Comercial - aula 07(2)

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CURSO ONLINE - DIREITO COMERCIAL AFRFB 2009 PROFESSOR LUCIANO OLIVEIRA AULA 07

Ol, pessoal! Chegamos ao nosso derradeiro encontro! Esta a Aula 07, a ltima do nosso curso de Direito Comercial para AFRFB 2009. Hoje faremos uma reviso de toda a matria vista nas aulas anteriores, com o fim de consolidar o conhecimento e permitir que voc resolva com segurana as questes da prova do dia 12 de dezembro.

Vamos aula!

1 AULA 00

1) (ESAF/ANALISTA JURDICO/SEFAZ/CE/2006) Qualificar uma pessoa como empresria depende de a) a pessoa exercer atividade econmica. b) a pessoa organizar a atividade que exercida por outrem. c) a pessoa aceitar os riscos derivados de participar de um mercado como consumidor. d) ser aceita sua inscrio como empresria. e) adotar uma das formas societrias previstas para o exerccio da empresa.

Gabarito: D

A letra A est errada porque no basta exercer atividade econmica para que a pessoa seja considerada empresria, j que as sociedades simples tambm exercem atividade econmica, mas de natureza civil. A letra B falsa porque o fato de uma pessoa organizar a atividade de outrem (ex.: administrador da sociedade) no a qualifica como empresria. A letra C incorreta porque consumidor no empresrio. A letra E errada porque o empresrio individual no adota nenhuma forma societria, sendo

considerado empresrio mesmo assim. Por fim, a letra D, embora imperfeita,

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o gabarito, pois o CC/2002 prescreve que obrigatria a inscrio do empresrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do incio de sua atividade (art. 967). imperfeita porque a pessoa no registrada que exerce empresa tambm considerada empresria.

Diante das crticas letra D, teria sido melhor anular a questo, o que no foi feito pela Esaf. Na hora da prova, procure marcar a melhor opo, para no ficar na mo da banca, que poder decidir manter o gabarito, apesar dos recursos interpostos pelos candidatos.

2) (ESAF/ANALISTA JURDICO/SEFAZ/CE/2006) Se o empresrio A cede seu estabelecimento a outrem, no empresrio, pode-se afirmar que a) o cessionrio ser qualificado empresrio. b) aps a cesso, o cedente perde a qualidade de empresrio de vez que no mais exercer atividade de empresa por ter-se desfeito dos bens para tanto predispostos. c) o cessionrio se desobriga em relao s dvidas anteriores cesso que eram de responsabilidade do cedente. d) a transferncia do estabelecimento no preserva contratos anteriormente firmados pelo cedente. e) a cesso dos crditos referidos ao estabelecimento cedido automtica.

Gabarito: E

A letra A errada porque no basta a pessoa adquirir o estabelecimento empresarial para ser considerada empresrio, sendo necessrio que exera empresa. A letra B incorreta porque o empresrio pode alienar o estabelecimento e continuar a empresa com novos bens que venha a adquirir. A letra C falsa porque o adquirente do estabelecimento responde pelo

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pagamento dos dbitos anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir da publicao da transferncia, quanto s dvidas vencidas, e da data do vencimento da obrigao, quanto s demais (art. 1.146 do CC/2002).

A letra D falsa porque salvo disposio em contrrio, a transferncia importa a sub-rogao do adquirente nos contratos estipulados para explorao do estabelecimento, se no tiverem carter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicao da transferncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a

responsabilidade do alienante (art. 1.148 do CC/2002). Por fim, a letra E o gabarito porque a cesso dos crditos referentes ao estabelecimento transferido produzir efeito em relao aos respectivos devedores, desde o momento da publicao da transferncia, no obstante o devedor fique exonerado se de boa-f pagar ao cedente (art. 1.149 do CC/2002).

3) (CESPE/FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ-AC/2009) Carlos e Jos montaram um armazm, o BSB Comrcio de Bebidas Ltda., que se dedicava venda de alimentos e bebidas no atacado. Levaram o contrato social a registro na junta comercial local, ficando estabelecido que o capital social estaria dividido em 100 quotas, no valor de R$ 1.000,00 cada quota. Com base nessa situao hipottica e nas regras quanto ao nome empresarial, assinale a opo correta. A Nos termos da legislao vigente, os princpios da novidade e da exclusividade so absolutos. Assim, a inscrio da sociedade na junta comercial exclui a possibilidade de haver nomes iguais ou semelhantes em todo o territrio nacional.

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B H vcio no nome empresarial BSB Comrcio de Bebidas Ltda., tendo em vista que as sociedades limitadas no podem adotar uma denominao, mas sim uma firma, que deve ser composta com o nome de um ou mais scios que sejam pessoas fsicas. C H preciosismo dos scios na composio do nome empresarial BSB Comrcio de Bebidas Ltda., pois, se o contrato social j estabelece que a responsabilidade dos scios limitada, no necessrio que a expresso Ltda. figure como parte do nome empresarial. D Nos termos apresentados, o nome empresarial da sociedade de Carlos e Jos no respeita o princpio da veracidade.

Gabarito: D

A letra A errada porque a inscrio do empresrio no registro prprio assegura o uso exclusivo do nome empresarial nos limites do respectivo Estado (art. 1.166 do CC/2002). Apenas se o registro ocorrer na forma da lei especial, o uso do nome empresarial estender-se- a todo o territrio nacional (art. 1.166, par. nico, do CC/2002). A letra B falsa porque as limitadas podem adotar a firma ou a denominao (art. 1.158 do CC/2002). A letra C incorreta porque obrigatrio o uso da expresso limitada ou sua abreviatura no nome empresarial da sociedade limitada e sua omisso determina a responsabilidade solidria e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominao da sociedade (art. 1.158, 3., do CC/2002).

A letra D o gabarito, pois o nome adotado no atende ao princpio da veracidade, j que apenas o comrcio de bebidas (e no o de alimentos) figura no nome empresarial da sociedade.

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4) (ESAF/PROCURADOR empresarial:

DF/2004)

A

alienao

do

estabelecimento

a) transfere automaticamente ao adquirente as obrigaes regularmente contabilizadas, exonerando o alienante de qualquer responsabilidade. b) impede o alienante de exercer a mesma atividade que exercia

anteriormente pelo prazo de cinco anos, em qualquer ponto do territrio nacional. c) no importa sub-rogao no contrato de locao comercial. d) no implica a cesso dos crditos relativos atividade exercida no estabelecimento. e) equivale alienao do imvel utilizado para o exerccio de atividade empresarial.

Gabarito: C

A letra A falsa porque, embora o adquirente do estabelecimento responda pelo pagamento dos dbitos anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados, o devedor primitivo continua solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir da publicao da alienao, quanto aos crditos vencidos, e da data do vencimento da obrigao, quanto aos outros (art. 1.146 do CC/2002). A letra B est errada porque o alienante pode exercer a mesma atividade que exercia anteriormente, desde que no faa concorrncia ao adquirente (por exemplo, exercendo a atividade em outro ponto do territrio nacional, descaracterizando a competio). Alm disso, a concorrncia ser permitida, se houver autorizao expressa (art. 1.147 do CC/2002).

A letra C o gabarito porque, embora o art. 1.148 do CC/2002 diga que salvo disposio em contrrio, a transferncia importa a sub-rogao do

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adquirente nos contratos estipulados para explorao do estabelecimento, se no tiverem carter pessoal, o contrato de locao comercial considerado exceo regra, j que o art. 13 da Lei 8.245/1991 (Lei do Inquilinato) dispe que a cesso da locao depende do consentimento prvio e escrito do locador. Sem esse consentimento, no ocorre a sub-rogao do contrato.

A letra D falsa porque desde o momento da publicao da transferncia, a cesso dos crditos referentes ao estabelecimento transferido produzir efeito em relao aos respectivos devedores (art. 1.149 do CC/2002). E a letra E errada porque a alienao do estabelecimento no significa necessariamente a alienao do imvel utilizado para o exerccio de atividade empresarial, j que este pode ser locado de um terceiro, que continuar a ser o proprietrio do imvel.

5) (ESAF/AGENTE AUXILIAR E ARRECADADOR TRIBUTRIO/SEFAZ-PI/2001) Livros comerciais se destinam a: a) facilitar a fiscalizao das autoridades fiscais b) provar as operaes entre comerciantes c) provar, em exibio judicial, contra o titular d) impor aos empresrios a manuteno, em ordem cronolgica, de suas obrigaes e) evitar a sonegao tributria

Gabarito: C

As letras A, B e E no esto erradas, mas, conforme vimos na Aula 00, para a Esaf, a principal funo dos livros empresariais servir de meio de prova do exerccio da empresa. A presente questo, completando a

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anteriormente vista naquela aula, mostra que a Esaf entende que a principal finalidade dessa prova atender s demandas judiciais contra o titular dos livros. J a letra E errada porque a escriturao dos livros no impe a manuteno das obrigaes do empresrio em ordem cronolgica, podendo ele negociar com seus credores os prazos de pagamento de suas dvidas.

6) (ESAF/AFT/MTE/2003) As obrigaes empresariais relacionadas com a escriturao a) tm em conta o interesse de terceiros quanto a informaes daquela constantes. b) determinam, no seu descumprimento, responsabilidade no plano cvel apenas para o contador responsvel. c) so relevantes apenas do ponto de vista fiscal, determinando a caracterizao de crimes de sonegao fiscal, na sua desobedincia. d) acarretam responsabilidades para os scios no-administradores por culpa in vigilando. e) podem levar priso civil os administradores, caso os livros obrigatrios no tenham sido escriturados ou o tenham sido de forma indevida.

Gabarito: A

A correo da letra A relaciona-se novamente com a questo da fora probatria dos livros empresariais, pois as informaes ali constantes so do interesse de terceiros que necessitem produzir prova judicial contra o empresrio. A letra B est errada porque o descumprimento da escriturao acarreta responsabilidade tambm para o empresrio. A letra C peca ao dizer que as obrigaes de escriturao so relevantes apenas do ponto de vista fiscal, pois as esferas cvel, empresarial e penal (ex.: crimes de sonegao fiscal) tambm podem ser afetadas, a depender da situao.

