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Edição 163 Novembro/Dezembro de 2016 Quatro vezes campeã! Acirp recebe, pela quarta vez consecutiva, Prêmio de Melhor Cidade de Grande Porte, desta vez na Categoria Desenvolvimento Local o Brasil e o mundo Economista Emílio Alfiere fala com exclusividade sobre os próximos desafios políticos e econômicos a economia em 2017 Especialistas debatem perspectivas econômicas com exclusividade para a Revista Acirp capacitação 3º Seminário Acirp de Liderança já tem data marcada e lança sua programação COMÉRCIO EXTERIOR A eleição de Donald Trump não abalou o ânimo dos empresários rio-pretenses Confiança no

COMÉRCIO EXTERIOR · 3º Seminário Acirp de ... diretor de marketinG ... conduziu à fortíssima recessão que emparedou milhões de brasileiros no desemprego

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Edição 163Novembro/Dezembro de 2016

Quatro vezes campeã!

Acirp recebe, pela quarta vez consecutiva, Prêmio de Melhor Cidade de Grande Porte, desta vez na Categoria Desenvolvimento Local

o Brasil e o mundo Economista Emílio Alfiere fala com exclusividade sobre os próximos desafios políticos e econômicos

a economia em 2017 Especialistas debatem perspectivas econômicas com exclusividade para a Revista Acirp

capacitação 3º Seminário Acirp de Liderança já tem data marcada e lança sua programação

COMÉRCIOEXTERIOR

A eleição de Donald Trump não abalou o ânimo dos empresários rio-pretenses

Confiança no

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2 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

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3Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

Este material é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial

de São José do Rio Preto/SPRua Silva Jardim, 3099

Centro - CEP 15010-060F. (17) 3214-9433

w w w . a c i r p s j r i o p r e t o . c o m . b r

editora e Gerente comercial Stella Coeli (17)3021-9595 / 9771-7664 [email protected]

Jornalista responsável Carol Soler (MTB 32.583/SP) [email protected]

redação Bruno Almeida

proJeto Gráfico e editoração PX (Ivan Iggor Barreto - 17 9655.1313) [email protected]

fotoGrafia Paulo de Paula Xavier Neto

impressão Fotogravura Rio Preto

produção

ano Xi - nº 163 - novemBro/dezemBro de 2016

DiREToRia aCiRP - BiÊnio 2016-2018

presidente PAULO TADEU DE OLIVEIRA SADER1º vice-presidente institucional LISZT REIS ABDALA MARTINGO2ª vice-presidente institucional BENY MARIA VERDI HADDAD 3º vice-presidente serviços aos associados ADIL BERBERT 4º vice-presidente setorial JORGE LUIS DE SOUZA 5º vice-presidente administrativo KELVIN KAISERdiretor secretário Geral ARTUR EDUARDO RIBEIRO BASTOS 1° secretário AURÉLIO NESTOR MIRANDA GRISI 2ª secretário GIL EDUARDO FERREIRA FONTESdiretor tesoureiro Geral VALDECIR BUOSIdiretor 1º tesoureiro ALVARO LUIZ ESTRELLAdiretor 2º tesoureiro MAURÍCIO SCARPASSAdiretora de eventos LILIAMAURA GONÇALVES DE LIMAdiretor de relações púBlicas LUIZ FERNANDO GARCIAdiretor do scpc WILSON SOUBHIA JUNIORdiretor de marketinG ALESSANDRO DE SÁ BOSSANdiretor de comércio eXterior MARCUS DA MATAdiretor de patrimônio PEDRO LUIZ RIBEIRO RODRIGUESdiretor da distrital sul MÁRIO AUGUSTO COVIZZIdiretor da distrial oeste MILTON BENITE RAMOSdiretora do cmee LUCIANA VARTANIAN GOMES DA SILVEIRAdiretora de treinamento e desenvolvimento ANA CAROLINA VERDI BRAGA RAGONHAdiretor de assuntos Jurídicos SÉRGIO HENRIQUE FERREIRA VICENTE

diretor do núcleo de Jovens empreendedores FLAVIO HENRIQUE BATISTA ALVESdiretor de aGroneGócios ANDRÉ LUIS SEIXASdiretor de comunicação JOSÉ ROBERTO TOLEDOdiretor de Benefícios RAFAEL HENRIQUE CHIQUETOdiretor de indústria FELIPE OLIVEIRA PRATAdiretora do setor de construção civil DENISE LONGHI FARINAdiretor do comércio JOSÉ RAIMUNDO DE OLIVEIRAdiretor do setor de serviços DANIEL FERNANDO RODRIGUESdiretor do empreender OSVALDO LUIS DO NASCIMENTOdiretor do setor de ti GILBERTO PEREZ MARIANO diretora de ação social CREUSA MANZALLIdiretor de sustentaBilidade empresarial GERMANO HERNANDES FILHOdiretor para centro de compra WALTER CARRAZZONE JUNIORdiretor de vendas RUPEN GRISI KUYUMJIANdiretor para o centro incuBador de empresas CEZAR JUNIOR DA SILVA SOUZAdiretoria para os mei – micro empreendedores individuais ANA PAULA CASSEBdiretora de promoções CRISTINA BASSITTdiretora para recursos Humanos DANIELA BRANDI FONTESdiretor do setor de saúde KÁSSEY HENRIQUE VASCONCELOSpresidente câmara mediação e arBitraGem ANDRÉ GUSTAVO DE GIORGIOpresidente do conselHo consultivo ADRIANA CÁSSIA NEVESpresidente do conselHo fiscal MAURICIO BELLODI

