinte, além da viúva, deixarfilhos do matrimônio anterior ou de outro leito,metade da pensão respectiva pertencerá a viúva,sendo a outra metade distribuída igualmente entreos filhos habilitados na conformidade deste regulamento. § 3º - Se houver, também filhos do contribuinte coma viúva ou fora do matrimônio, reconhecidos estes na forma da Lei nº 883, de 21 de outubro de 1949,metade da pensão será dividida entre todos osfilhos, adicionando-se à metade da viúva as cotaspartesdos seus filhos. § 4º - Se o contribuinte deixar pais inválidos ouinterdito e mãe que vivam separados, a pensãoserá divida entre ambos. No caso de falecimento,quer vivam eles separados ou sob o mesmo teto, odireito à pensão transfere-se ao cônjugesobrevivente.

SEÇÃO II

Dos documentos

Art 38. São documentos essenciais ao processo dehabilitação à pensão militar: I - a serem apresentados pelos beneficiários: a) requerimento; b) certidão de óbito do contribuinte; c) certidão ou fotocópia de ato oficial de promoçãoou graduação referente ao último pôsto decontribuinte; d) documento que comprove a sua últimagraduação, quando se tratar de praça inativa; e) prova que esclareça se o beneficiário percebeou não proventos ou pensões dos cofres públicos,discriminado-os, no caso afirmativo, tendo em vistao disposto no artigo 72 do presente regulamento; f) outros documentos, quando exigidos. II - a serem apresentados pela Organização militarcompetente: a) declaração de beneficiários; b) cômputo de tempo de serviço; c) informação quanto ao desconto ou recolhimentode 24 (vinte e quatro) contribuições mensaisrelativos à pensão que será deixada aobeneficiário; d) quando fôr o caso, cópia da publicação oficial damorte do militar em ato de serviço (combate,naufrágio, incêndio, desastres e outros), bem assimquando ocorrer o seu aprisionamento pelo inimigoou quando fôr o caso de extravio oudesaparecimento; e) outros documentos, quando necessários. § 1º A certidão de óbito constante da letra b do itemI, será substituída pelo documento da letra d doitem II dêste artigo, quando ocorrerem os casos previstos nesta última disposição. § 2º Quando fôr o caso de que trata o art. 5º deste Regulamento, a certidão de óbito será substituídapela cópia da publicação oficial do ato de demissãoou expulsão do contribuinte. § 3º Serão admitidos, como prova de contribuiçõesfeitas para o direito à pensão militar, as certidõesapresentadas pelos interessados sôbre taiscontribuições e que tenham sido passadas pelasrepartições públicas, em qualquer tempo. Art 39. Ocorrido o óbito do militar, as OrganizaçõesMilitares competentes remeterão ex officio comurgência, à encarregada de processar ahabilitação, as informações e documentosnecessários ao rápido processamento da pensão aque seus herdeiros porventura fizerem jus. Parágrafo único. Na falta de recebimento dessasinformações e documentos, a Organizaçãoencarregada de processar a habilitação requisitá-los-á sempre em caráter de urgência. Art 40. São documentos essenciais à reversão depensão ou à transferência de direito, de um para outro beneficiário: a) requerimento da parte interessada; b) certidão de óbito do beneficiário ou prova deperda da pensão; c) provas complementares, quando necessárias.

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Art 41. São documentos hábeis para a concessãoda melhoria de pensão: a) requerimento da parte; b) decreto de promoção post-mortem docontribuinte. Art 42. Sempre que, no início ou durante oprocessamento de qualquer habilitação, fôrverificada a falta de declaração do beneficiário ou asua deficiência bem assim quando a habilitaçãooferecer margem a dúvidas, a repartiçãocompetente exigirá dos interessados certidões ouquaisquer outros documentos necessários àcomprovação dos seus direitos. Parágrafo único. Se, não obstante a documentaçãoapresentada, persistirem as dúvidas, a prova seráfeita mediante justificação, na forma do art. 47dêsteregulamento. Art 43. Os documentos destinados a instruir asdeclarações justificações e habilitação em geral,deverão ser apresentados pelos interessados comtôdas as garantias de autenticidade e com asfirmas reconhecidas por tabelião. § 1º As petições assinadas a rôgo serão,obrigatòriamente, subscritas por 2 (duas)testemunhas, com as firmas também reconhecidas. § 2º Quando fôr o caso, serão admitidosdocumentos em língua estrangeira, seacompanhados de tradução oficial. Art 44. Dependerão de conferência com o original,pela Organização que conceder a pensão, ascópias não autenticadas, as fotocópias ou extratosde documentos, lavrando-se o competente têrmo. Art 45. As certidões e traslados extraídos deregistros, autos, livros de notas e de outrosdocumentos públicos, pelos escrivães, tabeliães eoficiais de registro, terão por si presunção deautenticidade. Parágrafo único. Os documentos fornecidos pelasrepartições públicas federais, estaduais, municipaise do Distrito Federal têm fé pública. Art 46. A documentação necessária à habilitaçãoda pensão militar, da reversão, da transferência dedireito e das melhorias é isenta de sêlo. Parágrafo único. São isentas de custas, taxas eemolumentos as certidões, justificações e demaisdocumentos necessários à habilitação dosbeneficiários de praças, cujo falecimento decorrerde ferimento recebido, de acidente ocorrido, oumoléstia adquirida em operações de guerra, nadefesa ou na manutenção da ordem interna.

SECÇÃO III

Das justificações

Art 47. Na comprovação do direito dos habilitandos,serão exigidos quando necessário por falta deesclarecimentos, a respeito, nas declarações debeneficiários de que trata o art. 29 dêsteregulamento, os seguintes documentos: I - Justificação judicial ou atestado passado por 2(dois) oficiais ou por autoridade policial, que façaprova: a) de mantença de irmão pelo contribuinte, prevista no item V do art. 26 dêste regulamento; b) de dependência de beneficiário instituído,prevista no item VI do art. 26 do presenteregulamento; c) de falta de meios para prover a própriasubsistência, prevista no § 2º do art. 26 acimareferido, no caso de invalidez; d) de não perceber pensão ou provento, além dos limites tratados no art. 72 dêste regulamento;

e) de país separados de que trata o § 4º do art. 37dêste regulamento; f) de que ainda vivem. II - Justificação judicial, que comprove ainexistência de beneficiários com prioridade, desde que não seja possível fazê-lo mediante certidõesdo registro civil; III - Alvará do juiz competente, no caso demantença do filho natural de acôrdo com o art. 16do Decreto-lei nº 3.200, de 19 de abril de 1941,modificado pelo Decreto-lei nº 5.213, de 13 dejaneiro de 1943; IV - Pronunciamento de junta médica militar ou do serviço Público Federal em ata de inspeção oudocumento equivalente no caso de invalidez,moléstia e situação análoga; V - Outras provas hábeis ocorrendo situação nãoprevista neste artigo. Parágrafo único - A justificação judicial de que trataêste artigo será processada preferencialmente nasAuditorias Militar es; se não houver Auditorias, seráa justificação feita no fôro civil da residência dojustificante.

CAPÍTULO VI

Da Reversão e da Transferência de Direito Art 48. A morte do beneficiário que estiver no gôzoda pensão, bem como a cessação do seu direito,em qualquer dos casos do art. 65 dêsteregulamento, importará na transmissão da pensãomilitar, ou do direito à mesma: a) por transferência, sentido horizontal, quando setratar de beneficiário da mesma ordem, segundoestabelecido no art. 26 dêste regulamento; b) por reversão, sentido vertical, quando os novosbeneficiários forem das ordens subseqüentes. Parágrafo único - Haverá também transferênciaquando os beneficiários de uma ou mais ordenshajam falecido, ou perdido seu direito, sem ochegarem a entrar no gôzo da pensão. Art 49. A reversão só poderá verificar-se um vez. § 1º - Não haverá, de modo algum, reversão emfavor de beneficiário instituído. § 2º - A distribuição da pensão aos filhos, na formados §§ 2º e do art. 37 dêste regulamento, constituireversão parcial e antecipado que se completa e seconsuma com a distribuição da metade da pensãopertencente à viúva, por falecimento desta ou porperda do seu direto. Art 50. A reversão, transferência de direito emelhoria de pensão, desde que a documentaçãoesteja em ordem, serão imediatamente efetivadas: a) para os beneficiários de pensões percebidasdepois da vigência da Lei nº 3.763, de 4 de maiode 1960 pelas autoridades indicadas nas letras a ,b , c , e d do § 1º do art. 36 dêste regulamento; b) para os beneficiários que já recebiam pensõespelo Ministro da Fazenda, até àquela data, pelasautoridades indicadas no § 2º do art. 36 citado.

CAPÍTULO VII

Do Título e do Pagamento

SEÇÃO I

DO TÍTULO DA PENSÃO

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Art 51. Devidamente instruído o processo ereconhecida a procedência do pedido será entãoexpedido para cada beneficiário um título depensão, de acôrdo com o modêlo anexo, em 5(cinco) vias, assim destinadas: a) 1ª via, a ser entregue ao beneficiário, depois doregistro do Tribunal de Contas; b) 2ª via, a ser anexada ao processo; c) 3ª via, a ser arquivada na Organizaçãoexpedidora do título; d) 4ª via, a ser remetida à Organização pagadorada pensão se fôr o caso; e) 5ª via, a ser entregue ao beneficiário, antes doregistro do Tribunal de Contas. § 1º - São competentes para expedir o título depensão militar: a) no Ministério da Guerra, o Diretor de Finançasdo Exército e os Chefes de Pagadoria de Inativos ePensionistas e dos Estabelecimentos Regionais deFinanças; b) no Ministério de Marinha, o Diretor-Geral deIntendência da Marinha; c) no Ministério da Aeronáutica, o Sub-Diretor doPlanejamento e Legislação; d) no Ministério da Justiça e Negócios Interiores, oDiretor-Geral do Departamento de Administração.(Redação dada pelo Decreto nº 1.501, de 1962) e) no Ministério da Fazenda, o Diretor da DespesaPública. § 2º - Os títulos de reversão e de transferência dedireitos serão expedidos na forma dêste artigo,acrescentando-se-lhes as expressões "emreversão" ou "por transferência" conforme o caso; Art 52. Os títulos expedidos serão registrados emlivro próprio que, em princípio, deverá indicar: a) número de ordem; b) nome do beneficiário; c) natureza do beneficiário; d) número e data do título; e) valor da pensão; f) número de cotas-partes; g) data inicial do direito à pensão; h) nome do de cujus antecedido do pôsto ou graduação; i) dispositivo legal em que se fundamenta aconcessão; j) data do registro da concessão pelo Tribunal deContas. Parágrafo único - Os números de ordem nãosofrerão solução de continuidade e serão apostosnos respectivos títulos constituindo, assim, o seunúmero de registro. Art 53. Quando fôr o caso de apostilas, serão estaslavradas em fôlhas aditivas ao respectivo título, em5(cinco) vias, para os fins mencionados nas alíneasdo art. 51 dêste regulamento.

SEÇÃO II

Do pagamento da pensão e da legalidade daconcessão

Art 54. A autoridade dos Militares da Marinha,Aeronáutica e Justiça e Negócios Interiores, queconceder a pensão,

transferência de direito,reversão ou melhoria de pensão, promoverá. a) a inclusão do nome do beneficiário em fôlha depagamento, para os devidos fins; b) a remessa direta do respectivo processo aoTribunal de Contas para julgamento da legalidadeda concessão feita. § 1º - No Ministério da Guerra, as providênciasprevistas por êste artigo competem: a) às Pagadorias e Estabelecimentos Regionais deFinanças no que concerne à inclusão em folha depagamento, quando os beneficiários residirem nasede dos mencionados órgãos ou a remessa dorespectivo expediente às Unidades Administrativasmais próximas das residências dos interessados,por onde receberão a pensão; b) à Diretoria de Finanças do Exército no referenteà remessa do processo de habilitação ao Tribunalde Contas, para o julgamento da legalidade daconcessão. § 2º - Se, após julgada legal a concessão,aparecerem beneficiários da mesma ordem ou daprecedente far-se-à o competente processo derevisão que será submetido ao Tribunal de Contas. § 3º - Quando julgada ilegal a concessão,proceder-se-à na forma de direito ressalvada aação regressiva prevista em lei. § 4º - Sempre que houver justa causa, a autoridade que concedeu o beneficio, ou a que tenhacompetência para tal, poderá sobrestar opagamento da pensão. § 5º - O pagamento da pensão inicial terá caráterprovisório até o julgamento definitivo do Tribunal deContas. § 6º - O mesmo caráter provisório terão ospagamentos relativos à transferência de direito,reversão, melhoria, atualização de tabelas eaumentos concedidos em Lei, até que o referidoTribunal se pronuncie sôbre a legalidade de suaconcessão. Art 55. O julgamento da legalidade da concessãodo beneficio, pelo Tribunal de Contas, importará noregistro automático da respectiva despesa. Parágrafo Único. Sòmente depois dêssejulgamento é que os beneficiários poderãoconsignar em fôlha de pagamento, salvo asconsignações de empréstimo hipotecário.(Redação dada pelo Decreto nº 1.542, de 1962) Art 56. Os procuradores dos pensionistas deverãoapresentar pelo me nos semestralmente certificadode vida de seu representado, expedido porautoridade policial do distrito ou quarteirão daresidência do mesmo. Parágrafo único - Êste certificado poderá sersuprido por atestado firmado por 2 (dois) oficiais,quando a pensão é recebida em OrganizaçãoMilitar, ou por 2 (dois) funcionários do Ministério daFazenda, com o visto do respectivo chefe, caso obenefício seja percebido no Tesouro Nacional. Art 57. O julgamento da legalidade da concessão,pelo Tribunal de Contas, importará no registroautomático da respectiva despesa e noreconhecimento do direito dos beneficiários aorecebimento, por exercícios findos, dasmensalidades relativas a exercícios anteriores, na forma do artigo 72 dêste regulamento. Art 58. As dívidas de exercícios findos, relativas àpensão, serão pagas pelo Ministério a que estivervinculado o beneficiário. Art 59. As dotações necessárias ao pagamento da pensão militar, relativas a cada exercício e aexercícios anteriores, serão consignadas,anualmente, no orçamento da República aosMinistérios interessados.

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CAPÍTULO VIII

Do Cadastro de Pensionistas

Art 60. Ficam instituídas: a) as fichas-cadastros de pensão militar; b) as fichas-índice das fichas-cadastro; c) as fichas-índice de pensionistas. Parágrafo único - As fichas a que se refere este artigo não serão obrigatórias nos Ministérios quepossuam outras formas de cadastro. Art 61. Da ficha-cadastro devem constar,essencialmente, as seguintes indicações: I - ministério; II - organização que trata de pensões; III - natureza da ficha; IV - número de ordem geral (canto superior direito); V - nome do de cujus; VI - nomes dos beneficiários pensão, esclarecendoseu parente com o de cujus e as cotas quepercebem; VII - data da abertura da sucção; VIII - data de protocolo do requerimento dehabilitação (primo entrada na Organização); IX - número e data do título concessão da pensãoinicial; X - indicação da residência pensionista; XI - observações, onde também será anotada adata do registro de legalidade da pensão peloTribunal de Contas. Art 62. Da ficha-índice de fichas-cadastro, devemconstar, essencialmente, as seguintes indicações: I - ministério; II - organização que trata pensões; III - natureza da ficha; IV - número de ordem do cujus , dentro de cadaletra da ficha-cadastro; V - nome do de cujus , dentro de cada letra daficha-cadastro; VI - número da ficha-cadastro correspondente acada de cujus desta ficha-índice. Art 63. Da ficha-índice de pensionistas, devemconstar, essencialmente, as seguintes indicações: I - ministério; II - organização que trata de pensões; III - natureza da ficha; IV - número de ordem da pensionista, dentro decada letra da ficha-cadastro; V - número da ficha-cadastro correspondente acada pensionista desta ficha-índice.

Art 64. As fichas-cadastro e as fichas-índicesdevem ser arquivadas em lugar apropriado eseguro, cercadas de tôdas as garantias.

CAPÍTULO IX

Da perda da Pensão

Art 65. Perderá o direito à pensão: I - a viúva que tenha má-conduta, apurada emprocesso judicial, ou venha a ser destituída dopátrio poder, na conformidade do art. 395 doCódigo Civil; II - o beneficiário do sexo masculino, que atinja amaioridade, válido e capaz; III - o beneficiário que renuncie expressamente; IV - o beneficiário que tenha sido condenado porcrime de natureza dolosa, do qual resulte a mortedo contribuinte.

CAPÍTULO X

Das Pensões Remanescentes

SEÇÃO I

Dos contribuintes remanescentes

Art 66. Os contribuintes no atual montepio militar,não abrangidos nos arts. 1º e 2º da Lei nº 3.765, de4 de maio de 1960, terão seus direitos eassegurados e a sua situação disciplinada por este regulamento, inclusive quanto à contribuição e aosbeneficiários. Art 67. São contribuintes remanescentes da pensão militar, na conformidade do artigoprecedente: I - o pessoal da Polícia Militar e do Corpo deBombeiros do Distrito Federal, transferido para oEstado da Guanabara, desde que, integrante dosrespectivos efetivos até 21 de abril de 1960,satisfaça ou venha a satisfazer as condiçõesprevistas na legislação em vigor (Lei nº 3.752, de14 de abril de 1960, artigo 3º, §§ 1º, 2º e 3º); II - os ministros do Superior Tribunal Militar,auditores, representantes de Ministério Público eescrivães da Justiça Militar, nomeados até 2 dedezembro de 1938 (Decreto-lei nº 925, de 2 dedezembro de 1938, art. 400; Lei nº 1.341, de 30 dejaneiro de 1951); III - os professôres civis do Exército, com honra deMilitares e os oficiais honorários e graduados daextinta Diretoria de Contabilidade da Guerra, que optaram pela continuação como contribuintes, deacôrdo com o Decreto-lei nº 3.107, de 1º de abril de1941 (Decreto nº 23.794, de 23 de janeiro de 1934,art. 3º, Decreto nº 24.287, de 24 de maio de 1934,art. 67, § 7º; Decreto-lei número 103, de 23 dedezembro de 1937, arts. 14 e 15; Decreto-lei nº195, de 22 de janeiro de 1938, art. 1º); IV - os escriturários do Quadro Permanente doMinistério da Guerra, oriundos da carreira deescrevente do mesmo Ministério e que já eramcontribuintes (Decreto número 24.632, de 1º dejulho de 1932, artigo 12, § 4º; Decreto-lei nº 196, de22 de janeiro de 1938, art. 1º; Decreto-lei nº 3.649,de 24 de setembro de 1941, artigo único); V - os funcionários da extinta Secretaria da Guerra,possuidores de carta-patente de oficial honorário, eos funcionários do Ministério da Marinha,possuidores de honras Militares (Decreto-lei nº1.315, de 2 de junho de 1939, art. 1º; Decreto-lei nº1.803, de 24 de novembro de 1939, artigo único); VI - os práticos do Rio da Prata, Baixo Paraná eParaguai (Decreto nº 23.855, de 8 de março de1934, art. 29);

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VII - os práticos de farmácia da Marinha, nomeadosde conformidade com o regulamento baixado como Decreto nº 7.203, de 3 de dezembro de 1908(Decreto nº 21.927, de 10 de outubro de 1932, art.1º); VIII - os demais funcionários civis com honras ougraduações Militar es, admitidos como contribuintespor lei especial (Decreto-lei nº 196, de 22 dejaneiro de 1938, art. 1º); IX - os oficiais da reserva das Fôrças Armadas,convocados durante o estado de guerra quepermaneçam convocados para o serviço ativo, como direito a transferência para a reserva remunerada, após vinte e cinco anos de serviço(Lei nº 1.196, de 9 de setembro de 1950, art. 1º); X - os remanescentes da Polícia Militar do Territóriodo Acre (Lei nº 429, de 29 de abril de 1937;Decreto-lei nº 7.360, de 6 de março de 1945, art. 1ºe 2º).

SEÇÃO II

Dos pensionistas remanescentes

Art 68. Os veteranos da campanha do Uruguai eParaguai, bem como suas viúvas e filhas,beneficiados com a pensão vitalícia instituída peloDecreto-lei nº 1.544, de 25 de agôsto de 1939, epelo art. 30 da Lei nº 488, de 15 de novembro de1948, e os veteranos da revolução acreana,beneficiados com a pensão vitalícia e intransferívelinstituída pela Lei nº 380, de 10 de setembro de1948, passem a perceber a pensão correspondenteà deixada por um 2º sargento, na forma do art. 2º,letra a , dêste regulamento. Art 69. Continuam em vigor, até produzirem osseus efeitos em todos os interessados que a elastenham direito: a) as disposições do Decreto-lei nº 8.794, de 23 dejaneiro de 1946, que regulam as vantagens dosherdeiros dos Militares que participaram da FôrçaAérea Expedicionária Brasileira no teatro deoperações da Itália, nos anos de 1944 e 1945; b) as disposições da Lei nº 3.633, de 17 desetembro de 1959, que concedem pensõesespeciais de Cr$3.000,00 (três mil cruzeiros) àsviúvas dos ex-integrantes da Fôrça ExpedicionáriaBrasileira e aos ex-expedicionários incapacitadospara o trabalho.

CAPÍTULO XI

Disposições Gerais

Art 70. A pensão militar é impenhorável e sóresponde pelas consignações autorizadas e pelasdívidas contraídas pelos beneficiários já no gôzo da pensão, inclusive as de contribuições devidas na forma da Lei. Art 71. A pensão militar pode ser requerida aqualquer tempo, condicionada, porém, a percepçãodas prestações mensais à prescrição quinqüenal. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-seaos casos de melhorias de pensão decorrentes daspromoções que forem requeridas pelosbeneficiários, após a morte do contribuinte. Art 72. É permitida a acumulação: a) de duas pensões Militar es; b) de uma pensão militar com proventos dedisponibilidade, reforma, vencimentos,aposentadoria ou pensão proveniente de um únicocargo civil. § 1º Os limites de que trata o presente artigo nãose aplicam aos beneficiários dos contribuintesfalecidos anteriormente à vigência da Lei número3.765, de 4 de maio de 1960, ficando-lhes vedada,entretanto, a obtenção de novos benefícios. § 2º Aos que forem atingidos pela limitação contidano presente artigo, será permitida opção.

Art 73. A pensão militar será sempre atualizadapela tabela de vencimentos que estiver em vigor. § 1º O disposto nêste artigo aplica-se aosbeneficiários dos contribuintes falecidos antes davigência da Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960. § 2º O cálculo para a atualização tomará semprepor base a pensão-tronco deixada pelocontribuinte, e não as importâncias percebidaspelos beneficiários em pensões subdivididas emajoradas ou acrescidas por abono. Art. 74. O abono de 20% (vinte por cento), de quetrata o art. 93 da Lei nº 3.780, de 12 de julho de1960, será também, considerado para o cálculo da pensão relativa aos postos de Marechal, almirantee Marechal do Ar. (Redação dada pelo Decreto nº1.228, de 1962) Art 75. O processo de habilitação à pensão militar éconsiderado de natureza urgente e os assuntoscom êle relacionados (exame do direto dobeneficiário, transferências, reversões e melhoria,bem como pagamentos e encaminhamento doprocesso ao Tribunal de Contas) serão tratadoscom a máxima urgência pelas Organizaçõescompetentes. Parágrafo único. Os comandantes ou chefes dasOrganizações Militares e civis, qualquer que seja, adenominação, diligenciarão no sentido de ser dadaprioridade aos assuntos relacionados com apensão militar, sempre que os respectivos processos transitarem pelas suas Organizações. Art 76. A pensão militar será considerada paraefeito do impôsto de renda, na forma das normasvigentes reguladoras dêsse tributo.

CAPÍTULO XII

Disposições Transitórias e Finais

Art 77. Em cada Ministério Militar e no da Justiça eNegócios Interiores, os assuntos relacionados coma pensão militar serão tratados em um órgãocentral ou órgão regionais e existentes ou quevenham a ser criados ou ampliados. § 1º No Ministério da Guerra, o órgão central será aDiretoria de Finanças do Exército, e os órgãosregionais, as Pagadorias e EstabelecimentosRegionais de Finanças. § 2º Continuarão a ser tratados no Ministério daFazenda todos os assuntos referentes à pensãomilitar, inclusive pagamentos, quando referentes abeneficiários que, na data da publicação da Lei nº3.765, de 4 de maio de 1960, já estejampercebendo suas pensões por aquêle Ministério. Art 78. Ficam criadas, de conformidade com o art.34 da Lei nº 3.765, de 4 de maio de 1960: a) as Pagadorias de Inativos e Pensionistas, noMinistério da Guerra, com autonomia administrativae que terão sêde nas cidades de São Paulo, PôrtoAlegre e Recife; b) a Pagadoria de Inativos e Pensionistas daMarinha, como organização administrativaautônoma, diretamente subordinada à Diretoria deIntendência da Marinha, que se encarregará doprocessamento e pagamento das despesasrelativas a proventos e pensões, de acôrdo com asnormas regulamentares baixadas pelo Ministro; c) o Serviço de Inativos e Pensionistas subordinadoao Departamento de Administração do Ministérioda Justiça e Negócios Interiores, incumbido dotrato dos processos referentes à pensão militar e dos demais assuntos a que se refere o Regimentodo ditado Departamento. (Redação dada peloDecreto nº 1.501, de 1962) d) a Pagadoria de Inativos e Pensionistas daAeronáutica, como órgão da Intendência daAeronáutica, a qual se

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encarregará do pagamentode proventos e pensões, de conformidade com oregimento que fôr baixado pelo respectivo Ministro. § 1º As Pagadorias referidas na letra a dêste artigoterão as mesmas atribuições da Pagadoria Centralde Inativos e Pensionistas. § 2º A critério do Ministro da Guerra, serão criadasoutras Pagadorias, com ou sem autonomiaadministrativa, para os fins previstos no parágrafoanterior. § 3º As instruções sôbre organização efuncionamento, bem como de subordinação dessasPagadorias serão objeto de Portarias baixadas peloMinistério da Guerra. § 4º A Diretoria de Finanças do Exército terá a seucargo o exame dos processos de concessão daspensões, no Ministério da Guerra, cumprindo-lheremetê-los diretamente ao Tribunal de Contas, para o julgamento da legalidade da concessão. § 5º Para tratar dos assuntos atinentes às pensõesMilitares fica a Diretorias de Finanças do Exércitoacrescida de mais de uma divisão, cujaorganização e funcionamento serão objeto deinstruções aprovadas pelo Diretor Geral deIntendência. Art 79. A Seção de Pensionistas de Divisão Legalda Subdiretoria de Planejamento e Legislação, noMinistério da Aeronáutica de conformidade com odisposto no art. 34 da Lei nº 3.765, de 4 de maio de1960, fica ampliada para Divisão de Pensões eProventos, com quatro secções, arquivo e serviçoespecial dentro da referida Subdiretoria,Organização esta que tem por incumbência tratardos assuntos relacionados com a pensão militar eoutros atribuídos pela sua constituição orgânica. Art 80. As pensionistas habilitadas nos têrmos daLei nº 3.625, de 7 de setembro de 1959, quepercebem montepio militar na Polícia Militar e noCorpo de Bombeiros, em caráter provisório, emeio-sôldo no Ministério da Fazenda, passarão areceber a pensão militar de que trata a Lei nº3.765, de 4 de maio de 1960, nas respectivasOrganizações Militares citadas, que adotarão juntoàquele Ministério as medidas que se fizeremnecessárias à observância dêste dispositivo. Art 81. A substituição de títulos determinada no art.1º, parágrafo único, dêste regulamento serãopromovido " ex-offício ", quando o processo dosbeneficiários estiver em trânsito pelas repartiçõescompetentes e neles se encontrarem osrespectivos títulos de montepio, meio-sôldo, ou depensão especial. Parágrafo único. Quando não ocorrer a hipóteseprevista neste artigo, a substituição seráprocessada mediante requerimento da parte ejuntada dos respectivos títulos. Art 82. A substituição da pensão determinada noart. 1º, parágrafo único, dêste regulamento seráfeita na base do pôsto a que corresponder o antigobenefício, à data de vigência da Lei nº 3.765, de 4de maio de 1960, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º dêste artigo. § 1º Tomar-se-á por base o primeiro pôsto seguinteao do de cujus , nos seguintes casos decontribuição obrigatória, não promovida na épocaprópria: a) quando, contando mais de 30 (trinta) anos deserviço, tenha o militar falecido no períodocompreendido entre 17 de fevereiro de 1944 e adata da vigência da Lei nº 3.765, de 4 de maio de1960; b) quando, contando mais de 35 (trinta e cinco)anos de serviço, tenha o militar falecido até a datada vigência do Decreto-lei nº 6.280, de 17 defevereiro de 1944. § 2º O cálculo será feito na base do segundo posto acima daquele que tinha o "de cujus ", quando,contando o mesmo mais de 40 (quarenta) anos deserviço tenha falecido a partir

da vigência da Leinúmero 5.631, de 31 de dezembro de 1938, semfazer a necessária contribuição. § 3º As dívidas resultantes de contribuições nãofeitas no devido tempo, quando fôr o caso, serãocobradas de conformidade com a legislaçãovigente à época, observado, porém, o disposto noart. 24 dêste regulamento. Art 83. A nova pensão militar que substituir a antigapensão especial corresponderá ao pôsto emgraduação em que esta tenha sido concedida, eserá equivalente: a) a 25 (vinte e cinco) vêzes a contribuição, quandoo falecimento do contribuinte se tenha verificadonas condições previstas na alínea b do art. 2º deste regulamento; b) a 30 (trinta) vêzes a contribuição, se a morte docontribuinte houver ocorrida em qualquer dassituações indicadas na alínea c do artigo 2º deste regulamento. Art 84. Como decorrência de atualização a serimediatamente processada, cessará a partir davigência da Lei nº 3.783, de 30 de julho de 1960, odireito ao abono concedido pela Lei nº 3.531, de 19de janeiro de 1959, ressalvado o disposto no art.1º, parágrafo único, dêste regulamento. Art 85. Os oficiais que, na data da publicação deste regulamento já contribuíam para a pensãocorrespondente a um ou dois postos acima do quepossuam, ficam dispensados de apresentar orequerimento de que tratam os arts. 18 e 19 dêsteregulamento. Parágrafo único. As Organizações a que estiveremvinculados os Militares a que se refere êste artigopublicarão em boletim os nomes dos mesmos,fazendo constar essa ocorrência dos seusassentamentos, ou providenciando nesse sentidojunto às autoridades, quando a medida não fôr de sua competência. Art 86. Os contribuintes que já tiverem completado30 (trinta) ou 35 (trinta e cinco) anos de serviço eque queiram iniciar a contribuição para a pensãocorrespondente a um ou dois postos ougraduações acima, na forma do art. 18 dêsteregulamento, ficam sujeitos a requerimento àautoridade competente, sendo a nova contribuiçãodevida a partir da vigência da Lei nº 3.765, de 4 demaio de 1960. Parágrafo único. Consideram-se como tendorequerido a contribuição de um ou dois postos ougraduações acima, segundo tenham mais de 30(trinta) ou 35 (trinta e cinco) anos de serviço,respectivamente, os contribuintes obrigatórios quetiverem falecido entre a data da vigência de Lei nº3.765, de 4 de maio de 1960, e a da publicaçãodêste regulamento, pagando os beneficiários ascontribuições devidas. Art 87. As Organizações que tratam dos assuntosrelativos à pensão militar proporão normas a seremreprovadas pelo titular da pasta, para a boa execução dos serviços que ora lhes são atribuídosneste regulamento. Brasília, 2 de outubro de 1960.

Gen. Bda.MARCOS JOãO REGINATO

Presidente da Comissão

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967.

Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o art. 9°, § 2º, do Ato Institucional nº 4, de 7 de dezembro de 1966, decreta:

TÍTULO I

DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

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Art. 1º O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado. Art. 2º O Presidente da República e os Ministros de Estado exercem as atribuições de sua competência constitucional, legal e regulamentar com o auxílio dos órgãos que compõem a Administração Federal. Art. 3º Respeitada a competência constitucional do Poder Legislativo estabelecida no artigo 46, inciso II e IV, da Constituição, o Poder Executivo regulará a estruturação, as atribuições e funcionamento do órgãos da Administração Federal. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 4° A Administração Federal compreende: I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios. II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987) Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se: I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. II - Emprêsa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Govêrno seja levado a exercer por fôrça de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987) § 1º No caso do inciso III, quando a atividade fôr submetida a regime de monopólio estatal, a maioria acionária caberá apenas à União, em caráter permanente. § 2º O Poder Executivo enquadrará as entidades da Administração Indireta existentes nas categorias constantes dêste artigo. § 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura

pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)

TÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 6º As atividades da Administração Federal obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: I - Planejamento. II - Coordenação. III - Descentralização. IV - Delegação de Competência. V - Contrôle.

CAPÍTULO I

DO PLANEJAMENTO

Art. 7º A ação governamental obedecerá a planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico-social do País e a segurança nacional, norteando-se segundo planos e programas elaborados, na forma do Título III, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos: a) plano geral de govêrno; b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual; c) orçamento-programa anual; d) programação financeira de desembôlso.

CAPÍTULO II

DA COORDENAÇÃO

Art . 8º As atividades da Administração Federal e, especialmente, a execução dos planos e programas de govêrno, serão objeto de permanente coordenação. § 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da administração, mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões com a participação das chefias subordinadas e a instituição e funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo. § 2º No nível superior da Administração Federal, a coordenação será assegurada através de reuniões do Ministério, reuniões de Ministros de Estado responsáveis por áreas afins, atribuição de incumbência coordenadora a um dos Ministros de Estado (art. 36), funcionamento das Secretarias Gerais (art. 23, § 1º) e coordenação central dos sistemas de atividades auxiliares (art. 31). § 3º Quando submetidos ao Presidente da República, os assuntos deverão ter sido prèviamente coordenados com todos os setores nêles interessados, inclusive no que respeita aos aspectos administrativos pertinentes, através de consultas e entendimentos, de modo a sempre compreenderem soluções integradas e que se harmonizem com a política geral e setorial do Govêrno. Idêntico procedimento será adotado nos demais níveis da Administração Federal, antes da submissão dos assuntos à decisão da autoridade competente. Art. 9º Os órgãos que operam na mesma área geográfica serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar a programação e execução integrada dos serviços federais.

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Parágrafo único. Quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio (alínea b do § 1º do art. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica. 10) com os órgãos estaduais e municipais que exerçam atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com êles coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma área geográfica.

CAPÍTULO III

DA DESCENTRALIZAÇÃO

Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada. § 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais: a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução; b) da Administração Federal para a das unidades federadas, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio; c) da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões. § 2° Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura central de direção devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, supervisão, coordenação e contrôle. § 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em contato com os fatos e com o público. § 4º Compete à estrutura central de direção o estabelecimento das normas, critérios, programas e princípios, que os serviços responsáveis pela execução são obrigados a respeitar na solução dos casos individuais e no desempenho de suas atribuições. § 5º Ressalvados os casos de manifesta impraticabilidade ou inconveniência, a execução de programas federais de caráter nitidamente local deverá ser delegada, no todo ou em parte, mediante convênio, aos órgãos estaduais ou municipais incumbidos de serviços correspondentes. § 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exercerão contrôle e fiscalização indispensáveis sôbre a execução local, condicionando-se a liberação dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios. § 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contrôle e com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução. § 8º A aplicação desse critério está condicionada, em qualquer caso, aos ditames do interesse público e às conveniências da segurança nacional.

CAPÍTULO IV

DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA

(Vide Decreto nº 83.937, de 1979)

Art. 11. A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. Art . 12 . É facultado ao Presidente da República, aos Ministros de Estado e, em geral, às autoridades da Administração Federal delegar competência para a prática de atos administrativos, conforme se dispuser em regulamento. Parágrafo único. O ato de delegação indicará com precisão a autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de delegação.

CAPÍTULO V

DO CONTRÔLE

Art. 13 O contrôle das atividades da Administração Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos, compreendendo, particularmente: a) o contrôle, pela chefia competente, da execução dos programas e da observância das normas que governam a atividade específica do órgão controlado; b) o contrôle, pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares; c) o contrôle da aplicação dos dinheiros públicos e da guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria. Art. 14. O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de processos e supressão de contrôles que se evidenciarem como puramente formais ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco.

TÍTULO III

DO PLANEJAMENTO, DO ORÇAMENTO-PROGRAMA E DA PROGRAMAÇÃO FINANCEIRA

Art. 15. A ação administrativa do Poder Executivo obedecerá a programas gerais, setoriais e regionais de duração plurianual, elaborados através dos órgãos de planejamento, sob a orientação e a coordenação superiores do Presidente da República. § 1º Cabe a cada Ministro de Estado orientar e dirigir a elaboração do programa setorial e regional correspondente a seu Ministério e ao Ministro de Estado, Chefe da Secretaria de Planejamento, auxiliar diretamente o Presidente da República na coordenação, revisão e consolidação dos programas setoriais e regionais e na elaboração da programação geral do Governo. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) § 2º Com relação à Administração Militar, observar-se-á a finalidade precípua que deve regê-la, tendo em vista a destinação constitucional das Fôrças Armadas, sob a responsabilidade dos respectivos Ministros, que são os seus Comandantes Superiores. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 3º A aprovação dos planos e programas gerais, setoriais e regionais é da competência do Presidente da República. Art. 16. Em cada ano, será elaborado um orçamento-programa, que pormenorizará a etapa do programa plurianual a ser realizada no exercício seguinte e que servirá de roteiro à execução coordenada do programa anual. Parágrafo único. Na elaboração do orçamento-programa serão considerados, além dos recursos consignados no Orçamento

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da União, os recursos extra-orçamentários vinculados à execução do programa do Govêrno. Art. 17. Para ajustar o ritmo de execução do orçamento-programa ao fluxo provável de recursos, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da Fazenda elaborarão, em conjunto, a programação financeira de desembôlso, de modo a assegurar a liberação automática e oportuna dos recursos necessários à execução dos programas anuais de trabalho. Art. 18. Tôda atividade deverá ajustar-se à programação governamental e ao orçamento-programa e os compromissos financeiros só poderão ser assumidos em consonância com a programação financeira de desembôlso.

TÍTULO IV

DA SUPERVISÃO MINISTERIAL

(Vide Lei nº 6.036, de 1974)

Art . 19. Todo e qualquer órgão da Administração Federal, direta ou indireta, está sujeito à supervisão do Ministro de Estado competente, excetuados unicamente os órgãos mencionados no art. 32, que estão submetidos à supervisão direta do Presidente da República. Art. 20. O Ministro de Estado é responsável, perante o Presidente da República, pela supervisão dos órgãos da Administração Federal enquadrados em sua área de competência. Parágrafo único. A supervisão ministerial exercer-se-á através da orientação, coordenação e contrôle das atividades dos órgãos subordinados ou vinculados ao Ministério, nos têrmos desta lei. Art. 21. O Ministro de Estado exercerá a supervisão de que trata êste título com apoio nos Órgãos Centrais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. No caso dos Ministros Militares a supervisão ministerial terá, também, como objetivo, colocar a administração, dentro dos princípios gerais estabelecidos nesta lei, em coerência com a destinação constitucional precípua das Fôrças Armadas, que constitui a atividade afim dos respectivos Ministérios. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 22. Haverá na estrutura de cada Ministério Civil os seguintes Órgãos Centrais: (Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Órgãos Centrais de planejamento, coordenação e controle financeiro. II - Órgãos Centrais de direção superior. Art. 23. Os órgãos a que se refere o item I do art. 22, têm a incumbência de assessorar diretamente o Ministro de Estado e, por fôrça de suas atribuições, em nome e sob a direção do Ministro, realizar estudos para formulação de diretrizes e desempenhar funções de planejamento, orçamento, orientação, coordenação, inspeção e contrôle financeiro, desdobrando-se em: (Vide Decreto nº 64.135, de 25.12.1969)(Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Uma Secretaria Geral. II - Uma Inspetoria Geral de Finanças. § 1º A Secretaria Geral atua como órgão setorial de planejamento e orçamento, na forma do Título III, e será dirigida por um Secretário-Geral, o qual poderá exercer funções delegadas pelo Ministro de Estado. § 2º A Inspetoria Geral de Finanças, que será dirigida por um Inspetor-Geral, integra, como órgão setorial, os sistemas de administração financeiro, contabilidade e auditoria, superintendendo o exercício dessas funções no âmbito do

Ministério e cooperação com a Secretaria Geral no acompanhamento da execução do programa e do orçamento. § 3º Além das funções previstas neste título, a Secretaria-Geral do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral exercerá as atribuições de Órgão Central dos sistemas de planejamento e orçamento, e a Inspetoria-Geral de Finanças do Ministério da Fazenda, as de Órgãos Central do sistema de administração financeira, contabilidade e auditoria. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 24. Os Órgãos Centrais de direção superior (art. 22, item II) executam funções de administração das atividades específicas e auxiliares do Ministério e serão, preferentemente, organizados em base departamental, observados os princípios estabelecidos nesta lei. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Art . 25. A supervisão ministerial tem por principal objetivo, na área de competência do Ministro de Estado: I - Assegurar a observância da legislação federal. II - Promover a execução dos programas do Govêrno. III - Fazer observar os princípios fundamentais enunciados no Título II. IV - Coordenar as atividades dos órgãos supervisionados e harmonizar sua atuação com a dos demais Ministérios. V - Avaliar o comportamento administrativo dos órgãos supervisionados e diligenciar no sentido de que estejam confiados a dirigentes capacitados. VI-Proteger a administração dos órgãos supervisionados contra interferências e pressões ilegítimas. VII - Fortalecer o sistema do mérito. VIII - Fiscalizar a aplicação e utilização de dinheiros, valôres e bens públicos. IX - Acompanhar os custos globais dos programas setoriais do Govêrno, a fim de alcançar uma prestação econômica de serviços. X - Fornecer ao órgão próprio do Ministério da Fazenda os elementos necessários à prestação de contas do exercício financeiro. XI - Transmitir ao Tribunal de Contas, sem prejuízo da fiscalização deste, informes relativos à administração financeira e patrimonial dos órgãos do Ministério. Art. 26. No que se refere à Administração Indireta, a supervisão ministerial visará a assegurar, essencialmente: I - A realização dos objetivos fixados nos atos de constituição da entidade. II - A harmonia com a política e a programação do Govêrno no setor de atuação da entidade. III - A eficiência administrativa. IV - A autonomia administrativa, operacional e financeira da entidade. Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento: a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurídica;

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b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração ou contrôle da entidade; c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da entidade e a execução do orçamento-programa e da programação financeira aprovados pelo Govêrno; d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de autarquia; e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração ou contrôle; f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de administração; g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas; h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade; i) intervenção, por motivo de interêsse público. Art. 27. Assegurada a supervisão ministerial, o Poder Executivo outorgará aos órgãos da Administração Federal a autoridade executiva necessária ao eficiente desempenho de sua responsabilidade legal ou regulamentar. Parágrafo único. Assegurar-se-á às emprêsas públicas e às sociedades de economia mista condições de funcionamento idênticas às do setor privado cabendo a essas entidades, sob a supervisão ministerial, ajustar-se ao plano geral do Govêrno. Art. 28. A entidade da Administração Indireta deverá estar habilitada a: I - Prestar contas da sua gestão, pela forma e nos prazos estipulados em cada caso. II - Prestar a qualquer momento, por intermédio do Ministro de Estado, as informações solicitadas pelo Congresso Nacional. III - Evidenciar os resultados positivos ou negativos de seus trabalhos, indicando suas causas e justificando as medidas postas em prática ou cuja adoção se impuser, no interêsse do Serviço Público. Art. 29. Em cada Ministério Civil, além dos órgãos Centrais de que trata o art. 22, o Ministro de Estado disporá da assistência direta e imediata de: I - Gabinete. II - Consultor Jurídico, exceto no Ministério da Fazenda. III - Divisão de Segurança e Informações. § 1º O Gabinete assiste o Ministro de Estado em sua representação política e social, e incumbe-se das relações públicas, encarregando-se do preparo e despacho do expediente pessoal do Ministro. § 2º O Consultor Jurídico incumbe-se do assessoramento jurídico do Ministro de Estado. § 3º A Divisão de Segurança e Informações colabora com a Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional e com o Serviço Nacional de Informações. § 4º No Ministério da Fazenda, o serviço de consulta jurídica continua afeto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e aos seus órgãos integrantes, cabendo a função de Consultor Jurídico do Ministro de Estado ao Procurador-Geral, nomeado em comissão, pelo critério de confiança e livre escolha, entre bacharéis em Direito.

TITULO V

DOS SISTEMAS DE ATIVIDADES AUXILIARES

Art. 30. Serão organizadas sob a forma de sistema as atividades de pessoal, orçamento, estatística, administração financeira, contabilidade e auditoria, e serviços gerais, além de outras atividades auxiliares comuns a todos os órgãos da Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de coordenação central. (Vide Decreto nº 64.777, de 1969) § 1º Os serviços incumbidos do exercício das atividades de que trata êste artigo consideram-se integrados no sistema respectivo e ficam, conseqüentemente, sujeitos à orientação normativa, à supervisão técnica e à fiscalização específica do órgão central do sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja estrutura administrativa estiverem integrados. § 2º O chefe do órgão central do sistema é responsável pelo fiel cumprimento das leis e regulamentos pertinentes e pelo funcionamento eficiente e coordenado do sistema. § 3º É dever dos responsáveis pelos diversos órgãos competentes dos sistemas atuar de modo a imprimir o máximo rendimento e a reduzir os custos operacionais da Administração. , § 4° Junto ao órgão central de cada sistema poderá funcionar uma Comissão de Coordenação, cujas atribuições e composição serão definidas em decreto. Art. 31. A estruturação dos sistemas de que trata o artigo 30 e a subordinação dos respectivos Órgãos Centrais serão estabelecidas em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

TITULO VI

DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Art. 32. A Presidência da República é constituída essencialmente pelo Gabinete Civil e pelo Gabinete Militar. Também dela fazem parte, como órgãos de assessoramento imediato ao Presidente da República: (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) Vide: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Decreto nº 99.180, de 1990, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei nº 10.683, de 28.5.2003 I - o Conselho de Segurança Nacional; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) II - o Conselho de Desenvolvimento Econômico; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) III - o Conselho de Desenvolvimento Social; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) IV - a Secretaria de Planejamento; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) V - o Serviço Nacional de Informações; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VI - o Estado-Maior das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VII - o Departamento Administrativo do Serviço Público; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) VIII - a Consultoria-Geral da República; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) IX - o Alto Comando das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) X - o Conselho Nacional de Informática e Automação. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984)

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Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Civil, o Chefe do Gabinete Militar, o Chefe da Secretaria de Planejamento, o Chefe do Serviço Nacional de Informações e o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas são Ministros de Estado titulares dos respectivos órgãos. (Redação dada pela Lei nº 7.232, de 1984) Art. 33. Ao Gabinete Civil incumbe: I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à administração civil. II - Promover a divulgação de atos e atividades governamentais. III - Acompanhar a tramitação de projetos de lei no Congresso Nacional e coordenar a colaboração dos Ministérios e demais órgãos da administração, no que respeita aos projetos de lei submetidos à sanção presidencial. (Vide Lei nº 8.028, de 1990) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 34. Ao Gabinete Militar incumbe: I - Assistir, direta e imediatamente, o Presidente da República no desempenho de suas atribuições e, em especial, nos assuntos referentes à Segurança Nacional e à Administração Militar. II - Zelar pela segurança do Presidente da República e dos Palácios Presidenciais. Parágrafo único. O Chefe do Gabinete Militar exerce as funções de Secretário-Geral do Conselho de Segurança Nacional.

TITULO VII

DOS MINISTÉRIOS E RESPECTIVAS ÁREAS DE COMPETÊNCIA

Art. 35 - Os Ministérios são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Vide: Lei nº 7.739, de 20.3.1989, Lei nº 7.927, de 1989, Lei nº 8.422, de 1992, Lei nº 8.490, de 1992, Lei nº 9.649, de 1998, Lei nº 10.683, de 28.5.2003 Ministério da Justiça (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Relações Exteriores (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Fazenda (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério dos Transportes (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Agricultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Indústria e do Comércio (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Minas e Energia (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Interior (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1º.5.1974) Ministério da Educação e Cultura (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Trabalho (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Previdência e Assistência Social (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974)

Ministério da Saúde (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério das Comunicações (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Marinha (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério do Exército (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Ministério da Aeronáutica (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) Parágrafo único. Os titulares dos Ministérios são Ministros de Estado (Art. 20).(Incluído pela Lei nº 6.036, de 1974) Art. 36. Para auxiliá-lo na coordenação de assuntos afins ou interdependentes, que interessem a mais de um Ministério, o Presidente da República poderá incumbir de missão coordenadora um dos Ministros de Estado, cabendo essa missão, na ausência de designação específica ao Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) § 1º O Ministro Coordenador, sem prejuízo das atribuições da Pasta ou órgão de que for titular atuará em harmonia com as instruções emanadas do Presidente da República, buscando os elementos necessários ao cumprimento de sua missão mediante cooperação dos Ministros de Estado em cuja área de competência estejam compreendidos os assuntos objeto de coordenação. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) § 2º O Ministro Coordenador formulará soluções para a decisão final do Presidente da República. (Redação dada pela Lei nº 6.036, de 1974) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 37. O Presidente da República poderá prover até 4 (quatro) cargos de Ministro Extraordinário para o desempenho de encargos temporários de natureza relevante. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 38. O Ministro Extraordinário e o Ministro Coordenador disporão de assistência técnica e administrativa essencial para o desempenho das missões de que forem incumbidos pelo Presidente da República na forma por que se dispuser em decreto. (Vide Lei nº 10.683, de 28.5.2003) Art. 39 Os assuntos que constituem a área de competência de cada Ministério são, a seguir, especificados: Vide Leis: Lei nº 7.739, de 20. 3. 1989Lei nº 10.683, de 28.5.2003

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

I - Ordem jurídica, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, garantias constitucionais. II - Segurança interna. Polícia Federal. III - Administração penitenciária. IV - Ministério Público. V - Documentação, publicação e arquivo dos atos oficiais.

MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES I - Política Internacional. II - Relações diplomáticas; serviços consulares. III - Participação nas negociações comerciais, econômicas, financeiras, técnicas e culturais com países e entidades estrangeiras. IV - Programas de cooperação internacional.

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MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL

I - Plano geral do Govêrno, sua coordenação. Integração dos planos regionais. II - Estudos e pesquisas sócio-econômicos, inclusive setoriais e regionais. III - Programação orçamentária; proposta orçamentária anual. IV - Coordenação da assistência técnica internacional. V - Sistemas estatístico e cartográfico nacionais. VI - Organização administrativa.

MINISTÉRIO DA FAZENDA

I - Assuntos monetários, creditícios, financeiros e fiscais; poupança popular. II - Administração tributária. III - Arrecadação. IV - Administração financeira. V - Contabilidade e auditoria. VI - Administração patrimonial. (Redação dada pela Lei nº 6.228, de 1975)

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES

I - Coordenação dos transportes. II - Transportes ferroviários e rodoviários. III - Transportes aquaviários. Marinha mercante; portos e vias navegáveis. IV - Participação na coordenação dos transportes aeroviários, na forma estabelecida no art. 162.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA I - Agricultura; pecuária; caça; pesca. II - Recursos naturais renováveis: flora, fauna e solo. III - Organização da vida rural; reforma agrária. IV - Estímulos financeiros e creditícios. V - Meteorologia; climatologia. VI - Pesquisa e experimentação. VII - Vigilância e defesa sanitária animal e vegetal. VIII - Padronização e inspeção de produtos vegetais e animais ou do consumo nas atividades agropecuárias.

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO I - Desenvolvimento industrial e comercial. II - Comércio exterior. III - Seguros privados e capitalização. IV - Propriedade industrial; registro do comércio; legislação metrológica. V - Turismo. VI - Pesquisa e experimentação tecnológica.

MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA

I - Geologia, recursos minerais e energéticos. II - Regime hidrológico e fontes de energia hidráulica. III - Mineração. IV - Indústria do petróleo. V - Indústria de energia elétrica, inclusive de natureza nuclear.

MINISTÉRIO DO INTERIOR I - Desenvolvimento regional. II - Radicação de populações, ocupação do território. Migrações internas. III - Territórios federais. IV - Saneamento básico. V - Beneficiamento de áreas e obras de proteção contra sêcas e inundações. Irrigação. VI - Assistência às populações atingidas pelas calamidades públicas. VII - Assistência ao índio. VIII - Assistência aos Municípios. IX - Programa nacional de habitação.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA I - Educação; ensino (exceto o militar); magistério. II - Cultura - letras e artes. III - Patrimônio histórico, arque ológico, científico, cultural e artístico. IV - Desportos.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA SOCIAL (Vide Lei nº 6.036, de 1974)

I - Trabalho; organização profissional e sindical; fiscalização. II - Mercado de trabalho; política de emprêgo. III - Política salarial. IV - Previdência e assistência social. V - Política de imigração. VI - Colaboração com o Ministério Público junto à Justiça do Trabalho.

MINISTÉRIO DA SAÚDE I - Política nacional de saúde. II - Atividades médicas e para-médicas. III - Ação preventiva em geral; vigilância sanitária de fronteiras e de portos marítimos, fluviais e aéreos. IV - Contrôle de drogas, medicamentos e alimentos. V - Pesquisas médico-sanitárias.

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES

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I - Telecomunicações. II - Serviços postais.

MINISTÉRIO DA MARINHA (Art. 54)

MINISTÉRIO DO EXÉRCITO

(Art. 59)

MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA (Art. 63)

TITULO VIII

DA SEGURANÇA NACIONAL

CAPÍTULO I

DO CONSELHO DE SEGURANÇA NACIONAL

Art. 40. O Conselho de Segurança Nacional é o órgão de mais alto nível no assessoramento direto do Presidente da República, na formulação e na execução da Política de Segurança Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 1º A formulação da Política de Segurança Nacional far-se-á, bàsicamente, mediante o estabelecimento do Conceito Estratégico Nacional. § 2º No que se refere a execução da Política de Segurança Nacional, o Conselho apreciará os problemas que lhe forem propostos no quadro da conjuntura nacional ou internacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 41. Caberá, ainda, ao Conselho o cumprimento de outras tarefas específicas previstas na Constituição. Art. 42. O Conselho de Segurança Nacional é convocado e presidido pelo Presidente da República, dêle participando, no caráter de membros natos, o Vice-Presidente da República, todos os Ministros de Estado, inclusive os Extraordinários, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República, o Chefe do Serviço Nacional de Informações, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores da Armada, do Exército e da Aeronáutica. § 1º O Presidente da República poderá designar membros eventuais, conforme a matéria a ser apreciada. § 2° O Presidente da República pode ouvir o Conselho de Segurança Nacional, mediante consulta a cada um dos seus membros em expediente remetido por intermédio da Secretaria-Geral. Art. 43. O Conselho dispõe de uma Secretaria-Geral, como órgão de estudo, planejamento e coordenação no campo da segurança nacional e poderá contar com a colaboração de órgãos complementares, necessários ao cumprimento de sua finalidade constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.093, de 1970)

CAPÍTULO II

DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES

Art. 44. O Serviço Nacional de Informações tem por finalidade superintender e coordenar, em todo o território nacional, as atividades de informação e contra-informação, em particular as que interessem à segurança nacional.

TITULO IX

DAS FÔRÇAS ARMADAS

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 45. As Fôrças Armadas, constituídas pela Marinha de Guerra, pelo Exército e pela Aeronáutica Militar, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei. As Fôrças Armadas, essenciais à execução da Política de Segurança Nacional, destinam-se à defesa da Pátria e à garantia dos Podêres constituídos, da Lei e da Ordem. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. As Fôrças Armadas, nos casos de calamidade pública, colaborarão com os Ministérios Civis, sempre que solicitadas, na assistência às populações atingidas e no restabelecimento da normalidade. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 46. O Poder Executivo fixará a organização pormenorizada das Fôrças Armadas singulares - Fôrças Navais, Fôrças Terrestres e Fôrça Aérea Brasileira - e das Fôrças Combinadas ou Conjuntas, bem como dos demais órgãos integrantes dos Ministérios Militar es, suas denominações, localizações e atribuições. Parágrafo único. Caberá, também, ao Poder Executivo, nos limites fixados em lei, dispor sôbre as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militar es, como fôrças auxiliares, reserva do Exército.

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO DIRETO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

SEÇÃO I

Do Alto Comando das Fôrças Armadas

Art. 47. O Alto Comando das Fôrças Armadas é um órgão de assessoramento do Presidente da República, nas decisões relativas à política militar e à coordenação de assuntos pertinentes às Fôrças Armadas. Art. 48. Integram o Alto Comando das Fôrças Armadas os Ministros Militar es, o Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os Chefes dos Estados-Maiores de cada uma das Fôrças singulares. Art. 49. O Alto Comando das Fôrças Armadas reúne-se quando convocado pelo Presidente da República e é secretariado pelo Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República.

SEÇÃO II

Do Estado-Maior das Fôrças Armadas

Art. 50. O Estado-Maior das Fôrças Armadas, órgãos de assessoramento do Presidente da República tem por atribuições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) I - Proceder aos estudos para a fixação da Política, da Estratégia e da Doutrina Militar es, bem como elaborar e coordenar os planos e programas decorrentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) II - Estabelecer os planos para emprêgo das Fôrças Combinadas ou Conjuntas e de fôrças singulares destacadas para participar de operações Militares no exterior, levando em consideração os estudos e as sugestões dos Ministros Militares competentes; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) III - Coordenar as informações estratégicas no Campo Militar; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) IV - Coordenar, no que transcenda os objetivos específicos e as disponibilidades previstas no Orçamento dos Ministérios Militar es, os planos de pesquisas, de desenvolvimento e de mobilização das Fôrças Armadas e os programas de aplicação

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de recursos decorrentes. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) V - Coordenar as representações das Fôrças Armadas no País e no exterior; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) VI - Proceder aos estudos e preparar as decisões sôbre assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 51. A Chefia do Estado-Maior das Fôrças Amadas é exercida por um oficial-general do mais alto pôsto nomeado pelo Presidente da República, obedecido, em princípio, o critério de rodízio entre as Fôrças Armadas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 52. As funções de Estado-Maior e Serviços no Estado-Maior das Fôrças Armadas são exercidas por oficiais das três Fôrças singulares. Art. 53. O Conselho de Chefes de Estado-Maior, constituído do Chefe do Estado-Maior das Fôrças Armadas e dos Chefes do Estado-Maior das Fôrças singulares, reúne-se periòdicamente, sob a presidência do primeiro, para apreciação de assuntos específicos do Estado-Maior das Fôrças Armadas e os de interêsse comum a mais de uma das Fôrças singulares.

CAPÍTULO III

DOS MINISTÉRIOS MILITAR ES

SEÇÃO I

Do Ministério da Marinha

Art. 54. O Ministério da Marinha administra os negócios da Marinha de Guerra e tem como atribuição principal a preparação desta para o cumprimento de sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério da Marinha; I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e adestramento das Fôrças Navais e Aeronavais e do Corpo de Fuzileiros Navais, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Marinha, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente Lei. III - Estudar e propor diretrizes para a política marítima nacional. § 2º Ao Ministério da Marinha competem ainda as seguintes atribuições subsidiárias; I - Orientar e controlar a Marinha Mercante Nacional e demais atividades correlatas no que interessa à segurança nacional e prover a segurança da navegação, seja ela marítima, fluvial ou lacustre. II - Exercer a polícia naval. Art. 55. O Ministro da Marinha exerce a direção geral do Ministério da Marinha e é o Comandante Superior da Marinha de Guerra. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 56. A Marinha de Guerra compreende suas organizações próprias, pessoal em serviço ativo e sua reserva, inclusive as formações auxiliares conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 57. O Ministério da Marinha é constituído de: I - Órgãos de Direção Geral. - Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra).

- Estado Maior da Armada. II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24). III - Órgãos de Assessoramento. - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Conselho de Almirantes. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio. - Diretorias e outros órgãos. V - Fôrças Navais e Aeronavais (elementos próprios - navios e helicópteros - e elementos destacados da Fôrça Aérea Brasileira). - Corpo de Fuzileiros Navais. - Distritos Navais. - Comando do Contrôle Naval do Tráfego Marítimo. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

SEÇÃO II

Do Ministério do Exército

Art. 59. O Ministério do Exército administra os negócios do Exército e tem, como atribuição principal a preparação do Exército para o cumprimento da sua destinação constitucional. § 1º Cabe ao Ministério do Exército: I - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento das Fôrças Terrestres, inclusive para integrarem Fôrças Combinadas ou Conjuntas. II - Orientar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interesse do Exército, obedecido o previsto no item V do art. 50 da presente lei. § 2º Ao Ministério do Exército compete ainda propor as medidas para a efetivação do disposto no Parágrafo único do art. 46 da presente lei. Art. 60. O Ministro do Exército exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante Superior do Exército. Art. 61. O Exército é constituído do Exército ativo e sua Reserva. § 1° O Exército ativo é a parte do Exército organizada e aparelhada para o cumprimento de sua destinação constitucional e em pleno exercício de suas atividades. § 2° Constitui a Reserva do Exército todo o pessoal sujeito à incorporação no Exército ativo, mediante mobilização ou convocação, e as fôrças e organizações auxiliares, conforme fixado em lei. Art. 62. O Ministério do Exército compreende: I - Órgãos de Direção Geral - Alto Comando do Exército. - Estado-Maior do Exército. - Conselho Superior de Economia e Finanças.

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II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24) III - Órgãos de Assessoramento - Gabinete do Ministro. - Consultoria Jurídica. - Secretaria Geral. - Outros Conselhos e Comissões. IV - Órgãos de Apoio - Diretorias e outros órgãos. V - Fôrças Terrestres - Órgãos Territoriais.

SEçãO III

Do Ministério da Aeronáutica

Art. 63. O Ministério da Aeronáutica administra os negócios da Aeronáutica e tem como atribuições principais a preparação da Aeronáutica para o cumprimento de sua destinação constitucional e a orientação, a coordenação e o contrôle das atividades da Aviação Civil. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Parágrafo único. Cabe ao Ministério da Aeronáutica: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) I - Estudar e propor diretrizes para a Política Aeroespacial Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) II - Propor a organização e providenciar o aparelhamento e o adestramento da Fôrça Aérea Brasileira, inclusive de elementos para integrar as Fôrças Combinadas ou Conjuntas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) III - Orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil, tanto comerciais como privadas e desportivas. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) IV - Estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante autorização ou concessão, a infra-estrutura aeronáutica, inclusive os serviços de apoio necessárias à navegação aérea. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) V - Orientar, incentivar e realizar pesquisas e desenvolvimento de interêsse da Aeronáutica, obedecido, quanto às de interêsse militar, ao prescrito no item IV do art. 50 da presente lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) VI - Operar o Correio Aéreo Nacional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 64. O Ministro da Aeronáutica exerce a direção geral das atividades do Ministério e é o Comandante-em-Chefe da Fôrça Aérea Brasileira. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 65. A Fôrça Aérea Brasileira é a parte da Aeronáutica organizada e aparelhada para o cumprimento de sua destinação constitucional. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Parágrafo único. Constituí a reserva da Aeronáutica todo o pessoal sujeito à incorporação na Fôrça Aérea Brasileira, mediante mobilização ou convocação, e as organizações auxiliares, conforme fixado em lei. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) Art. 66. O Ministério da Aeronáutica compreende: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)

I - Órgãos de Direção Geral: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Alto Comando da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Estado-Maior da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Inspetoria Geral da Aeronáutica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) II - Órgãos de Direção Setorial, organizados em base departamental (art. 24): (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Departamento de Aviação Civil (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Departamento de Pesquisas e Desenvolvimento (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) III - Órgãos de Assessoramento: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Gabinete do Ministro (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Consultoria Jurídica (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Conselhos e Comissões (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) IV - Órgãos de Apoio: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Comandos, Diretorias, Institutos, Serviços e outros órgãos (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) V - Fôrça Aérea Brasileira: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969) - Comandos Aéreos (inclusive elementos para integrar Fôrças Combinadas ou Conjuntas) - Comandos Territoriais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 991, de 1969)

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 67. O Almirantado (Alto Comando da Marinha de Guerra), o Alto Comando do Exército e o Alto Comando da Aeronáutica, a que se referem os arts 57, 62 e 66 são órgãos integrantes da Direção Geral do Ministério da Marinha, do Exército e da Aeronáutica cabendo-lhes assessorar os respectivos Ministros, principalmente: a) nos assuntos relativos à política militar peculiar à Fôrça singular; b) nas matérias de relevância - em particular, de organização, administração e logística - dependentes de decisão ministerial; c) na seleção do quadro de Oficiais Generais.

TITULO X

DAS NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO

FINANCEIRA E DE CONTABILIDADE

Art. 68. O Presidente da República prestará anualmente ao Congresso Nacional as contas relativas ao exercício anterior, sôbre as quais dará parecer prévio o Tribunal de Contas. Art. 69. Os órgãos da Administração Direta observarão um plano de contas único e as normas gerais de contabilidade e da auditoria que forem aprovados pelo Govêrno.

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Art . 70. Publicados a lei orçamentária ou os decretos de abertura de créditos adicionais, as unidades orçamentárias, os órgãos administrativos, os de contabilização e os de fiscalização financeira ficam, desde logo, habilitados a tomar as providências cabíveis para o desempenho das suas tarefas. Art. 71. A discriminação das dotações orçamentárias globais de despesas será feita: I - No Poder Legislativo e órgãos auxiliares, pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal e pelo Presidente do Tribunal de Contas. II - No Poder Judiciário, pelos Presidentes dos Tribunais e demais órgãos competentes. III - No Poder Executivo, pelos Ministros de Estado ou dirigentes de órgãos da Presidência da República. Art. 72. Com base na lei orçamentária, créditos adicionais e seus atos complementares, o órgão central da programação financeira fixará as cotas e prazos de utilização de recursos pelos órgãos da Presidência da República, pelos Ministérios e pelas autoridades dos Podêres Legislativo e Judiciário para atender à movimentação dos créditos orçamentários ou adicionais. § 1º Os Ministros de Estado e os dirigentes de Órgãos da Presidência da República aprovarão a programação financeira setorial e autorizarão às unidades administrativas a movimentar os respectivos créditos, dando ciência ao Tribunal de Contas. § 2º O Ministro de Estado, por proposta do Inspetor Geral de Finanças, decidirá quanto aos limites de descentralização da administração dos créditos, tendo em conta as atividades peculiares de cada órgão. Art. 73. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem a existência de crédito que a comporte ou quando imputada a dotação imprópria, vedada expressamente qualquer atribuição de fornecimento ou prestação de serviços cujo custo exceda aos limites prèviamente fixados em lei. Parágrafo único. Mediante representação do órgão contábil serão impugnados quaisquer atos referentes a despesas que incidam na proibição do presente artigo. Art. 74. Na realização da receita e da despesa pública será utilizada a via bancária, de acôrdo com as normas estabelecidas em regulamento. § 1º Nos casos em que se torne indispensável a arrecadação de receita diretamente pelas unidades administrativas, o recolhimento à conta bancária far-se-á no prazo regulamentar. § 2º O pagamento de despesa, obedecidas as normas que regem a execução orçamentária (lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), far-se-á mediante ordem bancária ou cheque nominativo, contabilizado pelo órgão competente e obrigatòriamente assinado pelo ordenador da despesa e pelo encarregado do setor financeiro. § 3º Em casos excepcionais, quando houver despesa não atendível pela via bancária, as autoridades ordenadoras poderão autorizar suprimentos de fundos, de preferência a agentes afiançados, fazendo-se os lançamentos contábeis necessários e fixando-se prazo para comprovação dos gastos. Art. 75. Os órgãos da Administração Federal prestarão ao Tribunal de Contas, ou suas delegações, os informes relativos à administração dos créditos orçamentários e facilitarão a realização das inspeções de contrôle externo dos órgãos de administração financeira, contabilidade e auditorias. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Parágrafo único. As informações previstas neste artigo são as imprescindíveis ao exercício da auditoria financeira e

orçamentária, realizada com base nos documentos enumerados nos itens I e II do artigo 36 do Decreto-lei número 199, de 25 de fevereiro de 1967, vedada a requisição sistemática de documentos ou comprovantes arquivados nos órgãos da administração federal, cujo exame se possa realizar através das inspeções de contrôle externo. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 76. Caberá ao Inspetor Geral de Finanças ou autoridade delegada autorizar a inscrição de despesas na conta "Restos a Pagar" (Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964), obedecendo-se na liquidação respectiva as mesmas formalidades fixadas para a administração dos créditos orçamentários. Parágrafo Único. As despesas inscritas na conta de "Restos a Pagar" serão liquidadas quando do recebimento do material, da execução da obra ou da prestação do serviço, ainda que ocorram depois do encerramento do exercício financeiro. Art. 77. Todo ato de gestão financeira deve ser realizado por fôrça do documento que comprove a operação e registrado na contabilidade, mediante classificação em conta adequada. Art. 78. O acompanhamento da execução orçamentária será feito pelos órgãos de contabilização. § 1° Em cada unidade responsável pela administração de créditos proceder-se-á sempre à contabilização dêstes. § 2° A contabilidade sintética ministerial caberá à Inspetoria Geral de Finanças. § 3 ° A contabilidade geral caberá à Inspetoria Geral de Finanças do Ministério da Fazenda. § 4º Atendidas as conveniências do serviço, um único órgão de contabilidade analítica poderá encarregar-se da contabilização para várias unidades operacionais do mesmo ou de vários Ministérios. § 5° Os documentos relativos à escrituração dos atos da receita e despesa ficarão arquivados no órgão de contabilidade analítica e à disposição das autoridades responsáveis pelo acompanhamento administrativo e fiscalização financeira e, bem assim, dos agentes incumbidos do contrôle externo, de competência do Tribunal de Contas. Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão. Art. 80. Os órgãos de contabilidade inscreverão como responsável todo o ordenador da despesa, o qual só poderá ser exonerado de sua responsabilidade após julgadas regulares suas contas pelo Tribunal de Contas. § 1° Ordenador de despesas é tôda e qualquer autoridade de cujos atos resultarem emissão de empenho, autorização de pagamento, suprimento ou dispêndio de recursos da União ou pela qual esta responda. § 2º O ordenador de despesa, salvo conivência, não é responsável por prejuízos causados à Fazenda Nacional decorrentes de atos praticados por agente subordinado que exorbitar das ordens recebidas. § 3º As despesas feitas por meio de suprimentos, desde que não impugnadas pelo ordenador, serão escrituradas e incluídas na sua tomada de contas, na forma prescrita; quando impugnadas, deverá o ordenador determinar imediatas providências administrativas para a apuração das responsabilidades e imposição das penalidades cabíveis, sem prejuízo do julgamento da regularidade das contas pelo Tribunal de Contas. Art. 81. Todo ordenador de despesa ficará sujeito a tomada de contas realizada pelo órgão de contabilidade e verificada pelo órgão de auditoria interna, antes de ser encaminhada ao Tribunal de Contas (artigo 82).

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Parágrafo único. O funcionário que receber suprimento de fundos, na forma do disposto no art. 74, § 3º, é obrigado a prestar contas de sua aplicação procedendo-se, automàticamente, a tomada de contas se não o fizer no prazo assinalado. Art. 82. As tomadas de contas serão objeto de pronunciamento expresso do Ministro de Estado, dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou de autoridade a quem estes delegarem competência, antes de seu encaminhamento ao Tribunal de Contas para os fins constitucionais e legais. (Vide Decreto nº 99.626, de 1990) § 1º A tomada de contas dos ordenadores, agentes recebedores, tesoureiros ou pagadores será feita no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias do encerramento do exercício financeiro pelos órgãos encarregados da contabilidade analítica e, antes de ser submetida a pronunciamento do Ministro de Estado, dos dirigentes de órgãos da Presidência da República ou da autoridade a quem êstes delegarem competência, terá sua regularidade certificada pelo órgão de auditoria. § 2º Sem prejuízo do encaminhamento ao Tribunal de Contas, a autoridade a que se refere o parágrafo anterior no caso de irregularidade, determinará as providências que, a seu critério, se tornarem indispensáveis para resguardar o interêsse público e a probidade na aplicação dos dinheiros públicos, dos quais dará ciência oportunamente ao Tribunal de Contas. § 3° Sempre que possível, desde que não retardem nem dificultem as tomadas de contas, estas poderão abranger conjuntamente a dos ordenadores e tesoureiros ou pagadores. Art. 83. Cabe aos detentores de suprimentos de fundos fornecer indicação precisa dos saldos em seu poder em 31 de dezembro, para efeito de contabilização e reinscrição da respectiva responsabilidade pela sua aplicação em data posterior, observados os prazos assinalados pelo ordenador da despesa. Parágrafo único. A importância aplicada até 31 de dezembro será comprovada até 15 de janeiro seguinte. Art. 84. Quando se verificar que determinada conta não foi prestada, ou que ocorreu desfalque, desvio de bens ou outra irregularidade de que resulte prejuízo para a Fazenda Pública, as autoridades administrativas, sob pena de co-responsabilidade e sem embargo dos procedimentos disciplinares, deverão tomar imediatas providência para assegurar o respectivo ressarcimento e instaurar a tomada de contas, fazendo-se as comunicações a respeito ao Tribunal de Contas. Art. 85. A Inspetoria Geral de Finanças, em cada Ministério, manterá atualizada relação de responsáveis por dinheiros, valôres e bens públicos, cujo rol deverá ser transmitido anualmente ao Tribunal de Contas, comunicando-se trimestralmente as alterações. Art. 86. A movimentação dos créditos destinados à realização de despesas reservadas ou confidenciais será feita sigilosamente e nesse caráter serão tomadas as contas dos responsáveis. Art. 87. Os bens móveis, materiais e equipamentos em uso ficarão sob a responsabilidade dos chefes de serviço, procedendo-se periòdicamente a verificações pelos competentes órgãos de contrôle. Art. 88. Os estoques serão obrigatòriamente contabilizados, fazendo-se a tomada anual das contas dos responsáveis. Art. 89. Todo aquêle que, a qualquer título, tenha a seu cargo serviço de contabilidade da União é pessoalmente responsável pela exatidão das contas e oportuna apresentação dos balancetes, balanços e demonstrações contábeis dos atos relativos à administração financeira e patrimonial do setor sob sua jurisdição.

