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PROPOSTA PARA A FESTA DA GRATIDÃO A MADRE YVONNE REUNGOAT Inspetoria «MÃE DE DEUS» Cotonou (Benin), 26 Abril 2017 COM UM CORAÇÃO ORATORIANO, NA COMUNIDADE EDUCATIVA, LEVEMOS AOS JOVENS COM AUDÁCIA A ALEGRIA DO EVANGELHO

COM UM CORAÇÃO ORATORIANO NA COMUNIDADE … · direção aos jovens como fizeram nossos Fundadores, com uma atitude pastoral característica, que deveria qualificar toda presença

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PROPOSTA PARA A FESTA DA GRATIDÃO A

MADRE YVONNE REUNGOAT

Inspetoria «MÃE DE DEUS»

Cotonou (Benin), 26 Abril 2017

COM UM CORAÇÃO ORATORIANO,

NA COMUNIDADE EDUCATIVA,

LEVEMOS AOS JOVENS COM AUDÁCIA

A ALEGRIA DO EVANGELHO

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Explicação do logo

Elementos do logo

O coração vermelho e palpitante: É um coração que bate para manifestar o amor aos

Jovens que nos são confiados, como o coração dos nossos Fundadores...

O tam-tam: É um instrumento musical utilizado para exprimir a alegria de viver juntos, uma alegria

contagiosa durante as ocasiões de festa e de celebração …

As casas das quais uma traz uma cruz no alto: Exprimem a presença da comunidade

das FMA em uma comunidade educativa na qual se trabalha junto na missão, através de um

testemunho de fraternidade e de comunhão com Cristo.

O céu azul: que exprime o começo do dia, indica a persistência do bom tempo que nos

estimula a ir ao encontro dos jovens sem medo dos obstáculos, porque nos envia a eles

para alcançá-los..

O chifre: É uma trombeta natural que se utiliza principalmente para transmitir

mensagens, anunciar os grandes eventos e serve para reunir o povo.

Explicações do tema da Festa

Com um coração oratoriano: o coração vermelho e palpitante.

O coração vermelho e palpitante no logo mostra a alegria de continuar sempre nosso caminho no

seguimento de Cristo, tendo como missão a salvação dos jovens. Um coração sempre pronto a dar um salto em

direção aos jovens como fizeram nossos Fundadores, com uma atitude pastoral característica, que deveria

qualificar toda presença salesiana em qualquer obra: proximidade, bondade, paciência, confiança, familiaridade,

atenção ao outro, escuta, espírito de família…

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Na comunidade educativa: As casas das quais uma traz uma cruz no alto.

As casas traduzem a comunidade que devemos formar além do coração oratoriano, traço característico

de nossos fundadores. Todavia, as casas não são iguais. Uma delas traz uma cruz que nos lembra a presença de

Cristo, Chefe de família e designa também a nossa presença como FMA entre nossos colaboradores e que fazem

parte de tal comunidade educativa . Além da nossa identidade de FMA, não nos esquecemos de que em nosso

contexto africano a comunidade é concebida como uma grande família na qual juntos, como comunidade

educativa, exprimimos nossa fraternidade e a comunhão na missão educativa.

Levamos aos jovens com audácia: O Céu azul que exprime o começo do dia,

Atrás das casas, é fácil notar um céu azul claro e luminoso que indica a persistência do bom tempo, cuja cor se

aproxima daquela do coração. O céu azul com a luz do sol é um conjunto de todas as cores do arco-íris. Assim

a luz esboça uma linha reta até encontrar um obstáculo que a remete para outra direção. O céu azul exprime o

impulso audaz que nos faz caminhar em direção aos jovens em todas as situações com nosso coração oratoriano

cheio de zelo e de entusiasmo, semelhante ao de nossos fundadores, aberto à ação do Espírito Santo porque «lá

onde se ama, nunca é noite!»

A alegria do Evangelho: O tam-tam e O Chifre levam à cruz.

