32
Aula 01 Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Professor: Wangney Ilco

Aula 01-Direito Comercial

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aula do curso exponencial concursos

Citation preview

  • Aula 01

    Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ

    Professor: Wangney Ilco

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 2 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Ol meus amigos e amigas! Futuros colegas Auditores. Tudo bem?

    Espero que sim. O que acharam de nossa aula demonstrativa? E o

    mtodo baseado em esquemas grficos e tabelas? Vou lhes dizer algo sobre a

    minha preparao em 2009 - o ano que passei para AFRE-RJ. Como relatei na

    aula demonstrativa, quando o edital saiu eu estava envolvido fora do RJ com

    problemas de sade em pessoa da famlia e j no estudava h algum tempo.

    No havia clima algum para eu voltar ao RJ e reiniciar os estudos. J havia

    decidido no prestar o concurso, quando fui convencido por uma amiga a

    fazer. Minha licena acabou e retornei ao RJ. Eu contava com pouco mais de

    45 dias at a prova. No tinha muito tempo, mas possua todo o material para

    estudar: livros, vdeos-aulas, aulas em PDF, resumos e cadernos. Tambm

    possua alguns esquemas grficos, tabelas e outros mtodos visuais

    guardados e mal utilizados. Descartei de pronto os livros. No havia tempo.

    Peguei meus cadernos e resumos e os aperfeioei, de modo que todos os dias

    antes de dormir teria que revisar em uma hora pelo menos 3 matrias.

    Tambm colei todos os meus esquemas visuais nas paredes do meu quarto.

    Eram cerca de 30 folhas coladas, com frmulas, grficos, tabelas das mais

    diversas disciplinas. Pelo menos uma vez ao dia eu passava os olhos naquelas

    folhas colocadas nas paredes. Durante o dia fazia muitos exerccios.

    Obviamente que eu j tinha uma base anterior, seja por livros, aulas em PDF

    ou presenciais. Porm, desde o tempo de Escola Naval (2003) que eu no

    estudava com tanto foco e da maneira correta: esquematizaes. Zero de vida

    social - desde os meus 18 anos que eu no ficava tanto tempo sem sair com

    os amigos e tomar uma cervejinha (hehehe). Porm, no final valeu muito a

    pena, com toda a certeza.

    Enfim, estou relatando isso para que os meus futuros colegas percebam

    que o MTODO DE ESTUDO e a ORGANIZAO fazem toda a diferena.

    Economiza-se tempo. Os resultados surgem com mais facilidade e eficincia.

    Hoje tenho a absoluta certeza que seu eu tivesse estudado desde o incio da

    forma que estudei nesses 45 dias, desconsiderando os obstculos particulares,

    as chances de ter passado ainda no primeiro concurso (jan/2008) seriam

    enormes. Mas, sei que tudo tem seu tempo. Colhemos o que plantamos!

    Enfim, agora, falando um pouco sobre a nossa aula de hoje, ela mais

    uma aula sobre o chamado Direito Societrio - parte mais cobrada em provas

    e engloba todo o estudo relacionado ao empresrio e sociedade empresria.

    Logo, uma importante parte que devemos percorrer rumo ao ICMS-RJ!

    Vamos l!?

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 3 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Assunto Pgina

    1- Registro da empresa 03

    2- Livros comerciais 08

    3- Nome empresarial 11

    4- Estabelecimento empresarial 14

    5- Questes Comentadas 19

    6- Lista de exerccios 28

    7- Gabarito 32

    Pessoal, neste tpico trataremos da regular inscrio da atividade

    empresarial perante os rgos pblicos, ok?

    Primeiramente, pergunto: Onde se d o registro da atividade

    empresarial? O registro da atividade empresarial ocorre no chamado

    Registro Pblico de Empresas Mercantis (sigla RPEM). Este rgo atua

    em todo o territrio nacional e dividido em:

    1- Registro da empresa

    Aula 01 - Registro da empresa. Livros comerciais. Nome

    empresarial. Estabelecimento empresarial.

    Se voc continuar a fazer o que sempre fez, vai continuar a conseguir o que sempre conseguiu.

    (Anthony Robbins)

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 4 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    1.1 Registro do Empresrio

    Deste modo, a INSCRIO DO EMPRESRIO no Registro Pblico de

    Empresas Mercantis de sua sede OBRIGATRIA, antes do incio de sua

    atividade (art. 967, CC).

    Tal ato de inscrio no RPEM apesar de ser obrigatrio no

    constitutivo da condio de empresrio ou sociedade empresria. A inscrio

    determinada pelo art. 967 do CC DECLARATRIA, resultando na

    REGULARIDADE da condio de empresrio, passando a estar regular

    perante a lei e apto a adquirir direitos e a contrair obrigaes. Como exemplo,

    poder se valer do benefcio da recuperao judicial por estar regular.

    Isto significa dizer que inscrio no RPEM no d a qualidade de

    empresrio, mas sim a sua regularidade. Assim, determinada atividade poder

    possuir todas as caractersticas e atributos de empresa, mas no estar inscrita

    no RPEM; logo estar irregular. Beleza? Vejamos o teor dos enunciados da

    Jornada de Direito Civil realizada pelo Conselho Federal da Justia (CFJ) que

    tratam deste tema:

    Registro Pblico das Empresas

    Mercantis (RPEM)

    Departamento Nacional de Registro de Comrcio -

    DNRC

    Funo SUPERVISORA, orientadora, normativa

    e tcnica.

    Juntas Comerciais

    Funo EXECUTORA E ADMINISTRADORA do servio de registro. rgo estadual com

    funo de natureza federal.

    Inscrio do

    empresrioObrigatrio

    Mas NO constitutivo

    Necessrio ter as qualidades de empresrio

    DeclaratrioRegularidadeperante a lei

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 5 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Enunciados esclarecedores, certo?! Vamos seguir em frente!

    Pergunto: como deve ser feita a inscrio do empresrio? Qual o

    procedimento? Bem, a inscrio se d atravs de requerimento contendo

    (art. 968):

    1) O seu NOME, nacionalidade, domiclio, estado civil e, se casado, o

    regime de bens;

    2) A FIRMA, com a respectiva assinatura autgrafa;

    3) O CAPITAL;

    4) O OBJETO e a SEDE da empresa.

    margem desta inscrio, deve ser averbada qualquer alterao

    relacionada s informaes nela constantes. Por exemplo, no caso de

    constituio de estabelecimento secundrio (sucursal, filial ou agncia), o

    empresrio deve averbar esta modificao no RPEM da sede da empresa.

    (FCC / JUIZ SUBSTITUTO-TJ-PE / 2011) correto

    afirmar que

    c) facultativa a inscrio do empresrio no Registro Pblico de Empresas

    Mercantis da sede respectiva, antes do incio de sua atividade.

    Comentrios

    A inscrio do empresrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis

    (RPEM) de sua sede OBRIGATRIA antes do inicio de sua atividade (art.

    967, CC). Logo a assertiva est incorreta pelo uso da palavra facultativa.

    1.2 Registro da Sociedade Empresria

    Meus caros, a prxima aula ser especificamente sobre as sociedades,

    onde trataremos acerca de sua definio, classificao e tipos. Porm neste

    momento, devemos falar sobre o seu registro, beleza? Logo, necessitamos

    adiantar que a sociedade divide-se em dois grandes grupos conforme exeram

    Enunciado 199

    Art. 967: A inscrio do empresrio ou sociedade empresria requisito

    delineador de sua regularidade, e no de sua caracterizao.

    Enunciado 198

    Art. 967: A inscrio do empresrio na Junta Comercial no requisito

    para a sua caracterizao, admitindo-se o exerccio da empresa sem tal

    providncia. O empresrio irregular rene os requisitos do art. 966,

    sujeitando-se s normas do Cdigo Civil e da legislao comercial, salvo

    naquilo em que forem incompatveis com a sua condio ou diante de

    expressa disposio em contrrio.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 6 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    ou no a atividade empresarial: SOCIEDADE EMPRESRIA e SOCIEDADE

    SIMPLES.