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Na letra D, os scios no-administradores no so responsveis pela escolha do contabilista. Finalmente, na letra E, no h como o fato acarretar a priso civil dos administradores, visto que essa modalidade de priso s admitida atualmente em caso de inadimplemento voluntria e inescusvel de penso alimentcia.

2 AULA 01

7) (ESAF/PFN/2007) A classificao da Lei n. 10.406/2002, no que diz respeito s sociedades, em simples e empresrias, adota como fundamento: a) a antiga noo de sociedades civis e mercantis, com base na intermediao na circulao de mercadorias. b) a distino tem que ver com ser a prestao de cunho personalssimo. c) a colaborao de terceiros para a consecuo da atividade elemento principal para a qualificao como empresa, ou no. d) atividades cujo objeto sejam de natureza cientfica mas exercidas em conjunto, como no caso de laboratrios farmacuticos, so empresariais por fora da cooperao entre vrias pessoas. e) o que importa, na qualificao de uma sociedade como empresria, ou no, a opo pelo Registro Pblico de Empresas, ou o Registro de Pessoa Jurdica.

Gabarito: B

Nessa questo, a letra A est errada porque o critrio atual de classificao das sociedades em simples e empresrias o desenvolvimento da atividade de empresa, isto , de atividade econmica profissional (habitual) e organizada (estruturada e com auxlio de colaboradores) para a

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produo ou a circulao de bens ou servios, e no mais o antigo critrio da circulao de mercadorias (teoria dos atos de comrcio), que hoje insuficiente por no abranger todas as modalidades de atividade empresarial, como a prestao de servios, a atividade agrcola e outras desenvolvidas de forma organizada.

A letra B o gabarito, pois, como visto, o indivduo que exerce pessoalmente a atividade, sem auxiliares nem estrutura organizada

(elemento de empresa), como um artista plstico, uma doceira ou um jardineiro, exerce to-somente atividade civil. J a letra C no adequada porque, embora a colaborao de terceiros seja importante para a

caracterizao da empresa, o elemento principal de identificao o carter profissional (habitual) da atividade.

A letra D peca ao dar a idia de que basta a cooperao entre as pessoas para caracterizar a empresa, pois possvel que laboratrios ou centros de estudos estejam unidos, por exemplo, em torno de atividade de pesquisa eminentemente cientfica e sem fins lucrativos. Finalmente, a letra E est errada porque a classificao da sociedade como simples ou empresria depende da atividade desenvolvida e no da opo do empresrio.

8) (ESAF/AFRF/TRIBUTAO E JULGAMENTO/2002) As sociedades em conta de participao assemelham-se s sociedades de capital e indstria, no concernente a: a) permisso para que o scio oculto e o de indstria exeram atos de gesto quando ausentes os scios ostensivo ou capitalista, respectivamente. b) contribuio do scio oculto e do de indstria para a formao do capital. c) irresponsabilidade, perante terceiros, dos scios oculto e de indstria por obrigaes da sociedade.

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d) no responsabilidade dos scios que no exercerem a gerncia da sociedade perante terceiros credores. e) desnecessidade de arquivamento dos contratos de sociedade em qualquer registro por tratar-se de sociedades no personificadas.

Gabarito: D O Cdigo Civil de 2002 extinguiu a sociedade de capital e indstria como um tipo expresso de sociedade empresria. Essa forma societria possua duas espcies de scios: o scio de capital, que entrava com o capital e gerenciava a sociedade, e o scio de indstria (trabalho) que contribua apenas com o seu trabalho e no tinha gesto nos negcios da sociedade. A responsabilidade do scio de capital era ilimitada e solidria. J o scio de indstria no possua responsabilidade. Era uma sociedade personificada e operava sob firma.

A letra A est errada porque, na sociedade em conta de participao, o scio participante (oculto) no pode tomar parte nas relaes do scio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigaes em que intervier (art. 993, par. nico, do CC/2002). A letra B falsa porque, na sociedade de capital e indstria, o scio de indstria contribua com a sociedade apenas com seu trabalho.

As letras C e D so ambas corretas, j que, tanto o scio oculto da sociedade em conta de participao, como o scio de indstria da antiga sociedade de capital e indstria, no se responsabilizam perante terceiros pelos negcios da sociedade, ficando essa responsabilidade, respectivamente, com os scios ostensivo e de capital (quanto sociedade em conta de participao, que a que nos interessa para a prova, ver o art. 991 do CC/2002 responsabilidade exclusiva do scio ostensivo). Em funo de

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haver duas alternativas certas, a questo deveria ter sido anulada, o que no ocorreu (coisas da Esaf!).

Por fim, a letra E incorreta porque a sociedade de capital e indstria era uma sociedade personificada.

9) (ESAF/AFT/MTE/2006) A sociedade simples, regida pelas disposies do art. 997 e seguintes do Cdigo Civil Lei n. 10.406/02 caracteriza-se por: a) permitir combinar scios que contribuem servios com os que aportam capitais. b) ser modelo geral do instituto jurdico sociedade com finalidade de natureza intelectual. c) oferecer normas supletivas para reger as relaes externas da sociedade em comum. d) garantir a todos os scios participao nas deliberaes sociais. e) determinar a completa separao patrimonial entre bens dos scios e obrigaes sociais.

Gabarito: A

Perceba que, quando a questo pede a alternativa que caracteriza a sociedade simples, ela quer a opo que apresenta um atributo que tpico desse tipo de sociedade, e no de outras espcies.

Como visto, possvel, nas sociedades simples, ao contrrio do que ocorre nas sociedades empresrias, haver scios que contribuam apenas com servios (arts. 997, V, e 1.007 do CC/2002), da a correo da letra A. A letra B est errada, pois as atividades intelectuais podem ser exercidas por sociedades empresrias, se estiver presente o elemento de empresa (art.

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966, par. nico, in fine, do CC/2002). A letra C est incorreta porque a aplicao subsidiria das normas das sociedades simples uma caracterstica do regime das sociedades em comum (assim como dos regimes das sociedades em nome coletivo, em comanditas simples e limitadas) e no uma caracterstica das sociedades simples em si.

O disposto na letra D no caracteriza as sociedades simples, j que os outros tipos societrios podem assegurar a participao de todos os scios nas deliberaes sociais. Finalmente, na letra E, qualquer tipo de sociedade personificada, e no s a sociedade simples, promove a separao

patrimonial entre os bens e as obrigaes dos scios e os da sociedade.

10) (ESAF/ANALISTA JURDICO/SEFAZ/CE/2006) O arquivamento do ato constitutivo de uma sociedade limitada na Junta Comercial implica: a) a existncia da sociedade para os fins de direito, a partir da data de protocolo. b) a atribuio de regularidade mercantil da sociedade em questo. c) que os scios demonstrem possuir affectio societatis entre si, caracterizada pela assinatura do documento por todos eles. d) atribuir personalidade jurdica sociedade a partir do deferimento do ato pela Junta Comercial. e) no d aos administradores designados no ato constitutivo os poderes de administrar, pois isso depende da sua posse, a ser lavrada em livro prprio.

Gabarito: B

As letras A e D esto erradas porque generalizaram para todas as situaes o momento de produo de efeitos do registro da sociedade. Nem sempre o arquivamento do ato constitutivo da sociedade ter efeito a partir

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da data de protocolo ou a partir do deferimento do ato pela Junta Comercial. Tudo vai depender do caso concreto. O registro deve ser feito na Junta Comercial no prazo de trinta dias, contado da lavratura do ato (art. 1.151, 1., do CC/2002). Todavia, se o registro for requerido aps esse prazo, ele somente produzir efeitos a partir da data de sua concesso (art. 1.151, 2., do CC/2002). A letra B o gabarito, j que o arquivamento do ato constitutivo que d efetiva existncia e regularidade sociedade empresria.

A letra C falsa porque o registro no implica a demonstrao de que os scios possuem a affectio societatis, pois isso uma presuno anterior ao registro. E a letra E est errada porque os administradores da limitada podem vir designados no prprio contrato social (art. 1.060 do CC/2002).

11) (ESAF/PFN/2005-2006) O Cdigo Civil de 2002 no prev a possibilidade de aquisio de cotas do scio pela prpria sociedade limitada, mas a opo existir para os contratos sociais que adotarem a legislao das sociedades annimas supletivamente.

Gabarito: Certo

O item correto porque o CC/2002 no prev tal possibilidade, mas a Lei 6.404/1976 a prev, no art. 30, sendo certo ainda que a limitada pode se reger supletivamente pelas normas da sociedade annima (art. 1.053, par. nico, do CC/2002).

12) (ESAF/PFN/2005-2006) Julgue os itens de acordo com o Cdigo Civil Brasileiro e assinale a opo que contm a resposta correta. ( ) Na sociedade limitada, exige-se a concordncia de trs quartos do capital

social para a mudana do objeto social, enquanto que na sociedade simples

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esta alterao deve ser unnime e na sociedade annima, pela metade, no mnimo, das aes com direito a voto. ( ( ) Admite-se a sociedade unipessoal sem limitaes. ) Em caso de omisso na regulamentao sociedade limitada, aplicam-se

os dispositivos da sociedade simples, e apenas supletivamente os da sociedade annima e desde que tal aplicao esteja prevista no contrato social, no sendo possvel usar de dispositivos da lei que de sociedade annima quando a matria estiver regida por artigos do Cdigo Civil no captulo relativo limitada. ( ) Em relao sociedade limitada, permite-se a existncia de cotas

preferenciais, com vantagens aos scios, como uma participao maior nos lucros, excluso da participao em perdas e limitao do direito de voto. ( ) No havendo disposio em contrrio no contrato, desejando o scio

ceder suas cotas, total ou parcialmente, a outro scio ou a terceiro, poder faz-lo desde que no haja oposio de mais de um quarto do capital social. a) V, F, V, F, F b) V, V, F, V, F c) F, F, V, F, V d) F, V, F, V, V e) V, F, V, F, V

Gabarito: A

O primeiro item verdadeiro, conforme o art. 1.076, I, do CC/2002 (limitadas); o art. 999 c/c o art. 997, II, ambos do CC/2002 (sociedades simples); e o art. 136, VI, da Lei 6.404/1976 (sociedades annimas). O segundo item falso porque s se admite a criao de sociedades unipessoais no caso das empresas pblicas federais (j que a Unio a entidade competente para legislar sobre Direito Comercial art. 22, I, CF/88 , o que

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a autoriza a criar forma societria indita, isto , no prevista no CC/2002) e nos casos expressos em lei, como a subsidiria integral (art. 251 da Lei 6.404/1976). Um exemplo de empresa pblica federal unipessoal a Caixa Econmica Federal (art. 3. do Decreto-Lei 759/1969). O terceiro item correto, nos termos do art. 1.053. Note que a aplicao das regras das sociedades simples ou das companhias, conforme o caso, s ocorre quando no houver regra prpria das limitadas prevista no Cdigo Civil (por isso a aplicao supletiva).