A alegria do Evangelho está representada aqui pelo tam-tam e pelo chifre, símbolos da Alegria e da

convocação. São instrumentos musicais típicos e muito conhecidos na África ocidental. O chifre,

sendo uma trombeta natural, è utilizado principalmente para transmitir mensagens, anunciar grandes

acontecimentos e serve para reunir; o Tam-tam, por sua vez, é utilizado para exprimir a alegria de

viver, una alegria contagiosa, por ocasião de festas e celebrações… Isto exprime nosso empenho de

lançar sementes de alegria da Boa Notícia nos corações dos jovens depois de tê-la vivido em

comunidade. Para nós, quem encontrou o Senhor e o segue com fidelidade é um mensageiro de

alegria. Então, precisamos ser testemunhas de alegria, felizes da nossa vocação para que cada jovem

possa perceber a presença de Deus. Nosso objetivo è levá-los a descobrir em sua vida cotidiana o

Cristo morto e Ressuscitado com o qual vivemos e contemplamos o rosto de Deus.

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Inspetori

a “Mãe

de Deus”

– AFO

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LÍNGUAS LOCAIS

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BENIN

Os três reinos de Allada, de Porto-Novo e de Dã Homé - do ventre do rei Dã - foram fundados

pelos Fon, que ocupam o sul do país (o nome de Dahomey foi dado ao conjunto do país depois

da conquista francesa). Segundo a lenda, a filha do rei da cidade de Tado (no rio Mono) foi

fecundada por um leopardo, quando ia buscar água. O filho que ela pôs no mundo é o fundador

de toda a dinastia. Seus descendentes fundaram um reino em Allada no séc. XVI. No século

seguinte, três irmãos disputaram o trono entre si ; o primeiro, Kopkon mantém o reino de Allada,

o segundo, Do-Aklin funda Abomey e o terceiro, Adjatché, que será mais tarde Porto-Novo. O reino de

Abomey foi fundado em 1625, mas é entre 1645 e 1685 que se tornará um estado poderoso. O rei Houegbadja,

neto de Do-Aklin, quis anexar um Estado vizinho cujo rei, Dã, o desafiou a se instalar em seu ventre. Dã, de

fato, foi decapitado em Abomey e no seu ventre foi instalado o ponto central do palácio real. Sinal de que o rei

de Danxomè tinha tomado ao pé da letra seu adversário.

No séc XVIII, Allada e Ouidah foram anexados. Os Europeus construíram fortes na costa, como bases

militares, com o fim de impor às etnias costeiras uma ameaça militar, para que lhes fornecessem escravos. É o

rei Ghézo quem consolida o reino atacando regularmente os Yorubas na Nigéria, que procuravam escravos para

ele. Seu sucessor, o rei Glélé, todavia, irritou os Franceses por sua atitude belicosa e seu inconformismo. Através

do tratado de 1863, autorizou os Franceses a se instalarem em Cotonou. Mas a presença destes últimos irritava o

rei Gbê han zin (Behanzin) que previa a ameaça dos Franceses sobre a soberania do reino. Hoje ainda, uma

gigantesca estátua do rei na entrada da cidade de Abomey mostra esta luta frente ao invasor. Gbê han zin resistiu

e conseguiu uma alta estima na África Negra. Béhanzin, portanto, fez guerra aos Franceses, mas não foi ele o

único dos 12 reis a se colocar contra o invasor. O Tratado de Ouidah, que colocava Porto-Novo e Cotonou sob

a tutela francesa, foi firmado em outubro de 1890. O mesmo tratado previa por parte da França o pagamento de

uma pensão ao rei de Dahomey. O rei Béhanzin e o Danxoméens consideraram o rei Toffa de Porto-Novo

como um traidor a soldo dos Franceses. O heroi Gbè han zin, preocupado com seu povo, pediu para discutir

com o presidente francês da época. Assim se rendeu a coronel Alfred-Amédée Dodds, em 1892, e foi

deportado para as Antilhas. Abomey se tornou então um protetorado francês. Allada e Porto-Novo, estas

também sob protetorado, formaram com Abomey a colônia de Dahomey.