    Pois bem, por definio, a sociedade uma pessoa jurdica de direito

    privado que adquire personalidade jurdica com a inscrio dos seus atos

    constitutivos no registro prprio. neste momento que se d o

    nascimento da sociedade. Assim, os dois grupos de sociedades seguem a

    seguinte esquematizao em relao aos seus registros:

    Portanto, o nascimento das sociedades (e demais pessos jurdicas de

    direito privado) significa o incio de sua existncia legal. Ento, tal como

    ocorre para o empresrio, a inscrio dos atos constitutivos da sociedade no

    registro prprio (RPEM ou RCPJ) confere a REGULARIDADE sociedade, na

    forma da lei. Mais ainda: a sociedade adquire personalidade jurdica e

    poder exercer a sua atividade econmica de forma plena e regular.

    No entanto, o rito formal que deve ser observado pelas sociedades, bem

    como pelo empresrio (art. 1.151) o seguinte:

    Assim, o empresrio e a sociedade (simples ou empresria) devem

    apresentar os documentos necessrios ao registro no prazo de 30 (trinta)

    dias contados da lavratura dos atos. No caso de omisso ou demora, o

    scio ou qualquer interessado poder ir ao RPEM/RCPJ e efetuar o

    registro dos atos constitutivos, respondendo por perdas e danos aqueles

    obrigados a requerer o registro.

    SOCIEDADES

    SociedadeEmpresria

    RPEM

    (Junta Comercial)

    SociedadeSimples

    Registro Civil das Pessoas

    Jurdicas - RCPJ

    Lavratura (assinatura)

    dos atos constitutivos

    30 dias

    Prazo final para levar

    os atos ao registro

    Registro dos atos

    constitutivos

    Averbao pelo

    registro

    Regularidade

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 7 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Destaca-se que no caso do registro ocorrer alm do prazo de 30

    (trinta) dias, ele s produzir os efeitos prprios aps a concesso ou

    averbao pelo RPEM/RCPJ.

    1.3 Registro da atividade rural

    Ressalta-se, por fim, o caso da ATIVIDADE RURAL. Na aula passada

    mencionamos que aquele que exerce a atividade rural seria uma exceo

    teoria da empresa. Recordam? Bem, esta exceo deve-se ao fato de que

    opcional para aquele que exerce a atividade rural se sujeitar s regras

    prprias de quem empresrio. Vejamos como pode ser a inscrio da

    atividade rural:

    O mesmo serve para a sociedade que tenha por objeto o exerccio da

    atividade prpria de empresrio rural: PODER requerer inscrio no

    RPEM, sujeitando-se s regras da sociedade empresria.

    Em relao ainda ao empresrio rural e sua inscrio, est previsto

    no CC que a lei assegurar TRATAMENTO FAVORECIDO, DIFERENCIADO

    E SIMPLIFICADO ao empresrio rural. O mesmo ocorre para pequeno

    empresrio (art. 970). Sobre o pequeno empresrio, veremos na prxima

    aula, ok?

    (ESAF / AFRFB / 2009) A respeito do empresrio

    individual no mbito do direito comercial, marque a opo correta.

    a) O empresrio individual atua sob a forma de pessoa jurdica.

    b) Da inscrio do empresrio individual, constam o objeto e a sede da

    empresa.

    c) O analfabeto no pode registrar-se como empresrio individual.

    d) O empresrio, cuja atividade principal seja a rural, no pode registrar-se

    no Registro Pblico de Empresas.

    e) O empresrio individual registra uma razo social no Registro Pblico de

    Empresas.

    Comentrios

    A alternativa a) est incorreta, pois o empresrio individual pessoa

    natural ou fsica. Por sua vez, o art. 968 do CC determina os elementos que

    devem compor o requerimento de inscrio do empresrio. Entre eles esto o

    Atividade rural -principal profisso

    Registro Civil das Pessoas Jurdicas

    Opo - RPEM de sua sede

    Equipara-se ao empresrio

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 8 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    objeto e a sede da empresa. Logo, a letra b) est correta e o nosso

    gabarito.

    Analisando as demais questes, temos a letra c), que fala sobre a

    possibilidade de registro de analfabeto como empresrio individual. O art. 972

    do CC estabelece dois tipos de restries para o exerccio da atividade de

    empresrio (aula 00): 1- Estar em pleno gozo da capacidade civil; 2 - No

    estar impedido legalmente. Observamos que no h qualquer impedimento

    legal para que o analfabeto registre-se como empresrio. O analfabeto no

    est enquadrado nas situaes de incapacidade civil. Obviamente, ele poder

    constituir um procurador para o bom desempenho da atividade. Assim, o

    analfabeto pode sim registrar-se como empresrio, assim como o cego,

    por exemplo. Na prtica, muitas pessoas com pouca instruo, inclusive

    analfabetos, encontram-se a frente de atividades econmicas, podendo

    enquadrar-se como empresrio. Letra c) est incorreta.

    A letra d) est incorreta, por fora do art. 971 do CC, visto ser

    expressamente permitido o registro do empresrio rural no RPEM.

    Quanto a letra e), veremos mais adiante que o nome empresarial

    pode ser firma ou denominao. O empresrio individual registra a firma

    individual e no razo social. Incorreta.

    No exerccio de sua atividade, o empresrio e a sociedade DEVEM

    seguir a correta escriturao dos seus livros e assim manter a sua atividade

    REGULAR. Isso que dizer que a escriturao constitui a prova do

    exerccio regular da atividade empresarial, ok? Importa dizer ainda que

    todas as disposies previstas no Cdigo Civil e as que veremos aqui, tambm

    se aplicam s sucursais, filiais ou agncias, com SEDE no estrangeiro.

    Bem, a escriturao serve para provar a existncia das operaes, bem

    como para que os scios e o empresrio verifiquem e avaliem os efeitos

    econmicos da ao administrativa da empresa. No entanto, o PEQUENO

    EMPRESRIO EST DISPENSADO de manter um sistema de contabilidade

    completo (Art. 1.179, 2, CC). As suas obrigaes so simplificadas, mas

    existentes (escriturao).

    Pois bem, em sntese, verificamos as seguintes regras e obrigaes

    do empresrio e da sociedade empresria em relao escriturao dos livros

    comerciais com base no que diz o Cdigo Civil:

    2 Livros Comerciais

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 9 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    (ESAF / Auditor Fiscal-RN / 2005) A obrigao de manter

    a escriturao das operaes comerciais seja em livros seja de forma

    mecanizada, em fichas ou arquivos eletrnicos:

    a) serve para que, periodicamente, se apure a variao patrimonial.

    b) permite que se apure o cumprimento das obrigaes e sua regularidade.

    c) serve para preservar informaes de interesse dos scios das sociedades

    empresrias.

    d) constitui prova do exerccio regular de atividade empresria.

    e) facilita a organizao de balancetes mensais para prestao de contas aos

    scios.

    Comentrios

    De todas as alternativas apresentadas nessa questo, a nica que est

    de acordo com o que estudamos acerca da escriturao a letra d). Afinal, a

    atividade empresarial estar regular perante a lei nessas condies:

    registrar-se na Junta Comercial, manter escriturao regular de seus

    negcios e levantar demonstraes contbeis peridicas.

    Outra obrigao importante e que costuma ser cobrado em prova

    aquela referente ao livro Dirio. Vejamos:

    Empresrio e sociedade DEVEM

    Manter sistema de contabilidade

    Mecanizado ou no

    Realizar Escriturao uniforme dos livros

    Apresentar Balano patrimonial e resultado

    econmico

    Autenticar livros e fichas previamente no

    RPEM

    Conservar em boa guarda escriturao e

    documentos

    Pelo prazo decadencial ou prescricional dos

    atos

    LIVRO DIRIOPode ser substitudo

    por fichas

    Quando Escriturao mecanizada ou

    eletrnica

    Pode ser substitudopelo livro

    Balancetes Dirios e Balanos

    Quando sistema de fichas de lanamento

    indispensvel

    Pequeno

    empresrio -

    DISPENSADO

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 10 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    (FGV / ICMS-RJ / 2010) Com relao aos livros

    comerciais, desconsiderando a categoria dos micro-empresrios e empresrios

    de pequeno porte, o livro Dirio, ou os instrumentos contbeis que

    legalmente o substituem (as fichas de lanamentos e o livro Balancetes

    Dirios e Balanos), o nico livro de escriturao obrigatria para todos os

    empresrios.