Art. 90. Responderão pelos prejuízos que causarem à Fazenda Pública o ordenador de despesas e o responsável pela guarda de dinheiros, valôres e bens. Art. 91.Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.763, de 1980) Art. 92. Com o objetivo de obter maior economia operacional e racionalizar a execução da programação financeira de desembôlso, o Ministério da Fazenda promoverá a unificação de recursos movimentados pelo Tesouro Nacional através de sua Caixa junto ao agente financeiro da União. (Vide Decreto nº 4.529, de 2002) Parágrafo único. Os saques contra a Caixa do Tesouro só poderão ser efetuados dentro dos limites autorizados pelo Ministro da Fazenda ou autoridade delegada. Art. 93. Quem quer que utilize dinheiros públicos terá de justificar seu bom e regular emprêgo na conformidade das leis, regulamentos e normas emanadas das autoridades administrativas competentes.

TITULO XI

DAS DISPOSIÇÕES REFERENTES AO PESSOAL CIVIL

CAPÍTULO I

DAS NORMAS GERAIS

Art. 94. O Poder Executivo promoverá a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do Serviço Público Civil, com o objetivo de ajustá-las aos seguintes princípios: I - Valorização e dignificação da função pública e ao servidor público. II - Aumento da produtividade. III - Profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público; fortalecimento do Sistema do Mérito para ingresso na função pública, acesso a função superior e escolha do ocupante de funções de direção e assessoramento. IV - Conduta funcional pautada por normas éticas cuja infração incompatibilize o servidor para a função. V - Constituição de quadros dirigentes, mediante formação e aperfeiçoamento de administradores capacitados a garantir a qualidade, produtividade e continuidade da ação governamental, em consonância com critérios éticos especialmente estabelecidos. VI - Retribuição baseada na classificação das funções a desempenhar, levando-se em conta o nível educacional exigido pelos deveres e responsabilidade do cargo, a experiência que o exercício dêste requer, a satisfação de outros requisitos que se reputarem essenciais ao seu desempenho e às condições do mercado de trabalho. VII - Organização dos quadros funcionais, levando-se em conta os interêsses de recrutamento nacional para certas funções e a necessidade de relacionar ao mercado de trabalho local ou regional o recrutamento, a seleção e a remuneração das demais funções. VIII - Concessão de maior autonomia aos dirigentes e chefes na administração de pessoal, visando a fortalecer a autoridade do comando, em seus diferentes graus, e a dar-lhes efetiva responsabilidade pela supervisão e rendimento dos serviços sob sua jurisdição.

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IX - Fixação da quantidade de servidores, de acôrdo com as reais necessidades de funcionamento de cada órgão, efetivamente comprovadas e avaliadas na oportunidade da elaboração do orçamento-programa, e estreita observância dos quantitativos que forem considerados adequados pelo Poder Executivo no que se refere aos dispêndios de pessoal. Aprovação das lotações segundo critérios objetivos que relacionam a quantidade de servidores às atribuições e ao volume de trabalho do órgão. X - Eliminação ou reabsorção do pessoal ocioso, mediante aproveitamento dos servidores excedentes, ou reaproveitamento aos desajustados em funções compatíveis com as suas comprovadas qualificações e aptidões vocacionais, impedindo-se novas admissões, enquanto houver servidores disponíveis para a função. XI - Instituição, pelo Poder Executivo, de reconhecimento do mérito aos servidores que contribuam com sugestões, planos e projetos não elaborados em decorrência do exercício de suas funções e dos quais possam resultar aumento de produtividade e redução dos custos operacionais da administração. XII - Estabelecimento de mecanismos adequados à apresentação por parte dos servidores, nos vários níveis organizacionais, de suas reclamações e reivindicações, bem como à rápida apreciação, pelos órgãos administrativos competentes, dos assuntos nelas contidos. XIII - Estímulo ao associativismo dos servidores para fins sociais e culturais. Parágrafo único. O Poder Executivo encaminhará ao Congresso Nacional mensagens que consubstanciem a revisão de que trata êste artigo. Art. 95. O Poder Executivo promoverá as medidas necessárias à verificação da produtividade do pessoal a ser empregado em quaisquer atividades da Administração Direta ou de autarquia, visando a colocá-lo em níveis de competição com a atividade privada ou a evitar custos injustificáveis de operação, podendo, por via de decreto executivo ou medidas administrativas, adotar as soluções adequadas, inclusive a eliminação de exigências de pessoal superiores às indicadas pelos critérios de produtividade e rentabilidade. Vide Decreto nº 67.326, de 05.10.1970 Art . 96. Nos têrmos da legislação trabalhista, poderão ser contratados especialistas para atender às exigências de trabalho técnico em institutos, órgãos de pesquisa e outras entidades especializadas da Administração Direta ou autarquia, segundo critérios que, para êsse fim, serão estabelecidos em regulamento. Art . 97. Os Ministros de Estado, mediante prévia e específica autorização do Presidente da República, poderão contratar os serviços de consultores técnicos e especialistas por determinado período, nos têrmos da legislação trabalhista. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

CAPÍTULO II

DAS MEDIDAS DE APLICAÇÃO IMEDIATA

Art. 98. Cada unidade administrativa terá, no mais breve prazo, revista sua lotação, a fim de que passe a corresponder a suas estritas necessidades de pessoal e seja ajustada às dotações previstas no orçamento (art. 94 inciso IX). Art. 99. O Poder Executivo adotará providências para a permanente verificação da existência de pessoal ocioso na Administração Federal, diligenciando para sua eliminação ou redistribuição imediata. § 1º Sem prejuízo da iniciativa do órgão de pessoal da repartição, todo responsável por setor de trabalho em que houver pessoal ocioso deverá apresentá-lo aos centros de

redistribuição e aproveitamento de pessoal que deverão ser criados, em caráter temporário, sendo obrigatório o aproveitamento dos concursados. § 2º A redistribuição de pessoal ocorrerá sempre no interêsse do Serviço Público, tanto na Administração Direta como em autarquia, assim como de uma para outra, respeitado o regime jurídico pessoal do servidor. § 3º O pessoal ocioso deverá ser aproveitado em outro setor, continuando o servidor a receber pela verba da repartição ou entidade de onde tiver sido deslocado, até que se tomem as providências necessárias à regularização da movimentação. § 4° Com relação ao pessoal ocioso que não puder ser utilizado na forma dêste artigo, será observado o seguinte procedimento: a) extinção dos cargos considerados desnecessários, ficando os seus ocupantes exonerados ou em disponibilidade, conforme gozem ou não de estabilidade, quando se tratar de pessoal regido pela legislação dos funcionários públicos; b) dispensa, com a conseqüente indenização legal, dos empregados sujeitos ao regime da legislação trabalhista. § 5º Não se preencherá vaga nem se abrirá concurso na Administração Direta ou em autarquia, sem que se verifique, prèviamente, no competente centro de redistribuição de pessoal, a inexistência de servidor a aproveitar, possuidor da necessária qualificação. § 6º Não se exonerará, por fôrça do disposto neste artigo, funcionário nomeado em virtude de concurso. Art. 100. Instaurar-se-á processo administrativo para a demissão ou dispensa de servidor efetivo ou estável, comprovadamente ineficiente no desempenho dos encargos que lhe competem ou desidioso no cumprimento de seus deveres. Art. 101. O provimento em cargos em comissão e funções gratificadas obedecerá a critérios a serem fixados por ato do Poder Executivo que: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) a) definirá os cargos em comissão de livre escolha do Presidente da República; (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) b) estabelecerá os processos de recrutamento com base no Sistema do Mérito; e (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) c) fixará as demais condições necessárias ao seu exercício. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 102. É proibida a nomeação em caráter interino por incompatível com a exigência de prévia habilitação em concurso para provimento dos cargos públicos, revogadas tôdas as disposições em contrário. Art. 103. Todo servidor que estiver percebendo vencimento, salário ou provento superior ao fixado para o cargo nos planos de classificação e remuneração, terá a diferença caracterizada como vantagem pessoal, nominalmente identificável, a qual em nenhuma hipótese será aumentada, sendo absorvida progressivamente pelos aumentos que vierem a ser realizados no vencimento, salário ou provento fixado para o cargo nos mencionados planos. Art. 104. No que concerne ao regime de participação na arrecadação, inclusive cobrança da Dívida Ativa da União, fica estabelecido o seguinte: I - Ressalvados os direitos dos denunciantes, a adjudicação de cota-parte de multas será feita exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, Agentes Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros e

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sòmente quando tenham os mesmos exercido ação direta, imediata e pessoal na obtenção de elementos destinados à instauração de autos de infração ou início de processos para cobrança dos débitos respectivos. II - O regime de remuneração, previsto na Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, continuará a ser aplicado exclusivamente aos Agentes Fiscais de Rendas Internas, Agentes Fiscais do Impôsto de Renda, Agentes Fiscais do Impôsto Aduaneiro, Fiscais Auxiliares de Impostos Internos e Guardas Aduaneiros. III - A partir da data da presente lei, fica extinto o regime de remuneração instituído a favor dos Exatores Federais, Auxiliares de Exatorias e Fiéis do Tesouro. IV - Fica, igualmente, extinta, a partir da data desta lei, a participação dos Procuradores da Fazenda Nacional na cobrança da Dívida Ativa da União, através da taxa paga pelos executados, cujo produto reverterá, integralmente, aos cofres públicos. (Revogado pela Lei nº 5.421, de 1968) V - A participação, através do Fundo de Estímulo, e bem assim as percentagens a que se referem o art. 64 da Lei n° 3.244, de 14 de agôsto de 1957, o Art. 109 da Lei nº 3.470, de 28 de novembro de 1958, os artigos 8º, § 2º e 9º da Lei nº 3.756, de 20 de abril de 1960, e o § 6º do art. 32 do Decreto-lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, ficam também extintas. Parágrafo único. Comprovada a adjudicação da cota-parte de multas com desobediência ao que dispõe o inciso I dêste artigo, serão passíveis de demissão, tanto o responsável pela prática dêsse ato, quanto os servidores que se beneficiarem com as vantagens dêle decorrentes. Art . 105. Aos servidores que, na data da presente lei estiverem no gôzo das vantagens previstas nos incisos III, IV e V do artigo anterior fica assegurado o direito de percebê-las, como diferença mensal, desde que esta não ultrapasse a média mensal que, àquele título, receberam durante o ano de 1966, e até que, por fôrça dos reajustamentos de vencimentos do funcionalismo, o nível de vencimentos dos cargos que ocuparem alcance importâncias correspondente à soma do vencimento básico e da diferença de vencimento. (Vide Lei nº 5.421, de 1968) Art. 106. Fica extinta a Comissão de Classificação de Cargos transferindo-se ao DASP, seu acervo, documentação, recursos orçamentários e atribuições. Art. 107. A fim de permitir a revisão da legislação e das normas regulamentares relativas ao pessoal do Serviço Público Civil, nos têrmos do disposto no art. 94, da presente lei, suspendem-se nesta data as readaptações de funcionários que ficam incluídas na competência do DASP. Art. 108. O funcionário, em regime de tempo integral e dedicação exclusiva, prestará serviços em dois turnos de trabalho, quando sujeito a expediente diário. Parágrafo único. Incorrerá em falta grave, punível com demissão, o funcionário que perceber a vantagem de que trata êste artigo e não prestar serviços correspondentes e bem assim o chefe que atestar a prestação irregular dos serviços. Art. 109. Fica revogada a legislação que permite a agregação de funcionários em cargos em comissão e em funções gratificadas, mantidos os direitos daqueles que, na data desta lei, hajam completado as condições estipuladas em lei para a agregação, e não manifestem, expressamente, o desejo de retornarem aos cargos de origem. Parágrafo único. Todo agregado é obrigado a prestar serviços, sob pena de suspensão dos seus vencimentos. Art. 110. Proceder-se-á à revisão dos cargos em comissão e das funções gratificadas da Administração Direta e das autarquias, para supressão daqueles que não corresponderem às estritas necessidades dos serviços, em razão de sua estrutura e funcionamento.

Art. 111. A colaboração de natureza eventual à Administração Pública Federal sob a forma de prestação de serviços, retribuída mediante recibo, não caracteriza, em hipótese alguma, vínculo empregatício com o Serviço Público Civil, e sòmente poderá ser atendida por dotação não classificada na rubrica "PESSOAL", e nos limites estabelecidos nos respectivos programas de trabalho. (Vide Decreto nº 66.715, de 1970) Art. 112. O funcionário que houver atingido a idade máxima (setenta anos) prevista para aposentadoria compulsória não poderá exercer cargo em comissão ou função gratificada, nos quadros dos Ministérios, do DASP e das autarquias. Art. 113. Revogam-se na data da publicação da presente lei, os Arts. 62 e 63 da Lei n° 1.711, de 28 de outubro de 1952, e demais disposições legais e regulamentares que regulam as readmissões no serviço público federal. Art. 114. O funcionário público ou autárquico que, por fôrça de dispositivo legal, puder manifestar opção para integrar quadro de pessoal de qualquer outra entidade e por esta aceita, terá seu tempo de serviço anterior, devidamente comprovado, averbado na instituição de previdência, transferindo-se para o INPS as contribuições pagas ao IPASE.

CAPÍTULO III

DO DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO DO PESSOAL CIVIL

Art. 115. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) é o órgão central do sistema de pessoal, responsável pelo estudo, formulação de diretrizes, orientação, coordenação, supervisão e contrôle dos assuntos concernentes à administração do Pessoal Civil da União. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Parágrafo único. Haverá em cada Ministério um órgão de pessoal integrante do sistema de pessoal. Art. 116. Ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP) incumbe: (Vide Lei nº 6.228, de 1975) I - Cuidar dos assuntos referentes ao pessoal civil da União, adotando medidas visando ao seu aprimoramento e maior eficiência. II - Submeter ao Presidente da República os projetos de regulamentos indispensáveis à execução das leis que dispõem sôbre a função pública e os servidores civis da União. III - Zelar pela observância dessas leis e regulamentos, orientando, coordenando e fiscalizando sua execução, e expedir normas gerais obrigatórias para todos os órgãos. IV - Estudar e propor sistema de classificação e de retribuição para o serviço civil administrando sua aplicação. V - Recrutar e selecionar candidatos para os órgãos da Administração Direta e autarquias, podendo delegar, sob sua orientação, fiscalização e contrôle a realização das provas o mais próximo possível das áreas de recrutamento. VI - Manter estatísticas atualizadas sôbre os servidores civis, inclusive os da Administração Indireta. VII - Zelar pela criteriosa aplicação dos princípios de administração de pessoal com vistas ao tratamento justo dos servidores civis, onde quer que se encontrem. VIII - Promover medidas visando ao bem-estar social dos servidores civis da União e ao aprimoramento das relações humanas no trabalho. IX - Manter articulação com as entidades nacionais e estrangeiras que se dedicam a estudos de administração de pessoal.

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X - Orientar, coordenar e superintender as medidas de aplicação imediata (Capítulo II, dêste Título). Art. 117. O Departamento Administrativo do Pessoal Civil prestará às Comissões Técnicas do Poder Legislativo tôda cooperação que fôr solicitada. Parágrafo único. O Departamento deverá colaborar com o Ministério Público Federal nas causas que envolvam a aplicação da legislação do pessoal. Art. 118. Junto ao Departamento haverá o Conselho Federal de Administração de Pessoal, que funcionará como órgão de consulta e colaboração no concernente à política de pessoal do Govêrno e opinará na esfera administrativa, quando solicitado pelo Presidente da República ou pelo Diretor-Geral do DASP nos assuntos relativos à administração de pessoal civil, inclusive quando couber recurso de decisão dos Ministérios, na forma estabelecida em regulamento. Art. 119. O Conselho Federal de Administração de Pessoal será presidido pelo Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil e constituído de quatro membros, com mandato de três anos, nomeados pelo Presidente da República, sendo: dois funcionários, um da Administração Direta e outro da Indireta, ambos com mais de vinte anos de Serviço Público da União, com experiência em administração e relevante fôlha de serviços; um especialista em direito administrativo; e um elemento de reconhecida experiência no setor de atividade privada. § 1° O Conselho reunir-se-á ordinàriamente duas vêzes por mês e, extraordinàriamente, por convocação de seu presidente. § 2° O Conselho contará com o apoio do Departamento, ao qual ficarão afetos os estudos indispensáveis ao seu funcionamento e, bem assim, o desenvolvimento e a realização dos trabalhos compreendidos em sua área de competência. § 3º Ao Presidente e aos Membros do Conselho é vedada qualquer atividade político-partidária, sob pena de exoneração ou perda de mandato. Art. 120. O Departamento prestará tôda cooperação solicitada pelo Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 121. As medidas relacionadas com o recrutamento, seleção, aperfeiçoamento e administração do assessoramento superior da Administração Civil, de aperfeiçoamento de pessoal para o desempenho dos cargos em comissão e funções gratificadas a que se referem o art. 101 e seu inciso II (Título XI, Capítulo II) e de outras funções de supervisão ou especializadas, constituirão encargo de um Centro de Aperfeiçoamento, órgão autônomo vinculado ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil. (Vide Lei nº 6.228, de 1975) Parágrafo único. O Centro de Aperfeiçoamento promoverá direta ou indiretamente mediante convênio, acôrdo ou contrato, a execução das medidas de sua atribuição.

CAPÍTULO IV

DO ASSESSORAMENTO SUPERIOR DA ADMINISTRAÇÃO CIVIL

Art. 122. O Assessoramento Superior da Administração Civil compreenderá determinadas funções de assessoramento aos Ministros de Estado, definidas por decreto e fixadas em número limitado para cada Ministério civil, observadas as respectivas peculiariedades de organização e funcionamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Decreto-lei nº 2.280, de 1985)(Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) (Vide Decreto nº 2.365, de 1987) (Vide Decreto-lei nº 2.367, de 1987) (Vide Lei nº 7.995, de 1990)

§ 1º As funções a que se refere êste artigo, caracterizadas pelo alto nível de especificidade, complexidade e responsabilidade, serão objeto de rigorosa individualização e a designação para o seu exercício sómente poderá recair em pessoas de comprovada idoneidade, cujas qualificações, capacidade e experiência específicas sejam examinadas, aferidas e certificadas por órgão próprio, na forma definida em regulamento. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2º O exercício das atividades de que trata êste artigo revestirá a forma de locação de serviços regulada mediante contrato individual, em que se exigirá tempo integral e dedicação exclusiva, não se lhe aplicando o disposto no artigo 35 do Decreto-lei número 81, de 21 de dezembro de 1966, na redação dada pelo artigo 1º do Decreto-Iei número 177, de 16 de fevereiro de 1967. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 3º A prestação dos serviços a que alude êste artigo será retribuída segundo critério fixado em regulamento, tendo em vista a avaliação de cada função em face das respectivas especificações, e as condições vigentes no mercado de trabalho. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 123. O servidor público designado para as funções de que trata o artigo anterior ficará afastado do respectivo cargo ou emprêgo enquanto perdurar a prestação de serviços, deixando de receber o vencimento ou salário correspondente ao cargo ou emprego público. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) (Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) (Vide Decreto-lei nº 2.367, de 1987) Parágrafo único. Poderá a designação para o exercício das funções referidas no artigo anterior recair em ocupante de função de confiança ou cargo em comissão diretamente subordinados ao Ministro de Estado, caso em que deixará de receber, durante o período de prestação das funções de assessoramento superior, o vencimento ou gratificação do cargo em comissão ou função de confiança. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 124. O disposto no presente Capítulo poderá ser estendido, por decreto, a funções da mesma natureza vinculadas aos Ministérios Militares e órgãos integrantes da Presidência da República. (Redação dada pela Lei nº 6.720, de 1979) (Vide Lei nº 7.419, de 1985) (Vide Decreto-lei nº 2.310, de 1986) (Vide Decreto nº 2.365, de 1987)

TITULO XIII

DA REFORMA ADMINISTRATIVA

Art. 145. A Administração Federal será objeto de uma reforma de profundidade para ajustá-la às disposições da presente lei e, especialmente, às diretrizes e princípios fundamentais enunciados no Título II, tendo-se como revogadas, por fôrça desta lei, e à medida que sejam expedidos os atos a que se refere o art. 146, parágrafo único, alínea b , as disposições legais que forem com ela colidentes ou incompatíveis. Parágrafo único. A aplicação da presente lei deverá objetivar, prioritàriamente, a execução ordenada dos serviços da Administração Federal, segundo os princípios nela enunciados e com apoio na instrumentação básica adotada, não devendo haver solução de continuidade. Art. 146. A Reforma Administrativa, iniciada com esta lei, será realizada por etapas, à medida que se forem ultimando as providências necessárias à sua execução. Parágrafo único. Para os fins dêste artigo, o Poder Executivo: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) a) promoverá o levantamento das leis, decretos e atos regulamentares que disponham sôbre a estruturação, funcionamento e competência dos órgãos da Administração Federal, com o propósito de ajustá-los às disposições desta Lei;

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b) obedecidas as diretrizes, princípios fundamentais e demais disposições da presente lei expedirá progressivamente os atos de reorganização, reestruturação lotação, definição de competência, revisão de funcionamento e outros necessários a efetiva implantação da reforma. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art . 147. A orientação, coordenação e supervisão das providências de que trata êste Título ficarão a cargo do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral, podendo, entretanto, ser atribuídas a um Ministro Extraordinário para a Reforma Administrativa, caso em que a êste caberão os assuntos de organização administrativa. Art. 148. Para atender às despesas decorrentes de execução da Reforma Administrativa, fica autorizada a abertura pelo Ministério da Fazenda do crédito especial de NCr$20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros novos), com vigência nos exercícios de 1967 a 1968. (Vide Decreto nº 61.383, de 1967) § 1º Os recursos do crédito aberto neste artigo incorporar-se-ão ao "Fundo de Reforma Administrativa", que poderá receber doações e contribuições destinadas ao aprimoramento da Administração Federal. § 2° O Fundo de Reforma Administrativa, cuja utilização será disciplinada em regulamento, será administrado por um órgão temporário de implantação da Reforma Administrativa, que funcionará junto ao Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 149. Na implantação da reforma programada, inicialmente, a organização dos novos Ministérios e bem assim, prioritàriamente, a instalação dos Órgãos Centrais, a começar pelos de planejamento, coordenação e de contrôle financeiro (art. 22, item I) e pelos órgãos centrais dos sistemas (art. 31). Art. 150. Até que os quadros de funcionários sejam ajustados à Reforma Administrativa, o pessoal que os integra, sem prejuízo de sua situação funcional para os efeitos legais, continuará a servir nos órgãos em que estiver lotado, podendo passar a ter exercício, mediante requisição, nos órgãos resultantes de desdobramento ou criados em virtude da presente lei. Art. 152. A finalidade e as atribuições dos órgãos da Administração Direta regularão o estabelecimento das respectivas estruturas e lotações de pessoal. Art. 153. Para implantação da Reforma Administrativa poderão ser ajustados estudos e trabalhos técnicos a serem realizados por pessoas físicas ou jurídicas, nos têrmos das normas que se estabelecerem em decreto. (Vide Decreto nº 61.383, de 1967) Art . 154. Os decretos e regulamentos expedidos para execução da presente lei disporão sôbre a subordinação e vinculação de órgãos e entidades aos diversos Ministérios, em harmonia com a área de competência dêstes, disciplinando a transferência de repartições e órgãos.

TITULO XIV

DAS MEDIDAS ESPECIAIS DE COORDENAÇÃO

CAPÍTULO I

DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 155. As iniciativas e providências que contribuem para o estímulo e intensificação das atividades de ciência e tecnologia, serão objeto de coordenação com o propósito de acelerar o desenvolvimento nacional através da crescente participação do País no progresso científico e tecnológico. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969)

CAPÍTULO II

DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE

Art . 156. A formulação e Coordenação da política nacional de saúde, em âmbito nacional e regional, caberá ao Ministério da Saúde. § 1º Com o objetivo de melhor aproveitar recursos e meios disponíveis e de obter maior produtividade, visando a proporcionar efetiva assistência médico-social à comunidade, promoverá o Ministério da Saúde a coordenação, no âmbito regional das atividades de assistência médico-social, de modo a entrosar as desempenhadas por órgãos federais, estaduais, municipais, do Distrito Federal, dos Territórios e das entidades do setor privado. § 2º Na prestação da assistência médica dar-se-á preferência à celebração de convênios com entidades públicas e privadas, existentes na comunidade.

CAPÍTULO III

DO ABASTECIMENTO NACIONAL

Art. 157. As medidas relacionadas com a formulação e execução da política nacional do abastecimento serão objeto de coordenação na forma estabelecida em decreto. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 158. Se não considerar oportunas as medidas consubstanciadas no artigo anterior, o Govêrno poderá atribuir a formulação e coordenação da política nacional do abastecimento a uma Comissão Nacional de Abastecimento, órgão interministerial, cuja composição, atribuições e funcionamento serão fixados por decreto e que contará com o apoio da Superintendência Nacional do Abastecimento. Art. 159. Fica extinto o Conselho Deliberativo da Superintendência Nacional do Abastecimento, de que trata a Lei Delegada n° 5, de 26 de setembro de 1962. Art. 160. A Superintendência Nacional do Abastecimento ultimará, no mais breve prazo, a assinatura de convênios com os Estados, Prefeitura do Distrito Federal e Territórios com o objetivo de transferir-lhes os encargos de fiscalização atribuídos àquela Superintendência.

CAPÍTULO IV

DA INTEGRAÇÃO DOS TRANSPORTES

Art. 161. Ficam extintos os Conselhos Setoriais de Transportes que atualmente funcionam junto às autarquias do Ministério da Viação e Obras Públicas, sendo as respectivas funções absorvidas pelo Conselho Nacional de Transportes, cujas atribuições, organização e funcionamento serão regulados em decreto. (Expressão substituída pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 162. Tendo em vista a integração em geral dos transportes, a coordenação entre os Ministérios da Aeronáutica e dos Transportes será assegurada pelo Conselho Nacional de Transportes que se pronunciará obrigatòriamente quanto aos assuntos econômico-financeiros da aviação comercial e, em particular, sôbre: a) concessão de linhas, tanto nacionais como no exterior; b) tarifas; c) subvenções; d) salários (de acôrdo com a política salarial do Govêrno). Art. 163. O Conselho será presidido pelo Ministro de Estado dos Transportes e dêle participará, como representante do Ministério da Aeronáutica, o chefe do órgão encarregado dos assuntos da aeronáutica civil.

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Art. 164. O Poder Executivo, se julgar conveniente, poderá formular a integração no Ministério dos Transportes, das atividades concernentes à aviação comercial, compreendendo linhas aéreas regulares, subvenções e tarifas, permanecendo sob a competência da Aeronáutica Militar as demais atribuições constantes do item IV e as do item V do Parágrafo único do art. 63 e as relativas ao contrôle de pessoal e das aeronaves. § 1° A integração poderá operar-se gradualmente, celebrando-se, quando necessário, convênios entre os dois Ministérios. § 2° Promover-se-á, em conseqüência, o ajuste das atribuições cometidas ao Conselho Nacional de Transportes nesse particular.

CAPÍTULO V

DAS COMUNICAÇÕES

Art. 165. O Conselho Nacional de Telecomunicações, cujas atribuições, organização e funcionamento serão objeto de regulamentação pelo Poder Executivo, passará a integrar, como órgão normativo, de consulta, orientação e elaboração da política nacional de telecomunicações, a estrutura do Ministério das Comunicações, logo que êste se instale, e terá a seguinte composição: I - Presidente, o Secretário-Geral do Ministério das Comunicações; II - Representante do maior partido de oposição no CONGRESSO NACIONAL; (Redação dada pela Lei nº 5.396, de 1968) III - Representante do Ministério da Educação e Cultura. IV - Representante do Ministério da Justiça. V - Representante do maior partido que apóia o Govêrno no CONGRESSO NACIONAL; (Redação dada pela Lei nº 5.396, de 1968) VI - Representante do Ministério da Indústria e Comércio. VII - Representante dos Correios e Telégrafos. VIII - Representante do Departamento Nacional de Telecomunicações. IX - Representante da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações. X - Representante das Emprêsas Concessionárias de Serviços de Telecomunicações. XI - Representante do Ministério da Marinha; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) XII - Representante do Ministério do Exército; (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) XIII - Representante do Ministério da Aeronáutica. (Incluído pela Lei nº 5.396, de 1968) Parágrafo único. O Departamento Nacional de Telecomunicações passa a integrar, como Órgão Central (art.22, inciso II), o Ministério das Comunicações. Art. 166. A exploração dos troncos interurbanos, a cargo da Emprêsa Brasileira de Telecomunicações, poderá, conforme as conveniências econômicas e técnicas do serviço, ser feita diretamente ou mediante contrato, delegação ou convênio. Parágrafo único. A Empresa Brasileira de Telecomunicações poderá ser acionista de qualquer das emprêsas com que tiver tráfego-mútuo. Art. 167. Fica o Poder Executivo autorizado a transformar o Departamento dos Correios e Telégrafos em entidade de

Administração Indireta, vinculada ao Ministério das Comunicações. (Vide Decreto-Lei nº 509, de 20.3.1969)

CAPÍTULO VI

DA INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS

TITULO XV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 170. O Presidente da República, por motivo relevante de interêsse público, poderá avocar e decidir qualquer assunto na esfera da Administração Federal. Art. 171. A Administração dos Territórios Federais, vinculados ao Ministério do Interior, exercer-se-á através de programas plurianuais, concordantes em objetivos e etapas com os planos gerais do Govêrno Federal. Art. 172. O Poder Executivo assegurará autonomia administrativa e financeira, no grau conveniente aos serviços, institutos e estabelecimentos incumbidos da execução de atividades de pesquisa ou ensino ou de caráter industrial, comercial ou agrícola, que por suas peculiaridades de organização e funcionamento, exijam tratamento diverso do aplicável aos demais órgãos da administração direta, observada sempre a supervisão ministerial. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 1º Os órgãos a que se refere êste artigo terão a denominação genérica de Órgãos Autônomos. (Renumerado do Parágrafo Único pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) § 2º Nos casos de concessão de autonomia financeira, fica o Poder Executivo autorizado a instituir fundos especiais de natureza contábil, a cujo crédito se levarão todos os recursos vinculados às atividades do órgão autônomo, orçamentários e extra-orçamentários, inclusive a receita própria. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 900, de 1969) Art. 173. Os atos de provimento de cargos públicos ou que determinarem sua vacância assim como os referentes a pensões, aposentadorias e reformas, serão assinados pelo Presidente da República ou, mediante delegação dêste, pelos Ministros de Estado, conforme se dispuser em regulamento. Art. 174. Os atos expedidos pelo Presidente da República ou Ministros de Estado, quando se referirem a assuntos da mesma natureza, poderão ser objeto de um só instrumento, e o órgão administrativo competente expedirá os atos complementares ou apostilas. Art . 175. Para cada órgão da Administração Federal, haverá prazo fixado em regulamento para as autoridades administrativas exigirem das partes o que se fizer necessário à instrução de seus pedidos. § 1º As partes serão obrigatòriamente notificadas das exigências, por via postal, sob registro, ou por outra forma de comunicação direta. § 2º Satisfeitas as exigências, a autoridade administrativa decidirá o assunto no prazo fixado pelo regulamento, sob pena de responsabilização funcional. Art. 176. Ressalvados os assuntos de caráter sigiloso, os órgãos do Serviço Público estão obrigados a responder às consultas feitas por qualquer cidadão, desde que relacionadas com seus legítimos interêsses e pertinentes a assuntos específicos da repartição. Parágrafo único. Os chefes de serviço e os servidores serão solidàriamente responsáveis pela efetivação de respostas em tempo oportuno.

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Art . 177. Os conselhos, comissões e outros órgãos colegiados que contarem com a representação de grupos ou classes econômicas diretamente interessados nos assuntos de sua competência, terão funções exclusivamente de consulta, coordenação e assessoramento, sempre que àquela representação corresponda um número de votos superior a um têrço do total. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os órgãos incumbidos do julgamento de litígios fiscais e os legalmente competentes para exercer atribuições normativas e decisórias relacionadas com os impostos de importação e exportação, e medidas cambiais correlatas. Art. 178. As autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da Administração Federal Indireta, bem assim as fundações criadas pela União ou mantidas com recursos federais, sob supervisão ministerial, e as demais sociedades sob o controle direto ou indireto da União, que acusem a ocorrência de prejuízos, estejam inativas, desenvolvam atividades já atendidas satisfatoriamente pela iniciativa privada ou não previstas no objeto social, poderão ser dissolvidas ou incorporadas a outras entidades, a critério e por ato do Poder Executivo, resguardados os direitos assegurados, aos eventuais acionistas minoritários, nas leis e atos constitutivos de cada entidade.(Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.299, de 1986) Art . 179. Observado o disposto no art. 13 da Lei n° 4.320, de 17 de março de 1964, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral atualizará, sempre que se fizer necessário, o esquema de discriminação ou especificação dos elementos da despesa orçamentária. Art . 180. As atribuições previstas nos arts. 111 a 113, da Lei número 4.320, de 17 de março de 1964, passam para a competência do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral. Art . 181. Para os fins do Título XIII desta Lei, poderá o Poder Executivo: I - Alterar a denominação de cargos em comissão. II - Reclassificar cargos em comissão, respeitada a tabela de símbolos em vigor. III - Transformar funções gratificadas em cargos em comissão, na forma da lei. IV - Declarar extintos os cargos em comissão que não tiverem sido mantidos, alterados ou reclassificados até 31 de dezembro de 1968. Art . 182. Nos casos dos incisos II e III do art. 5º e no do inciso I do mesmo artigo, quando se tratar de serviços industriais, o regime de pessoal será o da Consolidação das Leis do Trabalho; nos demais casos, o regime jurídico do pessoal será fixado pelo Poder Executivo. Art . 183. As entidades e organizações em geral, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, que recebem contribuições para fiscais e prestam serviços de interêsse público ou social, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos têrmos e condições estabelecidas na legislação pertinente a cada uma. Art. 184. Não haverá, tanto em virtude da presente lei como em sua decorrência, aumento de pessoal nos quadros de funcionários civis e nos das Fôrças Armadas. Art. 185. Incluem-se na responsabilidade do Ministério da Indústria e do Comércio a supervisão dos assuntos concernentes à indústria siderúrgica, à indústria petroquímica, à indústria automobilística, à indústria naval e à indústria aeronáutica.

Art. 186. A Taxa de Marinha Mercante, destinada a proporcionar à, frota mercante brasileira melhores condições de operação e expansão, será administrada pelo Órgão do Ministério dos Transportes, responsável pela navegação marítima e interior. Art. 187. A Coordenação do Desenvolvimento de Brasília (CODEBRÁS) passa a vincular-se ao Ministro responsável pela Reforma Administrativa. Art. 188. Tôda pessoa natural ou jurídica - em particular, o detentor de qualquer cargo público - é responsável pela Segurança Nacional, nos limites definidos em lei. Em virtude de sua natureza ou da pessoa do detentor, não há cargo, civil ou militar, específico de segurança nacional, com exceção dos previstos em órgãos próprios do Conselho de Segurança Nacional. § 1º Na Administração Federal, os cargos públicos civis, de provimento em comissão ou em caráter efetivo, as funções de pessoal temporário, de obras e os demais empregos sujeitos à legislação trabalhista, podem ser exercidos por qualquer pessoa que satisfaça os requisitos legais. § 2º Cargo militar é aquêle que, de conformidade com as disposições legais ou quadros de efetivos das Fôrças Armadas, só pode ser exercida por militar em serviço ativo.

CAPÍTULO II

DOS BANCOS OFICIAIS DE CRÉDITO

Art. 189. Sem prejuízo de sua subordinação técnica à autoridade monetária nacional, os estabelecimentos oficiais de crédito manterão a seguinte vinculação: I - Ministério da Fazenda - Banco Central da República (Vide Decreto-Lei nº 278, de 28.2.1967) - Banco do Brasil - Caixas Econômicas Federais II - Ministério da Agricultura - Banco Nacional do Crédito Cooperativo (Vide Decreto nº 99.192, de 1990) III - Ministério do Interior - Banco de Crédito da Amazônia - Banco do Nordeste do Brasil - Banco Nacional da Habitação (Vide Del 2.291, de 21.11.1986) IV - Ministério do Planejamento e Coordenação Geral - Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico.

CAPÍTULO III

DA PESQUISA ECONÔMICO-SOCIAL APLICADA E DO FINANCIAMENTO DE PROJETOS

Art. 190. É o Poder Executivo autorizado a instituir, sob a forma de fundação, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com a finalidade de auxiliar o Ministro de Estado da Economia, Fazenda e Planejamento na elaboração e no acompanhamento da política econômica e promover atividade de pesquisa econômica aplicada nas áreas fiscal, financeira, externa e de desenvolvimento setorial. (Redação dada pela Lei nº 8.029, de 1990) Parágrafo único. O instituto vincular-se-á ao Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento. (Redação dada pela Lei nº 8.029, de 1990)

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Art. 191. Fica o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral autorizado, se o Govêrno julgar conveniente, a incorporar as funções de financiamento de estudo e elaboração de projetos e de programas do desenvolvimento econômico, presentemente afetos ao Fundo de Financiamento de Estudos e Projetos (FINEP), criado pelo Decreto nº 55.820, de 8 de março de 1965, constituindo para êsse fim uma emprêsa pública, cujos estatutos serão aprovados por decreto, e que exercerá tôdas as atividades correlatadas de financiamento de projetos e programas e de prestação de assistência técnica essenciais ao planejamento econômico e social, podendo receber doações e contribuições e contrair empréstimos de fontes internas e externas. (Vide Decreto nº 61.056, de 1967)

CAPÍTULO IV

DOS SERVIÇOS GERAIS

CAPÍTULO V

DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

Art. 198. Levando em conta as peculiaridades do Ministério das Relações Exteriores, o Poder Executivo adotará a estrutura orgânica e funcional estabelecida pela presente Lei, e, no que couber, o disposto no seu Título XI.

CAPÍTULO VI

DOS NOVOS MINISTÉRIOS E DOS CARGOS Art. 199. Ficam criados: I - (Revogado pela Lei nº 6.036, de 1974) II - O Ministério do Interior, com absorção dos órgãos subordinados ao Ministro Extraordinário para Coordenação dos Organismos Regionais. III - O Ministério das Comunicações, que absorverá o Conselho Nacional de Telecomunicações, o Departamento Nacional de Telecomunicações e o Departamento dos Correios e Telégrafos. (Vide Decreto-Lei nº 509, de 20.3.1969) Art. 200. O Ministério da Justiça e Negócios Interiores passa a denominar-se Ministério da Justiça. Art. 201. O Ministério da Viação e Obras Públicas passa a denominar-se Ministério dos Transportes. Art. 202. O Ministério da Guerra passa a denominar-se Ministério do Exército. Art. 203. O Poder Executivo expedirá os atos necessários à efetivação do disposto no Artigo 199, observadas as normas da presente Lei. Art. 204. Fica alterada a denominação dos cargos de Ministro de Estado da Justiça e Negócios Interiores, Ministro de Estado da Viação e Obras Públicas e Ministro de Estado da Guerra, para, respectivamente, Ministro de Estado da Justiça, Ministro de Estado dos Transportes e Ministro de Estado do Exército. Art. 205. Ficam criados os seguintes cargos: I - Ministros de Estado do Interior, das Comunicações e do Planejamento e Coordenação Geral. II - Em comissão: a) Em cada Ministério Civil, Secretário-Geral, e Inspetor-Geral de Finanças. b) Consultor Jurídico, em cada um dos Ministérios seguintes: Interior, Comunicações, Minas e Energia, e Planejamento e Coordenação Geral.

c) Diretor do Centro de Aperfeiçoamento, no Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP). d) Diretor-Geral do Departamento dos Serviços Gerais, no Ministério da Fazenda. Parágrafo único. À medida que se forem vagando, os cargos de Consultor Jurídico atualmente providos em caráter efetivo passarão a sê-lo em comissão. Art. 206. Ficam fixados da seguinte forma os vencimentos dos cargos criados no Art. 205: I - Ministro de Estado: igual aos dos Ministros de Estado existentes. II - Secretário-Geral e Inspetor-Geral de Finanças: Símbolo 1-C. III - Consultor Jurídico: igual ao dos Consultores Jurídicos dos Ministérios existentes. IV - Diretor do Centro de Aperfeiçoamento: Símbolo 2-C. V - Diretor -Geral do Departamento de Serviços Gerais: Símbolo 1-C. Parágrafo único. O cargo de Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), Símbolo 1-C, passa a denominar-se Diretor-Geral do Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), Símbolo 1-C. Art. 207. Os Ministros de Estado Extraordinários instituídos no Artigo 37 desta Lei terão o mesmo vencimento, vantagens e prerrogativas dos demais Ministros de Estado. Art . 208. Os Ministros de Estado, os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar da Presidência da República e o Chefe do Serviço Nacional de Informações perceberão uma representação mensal correspondente a 50% (cinqüenta por cento) dos vencimentos. Parágrafo único. Os Secretários-Gerais perceberão idêntica representação mensal correspondente a 30% (trinta por cento) dos seus vencimentos.

TITULO XVI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 209. Enquanto não forem expedidos os respectivos regulamentos e estruturados seus serviços, o Ministério do Interior, o Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério das Comunicações ficarão sujeitos ao regime de trabalho pertinente aos Ministérios Extraordinários que antecederam os dois primeiros daqueles Ministérios no que concerne ao pessoal, à execução de serviços e à movimentação de recursos financeiros. Parágrafo único. O Poder Executivo expedirá decreto para consolidar as disposições regulamentares que em caráter transitório, deverão prevalecer. Art. 210. O atual Departamento Federal de Segurança Pública passa a denominar-se Departamento de Polícia Federal, considerando-se automàticamente substituída por esta denominação a menção à anterior constante de quaisquer leis ou regulamentos. Art. 211. O Poder Executivo introduzirá, nas normas que disciplinam a estruturação e funcionamento das entidades da Administração Indireta, as alterações que se fizerem necessárias à efetivação do disposto na presente Lei, considerando-se revogadas tôdas as disposições legais colidentes com as diretrizes nela expressamente consignadas. Art. 212. O atual Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) é transformado em Departamento Administrativo do Pessoal Civil (DASP), com as atribuições que, em matéria de administração de pessoal, são atribuídas

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pela presente Lei ao nôvo órgão. (Vide Lei nº 6.228, de 15.7.1975) Art. 213. Fica o Poder Executivo autorizado, dentro dos limites dos respectivos créditos, a expedir decretos relativos às transferências que se fizerem necessárias de dotações do orçamento ou de créditos adicionais requeridos pela execução da presente Lei.

TITULO XVII

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 214. Esta Lei entrará em vigor em 15 de março de 1967, observado o disposto nos parágrafos do presente artigo e ressalvadas as disposições cuja vigência, na data da publicação, seja por ela expressamente determinada. § 1º Até a instalação dos órgãos centrais incumbidos da administração financeira, contabilidade e auditoria, em cada Ministério (art. 22), serão enviados ao Tribunal de Contas, para o exercício da auditoria financeira: a) pela Comissão de Programação Financeira do Ministério da Fazenda, os atos relativos à programação financeira de desembôlso; b) pela Contadoria Geral da República e pelas Contadorias Seccionais, os balancetes de receita e despesa; c) pelas repartições competentes, o rol de responsáveis pela guarda de bens, dinheiros e valôres públicos e as respectivas tomadas de conta, nos termos da legislação anterior à presente lei. § 2º Nos Ministérios Militar es, cabe aos órgãos que forem discriminados em decreto as atribuições indicadas neste artigo. Art . 215 Revogam-se as disposições em contrário. Brasília, em 25 de fevereiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.

H. CASTELLO BRANCO

Carlos Medeiros Silva Zilmar Araripe Macedo

Ademar de Queiroz Manoel Pio Corrêa Júnior

Octavio Gouveia de Bulhões Juarez do Nascimento Tavora

Severo Gomes Fagundes Raimundo Moniz de Aragão

Luiz Gonzaga do Nascimento Silva Eduardo Gomes

Raimundo de Brito Mauro Thibau

Paulo Egydio Martins Roberto de Oliveira Campos João Gonçalves de Souza e

DECRETO-LEI Nº 667, DE 2 DE JULHO DE 1969.

Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando das atribuições que lhe confere o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, DECRETA: Art 1º As Polícias Militares consideradas fôrças auxiliares, reserva do Exército, serão organizadas na conformidade dêste Decreto-lei.

Parágrafo único. O Ministério do Exército exerce o contrôle e a coordenação das Polícias Militar es, sucessivamente através dos seguintes órgãos, conforme se dispuser em regulamento: a) Estado-Maior do Exército em todo o território nacional; b) Exércitos e Comandos Militares de Áreas nas respectivas jurisdições; c) Regiões Militares nos territórios regionais. Art 2º A Inspetoria-Geral das Polícias Militar es, que passa a integrar, organicamente, o Estado-Maior do Exército incumbe-se dos estudos, da coleta e registro de dados bem como do assessoramento referente ao contrôle e coordenação, no nível federal, dos dispositivos do presente Decreto-lei. Parágrafo único. O cargo de Inspetor-Geral das Polícias Militares será exercido por um General-de-Brigada da ativa.

CAPÍTULO I

Definição e competência

Art. 3º - Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militar es, no âmbito de suas respectivas jurisdições: (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares das Forças Armadas, o policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos poderes constituídos; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) b) atuar de maneira preventiva, como força de dissuasão, em locais ou áreas específicas, onde se presuma ser possível a perturbação da ordem; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 12.1.1983) c) atuar de maneira repressiva, em caso de perturbação da ordem, precedendo o eventual emprego das Forças Armadas; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) d) atender à convocação, inclusive mobilização, do Governo Federal em caso de guerra externa ou para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, subordinando-se à Força Terrestre para emprego em suas atribuições específicas de polícia militar e como participante da Defesa Interna e da Defesa Territorial; (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) e) além dos casos previstos na letra anterior, a Polícia Militar poderá ser convocada, em seu conjunto, a fim de assegurar à Corporação o nível necessário de adestramento e disciplina ou ainda para garantir o cumprimento das disposições deste Decreto-lei, na forma que dispuser o regulamento específico. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 1º - A convocação, de conformidade com a letra e deste artigo, será efetuada sem prejuízo da competência normal da Polícia Militar de manutenção da ordem pública e de apoio às autoridades federais nas missões de Defesa Interna, na forma que dispuser regulamento específico. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 2º - No caso de convocação de acordo com o disposto na letra e deste artigo, a Polícia Militar ficará sob a supervisão direta do Estado-Maior do Exército, por intermédio da Inspetoria-Geral das Polícias Militar es, e seu Comandante será nomeado pelo Governo Federal. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 3º - Durante a convocação a que se refere a letra e deste artigo, que não poderá exceder o prazo máximo de 1 (um) ano, a remuneração dos integrantes da Polícia Militar e as despesas com a sua administração continuarão a cargo do

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respectivo Estado-Membro. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) Art. 4º - As Polícias Militar es, integradas nas atividades de segurança pública dos Estados e Territórios e do Distrito Federal, para fins de emprego nas ações de manutenção da Ordem Pública, ficam sujeitas à vinculação, orientação, planejamento e controle operacional do órgão responsável pela Segurança Pública, sem prejuízo da subordinação administrativa ao respectivo Governador. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983)

CAPíTULO II

Estrutura e Organização

Art 5º As Polícias Militares serão estruturadas em órgão de Direção, de Execução e de Apoio de acôrdo com as finalidades essenciais do serviço policial e as necessidades de cada Unidade da Federação. § 1º Considerados as finalidades essenciais e o imperativo de sua articulação pelo território de sua jurisdição, as Polícias Militares deverão estruturar-se em grupos policiais. Sendo essas frações os menores elementos de ação autônoma, deverão dispor de um chefe e de um número de componentes habilitados indispensáveis ao atendimento das missões básicas de polícia. § 2º De acôrdo com a importância da região o interêsse administrativo e facilidades de comando os grupos de que trata o parágrafo anterior poderão ser reunidos, constituindo-se em Pelotões, Companhias e Batalhões ou em Esquadrões e Regimento, quando se tratar de unidades montadas. § 3º - Os efetivos das Polícias Militares serão fixados de conformidade com critérios a serem estabelecidos em regulamento desse Decreto-lei. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) Art. 6º - O Comando das Polícias Militares será exercido, em princípio, por oficial da ativa, do último posto, da própria Corporação. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 1º - O provimento do cargo de Comandante será feito por ato dos Governadores de Estado e de Territórios e do Distrito Federal, após ser o nome indicado aprovado pelo Ministro de Estado do Exército, observada a formação profissional do oficial para o exercício de Comando. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 2º - O Comando das Polícias Militares poderá, também, ser exercido por General-de-Brigada da Ativa do Exército ou por oficial superior combatente da ativa, preferentemente do posto de Tenente-Coronel ou Coronel, proposto ao Ministro do Exército pelos Governadores de Estado e de Territórios e do Distrito Federal. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 3º - O oficial do Exército será nomeado para o cargo de Comandante da Polícia Militar, por ato do Governador da Unidade Federativa, após ser designado por Decreto do Poder Executivo, ficando à disposição do referido Governo. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 4º - O oficial do Exército, nomeado para o Comando da Polícia Militar, na forma do parágrafo anterior, será comissionado no mais alto posto da Corporação, e sua patente for inferior a esse posto. § 5º - O cargo de Comandante de Polícia Militar é considerado cargo de natureza militar, quando exercido por oficial do Exército, equivalendo, para Coronéis e Tenente-Coronéis, como Comando de Corpo de Tropa do Exército. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 6º - O oficial nomeado nos termos do parágrafo terceiro, comissionado ou não, terá precedência hierárquica sobre os oficiais de igual posto da Corporação. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983)

§ 7º - O Comandante da Polícia Militar, quando oficial do Exército, não poderá desempenhar outras funções no âmbito estadual, ainda que cumulativamente com suas funções de comandante, por prazo superior a 30 (trinta) dias. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) § 8º - São considerados no exercício de função policial-militar os policiais-Militares ocupantes dos seguintes cargos: (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) a) os especificados no Quadro de Organização ou de lotação da Corporação a que pertencem; (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) b) os de instrutor ou aluno de estabelecimento de ensino das Forças Armadas ou de outra Corporação Policial-Militar, no país ou no exterior; e (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) c) os de instrutor ou aluno de estabelecimentos oficiais federais e, particularmente, os de interesse para as Polícias Militar es, na forma prevista em Regulamento deste Decreto-lei. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) § 9º - São considerados também no exercício de função policial-militar os policiais-Militares colocados à disposição de outra corporação Policial-Militar. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) § 10º - São considerados no exercício da função de natureza policial-militar ou de interesse policial-militar, os policiais-Militares colocados à disposição do Governo Federal, para exercerem cargos ou funções em órgãos federais, indicados em regulamento deste Decreto-lei. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) § 11 - São ainda considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou de interesse policial-militar, os policiais-Militares nomeados ou designados para: (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) a) Casa Militar de Governador; (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) b) Gabinete do Vice-Governador; (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) c) Órgãos da Justiça Militar Estadual.(Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) § 12 - O período passado pelo policial-militar em cargo ou função de natureza civil temporário somente poderá ser computado como tempo de serviço para promoção por antigüidade e transferência para a inatividade. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) § 13 - O período a que se refere o parágrafo anterior não poderá ser computado como tempo de serviço arregimentado. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983) Art. 7º - Os oficiais do Exército, da ativa, poderão servir, se o Comandante for oficial do Exército, no Estado-Maior das Polícias Militares ou como instrutores das referidas PM, aplicando-se-lhes as prescrições dos parágrafos 3º e 7º do artigo anterior. (Redação dada pelo Del nº 2010, de 1983) Parágrafo único - O oficial do Exército servindo em Estado-Maior das Polícias Militares ou como instrutor das referidas PM é considerado em cargo de natureza militar. (Incluído pelo Del nº 2010, de 1983)

CAPÍTULO III

Do Pessoal das Polícias Militar es

Art 8º A hierarquia nas Polícias Militares é a seguinte: a) Oficiais de Polícia: - Coronel

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- Tenente-Coronel - Major - Capitão - 1º Tenente - 2º Tenente b) Praças Especiais de Polícia: - Aspirante-a-Oficial - Alunos da Escola de Formação de Oficiais da Polícia. c) Praças de Polícia: - Graduados: - Subtenente - 1º Sargento - 2º Sargento - 3º Sargento - Cabo - Soldado. § 1º A todos os postos e graduações de que trata êste artigo será acrescida a designação "PM" (Polícia Militar). 2º Os Estados, Territórios e o Distrito Federal poderão, se convier às respectivas Polícias Militar es: (Redação dada pelo Del 2.106, de 6.2.1984) a) admitir o ingresso de pessoal feminino em seus efetivos de oficiais e praças, para atender necessidades da respectiva Corporação em atividades específicas, mediante prévia autorização do Ministério do Exército; (Redação dada pelo Del 2.106, de 6.2.1984) b) suprimir na escala hierárquica um ou mais postos ou graduações das previstas neste artigo; e (Redação dada pelo Del 2.106, de 6.2.1984) c) subdividir a graduação de soldado em classes, até o máximo de três. (Incluída pelo Del 2.106, de 6.2.1984) Art 9º O ingresso no quadro de oficiais será feito através de cursos de formação de oficiais da própria Polícia Militar ou de outro Estado. Parágrafo único. Poderão também, ingressar nos quadros de oficiais das Polícias Militar es, se convier a estas, Tenentes da Reserva de 2ª Classe das Fôrças Armadas com autorização do Ministério correspondente. Art 10. Os efetivos em oficiais médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários, ouvido o Estado-Maior do Exército serão providos mediante concurso e acesso gradual conforme estiver previsto na legislação de cada Unidade Federativa. Parágrafo único. A assistência médica às Polícias Militares poderá também ser prestada por profissionais civis, de preferência oficiais da reserva ou mediante contratação ou celebração de convênio com entidades públicas e privadas existentes na comunidade, se assim convier à Unidade Federativa. Art 11. O recrutamento de praças para as Polícias Militares obedecerá ao voluntariado, de acôrdo com legislação própria de cada Unidade da Federação, respeitadas as prescrições da Lei do Serviço Militar e seu regulamento.

Art 12. O acesso na escala hierárquica tanto de oficiais como de praça será gradual e sucessivo, por promoção, de acôrdo com legislação peculiar a cada Unidade da Federarão, exigidos os seguintes requisitos básicos: a) para a promoção ao pôsto de Major: curso de aperfeiçoamento feito na própria corporação ou em Fôrça Policial de outro Estado; b) para a promoção ao pôsto de Coronel: curso superior de Polícia, desde que haja o curso na Corporação.

CAPÍTULO IV

Instrução e Armamento

Art 13. A instrução das Polícias Militares limitar-se-á a engenhos e controlada pelo Ministério do Exército através do Estado-Maior do Exército, na forma deste Decreto-lei. Art 14. O armamento das Polícias armas de uso individual inclusive automáticas, e a um reduzido número de armas automáticas coletivas e lança-rojões leves para emprêgo na defesa de suas instalações fixas, na defesa de pontos sensíveis e execução de ações preventivas e repressivas nas Missões de Segurança Interna e Defesa Territorial. Art 15. A aquisição de veículos sôbre rodas com blindagem leve e equipados com armamento nas mesmas especificações do artigo anterior poderá ser autorizada, desde que julgada conveniente pelo Ministério do Exército. Art 16. É vedada a aquisição de engenhos, veículos, armamentos e aeronaves fora das especificações estabelecidas. Art 17. As aquisições de armamento e munição dependerão de autorização do Ministério do Exército e obedecerão às normas previstas pelo Serviço de Fiscalização de Importação, Depósito e Tráfego de Produtos Controlados pelo Ministério do Exército (SFIDT).

CAPÍTULO V

Justiça e Disciplina

Art 18. As Polícias Militares serão regidas por Regulamento Disciplinar redigido à semelhança do Regulamento Disciplinar do Exército e adaptado às condições especiais de cada Corporação. Art 19. A organização e funcionamento da Justiça Militar Estadual serão regulados em lei especial. Parágrafo único. O fôro militar é competente para processar e julgar o pessoal das Polícias Militares nos crimes definidos em lei como Militar es. Art 20. A Justiça Militar Estadual de primeira instância é constituída pelos Conselhos de Justiça previstos no Código de Justiça Militar. A de segunda instância será um Tribunal Especial, ou o Tribunal de Justiça.

CAPÍTULO VI

Da competência do Estado-Maior do Exército, através da Inspetoria-Geral das Polícias Militar es

Art 21. Compete ao Estado-Maior do Exército, através da Inspetoria-Geral das Polícias Militar es: a) Centralizar todos os assuntos da alçada do Ministério do Exército relativos às Polícias Militar es, com vistas ao estabelecimento da política conveniente e à adoção das providências adequadas. b) Promover as inspeções das Políticas Militares tendo em vista o fiel cumprimento das prescrições deste decreto-lei.

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c) Proceder ao contrôle da organização, da instrução, dos efetivos, do armamento e do material bélico das Polícias Militar es. d) Baixar as normas e diretrizes para a fiscalização da instrução das Polícias Militar es. e) Apreciar os quadros de mobilização para as Polícias Militares de cada Unidade da Federação, com vistas ao emprêgo em suas missões específicas e como participantes da Defesa Territorial. f) Cooperar no estabelecimento da legislação básica relativa às Polícias Militar es.

CAPÍTULO VII

Prescrições Diversas

Art 22. Ao pessoal das Polícias Militar es, em serviço ativo, é vedado fazer parte de firmas comerciais de emprêsas industriais de qualquer natureza ou nelas exercer função ou emprêgo remunerados. Art 23. É expressamente proibido a elementos das Polícias Militares o comparecimento fardado, exceto em serviço, em manifestações de caráter político-partidário. Art 24. Os direitos, vencimentos, vantagens e regalias do pessoal, em serviço ativo ou na inatividade, das Polícias Militares constarão de legislação especial de cada Unidade da Federação, não sendo permitidas condições superiores às que, por lei ou regulamento, forem atribuídas ao pessoal das Fôrças Armadas. No tocante a cabos e soldados, será permitida exceção no que se refere a vencimentos e vantagens bem como à idade-limite para permanência no serviço ativo. Art 25. Aplicam-se ao pessoal das Polícias Militar es: a) as disposições constitucionais relativas ao alistamento eleitoral e condições de elegibilidade dos Militar es; b) as disposições constitucionais relativas às garantias, vantagens prerrogativas e deveres, bem como tôdas as restrições ali expressas, ressalvado o exercício de cargos de interêsse policial assim definidos em legislação própria. Art 26. Competirá ao Poder Executivo, mediante proposta do Ministério do Exército declarar a condição de "militar" e, assim, considerá-los reservas do Exército aos Corpos de Bombeiros dos Estados, Municípios, Territórios e Distrito Federal. Parágrafo único. Aos Corpos de Bombeiros Militares aplicar-se-ão as disposições contidas neste Decreto-lei. (Redação dada pelo Del nº 1.406, de 24.6.1975) Art 27. Em igualdade de pôsto e graduação os Militares das Fôrças Armadas em serviço ativo e da reserva remunerada têm precedência hierárquica sôbre o pessoal das Polícias Militar es. Art 28. Os oficiais integrantes dos quadros em extinção, de oficiais médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários nas Polícias Militar es, poderão optar pelo seu aproveitamento nos efetivos a que se refere o artigo 10 dêste Decreto-lei. Art 29. O Poder Executivo regulamentará o presente Decreto-lei no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de sua publicação. Art 30. Êste Decreto-lei entra em vigor na data de sua publicação ficando revogados o Decreto-lei número 317, de 13 de março de 1967 e demais disposições em contrário. Brasília, 2 de julho de 1969; 148º da Independência e 81º da República.

A. COSTA E SILVA Aurélio de Lyra Tavares

DECRETO Nº 71.733, DE 18 DEJANEIRO DE 1973.

Regulamenta a Lei nº 5.809, de 10 de outubro de1972, que dispõe sobre a retribuição e direitos dopessoal civil e militar em serviço da União no exterior . O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usandodas atribuições que lhe confere o artigo 81, item III,da Constituição, DECRETA:

CAPÍTULO I

Da Finalidade

Art . 1º Este decreto regulamenta a retribuição edireitos do pessoal civil e militar em serviço da União no exterior regulados pela Lei número 5.809,de 10 de outubro de 1972, aqui designada por Leide Retribuição no Exterior - LRE. Art . 2º A competência estabelecida neste decretopara os Ministros de Estados é aplicável aodirigente de órgão integrante da Presidência daRepública, ou a ela subordinado, quando se tratarde servidor desses órgãos. Parágrafo único. No caso de servidores do Distrito Federal, dos Estados ou dos Municípios, bem como de pessoas sem vínculo com o serviçopúblico, designados pelo Presidente da República,a competência estabelecida se refere ao Ministérioa que estiver subordinada ou vinculada a missãoou atividade no exterior, salvo se declaradaexpressamente a competência no ato danomeação ou designação. Art . 3º A proposta de nomeação ou designação deservidor, para serviço da União no exterior, deveindicar, em cada caso: I - o tipo e natureza da missão ou atividade; II - o período e os limites mínimo e máximo,previstos para sua duração, quando em missãotransitória ou eventual; III - a obrigatoriedade, ou não, de mudança desede, quando em missão transitória; e IV - a possibilidade, ou não de fazer-seacompanhar de dependentes. § 1º No caso de pessoa sem vínculo com o serviçopúblico, nomeada ou designada pelo Presidente deRepública, ou empregado público, ou funcionáriosem nível de vencimentos previstos, a propostadeve fixar um índice dentre os constantes da tabelade Escalonamento Vertical, anexa à LRE, que maisse aproximar do cargo, função emprego ouatividades que a pessoa vai desempenhar, o quallhe será atribuído para efeito de retribuição no exterior e demais direitos. § 2º Baixado o ato de nomeação ou designação oMinistro de Estado ou autoridade delegada deveenquadrar a missão, em ato próprio, na formadeste artigo e seu § 1º, de modo que se possadefinir a retribuição e direitos do servidor, no exterior , ou da pessoa sem vínculo com o serviçopúblico. Art . 4º A sede no exterior, nos casos do item III, do artigo 2º da LRE, é definida para cada órgão ouservidor, conforme o caso, pelo respectivo Ministrode Estado. Art . 5º Serão discriminadas em decreto específicoos órgãos cujos cargos, funções ou atividades -desempenhados ou exercidos nas condições da LRE - se consideram permanentes. Art . 6º O servidor do Ministério das RelaçõesExteriores só será considerado em missão permanente no exterior quando for lotado emunidade administrativa do mesmo Ministério no exterior .

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Art . 7º O vencimento ou salário e o soldo no exterior são pagos de acordo com o disposto no artigo 14 da LRE e seu parágrafo único. § 1º A gratificação no exterior, por tempo de serviçoe devida na forma do artigo 15 da LRE. § 2º O servidor nomeado ou designado paramissão eventual no exterior faz jus à retribuição,em moeda nacional ou estrangeira, que já venharecebendo, regularmente, ao transporte e a diáriasno exterior, na forma da LRE e deste decreto. Art . 8º As datas de partida do servidor para oexterior e de desligamento da respectiva sede no exterior , assim como a de partida da últimalocalidade no exterior relacionada com a missão,as determina ou aprova, conforme o caso: I - o Presidente da República, quando se tratar deMinistro de Estado ou dirigente de órgão,integrante da Presidência da República ou a elasubordinado; II - o Vice-Presidente da República, quando setratar de servidor da Vice-Presidência daRepública; e III - o Ministro de Estado ou autoridade, comdelegação de competência específica, quando setratar de servidor de órgão integrante do respectivoMinistério a ele vinculado ou sob sua supervisão. Parágrafo único. Considera-se, em qualquer caso,data de partida do País para o exterior aquela emque o servidor deixar a última localidade emterritório nacional. Art . 9º O direito do servidor à retribuição no exterior cessa na data da partida da últimalocalidade no exterior relacionada com sua missãonas seguintes situações: I - missão desempenhada a bordo de navio ouaeronave militar em viagem ou cruzeiro deinstrução; II - comandante ou integrante de tripulação,contingente ou força, em missão operativa ou deadestramento; III - em missão transitória: a) de representação, de observação ou emorganismo ou reuniões internacionais; b) de encargos especiais; e IV - em missão eventual. Parágrafo único. Nos demais casos de missõestransitórias e nas missões permanentes, o direitodo servidor à retribuição no exterior cessa na datado desligamento de sua sede no exterior, fixado na forma do artigo 8º. Art . 10. Os Ministros de Estado, medianteautorização do Presidente da República, podem,em casos especiais, na forma do artigo 12 da LRE,designar servidor para missão transitória semdireito a retribuição no exterior.

CAPÍTULO II

Da Indenização de Representação no Exterior

Art . 11. O valor da Indenização de Representaçãono Exterior (IREX) é calculado com base nastabelas de Escalonamento Vertical de Índices de representação e de Fatores de Conversão deíndices de Representação, constantes dos anexos Ie II, deste decreto. (Vide Decreto nº 75.430, de1975) (Vide Decreto nº 95.252, de 1987) (VideDecreto nº 5.733, de 2006) (Vide Decreto nº 6.409,de 2008) (Vide Decreto nº 6.436, de 2008) (VideDecreto nº 6.587, de 2008) (Vide Decreto nº 6.774,de 2009) (Vide Decreto nº 6.775, de 2009) (VideDecreto nº 6.776, de 2009) (Vide Decreto nº 6.777,de 2009) (Vide Decreto nº 6.836, de 2009) (VideDecreto nº 6.873, de 2009) (Vide Decreto nº 6.989,de 2009) (Vide Decreto nº 7.198, de

2010) (VideDecreto nº 7.241, de 2010) (Vide Decreto nº 7.285,de 2010) (Vide Decreto nº 7.286, de 2010) (VideDecreto nº 7.287, de 2010) (Vide Decreto nº 7.288,de 2010) (Vide Decreto nº 7.298, de 2010) (VideDecreto nº 7.348, de 2010) (Vide Decreto nº 7.349,de 2010) (Vide Decreto nº 7.399, de 2010)(Vide Decreto nº 8.411, de 2015) Parágrafo único. O valor básico da IREX éencontrado multiplicando-se o índice de representação, que corresponda ao cargo, funçãoou atividade desempenhados no exterior, pelo fatorde conversão determinado para a sede de servidorou pelo fator de conversão calculado na forma do artigo 14. Art . 12. Em qualquer situação, é concedida ao servidor apenas uma Indenização de representação no Exterior. § 1º A IREX concedida ao chefe efetivo de MissãoDiplomática e aos adidos Militares é acrescida de10% (dez por cento) de seu valor básico, por paísadicional, no caso de representação cumulativa. § 2º A IREX devida aos adidos Militar es, quandorepresentantes de mais de uma Força, é acrescidade 10% (dez por cento), por Força adicional. § 3º O cálculo dos acréscimos, por país ou Forçaadicional, é feito sobre o valor básico da IREX nasede da Missão Diplomática. Art . 13. Quando a tabela do anexo II não indicarfator de conversão para a sede do servidor, seráadotado, respectivamente: I - o fator de conversão atribuído à localidade noterritório do mesmo país que esteja assinalada natabela com a sigla "FCG" (fator de conversãogeral); ou II - o fator de conversão 10, se não houver FCGpara o território. Parágrafo único. Ao ser criada organização militarou civil, da Administração Federal, no exterior, deveser determinado, se já não existir, o fator deconversão correspondente a sede da organizaçãoe, se for o caso, o fator de conversão geral para opaís. Art . 14. Para missão o bordo de navio ou aeronaveMilitar es, o fator de conversão regional será amédia ponderada de fatores de conversãoreferentes as localidades visitadas, considerandosecomo multiplicador o número de dias depermanência em cada uma. § 1º Para cada missão, o fator de conversãoregional será previamente, pelo Ministro respectivoe inalterável para a missão, mesmo que alteradosos prazos de permanência. § 2º Nos casos de prorrogação de missão, poderáser fixado novo fator de conversão aplicávelsomente ao período de prorrogação. Art . 15. O servidor recebe, a partir do primeiro diada substituição, o suplemento mensal a que se refere o artigo 17 da LRE. Art . 16. Nos casos de remoção ou movimentação,no exterior, o servidor passa a perceber, a contarda data de sua partida, a IREX prevista para anova missão. Art . 17. A IREX não pode ser objeto de descontoou consignação, salvo quando a lei assim odeterminar expressamente.

CAPÍTULO III

Das Demais Indenizações

Art . 18. A concessão do auxílio-familiar é feita com base nos dados da declaração de dependentes do servidor, registrada e

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arquivadas no órgãocompetente, observado o disposto na Seção V doCapítulo II da LRE. Parágrafo único. O servidor, quando no exterior,deve oficializar, por intermédio do órgãoencarregado, as alterações que devam atualizarsua declaração de dependentes. Art . 19. O limite mínimo do auxílio-familiar, pordependente, é igual a 0,5% (meio por cento) damaior IREX deferida a chefe de MissãoDiplomática, não computados os acréscimosconstantes do § 1º do artigo 12. Art . 20. O servidor, em missão permanente outransitória de duração igual ou superior a 6 (seis)meses, tem direito ao acréscimo do quantitativo de que trata o § 1º do artigo 21 da LRE, nos casosespeciais a serem estabelecidos em decretoespecífico. § 1º O acréscimo do quantitativo é concedido,durante os meses do ano letivo, medianteapresentação de prova de matrícula do dependenteem estabelecimento de ensino, fora do país ondeestá a sede do servidor no exterior. § 2º A seleção dos locais, áreas ou países a seremconsiderados como casos especiais quejustifiquem o acréscimo do quantitativo, devebasear-se, exclusivamente, na possibilidade deprejuízo à formação profissional e ideológica dodependente. Art . 21. A ajuda de custo é concedida uma únicavez, em cada remoção ou movimentação commudança de sede, e na forma dos artigos 23, 24 e25 da LRE. Art. 22. Os valores das diárias no exterior são osconstantes da Tabela que constitui o Anexo III a este Decreto, que serão pagos em dólares norteamericanos,ou, por solicitação do servidor, por seuvalor equivalente em moeda nacional ou em euros.(Redação dada pelo Decreto nº 5.992, de 2006) Art. 23. As diárias serão concedidas por dia deafastamento da sede do serviço. (Redação dadapelo Decreto nº 6.907, de 2009). § 1º O servidor ou militar fará jus somente àmetade do valor da diária nos seguintes casos:(Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de 2009). I - quando o deslocamento não exigir pernoite forada sede; (Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de2009). II - no dia da partida do território nacional, quandohouver mais de um pernoite fora do País; (Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de 2009). III - no dia da chegada ao território nacional;(Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de 2009). IV - quando a União custear, por meio diverso, asdespesas de pousada ou alimentação; (Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de 2009). V - quando o servidor ou militar ficar hospedado emimóvel pertencente à União ou que esteja sobadministração do Governo brasileiro ou de suasentidades; ou (Redação dada pelo Decreto nº6.907, de 2009). VI - quando governo estrangeiro ou organismointernacional de que o Brasil participe ou com oqual coopere custear as despesas com pousada oualimentação. (Redação dada pelo Decreto nº6.907, de 2009). § 2º Caso o deslocamento exija que o servidor oumilitar fique mais de um dia em trânsito, quer na idaao exterior, quer no retorno ao Brasil, a concessãode diárias excedentes deve ser devidamentejustificada. (Redação dada pelo Decreto nº 6.907,de 2009). § 3º Quando a missão no exterior abranger maisde um país, adotar-se-á a diária aplicável ao paísonde houver o pernoite;

no retorno ao Brasil,prevalecerá a diária referente ao país onde o servidor ou militar haja cumprido a última etapa da missão. (Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de2009). § 4º Não será devido o pagamento de diária ao servidor ou militar quando governo estrangeiro ouorganismo internacional de que o Brasil participeou com o qual coopere custear as despesas compousada e alimentação. (Incluído pelo Decreto nº6.907, de 2009). Art . 24. O servidor, em serviço no exterior, quevem ao Brasil em objeto de serviço, recebe diáriasem moeda nacional: I - de acordo com a legislação específica, no valorque, no País é atribuído a seu posto ou graduação,cargo ou emprego efetivos ou àquele cujo nível de vencimentos ou salário lhe foi fixado; e II - entre a data da partida da última localidade no exterior , relacionada com sua missão, e dachegada à primeira localidade no exterior aoregressar. Art . 25. O auxílio funeral no exterior é asseguradona conformidade da Seção IX do Capítulo II daLRE.