COSTA DO MARFIM

A data da primeira presença humana em Costa do Marfim é difícil de estabelecer porque os

ossos não se conservam em um país de clima úmido. No entanto, a presença de fragmentos

de armas e de utensílios muito antigos (machado polido construído de xisto, resíduos de

cozimento e a pesca) descoberta em território nacional è interpretada como a possibilidade

da presença de homens, em grande número. Os mais antigos habitantes conhecidos da Costa

do Marfim deixaram, todavia, vestígios espalhados pelo território. As populações chegadas antes do séc. XVI

são hoje grupos de minorias, tendo conservado mais ou menos bem suas culturas. Estes são os Agoua e os

Ehotilé (Aboisso), os Kotrowou (Fresco), os Zéhiri (Grand-Lahou) e os Ega ou Diès (Divo).

HISTÓRIA

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Mas o país é sobretudo uma terra de refugiados e de migrações provindas da zona do Sahel, entre o séc.XI e o

séc.XVI, as florestas Mandé (Dan, Gban e Kwéni) mas igualmente no séc. XIV e no séc. XV, outros grupos

vindos do norte (Ligbi, Numu e algum clã Malinké), o que provoca algum movimento limitado de populações

anteriormente estabelecidas (Krou na costa, antes do séc. XV e Sénufo).

Com as iniciativas do príncipe Henrique, o Navegador, os Portugueses João de Santarém e Pedro Escobar

descobriram o litoral de Costa do Marfim em 1470-1471 e até o fim do séc. XVI, os únicos Europeus presentes

nesse litoral são portugueses. Chegarão, no fim do séc. XVI os Holandeses, depois, no séc. XVII, os Franceses

e os Ingleses.

Em 1687, dois anos depois do código negro, missionários e comerciantes franceses se instalam no sítio de

Assinie, na extremidade do litoral, para o lado da Costa do ouro, mas sairão em 1705, depois de ter construído

e ocupado o forte Saint-Louis, de 1701 a 1704, porque o comércio dos escravos em relação aos cereais não traz

vantagem. Entre eles, o Cavaleiro de Amon e o Almirante Jean-Baptiste du Casse, diretor da Companhia do

Senegal, principal empresa do tráfico negreiro francês, desembarcando interesses do tráfico do ouro, foram

recebidos na corte do rei Zéna. No relatório que Jean-Baptiste du Casse enviou às autoridades francesas, insiste

sobre a aliciante necessidade de criar instituições fixas na região, citando três lugares para construir três

fortalezas: Assinie, Commendo e Accra. Mas os Franceses estão antes em Ouidah, um dos dois portos, com

Lagos, que concentraram 60 % dos dois milhões de escravos embarcados na baía de Benin.

O tráfico dos escravos constituiu, no séc XVIII, substancialmente todo o comércio entre as populações costeiras

e os mercantes europeus. A Costa do Marfim que até o séc. XIX foi um espaço menor com relação ao Benin ou

à Nigéria, sofreu igualmente consequências negativas do fenômeno nas diferentes sociedades. O tráfico dos

escravos no interior perdurará na Costa do Marfim até o séc. XIX.

Depois da assinatura de diversos tratados de protetorado, um decreto, de 10 de março de 1893, cria a Costa do

Marfim como colônia francesa autônoma. A França representada por Arthur Verdier (1878), depois Treich-

Laplène (1886) na qualidade de Residentes, designa Louis-Gustave Binger como Governador com residência em

Grand-Bassam.

A autoridade francesa começa a se instaurar no conjunto do país utilizando um sistema de grade hierárquica que

compreende aldeias, ângulos, subdivisões e círculos. Isso estabelece laços de subordinação através de instauração

da taxa de captação, a prestação gratuita de trabalho (trabalho forçado), o serviço militar obrigatório, a aplicação

de un código dos indígenas e o exercício de uma justiça indígena. A resistência local se exprime com a fase de

exploração. Paris declara uma guerra aberta com Samory em 1896, que no fim è vencida em Guéouleu

(Guélémou) nel 1898. Alguns anos mais tarde, consolidada rápida e definitivamente a autoridade da França no

território, o governador Gabriel Angoulvant opta pela aceleração forçada da colonização.

Apesar de algumas derrotas francesas, todas as resistências foram definitivamente vencidas em 1920. Os chefes

da resistência foram mortos ou deportados e as perdas de vidas humanas sono importantes para as populações

locais. Antes do fim da guerra de 1939-1945, as populações ainda desorganizadas começam muito timidamente

uma luta pela emancipação política, social e econômica.