O quarto item incorreto porque o CC/2002 no autoriza a emisso nas limitadas de quotas preferenciais que excluam o direito de voto dos scios, j que os votos devem ser contados segundo o valor das quotas de cada um deles (art. 1.072 c/c o art. 1.010). E o quinto item falso porque, na omisso do contrato, o scio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros (art. 1.057 do CC/2002).

13) (CESPE/JUIZ SUBSTITUTO/TJSE/2004) Uma inovao trazida pelo Cdigo Civil para as sociedades limitadas foi a previso de constituio de conselho fiscal. No referente a esse conselho, julgue os itens que se seguem. 1 Uma sociedade pode ter ou no conselho fiscal, conforme defina o contrato social. 2 dever dos membros do conselho fiscal examinar, pelo menos

trimestralmente, o estado do caixa da sociedade.

Gabarito:

1C

2C

O item 1 est correto, pois o contrato social que define se a limitada possuir ou no conselho fiscal (art. 1.066 do CC/2002). O item 2 tambm

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est certo, pois enuncia corretamente uma das atribuies dos membros do conselho fiscal da limitada (art. 1.069, I, do CC/2002).

14) (ESAF/JUIZ DO TRABALHO/TRT 7. REGIO/2005) Havendo acordo de voto entre acionistas de uma companhia aberta, a) cada um e todos os votantes respondem, individualmente, pelos efeitos das decises aprovadas nos colegiados de que faam parte. b) o voto contrrio ao acordo representa sua denncia pelo declarante, acionista ou delegado. c) a ausncia de qualquer membro do colegiado vinculado pelo acordo de voto ineficaz para fins de rejeio de propostas. d) as medidas aprovadas nas deliberaes de cada rgo colegiado no so passveis de reviso por outra instncia, se dentro das previses do acordo. e) tem-se o controle compartilhado, do que decorre a solidariedade pelos efeitos das aes administrativas.

Gabarito:

C

A letra A errada, pois o acordo de acionistas pode ter por fim a orientao dos votos dos participantes num mesmo sentido, mas no pode responsabilizar individualmente os acionistas pelas matrias aprovadas pelo colegiado. A letra B incorreta, j que, embora o voto contrrio ao acordo arquivado na sociedade possa deixar de ser computado na votao pelo presidente da assembleia ou do rgo colegiado de deliberao (art. 118, 8., da Lei 6.404/1976), isso no significa a denncia (retirada) do declarante do acordo de acionistas.

A letra C o gabarito, j que a ausncia de membro do acordo nas votaes permite que o pactuante prejudicado exera o direito de voto com

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as aes pertencentes ao acionista ausente (art. 118, 9., da Lei 6.404/1976), o que torna ineficaz a ausncia. A letra D errada, pois a votao em harmonia com o acordo de acionistas no pode excluir a competncia legal dos rgos da companhia para rever atos de outros rgos, quando for o caso (ex.: reviso de atos da diretoria pelo conselho de administrao ou pela assembleia geral). Finalmente, a letra E incorreta porque a Lei 6.404/1976 no fala em solidariedade dos acionistas que celebram o acordo pelos efeitos das aes administrativas, sendo que a solidariedade no se presume, mas resulta da lei ou da vontade das partes (art. 265 do CC/2002).

3 AULA 02

15) (CESPE/DEFENSOR PBLICO SUBSTITUTO/DPG-CE/2008) Marcos Oliveira, Antnio Silva e Paulo Perez constituram sociedade designada Oliveira, Silva & Perez Servios Gerais Ltda., para atuar no ramo de prestao de servios de limpeza e conservao a outras pessoas jurdicas, sendo Paulo Perez o scio majoritrio. Tendo Paulo Perez sido executado pessoalmente, o credor requereu a penhora de suas quotas, a fim de garantir a execuo. Acerca da situao hipottica acima e das normas relativas s sociedades limitadas, julgue os itens que se seguem. 1 lcita a utilizao do nome Oliveira, Silva & Perez Servios Gerais Ltda., pois as sociedades limitadas podem utilizar tanto denominao como razo social. 2 Em razo das caractersticas das sociedades limitadas, as quotas sociais de Paulo Perez no podem ser penhoradas. 3 Os scios da Oliveira, Silva & Perez Servios Gerais Ltda. respondem solidariamente pela exata estimao dos bens conferidos ao capital social at o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.

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Gabarito: C-E-C

O primeiro item certo, pois, como visto, as sociedades limitadas podem utilizar como nome empresarial tanto a denominao como a razo social (art. 1.158 do CC/2002). O segundo item errado porque, se a limitada for uma sociedade de capital, as quotas de seus scios podero ser penhoradas livremente. E o terceiro item correto porque, caso a realizao do capital da limitada se d em bens, todos os scios respondero solidariamente pela sua exata estimao, pelo prazo de cinco anos, a partir do registro da sociedade, nos termos do art. 1.055, 1., do CC/2002.

16) (CESPE/CONSULTOR LEGISLATIVO/SENADO FEDERAL/2002) Com relao sociedade que adota o nome empresarial Cia. Agrcola do Planalto Jos Lindomar, julgue os itens a seguir. 1 Caso o scio Jos Lindomar venha a falecer, seu nome civil dever ser excludo do nome da sociedade. 2 A sociedade constituda por quotas de responsabilidade limitada. 3 A responsabilidade de seus scios ilimitada. 4 Sempre ser sociedade comercial, independentemente de seu objeto social. 5 Em seu ato constitutivo, podero ser fixados critrios que imponham restries ou limitaes circulao das unidades que dividem seu capital social.

Gabarito: E-E-E-C-E

O item 1 errado porque a Lei 6.404/1976 permite que o nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o xito da empresa figure na denominao (art. 3., 1.). O nome do

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scio, neste caso, funciona como expresso de fantasia, e no como indicao de que realmente faz parte da sociedade, razo pela qual seu nome pode ser mantido no nome empresarial, ainda que venha a falecer. O item 2 falso, j que se trata de uma companhia, cujo capital dividido em aes (art. 1. da Lei 6.404/1976). O item 3 incorreto porque, nas sociedades annimas, a responsabilidade dos scios limitada ao preo de emisso das aes subscritas ou adquiridas (art. 1. da Lei 6.404/1976).

O item 4 verdadeiro porque a sociedade annima sempre ser uma sociedade empresria, independentemente de seu objeto social (art. 2., 1., da Lei 6.404/1976). A Lei das S.A. fala que a companhia ser sempre mercantil (sinnimo de comercial), mas hoje devemos entender o termo como empresria, segundo a nova nomenclatura do CC/2002 (art. 982). Por fim, o item 5 est errado porque somente o estatuto da companhia fechada pode impor restries ou limitaes circulao das aes (art. 36 da Lei 6.404/1976).

17) (CESPE/PROCURADOR

DE

ESTADO/PGE-PB/2008)

Assinale

a

opo

correta, relativamente ao direito de empresa. A Em caso de insolvncia da sociedade limitada com capital social

integralizado, os scios respondem solidariamente, entre si, pelas dvidas da sociedade. B As sociedades em comum tm personalidade jurdica, so titulares dos bens e das dvidas sociais, e os scios respondem solidria e ilimitadamente, entre si e perante terceiros, pelas obrigaes sociais, excluindo-se do benefcio de ordem o scio-gerente. C A empresa constitui atividade econmica organizada para a produo ou circulao de bens ou servios, visando obteno de lucros e, desde que

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legalmente constituda, adquire personalidade jurdica, tornando-se, portanto, titular de direitos e obrigaes. D Na sociedade limitada, o scio pode ceder suas cotas, total ou

parcialmente, a outro scio ou a terceiro, sem a necessidade de autorizao expressa no contrato social ou dos outros scios. E Ocorre a dissoluo parcial da sociedade pela morte, retirada ou excluso de scios; no entanto, o scio que se retira da sociedade ou os herdeiros do que venha a falecer respondero pelas obrigaes sociais anteriores, at dois anos aps averbada a resoluo da sociedade; igualmente, nos dois primeiros casos, pelas posteriores obrigaes sociais e em igual prazo, enquanto no se requerer a averbao.

Gabarito: E

A letra A errada porque, na sociedade limitada, a responsabilidade dos scios restrita ao valor de suas respectivas quotas, respondendo eles solidariamente apenas pela parcela ainda no integralizada do capital social (art. 1.052 do CC/2002). A letra B incorreta porque a sociedade em comum (arts. 986 a 990 do CC/2002) no tem personalidade jurdica, nem titular de bens ou dvidas sociais, os quais constituem patrimnio especial, de titularidade em comum dos scios (art. 988 do CC/2002). J o art. 990 do CC/2002 realmente prev que todos os scios da sociedade em comum respondem solidria e ilimitadamente pelas obrigaes sociais, excludo do benefcio de ordem aquele que contratou pela sociedade (que pode ser tido como o scio-gerente citado na alternativa).

A letra C falsa porque afirma que a empresa adquire personalidade jurdica, quando legalmente constituda, o que errado, pois a empresa a atividade empresarial, no a pessoa (empresrio individual ou sociedade

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empresria) que a exerce. A letra D est errada porque, na omisso do contrato, o scio da limitada pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja scio, independentemente de audincia dos outros, mas s poder ced-la a terceiro, se no houver oposio de titulares de mais de um quarto do capital social (art. 1.057). Por fim, a letra E est certa, conforme os arts. 1.028 (morte), 1.029 (retirada) e 1.030 (excluso) do Cdigo Civil. E a responsabilidade dos scios que se retiram ou de seus herdeiros, citada na alternativa, prevista no art. 1.032 do CC/2002.