    Comentrios

    Conforme preconizado no art. 1.180 do CC, o nico livro obrigatrio

    para todos os empresrios o Dirio.

    No mais, h consequncias para a falta de escriturao dos livros

    comerciais, como crime falimentar (art. 178, Lei 11.101/05) e a no obteno

    do benefcio da recuperao judicial (art. 51, Lei 11.101/05).

    2.1 Sigilo dos livros comerciais

    Bem, eu diria que esta a parte mais importante com relao aos livros

    e escriturao comercial. O esquema abaixo engloba as possibilidades de

    QUEBRA DO SIGILO DOS LIVROS COMERCIAIS:

    Para complementar o esquema acima, importante termos ateno s

    sumulas do STF:

    Sigilo dos livros

    Regra geral

    (art. 1.190, CC)

    Garantido o sigilo total

    Autoridade, juiz ou tribunal NO podem verificar as

    formalidades legais.

    Autoridades Fazendrias

    (art. 1.193, CC e 195, CTN)

    Exame total ou parcial da escriturao para verificar o

    pagamento do imposto.

    STF: limita o exame aos pontos objeto da investigao.

    EXIBIO TOTAL: JUDICIAL

    requerimento da parte (art. 1.191,CC)

    Sucesso, comunho ou sociedade, falncia e

    administrao ou gesto conta de outrem

    Liquidao da sociedade ou sucesso por morte do scio

    (art. 381, CPC)

    EXIBIO PARCIAL

    (art.1.191,1, CC)

    Juiz ou tribunal, de ofcio ou a requerimento - somente os

    pontos que interessar ao litgio. (art. 382, CPC)

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 11 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Logo, observemos que tanto o sigilo quanto o exame dos livros

    comerciais no so direitos absolutos. Por fim, devemos saber que os livros

    comerciais tm fora probante relativa, j que eles admitem prova em

    contrrio. Assim, os livros comerciais fazem prova a favor e contra o seu

    titular, sendo lcito a demonstrao por todos os meios admitidos em direito

    de que os lanamentos no correspondem s verdades dos fatos.

    (FGV / JUIZ SUBSTITUTO-TJ-PA / 2007) O direito de

    sigilo dos livros comerciais pode ser quebrado:

    a) apenas em demanda judicial que envolva os interesses da Unio.

    b) apenas quando a demanda judicial envolver, pelo menos, dois empresrios.

    c) quando houver requerimento de falncia ou recuperao judicial.

    d) se houver requerimento administrativo assinado pelo interessado.

    e) apenas quando houver crime fiscal.

    Comentrios

    A questo fica fcil ao compararmos com o nosso esquema acima sobre

    o sigilo dos livros, no mesmo? Assim, a regra geral o sigilo dos livros

    comerciais. A exceo: autoridades fazendrias e ordem judicial. Porm,

    judicialmente deve ser motivada, conforme os casos apresentados no

    esquema. Dentre as situaes motivadoras temos a falncia. Logo, a nica

    alternativa que atende ao enunciado a letra c).

    Ento! Vamos seguir em frente!

    Tal como ocorre para as pessoas naturais, a pessoa jurdica tem direito

    ao nome. Assim, atravs de seu nome que a empresa realiza negcios com

    clientes e credores, obrigando-se juridicamente perante terceiros. Deste

    modo, o nome empresarial pode ser dividido nas seguintes espcies: FIRMA

    e DENOMINAO. A firma ainda pode se dividir em: individual e social.

    3 Nome empresarial

    Smula 390: A exibio judicial de livros comerciais pode ser requerida

    como medida preventiva.

    Smula 260: O exame de livros comerciais, em ao judicial, fica

    limitado s transaes entre os litigantes.

    Smula 439: Esto sujeitos fiscalizao tributria ou previdenciria

    quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da

    investigao.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 12 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Quando tratar-se de EMPRESRIO INDIVIDUAL, usaremos a FIRMA

    INDIVIDUAL. Quando tratar-se de SOCIEDADE usaremos a expresso

    FIRMA SOCIAL (ou firma coletiva ou razo social).

    Importa destacar que a lei confere ao nome da sociedade simples,

    associao e fundao a mesma proteo do nome empresarial.

    Abaixo vamos detalhar cada tipo de nome empresarial:

    FIRMA INDIVIDUAL formada pelo nome civil, de forma completa ou

    abreviada, seguida opcionalmente de designao mais precisa da sua

    pessoa ou do gnero de sua atividade. Exemplo: Carlos Eduardo / Carlos

    Eduardo Automveis / C E Automveis.

    FIRMA OU RAZO SOCIAL usada para sociedades. Semelhante

    firma individual. Formada pelo nome civil de um ou mais scios. Exemplo:

    Andr Neves, Antnio Jorge e Vincius Milagre Bar e Restaurante / Andr

    Neves e companhia / Andr Neves & Cia.

    DENOMINAO formada por expresso ou nome fantasia e,

    obrigatoriamente, por expresso indicativa do objeto social (ramo de

    atividade). permitido o uso do nome de um ou mais scios. Lembrando

    que a denominao somente usada em caso de sociedade.

    Exemplo: Nery e Cohen Tecidos Ltda.; Flamengo Carros S/A / Companhia

    Flamengo de Carros.

    Na tabela abaixo relacionamos cada nome empresarial com os tipos

    societrios e empresrio individual. Lembrando que trataremos de cada tipo

    societrio em nossa prxima aula, ok?

    Tipo Societrio Espcie Exemplo

    Empresrio Individual

    Firma Andr Neves

    Sociedade Simples Razo social ou Denominao A N Flores

    Sociedade em nome coletivo

    Razo social Andr e Vincius Flores; ou Andr, Vincios & Cia.

    Sociedade Comandita Simples

    Razo social (apenas o comandidato aparece no nome)

    Antnio & Companhia

    Sociedade Limitada Razo social ou Denominao Transportes FLA LTDA

    Comandita por ao Razo social ou Denominao Bar do Bu comanditas por aes

    Micro Empresa e Empresa de Pequeno

    Porte

    Razo social ou Denominao

    Sociedade Annima Denominao (vedado o uso de companhia ou Cia. no final

    da denominao)

    Companhia do Rio de Janeiro ou Cia do Rio de

    Janeiro ou Rio de Janeiro S/A ou Rio de Janeiro

    Sociedade Annima

    Cooperativas Denominao Cooperativa dos Concurseiros do Brasil

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 13 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Obs1: a Sociedade em conta de participao no possui nome empresarial

    (art. 1.162).

    Obs2: Micro empresa e Empresa de pequeno porte usa firma ou

    denominao + ME ou EPP + objeto da sociedade (facultativo) art. 72 da

    LC 123;

    Obs3: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI):

    firma ou denominao + expresso EIRELI. Tambm, pode se enquadrar

    como ME ou EPP, neste caso o nome empresarial fica desta forma: firma ou

    denominao + EIRELI + ME ou EPP.

    Nota: esta nova modalidade societria foi criada atravs da Lei

    n 12.441, de 11 de julho de 2011. J temos questes

    fresquinhas sobre EIRELI, que trataremos em aula prpria.

    Bem pessoal, sei que inicialmente saber qual tipo de nome empresarial

    adotado por determinado tipo de sociedade pode parecer confuso. Mas no

    . Vocs vero! Com o tempo e pacincia, este tema estar tranquilo em suas

    cabeas.

    Ainda em relao ao NOME EMPRESARIAL, importante assimilarmos as

    regras na tabela abaixo e que constam no Cdigo Civil.

    PROTEO mbito ESTADUAL Junta Comercial (JC)

    PRINCPIO DA VERACIDADE

    NO pode conter informaes falsas.

    NO pode conter scio falecido ou excludo ou

    se retirado.