GANA

A história da região da África que hoje se tornou Gana è relativamente pouco conhecida antes

de 1500. As pesquisas arqueológicas demonstraram que a ocupação humana é muito antiga

tanto na costa como nas terras internas. Pesquisadores recentes evidenciaram, na área florestal,

a presença de lugares habitados, circundados por profundas fossas datadas entre o séc.VII e o

XIV da nossa era. Este tipo de lugares, conhecidos de outra forma da Costa do Marfim à

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Nigéria, testemunha a existência de uma civilização sedentária, que dominava a metalurgia do ferro, que vivia

provavelmente do cultivo do inhame e da exportação de óleo de palma e, particularmente, bem adaptada ao

ambiente florestal. Estes lugares foram brutalmente abandonados no séc. XIV. A peste negra e suas

consequências devastadoras na demografia, podia estar na origem de tais transtornos em grande escala.

Quase um século e meio mais tarde, é, pois, uma sociedade diferente e provavelmente marcada ainda pelo caos

que atingiu as gerações precedentes, que acolhe as primeiras naus portuguesas. Elas chegaram a estas partes da

costa pela primeira vez em 1471. Encontraram ouro em troca de bens manufaturados provenientes da Europa e

então batizaram esta porção costeira com o nome de Costa do Ouro (Costa do Ouro) ou Costa Mina (Costa da

Mina). Para proteger tal comércio do ouro dos mercadores duvidosos provenientes de outras nações europeias,

construiram em 1482 uma imponente fortaleza, Saint-Georges-de-la-Mine (São Jorge da Mina) na aldeia de

Edina (Elmina). Esta fortaleza ficou como quartel general dos Portugueses até 1637, data na qual os Holandeses

os expulsaram, firmando-se também como potência europeia dominante na Costa. Permaneceram assim até

1870, quando cederam suas possessões aos Ingleses. Estes últimos se lançaram na colonização de territórios do

interior, particularmente em Ashanti (Asante).

Gana foi colônia britânica com o nome de Gold Coast (Costa do Ouro), com um Vicariato Apostólico do mesmo

nome, confiado aos missionários de Leão. Depois da Primeira Guerra mundial, a Gold Coast cresceu com uma

parte do Togoland alemão. A outra parte foi confiada à França já presente em Dahomey (Benin), e formará o

Togo contemporâneo. Gana está independente desde 6 de março de 1957.

Kwame Nkrumah (1909-1972) foi o homem político que levará Gana à independência. Com este fim, pediu o

boicote e a desobediência civil, o que lhe valeu ser encarcerado pelas autoridades britânicas de 1948 a 1951.

Nesse mesmo ano, as autoridades britânicas organizaram eleições legislativas que foram vencidas pelo CPP.

Nkrumah, libertado, foi nomeado então Primeiro Ministro e colaborou muito unido às autoridades britânicas.

Baseando-se na política de «Africanização da administração, do pan-africanismo e do anticomunismo», decidiu

desenvolver as infraestruturas de seu país, graças aos lucros do Escritório de comercialização do cacau. Assim, o

campo da educação e o da saúde registraram um verdadeiro progresso.

Com as eleições legislativas de 1956, o CPP conquistou três quartos das cadeiras. Nkrumah, forte por seu

sucesso, obrigou o Reino Unido a lhes conceder a independência, que foi proclamada em 6 de março de 1957. A

Costa do Ouro se tornou assim a primeira colônia a obter a independência depois do Sudão (1956). No mesmo

dia da independência, Nkrumah decidiu abandonar o nome colonial do país em favor do nome atual, em

homenagem ao Império de Gana. Mesmo permanecendo no Commonwealth, Gana se tornou, no dia 1º de julho

de 1960, uma república, que Nkrumah presidiu até 1966.

MALI

Mali foi o berço de três grandes impérios: o império de Gana, o império do Mali e

o império Songhai. Em seguida se torna colônia francesa de 1895 a 1960. Alguns

anos depois de sua independência, sofreu a ditadura de Moussa Traoré antes de

conhecer um regime democrático (no início dos anos 1990).

Império de Gana

Chamado também Ouagadou, foi erigido pelos Sarakoli no IV século. Funda sua

prosperidade no sal e no ouro. O império se desagregará em 1076 após as invasões dos berberos, vindos para

islamizar a África ocidental.