Paulo Saderp r e s i d e n t e d a a c i r p

aoassOCIadOe d i t o r i a l

BEM vIndO, nOvO anO! 2016 foi, pra dizer o mínimo, um ano marcante! Cheio de desafios e a contrapartida em lições! O aprendizado resultante dessa experiência ainda é um enigma para o mundo e para o Brasil. Estamos em transição! Por isto, neste número da Acirp em Ação, fazemos retrospectiva e trazemos perspectiva! Dos tremores provocados por um recuo de quase 23% da bolsa na China, em janeiro, à elei-ção de Donald Trump para a presidência da República dos Estados Unidos da América, passando pelos eventos bélicos no Oriente Médio, à estagnação dos maiores centros econômicos do pla-neta e o Brexit, vimos grandes transformações na geografia humana e financeira do mundo! No Brasil, as tensões políticas aumentaram potencializando o estresse econômico. Chegamos ao que parecia o clímax: o impeachment da presidente Dilma Rousseff e um tombo após o outro do PIB. Levada à exaustão e intolerância com a corrupção – que nunca esteve tão evidenciada, a socieda-de brasileira se uniu em busca de um país mais ético e justo. Senhores das ruas, os cidadãos assis-tiram a prisões inimagináveis em tempos passados: políticos e empresários de todos os calibres, do presidente da Câmara dos Deputados a ex-governadores, de CEO’s de bancos a construtoras. O Brasil foi chacoalhado de todas as formas. A atuação “criativa” do governo federal na macroeconomia, irresponsável do ponto de vis-ta fiscal, conduziu à fortíssima recessão que emparedou milhões de brasileiros no desemprego. O endividamento dos consumidores aumentou, o refinanciamento das dívidas familiares bateu recorde. Nem as empresas escaparam da inadimplência forçada. O país entrou num colapso de dívidas. A Petrobrás amargou situação pré-falimentar com débitos de quase meio trilhão de reais, afetando toda a cadeia produtiva e o motor de crescimento da economia nacional. Houve boas notícias, entre elas a enorme satisfação de ver nossa entidade, por mais um ano, vencedora do Prêmio AC Mais, entregue pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), durante seu 17º Congresso Estadual, em Águas de Lindóia. Fomos campeões na categoria “Desenvolvimento Local”! Demonstração de que nos mantemos no caminho certo. Nesta edição você confere uma retrospectiva das nossas principais ações que contribuíram para a conquista do troféu pelo quarto ano consecutivo. Se o ano termina nebuloso, o futuro se apresenta menos sombrio! Economistas nos dese-nham cenário mais favorável para o ano novo. Há esperança entre os agentes do mercado. As vendas do Natal (pelo menos aqui em São José do Rio Preto) aqueceram e foram indicativos de uma discreta recuperação do comércio. Empresários se preparam para enfrentar 2017 com mais otimismo! E a Acirp estará com eles! No âmbito local, o final de 2016 traz uma informação da mais alta relevância: a nomeação do novo secretariado do prefeito eleito Edinho Araújo contempla, para o Desenvolvimento Econô-mico e Negócios do Turismo, o nome de Liszt Reis Abdala Martingo cuja indicação saiu da Acirp. Fruto da atuação política, não partidária, e prova do prestígio da entidade junto ao prefeito, não pedimos um cargo, antes oferecemos cooperação técnica para ajudá-lo a criar um ambiente em-presarial mais produtivo, capaz de gerar renda, emprego e riqueza para Rio Preto, especialmente pela implantação dos projetos previstos no documento Bandeiras da Acirp. Enfatizando que há anos não víamos tamanha sintonia entre poder público e comunidade empresarial na cidade, esta edição da revista traz entrevista exclusiva com Liszt e questões relativas à nossa grande expectativa para os planos conjuntos a partir de 2017. Para completar, entre outras reportagens econômicas, uma traz à tona a preocupação dos empresários com o novo cenário político dos Estados Unidos e o que eles esperam de Donald Trump. A revista Acirp em Ação reuniu um time de membros do Núcleo de Comércio Exterior da entidade para discutir um pouco do tema. 2016 chega ao fim e já vamos trabalhando em ritmo de ano novo: ” a milhão”! Ações, projetos e inovações! Muda o ano, mas o empresário associado continua nossa priorida-de, e seu sucesso, nossa missão! Que o Natal seja de bençãos pra você, sua família e colaboradores! Que te-nhamos saúde e paz para dar continuidade a esta valiosa parceria edificadora de um tempo de prosperidade e alegrias! Feliz 2017!

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4 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

O BRasIl na ERa dE

O que esperar da economia brasileira quando Donald Trump assumir a presidência da nação mais poderosa do mundo

MaTÉRia DE CaPa

O dia 9 de novembro ficou marcado na história de cada um dos bilhões de habitantes do globo terrestre. As eleições presidenciais norte-americanas não são apenas as eleições presidenciais norte-americanas. Elas são as elei-

ções presidenciais que definem os rumos de todos os demais países que com-põem a geografia universal. As incertezas pairam sobre economistas e empresá-rios. É o novo que dá medo. O magnata do setor de construção, que é o primeiro presidente eleito que nunca passou por carreira política ou militar, é visto pela maioria como egocêntrico e narcisista ao extremo, características reforçadas pelo seu papel um tanto excêntrico durante sua campanha. De opiniões divididas, a sociedade norte-americana e o resto do mundo acom-panham aflitos os próximos capítulos dessa novela que vai demorar – e muito – para acabar. Do lado de cá, economistas destacam que é preciso cuidar da casa pri-meiro, para depois pensar no outro lado do Equador. “Num cenário mais benigno, Trump poderá ser um bom presidente e manter a economia dos EUA em ascensão e, com isso, beneficiar o Brasil. É, sim, uma possibilidade”, comenta o presidente da Acirp, Paulo Sader.

As exportações no Brasil representam 12% do PIB. Se Trump cumprir o pro-metido e chamar México e China para negociar, a coisa pode esquentar

um pouco mais. Especialistas avaliam que uma guerra comercial entre os dois países campeões em importações e exportações cairia como

uma bomba atômica no mundo todo. Ninguém escaparia dos seus efeitos, nem o Brasil. Porém, a questão divide opiniões.

Segundo o diretor de Comércio Exterior da Acirp, Mar-cus da Mata, caso Trump imponha dificuldades ao

comércio com a China, há grandes chances de que segmentos da economia brasi-

4 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

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leira, especialmente os manufaturados, sejam beneficiados pelo espaço deixa-do no mercado americano, atualmente abarrotado de produtos industriali-zados chineses. “Além disso, a China poderá aumentar seu interesse pelo mercado brasileiro, o que tenderia a beneficiar algumas indústrias, como as empresas regionais exportadoras de matéria-prima, commodities, bens de consumo e plantas ornamentais”, acre-dita o empresário. De qualquer forma, somente nos primeiros dias após a eleição, o Brasil já perdeu alguns investidores e o Real desvalorizou 8,5% em relação ao dólar. Não à toa, o Banco Central suavizou o corte da Selic de 0,50 para 0,25 pontos percentuais. É por isso que a pressão pelas reformas brasileiras deve aconte-cer agora. Instauradas as instabilidades econômicas nos EUA, o Brasil não terá fôlego para pensar em nada além de sua recuperação. Marcus da Mata comenta que a vitória de Donald Trump trouxe muita incerteza e temor ao mundo dos ne-gócios; com relação às exportações, o maior receio é que, em defesa das em-presas e empregos norte-americanos, sejam colocadas em prática medidas restritivas aos produtos brasileiros. “Quanto ao comércio internacional lo-cal, vale ressaltar que os EUA são o se-gundo maior destino das exportações de São José do Rio Preto, de produtos dos mais variados segmentos desde commodities, bens de consumo e plan-tas ornamentais, até manufaturados de alto valor agregado. Assim, se o futuro presidente realmente aplicar sobreta-xas de importação de produtos pro-venientes de qualquer país, os efeitos

para as empresas da região que con-centram suas exportações para o mer-cado americano serão catastróficos”.Se, ainda, houver pressão de Trump para o aumento dos juros, os reflexos no Brasil serão diretos, com a deprecia-ção da nossa moeda e elevação do cus-to da dívida das empresas. O diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, acredita que o magna-ta será um presidente, não um ditador. Mas, o aumento dos juros pode com-plicar o lado brasileiro. “Com a questão da eleição americana, essa expectativa de reduções (de juros no Brasil) está mais complicada. O Trump deixou no ar incertezas, e incertezas paralisam decisões”.