    PRINCPIO DA NOVIDADE Deve ser nico no registro (JC)

    EXTINO DO NOME

    Requerimento de qualquer interessado

    Encerramento da atividade

    Liquidao

    OMISSO da expresso

    LTDA

    Responsabilidade solidria e ilimitada dos

    administradores pelo ato de omitir.

    Prosseguindo, devemos atentar para o fato de que o uso incorreto do

    nome empresarial pode acarretar responsabilidades, como no caso da omisso

    da expresso LTDA na sociedade limitada, conforme acima na tabela. Nesta

    mesma linha, as sociedades que possuem scios de responsabilidade

    ilimitada (sociedade em nome coletivo e sociedade em comandita simples)

    devem usar a firma (razo social), sendo que somente o scio de

    responsabilidade ilimitada pode aparecer na firma, ok? Na esquematizao

    abaixo podemos entender melhor este aspecto da responsabilidade social em

    relao ao nome empresarial (art. 1.157).

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 14 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Bem, agora para fecharmos o assunto nome empresarial, devemos

    saber da seguinte REGRA: o nome empresarial no pode ser objeto de

    alienao, EXCETO se por ato entre vivos o contrato de trespasse

    (contrato de alienao do estabelecimento empresarial) permitir. Neste caso,

    o adquirente do estabelecimento PODE utilizar o nome do alienante precedido

    de seu prprio nome, com a qualificao de sucessor.

    Exemplo: Renata Almeida Calados adquire o estabelecimento

    empresarial de Valria Teixeira Bolsas, passando a se chamar Renata Almeida

    Calados, sucessor de Valria Teixeira Bolsas. Ou seja, de forma isolada, o

    nome empresarial NO pode ser alienado.

    (ESAF / Auditor Fiscal do Trabalho / 2010) Assinale, a

    seguir, a sociedade que s pode adotar denominao social.

    a) Companhia.

    b) Sociedade em nome coletivo.

    c) Sociedade Limitada.

    d) Sociedade em conta de participao.

    e) Sociedade em comum.

    Comentrios

    De acordo com o nossa esquema de nome empresarial acima, a

    sociedade annima, tambm conhecida por companhia, s pode utilizar

    denominao. Gabarito a letra a). O art. 1.160 do CC preconiza essa

    situao. Ressalto, ainda, que na denominao PODE constar o nome do

    fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom xito da

    formao da empresa.

    Este um importante tema; muito cobrado em prova!

    Bem, na aula passada estudamos a Teoria dos Perfis de Empresa (Prof.

    Asquini), lembram? Portanto, devem lembrar que o estabelecimento

    Sociedade - scio c/ responsabilidade

    ILIMITADAFirma social

    SOMENTE o nome do scio c/ resp.

    ILIMITADA na firma

    Se outro figurar no nome > responde

    SOLIDRIA e ILIMITADAMENTE

    4 Estabelecimento Empresarial

    Obrigatrio

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 15 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    empresarial diz respeito ao Perfil Objetivo ou Patrimonial, certo? Assim,

    podemos definir o Estabelecimento Empresarial:

    Assim, podemos entender o Estabelecimento Empresarial como

    sendo o COMPLEXO DE BENS ORGANIZADO para o exerccio da empresa

    (art. 1.142, CC), sendo ELEMENTO ESSENCIAL para o exerccio da

    atividade. formado, ainda, por BENS CORPREOS (tangvel) e

    INCORPREOS (intangvel).

    Vale destacar que o Estabelecimento Empresarial possui NATUREZA

    JURDICA caracterizada por uma UNIVERSALIDADE DE FATO - pluralidade

    de bens singulares que, pertinentes mesma pessoa, tenha destinao

    unitria (art. 90, CC), sendo, deste modo, OBJETO UNITRIO de direitos e

    negcios jurdicos, translativos ou constitutivos.

    Outro assunto recorrente em questes acerca dos atributos do

    estabelecimento:

    ATENO!!! Alguns autores consideram que fundo de comrcio e aviamento

    so sinnimos do estabelecimento empresarial. Alm disso, ainda poder vir

    numa questo a expresso goodwill of a trade significando o valor agregado

    ou sobrevalor ou mais valia do conjunto de bens do empresrio em

    relao soma dos valores individuais, relacionado expectativa de

    lucros futuros (CESPE/Juiz-PI/2007). Portanto, ateno a essas

    expresses conforme o contexto na questo.

    ATRIBUTOS do estabelecimento empresarial

    FUNDO DE COMRCIO capacidade que os bens do estabelecimento tm de,

    uma vez vendidos em conjunto, gerarem um lucro maior do que teriam

    se fossem vendidos isoladamente.

    AVIAMENTO aptido da empresa em produzir lucros

    decorrentes de sua organizao.

    Estabelecimento empresarial o CONJUNTO DE BENS

    reunidos pelo empresrio para a explorao de sua

    atividade econmica. (Fabio Ulhoa Coelho).

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 16 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    4.1 - Trespasse

    Outro importante tema relacionado ao estabelecimento empresarial diz

    respeito ao TRESPASSE. A, surge a pergunta: que troo esse de trespasse?

    Embora no haja um conceito legal, vejamos luz da doutrina e

    jurisprudncia:

    Ento, o que vai nos interessar so as circunstncias e consequncias

    que envolvem a transferncia do estabelecimento empresarial. Observemos o

    esquema abaixo.

    Podemos notar que as condies para a eficcia da alienao so

    verdadeiras protees aos credores do alienante.

    Assim, efetuada a alienao do estabelecimento e caso haja DBITOS

    anteriores transferncia, o adquirente RESPONDE por eles, desde que

    estejam regularmente contabilizados. Porm, o alienante (devedor

    TRANSFERNCIAdo estabelecimento

    empresarial

    Alienao, usufruto ou

    arrendamento

    S produz efeitos perante TERCEIROS aps averbado

    no RPEM e publicao oficial.

    Tem validade mesmo antes de averbado e publicado

    Eficcia daalienaodepende:

    Do pagamento de todos os credores

    Ou do consentimento dos credores em 30 dias aps

    notificados

    Ou do silncio dos credoresaps 30 dias da notificao

    TRESPASSE: o contrato comercial inter-vivos pelo

    qual a titularidade do estabelecimento empresarial

    transferida de forma definitiva.

    CLIENTELA a doutrina majoritria considera que a clientela NO

    pode ser considerada como ELEMENTO DO ESTABELECIMENTO

    EMPRESARIAL, j que no pode ser quantificada ou mensurada.

    Assim, no pode ser objeto de alienao isolada, pois s existe

    enquanto a empresa estiver em funcionamento. Alm disso, o

    empresrio no proprietrio de seus clientes.

    Se no restarem ao alienante

    bens suficientes.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 17 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    primitivo) continua a responder SOLIDARIAMENTE ao adquirente por 1

    (um) ano contado da publicao do contrato de venda do estabelecimento

    pelos dbitos vencidos e, da data do vencimento, dos outros dbitos, tambm

    por um ano (art. 1.146, CC). Portanto, a SOLIDARIEDADE entre o

    alienante e o adquirente, pelos dbitos do estabelecimento, possui o

    durao de 1 (um) ano, nesses termos:

    E quanto aos CRDITOS existentes no momento do trespasse? Bem,

    neste caso, os crditos so tambm transferidos e seus respectivos

    devedores estaro afetados pelo trespasse. Isso s no ocorre se o

    devedor, agindo de boa f, pagar seus dbitos ao antigo proprietrio

    (cedente). Ok? Beleza?

    Outra consequncia do trespasse diz respeito possibilidade de

    concorrncia por parte do alienante ou cedente aps a transferncia. Como

    regra, proibido ao alienante ou cedente do estabelecimento

    empresarial fazer concorrncia ao adquirente. Somente no caso de

    alienao permitida a CONCORRNCIA, nos seguintes termos:

    E quanto aos contratos em vigor no momento do trespasse? Bem,

    salvo disposio em contrrio, o adquirente poder assumir (sub-rogao) os

    contratos que no tiverem carter pessoal. Sendo que, os terceiros podem

    rescindir o contrato em 90 (noventa) dias contados da publicao da

    transferncia, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a

    responsabilidade do alienante. Ento, ocorrendo o trespasse, as partes

    podem tratar e estabelecer disposies sobre os contratos afetos ao

    estabelecimento. Porm, caso no tratem desse assunto, o CC trata.