CAPÍTULO IV

Do Transporte

Art . 26. O transporte do servidor nomeado oudesignado para servir no exterior e, quando couber,de seus dependentes, empregado doméstico ebagagem é providenciado pelo Ministério ou órgãoresponsável pelo deslocamento, nas condiçõesestabelecidas neste Capítulo. Art. 27. A passagem aérea, destinada ao militar, eao servidor público civil e aos seus dependentesserá adquirida pelo órgão competente, observadasas seguintes categorias: (Redação dada pelo Dec.nº 3.643, de 26.10.2000) I - primeira classe: Presidente e Vice-Presidente daRepública e pessoas por eles autorizadas,Ministros de Estado, Secretários de Estado e osComandantes do Exército, da Marinha e daAeronáutica; (Redação dada pelo Dec. nº 3.643, de26.10.2000) II - classe executiva: titulares de representaçõesdiplomáticas brasileiras, ocupantes de cargos deNatureza Especial, Oficiais-Generais, Ministros daCarreira de Diplomata, DAS-6 e equivalentes,Presidentes de Empresas Estatais, FundaçõesPúblicas, Autarquias, Observador Parlamentar eocupante de cargo em comissão designado paraacompanhar Ministro de Estado; e (Redação dadapelo Dec. nº 3.643, de 26.10.2000) III - classe econômica: (Redação dada pelo Dec. nº3.643, de 26.10.2000) a) demais Militares e servidores públicos nãoabrangidos nos incisos I e II deste artigo e seus dependentes; e (Redação dada pelo Dec. nº 3.643,de 26.10.2000) b) acompanhante de que trata o art. 29, § 1º, alínea"a", da Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972, do servidor público civil ou do militar designado paramissão permanente ou transitória, com mudançade sede, por período superior a seis meses.(Redação dada pelo Dec. nº 3.643, de 26.10.2000) Parágrafo único. Aos ocupantes dos postos deCapitão-de-Mar-e-Guerra, Coronel, Conselheiro daCarreira de Diplomata e de cargos de DAS-5 e 4 eequivalentes poderá ser concedida, a critério doSecretário-Executivo ou de titular de cargocorrelato, passagem da classe executiva nostrechos em que otempo de vôo entre o últimoembarque no Território Nacional e o destino forsuperior a oito horas. (Redação dada pelo Dec. nº3.643, de 26.10.2000) Art . 28. No caso da opção por outros meios detransporte, prevista na LRE, as passagens serãorequisitadas somente

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mediante cobertura prévia dadiferença pelo servidor, quando o transporte pelomeio, escolhido for de custo superior ao aéreo. Parágrafo único. O servidor não tem direito arecebimento da diferença, quando o custo dotransporte pelo meio escolhido for inferior ao dotransporte aéreo concedido. Art . 29. As requisições de transporte devem serfeitas pelo órgão competente diretamente àsempresas do ramo, sem interferência direta ouindireta de agentes ou intermediários. Art . 30. Quando não houver possibilidade detransporte aéreo, na seleção dos meios e vias detransporte, o Ministério ou órgão responsável pelodeslocamento deve levar em conta os seguintesaspectos: I - economia para a União; II - tarifas oficiais vigentes; III - natureza e tipo da missão para a qual o servidor houver sido nomeado ou designado; IV - nível hierárquico, funcional ou militar, do servidor; V - existência, ou não de linhas de transportemarítimo, ferroviário ou rodoviário diretas; VI - urgência de chegada à localidade de destino; VII - possibilidade de utilização de meios detransportes, oficiais ou próprios; VIII - existência de transporte assegurado porestado estrangeiro ou organismo internacional; e IX - existência de opção entre diferentes classes nomeio de transporte a utilizar. Art . 31. O transporte entre o terminal aéreo no exterior e a localidade sede da missão do servidor,e vice-versa, é a ele indenizado, medianteapresentação dos comprovantes da despesa,observado o disposto no artigo anterior. Art . 32. Ao servidor será assegurado a translação,terrestre ou marítimo da respectiva bagagem, deporta a porta, incluído embalagem, desembalageme seguro, cabendo ao Ministério ou órgão a queestiver vinculado para fins da missão que iráexercer, ou exerce, efetuar o pagamento dessasdespesas diretamente à empresa responsável. § 1º Nas viagens de ida para o exterior, por viaaérea, em missão permanente, ou transitória igualou superior a 3 (três) meses, poderá ser concedidoao servidor e seus dependentes um adicional, deaté metade do peso da bagagem acompanhada. § 2º Os limites de cubagem e de peso, para efeitoda translação da bagagem estão fixados nastabelas que constituem o anexo IV deste decreto. § 3º Além dos limites de cubagem e de pesofixados, o servidor tem direito a um acréscimo: I - de 1 (um) metro cúbico ou 200 (duzentos) quilos,por dependente, nas missões de duração igual ousuperior a 3 (três) meses e inferior a 6 (seis)meses; e II - de 2 (dois) metros cúbicos ou 400(quatrocentos) quilos, por dependente e peloempregado doméstico, nas missões de duraçãoigual ou superior a 6 (seis) meses; e III - dos metros cúbicos ou quilogramasnecessários ao transporte terrestre ou marítimo deum automóvel de sua propriedade. § 4º O servidor, com mais de 2 (dois) anos deserviço no exterior, admitidas somente asinterrupções constantes do § 2º do artigo 10 daLRE, faz jus a um acréscimo de 5% (cinco

porcento) do peso ou cubagem totais a que tiverdireito, para cada ano além daquele prazo. § 5º O calor máximo da avaliação dos bens do servidor, para efeito de seguro, é fixado: a) em duas vezes a retribuição básica do próprio servidor, para as missões transitórias, commudança de sede e duração inferior a 6 (seis)meses e igual ou superior a 3 (três) meses, comdependentes; e b) em fatores R, equivalentes à retribuição básicade chefe de Missão Diplomática, de acordo com astabelas que constituem o anexo V deste decreto,para as missões permanentes ou transitórias deduração superior a 6 (seis) meses, com mudançade sede. § 6º Em nenhum dos casos previstos neste artigo eseus parágrafos, poderá o servidor solicitarcomplementação de importância em dinheiro paraatender os limites fixados, caso não os alcance. § 7º - Mediante proposta do órgão a que estivervinculado o interessado, justificando a imperiosanecessidade do serviço ou a conveniênciaeconômica da União, o Ministro respectivo, ou a autoridade a que for delegada competência, poderáautorizar a utilização, pelo servidor, do meio aéreopara o transporte de sua bagagem até o limitemáximo – cubagem ou peso – a que tem direito, na forma do § 2º. Art . 33. Cabe ao Ministro de Estado ou autoridadedelegada, autorizar a concessão de transportequando a sede no exterior não dispuser deassistência médico-hospitalar apropriada e,comprovadamente, dela necessitar em caráterurgente, o servidor ou seus dependentes. Art . 34. Quando o servidor falecer em serviço no exterior , os dependentes constantes de suadeclaração tem direito, dentro do prazo de um ano,contado da data do falecimento ao transporte pararegresso ao Brasil, obedecidas as disposiçõessobre passagens e bagagem, para dependentes,estabelecidas nesse decreto, inclusive o limite decubagem e de peso a que tinha direito o servidorfalecido.

CAPÍTULO V

Disposições Finais

Art . 35. O pagamento da retribuição no exterior épreviamente registrado pelo órgão pagador, narespectiva Guia de Pagamento no Exterior (GPE),de modelo a ser estabelecido pelo Ministério daFazenda, obedecidas as disposições da LRE edeste decreto. Art . 36. Os descontos ou consignações,obrigatórios ou facultativos, que incidam sobre aretribuição do servidor em serviço no exterior, emmissão permanente ou transitória, são processadosde acordo com as disposições legais aplicáveis noPaís, conforme instruções baixadas pelosrespectivos Ministros de Estado. Parágrafo único. Ressalvados os casos previstosem lei, de descontos obrigatórios a favor daFazenda Nacional, em moeda estrangeira, éfacultada ao servidor efetuar antecipadamente, emmoeda nacional, o recolhimento dos demaisdescontos ou consignações diretamente ao órgãocompetente do respectivo Ministério. Art . 37. A revisão dos critérios estabelecidos nestedecreto e de seus anexos será efetuada, na formada LRE, após estudo conjunto pelo Estado-Maiordas Forças Armadas e Ministérios da Fazenda,Relações Exteriores e Planejamento eCoordenação Geral, por iniciativa do Estado-Maiordas Forças Armadas ou de qualquer destesMinistérios. Parágrafo único. Idêntico procedimento seráadotado quando se tornar necessária a revisão dosanexos deste decreto por motivo de criação,transformações ou transposições de cargos.

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Art . 38. Este decreto terá sua vigência a contar de1 de janeiro de 1973, revogadas as disposições emcontrário. Brasília, 18 de janeiro de 1973; 152º da Independência e 85º da República.

EMíLIO G. MéDICI Alfredo Buzaid

Adalberto de Barros Nunes Orlando Geisel

Mário Gibson Barbosa Antônio Delfim Netto

Mário David Andreazza L. F. Cirne Lima

Jarbas G. Passarinho Júlio Barata

J. Araripe Macedo Mário Lemos

Marcus Vinícius Pratini de Moraes Antônio Dias Leite Júnior

João Paulo dos Reis Velloso

José Costa Cavalcanti Hygino C. Corsetti

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de19.1.1973 e Republicado no D.O.U de 24.1.1973.

ANEXO I AO DECRETO QUE REGULAMENTA A LEI DE RETRIBUIÇÃO NO EXTERIOR

TABELAS I - ESCALONAMENTO VERTICAL

(Índices de Indenização de Representação no Exterior - Art. 11)

A – SERVIDROES CIVIS

(Em Missões Diplomáticas e Administrativas)

CARGO, FUNÇÃO OU EMPREGO Índice

Chefe de Missão Diplomática. 125

Ministro de 1ª Classe e Ministro para Assuntos Comerciais de 1ª classe 80

Ministro de 2ª Classe, Ministro para Assuntos Comerciais de 2ª classe, Cônsul Geral e Delegado do Tesouro Brasileiro no Exterior

80

Conselheiro (Chefe de Repartição Consular, Chefe de Secom). 70

Conselheiro de Embaixada, Conselheiro de Delegação Permanente junto a Organismo Internacional, Cônsul-Geral-Adjunto, Primeiro-Secretário Chefe de Repartição consular, Primeiro-Secretário de Missão Diplomática, Primeiro-Secretário (Cônsul-Adjunto).

60

Conselheiro 50

Primeiro-Secretário 45

Segundo-secretário e assistente de Delegado, Chefes de Assessoria. da Contadoria Seccional e da Tesouraria, da Delegacia do Tesouro Brasileiro no Exterior.

40

Terceiro-Secretário - Nível 22 a 19. 35

Cônsul-Privativo - Nível 18 a 12. 20

Níveis 11 a 7. 15

Níveis 6 a 1. 10

B – MILITAR ES

(Em Missões Diplomáticas e Administrativas: A;

Na situação dos itens III e V do Artigo 5º da LRE: B)

GRAU HIERÁRQUICO OU CARGO A B

Almirante-de-Esquadra, Gerneral-de-Exército e Tenente-Brigadeiro. 100 50

Vice-Almirante, Gerneral-de-divisão e Major-Brigadeiro. 80 40

Contra-Almirante, Gerneral-de-Brigada e Brigadeiro. 80 40

Capitão-de-Mar-e-Guerra e Coronel (Adido Militar, Adjunto de Adido Militar). 70 -

Capitão-de-Mar-e-Guerra e Coronel (Presidente ou Chefe de Comissão ou Órgão Militar); 60 -

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Capitão-de-Fragata ou Tenente-Coronel (Adido Militar ou Adjunto de Adido Militar).

Capitão-de-Mar-e-Guerra e Coronel. 50 25

Capitão-de-Fragata e Tenente-Coronel. 45 25

Capitão-de-Corveta e Major. 40 25

Capitão-Tenente e Capitão. 35 20

Oficiais Subalternos. 30 20

Suboficial, Subtenente e Sargento (Auxiliar de Adido Militar). 25 -

Suboficial, Subtenente, Sargento e Praças Especiais (Alunos de Órgão de formação de Oficiais da Ativa).

20 10

Cabo e demais Praças. 10 5

ANEXO II AO DECRETO QUE REGULAMENTA A LEI DE RETRIBUIÇÃO NO EXTERIOR

TABELA DE FATORES DE CONVERSÃO

(Índices de Indenização de Representação no Exterior - Art. 11)

(Redação dada pelo Decreto nº 75.430, de 1975)

Fator de Conversão

LOCALIDADES

26 Bonn, Genebra, Nova York, Paris, Região Antártica, Tóquio, Washington.

23 Caracas, Londres.

21 Boston (FCG), Brazzaville (República do Congo), Bruxelas, Bue nos Aires, Chicago, Haia, Hong-Kong, Houston, Jacarta, Kishasa, Lagos, Los Angeles, Miami, Nassau (Bahamas) (FCG), Nova Orleans, Pequim, San Juan (Porto Rico) (FCG), Viena (FCG)

18 Abidjan (FCG), Adis-Abeba, Argel, Assunção, Beirute, Berlim, Berna (FCG), Camberra, Cobi, Copenhague (FCG), Coveite, Dusseldorf (FCG), Estolcomo (FCG), Frankfurt, Guiné-Bissau, Hamamatsu, Hamburgo, Iocoama (FCG), Jeddaf, La Guaira (FCG), La Paz, Lisboa, Lourenço Marques, Luanda (FCG), Madrid, Malabo (República da Guiné Equatorial), Mascate, Munique, Omã, Oslo, Ottawa, Roma, Santiago, Seul, Sydnei, Tel-Aviv (FCG), Tripoli, Vaticano, Zurique.

16 Accra, Amsterdan (FCG), Antuérpia, Astana (República do Cazaquistão), Atenas, Bagdad, Bamaki (República do Mali), Baku ( República do Azerbaijão), Bangkok, Belfast, Bordéus, Bratislava (República Eslovaca), Brest, Caiena (FCG), Conacri (República da Guiné), Cotonou, Dacar, Dacca, Damasco, Dijon, Gabarone (República de Botsuana), Gênova, Georgeton (FCG) Greenwich, Havre, Helsinki, Iaundê, Ierevan (República da Armênia), Inchon (FCG), Islamabab, Karachi, Kartum, Liege (FCG), Lomê, Luxemburgo, Manágua, Manila, Marselha (FCG), Milão, México DF., Montevidéu, Montreal (FCG), Moscou, Nápoles (FCG), Niamey, Nouackchott (República Islâmica da Mauritânia), Panamá, Paramaribo, Porto Novo, Porto Príncipe, Portsmouth, Rotterdan, Santa Cruz de La Sierra, São Domingos, Southapton, Tearã, Tirana, Toronto, Triestre, Uagaducu (República de Burkina Faso), Vancouver, Canadá, Varsórvia.

13 Alexandria, Amã, Ancara, Barcelona (FCG) Barrow-in-Furness (FCG), Belgrado, Belmopan (Belize), Bizerta, Bogotá, Bridgetown, Bucareste, Budapeste, Cairo, Cali (FCG), Capetown, Catries (Santa Lúcia), Cingapura, Ciudad Bolivar, Colombo (República Socialista Democrática do Sri Lanka), Dar-es-Salam, Guaiaquil, Guatemala, Gdynia, Halfa (FCG), Halifaz, Istambul, na República da Turquia, Jerusalém, Kampala, Kingston (FCG), Kuala Lampur, Lethem, República da Guiana, Lima, Liubliana (República da Eslovênia), Liverpool, Lusaka, Mendoza (República Argentina), Mumbai (República da Índia), Nairobi, Nicósia, Nouakchott, Nova Delhi (FCG), Payssandu, Pireu, Port-of-Spain, Porto (FCG), Porto Presidente Stroessner, Praga, Pretória Quito, Rabat, Reykjavik, Saint George‟s, em Granada, São José, São Salvador, Sófia, Tegucigalpa, Tunis, Valparaíso, Vera Cruz (México) (FCG), Vigo, Wellington, Zagreb (República da Croácia), Zanderij (Sur), Rosário.

ANEXO III

A – Valores de Diárias no Exterior

(Redação dada pelo Decreto nº 6.576, de 2008)

GRUPOS/PAÍSES Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V

Afeganistão, Armênia, Bangladesh, Belarus, Benin, Bolívia, 220 200 190 180 170

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GRUPOS/PAÍSES Classe I Classe II Classe III Classe IV Classe V

A Burkina-Fasso, Butão, Chile, Comores, República Popular Democrática da Coréia, Costa Rica, El Salvador, Equador, Eslovênia, Filipinas, Gâmbia, Guiana, Guiné Bissau, Guiné, Honduras, Indonésia, Irã, Iraque, Laos, Líbano, Malásia, Maldivas, Marrocos, Mongólia, Myanmar, Namíbia, Nauru, Nepal, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Rep. Centro Africana, República Togolesa, Salomão, Samoa, Serra Leoa, Síria, Somália, Sri Lanka, Suriname, Tadjiquistão, Tailândia, Timor Leste, Tonga, Tunísia, Turcomenistão, Turquia, Tuvalu, Vietnã, Zimbábue.

B

África do Sul, Albânia, Andorra, Argélia, Argentina, Austrália, Belize, Bósnia-Herzegóvina, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Camboja, Catar, Chade, China, Chipre, Colômbia, Dominica, Egito, Eritréia, Estônia, Etiópia, Gana, Geórgia, Guiné- Equatorial, Haiti, Hungria, Iêmen, Ilhas Marshall, Índia, Kiribati, Lesoto, Líbia, Macedônia, Madagascar, Malauí, Micronésia, Moçambique, Moldávia, Níger, Nigéria, Nova Zelândia, Palau, Papua Nova Guiné, Paquistão, Peru, Polônia, Quênia, República Dominicana, República Eslovaca, Romênia, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sudão, Tanzânia, Uruguai, Uzbequistão, Venezuela.

300 280 270 260 250

C

Antígua e Barbuda, Arábia Saudita, Azerbaidjão, Bahamas, Bareine, Botsuana, Brunei Darussalam, Bulgária, Canadá, Cingapura, Congo, Costa do Marfim, Cuba, Djibuti, Emirados Árabes, Fiji, Gabão, Guatemala, Jamaica, Jordânia, Letônia, Libéria, Lituânia, Mali, Malta, Maurício, Mauritânia, México, República Democrática do Congo, República Tcheca, Rússia, San Marino, Santa Lúcia, São Cristovão e Névis, São Vicente e Granadinas, Taiwan, Trinidad e Tobago, Ucrânia, Uganda, Zâmbia.

350 330 320 310 300

D

Alemanha, Angola, Áustria, Barbados, Bélgica, Cazaquistão, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Granada, Grécia, Hong Kong, Irlanda, Islândia, Israel, Itália, Japão, Kuaite, Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco, Montenegro, Noruega, Omã, Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Quirguiz, Seicheles, Sérvia, Suazilândia, Suécia, Suíça, Vanuatu.

460 420 390 370 350

B – Classes

CLASSE CARGO, FUNÇÃO, EMPREGO, POSTO OU GRADUAÇÃO

I

A - Ministros de Estado, Titulares de Representações Diplomáticas Brasileiras, Secretários de Estado, Observador Parlamentar, Ministro de 1ª Classe da Carreira Diplomata, Cargos em Comissão de Natureza Especial, DAS-6 e CD-1, Presidente, Diretores e FDS-1 do BACEN, Presidente de Empresas Estatais, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundação sob supervisão Ministerial. B - Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, Almirante-de-Esquadra, General-de-Exército e Tenente-Brigadeiro.

II A - Cargos em Comissão DAS-5 e CD-2, FDE-1, FCA-1 e Cargos Comissionados Temporários do BACEN, Ministro de 2ª Classe da Carreira Diplomata, Diretor de Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundação sob supervisão Ministerial. B - Vice-Almirante, General-de-Divisão, Major-Brigadeiro, Contra-Almirante, General-de-Brigada e Brigadeiro.

III A - Conselheiro e Secretário da Carreira de Diplomata, Chefes de Delegação Governamental, Cargos em Comissão DAS-4, DAS-3, CD-3 e CD-4, FDE-2, FDT-1, FCA-2, FCA-3 ou nível hierárquico equivalente nas Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações sob supervisão Ministerial. B - Oficial Superior.

IV A - Oficial-de-Chancelaria, Titular de Vice-Consulado de Carreira, Delegado e Assessor em Delegação Governamental, Cargo em Comissão DAS-2, DAS-1, FDO-1, FCA-4, FCA-5 e cargos de Analista e Procurador do BACEN ou de nível equivalente nas Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações sob supervisão ministerial e ocupante de cargo ou emprego de nível superior. B - Oficial-Intermediário, Oficial-Subalterno, Guarda-Marinha e Aspirante-a-Oficial.

V A - Assistente de Chancelaria, Técnico de suporte e demais cargos comissionados do BACEN e ocupante de qualquer outro cargo ou emprego. B - Aspirante e Cadete, Suboficial e Subtenente, Sargento, Aluno, Taifeiro, Cabo, Marinheiro, Soldado, Grumete, Recruta e Aprendiz-Marinheiro.

Anexo IV ao decreto que regulamenta a Lei de retribuição no Exterior

TABELAS IV - LIMITES DE CUBAGEM E DE PESO

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(Art. 32, § 2º)

A - SERVIDORES CIVIS

CARGO, FUNÇÃO OU EMPREGO: POSTO OU

GRADUAÇÃO

DEPENDENTES COM DEPENDENTES SEM DEPENDENTES

DURAÇÃO DA MISSÃO 3 A 6 meses 6 meses a 2

anos 3 A 6 meses

6 meses a 2 anos

LIMITES DE PESO OU VOLUME

m3 kg m3 kg m3 kg m3 kg

Embaixador, Integrante ou não, da carreira diplomática 12 2400 21 4200 6 1200 10 2000

Ministros, Ministros para Assuntos Comerciais e Delegado do Tesouro Brasileiro no Exterior.

11 2200 20 4000 5 1000 10 2000

primeiros e Segundos Secretários, Assistentes do Delegado, Chefes de Assessoria, da Contadoria Seccional e da Tesouraria, da Delegacia do Tesouro Brasileiro no Exterior.

10 2000 18 3600 4,5 900 9 1800

Terceiro-Secretário. Cônsul Privativo; Níveis 19 a 22 9 1800 16 3200 4,5 900 8 1600

Níveis 18 a 7. 8 1600 14 2800 4 800 7 1400

Níveis 6 a 1. 4 800 7 1400 2 400 3 600

B – MILITARES

Almirante-de-Esqudra, General-de-Exército e Tenente-Brigadeiro

12 2400 21 4200 6 1200 10 2000

Vice-Almirante, General-de-Divisão e Major-Brigadeiro, Contra-Almirante, General-de-Brigada e Brigadeiro.

11 2200 20 4000 5 1000 10 2000

Oficiais-Superiores. 10 2000 18 3600 4,5 900 9 1800

Oficiais-Intermediários e Subalternos; Guardas-Marinha e Aspirantes-a-Oficial.

9 1800 16 3200 4,5 900 8 1600

Aspirantes e Cadetes; Suboficiais, Subtenentes e Sargentos. 8 1600 14 2800 4 800 7 1400

Demais Praças 4 800 7 1400 2 400 3 600

Anexo V ao Decreto que regulamenta a Lei de Retribuição no Exterior

TABELA V – VALOR MÁXIMO PARA AVALIAÇÃO DE BENS PARA EFEITO DE SEGURO

(Art, 32, §5º, letra b)

CARGO, FUNÇÃO OU EMPREGO FATOR R

Embaixador, integrante ou não, da carreira diplomática. 15

Ministros, ministros para assuntos Comerciais e Delegado do Tesouro Brasileiro no Exterior 12,5

Primeiros e Segundos Secretários: Assistente do Delegado, Chefes de Assessoria, da Contadoria Seccional e da Tesouraria, da Delegacia do Tesouro Brasileiro no Exterior.

10

Terceiro Secretário, Cônsul Privativo e Níveis 19 na 22. 7,5

Níveis 18 a 7. 4

Níveis 6 a 1. 2

B – Militar es

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POSTO OU GRADUAÇÃO FATOR R

Almirante-de-Esquadra, General do Exército e Tenente-Brigadeiro 15

Vice-Almirante, General de Divisão e Major Brigadeiro. Contra-Almirante, General de Brigada e Brigadeiro.

12,5

Oficiais Superiores 10

Oficiais Intermediários e Subalternos, Guardas-Marinha e Aspirantes a Oficial. 7,5

Aspirantes, Cadetes, Suboficiais, Subtenetes e Sargentos. 4

Demais Praças 2

Alterações:

(Vide Decreto nº 72.607, de 1973)

(Vide Decreto nº 73.526, de 1974)

(Vide Decreto nº 95.252, de 1987)

(Vide Decreto nº 1.682, de 1995)

(Vide Decreto nº 5.733, de 2006)

(Vide Decreto nº 5.959, de 2006)

(Vide Decreto nº 6.409, de 2008)

(Vide Decreto nº 6.444, de 2008)

(Vide Decreto nº 6.534, de 2008)

(Vide Decreto nº 6.599, de 2008)

(Vide Decreto nº 6.682, de 2008)

(Vide Decreto nº 6.836, de 2009)

(Vide Decreto nº 6.989, de 2009)

DECRETO Nº 88.540, DE 20 DE JULHO DE 1983.

Regulamenta a convocação de Polícia Militar prevista no artigo 3º do Decreto-lei nº 667, de 02 dejulho de 1969, alterado pelo Decreto-lei nº 2.010,de 12 de janeiro de 1983. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, noexercício do cargo de PRESIDENTE DAREPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confereo artigo 81, item III, da Constituição, DECRETA: Art. 1º - A convocação de Polícia Militar, total ouparcialmente, de conformidade com o disposto no artigo 3º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de1969, na redação dada pelo Decreto-lei nº 2.010,de 12 de janeiro de 1983, será efetuada: I - em caso de guerra externa; e II - para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção.

Parágrafo único - Além dos casos de que trata este artigo, a Polícia Militar será convocada, no seuconjunto, para assegurar à Corporação o nívelnecessário de adestramento e disciplina ou aindapara garantir o cumprimento das disposições doDecreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, alteradopelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983. Art. 2º - A convocação ou mobilização de Polícia Militar, em caso de guerra, será efetuada deconformidade com legislação específica. Art. 3º - A convocação da Polícia Militar seráefetuada mediante ato do Presidente da República. § 1º - A convocação a que se refere o parágrafoúnico do artigo 1º deste Decreto será efetuadaquando: a) a necessidade premente de assegurar àCorporação o adestramento ou a disciplinacompatível com a sua condição de Força Auxiliar,reserva do Exército, ou a sua finalidade prevista no artigo 13, § 4º, da Constituição, se fizer mister; b) constatada inobservância de disposições doDecreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, alteradopelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983,especialmente as relativas ao adestramento, àdisciplina, ao armamento, à competência estrutura,organização e ao efetivo. § 2º - O Presidente da República, nos casos deadoção de medidas de emergência oudecretaçãodos estados de sítio ou de emergência aque se refere o Título II, Capítulo V, daConstituição, poderá decretar a convocação da Polícia Militar. Art. 4º - O Comando da Polícia Militar, convocadana forma deste Decreto, será exercido por Oficialda ativa do Exército, dos postos de General-de-Brigada, Coronel ou Tenente-Coronel, ou Oficial daativa, do último posto, da própria Corporação. Parágrafo único - O Comandante da Polícia Militarserá nomeado pelo Presidente da República, namesma data do decreto de convocação. Art. 5º - A Polícia Militar, quando convocada, terá asupervisão direta do Estado-Maior do Exército, porintermédio da Inspetoria-Geral das PolíciasMilitar es, e ficará diretamente subordinada aoComandante do Exército ou ao Comandante Militarda Área em cuja jurisdição estiver localizado oEstado-Membro. Parágrafo único - Na hipótese de a Polícia Militarconvocada não pertencer ao mesmo Estado ondeestiver localizada a

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sede do Comando de Exércitoou Comando Militar de Área, este poderásubordiná-la diretamente a Comandante de RegiãoMilitar ou de Grande Unidade situado na área do Estado-Membro. Art. 6º - As convocações de que trata este Decretoserão efetuadas sem prejuízo: I - da competência específica de Polícia Militar ecomo participante da Defesa Interna e daDefesa Territorial, nos casos previstos no item II do artigo 1º deste Decreto; II - da competência normal de Policia Militar demanutenção da ordem pública e de apoio àsautoridades federais nas missões de DefesaInterna, no caso do parágrafo único do artigo 1ºdeste Decreto. § 1º - A convocação a que se refere o item Il do artigo 1º também ocorrerá quando as providênciasadotadas, no âmbito estadual, para prevenir oureprimir perturbações ou a ameaça de sua irrupção(Art 10, item III, da Constituição Federal) serevelarem ineficazes. § 2º - Para o planejamento e execução dacompetência a que se refere o item II deste artigo,a Polícia Militar deverá articular-se com o órgãoestadual responsável pela Segurança Pública ouseus representantes. Art. 7º - Durante a convocação de que trata o parágrafo único do artigo 1º deste Decreto, quenão poderá exceder o prazo máximo de 1 (um)ano, a remuneração dos integrantes da Polícia Militar e as despesas com a sua administração,compreendendo as necessárias ao seu funcionamento e emprego, continuarão a cargo dorespectivo Estado-Membro. Parágrafo único - Aplica-se o disposto neste artigo,excetuado quanto ao prazo, à convocação referida no item II do artigo 1º deste Decreto. Art. 8º - A dispensa de convocação, por término doprazo de que trata o artigo anterior ou por tercessado o motivo que a causou, será objeto de atodo Presidente da República. Parágrafo único - O Comandante da Polícia Militarserá exonerado na mesma data do ato a que se refere este artigo. Art. 9º - O Ministro de Estado do Exército baixaráos atos que se fizerem necessários à execuçãodeste Decreto. Art. 10 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições emcontrário. Brasília, DF, 20 de julho de 1983; 162º da Independência e 95º da República.

AURELIANO CHAVES Ibrahim Abi-Ackel

Walter Pires

DECRETO Nº 88.540, DE 20 DE JULHO DE 1983 Regulamenta a convocação de Polícia Militarprevista no artigo 3º do Decreto-lei nº 667, de 02de julho de 1969, alterado pelo Decreto-lei nº2.010, de 12 de janeiro de 1983. (PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIAL DE 21 DEJULHO DE 1983 - SEÇÃO I)

RETIFICAÇÃO

- Na página 12.907, 1ª coluna, no artigo 6º,parágrafo primeiro, ONDE SE LÊ: ... da Constituião.. LEIA-SE:

...da Constituição...

DECRETO Nº 88.777, DE 30 DESETEMBRO DE 1983

Aprova o regulamento para as policias Militares ecorpos de bombeiros Militares (R-200). O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando daatribuição que lhe confere o artigo 81, item III, daConstituição, DECRETA: Art . 1º - Fica aprovado o Regulamento para asPolícias Militares e Corpos de Bombeiros Militar es(R-200), que com este baixa. Art . 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogados os Decretos nº 66.862,de 08 de julho de 1970, e nº 82.020, de 20 de julhode 1978, e as demais disposições em contrário. Brasília,DF, 30 de setembro de 1983; 162º da Independência e 95º da República.

JOÃO FIGUEIREDO Walter Pires

REGULAMENTO PARA AS POLÍCIASMILITARES E CORPOS DE BOMBEIROSMILITAR ES(R-200)

CAPÍTULO I

Das Finalidades

Art . 1º - Este Regulamento estabelece princípios enormas para a aplicação do Decreto-lei nº 667, de02 de julho de 1969, modificado pelo Decreto-lei nº1.406, de 24 de junho de 1975, e pelo Decreto-Lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983.

CAPÍTULO II

Da Conceituação e Competência

Art . 2º - Para efeito do Decreto-lei nº 667, de 02 dejulho de 1969 modificado pelo Decreto-lei nº 1.406,de 24 de junho de 1975, e pelo Decreto-lei nº2.010, de 12 de janeiro de 1983, e deste Regulamento, são estabelecidos os seguintesconceitos: 1) À disposição - É a situação em que se encontrao policial-militar a serviço de órgão ou autoridade aque não esteja diretamente subordinado. 2) Adestramento - Atividade destinada a exercitar opolicial-militar, individualmente e em equipe,desenvolvendo-lhe a habilidade para odesempenho das tarefas para as quais já recebeua adequada instrução. 3) Agregação - Situação na qual o policial-militar daativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquicado seu quadro, nela permanecendo sem número. 4) Aprestamento - Conjunto de medidas, incluindoinstrução, adestramento e preparo logístico, paratornar uma organização policial-militar pronta paraemprego imediato. 5) Assessoramento - Ato ou efeito de estudar osassuntos pertinentes, propor soluções a cada umdeles, elaborar diretrizes, normas e outrosdocumentos.

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6) Comando Operacional - Grau de autoridade quecompreende atribuições para compor forçassubordinadas, designar missões e objetivos eexercer a direção necessária para a condução dasoperações Militar es. 7) Controle - Ato ou efeito de acompanhar a execução das atividades das Polícias Militar es, porforma a não permitir desvios dos propósitos que lheforem estabelecidos pela União, na legislaçãopertinente. 8) Controle Operacional - Grau de autoridadeatribuído à Chefia do órgão responsável pelaSegurança Pública para acompanhar a execuçãodas ações de manutenção da ordem pública pelasPolícias Militar es, por forma a não permitir desviosdo planejamento e da orientação préestabelecidos,possibilitando o máximo deintegração dos serviços policiais das UnidadesFederativas. 9) Coordenação - Ato ou efeito de harmonizar asatividades e conjugar os esforços das PolíciasMilitares para a consecução de suas finalidadescomuns estabelecidas pela legislação, bem comode conciliar as atividades das mesmas com as doExército, com vistas ao desempenho de suas missões. 10) Dotação - Quantidade de determinado material,cuja posse pelas Polícias Militares é autorizadapelo Ministério do Exército, visando ao perfeito cumprimento de suas missões. 11) Escala Hierárquica - Fixação ordenada dospostos e graduações existentes nas PoliciasMilitares (PM). 12 ) Fiscalização - Ato ou efeito de observar,examinar e inspecionar as Polícias Militar es, comvistas ao perfeito cumprimento das disposiçõeslegais estabelecidas pela União. 13) Graduação - Grau hierárquico da praça. 14) Grave Perturbação ou Subversão da Ordem -Corresponde a todos os tipos de ação, inclusive asdecorrentes de calamidade pública, que por sua,natureza, origem, amplitude, potencial e vulto: a) superem a capacidade de condução dasmedidas preventivas e repressivas tomadas pelosGovernos Estaduais; b) sejam de natureza tal que, a critério do GovernoFederal, possam vir a comprometer a integridadenacional, o livre funcionamento de poderesconstituídos, a lei, a ordem e a prática dasinstituições; c) impliquem na realização de operações Militar es. 15) Hierarquia Militar - Ordenação da autoridade,em níveis diferentes, dentro da estrutura dasForças Armadas e Forças Auxiliares. 16) Inspeção - Ato da autoridade competente, comobjetivo de verificar, para fins de controle ecoordenação, as atividades e os meios das PoliciasMilitar es. 17) Legislação Específica - Legislação promulgadapela União, relativa às Policias Militar es. 18) Legislação Peculiar ou Própria - Legislação daUnidade da Federação, pertinente à Polícia Militar. 19) Manutenção da Ordem Pública - É o exercíciodinâmico do poder de polícia, no campo dasegurança pública, manifestado por atuaçõespredominantemente ostensivas, visando a prevenir,dissuadir, coibir ou reprimir eventos que violem aordem pública. 20) Material Bélico de Polícia Militar - Todo omaterial necessário às Policias Militares para odesempenho de suas atribuições especificas nasações de Defesa Interna e de Defesa Territorial.

Compreendem-se como tal: a) armamento; b) munição; c) material de Motomecanização; d) material de Comunicações; e) material de Guerra Química; f) material de Engenharia de Campanha. 21) Ordem Pública -.Conjunto de regras formais,que emanam do ordenamento jurídico da Nação,tendo por escopo regular as relações sociais de todos os níveis, do interesse público,estabelecendo um clima de convivênciaharmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder depolícia, e constituindo uma situação ou condiçãoque conduza ao bem comum. 22) Operacionalidade - Capacidade de umaorganização policial-militar para cumprir as missõesa que se destina. 23) Orientação - Ato de estabelecer para asPolícias Militares diretrizes, normas, manuais eoutros documentos, com vistas à sua destinaçãolegal. 24) Orientação Operacional - Conjunto de diretrizesbaixadas pela Chefia do órgão responsável pelaSegurança Pública nas Unidades Federativas,visando a assegurar a coordenação doplanejamento da manutenção da ordem pública acargo dos órgãos integrantes do Sistema deSegurança Pública. 25) Perturbação da Ordem - Abrange todos os tiposde ação, inclusive as decorrentes de calamidadepública que, por sua natureza, origem, amplitude epotencial possam vir a comprometer, na esferaestadual, o exercício dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da ordem pública, ameaçando a população e propriedadespúblicas e privadas. As medidas preventivas e repressivas neste caso,estão incluídas nas medidas de Defesa Interna esão conduzidas pelos Governos Estaduais,contando ou não com o apoio do Governo Federal. 26) Planejamento - Conjunto de atividades,metodicamente desenvolvidas, para esquematizara solução de um problema, comportando a seleçãoda melhor alternativa e o ordenamentocontentemente avaliado e reajustado, do empregodos meios disponíveis para atingir os objetivosestabelecidos. 27) Policiamento Ostensivo - Ação policial,exclusiva das Policias Militares em cujo emprego ohomem ou a fração de tropa engajados sejamidentificados de relance, quer pela farda quer peloequipamento, ou viatura, objetivando a manutenção da ordem pública. São tipos desse policiamento, a cargo das PolíciasMilitares ressalvadas as missões peculiares dasForças Armadas, os seguintes: - ostensivo geral, urbano e rural; - de trânsito; - florestal e de mananciais; - rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais; - portuário; - fluvial e lacustre;

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- de radiopatrulha terrestre e aérea; - de segurança externa dos estabelecimentospenais do Estado; - outros, fixados em legislação da UnidadeFederativa, ouvido o Estado-Maior do Exércitoatravés da Inspetoria-Geral das Polícias Militar es. 28) Posto - Grau hierárquico do oficial. 29) Praças Especiais - Denominação atribuída aospoliciais-mílitares não enquadrados na escalahierárquica como oficiais ou praças. 30) Precedência - Primazia para efeito decontinência e sinais de respeito. 31) Subordinação - Ato ou efeito de umacorporação policial-militar ficar, na totalidade ou emparte, diretamente sob o comando operacional dosComandantes dos Exércitos ou ComandantesMilitares de Área com jurisdição na área dosEstados, Territórios e Distrito Federal e comresponsabilidade de Defesa Interna ou de DefesaTerritorial. 32) Uniforme e Farda - Tem a mesma significação. 33) Vinculação - Ato ou efeito de uma CorporaçãoPolicial-Militar por intermédio do comandante Geralatender orientarão e ao planejamento global demanutenção da ordem pública, emanados daChefia do órgão responsável pela SegurançaPública nas Unidades da Federação, com vistas aobtenção de soluções integradas. 34) Visita - Ato por meio do qual a autoridade competente estabelece contatos pessoais com osComandos de Polícias Militar es, visando a obter,por troca de idéias e informações, uniformidade deconceitos e de ações que facilitem o perfeito cumprimento, pelas Polícias Militar es, da legislaçãoe das normas baixadas pela União. Art. 3º - O Ministério do Exército exercerá ocontrole e a coordenação das Polícias Militar es,atendidas as prescrições dos § 3º, 4º e 6º do artigo10 do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de1967 (Reforma Administrativa), por intermédio dosseguintes órgãos: 1) Estado-Maior do Exército, em todo o territórionacional; 2) Exércitos e Comandos Militares de Área, comograndes escalões de enquadramento e preparaçãoda tropa para emprego nas respectivas jurisdições; 3) Regiões Militar es, como órgãos territoriais, edemais Grandes Comandos, de acordo com adelegação de competência que lhes for atribuídapelos respectivos Exércitos ou Comandos Militar esde Área. Parágrafo único - O controle e a coordenação dasPolícias Militares abrangerão os aspectos deorganização e legislação, efetivos, disciplina,ensino e instrução, adestramento, material bélicode Polícia Militar, de Saúde e Veterinária decampanha, aeronave, como se dispuser nesteRegulamento e de conformidade com a políticaconveniente traçada pelo Ministério do Exército. Ascondições gerais de convocação, inclusivemobilização, serão tratadas em instruções. Art . 4º - A Polícia Militar poderá ser convocada,total ou parcialmente, nas seguintes hipóteses: 1) Em caso de guerra externa; 2) Para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, e nos casos decalamidade pública declarada pelo GovernoFederal e no estado de emergência,

de acordo comdiretrizes especiais baixadas pelo Presidente daRepública. Art. 5º - As Polícias Militar es, a critério dosExércitos e Comandos Militares de Área,participarão de exercícios, manobras e outrasatividades de instrução necessárias às açõesespecíficas de Defesa Interna ou de DefesaTerritorial, com efetivos que não prejudiquem suaação policial prioritária. Art. 6º - Os Comandantes-Gerais das PolíciasMilitares poderão participar dos planejamentos dasForças Terrestres, que visem a Defesa Interna e àDefesa Territorial.

CAPÍTULO III

Da Estrutura e Organização

Art. 7º - A criação e a localização de organizaçõespoliciais-Militares deverão atender ao cumprimentode suas missões normais, em consonância com osplanejamentos de Defesa Interna e de DefesaTerritorial, dependendo de aprovação pelo Estado-Maior do Exército. Parágrafo único - Para efeito deste artigo, aspropostas formuladas pelos respectivosComandantes-Gerais de Polícia Militar serãoexaminadas pelos Exércitos ou Comandos Militar esde Área e encaminhadas ao Estado-Maior doExército, para aprovação. Art. 8º - Os atos de nomeação e exoneração do Comandante-Geral de Polícia Militar deverão sersimultâneos, obedecidas as prescrições do artigo6º, do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969,na redação modificada pelo Decreto-lei nº 2.010,de 12 de janeiro de 1983. Proceder-se à da mesmafor quanto ao Comandante-Geral de Corpo deBombeiro Militar. § 1º - O policial do serviço ativo do Exército,nomeado para comandar Polícia Militar ou Corpode Bombeiro Militar, passará à disposição dorespectivo Governo do Estado, Território ou Distrito Federal, pelo prazo de 2 (dois) anos. § 2º - O prazo a que se refere o parágrafo anteriorpoderá ser prorrogado por mais 2 (dois) anos, porproposta dos Governadores respectivos. § 3º - Aplicam-se as prescrições dos § 1º e 2º,deste artigo, ao Oficial do serviço ativo do Exércitoque passar à disposição, para servir no Estado-Maior ou como instrutor das Polícias Militares eCorpos de Bombeiros Militar es, obedecidas para adesignação as prescrições do art. 6º do Decreto-Lei nº 667, de 02 de julho de 1969, na redação dadapelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983,ressalvado quanto ao posto. § 4º - Salvo casos especiais, a critério do Ministrodo Exército, o Comandante exonerado deveráaguardar no Comando o seu substituto efetivo. Art . 9º - O Comandante de Polícia Militar, quando oficial do Exército, não poderá desempenhar,ainda que acumulativamente com as funções deComandantes, outra função, no âmbito estadual,por prazo superior a 30 (trinta) dias em cadaperíodo consecutivo de 10 (dez) meses. Parágrafo único - A colaboração prestada peloComandante de Polícia Militar a órgãos de carátertécnico, desde que não se configure caso deacumulação previsto na legislação vigente e nemprejudique o exercício normal de suas funções, nãoconstitui impedimento constante do parágrafo 7º doArt 6º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de1969. Art . 10 - Os Comandantes-Gerais das PolíciasMilitares são os responsáveis, em nível de administração Direta, perante os Governadoresdas respectivas Unidades Federativas, pelaadministração e emprego da Corporação.

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§ 1º - Com relação ao emprego, a responsabilidadefuncional dos Comandantes-Gerais verificar-se-áquanto à operacionalide, ao adestramento eaprestamento das respectivas CorporaçõesPoliciais-Militar es. § 2º - A vinculação das Polícias Militares ao órgãoresponsável pela Segurança Pública nas UnidadesFederativas confere, perante a Chefia desse órgão,responsabilidade aos Comandantes-Gerais dasPolícias Militares quanto à orientação e aoplanejamento operacionais da manutenção da ordem pública, emanados daquela Chefia. § 3º - Nas missões de manutenção da ordem pública, decorrentes da orientação e doplanejamento do Órgão responsável pelaSegurança Pública nas Unidades Federativas, sãoautoridades competentes, para efeito doplanejamento e execução do emprego das PolíciasMilitar es, os respectivos Comandantes-Gerais e,por delegação destes, os Comandantes deUnidades e suas frações, quando for o caso.

CAPÍTULO IV

Do Pessoal das Polícias Militar es

Art . 11 - Consideradas as exigências de formação profissional, o cargo de Comandante-Geral da Corporação, de Chefe do Estado-Maior Geral e deDiretor, Comandante ou Chefe de OrganizaçãoPolicial-Militar (OPM) de nível Diretoria, BatalhãoPM ou equivalente, serão exercidos por OficiaisPM, de preferência com o Curso Superior dePolícia, realizado na própria Polícia Militar ou na deoutro Estado. Parágrafo único - Os Oficiais policiais-Militares jádiplomados pelos Cursos Superiores de Polícia doDepartamento de Policia Federal e deAperfeiçoamento de Oficiais do Exército terão, paratodos os efeitos, o amparo legal assegurado aosque tenham concluído o curso correspondente nasPolícias Militar es. Art . 12 - A exigência dos Cursos deAperfeiçoamento de Oficiais e Superior de Políciapara Oficiais Médicos, Dentistas, Farmacêuticos eVeterinários, ficará a critério da respectiva UnidadeFederativa e será regulada mediante legislaçãopeculiar, ouvido o Estado-Maior do Exército. Art . 13 - Poderão ingressar nos Quadros deOficiais Policiais-Militar es, caso seja conveniente à Polícia Militar, Tenentes da Reserva nãoRemunerada das Forças Armadas, medianterequerimento ao Ministro de Estadocorrespondente, encaminhado por intermédio daRegião Militar, Distrito Naval ou Comando AéreoRegional. Art . 14 - O acesso na escala hierárquica, tanto deoficiais como de praças, será gradual e sucessivo,por promoção, de acordo com a legislação peculiarde cada Unidade da Federação, exigidos dentreoutros, os seguintes requisitos básicos: 1) para todos os postos e graduações, exceto 3ºSgt e Cabo PM: - Tempo de serviço arregimentado, tempo mínimode permanência no posto ou graduação, condiçõesde merecimento e antigüidade, conforme dispusera legislação peculiar; 2) para promoção a Cabo: Curso de Formação deCabo PM; 3) para promoção a 3º Sargento PM: Curso deFormação de Sargento PM; 4) para promoção a 1º Sargento PM: Curso deAperfeiçoamento de Sargento PM;

5) para promoção ao posto de Major PM: Curso deAperfeiçoamento de Oficiais PM; 6) para promoção ao posto de Coronel PM: CursoSuperior de Polícia, desde que haja o Curso naCorporação. Art . 15 - Para ingresso nos quadros de Oficiais de administração ou de Oficiais Especialistas,concorrerão os Subtenentes e 1º Sargentos,atendidos os seguintes requisitos básicos: 1) possuir o Ensino de 2º Grau completo ouequivalente; 2) possuir o Curso de Aperfeiçoamento deSargentos. Parágrafo único - É vedada aos integrantes dosquadros de Oficiais de Administração e de OficiaisEspecialistas, a matrícula no Curso deAperfeiçoamento de Oficiais. Art . 16 - A carreira policial-militar é caracterizadapor atividade continuada e inteiramente devotadaàs finalidades precípuas das Polícias Militar es,denominada "Atividade Policial-Militar." Art . 17 - A promoção por ato de bravura, em tempode paz, obedecerá às condições estabelecidas na legislação da Unidade da Federação. Art . 18 - O acesso para as praças especialistasmúsicos será regulado em legislação própria. Art . 19 - Os policiais-Militares na reserva poderãoser designados para o serviço ativo, em carátertransitório e mediante aceitação voluntária, por atodo Governador da Unidade da Federação, quando: 1) se fizer necessário o aproveitamento deconhecimentos técnicos e especializados dopolicial-militar; 2) não houver, no momento, no serviço ativo,policial-militar habilitado a exercer a função vagaexistente na Organização Policial-Militar. Parágrafo único - O policial-militar designado teráos direitos e deveres dos da ativa de igual situaçãohierárquica, exceto quanto à promoção, a que nãoconcorrerá, e contará esse tempo de efetivo serviço.

CAPíTULO V

Do Exercício de Cargo ou Função

Art 20 - São considerados no exercício de funçãopolicial-militar os policiais-Militares da ativaocupantes dos seguintes cargos: 1) os especificados nos Quadros de Organização da Corporação a que pertencem; 2) os de instrutor ou aluno de estabelecimento de ensino das Forças Armadas ou de outraCorporação Policial-Militar, no país e no exterior; e 3) os de instrutor ou aluno da Escola Nacional deInformações e da Academia Nacional de Polícia da Polícia Federal. Parágrafo único - São considerados também noexercício de função policial-militar os policiaisMilitar escolocados à disposição de outraCorporação Policial-Militar. Art. 21. São considerados no exercício de funçãode natureza policial-militar ou de interesse policialmilitarou de bombeiro-militar, os Militares dosEstados, do Distrito Federal ou dos Territórios, daativa, colocados à disposição do Governo Federalpara exercerem cargo ou função nos seguintesórgãos: (Redação dada pelo Decreto nº 5.896, de2006)

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1 - Gabinetes da Presidência e da Vice-Presidênciada República; (Redação dada pelo Decreto nº5.896, de 2006) 2 - Ministério da Defesa; (Redação dada peloDecreto nº 5.896, de 2006) 3 - Casa Civil da Presidência da República;(Redação dada pelo Decreto nº 5.896, de 2006) 4 - Secretaria-Geral da Presidência da República;(Redação dada pelo Decreto nº 5.896, de 2006) 5 - Gabinete de Segurança Institucional daPresidência da República; (Redação dada peloDecreto nº 5.896, de 2006) 6 - Secretaria de Assuntos Estratégicos daPresidência da República; (Redação dada peloDecreto nº 6.604, de 2008) 7 - Agência Brasileira de Inteligência; (Redação dada pelo Decreto nº 5.896, de 2006) 8 - Secretaria Nacional de Segurança Pública,Secretaria Nacional de Justiça, Secretaria Nacionalde Políticas sobre Drogas e Conselho Nacional deSegurança Pública, do Ministério da Justiça;(Redação dada pelo Decreto nº 7.489, de 2011) 9 - Secretaria Nacional de Defesa Civil doMinistério da Integração Nacional; (Incluído peloDecreto nº 5.896, de 2006) 10 - Supremo Tribunal Federal e TribunaisSuperiores; e (Incluído pelo Decreto nº 5.896, de2006) 11 - Ministério Público da União.; (Incluído peloDecreto nº 5.896, de 2006) 12 - Ministério da Fazenda; e 13 - Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão § 1º São ainda considerados no exercício de função de natureza policial-militar ou bombeiromilitarou de interesse policial-militar ou bombeiromilitar,os policiais-Militares e bombeiros-Militar esda ativa nomeados ou designados para:(Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de 19.12.2002) 1) o Gabinete Militar, a Casa Militar ou o Gabinetede Segurança Institucional, ou órgão equivalente,dos Governos dos Estados e do Distrito Federal;(Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de19.12.2002) 2) o Gabinete do Vice-Governador;(Redação dadapelo Decreto nº 4.531, de 19.12.2002) 3) a Secretaria de Segurança Pública dos Estadose do Distrito Federal, ou órgão equivalente;(Redação dada pelo Decreto nº 4.531, de19.12.2002) 4) órgãos da Justiça Militar Estadual e do Distrito Federal; e(Incluído pelo Decreto nº 4.531, de19.12.2002) 5) a Secretaria de Defesa Civil dos Estados e do Distrito Federal, ou órgão equivalente.(Incluído peloDecreto nº 4.531, de 19.12.2002) 6) órgãos policiais de segurança parlamentar daCâmara Legislativa do Distrito Federal. (Incluídopelo Decreto nº 5.416, de 2005) 7) Administrador Regional e Secretário de Estadodo Governo do Distrito Federal, ou equivalente, ecargos de Natureza Especial níveis DF-14 ou CNE-7 e superiores nas Secretarias e AdministraçõesRegionais de interesse da segurança pública,definidos em ato do Governador do Distrito Federal; e (Incluído pelo Decreto nº 6.745, de2009)

8) Diretor de unidade da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em áreas de risco ou de interesseda segurança pública definidas em ato do Governador do Distrito Federal. (Incluído peloDecreto nº 6.745, de 2009) 9) a Secretaria de Estado de Ordem Pública eSocial do Distrito Federal. (Incluído pelo Decreto nº7.292, de 2010) § 2º Os policiais-Militares e bombeiros-Militares daativa só poderão ser nomeados ou designadospara exercerem cargo ou função nos órgãosconstantes dos itens 1 a 6 do § 1º na conformidadede vagas e cargos nos respectivos órgãoscessionários. (Redação dada pelo Decreto nº6.745, de 2009) Art . 22 - Os policiais-Militares da ativa, enquantonomeados ou designados para exercerem cargo oufunção em qualquer dos órgãos relacionados nosArt 20 e 21, não poderão passar à disposição deoutro órgão. Art. 23. Os Policiais Militares nomeados juízes dosdiferentes Órgãos da Justiça Militar Estadual serãoregidos por legislação especial.(Redação dada peloDecreto nº 95.073, de 21.10.1987) Art . 24 - Os policiais-Militar es, no exercício de função ou cargo não catalogados nos Art 20 e 21deste Regulamento, são considerados no exercíciode função de natureza civil. Parágrafo único - Enquanto permanecer noexercício de função ou cargo público civiltemporário, não eletivo, inclusive da administraçãoindireta, o policial-militar ficará agregado aorespectivo quadro e somente poderá ser promovidopor antigüidade, constando-se-lhe o tempo deserviço apenas para aquela promoção etransferência para a inatividade e esta se dará, ex-officio, depois de dois anos de afastamento,contínuos ou não, na forma da lei. Art . 25 - As Polícias Militares manterão atualizadauma relação nominal de todos os policiais-Militar es,agregados ou não, no exercício de cargo ou funçãoem órgão não pertencente à estrutura da Corporação. Parágrafo único - A relação nominal serásemestralmente publicada em Boletim Interno da Corporação e deverá especificar a data deapresentação do serviço e a natureza da função oucargo exercido, nos termos deste Regulamento.

CAPÍTULO VI

Do Ensino, Instrução e Material

Art . 26 - O ensino nas Polícias Militares orientar-se-á no sentido da destinação funcional de seusintegrantes, por meio da formação, especializaçãoe aperfeiçoamento técnico-profissional, com vistas,prioritariamente, à Segurança Pública. Art . 27 - O ensino e a instrução serão orientados,coordenados e controlados pelo Ministério doExército, por intermédio do Estado-Maior doExército, mediante a elaboração de diretrizes eoutros documentos normativos. Art . 28 - A fiscalização e o controle do ensino e dainstrução pelo Ministério do Exército serão exercidos: 1) pelo Estado-Maior do Exército, mediante averificação de diretrizes, planos gerais, programase outros documentos periódicos, elaborados pelasPolícias Militar es; mediante o estudo de relatóriosde visitas e inspeções dos Exércitos e ComandosMilitares de Área, bem como por meio de visitas einspeções do próprio Estado-Maior do Exército,realizadas por intermédio da Inspetoria-Geral dasPolicias Militar es; 2) pelos Exércitos e Comandos Militares de Área,nas áreas de sua jurisdição, mediante visitas einspeções, de acordo com diretrizes e normasbaixadas pelo Estado-Maior do Exército;

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3) pelas Regiões Militares e outros GrandesComandos, nas respectivas áreas de jurisdição,por delegação dos Exércitos ou ComandosMilitares de Área, mediante visitas e inspeções, deacordo com diretrizes e normas baixadas peloEstado-Maior do Exército. Art . 29 - As características e as dotações dematerial bélico de Polícia Militar serão fixadas peloMinistério do Exército, mediante proposta do Estado-Maior do Exército. Art . 30 - A aquisição de aeronaves, cuja existênciae uso possam ser facultados às Polícias Militar es,para melhor desempenho de suas atribuiçõesespecíficas, bem como suas características, serásujeita à aprovação pelo Ministério da Aeronáutica,mediante proposta do Ministério do Exército. Art . 31 - A fiscalização e o controle do material dasPolícias Militares serão procedidos: 1) pelo Estado-Maior do Exército, mediante averificação de mapas e documentos periódicoselaborados pelas Polícias Militar es; por visitas einspeções, realizadas por intermédio da Inspetoria-Geral das Polícias Militar es, bem como mediante oestudo dos relatórios de visitas e inspeções dosExércitos e Comandos Militares de Área; 2) pelos Exércitos e Comandos Militares de Área,nas respectivas áreas de jurisdição, através devisitas e inspeções, de acordo com diretrizes enormas baixadas pelo Estado-Maior do Exército; 3) pelas Regiões Militares e outros GrandesComandos, nas respectivas áreas de jurisdição,por delegação dos Exércitos e Comandos Militar esde Área, mediante visitas e inspeções, de acordo com diretrizes normas baixadas pelo Estado-Maiordo Exército. Art. 32 - A fiscalização e o controle do material dasPolícias Militares far-se-ão sob os aspectos de: 1) características e especificações; 2) dotações; 3) aquisições; 4) cargas e descargas, recolhimentos e alienações; 5) existência e utilização; 6) manutenção e estado de conservação. § 1º - A fiscalização e controle a serem exercidospelos Exércitos, Comandos Militares de Área,Regiões Militares e demais Grandes Comandos,restringir-se-ão aos aspectos dos números 4), 5) e6). § 2º - As aquisições do armamento e muniçãoatenderão às prescrições da legislação federalpertinente.

CAPÍTULO VII

Do Emprego Operacional

Art . 33 - A atividade operacional policial-Militar obedecerá a planejamento que vise,principalmente, à manutenção da ordem públicanas respectivas Unidades Federativas. Parágrafo único - As Polícias Militar es, com vistas àintegração dos serviços policiais das UnidadesFederativas, nas ações de manutenção da ordem pública, atenderão às diretrizes de planejamento e controle operacional do titular do respectivo órgãoresponsável pela Segurança Pública.

Art . 34 - As Polícias Militar es, por meio de seusEstados-Maiores, prestarão assessoramentosuperior à chefia do órgão responsável pelaSegurança Pública nas Unidades Federativas, comvistas ao planejamento e ao controle operacionaldas ações de manutenção da ordem pública. § 1º - A envergadura e as características das açõesde manutenção da ordem pública indicarão o nívelde comando policial-militar, estabelecendo-seassim, a responsabilidade funcional perante aComandante-Geral da Polícia Militar. § 2º - Para maior eficiência das ações, deverá serestabelecido um comando policial-militar em cadaárea de operações onde forem empregadasfrações de tropa de Polícia Militar. Art . 35 - Nos casos de perturbação da ordem, oplanejamento das ações de manutenção da ordem pública deverá ser considerado como de interesseda Segurança Interna. Parágrafo único - Nesta hipótese, o Comandante-Geral da Polícia Militar ligar-se-á ao Comandantede Área da Força Terrestre, para ajustar asmedidas de Defesa Interna. Art . 36 - Nos casos de grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção, as PolíciasMilitares cumprirão as missões determinadas peloComandante Militar de Área da Força Terrestre, deacordo com a legislação em vigor.

CAPÍTULO VIII

Da Competência do Estado-Maior do Exército, através das Inspetoria-Geral das Polícias Militar es

Art . 37 - Compete ao Estado-Maior do Exército,por intermédio da Inspetoria-Geral das PolíciasMilitar es: 1) o estabelecimento de princípios, diretrizes enormas para a efetiva realização do controle e dacoordenação das Polícias Militares por parte dosExércitos, Comandos Militares de Área, RegiõesMilitares e demais Grandes Comandos; 2) a centralização dos assuntos da alçada doMinistério do Exército, com vistas aoestabelecimento da política conveniente e àadoção das providências adequadas; 3) a orientação, fiscalização e controle do ensino eda instrução das Polícias Militar es; 4) o controle da organização, dos efetivos e detodo material citado no parágrafo único do artigo 3ºdeste Regulamento; 5) a colaboração nos estudos visando aos direitos,deveres, remuneração, justiça e garantias dasPolícias Militares e ao estabelecimento dascondições gerais de convocação e de mobilização; 6) a apreciação dos quadros de mobilização paraas Polícias Militar es; 7) orientar as Polícias Militar es, cooperando noestabelecimento e na atualização da legislaçãobásica relativa a essas Corporações, bem comocoordenar e controlar o cumprimento dosdispositivos da legislação federal e estadualpertinentes. Art . 38 - Qualquer mudança de organização,aumento ou diminuição de efetivos das PolíciasMilitares dependerá de aprovação do Estado-Maiordo Exército, que julgará da sua conveniência faceàs implicações dessa mudança no quadro daDefesa Interna e da Defesa Territorial. § 1º - As propostas de mudança de efetivos dasPolícias Militares serão apreciadas consoante osseguintes fatores, concernentes à respectivaUnidade da Federação: 1) condições geo-sócio-econômicas;

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2) evolução demográfica; 3) extensão territorial; 4) índices de criminalidade; 5) capacidade máxima anual de recrutamento e deformação de policiais-Militar es, em particular osSoldados PM; 6) outros, a serem estabelecidos pelo Estado-Maiordo Exército. § 2º - Por aumento ou diminuição de efetivo dasPolícias Militares compreende-se não só amudança no efetivo global da Corporação mas,também, qualquer modificação dos efetivos fixadospara cada posto ou graduação, dentro dosrespectivos Quadros ou Qualificações. Art . 39 - O controle da organização e dos efetivosdas Polícias Militares será feito mediante o exameda legislação peculiar em vigor nas PolíciasMilitares e pela verificação, dos seus efetivos,previstos e existentes, inclusive em situaçõesespeciais, de forma a mantê-los em perfeitaadequabilidade ao cumprimento das missões deDefesa Interna e Defesa Territorial, sem prejuízospara a atividade policial prioritária. Parágrafo único - O registro dos dadosconcernentes à organização e aos efetivos dasPolícias Militares será feito com a remessaperiódica de documentos pertinentes à Inspetoria-Geral das Polícias Militar es.

CAPíTULO IX

Das Prescrições Diversas Art . 40 - Para efeito das ações de Defesa Interna ede Defesa Territorial, nas situações previstas nosArt 4º e 5º deste Regulamento, as unidades da Polícia Militar subordinar-se-ão ao GrandeComando Militar que tenha jurisdição sobre a áreaem que estejam localizadas, independentementedo Comando da Corporação a que pertençam tersede em território jurisdicionado por outro GrandeComando Militar. Art . 41 - As Polícias Militares integrarão o Sistemade Informações do Exército, conforme dispuseremos Comandantes de Exército ou ComandosMilitares de Área, nas respectivas áreas dejurisdição. Art . 42 - A Inspetoria-Geral das Polícias Militar estem competência para se dirigir diretamente àsPolícias Militar es, bem como aos órgãosresponsáveis pela Segurança Pública e demaiscongêneres, quando se tratar de assunto técnicoprofissionalpertinente às Polícias Militares ourelacionado com a execução da legislação Federal específica àquelas Corporações. Art . 43 - Os direitos, remuneração, prerrogativas edeveres do pessoal das Polícias Militar es, em serviço ativo ou na inatividade, constarão delegislação peculiar em cada Unidade daFederação, estabelecida exclusivamente para asmesmas. Não será permitido o estabelecimento decondições superiores às que, por lei ouregulamento, forem atribuídas ao pessoal dasForças Armadas, considerada a correspondênciarelativa dos postos e graduações. Parágrafo único - No tocante a Cabos e Soldados,será permitido exceção no que se refere àremuneração bem como à idade-limite parapermanência no serviço ativo. Art . 44 - Os Corpos de Bombeiros, à semelhançadas Polícias Militar es, para que passam ter acondição de "militar" e assim serem consideradosforças auxiliares, reserva do Exército, têm quesatisfazer às seguintes condições: 1) serem controlados e coordenados peloMinistério do Exército na forma do Decreto-lei nº667, de 02 de julho de

1969, modificado peloDecreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983, edeste Regulamento; 2) serem componentes das Forças Policiais-Militar es, ou independentes destas, desde que lhessejam proporcionadas pelas Unidades daFederação condições de vida autônomareconhecidas pelo Estado-Maior do Exército; 3) serem estruturados à base da hierarquia e dadisciplina militar; 4) possuírem uniformes e subordinarem-se aospreceitos gerais do Regulamento Interno e dosServiços Gerais e do Regulamento Disciplinar,ambos do Exército, e da legislação específicasobre precedência entre Militares das ForçasArmadas e os integrantes das Forças Auxiliares; 5) ficarem sujeitos ao Código Penal Militar; 6) exercerem suas atividades profissionais emregime de trabalho de tempo integral. § 1º - Caberá ao Ministério do Exército, obedecidasas normas deste Regulamento, propor aoPresidente da República a concessão da condiçãode "militar" aos Corpos de Bombeiros. § 2º - Dentro do Território da respectiva Unidade daFederação, caberá aos Corpos de BombeirosMilitares a orientação técnica e o interesse pelaeficiência operacional de seus congêneresmunicipais ou particulares. Estes são organizaçõescivis, não podendo os seus integrantes usardesignações hierárquicas, uniformes, emblemas,insígnias ou distintivos que ofereçam semelhançacom os usados pelos Bombeiros Militares e quepossam com eles ser confundidos. Art . 45 - A competência das Polícias Militar esestabelecida no artigo 3º, alíneas a, b e c doDecreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, naredação modificada pelo Decreto-lei nº 2.010, de12 de janeiro de 1983, e na forma desteRegulamento, é intransferível, não podendo serdelegada ou objeto de acordo ou convênio. § 1º - No interesse da Segurança Interna e a manutenção da ordem pública, as Polícias Militar eszelarão e providenciarão no sentido de queguardas ou vigilantes municipais, guardas ouserviços de segurança particulares e outrasorganizações similares, exceto aqueles definidosna Lei nº 7.102, de 20 de junho de 1983, e em suaregulamentação, executem seus serviçosatendidas as prescrições deste artigo. § 2º - Se assim convier à Administração dasUnidades Federativas e dos respectivosMunicípios, as Polícias Militares poderão colaborarno preparo dos integrantes das organizações de que trata o parágrafo anterior e coordenar asatividades do policiamento ostensivo com asatividades daquelas organizações. Art . 46 - Os integrantes das Polícias Militar es,Corporações instituídas para a manutenção da ordem pública e da segurança interna nasrespectivas Unidades da Federação, constituemuma categoria de servidores públicos dos Estados,Territórios e Distrito Federal, denominado de"policiais-Militar es". Art . 47 - Sempre que não colidir com as normasem vigor nas unidades da Federação, é aplicávelàs Polícias Militares o estatuído pelo Regulamentode Administração do Exército, bem como toda asistemática de controle de material adotada peloExército. Art . 48 - O Ministro do Exército, obedecidas asprescrições deste Regulamento, poderá baixarinstruções complementares que venham a se fazernecessárias à sua execução.

DECRETO Nº 92.092, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1985

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Dispõe sobre a participação em atividades político-partidárias, no meio civil, dos Militares da Reserva Remunerada, e Reformados. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe confere o Art. 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Art. 14 e seus parágrafos e no Art. 28 da Lei nº 6880 de 9 de dezembro de 1980 (Estatuto dos Militar es), DECRETA: Art. 1º. Para os Militares da Reserva Remunerada, os Reformados e os Agregados nos termos do Art. 82, inciso XIV, da Lei nº 6880 de 9 de dezembro de 1980, não constituem transgressão aos princípios da disciplina, do respeito à hierarquia e do decoro militar a participação, no meio civil, em atividades político-partidárias e as manifestações sobre quaisquer assuntos, inclusive sob a forma de crítica, excetuados os de natureza militar de caráter sigiloso. Parágrafo único - A prescrição deste Artigo não se aplica aos Militares da Reserva Remunerada e Reformados quando: a) na situação de mobilizados, convocados ou designados para o Serviço Ativo; b)fardados, nas situações previstas na alínea "c" , 1º, do Art. 77 da Lei nº 6 880 de 9 de dezembro de 1980; ou c) atuarem coletivamente com outros Militar es. Art. 2º. No exercício do direito assegurado pelo Art. 1º, deverão ser observados os preceitos da Ética Militar e preservado o Valor Militar em suas manifestações essenciais. Art. 3º. Ficam revogados o Decreto nº 83 349 de 18 de abril de 1979 e os dispositivos dos Regulamentos disciplinares das Forças Singulares que contrariem o prescrito no Art. 1º deste Decreto. Art. 4º. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília-DF, em 09 de dezembro de 1985; 164º da Independência e 97º da República.

JOSÉ SARNEY Henrique Saboia

Leônidas Pires Gonçalves Octávio Júlio Moreira Lima

DECRETO Nº 3.643, DE 26 DEOUTUBRO DE 2000.

Dispõe sobre diárias do pessoal civil daAdministração Pública Federal direta, indireta efundacional, e do militar, no País e no exterior;altera dispositivos do Decreto no 71.733, de 18 dejaneiro de 1973, e dá outras providências. O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, noexercício do cargo de Presidente da República,usando da atribuição que lhe confere o art. 84,inciso IV, da Constituição, e tendo em vista odisposto no art. 58 da Lei nº 8.112, de 11 dedezembro de 1990, no art. 15 da Lei nº 8.270, de17 de dezembro de 1991, na Lei nº 5.809, de 10 deoutubro de 1972, e nos arts. 11 a 17 do Decreto nº722, de 18 de janeiro de 1993, DECRETA: Art. 1º Os arts. 22, 23 e 27 do Decreto nº 71.733,de 18 de janeiro de 1973, passam a vigorar com a seguinte redação:"Art. 22. (Revogado pelo Decreto nº 5.992, de2006) "Art. 23 (Revogado pelo Decreto nº 5.992, de 2006)

"Art. 27. A passagem aérea, destinada ao militar, eao servidor público civil e aos seus dependentesserá adquirida pelo órgão competente, observadasas seguintes categorias: I - primeira classe: Presidente e Vice-Presidente daRepública e pessoas por eles autorizadas,Ministros de Estado, Secretários de Estado e osComandantes do Exército, da Marinha e daAeronáutica; II - classe executiva: titulares de representaçõesdiplomáticas brasileiras, ocupantes de cargos deNatureza Especial, Oficiais-Generais, Ministros daCarreira de Diplomata, DAS-6 e equivalentes,Presidentes de Empresas Estatais, FundaçõesPúblicas, Autarquias, Observador Parlamentar eocupante de cargo em comissão designado paraacompanhar Ministro de Estado; e III - classe econômica: a) demais Militares e servidores públicos nãoabrangidos nos incisos I e II deste artigo e seus dependentes; e b) acompanhante de que trata o art. 29, § 1º, alínea"a", da Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972, do servidor público civil ou do militar designado paramissão permanente ou transitória, com mudançade sede, por período superior a seis meses. Parágrafo único. Aos ocupantes dos postos deCapitão-de-Mar-e-Guerra, Coronel, Conselheiro daCarreira de Diplomata e de cargos de DAS-5 e 4 eequivalentes poderá ser concedida, a critério doSecretário-Executivo ou de titular de cargocorrelato, passagem da classe executiva nostrechos em que o tempo de vôo entre o últimoembarque no Território Nacional e o destino forsuperior a oito horas." (NR) Art. 2º O ocupante de cargo em comissão, quandodesignado para acompanhar Ministro de Estado,fará jus a diárias na Classe I do Anexo III a esteDecreto. Parágrafo único. O disposto no caput deste artigonão se aplica ao ocupante de cargo em comissãointegrante de comitiva oficial ou equipe de apoio,em viagem ao exterior, do Presidente ou do Vice-Presidente da República, quando o pagamento dovalor da diária cobrir apenas as despesas relativasà pousada, observado o percentual estabelecido noart. 1º do Decreto nº 940, de 27 de setembro de1993. Art. 3º (Revogado pelo Decreto nº 5.554, de 2005) Art. 4º (Revogado pelo Decreto nº 6.907, de 2009) Art. 5º O Anexo III do Decreto nº 71.733, de 1973,passa a vigorar na forma do Anexo III a esteDecreto. Art. 6º Para efeito de pagamento das diáriasprevistas no Decreto n º 71.733, de 1973 , aosafastamentos em curso na data de publicaçãodeste Decreto aplicam-se os valores constantes doseu Anexo III, salvo se o valor percebido tiver sidoinferior. Art. 7º No afastamento para o exterior comointegrante de delegação oficial, será facultado ao servidor optar pelo valor da diária correspondenteao seu cargo efetivo, cargo em comissão,emprego, função e posto ou graduação de origemou o atribuído como membro da delegação. Parágrafo único. No caso de viagem semnomeação ou designação para o exterior, o servidor poderá, também, optar pelo valor da diáriacorrespondente ao seu cargo efetivo ou pelo docargo em comissão exercido. Art. 8º Nos deslocamentos no País, pararealização de trabalhos com duração superior atrinta dias, poderão ser autorizados retornosintermediários à sede, a cada trinta dias, sempreno último dia útil da semana, reiniciando-se aatividade no primeiro dia útil da semana seguinte,não sendo devido diária neste período.

