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Comentário à Regra da Militia Sanctae Mariae, Brasil, 13Agosto2014
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COMENTÁRIO À REGRA
DA
MILITIA SANCTAE MARIAE - Brasil
- Capítulo de setembro de 2014 –
Do estado das pessoas e da hierarquia da Ordem” (II, 3)
Não haverá na Ordem senão Membros de Cristo dispostos segundo a uma hierarquia que não olha senão ao valor de cada um. Nesta renovação, diz o apóstolo S. Paulo, não há nem gregos nem judeus, nem escravo ou homem livre; mas Cristo está em todos. Entrar na Ordem de Santa Maria é voltar as costas para o mundo para alcançar mais e melhor: porque um homem que se alistou na milícia de Deus não se ocupa com os assuntos do século. _______________________________________________________________________
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Salve Maria!
O Capítulo segundo de nossa Regra é interessantíssimo, além de pontos bastante práticos, ele
nos traz a meditação sobre os membros de nossa Ordem e como discernir uma vocação para a
cavalaria. Sobre as vocações, com toda certeza, a Regra é nossa guia, apontando como deve
ser o interessado à nossa Ordem e como proceder, em um processo pedagógico – no sentido
mais exato do termo – no caminhar de postulante à cavalaria.
Porém, vejamos que este mesmo paragrafo cita São Paulo, ao dizer que não há diferença entre
os membros da Ordem. Isso deve nos ser muito claro, no mundo não importa quem a pessoa
seja, especialmente sua condição financeira ou social, mas importa que aquele que seja
vocacionado seja recebido e conduzido, completando aí sua vocação.
Dentro da Militia, para os seus membros já recebidos, também deve-se ter este entendimento.
Há uma hierarquia, mas os cargos não são para a glória dos ocupantes, mas são serviços.
Vejamos que, se a Ordem se interessasse por simples honrarias, o supremo cargo de governo,
o Grão-Mestrado, não teria sido dado ao Príncipe das Milícias Celestes: São Miguel arcanjo.
Igualmente, todos aqueles que tem algum cargo devem entender que só possuem duas
opções: ou bem lideram aqueles que lhe foram confiados ou serão julgados por isso. E o
julgamento não deverá ser simples ou condescendente, mas baseado na justiça!
Porém, entre os membros da Militia é necessário que haja um sadio companheirismo. Não
somos apenas irmãos pelos laços da cavalaria (lembremos que o primeiro degrau se chama:
“freire d´armas”, irmãos em armas, literalmente), mas também porque, no termo mais chulo,
somos todos parte da mesma “senzala” de Santa Maria pela santa escravidão. Somos, antes
mesmos de milites, irmãos de correntes...
Por isso, é necessário haver paz e cooperação entre os membros. Sim, todo cavaleiro nasceu
para ser um líder, mas a cavalaria como corpo organizado tem sua hierarquia e, para
funcionar, precisa de cooperação, fraternidade. Não queiramos dividir, mas somar. E
precisamos de mãos. Temos projetos a serem feitos e, por isso, precisamos – com humildade e
na caridade e obediência – trabalharmos neles. Sem mãos não há evangelização, nem defesa
da fé.
Meus irmãos, possamos nos unir pelo vínculo da caridade e, igualmente, para o vínculo da
caridade. Pelo, porque devemos nos amar como Deus nos ama e para, porque devemos amar
nossos irmãos, sejam eles quem forem, com o mesmo amor que Deus tem para conosco.
Importa amarmos cada vez mais o senhor, pois, como diz Santa Teresa Maior, “Quando sou
caridosa, sois vós, ó Jesus, que agis em mim; quanto mais unida estou a vós, tanto mais amo
todas as minhas irmãs”. Que sejamos, pura e simplesmente, um só coração e uma só alma,
como os primeiros cristãos. E, neste espírito, Santa Maria abençoe nosso serviço!
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
Salve Maria.
Michel Pagiossi