CEnáRio PosiTivo Fundadora da empresa brasileira Truss Cosmectics, Manuella Bossa mu-dou-se para os Estados Unidos há pou-co mais de dois anos para acompanhar de perto a evolução do seu negócio, que hoje é sucesso em inúmeras cida-des norte-americanas. “No início, tínhamos uma operação de vendas para validar o aceite do pro-duto, então vendíamos para os salões dos Estados Unidos de várias locali-dades. Começamos com uma equipe forte de vendedores, mas depois já partimos para a segunda etapa, que é ter distribuidores em todos os estados. Hoje são 15 distribuidores. Quando resolvemos promover o crescimento da marca e abrir frentes de distribui-ção, me mudei para os Estados Unidos para ficar mais próxima dos negócios e fazer as ações de marketing. Tem que ter muita paciência, muita perseveran-

ça e, acima de tudo, acreditar que o produto tem um poder de conquistar porque produzimos com o que existe de melhor em matéria-prima e tecno-logia. Mesmo neste país onde tudo é bem concorrido, com grandes marcas mundiais, estamos conseguindo uma boa penetração e as pessoas estão en-tendendo que realmente a empresa é diferente e tem muita qualidade, além da preocupação com educação e com o meio ambiente. Todos identificam que o Brasil tem capacidade para fazer coisas boas e diferentes”. Para a empresária, que acompanha de perto a eleição do novo presidente, o cenário comercial será bastante favo-rável. “Estamos todos esperançosos de que Trump fará um bom governo. Ele é um homem excêntrico sim, mas quer entrar para a história como uma pessoa que revolucionou e fez uma boa ges-tão. É isso que mais nos dá esperança para acreditar que ele vá fazer um go-verno positivo”. Marcos Cavalheiro, empresário da Nogap – Soluções e Inovação, e membro do Núcleo de Comércio Ex-terior da Acirp, também acredita que o novo presidente fará alianças para for-talecer o mercado interno. “Apesar de toda turbulência, Trump voltará atrás e fará alianças. E vai mostrar a força que a nação americana tem. Fortalecer o mercado interno pode resultar em san-ções, em ações que dificultarão a vida de quem exporta para lá, ao passo que estamos falando da nação que mais consome no mundo. Porém, mesmo que os Estados Unidos tentem a autos-suficiência, sempre consumirão mais do que produzem, e o resto do mundo ainda fornecerá para eles”, comenta.

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6 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

MaTÉRia DE CaPa

O empresário do setor de comércio exterior, o despachante aduaneiro Már-cio Marcassa, acredita que o cenário esteja positivo para exportação e que este momento de transição não deve-rá prejudicar a economia brasileira. “Já sentimos uma pequena melhora nos últimos dois meses, mas acredito que a retomada ainda será lenta. Os Estados Unidos são grandes parceiros do Brasil com vendas importantes para nós. O calor da eleição vai esfriar e, em minha opinião, muito do que Trump falou não será tão radical”. Segundo Marcassa, para que o país volte ao patamar habitual de cresci-mento, é preciso uma reforma tribu-tária para aumentar a competitividade das indústrias brasileiras. “O resto, os empresários e industriais brasileiros tiram de letra. É preciso fazer o que o Paraguai vem fazendo – e com isso ti-rando indústrias do Brasil que estão se instalando por lá, reduzindo os custos de produção em até 40%! Hoje, a carga tributária dificulta muito nossas expor-tações”, explica. Manuella Bossa também reclama do excesso de carga tributária brasilei-ra. “O Brasil é um país muito injusto com os empresários, cobra taxas abusivas de impostos que, muitas vezes, fazem com que o nosso negócio seja inviabi-lizado. Hoje, consigo vender meu pro-duto mais barato nos Estados Unidos do que no Brasil, porque aqui temos inúmeros incentivos e os tributos são muito baixos, então consigo ter uma mercadoria comercializada por preço muito mais justo e mais coerente. Isso

nÚCLEo DE CoMÉRCio EXTERioR

a revista acirp em ação reuniu empresários membros do núcleo de Comércio Exterior da acirp para um bate papo sobre os rumos da exportação no Brasil. Re-nan Cardoso, responsável pela área de exportação da Poliplás; Renata Barbosa, coordenadora de Exportação da CajuBrasil – Confecção de Roupas Esportivas; e Lucas Caldeira, da Mar Rio, foram os empresários participantes da reunião, que aconteceu na acirp junto do diretor Marcus da Mata e da coordenadora do Empre-ender da entidade, Marta silva. acompanhe o bate papo:

aCiRP EM ação: a economia americana é a maior do mundo e precisa dos mercados

da Europa, asia e américa Latina. você acha possível que o governo Trump os despreze

e pense somente no mercado interno?REnaTa BaRBosa: Trump tomará medidas que vão favorecer os EUA, mas acredito que

não fechará totalmente os acordos e par-cerias para outros países. Inclusive, estive lá

recentemente e conversei com pessoas que disseram que votaram nele porque acredi-

tam que Trump vai tornar os Estados Unidos uma potência ainda maior do que já é. Quem

o elegeu pensou no nacionalismo, sim.

é ótimo para o empresário que quer ter outros países para onde ampliar”. Para a empresária, os industriais e empresários que tenham um bom produto e uma boa capacidade de produção, e que sentem que precisam ampliar os horizontes, devem tentar a exportação. “Mas, antes, precisam sa-ber que isso gasta muito, não é uma brincadeira! É implantar uma marca! É muito investimento na parte estrutural, para manter os funcionários, o início da operação, e também investimento altíssimo em marketing, porque não é da noite para o dia que as pessoas conhecerão o seu produto. Você tem que gastar muito em experimentação, em amostra, em propaganda, antes de começar a colher qualquer fruto. Digo que o melhor caminho para os empre-sários que queiram começar, é parti-cipar de feiras, onde o investimento é só o estande – claro que são investi-mentos altos também, mas pelo me-nos dá para sentir o mercado. Existem também operações casadas. Conheço algumas empresas que fazem repre-sentação das empresas brasileiras. Elas

ficam por um tempo fazendo todo o estudo para que a empresa se estabele-ça nos Estados Unidos. É como se fosse uma pesquisa de mercado antecipada. Então vale muito a pena fazer isso por-que os gastos são menores”.

o diretor de Comércio Exterior da acirp, Marcus da Mata; “após o choque do resultado nas eleições dos Estados

Unidos, o que podemos fazer é continuar observando”

Manuella Bossa, empresária e associada da acirp, vive hoje nos Estados Unidos com a família e comemora no exterior o sucesso de sua empresa totalmente brasileira, a Truss Cosmetics

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7Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

aCiRP EM ação: o que você acha que temos de favorável em nossa região e o que emperra o processo de exportação?

REnan CaRDoso: A cultura é um grande entrave, porque muitas vezes os exportadores não se estruturaram para suportar a variação cambial, variação de tarifas ou mudanças de regras. Falta também capacitação dos empresários e co-nhecimento de ferramentas importantes. Além disso, muitos

desconhecem os benefícios de exportar e também todos os custos logísticos.

aCiRP EM ação: o governo Temer e a vitória de Trump abrem incertezas para o Brasil e, principalmente, para nossa região?LUCas CaLDEiRa: A nossa atual conjuntura não é favorável. Saímos de um momento conturbado. Mas, vejo que as novas medidas podem melhorar. Acho, sim, que o processo é lento, afinal, o desgaste foi muito grande. O empresário da região vai ter que ser muito firme para aguentar o turbilhão de coisas que ainda vêm pela frente. Vejo um cenário mais negativo para a conjuntura brasileira, mas mais otimista para a conjuntura internacional.