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Art. 9º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 10. Revogam-se os arts. 2 º , 3 º , 4 º e 5 º doDecreto n º 1.656, de 3 de outubro de 1995, oDecreto nº 1.736, de 7 de dezembro de 1995, oDecreto n o 1.770, de 3 de janeiro de 1996 , e o art.8º do Decreto nº 2.809, de 22 de outubro de 1998. Brasília, 26 de outubro de 2000; 179ºIndependência e 112º da República.

MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL Geraldo Magela da Cruz Quintão

Luiz Felipe de Seixas Corrêa Martus Tavares

B – Classes

CLASSE CARGO, FUNÇÃO, EMPREGO, POSTO OU GRADUAÇÃO

I

A - Ministros de Estado, Titulares de Representações Diplomáticas Brasileiras, Secretários de Estado, Observador Parlamentar, Ministro de 1ª Classe da Carreira Diplomata, Cargos em Comissão de Natureza Especial, DAS-6 e CD-1, Presidente, Diretores e FDS-1 do BACEN, Presidente de Empresas Estatais, Fundação Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundação sob supervisão Ministerial. B - Comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, Almirante-de-Esquadra, General-de-Exército e Tenente-Brigadeiro.

II A - Cargos em Comissão DAS-5 e CD-2, FDE-1, FCA-1 e Cargos Comissionados Temporários do BACEN, Ministro de 2ª Classe da Carreira Diplomata, Diretor de Empresa Pública, Sociedade de Economia Mista e Fundação sob supervisão Ministerial. B - Vice-Almirante, General-de-Divisão, Major-Brigadeiro, Contra-Almirante, General-de-Brigada e Brigadeiro.

III A - Conselheiro e Secretário da Carreira de Diplomata, Chefes de Delegação Governamental, Cargos em Comissão DAS-4, DAS-3, CD-3 e CD-4, FDE-2, FDT-1, FCA-2, FCA-3 ou nível hierárquico equivalente nas Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações sob supervisão Ministerial. B - Oficial Superior.

IV A - Oficial-de-Chancelaria, Titular de Vice-Consulado de Carreira, Delegado e Assessor em Delegação Governamental, Cargo em Comissão DAS-2, DAS-1, FDO-1, FCA-4, FCA-5 e cargos de Analista e Procurador do BACEN ou de nível equivalente nas Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações sob supervisão ministerial e ocupante de cargo ou emprego de nível superior. B - Oficial-Intermediário, Oficial-Subalterno, Guarda-Marinha e Aspirante-a-Oficial.

V A - Assistente de Chancelaria, Técnico de suporte e demais cargos comissionados do BACEN e ocupante de qualquer outro cargo ou emprego. B - Aspirante e Cadete, Suboficial e Subtenente, Sargento, Aluno, Taifeiro, Cabo, Marinheiro,

Soldado, Grumete, Recruta e Aprendiz-Marinheiro.

DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇODE 2002

Estabelece normas e diretrizes para a elaboração,a redação, a alteração, a consolidação e oencaminhamento ao Presidente da República deprojetos de atos normativos de competência dosórgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, nouso das atribuições que lhe confere o art. 84,incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendoem vista o disposto na Lei Complementar no 95, de26 de fevereiro de 1998. DECRETA:

Objeto e Âmbito de Aplicação Art. 1º Este Decreto estabelece normas ediretrizes para a elaboração, a redação, a alteraçãoe a consolidação de atos normativos a seremencaminhados ao Presidente da República pelosMinistérios e órgãos da estrutura da Presidência daRepública. Parágrafo único. Consideram-se atos normativospara efeitos deste Decreto as leis, as medidasprovisórias e os decretos.

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES REGULAMENTARES

Capítulo I

DA NUMERAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS

Leis Art. 2º As leis complementares, ordinárias edelegadas terão numeração seqüencial emcontinuidade às séries iniciadas em 1946.

Medidas Provisórias Art. 3º As medidas provisórias terão numeraçãoseqüencial, iniciada a partir da publicação daEmenda Constitucional nº 32, de 11 de setembrode 2001.

Decretos Art. 4º Somente os decretos de caráter normativoterão numeração, que se dará seqüencialmente emcontinuidade às séries iniciadas em 1991. § 1º Os decretos pessoais e os de provimento oude vacância de cargo público serão identificadosapenas pela data. § 2º Os demais decretos serão identificados peladata e pela ementa, elaborada na forma do art. 6º.

Capítulo II

DA ELABORAÇÃO, DA ARTICULAÇÃO, DAREDAÇÃO E DA ALTERAÇÃO DOS ATOSNORMATIVOS

Seção I

Das Regras Gerais de Elaboração

Estrutura

Art. 5º O projeto de ato normativo será estruturadoem três partes básicas:

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I - parte preliminar, com a epígrafe, a ementa, opreâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação doâmbito de aplicação das disposições normativas; II - parte normativa, com as normas que regulam oobjeto definido na parte preliminar; e III - parte final, com as disposições sobre medidasnecessárias à implementação das normasconstantes da parte normativa, as disposiçõestransitórias, se for o caso, a cláusula de vigência ea cláusula de revogação, quando couber. Art. 6º A ementa explicitará, de modo conciso esob a forma de título, o objeto do ato normativo.

Objeto e Assunto Art. 7º O primeiro artigo do texto do projetoindicará o objeto e o âmbito de aplicação do atonormativo a ser editado. § 1º O âmbito de aplicação do ato normativo seráestabelecido de forma específica, em conformidadecom o conhecimento técnico ou científico da árearespectiva. § 2º O projeto de ato normativo terá um únicoobjeto, exceto quando se tratar de projeto decodificação. § 3º Os projetos de atos normativos não conterãomatéria estranha ao objeto a que visa disciplinar,ou a este não vinculado por afinidade, pertinênciaou conexão. Art. 8º Idêntico assunto não será disciplinado pormais de um projeto de ato normativo da mesmaespécie, salvo quando um se destinar, porremissão expressa, a complementar o outro,considerado básico. Art. 9º Evitar-se-á projeto de ato normativo decaráter independente quando existir em vigor atonormativo que trate do mesmo assunto. Parágrafo único. Na hipótese do caput serápreferível a inclusão dos novos dispositivos notexto do ato normativo em vigor.

Autorização Legislativa Art. 10. O projeto de lei não estabeleceráautorização legislativa pura ou incondicionada.

Lei Penal

Art. 11. O projeto de lei penal manterá a harmoniada legislação em vigor sobre a matéria, mediante: I - a compatibilização das novas penas comaquelas já existentes, tendo em vista os bensjurídicos protegidos e a semelhança dos tipospenais descritos; e II - a definição clara e objetiva de crimes. Parágrafo único. A formulação de normas penaisem branco deverá ser evitada.

Lei Tributária Art. 12. No projeto de lei ou de medida provisóriaque institua ou majore tributo, serão observados osprincípios da irretroatividade e da anterioridadetributárias, estabelecidos, respectivamente, nasalíneas "a" e "b" do inciso III do art. 150 daConstituição. Parágrafo único. O disposto no caput, quanto aoprincípio da anterioridade tributária, não se aplicaráaos projetos que visem à majoração dos impostosprevistos nos arts. 153, incisos I, II, IV e V, e 154,inciso II, da Constituição.

Art. 13. No projeto de lei ou de medida provisóriaque institua ou majore contribuição social, incluir-se-á dispositivo com a previsão de cobrança dotributo somente após noventa dias da data dapublicação do ato normativo. Art. 14. No projeto de lei ou de medida provisóriaque institua ou majore taxa, o valor do tributodeverá ser proporcional ao custo do serviço públicoprestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.

Lei Processual Art. 15. As manifestações da Advocacia-Geral da União serão obrigatórias quando se tratar deprojeto de lei processual.

Regulamentação de Lei ou de MedidaProvisória Art. 16. Os projetos de atos normativosregulamentares não estabelecerão normas queampliem ou reduzam o âmbito de aplicação da leiou da medida provisória a ser regulamentada ouque sejam estranhas ao seu objeto.

Decreto Autônomo Art. 17. Serão disciplinadas exclusivamente por decretos as matérias sobre: I - extinção de funções ou cargos públicos, quandovagos; e II - organização e funcionamento da administraçãofederal, quando não implicar aumento de despesanem criação ou extinção de órgãos públicos. § 1º O projeto de decreto que dispuser sobreextinção de funções ou cargos públicos, quandovagos, não disciplinará nenhuma outra matéria. § 2º O projeto de decreto que tratar da matériareferida no inciso II do caput não deveráregulamentar disposições de lei ou de medidaprovisória. § 3º Quando impossível ou inconveniente aobservância do disposto no § 2º, os dispositivosque tratam da matéria referida no inciso II do caputserão separados daqueles que têm naturezaregulamentar e agrupados por meio deespecificação temática do seu conteúdo.

Remissão a Normas Art. 18. A remissão a normas de outros atosnormativos far-se-á, de preferência, medianteexplicitação mínima de seu conteúdo e não apenaspor meio da citação do dispositivo.

Vigência e Contagem de Prazo Art. 19. O texto do projeto indicará de formaexpressa a vigência do ato normativo. § 1º A cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" somente será utilizada nos projetos deato normativo de menor repercussão. § 2º Nos projetos de ato normativo de maiorrepercussão, será: I - estabelecido período de vacância razoável paraque deles se tenha amplo conhecimento; e II - utilizada a cláusula "esta lei entra em vigor apósdecorridos (o número de) dias de sua publicação oficial". Art. 20. A contagem do prazo para entrada emvigor dos atos normativos que estabeleçam períodode vacância far-se-á incluindo a data da publicaçãoe o último dia do prazo,

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entrando em vigor no diasubseqüente à sua consumação integral.

Cláusula de Revogação Art. 21. A cláusula de revogação relacionará, deforma expressa, todas as disposições que serãorevogadas com a entrada em vigor do atonormativo proposto.

Seção II

Da Articulação

Art. 22. Os textos dos projetos de ato normativoobservarão as seguintes regras: I - a unidade básica de articulação é o artigo,indicado pela abreviatura "Art.", seguida denumeração ordinal até o nono e cardinal,acompanhada de ponto, a partir do décimo; II - a numeração do artigo é separada do texto pordois espaços em branco, sem traços ou outrossinais; III - o texto do artigo inicia-se com letra maiúscula etermina com ponto ou, nos casos em que sedesdobrar em incisos, com dois-pontos; IV - o artigo desdobra-se em parágrafos ou emincisos e o parágrafo, em incisos; V - o parágrafo único de artigo é indicado pelaexpressão "Parágrafo único", seguida de ponto eseparada do texto normativo por dois espaços embranco; VI - os parágrafos de artigo são indicados pelosímbolo "§", seguido de numeração ordinal até onono e cardinal, acompanhada de ponto, a partir dodécimo; VII - a numeração do parágrafo é separada dotexto por dois espaços em branco, sem traços ououtros sinais; VIII - o texto do parágrafo único e dos parágrafosinicia-se com letra maiúscula e termina com pontoou, nos casos em que se desdobrar em incisos,com dois-pontos; IX - os incisos são indicados por algarismosromanos seguidos de hífen, o qual é separado doalgarismo e do texto por um espaço em branco; X - o texto do inciso inicia-se com letra minúscula,salvo quando se tratar de nome próprio, e terminacom: a) ponto-e-vírgula; b) dois pontos, quando se desdobrar em alíneas;ou c) ponto, caso seja o último; XI - o inciso desdobra-se em alíneas, indicadascom letra minúscula seguindo o alfabeto eacompanhada de parêntese, separado do texto porum espaço em branco; XII - o texto da alínea inicia-se com letra minúscula,salvo quando se tratar de nome próprio, e terminacom: a) ponto-e-vírgula; b) dois pontos, quando se desdobrar em itens; ou c) ponto, caso seja a última e anteceda artigo ouparágrafo; XIII - a alínea desdobra-se em itens, indicados poralgarismos arábicos, seguidos de ponto eseparados do texto por um espaço em branco;

XIV - o texto do item inicia-se com letra minúscula,salvo quando se tratar de nome próprio, e terminacom: a) ponto-e-vírgula; ou b) ponto, caso seja o último e anteceda artigo ouparágrafo; XV - o agrupamento de artigos pode constituirsubseção; o de subseções, seção; o de seções,capítulo; o de capítulos, título; o de títulos, livro; e ode livros, parte; XVI - os capítulos, os títulos, os livros e as partessão grafados em letras maiúsculas e identificadospor algarismos romanos; XVII - a parte pode subdividir-se em parte geral eparte especial, ou em partes expressas emnumeral ordinal, por extenso; XVIII - as subseções e seções são indicadas poralgarismos romanos, grafadas em letrasminúsculas e postas em negrito; XIX - os agrupamentos referidos no inciso XVpodem também ser subdivididos em "DisposiçõesPreliminares", "Disposições Gerais", "DisposiçõesFinais" e "Disposições Transitórias"; XX - utiliza-se um espaço simples entre capítulos,seções, artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens; XXI - o texto deve ter dezoito centímetros delargura, com margem esquerda de dois centímetrose direita de um, ser digitado em "Times NewRoman", corpo 12, em papel de tamanho A4 (vintee nove centímetros e quatro milímetros por vinte eum centímetros); XXII - as palavras e as expressões em latim ou emoutras línguas estrangeiras são grafadas emnegrito; XXIII - a epígrafe, formada pelo título designativoda espécie normativa e pela data de promulgação,é grafada em letras maiúsculas, sem negrito, deforma centralizada; e XXIV - a ementa é alinhada à direita, com novecentímetros de largura.

Seção III

Da Redação

Art. 23. As disposições normativas serão redigidascom clareza, precisão e ordem lógica, observado oseguinte: I - para a obtenção da clareza: a) usar as palavras e as expressões em seusentido comum, salvo quando a norma versarsobre assunto técnico, hipótese em que se podeempregar a nomenclatura própria da área em quese está legislando; b) usar frases curtas e concisas; c) construir as orações na ordem direta, evitandopreciosismo, neologismo e adjetivaçõesdispensáveis; d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todoo texto das normas legais, de preferência o tempopresente ou o futuro simples do presente; e e) usar os recursos de pontuação de formajudiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico; II - para a obtenção da precisão: a) articular a linguagem, técnica ou comum, comclareza, de modo que permita perfeitacompreensão do objetivo, do conteúdo e doalcance do ato normativo;

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b) expressar a idéia, quando repetida no texto, pormeio das mesmas palavras, evitando o emprego desinonímia com propósito meramente estilístico; c) evitar o emprego de expressão ou palavra queconfira duplo sentido ao texto; d) escolher termos que tenham o mesmo sentido esignificado na maior parte do território nacional,evitando o uso de expressões locais ou regionais; e) usar apenas siglas consagradas pelo uso,observado o princípio de que a primeira referênciano texto seja acompanhada de explicitação de seusignificado; f) indicar, expressamente, o dispositivo objeto deremissão, por meio do emprego da abreviatura"art." seguida do correspondente número, ordinalou cardinal; g) utilizar as conjunções "e" ou "ou" no penúltimoinciso, alínea ou item, conforme a seqüência dedispositivos seja, respectivamente, cumulativa oudisjuntiva; h) grafar por extenso quaisquer referências anúmeros e percentuais, exceto data, número de atonormativo e casos em que houver prejuízo para acompreensão do texto; i) expressar valores monetários em algarismosarábicos, seguidos de sua indicação por extenso,entre parênteses; j) empregar nas datas as seguintes formas: 1. 4 de março de 1998 e não 04 de março de 1998;e 2. 1° de maio de 1998 e não 1 de maio de 1998; l) grafar a remissão aos atos normativos dasseguintes formas: 1. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, naementa, no preâmbulo, na primeira remissão e nacláusula de revogação; e 2. Lei nº 8.112, de 1990, nos demais casos; e m) grafar a indicação do ano sem o ponto entre ascasas do milhar e da centena; III - para a obtenção da ordem lógica: a) reunir sob as categorias de agregação –subseção, seção, capítulo, título e livro – apenas asdisposições relacionadas com a matéria nelasespecificada; b) restringir o conteúdo de cada artigo a um únicoassunto ou princípio; c) expressar por meio dos parágrafos os aspectoscomplementares à norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este estabelecida;e d) promover as discriminações e enumerações pormeio dos incisos, das alíneas e dos itens.

Seção IV

Da Alteração Art. 24. A alteração de atos normativos far-se-ámediante: I - reprodução integral em um só texto, quando setratar de alteração considerável; II - revogação parcial; ou III - substituição, supressão ou acréscimo dedispositivo. Parágrafo único. Nas hipóteses do inciso III, serãoobservadas as seguintes regras:

I - a numeração dos dispositivos alterados nãopode ser modificada; II - é vedada toda renumeração de artigos e deunidades superiores a artigo, referidas no inciso XVdo art. 22, devendo ser utilizados, separados porhífen, o número do artigo ou da unidadeimediatamente anterior e as letras maiúsculas, emordem alfabética, tantas quantas forem necessáriaspara identificar os acréscimos; III - é permitida a renumeração de parágrafos,incisos, alíneas e itens, desde que sejainconveniente o acréscimo da nova unidade aofinal da seqüência; IV - é vedado o aproveitamento de número ou deletra de dispositivo revogado, vetado, declaradoinconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal oucuja execução tenha sido suspensa pelo SenadoFederal com fundamento no art. 52, inciso X, daConstituição; V - nas publicações subseqüentes do texto integraldo ato normativo, o número ou a letra dedispositivo revogado, vetado, declaradoinconstitucional ou cuja execução tenha sidosuspensa devem ser acompanhados tão-somentedas expressões "revogado", "vetado", "declaradoinconstitucional, em controle concentrado, peloSupremo Tribunal Federal", ou "execuçãosuspensa pelo Senado Federal, na forma do art.52, X, da Constituição Federal"; VI - nas hipóteses do inciso V, devem ser inseridasna publicação notas de rodapé explicitando odispositivo e a lei de revogação, a mensagem deveto do Presidente da República, a decisãodeclaratória de inconstitucionalidade proferida peloSupremo Tribunal Federal ou a resolução desuspensão da execução do dispositivo editada peloSenado Federal; e VII - o artigo com alteração de redação, supressãoou acréscimo no caput ou em seusdesdobramentos deve ser identificado, somente aofinal da última unidade, com as letras "NR"maiúsculas, entre parênteses. Art. 25. O projeto que alterar significativamente atonormativo existente conterá, ao final de seu texto,artigo determinando a republicação do atonormativo alterado, com as modificações nelerealizadas desde a sua entrada em vigor.

Capítulo III

DA CONSOLIDAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS

Definição de Consolidação da LegislaçãoFederal Art. 26. As leis federais serão reunidas emcodificações e consolidações, compostas porvolumes com as matérias conexas ou afins,constituindo em seu todo a Consolidação da legislação Federal. Parágrafo único. A consolidação consistirá nareunião de todas as leis pertinentes a determinadamatéria em um único diploma legal, com arevogação formal das leis incorporadas àconsolidação e sem modificação do alcance neminterrupção da força normativa dos dispositivosconsolidados.

Alterações Admitidas Art. 27. Preservado o conteúdo normativo originaldos dispositivos consolidados, os projetos de lei deconsolidação conterão apenas as seguintesalterações: I - introdução de novas divisões do texto legalbásico; II - diferente colocação e numeração dos artigosconsolidados; III - fusão de dispositivos repetitivos ou de valornormativo idêntico;

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IV - atualização da denominação de órgãos e deentidades da Administração Pública Federal; V - atualização de termos e de modos de escritaantiquados; VI - atualização do valor de multas e de penaspecuniárias, com base em indexador padrão; VII - eliminação de ambigüidades decorrentes domau uso do vernáculo; VIII - homogeneização terminológica do texto; IX - supressão de dispositivos declaradosinconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal,observada, no que couber, a suspensão peloSenado Federal de execução de dispositivos, na forma do art. 52, inciso X, da Constituição; X - supressão de dispositivos não recepcionadospela Constituição em vigor; XI - declaração expressa de revogação dedispositivos implicitamente revogados por leisposteriores; e XII - declaração expressa de revogação dedispositivos de leis temporárias cuja vigência tenhaexpirado. § 1º As providências a que se referem os incisosIX, X, XI e XII serão expressamentefundamentadas, com a indicação precisa dasfontes de informação que lhes serviram de base. § 2º Os dispositivos de leis temporárias ainda emvigor à época da consolidação serão incluídos naparte das disposições transitórias. Art. 28. Admitir-se-á projeto de lei de consolidaçãodestinado exclusivamente à: I - declaração de revogação de leis e dedispositivos implicitamente revogados ou cujaeficácia ou validade encontre-se completamenteprejudicada; ou II - inclusão de dispositivos ou diplomas esparsosem leis preexistentes, revogando-se as disposiçõesassim consolidadas nos termos do parágrafo únicodo art. 26.

Matriz de Consolidação Art. 29. Considera-se matriz de consolidação a leigeral básica, à qual se integrarão os demais atosnormativos de caráter extravagante que disponhamsobre matérias conexas ou afins àqueladisciplinada na matriz. Art. 30. Leis complementares e leis ordinárias nãopoderão ser consolidadas em uma mesma matriz.

Medida Provisória Art. 31. Não serão objeto de consolidação asmedidas provisórias ainda não convertidas em lei.

Decretos Art. 32. Na consolidação dos decretos observar-se-á o disposto nos arts. 27 e 28.

TÍTULO II

DAS DISPOSIÇÕES AUTÔNOMAS

Capítulo I

DA COMPETÊNCIA PARA PROPOR E PARAEXAMINAR

OS PROJETOS DE ATOS NORMATIVOS

Órgãos Proponentes

Art. 33. Compete aos Ministérios e aos órgãos daestrutura da Presidência da República a proposiçãode atos normativos, observadas as suasrespectivas áreas de competências.

Casa Civil da Presidência da República, Art. 34. Compete à Casa Civil da Presidência daRepública: I - examinar a constitucionalidade, a legalidade, omérito, a oportunidade e a conveniência políticadas propostas de projeto de ato normativo; II - decidir sobre a ampla divulgação de textobásico de projeto de ato normativo de especialsignificado político ou social, até mesmo por meioda Rede Mundial de Computadores ou mediante arealização de audiência pública, tudo com oobjetivo de receber sugestões de órgãos, entidadesou pessoas; III - supervisionar a elaboração dos projetos deatos normativos e, no tocante à iniciativa do Poder Executivo, solicitar a participação dos órgãoscompetentes nos casos de: a) declaração de inconstitucionalidade, peloSupremo Tribunal Federal, em ação direta deinconstitucionalidade por omissão; e b) deferimento de mandado de injunção peloSupremo Tribunal Federal; IV - na hipótese de regulamentação exigida por lei,instar os Ministérios e os órgãos da estrutura daPresidência da República ao cumprimento dessadeterminação; e V - zelar pela fiel observância dos preceitos desteDecreto, podendo devolver aos órgãos de origemos atos em desacordo com as suas normas.

Análise de Mérito Art. 35. Compete à Subchefia de Coordenação daAção Governamental da Casa Civil: I - examinar os projetos quanto ao mérito, àoportunidade e à conveniência política, mesmo notocante à compatibilização da matéria neles tratadacom as políticas e diretrizes estabelecidas pelasCâmaras do Conselho de Governo; II - articular com os órgãos interessados para osajustes necessários nos projetos de atosnormativos; e III - solicitar informações, quando julgarconveniente, a outros Ministérios e a órgãos daAdministração Pública Federal, para instruir oexame dos atos normativos sujeitos à apreciaçãodo Presidente da República. Parágrafo único. No caso do inciso III, osMinistérios e os órgãos da Administração PúblicaFederal que não participaram da elaboração doprojeto deverão examinar a matéria objeto daconsulta, impreterivelmente, no prazo fixado pelaSubchefia de Coordenação da AçãoGovernamental da Casa Civil, sob pena deconcordância tácita com a proposta de atonormativo.

Análise Jurídica Art. 36. Compete à Subchefia para AssuntosJurídicos da Casa Civil emitir parecer final sobre aconstitucionalidade e legalidade dos projetos de atonormativo, observadas as atribuições doAdvogado-Geral da União previstas no art. 4º daLei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de1993.

Capítulo II

DO ENCAMINHAMENTO E DO EXAME DOSPROJETOS DE ATO NORMATIVO

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Encaminhamento de Projetos

Art. 37. As propostas de projetos de ato normativoserão encaminhadas à Casa Civil por meioeletrônico, com observância do disposto no AnexoI, mediante exposição de motivos do titular do órgão proponente, à qual se anexarão: I - as notas explicativas e justificativas daproposição, em consonância com o Anexo II; II - o projeto do ato normativo; e III - o parecer conclusivo sobre aconstitucionalidade, a legalidade e a regularidadeformal do ato normativo proposto, elaborado pelaConsultoria Jurídica ou pelo órgão de assessoramento jurídico do proponente. § 1º A exposição de motivos e o parecer jurídicoconclusivo serão assinados eletronicamente. § 2º A proposta que tratar de assunto relacionadoa dois ou mais órgãos será elaboradaconjuntamente. § 3º Na hipótese do § 2º e sem prejuízo dodisposto no caput, os titulares dos órgãosenvolvidos assinarão a exposição de motivos, àqual se anexarão os pareceres conclusivos dasConsultorias Jurídicas e dos órgãos de assessoramento jurídico de todos os proponentes. § 4º As Consultorias Jurídicas dos Ministériosmanterão permanente interlocução com aConsultoria-Geral da União na elaboração deprojetos de atos normativos, inclusive enviando-lhecópia dos projetos encaminhados à Casa Civil.

Exposições de Motivos

Art. 38. A exposição de motivos deverá: I - justificar e fundamentar a edição do atonormativo, de tal forma que possibilite a suautilização como defesa prévia em eventualargüição de inconstitucionalidade; II - explicitar a razão de o ato proposto ser o melhorinstrumento normativo para disciplinar a matéria; III - apontar as normas que serão afetadas ourevogadas pela proposição; IV - indicar a existência de prévia dotaçãoorçamentária, quando a proposta demandardespesas; e V - demonstrar, objetivamente, a relevância e aurgência no caso de projeto de medida provisória.

Projeto de Medida Provisória Art. 39. Os projetos de medida provisória somenteserão apreciados pela Presidência da Repúblicaquando devidamente demonstradas a relevância ea urgência da matéria objeto da proposta. Art. 40. Não será disciplinada por medidaprovisória matéria: I - relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos,partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do MinistérioPúblico, a carreira e a garantia de seus membros; e d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias,orçamento e créditos adicionais e suplementares,ressalvada a hipótese de

abertura de créditoextraordinário, prevista no art. 167, § 3º, daConstituição; II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, depoupança popular ou qualquer outro ativofinanceiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado peloCongresso Nacional e pendente de sanção ou vetodo Presidente da República; e V - que possa ser aprovada dentro dos prazosestabelecidos pelo procedimento legislativo deurgência previsto na Constituição. § 1º Caso se verifique demora na apreciação deprojetos de lei de iniciativa do Poder Executivo,poderá o órgão competente, configuradas arelevância e a urgência, propor a edição de medidaprovisória. § 2º É vedada a adoção de medida provisória naregulamentação de artigo da Constituição cujaredação tenha sido alterada por meio de emendapromulgada a partir de 1º de janeiro de 1995 até 11de setembro de 2001.

Rejeição de Proposta Art. 41. O ato normativo, objeto de parecercontrário da Casa Civil quanto à legalidade, àconstitucionalidade ou ao mérito, será devolvido ao órgão de origem com a justificativa do nãoseguimentoda proposta.

Capítulo III

DAS COMISSÕES E DO PROCEDIMENTODE CONSOLIDAÇÃO DOS ATOS NORMATIVOS

Coordenação das Consolidações

Art. 42. Até o prazo de trinta dias a contar dapublicação deste Decreto, o Chefe da Casa Civilinstituirá Grupo Executivo de Consolidação dosAtos Normativos, com a atribuição de coordenar eimplementar os trabalhos de consolidação dos atosnormativos no âmbito do Poder Executivo. § 1º O Grupo Executivo de que trata o caput: I - terá como supervisor o Subchefe para AssuntosJurídicos da Casa Civil; e II - será composto por, no mínimo, cinco membros. § 2º O Grupo Executivo terá como coordenadorexecutivoum bacharel em Direito em exercício naSubchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil eum de seus membros será integrante de carreirajurídica da Advocacia-Geral da União. § 3º Os membros do Grupo Executivo terãodedicação exclusiva à coordenação e àimplementação dos trabalhos de consolidação dosatos normativos, sendo-lhes assegurado pela CasaCivil o apoio técnico e administrativo necessáriopara o cumprimento de suas atribuições.

Comissões Permanentes de Consolidação eRevisão de Atos Normativos

Art. 43. Até o prazo de trinta dias a contar dapublicação deste Decreto, os Ministérios e osórgãos da estrutura da Presidência da Repúblicainstituirão Comissões Permanentes deConsolidação e Revisão de Atos Normativos, coma atribuição de proceder ao levantamento dos atosnormativos pertinentes à sua esfera de atuação edas entidades a eles vinculadas, com vistas aconsolidar os textos legais. § 1º As Comissões Permanentes de Consolidaçãoe Revisão de Atos Normativos serão compostaspor, no mínimo, quatro

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membros, terão comocoordenador um bacharel em Direito e um de seusmembros será integrante de carreira jurídica daAdvocacia-Geral da União. § 2º Nos Ministérios, o coordenador será escolhidoentre os bacharéis em Direito em exercício narespectiva Consultoria Jurídica. § 3º A Comissão Permanente de Consolidação eRevisão de Atos Normativos do Ministério daJustiça, além das matérias que lhe são diretamenteafetas, terá competência residual para todas asmatérias legais não incluídas na esfera específicados demais Ministérios e dos órgãos da estruturada Presidência da República., § 4º Observado o disposto no caput e no § 1º, asautarquias, fundações e empresas públicasinstituirão Subcomissões Permanentes deConsolidação e Revisão de Atos Normativos, cujostrabalhos serão submetidos às ComissõesPermanentes de Consolidação e Revisão de AtosNormativos dos Ministérios e dos órgãos daestrutura da Presidência da República aos quaisestão vinculadas. § 5º Os membros das Comissões e dasSubcomissões de que trata este artigo deverãodedicar-se exclusivamente aos trabalhos deconsolidação dos atos normativos. § 6º Constatada a necessidade de alteração demérito na legislação vigente, a Comissão permanente de Consolidação e Revisão de AtosNormativos do respectivo Ministério ou órgão daestrutura da Presidência da República proporá oencaminhamento de projeto de lei específico eindependente do projeto de consolidação.

Comissões de Especialistas Art. 44. Poderá ser instituída comissão deespecialistas, escolhidos entre juristas de notávelconhecimento sobre determinada área, paraelaborar projetos de consolidação em matérias queexijam maior nível de especialização.

Comissões Mistas Art. 45. Para a consolidação de leis que estejamna esfera de atuação de dois ou mais Ministériosou órgãos da estrutura da Presidência daRepública, o Grupo Executivo de Consolidação dosAtos Normativos da Casa Civil definirá acompetência para a realização do trabalho deconsolidação ou a instituição de grupo de trabalhomisto, podendo ser desmembrada a lei de usointerministerial, para aglutinação em diferentesmatrizes de consolidação, conforme a matériaespecífica a ser tratada.

Encaminhamento dos Projetos de Lei deConsolidação Art. 46. As Comissões e as SubcomissõesPermanentes de Consolidação e Revisão de AtosNormativos realizarão os trabalhos de consolidaçãode acordo com os parâmetros, os prazos e aapresentação gráfica definidos pelo GrupoExecutivo de Consolidação dos Atos Normativos daCasa Civil. § 1º Após a conclusão dos trabalhos deconsolidação, serão eles encaminhados, com arespectiva exposição de motivos, ao GrupoExecutivo de Consolidação dos Atos Normativos daCasa Civil, para revisão final. § 2º Realizada a revisão final, o Grupo Executivode Consolidação dos Atos Normativos submeterá otrabalho de consolidação à Subchefia paraAssuntos Jurídicos da Casa Civil, para emissão deparecer final sobre a matéria.

Fundamentação dos Projetos de Consolidação Art. 47. Ao projeto de consolidação será anexadaa fundamentação de todas as supressões oualterações realizadas nos textos dos atosnormativos consolidados. Art. 48. A justificação básica das alteraçõesindicará:

I - o dispositivo da lei posterior que revogouexpressamente a lei anterior; II - o dispositivo da lei posterior que estaria emconflito com a lei anterior, revogando-aimplicitamente; III - o dispositivo da Constituição em vigor queestaria em conflito com a lei anterior, revogando-aimplicitamente; IV - a decisão do Supremo Tribunal Federal quedeclarou a inconstitucionalidade ou a revogação dedispositivo de lei; V - a resolução do Senado Federal que suspendeua execução de lei na forma do art. 52, inciso X, daConstituição; e VI - as medidas provisórias ainda não convertidasque tratam da matéria consolidada. Solução de Controvérsias pela Advocacia-Geralda União

Art. 49. As controvérsias existentes sobre aconstitucionalidade ou a revogação tácita dedispositivos legais objeto de consolidação serãosubmetidas à Advocacia-Geral da União.

Consulta Pública e Encaminhamento dosProjetos de Consolidação

Art. 50. A critério do Chefe da Casa Civil, asmatrizes de consolidação de leis federais jáconcluídas poderão ser divulgadas para consultapública, por meio da Rede Mundial deComputadores, pelo prazo máximo de trinta dias. Parágrafo único. Findo o prazo da consulta públicae após a análise das sugestões recebidas, aversão final do projeto de consolidação seráencaminhada ao Congresso Nacional.

Consolidação de Decretos Art. 51. Concluída a consolidação dos decretos, aCasa Civil fará publicar no Diário Oficial da União arelação dos decretos em vigor.

Capítulo IV

DA SANÇÃO E DO VETO DE PROJETO DE LEI Art. 52. Na apreciação de projetos de lei, enviadospelo Congresso Nacional ao Presidente daRepública para sanção, compete à Secretaria deAssuntos Parlamentares da Secretaria-Geral daPresidência da República solicitar aos Ministérios eaos demais órgãos da Administração PúblicaFederal as informações que julgar convenientes,para instruir o exame do projeto. § 1º Salvo determinação em contrário, osMinistérios e demais órgãos da AdministraçãoPública Federal examinarão o pedido deinformações no prazo máximo de dez dias. § 2º Quando necessárias informações do PoderJudiciário e do Ministério Público, compete aoChefe da Casa Civil da Presidência da Repúblicasolicitá-las, com indicação da data em que aproposta de sanção ou veto deve ser apresentadaao Presidente da República. § 3º A proposição de veto porinconstitucionalidade será fundamentada emafronta flagrante e inequívoca à Constituição. § 4º A Secretaria de Assuntos Parlamentares daSecretaria-Geral da Presidência da Repúblicaencaminhará à Advocacia-Geral da União cópiados projetos de lei referidos no caput.

Capítulo V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

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Comissões Autorizadas pelo Presidente daRepública Art. 53. A criação de delegações, comissões,comitês ou grupos de trabalho, que dependa deautorização ou aprovação do Presidente daRepública, far-se-á: I - mediante exposição de motivos; ou II - por decreto, nos casos de a criação ter sidodeterminada em lei ou em despacho do Presidenteda República. § 1º A exposição de motivos, devidamentefundamentada e instruída com os anexos, indicará: I - a autoridade encarregada de presidir ou decoordenar os trabalhos; II - a composição do colegiado; e III - quando for o caso, os membros, o órgãoencarregado de prestar apoio administrativo, a autoridade encarregada de estabelecer oregimento interno ou as normas de funcionamento,o custeio das despesas e o prazo de duração dostrabalhos. § 2º Terminado o prazo para a conclusão dostrabalhos, será obrigatória a apresentação derelatório circunstanciado das atividadesdesenvolvidas à Casa Civil ou à Câmara doConselho de Governo de que trata o § 4º. § 3º O decreto de criação dos colegiados referidosno caput não será numerado e conterá asindicações referidas no § 1º. § 4º As comissões, comitês ou grupos de trabalhoserão vinculados a uma Câmara do Conselho deGoverno sempre que tiverem por finalidade aelaboração de proposta de diretrizes e políticaspúblicas, ou a ação integrada de órgãos dogoverno. § 5º É vedada a divulgação, pelos membros doscolegiados criados na forma deste artigo, dasdiscussões em curso ou dos resultados finais dostrabalhos, sem a prévia anuência das autoridadesque propuseram a sua criação. § 6º Será obrigatória a participação da Advocacia-Geral da União nas delegações, comissões,comitês ou grupos de trabalho criados com afinalidade de elaborar sugestões ou propostas deatos normativos da competência ou iniciativa doPresidente da República. § 7º A participação de delegações, comissões,comitês ou grupos de trabalho na elaboração depropostas de atos normativos terminará com aapresentação dos trabalhos à autoridade que ostenha criado, os quais serão recebidos comosugestões, podendo ser aceitos, no todo ou emparte, alterados ou não considerados pelarespectiva autoridade ou seus superiores,independentemente de notificação ou consulta aosseus autores. § 8º Serão considerados relevantes os serviçosprestados pelos membros dos colegiados referidosneste artigo.

Comissões para Elaboração de Projetos de Lei Art. 54. É facultada aos Ministérios e aos órgãosda estrutura da Presidência da República a criaçãode comissões de especialistas para elaboração deprojetos de atos normativos. § 1º O trabalho das comissões poderá seracolhido, no todo ou em parte, ou alterado pela autoridade que os criou. § 2º Às comissões aplica-se o disposto nos §§ 5º e 6º do art. 53.

Divulgação de Projetos

Art. 55. Compete à Subchefia para AssuntosJurídicos da Casa Civil divulgar, por meio da RedeMundial de Computadores, os textos das medidasprovisórias em vigor, da legislação básica e dosprojetos de consolidação elaborados. Art. 56. Compete à Secretaria de AssuntosParlamentares da Secretaria-Geral da Presidênciada República divulgar, por intermédio da Rede Mundial de Computadores, os projetos de lei deiniciativa do Poder Executivo em tramitação noCongresso Nacional.

Republicação de Decretos Art. 57. O Chefe da Casa Civil fica autorizado aordenar a republicação de decretos: I - que tenham sofrido sucessivas alterações decomandos normativos, com o fim de facilitar oconhecimento de seu conteúdo integral; ou II - regulamentadores de medidas provisórias quetenham sido convertidas em lei, para atualizar asua fundamentação e as suas remissões.

Retificação Art. 58. A correção de erro material que não afetea substância do ato singular de caráter pessoal farse-á mediante apostila.

Elaboração dos Demais Atos Normativos doPoder Executivo

Art. 59. As disposições deste Decreto aplicam-se,no que couber, à elaboração dos demais atosnormativos de competência dos órgãos do Poder Executivo.

Manual de Redação da Presidência daRepública Art. 60. As regras do Manual de Redação daPresidência da República aplicam-se, no que couber, à elaboração dos atos normativos de quetrata este Decreto.

Disposições Transitórias Art. 61. Enquanto não constituído o GrupoExecutivo de Consolidação dos Atos Normativos de que trata o art. 42, as suas atribuições serãoexercidas pela Subchefia para Assuntos Jurídicosda Casa Civil. Art. 62. Enquanto não constituídas as Comissõese as Subcomissões Permanentes de Consolidaçãoe Revisão de Atos Normativos de que trata o art.43, as suas atribuições serão exercidas pelasComissões de Consolidação e Revisão de AtosNormativos criadas pelos Ministérios e pelosórgãos da estrutura da Presidência da República.

Vigência Art. 63. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Revogações Art. 64. Ficam revogados os Decretos nºs 2.954,de 29 de janeiro de 1999, 3.495, de 30 de maio de2000, 3.585, de 5 de setembro de 2000, 3.723, de10 de janeiro de 2001, e 3.930, de 19 de setembrode 2001. Brasília, 28 de março de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Pedro Parente

ANEXO I

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QUESTÕES QUE DEVEM SER ANALISADAS NAELABORAÇÃO DE ATOSNORMATIVOS NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO 1. Deve ser tomada alguma providência? 1.1. Qual o objetivo pretendido? 1.2. Quais as razões que determinaram ainiciativa? 1.3. Neste momento, como se apresenta a situaçãono plano fático e no plano jurídico? 1.4. Que falhas ou distorções foram identificadas? 1.5. Que repercussões tem o problema que seapresenta no âmbito da economia, da ciência, datécnica e da jurisprudência? 1.6. Qual é o conjunto de destinatários alcançadospelo problema, e qual o número de casos aresolver? 1.7. O que poderá acontecer se nada for feito?(Exemplo: o problema tornar-se-á mais grave?Permanecerá estável? Poderá ser superado pelaprópria dinâmica social, sem a intervenção do Estado? Com que conseqüências?) 2. Quais as alternativas disponíveis? 2.1. Qual foi o resultado da análise do problema?Onde se situam as causas do problema? Sobrequais causas pode incidir a ação que se pretendeexecutar? 2.2. Quais os instrumentos da ação que parecemadequados para alcançar os objetivos pretendidos,no todo ou em parte? (Exemplo: medidasdestinadas à aplicação e execução de dispositivosjá existentes; trabalhos junto à opinião pública;amplo entendimento; acordos; investimentos;programas de incentivo; auxílio para que ospróprios destinatários alcançados pelo problemaenvidem esforços que contribuam para suaresolução; instauração de processo judicial comvistas à resolução do problema.) 2.3. Quais os instrumentos de ação que parecemadequados, considerando-se os seguintesaspectos:

• desgaste e encargos para os cidadãos e aeconomia;

• eficácia (precisão, grau de probabilidade deconsecução do objetivo pretendido);

• custos e despesas para o orçamentopúblico;

• efeitos sobre o ordenamento jurídico esobre metas já estabelecidas;

• efeitos colaterais e outras conseqüências;

• entendimento e aceitação por parte dosinteressados e dos responsáveis pela execução;

• possibilidade de impugnação no Judiciário. 3. Deve a União tomar alguma providência?Dispõe ela de competência constitucional ou legalpara fazê-lo? 3.1. Trata-se de competência privativa? 3.2. Tem-se caso de competência concorrente? 3.3. Na hipótese de competência concorrente, estáa proposta formulada de modo que assegure acompetência substancial do Estado-membro? 3.4. A proposta não apresenta formulaçãoextremamente detalhada que acaba por exaurir acompetência estadual?

3.5. A matéria é de fato de iniciativa do Poder Executivo? Ou estaria ela afeta à iniciativaexclusiva do Supremo Tribunal Federal, dosTribunais Superiores ou do Procurador-Geral daRepública? 4. Deve ser proposta edição de lei? 4.1. A matéria a ser regulada está submetida aoprincípio da reserva legal? 4.2. Por que deve a matéria ser regulada peloCongresso Nacional? 4.3. Se não for o caso de se propor edição de lei,deve a matéria ser disciplinada por decreto? Porque não seria suficiente portaria? 4.4. Existe fundamento legal suficiente para aedição de ato normativo secundário? Qual? 4.5. Destina-se a regra a atingir objetivo previsto naConstituição? 4.6. A disciplina proposta é adequada paraconsecução dos fins pretendidos? 4.7. A regra proposta é necessária ou seriasuficiente fórmula me nos gravosa? 4.8. A disciplina proposta não produz resultadosintoleráveis ou insuportáveis para o destinatário? 5. Deve a lei ter prazo de vigência limitado? 5.1. É a lei necessária apenas por períodolimitado? 5.2. Não seria o caso de editar-se lei temporária? 6. Deve ser editada medida provisória? 6.1. Em se tratando de proposta de medidaprovisória, há justificativas plausíveis para a suaedição? 6.2. O que acontecerá se nada for feito? A propostanão poderia ser submetida ao Congresso emregime de urgência? 6.3. Trata-se de matéria que pode ser objeto demedida provisória, tendo em vista as vedações do§ 1º do art. 62 da Constituição ? 6.4. A medida provisória estaria regulamentando artigo da Constituição cuja redação tenha sidoalterada por meio de emenda constitucionalpromulgada a partir de 1º de janeiro de 1995 e até11 de setembro de 2001 (art. 246 da Constituição)? 6.5. Estão caracterizadas a relevância e a urgêncianecessárias para ser editada medida provisória? 7. Deve ser tomada alguma providência nestemomento? 7.1. Quais as situações-problema e os outroscontextos correlatos que devem ainda serconsiderados e pesquisados? Por que, então, deveser tomada alguma providência neste momento? 7.2. Por que não podem ser aguardadas outrasalterações necessárias, que se possam prever,para que sejam contempladas em um mesmo atonormativo? 8. A densidade que se pretende conferir ao atonormativo é a apropriada? 8.1. O projeto de ato normativo está isento dedisposições programáticas?

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8.2. É possível e conveniente que a densidade danorma (diferenciação e detalhamento) sejaflexibilizada por fórmulas genéricas (tipificação eutilização de conceitos jurídicos indeterminados ouatribuição de competência discricionária)? 8.3. Podem os detalhes ou eventuais alteraçõesser confiados ao poder regulamentador do Estadoou da União? 8.4. A matéria já não teria sido regulada em outrasdisposições de hierarquia superior (regrasredundantes que poderiam ser evitadas)? Porexemplo, em:

• tratado aprovado pelo Congresso Nacional;

• lei federal (em relação a regulamento);

• regulamento (em relação a portaria). 8.5. Quais as regras já existentes que serãoafetadas pela disposição pretendida? São regrasdispensáveis? 9. As regras propostas afetam direitosfundamentais? As regras propostas afetamgarantias constitucionais? 9.1. Os direitos de liberdade podem ser afetados?

• Direitos fundamentais especiais podem serafetados?

• Qual é o âmbito de proteção do direitofundamental afetado?

• O âmbito de proteção sofre restrição?

• A proposta preserva o núcleo essencial dosdireitos fundamentais afetados?

• Cuida-se de direito individual submetido asimples reserva legal?

• Cuida-se de direito individual submetido areserva legal qualificada?

• Qual seria o outrofundamentoconstitucional para a aprovação da lei(exemplo: regulação de colisão dedireitos)?

• A proposta não abusa de formulaçõesgenéricas (conceitos jurídicosindeterminados)? • A fórmula proposta não se afiguraextremamente casuística?

• Observou-se o princípio daproporcionalidade ou do devido processolegal substantivo?

• Pode o cidadão prever e aferir aslimitações ou encargos que lhe poderãoadvir?

• As normas previstas preservam o direito aocontraditório e à ampla defesa no processojudicial e administrativo? 9.2. Os direitos de igualdade foram afetados?

• Observaram-se os direitos de igualdadeespeciais (proibição absoluta dediferenciação)? • O princípio geral de igualdade foiobservado? • Quais são os pares de comparação? • Os iguais foram tratados de forma igual eos desiguais de forma desigual? • Existem razões que justifiquem asdiferenças decorrentes ou da natureza dascoisas ou de outros fundamentos de índoleobjetiva? • As diferenças existentes justificam otratamento diferenciado? Os pontos emcomum legitimam o tratamento igualitário?

9.3. A proposta pode afetar situaçõesconsolidadas? Há ameaça de ruptura ao princípiode segurança jurídica? • Observou-se o princípio que determina apreservação de direito adquirido? • A proposta pode afetar o ato jurídicoperfeito? • A proposta contém possível afronta à coisajulgada? • Trata-se de situação jurídica suscetível demudança (institutos jurídicos, situaçõesestatutárias, garantias institucionais)?

• Não seria recomendável a adoção decláusula de transição entre o regimevigente e o regime proposto?

9.4. Trata-se de norma de caráter penal? • A pena proposta é compatível com outrasfiguras penais existentes no ordenamentojurídico? • Tem-se agravamento ou melhoria dasituação do destinatário da norma? • Trata-se de pena mais grave? • Trata-se de norma que propicia adespenalização da conduta? • Eleva-se o prazo de prescrição do crime? • A proposta ressalva expressamente aaplicação da lei nova somente aos fatossupervenientes a partir de sua entrada emvigor?

9.5. Pretende-se instituir ou aumentar tributo? Qualé o fundamento constitucional? • A lei não afeta fatos geradores ocorridosantes de sua vigência (lei retroativa)? • A cobrança de tributos vai-se realizar no mesmo exercício financeiro da publicaçãoda lei? • O princípio da imunidade recíproca estásendo observado? • As demais imunidades tributárias foramobservadas? • O projeto que institui contribuição socialcontém disposição que assegura oprincípio da anterioridade especial(cobrança apenas após noventa dias acontar da publicação)? • O tributo que se pretende instituir não temcaráter confiscatório? • Em se tratando de taxa, cuida-se deexação a ser cobrada em razão doexercício de poder de polícia ou daprestação de serviço público específico edivisível prestados ou postos à disposiçãodo contribuinte? Há equivalência razoávelentre o custo da atividade estatal e aprestação cobrada?

10. O ato normativo corresponde às expectativasdos cidadãos e é inteligível para todos? 10.1. O ato normativo proposto será entendido eaceito pelos cidadãos? 10.2. As limitações à liberdade individual e demaisrestrições impostas são indispensáveis? Porexemplo: • proibições, necessidades de autorizações; • comparecimento obrigatório peranteautoridade;

• indispensabilidade de requerimento;

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• dever de prestar informações; • imposição de multas e penas; • outras sanções. 10.3. Podem as medidas restritivas ser substituídaspor outras? 10.4. Em que medida os requisitos necessários àformulação de pedidos perante autoridades poderiaser reduzido a um mínimo aceitável? 10.5. Podem os destinatários da norma entender ovocabulário utilizado, a organização e a extensãodas frases e das disposições, a sistemática, alógica e a abstração? 11. O ato normativo é exeqüível? 11.1. Por que não se renuncia a um novo sistemade controle por parte da administração? 11.2. As disposições podem ser aplicadasdiretamente? 11.3. Podem as disposições administrativas queestabelecem normas de conduta ou proíbemdeterminadas práticas ser aplicadas com os meiosexistentes? 11.4. É necessário incluir disposições sobreproteção jurídica? Por que as disposições geraisnão são suficientes? 11.5. Por que não podem ser dispensadas: • as regras sobre competência eorganização? • a criação de novos órgãos e comissõesconsultivas? • a intervenção da autoridade? • exigências relativas à elaboração derelatórios? • outras exigências burocráticas? 11.6. Quais órgãos ou instituições que devemassumir a responsabilidade pela execução dasmedidas? 11.7. Com que conflitos de interesse pode-seprever que o executor das medidas ver-se-áconfrontado? 11.8. Dispõe o executor das medidas danecessária discricionariedade? 11.9. Qual é a opinião das autoridades incumbidasde executar as medidas quanto à clareza dosobjetivos pretendidos e à possibilidade de sua execução? 11.10. A regra pretendida foi submetida a testessobre a possibilidade de sua execução com aparticipação das autoridades encarregadas deaplicá-la? Por que não? A que conclusão sechegou? 12. Existe uma relação equilibrada entre custos ebenefícios? 12.1. Qual o ônus a ser imposto aos destinatáriosda norma (calcular ou, ao me nos, avaliar adimensão desses custos)? 12.2. Podem os destinatários da norma, emparticular as pequenas e médias empresas,suportar esses custos adicionais? 12.3. As medidas pretendidas impõem despesasadicionais ao orçamento da União, dos Estados e dos Municípios? Quais as possibilidades existentespara enfrentarem esses custos adicionais? 12.4. Procedeu-se à análise da relaçãocustobenefício?

A que conclusão se chegou? 12.5. De que forma serão avaliados a eficácia, odesgaste e os eventuais efeitos colaterais do novoato normativo após sua entrada em vigor?

ANEXO II

(anexo publicado no D.O.U de 8.4.2002) Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome doMinistério ou Secretaria da Presidência da República)n° , de de de 20 . 1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências

2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta

3. Alternativas existentes às medidas propostas

Mencionar:

• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;

• se há projetos sobre a matéria no Legislativo;

• outras possibilidades de resolução do problema.

4. Custos

Mencionar:

• se a despesa decorrente da medida está prevista na lei

orçamentária anual; se não, quais as alternativas para

custeá-la;

• se é o caso de solicitar-se abertura de crédito

extraordinário, especial ou suplementar;

• valor a ser despendido em moeda corrente;

5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchidosomente se o ato proposto for medida provisória ouprojeto de lei que deva tramitar em regime deurgência)

Mencionar: • se o problema configura calamidade pública; • por que é indispensável a vigência imediata; • se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos; • se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.

6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a tê-lo) 7. Alterações propostas

Texto atual Texto proposto

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8. Síntese do parecer do órgão jurídico

• Com base em avaliação do ato normativo ou da medida

proposta à luz das questões levantadas no Anexo I.

Observação: A falta ou insuficiência das informações prestadas poderá acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que se complete o exame ou se reformule a proposta.

DECRETO Nº 4.346, DE 26 DE AGOSTODE 2002

Aprova o Regulamento Disciplinar do Exército (R-4)e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando daatribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituição, e de acordo com o art. 47 da Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, DECRETA:

CAPÍTULO I

DAS Disposições Gerais

Seção I

Da Finalidade e do Âmbito de Aplicação

Art. 1º O Regulamento Disciplinar do Exército (R-4) tem por finalidade especificar as transgressõesdisciplinares e estabelecer normas relativas apunições disciplinares, comportamento militar daspraças, recursos e recompensas. Art. 2º Estão sujeitos a este Regulamento osMilitares do Exército na ativa, na reserva remunerada e os reformados. § 1º Os oficiais-generais nomeados ministros doSuperior Tribunal Militar são regidos por legislaçãoespecífica. § 2º O militar agregado fica sujeito às obrigaçõesdisciplinares concernentes às suas relações comMilitares e autoridades civis.

Seção II

Dos Princípios Gerais do Regulamento

Art. 3º A camaradagem é indispensável àformação e ao convívio da família militar,contribuindo para as melhores relações sociaisentre os Militar es. § 1º Incumbe aos Militares incentivar e manter aharmonia e a amizade entre seus pares esubordinados. § 2º As demonstrações de camaradagem, cortesiae consideração, obrigatórias entre os Militar esbrasileiros, devem ser dispensadas aos Militar esdas nações amigas. Art. 4º A civilidade, sendo parte da educaçãomilitar, é de interesse vital para a disciplinaconsciente. § 1º É dever do superior tratar os subordinadosem geral, e os recrutas em particular, cominteresse e bondade. § 2º O subordinado é obrigado a todas as provasde respeito e deferência para com os seussuperiores hierárquicos. Art. 5º Para efeito deste Regulamento, a palavra"comandante", quando usada genericamente,engloba também os cargos de diretor e chefe.

Art. 6º Para efeito deste Regulamento, deve-se,ainda, considerar: I - honra pessoal: sentimento de dignidade própria,como o apreço e o respeito de que é objeto ou setorna merecedor o militar, perante seus superiores,pares e subordinados; II - pundonor militar: dever de o militar pautar a suaconduta como a de um profissional correto. Exigedele, em qualquer ocasião, alto padrão decomportamento ético que refletirá no seudesempenho perante a Instituição a que serve e nograu de respeito que lhe é devido; e III - decoro da classe: valor moral e social daInstituição. Ele representa o conceito social dosMilitares que a compõem e não subsiste sem esse.

Seção III

Dos Princípios Gerais da Hierarquia e da Disciplina

Art. 7º A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, por postos egraduações. Parágrafo único. A ordenação dos postos egraduações se faz conforme preceitua o Estatutodos Militar es. Art. 8º A disciplina militar é a rigorosa observânciae o acatamento integral das leis, regulamentos,normas e disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e decada um dos componentes do organismo militar. § 1º São manifestações essenciais de disciplina: I - a correção de atitudes; II - a obediência pronta às ordens dos superioreshierárquicos; III - a dedicação integral ao serviço; e IV - a colaboração espontânea para a disciplinacoletiva e a eficiência das Forças Armadas. § 2º A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos permanentemente pelos Militares naativa e na inatividade. Art. 9º As ordens devem ser prontamentecumpridas. § 1º Cabe ao militar a inteira responsabilidadepelas ordens que der e pelas conseqüências quedelas advierem. § 2º Cabe ao subordinado, ao receber uma ordem,solicitar os esclarecimentos necessários ao seutotal entendimento e compreensão. § 3º Quando a ordem contrariar preceitoregulamentar ou legal, o executante poderásolicitar a sua confirmação por escrito, cumprindo àautoridade que a emitiu atender à solicitação. § 4º Cabe ao executante, que exorbitou no cumprimento de ordem recebida, aresponsabilidade pelos excessos e abusos quetenha cometido.

Seção IV

Da Competência para a Aplicação

Art. 10. A competência para aplicar as puniçõesdisciplinares é definida pelo cargo e não pelo grauhierárquico, sendo competente para aplicá-las: I - o Comandante do Exército, a todos aqueles queestiverem sujeitos a este Regulamento; e

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II - aos que estiverem subordinados às seguintesautoridades ou servirem sob seus comandos,chefia ou direção: a) Chefe do Estado-Maior do Exército, dos órgãos de direção setorial e de assessoramento,comandantes Militares de área e demais ocupantesde cargos privativos de oficial-general; b) chefes de estado-maior, chefes de gabinete,comandantes de unidade, demais comandantescujos cargos sejam privativos de oficiais superiorese comandantes das demais OrganizaçõesMilitares - OM com autonomia administrativa; c) subchefes de estado-maior, comandantes deunidade incorporada, chefes de divisão, seção,escalão regional, serviço e assessoria;ajudantesgerais,subcomandantes e subdiretores; e d) comandantes das demais subunidades ou deelementos destacados com efetivo menor quesubunidade. § 1º Compete aos comandantes Militares de áreaaplicar a punição aos Militares da reserva remunerada, reformados ou agregados, queresidam ou exerçam atividades em sua respectivaárea de jurisdição, podendo delegar a referidacompetência aos comandantes de região militar eaos comandantes de guarnição, respeitada a precedência hierárquica e observado o disposto noart. 40 deste Regulamento. § 2ºA competência conferida aos chefes dedivisão, seção, escalão regional, ajudante-geral,serviço e assessoria limita-se às ocorrênciasrelacionadas com as atividades inerentes ao serviço de suas repartições. § 3º Durante o trânsito, o militar movimentado estásujeito à jurisdição disciplinar do comandante daguarnição, em cujo território se encontrar. § 4º O cumprimento da punição dar-se-á na formado caput do art. 47 deste Regulamento. Art. 11. Para efeito de disciplina e recompensa, opessoal militar do Exército Brasileiro servindo noMinistério da Defesa submete-se a esteRegulamento, cabendo sua aplicação: I - ao Comandante do Exército, quanto aos oficiaisgeneraisdo último posto; e II - ao oficial mais antigo do Exército no serviço ativo, quanto aos demais Militares da Força. § 1º A autoridade de que trata o inciso II poderádelegar a competência ali atribuída, no todo ou emparte, a oficiais subordinados. § 2º As dispensas de serviço, como recompensa,poderão ser concedidas pelos chefes das unidadesintegrantes da estrutura organizacional doMinistério da Defesa, sejam eles civis ou Militar es. Art. 12. Todo militar que tiver conhecimento de fatocontrário à disciplina, deverá participá-lo ao seuchefe imediato, por escrito. § 1º A parte deve ser clara, precisa e concisa;qualificar os envolvidos e as testemunhas;discriminar bens e valores; precisar local, data ehora da ocorrência e caracterizar as circunstânciasque envolverem o fato, sem tecer comentários ouemitir opiniões pessoais. § 2º Quando, para preservação da disciplina e dodecoro da Instituição, a ocorrência exigir prontaintervenção, mesmo sem possuir ascendênciafuncional sobre o transgressor, a autoridade militarde maior antigüidade que presenciar ou tiverconhecimento do fato deverá tomar providênciasimediatas e enérgicas, inclusive prendê-lo "emnome da autoridade

competente", dando ciência aesta, pelo meio mais rápido, da ocorrência e dasprovidências em seu nome tomadas. § 3º No caso de prisão, como pronta intervençãopara preservar a disciplina e o decoro daInstituição, a autoridade competente em cujo nomefor efetuada é aquela à qual está disciplinarmentesubordinado o transgressor. § 4º Esquivando-se o transgressor de esclarecerem que OM serve, a prisão será efetuada em nomedo Comandante do Exército e, neste caso, arecusa constitui transgressão disciplinar emconexão com a principal. § 5º Nos casos de participação de ocorrência commilitar de OM diversa daquela a que pertence osignatário da parte, deve este ser notificado dasolução dada, direta ou indiretamente, pela autoridade competente, no prazo máximo de oitodias úteis. § 6º A autoridade, a quem a parte disciplinar édirigida, deve dar a solução no prazo máximo deoito dias úteis, devendo, obrigatoriamente, ouvir aspessoas envolvidas, obedecidas as demaisprescrições regulamentares. § 7º Caso não seja possível solucionar a questãono prazo do § 6º, o motivo disto deverá serpublicado em boletim e, neste caso, o prazo seráprorrogado para trinta dias úteis. § 8º Caso a autoridade determine a instauração deinquérito ou sindicância, a apuração dos fatos seráprocessada de acordo com a legislação específica. § 9º A autoridade que receber a parte, caso nãoseja de sua competência decidi-la, deveencaminhá-la a seu superior imediato. Art. 13. Em guarnição militar com mais de umaOM, a ação disciplinar sobre os seus integrantes écoordenada e supervisionada por seu comandante,podendo ser exercida por intermédio doscomandantes das OM existentes na área de suajurisdição. Parágrafo único. No caso de ocorrência disciplinarenvolvendo Militares de mais de uma OM, caberáao comandante da guarnição apurar os fatos oudeterminar sua apuração, procedendo a seguir, emconformidade com o art. 12, caput, e parágrafos,deste Regulamento, com os que não sirvam sobsua linha de subordinação funcional.

CAPÍTULO II

DAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES

Seção I

Da Conceituação e da Especificação

Art. 14. Transgressão disciplinar é toda açãopraticada pelo militar contrária aos preceitosestatuídos no ordenamento jurídico pátrio ofensivaà etica, aos deveres e às obrigações Militar es,mesmo na sua manifestação elementar e simples,ou, ainda, que afete a honra pessoal, o pundonormilitar e o decoro da classe. § 1º Quando a conduta praticada estiver tipificadaem lei como crime ou contravenção penal, não secaracterizará transgressão disciplinar. § 2º As responsabilidades nas esferas cível,criminal e administrativa são independentes entresi e podem ser apuradas concomitantemente. § 3º As responsabilidades cível e administrativa domilitar serão afastadas no caso de absolviçãocriminal, com sentença transitada em julgado, quenegue a existência do fato ou da sua autoria.

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§ 4º No concurso de crime e transgressãodisciplinar, quando forem da mesma natureza, estaé absorvida por aquele e aplica-se somente a penarelativa ao crime. § 5º Na hipótese do § 4º, a autoridade competentepara aplicar a pena disciplinar deve aguardar opronunciamento da Justiça, para posterioravaliação da questão no âmbito administrativo. § 6º Quando, por ocasião do julgamento do crime,este for descaracterizado para transgressão ou adenúncia for rejeitada, a falta cometida deverá serapreciada, para efeito de punição, pela autoridadea que estiver subordinado o faltoso. § 7º É vedada a aplicação de mais de umapenalidade por uma única transgressão disciplinar. § 8º Quando a falta tiver sido cometida contra apessoa do comandante da OM, será ela apreciada,para efeito de punição, pela autoridade a queestiver subordinado o ofendido. § 9º São equivalentes, para efeito desteRegulamento, as expressões transgressãodisciplinar e transgressão militar. Art. 15. São transgressões disciplinares todas asações especificadas no Anexo I desteRegulamento.

Seção II

Do Julgamento

Art. 16. O julgamento da transgressão deve serprecedido de análise que considere: I - a pessoa do transgressor; II - as causas que a determinaram; III - a natureza dos fatos ou atos que a envolveram;e IV - as conseqüências que dela possam advir. Art. 17. No julgamento da transgressão, podem serlevantadas causas que justifiquem a falta oucircunstâncias que a atenuem ou a agravem. Art. 18. Haverá causa de justificação quando atransgressão for cometida: I - na prática de ação meritória ou no interesse do serviço, da ordem ou do sossego público; II - em legítima defesa, própria ou de outrem; III - em obediência a ordem superior; IV - para compelir o subordinado a cumprirrigorosamente o seu dever, em caso de perigo,necessidade urgente, calamidade pública,manutenção da ordem e da disciplina; V - por motivo de força maior, plenamentecomprovado; e VI - por ignorância, plenamente comprovada,desde que não atente contra os sentimentosnormais de patriotismo, humanidade e probidade. Parágrafo único. Não haverá punição quando forreconhecida qualquer causa de justificação. Art. 19. São circunstâncias atenuantes: I - o bom comportamento; II - a relevância de serviços prestados; III - ter sido a transgressão cometida para evitarmal maior;

IV - ter sido a transgressão cometida em defesaprópria, de seus direitos ou de outrem, não seconfigurando causa de justificação; e V - a falta de prática do serviço. Art. 20. São circunstâncias agravantes: I - o mau comportamento; II - a prática simultânea ou conexão de duas oumais transgressões; III - a reincidência de transgressão, mesmo que apunição anterior tenha sido uma advertência; IV - o conluio de duas ou mais pessoas; V - ter o transgressor abusado de sua autoridadehierárquica ou funcional; e VI - ter praticado a transgressão: a) durante a execução de serviço; b) em presença de subordinado; c) com premeditação; d) em presença de tropa; e e) em presença de público.

Seção III

Da Classificação

Art. 21. A transgressão da disciplina deve serclassificada, desde que não haja causa dejustificação, em leve, média e grave, segundo oscritérios dos arts. 16, 17, 19 e 20. Parágrafo único. A competência para classificar atransgressão é da autoridade a qual couber suaaplicação. Art. 22. Será sempre classificada como "grave" atransgressão da disciplina que constituir ato queafete a honra pessoal, o pundonor militar ou odecoro da classe.

CAPÍTULO III

PUNIÇÕES DISCIPLINARES

Seção I

Da Gradação, Conceituação e Execução

Art. 23. A punição disciplinar objetiva apreservação da disciplina e deve ter em vista obenefício educativo ao punido e à coletividade aque ele pertence. Art. 24. Segundo a classificação resultante dojulgamento da transgressão, as puniçõesdisciplinares a que estão sujeitos os Militares são,em ordem de gravidade crescente: I - a advertência; II - o impedimento disciplinar; III - a repreensão; IV - a detenção disciplinar; V - a prisão disciplinar; e VI - o licenciamento e a exclusão a bem dadisciplina.

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Parágrafo único. As punições disciplinares dedetenção e prisão disciplinar não podemultrapassar trinta dias e a de impedimentodisciplinar, dez dias. Art. 25. Advertência é a forma mais branda depunir, consistindo em admoestação feitaverbalmente ao transgressor, em caráter reservadoou ostensivo. § 1º Quando em caráter ostensivo, a advertênciapoderá ser na presença de superiores ou no círculode seus pares. § 2º A advertência não constará das alterações dopunido, devendo, entretanto, ser registrada, parafins de referência, na ficha disciplinar individual. Art. 26. Impedimento disciplinar é a obrigação de otransgressor não se afastar da OM, sem prejuízode qualquer serviço que lhe competir dentro daunidade em que serve. Parágrafo único. O impedimento disciplinar serápublicado em boletim interno e registrado, para finsde referência, na ficha disciplinar individual, semconstar das alterações do punido. Art. 27. Repreensão é a censura enérgica aotransgressor, feita por escrito e publicada emboletim interno. Art. 28. Detenção disciplinar é o cerceamento daliberdade do punido disciplinarmente, o qual devepermanecer no alojamento da subunidade a quepertencer ou em local que lhe for determinado pela autoridade que aplicar a punição disciplinar. § 1º O detido disciplinarmente não ficará no mesmo local destinado aos presos disciplinares. § 2º O detido disciplinarmente comparece a todosos atos de instrução e serviço, exceto ao serviço deescala externo. § 3º Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicar a punição, o oficial ou aspirante-a-oficialpode ficar detido disciplinarmente em suaresidência. Art. 29. Prisão disciplinar consiste na obrigação deo punido disciplinarmente permanecer em localpróprio e designado para tal. § 1 º Os Militares de círculos hierárquicosdiferentes não poderão ficar presos na mesmadependência. § 2º O comandante designará o local de prisão deoficiais, no aquartelamento, e dos Militar es, nosestacionamentos e marchas. § 3º Os presos que já estiverem passíveis deserem licenciados ou excluídos a bem dadisciplina, os que estiverem à disposição da justiçae os condenados pela Justiça Militar deverão ficarem prisão separada dos demais presosdisciplinares. § 4º Em casos especiais, a critério da autoridade que aplicar a punição disciplinar, o oficial ouaspirante-a-oficial pode ter sua residência comolocal de cumprimento da punição, quando a prisãodisciplinar não for superior a quarenta e oito horas. § 5º Quando a OM não dispuser de instalaçõesapropriadas, cabe à autoridade que aplicar apunição solicitar ao escalão superior local paraservir de prisão. Art. 30. A prisão disciplinar deve ser cumprida comprejuízo da instrução e dos serviços internos,exceto por comprovada necessidade do serviço. § 1º As razões de comprovada necessidade do serviço que justifiquem o cumprimento de prisãodisciplinar, ainda que parcialmente, sem prejuízoda instrução e dos serviços internos, deverão serpublicadas em boletim interno.

§ 2º O preso disciplinar fará suas refeições nadependência onde estiver cumprindo sua punição. Art. 31. O recolhimento de qualquer transgressor àprisão, sem nota de punição publicada em boletimda OM, só poderá ocorrer por ordem dasautoridades referidas nos incisos I e II do art. 10deste Regulamento. Parágrafo único. O disposto neste artigo não seaplica na hipótese do § 2º do art.12 desteRegulamento, ou quando houver: I - presunção ou indício de crime; II - embriaguez; e III - uso de drogas ilícitas. Art. 32. Licenciamento e exclusão a bem dadisciplina consistem no afastamento, ex officio, domilitar das fileiras do Exército, conforme prescritono Estatuto dos Militar es. § 1º O licenciamento a bem da disciplina seráaplicado pelo Comandante do Exército oucomandante, chefe ou diretor de OM à praça semestabilidade assegurada, após concluída a devidasindicância, quando: I - a transgressão afete a honra pessoal, opundonor militar ou o decoro da classe e, comorepressão imediata, se torne absolutamentenecessário à disciplina; II - estando a praça no comportamento "mau", severifique a impossibilidade de melhoria decomportamento, como está prescrito nesteRegulamento; e III - houver condenação transitada em julgado porcrime doloso, comum ou militar. § 2º O licenciamento a bem da disciplina seráaplicado, também, pelo Comandante do Exércitoou comandante, chefe ou diretor de organizaçãomilitar aos oficiais da reserva não remunerada,quando convocados, no caso de condenação comsentença transitada em julgado por crime doloso,comum ou militar. § 3º O licenciamento a bem da disciplina poderáser aplicado aos oficiais da reserva nãoremunerada, quando convocados, e praças semestabilidade, em virtude de condenação por crimemilitar ou comum culposo, com sentença transitadaem julgado, a critério do Comandante do Exércitoou comandante, chefe ou diretor de OM. § 4º Quando o licenciamento a bem da disciplinafor ocasionado pela prática de crime comum, comsentença transitada em julgado, o militar deverá serentregue ao órgão policial com jurisdição sobre aárea em que estiver localizada a OM. § 5º A exclusão a bem da disciplina será aplicadaex officio ao aspirante-a-oficial e à praça comestabilidade assegurada, de acordo com o prescritono Estatuto dos Militar es. Art. 33. A reabilitação dos licenciados ouexcluídos, a bem da disciplina, segue o prescrito noEstatuto dos Militares e na Lei do Serviço Militar, esua concessão obedecerá ao seguinte: I – a autoridade competente para conceder areabilitação é o comandante da região militar emque o interessado tenha prestado serviço militar,por último; II - a concessão será feita mediante requerimentodo interessado, instruído, quando possível, comdocumento passado por autoridade policial domunicípio de sua residência, comprovando o seubom comportamento, como civil, nos dois últimosanos que antecederam o pedido;

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III - a reabilitação ex officio poderá ser determinadapela autoridade relacionada no inciso I do art. 10,deste Regulamento, ou ser proposta,independentemente de prazo, por qualquer outra autoridade com atribuição para excluir ou licenciara bem da disciplina; IV - quando o licenciamento ou a exclusão a bemda disciplina for decorrente de condenaçãocriminal, com sentença transitada em julgado, areabilitação estará condicionada à apresentação dedocumento comprobatório da reabilitação judicial,expedido pelo juiz competente; e V - a autoridade que conceder a reabilitaçãodeterminará a expedição do documentocorrespondente à inclusão ou reinclusão na reservado Exército, em conformidade com o grau deinstrução militar do interessado.