18) (ESAF/PROCURADOR/MINISTRIO Julgue os itens a seguir.

PBLICO/TCE-GO/2007/ADAPTADA)

1 Na sociedade limitada, quando no integralizada a quota de scio remisso, os demais scios podem exclu-lo e tomar para si as quotas anuladas, mas no podem transferi-las a estranhos sociedade. 2 O Cdigo Civil brasileiro vigente vedou expressamente, na sociedade limitada, o direito de recesso aos scios que a compem.

Gabarito: E-E

O item 1 errado porque a quota no integralizada do scio remisso pode ser assumida pelos demais ou mesmo transferida a terceiros, se houver estipulao contratual nesse sentido (art. 1.031, caput e 1.). J a excluso do scio remisso prevista no art. 1.004, par. nico, do CC/2002. O item 2 falso porque o CC/2002 assegura o direito de recesso (retirada) aos scios da limitada (art. 1.029).

19) (ESAF/PROCURADOR DF/2004) Numa sociedade limitada: a) apenas scios podem ser administradores.

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b) a responsabilidade dos scios limitada ao valor de suas quotas, no havendo solidariedade. c) o conselho fiscal obrigatrio. d) o capital social dividido em aes. e) mesmo aps a integralizao de todo o capital social, o patrimnio dos scios pode ser responsabilizado por obrigaes da sociedade, no caso da desconsiderao da personalidade jurdica.

Gabarito: E

A letra A errada porque o contrato da limitada pode permitir administradores no scios (art. 1.061 do CC/2002). A letra B incorreta porque, na sociedade limitada, a responsabilidade de cada scio restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela

integralizao do capital social (art. 1.052 do CC/2002). A letra C falsa porque a instituio do conselho fiscal na limitada facultativa (art. 1.066 do CC/2002). A letra D est errada porque o capital social da limitada dividido em quotas (art. 1.055).

Por fim, a letra E o gabarito, pois, ainda que o capital da limitada esteja totalmente integralizado, possvel a responsabilizao dos scios, nos casos em que haja abuso da personalidade jurdica da sociedade, por parte dos scios, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confuso patrimonial. Trata-se da teoria da desconsiderao da personalidade jurdica (disregard of legal entity doctrine), prevista no art. 50 do CC/2002. Neste caso, pode o juiz decidir, a requerimento da parte ou do Ministrio Pblico, quando couber a este intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou scios da pessoa jurdica.

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20) (ESAF/PROCURADOR DF/2007.2) Um trao caracterstico da doutrina societria contempornea a ntida distino entre os regimes jurdicos das companhias abertas e fechadas, bem como a aproximao destas s sociedades limitadas. Essa aproximao, a propsito, evidencia-se, no Brasil, pela minuciosa sistemtica dedicada pelo Cdigo Civil s limitadas. Diante desse cenrio, aponte, a seguir, a opo incorreta. a) O estatuto da companhia fechada pode impor limitaes circulao das aes nominativas, contanto que regule minuciosamente tais limitaes e no impea a negociao, nem sujeite o acionista ao arbtrio dos rgos de administrao da companhia ou da maioria dos acionistas. b) Sem prejuzo dos poderes da assembleia dos scios, pode o contrato da sociedade limitada instituir Conselho Fiscal. c) A sociedade limitada, assim como a annima fechada, independentemente de seu objeto, registra-se na Junta Comercial. d) Por aplicao supletiva do regime das sociedades por aes, a doutrina admite, no mbito das limitadas, a validade e a eficcia do acordo de cotistas. e) Tanto na companhia fechada quanto na sociedade limitada, o scio pode ser representado na assembleia por procurador, desde que este seja scio ou advogado e, no caso da annima, pode ainda ser administrador.

Gabarito: C

A letra A est correta, nos termos do art. 36 da Lei 6.404/1976. A letra B verdadeira, conforme o art. 1.066 do CC/2002. A letra C falsa porque, embora a sociedade annima seja sempre empresria (art. 2., 1., da Lei 6.404/1976), a sociedade limitada pode ser uma sociedade simples que adotou essa forma empresarial (art. 983 do CC/2002), devendo seu registro, neste caso, ser feito no na Junta Comercial, mas no Registro Civil das

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Pessoas Jurdicas (art. 1.150 do CC/2002). A letra D est certa, pois a Lei 6.404/1976 prev o acordo de acionistas no art. 118, cujas regras podem ser aplicadas s limitadas, se houver aplicao supletiva do regime das sociedades por aes (art. 1.053, par. nico, do CC/2002). Por fim, a letra E est correta, conforme o art. 1.074, 2., do CC/2002 (limitada) e o art. 126, 1., da Lei 6.404/1976 (sociedade annima).

21) (ESAF/ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE/CGU/2008) Na eleio dos conselheiros de administrao das sociedades annimas, facultado aos acionistas que representem, no mnimo, um dcimo do capital social com direito a voto, esteja ou no previsto no estatuto, requerer a adoo de um processo especial de votao, atribuindo-se a cada ao tantos votos quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos num s candidato ou distribu-los entre vrios. Esse processo designado: a) voto plural. b) voto mltiplo. c) voto multilateral. d) voto em bloco. e) voto disjuntivo.

Gabarito: B

O voto mltiplo previsto no art. 141 da Lei 6.404/1976.

22) (ESAF/ANALISTA DE FINANAS E CONTROLE/CGU/2008) A respeito da responsabilidade dos administradores na legislao das sociedades annimas, incorreto afirmar:

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a) o administrador no pessoalmente responsvel pelas obrigaes que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gesto. b) o administrador responde civilmente pelos prejuzos que causar, quando proceder, dentro de suas atribuies ou poderes, com culpa ou dolo. c) o administrador responde civilmente pelos prejuzos que causar, quando proceder, dentro de suas atribuies ou poderes, com violao da lei ou do estatuto. d) compete companhia, mediante prvia deliberao do Conselho Fiscal, a ao de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuzos causados ao seu patrimnio. e) os administradores so solidariamente responsveis pelos prejuzos causados em virtude do no-cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres no caibam a todos eles.

Gabarito: D

A letra A correta, conforme o art. 158, caput, da Lei 6.404/1976. As letras B e C tambm esto certas, nos termos do art. 158, I e II, respectivamente, da mesma Lei. A letra D est errada porque compete companhia, mediante prvia deliberao da Assembleia Geral (e no do Conselho Fiscal), a ao de responsabilidade civil contra o administrador, pelos prejuzos causados ao seu patrimnio (art. 159 da Lei 6.404/1976). E a letra E verdadeira, conforme o art. 158, 2., da Lei das S.A. Critica-se essa alternativa, porm, porque a regra relativizada no caso das companhias abertas (art. 158, 3.). Entretanto, diante do evidente erro da letra D, esta era a opo a se marcar na hora da prova.

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23) (ESAF/AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/SEFAZ-PI/2001) No que diz respeito s aes preferenciais, a) o direito de voto mostra-se absolutamente incompatvel. b) h limites para a sua emisso, em relao ao capital social, conforme o objeto social. c) atribuem direito de voto no caso em que os dividendos correspondentes no tenham atingido a meta de 10% acima daqueles pagos s aes ordinrias. d) do o direito de eleger a maioria dos membros do Conselho Fiscal em assembleia especial. e) podem sempre ser convertidas em ordinrias, na medida de manifestao do titular.

Gabarito: B

A Letra A errada, pois o direito de voto no incompatvel com a ao preferencial, j que a companhia pode ou no proibir o exerccio desse direito pelos acionistas preferencialistas, podendo ainda apenas restringi-lo (art. 111 da Lei das S.A.) (ex.: vedao a que o acionista vote apenas em relao a determinadas matrias). A Letra B, embora imperfeita, o gabarito, pois a Lei estabelece limites para a emisso de aes preferenciais, em relao ao capital social. Ocorre que isso no se d em funo do objeto social da companhia, mas em razo da existncia de proibio ou restrio do direito a voto s aes preferenciais. Conforme vimos, o nmero de aes

preferenciais nessa situao no pode ultrapassar 50% do total das aes do capital social (art. 15, 2., da Lei 6.404/1976). Como as demais alternativas so flagrantemente erradas, esta deve ser a opo escolhida pelo concurseiro.

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A Letra C falsa porque as aes preferenciais sem direito de voto ou com restrio nesse direito adquirem o seu exerccio pleno se a companhia deixar de pagar os dividendos preferenciais, pelo prazo previsto no estatuto, que no ser superior a trs exerccios sociais (art. 111, 1., da Lei 6.404/1976). Essa regra do recebimento de dividendos pelas preferenciais em patamar 10% acima do valor atribudo s ordinrias prevista na Lei da S.A., na verdade, como uma das possveis condies de admisso das aes preferenciais sem direito de voto ou com restrio nesse direito negociao no mercado de valores mobilirios (art. 17, 1., II).

A Letra D incorreta, j que os titulares de aes preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito tm o direito de eleger, em votao em separado, no a maioria, mas um membro do Conselho Fiscal e seu respectivo suplente (art. 161, 4., a, da Lei 6.404/1976). E a Letra E errada, pois a converso de aes preferenciais em ordinria s pode ocorrer se houver previso no estatuto e nas condies por ele fixadas (art. 19 da Lei), no dependendo, assim, de simples manifestao do titular.

24) (CESPE/ASSISTENTE JURDICO/CEAJUR-DF/2001) A sociedade annima tipo societrio destinado, normalmente, formao de grandes empresas, cujo funcionamento e cuja administrao no dependem diretamente da figura dos scios. Seu capital dividido em aes, que so ttulos de livre cessibilidade que incorporam os direitos dos scios, chamados acionistas, cuja responsabilidade, assim como nas sociedades por quotas, limitada. A respeito das sociedades annimas, julgue os itens a seguir. 1) A responsabilidade dos acionistas limitada ao valor patrimonial das aes subscritas ou adquiridas.