O Núcleo de Comércio Exterior da Acirp (Comex) foi criado com o principal objetivo de capacitar, fomentar e agir em prol dos empresários de Rio Preto e região na área de co-mércio exterior, além de tentar inserir o máximo de empresas no mercado internacional principalmente as micros, pequenas e médias, que precisam de informações e apoio. “Vim para o Comex porque fiquei sabendo que existia um núcleo de empresários dispostos a trabalhar para expandir seus negócios e para ajudar empresas a começar a exportar, juntando forças para alcançar o mercado exterior e participar de feiras e eventos. Acredito que, juntos, e com toda a credibilidade da Acirp – que oferece esse benefício aos associados, com essa grande oportunidade de capacitação – vamos avançar dentro da empresa e em nosso trabalho de campo. O nome da Acirp é forte”, afirma a empresária Renata Barbosa. Nos serviços de comércio exterior, a Acirp também oferece Certificado de Origem em São José do Rio Preto, o documento que atesta a origem do produto a ser exportado, tornando-o isento de tarifas internacionais em determinados países. Por meio desse cer-tificado, é possível identificar a entrada de novas empresas no mercado exportador. Atualmente, participam do núcleo 22 empresas que englobam segmentos de con-fecções, alimentação animal, máquinas e equipamentos, suplementos, químicos, cosmé-ticos, dentre outros. Os empresários interessados em participar devem entrar em contato com a Acirp pelo telefone 3214-9433.

CoMEX

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8 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

EnTREvisTa

8 Revista Acirp em Ação Setembro/Outubro de 2016

O economista e vice-superintendente técnico do Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) é um dos maiores especialistas do setor de varejo no País. Formou-se em Economia pela Fecap, com pós-graduação em Teoria Econômica pela UFC e mestrado em Desenvolvimento Econômico pela Fipe/USP. Atuou na Secretaria de Abastecimento da Prefeitura de São Paulo e no Badesp. Compôs grupos de discussão de conjuntura da MCM/Tendências, Fecomercio e Fiesp/GAER. Na Associação Comercial de

São Paulo (ACSP) elabora as estatísticas do Comitê de Avaliação de Conjuntura e o índice de movimento de venda da cidade de São Paulo, além de coordenar o Índice Nacional de Confiança (INC/Ipsos). Em entrevista exclusiva à Revista Acirp em Ação, Alfiere fala sobre os efeitos da eleição de Trump no Brasil e no mundo. Confira.

CoMo DEvEMos oLhaR PaRa EsTE MoMEnTo PoLíTiCo E EConôMiCo:

Pós-iMPEaChMEnT, UM PREsiDEnTE CoM gRanDE REjEição E agoRa CoM a ERa TRUMP?EMíLio aLfiERi: Michel Temer tem baixa popu-laridade por não ser um presidente que emergiu das urnas. Ele surgiu do impedimento de Dilma Rousseff. O problema da popularidade dele, portanto, já era esperado. E como não pretende disputar novas eleições, ele está empenhado a consertar os erros da administração passada, o que é bem-vindo. Quanto à eleição de Trump, não era algo esperado. Até como disse o Banco Central na ata do Copom, é preciso aguardar os primeiros passos dele para ver os contornos da sua política, sobretudo na área econômica. Mas as primeiras informações não são muito favorá-veis, visto que ele se posicionou contra acordos internacionais e contra a globalização.

a ELEição DE TRUMP aBRE inCERTE-zas EM ToDo MUnDo?

EMíLio aLfiERi: Sim. A política econômica americana é uma incógnita por enquanto. O plano do Trump é, teoricamente, fazer um gran-de déficit público, com um programa de inves-timento na infraestrutura, e isso vai impactar certamente a taxa de juros americana. De certa forma, o discurso é preocupante, inconsistente e tem objetivo unicamente de fortalecer a eco-nomia dos EUA, sem considerar o impacto no resto do mundo. Mas é preciso aguardar para ver realmente o que ele vai fazer.

Possível, é. Agora, para o resto do mundo, isso vai ser desastroso, porque o mercado america-no é o principal parceiro comercial de muitas nações. Um dos países mais afetados seria a China. E se ela exporta menos, o Brasil exporta menos. E assim por diante. Aí começa um efeito dominó com efeitos difíceis de imaginar. Mas não sabemos se isso realmente vai ser imple-mentado ou se tudo não passa de um discurso de campanha do Trump.

a URna foi a BaTiDa Do MaRTELo ConTRa PoLíTiCos TRaDiCionais; is-

so aBRE EsPaço PaRa novas LiDERanças?EMíLio aLfiERi: Sim, mas resta saber se essas lideranças efetivamente têm uma proposta viá-vel para o momento. Não é porque é nova que é melhor do que a velha. Trump, por exemplo, quer fazer coisas que não precisam ser feitas. Em São Paulo, nas eleições municipais, também tivemos esse movimento em direção a novas lideranças, coincidentemente um empresário também. Uma coisa positiva é que isso pode indicar que o eleitor percebeu que não adianta votar em fazedores de milagres. Tem que votar em bons administradores. E um empresário costuma ter vantagem nesse aspecto. Parece inclusive ser uma tendência mundial.

a DEMoCRaCia já vivEU Dias MELho-REs?

EMíLio aLfiERi: Há uma crise de representa-tividade, sem dúvida; no mundo inteiro. No Brasil, desde que começaram as manifestações, percebemos que os eleitores estão bastante descontentes. E isso acontece na Europa, com movimentos nacionalistas; nos Estados Unidos, com Trump. Mas, de qualquer forma, a demo-cracia vive um período de crise. Está todo mun-do olhando de perto para ver o que acontece, pois é uma situação nova para muitas pessoas. É um momento de renovação.

voCÊ aCREDiTa na sEMELhança En-TRE joão DóRia, PREfEiTo ELEiTo DE

são PaULo CoM Mais DE 53% Dos voTos váLiDos – inÉDiTo na hisTóRia Da CiDaDE - E DonaLD TRUMP, PREsiDEnTE Dos EUa, já

a viTóRia REPREsEnTa MUDança DE PERsPECTivas?

EMíLio aLfiERi: O que se pode dizer é: se o dis-curso de campanha no campo econômico for efetivamente implementado, haverá aumento de gastos, redução de impostos, maior déficit público, maior inflação e maior taxa de juros, mudando a perspectiva do que vinha sendo até agora. Então, muda totalmente a trajetória americana.

QUais os iMPaCTos DiRETos E inDi-RETos QUE o BRasiL vai sofRER?