Seção II

Da Aplicação

Art. 34. A aplicação da punição disciplinarcompreende: I - elaboração de nota de punição, de acordo com omodelo do Anexo II; II - publicação no boletim interno da OM, exceto no caso de advertência; e III - registro na ficha disciplinar individual. § 1º A nota de punição deve conter: I - a descrição sumária, clara e precisa dos fatos; II - as circunstâncias que configuram atransgressão, relacionando-as às prescritas nesteRegulamento; e III - o enquadramento que caracteriza atransgressão, crescida de outros detalhesrelacionados com o comportamento dotransgressor, para as praças, e com o cumprimentoda punição disciplinar. § 2º No enquadramento, serão mencionados: I - a descrição clara e precisa do fato, bem como onúmero da relação do Anexo I no qual este seenquadra; II - a referência aos artigos, parágrafos, incisos,alíneas e números das leis, regulamentos,convenções, normas ou ordens que foremcontrariados ou contra os quais tenha havidoomissão, no caso de transgressões a outrasnormas do ordenamento jurídico; III - os artigos, incisos e alíneas das circunstânciasatenuantes ou agravantes, ou causas de exclusãoou de justificação; IV - a classificação da transgressão; V - a punição disciplinar imposta; VI - o local para o cumprimento da puniçãodisciplinar, se for o caso; VII - a classificação do comportamento militar emque o punido permanecer ou ingressar; VIII - as datas do início e do término do cumprimento da punição disciplinar; e IX - a determinação para posterior cumprimento, seo punido estiver baixado, afastado do serviço ou àdisposição de outras autoridades. § 3º Não devem constar da nota de puniçãocomentários deprimentes ou ofensivos, permitindo-se,porém, os

ensinamentos decorrentes, desde que não contenham alusões pessoais. § 4º A publicação em boletim interno é o atoadministrativo que formaliza a aplicação daspunições disciplinares, exceto para o caso deadvertência, que é formalizada pela admoestaçãoverbal ao transgressor. § 5º A nota de punição será transcrita no boletiminterno das OM subordinadas à autoridade queimpôs a punição disciplinar. § 6º A ficha disciplinar individual, conforme modeloconstante do Anexo VI, é um documento quedeverá conter dados sobre a vida disciplinar domilitar, acompanhando-o em caso demovimentação, da incorporação ao licenciamentoou à transferência para a inatividade, quando ficaráarquivada no órgão designado pela Força. § 7º Quando a autoridade que aplicar a puniçãodisciplinar não dispuser de boletim, a publicaçãodesta deverá ser feita, mediante solicitação escrita,no boletim do escalão imediatamente superior. § 8º Caso, durante o processo de apuração datransgressão disciplinar, venham a ser constatadascausas de exclusão ou de justificação, tal fatodeverá ser registrado no respectivo formulário deapuração de transgressão disciplinar e publicadoem boletim interno. Art. 35. O julgamento e a aplicação da puniçãodisciplinar devem ser feitos com justiça, serenidadee imparcialidade, para que o punido fiqueconsciente e convicto de que ela se inspira no cumprimento exclusivo do dever, na preservaçãoda disciplina e que tem em vista o benefícioeducativo do punido e da coletividade. § 1º Nenhuma punição disciplinar será impostasem que ao transgressor sejam assegurados ocontraditório e a ampla defesa, inclusive o direitode ser ouvido pela autoridade competente paraaplicá-la, e sem estarem os fatos devidamenteapurados. § 2º Para fins de ampla defesa e contraditório, sãodireitos do militar: I - ter conhecimento e acompanhar todos os atosde apuração, julgamento, aplicação e cumprimentoda punição disciplinar, de acordo com osprocedimentos adequados para cada situação; II - ser ouvido; III - produzir provas; IV - obter cópias de documentos necessários àdefesa; V - ter oportunidade, no momento adequado, decontrapor-se às acusações que lhe são imputadas; VI - utilizar-se dos recursos cabíveis, segundo a legislação; VII - adotar outras medidas necessárias aoesclarecimento dos fatos; e VIII - ser informado de decisão que fundamente, deforma objetiva e direta, o eventual não-acolhimentode alegações formuladas ou de provasapresentadas. § 3º O militar poderá ser preso disciplinarmente,por prazo que não ultrapasse setenta e duas horas,se necessário para a preservação do decoro daclasse ou houver necessidade de prontaintervenção. Art. 36. A publicação da punição disciplinarimposta a oficial ou aspirante-a-oficial, emprincípio, deve ser feita em boletim reservado,podendo ser em boletim ostensivo, se

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ascircunstâncias ou a natureza da transgressãoassim o recomendarem. Art. 37. A aplicação da punição disciplinar deveobedecer às seguintes normas: I - a punição disciplinar deve ser proporcional àgravidade da transgressão, dentro dos seguinteslimites: a) para a transgressão leve, de advertência até dezdias de impedimento disciplinar, inclusive; b) para a transgressão média, de repreensão até adetenção disciplinar; e c) para a transgressão grave, de prisão disciplinaraté o licenciamento ou exclusão a bem dadisciplina; II - a punição disciplinar não pode atingir o limitemáximo previsto nas alíneas do inciso I deste artigo, quando ocorrerem apenas circunstânciasatenuantes; III - quando ocorrerem circunstâncias atenuantes eagravantes, a punição disciplinar será aplicadaconforme preponderem essas ou aquelas; IV - por uma única transgressão não deve seraplicada mais de uma punição disciplinar; V - a punição disciplinar não exime o punido daresponsabilidade civil; VI - na ocorrência de mais de uma transgressão,sem conexão entre si, a cada uma deve serimposta a punição disciplinar correspondente; e VII - havendo conexão, a transgressão de menorgravidade será considerada como circunstânciaagravante da transgressão principal. Art. 38. A aplicação da punição classificada como"prisão disciplinar" somente pode ser efetuada peloComandante do Exército ou comandante, chefe oudiretor de OM. Art. 39. Nenhum transgressor será interrogado oupunido em estado de embriaguez ou sob a ação depsicotrópicos, mas ficará, desde logo,convalescendo em hospital, enfermaria oudependência similar em sua OM, até a melhora doseu quadro clínico. Art. 40. A punição disciplinar máxima, que cada autoridade referida no art. 10 deste Regulamentopode aplicar ao transgressor, bem como aquela aque este está sujeito, são as previstas no Anexo III. § 1º O Comandante do Exército, na área de suacompetência, poderá aplicar toda e qualquerpunição disciplinar a que estão sujeitos os Militar esna ativa ou na inatividade. § 2º Quando duas autoridades de níveishierárquicos diferentes, ambas com açãodisciplinar sobre o transgressor, tomaremconhecimento da transgressão, compete a puniçãoà de nível mais elevado. § 3º Na hipótese do § 2º, se a de maior nívelentender que a punição disciplinar está dentro dos limites de competência da de menor nível,comunicará este entendimento à autoridade demenor nível, devendo esta participar àquela asolução adotada. § 4º Quando uma autoridade, ao julgar umatransgressão, concluir que a punição disciplinar aaplicar está além do limite máximo que lhe éautorizado, solicitará à autoridade superior, comação sobre o transgressor, a aplicação da puniçãodevida.

Art. 41. A punição disciplinar aplicada pode seranulada, relevada ou atenuada pela autoridadepara tanto competente, quando tiver conhecimentode fatos que recomendem este procedimento,devendo a respectiva decisão ser justificada epublicada em boletim. Art. 42. A anulação da punição disciplinar consisteem tornar sem efeito sua aplicação. § 1º A anulação da punição disciplinar deveráocorrer quando for comprovado ter havido injustiçaou ilegalidade na sua aplicação. § 2º A anulação poderá ocorrer nos seguintesprazos: I - em qualquer tempo e em qualquer circunstância,pelo Comandante do Exército; ou II - até cinco anos, a contar do término do cumprimento da punição disciplinar, pela autoridade que a aplicou, nos termos do art. 10deste Regulamento, ou por autoridade superior aesta, na cadeia de comando. § 3º Ocorrendo a anulação, durante o cumprimento de punição disciplinar, será o punidoposto em liberdade imediatamente. § 4º A anulação produz efeitos retroativos à datade aplicação da punição disciplinar. Art. 43. A anulação de punição disciplinar deveeliminar, nas alterações do militar e na fichadisciplinar individual, prevista no § 6º do art. 34deste Regulamento, toda e qualquer anotação ouregistro referente à sua aplicação. § 1º A eliminação de anotação ou registro depunição disciplinar anulada deverá ocorrermediante substituição da folha de alterações que oconsubstancia, fazendo constar no espaçocorrespondente o número e a data do boletim quepublicou a anulação, seguidos do nome e rubricada autoridade expedidora deste boletim. § 2º A autoridade que anular punição disciplinarcomunicará o ato ao Órgão de Direção Setorial dePessoal do Exército. Art. 44. A autoridade que tomar conhecimento decomprovada ilegalidade ou injustiça na aplicaçãode punição disciplinar e não tiver competência paraanulá-la ou não dispuser dos prazos referidos no§ 2º do art. 42 deste Regulamento deveráapresentar proposta fundamentada de anulação àautoridade competente. Art. 45. A relevação de punição disciplinar consistena suspensão de seu cumprimento e poderá serconcedida: I - quando ficar comprovado que foram atingidos osobjetivos visados com a sua aplicação,independentemente do tempo a cumprir; e II - por motivo de passagem de comando ou porocasião de datas festivas Militar es, desde que setenha cumprido, pelo me nos, metade da puniçãodisciplinar. Art. 46. A atenuação da punição disciplinarconsiste na transformação da punição proposta ouaplicada em outra me nos rigorosa, se assimrecomendar o interesse da disciplina e da açãoeducativa do punido, ou mesmo por critério dejustiça, quando verificada a inadequação dapunição aplicada. Parágrafo único. A atenuação da puniçãodisciplinar poderá ocorrer, a pedido ou de ofício,mediante decisão das autoridades competentespara anulação.

Seção III

Do Cumprimento

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Art. 47. O início do cumprimento de puniçãodisciplinar deve ocorrer com a distribuição doboletim interno, da OM a que pertence otransgressor, que publicar a aplicação da puniçãodisciplinar, especificando-se as datas de início etérmino. § 1º Nenhum militar deve ser recolhido ao local decumprimento da punição disciplinar antes dadistribuição do boletim que publicar a nota depunição. § 2º A contagem do tempo de cumprimento dapunição disciplinar tem início no momento em que o punido for impedido, detido ou recolhido à prisãoe termina quando for posto em liberdade. Art. 48. A autoridade que punir um subordinadoseu, que esteja à disposição ou a serviço de outra autoridade, deverá requisitar a apresentação dotransgressor para o cumprimento da puniçãodisciplinar. Parágrafo único. Quando o local determinado para o cumprimento da punição disciplinar não for aprópria OM do transgressor, a autoridade que puniupoderá solicitar à outra autoridade que determine orecolhimento do punido diretamente ao localdesignado. Art. 49. O cumprimento da punição disciplinar pormilitar afastado totalmente do serviço, em carátertemporário, somente deverá ocorrer após suaapresentação "pronto na organização militar". § 1º O cumprimento da punição disciplinar seráimediato nos casos de preservação da disciplina ede decoro da classe, publicando-se a nota depunição em boletim interno, tão logo seja possível. § 2º A Licença Especial - LE e a Licença paraTratar de Interesse Particular - LTIP serãointerrompidas para cumprimento de puniçãodisciplinar de detenção ou prisão disciplinar. § 3º A interrupção ou o adiamento de LE, LTIP oupunição disciplinar é atribuição do comandante dopunido, cabendo-lhe fixar as datas de seu início etérmino. § 4º Quando a punição disciplinar anteceder aentrada em gozo de LE ou LTIP e o seucumprimento estender-se além da data previstapara início da licença, fica esta adiada até que otransgressor seja colocado em liberdade. § 5º O cumprimento de punição disciplinar impostaa militar em gozo de Licença para Tratamento deSaúde Própria (LTSP) ou Licença para Tratamentode Saúde de Pessoa da Família (LTSPF) somenteocorrerá após a sua apresentação por término delicença. § 6º Comprovada a necessidade de LTSP, LTSPF,baixa a enfermaria ou a hospital, ou afastamentoinadiável da organização, por parte do militarcumprindo punição disciplinar de impedimento,detenção ou prisão disciplinar, será esta sustadapelo seu comandante, até que cesse a causa dainterrupção. Art. 50. A suspensão da contagem do tempo decumprimento da punição disciplinar tem início nomomento em que o punido for retirado do local do cumprimento da punição disciplinar e término noretorno a esse mesmo local. Parágrafo único. Tanto o afastamento quanto oretorno do punido ao local de cumprimento dapunição disciplinar serão publicados no boletiminterno, incluindo-se na publicação do retorno anova data em que o punido será colocado emliberdade.

CAPÍTULO IV

DO COMPORTAMENTO MILITAR

Art. 51. O comportamento militar da praça abrangeo seu procedimento civil e militar, sob o ponto devista disciplinar. § 1º O comportamento militar da praça deve serclassificado em: I - excepcional: a) quando no período de nove anos de efetivo serviço, mantendo os comportamentos "bom", ou"ótimo", não tenha sofrido qualquer puniçãodisciplinar; b) quando, tendo sido condenada por crimeculposo, após transitada em julgado a sentença,passe dez anos de efetivo serviço sem sofrerqualquer punição disciplinar, mesmo que lhe tenhasido concedida a reabilitação judicial, em cujoperíodo somente serão computados os anos emque a praça estiver classificada noscomportamentos "bom" ou "ótimo"; e c) quando, tendo sido condenada por crime doloso,após transitada em julgado a sentença, passe dozeanos de efetivo serviço sem sofrer qualquerpunição disciplinar, mesmo que lhe tenha sidoconcedida a reabilitação judicial. Neste períodosomente serão computados os anos em que apraça estiver classificada nos comportamentos"bom" ou "ótimo"; II - ótimo: a) quando, no período de cinco anos de efetivo serviço, contados a partir do comportamento"bom", tenha sido punida com a pena de até umadetenção disciplinar; b) quando, tendo sido condenada por crimeculposo, após transitada em julgado a sentença,passe seis anos de efetivo serviço, punida, nomáximo, com uma detenção disciplinar, contados apartir do comportamento "bom", mesmo que lhetenha sido concedida a reabilitação judicial; e c) quando, tendo sido condenada por crime doloso,após transitada em julgado a sentença, passe oitoanos de efetivo serviço, punida, no máximo, comuma detenção disciplinar, contados a partir docomportamento "bom", mesmo que lhe tenha sidoconcedida a reabilitação judicial; III - bom: a) quando, no período de dois anos de efetivo serviço, tenha sido punida com a pena de até duasprisões disciplinares; e b) quando, tendo sido condenada criminalmente,após transitada em julgado a sentença, houvercumprido os prazos previstos para a melhoria decomportamento de que trata o § 7º deste artigo,mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitaçãojudicial; IV - insuficiente: a) quando, no período de um ano de efetivo serviço, tenha sido punida com duas prisõesdisciplinares ou, ainda, quando no período de doisanos tenha sido punida com mais de duas prisõesdisciplinares; e b) quando, tendo sido condenada criminalmente,após transitada em julgado a sentença, houvercumprido os prazos previstos para a melhoria decomportamento de que trata o § 7º deste artigo,mesmo que lhe tenha sido concedida a reabilitaçãojudicial; V - mau: a) quando, no período de um ano de efetivo serviçotenha sido punida com mais de duas prisõesdisciplinares; e b) quando condenada por crime culposo ou doloso,a contar do trânsito em julgado da sentença ouacórdão, até que satisfaça

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as condições para amudança de comportamento de que trata o § 7ºdeste artigo. § 2º A classificação, reclassificação e melhoria decomportamento são da competência dasautoridades discriminadas nos incisos I e II do art.10, deste Regulamento, e necessariamentepublicadas em boletim, obedecidas às disposiçõesdeste Capítulo. § 3º Ao ser incorporada ao Exército, a praça seráclassificada no comportamento "bom". § 4º Para os efeitos deste artigo, é estabelecida a seguinte equivalência de punição: I - uma prisão disciplinar equipara-se a duasdetenções disciplinares; e II - uma detenção disciplinar equivale a duasrepreensões. § 5º A advertência e o impedimento disciplinar nãoserão considerados para fins de classificação decomportamento. § 6º A praça condenada por crime ou punida comprisão disciplinar superior a vinte dias ingressará,automaticamente, no comportamento "mau". § 7º A melhoria de comportamento é progressiva,devendo observar o disposto no art. 63 desteRegulamento e obedecer aos seguintes prazos econdições: I - do "mau" para o "insuficiente": a) punição disciplinar: dois anos de efetivo serviço,sem punição; b) crime culposo: dois anos e seis meses de efetivo serviço, sem punição; e c) crime doloso: três anos de efetivo serviço, sempunição; II - do "insuficiente" para o "bom": a) punição disciplinar: um ano de efetivo serviçosem punição, contado a partir do comportamento"insuficiente"; b) crime culposo: dois anos de efetivo serviço sempunição, contados a partir do comportamento"insuficiente"; e c) crime doloso: três anos de efetivo serviço sempunição, contados a partir do comportamento"insuficiente"; III - do "bom" para o "ótimo", deverá ser observadaa prescrição constante do inciso II do § 1º deste artigo; e IV - do "ótimo" para o "excepcional", deverá serobservada a prescrição constante do inciso I do§ 1º deste artigo. § 8º A reclassificação do comportamento far-se-áem boletim interno da OM, por meio de "nota dereclassificação de comportamento", uma vezdecorridos os prazos citados no § 7º deste artigo,mediante: I - requerimento do interessado, quando se tratarde pena criminal, ao comandante da própria OM,se esta for comandada por oficial-general; casocontrário, o requerimento deve ser dirigido aocomandante da OM enquadrante, cujo cargo sejaprivativo de oficial-general; e II - solicitação do interessado ao comandanteimediato, nos casos de punição disciplinar. § 9º A reclassificação dar-se-á na data dapublicação do despacho da autoridaderesponsável.

§ 10. A condenação de praça por contravençãopenal é, para fins de classificação decomportamento, equiparada a uma prisão.

CAPÍTULO V

RECURSOS E RECOMPENSAS

Seção I

Dos Recursos Disciplinares

Art. 52. O militar que se julgue, ou julguesubordinado seu, prejudicado, ofendido ouinjustiçado por superior hierárquico tem o direito derecorrer na esfera disciplinar. Parágrafo único. São cabíveis: I - pedido de reconsideração de ato; e II - recurso disciplinar. Art. 53. Cabe pedido de reconsideração de ato àautoridade que houver proferido a primeira decisão,não podendo ser renovado. § 1º Da decisão do Comandante do Exército só éadmitido o pedido de reconsideração de ato a estamesma autoridade. § 2º O militar punido tem o prazo de cinco diasúteis, contados a partir do dia imediato ao quetomar conhecimento, oficialmente, da publicaçãoda decisão da autoridade em boletim interno, pararequerer a reconsideração de ato. § 3º O requerimento com pedido dereconsideração de ato de que trata este artigodeverá ser decidido no prazo máximo de dez diasúteis, iniciado a partir do dia imediato ao do seuprotocolo na OM de destino. § 4º O despacho exarado no requerimento depedido de reconsideração de ato será publicadoem boletim interno. Art. 54. É facultado ao militar recorrer doindeferimento de pedido de reconsideração de atoe das decisões sobre os recursos disciplinaressucessivamente interpostos. § 1º O recurso disciplinar será dirigido, porintermédio de requerimento, à autoridadeimediatamente superior à que tiver proferido adecisão e, sucessivamente, em escala ascendente,às demais autoridades, até o Comandante doExército, observado o canal de comando da OM aque pertence o recorrente. § 2º O recurso disciplinar de que trata este artigopoderá ser apresentado no prazo de cinco diasúteis, a contar do dia imediato ao que tomarconhecimento oficialmente da decisão recorrida. § 3º O recurso disciplinar deverá: I - ser feito individualmente; II - tratar de caso específico; III - cingir-se aos fatos que o motivaram; e IV - fundamentar-se em argumentos, provas oudocumentos comprobatórios e elucidativos. § 4º Nenhuma autoridade poderá deixar deencaminhar recurso disciplinar sob argumento de: I - não atendimento a formalidades previstas eminstruções baixadas pelo Comandante do Exército;e II - inobservância dos incisos II, III e IV do § 3º.

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§ 5º O recurso disciplinar será encaminhado porintermédio da autoridade a que estiverimediatamente subordinado o requerente, no prazode três dias úteis a contar do dia seguinte ao doseu protocolo na OM, observando-se o canal decomando e o prazo acima mencionado até odestinatário final. § 6º A autoridade à qual for dirigido o recursodisciplinar deve solucioná-lo no prazo máximo dedez dias úteis a contar do dia seguinte ao do seurecebimento no protocolo, procedendo oumandando proceder às averiguações necessáriaspara decidir a questão. § 7º A decisão do recurso disciplinar serápublicada em boletim interno. Art. 55. Se o recurso disciplinar for julgadointeiramente procedente, a punição disciplinar seráanulada e tudo quanto a ela se referir serácancelado. Parágrafo único. Se apenas em parte, a puniçãoaplicada poderá ser atenuada, cancelada emcaráter excepcional ou relevada. Art. 56. O militar que requerer reconsideração deato, se necessário para preservação da hierarquiae disciplina, poderá ser afastado da subordinaçãodireta da autoridade contra quem formulou orecurso disciplinar, até que seja ele julgado. § 1º O militar de que trata o caput permanecerá naguarnição onde serve, salvo a existência de fatoque nela contra-indique sua permanência. § 2º O afastamento será efetivado pela autoridadeimediatamente superior à recorrida, mediantesolicitação desta ou do militar recorrente. Art. 57. O recurso disciplinar que contrarie oprescrito neste Capítulo será consideradoprejudicado pela autoridade a quem foi destinado,cabendo a esta mandar arquivá-lo e publicar suadecisão, fundamentada, em boletim. Parágrafo único. A tramitação de recursosdisciplinares deve ter tratamento de urgência emtodos os escalões.

Seção II

Do Cancelamento de Registro de Punições

Art. 58. Poderá ser concedido ao militar ocancelamento dos registros de puniçõesdisciplinares e outras notas a elas relacionadas, emsuas alterações e na ficha disciplinar individual. Art. 59. O cancelamento dos registros de puniçãodisciplinar pode ser concedido ao militar que orequerer, desde que satisfaça a todas as condiçõesabaixo: I - não ser a transgressão, objeto da punição,atentatória à honra pessoal, ao pundonor militar ouao decoro da classe; II - ter o requerente bons serviços prestados,comprovados pela análise de suas alterações; III - ter o requerente conceito favorável de seucomandante; e IV - ter o requerente completado, sem qualquerpunição: a) seis anos de efetivo serviço, a contar do cumprimento da punição de prisão disciplinar acancelar; e b) quatro anos de efetivo serviço, a contar do cumprimento da punição de repreensão oudetenção disciplinar a cancelar.

§ 1º O cancelamento das punições disciplinaresinterfere nas mudanças de comportamentoprevistas no § 7º do art. 51 deste Regulamento. § 2º As autoridades competentes para anularpunições disciplinares o são, também, paracancelar. § 3º A autoridade que conceder o cancelamentoda punição disciplinar deverá comunicar tal fato ao órgão de Direção Setorial de Pessoal do Exército. § 4º O cancelamento concedido não produziráefeitos retroativos, para quaisquer fins de carreira., § 5º As punições escolares poderão sercanceladas, justificadamente, por ocasião daconclusão do curso, a critério do comandante doestabelecimento de ensino, independentemente derequerimento ou tempo de serviço sem punição. § 6º O cancelamento dos registros criminais seráefetuado mediante a apresentação da competentereabilitação judicial: I - ao Comandante da OM, quando se tratar decrime culposo; ou II - ao comando enquadrante da OM, exercido poroficial-general, quando se tratar de crime doloso. § 7º O impedimento disciplinar será cancelado,independentemente de requerimento, decorridosdois anos de sua aplicação. § 8º A advertência, por ser verbal, será canceladaindependentemente de requerimento, decorrido umano de sua aplicação. § 9º A competência para cancelar punições nãopoderá ser delegada. Art. 60. A entrada de requerimento solicitandocancelamento dos registros de punição disciplinar,bem como a solução a ele dada, devem constar noboletim interno da OM, ou proceder de acordo como § 7º do art. 34 deste Regulamento. Art. 61. O Comandante do Exército pode cancelarum ou todos os registros de punições disciplinaresde Militares sujeitos a este Regulamento,independentemente das condições enunciadas noart. 59 deste Regulamento. Parágrafo único. O cancelamento dos registros depunições disciplinares com base neste artigo,quando instruído com requerimento ou proposta,deverá ser fundamentado com fatos que possamjustificar plenamente a excepcionalidade da medidarequerida ou proposta, devendo ser ratificada ounão, obrigatoriamente, nos pareceres dasautoridades da cadeia de comando, quando doencaminhamento da documentação à apreciaçãoda autoridade mencionada neste artigo. Art. 62. O militar entregará à OM a que estivervinculado a folha de alterações que contenha apunição ou registro a ser cancelado. Parágrafo único. Os procedimentos a seremadotados pela OM encarregada de eliminar oregistro da punição cancelada serão definidos pelo órgão de Direção Setorial de Pessoal do Exército,devendo a autoridade que suprimir o registroinformar esse ato ao referido Órgão. Art. 63. As contagens dos prazos estipulados paraa mudança de comportamento e o cancelamentode registros começa a partir da data: I - da publicação, nos casos de repreensão; e II - do cumprimento do último dia de cada detençãodisciplinar, prisão disciplinar, ou pena criminal, aser cancelada.

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Seção III

Das Recompensas

Art. 64. As recompensas constituemreconhecimento aos bons serviços prestados porMilitar es. Parágrafo único. Além de outras previstas em leise regulamentos especiais, são recompensasMilitar es: I - o elogio e a referência elogiosa; e II - as dispensas do serviço. Art. 65. O elogio é individual e a referênciaelogiosa pode ser individual ou coletiva. § 1º O elogio somente deverá ser formulado aMilitares que se tenham destacado em açãomeritória ou quando regulado em legislaçãoespecífica. § 2º A descrição do fato ou fatos que motivarem oelogio ou a referência elogiosa deve precisar aatuação do militar em linguagem sucinta, sóbria,sem generalizações e adjetivações desprovidas dereal significado, como convém ao estilo castrense. § 3º Os elogios e as referências elogiosasindividuais serão registrados nos assentamentosdos Militar es. § 4º As autoridades que possuem competênciapara conceder elogios e referências elogiosas sãoas especificadas no art. 10 deste Regulamentoobedecidos aos universos de atuação nelecontidos. Art. 66. As dispensas do serviço, comorecompensa, podem ser: I - dispensa total do serviço, que isenta o militar de todos os trabalhos da OM, inclusive os deinstrução; ou II - dispensa parcial do serviço, quando isenta dealguns trabalhos, que devem ser especificados naconcessão. § 1º A dispensa total do serviço, para ser gozadafora da guarnição, fica subordinada às mesmasnormas de concessão de férias. § 2º A dispensa total do serviço é regulada porperíodo de vinte e quatro horas, contadas deboletim a boletim e a sua publicação deve ser feita,no mínimo, vinte e quatro horas antes de seu início,salvo por motivo de força maior. Art. 67. A concessão de dispensa do serviço, comorecompensa, no decorrer de um ano civil,obedecerá à seguinte gradação: I - o Chefe do Estado-Maior do Exército, os chefesdos órgãos de direção setorial e de assessoramento e os comandantes Militares deárea: até vinte dias, consecutivos ou não; II - os oficiais-generais, exceto os especificados noinciso I, e demais Militares que exerçam funções deoficiais-generais: até quinze dias, consecutivos ounão; III - o chefe de estado-maior, o chefe de gabinete, ocomandante de unidade, os comandantes dasdemais OM com autonomia administrativa e osdaquelas cujos cargos sejam privativos de oficialsuperior: até oito dias, consecutivos ou não; e IV - as demais autoridades competentes paraaplicar punições: até quatro dias, consecutivos ounão.

§ 1º A competência de que trata este artigo nãovai além dos subordinados que se achaminteiramente sob a jurisdição da autoridade queconceda a recompensa. § 2º O Comandante do Exército tem competênciapara conceder dispensa do serviço aos Militares doExército, como recompensa, até o máximo de trintadias, consecutivos ou não, por ano civil. Art. 68. Quando a autoridade que conceder arecompensa não dispuser de boletim para a sua publicação, esta deve ser feita, mediantesolicitação escrita, no da autoridade a que estiversubordinado. Art. 69. São competentes para anular, restringir ouampliar as recompensas concedidas por si ou porseus subordinados as autoridades discriminadasnos incisos I e II do art.10 deste Regulamento. Parágrafo único. O ato de que trata o caput deveráser justificado, em boletim, no prazo de quatro diasúteis.

CAPÍTULO VI

Das Disposições Finais

Art. 70. A instalação, o funcionamento e ojulgamento dos conselhos de justificação econselhos de disciplina obedecerão a legislaçãoespecífica. Art. 71. As autoridades com competência paraaplicar punições, julgar recursos ou concederrecompensas, devem difundir prontamente ainformação dos seus atos aos órgãos interessados,considerando as normas, os prazos estabelecidose os reflexos que tais atos têm na situação eacesso do pessoal militar. Art. 72. O Comandante do Exército poderá baixarinstruções complementares que se fizeremnecessárias à interpretação, orientação e aplicaçãodeste Regulamento. Art. 73 Este Decreto entra em vigor apósdecorridos sessenta dias de sua publicação oficial. Art. 74. Ficam revogados os Decretos nº 90.608,de 4 de dezembro de 1984, 94.504, de 22 de junhode 1987, 97.578, de 20 de março de 1989, 351, de21 de novembro de 1991, 1.654, de 3 de outubrode 1995, 1.715, de 23 de novembro de 1995,2.324, de 10 de setembro de 1997, 2.847, de 20 denovembro de 1998 e 3.288, de 15 de dezembro de1999. Brasília, 26 de agosto de 2002; 181º da Independência e 114º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Geraldo Magela da Cruz Quintão

Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de

27.8.2002

ANEXO I

RELAÇÃO DE TRANSGRESSÕES

1. Faltar à verdade ou omitir deliberadamenteinformações que possam conduzir à apuração deuma transgressão disciplinar; 2. Utilizar-se do anonimato; 3. Concorrer para a discórdia ou a desarmonia oucultivar inimizade entre Militares ou seus familiares; 4. Deixar de exercer autoridade compatível comseu posto ou graduação;

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5. Deixar de punir o subordinado que cometertransgressão, salvo na ocorrência dascircunstâncias de justificação previstas nesteRegulamento; 6. Não levar falta ou irregularidade que presenciar,ou de que tiver ciência e não lhe couber reprimir,ao conhecimento de autoridade competente, nomais curto prazo; 7. Retardar o cumprimento, deixar de cumprir ou defazer cumprir norma regulamentar na esfera de suas atribuições. 8. Deixar de comunicar a tempo, ao superiorimediato, ocorrência no âmbito de suas atribuições,quando se julgar suspeito ou impedido deprovidenciar a respeito; 9. Deixar de cumprir prescrições expressamenteestabelecidas no Estatuto dos Militares ou emoutras leis e regulamentos, desde que não hajatipificação como crime ou contravenção penal, cujaviolação afete os preceitos da hierarquia edisciplina, a ética militar, a honra pessoal, opundonor militar ou o decoro da classe; 10. Deixar de instruir, na esfera de suas atribuições, processo que lhe for encaminhado,ressalvado o caso em que não for possível obterelementos para tal; 11. Deixar de encaminhar à autoridade competente, na linha de subordinação e no maiscurto prazo, recurso ou documento que receberelaborado de acordo com os preceitosregulamentares, se não for da sua alçada asolução; 12. Desrespeitar, retardar ou prejudicar medidas decumprimento ou ações de ordem judicial,administrativa ou policial, ou para isso concorrer; 13. Apresentar parte ou recurso suprimindoinstância administrativa, dirigindo para autoridadeincompetente, repetindo requerimento já rejeitadopela mesma autoridade ou empregando termosdesrespeitosos; 14. Dificultar ao subordinado a apresentação derecurso; 15. Deixar de comunicar, tão logo possível, aosuperior a execução de ordem recebida; 16. Aconselhar ou concorrer para que não sejacumprida qualquer ordem de autoridade competente, ou para retardar a sua execução; 17. Deixar de cumprir ou alterar, sem justo motivo,as determinações constantes da missão recebida,ou qualquer outra determinação escrita ou verbal; 18. Simular doença para esquivar-se do cumprimento de qualquer dever militar; 19. Trabalhar mal, intencionalmente ou por falta deatenção, em qualquer serviço ou instrução; 20. Causar ou contribuir para a ocorrência deacidentes no serviço ou na instrução, por imperícia,imprudência ou negligência; 21. Disparar arma por imprudência ou negligência; 22. Não zelar devidamente, danificar ou extraviarpor negligência ou desobediência das regras enormas de serviço, material ou animal da União oudocumentos oficiais, que estejam ou não sob suaresponsabilidade direta, ou concorrer para tal; 23. Não ter pelo preparo próprio, ou pelo de seuscomandados, instruendos ou educandos, adedicação imposta pelo sentimento do dever;

24. Deixar de providenciar a tempo, na esfera de suas atribuições, por negligência, medidas contraqualquer irregularidade de que venha a tomarconhecimento; 25. Deixar de participar em tempo, à autoridadeimediatamente superior, a impossibilidade decomparecer à OM ou a qualquer ato de serviçopara o qual tenha sido escalado ou a que devaassistir; 26. Faltar ou chegar atrasado, sem justo motivo, aqualquer ato, serviço ou instrução de que devaparticipar ou a que deva assistir; 27. Permutar serviço sem permissão de autoridade competente ou com o objetivo de obtenção devantagem pecuniária; 28. Ausentar-se, sem a devida autorização, da sede da organização militar onde serve, do local do serviço ou de outro qualquer em que devaencontrar-se por força de disposição legal ouordem; 29. Deixar de apresentar-se, nos prazosregulamentares, à OM para a qual tenha sidotransferido ou classificado e às autoridadescompetentes, nos casos de comissão ou serviçoextraordinário para os quais tenha sido designado; 30. Não se apresentar ao fim de qualquerafastamento do serviço ou, ainda, logo que souberda interrupção; 31. Representar a organização militar ou acorporação, em qualquer ato, sem estardevidamente autorizado; 32. Assumir compromissos, prestar declarações oudivulgar informações, em nome da corporação ouda unidade que comanda ou em que serve, semautorização; 33. Contrair dívida ou assumir compromissosuperior às suas possibilidades, que afete o bomnome da Instituição; 34. Esquivar-se de satisfazer compromissos deordem moral ou pecuniária que houver assumido,afetando o bom nome da Instituição; 35. Não atender, sem justo motivo, à observaçãode autoridade superior no sentido de satisfazerdébito já reclamado; 36. Não atender à obrigação de dar assistência àsua família ou dependente legalmente constituídos,de que trata o Estatuto dos Militar es; 37. Fazer diretamente, ou por intermédio deoutrem, transações pecuniárias envolvendoassunto de serviço, bens da União ou material cujacomercialização seja proibida; 38. Realizar ou propor empréstimo de dinheiro aoutro militar visando auferir lucro; 39. Ter pouco cuidado com a apresentação pessoalou com o asseio próprio ou coletivo; 40. Portar-se de maneira inconveniente ou semcompostura; 41. Deixar de tomar providências cabíveis, comrelação ao procedimento de seus dependentes,estabelecidos no Estatuto dos Militar es, junto àsociedade, após devidamente admoestado por seuComandante; 42. Freqüentar lugares incompatíveis com o decoroda sociedade ou da classe; 43. Portar a praça armamento militar sem estar deserviço ou sem autorização;

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44. Executar toques de clarim ou corneta, realizartiros de salva, fazer sinais regulamentares, içar ouarriar a Bandeira Nacional ou insígnias, sem ordempara tal; 45. Conversar ou fazer ruídos em ocasiões oulugares impróprios quando em serviço ou em localsob administração militar; 46. Disseminar boatos no interior de OM ouconcorrer para tal; 47. Provocar ou fazer-se causa, voluntariamente,de alarme injustificável; 48. Usar de força desnecessária no ato de efetuarprisão disciplinar ou de conduzir transgressor; 49. Deixar alguém conversar ou entender-se compreso disciplinar, sem autorização de autoridade competente; 50. Conversar com sentinela, vigia, plantão oupreso disciplinar, sem para isso estar autorizadopor sua função ou por autoridade competente; 51. Consentir que preso disciplinar conserve emseu poder instrumentos ou objetos não permitidos; 52. Conversar, distrair-se, sentar-se ou fumar,quando exercendo função de sentinela, vigia ouplantão da hora; 53. Consentir, quando de sentinela, vigia ouplantão da hora, a formação de grupo ou apermanência de pessoa junto a seu posto; 54. Fumar em lugar ou ocasião onde seja vedado; 55. Tomar parte em jogos proibidos ou em jogos adinheiro, em área militar ou sob jurisdição militar; 56. Tomar parte, em área militar ou sob jurisdiçãomilitar, em discussão a respeito de assuntos denatureza político-partidária ou religiosa; 57. Manifestar-se, publicamente, o militar da ativa,sem que esteja autorizado, a respeito de assuntosde natureza político-partidária; 58. Tomar parte, fardado, em manifestações denatureza político-partidária; 59. Discutir ou provocar discussão, por qualquerveículo de comunicação, sobre assuntos políticosou Militar es, exceto se devidamente autorizado; 60. Ser indiscreto em relação a assuntos de caráteroficial cuja divulgação possa ser prejudicial àdisciplina ou à boa ordem do serviço; 61. Dar conhecimento de atos, documentos, dadosou assuntos Militares a quem deles não deva terciência ou não tenha atribuições para neles intervir; 62. Publicar ou contribuir para que sejampublicados documentos, fatos ou assuntos Militar esque possam concorrer para o desprestígio dasForças Armadas ou que firam a disciplina ou asegurança destas; 63. Comparecer o militar da ativa, a qualqueratividade, em traje ou uniforme diferente dodeterminado; 64. Deixar o superior de determinar a saídaimediata de solenidade militar ou civil, desubordinado que a ela compareça em traje ouuniforme diferente do determinado; 65. Apresentar-se, em qualquer situação, semuniforme, mal uniformizado, com o uniformealterado ou em trajes em desacordo com asdisposições em vigor;

66. Sobrepor ao uniforme insígnia ou medalha nãoregulamentar, bem como, indevidamente, distintivoou condecoração; 67. Recusar ou devolver insígnia, medalha oucondecoração que lhe tenha sido outorgada; 68. Usar o militar da ativa, em via pública, uniforme inadequado, contrariando o Regulamento deUniformes do Exército ou normas a respeito; 69. Transitar o soldado, o cabo ou o taifeiro, pelasruas ou logradouros públicos, durante oexpediente, sem permissão da autoridade competente; 70. Entrar ou sair da OM, ou ainda permanecer noseu interior o cabo ou soldado usando traje civil,sem a devida permissão da autoridade competente; 71. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o militar,por lugar que não seja para isso designado; 72. Entrar em qualquer OM, ou dela sair, o taifeiro,o cabo ou o soldado, com objeto ou embrulho, semautorização do comandante da guarda ou deautoridade equivalente; 73. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial, ao entrarem OM onde não sirva, de dar ciência da suapresença ao oficial-de-dia e, em seguida, deprocurar o comandante ou o oficial de maior precedência hierárquica, para cumprimentá-lo; 74. Deixar o subtenente, sargento, taifeiro, cabo ousoldado, ao entrar em organização militar onde nãosirva, de apresentar-se ao oficial-de-dia ou a seusubstituto legal; 75. Deixar o comandante da guarda ouresponsável pela segurança correspondente, decumprir as prescrições regulamentares comrespeito à entrada ou permanência na OM de civisou Militares a ela estranhos; 76. Adentrar o militar, sem permissão ou ordem, emaposentos destinados a superior ou onde este seache, bem como em qualquer lugar onde a entradalhe seja vedada; 77. Adentrar ou tentar entrar em alojamento deoutra subunidade, depois da revista do recolher,salvo os oficiais ou sargentos que, por suasfunções, sejam a isso obrigados; 78. Entrar ou permanecer em dependência da OMonde sua presença não seja permitida; 79. Entrar ou sair de OM com tropa, sem prévioconhecimento, autorização ou ordem da autoridade competente; 80. Retirar ou tentar retirar de qualquer lugar sobjurisdição militar, material, viatura, aeronave,embarcação ou animal, ou mesmo deles servir-se,sem ordem do responsável ou proprietário; 81. Abrir ou tentar abrir qualquer dependência deorganização militar, fora das horas de expediente,desde que não seja o respectivo chefe ou sem adevida ordem e a expressa declaração de motivo,salvo em situações de emergência; 82. Desrespeitar regras de trânsito, medidas geraisde ordem policial, judicial ou administrativa; 83. Deixar de portar a identidade militar, estando ounão fardado; 84. Deixar de se identificar quando solicitado pormilitar das Forças Armadas em serviço ou emcumprimento de missão; 85. Desrespeitar, em público, as convençõessociais; 86. Desconsiderar ou desrespeitar autoridadeconstituída;

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87. Desrespeitar corporação judiciária militar ouqualquer de seus membros; 88. Faltar, por ação ou omissão, com o respeitodevido aos símbolos nacionais, estaduais,municipais e Militar es; 89. Apresentar-se a superior hierárquico ou retirarsede sua presença, sem obediência às normasregulamentares; 90. Deixar, quando estiver sentado, de demonstrarrespeito, consideração e cordialidade ao superiorhierárquico, deixando de oferecer-lhe seu lugar,ressalvadas as situações em que houver lugarmarcado ou em que as convenções sociais assimnão o indiquem; 91. Sentar-se, sem a devida autorização, à mesaem que estiver superior hierárquico; 92. Deixar, deliberadamente, de corresponder acumprimento de subordinado; 93. Deixar, deliberadamente, de cumprimentarsuperior hierárquico, uniformizado ou não, nesteúltimo caso desde que o conheça, ou de saudá-lode acordo com as normas regulamentares; 94. Deixar o oficial ou aspirante-a-oficial,diariamente, tão logo seus afazeres o permitam, deapresentar-se ao comandante ou ao substitutolegal imediato da OM onde serve, paracumprimentá-lo, salvo ordem ou outras normas emcontrário; 95. Deixar o subtenente ou sargento, diariamente,tão logo seus afazeres o permitam, de apresentarseao seu comandante de subunidade ou chefeimediato, salvo ordem ou outras normas emcontrário; 96. Recusar-se a receber vencimento, alimentação,fardamento, equipamento ou material que lhe sejadestinado ou deva ficar em seu poder ou sob suaresponsabilidade; 97. Recusar-se a receber equipamento, material oudocumento que tenha solicitado oficialmente, paraatender a interesse próprio; 98. Desacreditar, dirigir-se, referir-se ou responderde maneira desatenciosa a superior hierárquico; 99. Censurar ato de superior hierárquico ouprocurar desconsiderá-lo seja entre Militar es, sejaentre civis; 100. Ofender, provocar, desafiar, desconsiderar ouprocurar desacreditar outro militar, por atos, gestosou palavras, mesmo entre civis. 101. Ofender a moral, os costumes ou asinstituições nacionais ou do país estrangeiro emque se encontrar, por atos, gestos ou palavras; 102. Promover ou envolver-se em rixa, inclusiveluta corporal, com outro militar; 103. Autorizar, promover ou tomar parte emqualquer manifestação coletiva, seja de caráterreivindicatório ou político, seja de crítica ou de apoio a ato de superior hierárquico, com exceçãodas demonstrações íntimas de boa e sãcamaradagem e com consentimento dohomenageado; 104. Aceitar qualquer manifestação coletiva de seus subordinados, com exceção dasdemonstrações íntimas de boa e sã camaradageme com consentimento do homenageado; 105. Autorizar, promover, assinar representações,documentos coletivos ou publicações de qualquertipo, com finalidade

política, de reivindicaçãocoletiva ou decrítica a autoridades constituídas ouàs suas atividades; 106. Autorizar, promover ou assinar petição oumemorial, de qualquer natureza, dirigido a autoridade civil, sobre assunto da alçada daadministração do Exército; 107. Ter em seu poder, introduzir ou distribuir, emárea militar ou sob a jurisdição militar, publicações,estampas, filmes ou meios eletrônicos que atentemcontra a disciplina ou a moral; 108. Ter em seu poder ou introduzir, em área militarou sob a jurisdição militar, armas, explosivos,material inflamável, substâncias ou instrumentosproibidos, sem conhecimento ou permissão da autoridade competente; 109. Fazer uso, ter em seu poder ou introduzir, emárea militar ou sob jurisdição militar, bebidaalcoólica ou com efeitos entorpecentes, salvo quando devidamente autorizado; 110. Comparecer a qualquer ato de serviço emestado visível de embriaguez ou nele se embriagar; 111. Falar, habitualmente, língua estrangeira emOM ou em área de estacionamento de tropa,exceto quando o cargo ocupado o exigir; 112. Exercer a praça, quando na ativa, qualqueratividade comercial ou industrial, ressalvadas aspermitidas pelo Estatuto dos Militar es; 113. Induzir ou concorrer intencionalmente paraque outrem incida em transgressão disciplinar.

ANEXO II

MODELO DE NOTA DE PUNIÇÃO

- O Soldado número................, [nome completo domilitar], da.................... Cia por ter chegado atrasado, semjustomotivo, ao primeiro tempo de instrução de 20 do corrente (número 26 do Anexo I, com a agravante doinciso III, do art. 20, tudo do RDE, transgressão leve), fica repreendido, ingressa no "comportamentomau". - O Cabo número........................, [nome completo do militar],da..................... Cia por ter usado de força desnecessáriano ato de efetuar a prisão do Soldado .................... , nodia........... do corrente (número 48 do Anexo I, com asatenuantes dos incisos I e II, do art. 19, tudo do RDE, transgressão média), fica detido disciplinarmentepor 8 (oito) dias; permanece no "comportamento bom". - O Soldado número.....................,[nome completo do militar], da.................... Cia por ter faltado à verdade quandoinquirido pelo Cap ................, no dia......... do corrente (número 1 do Anexo I, com a agravante da letra "c", doinciso VI, do art. 20, e a atenuante do inciso I, do art. 19, tudo do RDE, transgressão grave), fica presodisciplinarmente por 15 (quinze) dias, ingressa no "comportamento insuficiente". - O Cabo número......................, [nome completo do militar], do.................. Esqd por ter sido encontrado no interior doquartel em estado de embriaguez, no dia ........ do.................... (número 110 do Anexo I, com a agravante da letra"a", do inciso VI, do art. 20, e a atenuante do inciso I, do art. 19, tudo do RDE, transgressão grave), ficapreso disciplinarmente por 21 (vinte e um) dias, ingressa no "comportamento mau". Observação: não dispondo de boletim, à autoridade que aplicar a punição caberá solicitar sua publicaçãono boletim daquela a que estiver subordinado.

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ANEXO III

Quadro de Punições Máximas, referidas no art. 40, que podem aplicar as autoridades definidas nos itens I, II e § 1º do art. 10 e a que estão sujeitos os transgressores.

POSTOS

E

GRADUAÇÕES

Chefe do EME, chefes dos órgãos de direção setorial e de assessoramento e comandante militar de área

Comandante, chefe ou diretor, cujo cargo seja privativo de oficial-general

Demais ocupantes de cargos privativos de oficial-general

Comandante, chefe ou diretor de OM, cujo cargo seja privativo de oficial superior e Cmt das demais OM com autonomia administrativa

Chefe de estado-maior, chefe de Gab, não privativos de oficial-general

Subchefe de estado-maior, comandante de unidade incorporada, chefe de divisão, seção, escalão regional, serviço e assessoria, ajudante-geral, subcmt e subdiretor

Comandante das demais subunidades ou de elemento destacado com efetivo menor que subunidade

outras punições a que estão sujeitos

Oficiais de carreira da ativa

30 dias de prisão

disciplinar

20 dias de prisão disciplinar

30 dias de detenção disciplinar

15 dias de prisão

disciplinar

25 dias de

detenção disciplinar

20 dias de detenção disciplinar

repreensão

o oficial da reserva não-remunerada, quando convocado, pode ser licenciado a bem da disciplina

Oficiais da reserva, convocados ou mobilizados

Oficiais da Res Rem ou reformados

30 dias de prisão

disciplinar (3)

20 dias de prisão disciplinar

(3) -

15 dias de prisão

disciplinar (3) - - -

Aspirantes-a-oficial e subtenentes da ativa

30 dias de prisão disciplinar 30 dias de detenção disciplinar

30 dias de prisão

disciplinar

25 dias de

detenção disciplinar

20 dias de detenção disciplinar

8 dias de detenção disciplinar

exclusão a bem da disciplina (2)

Sargentos, taifeiros, cabos e soldados da ativa

30 dias de prisão disciplinar ou licenciamento a bem da disciplina

(1)

30 dias de detenção disciplinar

30 dias de prisão

disciplinar ou licenciamento

a bem da disciplina (1)

25 dias de

detenção disciplinar

20 dias de detenção disciplinar

20 dias de detenção disciplinar

exclusão a bem da

disciplina (2)

Aspirantes-a-oficial e subtenentes da Res Rem ou reformados

30 dias de prisão disciplinar (3) - 30 dias de

prisão disciplinar (3)

- - -

Sargentos, taifeiros, cabos e soldados da Res Rem ou reformados

30 dias de prisão disciplinar (3) - 30 dias de

prisão disciplinar (3)

- - -

Cadetes e alunos da EsPCEx

licenciamento a bem da disciplina 30 dias de detenção disciplinar

licenciamento a bem da disciplina

25 dias de

detenção disciplinar

20 dias de detenção disciplinar

8 dias de detenção disciplinar

- Exclusão a bem da disciplina (2)

- Punições estabelecidas nos regulamentos específicos das organizações a que pertencem

Alunos de órgão de formação de sargentos

Alunos de órgão de formação de oficial da reserva licenciamento a bem da disciplina

30 dias de detenção disciplinar

licenciamento a bem da disciplina

25 dias de

detenção disciplinar

repreensão

Alunos de órgão de formação de reservistas

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OBSERVAÇÕES: (1) Conforme possuam ou não estabilidadeassegurada (2) De acordo com a legislação concernente a conselho de disciplina (3) Autoridades estabelecidas no § 1º do art. 10 deste Regulamento

ANEXO IV

INSTRUÇÕES PARA PADRONIZAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA

DEFESA NAS TRANSGRESSÕES DISCIPLINARES 1. FINALIDADE: Regular, no âmbito do Exército Brasileiro, os procedimentos para padronizar a concessão do contraditórioe da ampla defesa nas transgressões disciplinares; 2. REFERÊNCIAS: a) Constituição Federal; b) Estatuto dos Militar es; c) Regulamento Disciplinar do Exército; d) Instruções Gerais para Elaboração de Sindicância,no Âmbito do Exército - (IG 10-11); 3. OBJETIVOS: a) Regular as normas para padronizar a concessão docontraditório e da ampla defesa nas transgressõesdisciplinares; b) Auxiliar a autoridade competente na tomada de decisão referente à aplicação de punição disciplinar; 4. DO PROCEDIMENTO: a) Recebida e processada a parte, será entregue o Formulário de Apuração de TransgressãoDisciplinar ao militar arrolado como autor do(s) fato(s) que aporá o seu ciente na 1ª via e permanecerácom a 2ª via, tendo, a partir de então, três dias úteis, para apresentar, por escrito (de próprio punho ouimpresso) e assinado, suas alegações de defesa, no verso do formulário; b) Em caráter excepcional, sem comprometer aeficácia e a oportunidade da ação disciplinar, o prazopara apresentar as alegações de defesa poderá serprorrogado, justificadamente, pelo período que sefizer necessário, a critério da autoridade competente, podendo ser concedido, ainda, pela mesma autoridade, prazo para que o interessado possa produzir as provas que julgar necessárias à sua defesa; c) Caso não deseje apresentar defesa, o militardeverá manifestar esta intenção, de próprio punho, noverso do Formulário de Apuração de TransgressãoDisciplinar; d) Se o militar não apresentar, dentro do prazo, asrazões de defesa e não manifestar a renúncia àapresentação da defesa, nos termos do item "c", a autoridade que estiver conduzindo a apuração do fatocertificará no Formulário de Apuração deTransgressão Disciplinar, juntamente com

duastestemunhas, que o prazo para apresentação dedefesa foi concedido, mas o militar permaneceu inerte; e) Cumpridas as etapas anteriores, a autoridade competente para aplicar a punição emitirá conclusãoescrita, quanto à procedência ou não das acusações edas alegações de defesa, que subsidiará a análisepara o julgamento da transgressão; f) Finalizando, a autoridade competente para aplicar apunição emitirá a decisão, encerrando o processode apuração; 5. DA FORMA E DA ESCRITURAÇÃO: a) O processo terá início com o recebimento dacomunicação da ocorrência, sendo processado noâmbitodo comando que tem competência para apurara transgressão disciplinar e aplicar a punição; b) O preenchimento do Formulário de Apuração deTransgressão Disciplinar se dará sem emendasou rasuras, segundo o modelo constante do Anexo V; c) Os documentos escritos de próprio punho deverãoser confeccionados com tinta azul ou preta e comletra legível; d) A identificação do militar arrolado como autor do(s)fato(s) deverá ser a mais completa possível,mencionando-se grau hierárquico, nome completo, seu número (se for o caso), identidade, subunidadeou organização em que serve, etc.; e) As justificativas ou razões de defesa, de formasucinta, objetiva e clara, sem conter comentários ouopiniões pessoais e com menção de eventuaistestemunhas serão aduzidas por escrito, de própriopunhoou impresso, no verso do Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar na parte deJUSTIFICATIVAS / RAZÕES DE DEFESA, pelomilitar e anexadas ao processo. Se desejar, poderáanexar documentos que comprovem suas razões dedefesa e aporá sua assinatura e seus dados deidentificação; f) Após ouvir o militar e julgar suas justificativas ourazões de defesa, a autoridade competente lavrará, depróprio punho, sua decisão; g) Ao final da apuração, será registrado noFormulário de Apuração de TransgressãoDisciplinar onúmero do boletim interno que publicar a decisão da autoridade competente; 6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS: a) As razões de defesa serão apresentadas no versodo Formulário de Apuração de TransgressãoDisciplinar, podendo ser acrescidas mais folhas senecessário; b) Contra o ato da autoridade competente que aplicara punição disciplinar, publicado em BI, podem serimpetrados os recursos regulamentares peculiares doExército; c) Na publicação da punição disciplinar, deverá seracrescentado, entre parênteses e após o texto daNota de Punição, o número e a data do respectivoprocesso; d) O processo será arquivado na OM do militararrolado; e) Os procedimentos formais previstos nestasInstruções serão adotados, obrigatoriamente, nasapurações de transgressões disciplinares queredundarem em punições publicadas em boletiminterno etranscritas nos assentamentos do militar.

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ANEXO V

MODELO DO FORMULÁRIO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR

(BRASÃO) MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ------------------------- (escalão superior) ------------------------- (escalão considerado) FORMULÁRIO DE APURAÇÃO DE TRANSGRESSÃO DISCIPLINAR

PROCESSO No: DATA:

IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR Grau Hierárquico : NR / IDENT: Nome Completo: Subunidade/OM:

IDENTIFICAÇÃO DO PARTICIPANTE Grau Hierárquico: NR / IDENT: Nome Completo: Subunidade/OM:

RELATO DO FATO (ou citação do documento de relato anexo) Data / / ______________________________________ nome, posto ou graduação do militar participante

CIENTE DO MILITAR ARROLADO Declaro que tenho conhecimento de que me está sendo imputada a autoria dos atos acima e me foi concedido o prazo de três dias úteis, para, querendo, apresentar, por escrito, as minhas justificativas ou razões de defesa. Data ______________________________________ nome, posto ou graduação do militar arrolado

JUSTIFICATIVAS / RAZÕES DE DEFESA (justificativas ou razões de defesa, de forma sucinta, objetiva e clara, sem conter comentários ou opiniões pessoais e com menção de eventuais testemunhas. Se desejar, poderá anexar documentos que comprovem suas razões de defesa e aporá sua assinatura e seus dados de identificação) (ou solicitação de prazo para produção de provas) (ou declaração do acusado, de próprio punho, de que não pretende apresentar defesa) (ou certidão da autoridade que estiver conduzindo a apuração do fato, com as assinaturas de duas testemunhas, de que o militar arrolado não apresentou as justificativas ou razões de defesa, no prazo estabelecido, e que foi concedida a oportunidade de defesa e a mesma não foi exercida) Data / / ____________________________________ nome, posto ou graduação do militar arrolado

DECISÃO DA AUTORIDADE COMPETENTE PARA APLICAR A PUNIÇÃO DISCIPLINAR Data / / ____________________________________ nome e posto da autoridade PUNIÇÃO PUBLICADA NO BI no _______, de____ de________________ de________

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ANEXO VI

FICHA DISCIPLINAR INDIVIDUAL

(BRASÃO) MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ---------------- (escalão superior) ----------------(escalão considerado)

1. IDENTIFICAÇÃO DO MILITAR

Nome Completo: Filiação:

NR / IDENT: CP:

Promoções Sucessivas

Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data:

Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data: Posto/Grad - Data:

2. PUNIÇÕES DISCIPLINARES

DATA PUNIÇÃO

(art. 24 do RDE)

Nr de

DIAS

ENQUADRAMENTO

(Anexo I do RDE) BI e OM

COMPOR- TAMENTO

RUBRICA Cmt OM/SU

3. ANULAÇÃO OU CANCELAMENTO DE PUNIÇÕES DISCIPLINARES

DATA

PUNIÇÃO ANULADA OU CANCELADA

(arts. 43 e 58 do RDE)

DATA DA PUNIÇÃO

BI e OM DA ANULAÇÃO OU CANCELAMENTO

COMPOR- TAMENTO

RUBRICA Cmt OM/SU

4. RECURSOS DISCIPLINARES

DATA RECURSO

(art. 52 do RDE)

RESUMO DA SOLUÇÃO BI e OM RUBRICA

Cmt OM/SU

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5. RECOMPENSAS

DATA RECOMPENSA (art. 64 do RDE)

Nr de DIAS

BI e OM RUBRICA Cmt OM/SU

6. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a) O preenchimento deverá ser feito em tinta azul ou preta, ou ainda, por digitação ou datilografia. b) Esta Ficha deverá acompanhar o militar em suas movimentações, de acordo com o § 6º do art. 34 do RDE.

DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE2004.

Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembrode 2003, que dispõe sobre registro, posse ecomercialização de armas de fogo e munição,sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM edefine crimes. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso daatribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, DECRETA:

CAPÍTULO I

DOS SISTEMAS DE CONTROLE DE ARMAS DEFOGO

Art. 1º O Sistema Nacional de Armas - SINARM,instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da Polícia Federal, com circunscrição em todo oterritório nacional e competência estabelecida pelocaput e incisos do art. 2º da Lei no 10.826, de 22de dezembro de 2003, tem por finalidade mantercadastro geral, integrado e permanente das armasde fogo importadas, produzidas e vendidas no país,de competência do SINARM, e o controle dosregistros dessas armas. § 1º Serão cadastradas no SINARM: I - as armas de fogo institucionais, constantes deregistros próprios: a) da Polícia Federal; b) da Polícia Rodoviária Federal; c) das Polícias Civis;

d) dos órgãos policiais da Câmara dos Deputadose do Senado Federal, referidos nos arts. 51, incisoIV, e 52, inciso XIII da Constituição; e) dos integrantes do quadro efetivo dos agentes eguardas prisionais, dos integrantes das escoltas depresos e das Guardas Portuárias; f) das Guardas Municipais; e g) dos órgãos públicos não mencionados nasalíneas anteriores, cujos servidores tenhamautorização legal para portar arma de fogo em serviço, em razão das atividades quedesempenhem, nos termos do caput do art. 6º daLei nº 10.826, de 2003. II - as armas de fogo apreendidas, que nãoconstem dos cadastros do SINARM ou Sistema deGerenciamento Militar de Armas - SIGMA, inclusiveas vinculadas a procedimentos policiais e judiciais,mediante comunicação das autoridadescompetentes à Polícia Federal; III - as armas de fogo de uso restrito dos integrantes dos órgãos, instituições e corporaçõesmencionados no inciso II do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003; e IV - as armas de fogo de uso restrito, salvo aquelasmencionadas no inciso II, do §1º, do art. 2º desteDecreto. § 2º Serão registradas na Polícia Federal ecadastradas no SINARM: I - as armas de fogo adquiridas pelo cidadão comatendimento aos requisitos do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003; II - as armas de fogo das empresas de segurançaprivada e de transporte de valores; e

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III - as armas de fogo de uso permitido dos integrantes dos órgãos, instituições e corporaçõesmencionados no inciso II do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003. § 3º A apreensão das armas de fogo a que se refere o inciso II do §1o deste artigo deverá serimediatamente comunicada à Policia Federal, pela autoridade competente, podendo ser recolhidasaos depósitos do Comando do Exército, paraguarda, a critério da mesma autoridade. § 4º O cadastramento das armas de fogo de quetrata o inciso I do § 1º observará as especificaçõese os procedimentos estabelecidos peloDepartamento de Polícia Federal. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008). Art. 2º O SIGMA, instituído no Ministério daDefesa, no âmbito do Comando do Exército, comcircunscrição em todo o território nacional, tem porfinalidade manter cadastro geral, permanente eintegrado das armas de fogo importadas,produzidas e vendidas no país, de competência doSIGMA, e das armas de fogo que constem dosregistros próprios. § 1º Serão cadastradas no SIGMA: I - as armas de fogo institucionais, de porte eportáteis, constantes de registros próprios: a) das Forças Armadas; b) das Polícias Militares e Corpos de BombeirosMilitar es; c) da Agência Brasileira de Inteligência; e d) do Gabinete de Segurança Institucional daPresidência da República; II - as armas de fogo dos integrantes das ForçasArmadas, da Agência Brasileira de Inteligência e doGabinete de Segurança Institucional daPresidência da República, constantes de registrospróprios; III - as informações relativas às exportações de armas de fogo, munições e demais produtoscontrolados, devendo o Comando do Exércitomanter sua atualização; IV - as armas de fogo importadas ou adquiridas nopaís para fins de testes e avaliação técnica; e V - as armas de fogo obsoletas. § 2º Serão registradas no Comando do Exército ecadastradas no SIGMA: I - as armas de fogo de colecionadores, atiradorese caçadores; e II - as armas de fogo das representaçõesdiplomáticas. Art. 3º Entende-se por registros próprios, para osfins deste Decreto, os feitos pelas instituições,órgãos e corporações em documentos oficiais decaráter permanente. Art. 4º A aquisição de armas de fogo, diretamenteda fábrica, será precedida de autorização do Comando do Exército. Art. 5º Os dados necessários ao cadastromediante registro, a que se refere o inciso IX doart. 2º da Lei nº 10.826, de 2003, serão fornecidosao SINARM pelo Comando do Exército. Art. 6º Os dados necessários ao cadastro daidentificação do cano da arma, das característicasdas impressões de raiamento e microestriamentode projetil disparado, a marca do percutor eextrator no estojo do cartucho deflagrado pela armade que trata o inciso X do art. 2º da Lei no 10.826,de 2003, serão disciplinados em norma específicada Polícia Federal, ouvido o Comando do Exército,cabendo às fábricas de armas de fogo o envio dasinformações necessárias ao órgão responsável da Polícia Federal.

Parágrafo único. A norma específica de que trata este artigo será expedida no prazo de cento eoitenta dias. Art. 7º As fábricas de armas de fogo fornecerão à Polícia Federal, para fins de cadastro, quando dasaída do estoque, relação das armas produzidas,que devam constar do SINARM, na conformidadedo art. 2º da Lei no 10.826, de 2003, com suascaracterísticas e os dados dos adquirentes. Art. 8º As empresas autorizadas a comercializararmas de fogo encaminharão à Polícia Federal,quarenta e oito horas após a efetivação da venda,os dados que identifiquem a arma e o comprador. Art. 9º Os dados do SINARM e do SIGMA serãointerligados e compartilhados no prazo máximo deum ano. Parágrafo único. Os Ministros da Justiça e daDefesa estabelecerão no prazo máximo de um anoos níveis de acesso aos cadastros mencionados nocaput.

CAPÍTULO II

DA ARMA DE FOGO

Seção I

Das Definições Art. 10. Arma de fogo de uso permitido é aquelacuja utilização é autorizada a pessoas físicas, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com asnormas do Comando do Exército e nas condiçõesprevistas na Lei nº 10.826, de 2003. Art. 11. Arma de fogo de uso restrito é aquela deuso exclusivo das Forças Armadas, de instituiçõesde segurança pública e de pessoas físicas ejurídicas habilitadas, devidamente autorizadas pelo Comando do Exército, de acordo com legislaçãoespecífica.

Seção II

Da Aquisição e do Registro da Arma de Fogo deUso Permitido

Art. 12. Para adquirir arma de fogo de usopermitido o interessado deverá: I - declarar efetiva necessidade; II - ter, no mínimo, vinte e cinco anos; III - apresentar original e cópia, ou cópia autenticada,de documento de identificação pessoal; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). IV - comprovar, em seu pedido de aquisição e emcada renovação do Certificado de Registro de Armade Fogo, idoneidade e inexistência de inquéritopolicial ou processo criminal, por meio de certidõesde antecedentes criminais da Justiça Federal,Estadual, Militar e Eleitoral, que poderão serfornecidas por meio eletrônico; (Redação dada peloDecreto nº 6.715, de 2008). V - apresentar documento comprobatório deocupação lícita e de residência certa; VI - comprovar, em seu pedido de aquisição e emcada renovação do Certificado de Registro de Armade Fogo, a capacidade técnica para o manuseio de arma de fogo; (Redação dada pelo Decreto nº6.715, de 2008). VII - comprovar aptidão psicológica para omanuseio de arma de fogo, atestada em laudoconclusivo fornecido por psicólogo do quadro da Polícia Federal ou por esta credenciado. § 1º A declaração de que trata o inciso I do caputdeverá explicitar os fatos e circunstânciasjustificadoras do pedido, que serão examinadospela Polícia Federal segundo as orientações aserem expedidas pelo Ministério da Justiça.(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008).

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§ 2º O indeferimento do pedido deverá serfundamentado e comunicado ao interessado emdocumento próprio. § 3º O comprovante de capacitação técnica, de que trata o inciso VI do caput, deverá ser expedidopor instrutor de armamento e tiro credenciado pelaPolícia Federal e deverá atestar, necessariamente:(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). I - conhecimento da conceituação e normas desegurança pertinentes à arma de fogo; II - conhecimento básico dos componentes e partesda arma de fogo; e III - habilidade do uso da arma de fogodemonstrada, pelo interessado, em estande de tirocredenciado pelo Comando do Exército. § 4º Após a apresentação dos documentosreferidos nos incisos III a VII do caput, havendomanifestação favorável do órgão competentemencionada no §1º, será expedida, pelo SINARM,no prazo máximo de trinta dias, em nome dointeressado, a autorização para a aquisição daarma de fogo indicada. § 5º É intransferível a autorização para a aquisiçãoda arma de fogo, de que trata o §4o deste artigo. § 6º Está dispensado da comprovação dosrequisitos a que se referem os incisos VI e VII docaput o interessado em adquirir arma de fogo deuso permitido que comprove estar autorizado aportar arma da mesma espécie daquela a seradquirida, desde que o porte de arma de fogoesteja válido e o interessado tenha se submetido aavaliações em período não superior a um ano,contado do pedido de aquisição. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008). Art. 13. A transferência de propriedade da arma defogo, por qualquer das formas em direito admitidas,entre particulares, sejam pessoas físicas oujurídicas, estará sujeita à prévia autorização da Polícia Federal, aplicando-se ao interessado naaquisição as disposições do art. 12 deste Decreto. Parágrafo único. A transferência de arma de fogoregistrada no Comando do Exército será autorizadapela instituição e cadastrada no SIGMA. Art. 14. É obrigatório o registro da arma de fogo,no SINARM ou no SIGMA, excetuadas asobsoletas. Art. 15. O registro da arma de fogo de usopermitido deverá conter, no mínimo, os seguintesdados: I - do interessado: a) nome, filiação, data e local de nascimento; b) endereço residencial; c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe; d) profissão; e) número da cédula de identidade, data daexpedição, órgão expedidor e Unidade daFederação; e f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ouCadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; II - da arma: a) número do cadastro no SINARM; b) identificação do fabricante e do vendedor; c) número e data da nota Fiscal de venda; d) espécie, marca, modelo e número de série;

e) calibre e capacidade de cartuchos; f) tipo de funcionamento; g) quantidade de canos e comprimento; h) tipo de alma (lisa ou raiada); i) quantidade de raias e sentido; e j) número de série gravado no cano da arma. Art. 16. O Certificado de Registro de Arma de Fogoexpedido pela Polícia Federal, precedido decadastro no SINARM, tem validade em todo oterritório nacional e autoriza o seu proprietário amanter a arma de fogo exclusivamente no interiorde sua residência ou dependência desta, ou, ainda,no seu local de trabalho, desde que seja ele otitular ou o responsável legal pelo estabelecimentoou empresa. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715,de 2008). § 1º Para os efeitos do disposto no caput deste artigo considerar-se-á titular do estabelecimento ouempresa todo aquele assim definido em contratosocial, e responsável legal o designado emcontrato individual de trabalho, com poderes degerência. § 2º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V,VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão sercomprovados, periodicamente, a cada três anos,junto à Polícia Federal, para fins de renovação doCertificado de Registro. § 4º O disposto no § 2º não se aplica, para aaquisição e renovação do Certificado de Registrode Arma de Fogo, aos integrantes dos órgãos,instituições e corporações, mencionados nosincisos I e II do caput do art. 6º da Lei no 10.826,de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 17. O proprietário de arma de fogo é obrigadoa comunicar, imediatamente, à unidade policiallocal, o extravio, furto ou roubo de arma de fogo oudo Certificado de Registro de Arma de Fogo, bem como a sua recuperação. (Redação dada peloDecreto nº 6.715, de 2008). § 1º A unidade policial deverá, em quarenta e oitohoras, remeter as informações coletadas à PolíciaFederal, para fins de cadastro no SINARM.(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 2º No caso de arma de fogo de uso restrito, aPolícia Federal repassará as informações ao Comando do Exército, para fins de cadastro noSIGMA. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 3º Nos casos previstos no caput, o proprietáriodeverá, também, comunicar o ocorrido à PolíciaFederal ou ao Comando do Exército,encaminhando, se for o caso, cópia do Boletim deOcorrência.

Seção III

Da Aquisição e Registro da Arma de Fogo de UsoRestrito

Art. 18. Compete ao Comando do Exércitoautorizar a aquisição e registrar as armas de fogode uso restrito. § 1º As armas de que trata o caput serãocadastradas no SIGMA e no SINARM, conforme ocaso. § 2º O registro de arma de fogo de uso restrito, de que trata o caput deste artigo, deverá conter asseguintes informações: I - do interessado: a) nome, filiação, data e local de nascimento; b) endereço residencial; c) endereço da empresa ou órgão em que trabalhe;

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d) profissão; e) número da cédula de identidade, data daexpedição, órgão expedidor e Unidade daFederação; e f) número do Cadastro de Pessoa Física - CPF ouCadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; II - da arma: a) número do cadastro no SINARM; b) identificação do fabricante e do vendedor; c) número e data da nota Fiscal de venda; d) espécie, marca, modelo e número de série; e) calibre e capacidade de cartuchos; f) tipo de funcionamento; g) quantidade de canos e comprimento; h) tipo de alma (lisa ou raiada); i) quantidade de raias e sentido; e j) número de série gravado no cano da arma. § 3º Os requisitos de que tratam os incisos IV, V,VI e VII do art. 12 deste Decreto deverão sercomprovados periodicamente, a cada três anos,junto ao Comando do Exército, para fins derenovação do Certificado de Registro. § 4º Não se aplica aos integrantes dos órgãos,instituições e corporações mencionados nosincisos I e II do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, odisposto no § 3º deste artigo.

Seção IV

Do Comércio Especializado de Armas de Fogo eMunições

Art. 19. É proibida a venda de armas de fogo,munições e demais produtos controlados, de usorestrito, no comércio. Art. 20. O estabelecimento que comercializar armade fogo de uso permitido em território nacional éobrigado a comunicar à Polícia Federal,mensalmente, as vendas que efetuar e aquantidade de armas em estoque, respondendolegalmente por essas mercadorias, que ficarãoregistradas como de sua propriedade, de formaprecária, enquanto não forem vendidas, sujeitosseus responsáveis às penas previstas em lei.(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 21. A comercialização de acessórios de armasde fogo e de munições, incluídos estojos,espoletas, pólvora e projéteis, só poderá serefetuada em estabelecimento credenciado pelaPolícia Federal e pelo comando do Exército quemanterão um cadastro dos comerciantes. § 1º Quando se tratar de munição industrializada,a venda ficará condicionada à apresentação peloadquirente, do Certificado de Registro de Arma deFogo válido, e ficará restrita ao calibrecorrespondente à arma registrada. § 2º Os acessórios e a quantidade de muniçãoque cada proprietário de arma de fogo poderáadquirir serão fixados em Portaria do Ministério daDefesa, ouvido o Ministério da Justiça. § 3º O estabelecimento mencionado no caputdeste artigo deverá manter à disposição da PolíciaFederal e do Comando do Exército os estoques e arelação das vendas efetuadas mensalmente, peloprazo de cinco anos.