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2) Uma sociedade annima pode ter por objeto participar de outras sociedades, sendo necessria a previso no estatuto quando essa participao tem por fim realizar o objeto social ou beneficiar-se de incentivos fiscais. 3) Aes ordinrias so as que conferem aos titulares, alm dos direitos essenciais, como o de participar nos lucros sociais e o de fiscalizar a gesto dos negcios sociais, o direito de voto, em que cada ao corresponde a um voto nas assemblias gerais. 4) So fechadas as companhias cujos valores mobilirios no podem ser oferecidos ao pblico em geral, enquanto so abertas as companhias cujos valores mobilirios podem ser negociados no mercado de capitais,

independentemente de registro na Comisso de Valores Mobilirios. 5) Dentro do limite do capital autorizado, a companhia poder emitir ttulos negociveis, denominados bnus de subscrio, que conferem a seus titulares o direito de subscreverem aes do capital social, exercitvel mediante o pagamento do preo de emisso das aes.

Gabarito: E-E-C-E-C

a responsabilidade dos acionistas limitada ao preo de emisso (e no ao valor patrimonial) das aes subscritas ou adquiridas (art. 1. da Lei 6.404/1976). O item 2 falso porque a companhia realmente pode ter por objeto participar de outras sociedades, mas essa participao facultada como meio de realizar o objeto social ou para se beneficiar de incentivos fiscais, ainda que no prevista no estatuto (art. 2., 3, da Lei das S.A.). O item 3 verdadeiro, nos termos dos arts. 109, I e III, e 110, da Lei 6.404/1976. O item 4 falso, pois nenhuma distribuio pblica de valores mobilirios ser efetivada no mercado sem prvio registro na CVM (art. 4., 3, da Lei das S.A.). E o item 5 est correto, de acordo com o art. 75 da Lei.

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25) (ESAF/PROCURADOR DF/2007) A administrao indireta do Distrito Federal composta tambm por empresas pblicas e sociedades de economia mista, sendo que estas ltimas adotam sempre a forma de S/A. Sobre essas sociedades de economia mista correto afirmar que: a) no h submisso s regras da Lei n. 6.404/76, dada a sua natureza pblica. b) o conselho de administrao facultativo, dependendo de previso do estatuto. c) seus administradores fazem jus a uma remunerao a ser fixada pela assemblia geral. d) uma determinao feita pelo acionista controlador substitui a assemblia geral. e) suas aes sero nominativas, endossveis ou ao portador.

Gabarito: C

A letra A errada porque as sociedades de economia mista tambm se submetem Lei 6.404/1976, conforme os arts. 235 a 240 dessa norma. A letra B errada porque, nas sociedades de economia mista, a existncia do conselho de administrao obrigatria (art. 239 da Lei). A letra C est correta, conforme o art. 152 da Lei das S.A. A letra D falsa, pois a Assembleia Geral possui competncias privativas (art. 122 da Lei) que no so podem ser substitudas pela deciso do acionista controlador. E a letra E falsa porque atualmente no existem mais aes endossveis e ao portador (arts. 2., II, e 5. da Lei 8.021/1990).

26) (ESAF/PROCURADOR

DF/2004)

Uma

sociedade

annima

aberta

denominada Banco de Taguatinga S/A, com aes dotadas de alta liquidez e

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disperso no mercado, convocou uma assemblia geral para deliberar sobre realizao de uma fuso com outro banco. Nessa situao: a) trata-se de assemblia geral ordinria. b) caso seja realizada a fuso, ambos os bancos deixaro de existir. c) a deciso final ser do conselho de administrao, que apenas ouve a assemblia geral. d) os titulares de aes, sem direito a voto, no podem sequer comparecer assemblia. e) no ser necessria assemblia no outro banco.

Gabarito: B

A letra A falsa porque a fuso da companhia matria a ser deliberada pela Assembleia Geral Extraordinria, conforme os arts. 131 e 136, IV, da Lei 6.404/1976. A letra B correta, pois a fuso a operao pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes suceder em todos os direitos e obrigaes (art. 228 da Lei), com o que se extinguem as sociedades primitivas. A letra C errada porque a fuso deve ser decidida pela Assembleia Geral (art. 122, VIII, da Lei), no pelo Conselho de Administrao. A letra D incorreta porque os acionistas sem direito a voto podem comparecer Assembleia Geral e discutir a matria submetida deliberao (art. 125, par. nico, da Lei). E a letra E falsa porque o protocolo de fuso deve ser aprovado pelas Assembleias Gerais de cada companhia envolvida (art. 228, 1.).

4 AULA 03

27) (ESAF/AFT/MTE/2003) As sociedades cooperativas

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a) podem ter o capital dividido em aes, regendo-se supletivamente pela Lei das Sociedades Annimas. b) sempre atribuem responsabilidade limitada aos seus scios. c) exigem que o scio tenha ao menos uma quota ou ao do seu capital. d) atribuem ao scio uma distribuio nos resultados proporcional s operaes por meio delas realizadas. e) permitem a transferncia das quotas a estranhos, desde que atuem profissionalmente no seu ramo de atividade.

Gabarito: D

A letra A errada porque as cooperativas tm seu capital dividido em quotas (art. 4., II, da Lei 5.764/1971 e art. 1.094 do CC/2002) e regem-se pelo Cdigo Civil e pela Lei 5.764/1971. A letra B errada porque, na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos scios pode ser limitada ou ilimitada (art. 1.095 do CC/2002 e arts. 11 e 12 da Lei 5.764/1971). A letra C falsa porque o scio da cooperativa pode no possuir nenhuma quota do capital social, que pode nem existir (art. 1.094, I, do CC/2002). Alm disso, errado falar em aes do capital de uma cooperativa. A letra D o gabarito, conforme o art. 4., VII, da Lei 5.764/1971 e o art. 1.094, VII, do Cdigo Civil. E a letra E incorreta porque caracterstica da sociedade cooperativa a intransferibilidade (incessibilidade) das quotas do capital a terceiros estranhos sociedade, ainda que por herana (art. 1.094, IV, do CC/2002 e art. 4., IV, da Lei das Cooperativas).

28) (CESPE/CONSULTOR cooperativa organizada

LEGISLATIVO/SENADO pelos agricultores

FEDERAL/2002) para obter

A

vantagens

econmicas. Nesse sentido, julgue os itens subsequentes.

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1 As vantagens econmicas obtidas pelas cooperativas so distribudas igualmente entre os cooperados. 2 Na escolha da diretoria da cooperativa, cada cooperado tem direito a um voto. 3 Os cooperados que agem como contraventores oportunistas podem causar o insucesso das cooperativas. 4 Em uma cooperativa, no se visa maximizar o lucro. 5 O custo de fiscalizao da ao dos dirigentes das cooperativas em pequenas comunidades locais muito menor e mais eficiente.

Gabarito: E-C-C-E-C

O item 1 errado porque, nas cooperativas, a distribuio dos resultados feita proporcionalmente ao valor das operaes efetuadas pelo scio com a sociedade (art. 1.094, VII, do CC/2002 e art. 4., VII, da Lei 5.764/1971). O item 2 correto, conforme o art. 1.094, VI, do CC/2002 e art. 4., V, da Lei 5.764/1971. O item 3 verdadeiro, pois a cooperativa de v ser utilizada para prover apoio mtuo dos cooperados, no para auferir vantagens individuais, prejudiciais aos demais, o que pode acarretar o insucesso da sociedade. O item 4 falso, pois a cooperativa tem justamente o intuito de maximizar os resultados, tanto que ela exerce uma atividade econmica, embora o lucro no seja seu objetivo primordial, mas a ajuda mtua entre os associados (art. 3. da Lei 5.764/1971). O retorno das sobras lquidas do exerccio uma da caractersticas da cooperativa (art. 4., VII, da Lei 5.764/1971). Por fim, o item 5 est certo, pois, em pequenas comunidades locais, muito mais fcil e menos custoso fiscalizar a ao dos dirigentes das cooperativas, em funo da menor dimenso da atividade a fiscalizar e de as pessoas se conhecerem melhor.

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29) (ESAF/AFRF/AUDITORIA/2000) De acordo com a Lei 6.404/76 Lei das S/A., incorporao operao pela qual a) se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova que lhes suceder em todos os direitos e obrigaes. b) uma ou mais sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes. c) a companhia transfere parcelas do seu patrimnio para uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim, ou j existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver verso de todo o seu patrimnio, e dividindose o seu capital, se parcial a verso. d) se unem duas ou mais sociedades sem formar uma sociedade nova. e) a companhia transfere parcelas do seu patrimnio para uma ou mais sociedades, sem extinguir a sociedade cindida.

Gabarito: B

A incorporao a operao pela qual uma ou mais sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes (art. 227 da Lei 6.404/1976). Em razo disso, o gabarito a letra B. A letra A traz a definio de fuso (art. 228 da Lei 6.404/1976). A letra C apresenta o conceito de ciso (art. 229 da Lei). A letra D relaciona-se com o conceito de consrcio de empresas, que no tem personalidade jurdica (art. 278 da Lei 6.404/1976). E a letra E errada porque apresenta um exemplo de ciso.

30) (ESAF/AFRF/AUDITORIA/2002) A operao pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma nova denominada a) fuso b) incorporao

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c) ciso d) consrcio e) sucursal

Gabarito: A

A fuso a operao pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes suceder em todos os direitos e obrigaes (art. 228 da Lei 6.404/1976).

31) (ESAF/AUDITOR

DO

TESOURO

MUNICIPAL/FORTALEZA/2003)

A

incorporao de uma sociedade por outra operao: a) de liquidao da sociedade incorporada. b) destinada a aumentar o patrimnio lquido da incorporadora. c) de reordenao patrimonial. d) de combinao do corpo de scios das envolvidas. e) de transformao tipolgica em qualquer circunstncia.