    Resumindo:

    Quanto aos dbitosj vencidos

    Contado da data da publicao do

    trespasse.

    Quanto aos outros dbitos

    (vincendos)

    Contado da data de seu vencimento.

    ALIENAO

    Adquirente precisa autorizar expressamente;

    Ou o alienante pode fazer concorrncia aps 5 anos da

    transferncia

    Usufruto ou arrendamento

    Proibida enquanto durar o contrato de usufruto ou

    arrendamento, obviamente.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 18 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    CONTRATOS Alienante e adquirente acertam entre si;

    Contrato de carter pessoal adquirente NO ASSUME;

    RESCISO de contratos at 90 dias de publicado a transferncia

    em caso de justa causa.

    Obs.: CONTRATO DE LOCAO do ponto comercial no se transmite

    automaticamente ao adquirente por conta do trespasse do estabelecimento

    empresarial.

    (ESAF / ISS-RJ / 2010) Quanto ao estabelecimento

    empresarial, marque o opo incorreta.

    a) Pode o estabelecimento ser objeto unitrio de direitos e de negcios

    jurdicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatveis com a sua

    natureza.

    b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos

    anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados.

    c) A cesso dos crditos referentes ao estabelecimento transferido produzir

    efeito em relao aos respectivos devedores, desde o momento da

    publicao da transferncia, mas o devedor ficar exonerado se de boa-f

    pagar ao cedente.

    d) Salvo disposio expressa em contrrio, o alienante do estabelecimento

    pode fazer concorrncia ao adquirente.

    e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para

    exerccio da empresa, por empresrio ou por sociedade empresria.

    Comentrios

    Questo que pede a alternativa incorreta. A letra a) est expressa de

    forma literal no art. 1143 do CC, representando o estabelecimento empresarial

    um objeto unitrio. A letra b) est correta, conforme art. 1146 do CC. J a

    letra c) est correta, nos termos do art. 1149 do CC. A letra d) a nossa

    resposta, estando incorreta, devido ao fato de ser proibido o alienante fazer

    concorrncia ao adquirente do estabelecimento pelo prazo de cinco anos, salvo

    autorizao expressa (art. 1147). E a letra e), traz a definio de

    estabelecimento empresarial, conforme o art. 1142.

    Bem, meus amigos e amigas, chegamos ao final de nossa aula 01. Se

    tiverem dvidas s falar (ou escrever RS). Nosso frum para isso, beleza?

    Fora nos estudos, concentrao, organizao, disciplina e mtodo!

    No final, tudo dar certo! Deixo aqui uma lista de questes para

    exercitarmos! Forte abrao! Wangney

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 19 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    1. (FCC / DEFENSOR PUBLICO-SP / 2009) Para que uma pessoa possa ser

    reputada empresria tem-se que verificar sua inscrio perante o Registro

    Pblico de Empresas Mercantis.

    Comentrios

    Conforme a teoria da empresa, para que uma pessoa seja considerada

    empresria ela deve reunir os atributos e caractersticas tpicas da atividade

    empresarial. Assim, a inscrio perante o RPEM apenas DECLARATRIA da

    condio de empresrio, ou seja, da sua regularidade. Assertiva incorreta.

    2. (FCC / JUIZ SUBSTITUTO-TJ-PE / 2011) correto afirmar que a lei

    assegurar tratamento isonmico ao empresrio rural e ao pequeno

    empresrio, quanto inscrio empresarial e aos efeitos dela decorrentes.

    Comentrios

    Pessoal, a banca trocou palavras e aparentemente pode parecer que a

    afirmativa correta. Lendo rpido podemos nos equivocar. Na verdade, o que

    est previsto o tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao

    empresrio rural e ao pequeno empresrio com relao a sua inscrio e seus

    efeitos. assim que est previsto no art. 970 do CC. A palavra isonmico

    deixa a afirmativa incorreta. Gabarito: Incorreta

    3. (FCC / OAB-SP / 2005) O Departamento Nacional do Registro do

    Comrcio - DNRC responsvel:

    a) pelo arquivamento dos atos constitutivos das sociedades empresrias e

    inscrio de empresrios individuais.

    b) pela elaborao de normas procedimentais de arquivamento de atos de

    sociedades empresrias.

    c) pela fiscalizao da regularidade de exerccio da atividade empresria por

    pessoas jurdicas.

    d) pela aprovao e matrcula de tradutores juramentados, intrpretes,

    leiloeiros, corretores e trapicheiros.

    Comentrios

    Como vimos, o Registro Pblico de Empresas Mercantis (RPEM)

    composto pelo Departamento Nacional de Registro de Comrcio (DNRC) e

    Juntas Comerciais. A letra b) a nica alternativa que representa uma ao

    normativa relacionada atividade de registro de empresas e finalidade do

    DNRC. Portanto, esta a nossa resposta. As demais alternativas referem-se

    atividade atribuda s Juntas Comerciais e esto previstas na Lei 8.934/94 que

    5- Questes Comentadas

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 20 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    rege o RPEM. Porm, no vejo necessidade de nos aprofundarmos no estudo

    do RPEM, seus rgos e funes, porque significaria estudar detalhadamente a

    Lei 8.934/94. Isso, no meu ponto de vista, no seria muito recomendvel,

    considerando o enorme programa de Comercial. Gabarito: B

    4. (FCC / PROCURADOR-TCE-PI / 2005) Alm de dar a designao da

    sociedade, compe-se por nomes de scios que so ilimitadamente

    responsveis pelas obrigaes societrias:

    a) marca.

    b) denominao.

    c) firma.

    d) ttulo de estabelecimento.

    e) aviamento.

    Comentrios

    Embora no muito claro, o enunciado refere-se ao nome empresarial.

    Ento, temos duas opes: firma ou denominao. As demais alternativas so

    descartveis. O enunciado tambm afirma que a espcie de nome empresarial

    em questo composta dos nomes dos scios que so ilimitadamente

    responsveis pelas obrigaes da sociedade. Por regra prevista no art. 1.157

    do CC, aquela sociedade que possui scios de responsabilidade

    ilimitada operar sob FIRMA. Logo, a alternativa correta a letra C.

    Gabarito: C

    5. (FCC / PROMOTOR-MPE-AP / 2006) Sabendo-se que uma empresa

    pode adotar nome comercial do tipo firma individual, firma social e

    denominao, assinale a alternativa correta entre os seguintes nomes

    comerciais:

    a) Vivante Tecidos S.A (firma social);

    b) Refinaria de Petrleo do Brasil LTDA (denominao);

    c) Pereira, Alves e Cia (firma individual);

    d) Cia de Tecidos da Amaznia (firma social).

    Comentrios

    Bem, por esta questo podemos concluir que a nossa banca, FCC, adota

    como espcies de nome empresarial: a firma individual, firma social e

    denominao. Lembrando apenas que a FIRMA pode ser individual ou social

    (coletiva). Vamos s alternativas!

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 21 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    a) Alternativa refere-se a uma sociedade annima, portanto deve adotar

    DENOMINAO. A expresso S.A. designa uma sociedade annima.

    Portanto, a alternativa est incorreta.

    b) Alternativa apresenta uma sociedade do tipo limitada, portanto pode

    adotar firma ou denominao. No caso, trata-se de uma denominao,

    portanto a alternativa est correta.

    c) A espcie de nome empresarial apresentado nesta alternativa a firma

    social ou coletiva, por figurar mais de um nome de scio e pela expresso

    Cia. Logo est incorreta.

    d) Alternativa trata de uma sociedade annima, por adotar a denominao e

    a expresso Cia, representando uma companhia. Alternativa incorreta.