CAPÍTULO III

DO PORTE E DO TRÂNSITO DA ARMA DE FOGO

Seção I

Do Porte

Art. 22. O Porte de Arma de Fogo de usopermitido, vinculado ao prévio registro da arma eao cadastro no SINARM, será expedido pelaPolícia Federal, em todo o território nacional, emcaráter excepcional, desde que atendidos osrequisitos previstos nos incisos I, II e III do § 1º doart. 10 da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dadapelo Decreto nº 6.715, de 2008). Parágrafo único. A taxa estipulada para o Porte de arma de Fogo somente será recolhida após aanálise e a aprovação dos documentosapresentados. Art. 23. O Porte de Arma de Fogo é documentoobrigatório para a condução da arma e deveráconter os seguintes dados: I - abrangência territorial; II - eficácia temporal; III - características da arma; IV - número do cadastro da arma no SINARM;(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). V - identificação do proprietário da arma; e VI - assinatura, cargo e função da autoridadeconcedente. Art. 24. O Porte de Arma de Fogo é pessoal,intransferível e revogável a qualquer tempo, sendoválido apenas com relação à arma neleespecificada e com a apresentação do documentode identificação do portador. (Redação dada peloDecreto nº 6.715, de 2008). Art. 24-A. Para portar a arma de fogo adquiridanos termos do § 6º do art. 12, o proprietário deverásolicitar a expedição do respectivo documento deporte, que observará o disposto no art. 23 e terá amesma validade do documento referente à primeiraarma. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 25. O titular do Porte de Arma de Fogo deverácomunicar imediatamente: I - a mudança de domicílio, ao órgão expedidor doPorte de Arma de Fogo; e II - o extravio, furto ou roubo da arma de fogo, àUnidade Policial mais próxima e, posteriormente, à Polícia Federal. Parágrafo único. A inobservância do dispostoneste artigo implicará na suspensão do Porte de arma de Fogo, por prazo a ser estipulado pela autoridade concedente. Art. 26. O titular de porte de arma de fogo paradefesa pessoal concedido nos termos do art. 10 daLei nº 10.826, de 2003, não poderá conduzi-laostensivamente ou com ela adentrar oupermanecer em locais públicos, tais como igrejas,escolas, estádios desportivos, clubes, agênciasbancárias ou outros locais onde haja aglomeraçãode pessoas em virtude de eventos de qualquernatureza. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 1º A inobservância do disposto neste artigoimplicará na cassação do Porte de Arma de Fogo ena apreensão da arma, pela autoridade competente, que adotará as medidas legaispertinentes. § 2º Aplica-se o disposto no §1º deste artigo,quando o titular do Porte de Arma de Fogo estejaportando o armamento em estado de embriaguezou sob o efeito de drogas ou medicamentos queprovoquem alteração do desempenho intelectualou motor. Art. 27. Será concedido pela Polícia Federal, nostermos do § 5º do art. 6º da Lei nº 10.826, de2003, o Porte de Arma de Fogo, na categoria"caçador de subsistência", de uma arma

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portátil, deuso permitido, de tiro simples, com um ou doiscanos, de alma lisa e de calibre igual ou inferior a16, desde que o interessado comprove a efetivanecessidade em requerimento ao qual deverão seranexados os seguintes documentos: I - documento comprobatório de residência em árearural ou certidão equivalente expedida por órgãomunicipal; (Redação dada pelo Decreto nº 6.715de 2008). II - original e cópia, ou cópia autenticada, dodocumento de identificação pessoal; e (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). III - atestado de bons antecedentes. Parágrafo único. Aplicam-se ao portador do Portede Arma de Fogo mencionado neste artigo asdemais obrigações estabelecidas neste Decreto. Art. 28. O proprietário de arma de fogo de usopermitido registrada, em caso de mudança dedomicílio ou outra situação que implique otransporte da arma, deverá solicitar guia de trânsitoà Polícia Federal para as armas de fogocadastradas no SINARM, na forma estabelecidapelo Departamento de Polícia Federal. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 29. Observado o princípio da reciprocidadeprevisto em convenções internacionais, poderá serautorizado o Porte de Arma de Fogo pela PolíciaFederal, a diplomatas de missões diplomáticas econsulares acreditadas junto ao Governo Brasileiro,e a agentes de segurança de dignitáriosestrangeiros durante a permanência no país,independentemente dos requisitos estabelecidosneste Decreto. Art. 29-A. Caberá ao Departamento de PolíciaFederal estabelecer os procedimentos relativos àconcessão e renovação do Porte de Arma de Fogo.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008).

Seção II

Dos Atiradores, Caçadores e Colecionadores

Subseção I

Da Prática de Tiro Desportivo

Art. 30. As agremiações esportivas e as empresasde instrução de tiro, os colecionadores, atiradores ecaçadores serão registrados no Comando doExército, ao qual caberá estabelecer normas everificar o cumprimento das condições desegurança dos depósitos das armas de fogo,munições e equipamentos de recarga. § 1º As armas pertencentes às entidadesmencionadas no caput e seus integrantes terãoautorização para porte de trânsito (guia detráfego) a ser expedida pelo Comando do Exército. § 2º A prática de tiro desportivo por menores dedezoito anos deverá ser autorizada judicialmente edeve restringir-se aos locais autorizados pelo Comando do Exército, utilizando arma daagremiação ou do responsável quando por esteacompanhado. § 3º A prática de tiro desportivo por maiores dedezoito anos e menores de vinte e cinco anos podeser feita utilizando arma de sua propriedade,registrada com amparo na Lei nº 9.437, de 20 defevereiro de 1997, de agremiação ou armaregistrada e cedida por outro desportista. Art. 31. A entrada de arma de fogo e munição nopaís, como bagagem de atletas, para competiçõesinternacionais será autorizada pelo Comando doExército. § 1º O Porte de Trânsito das armas a seremutilizadas por delegações estrangeiras emcompetição oficial de tiro no país será expedidopelo Comando do Exército.

§ 2º Os responsáveis e os integrantes pelasdelegações estrangeiras e brasileiras emcompetição oficial de tiro no país transportarãosuas armas desmuniciadas.

Subseção II

Dos Colecionadores e Caçadores

Art. 32. O Porte de Trânsito das armas de fogo decolecionadores e caçadores será expedido pelo Comando do Exército. Parágrafo único. Os colecionadores e caçadorestransportarão suas armas desmuniciadas.

Subseção III

Dos Integrantes e das Instituições Mencionadas noArt. 6º da Lei nº 10.826, de 2003

Art. 33. O Porte de Arma de Fogo é deferido aosMilitares das Forças Armadas, aos policiaisfederais e estaduais e do Distrito Federal, civis eMilitar es, aos Corpos de Bombeiros Militar es, bem como aos policiais da Câmara dos Deputados e doSenado Federal em razão do desempenho de suasfunções institucionais. § 1º O Porte de Arma de Fogo das praças dasForças Armadas e dos Policiais e Corpos deBombeiros Militares é regulado em normaespecífica, por atos dos Comandantes das ForçasSingulares e dos Comandantes-Gerais dasCorporações. § 2º Os integrantes das polícias civis estaduais edas Forças Auxiliares, quando no exercício de suasfunções institucionais ou em trânsito, poderãoportar arma de fogo fora da respectiva unidadefederativa, desde que expressamente autorizadospela instituição a que pertençam, por prazodeterminado, conforme estabelecido em normaspróprias. Art. 33-A. A autorização para o porte de arma defogo previsto em legislação própria, na forma docaput do art. 6o da Lei nº 10.826, de 2003, estácondicionada ao atendimento dos requisitosprevistos no inciso III do caput do art. 4º damencionada Lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.715,de 2008). Art. 34. Os órgãos, instituições e corporaçõesmencionados nos incisos I, II, III, V, VI, VII e X docaput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003,estabelecerão, em normativos internos, osprocedimentos relativos às condições para autilização das armas de fogo de sua propriedade,ainda que fora do serviço. (Redação dada peloDecreto nº 6.146, de 2007) § 1º As instituições mencionadas no inciso IV doart. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, estabelecerãoem normas próprias os procedimentos relativos àscondições para a utilização, em serviço, das armasde fogo de sua propriedade. § 2º As instituições, órgãos e corporações nosprocedimentos descritos no caput, disciplinarão asnormas gerais de uso de arma de fogo de suapropriedade, fora do serviço, quando se tratar delocais onde haja aglomeração de pessoas, emvirtude de evento de qualquer natureza, tais comono interior de igrejas, escolas, estádios desportivos,clubes, públicos e privados. § 3º Os órgãos e instituições que tenham osportes de arma de seus agentes públicos oupolíticos estabelecidos em lei própria, na forma docaput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003,deverão encaminhar à Polícia Federal a relaçãodos autorizados a portar arma de fogo,observando-se, no que couber, o disposto no art.26. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 4º Não será concedida a autorização para oporte de arma de fogo de que trata o art. 22 aintegrantes de órgãos, instituições e corporaçõesnão autorizados a portar arma de fogo fora deserviço, exceto se comprovarem o risco à suaintegridade física, observando-se o disposto no art.11 da

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Lei nº 10.826, de 2003. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008). § 5º O porte de que tratam os incisos V, VI e X docaput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, eaquele previsto em lei própria, na forma do caputdo mencionado artigo, serão concedidos,exclusivamente, para defesa pessoal, sendovedado aos seus respectivos titulares o porteostensivo da arma de fogo. (Incluído pelo Decretonº 6.715, de 2008). § 6º A vedação prevista no parágrafo 5º não seaplica aos servidores designados para execuçãoda atividade fiscalizatória do Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis - IBAMA e do Instituto Chico Mendesde Conservação da Biodiversidade - Instituto ChicoMendes. (Incluído pelo Decreto nº 6.817, de 2009) Art. 35. Poderá ser autorizado, em casosexcepcionais, pelo órgão competente, o uso, em serviço, de arma de fogo, de propriedade particulardo integrante dos órgãos, instituições oucorporações mencionadas no inciso II do art. 6º daLei nº 10.826, de 2003. § 1º A autorização mencionada no caput seráregulamentada em ato próprio do órgãocompetente. § 2º A arma de fogo de que trata este artigodeverá ser conduzida com o seu respectivoCertificado de Registro. Art. 35-A. As armas de fogo particulares de quetrata o art. 35, e as institucionais não brasonadas,deverão ser conduzidas com o seu respectivoCertificado de Registro ou termo de cauteladecorrente de autorização judicial para uso, sobpena de aplicação das sanções penais cabíveis.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 36. A capacidade técnica e a aptidãopsicológica para o manuseio de armas de fogo,para os integrantes das instituições descritas nosincisos III, IV, V, VI, VII e X do caput do art. 6º daLei nº 10.826, de 2003, serão atestadas pelaprópria instituição, depois de cumpridos osrequisitos técnicos e psicológicos estabelecidospela Polícia Federal. (Redação dada pelo Decretonº 6.146, de 2007) Parágrafo único. Caberá a Polícia Federal avaliara capacidade técnica e a aptidão psicológica, bem como expedir o Porte de Arma de Fogo para osguardas portuários. Art. 37. Os integrantes das Forças Armadas e os servidores dos órgãos, instituições e corporaçõesmencionados nos incisos II, V, VI e VII do caput doart. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, transferidos paraa reserva remunerada ou aposentados, paraconservarem a autorização de porte de arma defogo de sua propriedade deverão submeter-se, acada três anos, aos testes de avaliação da aptidãopsicológica a que faz menção o inciso III do caputart. 4º da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dadapelo Decreto nº 6.146, de 2007) § 1º O cumprimento destes requisitos seráatestado pelas instituições, órgãos e corporaçõesde vinculação. § 2º Não se aplicam aos integrantes da reservanão remunerada das Forças Armadas e Auxiliares,as prerrogativas mencionadas no caput.

Subseção IV

Das Empresas de Segurança Privada e deTransporte de Valores

Art. 38. A autorização para o uso de arma de fogoexpedida pela Polícia Federal, em nome dasempresas de segurança privada e de transporte devalores, será precedida, necessariamente, dacomprovação do preenchimento de todos osrequisitos constantes do art. 4º da Lei no 10.826,de 2003, pelos empregados autorizados a portararma de fogo. § 1º A autorização de que trata o caput é válidaapenas para a utilização da arma de fogo em serviço.

§ 2º As empresas de que trata o caputencaminharão, trimestralmente, à Polícia Federal,para cadastro no SINARM, a relação nominal dosempregados autorizados a portar arma de fogo.(Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 3º A transferência de armas de fogo, porqualquer motivo, entre estabelecimentos da mesmaempresa ou para empresa diversa, deverão serpreviamente autorizados pela Polícia Federal. § 4º Durante o trâmite do processo detransferência de armas de fogo de que trata o § 3º,a Polícia Federal poderá, em caráter excepcional,autorizar a empresa adquirente a utilizar as armasem fase de aquisição, em seus postos de serviço,antes da expedição do novo Certificado deRegistro. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 39. É de responsabilidade das empresas desegurança privada e de transportes de valores aguarda e armazenagem das armas, munições eacessórios de sua propriedade, nos termos da legislação específica. Parágrafo único. A perda, furto, roubo ou outrasformas de extravio de arma de fogo, acessório emunições que estejam sob a guarda das empresasde segurança privada e de transporte de valoresdeverá ser comunicada à Polícia Federal, no prazomáximo de vinte e quatro horas, após a ocorrênciado fato, sob pena de responsabilização doproprietário ou diretor responsável.

Subseção V Das guardas Municipais

Art. 40. Cabe ao Ministério da Justiça, porintermédio da Polícia Federal, diretamente oumediante convênio com os órgãos de segurançapública dos Estados, do Distrito Federal ou dosMunicípios, nos termos do § 3º do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003: (Redação dada pelo Decreto nº6.715, de 2008). I - conceder autorização para o funcionamento doscursos de formação de guardas municipais; II - fixar o currículo dos cursos de formação; III - conceder Porte de Arma de Fogo; IV - fiscalizar os cursos mencionados no inciso II; e V - fiscalizar e controlar o armamento e a muniçãoutilizados. Parágrafo único. As competências previstas nosincisos I e II deste artigo não serão objeto deconvênio. Art. 41. Compete ao Comando do Exércitoautorizar a aquisição de armas de fogo e demunições para as Guardas Municipais. Art. 42. O Porte de Arma de Fogo aos profissionaiscitados nos incisos III e IV, do art. 6º, da Lei nº 10.826, de 2003, será concedido desde quecomprovada a realização de treinamento técnicode, no mínimo, sessenta horas para armas derepetição e cem horas para arma semi-automática. § 1º O treinamento de que trata o caput desseartigo deverá ter, no mínimo, sessenta e cinco porcento de conteúdo prático. § 2º O curso de formação dos profissionais dasGuardas Municipais deverá conter técnicas de tirodefensivo e defesa pessoal. § 3º Os profissionais da Guarda Municipal deverãoser submetidos a estágio de qualificaçãoprofissional por, no mínimo, oitenta horas ao ano. § 4º Não será concedido aos profissionais dasGuardas Municipais Porte de Arma de Fogo decalibre restrito, privativos das forças policiais eforças armadas.

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Art. 43. O profissional da Guarda Municipal comPorte de Arma de Fogo deverá ser submetido, acada dois anos, a teste de capacidade psicológicae, sempre que estiver envolvido em evento dedisparo de arma de fogo em via pública, com ousem vítimas, deverá apresentar relatóriocircunstanciado, ao Comando da Guarda Civil e ao órgão Corregedor para justificar o motivo dautilização da arma. Art. 44. A Polícia Federal poderá conceder Portede Arma de Fogo, nos termos no §3º do art. 6º, daLei nº 10.826, de 2003, às Guardas Municipais dosmunicípios que tenham criado corregedoria própriae autônoma, para a apuração de infraçõesdisciplinares atribuídas aos servidores integrantesdo Quadro da Guarda Municipal. Parágrafo único. A concessão a que se refere ocaput dependerá, também, da existência deOuvidoria, como órgão permanente, autônomo eindependente, com competência para fiscalizar,investigar, auditorar e propor políticas dequalificação das atividades desenvolvidas pelos integrantes das Guardas Municipais.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS, FINAIS ETRANSITÓRIAS

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 46. O Ministro da Justiça designará asautoridades policiais competentes, no âmbito da Polícia Federal, para autorizar a aquisição econceder o Porte de Arma de Fogo, que terávalidade máxima de cinco anos. Art. 47. O Ministério da Justiça, por intermédio da Polícia Federal, poderá celebrar convênios com osórgãos de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal para possibilitar a integração, aoSINARM, dos acervos policiais de armas de fogo jáexistentes, em cumprimento ao disposto no incisoVI do art. 2º da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 48. Compete ao Ministério da Defesa e aoMinistério da Justiça: I - estabelecer as normas de segurança a seremobservadas pelos prestadores de serviços detransporte aéreo de passageiros, para controlar oembarque de passageiros armados e fiscalizar oseu cumprimento; II - regulamentar as situações excepcionais dointeresse da ordem pública, que exijam de policiaisfederais, civis e Militar es, integrantes das ForçasArmadas e agentes do Departamento deSegurança do Gabinete de Segurança Institucionalda Presidência da República, o Porte de Arma deFogo a bordo de aeronaves; e III - estabelecer, nas ações preventivas com vistasà segurança da aviação civil, os procedimentos derestrição e condução de armas por pessoas com aprerrogativa de Porte de Arma de Fogo em áreasrestritas aeroportuárias, ressalvada a competênciada Polícia Federal, prevista no inciso III do §1º doart. 144 da Constituição. Parágrafo único. As áreas restritas aeroportuáriassão aquelas destinadas à operação de umaeroporto, cujos acessos são controlados, para osfins de segurança e proteção da aviação civil. Art. 49. A classificação legal, técnica e geral e adefinição das armas de fogo e demais produtoscontrolados, de uso restrito ou permitido são asconstantes do Regulamento para a Fiscalização deProdutos Controlados e sua legislaçãocomplementar. Parágrafo único. Compete ao Comando doExército promover a alteração do Regulamentomencionado no caput, com o fim de adequá-lo aostermos deste Decreto.

Art. 50. Compete, ainda, ao Comando do Exército: I - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de armas, munições e demais produtos controlados,em todo o território nacional; II - estabelecer as dotações em armamento emunição das corporações e órgãos previstos nosincisos II, III, IV, V, VI e VII do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003; e III - estabelecer normas, ouvido o Ministério daJustiça, em cento e oitenta dias: a) para que todas as munições estejamacondicionadas em embalagens com sistema decódigo de barras, gravado na caixa, visandopossibilitar a identificação do fabricante e doadquirente; b) para que as munições comercializadas para osórgãos referidos no art. 6º da Lei nº 10.826, de2003, contenham gravação na base dos estojosque permita identificar o fabricante, o lote de vendae o adquirente; c) para definir os dispositivos de segurança eidentificação previstos no §3º do art. 23 da Lei nº 10.826, de 2003; e IV - expedir regulamentação específica para ocontrole da fabricação, importação, comércio,trânsito e utilização de simulacros de armas defogo, conforme o art. 26 da Lei nº 10.826, de 2003. Art. 51. A importação de armas de fogo, muniçõese acessórios de uso restrito está sujeita ao regimede licenciamento não-automático prévio aoembarque da mercadoria no exterior e dependeráda anuência do Comando do Exército. § 1º A autorização é concedida por meio doCertificado Internacional de Importação. § 2º A importação desses produtos somente seráautorizada para os órgãos de segurança pública epara colecionadores, atiradores e caçadores nascondições estabelecidas em normas específicas. Art. 52. Os interessados pela importação de armasde fogo, munições e acessórios, de uso restrito, aopreencherem a Licença de Importação no SistemaIntegrado de Comércio Exterior - SISCOMEX,deverão informar as características específicas dosprodutos importados, ficando o desembaraçoaduaneiro sujeito à satisfação desse requisito. Art. 53. As importações realizadas pelas ForçasArmadas dependem de autorização prévia doMinistério da Defesa e serão por este controladas. Art. 54. A importação de armas de fogo, muniçõese acessórios de uso permitido e demais produtoscontrolados está sujeita, no que couber, àscondições estabelecidas nos arts. 51 e 52 desteDecreto. Art. 55. A Secretaria da Receita Federal e o Comando do Exército fornecerão à Polícia Federal,as informações relativas às importações de quetrata o art. 54 e que devam constar do cadastro de armas do SINARM. Art. 56. O Comando do Exército poderá autorizar aentrada temporária no país, por prazo definido, de armas de fogo, munições e acessórios para fins dedemonstração, exposição, conserto, mostruário outestes, mediante requerimento do interessado oude seus representantes legais ou, ainda, dasrepresentações diplomáticas do país de origem. § 1º A importação sob o regime de admissãotemporária deverá ser autorizada por meio doCertificado Internacional de Importação. § 2º Terminado o evento que motivou aimportação, o material deverá retornar ao seu paísde origem, não podendo ser doado

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ou vendido noterritório nacional, exceto a doação para os museusdas Forças Armadas e das instituições policiais. § 3º A Receita Federal fiscalizará a entrada esaída desses produtos. § 4º O desembaraço alfandegário das armas emunições trazidas por agentes de segurança dedignitários estrangeiros, em visita ao país, seráfeito pela Receita Federal, com posteriorcomunicação ao Comando do Exército. Art. 57. Fica vedada a importação de armas defogo, seus acessórios e peças, de munições e seuscomponentes, por meio do serviço postal esimilares. Parágrafo único. Fica autorizada, em caráterexcepcional, a importação de peças de armas defogo, com exceção de armações, canos e ferrolho,por meio do serviço postal e similares. Art. 58. O Comando do Exército autorizará aexportação de armas, munições e demais produtoscontrolados. § 1º A autorização das exportações enquadradasnas diretrizes de exportação de produtos de defesarege-se por legislação específica, a cargo doMinistério da Defesa. § 2º Considera-se autorizada a exportação quandoefetivado o respectivo Registro de Exportação, noSistema de Comércio Exterior - SISCOMEX. Art. 59. O exportador de armas de fogo, muniçõesou demais produtos controlados deverá apresentarcomo prova da venda ou transferência do produto,um dos seguintes documentos: I - Licença de Importação (LI), expedida porautoridade competente do país de destino; ou II - Certificado de Usuário Final (End User),expedido por autoridade competente do país dedestino, quando for o caso. Art. 60. As exportações de armas de fogo,munições ou demais produtos controladosconsiderados de valor histórico somente serãoautorizadas pelo Comando do Exército apósconsulta aos órgãos competentes. Parágrafo único. O Comando do Exércitoestabelecerá, em normas específicas, os critériospara definição do termo "valor histórico". Art. 61. O Comando do Exército cadastrará noSIGMA os dados relativos às exportações de armas, munições e demais produtos controlados,mantendo-os devidamente atualizados. Art. 62. Fica vedada a exportação de armas defogo, de seus acessórios e peças, de munição eseus componentes, por meio do serviço postal esimilares. Art. 63. O desembaraço alfandegário de armas emunições, peças e demais produtos controladosserá autorizado pelo Comando do Exército. Parágrafo único. O desembaraço alfandegário de que trata este artigo abrange: I - operações de importação e exportação, sobqualquer regime; II - internação de mercadoria em entrepostosaduaneiros; III - nacionalização de mercadoria entrepostadas; IV - ingresso e saída de armamento e munição deatletas brasileiros e estrangeiros inscritos emcompetições nacionais ou internacionais; V - ingresso e saída de armamento e munição;

VI - ingresso e saída de armamento e munição de Órgãos de segurança estrangeiros, paraparticipação em operações, exercícios e instruçõesde natureza oficial; e VII - as armas de fogo, munições, suas partes epeças, trazidos como bagagem acompanhada oudesacompanhada. Art. 64. O desembaraço alfandegário de armas defogo e munição somente será autorizado após o cumprimento de normas específicas sobremarcação, a cargo do Comando do Exército. Art. 65. As armas de fogo, acessórios ou muniçõesmencionados no art. 25 da Lei nº 10.826, de 2003,serão encaminhados, no prazo máximo dequarenta e oito horas, ao Comando do Exército,para destruição, após a elaboração do laudopericial e desde que não mais interessem aoprocesso judicial., § 1º É vedada a doação, acautelamento ouqualquer outra forma de cessão para órgão,corporação ou instituição, exceto as doações de arma de fogo de valor histórico ou obsoletas paramuseus das Forças Armadas ou das instituiçõespoliciais. § 2º As armas brasonadas ou quaisquer outras deuso restrito poderão ser recolhidas ao Comando doExército pela autoridade competente, para suaguarda até ordem judicial para destruição. § 3º As armas apreendidas poderão serdevolvidas pela autoridade competente aos seuslegítimos proprietários se presentes os requisitosdo art. 4º da Lei no 10.826, de 2003. § 4º O Comando do Exército designará asOrganizações Militares que ficarão incumbidas dedestruir as armas que lhe forem encaminhadaspara esse fim, bem como incluir este dado norespectivo Sistema no qual foi cadastrada a arma. Art. 66. A solicitação de informações sobre aorigem de armas de fogo, munições e explosivosdeverá ser encaminhada diretamente ao órgãocontrolador da Polícia Federal ou do Comando doExército. Art. 67. No caso de falecimento ou interdição doproprietário de arma de fogo, o administrador daherança ou curador, conforme o caso, deveráprovidenciar a transferência da propriedade da armamediante alvará judicial ou autorização firmada portodos os herdeiros, desde que maiores e capazes,aplicando-se ao herdeiro ou interessado na aquisiçãoas disposições do art. 12. (Redação dada peloDecreto nº 6.715, de 2008). § 1º O administrador da herança ou o curadorcomunicará à Polícia Federal ou ao Comando doExército, conforme o caso, a morte ou interdição doproprietário da arma de fogo. (Redação dada peloDecreto nº 6.715, de 2008). § 2º Nos casos previstos no caput deste artigo, aarma deverá permanecer sob a guarda eresponsabilidade do administrador da herança oucurador, depositada em local seguro, até aexpedição do Certificado de Registro e entrega aonovo proprietário. § 3º A inobservância do disposto no § 2º implicaráa apreensão da arma pela autoridade competente,aplicando-se ao administrador da herança ou aocurador as sanções penais cabíveis. (Redação dada pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 67-A. Serão cassadas as autorizações deposse e de porte de arma de fogo do titular a quemseja imputada a prática de crime doloso. (Incluídopelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 1º Nos casos previstos no caput, o proprietáriodeverá entregar a arma de fogo à Polícia Federal,mediante indenização na forma do art. 68, ouprovidenciar sua transferência no prazo máximo de sessenta dias, aplicando-se, ao interessado naaquisição, as disposições do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decreto nº 6.715,de 2008).

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§ 2º A cassação da autorização de posse ou deporte de arma de fogo será determinada a partir doindiciamento do investigado no inquérito policial oudo recebimento da denúncia ou queixa pelo juiz.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 3º Aplica-se o disposto neste artigo a todas asarmas de fogo de propriedade do indiciado ouacusado. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 67-B. No caso do não-atendimento dosrequisitos previstos no art. 12, para a renovação doCertificado de Registro da arma de fogo, oproprietário deverá entregar a arma à PolíciaFederal, mediante indenização na forma do art. 68,ou providenciar sua transferência para terceiro, noprazo máximo de sessenta dias, aplicando-se, aointeressado na aquisição, as disposições do art. 4º da Lei no 10.826, de 2003. (Incluído pelo Decretonº 6.715, de 2008). Parágrafo único. A inobservância do disposto nocaput implicará a apreensão da arma de fogo pelaPolícia Federal ou órgão público por estacredenciado, aplicando-se ao proprietário assanções penais cabíveis. (Incluído pelo Decreto nº6.715, de 2008).

Seção II

Das Disposições Finais e Transitórias

Art. 68. O valor da indenização de que tratam osarts. 31 e 32 da Lei nº 10.826, de 2003, bem comoo procedimento para pagamento, será fixado peloMinistério da Justiça. Parágrafo único. Os recursos financeirosnecessários para o cumprimento do disposto nosarts. 31 e 32 da Lei nº 10.826, de 2003, serãocusteados por dotação específica constante doorçamento do Ministério da Justiça. (Redação dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011) Art. 69. Presumir-se-á a boa-fé dos possuidores eproprietários de armas de fogo queespontaneamente entregá-las na Polícia Federalou nos postos de recolhimento credenciados, nostermos do art. 32 da Lei nº 10.826, de 2003.(Redação dada pelo Decreto nº 7.473, de 2011) Art. 70. A entrega da arma de fogo, acessório oumunição, de que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº10.826, de 2003, deverá ser feita na PolíciaFederal ou nos órgãos e entidades credenciadospelo Ministério da Justiça. (Redação dada peloDecreto nº 7.473, de 2011) § 1º Para o transporte da arma de fogo até o localde entrega, será exigida guia de trânsito, expedidapela Polícia Federal, ou órgão por ela credenciado,contendo as especificações mínimas estabelecidaspelo Ministério da Justiça. (Redação dada peloDecreto nº 7.473, de 2011) § 2º A guia de trânsito poderá ser expedida pelarede mundial de computadores - Internet, na formadisciplinada pelo Departamento de Polícia Federal.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 3º A guia de trânsito não autoriza o porte daarma, mas apenas o seu transporte, desmuniciadas e acondicionada de maneira que não possa serfeito o seu pronto uso e, somente, no percurso nelaautorizado.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 4º O transporte da arma de fogo sem a guia detrânsito ou o transporte com a guia, mas sem aobservância do que nela estiver estipulado, poderásujeitar o infrator às sanções penais cabíveis.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 70-A. Para o registro da arma de fogo de usopermitido ainda não registrada de que trata o art.30 da Lei nº 10.826, de 2003, deverão serapresentados pelo requerente os documentosprevistos no art. 70-C e original e cópia, ou cópiaautenticada, da nota fiscal de compra ou decomprovação da origem lícita da posse, pelosmeios de prova admitidos em direito, ou declaraçãofirmada na qual constem as características da armae a sua condição de proprietário. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008).

Art. 70-B. Para a renovação do Certificado deRegistro de Arma de Fogo de que trata o § 3º doart. 5º da Lei nº 10.826, de 2003, deverão serapresentados pelo requerente os documentosprevistos no art. 70-C e cópia do referidoCertificado ou, se for o caso, do boletim deocorrência comprovando o seu extravio. (Incluídopelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 70-C. Para a renovação do Certificado deRegistro de Arma de Fogo ou para o registro daarma de fogo de que tratam, respectivamente, o §3º do art. 5º e o art. 30 da Lei nº 10.826, de 2003,o requerente deverá: (Incluído pelo Decreto nº6.715, de 2008). I - ter, no mínimo, vinte e cinco anos de idade;(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). II - apresentar originais e cópias, ou cópiasautenticadas, do documento de identificaçãopessoal e do comprovante de residência fixa;(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). III - apresentar o formulário SINARM devidamentepreenchido; e (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). IV - apresentar o certificado de registro provisório ecomprovar os dados pessoais informados, caso oprocedimento tenha sido iniciado pela rede mundialde computadores - Internet. (Incluído pelo Decretonº 6.715, de 2008). § 1º O procedimento de registro da arma de fogo,ou sua renovação, poderá ser iniciado por meio dopreenchimento do formulário SINARM na redemundial de computadores - Internet, cujocomprovante de preenchimento impresso valerácomo certificado de registro provisório, pelo prazode noventa dias. (Incluído pelo Decreto nº 6.715,de 2008). § 2º No ato do preenchimento do formulário pelarede mundial de computadores - Internet, orequerente deverá escolher a unidade da PolíciaFederal, ou órgão por ela credenciado, na qualentregará pessoalmente a documentação exigidapara o registro ou renovação. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008). § 3º Caso o requerente deixe de apresentar adocumentação exigida para o registro ourenovação na unidade da Polícia Federal, ou órgãopor ela credenciado, escolhida dentro do prazo denoventa dias, o certificado de registro provisório,que será expedido pela rede mundial decomputadores - Internet uma única vez, perderá avalidade, tornando irregular a posse da arma.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). § 4º No caso da perda de validade do certificadode registro provisório, o interessado deverá sedirigir imediatamente à unidade da Polícia Federal,ou órgão por ela credenciado, para a regularizaçãode sua situação. (Incluído pelo Decreto nº 6.715,de 2008). § 5º Aplica-se o disposto no art. 70-B à renovaçãodos registros de arma de fogo cujo certificadotenha sido expedido pela Polícia Federal, inclusiveaqueles com vencimento até o prazo previsto no §3º do art. 5º da Lei nº 10.826, de 2003, ficando oproprietário isento do pagamento de taxa nascondições e prazos da Tabela constante do Anexoà referida Lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 6º Nos requerimentos de registro ou derenovação de Certificado de Registro de Arma deFogo em que se constate a existência de cadastroanterior em nome de terceiro, será feita noSINARM a transferência da arma para o novoproprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 7º Nos requerimentos de registro ou derenovação de Certificado de Registro de Arma deFogo em que se constate a existência de cadastroanterior em nome de terceiro e a ocorrência defurto, roubo, apreensão ou extravio, será feita noSINARM a transferência da arma para o novoproprietário e a respectiva arma de fogo deverá serentregue à Polícia Federal para posteriorencaminhamento à autoridade policial

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ou judicialcompetente. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 8º No caso do requerimento de renovação doCertificado de Registro de que trata o § 6º, alémdos documentos previstos no art. 70-B, deverá sercomprovada a origem lícita da posse, pelos meiosde prova admitidos em direito, ou, ainda,apresentada declaração firmada na qual constemas características da arma e a sua condição deproprietário. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). § 9º Nos casos previstos neste artigo, além dosdados de identificação do proprietário, o Certificadode Registro provisório e o definitivo deverão conter,no mínimo, o número de série da arma de fogo, amarca, a espécie e o calibre. (Incluído pelo Decretonº 6.715, de 2008). Art. 70-D. Não se aplicam as disposições do § 6º do art. 70-C às armas de fogo cujos Certificados deRegistros tenham sido expedidos pela PolíciaFederal a partir da vigência deste Decreto e cujastransferências de propriedade dependam de préviaautorização. (Incluído pelo Decreto nº 6.715, de2008). Art. 70-E. As armas de fogo entregues nacampanha do desarmamento não serãosubmetidas a perícia, salvo se estiverem com onúmero de série ilegível ou houver dúvidas quantoà sua caracterização como arma de fogo, podendo,nesse último caso, serem submetidas a simplesexame de constatação. (Incluído pelo Decreto nº6.715, de 2008). Parágrafo único. As armas de fogo de que trata ocaput serão, obrigatoriamente, destruídas.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 70-F. Não poderão ser registradas ou teremseu registro renovado as armas de fogoadulteradas ou com o número de série suprimido.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Parágrafo único. Nos prazos previstos nos arts. 5º,§ 3º, e 30 da Lei nº 10.826, de 2003, as armas de que trata o caput serão recolhidas, medianteindenização, e encaminhadas para destruição.(Incluído pelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 70-G. Compete ao Ministério da Justiçaestabelecer os procedimentos necessários àexecução da campanha do desarmamento e aoDepartamento de Polícia Federal a regularizaçãode armas de fogo. (Redação dada pelo Decreto nº7.473, de 2011) Art. 70-H. As disposições sobre entrega de armasde que tratam os arts. 31 e 32 da Lei nº 10.826, de2003, não se aplicam às empresas de segurançaprivada e transporte de valores. (Incluído peloDecreto nº 6.715, de 2008). Art. 71. Será aplicada pelo órgão competente pelafiscalização multa no valor de: I - R$ 100.000,00 (cem mil reais): a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário,ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre que permitao transporte de arma de fogo, munição ouacessórios, sem a devida autorização, ou cominobservância das normas de segurança; e b) à empresa de produção ou comércio de armamentos que realize publicidade estimulando avenda e o uso indiscriminado de armas de fogo,acessórios e munição, exceto nas publicaçõesespecializadas; II - R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), semprejuízo das sanções penais cabíveis: a) à empresa de transporte aéreo, rodoviário,ferroviário, marítimo, fluvial ou lacustre quedeliberadamente, por qualquer meio, faça, promovaou facilite o transporte de arma ou munição sem adevida autorização ou com inobservância dasnormas de segurança; e

b) à empresa de produção ou comércio de armamentos, na reincidência da hipótesemencionada no inciso I, alínea "b"; e III - R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), semprejuízo das sanções penais cabíveis, na hipótesede reincidência da conduta prevista na alínea "a",do inciso I, e nas alíneas "a" e "b", do inciso II. Art. 72. A empresa de segurança e de transportede valores ficará sujeita às penalidades de quetrata o art. 23 da Lei nº 7.102, de 20 de junho de1983, quando deixar de apresentar, nos termos doart. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei nº 10.826, de 2003: I- a documentação comprobatória dopreenchimento dos requisitos constantes do art. 4º da Lei nº 10.826, de 2003, quanto aos empregadosque portarão arma de fogo; ou II-semestralmente, ao SINARM, a listagematualizada de seus empregados. Art. 74. Os recursos arrecadados em razão dastaxas e das sanções pecuniárias de caráteradministrativo previstas neste Decreto serãoaplicados na forma prevista no § 1º do art. 11 daLei nº 10.826, de 2003. Parágrafo único. As receitas destinadas aoSINARM serão recolhidas ao Banco do Brasil S.A.,na conta “Fundo para Aparelhamento eOperacionalização das Atividades-Fim da PolíciaFederal”, e serão alocadas para oreaparelhamento, manutenção e custeio dasatividades de controle e fiscalização da circulaçãode armas de fogo e de repressão a seu tráficoilícito, a cargo da Polícia Federal. (Redação dadapelo Decreto nº 6.715, de 2008). Art. 75. Serão concluídos em sessenta dias, apartir da publicação deste Decreto, os processosde doação, em andamento no Comando doExército, das armas de fogo apreendidas erecolhidas na vigência da Lei nº 9.437, de 20 defevereiro de 1997. Art. 76. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 77. Ficam revogados os Decretos nºs 2.222,de 8 de maio de 1997, 2.532, de 30 de março de1998, e 3.305, de 23 de dezembro de 1999. Brasília, 1º de julho de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz Bastos

José Viegas Filho

DECRETO Nº 5.289 DE 29 DENOVEMBRO DE 2004.

Disciplina a organização e o funcionamento da administração pública federal, paradesenvolvimento do programa de cooperação federativa denominado Força Nacional de Segurança Pública, e dá outras providências. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso dasatribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV eVI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista odisposto nos arts. 1º, 3º, parágrafo único, e 4º,caput e § 1º, da Lei nº 10.201, de 14 de fevereirode 2001, e Considerando o disposto nos arts. 144 e 241 daConstituição e o princípio de solidariedadefederativa que orienta o desenvolvimento dasatividades do sistema único de segurança pública; DECRETA: Art. 1º Este Decreto disciplina as regras gerais deorganização e funcionamento da administraçãopública federal, para desenvolvimento do programade cooperação federativa

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denominado ForçaNacional de Segurança Pública, ao qual poderãovoluntariamente aderir os Estados interessados,por meio de atos formais específicos. Art. 2º A Força Nacional de Segurança Públicaatuará em atividades destinadas à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e dopatrimônio, nas hipóteses previstas neste Decretoe no ato formal de adesão dos Estados e do Distrito Federal. (Redação dada pelo Decreto nº7.318, de 2010). Art. 2º-A. A atuação dos servidores civis nasatividades desenvolvidas no âmbito da ForçaNacional de Segurança Pública, conforme previstonos arts. 3º e 5º da Lei nº 11.473, de 10 de maiode 2007, compreende: (Incluído pelo Decreto nº7.318, de 2010). I - auxílio às ações de polícia judiciária estadual nafunção de investigação de infração penal, para aelucidação das causas, circunstâncias, motivos,autoria e materialidade; (Incluído pelo Decreto nº7.318, de 2010). II - auxílio às ações de inteligência relacionadas àsatividades destinadas à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e dopatrimônio; (Incluído pelo Decreto nº 7.318, de2010). III - realização de atividades periciais e deidentificação civil e criminal destinadas a colher eresguardar indícios ou provas da ocorrência defatos ou de infração penal; (Incluído pelo Decretonº 7.318, de 2010). IV - auxílio na ocorrência de catástrofes ou desastres coletivos, inclusive para reconhecimento de vitimados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.957, de 2013) V - apoio a ações que visem à proteção de indivíduos, grupos e órgãos da sociedade que promovam e protejam os direitos humanos e as liberdades fundamentais; e (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) VI - apoio às atividades de conservação e policiamento ambiental. (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) § 1º As atividades de cooperação federativa serãodesenvolvidas sob a coordenação conjunta da União e do ente convenente. (Incluído pelo Decretonº 7.318, de 2010). § 2º A presidência do inquérito policial seráexercida pela autoridade policial da circunscriçãolocal, nos termos do art. 4º do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código deProcesso Penal. (Incluído pelo Decreto nº 7.318,de 2010). Art. 2º-B Fica instituída a Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública, com os seguintes objetivos: (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) I - apoiar as ações de fiscalização ambiental desenvolvidas por órgãos federais, estaduais, distritais e municipais na proteção do meio ambiente; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) II - atuar na prevenção a crimes e infrações ambientais; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) III - executar tarefas de defesa civil em defesa do meio ambiente; (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) IV - auxiliar as ações da polícia judiciária na investigação de crimes ambientais; e (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) V - prestar auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre impactos ambientais negativos. (Incluído pelo Decreto nº 7.957, de 2013) Art. 3º Nas atividades da Força Nacional deSegurança Pública, serão atendidos, dentre outros,os seguintes princípios:

I - respeito aos direitos individuais e coletivos,inclusive à integridade moral das pessoas; II - uso moderado e proporcional da força; III - unidade de comando; IV - eficácia; V - pronto atendimento; VI - emprego de técnicas proporcionais eadequadas de controle de distúrbios civis; VII - qualificação especial para gestão de conflitos;e VIII - solidariedade federativa. Art. 4º A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de Ministro de Estado. (Redação dada pelo Decreto nº 7.957, de 2013) § 1º Compete ao Ministro de Estado da Justiçadeterminar o emprego da Força Nacional deSegurança Pública, que será episódico eplanejado. § 2º O contingente mobilizável da Força Nacionalde Segurança Pública será composto porservidores que tenham recebido, do Ministério daJustiça, treinamento especial para atuaçãoconjunta, integrantes das polícias federais e dosórgãos de segurança pública dos Estados quetenham aderido ao programa de cooperaçãofederativa. § 3º O ato do Ministro de Estado da Justiça quedeterminar o emprego da Força Nacional deSegurança Pública conterá: I - delimitação da área de atuação e limitação doprazo nos quais as atividades da Força Nacional deSegurança Pública serão desempenhadas; II - indicação das medidas de preservação da ordem pública a serem implementadas; e III - as diretrizes que nortearão o desenvolvimentodas operações de segurança pública. § 4º As atribuições dos integrantes dos órgãos desegurança pública envolvidos em atividades daForça Nacional de Segurança Pública são aquelasprevistas no art. 144 da Constituição e na legislação em vigor. § 5º O Ministério da Justiça deverá assegurarcontingente permanente mínimo de quinhentoshomens da Força Nacional de Segurança Públicatreinados para emprego imediato. (Incluído peloDecreto nº 6.189, de 2007) Art. 5º Os servidores de órgãos de segurançapública mobilizados para atuar de forma integrada,no programa de cooperação federativa, ficarão sobcoordenação do Ministério da Justiça enquantodurar sua mobilização, mas não deixam de integraro quadro funcional de seus respectivos órgãos. § 1º a § 4º (Revogado pelo Decreto nº 6.189, de2007) Parágrafo único. Os servidores civis e Militar esdos Estados e do Distrito Federal que participaremde atividades desenvolvidas em decorrência deconvênio de cooperação de que trata este Decretofarão jus ao recebimento de diária, a ser paga na forma prevista pelo art. 6º da Lei nº 11.473, de 10de maio de 2007. (Incluído pelo Decreto nº 6.189,de 2007) Art. 6º O Ministério da Justiça, consultados osEstados que aderirem ao programa de cooperaçãofederativa, elaborará proposta para a provisão deassistência médica e seguro de vida e de acidentesdos servidores mobilizados, vitimados quando ematuação efetiva em operações da Força Nacionalde Segurança Pública.

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Art. 7º Caso algum servidor militar mobilizadovenha a responder a inquérito policial ou aprocesso judicial por sua atuação efetiva emoperações da Força Nacional de SegurançaPública, poderá ser ele representado judicialmentepela Advocacia-Geral da União, nos termos do art.22, parágrafo único, da Lei nº 9.028, de 12 de abrilde 1995. Art. 8º Os servidores dos Estados mobilizadospara atuar em operação da Força Nacional deSegurança Pública serão designados peloMinistério da Justiça. Art. 9º A União poderá fornecer recursos humanose materiais complementares ou suplementaresquando forem inexistentes, indisponíveis,inadequados ou insuficientes os recursos dosórgãos estaduais, para o desempenho dasatividades da Força Nacional de SegurançaPública. § 1º As Forças Armadas, por autorizaçãoespecífica do Presidente da República, e outrosórgãos federais desvinculados do Ministério daJustiça poderão oferecer instalações, recursos deinteligência, transporte, logística e treinamento demodo a contribuir com as atividades da ForçaNacional de Segurança Pública. § 2º Em caso de emprego das Forças Armadaspara a garantia da lei e da ordem, na forma da legislação específica, o Presidente da Repúblicapoderá determinar ao Ministério da Justiça quecoloque à disposição do Ministério da Defesa osrecursos materiais da Força Nacional deSegurança Pública. § 3º Os Estados também poderão participar deoperações conjuntas da Força Nacional deSegurança Pública, fornecendo recursos materiaise logísticos. Art. 10. Caberá ao Ministério da Justiça: I - coordenar o planejamento, o preparo e amobilização da Força Nacional de SegurançaPública, compreendendo: a) mobilização, coordenação e definição daestrutura de comando dos integrantes da ForçaNacional de Segurança Pública; b) administração e disposição dos recursosmateriais e financeiros necessários ao emprego daForça Nacional de Segurança Pública; c) realização de consultas a outros órgãos daadministração pública federal sobre quaisqueraspectos pertinentes às atividades da ForçaNacional de Segurança Pública; d) solicitação de apoio da administração dosEstados e do Distrito Federal às atividades daForça Nacional de Segurança Pública, respeitandosea organização federativa; e e) inteligência e gestão das informaçõesproduzidas pelos órgãos de segurança pública; II - providenciar a aquisição de bens eequipamentos necessários às atividades da ForçaNacional de Segurança Pública e gerir programasde apoio material e reaparelhamento dirigidos aos órgãos de segurança pública dos Estados e do Distrito Federal, com recursos do Fundo Nacionalde Segurança Pública, após o aprovo do seuConselho Gestor, na forma do parágrafo único doart. 3º e § 1º do art. 4º da Lei nº 10.201, de 14 defevereiro de 2001; III - estabelecer os critérios de seleção etreinamento dos servidores integrantes da ForçaNacional de Segurança Pública; IV - selecionar e treinar os servidores policiais que os Governadores dos Estados participantes doprograma de cooperação federativa colocarem àdisposição da Força Nacional de SegurançaPública; V - realizar o planejamento orçamentário e agestão financeira relativos à execução dasatividades da Força Nacional de SegurançaPública, de acordo com as autorizações

doConselho Gestor do Fundo Nacional de SegurançaPública, na forma do parágrafo único do art. 3º e §1º do art. 4º da Lei nº 10.201, de 2001; VI - estabelecer a interlocução com os Estados e oDistrito Federal, bem assim com órgãos desegurança pública e do Governo Federal, para adisponibilização de recursos humanos, materiais efinanceiros necessários ao funcionamento da ForçaNacional de Segurança Pública; e VII - definir, de acordo com a legislação específicaem vigor, os sinais exteriores de identificação e ouniforme dos servidores policiais mobilizados paraatuar nas operações da Força Nacional deSegurança Pública. Art. 11. A estrutura hierárquica existente nosórgãos de segurança pública da União, dosEstados e do Distrito Federal e o princípio daunidade de comando serão observados nasoperações da Força Nacional de SegurançaPública. Art. 12. As aquisições de equipamentos,armamentos, munições, veículos, aeronaves eembarcações para uso em treinamento eoperações coordenadas da Força Nacional deSegurança Pública serão feitas mediante critériostécnicos de qualidade, quantidade, modernidade,eficiência e resistência, apropriados ao uso emações de segurança destinadas à preservação da ordem pública, com respeito à integridade físicadas pessoas. Parágrafo único. Caberá ao Ministério da Justiçaestabelecer os parâmetros administrativos eespecificações técnicas para o atendimento docontido neste artigo. Art. 13. Fica o Ministério da Justiça autorizado acelebrar com os Estados interessados convênio decooperação federativa, nos termos e para os finsespecíficos deste Decreto. Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de novembro de 2004; 183º da Independência e 116º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Márcio Thomaz Bastos

Este texto não substitui o publicado no DOU de30.11.2004.

DECRETO Nº 6.386, DE 29 DEFEVEREIRO DE 2008.

Regulamenta o art. 45 da Lei nº 8.112, de 11 dedezembro de 1990, e dispõe sobre oprocessamento das consignações em folha depagamento no âmbito do Sistema Integrado de administração de Recursos Humanos - SIAPE. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso daatribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituição, e tendo em vista o disposto no art. 45da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, DECRETA: Art. 1º O processamento dos descontosobrigatórios e facultativos de que trata o art. 45 daLei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 , emrelação aos servidores do Poder Executivo e àsconsignações em folha de pagamento no âmbito doSistema Integrado de Administração de RecursosHumanos - SIAPE, ficam regulamentados segundoas disposições deste Decreto. Art. 2º Considera-se, para fins deste Decreto: I - consignatário: pessoa física ou jurídica de direitopúblico ou privado destinatária dos créditosresultantes das consignações compulsória oufacultativa, em decorrência de relação jurídicaestabelecida por contrato com o consignado;

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II - consignante: órgão ou entidade daadministração pública federal direta ou indireta, queprocede, por intermédio do SIAPE, descontosrelativos às consignações compulsória e facultativana ficha financeira do servidor público ativo, doaposentado ou do beneficiário de pensão, em favordo consignatário; III - consignado: servidor público integrante daadministração pública federal direta ou indireta,ativo, aposentado, ou beneficiário de pensão, cujafolha de pagamento seja processada pelo SIAPE, eque por contrato tenha estabelecido com oconsignatário relação jurídica que autorize odesconto da consignação; IV - consignação compulsória: desconto incidentesobre a remuneração, subsídio ou proventoefetuado por força de lei ou mandado judicial; V - consignação facultativa: desconto incidentesobre a remuneração, subsídio ou provento,mediante autorização prévia e formal dointeressado, na forma deste Decreto; VI - suspensão da consignação: sobrestamentopelo período de até doze meses de umaconsignação individual efetuada na ficha financeirade um consignado; VII - exclusão da consignação: cancelamentodefinitivo de uma consignação individual efetuadana ficha financeira de um consignado; VIII - desativação temporária do consignatário:inabilitação do consignatário pelo período de atédoze meses, vedada inclusão de novasconsignações no SIAPE e alterações das jáefetuadas; IX - descredenciamento do consignatário:inabilitação do consignatário, com rescisão doconvênio firmado com o Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão, bem como adesativação de sua rubrica e perda da condição decadastrada no SIAPE, ficando vedada qualqueroperação de consignação no SIAPE pelo períodode sessenta meses; e X - inabilitação permanente do consignatário:impedimento permanente de cadastramento doconsignatário e da celebração de novo convêniocom o Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão para operações de consignação. Art. 3º São consignações compulsórias: I - contribuição para o Plano de Seguridade Socialdo Servidor Público; II - contribuição para a Previdência Social; III - obrigações decorrentes de decisão judicial ouadministrativa; IV - imposto sobre renda e proventos de qualquernatureza; V - reposição e indenização ao erário; VI - custeio parcial de benefício e auxíliosconcedidos pela administração pública federaldireta e indireta, cuja folha de pagamento sejaprocessada pelo SIAPE; VII - contribuição em favor de sindicato ouassociação de caráter sindical ao qual o servidorseja filiado ou associado, na forma do art. 8º, incisoIV, da Constituição, e do art. 240, alínea “c”, da Lei nº 8.112, de 1990 ; VIII - contribuição para entidade fechada deprevidência complementar a que se refere o art. 40,§ 15, da Constituição, durante o período pelo qualperdurar a adesão do servidor ao respectivoregime; IX - contribuição efetuada por empregados daadministração pública federal indireta, cuja folha depagamento seja processada pelo SIAPE, paraentidade fechada de previdência complementar;

X - taxa de ocupação de imóvel funcional em favorde órgãos da administração pública federal direta,autárquica e fundacional; XI - taxa relativa a aluguel de imóvel residencial de que seja a União proprietária ou possuidora, nostermos do Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de setembrode 1946; e XII - outras obrigações decorrentes de imposiçãolegal. Art. 4º São consignações facultativas, na seguinteordem de prioridade: I - contribuição para serviço de saúde prestadodiretamente por órgão público federal, ou paraplano de saúde prestado mediante celebração deconvênio ou contrato com a União, por operadoraou entidade aberta ou fechada; II - co-participação para plano de saúde deentidade aberta ou fechada ou de autogestãopatrocinada; III - mensalidade relativa a seguro de vida origináriade empresa de seguro; IV - pensão alimentícia voluntária, consignada emfavor de dependente indicado no assentamentofuncional do servidor; V - contribuição em favor de fundação instituídacom a finalidade de prestação de serviços aservidores públicos ou em favor de associaçãoconstituída exclusivamente por servidores públicosativos, inativos ou pensionistas e que tenha porobjeto social a representação ou prestação de serviços a seus membros; (Redação dada peloDecreto nº 6.574, de 2008). VI - contribuição ou integralização de quota-parteem favor de cooperativas constituídas porservidores públicos, na forma da lei, com afinalidade de prestar serviços a seus cooperados;(Redação dada pelo Decreto nº 6.574, de 2008). VII - contribuição ou mensalidade para plano deprevidência complementar, excetuados os casos previstos nos incisos VIII e IX do art. 3º; VIII - prestação referente a empréstimo concedidopor cooperativas de crédito constituídas, na formada lei, com a finalidade de prestar serviçosfinanceiros a seus cooperados; (Redação dadapelo Decreto nº 6.574, de 2008). IX - prestação referente a empréstimo oufinanciamento concedidos por entidades bancárias,caixas econômicas ou entidades integrantes doSistema Financeiro da Habitação; (Redação dadapelo Decreto nº 6.967, de 2009). X - prestação referente a empréstimo oufinanciamento concedidos por entidade aberta oufechada de previdência privada; e (Redação dadapelo Decreto nº 6.967, de 2009). XI - prestação referente a financiamento imobiliárioconcedido por companhia imobiliária integrante daadministração pública indireta da União, Estados eDistrito Federal e cuja criação tenha sidoautorizada por lei. (Incluído pelo Decreto nº 6.967,de 2009). Parágrafo único. Para os efeitos do inciso V docaput, considerar-se-á associação constituídaexclusivamente por servidores públicos as quetambém mantenham, em seus quadros, membrosque sejam dependentes de servidores públicosativos, inativos ou pensionistas e as que possuamsócios a título honorífico, ainda que sem vínculo com o serviço público. (Incluído pelo Decreto nº6.574, de 2008). Art. 5º Compete à Secretaria de RecursosHumanos do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão efetuar o cadastramento dosconsignatários de que trata este Decreto. Art. 6º O processamento das consignaçõesfacultativas de que trata o art. 4º dependerá doressarcimento dos custos administrativos decadastramento, manutenção e utilização

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dosistema de pactuação contratual entreconsignatários e consignados. Parágrafo único. Caberá à Secretaria de RecursosHumanos do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão disciplinar a forma decobrança e recolhimento, os prazos e os valoresdos custos de que trata o caput e definir os casosde eventuais isenções em razão da natureza dasconsignações. Art. 7º A habilitação para o processamento deconsignações dependerá de prévio cadastramentoe recadastramento dos consignatários, a serrealizado anualmente de acordo com cronograma aser estabelecido pela Secretaria de RecursosHumanos do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão. (Redação dada pelo Decretonº 6.574, de 2008). § 1º O cadastramento de que trata o caput serárequerido pelo consignatário ou pelo consignado,no caso de pensão alimentícia voluntária, conformeexigências disciplinadas em ato da Secretaria deRecursos Humanos do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão. § 2º Caso aprovado o requerimento de que trata o§ 1º, a Secretaria de Recursos Humanos doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestãofirmará convênio com o consignatário, que disporásobre os direitos e obrigações das partes eprovidenciará a criação de rubrica para aquelasmodalidades de consignação ainda nãocadastradas no SIAPE. Art. 8º A soma mensal das consignaçõesfacultativas de cada consignado não excederá atrinta por cento da respectiva remuneração,excluído do cálculo o valor pago a título decontribuição para serviços de saúde patrocinadospor órgãos ou entidades públicas, na formaprevista nos incisos I e II do art. 4º. (Redação dadapelo Decreto nº 6.574, de 2008). § 1º Para os efeitos do disposto neste Decreto,considera-se a remuneração a que se refere ocaput a soma dos vencimentos com os adicionaisde caráter individual e demais vantagens, nestascompreendidas as relativas à natureza ou ao localde trabalho e a prevista no art. 62-A da Lei nº 8.112, de 1990, ou outra paga sob o mesmofundamento, sendo excluídas: I - diárias; II - ajuda-de-custo; III - indenização da despesa do transporte quandoo servidor, em caráter permanente, for mandadoservir em nova sede; IV - salário-família; V - gratificação natalina; VI - auxílio-natalidade; VII - auxílio-funeral; VIII - adicional de férias; IX - adicional pela prestação de serviçoextraordinário; X - adicional noturno; XI - adicional de insalubridade, de periculosidadeou de atividades pe nosas; e XII - qualquer outro auxílio ou adicionalestabelecido por lei e que tenha caráterindenizatório. § 2º As disposições deste artigo aplicam-se, noque couber, aos empregados públicos federais edemais servidores, cujas folhas de pagamentosejam processadas pelo SIAPE, observado odisciplinamento a cargo do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão. Art. 9º As consignações compulsórias prevalecemsobre as facultativas.

§ 1º Não será permitido o desconto deconsignações facultativas até o limite de trinta porcento, quando a sua soma com as compulsóriasexceder a setenta por cento da remuneração doconsignado. § 2º Na hipótese em que a soma dasconsignações compulsórias e facultativas venha aexceder o limite definido no § 1º, serão suspensasas facultativas até a adequação ao limite,observando-se para tanto, a ordem de prioridadedefinida no art. 4º. § 3º Somente será admitida a operação deconsignações facultativas até o limite da margemconsignável estabelecida no § 1º. § 4º Não será incluída ou processada no SIAPE aconsignação que implique excesso do limite damargem consignável estabelecida no § 1º,independentemente da ordem de prioridadeestabelecida no art. 4º. § 5º Ressalvado o financiamento de imóvel residencial e aquele previsto no inciso XI do caput do art. 4º, os empréstimos ou financiamentos realizados pelas entidades a que se referem os incisos VIII, IX e X do caput do art. 4º deverão ser amortizáveis até o limite de noventa e seis meses. (Redação dada pelo Decreto nº 8.321, de 2014). Art. 10. São requisitos exigidos para fins decadastramento e recadastramento: I - de todas as entidades: a) estar regularmente constituída; b) possuir escrituração e registros contábeisconforme legislação específica; e c) possuir regularidade fiscal comprovada;, II - das entidades referidas no inciso V do art. 4º: a) possuir autorização para funcionamento há pelome nos dois anos; e b) possuir e manter número mínimo de quinhentosassociados, ou número mínimo de associadosequivalentes a oitenta por cento do total deservidores da categoria, carreira, quadro depessoal ou base territorial ou geográfica querepresentam. (Redação dada pelo Decreto nº6.574, de 2008). III - das entidades referidas nos incisos VIII e IX doart. 4º: a) possuir autorização de funcionamento expedidapelo Banco Central do Brasil; e b) atender a outras exigências previstas na legislação federal aplicável à espécie; IV - das entidades a que se refere o inciso X do art.4º: a) possuir autorização de funcionamento expedidapela Superintendência de Seguros Privados -SUSEP; e b) atender a outras exigências previstas na legislação federal aplicável à espécie. Art. 11. As entidades beneficiárias dasconsignações de que trata o art. 4º, exceto oconsignatário daquela constante no inciso IV,deverão comprovar, periodicamente, na forma eprazos estabelecidos em portaria a ser expedidapela Secretaria de Recursos Humanos doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão,a manutenção do atendimento das condiçõesexigidas neste Decreto, por intermédio dorecadastramento anual, bem como apresentarquadro demonstrativo de bens e serviçosoferecidos aos consignados para divulgação. Art. 12. Os consignatários de que tratam os incisosVIII, IX e X do art. 4º deverão, até o último dia decada mês, lançar para

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divulgação em sítio próprionos termos definidos em portaria da Secretaria deRecursos Humanos do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão, informação quanto às taxasmáximas de juros e todos os demais encargosinerentes à operação que serão praticados naconcessão de empréstimo pessoal no mêssubseqüente. § 1º As taxas de juros praticadas deverãoobedecer ao limite máximo estabelecido em ato doMinistro de Estado do Planejamento, Orçamento eGestão. § 2º O não-cumprimento da obrigação prevista nocaput implicará desativação temporária doconsignatário até a regularização da situaçãoinfracional. § 3º A reincidência no descumprimento dodisposto no caput em período de doze mesesimplicará o descredenciamento do consignatário. § 4º A Secretaria de Recursos Humanos doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestãonão será responsável pelos dados informados peloconsignatário, competindo-lhe, sempre queprovocada na forma do art. 13, a adoção deprovidências nos casos em que as taxas eencargos praticados divergirem daquelasinformadas. Art. 13. No caso de desconto indevido, o servidordeverá formalizar termo de ocorrência junto àunidade de recursos humanos a que estejavinculado, no qual constará a sua identificaçãofuncional e exposição sucinta dos fatos. § 1º No caso de formalização do termo deocorrência de que trata o caput, a respectivaunidade de recursos humanos deverá notificar oconsignatário em até cinco dias para comprovar aregularidade do desconto, no prazo de três dias. § 2º Não ocorrendo a comprovação daregularidade do desconto, serão suspensas asconsignações irregulares e instaurado processoadministrativo para apuração dos fatos. § 3º Instaurado o processo administrativo, de quetrata o § 2º, o consignatário terá cinco dias paraapresentação de defesa. § 4º No curso do processo administrativo, a autoridade responsável pelo julgamento poderásuspender a consignação por meio de decisãodevidamente motivada. Art. 14. Os valores referentes a descontosconsiderados indevidos deverão ser integralmenteressarcidos ao prejudicado no prazo máximo detrinta dias contados da constatação dairregularidade, na forma pactuada entre oconsignatário e o consignado. Parágrafo único. O descumprimento do dispostono caput implica desativação temporária doconsignatário, nos termos do inciso IV do art. 18. Art. 15. A consignação em folha de pagamentonão implica co-responsabilidade dos órgãos e dasentidades da administração pública federal direta eindireta, cuja folha de pagamento seja processadapelo SIAPE, por dívidas ou compromissos denatureza pecuniária, assumidos pelo consignadojunto ao consignatário. Art. 16. As consignações em folha previstas no art.4º poderão, por decisão motivada, a qualquertempo ser: I - suspensas, no todo ou em parte, por interesseda administração, observados os critérios deconveniência e oportunidade, após préviacomunicação à entidade consignatária,resguardados os efeitos jurídicos produzidos poratos pretéritos, ou por interesse do consignatárioou consignante, mediante solicitação expressa; e II - excluídas por interesse da administração,observados os critérios de conveniência eoportunidade, após prévia comunicação aoconsignatário, resguardados os efeitos jurídicosproduzidos em atos pretéritos, ou por interesse

doconsignatário ou consignante, mediante solicitaçãoexpressa. Parágrafo único. As consignações referidas nosincisos VIII, IX, X e XI do art. 4º somente poderãoser excluídas a pedido do consignado medianteprévia aquiescência do consignatário e decisãomotivada do consignante. (Redação dada peloDecreto nº 6.967, de 2009). Art. 17. Ocorrerá, ainda, a exclusão daconsignação nas seguintes hipóteses: I - quando restar comprovada a irregularidade daoperação, que implique vício insanável; e II - pela não utilização da rubrica pela entidadedurante o período de seis meses ininterruptos. Art. 18. Além da hipótese prevista no § 2º do art.12, ocorrerá a desativação temporária doconsignatário: I - quando constatada irregularidade nocadastramento, recadastramento, ou emprocessamento de consignação; II - que deixar de prestar informações ouesclarecimentos nos prazos solicitados pelaadministração; III - que deixar de apresentar o comprovante dorecolhimento dos custos de que trata o art. 6º; e IV - que deixar de efetuar o ressarcimento aoconsignado nos termos previstos no art. 14. Parágrafo único. A desativação temporáriapermanecerá até a regularização da situaçãoinfracional do consignatário, observada a hipóteseprevista no inciso V do art. 19. Art. 19. Ocorrerá o descredenciamento doconsignatário quando: I - ceder a terceiros, a qualquer título, rubricas deconsignação; II - permitir que terceiros procedam a consignaçõesno SIAPE; III - utilizar rubricas para descontos não previstasno art. 4º; IV - reincidir em práticas que impliquem suadesativação temporária; e V - não regularizar em seis meses a situação queensejou sua desativação temporária. Art. 20. Ocorrerá a inabilitação permanente doconsignatário nas hipóteses de: I - reincidência em práticas que impliquem seudescredenciamento; II - comprovada prática de ato lesivo ao servidor ouà administração, mediante fraude, simulação, oudolo; e III - prática de taxas de juros e encargos diversosdos informados à Secretaria de Recursos Humanosdo Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão em atendimento à exigência do art. 12, naconcessão de empréstimo pessoal. Art. 21. O consignado ficará impedido, peloperíodo de até sessenta meses, de incluir novasconsignações em seu contracheque quandoconstatado, em processo administrativo, prática deirregularidade, fraude, simulação ou dolo relativoao sistema de consignações. Art. 22. A competência para instauração deprocesso administrativo para cumprimento dodisposto nos arts. 16 a 21 será definida em ato doSecretário de Recursos Humanos do Ministério doPlanejamento, Orçamento e Gestão, assegurandosea ampla defesa e o devido processo legal.

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Art. 23. O Ministério do Planejamento, Orçamentoe Gestão editará ato com normas complementaresnecessárias à execução deste Decreto, inclusiveem relação aos membros da Polícia Militar e doCorpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e,no que couber, dos ex-Territórios. Art. 24. O disposto neste Decreto se aplica,também, aos servidores ativos, inativos epensionistas de que trata o § 3º do art. 1º da Lei nº 10.633, de 27 de dezembro de 2002, e aosempregados públicos da administração públicafederal indireta, cujas folhas de pagamento sejamprocessadas pelo SIAPE, excetuados os casosregidos pela Lei nº 10.820, de 17 de dezembro de2003. Art. 25. Os consignatários que atualmente operamno SIAPE terão prazo até 30 de novembro de 2008para adequação às normas deste Decreto.(Redação dada pelo Decreto nº 6.574, de 2008). § 1º Os consignatários que não firmarem convêniocom o Ministério do Planejamento, Orçamento eGestão no prazo a que se refere o caput serãoexcluídos do SIAPE e ficarão impedidos de realizarnovas operações de consignação. § 2º As consignações relativas à amortização deempréstimos e financiamentos firmados navigência do Decreto nº 4.961, de 20 de janeiro de2004, poderão permanecer no sistema até o termofinal de sua vigência, vedada nesta hipótese apromoção de alterações de qualquer naturezaquanto às operações mantidas. § 3º As entidades interessadas somente poderãooperar novas consignações no SIAPE quandocadastradas e habilitadas na forma do art. 7º emediante celebração de convênio com o Ministériodo Planejamento, Orçamento e Gestão. Art. 26. A partir da data de publicação desteDecreto, não serão firmados contratos ouconvênios, ou admitidas novas consignações, quenão atendam às exigências nele previstas. Art. 27. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Art. 28. Fica revogado o Decreto nº4.961, de 20de janeiro de 2004. Brasília, 29 de fevereiro de 2008; 187º da Independência e 120º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Paulo Bernardo Silva

DECRETO Nº 7.165, DE 29 DE ABRIL DE2010.

Regulamenta o inciso I do art. 48 da Lei nº 6.450,de 14 de outubro de 1977, que dispõe sobre aorganização básica da Polícia Militar do Distrito Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso daatribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, daConstituição, e tendo em vista o disposto nos arts.41, 48, inciso I, e 49 da Lei nº 6.450, de 14 deoutubro de 1977, DECRETA:

CAPÍTULO I

DA INTRODUÇÃO

Art. 1º A organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal compreende o Comando-Geral eos órgãos de direção-geral e de direção setorial da Corporação.

CAPÍTULO II

DA ORGANIZAÇÃO BÁSICA

Seção I

Do Comando-Geral

Art. 2º O Comando-Geral da Corporaçãocompreende: I - o Comandante-Geral; II - o Subcomandante-Geral; III - órgão de planejamento estratégico: Estado-Maior; IV - órgãos de direção geral: departamentos; V - órgãos de direção setorial: diretorias; VI - comissões; e VII - assessorias. Parágrafo único. Os cargos de comando, direção geral,direção setorial, assessoramento, definidos como cargos em comissão, estabelecem a precedência funcional na organização e os vínculos hierárquicos.

Seção II

Do Comandante-Geral

Art. 3º Ao Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, responsável pela administração,comando e emprego da Corporação, incumbe: I - estabelecer a política de comando e emprego da Corporação, com vistas a atingir os objetivosinstitucionais; II - planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar efiscalizar as atividades da Polícia Militar, visando ao cumprimento de sua missão institucional; III - coordenar, controlar e fiscalizar a atuação dosórgãos que compõem a estrutura da Corporação; IV - editar os atos normativos de sua competênciacom vistas a dirigir os órgãos da Corporação eacionar, por meio de diretrizes e atos normativos eordinatórios, os órgãos a ele subordinados; V - inspecionar, pessoalmente ou por meio dedelegação de competência, os órgãos da Corporação; VI - praticar os atos de sua competênciaestabelecidosem lei e regulamento; VII - assessorar o Secretário de Segurança Públicado Distrito Federal e, quando solicitado, oSecretário Nacional de Segurança Pública doMinistério da Justiça, nos assuntos de interesse dasegurança pública; VIII - propor ao Governador do Distrito Federal aedição de atos afetos à Corporação; IX - constituir comissões e assessorias, observadoo disposto nos arts. 56 e 58; e X - presidir a Comissão de Promoção de Oficiais. Parágrafo único. O ato de delegação decompetência referido no inciso V deverá indicar a autoridade delegada e respectivas atribuições. Art. 4º O Alto Comando da Polícia Militar do Distrito Federal, colegiado de assessoramentosuperior constituído pelos Subcomandante-Geral,Chefe do Estado-Maior e Chefes dos Órgãos de direção-Geral terá finalidade consultiva acerca deassuntos de alta complexidade e relevância para aCorporação, objetivando dar suporte aoComandante-Geral no processo decisório.

Seção II

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Do Subcomandante-Geral

Art. 5º O Subcomandante-Geral da Corporação,subordinado diretamente ao Comandante-Geral,exerce a função de coordenador-geral do sistemaadministrativo da Polícia Militar do Distrito Federal,incumbindo-lhe: I - assessorar o Comandante-Geral nos assuntosadministrativos, operacionais e de segurançapública; II - auxiliar no planejamento para o emprego da Corporação no cumprimento de suas missõesinstitucionais; III - apresentar ao Comandante-Geral propostas deatos que visem ao funcionamento da Corporação; IV - encaminhar ao Comandante-Geral estudosrealizados pelos órgãos competentes, visando aações estratégicas nas áreas administrativa eoperacional; V - supervisionar a execução dos planos e ordensem vigor; e VI - presidir a Comissão de Promoção de Praças.

Seção III

Do Estado-Maior

Art. 6º Ao Estado-Maior, órgão central do sistemade planejamento administrativo, programação eorçamento, compete elaborar estudosprospectivos, planejar, coordenar, fiscalizar econtrolar as atividades da Corporação, inclusive dos órgãos de direção setorial, incumbindo-lhe aelaboração de diretrizes e ordens de comando,observado o disposto nos arts. 3º a 5º. Art. 7º O Estado-Maior, subordinado aoSubcomandante-Geral, tem a seguinte estruturabásica: I - a Chefia; e II - as Seções de: a) Planejamento de Pessoal; b) Inteligência Estratégica, Ciência e Tecnologia; c) Operações e Doutrina Operacional; d) Logística; e) Assuntos Institucionais e Comunicação Social; f) Orçamento; g) Projetos; h) Análise Criminal; i) Legislação; e j) Gestão da Qualidade. Art. 8º Ao Chefe do Estado-Maior incumbe dirigir,orientar, coordenar e fiscalizar os trabalhos do Estado-Maior.