EMíLio aLfiERi: A eleição do Trump já teve im-pacto grande no câmbio, que subiu de R$ 3,20 para R$ 3,40, obrigando o BC a se esforçar para segurar o dólar. Agora, esse impacto pode ser considerado não necessariamente ruim, já que ele contribui para o desempenho das contas externas, ajudando a indústria a exportar ou substituir componentes importados por opções nacionais. Mas se os juros americanos começa-rem a subir rapidamente no ano que vem, isso vai pressionar o dólar, comprometendo inclusi-ve o ajuste monetário no Brasil. A verdade é que todo mundo está torcendo para que o Trump chame um secretário do Tesouro que realmente entenda de economia.

o BRasiL EsTá PREPaRaDo PaRa QUaLQUER voLaTiLiDaDE Dos MER-

CaDos?EMíLio aLfiERi: Sim, primeiro porque o Brasil tem mais reservas do que dívida externa - ao contrário, por exemplo, do que ocorreu no início dos anos 1980. Naquela época, o País quebrou e isso não deve ocorrer agora. A dívida externa pesa menos hoje. A situação, claro, não vai ser confortável, mas o País conseguirá sobreviver a essa volatilidade. Temos uma exportação bas-tante diversificada, o que ajuda nesse sentido.

a EConoMia aMERiCana É a MaioR Do MUnDo E PRECisa Do MERCaDo

Da EURoPa, ásia, aMÉRiCa LaTina. voCÊ aCha PossívEL QUE o govERno TRUMP DEs-PREzE ToDos E PEnsE soMEnTE no MERCa-Do inTERno?

E m í l i o a l f i e r ehá uma crise de representatividade,

sem dúvida. no mundo inteiro.

o economista Emílio alfiere: vamos sair de uma retração para uma estagnação, um pequeno crescimento”

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9Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação 9

QUE aMBos foRaM PRoTagonisTas DE UM CEnáRio não PREvisTo PELa MaioRia Das PEsQUisas?EMíLio aLfiERi: É aquela questão de eles serem empreendedores, e não políticos tradicionais. E como o nosso problema é majoritariamente econômico, o eleitor crê que eles vão emprestar, ao setor público, o sucesso que tiveram em suas empresas.

a MEnTaLiDaDE Do REPUBLiCano É voLTaDa aos nEgóCios?

EMíLio aLfiERi: A eleição do Trump tem duas inconsistências. Uma delas é que ele quer fazer pleno emprego numa economia que já goza de pleno emprego. A segunda é que o eleito-rado republicano sempre foi mais favorável ao comércio internacional do que os democratas. Portanto, a eleição do Trump - que é quase um isolacionista - causa estranhamento. Ou seja, ao mesmo tempo em que os republicanos são mais liberais, eles elegeram um presidente mais conservador. Portanto, fica difícil decifrar a cabe-ça do republicano nesse momento.

jULio sERson, sECRETáRio noMEa-Do DE RELaçÕEs inTERnaCionais na

gEsTão DE DóRia, vÊ CoM oTiMisMo a ELEi-ção DE TRUMP E afiRMoU QUE isso PoDE aTÉ CRiaR oPoRTUniDaDEs PaRa o BRasiL E, PRinCiPaLMEnTE, PaRa o EsTaDo DE são PaULo, QUE É PREDoMinanTEMEnTE DE sER-viços E onDE a TECnoLogia oCUPa PaPEL DE DEsTaQUE. voCÊ EnXERga EsTa oPoRTU-niDaDE?EMíLio aLfiERi: É possível. A maior bronca que Trump tem é com China e México, que tiraram fábricas dos EUA e levaram para outros países. O Brasil não está na mira de Trump. E, como o câmbio vai subir um pouco mais, teríamos con-dições de exportar alguma coisa a mais. Ou seja, esse seria um impacto benigno. Mas o impacto negativo pode ser muito maior, visto a impor-tância da China no comércio internacional. No geral, o efeito para nós é neutro.

o MinisTRo Da fazEnDa, hEnRiQUE MEiRELLEs, afiRMoU QUE o BRasiL

vai PRECisaR aPRovaR ajUsTEs PaRa LiDaR CoM “EfEiTo TRUMP”. voCÊ aCha QUE vai sER nECEssáRio?EMíLio aLfiERi: Não exatamente com Trump. A necessidade de ajustes decorre da própria desorganização da economia interna, que requer uma série de reformas para co-locar o País nos eixos. A PEC do Teto foi um primeiro e importante passo. A desvinculação das receitas da União, já aprovada, também era necessária. Agora, temos a questão da previdência, igualmente importante. Mas tudo isso é anterior a Trump, que pouco im-pacta nesse sentido, pois ainda não sabemos como de fato será a condução de sua política econômica.

o BRasiL EsTaRá CoM a EConoMia sUfiCiEnTEMEnTE foRTE PaRa En-

fREnTaR CoM ÊXiTo as fLUTUaçÕEs noR-

Mais Dos CiCLos EConôMiCos Do MERCaDo inTERnaCionaL?EMíLio aLfiERi: Forte mesmo, não. Isso vai demorar. Mas não é nem questão de ser forte. A verdade é que, com as reservas altas e um alto superávit comercial, o País terá condições mais favoráveis para sobreviver às turbulên-cias internacionais. Agora não podemos falar em economia forte.

a PoLíTiCa MonETáRia MUDaRá CoM ELEição Do TRUMP?

EMíLio aLfiERi: Poderá mudar. Em princípio, não deveria. Mas, dependendo da política a ser implementada por Trump, o câmbio no Brasil pode ser bastante comprometido, exi-gindo ação por parte da autoridade monetá-ria. Mas há muitas dúvidas sobre o quão fiel Trump será a seu discurso de campanha.

a ELEição DE TRUMP PoDE aDiaR aBERTURa DE CaPiTaL DE EMPRE-

sas BRasiLEiRas?EMíLio aLfiERi: Se a política de Trump pres-sionar o câmbio para cima, com fuga de ca-pitais, pressionando também a inflação, os juros continuarão altos e isso pode prejudicar a abertura de capital das empresas brasileiras. Mas, ressalta-se novamente, supondo que esse discurso de Trump se concretize em uma política pública. Mas ainda é prematuro avaliar.

o PREsiDEnTE Da BM&f BovEsPa, EDEMiR PinTo, aCREDiTa QUE a

TURBULÊnCia CoM QUEDa Das açÕEs E DisPaRaDa Do DóLaR PoDE sE DEsfazER RaPiDaMEnTE sE TRUMP DEiXaR a RETóRi-Ca agREssiva QUE UsoU DURanTE a CaM-Panha. É siMPLEs assiM?EMíLio aLfiERi: Concordo totalmente. Se ficar evidente que era só retórica de campa-nha, essa bolha que se criou no câmbio pode sumir rapidamente. Mas deve-se ressaltar mais uma vez que essa é uma avaliação de momento. Antes das pessoas se desespera-rem, é preciso ver o que vai ser implementa-do. Em síntese, tudo por enquanto não passa de uma análise preliminar e devemos esperar o que vai ser posto em prática.

QUaL a sUa EXPECTaTiva PaRa a EConoMia BRasiLEiRa EM 2017?

EMíLio aLfiERi: Os últimos dados estão mos-trando retomada mais lenta do que se espe-rava. Isso projeta, para 2017, um PIB próximo de uma estabilidade, em torno de zero algu-ma coisa. O que se pode prever é que vamos sair de uma retração para uma estagnação, um pequeno crescimento. Mas, a cada dado novo, se posterga cada vez mais a retomada do crescimento, que deve vir mesmo só em 2018. É uma boa notícia? Sim, porque será um ano melhor do que 2015 e 2016. E indica que temos condições de entrar em um novo ciclo de crescimento, sobretudo, se Temer conseguir implementar todas as reformas que pretende.