Império do Mali

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Fundado no séc. XI, serà unificado por Sundiata Keïta, em 1222, o qual proclamará a Carta de Manden.

Fundadora da identidade maliena, a época de Sundiata Keïta inspirou muitas criações literárias das quais a mais

recente è a do romancista francês Raphaël Chauvancy: "Sundiata Keïta, o leão do Manden". Em 1312, no seu

ápice sob o reinado de Mansa Mussa, o império do Mali se estendeu sobre uma região compreendida entre o

oceano Atlântico e Niger. Este soberano será célebre pelo fausto de sua peregrinação a Meca. Seu exército era

composto de 100 000 soldados.

A prosperidade do império repousava sobre o comércio transaariano de cobre, de sal, de ouro e de tecidos. As

caravanas favoreceram também os intercâmbios culturais. Tombouctou, Gao e Djenne foram os centros

econômicos e culturais desta civilização no centro do islã sudão-maliano.

Império Songhai

Fundado por Sonni Ali Ber e por Askia Mohammed, dominou o império do Mali a partir do séc. XV. Estende-

se, pois, sobre a maior parte do Mali atual. Em 1591 o império foi destruído quase inteiramente pelas tropas do

paxá Djouder proveniente do Marrocos. Sucederá um mosaico de pequenos Estados: os reinos bambara de Segu

e de Kaarta, o Império peul de Macina, o Império toucouleur, o Reino de Kénédougou, etc. A prática da

escravidão se desenvolve durante este período. No séc. XIX, os Bambara que, como os Dogon resistiram à

islamização são vítimas da guerra santa comandada pelo chefe muçulmano El Hadj Oumar Tall.

TOGO

Os Bassaros, os Tamberma e os Kabyés já estavam nas regiões montanhosas quando chegaram

notícias de populações dispersadas por causa de eventos que desestabilizaram por longo tempo a

África ocidental, como o Tráfico dos negros, a introdução de fuzis ou ainda as contribuições dos

vendedores ambulantes muçulmanos, de língua haussa e que islamizarão as savanas do norte do país.

Estes últimos fundarão algumas cidades que levam ainda nomes haussa, como Sansanen Mango, que

significa o «campo de mangas» e Gerin Kouka quer dizer a «cidade dos baobás». Ainda, a cidade mais

antiga do sul do país tem um nome haussa: Ba Guida que significa «sem moradia».

No Norte, os Gurma foram, portanto, islamizados e os Kotokoli se instalarão ao redor de Sokodé; os Tyokossi

se instalarão na região de Mango. O centro e o sul do país sofrerão as consequências da perda do poder dos

Bariba do Benin, bem como do reino de Dahomey e de Ashantis do Gana.

Refugiados em suas montanhas, as populações locais resistiram todavia aos ataques que sofreram seus vizinhos.

No Sul, as populações vindas do Leste, como, por exemplo os Ewe originários do Egito, instalaram-se em ondas

sucessivas a partir do séc. XV, depois de ter atravessado a Nigéria e o Benin, no mesmo momento em que os

portugueses desembarcaram na costa.

Os Ewe se estabeleceram ao redor de Tado, perto de Notse, no século seguinte. Seu rei, Agokoli, mandou

edificar um muro feito de argila para proteger Notse dos refugiados provenientes do Norte. No séc. XVII,

tendo se tornado muito numerosos, os Ewe se dispersaram pelo Oeste, até a margem esquerda do Volta.

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BENIN

Patrimônio arquitetônico: os Palácios reais de Abomey estão incluídos na lista

do patrimônio mundial da UNESCO desde 1985. Outros lugares culturais

constam no elenco indicativo: as residências pequenas do norte do Benin, os

bairros antigos e o palácio real de Porto-Novo, os bairros antigos e a Estrada do

Escravo de Ouidah, a região lacustre de Ganvie, a aldeia subterrânea de

Agongointo-Zoungoudo.

COSTA DO MARFIM

A Costa do Marfim ratificou a Convenção para a proteção do patrimônio

mundial, cultural e natural em 9 de janeiro de 1981. O primeiro lugar protegido

foi inscrito em 1981. Em 2013, a Costa do Marfim conta 4 lugares inscritos no

patrimônio mundial, 1 cultural e 3 naturais. O país, igualmente colocou 3 lugares

na lista indicativa, 1 cultural, 1 natural e 1 misto.