    Gabarito: B

    6. (ESAF / PROCURADOR-BACEN / 2009) A sociedade annima opera sob

    firma ou razo social, sempre designativa do objeto social e integrada pelas

    expresses sociedade annima ou companhia, por extenso ou

    abreviadamente.

    Comentrios

    Pela simples observao do nosso quadro de nome empresarial,

    conclumos que esta assertiva est incorreta, pois a sociedade annima

    opera somente por DENOMINAO designativa do objeto social. Essa

    a disposio presente no art. 1160 do CC. Gabarito: Incorreta

    7. (CESPE / PROCURADOR-TCE-BA / 2010) As disposies relativas

    escriturao previstas no Cdigo Civil no se aplicam s sucursais, filiais ou

    agncias no Brasil de empresrio ou sociedade com sede em pas estrangeiro.

    Comentrios

    Obviamente que as empresas que atuam no pas devem se sujeitar s

    suas leis. Assim, as disposies previstas sobre escriturao tambm se

    aplicam s sucursais, filiais ou agencias com sede no estrangeiro, por fora do

    art. 1.195 do CC. Gabarito: Incorreta

    8. (CESPE / ICMS-ES / 2013) Em relao empresa, ao estabelecimento

    comercial e ao nome empresarial, assinale a opo correta.

    a) Empresrio que se tornar absolutamente incapaz no poder continuar a

    empresa.

    b) Para a eficcia do trespasse, necessrio o pagamento de todas as dvidas

    ou o prvio consentimento dos credores, salvo na hiptese de o alienante

    permanecer solvente aps a alienao.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 22 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    c) A sede do estabelecimento comercial necessria ao desempenho da

    atividade empresarial, por isso ela no pode ser objeto de penhora.

    d) Se o scio que tiver emprestado seu nome civil composio do nome

    empresarial for retirado da sociedade, no ser necessria a alterao da

    firma da referida sociedade limitada.

    e) O conceito de empresrio abrange o exerccio episdico da produo de

    certa mercadoria destinada venda no mercado.

    Comentrios

    a) Incorreta. Vimos em nossa aula 00 que para exercer a atividade

    empresarial o empresrio necessita estar civilmente capaz. Porm, esta

    regra fica afastada na forma prevista no art. 974, CC: incapacidade

    superveniente do empresrio e sucesso causa mortis.

    b) Correta. Art. 1.145 do CC. Lembrando que o consentimento dos credores

    deve ser expresso em at 30, aps notificados, ou tcito, no caso do silncio

    deles.

    c) Incorreta. Esta alternativa cobrou o conhecimento da smula n 451 do

    STJ, que permite a penhora da sede do estabelecimento comercial.

    d) Incorreta, pois necessria a alterao do nome empresarial, conforme o

    princpio da veracidade e art. 1.165, CC.

    e) Incorreta. Pela teoria da empresa adotada pelo CC de 2002, para ser

    considerado empresrio a pessoa deve exercer a atividade econmica

    profissionalmente de forma organizada para a produo ou a circulao de

    bens ou de servios. O modo profissional pressupe o exerccio habitual e

    estvel da atividade. Logo o termo episdico afasta a teoria da empresa

    por remeter a ideia de espordica, mesmo destinada ao mercado. Ressalta-se

    que uma atividade sazonal empresria, j que pressupe o exerccio

    habitual em certas estaes do ano, por exemplo. Gabarito: B

    9. (CESPE / PROCURADOR-AGU / 2010) Srgio, administrador da pessoa

    jurdica Gama Ltda., celebrou contrato em nome dessa pessoa jurdica com a

    pessoa jurdica Delta Ltda. e, no respectivo instrumento, aps a firma de

    Gama, omitindo tanto a palavra limitada como a sua abreviatura. Nessa

    situao, a omisso deve ser considerada mero erro material e no ensejar

    nenhuma repercusso jurdica.

    Comentrios

    A omisso da palavra limitada e de sua abreviatura tem como resultado

    a RESPONSABILIDADE SOLIDRIA E ILIMITADA dos administradores que

    praticaram a referida omisso, no caso Srgio. Ento, tem repercusso

    jurdica (art. 1.158, 3). Gabarito: Incorreta

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 23 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    10. (CESPE / PROCURADOR-AGU / 2010) Marcos exerce atividade rural

    como sua principal profisso. Nessa situao, Marcos poder requerer,

    observadas as formalidades legais, sua inscrio perante o Registro Pblico de

    Empresas Mercantis da respectiva sede, equiparando-se, aps a sua inscrio,

    ao empresrio sujeito a registro.

    Comentrios

    exatamente o que vimos no incio da aula de hoje. A pessoa ou a

    sociedade que exercer atividade rural tem a opo de inscrever-se tanto no

    RCPJ quanto no RPEM, conforme previsto nos arts. 971 e 984 do CC. Optando

    pelo RPEM, ser equiparado ao empresrio sujeito a registro. Gabarito:

    Correta

    11. (ESAF / PROCURADOR-BACEN / 2009) Mesmo que o empresrio

    adote o sistema de fichas de lanamentos, o livro dirio, por ser obrigatrio,

    no pode ser substitudo pelo livro balancetes dirios e balanos, ainda que

    observadas as mesmas formalidades extrnsecas exigidas para aquele.

    Comentrios

    Afirmativa incorreta conforme vimos na questo anterior. Afinal, h a

    possibilidade de substituio do livro dirio pelo livro Balancetes Dirios e

    Balanos, no caso do empresrio ou da sociedade empresria adotar o sistema

    de fichas de lanamentos. Gabarito: Incorreta

    12. (FCC / OAB-SP / 2005) Quanto alienao de um estabelecimento

    comercial, pode-se afirmar que

    a) no possvel por se tratar de patrimnio indisponvel de uma sociedade

    empresria.

    b) implica o impedimento de o alienante fazer concorrncia ao adquirente, no

    prazo de 05 anos subseqentes transferncia, salvo se tal condio tiver

    sido expressamente dispensada pelo adquirente.

    c) o adquirente do estabelecimento no ficar sub-rogado no pagamento das

    dvidas anteriores alienao.

    d) o adquirente ficar sub-rogado nos crditos referentes ao estabelecimento,

    independentemente da publicao da transferncia.

    Comentrios

    a) Incorreta. Afinal, j vimos vrios dispositivos que tratam da alienao do

    estabelecimento empresarial.

    b) Esta a nossa resposta. Alternativa de acordo com o art. 1.147 do CC.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 24 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    Art. 1.147. No havendo autorizao expressa, o alienante do

    estabelecimento no pode fazer concorrncia ao adquirente,

    nos cinco anos subseqentes transferncia.

    c) Esta alternativa vai de encontro com o preconizado no Cdigo Civil, que

    determinada ao adquirente a sub-rogao (obrigado a dvida do devedor

    original) do pagamento dos dbitos anteriores transferncia, desde que

    regularmente contabilizados (art. 1146). Portanto, a afirmativa est incorreta,

    j que o adquirente responder pelos dbitos anteriores ao trespasse desde

    que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo

    solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos crditos

    vencidos, da publicao, e, quanto aos outros, da data do vencimento.

    d) A alternativa est incorreta, visto a necessidade da publicao da

    transferncia para tornar eficaz a cesso dos crditos. O art. 1149 do CC trata

    do tema: A cesso dos crditos referentes ao estabelecimento transferido

    produzir efeito em relao aos respectivos devedores, desde o momento da

    publicao da transferncia, mas o devedor ficar exonerado se de boa-f

    pagar ao cedente. Gabarito: B

    13. (FCC / PROMOTOR-MPE-AP / 2006) Assinale a alternativa correta:

    a) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos

    anteriores transferncia, desde que estejam regularmente contabilizados,

    sendo que, a responsabilidade do credor primitivo permanecer pelo prazo

    de um ano, a contar da publicao da transferncia, quando se referir a

    crditos vencidos, ou a contar da data do vencimento da dvida, quando se

    tratar de outros crditos;

    b) O estabelecimento comercial composto por bens corpreos e incorpreos,

    sendo um complexo de bens organizados, podendo ser descentralizados,

    desde que com o mesmo valor econmico que se traduz em um sobrepreo

    do estabelecimento cujo valor agregado d-se o nome de AVIAMENTO;

    c) O fundo de comrcio o conjunto de bens corpreos e incorpreos operado

    pelo empresrio, sendo sujeito de direito, portanto, tendo poder para

    ingressar em juzo na defesa de seus interesses;

    d) A natureza jurdica do estabelecimento empresarial uma universalidade

    de direito.