Seção IV

Das Seções

Art. 9º À Seção de Planejamento de Pessoalcompete formular diretrizes de pessoal eestabelecer políticas de saúde e bem-estar aosseus integrantes. Art. 10. À Seção de Inteligência Estratégica,Ciência e Tecnologia compete coordenar oprocesso de planejamento estratégico da Corporação, sugerindo ações que visem orientar o cumprimento das metas e objetivos institucionaisestabelecidos.

Art. 11. À Seção de Operações e DoutrinaOperacional compete estudar e propor medidasrelativas ao planejamento operacional, visando adesenvolver e consolidar doutrinas de emprego da Polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, com foco na prevenção e controle dosfenôme nos de criminalidade. Art. 12. À Seção de Logística compete avaliar,especificar e indicar material, equipamento earmamento para o adequado emprego nas missõesinerentes à atividade policial. Art. 13. À Seção de Assuntos Institucionais eComunicação Social compete desenvolver e proporpolíticas de relacionamento da Corporação com osseus profissionais, com os órgãos e entidadespúblicas e privadas e com a população. Art. 14. À Seção de Orçamento compete planejar epropor medidas a serem implantadas nosprogramas plurianuais e nas leis orçamentáriasanuais, bem como desenvolver ações paracaptação de recursos orçamentários, visando aoatendimento das demandas da Corporação. Art. 15. À Seção de Projetos compete elaborar,modelar e especificar os projetos de interesse detodas as áreas da Corporação. Art. 16. À Seção de Análise Criminal competeestudar os dados estatísticos e ambientes criminaiscom vistas ao delineamento do fenômeno criminal,a fim de nortear o emprego operacional de efetivo,em consonância com o disposto no art. 18. Art. 17. À Seção de Legislação compete avaliar,elaborar e controlar os atos normativos atinentes àCorporação, propondo alterações de acordo comas necessidades institucionais. Art. 18. À Seção de Gestão da Qualidade competepropor diretrizes para gestão da qualidade dossistemas da Corporação, bem como elaborar aestatística referente à administração policial militar,em consonância com o disposto no art. 16.

CAPÍTULO III

DOS ÓRGÃOS DE DIREÇÃO GERAL E DE DIREÇÃO SETORIAL

Seção I

Dos Departamentos

Art. 19. Os departamentos, organizados sob aforma de sistema, são os seguintes: I - Departamento de Gestão de Pessoal; II - Departamento de Logística e Finanças; III - Departamento de Educação e Cultura; IV - Departamento de Saúde e Assistência aoPessoal; V - Departamento Operacional; e VI - Departamento de Controle e Correição.

Subseção I

Do Departamento de Gestão de Pessoal

Art. 20. Ao Departamento de Gestão de Pessoalcompete executar as atividades relacionadas coma gestão de pessoas no âmbito da Polícia Militar do Distrito Federal, de acordo com as políticas ediretrizes estratégicas de pessoal da Corporação. Art. 21. Subordinam-se ao Departamento deGestão de Pessoal os seguintes órgãos de direção setorial: I - Diretoria de Pessoal Militar;

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II - Diretoria de Inativos, Pensionistas e Civis; III - Diretoria de Promoção e Avaliação deDesempenho; IV - Diretoria de Recrutamento e Seleção; e V - Diretoria de Pagamento de Pessoal ePrevidência. Art. 22. À Diretoria de Pessoal Militar compete: I - executar planos e cumprir diretrizes decorrentesda política de pessoal estabelecida peloComandante-Geral; II - organizar e manter atualizados os registrosfuncionais do pessoal militar ativo; III - movimentar o pessoal por nomeação,classificação, lotação, designação, transferência,promoção e reclassificação, de acordo com asnormas vigentes; e IV - identificar e expedir identidade funcional dos Policiais Militares e seus dependentes e do pessoalcivil. Art. 23. À Diretoria de Inativos, Pensionistas eCivis compete: I - executar a política de passagem do pessoal civile militar para a inatividade; e II - instruir os processos inerentes aos inativos,pensionistas e civis. Art. 24. À Diretoria de Promoção e Avaliação deDesempenho compete: I - elaborar os processos de promoção de oficiais epraças, de acordo com a legislação específica; e II - dirigir o sistema de avaliação de desempenhoda Corporação. Art. 25. À Diretoria de Recrutamento e Seleçãocompete: I - executar a política de ingresso de pessoal naCorporação; e II - coordenar demandas de formação ecapacitação para o sistema de ensino,considerando os requisitos legais, o fluxo decarreira e os impactos financeiros na folha depagamento. Art. 26. À Diretoria de Pagamento de Pessoal ePrevidência compete executar a programaçãoorçamentária no que se refere a pessoal, realizar opagamento dos direitos pecuniários previstos na legislação específica e acompanhar a arrecadaçãoprevidenciária correspondente.

Subseção II

Do Departamento de Logística e Finanças

Art. 27. Ao Departamento de Logística e Finançascompete exercer as atividades relacionadas comas políticas de logística e de execuçãoorçamentária e financeira, exceto no que se refereàs áreas de pessoal e de saúde, elaboração deprojetos, controle e prestação de contas. Art. 28. Subordinam-se ao Departamento deLogística e Finanças os seguintes órgãos de direção setorial: I - Diretoria de Apoio Logístico e Finanças; II - Diretoria de Projetos; III - Diretoria de Controle Contábil; IV - Diretoria de Patrimônio, Manutenção eTransporte; e V - Diretoria de Telemática. Art. 29. À Diretoria de Apoio Logístico e Finançascompete executar as políticas e diretrizesestratégicas da Corporação, no que se refere àgestão de recursos provenientes de

receitasorçamentárias e extraorçamentárias e às atividadesde suprimento e contratação de obras e serviços. Art. 30. À Diretoria de Projetos compete gerenciarprojetos de interesse da Corporação,estabelecendo métodos, processos, padrões,tecnologias e ferramentas a serem utilizados. Art. 31. À Diretoria de Controle Contábil competefiscalizar, controlar e realizar a prestação de contasdo Departamento de Logística e Finanças. Art. 32. À Diretoria de Patrimônio, Manutenção eTransporte compete implementar, coordenar,controlar e fiscalizar o sistema de transporte e opatrimônio, assim como promover sua manutenção. Art. 33. À Diretoria de Telemática competeimplementar, coordenar, controlar e fiscalizar ossistemas de tecnologia da informação e decomunicações, assim como promover sua manutenção.

Subseção III

Do Departamento de Educação e Cultura

Art. 34. Ao Departamento de Educação e Culturacompete planejar, coordenar, fiscalizar e controlaras atividades de ensino e pesquisa no âmbito da Corporação, visando à qualificação do seu pessoalpara a ocupação de cargos e para o desempenhode suas atribuições. Art. 35. Subordinam-se ao Departamento deEducação e Cultura os seguintes órgãos de direção setorial: I - Diretoria de Formação; II - Diretoria de Aperfeiçoamento e Extensão; III - Diretoria de Especialização e EducaçãoContinuada; IV - Diretoria de Ensino Assistencial; e V - Diretoria de Pesquisa e do Patrimônio Históricoe Cultural. Art. 36. À Diretoria de Formação competepromover a formação de oficiais e praças,assegurando a qualificação inicial para odesempenho das funções das carreiras policiaisMilitar es. Art. 37. À Diretoria de Aperfeiçoamento e Extensãocompete: I - promover o aperfeiçoamento dos quadros depessoal da Corporação, visando à atualização e àampliação de conhecimentos necessários àocupação de cargos e ao desempenho de funçõesde maior complexidade; e II - promover cursos de extensão, visando aampliar os conhecimentos e as técnicas adquiridasem cursos anteriores, necessários à ocupação decargos e para o desempenho de funções. Art. 38. À Diretoria de Especialização e EducaçãoContinuada compete promover a capacitação e aespecialização dos quadros de pessoal, visando aodesenvolvimento de suas atribuições institucionais. Art. 39. À Diretoria de Ensino Assistencial competeorientar e supervisionar as instituições de ensinoda rede pública de educação básica previstas noart. 118 da Lei nº 12.086, de 6 de novembro de2009. Art. 40. À Diretoria de Pesquisa e do PatrimônioHistórico e Cultural compete: I - levantar e manter o acervo histórico e artístico epromover a preservação das tradições, a memóriae os valores morais, culturais e históricos da Corporação; II - elaborar programas e projetos de pesquisarelacionados com as áreas cultural e de ensino; e

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III - elaborar, consolidar e disseminar doutrina noâmbito da instituição, por meio de estudos,manuais e impressos, utilizando-se inclusive domecanismo de intercâmbio com outros organismosMilitares e civis.

Subseção IV

Do Departamento de Saúde e Assistência aoPessoal

Art. 41. Ao Departamento de Saúde e Assistênciaao Pessoal compete estudar, planejar, organizar,dirigir, coordenar, supervisionar, controlar efiscalizar os projetos e atividades relativas à áreade saúde e assistência ao pessoal da Corporação. Art. 42. Subordinam-se ao Departamento deSaúde e Assistência ao Pessoal os seguintesórgãos de direção setorial: I - Diretoria de Assistência Médica; II - Diretoria de Assistência Odontológica; III - Diretoria de Assistência ao Pessoal; IV - Diretoria de Planejamento e Gestão deContratos; e V - Diretoria de Execução Orçamentária eFinanceira. Art. 43. À Diretoria de Assistência Médica competeplanejar e coordenar os projetos, ações eatividades relativos às áreas médica, hospitalar,veterinária e afins da Corporação, bem comocontrolar e fiscalizar sua execução. Art. 44. À Diretoria de Assistência Odontológicacompete planejar e coordenar os projetos, ações eatividades relativos à área odontológica da Corporação, bem como controlar e fiscalizar sua execução. Art. 45. À Diretoria de Assistência ao Pessoalcompete prestar assistência, no campo dasatividades médica, psicológica, social e religiosa,ao pessoal da Corporação e seus dependenteslegais, por meio de sistema de serviços, benefícios,programas e projetos que fortaleçam e propiciem a execução de ações de segurança e bem-estarsocial. Art. 46. À Diretoria de Planejamento e Gestão deContratos compete elaborar projetos, viabilizar,executar e controlar contratos atinentes às necessidades das Diretorias de AssistênciaMédica, de Assistência Odontológica e deAssistência ao Pessoal. Art. 47. À Diretoria de Execução Orçamentária eFinanceira compete: I - propor necessidades orçamentárias eextraorçamentárias; II - executar as despesas atinentes à assistênciamédica, odontológica e de assistência ao pessoal;e III - exercer controle financeiro e contábil sobre osrecursos provenientes de receitas orçamentárias eextraorçamentárias.

Subseção V

Do Departamento Operacional Art. 48. Ao Departamento Operacional,responsável pelo policiamento ostensivo no âmbitodo Distrito Federal, compete planejar, coordenar,fiscalizar e controlar os comandos de policiamentoque lhe são diretamente subordinados, visando amanter a indispensável unidade de instrução,disciplina e emprego operacional. Art. 49. Subordinam-se ao DepartamentoOperacional os seguintes órgãos de direção setorial operacional: I - Comando de Policiamento RegionalMetropolitano; II - Comando de Policiamento Regional Oeste;

III - Comando de Policiamento Regional Leste; IV - Comando de Policiamento Regional Sul; e V - Comando de Missões Especiais. Parágrafo único. Os Comandos de PoliciamentoMetropolitano, Oeste, Leste e Sul, designadosComandos de Policiamento Regionais, constituemseem grandes comandos responsáveis pelo policiamento em áreas a serem definidas no planode articulação da Corporação, por meio deunidades de execução subordinadas. Art. 50. Aos Comandos de Policiamento Regionaiscompete planejar, coordenar e fiscalizar asatividades operacionais desenvolvidas em suasrespectivas regiões de responsabilidade. Art. 51. Ao Comando de Missões Especiaiscompete planejar, coordenar e fiscalizar asatividades operacionais desenvolvidas pelasunidades de missões especiais.

Subseção VI

Do Departamento de Controle e Correição

Art. 52. Ao Departamento de Controle e Correiçãocompete, de forma independente: I - exercer a coordenação geral, a orientaçãonormativa e a execução das atividades inerentesaos sistemas de controle interno, correição, políciajudiciária militar, ouvidoria, ética policial militar etransparência da Corporação; e II - realizar auditoria e fiscalização nos sistemascontábil, financeiro, orçamentário e patrimonial,atuando prioritariamente de forma preventiva, comfoco no desempenho da gestão. Art. 53. Subordinam-se ao Departamento de controle e Correição os seguintes órgãos de direção setorial: I - Auditoria; e II - Ouvidoria. Art. 54. À Auditoria compete: I - assessorar, orientar, avaliar e acompanhar efiscalizar os atos de gestão administrativa,orçamentária, financeira, patrimonial e de pessoal,assim como dar o devido tratamento aos processosde auditoria e de controle interno e externo noâmbito da Corporação; e II - propor e acompanhar procedimentos decorreição e medidas preventivas para correção defalhas no âmbito da Corporação, inclusive notocante às ações e atividades dos seusprestadores de serviços. Art. 55. À Ouvidoria compete receber, examinar eencaminhar as manifestações referentes à Polícia Militar do Distrito Federal, dando ciência aosinteressados, sempre que necessário, quanto àsprovidências adotadas.

CAPÍTULO IV

DAS COMISSÕES E ASSESSORIAS

Seção I

Das Comissões

Art. 56. As comissões são órgãos de assessoramento direto ao Comandante-Geral,podendo ser constituídas de membros natos e de membros escolhidos, conforme se dispuser emregulamento, tendo a seguinte composição: I - presidente; II - secretário; e

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III - membros. Art. 57. São comissões de caráter permanente: I - Comissão de Promoção de Oficiais; e II - Comissão de Promoção de Praças.

Seção II

Das Assessorias

Art. 58. As Assessorias, constituídaseventualmente para determinados estudos queescapem às atribuições normais e específicas dosórgãos de direção, destinam-se a dar flexibilidade àestrutura do Comando da Corporação,particularmente em assuntos especializados. § 1º As competências e a composição de cadaassessoria serão definidas no ato que a instituir. § 2º As Assessorias poderão ser constituídas depessoas de notório saber e capacidade em áreasespecíficas, contratados para fim determinado,mediante ato do Comandante-Geral, observada a legislação pertinente.

CAPÍTULO V

DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTES

Art. 59. Ao Chefe do Estado-Maior, chefes dasSeções do Estado-Maior, chefes dosDepartamentos, diretores e ComandantesRegionais e de Missões Especiais incumbe: I - planejar, organizar, dirigir, coordenar, controlar efiscalizar as atividades na esfera de suas atribuições; II - praticar os atos de suas competênciasestabelecidos em leis e regulamentos; e III - cumprir e fazer cumprir as diretrizes e ordens do Comando-Geral. § 1º O regimento interno disporá sobre asatribuições específicas dos dirigentes de que tratao caput, em conformidade com o disposto nesteDecreto. § 2º Os chefes dos Departamentos de Gestão dePessoal, de Logística e Finanças e de Saúde eAssistência ao Pessoal exercerão a função deordenador de despesas de suas respectivas áreas.

CAPÍTULO VI

DA DIREÇÃO E NOMEAÇÃO

Art. 60. O cargo de Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal será exercido por coronel do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, nomeadopor ato do Governador do Distrito Federal. Art. 61. O Subcomandante-Geral é o substituto do Comandante-Geral, em seus impedimentoseventuais. Parágrafo único. Nos impedimentos eventuais doSubcomandante-Geral, responde o Chefe do Estado-Maior, seguido do Chefe de Departamentomais antigo no posto de coronel. Art. 62. O Subcomandante-Geral e o Chefe do Estado-Maior serão indicados, entre coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militar es, peloComandante-Geral e nomeados pelo Governadordo Distrito Federal. § 1º O Chefe do Estado-Maior é o substituto doSubcomandante-Geral em seus impedimentoseventuais. § 2º O Chefe do Estado-Maior será substituído emseus impedimentos pelo Subchefe do EstadoMaior, que será o mais

antigo no posto de tenentecoronelentre os Chefes de Seção do Estado-Maior. Art. 63. As Seções do Estado-Maior serãochefiadas por tenentes-coronéis do Quadro deOficiais Policiais Militar es. Art. 64. Os titulares dos departamentos e dasdiretorias serão nomeados entre coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militar es. § 1º Os titulares da Diretoria de AssistênciaMédica e da Diretoria de Assistência ao Pessoalserão nomeados entre coronéis do Quadro deOficiais Policiais Militares de Saúde Médicos. § 2º O titular da Diretoria de AssistênciaOdontológica será nomeado entre coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militares de SaúdeDentista. § 3º Os titulares da Diretoria de Planejamento eGestão de Contratos e da Diretoria de ExecuçãoOrçamentária e Financeira, do Departamento deSaúde e Assistência ao Pessoal serão nomeadosentre coronéis do Quadro de Oficiais PoliciaisMilitares ou do Quadro de Oficiais PoliciaisMilitares de Saúde. Art. 65. O Chefe do Departamento de Controle eCorreição exercerá a função de Corregedor-Geralda Corporação e terá como substituto imediato oCorregedor-Adjunto. Art. 66. Os titulares da Auditoria e da Ouvidoriaserão nomeados entre tenentes-coronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militar es. Art. 67. Os titulares dos Comandos de policiamento Regionais e de Missões Especiais doDepartamento Operacional serão nomeados entrecoronéis do Quadro de Oficiais Policiais Militar es. Art. 68. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 29 de abril de 2010; 189º da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Paulo Bernardo Silva

PORTARIA NORMATIVA Nº 660/MD, DE 19 DE MAIO DE 2009

Aprova o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas. O MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, no uso da atribuição que lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e considerando a competência delegada pelo Decreto nº 6.806, de 25 de março de 2009, resolve: Art. 1º Aprovar o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas, na forma dos Anexos I e II a esta Portaria Normativa. Art. 2º Esta Portaria Normativa entra em vigor no dia 25 de maio de 2009.

NELSON A. JOBIM

ANEXO I

REGULAMENTO DE CONTINÊNCIAS, HONRAS, SINAIS DE RESPEITO E CERIMONIAL MILITAR DAS FORÇAS

ARMADAS

TÍTULO I

DA FINALIDADE

Art. 1º Este Regulamento tem por finalidade:

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I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito que os Militares prestam a determinados símbolos nacionais e às autoridades civis e Militar es; Il - regular as normas de apresentação e de procedimento dos Militar es, bem como as formas de tratamento e a precedência; III - fixar as honras que constituem o Cerimonial Militar no que for comum às Forças Armadas. Parágrafo único. As prescrições deste Regulamento aplicamse às situações diárias da vida castrense, estando o militar de serviço ou não, em área militar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de natureza militar ou cívica.

TÍTULO II

DOS SINAIS DE RESPEITO E DA CONTINÊNCIA CAPITULO I

GENERALIDADES

Art. 2º Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas, estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre: I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de que se acham investidos por lei; II - com afeição e camaradagem os seus pares; III - com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados. § 1º Todas as formas de saudação militar, os sinais de respeito e a correção de atitudes caracterizam, em todas as circunstâncias de tempo e lugar, o espírito de disciplina e de apreço existentes entre os integrantes das Forças Armadas. § 2º As demonstrações de respeito, cordialidade e consideração, devidas entre os membros das Forças Armadas, também o são aos integrantes das Polícias Militar es, dos Corpos de Bombeiros Militares e aos Militares das Nações Estrangeiras. Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados: I - pela continência; II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado; III - observando a precedência hierárquica; e IV - por outras demonstrações de deferência. § 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os Militares constituem reflexos adquiridos mediante cuidadosa instrução e continuada exigência. § 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices seguros do grau de disciplina das corporações Militares e da educação moral e profissional dos seus componentes. § 3º Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as situações, inclusive nos exercícios no terreno e em campanha.

CAPÍTULO II

DOS SINAIS DE RESPEITO Art. 4º Quando dois Militares se deslocam juntos, o de menor antigüidade dá a direita ao superior. Parágrafo único. Se o deslocamento se fizer em via que tenha lado interno e lado externo, o de menor antigüidade dá o lado interno ao superior. Art. 5º Quando os Militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica no centro, distribuindo-se os demais, segundo suas

precedências, alternadamente à direita e à esquerda do mais antigo. Art. 6º Quando encontrar um superior num local de circulação, o militar saúda-o e cede-lhe o melhor lugar. § 1º Se o local de circulação for estreito e o militar for praça, franqueia a passagem ao superior, faz alto e permanece de frente para ele. § 2º Na entrada de uma porta, o militar franqueia-a ao superior; se estiver fechada, abre-a, dando passagem ao superior e torna a fechá-la depois. Art. 7º Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade cívico-militar, bem como em reuniões sociais, o militar cumprimenta, tão logo lhe seja possível, seus superiores hierárquicos. Parágrafo único. Havendo dificuldade para aproximar-se dos superiores hierárquicos, o cumprimento deve ser feito mediante um movimento de cabeça. Art. 8º Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento "Senhor" ou "Senhora". § 1º Para falar, formalmente, ao Ministro de Estado da Defesa, o tratamento é "Vossa Excelência" ou "Senhor Ministro"; nas relações correntes de serviço, no entanto, é admitido o tratamento de "Ministro" ou "Senhor". § 2º Para falar, formalmente, a um oficial-general, o tratamento é "Vossa Excelência", "Senhor Almirante", "Senhor General" ou "Senhor Brigadeiro", conforme o caso; nas relações correntes de serviço, no entanto, é admitido o tratamento de "Almirante", "General" ou "Brigadeiro", conforme o caso, ou ainda, de "Senhor". § 3º Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o tratamento é "Senhor Comandante", "Senhor Diretor", "Senhor Chefe", conforme o caso; nas relações correntes de serviço, é admitido o tratamento de "Comandante", "Diretor" ou "Chefe". § 4º No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o tratamento "você", respeitadas as tradições e peculiaridades de cada Força Armada. Art. 9º Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento "você". Art. 10. Todo militar, quando for chamado por um superior, deve atendê-lo o mais rápido possível, apressando o passo quando em deslocamento. Art. 11. Nos refeitórios, os oficiais observam, em princípio, as seguintes prescrições: I - aguardam, para se sentarem à mesa, a chegada do Comandante, Diretor ou Chefe, ou da mais alta autoridade prevista para a refeição; II - caso a referida autoridade não possa comparecer à hora marcada para o início da refeição, esta é iniciada sem a sua presença; à sua chegada, a refeição não é interrompida, levantando-se apenas os oficiais que tenham assento à mesa daquela autoridade; III - ao terminar a refeição, cada oficial levanta-se e pede permissão ao mais antigo para retirar-se do recinto, podendo ser delegada ao mais antigo de cada mesa a autorização para concedêla; IV - o oficial que se atrasar para a refeição deve apresentarse à maior autoridade presente e pedir permissão para sentar-se; e V - caso a maior autoridade presente se retire antes que os demais oficiais tenham terminado a refeição, apenas se levantam os que tenham assento à sua mesa.

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§ 1º Os refeitórios de grande freqüência e os utilizados por oficiais de diversas Organizações Militares podem ser regidos por disposições específicas. § 2º Nos refeitórios de suboficiais, subtenentes e sargentos deve ser observado procedimento análogo ao dos oficiais. Art. 12. Nos ranchos de praças, ao neles entrar o Comandante, Diretor ou Chefe da Organização Militar ou outra autoridade superior, a praça de serviço, o militar mais antigo presente ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda: "Rancho, Atenção!" e anuncia a função de quem chega; as praças, sem se levantarem e sem interromperem a refeição, suspendem toda a conversação, até que seja dado o comando de "À vontade". Art. 13. Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um superior, deve solicitar-lhe a permissão.

CAPÍTULO III

DA CONTINÊNCIA Art. 14. A continência é a saudação prestada pelo militar e pode ser individual ou da tropa. § 1º A continência é impessoal; visa à autoridade e não à pessoa. § 2º A continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica; em igualdade de posto ou graduação, quando ocorrer dúvida sobre qual seja o de menor precedência, deve ser executada simultaneamente. § 3º Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que lhe é prestada; se uniformizado, presta a continência individual; se em trajes civis, responde-a com um movimento de cabeça, com um cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu. Art. 15. Têm direito à continência: I - a Bandeira Nacional: a) ao ser hasteada ou arriada diariamente, em cerimônia militar ou cívica; b) por ocasião da cerimônia de incorporação ou desincorporarão, nas formaturas; c) quando conduzida por tropa ou por contingente de Organização Militar; d) quando conduzida em marcha, desfile ou cortejo, acompanhada por guarda ou por organização civil, em cerimônia cívica; e) quando, no período compreendido entre oito horas e o pôr-do-sol, um militar entra a bordo de um navio de guerra ou dele sai, ou, quando na situação de "embarcado", avista-a ao entrar a bordo pela primeira vez, ou ao sair pela última vez; II - o Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou cívica; III - o Presidente da República; IV - o Vice-Presidente da República; V - os Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal; VI - o Ministro de Estado da Defesa; VII - os demais Ministros de Estado, quando em visita de caráter oficial; VIII - os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do Distrito Federal, nos respectivos territórios, ou, quando reconhecidos ou identificados, em qualquer parte do País em visita de caráter oficial;

IX - o Ministro-Presidente e os Ministros Militares do Superior Tribunal Militar, quando reconhecidos ou identificados; X - os Militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; neste último caso, quando for obrigatório o seu reconhecimento em função do cargo que exerce ou, para os demais Militar es, quando reconhecidos ou identificados; XI - os Militares da reserva ou reformados, quando reconhecidos ou identificados; XII - a tropa quando formada; XIII - as Bandeiras e os Hinos das Nações Estrangeiras, nos casos dos incisos I e II deste artigo; XIV - as autoridades civis estrangeiras, correspondentes às constantes dos incisos III a VIII deste artigo, quando em visita de caráter oficial; XV - os Militares das Forças Armadas estrangeiras, quando uniformizados e, se em trajes civis, quando reconhecidos ou identificados; XVI - os integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militar es, Corporações consideradas forças auxiliares e reserva do Exército. Art. 16. O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o superior pode conceder ao mais moderno. Parágrafo único. O militar não deve tomar a iniciativa de estender a mão para cumprimentar o superior, mas, se este o fizer, não pode se recusar ao cumprimento. Art. 17. O militar deve responder com saudação análoga quando, ao cumprimentar o superior, este, além de retribuir a continência, fizer uma saudação verbal.

Seção I

Do Procedimento Normal Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, conforme estabelecido no art. 15 deste Regulamento. § 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os Militares se saúdam mutuamente, ou pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno. § 2º A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser dispensada nas situações especiais conforme regulamento de cada Força Armada. § 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes: I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta se apresentar em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o militar deve tomar atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta; II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobrese e assume atitude respeitosa; e III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação com um cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais. Art. 19. A atitude, o gesto e a duração são elementos essenciais da continência individual, variáveis conforme a situação dos executantes: I - atitude: postura marcial e comportamento respeitoso e adequado às circunstâncias e ao ambiente;

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II - gesto: conjunto de movimento do corpo, braços e mãos, com ou sem armas; e III - duração: o tempo durante o qual o militar assume a atitude e executa o gesto referido no inciso II deste artigo. Art. 20. O militar, desarmado, ou armado de revólver ou pistola, de sabre-baioneta ou espada embainhada, faz a continência individual de acordo com as seguintes regras: I - mais moderno parado e superior deslocando-se: a) posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior; b) com cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado da cobertura, tocando com a falangeta do indicador a borda da pala, um pouco adiante do botão da jugular, ou lugar correspondente, se a cobertura não tiver pala ou jugular; a mão no prolongamento do antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os de dos unidos e distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo de 45º com a linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado para o superior e, para desfazer a continência, baixa a mão em movimento enérgico, voltando à posição de sentido; c) sem cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado direito da fronte, procedendo similarmente ao descrito na alínea "b" deste inciso, no que couber; e d) a continência: é feita quando o superior atinge a distância de três passos do mais moderno e desfeita quando o superior ultrapassa o mais moderno de um passo; II - mais moderno deslocando-se e superior parado, ou deslocando-se em sentido contrário: a) se está se deslocando em passo normal, o mais moderno mantém o passo e a direção do deslocamento; se em acelerado ou correndo, toma o passo normal, não cessa o movimento normal do braço esquerdo; a continência é feita a três passos do superior, como descrito nas alíneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, encarando-o com movimento vivo de cabeça; ao passar por este, o mais moderno volta a olhar em frente e desfaz a continência; III - mais moderno e superior deslocando-se em direções convergentes: a) o mais moderno dá precedência de passagem ao superior e faz a continência como descrito nas alíneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, sem tomar a posição de sentido; IV - mais moderno, deslocando-se, alcança e ultrapassa o superior que se desloca no mesmo sentido: a) o mais moderno, ao chegar ao lado do superior, faz-lhe a continência como descrito nas alíneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, e o encara com vivo movimento de cabeça; após três passos, volta a olhar em frente e desfaz a continência; V - mais moderno deslocando-se, é alcançado e ultrapassado por superior que se desloca no mesmo sentido: a) o mais moderno, ao ser alcançado pelo superior, faz-lhe a continência, como nas alíneas "b" e "c" do inciso I deste artigo, desfazendo-a depois que o superior tiver se afastado um passo; VI - em igualdade de posto ou graduação, a continência é feita no momento em que os Militares passam um pelo outro ou se defrontam. Art. 21. O militar armado de espada desembainhada faz a continência individual tomando a posição de sentido e, em seguida, perfilando a espada. Parágrafo único. Na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII e XII do art. 15 deste Regulamento e a oficiais-generais, abate a espada.

Art. 22. O militar, quando tiver as duas mãos ocupadas, faz a continência individual tomando a posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior. § 1º Quando apenas uma das mãos estiver ocupada, a mão direita deve estar livre para executar a continência. § 2º O militar em deslocamento, quando não puder prestar continência por estar com as mãos ocupadas, faz vivo movimento de cabeça. Art. 23. O militar, isolado, armado de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante faz continência da seguinte forma: I - quando estiver se deslocando: a) leva a arma à posição de "Ombro Arma", à passagem do superior hierárquico; b) à passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e leva a arma à posição de "Ombro Arma"; e c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posição de sentido, com sua frente voltada para a direção perpendicular à do deslocamento do superior. II - quando estiver parado: a) na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste Regulamento e a oficiais generais, faz "Apresentar Arma"; b) para os demais Militar es, faz "Ombro Arma"; c) à passagem da tropa formada, leva a arma à posição de "Ombro Arma"; e d) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma apenas a posição de sentido. Art. 24. Todo militar faz alto para a continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da República. § 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia religiosa, o militar participante da cerimônia não faz a continência individual, permanecendo em atitude de respeito. § 2º Quando o Hino Nacional for cantado, a tropa ou militar presente não faz a continência, nem durante a sua introdução, permanecendo na posição de "Sentido" até o final de sua execução. Art. 25. Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se para a direção de onde vem a música, conservando-se nessa atitude enquanto durar sua execução. § 1º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia à Bandeira ou ao Presidente da República, o militar volta-se para a Bandeira ou para o Presidente da República. § 2º Quando o Hino Nacional for tocado em cerimônia militar ou cívica, realizada em ambiente fechado, o militar volta-se para o principal local da cerimônia e faz a continência como estipulado no inciso I do art. 20 ou nos arts. 21, 22 ou 23 desta deste Regulamento, conforme o caso. Art. 26. Ao fazer a continência para a Bandeira Nacional integrante de tropa formada e parada, todo militar que se desloca, faz alto, vira-se para ela e faz a continência individual, retomando, em seguida, o seu deslocamento; a autoridade passando em revista à tropa observa o mesmo procedimento. Art. 27. Na sede do MINISTÉRIO DA DEFESA e nas Organizações Militar es, a praça faz alto para a continência às autoridades enumeradas nos incisos III a IX, inclusive, do art. 15 deste Regulamento e a oficial-general.

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Art. 28. O Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar tem, diariamente, direito à continência prevista no art. 27 deste Regulamento, na primeira vez que for encontrado pelas suas praças subordinadas, no interior de sua organização. Art. 29. Os Militares em serviço policial ou de segurança poderão ser dispensados dos procedimentos sobre continência individual constantes deste Regulamento.

Seção II

Do Procedimento em Outras Situações Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte forma: I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência individual sem se levantarem; e II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual. § 1º Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no interior de uma Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo e fazem a continência individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que viável. § 2º Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o Comandante e o Chefe de cada viatura fazem a continência individual. Os Militares transportados tomam postura correta e imóvel enquanto durar a continência do Chefe da viatura. Art. 31. O militar isolado presta continência à tropa da seguinte forma: I - tropa em deslocamento e militar parado: a) militar a pé: qualquer que seja seu posto ou graduação, volta-se para a tropa, toma posição de "Sentido" e permanece nessa atitude durante a passagem da tropa, fazendo a continência individual para a Bandeira Nacional e, se for mais antigo do que o Comandante da tropa, corresponde à continência que lhe é prestada; caso contrário, faz a continência individual ao Comandante da tropa e a todos os Militares em comando de frações constituídas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; e b) militar em viatura estacionada: desembarca e procede de acordo com o estipulado na alínea "a" do inciso I do art. 31 deste Regulamento; II - tropa em deslocamento e militar em movimento, a pé ou em veículo: a) o militar, sendo superior hierárquico ao Comandante da tropa, para, volta-se para esta e responde à continência que lhe é prestada; caso contrário, para, volta-se para aquela e faz a continência individual ao Comandante da tropa e a todos os Militares em comando de frações constituídas que lhe sejam hierarquicamente iguais ou superiores; para o cumprimento à Bandeira Nacional, o militar a pé para e faz a continência individual; se no interior de veículo, faz a continência individual sem desembarcar; III - tropa em forma e parada, e militar em movimento: a) procede como descrito no inciso II deste artigo, parando apenas para a cumprimento à Bandeira Nacional. Art. 32. Ao entrar em uma Organização Militar, o oficial, em princípio, deve ser conduzido ao seu Comandante, Chefe ou Diretor, ou, conforme as peculiaridades e os procedimentos específicos de cada Força Armada, à autoridade militar da Organização para isso designada, a fim de participar os motivos de sua ida àquele estabelecimento e, terminada a

missão ou o fim que ali o levou, deve, antes de se retirar, despedir-se daquela autoridade. § 1º Nos estabelecimentos ou repartições Militares onde essa apresentação não seja possível, deve o militar apresentar-se ou dirigir se ao de maior posto ou graduação presente, ao qual participará o motivo de sua presença. § 2º Quando o visitante for do mesmo posto ou de posto superior ao do Comandante, Diretor ou Chefe, é conduzido ao Gabinete ou Câmara deste, que o recebe e o ouve sobre o motivo de sua presença. § 3º A praça, em situação idêntica, apresenta-se ao Oficial de Dia ou de Serviço, ou a quem lhe corresponder, tanto na chegada quanto na saída. § 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos não se aplica às organizações médico-Militar es, exceto se o militar estiver em visita de serviço. Art. 33. Procedimento do militar em outras situações: I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a pé, deve passar por este ao passo; se ambos estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em andadura superior; marchando no mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de lhe pedir autorização; em todos os casos, a continência é feita como descrito no inciso II do art. 20 deste Regulamento; II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em nível mais elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário; III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha moderada, concentrando a atenção na condução do veículo; IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado, não modifica a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em voz alta: "serviço urgente"; V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência como descrito no art. 22 deste Regulamento; VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para verificar se há algum superior presente; se houver, o militar faz-lhe a continência, do lugar em que está; VII - quando um militar entra em um recinto público, os Militares mais modernos que aí estão levantam se ao avistá-lo e fazem-lhe a continência; VIII - quando Militares se encontrarem em reuniões sociais, festas Militar es, competições desportivas ou em viagens, devem apresentar se mutuamente, declinando posto e nome, partindo essa apresentação daquele de menor hierarquia; IX - seja qual for o caráter - oficial ou particular da solenidade ou reunião, deve o militar, obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto entre os oficiais presentes de sua Organização Militar; e X - quando dois ou mais Militar es, em grupo, encontram-se com outros Militar es, todos fazem a continência individual como se estivessem isolados. Art. 34. Todo militar é obrigado a reconhecer o Presidente e o Vice-Presidente da República, o Ministro de Estado da Defesa, o Comandante da sua Força, os Comandantes, os Chefes ou os Diretores da cadeia de comando e os oficiais de sua Organização Militar. § 1º Os oficiais são obrigados a reconhecer também os Comandantes das demais Forças, assim como o Chefe do Estado-Maior de sua respectiva Força. § 2º Todo militar deve saber identificar as insígnias dos postos e graduações das Forças Armadas. Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.

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§ 1º O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos cultos religiosos e ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento seja pertinente, sendo-lhe dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestação da continência. § 2º O estabelecido no caput deste artigo não se aplica aos Militares armados de metralhadora de mão, fuzil ou arma semelhante ou aos Militares em serviço de policiamento, escolta ou guarda. Art. 36. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre, cumprimentando-os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno de cabeça. Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma senhora para cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo; se estiver desarmado e de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda que a senhora lhe estenda a mão. Art. 37. O militar armado de espada, durante solenidade militar, não descalça as luvas, salvo ordem em contrário. Art. 38. Nos refeitórios das Organizações Militar es, a maior autoridade presente ocupa o lugar de honra. Art. 39. Nos banquetes, o lugar de honra situa-se, geralmente, no centro, do lado maior da mesa principal. § 1º A ocupação dos lugares nos banquetes é feita de acordo com a Ordem Geral de Precedência. § 2º A autoridade que oferece banquete deve sentar-se na posição de maior precedência depois do lugar ocupado pelo homenageado; os outros lugares são ocupados pelos demais participantes, segundo esquema que lhes é previamente dado a conhecer. § 3º Em banquetes onde haja mesa plena, o homenageante deve sentar-se em frente ao homenageado. Art. 40. Em embarcação, viatura ou aeronave militar, o mais antigo é o último a embarcar e o primeiro a desembarcar. § 1º Em se tratando de transporte de pessoal, a licença para início do deslocamento é prerrogativa do mais antigo presente. § 2º Tais disposições não se aplicam a situações operacionais, quando devem ser obedecidos os Planos e Ordens a elas ligados.

CAPÍTULO IV

DA APRESENTAÇÃO Art. 41. O militar, para se apresentar a um superior, aproxima-se deste até a distância do aperto de mão; toma a posição de "Sentido", faz a continência individual como descrita neste Regulamento e diz, em voz claramente audível, seu grau hierárquico, nome de guerra e Organização Militar a que pertence, ou função que exerce, se estiver no interior da sua Organização Militar; desfaz a continência e diz o motivo da apresentação, permanecendo na posição de "Sentido" até que lhe seja autorizado tomar a posição de "Descansar" ou de "À Vontade". § 1º Se o superior estiver em seu Gabinete de trabalho ou outro local coberto, o militar sem arma ou armado de revólver, pistola ou espada embainhada tira a cobertura com a mão direita; em se tratando de boné ou capacete, coloca-o debaixo do braço esquerdo com o interior voltado para o corpo e a jugular para a frente; se de boina ou gorro com pala, empunha-o com a mão esquerda, de tal modo que sua copa fique para fora e a sua parte anterior voltada para a frente e, em seguida, faz a continência individual e procede à apresentação. § 2º Caso esteja armado de espada desembainhada, fuzil ou metralhadora de mão, o militar faz alto à distância de dois passos do superior e executa o "Perfilar Espada" ou "Ombro

Arma", conforme o caso, permanecendo nessa posição mesmo depois de correspondida a saudação; se o superior for oficial-general ou autoridade superior, o militar executa o manejo de "Apresentar Arma", passando, em seguida, à posição de "Perfilar Espada" ou "Ombro Arma", conforme o caso, logo depois de correspondida a saudação. § 3º Em locais cobertos, o militar armado nas condições previstas no § 2º deste artigo, para se apresentar ao superior, apenas toma a posição de "Sentido". Art. 42. Para se retirar da presença de um superior, o militar faz-lhe a continência individual, idêntica à da apresentação, e pede permissão para se retirar; concedida a permissão, o oficial retira-se normalmente, e a praça, depois de fazer "Meia Volta", rompe a marcha com o pé esquerdo.

CAPITULO V

DA CONTINÊNCIA DA TROPA

Seção I

Generalidades Art. 43. Têm direito à continência da tropa os símbolos e as autoridades relacionadas nos incisos I a X e XII a XVI do art. 15 deste Regulamento. § 1º Os oficiais da reserva ou reformados e os Militares estrangeiros só têm direito à continência da tropa quando uniformizados. § 2º Às autoridades estrangeiras, civis e Militar es, são prestadas as continências conferidas às autoridades brasileiras equivalentes. Art. 44. Para efeito de continência, considera-se tropa a reunião de dois ou mais Militares devidamente comandados. Art. 45. Aos Ministros de Estado, aos Governadores de Estado e do Distrito Federal, ao MinistroPresidente e aos Ministros Militares do Superior Tribunal Militar, são prestadas as continências previstas para Almirante-de-Esquadra, General-de-Exército ou Tenente-Brigadeiro. Parágrafo único. O Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ocupam lugar de destaque nas solenidades cívico-Militar es, observada, no que couber, a Ordem Geral de Precedência. Art. 46. Aos Governadores de Territórios Federais são prestadas as continências previstas para ContraAlmirante, General-de-Brigada ou Brigadeiro. Art. 47. O Oficial que exerce função do posto superior ao seu tem direito à continência desse posto apenas na Organização Militar onde a exerce e nas que lhe são subordinadas. Art. 48. Nos exercícios de marcha, inclusive nos altos, a tropa não presta continência; nos exercícios de estacionamento, procede de acordo com o estipulado nas Seções II e III deste Capítulo. Art. 49. A partir do escalão subunidade, inclusive, toda tropa armada que não conduzir Bandeira, ao regressar ao Quartel, de volta de exercício externo de duração igual ou superior a 8 (oito) horas e após as marchas, presta continência ao terreno antes de sair de forma. § 1º A voz de comando para essa continência é "Em continência ao terreno - Apresentar Arma!". § 2º Os Militares que não integrem a formatura fazem a continência individual. § 3º Por ocasião da Parada Diária, a tropa e os Militares presentes que não integrem a formatura prestam a "Continência ao Terreno", na forma estipulada pelos §§ 1º e 2º deste artigo.

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§ 4º Estas disposições poderão ser ajustadas às peculiaridades de cada Força Armada. Art. 50. A continência de uma tropa para outra está relacionada à situação de conduzirem ou não a Bandeira Nacional ou ao grau hierárquico dos respectivos Comandantes. Parágrafo único. Na continência, toma-se como ponto de referência, para início da saudação, a Bandeira Nacional ou a testa da formatura, caso a tropa não conduza Bandeira. Art. 51. No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o toque de alvorada no dia seguinte, a tropa apenas presta continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a outra tropa. Parágrafo único. Excetuam-se as guardas de honra, que prestam continência à autoridade a que a homenagem se destina.

Seção II

Da Continência da Tropa a Pé Firme Art. 52. À passagem de outra tropa, a tropa em forma e parada volta-se para ela e toma a posição de sentido. Parágrafo único. Se a tropa que passa conduz a Bandeira Nacional, ou se seu Comandante for de posto ou graduação superior ao do Comandante da tropa em forma e parada, esta lhe presta a continência indicada no art. 53 deste Regulamento; quando os Comandantes forem do mesmo posto ou graduação e se a tropa que passa não conduz Bandeira Nacional, apenas os Comandantes fazem a continência. Art. 53. Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às autoridades e a outra tropa formada, nas condições mencionadas no art. 15 deste Regulamento, executando os seguintes comandos: I - na continência a oficial subalterno e intermediário: a) "Sentido!"; II - na continência a oficial-superior: a) "Sentido! Ombro Arma!"; III - na continência aos símbolos e às autoridades mencionadas nos incisos I a VIII do art. 15 deste Regulamento, a Oficiais Generais ou autoridades equivalentes: "Sentido! Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar à Direita (Esquerda)!". § 1º Para oficial-general estrangeiro, só é prestada a continência em caso de visita oficial. § 2º No caso de tropa desarmada, ao comando de "Apresentar Arma!" todos os seus integrantes fazem continência individual e a desfazem ao Comando de "Descansar Arma!". § 3º Os Comandos são dados a toque de corneta ou clarim nos escalões unidade e superiores, e à viva voz, no escalão subunidades; os comandantes de pelotão (seção) ou de elementos inferiores só comandam a continência quando sua tropa não estiver enquadrada em subunidades; nas formações emassadas, não são dados comandos nos escalões inferiores a unidade. § 4º Em formação não emassada, os comandos a toque de corneta ou clarim são dados sem a nota de execução, sendo desde logo executados pelo Comandante e pelo porta-símbolo da Unidade; a banda é comandada à viva voz pelo respectivo mestre; o estado maior, pelo oficial mais antigo; a Guarda Bandeira, pelo oficial Porta-Bandeira. § 5º Os comandos são dados de forma a serem executados quando a autoridade ou a Bandeira atingir a distância de dez passos da tropa que presta a continência.

§ 6º A continência é desfeita aos comandos de "Olhar em Frente!", "Ombro Arma!" e "Descansar!", conforme o caso, dados pelos mesmos Militares que comandaram sua execução e logo que a autoridade ou a Bandeira tenha ultrapassado de cinco passos a tropa que presta a continência. § 7º As Bandas de Música ou de Corneteiros ou Clarins e Tambores permanecem em silêncio, a me nos que se trate de honras Militar es.prestadas pela tropa, ou de cerimônia militar de que a tropa participe. Art. 54. A tropa mecanizada, motorizada ou blindada presta continência da seguinte forma: I - estando o pessoal embarcado, o comandante e os oficiais que exercem comando até o escalão pelotão, inclusive, levantam-se e fazem a continência; se não for possível tomarem a posição em pé no veículo, fazem a continência na posição em que se encontram; os demais oficiais fazem, sentados, a continência individual, e as praças conservam-se sentadas, olhando à frente, sem prestar continência; e II - estando o pessoal desembarcado, procede da mesma maneira como na tropa a pé firme, formando à frente das viaturas. Parágrafo único. Quando o pessoal estiver embarcado e os motores das viaturas desligados, o comandante desembarca para prestar a continência; os demais Militares procedem como no inciso I deste artigo. Art. 55. À autoridade estrangeira, civil ou militar, que passar revista à tropa postada em sua honra, são prestados esclarecimentos relativos ao modo de proceder.

Seção III

Da Continência da Tropa em deslocamento Art. 56. A tropa em deslocamento faz continência à Bandeira Nacional, às Bandeiras das Nações Estrangeiras, às autoridades relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 15 deste Regulamento, e a outra tropa formada, executando os seguintes comandos: I - "Sentido! - Em Continência à Direita (Esquerda)!", repetido por todas as unidades, nos escalões batalhão e superiores; II - os comandantes de subunidades, ao atingirem a distância de vinte passos da autoridade ou da Bandeira, dão a voz de: "Companhia Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!"; e III - os Comandantes de pelotão (seção), à distância de dez passos da autoridade ou da Bandeira, dão a voz de: "Pelotão (Seção) Sentido! Olhar à Direita (Esquerda)!"; logo que a testa do pelotão (seção) tenha ultrapassado de dez passos a autoridade ou a Bandeira, seu Comandante, independente de ordem superior, comanda "Pelotão (seção) Olhar em Frente!". § 1º Nas formações emassadas de batalhão e de companhia, só é dado o comando de execução da continência - "Batalhão (Companhia) Sentido! - Olhar à Direita (Esquerda)!", por toque de corneta ou à viva voz dos respectivos comandantes. § 2º Durante a execução da continência, são observadas as seguintes determinações: I - a Bandeira não é desfraldada, exceto para outra Bandeira; a Guarda-Bandeira não olha para a direita (esquerda); II - o estandarte não é abatido, exceto para a Bandeira Nacional, o Hino Nacional ou o Presidente da República; III - os oficiais de espada desembainhada, no comando de pelotão (seção), perfilam espada e não olham para a direita (esquerda); IV - os oficiais sem espada ou com ela embainhada fazem a continência individual sem olhar para a direita (esquerda), exceto o Comandante da fração;

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V - o Porta-Bandeira, quando em viatura, levanta-se, e a Guarda permanece sentada; VI - os oficiais em viaturas, inclusive comandantes de unidades e subunidades, fazem a continência sentados sem olhar para a direita (esquerda); e VII - os músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores, porta símbolos e porta-flâmulas, os homens da coluna da direita (esquerda) e os da fileira da frente, não olham para a direita (esquerda), e, se sentados não se levantam. Art. 57. Na continência a outra tropa, procede-se da seguinte forma: I - se as duas tropas não conduzem a Bandeira Nacional, a continência é iniciada pela tropa cujo Comandante for de menor hierarquia; caso sejam de igual hierarquia, a continência deverá ser feita por ambas as tropas; II - se apenas uma tropa conduz a Bandeira Nacional, a continência é prestada à Bandeira, independente da hierarquia dos Comandantes das tropas; e III - se as duas tropas conduzem a Bandeira Nacional, a continência é prestada por ambas, independente da hierarquia de seus comandantes. Art. 58. A tropa em deslocamento faz alto para a continência ao Hino Nacional e aos Hinos das Nações Estrangeiras, quando executados em solenidade militar ou cívica. Art. 59. A tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência faz continência às autoridades relacionadas nos incisos III a IX e XIII a XV do art. 15 deste Regulamento, e a outra tropa formada, ao comando de "Batalhão (Companhia, Pelotão, Seção) Atenção!", dado pelos respectivos comandantes. Parágrafo único. Para a continência à Bandeira Nacional e às Bandeiras das Nações Estrangeiras, a tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência retoma o passo ordinário e procede como descrito no art. 55 deste Regulamento.

Seção IV

Da Continência da Tropa em Desfile Art. 60. Desfile é a passagem da tropa diante da Bandeira Nacional ou da maior autoridade presente a uma cerimônia a fim de lhe prestar homenagem. Art. 61. A tropa em desfile faz continência à Bandeira ou à maior autoridade presente à cerimônia, obedecendo às seguintes determinações: I - a trinta passos, aquém do homenageado, é dado o toque de "Sentido! - Em Continência à Direita (Esquerda)!", sendo repetido até o escalão batalhão, inclusive (esse toque serve apenas para alertar a tropa); II - a vinte passos, aquém do homenageado: a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, levantam-se; b) os comandantes de subunidades comandam à viva voz: - "Companhia - Sentido! - Em Continência à Direita (Esquerda)!"; e c) os oficiais com espada desembainhada perfilam espada, sem olhar para a direita (esquerda); III - a dez passos, aquém do homenageado: a) os Comandantes de pelotão (seção) comandam: "Pelotão (seção) - Sentido! - Olhar à Direita (Esquerda)!";

b) a Bandeira é desfraldada e o estandarte é abatido; c) os comandantes de unidade e subunidade, em viatura, fazem a continência individual e olham para a Bandeira ou encaram a autoridade; d) os comandantes de unidade e subunidade abatem espada e olham para a Bandeira ou encaram a autoridade; quando estiverem sem espada ou com ela embainhada, fazem a continência individual e olham a Bandeira ou encaram a autoridade; os demais oficiais com espada desembainhada perfilam espada; e) os oficiais sem espada ou com ela embainhada ou portando outra arma fazem a continência individual e não encaram a autoridade; e f) os componentes da Guarda-Bandeira, músicos, corneteiros e tamboreiros, condutores e porta-símbolos não fazem continência nem olham para o lado; IV - a dez passos, depois do homenageado: a) os mesmos Militares que comandaram "Olhar à Direita (Esquerda)!" comandam: "Pelotão (seção) - olhar em Frente!"; b) a Bandeira e o estandarte voltam à posição de "Ombro Arma"; c) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, desfazem a continência individual; d) os comandantes de unidade e subunidade perfilam espada; e e) os oficiais sem espada, com ela embainhada ou portando outra arma, desfazem a continência; V - a quinze passos depois do homenageado, independente de qualquer comando: a) os comandantes de unidade e subunidade, em viaturas, sentam-se; e b) os oficiais a pé, com espada desembainhada, trazem a espada à posição de marcha. § 1º Os comandos mencionados nos incisos II, III e IV deste artigo são dados à viva voz ou por apito. § 2º Quando a tropa desfilar em linha de companhia, ou formação emassada de batalhão, o primeiro comando de "Sentido! Em Continência à Direita (Esquerda)!" é dado vinte passos aquém do homenageado pelo comandante superior, e o comando de "Olhar à Direita (Esquerda)!" pelo comandante de batalhão, a dez passos aquém do homenageado. § 3º Quando a tropa desfilar em linha de pelotões ou formação emassada de companhia, o comando de "Olhar à Direita (Esquerda)!" é dado pelo comandante de subunidade dez passos aquém do homenageado. § 4º Nas formações emassadas de batalhão ou companhia, o comando de "Olhar em Frente!" é dado pelos mesmos comandantes que comandaram "Olhar à Direita (Esquerda)!", quando a cauda de sua tropa ultrapassar de dez passos o homenageado. Art. 62. A tropa a pé desfila em "Ombro Arma", com a arma cruzada ou em bandoleira; nos dois primeiros casos, de baioneta armada. Art. 63. A autoridade em homenagem à qual é realizado o desfile responde às continências prestadas pelos oficiais da tropa que desfila; os demais oficiais que assistem ao desfile fazem continência apenas à passagem da Bandeira.

Seção V Do Procedimento da Tropa em Situações Diversas

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Art. 64. Nenhuma tropa deve iniciar marcha, embarcar, desembarcar, montar, apear, tomar a posição à vontade ou sair de forma sem licença do mais antigo presente. Art. 65. Se uma tropa em marcha cruzar com outra, a que for comandada pelo mais antigo passa em primeiro lugar. Art. 66. Se uma tropa em marcha alcançar outra que se desloca no mesmo sentido, pode passar-lhe à frente, em princípio pela esquerda, mediante licença ou aviso do mais antigo que a comanda. Art. 67. Quando uma tropa não estiver em formatura e se encontrar em instrução, serviço de faxina ou faina, as continências de tropa são dispensáveis, cabendo, entretanto, ao seu comandante, instrutor ou encarregado, prestar a continência a todo o superior que se dirija ao local onde se encontra essa tropa, dando-lhe as informações que se fizerem necessárias. Parágrafo único. No caso do superior dirigir-se pessoalmente a um dos integrantes dessa tropa, este lhe presta a continência regulamentar. Art. 68. Quando uma tropa estiver reunida para instrução, conferência, preleção ou atividade semelhante, e chegar o seu comandante ou outra autoridade de posto superior ao mais antigo presente, este comanda "Companhia (Escola, Turma, etc.) - Sentido! Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!" e, a esse Comando, levantam-se todos energicamente e tomam a posição ordenada; correspondido o sinal de respeito pelo superior, volta a tropa à posição anterior, ao comando de "Companhia (Escola, Turma, etc.) - À vontade!"; o procedimento é idêntico quando se retirar o comandante ou a autoridade em causa. § 1º Nas reuniões de oficiais, o procedimento é o mesmo, usando-se os comandos: "Atenção! Comandante de Batalhão (ou Exmo. Sr. Almirante, General, Brigadeiro Comandante de ...)!" e "À vontade!", dados pelos instrutor ou oficial mais antigo presente. § 2º Nas Organizações Militares de ensino, os alunos de quaisquer postos ou graduações aguardam nas salas de aula, anfiteatros ou laboratórios a chegada dos respectivos professores ou instrutores e as instruções internas estabelecem, em minúcias, o procedimento a ser seguido. Art. 69. Quando um oficial entra em um alojamento ou vestiário ocupado por tropa, o militar de serviço ou o que primeiro avistar aquela autoridade comanda "Alojamento (Vestiário) - Atenção! Comandante da Companhia (ou função de quem chega)!" e as praças, sem interromperem suas atividades, no mesmo local em que se encontram, suspendem toda a conversação e assim se conservam até ser comandado "À vontade!".

Seção VI

Da Continência da Guarda Art. 70. A guarda formada presta continência: I - aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, referidos nos incisos I a X, XII e XIII do art. 15 deste Regulamento; II - aos Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nas sedes dos Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, respectivamente; III - aos oficiais-generais, nas sedes de Comando, Chefia ou Direção privativos dos postos de oficial general; IV - aos oficiais-generais, aos oficiais superiores e ao comandante, chefe ou diretor, qualquer que seja o seu posto, nas Organizações Militar es; V - aos oficiais-generais e aos oficiais superiores das Forças Armadas das Nações Estrangeiras, quando uniformizados, nas condições estabelecidas nos incisos I a IV deste artigo; e VI - à guarda que venha rendê-la.

§ 1º As normas para a prestação de continência, pela guarda formada, a oficiais de qualquer posto, serão reguladas pelo Cerimonial de cada Força. § 2º A continência é prestada por ocasião da entrada e saída da autoridade. Art. 71. Para a continência à Bandeira Nacional e ao Presidente da República, a guarda forma na parte externa do edifício, à esquerda da sentinela do portão das armas (sentinela da entrada principal), caso o local permita, o corneteiro da guarda ou de serviço dá o sinal correspondente ("Bandeira" ou "Presidente da República"), e o Comandante da guarda procede como estabelecido no inciso III do art. 53 deste Regulamento. Art. 72. A guarda forma para prestar continência a tropa de efetivo igual ou superior a subunidade, sem Bandeira, que saia ou regresse ao quartel. Art. 73. Quando em uma Organização Militar entra ou sai seu comandante, chefe ou diretor, acompanhado de oficiais, a continência da guarda formada é prestada apenas ao oficial de maior posto, ou ao comandante, se de posto igual ou superior ao dos que o acompanham. Parágrafo único. A autoridade a quem é prestada a continência destaca-se das demais para corresponder à continência da guarda; os acompanhantes fazem a continência individual, voltados para aquela autoridade. Art. 74. Quando a continência da guarda é acompanhada do Hino Nacional ou da marcha batida, os Militares presentes voltam à frente para a autoridade, ou à Bandeira, a que se presta a continência, fazendo a continência individual no início do Hino Nacional ou marcha batida e desfazendo-a ao término. Art. 75. Uma vez presente, em uma Organização Militar, autoridade cuja insígnia esteja hasteada no mastro principal, apenas o comandante, diretor ou chefe da organização e os que forem hierarquicamente superiores à referida autoridade têm direito à continência da guarda formada.

Seção VII

Da Continência da Sentinela Art. 76. A sentinela de posto fixo, armada, presta continência: I - apresentando arma, aos símbolos e autoridades referidos no art. 15 deste Regulamento; II - tomando a posição de sentido, aos graduados e praças especiais das Forças Armadas nacionais e estrangeiras; e III - tomando a posição de sentido e, em seguida, fazendo "Ombro Arma", à tropa não comandada por oficial. § 1º O militar que recebe uma continência de uma sentinela faz a continência individual para respondê-la. § 2º A sentinela móvel presta continência aos símbolos, autoridades e Militares constantes do art. 15 deste Regulamento, tomando apenas a posição de "Sentido". Art. 77. Os marinheiros e soldados, quando passarem por uma sentinela, fazem a continência individual, à qual a sentinela responde tomando a posição de "Sentido". Art. 78. No período compreendido entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvorada do dia seguinte, a sentinela só apresenta armas à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e a tropa formada, quando comandada por oficial.

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Parágrafo único. No mesmo período, a sentinela toma a posição de "Sentido" à passagem de um superior pelo seu posto ou para corresponder à saudação militar de marinheiros e soldados. Art. 79. Para prestar continência a uma tropa comandada por oficial, a sentinela toma a posição de "Sentido", executando o "Apresentar Arma" quando a testa da tropa estiver a dez passos, assim permanecendo até a passagem do Comandante e da Bandeira; a seguir faz "Ombro Arma" até o escoamento completo da tropa, quando volta às posições de "Descansar Arma" e "Descansar".

Seção VIII

Dos Toques de Corneta, Clarim e Apito Art. 80. O toque de corneta, clarim ou apito é o meio usado para anunciar a chegada, a saída ou a presença de uma autoridade, não só em uma Organização Militar, como também por ocasião de sua aproximação de uma tropa. Parágrafo único. O toque mencionado neste artigo será executado nos períodos estabelecidos pelos cerimoniais de cada Força Armada. Art. 81. Os toques para anunciar a presença dos símbolos e das autoridades abaixo estão previstos no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13: I - a Bandeira Nacional; II - o Presidente da República; III - o Vice-Presidente da República; IV - o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, quando incorporados; V - o Ministro de Estado da Defesa; VI - os demais Ministros de Estado; VII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; VIII - os Governadores de Estados e Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em visita oficial; IX - o Superior Tribunal Militar, quando incorporado; X - os oficiais-generais; XI - os oficiais superiores; e XII - os comandantes, chefes ou diretores de Organizações Militar es. Parágrafo único. Só é dado toque para anunciar a chegada ou saída de autoridade superior à mais alta presente, quando esta entrar ou sair de quartel ou estabelecimento cujo comandante for de posto inferior ao seu. Art. 82. Quando, em um mesmo quartel, estabelecimento ou fortificação, tiverem sede duas ou mais Organizações Militares e seus comandantes, chefes ou diretores entrarem ou saírem juntos do quartel, o toque corresponderá ao de maior precedência hierárquica.

Seção IX

Das Bandas de Músicas, de Corneteiros ou Clarins e Tambores

Art. 83. As Bandas de Música, na continência prestada pela tropa, executam: I - o Hino Nacional, para a Bandeira Nacional, para o Presidente da República e, quando incorporados, para o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal;

II - o toque correspondente, seguido do exórdio de uma marcha grave, para o Vice-Presidente da República; III - o exórdio de uma marcha grave, para o Ministro de Estado da Defesa e para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; IV - o Hino de Nação Estrangeira seguido do Hino Nacional, para a Bandeira ou para autoridade dessa nação; e V - o exórdio de uma marcha grave, para os oficiais-generais. § 1º As bandas de corneteiros ou clarins e tambores, quando reunidas às bandas de música, acompanhamnas nesse cerimonial, como previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FAM-13. § 2º Os corneteiros, quando isolados, executam o correspondente, como previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13. Art. 84. Quando na continência prestada pela tropa houver banda de corneteiros ou clarins e tambores, esta procede segundo o previsto no "Manual de toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M- 13. Art. 85. A execução do Hino Nacional ou da marcha batida só tem início depois que a autoridade que preside a cerimônia houver ocupado o lugar que lhe for reservado para a continência. Art. 86. As bandas de música, nas revistas passadas por autoridades, executam marchas ou dobrados, de acordo com o previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13.

CAPÍTULO VI

DOS HINOS Art. 87. O Hino Nacional é executado por banda de música militar nas seguintes ocasiões: I - nas continências à Bandeira Nacional e ao Presidente da República; II - nas continências ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; III - nos dias que o Governo considerar de Festa Nacional; IV - nas cerimônias em que se tenha de executar Hino de Nação Estrangeira, devendo este, por cortesia, anteceder o Hino Nacional; e , V - nas solenidades, sempre que cabível, de acordo com o cerimonial de cada Força Armada. § 1º É vedado substituir a partitura do Hino Nacional por qualquer arranjo instrumental. § 2º A execução do Hino Nacional não pode ser interrompida. § 3º Na continência prestada ao Presidente da República na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, por ocasião de visita a Organização Militar, quando for dispensada a Guarda de Honra, ou nas honras de chegada ou saída em viagem oficial ou de serviço, executam-se apenas a introdução e os acordes finais do Hino Nacional, de acordo com partitura específica. Art. 88. Havendo Guarda de Honra no recinto onde se procede uma solenidade, a execução do Hino Nacional cabe à banda de música dessa guarda, mesmo que esteja presente outra de maior conjunto. Art. 89. Quando em uma solenidade houver mais de uma banda, cabe a execução do Hino Nacional à que estiver mais próxima do local onde chega a autoridade.

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Art. 90. O Hino Nacional pode ser cantado em solenidades oficiais. § 1º Neste caso, cantam-se sempre as duas partes do poema, sendo que a banda de música deverá repetir a introdução do Hino após o canto da primeira parte. § 2º É vedado substituir a partitura para canto do Hino Nacional por qualquer arranjo vocal, exceto o de Alberto Nepomuceno. § 3º Nas solenidades em que seja previsto o canto do Hino Nacional após o hasteamento da Bandeira Nacional, esta poderá ser hasteada ao toque de Marcha Batida. Art. 91. No dia 7 de setembro, por ocasião da alvorada e nas retretas, as bandas de música Militares executam o Hino da Independência; no dia 15 de novembro, o Hino da Proclamação da República e no dia 19 de novembro, o Hino à Bandeira. Parágrafo único. Por ocasião das solenidades de culto à Bandeira, canta-se o Hino à Bandeira.

CAPÍTULO VII

DAS BANDEIRAS-INSÍGNIAS, DISTINTIVOS A ESTANDARTES

Art. 92. A presença de determinadas autoridades civis e Militares em uma Organização Militar é indicada por suas bandeira sinsígnias ou seus distintivos hasteados em mastro próprio, na área da organização. § 1º As bandeiras-insígnias ou distintivos de Presidente da República, de Vice-Presidente da República e de Ministro de Estado da Defesa são instituídas em atos do Presidente da República. § 2º As bandeiras-insígnias ou distintivos de Comandante da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e do Chefe do Estado-Maior de Defesa são instituídos em atos do Ministro de Estado da Defesa. § 3º Nas Organizações Militares que possuem estandarte, este é conduzido nas condições estabelecidas para a Bandeira Nacional, sempre a sua esquerda, de acordo com o cerimonial específico de cada Força Armada. Art. 93. A bandeira-insígnia ou distintivo é hasteado quando a autoridade entra na Organização Militar, e arriado logo após a sua saída. § 1º O ato de hastear ou arriar a bandeira-insígnia ou o distintivo é executado sem cerimônia militar por militar para isso designado. § 2º Por ocasião da solenidade de hasteamento ou de arriação da Bandeira Nacional, a bandeira-insígnia ou distintivo deve ser arriado, devendo ser hasteado novamente após o término daquelas solenidades. Art. 94. No mastro em que estiver hasteada a Bandeira Nacional, nenhuma bandeira-insígnia ou distintivo deve ser posicionado acima dela, mesmo que nas adriças da verga de sinais. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto neste artigo os navios e os estabelecimentos da Marinha do Brasil que possuem mastro com carangueja, cujo penol, por ser local de destaque e de honra, é privativo da Bandeira Nacional. Art. 95. A disposição das bandeiras-insígnias ou distintivos referentes a autoridades presentes a uma Organização Militar será regulamentada em cerimonial específico do MINISTÉRIO DA DEFESA e de cada Força Armada. Art. 96. Se várias Organizações Militares tiverem sede em um mesmo edifício, no mastro desse edifício só é hasteada a bandeira insígnia ou distintivo da mais alta autoridade presente.

Art. 97. Todas as Organizações Militares devem ter, disponíveis para uso, as bandeiras-insígnias do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, do Comandante da respectiva Força e das autoridades da cadeia de comando a que estiverem subordinadas. Art. 98. O Ministro de Estado da Defesa e o oficial com direito a bandeira-insígnia ou distintivo, este quando uniformizado e nos termos da regulamentação específica de cada Força Armada, podem fazer uso, na viatura oficial que os transporta, de uma miniatura da respectiva bandeira-insígnia ou distintivo, presa em haste apropriada fixada no pára-lama dianteiro direito.

TÍTULO III

DAS HONRAS MILITAR ES

CAPÍTULO I

GENERALIDADES Art. 99. Honras Militares são homenagens coletivas que se tributam aos Militares das Forças Armadas, de acordo com sua hierarquia, e às altas autoridades civis, segundo o estabelecido neste Regulamento e traduzidas por meio de: I - Honras de Recepção e Despedida; II - Comissão de Cumprimentos e de Pêsames; e III - Preito da Tropa. Art. 100. Têm direito a honras Militar es: I - o Presidente da República; II - o Vice-Presidente da República; III - o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, quando incorporados; IV - os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; V - o Superior Tribunal Militar, quando incorporado; VI - os Militares das Forças Armadas; VII - os Governadores dos Estados, e do Distrito Federal; e VIII - os Chefes de Missão Diplomática. Parágrafo único. Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa ou do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica serão prestadas Honras Militares a outras autoridades não especificadas neste artigo.

CAPÍTULO II

DAS HONRAS DE RECEPÇÃO E DESPEDIDA

Art. 101. São denominadas Honras de Recepção e Despedida as honras prestadas às autoridades definidas no art. 100 deste Regulamento, ao chegarem ou saírem de navio ou outra organização militar, e por ocasião de visitas e inspeções. Art. 102. As visitas ou inspeções, sem aviso prévio da autoridade, à Organização Militar, não implicam a alteração da sua rotina de trabalho; ao ser informado da presença da autoridade na Organização, o comandante, chefe ou diretor vai ao seu encontro, apresenta-se e a acompanha durante a sua permanência. § 1º Em cada local de serviço ou instrução, o competente responsável apresenta-se à autoridade e transmite-lhe as

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informações ou esclarecimentos que lhe forem solicitados referentes às suas funções. § 2º Terminada a visita, a autoridade é acompanhada até a saída pelo comandante, chefe ou diretor e pelos oficiais integrantes da equipe visitante. Art. 103. Nas visitas ou inspeções programadas, a autoridade visitante ou inspecionadora indica à autoridade interessada a finalidade, o local e a hora de sua inspeção ou visita, especificando, se for o caso, as disposições a serem tomadas. § 1º A autoridade é recebida pelo comandante, diretor ou chefe, sendo-lhe prestadas as continências devidas. § 2º Há Guarda de Honra sempre que for determinado por autoridade superior, dentro da cadeia de comando, ao comandante, chefe ou diretor da Organização Militar ou pelo próprio visitante e, neste caso, somente quando se tratar da primeira visita ou inspeção feita a Organização Militar que lhe for subordinada. § 3º Há apresentação de todos os oficiais à autoridade presente, cabendo ao Comandante da Organização Militar realizar a apresentação do oficial seu subordinado de maior hierarquia, seguindo-se a apresentação individual dos demais.

CAPÍTULO III

DAS COMISSÕES DE CUMPRIMENTOS E DE PÊSAMES

Seção I

Das Comissões de Cumprimentos Art. 104. As Comissões de Cumprimentos são constituídas por Oficiais de uma Organização Militar com o objetivo de testemunhar pública deferência às autoridades mencionadas no art. 100 deste Regulamento. § 1º Cumprimentos são apresentações nos dias da Pátria, do Marinheiro, do Soldado e do Aviador, como também na posse de autoridades civis e Militar es. § 2º Excepcionalmente, podem ser determinados, pelo Ministro de Estado da Defesa, pelo Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ou pelo Comandante Militar de Área, de Distrito Naval, de Comando Naval ou de Comando Aéreo Regional, cumprimentos a autoridades em dias não especificados no § 1º deste artigo. Art. 105. Na posse do Presidente da República a oficialidade da Marinha, do Exército e da Aeronáutica é representada por comissões de cumprimentos compostas pelos oficiais-generais de cada Força Armada que servem na Capital Federal, as quais fazem a visita de apresentação àquela autoridade, acompanhando o Ministro de Estado da Defesa e sob a direção dos Comandantes das respectivas Forças; § 1º Essas visitas são realizadas em idênticas condições, na posse do Ministro de Estado da Defesa pela oficialidade da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ficando a apresentação a cargo dos Comandantes de cada Força. §2º Essas visitas são realizadas em idênticas condições, na posse do Comandante da Marinha pela oficialidade da Marinha, na posse do Comandante do Exército, pela oficialidade do Exército e, na posse do Comandante da Aeronáutica, pela oficialidade da Aeronáutica, ficando a apresentação a cargo dos Chefes de Estado-Maior de cada Força. Art. 106. Nos cumprimentos ao Presidente da República ou a outras autoridades, nos dias de Festa Nacional ou em qualquer outra solenidade, os oficiais que comparecerem incorporados deslocam-se, de acordo com a precedência, em coluna por um, até a altura da autoridade, onde fazem alto, defrontando-se a esta.

Seção II

Das Comissões de Pêsames Art. 107. As Comissões de Pêsames são constituídas para acompanhar os restos mortais de Militares da ativa, da reserva ou reformados e demonstrar publicamente o sentimento de pesar que a todos envolve.

CAPÍTULO IV

DO PREITO DA TROPA Art. 108. Preito da Tropa são Honras Militar es, de grande realce, prestadas diretamente pela tropa e exteriorizadas por meio de: I - Honras de Gala; e II - Honras Fúnebres.

Seção I

Das Honras de Gala Art. 109. Honras de Gala são homenagens, prestadas diretamente pela tropa, a uma alta autoridade civil ou militar, de acordo com a sua hierarquia e consistem de: I - Guarda de Honra; II - Escolta de Honra; e III - Salvas de Gala. Art. 110. Têm direito a Guarda e a Escolta de Honra: I - o Presidente da República; II - o Vice-Presidente de República; III - o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal nas sessões de abertura e encerramento de seus trabalhos; IV - o Chefe de Estado Estrangeiro, na cerimônia oficial de chegada à Capital Federal; V - os Embaixadores estrangeiros, quando da entrega de suas credenciais; VI - os Ministros de Estado, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e, quando incorporado, o Superior Tribunal Militar; VII - os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras e os Enviados Especiais; VIII - os Almirantes-de-Esquadra, Generais-de-Exército e Tenentes-Brigadeiros, nos casos previstos no § 2º do art. 103 deste Regulamento, ou quando, por motivo de serviço, desembarcarem em uma Guarnição Militar e forem hierarquicamente superiores ao comandante desta; IX - os Governadores de Estado, dos Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em visita de caráter oficial a uma Organização Militar; e X - os demais oficiais-generais, somente nos casos previstos no § 2º do art. 103 deste Regulamento. § 1º Para as autoridades mencionadas nos incisos I a V do caput deste artigo, a Guarda de Honra tem o efetivo de um batalhão ou equivalente; para as demais autoridades, de uma Companhia ou equivalente. § 2º Ressalvados os casos previstas no § 2º do art. 103 deste Regulamento, a formatura de uma Guarda de Honra é ordenada pela mais alta autoridade militar local.