Gabarito: C

A incorporao a operao pela qual uma ou mais sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes (art. 227 da Lei 6.404/1976). A letra A errada porque a incorporao ocorre sem que haja dissoluo nem liquidao da sociedade incorporada. A letra B incorreta porque, embora possa haver, na incorporao, o aumento do patrimnio lquido da incorporadora (sendo positiva a situao lquida da incorporada), essa no a finalidade da operao, que se destina a realizar uma reorganizao das sociedades envolvidas. A letra C a que melhor responde questo, embora tivesse sido melhor que ela tivesse falado em

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reordenao empresarial. A letra D falsa porque a incorporao no necessariamente acarreta a combinao do corpo de scios das envolvidas, tanto que a aprovao dessa operao d ao acionista dissidente o direito de retirada (art. 137 da Lei 6.404/1976). Por fim, a letra E incorreta porque a transformao no acarreta necessariamente a transformao do tipo societrio da incorporadora.

32) (CESPE/CONSULTOR

LEGISLATIVO/SENADO

FEDERAL/2002)

Determinada sociedade por quotas de responsabilidade limitada pretende transformar-se em sociedade annima. Em relao a essa situao, julgue os itens seguintes. 1 A operao de transformao importar em dissoluo e liquidao da antiga sociedade com vistas criao da nova sociedade. 2 Se, no contrato social, no constar clusula fixadora de quorum especfico, a operao de transformao somente poder ser efetivada mediante deliberao unnime dos scios. 3 Poder o contrato social fixar quorum especfico para a operao de transformao, cabendo aos scios vencidos, nessa hiptese, o direito de retirada. 4 Os scios vencidos podero renunciar ao direito de retirada da sociedade, caso o contrato social fixe quorum especial para a aprovao da operao de transformao. 5 A operao de transformao no poder prejudicar, em nenhuma hiptese, os credores da sociedade, que continuaro, at o efetivo pagamento de seus crditos, com as mesmas garantias que a forma societria anterior lhes assegurava.

Gabarito: E-C-C-C-C

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O item 1 errado porque a operao de transformao ocorre sem que haja dissoluo e liquidao da antiga sociedade limitada (art. 1.113 do CC/2002 e art. 220 da Lei 6.404/1976). Os itens 2 e 3 so verdadeiros, conforme o art. 1.114 do Cdigo Civil. O item 4 est certo, pois os scios de sociedade contratual podem renunciar previamente ao direito de retirada, no caso de transformao da sociedade em companhia, desde que o faam no prprio contrato social (art. 221 da Lei 6.404/1976). E o item 5 correto, conforme o art. 1.115 do CC/2002.

33) (OAB-RJ/27. EXAME DA ORDEM) Marque a alternativa correta. A Na fuso vedado aos scios votar o laudo de avaliao do patrimnio da sociedade de que faam parte B Na fuso uma ou mais sociedades so absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigaes C Na fuso apenas os credores de dvidas lquidas e certas podero promover judicialmente a anulao desta D Na fuso no h a extino das sociedades que se unem, permanecendo estas com suas personalidades jurdicas independentes

Gabarito: A

A letra A est certa, conforme o art. 1.120, 3., do CC/2002. A letra B falsa, pois traz o conceito de incorporao (art. 1.116 do CC/2002). A letra C est errada porque tambm os credores de dvidas ilquidas podero promover judicialmente a anulao da fuso. Todavia, neste caso, a sociedade poder suspender o processo de anulao, por meio da prestao de garantia execuo (ex.: depsito judicial do montante cobrado) (art. 1.122, 3., do CC/2002). Por fim, a letra D falsa, pois a fuso determina a

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extino das sociedades que se unem para formar a sociedade nova, que a elas suceder nos direitos e obrigaes (art. 1.119 do CC/2002).

34) (ESAF/AFTN/AUDITORIA/1998) Nas operaes de ciso, podem ocorrer as seguintes situaes, exceto: a) ciso total com a criao de duas ou mais empresas novas b) ciso total com verso de parte do Patrimnio Lquido para empresa nova e parte para empresa j existente c) ciso parcial com verso de parte do patrimnio para empresas j existentes d) ciso parcial com verso de todo o patrimnio para a mesma sociedade e) ciso total com verso do patrimnio para empresas j existentes

Gabarito: D

Como vimos, ciso a operao pela qual a sociedade transfere parcelas do seu patrimnio para uma ou mais sociedades, constitudas para esse fim ou j existentes, extinguindo-se a sociedade cindida, se houver verso de todo o seu patrimnio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a verso (art. 229 da Lei 6.404/1976). Assim, a ciso de uma sociedade pode ocorrer de forma total ou parcial, com a verso, respectivamente, de todo ou de parcela de seu patrimnio para outras empresas, sejam elas preexistentes operao ou constitudas justamente para receber o patrimnio da sociedade cindida. No faz sentido, por outro lado, falar em transferncia do patrimnio da entidade para ela mesma, razo pela qual a letra D o gabarito.

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35) (ESAF/AFRF/AUDITORIA/2003) Na verificao de participao recproca em operaes de incorporao, o procedimento exigido pela Lei 6.404/76 ser: a) a empresa incorporada dever alienar, no perodo de seis meses, a parcela de aes ou quotas que no excederem o valor dos lucros e reservas. b) somente a empresa incorporadora dever publicar o fato em jornal de grande circulao no local onde estiver sediada, justificando a natureza e o valor da operao. c) mencionar o fato nos relatrios e demonstrao financeira de ambas as sociedades e eliminar esse tipo de participao, no prazo mximo de um ano. d) mencionar esse fato apenas no relatrio da administrao, justificando a necessidade da operao e indicando as classes e valor nominal das aes envolvidas. e) alienar, no perodo de seis meses, a parcela de aes ou quotas que no excederem o valor dos lucros acumulados da incorporadora.

GABARITO: C A disciplina da participao recproca est no art. 244 da Lei 6.404/1976. Em princpio, vedada a participao recproca entre a companhia e suas coligadas ou controladas (art. 244, caput). Todavia, o prprio artigo apresenta algumas excees.

As letras A e E esto erradas porque a participao recproca, quando ocorrer em virtude de incorporao, dever ser eliminada no prazo mximo de um ano (art. 244, 5.). A letra B falsa porque a participao recproca, quando ocorrer em virtude de incorporao dever ser mencionada nos relatrios e demonstraes financeiras de ambas as sociedades (art. 244, 5.). Essas demonstraes devem ser publicadas na imprensa oficial e em outro jornal de grande circulao na sede da companhia (arts. 176, 1., e

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289 da Lei 6.404/1976). Em funo do que foi dito, nota-se que a letra C o gabarito e letra D incorreta.

36) (CESPE/ANALISTA JUDICIRIO/STM/2004) A pessoa jurdica de direito privado, com finalidade lucrativa, quando da sua dissoluo, subsistir at o trmino do procedimento de liquidao e a averbao da dissoluo no registro onde ela estiver inscrita. Seus bens sero repartidos entre os scios na proporo de suas participaes.

Gabarito: Certo

A pessoa jurdica de direito privado, com finalidade lucrativa, a sociedade. Portanto, a questo refere-se ao procedimento de liquidao das sociedades. O item certo porque, durante o processo de extino, a personalidade jurdica da sociedade mantida e somente com a averbao da dissoluo e da liquidao no registro competente que ocorre a sua extino (art. 1.109 do CC/2002 e art. 207 da Lei 6.404/1976). A repartio dos bens deve seguir, via de regra, a proporo das respectivas participaes no capital social (arts. 1.007 e 1.103, IV, do CC/2002 e art. 210, IV, da Lei 6.404/1976).

5 AULA 04

37) (CESPE/JUIZ

SUBSTITUTO/TJSE/2008)

Assinale

a

opo

correta

relativamente aos ttulos de crdito. A A caracterstica comum a todos os ttulos de crdito, alm da literalidade, a abstrao, isto , eles circulam desvinculadamente da causa ou do negcio jurdico que lhes deu origem como forma de garantir-lhes a autonomia cambiria.

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B O ttulo de crdito ordem no traz inscrito na crtula o nome do beneficirio do crdito, permitindo-se que o pagamento se faa quele que apresent-lo e exigir o cumprimento da obrigao. C Por ser o aval uma garantia autnoma que se d ao pagamento de um ttulo de crdito, a responsabilidade do avalista deixa de existir caso a obrigao avalizada seja nula. D O ttulo nominativo pode ser transferido por meio de endosso, em branco ou em preto, sendo necessria a averbao do ato negocial no registro do emitente do ttulo para que a transferncia possa gerar efeitos. E Com a circulao do ttulo de crdito, o novo adquirente ter o seu direito regido pela relao cartular, podendo exigir do signatrio anterior,

observados os requisitos legais, somente o que consta do ttulo, no se admitindo, entretanto, que a ele sejam opostas as excees pessoais que o devedor originrio tinha perante seu credor.

Gabarito: E

A letra A errada porque a abstrao no caracterstica comum a todos os ttulos de crdito, tendo em vista a possibilidade de haver ttulos causais que no entram em circulao. A letra B falsa porque o ttulo ordem traz na crtula o nome do beneficirio, que pode, em funo da clusula ordem, transferir o ttulo por endosso. O ttulo de crdito que no indica o nome do beneficirio o ttulo ao portador. A letra C incorreta porque a responsabilidade do avalista, justamente por ser autnoma em relao do avalizado, subsiste ainda que a responsabilidade deste seja nula.

A letra D est errada porque o ttulo nominativo pode ser transferido por endosso, desde que em preto (art. 923 do CC/2002), devendo ser feita a averbao da transferncia no registro do emitente, para que o negcio tenha

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eficcia perante este (art. 923, 1.). Por fim, a letra E o gabarito, pois enuncia corretamente os efeitos decorrentes dos princpios do Direito Cambial, quais sejam: autonomia (direito regido pela relao cartular), literalidade (exigir somente o que consta do ttulo) excees pessoais aos terceiros de boa-f. e inoponibilidade das

38) (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF 1. REGIO/2009) Nos termos do art. 887 do Cdigo Civil, o ttulo de crdito, documento necessrio ao exerccio do direito literal e autnomo nele contido, somente produz efeito quando preenche os requisitos da lei. A respeito da teoria geral dos ttulos de crdito, assinale a opo correta. A Os ttulos de crdito so atos jurdicos unilaterais que contm direito autnomo, o qual se revela mais fortemente no momento em que o ttulo circula. B Tendo em vista a simplicidade que caracteriza os ttulos de crdito e as regras gerais introduzidas pelo Cdigo Civil a esse respeito, a cartularidade deixou de ser pressuposto para a eficcia legal desses ttulos. C Entende-se por independncia ou autonomia do ttulo de crdito termos sinnimos que ele no guarda relao com o contrato que lhe deu origem. D A abstrao princpio absoluto dos ttulos de crdito caracterstica que serve autonomia desses ttulos e que fundamental para a sua circulao. E Os princpios aplicveis aos ttulos de crdito so absolutos, assim entendidos na doutrina e na jurisprudncia como forma de dar credibilidade ao ttulo que circula.