    Comentrios

    a) Alternativa literal ao art. 1146, e, portanto, correta.

    b) A redao desta alternativa est meio confusa, porm devemos entender

    que ela na essncia est cobrando o entendimento acerca do aviamento,

    beleza? O erro est no desde que com o mesmo valor econmico no

    existe este condicionante. Portanto, considerando o conceito de

    estabelecimento comercial e de aviamento tratados nesta aula, a alternativa

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 25 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    est incorreta, visto que o estabelecimento comercial pode ser descentralizado

    e o empresrio manter, alm da sua sede, filiais ou sucursais ou agncias,

    contudo quando separados no tero o mesmo valor econmico quando

    reunidos, como vimos. Assim, no h essa condio de terem o mesmo valor

    econmico.

    c) O fundo de comrcio tratado como sinnimo de estabelecimento

    empresarial (ou comercial) OBJETO DE DIREITO. O sujeito de direito o

    empresrio ou sociedade empresria. Alternativa incorreta.

    d) A natureza jurdica do estabelecimento empresarial considerada como

    universalidade de fato (art. 90, CC). exatamente esta universalidade de

    fato que o estabelecimento empresarial significa. Podemos dar o exemplo

    clssico da biblioteca, na qual diversos livros unitrios ou singulares so

    reunidos para dar destinao, para dar finalidade biblioteca (destinao

    unitria). O mesmo ocorre com o estabelecimento, onde os bens que o

    compe so reunidos em prol do negcio empresarial, mas CONTINUAM COM

    AS SUAS INDIVIDUALIDADES. Portanto, diz-se que o estabelecimento um

    objeto unitrio, uma universalidade de fato. OK? Tentemos fazer esta relao:

    BIBLIOTECA x ESTABELECIMENTO; LIVROS x BENS DO ESTABELECIMENTO

    (galpes, veculos, maquinrios, etc.).

    Por universalidade de direito, entende-se como sendo o complexo de

    relaes jurdicas, de uma pessoa, dotadas de valor econmico. Ou

    seja, a lei vai determinar a reunio dos bens para um determinado fim, como

    por exemplo, o esplio e a massa falida. Gabarito: A

    14. (FGV / ICMS-RJ / 2008) No que tange ao estabelecimento empresarial

    o estabelecimento pode ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos,

    translativos ou constitutivos, que sejam compatveis com a sua natureza.

    Comentrios

    Esta afirmativa tem relao com a universalidade de fato do

    estabelecimento empresarial, que j estudamos. Assim, o estabelecimento

    comercial tratado como objeto unitrio (conjunto de bens), podendo ser

    objeto de negcios jurdicos compatveis com sua natureza, nos termos

    do art. 1.143 do CC. Gabarito: Correta

    15. (FCC / JUIZ-TJ-PE / 2013) No tocante ao estabelecimento e seus

    institutos complementares, correto afirmar que:

    a) a sociedade limitada pode aditar firma ou denominao, integradas pela

    palavra final "limitada" ou a sua abreviatura; a omisso da palavra

    "limitada" determina a responsabilidade subsidiria e limitada ao capital

    social dos administradores que empregarem a firma ou a denominao da

    sociedade.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 26 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    b) o preposto do estabelecimento pode negociar livremente por conta prpria

    ou de terceiro, bem como participar de operao do mesmo gnero da que

    lhe foi cometida, salvo vedao expressa a respeito.

    c) o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos

    anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados,

    continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um

    ano, contado da publicao quanto aos crditos vencidos, e da data do

    vencimento em relao aos demais.

    d) o juiz poder, livremente e sem ressalvas, determinar diligncias para

    verificar se o empresrio ou a sociedade empresria observam, ou no, as

    formalidades prescritas em lei em seus livros e fichas contbeis.

    e) a sociedade simples e a sociedade empresria vinculam- se ao Registro

    Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e o

    empresrio vincula-se ao Registro Civil das Pessoas Jurdicas, vedado

    sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresria.

    Comentrios

    a) Incorreta, pois a omisso da palavra limitada ou sua abreviatura implica a

    responsabilidade solidria e ilimitada dos administradores que a cometeram

    (art. 1.158, 3).

    b) Incorreta, pois a regra que vedada a concorrncia pelo preposto ao seu

    preponente, salvo autorizao expressa como vimos (art. 1.170).

    c) Correta. Literal ao art. 1.146 do CC.

    d) Incorreta, pois os livros comerciais gozam de sigilo como regra geral.

    Somente em alguns casos especfico permitida a quebra do sigilo (art.

    1.190).

    e) Incorreta. A sociedade simples vincula-se ao RCPJ enquanto que o

    empresrio e a sociedade empresria ao RPEM. Alm disso, permitido a

    sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresria, como

    veremos em nossa prxima aula (art. 983). Gabarito: C

    16. (FCC / ICMS-SP / 2013) Quanto ao estabelecimento:

    a) No caso de seu arrendamento ou usufruto, no haver vedao possvel

    concorrncia empresarial.

    b) No havendo autorizao expressa, seu alienante no pode fazer

    concorrncia ao adquirente, nos dez anos subsequentes transferncia.

    c) Seu adquirente responde pelo pagamento dos dbitos anteriores

    transferncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o

    devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir,

    quanto aos crditos vencidos, da publicao, e, quanto aos outros, da data

    do vencimento.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 27 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    d) No pode ele ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos,

    translativos ou constitutivos, ainda que compatveis com sua natureza.

    e) Se transferido, a cesso de seus crditos produzir efeitos em relao aos

    respectivos devedores, desde o momento da publicao da transferncia,

    sendo ineficaz o pagamento se o devedor o fizer ao cedente, ainda que de

    boa-f.

    Comentrios

    a) Incorreta. Em caso de arrendamento ou usufruto, a proibio de

    concorrncia empresarial enquanto durar o respectivo contrato (art. 1.147,

    nico).

    b) Incorreta. O prazo de durao de 5 anos, conforme o art. 1.147 do CC.

    c) Correta. J vimos esta disposio algumas vezes em questes, certo?

    Percebam a importncia de treinarmos questes anteriores. Muitas vezes elas

    se repetem; pelo menos parte delas. No caso, esta alternativa est conforme o

    art. 1.146 do CC.

    d) Incorreta. Vimos que o estabelecimento empresarial pode ser objeto

    unitrio de direitos e de negcios jurdicos, translativos ou constitutivos,

    compatveis com a sua natureza (art. 1.143).

    e) Correta. eficaz o pagamento que o devedor faz ao cedente se de boa-f.

    Assim, o devedor fica exonerado (art. 1.149). Gabarito: C

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 28 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    1. (FCC / DEFENSOR PUBLICO-SP / 2009) Para que uma pessoa possa ser

    reputada empresria tem-se que verificar sua inscrio perante o Registro

    Pblico de Empresas Mercantis.

    2. (FCC / JUIZ SUBSTITUTO-TJ-PE / 2011) correto afirmar que a lei

    assegurar tratamento isonmico ao empresrio rural e ao pequeno

    empresrio, quanto inscrio empresarial e aos efeitos dela decorrentes.

    3. (FCC / OAB-SP / 2005) O Departamento Nacional do Registro do

    Comrcio - DNRC responsvel:

    a) pelo arquivamento dos atos constitutivos das sociedades empresrias e

    inscrio de empresrios individuais.

    b) pela elaborao de normas procedimentais de arquivamento de atos de

    sociedades empresrias.

    c) pela fiscalizao da regularidade de exerccio da atividade empresria por

    pessoas jurdicas.

    d) pela aprovao e matrcula de tradutores juramentados, intrpretes,

    leiloeiros, corretores e trapicheiros.