O Mercado das artes do espetáculo africano

(MASA) criado em 1993 pela Organização

Internacional Francófona, tornou-se, a partir de

março de 1998 um programa internacional do

desenvolvimento das artes viventes africanas. É

um projeto artístico pan-africano, compreende

um mercado do espetáculo, um fórum de

profissionais e um festival que se realiza em

Abidjan a cada dois anos.

MALI

O Mali soube conservar os elementos importantes de suas culturas

tradicionais. Os griot (o «Djéli») exercitam sempre suas funções de músicos-

poetas transmitindo a história do país e dos homens de mais gerações.

Existem igualmente no Mali grandes escritores e cineastas de fama

internacional.

CULTURA

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GANA

Uma das contribuições culturais mais visíveis (e das mais comercializadas) de Gana

moderno é o kente, largamente reconhecido e apreciado por suas cores e seu

simbolismo. O kente é feito por tecelões ganeses e os centros de tecelagem importantes

estão em Kumasi e nos arredores, é grande o número de tecelões que lançam aqui e ali

suas lançadeiras fabricando longas faixas de kente. O símbolo mais sagrado do povo de

Ashanti é o trono real Ashanti, o «escabelo dourado», onde moram os espíritos dos

antepassados segundo as crenças animistas locais. É cuidadosamente guardado em

Kumasi, capital cultural do povo de Ashanti e sede do palácio de Asantehene.

TOGO

Patrimônio arquitetônico: O programa Patrimonial cultural imaterial (UNESCO,

2003) inscreveu em sua lista representativa do patrimônio cultural imaterial da

humanidade (em 12/01/2016): O patrimônio oral Gèlèdé (cerimônia yoruba) desde

2008.

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BENIN

A Constituição de 1990 proclama a laicidade do Estato e a

liberdade de pensamento, de expressão e da prática religiosa.

Pelo censo de 2002 (RGPH3), 27 % dos habitantes são

católicos, 24 % muçulmanos, 17 % são praticantes do vudu, 6 %

pertencem a outros grupos religiosos autóctones e 5 % à Igreja do

cristianismo celeste. Existem outras comunidades que no conjunto são

menos de 5 % da população (metodistas, adeptos da Igreja de Jesus

Cristo dos santos do último dia (mórmons), Testemunhas de Jeová, os

bahai, batistas, pentecostais, os membros da Igreja da Unificação

(Moon) e os eckankar.

7% da população se declara sem religião.

COSTA DO MARFIM

Segundo estimativas do CIA World Factbook, o islã é

praticado por 38,6 % da população do país; o cristianismo,

por 32,7 %; as religiões tradicionais por 11,9 %, e 16,7 %

não têm religião específica. Os cristãos do país são

constituídos por dois terços de católicos, e um terço de

protestantes. O cristianismo e o islã são praticados com

variedade de formas em todo o país. A tolerância é a atitude

geral para com a prática da religião e as comunidades

religiosas coexistem em geral pacificamente. Esta tolerância

religiosa faz parte igualmente da prática dos poderes

públicos.

RELIGIÃO

Basílica de Ouidah

Mesquita de Parakou

V

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Basílica a Yamoussoukro

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GANA

O censo de 2010 afirma que os cristãos representam 72,6 % della população, os

muçulmanos representam 18,2 % e as religiões tradicionais 4,2%.

As pessoas sem religião representam 4,3 % da população.

Se este consenso em torno da fé parece unir o país, a ideia do ateísmo parece

dificilmente aceitável e também inconcebível.

MALI

Segundo os dados do CIA World Factbook, o islã é a principal religião praticada no Mali (90 %),

católicos, protestantes e animistas representam perto de 10 %. A religião é onipresente no Mali. É raro

encontrar uma aldeia sem sua mesquita. Mas as cerimônias

animistas, apesar de serem vetadas pelo islã, persistem

ainda em algumas aldeias de maioria muçulmana. Os griot e

os marabut lembram o passado animista de numerosas

regiões do país, como também os ídolos e os amuletos

que são muito difundidos.