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10 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

OPInIÃO por alOysIOnunesFERREIRaSenador pelo PSDB de São Paulo e líder do governo no Senado

a inesperada vitória de Donald Trump desenca-deou especulações sobre seu possível impacto para o mundo. Na campanha, o candidato cri-

ticou o livre comércio e disse ser contrário à Parceria Transpacífica. Causou polêmica ao defender a constru-ção de um muro na fronteira com o México (e cobrar a fatura dos mexicanos!). O presidente eleito prometeu desconstruir as vitórias diplomáticas de seu antecessor, como o acordo nuclear com o Irã e o reatamento diplo-mático com Cuba. Tudo isso é preocupante. Trump, contudo, talvez possa surpreender positi-vamente. Seus excessos dificilmente prosperarão num sistema político que opera com pesos e contrapesos bem calibrados. Além disso, há sinais de que ele poderá converter-se à cartilha de liberalização comercial do Par-tido Republicano. Tomara! O Brasil tem que se preparar, mas não precisa entrar em pânico. Lidamos bem com governos republicanos e democratas. Para nossa felicidade, não somos objeto da atenção prioritária dos EUA, sempre mais atento ao que

acontece em outros continentes. Trump não pode se queixar do Brasil: nosso déficit comercial é de US$2 bilhões e os investimentos brasilei-ros nos EUA são de US$ 42 bilhões. Como disse embai-xador Sérgio Amaral, “Não somos parte dos problemas [dos EUA] e podemos ser parte das soluções”. Daí ser im-portante que os diversos mecanismos de diálogo entre Brasil e EUA sejam mantidos e fortalecidos. Há, sim, o risco de o FED norte-americano elevar a taxa de juros. A decisão, que independe de Trump, po-deria ocorrer antes do esperado e provocaria indesejá-vel fuga de capitais do país. Essa é mais uma razão para andar rápido e com segurança na aprovação de refor-mas indispensáveis para sairmos da crise. Daremos um passo importante com a aprovação da PEC 55 (Teto dos Gastos). A medida reduzirá a vulnerabi-lidade brasileira e fortalecerá nossa credibilidade lá fora. Com ou sem “fator Trump”, o Brasil precisa estar à altura dos desafios que se apresentam no cenário internacio-nal.

a viTóRia TRUMP E O BRasIl

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11Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

CongREsso faCEsP

a Associação Comercial e Empresarial de São José do Rio Preto (Acirp) foi, novamente, campeã no 17º Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São

Paulo (Facesp). A entidade recebeu, pelo quarto ano consecuti-vo, o Prêmio AC Mais, que reconhece o trabalho das associações que atingiram grandes resultados por meio de melhores práticas. Neste ano, a categoria vencida pela Acirp foi Desenvolvimen-to Local. Nessa categoria, foram analisadas as associações que se sobressaíram nos quesitos Participação na Sociedade, Cultura da Cooperação, Apoio e Execução de Projetos Sociais, Culturais e de Desenvolvimento Empresarial e Índice Associativo Local. A Acirp venceu entre as entidades de grandes cidades, concorren-do com Limeira e Santo André. Nos municípios de médio porte, Batatais levou a melhor. Já no grupo das associações que atuam em cidades de pequeno porte, Bariri e Garça saíram com o título de campeãs. O município vizinho de Rio Preto, José Bonifácio, ao lado da cidade de Artur Nogueira, foi vencedor na categoria Gestão em Municípios de Pequeno Porte, onde foram premiadas as associa-ções que se destacaram em áreas como Gestão do Quadro So-cial, RH, Marketing, Finanças e Situação Financeira, Rotinas Admi-nistrativas, Patrimônio e Infraestrutura, Planejamento e Imprensa.

Segundo o presidente da Acirp, Paulo Sader, esse é o reco-nhecimento maior do trabalho que a associação comercial faz para o empresário de Rio Preto e para o município. “Essa vitória foi comemorada com muita energia e é com essa energia que vamos continuar o trabalho do próximo período de gestão. Quando propusemos uma gestão de continuidade, nos dispu-semos e não medimos esforços para honrar um legado iniciado há muitos anos, e nós estamos ampliando-o com foco no desen-volvimento local, criando, assim, um ambiente empresarial mais favorável para o empreendedorismo em Rio Preto. Esta é a nossa missão nesse período de desafio que temos com a economia do país tão combalida”, comenta. Além de receber o Prêmio, a Acirp foi, ainda, grande des-taque em outros dois painéis que colocaram a entidade como exemplo para outras associações comerciais. Durante Painel da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, a entidade apresen-tou o case de sucesso Prospecção Qualificada Pessoa Física e Ju-rídica, sendo ovacionada pelas outras associações que estavam na plateia. No Painel que reuniu empresárias que compõem os vários Conselhos da Mulher, a Caravana Acirp da Cidadania tam-bém foi modelo para outras entidades. A Diretora do CMEE, Lu-ciana Vartanian, levou as boas práticas e o sucesso da ação social para compartilhar com as demais entidades que participam do evento.

É TETRa!

Acirp vence, pelo quarto ano consecutivo, prêmio entregue pela Facesp de Melhor Associação Comercial de Municípios de Grande Porte

11 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

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12 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

mostrar às demais associações comer-ciais como nosso trabalho vem sendo feito”, comenta o presidente da Acirp, Paulo Sader. Na abertura do Congresso, o pre-sidente da Facesp, Alencar Burti, res-saltou o papel da classe empresarial na construção de uma sociedade mais justa. “Nós, empreendedores, temos a obrigação de achar soluções e parar de falar em crise. Temos que nos unir em direção ao caminho da salvação nacio-nal. Contamos com a colaboração de todos para darmos o máximo que po-demos em favor do Brasil”. O presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, foi uma das persona-lidades de peso que participaram do Congresso. Em sua palestra, o empre-sário defendeu o pequeno empresário

a 17ª edição do Congresso da Federação das Associações Co-merciais do Estado de São Paulo

(Facesp) aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro. O evento, realizado na cidade de Águas de Lindóia, reuniu 155 associações comerciais do Estado de São Paulo, com um total de 943 credenciados. O tema deste ano foi “Liderança Consciente”. “O Congresso é um excelente evento para empresá-rios porque traz à tona importantes dis-cussões econômicas, que englobam a macro e microeconomia do país e das cidades participantes, com especialis-tas e figuras de peso em todo o Brasil. Além disso, o Congresso mostra produ-tos e serviços relevantes que auxiliarão nossos associados em seus negócios, bem como nos dá a oportunidade de

a EConoMia EM 2017

Presidente Paulo sader comenta sobre o sucesso da Caravana acirp da Cidadania para mais de 100 associações comerciais do Estado

CongREsso faCEsP

e prometeu continuar lutando contra a burocracia brasileira. Para ele, é impres-cindível que o País invista em leis em favor do micro e pequeno empresário, que deve ser protegido da “avalanche de burocracia imposta pelo Estado”. Afif revelou que sua briga agora é com o Banco Central, que vetou a criação das Empresas Simples de Crédito. O objetivo desse modelo é permitir que pessoas físicas emprestem dinheiro, fomentando a economia local. “Alguns me perguntam se, com isso, quero re-gularizar a agiotagem. Não. Queremos é concorrer com a agiotagem, que é o cheque especial, o cartão de crédito”, afirmou. “Hoje, o Estado atrapalha o de-senvolvimento da nação. É um estorvo. Uma maçaroca que não rende. Estamos vivendo uma época de profunda trans-formação e precisamos decidir se sere-mos expectadores ou atores”, ressaltou ainda, em relação às interferências esta-tais na iniciativa privada. O diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, também