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§ 3º Salvo determinação contrária do Presidente da República, a Guarda de Honra destinada a prestar-lhe homenagem por ocasião do seu embarque ou desembarque, em aeródromo militar, quando de suas viagens oficiais e de serviço, é constituída do valor de um pelotão e banda de música. § 4º Para as autoridades indicadas nos incisos II, VI, VIII e X do caput deste artigo, por ocasião do embarque e desembarque em viagens na mesma situação prevista no § 3º deste artigo, é observado o seguinte procedimento: I - para o Vice-Presidente da República, é prestada homenagem por Guarda de Honra constituída do valor de um pelotão e corneteiro; II - para o Ministro de Estado da Defesa e para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, o embarque ou desembarque é guarnecido por uma ala de tropa armada; III - para os demais Ministros de Estado é executado o toque de continência previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13, e, caso solicitado com prévia antecedência, o embarque ou desembarque é guarnecido por uma ala de tropa armada; e IV - para os oficiais-generais, é executado o toque de continência previsto no "Manual de Toques, Marchas e Hinos das Forças Armadas" - FA-M-13. § 5º Nos Aeroportos civis, as Honras Militar es, na área do aeroporto, são prestadas somente ao Presidente e ao Vice-Presidente da República, por tropa da Aeronáutica, caso existente na localidade, de acordo com o cerimonial estabelecido pela Presidência da República; para os Ministros de Estado, caso solicitado com prévia antecedência, o embarque ou o desembarque é guarnecido por uma ala de Polícia da Aeronáutica, se existente na localidade, e somente quando as referidas autoridades estiverem sendo conduzidas em aeronave militar. § 6º Nas Organizações Militares da Aeronáutica, as autoridades mencionadas nos incisos I a IX do caput deste artigo, bem como os oficiais-generais, em trânsito como passageiros, tripulantes ou pilotos de aeronaves Militares ou civis, são recebidos à porta da aeronave pelo comandante da Organização Militar ou oficial especialmente designado e, estando presente autoridade de maior precedência, o comandante da Organização Militar ou o oficial designado a acompanha na recepção à porta da aeronave. § 7º Nas Organizações Militares da Aeronáutica, as autoridades mencionadas nos incisos VIII, IX e X do caput deste artigo, quando em visita oficial, poderão ser recepcionadas por ala de Polícia da Aeronáutica, postada à entrada do prédio do Comando, ou outro local previamente escolhido, onde o comandante da Organização ou o oficial especialmente designado recebe a autoridade. § 8º Por ocasião de embarque ou desembarque do Presidente da República em aeroportos civis ou Militares no exterior, os Adidos Militares seguirão o mesmo procedimento dos diplomatas lotados na Missão, de acordo com o previsto pelo Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores Art. 111. Têm direito a salvas de gala: I - o Presidente da República, o Chefe do Estado Estrangeiro quando de sua chegada à Capital Federal e, quando incorporados, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal - vinte e um tiros; II - o Vice-Presidente da República, os Embaixadores de Nações Estrangeiras, os Ministros de Estado, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, os Governadores dos Estados e o do Distrito Federal (estes somente quando em visita de caráter oficial à Organizações Militar es, respectivamente, no seu Estado e no Distrito

Federal), os Almirantes, os Marechais e os Marechais-do-Ar - dezenove tiros; III - o Chefe do Estado-Maior de Defesa, os Chefes dos Estados-Maiores de cada Força Armada, os Almirantes-de-Esquadra, os Generais-de-Exército, os Tenentes-Brigadeiros, os Ministros Plenipotenciários de Nações Estrangeiras, os Enviados Especiais, e, quando incorporado, o Superior Tribunal Militar - dezessete tiros; IV - os Vice-Almirantes, os Generais-de-Divisão, os Majores Brigadeiros, os Ministros Residentes de Nações Estrangeiras quinze tiros; e V - os Contra-Almirantes, os Generais-de-Brigada, os Brigadeiros do-Ar e os Encarregados de Negócios de Nações Estrangeiras - treze tiros. Parágrafo único. No caso de comparecimento de várias autoridades a ato público ou visita oficial, é realizada somente a salva que corresponde à autoridade de maior precedência.

Subseção I

Das Guardas de Honra Art. 112. Guarda de Honra é a tropa armada, especialmente postada para prestar homenagem às autoridades referidas no art. 110 deste Regulamento. Parágrafo único. A Guarda de Honra pode formar a qualquer hora do dia ou da noite. Art. 113. A Guarda de Honra conduz Bandeira Nacional, banda de música, corneteiros ou clarins e tambores; forma em linha, dando a direita para o lado de onde vem a autoridade que se homenageia. Parágrafo único. As Guardas de Honra podem ser integradas por Militares de mais de uma Força Armada ou Auxiliar, desde que haja conveniência e assentimento entre os comandantes. Art. 114. A Guarda de Honra só faz continência à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional e às autoridades hierarquicamente superiores ao homenageado; para as autoridades de posto superior ao do seu comandante ou à passagem de tropa com efetivo igual ou superior a um pelotão, toma a posição de "Sentido". Art. 115. A autoridade que é recebida por Guarda de Honra, após lhe ser prestada a continência, passa revista à tropa formada, acompanhada do Comandante da Guarda de Honra. § 1º A autoridade anfitriã ou seu representante poderá acompanhar a autoridade homenageada, colocandose à sua direita e à retaguarda e, neste caso, o Comandante da Guarda de Honra ficará à esquerda e à retaguarda da autoridade homenageada. § 2º Os acompanhantes da autoridade homenageada deslocam-se diretamente para o local de onde é assistido o desfile da Guarda de Honra. § 3º A autoridade homenageada pode dispensar o desfile da Guarda de Honra. § 4º A Guarda de Honra destinada a homenagear autoridade estrangeira pode ter o desfile dispensado pela autoridade que determinou a homenagem. § 5º Salvo determinação em contrário, a Guarda de Honra não forma na retirada do homenageado.

Subseção II

Das Escoltas de Honra Art. 116. Escolta de Honra é a tropa a cavalo ou motorizada, em princípio constituída de um esquadrão (companhia), e no

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mínimo de um pelotão, destinada a acompanhar as autoridades referidas no art. 110 deste Regulamento. § 1º No acompanhamento, o comandante da Escolta a Cavalo se coloca junto à porta direita da viatura, que é precedida por dois batedores, enquadrada lateralmente por duas filas, uma de cada lado da viatura, com cinco cavaleiros cada, e seguida do restante da tropa em coluna por três ou por dois. § 2º No caso de Escolta motorizada, três viaturas leves antecedem o carro, indo o comandante da escolta na primeira delas, sendo seguido das demais; se houver motocicletas, a formação é semelhante à da escolta a cavalo. § 3º A Escolta de Honra, sempre que cabível, poderá ser executada também por aeronaves, mediante a interceptação, em voo, da aeronave que transporta qualquer das autoridades referidas no art. 110 deste Regulamento, obedecendo ao seguinte: I - as aeronaves integrantes da escolta se distribuem, em quantidades iguais, nas alas direita e esquerda da aeronave escoltada; e II - caso a escolta seja efetuada por mais de uma unidade aérea, caberá àquela comandada por oficial de maior precedência hierárquica ocupar a ala direita.

Subseção III

Das Salvas de Gala Art. 117. Salvas de Gala são descargas, executadas por peças de artilharia, a intervalos regulares, destinadas a complementar, para as autoridades nomeadas no art. 111 deste Regulamento, as Honras de Gala previstas neste Capítulo. Art. 118. As salvas de gala são executadas no período compreendido entre as oito horas e a hora da arriação da Bandeira Nacional. Parágrafo único. As salvas de gala são dadas com intervalos de cinco segundos, exceto nos casos dispostos nos § 1º e 2º do art. 122 deste Regulamento. Art. 119. A Organização Militar em que se achar o Presidente da República ou que estiver com embandeiramento de gala, por motivo de Festa Nacional ou estrangeira, não responde às salvas. Art. 120. O comandante de uma Organização Militar que, por qualquer motivo, não possa responder à salva, deve comunicar à autoridade competente e com a maior brevidade as razões que o levaram a tomar tal atitude. Art. 121. São dadas Salvas de Gala: I - nas grandes datas nacionais e no Dia da Bandeira Nacional; II - nas datas festivas de países estrangeiros, quando houver algum convite para acompanhar uma salva que é dada por navio de guerra do país considerado; e III - em retribuição de salvas. Parágrafo único. As salvas, quando tiverem de ser respondidas, o serão por outras de igual número de tiros. Art. 122. Podem ser ainda dadas Salvas de Gala: I - no comparecimento a atos públicos, de notável expressão, de autoridades que tenham direito a essas salvas; II - quando essas autoridades, com aviso prévio, visitarem uma guarnição federal, sede de unidades de artilharia e somente por ocasião da chegada; III - na chegada e saída de autoridade que tenha direito às salvas, quando em visita oficial anunciada a uma Organização Militar;

IV - no embarque ou desembarque do Presidente da República, conforme o disposto no § 1º deste artigo; e V - na Cerimônia Oficial de Chegada de Chefe de Estado Estrangeiro à Capital Federal, conforme o disposto no § 2º deste artigo. § 1º Por ocasião de homenagens prestadas ao Presidente da República, as salvas são executadas exclusivamente quando formar Guarda de Honra, e, neste caso, têm a duração correspondente ao tempo de execução da primeira parte do Hino Nacional. § 2º No caso do disposto no inciso V deste artigo, a duração das salvas corresponde ao tempo de execução dos Hinos Nacionais dos dois países. Art. 123. Na Marinha é observado, para salvas, o que dispõe o Cerimonial da Marinha, combinado, se for o caso, com o disposto no presente Regulamento.

Seção II Das Honras Fúnebres

Art. 124. Honras Fúnebres são homenagens póstumas prestadas diretamente pela tropa aos despojos mortais de uma alta autoridade ou de um militar da ativa, de acordo com a posição hierárquica que ocupava e consistem de: I - Guarda Fúnebre; II - Escolta Fúnebre; e III - Salvas Fúnebres. § 1º As Honras Fúnebres são prestadas aos restos mortais: I - do Presidente da República; II - do Ministro de Estado da Defesa; III - dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e IV - dos Militares das Forças Armadas. § 2º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa ou do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, são prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Presidente do Congresso Nacional, Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado ou Secretário Especial da Presidência da República equiparado a Ministro de Estado, assim como o seu transporte, em viatura especial, acompanhada por tropa. § 3º Excepcionalmente, por determinação do Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, do Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, ou de outra autoridade militar, são prestadas Honras Fúnebres aos despojos mortais de Chefes de Missão Diplomática estrangeira falecidos no Brasil, ou de insigne personalidade, assim como o seu transporte, em viatura especial, acompanhada por tropa. § 4º As Honras Fúnebres prestadas a Chefes de Missão Diplomática estrangeira ou às autoridades mencionadas no § 1º deste artigo seguem as mesmas determinação estabelecidas para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Art. 125. As Honras Fúnebres a Militares da ativa são, em princípio, prestadas por tropa da Força Armada a que pertencia o extinto. § 1º Quando na localidade em que se efetuar a cerimônia não houver tropa dessa Força, as Honras Fúnebres podem ser prestadas por tropa de outra Força, após entendimentos entre seus Comandantes.

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§ 2º O féretro de comandante de Estabelecimento de Ensino é acompanhado por tropa armada constituída por alunos desse estabelecimento. Art. 126. O ataúde, depois de fechado, até o início do ato de inumação, será coberto com a Bandeira Nacional, ficando a tralha no lado da cabeceira do ataúde e a estrela isolada (ESPIGA) à direita. § 1º Para tal procedimento, quando necessário, deverá a Bandeira Nacional ser fixada ao ataúde para evitar que esvoace durante os deslocamentos do cortejo. § 2º Antes do sepultamento, deverá a Bandeira Nacional ser dobrada, sob comando, na forma do Anexo II a esta Portaria Normativa. Art. 127. Ao descer o corpo à sepultura, com corneteiro ou clarim postado junto ao túmulo, é dado o toque de silêncio. Art. 128. As Honras Fúnebres a Militares da reserva ou reformados constam de comissões previamente designadas por autoridade competente. Art. 129. As Honras Fúnebres não são prestadas: I - quando o extinto com direito às homenagens as houver dispensado em vida ou quando essa dispensa parte da própria família; II - nos dias de Festa Nacional; III - no caso de perturbação da ordem pública; IV - quando a tropa estiver de prontidão; e V - quando a comunicação do falecimento chegar tardiamente.

Subseção I

Das Guardas Fúnebres Art. 130. Guarda Fúnebre é a tropa armada especialmente postada para render honras aos despojos mortais de Militares da ativa e de altas autoridades civis. Parágrafo único. A Guarda Fúnebre toma apenas a posição de "Sentido" para a continência às autoridades de posto superior ao do seu comandante. Art. 131. A Guarda Fúnebre posta-se no trajeto a ser percorrido pelo féretro, de preferência na vizinhança da casa mortuária ou da necrópole, com a sua direita voltada para o lado de onde virá o cortejo e em local que, prestando-se à formatura e à execução das salvas, não interrompa o trânsito público. Art. 132. A Guarda Fúnebre, quando tiver a sua direita alcançada pelo féretro, dá três descargas, executando em seguida "Apresentar Arma"; durante a continência, os corneteiros ou clarins e tambores tocam uma composição grave ou, se houver banda de música, esta executa uma marcha fúnebre. § 1º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for de um batalhão ou equivalente, as descargas de fuzil são dadas somente pela subunidade da direita, para isso designada. § 2º Se o efetivo da Guarda Fúnebre for igual ou superior a uma companhia ou equivalente, conduz Bandeira Nacional e tem banda de música ou clarins. Art. 133. A Guarda Fúnebre é assim constituída: I - para o Presidente de República: a) por toda a tropa disponível das Forças Armadas, que forma em alas, exceto a destinada a fazer as descargas fúnebres; e

b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do Exército e da Aeronáutica, os quais constituem, para cada Escola, um posto de sentinela dupla junto à urna funerária; II - para o Ministro de Estado da Defesa: a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de cada Força Armada, cabendo o comando à Força a que pertence o Chefe do Estado-Maior de Defesa; e b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes da Marinha e Cadetes do Exército e da Aeronáutica; III - para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica: a) por um destacamento composto de um ou mais batalhões ou equivalentes de cada Força Armada, cabendo o comando à Força a que pertencia o falecido; e b) a Guarda da Câmara Ardente é formada por Aspirantes ou Cadetes pertencentes à Força Singular da qual fazia parte o extinto; IV - para os oficiais-generais: por tropa com o efetivo de um batalhão de infantaria, ou equivalente, de sua Força; V - para os oficiais superiores: por tropa com o efetivo de duas companhias de infantaria, ou equivalente, de sua Força; VI - para os oficiais intermediários: por tropa com o efetivo de companhia de infantaria, ou equivalente, de sua Força; VII - para oficiais subalternos: por tropa com o efetivo de um pelotão de fuzileiros, ou equivalente, de sua Força; VIII - para Aspirantes, Cadetes e alunos do Colégio Naval e Escolas Preparatórias ou equivalentes: por tropa com o efetivo de dois grupos de combate, ou equivalente, da respectiva Força; IX - para Subtenentes, Suboficiais e Sargentos: por tropa com o efetivo de um grupo de combate, ou equivalente, da respectiva Força; e X - para Cabos, Marinheiros e Soldados: por tropa com o efetivo de uma esquadra de fuzileiros de grupo de combate, ou equivalente, da respectiva Força. § 1º As sentinelas de câmaras ardentes, enquanto ali estiverem, mantêm o fuzil na posição de "Em Funeral Arma" e ladeiam o ataúde, ficando de um mesmo lado face a face. § 2º Quando, pela localização da necrópole, a Guarda Fúnebre vier causar grandes transtornos à vida da comunidade, ou quando a premência de tempo não permitir um planejamento e execução compatíveis, a critério de comandante militar da área, ou por determinação superior, ela pode ser substituída por tropa postada em alas, de valor não superior a uma companhia, no interior da necrópole e por grupo de combate nas proximidades da sepultura, que realiza as descargas de fuzil previstas no art. 132 deste Regulamento. § 3º As Honras Fúnebres são determinadas pelo Presidente da República, pelo Ministro de Estado da Defesa, pelo Comandante da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, pelo Comandante de Distrito Naval, de Comando Naval, de Comando Militar de Área, de Comando Aéreo Regional, de Navio, de Guarnição ou de Corpo de Tropa, tal seja o comando da unidade ou navio a que pertencia o extinto. § 4º Nos casos previstos nos §§ 2º e 3º do art. 124 deste Regulamento, caberá à autoridade que determinar as Honras Fúnebres definir que Força Armada as comandará e formará a Guarda da Câmara Ardente.

Subseção II

Das Escoltas Fúnebres

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Art. 134. Escolta Fúnebre é a tropa destinada ao acompanhamento dos despojos mortais do Presidente da República, de altas autoridades Militares e de oficiais das Forças Armadas falecidos quando no serviço ativo. Parágrafo único. Se o militar falecido exercia funções de comando em Organização Militar, a escolta é composta por Militares dessa organização. Art. 135. A Escolta Fúnebre procede, em regra, durante o acompanhamento, como a Escolta de Honra; quando parada, só toma posição de "Sentido" para prestar continência às autoridades de posto superior ao de seu comandante. Parágrafo único. A Escolta Fúnebre destinada a acompanhar os despojos mortais de oficiais superiores, intermediários, subalternos e praças especiais forma a pé, descoberta, armada de sabre e ladeia o féretro do portão do cemitério ao túmulo. Art. 136. A Escolta Fúnebre é constituída: I - para o Presidente da República: por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a um batalhão; II - para o Ministro de Estado da Defesa: por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a duas companhias; III - para os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica: por tropa a cavalo ou motorizada do efetivo equivalente a uma companhia; IV - para oficiais-generais: por tropa a cavalo ou motorizada de efetivo equivalente a um pelotão; V - para oficiais superiores: por tropa, formada a pé, de efetivo equivalente a um pelotão; VI - para oficiais intermediários: por tropa, formada a pé, de efetivo equivalente a dois grupos de combate; VII - para oficiais subalternos, guardas-marinha e aspirante a oficial: por tropa, formada a pé, de efetivo equivalente a um grupo de combate; e VIII - para Aspirantes, Cadetes e alunos do Colégio Naval e Escolas Preparatórias: por tropa, formada a pé, composta de Aspirantes, Cadetes e Alunos, correspondentes ao efetivo de um grupo de combate. Parágrafo único. As praças não têm direito a Escolta Fúnebre.

Subseção III

Das Salvas Fúnebres Art. 137. Salvas Fúnebres são executadas por peças de artilharia, a intervalos regulares de trinta segundos, destinadas a complementar, nos casos específicos, as Honras Fúnebres previstas neste Capítulo. Art. 138. As Salvas Fúnebres são executadas: I - por ocasião do falecimento do Presidente da República: a) logo que recebida a comunicação oficial, a Organização Militar designada executa uma salva de vinte e um tiros, seguida de um tiro de dez em dez minutos até a inumação, com a Bateria de Salva postada próxima ao local da Câmara Ardente; e b) ao baixar o ataúde à sepultura, a Bateria de Salva, estacionada nas proximidades do cemitério, dá uma salva de vinte e um tiros; II - por ocasião do falecimento das demais autoridades mencionadas no art. 111 deste Regulamento: a) ao baixar o ataúde à sepultura, a Bateria de Salva, estacionada nas proximidades do cemitério, dá as salvas

correspondentes à autoridade falecida conforme estabelecido no art. 111 deste Regulamento.

TÍTULO IV

DO CERIMONIAL MILITAR

CAPÍTULO I

GENERALIDADES Art. 139. O Cerimonial Militar tem por objetivo dar a maior solenidade possível a determinados atos na vida militar ou nacional, cuja alta significação convém ser ressaltada. Art. 140. As cerimônias Militares contribuem para desenvolver, entre superiores e subordinados, o espírito de corpo, a camaradagem e a confiança, virtudes castrenses que constituem apanágio dos membros das Forças Armadas. Parágrafo único. A execução do Cerimonial Militar, inclusive sua preparação, não deve acarretar perturbação sensível à marcha regular da instrução. Art. 141. Nessas cerimônias, a tropa apresenta-se com o uniforme de parada, utilizando armamento o mais padronizado possível. Parágrafo único. Salvo ordem em contrário, nessas cerimônias, a tropa não conduz viaturas.

CAPÍTULO II

DA PRECEDÊNCIA NAS CERIMÔNIAS Art. 142. A precedência atribuída a uma autoridade em razão de seu cargo ou função é normalmente traduzida por seu posicionamento destacado em solenidade, cerimônias, reuniões e outros eventos. Art. 143. As cerimônias realizadas em Organizações Militares são presididas pela autoridade - da cadeia de comando - de maior grau hierárquico presente ou pela autoridade indicada em conformidade com o cerimonial específico de cada Força Armada. § 1º A cerimônia será dirigida pelo comandante, chefe ou diretor da Organização Militar e se desenvolverá de acordo com a programação por ele estabelecida com a devida antecedência. § 2º Na sede do MINISTÉRIO DA DEFESA e nas Organizações Militar es, o Ministro de Estado da Defesa presidirá toda cerimônia a que comparecer, com as ressalvas dos Artigos 145 e 146 deste Regulamento. § 3º A colocação de autoridades e personalidades nas solenidades oficiais, inclusive cerimônias Militar es, organizadas pelo MINISTÉRIO DA DEFESA e pelas Forças Armadas, é regulada pelas Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência. § 4º Nas cerimônias Militar es, o Governador do Estado, de Território Federal ou do Distrito Federal onde ocorre a solenidade, se comparecer, ocupa lugar de honra, observada, no que couber, a Ordem Geral de Precedência. § 5º A precedência entre os Adidos Militares estrangeiros do mesmo posto é estabelecida pela ordem de antigüidade da Representação Diplomática do seu país de origem no Brasil. Art. 144. Nas Missões Diplomáticas, os Adidos Militares que forem Oficiais-Generais passarão logo depois do Ministro-Conselheiro que for o substituto do Chefe da Missão, enquanto os que forem Capitães-de-Mar-e-Guerra ou equivalentes passarão depois do Conselheiro ou do Primeiro-Secretário que for o substituto do Chefe da Missão. Art. 145. Quando o Presidente da República comparecer a qualquer solenidade militar, compete-lhe sempre presidi-la.

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Art. 146. Não comparecendo o Presidente da República, o Vice-Presidente da República presidirá a solenidade militar a que estiver presente. Art. 147. A leitura da Ordem do Dia, se houver, é procedida diante da tropa formada. Art. 148. O comandante, o chefe ou o diretor da Organização Militar, nas visitas, acompanha a maior autoridade presente, a fim de prestar-lhe as informações necessárias. Parágrafo único. Nas cerimônias Militares por ocasião de visitas, o comandante, o chefe ou o diretor da Organização Militar visitada deve permanecer próximo à maior autoridade presente, mas não passa à frente do Presidente da República, do Vice-Presidente da República, do Ministro de Estado da Defesa, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e de autoridades civis de precedência superior à destes, ou dos superiores da sua carreira de comando. Art. 149. Quando diversas organizações civis e Militares concorrerem em serviço, recepções, cumprimentos, etc, sendo o Ministério da Defesa responsável pela organização do evento, serão observadas as Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência e, no que couber, as Normas de Cerimonial do Ministério da Defesa. Art. 150. Nas formaturas, visitas, recepções e cumprimentos, onde comparecerem simultaneamente representantes de Organizações Militares Nacionais e Estrangeiras, cada uma tem a precedência dentro de sua respectiva hierarquia e,todavia, por especial deferência, pode a autoridade que preside o evento determinar, previamente, que as representações estrangeiras tenham posição de destaque nos aludidos eventos. Art. 151. Quando uma autoridade se faz representar em solenidade ou cerimônia, seu representante tem lugar compatível com sua própria precedência, não a precedência correspondente à autoridade que representa. Parágrafo único. O representante do Presidente da República, se não presidir a solenidade, ocupa o lugar de honra à direita da autoridade que a preside.

CAPÍTULO III

DA BANDEIRA NACIONAL

Seção I

Generalidades Art. 152. A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a qualquer hora do dia ou da noite. § 1º Normalmente, em Organização Militar, faz-se o hasteamento no mastro principal às oito horas e a arriação às dezoito horas ou ao pôr-do-sol. § 2º No dia 19 de novembro, como parte dos eventos comemorativos do Dia da Bandeira, a Bandeira Nacional será hasteada em ato solene às doze horas, de acordo com o cerimonial do Ministério da Defesa ou com os cerimoniais específicos de cada Força Armada, conforme o caso. § 3º Nas Organizações Militares que não mantenham serviço ininterrupto, a Bandeira Nacional será arriada conforme o estabelecido no § 1º deste artigo, ou ao se encerrar o expediente, o que primeiro ocorrer. § 4º Quando permanecer hasteada durante a noite, a Bandeira Nacional deve ser iluminada. Art. 153. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, a Bandeira é mantida a meio mastro. § 1º Por ocasião do hasteamento, a Bandeira vai até o topo do mastro, descendo em seguida até a posição a meio mastro; por ocasião da arriação, a Bandeira sobe ao topo do mastro, sendo em seguida arriada.

§ 2º Nesses dias, os símbolos e insígnias de Comando permanecem também a meio mastro, de acordo com o cerimonial do MINISTÉRIO DA DEFESA ou com o cerimonial específico de cada Força Armada, conforme o caso. Art. 154. Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, as bandas de música permanecem em silêncio. Art. 155. O sinal de luto das Bandeiras transportadas por tropa consiste em um laço de crepe negro colocado na lança. Art. 156. As Forças Armadas devem regular, no âmbito de seus Comandos, as cerimônias diárias de hasteamento e arriação da Bandeira Nacional. Art. 157. Quando várias bandeiras são hasteadas ou arriadas simultaneamente, a Bandeira Nacional é a primeira a atingir o topo e a última a dele descer, sendo posicionada na parte central do dispositivo.

Seção II

Do Culto à Bandeira em Solenidades Art. 158. No dia 19 de novembro, data consagrada à Bandeira Nacional, as Organizações Militares prestam o "Culto à Bandeira", cujo cerimonial consta de: I - hasteamento da Bandeira Nacional, conforme disposto no art. 151, § 2º, deste Regulamento; II - canto do Hino à Bandeira e, se for o caso, incineração de Bandeiras; e III - desfile em continência à Bandeira Nacional. Parágrafo único. Além dessas cerimônias, sempre que possível, deve haver sessão cívica em comemoração à data. Art. 159. A formatura para o hasteamento da Bandeira, no dia 19 de novembro, é efetuada com: I - uma "Guarda de Honra" a pé, sem Bandeira Nacional (constituída por uma subunidade nas unidades de valor regimento, batalhão ou grupo), com a banda de música e/ou corneteiros ou clarins e tambores; II - dois grupamentos constituídos do restante da tropa disponível, a pé e sem armas; e III - a Guarda da Organização Militar. § 1º Para essa solenidade, a Bandeira Nacional da Organização Militar, sem guarda, deve ser postada em local de destaque, em frente ao mastro em que é realizada a solenidade. § 2º A Guarda de Honra ocupa a posição central do dispositivo da tropa, em frente ao mastro. § 3º A tropa deve apresentar o dispositivo a seguir mencionado, com as adaptações necessárias a cada local: I - Guarda de Honra: linha de companhias ou equivalentes, em Organizações Militares nível batalhão/grupo ou linha de pelotões, ou equivalentes nas demais; II - dois grupamentos de tropa: um à direita e outro à esquerda da "Guarda de Honra", com a formação idêntica à desta, comandados por oficiais; e III - oficiais: em uma ou mais fileiras, colocados três passos à frente do comandante da Guarda de Honra. Art. 160. O cerimonial para hasteamento da Bandeira, no dia 19 de novembro, obedece às seguintes determinações: I - em se tratando de unidades agrupadas em um único local, a cerimônia será presidida pelo Comandante da Organização Militar ou da área, podendo a bandeira ser hasteada, conforme o caso, por qualquer daquelas autoridades; e

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II - estando presente banda de música ou de corneteiros ou clarins e tambores, é executado o Hino Nacional ou a marcha batida. Art. 161. Após o hasteamento, é procedida, se for o caso, à cerimônia de incineração de Bandeiras, finda a qual é cantado o Hino à Bandeira. Art. 162. Após o canto do Hino à Bandeira, é procedido ao desfile da tropa em "Continência à Bandeira". Art. 163. As Bandeiras Nacionais de Organizações Militares que forem julgadas inservíveis devem ser guardadas para proceder-se, no dia 19 de novembro, perante a tropa, à cerimônia cívica de sua incineração. § 1º A Bandeira que invoque especialmente um fato notável da história de uma Organização Militar não é incinerada. § 2º As Bandeiras Nacionais das Organizações civis que forem recolhidas como inservíveis às Organizações Militares são também incineradas nessa data. Art. 164. O cerimonial da incineração de Bandeiras é realizado da seguinte forma: I - numa pira ou receptáculo de metal, colocado nas proximidades do mastro onde se realiza a cerimônia de hasteamento da Bandeira, são depositadas as Bandeiras a serem incineradas; II - o Comandante faz ler a Ordem do Dia alusiva à data e na qual é ressaltada, com fé e patriotismo, a alta significação das festividades a que se está procedendo; III - terminada a leitura, uma praça antecipadamente escolhida da Organização Militar, em princípio a mais antiga e de ótimo comportamento, ateia fogo às Bandeiras previamente embebidas em álcool; e IV - incineradas as Bandeiras, prossegue o cerimonial com o canto do Hino à Bandeira, regido pelo mestre da Banda de Música, com a tropa na posição de "Sentido". Parágrafo único. As cinzas são depositadas em caixa e enterradas em local apropriado, no interior das respectivas Organizações Militares ou lançadas ao mar. Art. 165. O desfile em continência à Bandeira é, então, realizado da seguinte forma: I - a Bandeira da Organização Militar, diante da qual desfila a tropa, é posicionada em local de destaque, em correspondência com a que foi hasteada; II - os oficiais que não desfilam com a tropa formam à retaguarda da Bandeira, constituindo a sua "Guarda de Honra"; III - o Comandante da Organização Militar toma posição à esquerda da Bandeira e na mesma linha desta; e IV - terminado o desfile, retira-se a Bandeira Nacional, acompanhada do Comandante da Organização Militar e de sua "Guarda de Honra", até a entrada do edifício onde ela é guardada.

Seção III

Do Hasteamento em Datas Comemorativas Art. 166. A Bandeira Nacional é hasteada nas Organizações Militar es, com maior gala, de acordo com o cerimonial específico de cada Força Armada, nos seguintes dias: I - grandes datas: a) 7 de setembro: Dia da Independência do Brasil; e b) 15 de novembro: Dia da Proclamação da República;

II - feriados: a) 1º de janeiro: Dia da Fraternidade Universal; b) 21 de abril: Inconfidência Mineira; c) 1º de maio: Dia do Trabalhador; d) 12 de outubro: Dia da Padroeira do Brasil; e e) 25 de dezembro: Dia de Natal; III - datas festivas: a) 21 de fevereiro: Comemoração da Tomada de Monte Castelo; b) 19 de abril: Dia do Exército Brasileiro; c) 22 de abril: Dia da Aviação de Caça; d) 08 de maio: Dia da Vitória na 2a Guerra Mundial; e) 11 de junho: Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo Data Magna da Marinha; f) 25 de agosto: Dia do Soldado; g) 23 de outubro: Dia do Aviador; h) 19 de novembro: Dia da Bandeira Nacional; i) 13 de dezembro: Dia do Marinheiro; j) 16 de dezembro: Dia do Reservista; k) Dia do Aniversário da Organização Militar. Parágrafo único. No âmbito de cada Força Armada, por ato do respectivo Comandante, podem ser fixadas datas comemorativas para ressaltar as efemérides relativas às suas tradições peculiares

Seção IV

Da Incorporação e Desincorporação da Bandeira Art. 167. Incorporação é o ato solene do recebimento da Bandeira Nacional pela tropa, obedecendo às seguintes normas: I - a tropa recebe a Bandeira Nacional em qualquer formação; o Porta-Bandeira, acompanhado de sua Guarda, vai buscá-la no local em que esta estiver guardada; II - o Comandante da tropa, verificando que a Guarda-Bandeira está pronta, comanda "Sentido", "Ombro Arma", e "Bandeira Avançar"; III - a Guarda-Bandeira desloca-se para a frente da tropa, posicionando-se a uma distância aproximada de trinta passos do lugar que vai ocupar na formatura, quando, então, será dado o comando de "Em Continência à Bandeira" - "Apresentar Armas"; e IV - nessa posição, a Bandeira Nacional desfraldada recebe a continência prevista e se incorpora à tropa, que permanece em "Apresentar Arma" até que a Bandeira ocupe seu lugar na formatura. Parágrafo único. Cada Força Armada deve regular as continências previstas para a incorporação da Bandeira Nacional à tropa. Art. 168. Desincorporação é o ato solene da retirada da Bandeira da formatura, obedecendo às seguintes normas: I - com a tropa na posição de "Ombro Arma" o Comandante comanda "Bandeira fora de forma";

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II - a Bandeira Nacional, acompanhada de sua Guarda, desloca se, posicionando-se a trinta passos da tropa e de frente para esta, quando, então, serão executados os toques de "Em Continência à Bandeira" - "Apresentar Arma"; III - nessa posição a Bandeira Nacional, desfraldada, recebe a continência prevista; e IV - terminada a continência, será dado o toque de "Ombro Arma", após o que a Bandeira retira-se com sua Guarda. Parágrafo único. Cada Força Armada deve regular as continências previstas para a desincorporação da Bandeira Nacional da tropa. Art. 169. A tropa motorizada ou mecanizada desembarca para receber ou retirar da formatura a Bandeira.

Seção V

Da Apresentação da Bandeira Nacional aos Recrutas Art. 170. Logo que os recrutas ficarem em condições de tomar parte, em uma formatura, o Comandante da Organização Militar apresenta-lhes a Bandeira Nacional, com toda solenidade. Art. 171. A solenidade de Apresentação da Bandeira Nacional aos seus recrutas deve observar as seguintes determinações: I - a tropa forma, armada, sem Bandeira, sob o comando do Comandante da Organização Militar; II - a Bandeira, conduzida desfraldada, com sua Guarda, aproxima-se e ocupa lugar de destaque defronte da tropa; III - o Comandante da Organização Militar, ou quem for por ele designado, deixa a formatura, cumprimenta a Bandeira Nacional perante a tropa, procede a seguir a uma alocução aos recrutas, apresentando-lhes a Bandeira Nacional; IV - nessa alocução devem ser abordados os seguintes pontos: a) o que representa a Bandeira Nacional; b) os deveres do soldado para com ela; c) o valor dos Militares brasileiros no passado, que nunca a deixaram cair em poder do inimigo; d) a unidade da Pátria; e e) o espírito de sacrifício; V - após a alocução, a tropa presta a continência à Bandeira Nacional; e VI - a cerimônia termina com o desfile da tropa em continência à Bandeira Nacional.

Seção VI Da Apresentação do Estandarte Histórico aos Recrutas

Art. 172. Em data anterior a da apresentação da Bandeira Nacional, deverá ser apresentado aos recrutas, se possível na data do aniversário da Organização Militar, o Estandarte Histórico. Art. 173. A cerimônia de apresentação do Estandarte Histórico aos recrutas deve obedecer às seguintes determinações: I - a tropa forma desarmada; II - o Estandarte Histórico, conduzido sem guarda, aproximase e ocupa um lugar de destaque defronte à tropa; III - o Comandante da Organização Militar faz uma alocução de apresentação do Estandarte Histórico, abordando:

a) o que representa o Estandarte da Organização Militar; b) o motivo histórico da concessão, inclusive os feitos da Organização Militar de origem e sua atuação em campanha, se for o caso; e c) a identificação das peças heráldicas que compõe o Estandarte Histórico; IV - após a alocução do Comandante, a Organização Militar cantará a canção da Unidade; e V - neste dia, o Estandarte Histórico deverá permanecer em local apropriado para ser visto por toda a tropa, por tempo a ser determinado pelo Comandante da Organização Militar.

CAPÍTULO IV

DOS COMPROMISSOS

Seção I

Do Compromisso dos Recrutas Art. 174. A cerimônia do Compromisso dos Recrutas é realizada com grande solenidade, no final do período de formação. Art. 175. Essa cerimônia pode ser realizada no âmbito das Organizações Militares ou fora delas. Parágrafo único. Quando várias Organizações Militares das Forças Armadas tiverem sede na mesma localidade, a cerimônia pode ser realizada em conjunto. Art. 176. O cerimonial deve obedecer às seguintes determinações: I - a tropa forma armada; II - a Bandeira Nacional, sem a guarda, deixando o dispositivo da formatura, toma posição de destaque em frente da tropa; III - para a realização do compromisso, o contingente dos recrutas, desarmados, toma dispositivo de frente para a Bandeira Nacional, entre esta e a tropa; IV - disposta a tropa, o Comandante manda tocar "Sentido" e, em seguida, "Em Continência à Bandeira - Apresentar Arma", com uma nota de execução para cada toque e o porta-bandeira desfralda a Bandeira Nacional; V - o compromisso é realizado pelos recrutas, perante a Bandeira Nacional desfraldada, com o braço direito estendido horizontalmente à frente do corpo, mão aberta, de dos unidos, palma para baixo, repetindo, em voz alta e pausada, as seguintes palavras: "INCORPORANDO-ME À MARINHA DO BRASIL (OU AO EXÉRCITO BRASILEIRO OU À AERONÁUTICA BRASILEIRA) - PROMETO CUMPRIR RIGOROSAMENTE - AS ORDENS DAS AUTORIDADES - A QUE ESTIVER SUBORDINADO - RESPEITAR OS SUPERIORES HIERÁRQUICOS - TRATAR COM AFEIÇÃO OS IRMÃOS DE ARMAS - E COM BONDADE OS SUBORDINADOS - E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA - CUJA HONRA - INTEGRIDADE - E INSTITUIÇÕES - DEFENDEREI - COM O SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA"; VI - em seguida, o Comandante manda tocar "Descansar Arma"; os recrutas baixam energicamente o braço, permanecendo, porém, na posição de "Sentido"; VII - em prosseguimento, é cantado o Hino Nacional, ao qual se segue a leitura da Ordem do Dia alusiva à data ou, na falta desta, do Boletim alusivo à solenidade; VIII - os recrutas desfilam em frente à Bandeira Nacional, prestando-lhe a continência individual; IX - terminada a cerimônia, e após a Bandeira Nacional ter ocupado o seu lugar no dispositivo, a tropa desfila em continência à maior autoridade presente; e

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X - nas unidades motorizadas, onde a Bandeira Nacional e respectiva guarda são transportadas em viatura especial, o Porta-Bandeira conserva-se, durante o desfile, em pé, mantendo-se a guarda sentada. Parágrafo único. Nas sedes de Grandes Unidades ou Guarnições: I - a direção de todo o cerimonial compete, neste caso, ao comandante da Grande Unidade ou Guarnição; II - a cerimonial obedece, de maneira geral, as determinações estabelecidas neste artigo.

Seção II

Do Compromisso dos Reservistas Art. 177. O cerimonial do Compromisso dos Reservistas, quando realizado nas sedes das Repartições do Serviço Militar, obedece, tanto quanto possível, as determinações estabelecidas para o Compromisso dos Recrutas, na Seção I deste Capítulo. Parágrafo único. A cerimônia de entrega de certificados de dispensa de incorporação e de isenção do Serviço Militar consta de formatura e juramento à Bandeira pelos dispensados da incorporação.

Seção III

Do Compromisso dos Militar es Nomeados ao Primeiro Posto e do Compromisso por Ocasião da Declaração a Guardas-Marinhas e Aspirantes-a-Oficial Art. 178. Todo militar nomeado ao primeiro posto prestará o compromisso de oficial, de acordo com o determinado no regulamento de cada Força Armada. Parágrafo único. A cerimônia é presidida pelo Comandante da Organização Militar ou pela mais alta autoridade militar presente. Art. 179. Observadas as peculiaridades de cada Força Armada, em princípio, o cerimonial do compromisso obedecerá às seguintes determinações: I - para o compromisso, que deve ser prestado na primeira oportunidade após a nomeação do oficial, a tropa forma armada e equipada, em linha de pelotões ou equivalentes; a Bandeira Nacional à frente, a vinte passos do centro da tropa; o comandante posta-se diante de todo o dispositivo, com a frente voltada para a Bandeira Nacional, a cinco passos desta; II - os oficiais que vão prestar o compromisso, com a frente para a tropa e para a Bandeira Nacional, colocam-se a cinco passos desta, à esquerda e a dois passos do comandante; III - a tropa, à ordem do comandante, toma a posição de "Sentido"; os compromitentes desembainham as suas espadas e perfilam-nas; IV - os demais oficiais da Organização Militar, a dois passos, atrás da Bandeira Nacional, em duas fileiras, espadas perfiladas, assistem ao compromisso; V - em seguida, a comando, a tropa apresenta arma, e o comandante faz a continência individual; os compromitentes, olhos fitos na Bandeira Nacional, depois de abaterem espadas, prestam, em voz alta e pausada, o seguinte compromisso: "PERANTE A BANDEIRA DO BRASIL E PELA MINHA HONRA, PROMETO CUMPRIR OS DEVERES DE OFICIAL DA MARINHA DO BRASIL (EXÉRCITO BRASILEIRO OU AERONÁUTICA BRASILEIRA) E DEDICAR-ME INTEIRAMENTE AO SERVIÇO DA PÁTRIA"; e VI - findo o compromisso, a comando, a tropa executa "Descansar Arma"; o comandante e os compromitentes

volvem-se de maneira a se defrontarem; os compromitentes perfilam espadas, colocamnas na bainha e fazem a continência. Art. 180. Se, em uma mesma Organização Militar, prestarem compromisso mais de dez oficiais recémpromovidos, o compromisso se realiza coletivamente. Art. 181. Se o oficial promovido servir em Estabelecimento ou Repartição, este compromisso é prestado no gabinete do diretor ou chefe e assistido por todos os oficiais que ali servem, revestindo-se a solenidade das mesmas formalidades previstas no art. 178 deste Regulamento. Art. 182. O compromisso de declaração a Guarda-Marinha e Aspirante-a-Oficial é prestado nas Escolas de Formação, sendo o cerimonial realizado de acordo com os regulamentos daqueles órgãos de ensino.

CAPÍTULO V DAS PASSAGENS DE COMANDO, CHEFIA OU DIREÇÃO

Art. 183. Os oficiais designados para o exercício de qualquer Comando, Chefia ou Direção são recebidos de acordo com as formalidades especificadas no presente Capítulo. Art. 184. A data da transmissão do cargo de Comando, Chefia ou Direção é determinada pelo Comando imediatamente superior. Art. 185. Cada Força Armada, obedecidas as regras gerais deste Regulamento, deve estabelecer os detalhes das cerimônias de passagem de Comando, Chefia ou Direção, segundo suas conveniências e peculiaridades, podendo acrescentar as normas que o uso e a tradição já consagraram, atendendo, no que couber, às determinações abaixo: I - leitura dos documentos oficiais de nomeação e de exoneração; II - transmissão de cargo; nessa ocasião, os oficiais, nomeado e exonerado, postados lado a lado, frente à tropa e perante a autoridade que preside a cerimônia, proferem as seguintes palavras: a) o substituído: "Entrego o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar) ao Exmo. Sr. (Posto e nome)"; e b) o substituto: "Assumo o Comando (Chefia ou Direção) da (Organização Militar)"; III - apresentação dos comandantes, chefes ou diretores, substituto e substituído, à autoridade que preside a solenidade; IV - leitura do "Curriculum Vitae" do novo comandante, chefe ou diretor; V - palavras de despedida do oficial substituído; e VI - desfile da tropa em continência ao novo comandante, chefe ou diretor. § 1º Nas passagens de Comando de Organizações Militar es, são também observadas as seguintes normas: I - os comandantes, substituto e substituído, estão armados de espada; II - após a transmissão do cargo, leitura do "Curriculum Vitae" e das palavras de despedida, o comandante exonerado acompanha o novo comandante na revista passada por este à tropa, ao som de uma marcha militar executada pela banda de música. § 2º Em caso de mau tempo, a solenidade desenvolve-se em salão ou gabinete, quando é seguida, tanto quanto possível, a sequência dos eventos constantes neste artigo, com as adaptações necessárias. § 3º O uso da palavra pelo novo comandante, chefe ou diretor, deve ser regulado pelo Comandante de cada Força Armada. § 4º Em qualquer caso, o uso da palavra é feito de modo sucinto e conciso, não devendo conter qualquer referência à demonstração de valores a cargo da Organização Militar,

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referências elogiosas individuais acaso concedidas aos subordinados ou outros assuntos relativos a campos que não constituam os especificamente atribuídos a sua área. § 5º Faz-se a apresentação dos oficiais ao novo comandante no Salão de Honra, em ato restrito, podendo ser realizada antes mesmo da passagem do comando ou após a retirada dos convidados.

CAPÍTULO VI

DAS RECEPÇÕES A DESPEDIDAS DE MILITAR ES Art. 186. Todo oficial incluído numa Organização Militar é, antes de assumir as funções, apresentado a todos os outros oficiais em serviço nessa organização, reunidos para isso em local adequado. Art. 187. As despedidas dos oficiais que se desligam das Organizações Militares são feitas sempre, salvo caso de urgência, na presença do comandante, chefe ou diretor, e em local para isso designado. Art. 188. As homenagens de despedida de oficiais e praças com mais de trinta anos de serviço, ao deixarem o serviço ativo, devem ser reguladas pelo Comandante de cada Força Armada.

CAPÍTULO VII

DAS CONDECORAÇÕES Art. 189. A cerimônia para entrega de condecorações é realizada numa data festiva, num feriado nacional ou em dia previamente designado pelo Comandante e, em princípio, na presença de tropa armada. Art. 190. A solenidade para entrega de condecorações, quando realizada em cerimônia interna, é sempre presidida pelo comandante, chefe ou diretor da Organização Militar onde serve o militar agraciado. Parágrafo único. No caso de ser agraciado o próprio comandante, chefe ou diretor da Organização Militar considerada, a presidência da solenidade cabe à autoridade superior a quem está imediatamente subordinado, ou a oficial da reserva, de patente superior à do agraciado, por este escolhido. Art. 191. Quando entre os agraciados há oficial-general e a cerimônia tem lugar na Capital Federal, a entrega de condecorações é presidida pelo Comandante ou pelo Chefe do Estado-Maior da Força a que couber a iniciativa da solenidade, sendo realizada na presença de tropa armada. Art. 192. O efetivo da tropa a formar na solenidade de entrega de condecorações deve corresponder ao escalão de comando do militar de maior hierarquia, não sendo nunca inferior a um pelotão de fuzileiros ou equivalente; tem sempre presente a Bandeira Nacional e banda de corneteiros ou clarins e tambores e, quando a unidade dispuser, banda de música. Art. 193. Nas Organizações Militares que não disponham de tropa, a entrega é feita na presença de todo o pessoal que ali serve, observando as determinações aplicáveis dos artigos 189 a 192 deste Regulamento. Art. 194. Quando o agraciado for o Ministro de Estado da Defesa ou o Comandante de uma das Forças Armadas, o cerimonial da entrega pode ser realizado em Palácio da Presidência da República, servindo de paraninfo o Presidente da República, e obedece às instruções especiais elaboradas pelo Cerimonial da Presidência da República. Art. 195. O cerimonial de entrega de medalha obedece, no que couber, às seguintes regras: I - posta a tropa em uma das formações em linha, sai de forma a Bandeira Nacional, sem sua guarda, à ordem da autoridade que preside a cerimônia, e coloca-se a trinta passos defronte do centro da tropa;

II - entre a tropa e a Bandeira Nacional, frente para esta, colocam-se, em uma fileira, por ordem hierárquica e agrupados por círculos, os oficiais e praças a serem agraciados, armados, exceto as praças, e sem portar suas medalhas e condecorações; III - os oficiais presentes à cerimônia formam em ordem hierárquica, grupados por círculos, em uma ou mais fileiras, à direita da Bandeira Nacional; IV - a autoridade que preside a solenidade, colocada a dez passos diante da Bandeira Nacional e de frente para esta, manda que o Comandante da tropa dê a voz de "Sentido"; os agraciados, quando oficiais, desembainham e perfilam espada e, se praças, permanecem na posição de sentido; e V - com a tropa nesta posição a autoridade dá início à solenidade, em relação a cada uma das fileiras de solenidade, procedendo-se agraciados da seguinte forma: a) paraninfos previamente designados, um para cada fileira, colocam-se à direita dos agraciados; dada a ordem para o início da entrega, os agraciados, quando oficiais, ao defrontarem os paraninfos, abatem as espadas, ou fazem a continência individual, quando praças; b) o paraninfo, depois de responder àquela saudação com a continência individual, coloca a medalha ou condecoração no peito dos agraciados de sua fileira; os agraciados permanecem com a espada abatida, ou executando a continência individual, até que o paraninfo tenha terminado de colocála em seu peito, quando retornam à posição de "Perfilar-Espada" ou desfazem a continência individual; c) terminada a entrega de medalhas ou condecorações, ao comando de "Em Continência à Bandeira, Apresentar Arma", paraninfos e agraciados abatem espadas ou fazem a continência individual; d) as bandas de música ou de corneteiros ou clarins e tambores tocam, conforme o posto mais elevado entre os agraciados, os compassos de um dobrado; e) terminada esta continência paraninfos e agraciados, com espadas embainhadas, retornam aos seus lugares; f) a Bandeira Nacional volta ao seu lugar na tropa, e os possuidores de medalhas ou condecorações, que tinham saído de forma para se postarem à direita da Bandeira, voltam também para seus lugares, a fim de ser realizado o desfile em honra da autoridade que presidiu a cerimônia e dos agraciados; e g) os paraninfos, tendo a cinco passos à esquerda, e no mesmo alinhamento, os agraciados, e, à retaguarda, os demais oficiais presentes, assistem ao desfile da tropa, o que encerra a solenidade. Art. 196. Quando somente praças tiverem que receber medalhas ou condecorações, o paraninfo é o comandante da subunidade a que elas pertencerem ou o comandante da Organização Militar, quando pertencerem a mais de uma subunidade. Art. 197. A Bandeira Nacional, ao ser agraciada com a Ordem do Mérito, recebe a condecoração em solenidade, nos dias estabelecidos pelas respectivas Forças Singulares e o cerimonial obedece ao seguinte procedimento: I - quando o dispositivo estiver pronto, de acordo com o art. 194 deste Regulamento, é determinado por toque de corneta para a Bandeira avançar; II - a Bandeira, conduzida pelo seu Porta-Bandeira e acompanhada pelo comandante da Organização Militar a que pertence, coloca-se à esquerda da Bandeira Nacional incorporada, conforme o dispositivo;

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III - ao ser anunciado o início da entrega da condecoração, o comandante desembainha a espada e fica na posição de descansar; e o corneteiro executa "Sentido" e "Ombro Arma" e, ao toque de "Ombro Arma", o Porta-Bandeira desfralda a Bandeira Nacional, e o comandante da Organização Militar perfila espada; e IV - o Grão-Mestre, ou no seu impedimento o Chanceler da Ordem, é convidado a agraciar a Bandeira e, quando aquela autoridade estiver a cinco passos da Bandeira, o Comandante da Organização Militar abate espada, e o Porta-Bandeira dá ao pavilhão uma inclinação que permita a colocação da insígnia e, após a aposição da insígnia, o Comandante da Organização Militar e a Bandeira voltam à posição de "Ombro Arma", retiram-se do dispositivo e tem prosseguimento a solenidade. Parágrafo único. Na condecoração de estandarte, são obedecidas, no que couber, as determinações deste artigo.

CAPÍTULO VIII

DAS GUARDAS DOS QUARTÉIS E ESTABELECIMENTOS MILITAR ES

Seção I

Da Substituição das Guardas

Art. 198. Na substituição das guardas, além do que estabelecem os Regulamentos ou Normas específicas de cada Força Armada, é observado o seguinte: I - logo que a Sentinela das Armas der o sinal de aproximação da Guarda que vem substituir a que está de serviço, esta entra em forma e, na posição de "Sentido", aguarda a chegada daquela; II - a Guarda que chega coloca-se à esquerda, ou em frente, se o local permitir, da que vai substituir, e seu Comandante comanda: "Sem Intervalos, Pela Direita (Esquerda) Perfilar" e, depois "Firme"; em seguida comanda: "Em Continência, Apresentar Arma"; feito o manejo de armas correspondente, o Comandante da Guarda que sai corresponde à saudação, comandando "Apresentar Arma" e, a seguir, "Descansar Arma", no que é seguido pelo outro Comandante; III - finda esta parte do cerimonial, os Comandantes da Guarda que entra e da que sai dirigemse um ao encontro do outro, arma na posição correspondente à de "Ombro Arma", fazem alto, à distância de dois passos, e, sem descansar a arma, apresentam-se sucessivamente; e IV - a seguir, realiza-se a transmissão de ordens e instruções relativas ao serviço.

Seção II

Da Substituição das Sentinelas Art. 199. São as seguintes as determinações a serem observadas quando da rendição das sentinelas: I - o Cabo da Guarda forma de baioneta armada; os soldados que entram de sentinela formam em "coluna por um" ou "por dois", na ordem de rendição, de maneira que a Sentinela das Armas seja a última a ser substituída, no "passo ordinário", o Cabo da Guarda conduz os seus homens até a altura do primeiro posto a ser substituído; II - ao se aproximar a tropa, a sentinela a ser substituída toma a posição de "Sentido" e faz "Ombro Arma", ficando nessa posição; III - à distância de dez passos do posto, o Cabo da Guarda comanda "Alto!" e dá a ordem: "Avance Sentinela Número Tal!"; IV - a sentinela chamada avança no passo ordinário, arma na posição de "Ombro Arma" e, à ordem do Cabo, faz "Alto!" a dois passos da sentinela a ser substituída;

V - a seguir, o Cabo comanda "Cruzar Arma!" o que é executado pelas duas sentinelas, fazendose, então, sob a fiscalização do Cabo, que se conserva em "Ombro Arma", e à voz de "Passar-Ordens!", a transmissão das ordens e instruções particulares relativas ao posto; e VI - cumprida esta determinação, o Cabo dá o comando de "Ombro Arma!" e ordena à sentinela substituída: "Entre em Forma!", esta coloca-se à retaguarda do último homem da coluna, ao mesmo tempo que a nova sentinela toma posição no seu posto, permanecendo em "Ombro Arma" até que a Guarda se afaste.

TÍTULO V

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 200. Para eventos a que não esteja presente o Ministro de Estado da Defesa ou que não impliquem participação de mais de uma Força, as peculiaridades das Continências, Honras, Sinais de Respeito e do Cerimonial Militar podem ser reguladas em cerimonial específico de cada Força Armada. Art. 201. Os casos omissos serão solucionados pelo Ministro de Estado da Defesa, assessorado pelo Chefe do Estado-Maior de Defesa.

PORTARIA Nº 28 - COLOG, DE 14 DE MARÇO DE 2017.

Altera a Portaria nº 51- COLOG, de 8 de setembro de 2015 e substitui a Portaria nº 61 - COLOG, de 15 de agosto de 2016, que dispõe sobre normatização administrativa de atividades de colecionamento, tiro desportivo e caça, que envolvam a utilização de Produtos Controlados pelo Exército (PCE). O COMANDANTE LOGÍSTICO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso IX do art. 14 do Regulamento do Comando Logístico, aprovado pela Portaria do Comandante do Exército nº 719, de 21 de novembro de 2011; o art. 24 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; o art. 263 do Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000; e de acordo com o que propõe a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), resolve: Art.1º A Portaria nº 51 - COLOG, de 8 de setembro de 2015 passa a vigorar com as seguintes alterações: I - Inclusão dos artigos 26-A,102-A, 135-A e dos anexos B2, K e L: .............................................................................................. “Art. 26-A. Poderá ser apostilado um segundo endereço de acervo de coleção, tiro desportivo ou caça, localizado na área da Região Militar de vinculação ou na de outra RM.” .............................................................................................. “Art. 102-A. As entidades de administração de tiro desportivo podem adquirir, em caráter excepcional, munições para realização de competições internacionais de tiro desportivo. §1º A solicitação para aquisição de munição deve ser encaminhada à RM onde ocorrerá o evento, conforme anexo K, desta portaria. §2º A munição adquirida deve ser consumida no local da competição. As munições não utilizadas deverão ser devolvidas ao fornecedor na sua integralidade, não sendo permitido o repasse a quaisquer pessoas. §3º A entidade de tiro adquirente da munição deve remeter, em até cinco dias úteis após a competição de tiro, uma via do relatório de consumo (anexo L) à RM onde ocorreu o evento e manter outra via em arquivo para consulta da fiscalização de PCE, por até cinco anos.

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§4º A autorização para nova aquisição de munição para competições internacionais depende da quitação de apresentação do relatório previsto no §3º deste caput. §5º A apresentação do relatório previsto no anexo L não exime a entidade que adquiriu munição para a competição internacional dos registros previstos no art. 75 da Portaria nº 51-COLOG, de 8 de setembro de 2015. §6º A munição tratada no caput, não será computada para efeito das quantidades previstas no art. 91 e no anexo H da Portaria nº 51- COLOG, de 8 de setembro de 2015.” .............................................................................................. "Art. 135-A. Fica autorizado o transporte de uma arma de porte, do acervo de tiro desportivo, municiada, nos deslocamentos do local de guarda do acervo para os locais de competição e/ou treinamento." “Anexo B2: modelo de declaração de habitualidade atirador nível I” “Anexo K: modelo de requerimento para aquisição de munição para competição internacional de tiro desportivo” “Anexo L: modelo de relatório de consumo de munição em competição internacional de tiro” .............................................................................................. II – Nova redação dos art. 75, 92, 93, 96, 122 e 133 e dos Anexos A, B e E: Art. 75. .............................................................................................. §4º A habitualidade do atirador desportivo nível I, poderá ser feita por declaração de próprio punho, conforme o Anexo B2 desta portaria, desde que o mesmo possa comprovar sua participação em treinamentos ou competições.

ÍNDICE REMISSIVO POR ASSUNTO

A

abono ......................................................................... 8, 118, 119

abuso de autoridade .................................................. 11, 12, 228

adicional............................................................................. 62, 63

admissão ................................................................. 9, 37, 53, 191

afastamento........................5, 15, 17, 21, 23, 29, 33, 37, 40, 41, 45, 55, 56, 70, 71, 93, 142, 154, 157, 171, 174, 175, 178

agregação ......................... 32, 34, 35, 40, 71, 80, 91, 132,150, 160

anistia ....................................................................... 41, 101, 228

aposentadoria ................................................. 7, 18, 60, 118, 132

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arma de fogo .....................64, 65, 66, 67, 68, 69, 185, 186, 187, 188, 189, 190, 192, 193, 194

assistência médico-hospitalar ............... 17, 30, 57, 58, 61, 73, 144

assistência religiosa .................................................................. 41

auxílio .......15, 16, 17, 18, 31, 53, 54, 55, 56, 57, 64, 70, 71, 73, 90, 101, 120, 142, 143, 165, 195, 198

auxílio-fardamento ................................................................... 63

B

beneficio ................................................................................ 116

C

cargo ........11, 13, 14, 15, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 27, 28, 29, 30, 31, 33, 34, 35, 36, 37, 39, 41, 42, 43, 44, 45, 54, 55, 56, 72, 74, 80, 81, 82, 83, 84, 85, 91, 93, 94, 95, 96, 106, 108, 111, 118, 119, 130, 131, 132, 133, 135, 136, 137, 138, 139, 141, 142, 143, 147, 149, 151, 152, 153, 154, 156, 157, 158, 168, 175, 180, 181, 188, 192, 194, 198, 204, 230

cargo policial militar ..................................................... 27, 35, 80

compulsória ................... 25, 29, 31, 32, 36, 37, 80, 91, 132, 196

concurso .................. 25, 26, 29, 44, 51, 74, 85, 92, 131, 139, 169

condecoração ......................................................................... 179

condecorações ......................................................................... 41

conselho de disciplina .................. 21, 22, 29, 37, 39, 228, 229

conselho de justificação .... 22, 23, 24, 29, 37, 39, 40, 228, 229

consignação .......................................... 142, 196, 197, 198, 199

contratação de serviços ............................................................ 43

convocação ........18, 19, 25, 63, 84, 92, 127, 128, 132, 138, 149, 151, 155, 228

E

escala ...........26, 32, 34, 35, 80, 81, 82, 86, 87, 112, 139, 140, 150, 151, 152, 171, 175

G

gratificação .........5, 14, 31, 40, 43, 54, 55, 56, 58, 60, 61, 63, 75, 96, 101, 111, 133, 141, 198

I

inatividade ............................................................................... 56

inspeção ..... 33, 38, 42, 57, 82, 84, 88, 91, 96, 113, 115, 122, 125

M

moeda ............ 14, 15, 17, 18, 31, 56, 70, 141, 142, 143, 144, 167

O

operação ..........9, 43, 70, 86, 123, 129, 131, 136, 191, 195, 197, 198, 199

P

pensão militar .......................................................................... 58

proventos ........................................................................... 56, 58

R

reforma .................................................................................. 133

regulamento .................................................................. 110, 150

remuneração ................................................... 54, 58, 64, 70, 101

S

servidores civis ....................................................................... 147

soldo .................................................................................. 62, 63

T

tempo de serviço ...................................................................... 63

V

vantagem ............... 43, 46, 56, 57, 61, 73, 75, 112, 131, 132, 178

ÍNDICE ALFABÉTICO-REMISSIVO DA LEGISLAÇÃO

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A

Abuso de Autoridade

LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965 - Regula o Direito de Representação e o processo de Responsabilidade Administrativa Civil e Penal, nos casos de abuso de autoridade. - pp. 11

Acesso a Informações

LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997 - Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do habeas data. – pp. 46 LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 - Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e nº § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. – pp. 101

Ação Popular

LEI Nº 4.717, DE 29 DE JUNHO DE 1965 - Regula a ação popular. – pp. 8 Anistia

LEI Nº 12.191 DE 13 DE JANEIRO DE 2010 - Concede anistia a policiais e bombeiros Militares do Rio Grande do Norte, Bahia, Roraima, Tocantins, Pernambuco, Mato Grosso, Ceará, Santa Catarina e Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios. – pp. 101 LEI Nº 12.505, DE 11 DE OUTUBRO DE2011 - Concede anistia aos policiais e bombeiros Militares dos Estados de Alagoas, de Goiás, do Maranhão, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio de Janeiro, de Rondônia, de Sergipe, da Bahia, do Ceará, de Mato Grosso, de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Roraima, de Santa Catarina e do Tocantins e do Distrito Federal punidos por participar de movimentos reivindicatórios. – pp. 101

Arma de Fogo e Munição

LEI Nº 10.826, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 - Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogoe munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM, define crimes e dá outras providências. – pp. 64 DECRETO Nº 5.123, DE 1º DE JULHO DE 2004 - Regulamenta a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogoe munição, sobre o Sistema Nacional de Armas - SINARM e define crimes. – pp. 185 Apresentação e uso de documentos de identificação pessoal LEI Nº 5.553, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1968 - Dispõe sobre a apresentação e uso de documentos de identificação pessoal. – pp.13 Atividades Político-Partidárias

DECRETO Nº 92.092, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1985 - Dispõe sobre a participação em atividades político-partidárias, no meio civil, dos Militares da Reserva Remunerada, e Reformados. – pp. 156

C

Conselho de Disciplina

LEI Nº 6.477, DE 1º DE DEZEMBRO DE 1977 - Dispõe sobre o Conselho de Disciplina na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 21

Conselho de Justificação

LEI Nº 6.577, DE 30 DE SETEMBRO DE 1978 - Dispõe sobre o Conselho de Justificação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 22

Consignações em Folha de Pagamento

DECRETO Nº 6.386, DE 29 DE FEVEREIRO DE 2008 - Regulamenta o art. 45 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e dispõe sobre o processamento das consignações em folha de pagamento no âmbito do Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - SIAPE. – pp. 318

Cooperação Federativa

LEI Nº 11.473, DE 10 DE MAIO DE 2007 - Dispõe sobre cooperação federativa no âmbito da segurança pública e revoga a Lei nº 10.277, de 10 de setembro de 2001. – pp. 75

Convocação de Policial Militar

DECRETO Nº 88.540, DE 20 DE JULHO DE 1983 - Regulamenta a convocação de Polícia Militar prevista no artigo 3º do Decreto-lei nº 667, de 02 de julho de 1969, alterado pelo Decreto-lei nº 2.010, de 12 de janeiro de 1983. – pp. 149

D

Diárias

DECRETO Nº 3.643, DE 26 DE OUTUBRO DE 2000 - Dispõe sobre diárias do pessoal civil da Administração Pública Federal direta, indireta e fundacional, e do militar, no País e no exterior; altera dispositivos do Decreto nº 71.733, de 18 de janeiro de 1973, e dá outras providências. – pp. 156 Direitos e Vantagens a Servidores que operam com Raios X

LEI Nº 1.234, DE 14 DE NOVEMBRO DE 1950 - Confere direitos e vantagens a servidores que operam com Raios X e substâncias radioativas. – pp. 5

E

Elaboração

DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002 - Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a consolidação e o encaminhamento ao Presidente da República de projetos de atos normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá outras providências. – pp. 157

Estatuto

LEI Nº 7.289, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1984 - Dispõe sobre o Estatuto dos Policiais-Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e dá outras providências. – pp. 25 LEI Nº 12.086 DE 06 DE JUNHO DE 2009 - Esta Lei estabelece os critérios e as condições que asseguram aos policiais Militares da ativa da Polícia Militar do Distrito Federal e aos Bombeiros Militares da ativa do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e o acesso à hierarquia das Corporações, mediante promoções, de forma seletiva, gradual e sucessiva, com base nos efetivos fixados para os Quadros que os integram. – pp. 78

F

Força Nacional

DECRETO Nº 5.289 DE 29 DE NOVEMBRO DE 2004 - Disciplina a organização e o funcionamento da administração pública federal, para desenvolvimento do programa de cooperação federativa denominado Força Nacional de Segurança Pública, e dá outras providências. – pp. 194 Fundo Constitucional

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LEI Nº 10.633, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002 - Institui o Fundo Constitucional do Distrito Federal–FCDF, para atender o disposto no inciso XIV do art. 21 da Constituição Federal. – pp. 64

G

Gratificação de Condição, Especial de Trabalho - GCET

LEI Nº 9.442, DE 14 DE MARÇO DE 1997 - Cria a Gratificação de Condição, Especial de Trabalho - GCET para os servidores Militares federais das Forças Armadas, altera dispositivos das Leis nºs 6.880, de 9 de dezembro de 1980, e 8.237, de 30 de setembro de 1991, dispõe sobre o Auxílio-Funeral a ex-Combatentes, e dá outras providências. – pp. 45

M

Mandado de Segurança

LEI Nº 12.016, DE 7 DE AGOSTO DE 2009-Disciplina o mandado de segurança individual e coletivo e dá outras providências. – pp.76 Manifestação

LEI Nº 7.524, DE 17 DE JULHO DE 1986 - Dispõe sobre a manifestação, por militar inativo, de pensamento e opinião políticos ou filosóficos. – pp. 42 Medalha

DECRETO Nº 5.904, DE 24 DE FEVEREIRO DE 1906 - Crea uma medalha como recompensa de bons serviços prestados á ordem, segurança e tranquilidade publicas pelos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal. – pp. 109 DECRETO N. 7.901 - DE 17 DE MARÇODE 1910 - Altera as disposições dos arts 1º e 2º das instruções annexas ao decreto n. 5.904, de 24 de fevereiro de 1.906, que creou uma medalha como recompensa de bons serviços prestados á ordem, segurança e tranquillidade publicas pelos officiaes e praças da Força Policial do Districto Federal.- pp. 109

N

Normas Gerais para a Prestação Voluntária de Serviços

LEI Nº 10.029, DE 20 DE OUTUBRO DE2000 - Estabelece normas gerais para a prestação voluntária de serviços administrativos e de serviços auxiliares de saúde e de defesa civil nas Polícias Militares e nos Corpos de Bombeiros Militares e dá outras providências. – pp. 53

O

Organização Básica da Polícia Militar

LEI Nº 6.450, DE 14 DE OUTUBRO DE1977 - Dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 18 Organização da Administração Federal

DECRETO-LEI Nº 200, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967 - Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. – pp. 119

Organização básica da Polícia Militar

DECRETO Nº 7.165, DE 29 DE ABRIL DE 2010 - Regulamenta o inciso I do art. 48 da Lei nº 6.450, de 14 de outubro de 1977, que dispõe sobre a organização básica da Polícia Militar do Distrito Federal. – pp. 199

P

Pensões Militar es

LEI Nº 3.765, DE 4 DE MAIO DE 1960 - Dispõe sôbre as Pensões Militar es. – pp. 5 Prazo de Prescriçãopara o exercício de ação punitiva

LEI Nº 9.873, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999 - Estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências. – pp. 52 Prescrição Quinquenal

DECRETO Nº 20.910, DE 06 DE JANEIRO DE 1932 - Regula a Prescrição Quinquenal – pp. 110 Processo Administrativo

LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal. – pp. 47 LEI Nº 6.477, DE 1º DE DEZEMBRO DE 1977 - Dispõe sobre o Conselho de Disciplina na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 21 LEI Nº 6.577, DE 30 DE SETEMBRO DE 1978 - Dispõe sobre o Conselho de Justificação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiro do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 22

R

Reestruturação da Remuneração

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.215-10, DE 31 DE AGOSTO DE 2001 - Dispõe sobre a reestruturação da remuneração dos Militares das Forças Armadas, altera as Leis nos 3.765, de 4 de maio de 1960, e 6.880, de 9 de dezembro de 1980, e dá outras providências. – pp.

Regulamento (R-200)

DECRETO Nº 88.777, DE 30 DE SETEMBRO DE 1983 - Aprova o regulamento para as policias Militares e corpos de bombeiros Militares (R-200). – pp. 150 Regulamento de Continências

PORTARIA NORMATIVA Nº 660/MD, DE 19 DE MAIO DE 2009 - Aprova o Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das Forças Armadas. – pp. 204 Regulamento da Lei de Pensões

DECRETO Nº 49.096, DE 10 DE OUTUBRO DE 1960 - Aprova o Regulamento da Lei de Pensões Militar es. – pp. 110

Regulamento Disciplinar (R-4)

DECRETO Nº 4.346, DE 26 DE AGOSTO DE 2002 - Aprova o Regulamento Disciplinar do Exército (R-4) e dá outras providências. – pp. 168

Remuneração dos Militar es

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LEI Nº 10.486, DE 4 DE JULHO DE 2002 - Dispõe sobre a remuneração dos Militares do Distrito Federal e dá outras providências. – pp. 54 LEI Nº 10.937, DE 12 DE AGOSTO DE 2004 - Dispõe sobre a remuneração dos Militar es, a serviço da União, integrantes de contingente armado de força multinacional empregada em operações de paz, em cumprimento de obrigações assumidas pelo Brasil em entendimentos diplomáticos ou Militar es, autorizados pelo Congresso Nacional e sobre envio de Militares das Forças Armadas para o exercício de cargos de natureza militar junto a organismo internacional. – pp. 70 Reorganiza

DECRETO-LEI Nº 667, DE 2 DE JULHO DE 1969 - Reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá outras providências. – pp. 138 Retribuição e Direitos

DECRETO Nº 71.733, DE 18 DE JANEIRO DE 1973 - Regulamenta a Lei nº 5.809, de 10 de outubro de 1972, que dispõe sobre a retribuição e direitos do pessoal civil e militar em serviço da União no exterior. – pp. 141

S

Sanções Aplicáveis aos Agentes Públicos

LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992- Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. – pp. 42

V

Vantagem Pecuniária Especial – VPE

LEI Nº 11.134, DE 15 DE JULHO DE 2005 - Institui a Vantagem Pecuniária Especial – VPE, devida aos Militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal; altera a distribuição de Quadros, Postos e Graduações dessas Corporações; dispõe sobre a remuneração das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal; altera as Leis nos 7.289, de 18 de dezembro de 1984, 7.479, de 2 de junho de 1986, 10.486, de 4 de julho de 2002, 8.255, de 20 de novembro de 1991, e 9.264, de 7 de fevereiro de 1996, e dá outras providências. – pp. 71

Venda de Uniformes

LEI Nº 12.664, DE 5 DE JUNHO DE 2012 - Dispõe sobre a venda de uniformes das Forças Armadas, dos órgãos de segurança pública, das guardas municipais e das empresas de segurança privada. – pp. 108