Um dos célebres lugares do

cristianismo no Mali é a

cidade de Kita na região do

Kayes (1ª região) onde se

encontra a catedral Notre-

Dame na qual tem lugar a peregrinação católica anual no Mali.

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TOGO

As diferentes religiões do país são o animismo (religiões tradicionais

africanas) praticado por 50 % da população, o catolicismo (26 %),

o islã (15 %) e o protestantismo (9 %). A maioria dos Togoleses

praticam, pois, o animismo, crenças religiosas politeístas, que ligam

o homem e as forças da natureza em um conjunto de costumes e de

ritos.

Em Togo se misturam também toda sorte de crenças: cristãs,

muçulmanas, animistas e vudu.

Mesmo com a penetração do cristianismo e do islã, as populações

permaneceram profundamente ligadas às suas crenças animistas e a

seus costumes ancestrais. Quase todos os grupos étnicos de Togo acreditam na existência de un Ser

superior ao qual se acrescentam divindades intermediárias que servem para unir os homens à

divindade.

Altar familiar Vudu

Festival das divindades negras - Aného - Togo

Est

atu

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Vu

du

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To

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BENIN

Os padres da Sociedade das Missões Africanas através dos quais o evangelho

ultrapassou a fronteira beninesa, chegaram a Ouidah em 18 de abril de 1861.

Padre Planque recebeu autorização do papa Pio IX de criar o Vicariado

apostólico de Dahomey em 28 de agosto de 1860. Filho espiritual de Mons.

Brésillac, padre Planque e outros receberam também o encargo de

evangelizar as populações de Dahomey. Hoje o Benin tem duas

arquidioceses e 8 dioceses.

COSTA DO MARFIM

Os missionários católicos chegaram no fim do séc. XIX, graças à

Sociedade das Missões Africanas de Lion. A prefeitura apostólica da Costa

do Marfim foi criada em 1895. Hoje o país está subdividido em 4

Províncias eclesiásticas, 4 arquidioceses e 11 dioceses.

GANA

Os missionários portugueses levantaram a primeira cruz em Shama, uma localidade

que se tornou em seguida um importante centro comercial. Nel 1573 chegaram os

Padres Agostinianos que construíram um convento e organizaram missões em outras

duas localidades.

Na segunda metade do séc. XIX a evangelização da Costa do Ouro foi retomada, e

em 1879 foi criada a Prefeitura apostólica da Costa do Ouro, entregue aos padres da

Sociedade das Missões Africanas. Em 18 de maio de 1880 os dois primeiros

missionários SMA desembarcaram em Elmina. Esta data assinala

o início do efetivo trabalho missionário. Hoje o país está

subdividido em 4 arquidioceses, 15 dioceses e 2 vicariados

apostólicos.

MALI

O catolicismo chega ao Mali com as primeiras missões entre 1876 e 1881, desde que o

cardial Lavigerie envia missionários a Tombouctou, os quais serão mortos. A Congregação

do Espírito Santo enviou no mesmo período outros missionários que fundarão em 1888, a

primeira paróquia do Mali. A evangelização se acelera em 1895 com a chegada dos

Missionários da África.

O primeiro vicariado apostólico é o do Saara do qual se separará em 1921 a diocese de Bamako. Em 1942, foi

criada a prefeitura apostólica de Gao. Em 1955, Bamako se torna arquidiocese. Em 1988 foi celebrado o

centenário do catolicismo no Mali, e em 1990, João Paulo II visitou país. Hoje o país está subdividido em 1

arquidiocese e 5 dioceses.

TOGO

A evangelização sistemática do Togo começou em 28 de agosto de 1892 com a chegada dos

primeiros missionários SVD (Sociedade do Verbo Divino) na prefeitura Apostólica

«Togoland» que a Santa Sé lhes tinha confiado como campo de trabalho missionário. À sua

chegada em Togo, os missionários não encontraram senão uns quarenta católicos. O

principal empenho deles foi então o que hoje é chamado de primeira evangelização.

Hoje o país está subdividido em 1 arquidiocese e 6 dioceses.

EVANGELIZAÇÃO

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Ereção da Inspetoria AFO “Mãe de Deus” no dia 5 de agosto de 1992, no quadro

do «Projeto África».