Hoje, o Estado atrapalha o desenvolvimento

da nação. É um estorvo. Uma maçaroca que não rende. Estamos vivendo uma época de profunda transformação e precisamos decidir se seremos expectadores ou atores”

guilherme afif Domingos, presidente do Sebrae

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13Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

Fonte: Facesp/ACSP - assessoria de imprensa

o presidente Paulo sader e o vice-presidente Liszt abdala ladeiam o presidente de sebrae, guilherme afif Domingos

o presidente da facesp, alencar Burti, e o economista Marcel solimeo debatem o cenário econômico para 2017

Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

foi um dos palestrantes do Congresso. O economista destacou que o varejo deve fechar 2016 no vermelho mais uma vez e, em 2017, começar uma re-cuperação “muito lentamente”. “Não podemos ter a ilusão de que o Brasil vai voltar a crescer rapidamente”, alertou. Segundo Solimeo, o crescimento da economia está condicionado a im-portantes medidas tomadas no âmbito socioeconômico, como a PEC do Teto. “É um parâmetro para reduzirmos, gra-dativamente, as despesas públicas e a dívida pública”, afirmou o palestrante. Outro ponto observado pelo econo-

mista, que trabalha há mais de 50 anos na ACSP e é um dos maiores especialis-tas em varejo do País, foi a taxa de juros. “Com a questão da eleição americana, essa expectativa de reduções está mais complicada. O Trump deixou no ar in-certezas, e incertezas paralisam deci-sões”. Todavia, por mais que o Banco Central derrube a Selic, ela dificilmen-te deverá ficar abaixo de 12% ao final de 2017, nível ainda insuficiente para estimular o crédito. Segundo ele, o governo também precisa aprovar leis trabalhistas e torná-las mais flexíveis, além da retomada de investimentos em infraestrutura por meio de parcerias público-privada. Nesse contexto, a iniciativa privada também será de fundamental impor-tância, de acordo com o economista, visto que os governos simplesmente não têm dinheiro para investir. “Se tudo isso ocorrer, poderemos fechar 2017 com crescimento muito modesto. Para crescer 3% ou 4%, porém, precisaría-mos de reformas muito mais profun-das”. Encerrando sua análise do cenário socioeconômico do Brasil, Solimeo re-forçou: “O economista pode ser pessi-mista, o empresário não. A questão é que temos de ser realistas: pessimistas na análise, mas otimistas na ação”.

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14 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

hisTóRia

RETRosPECTiva aCiRP

ConCEnTRação DE foRças Segunda edição do treinamento para capacitação e motivação dos colaboradores da Acirp. Cerca de 60 funcionários participaram da ação.

2º sEMináRio aCiRP DE LiDERança Evento reuniu mais de 500 empresários e gestores no Centro de Convenções da entidade. O encontro trouxe personalida-des de peso para explanar sobre o cenário socioeconômico brasileiro.

CaMPanha Dia Dos naMoRaDos aCiRP Namorados fotografaram em cenários da cidade ou nos painéis instalados no centro de Rio Preto e publicaram nas redes sociais com a hashtag #diadosna-moradosAcirp. Bastava, então, apresen-tar a publicação nas lojas participantes para receber até 20% de desconto nas compras. A campanha foi um dos maiores sucessos da associação.

invEsT in sPainSeminário “Espanha como destino e porta de acesso para a Europa, África e Ásia”, realiza-do pela Acirp, em parceria com o Escritório Comercial da Embaixada da Espanha em São Paulo, reforçou o apoio à internacionalização de empresas, apresentando as vantagens econômicas e geográficas características do mercado espanhol.

CaMPanha Dia Das MãEs A Campanha evidenciou o comércio local, com o objetivo de fortalecer a eco-nomia e apresentar a enorme variedade de lojas e segmentos comerciais.

PL 44 - Diga siM O presidente da Acirp, Paulo Sader, enviou ofícios aos deputados estaduais mais votados da região de Rio Preto com apelo favorável ao Projeto de Lei 44/2016, que visa revogar a Lei Estadual 15.659/15, que exige o envio de Carta com Aviso de Recebimento para inclu-são de consumidores nos cadastros de inadimplência.

LançaMEnTo Da 2ª EDição Do LivRo “são josÉ Do Rio PRETo Desenvolvimento e Negócios”. O livro é uma plataforma de informa-ções estratégicas para empresários e grupos corporativos interessados em prospectar mercados com oportuni-dades favoráveis para investimentos.

UMa hoRa PELo BRasiL A Acirp se declarou publicamente a favor do Impeachment da então presidente Dilma Rousseff e reuniu mais de 2 mil empresários em um protesto histórico contra a corrupção. Empreendedores fecharam seus estabeleci-mentos por 1 hora e seguiram o mutirão, que se dirigiu à Praça Rui Barbosa, no centro da cidade. Uma bandeira do Brasil de 80 metros foi carregada por todo o trajeto.

3º sEMináRio TEnDÊnCias Do vaREjo Acirp, em parceria com o Sebrae, apresentou aos pequenos empresários do comércio varejista local panorama sobre temas relacionados ao cenário do varejo no Brasil e no mundo.

aLaRME fooD fEsTivaL Realizado pelo Núcleo de Jovens Empre-endedores da Acirp, o evento reuniu cinco mil pessoas na Associação Lar de Menores com 15 food trucks e barracas, cuja renda de R$ 41.375,91 foi totalmente revertida para a Alarme.

ELEiçÕEs aCiRP A Chapa Unidos pela Acirp foi eleita com 445 votos e o empresário Paulo Sader assume a entidade com uma proposta de gestão de continuidade.

JAN FEV

JUN JUL

MAI

MAR ABR

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15Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

saBaTina ELEiçÕEs aCiRP 2016 Reforçando seu papel político e apartidário, a Acirp realizou nos meses de agosto e setembro sabatinas com os candidatos à Prefeitura de Rio Preto. Os encontros acon-teceram durante as reuniões de diretoria da entidade e foram transmitidas ao vivo, na web, pelo Jornal Diário da Região.

CaRavana Da CiDaDania Grande evento de ação social, a Caravana foi realizada no Ginásio do Pinheirinho, no Solo Sagrado, e atendeu mais de 6 mil pessoas. Pela primeira vez, a Caravana contou com uma carreta do Hospital do Câncer de Barretos, que realizou 45 atendimentos gratuitos.

anivERsáRio aCiRP Os 96 anos da entidade foram comemorados com uma palestra gratuita da economista Claudia Kodja, que fez uma análise da situação econômica no país.

aCERTanDo sUas ConTas A quinta edição do “Acertando Suas Contas”, que aconteceu no Centro de Atendimento da Acirp, registrou 2.200 atendimentos presenciais. As negociações foram feitas individualmente, com várias vantagens ao consumidor, como descontos de até 30% no total da dívida, além da retirada de correção e juros.