    4. (FCC / PROCURADOR-TCE-PI / 2005) Alm de dar a designao da

    sociedade, compe-se por nomes de scios que so ilimitadamente

    responsveis pelas obrigaes societrias:

    a) marca.

    b) denominao.

    c) firma.

    d) ttulo de estabelecimento.

    e) aviamento.

    5. (FCC / PROMOTOR-MPE-AP / 2006) Sabendo-se que uma empresa

    pode adotar nome comercial do tipo firma individual, firma social e

    denominao, assinale a alternativa correta entre os seguintes nomes

    comerciais:

    a) Vivante Tecidos S.A (firma social);

    b) Refinaria de Petrleo do Brasil LTDA (denominao);

    c) Pereira, Alves e Cia (firma individual);

    6 - Lista de Exerccios

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 29 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    d) Cia de Tecidos da Amaznia (firma social).

    6. (ESAF / PROCURADOR-BACEN / 2009) A sociedade annima opera sob

    firma ou razo social, sempre designativa do objeto social e integrada pelas

    expresses sociedade annima ou companhia, por extenso ou

    abreviadamente.

    7. (CESPE / PROCURADOR-TCE-BA / 2010) As disposies relativas

    escriturao previstas no Cdigo Civil no se aplicam s sucursais, filiais ou

    agncias no Brasil de empresrio ou sociedade com sede em pas estrangeiro.

    8. (CESPE / ICMS-ES / 2013) Em relao empresa, ao estabelecimento

    comercial e ao nome empresarial, assinale a opo correta.

    a) Empresrio que se tornar absolutamente incapaz no poder continuar a

    empresa.

    b) Para a eficcia do trespasse, necessrio o pagamento de todas as dvidas

    ou o prvio consentimento dos credores, salvo na hiptese de o alienante

    permanecer solvente aps a alienao.

    c) A sede do estabelecimento comercial necessria ao desempenho da

    atividade empresarial, por isso ela no pode ser objeto de penhora.

    d) Se o scio que tiver emprestado seu nome civil composio do nome

    empresarial for retirado da sociedade, no ser necessria a alterao da

    firma da referida sociedade limitada.

    e) O conceito de empresrio abrange o exerccio episdico da produo de

    certa mercadoria destinada venda no mercado.

    9. (CESPE / PROCURADOR-AGU / 2010) Srgio, administrador da pessoa

    jurdica Gama Ltda., celebrou contrato em nome dessa pessoa jurdica com a

    pessoa jurdica Delta Ltda. e, no respectivo instrumento, aps a firma de

    Gama, omitindo tanto a palavra limitada como a sua abreviatura. Nessa

    situao, a omisso deve ser considerada mero erro material e no ensejar

    nenhuma repercusso jurdica.

    10. (CESPE / PROCURADOR-AGU / 2010) Marcos exerce atividade rural

    como sua principal profisso. Nessa situao, Marcos poder requerer,

    observadas as formalidades legais, sua inscrio perante o Registro Pblico de

    Empresas Mercantis da respectiva sede, equiparando-se, aps a sua inscrio,

    ao empresrio sujeito a registro.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 30 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    11. (ESAF / PROCURADOR-BACEN / 2009) Mesmo que o empresrio

    adote o sistema de fichas de lanamentos, o livro dirio, por ser obrigatrio,

    no pode ser substitudo pelo livro balancetes dirios e balanos, ainda que

    observadas as mesmas formalidades extrnsecas exigidas para aquele.

    12. (FCC / OAB-SP / 2005) Quanto alienao de um estabelecimento

    comercial, pode-se afirmar que

    a) no possvel por se tratar de patrimnio indisponvel de uma sociedade

    empresria.

    b) implica o impedimento de o alienante fazer concorrncia ao adquirente, no

    prazo de 05 anos subseqentes transferncia, salvo se tal condio tiver

    sido expressamente dispensada pelo adquirente.

    c) o adquirente do estabelecimento no ficar sub-rogado no pagamento das

    dvidas anteriores alienao.

    d) o adquirente ficar sub-rogado nos crditos referentes ao estabelecimento,

    independentemente da publicao da transferncia.

    13. (FCC / PROMOTOR-MPE-AP / 2006) Assinale a alternativa correta:

    a) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos

    anteriores transferncia, desde que estejam regularmente contabilizados,

    sendo que, a responsabilidade do credor primitivo permanecer pelo prazo

    de um ano, a contar da publicao da transferncia, quando se referir a

    crditos vencidos, ou a contar da data do vencimento da dvida, quando se

    tratar de outros crditos;

    b) O estabelecimento comercial composto por bens corpreos e incorpreos,

    sendo um complexo de bens organizados, podendo ser descentralizados,

    desde que com o mesmo valor econmico que se traduz em um sobrepreo

    do estabelecimento cujo valor agregado d-se o nome de AVIAMENTO;

    c) O fundo de comrcio o conjunto de bens corpreos e incorpreos operado

    pelo empresrio, sendo sujeito de direito, portanto, tendo poder para

    ingressar em juzo na defesa de seus interesses;

    d) A natureza jurdica do estabelecimento empresarial uma universalidade

    de direito.

    14. (FGV / ICMS-RJ / 2008) No que tange ao estabelecimento empresarial

    o estabelecimento pode ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos,

    translativos ou constitutivos, que sejam compatveis com a sua natureza.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 31 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    15. (FCC / JUIZ-TJ-PE / 2013) No tocante ao estabelecimento e seus

    institutos complementares, correto afirmar que:

    a) a sociedade limitada pode aditar firma ou denominao, integradas pela

    palavra final "limitada" ou a sua abreviatura; a omisso da palavra

    "limitada" determina a responsabilidade subsidiria e limitada ao capital

    social dos administradores que empregarem a firma ou a denominao da

    sociedade.

    b) o preposto do estabelecimento pode negociar livremente por conta prpria

    ou de terceiro, bem como participar de operao do mesmo gnero da que

    lhe foi cometida, salvo vedao expressa a respeito.

    c) o adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos dbitos

    anteriores transferncia, desde que regularmente contabilizados,

    continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um

    ano, contado da publicao quanto aos crditos vencidos, e da data do

    vencimento em relao aos demais.

    d) o juiz poder, livremente e sem ressalvas, determinar diligncias para

    verificar se o empresrio ou a sociedade empresria observam, ou no, as

    formalidades prescritas em lei em seus livros e fichas contbeis.

    e) a sociedade simples e a sociedade empresria vinculam- se ao Registro

    Pblico de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e o

    empresrio vincula-se ao Registro Civil das Pessoas Jurdicas, vedado

    sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresria.

    16. (FCC / ICMS-SP / 2013) Quanto ao estabelecimento:

    a) No caso de seu arrendamento ou usufruto, no haver vedao possvel

    concorrncia empresarial.

    b) No havendo autorizao expressa, seu alienante no pode fazer

    concorrncia ao adquirente, nos dez anos subsequentes transferncia.

    c) Seu adquirente responde pelo pagamento dos dbitos anteriores

    transferncia, desde que regularmente contabilizados, continuando o

    devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir,

    quanto aos crditos vencidos, da publicao, e, quanto aos outros, da data

    do vencimento.

    d) No pode ele ser objeto unitrio de direitos e de negcios jurdicos,

    translativos ou constitutivos, ainda que compatveis com sua natureza.

    e) Se transferido, a cesso de seus crditos produzir efeitos em relao aos

    respectivos devedores, desde o momento da publicao da transferncia,

    sendo ineficaz o pagamento se o devedor o fizer ao cedente, ainda que de

    boa-f.

  • Curso: Direito Comercial p/ ICMS RJ Teoria e Questes comentadas Prof. Wangney Ilco Aula 01

    Prof. Wangney Ilco 32 de 32

    www.exponencialconcursos.com.br

    1 Incorreta 6 Incorreta 11 Incorreta 16 C

    2 Incorreta 7 Incorreta 12 B

    3 B 8 B 13 A

    4 C 9 Incorreta 14 Correta

    5 B 10 Correta 15 C

    7 - Gabarito