Ela é fruto da perspectiva do Projeto África, que se anuncia com a chegada das duas irmãs e uma leiga em Duékoué (Diocese de Man na COSTA DO MARFIM) no dia 13 de janeiro de 1982. Isto acontece alguns meses antes que o Instituto aprove o

Projeto África durante o Capítulo Geral XVII (15 set 1981-27 fev 1982).

De fato, é nos meses de Junho-Julho que o Bispo de Man, em visita ao Inspetor dos SDB de Barcelona, para agradecer a presença dos SDB de Barcelona em sua Diocese, que encontra a Inspetora (Ir. Pilar Polo) e seu Conselho e lhe pede uma presença das FMA para a mencionada missão. Sabendo que o assunto do projeto África seria tratado no Capítulo Geral, Madre Ersilia Canta e seu Conselho, aceita o pedido feito pelo Bispo Dom Bernard Agré, apresentado por Ir. Pilar Polo. Esta última com seu Conselho fez esta bela proposta e as respostas a tais pedidos missionários não se fizeram esperar. Entre as candidatas Ir. Asunción Bosch e Ir. Maria Teresa Añaños foram aprovads e, por sua vez, foram aceitas pelas Superioras de Roma.

De outubro a dezembro, as duas irmãs mais uma leiga enfermeira, que trabalhava no Centro dos Jovens dos SDB de Sarriá (Barcelona) Roser Navarro, foram recebidas na Casa Inspetorial de Paris, para se familiarizarem com a língua francesa.

O dia de sua chegada à Costa do Marfim e, precisamente, a Duékoué é o dia 13 de janeiro de 1982.

TODOS esperavam a chegada das Irmãs cheios de esperança. O Bispo lhes pedia que se ocupassem das meninas, que assumissem a direção da escola primária, que cuidassem do dispensário, que trabalhassem na pastoral da paróquia.

Em outubre de 1982 chega Ir. Maxima Ferrando Elena, já no quadro do Projeto África então em andamento… Em outubro de 1983, chegam Ir. Lucia Aquerreta (atualmente na Espanha) e Ir. Virginia Hernandez (agora na AEC, depois da

“multiplicação” das inspetorias).

A inspetoria de Barcelona responde ainda, em 1985, ao apelo de Mali (Touba), enviando um grupo, desta vez internacional: Ir Maria Jésus Goñi, originária de Barcelona, missionária na Alemanha, com os imigrados, desde alguns anos, Ir. Adriana Pertusi, argentina (atualmente na AEC), Ir. Eleonora Fulcini (na AEC) e Ir. Parodi Gabriella (atualmente na Itália)

A Inspetoria de Madri, presente na Guiné Equatorial desde 1980, reforça sua presença, no quadro do Projeto África, com a fundação de Batete.

A Inspetoria de Sevilla responde ao Projeto África com sua presença em Lomé (Togo) em outubro de 1982, e em Kara, em 1986… e a história continua…

Hoje, as FMA estão em cinco países da África Ocidental com 9 comunidades. O noviciado para a África Francófona em Abidjan; o postulato e o ano de discernimento vocacional em Lomé e o pré-aspirantado em Cotonou.

NOSSOS PRIMEIROS PASSOS NA ÁFRICA OCIDENTAL

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DUÉKOUÉ - COSTA-DO

MARFIM - «Santa Teresa» -

1982 Diocesi di MAN

ASHAIMAN Tema - GANA

«Maria Auxiliadora» 2010

Diocese de Accra.

TOUBA - MALI

«Maria Auxiliadora» - 1985

Diocese de San

KARA - TOGO

«S. Maria D. Mazzarello» -

1986 Diocese de Kara.

COTONOU - BENIN

«Laura Vicuña» 1992 -

Arquidiocese de Cotonou.

ABIDJAN - COSTA-DO MARFIM

Noviciado «M. Auxiliadora» -

1999 Diocese de Grand Bassam.

ABIDJAN - COSTA-DO MARFIM

«S. Maria D. Mazzarello» - 1993

Diocese de Grand Bassam.

LOME - TOGO

«Maria Auxiliadora» - 1982

Diocese de Lomé.

BAMAKO – MALI

«B. Eusébia Palomino» - 2004

Diocese de Bamako.

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