Gabarito: A

A letra A est certa porque se refere ao subprincpio da abstrao, que decorre da autonomia do ttulo e se manifesta no momento em que o ttulo

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entra em circulao. A letra B est errada porque o princpio da literalidade continua aplicvel ao Direito Cambial. A letra C falsa porque o enunciado refere-se mais diretamente abstrao do que autonomia. Alm disso, h autores que diferenciam independncia de autonomia (ex.: Gladston Mamede), considerando esta como a independncia do direito representado pelo ttulo, em relao aos vnculos jurdicos anteriores, e aquela o fato de a obrigao inscrita no ttulo independer de qualquer outro documento para ser vlida. A letra D errada porque a abstrao no princpio absoluto dos ttulos de crdito, tendo em vista a possibilidade de haver ttulos causais que no entram em circulao. Em funo disso, a letra E tambm est errada.

39) (ESAF/AGENTE TRIBUTRIO ESTADUAL/MS/2001) O endossante de um ttulo de crdito responde pelo crdito nele representado a) somente diante do endossante direto e de seu avalista b) uma vez protestado o ttulo e pelas obrigaes dele emergentes c) desde que o devedor principal no possa ser encontrado, caracterizando-se tal fato pelo protesto d) respeitado o prazo de prescrio de cinco anos e) da mesma forma que o avalista do aceitante

Gabarito: B

A letra A falsa porque o endossante de um ttulo de crdito responsvel solidrio junto ao legtimo possuidor do ttulo e a todo aquele que vier a honrar a obrigao. A letra B o gabarito porque a responsabilidade do endossante depende da realizao do prvio protesto do ttulo. A letra C est errada porque no o protesto que caracteriza a ausncia do devedor principal. A funo do protesto provar o descumprimento da obrigao materializada no ttulo. A letra D incorreta porque os prazos de prescrio

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variam em funo do ttulo de crdito em questo. Na nota promissria, a ao do portador contra os endossantes prescreve em um ano; no cheque, em seis meses; na duplicata, um ano. Por fim, a letra E falsa porque a responsabilidade do avalista do aceitante (devedor principal) semelhante deste, diferenciando-se da responsabilidade do endossante porque este responde apenas se o ttulo estiver protestado, enquanto o aceitante e seu avalista respondem independentemente de protesto.

40) (ESAF/AUDITOR TCE-PR/2003) Tendo feito uma venda mercantil, o vendedor, com o objetivo de ter em mos um instrumento capaz de propiciarlhe o poder de cobrar o valor da venda, a) pode emitir qualquer ttulo de crdito, sua escolha. b) deve redigir contrato escrito a ser assinado pelo comprador, com duas testemunhas, dispensado o reconhecimento de firma. c) obrigado sempre a sacar duplicatas contra o comprador. d) pode emitir uma triplicata, no caso em que o comprador no haja devolvido a duplicata remetida para aceite. e) obrigado a sempre valer-se de banco para enviar a duplicata ao devedor para cobrana e posterior protesto.

Gabarito: D

As letras A e B esto erradas porque o nico ttulo de crdito que pode ser emitido pelo vendedor por ocasio de uma venda mercantil a duplicata (art. 2. da Lei 5.474/1968). Este o instrumento que dar ao vendedor o poder de cobrar judicialmente o valor da venda, caso o comprador no pague a dvida espontaneamente. A letra C incorreta porque a emisso da duplicata facultativa. A letra D o gabarito, pois a jurisprudncia tem aceitado a emisso da triplicata quando o devedor retm a duplicata em sua

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posse, sem devolv-la com o devido aceite. E a letra E falsa porque a remessa de duplicata ao devedor pode ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus representantes, por meio de procuradores ou por intermdio de instituies financeiras (art. 6. da Lei 5.474/1968).

41) (ESAF/PFN/1998) Nos ttulos de crdito causais, como a duplicata mercantil, por exemplo, a) inexiste abstrao da obrigao cambiria b) a literalidade do ttulo est vinculada operao subjacente c) a circulao no se faz via endosso do ttulo d) a circulao da duplicata corresponde cesso de crdito civil e) a apresentao a protesto depende de aceite

Gabarito: E

Entendo que essa questo deveria ter sido anulada, por no haver resposta correta. Vejamos. A letra A est errada porque mesmo os ttulos causais (ex.: duplicata) se tornam abstratos, no momento em que entram em circulao. A letra B falsa porque a literalidade do ttulo refere-se ao contedo expresso da crtula, independentemente da operao subjacente realizada. A letra C incorreta porque um ttulo causal pode circular por meio de endosso (ex.: duplicata ordem). A letra D est errada porque a duplicata um ttulo ordem, transmissvel por endosso, embora Fbio Ulhoa Coelho lecione que pode haver a insero da clusula no ordem pelos endossantes da duplicata, no momento da circulao, fazendo com que o ttulo s possa ser transferido por cesso civil de crdito. Por fim, a letra E, dada como gabarito, tambm falsa, pois possvel o protesto da duplicata por falta de aceite (art. 13 da Lei 5.474/1968).

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Como a questo um pouco antiga (1998), no creio recomendvel levar para a prova o entendimento de que a letra E, para a Esaf, correta. Creio ter havido realmente um lamentvel equvoco da banca em no anular esta questo. De qualquer modo, fique atento s alternativas no dia da prova e procure marcar aquela que estiver mais certa ou menos errada. o conselho que eu, como concurseiro, posso lhe dar.

42) (CESPE/EXAME DE ORDEM/OAB/2007.3) Considerando-se que Paula tenha endossado a Luana um cheque de terceiro no valor de R$ 500,00, correto afirmar que: A) Paula, por ter endossado o cheque, responde pela solvncia do devedor principal, no valor de R$ 500,00. B) o endosso produz os mesmos efeitos jurdicos de uma cesso civil de crditos. C) o endosso transfere a Luana a posse, no a propriedade do ttulo de crdito. D) o endosso de Paula ser nulo de pleno direito se a obrigao consubstanciada no cheque j estiver vencida.

Resposta: A

A letra A est correta, conforme o art. 21 da Lei 7.357/1985. A letra B est errada, pois os efeitos decorrentes do endosso so diferentes dos gerados pela cesso civil de crdito. O endosso, alm de transferir a propriedade do ttulo ao endossatrio, vincula o endossante ao pagamento do ttulo, na qualidade de coobrigado do devedor original, respondendo tanto pela existncia, como pela solvncia do crdito. J a cesso civil de crdito responsabiliza o cedente apenas pela existncia do crdito, no pela sua solvncia (arts. 295 e 296 do CC/2002). A letra C falsa porque o endosso

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transfere a propriedade do ttulo de crdito, salvo nos casos de endosso imprprio (endosso-mandato e endosso-cauo). Por fim, a Letra D errada porque o endosso feito aps o vencimento tem os mesmos efeitos que o realizado anteriormente (art. 920 do CC/2002). O cheque, como visto, ttulo vista, pagvel no momento da apresentao (art. 32 da Lei 7.357/1985). No obstante, se o endosso do cheque for posterior expirao do prazo de apresentao (30 ou 60 dias art. 33 da Lei do Cheque) seus efeitos sero apenas os de uma cesso civil de crdito (art. 27 da Lei do Cheque).

43) (CESPE/EXAME DE ORDEM/OAB/2007.1) O aval parcial de uma nota promissria : A) simplesmente ineficaz. B) nulo. C) considerado no-escrito. D) vlido e eficaz.

Resposta: D

admitido o aval parcial da nota promissria, nos termos do art. 30 do Dec. 57.663/1966 (Lei Uniforme de Genebra).

44) (OAB-RJ/30. EXAME/2006) Para a validade do aval, dado no anverso de uma nota promissria: A) Torna-se indispensvel a concordncia expressa do avalizado; B) suficiente a simples assinatura do avalista; C) Dever constar se o aval pelo total da quantia expressa ou parcial; D) Dever ser inserida, expressamente, declarao firmada pelo credor concordando com a indicao do avalista.

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Resposta: B

O aval da nota promissria dado no anverso (frente) do ttulo considerado como resultante da simples assinatura do avalista, salvo se se tratar das assinaturas do sacado ou do sacador. Estes, para avalizarem o ttulo, devero apor a expresso bom para aval ou frmula equivalente (art. 31 do Decreto 57.663/1966).

45) (OAB-RJ/30. EXAME/2006) So requisitos da nota promissria, exceto: A) Expresso nota promissria e nome do beneficirio da promessa de pagamento; B) Aval e aceite; C) A promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada e data do pagamento; D) Expresso nota promissria e assinatura do subscritor.

Resposta: B

Os requisitos da nota promissria esto no art. 75 do Decreto 57.663/1966. De plano, nota-se que a letra B o gabarito, uma vez que no existe aceite na nota promissria, j que o subscritor o prprio devedor, e o aval no instituto obrigatrio nos ttulos de crdito.

6 AULA 05

46) (ESAF/ANALISTA JURDICO/SEFAZ/CE/2006) Reconhecida a crise da empresa, pode a administrao, com fundamento na Lei n. 11.101/2005, optar pela reorganizao judicial ou extrajudicial. Se escolher a primeira, a reorganizao judicial, pode-se afirmar que

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a) apenas alguns crditos ficaro sujeitos deliberao dos credores. b) a classificao dos credores em classes visa a unificar as deliberaes conforme a homogeneidade dos interesses em disputa. c) o devedor pretende manter a administrao da empresa. d) os credores esto obrigados a aceitar o plano de reorganizao apresentado pelo devedor dado que a empresa tem funo social e a preservao de postos de trabalho predomina sobre outros interesses. e) o plano elaborado pelo devedor parece oferecer aos credores soluo que facilita a recuperao dos crditos e a preservao de operaes em momento futuro.

Gabarito: E

A letra A est errada porque, na recuperao judicial, todos os crditos existentes na data do pedido, ainda que no vencidos, ficam sujeitos ao plano (art. 49 da Lei de Falncias LF). A letra B falsa porque as diversas classes de credores no possuem interesses homogneos, mas a Lei buscou estabelecer algumas garantias aos mais hipossuficientes, como os crditos trabalhistas e de acidente do trabalho. A letra C incorreta porque no se pode dizer que, na recuperao judicial, o devedor pretende manter a administrao da empresa. Ele pode apenas estar tentando ganhar tempo, antes da decretao da falncia. A letra D est errada porque os credores podem rejeitar o plano de reorganizao apresentado pelo devedor (art. 56, 4., da LF). Por fim, a letra E correta porque a recuperao judicial tem por objetivo viabilizar a superao da situao de crise econmico-financeira do devedor, a fim de permitir a manuteno da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a

preservao da empresa, sua funo social e o estmulo atividade econmica (art. 47 da LF).

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47) (ESAF/PFN/2007) A Lei n. 11.101/2005, que introduz no direito brasileiro a reorganizao das empresas em crise, com a conseqente revogao da concordata, seja a preventiva seja a suspensiva, visou: a) facilitar a continuao da atividade das empresas mercantis em crise. b) pretendeu facilitar a preservao de postos de trabalho nos casos de abalo no crdito que leva crise da empresa. c) enfatizar a importncia da tutela da circulao do crdito. d) apresentar nova forma de direito potestativo que atende ao interesse dos credores. e) permitir que os credores, aqueles sobre os quais recaem, de forma indireta, os efeitos da crise, sejam ouvidos.

Gabarito: E

Embora as letras de A a C no estejam erradas, a grande diferena entre a antiga concordata e a atual recuperao judicial a maior participao que os credores do empresrio tem em todo o processo, notadamente com a atuao da assembleia geral de credores na recuperao. Segundo a Lei de Falncias, qualquer credor poder manifestar ao juiz sua objeo ao plano de recuperao judicial (art. 55). Havendo tal objeo, o juiz convocar a assembleia geral de credores para deliberar sobre o plano (art. 56 da LF). A assembleia poder aprovar, modificar ou rejeitar o plano. Neste caso (rejeio), a falncia do devedor ser decretada (art. 56, 2. a 4., da LF). So atribuies da assemblia-geral de credores, na recuperao judicial, deliberar sobre (art. 35, I, da LF):

- aprovao, rejeio ou modificao do plano de recuperao judicial apresentado pelo devedor;

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- a constituio do Comit de Credores, a escolha de seus membros e sua substituio; - o pedido de desistncia do devedor; - o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor; - qualquer outra matria que possa afetar os interesses dos credores.

Por fim, a letra D falsa porque a recuperao judicial no um direito potestativo (direito que depende unicamente da vontade do titular para ser exercido) do devedor, pois depende da no-objeo do plano por nenhum credor ou da sua aprovao pela assembleia geral de credores.

48) (ESAF/AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL/RECIFE/2003) A decretao da falncia ocorre quando: a) o comerciante no tiver crdito na data do pedido. b) na impontualidade ou insolvabilidade do comerciante. c) em face do no pagamento de impostos apurado pela fiscalizao. d) na eventualidade de insolvabilidade do empresrio. e) no forem pagas dvidas garantidas por hipoteca.

Gabarito: B

Esta foi uma questo extremamente infeliz da Esaf e deveria ter sido anulada. A decretao da falncia pode ser requerida pelo prprio devedor (autofalncia) ou por terceiros. No primeiro caso, temos uma situao de insolvncia econmica ou insolvabilidade (ativo menor que passivo)

consumada ou iminente, verificada pela apresentao, pelo devedor, de suas demonstraes financeiras, livros contbeis, rol de credores e relao de bens e direitos (art. 105 da LF). Na segunda hiptese, basta a existncia da insolvncia jurdica ou presumida, em razo da ocorrncia de uma das

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situaes previstas na Lei como necessrias e suficientes para a decretao de falncia, quais sejam: impontualidade injustificada, execuo frustrada ou prtica de atos de falncia (art. 94 da LF). Ressalte-se que as hipteses que autorizam a decretao da falncia na Lei 11.101/2005 so as mesmas que j eram previstas no Decreto-Lei 7.661/1945 (antiga Lei de Falncias), que vigorava poca da questo em anlise.

Como se v, as letras B, D e E apresentam hipteses que podem dar ensejo ao pedido de falncia, razo pela qual a questo deveria ter sido anulada. A letra C, atualmente, no pode ser considerada correta, em funo do entendimento do STJ (REsp 1.103.405/MG) de que a Fazenda Pblica no autorizada a requerer a quebra do empresrio por dvidas tributrias, uma vez que, neste caso, existe uma ao especfica pra cobrana dos crditos: a execuo fiscal. E a letra A errada porque a decretao da falncia nada tem a ver com o fato de o comerciante ter ou no crdito na praa (confiana para obter emprstimos ou comprar a prazo).

49) (ESAF/AUDITOR TCE-PR/2003/ADAPTADA) O requerimento de falncia de empresrio ou sociedade empresria ser deferido, quando requerido a) por credor, com garantia real. b) com base em informao de que o empresrio deve requerer o benefcio da recuperao judicial. c) pela autoridade competente, ante o no-pagamento de tributos. d) pelo credor de obrigao a ttulo gratuito. e) por qualquer credor, com base em protesto do seu ttulo.

Gabarito: E

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A letra A errada porque no basta o credor possuir garantia real para requerer a falncia. Se o crdito ainda no estiver vencido, por exemplo, no poder ele exigir a falncia do devedor. A letra B falsa, pois o fato de o empresrio pretender requerer a recuperao judicial no autoriza o

requerimento de sua quebra. A letra C incorreta, pois, ante o nopagamento de tributos, deve ser promovida a execuo fiscal, no o pedido de falncia. A letra D errada porque as obrigaes a ttulo gratuito no so exigveis na falncia (art. 5., I, da LF). Por fim, a letra E o gabarito, pois o credor, para requerer a falncia com base em ttulo executivo, necessita realizar o protesto para fim falimentar.

50) (ESAF/PFN/2005-2006) Considerando a legislao vigente, assinale a opo correta. a) Na falncia, so exigveis as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperao judicial ou na falncia, incluindo as custas judiciais decorrentes de litgio contra o devedor. b) A decretao da falncia interrompe a prescrio. c) O administrador judicial ser remunerado em valores fixados pelo juiz, considerando o grau de complexidade do trabalho, entre outros itens, e, se substitudo durante o processo, ter sempre direito remunerao

proporcional ao trabalho realizado. d) Quem requerer a falncia de outrem por dolo ser condenado a indenizar o devedor, em ao prpria aps o trnsito em julgado da deciso que julgar improcedente o pedido de falncia. e) As microempresas e empresas de pequeno porte podero apresentar plano de recuperao judicial, que abranger apenas os crditos quirografrios.

Gabarito: E

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A letra A errada porque no so exigveis do devedor as despesas que os credores fizerem para tomar parte na falncia, salvo as custas judiciais decorrentes de litgio com o devedor (art. 5., II, da LF). A letra B falsa porque a decretao da falncia suspende (e no interrompe) a prescrio (art. 6. da LF).

A letra C tambm est errada. Embora a LF diga que o juiz fixar o valor e a forma de pagamento da remunerao do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes (art. 24 da LF), nem sempre o administrador ter direito remunerao proporcional se substitudo durante o processo. Vale lembrar que o administrador judicial deixa suas funes por substituio ou por destituio. No primeiro caso, ele deixa a funo por no se enquadrar nas exigncias da Lei, sem carter punitivo e ser remunerado

proporcionalmente ao trabalho realizado. Ocorre que, se houver renncia do administrador judicial, ele tambm ser substitudo, mas, neste caso, s haver remunerao pelo trabalho realizado se a renncia for fundamentada em relevante razo. J a destituio uma medida sancionadora aplicada ao administrador que no cumpre a contento seus deveres. O administrador judicial destitudo no ter direito remunerao pelo trabalho

desempenhado (art. 24, 3.,da LF).

A letra D incorreta porque aquele que por dolo requerer a falncia de outrem ser condenado a indenizar o devedor, na prpria sentena que julgar improcedente o pedido de falncia (e no em ao prpria), apurando-se as perdas e danos na fase de liquidao da sentena (art. 101 da LF). Por fim, a letra E o gabarito porque a Lei 11.101/2005 prev o plano especial de recuperao judicial para as microempresas e empresas de pequeno porte

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(art. 70 a 72), o abranger exclusivamente os crditos quirografrios (art. 71, I).

51) (ESAF/AFTN/TRIBUTAO E JULGAMENTO/1996/ADAPTADA) Em relao recuperao judicial, correto afirmar: a) atinge todas as dvidas do empresrio, exceto as que possuam garantia real b) se anterior ao pedido de falncia, pode ser requerida pelo empresrio; se posterior, pode ser requerida pelo empresrio ou por seus credores c) pode ser requerida por empresrios de fato, desde que no estejam proibidos de exercer empresa d) pode ser requerida por quem exera regularmente atividade empresarial h mais de dois anos e) provoca o vencimento antecipado de todas as dvidas do empresrio

Gabarito: D

A letra A est errada porque esto sujeitos recuperao judicial todos os crditos existentes na data do pedido, ainda que no vencidos (art. 49 da LF). A letra B falsa porque os credores no podem requerer a recuperao judicial do empresrio. Somente o prprio empresrio pode faz-lo (arts. 48 e 95 da LF), ou, se falecido, o cnjuge sobrevivente, os herdeiros, o inventariante ou o scio remanescente (art. 48, par. nico). A letra C incorreta porque somente o devedor que, no momento do pedido, exera regula