MUTiRão Do MEi Em parceria com Sebrae e TV TEM, a Acirp realizou o 2º “Mutirão do MEI – Você Pronto Para Crescer”. Mais de mil pessoas passaram pelo evento, num total de quatro mil aten-dimentos realizados pelos órgãos parceiros e mais de 400 formalizações.

inaUgURação Da DECoRação A tradicional inauguração da decoração de Natal da Acirp reuniu centenas de empre-sários e moradores do centro. A festividade marcou o início do horário especial do comércio para o final de ano.

aTRaçÕEs naTaLinas Com o objetivo de impulsionar e fortalecer a economia local, a Acirp realizou atrações natalinas na Praça que atraíram consumido-res de toda a região.

PoLíTiCa Depois de muita articulação política, a Acirp tem êxito em sua indicação para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Negó-cios de Turismo. O 1º Vice-presidente da entidade, Liszt Abdala Martingo, foi a aposta da associação para se aproximar ainda mais do Poder Público e ter efetivamente suas reivindicações em prol do desenvolvimen-to econômico da cidade atendidas. Uma valorosa parceria que só tem a beneficiar a classe empresarial e toda a população.

noiTE EMPREsaRiaL CoM EnTREga Do PRÊMio aCiRP O evento de networking mais aguardado do ano pela classe empresarial reuniu mais 800 empresários no Villa Conte para acom-panhar a entrega do Diploma de Mérito aos nove vencedores do Prêmio Acirp, que este ano teve aumento de 13% no número de inscritos.

CoRREDoREs DE ôniBUs O presidente da Acirp, Paulo Sader, e o vice--presidente, Jorge Luis de Souza, junto com 14 comerciantes da Avenida Mirassolândia reuniram-se com o prefeito Valdomiro Lo-pes para tratar sobre o descontentamento dos empresários com as obras dos corre-dores de ônibus. Primeiramente, o prefeito suspendeu as obras. Depois, assinou o Decreto nº 17.606, de 21 de setembro de 2016, que estabelece os horários para circu-lação nos corredores destinados aos ônibus de transporte coletivo para que não haja prejuízo aos comerciantes da avenida.

AGO

OUT

NOV

DEZ SET

v encedora do Prêmio aC na Cate-goria Desenvolvimento Local, a acirp realizou, em 2016, inúme-

ros eventos e ações que reforçam a re-presentatividade da entidade perante o Poder Público e fortalecem sua luta em prol da classe empresarial. acompa-nhe alguns dos principais momentos.

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16 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

O primeiro passo para melhorar é deixar de piorar. Acredito que até a metade do ano que vem nós já

estejamos numa situação de começar a crescer, embora muito lentamente, mas na direção po-sitiva. Estamos com a economia muito enges-sada, muito amarrada, e a questão da PEC é fundamental; não que vá resolver o problema do gasto público, mas criará condições para

que se resolva gradativamente, e isso é neces-sário para que o Banco Central possa reduzir os

juros. Sem isso, a economia terá mais dificuldade para se recuperar. O empresário, neste momento,

tem que ser cauteloso, mas não pode se deixar dominar pelo medo. Tem que ser ousado! Realista de um lado, mas um pouco ousado de outro. Porque o mercado está aí, e é um mercado grande, que não está cres-cendo, está decaindo. Mas ele existe. Então, se cada um tentar conquistar a sua fatia, o conjunto vai acabar beneficiando a todos.

EConoMia

PERsPECTIvasEConôMiCas

A Revista Acirp convidou quatro especialistas de renome para debater as perspectivas econômicas para 2017

MaiLson Da nóBREga Economista e Ex-Ministro da Fazenda

O Brasil está muito melhor após o impeachment da pre-sidente Dilma, porque nós nos livramos da catástrofe. E, agora, estamos administrando os efeitos do desastre que foi a sua adminis-tração. Felizmente, há sinais mui-to claros de que estamos saindo da recessão depois de dois anos consecutivos de queda, a maior da história do Brasil. Ainda não é um crescimento vigoroso, prova-velmente teremos um crescimen-to medíocre ainda em 2017, com

cerca 1,5% do PIB. Mas é melhor do que a queda de 3% que vimos agora. O desemprego ainda vai demorar a se recuperar, porque isso é normal em saída de recessão. Mas a confiança está voltando, tanto a do consumidor, quan-to a do empresário. O Brasil tem amplas condições de se reerguer porque temos várias conquistas que continuam preservadas como instituições sólidas, uma indústria com-plexa e diversificada, o agronegócio liderando a exporta-ção e um sistema financeiro sólido e bem capitalizado.

Em termos globais a economia deverá apresentar melhora dos indicadores econômicos, ainda que de forma menos robusta do que o necessário para solução dos profundos desequilíbrios fiscais e redução do endividamento público. No Brasil, o maior risco não estará associado aos ajustes econômicos, mas à falta de legitimi-dade democrática conjugada à falta de talento por parte de todos os elementos da equipe de Michel Temer, no trato com o povo e na comunicação com as massas. A princípio, devemos contar com uma melhora dos indicadores econômicos no Brasil, um modesto afrouxamento da política monetária através da redução da taxa de juros, os indicadores de crescimento variando no intervalo entre -1% e +0,5% e a intensificação da instabilidade política.

CLaUDia KoDjaDoutora em História Econômica

MaRCEL soLiMEo Diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP

2017 é um número primo, prenúncio de um ano diferente, em que o quadro interna-cional é razoavelmente benigno. Internamen-te, a inflação e os juros básicos vão cair, o Real vai se valorizar e, após três anos de retração, a economia vai crescer pouco ou, talvez, surpre-ender positivamente. Depende de políticas acertadas. Tomara que sim.

RoBERTo LUis TRosTER Sócio da Troster & Associados e doutor em Economia pela FEA-USP

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17Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

vEM sE CaPaCiTaR!3º Seminário Acirp de Liderança já tem programação definida e convites à venda. Evento já se consolidou como um dos maiores de capacitação empresarial

R E n a T o M E n D E sÉ um dos executivos mais inovadores do Brasil. O motivo: ter criado e coordenado as estratégias do “Netshoes”, considerado o maior case de sucesso do e-commerce nacional. A loja virtual registra uma média de 43 milhões de acessos por mês e é a loja online mais visitada do Brasil. O palestrante tem mais de 15 anos de experiência, já tendo colaborado com a estratégia digital de empresas como Am-bev, Telefônica e Camargo Corrêa. É, ainda, professor de E-commerce e Social Media nos principais cursos do país. Em 2014, foi eleito pelo Comunique-se o Executivo do Ano na categoria de Comunicação Corporativa.

j o ã o C o R D E i R oCom uma história de mais de 30 anos de pesquisa e desenvolvimento profissional, João Cordeiro é especialista em palestras e coaching executivo. E, mais do que isso, é um evangelista da Accountability, a profunda convicção de que é dever de cada um tomar para si a responsabilidade pelo resultado do seu trabalho e de suas decisões. Cordeiro é formado pela PUC em Psicologia, pós-graduado em Ma-rketing pela ESPM e especializado em Gestão de Empresas pela FGV, além de ter realizado mais de 25 cursos de especialização em T&D nos EUA e Europa. É, ainda, reconhecido por workshops inspiradores, onde de-senvolveu um sistema único de Desenho e Planejamento de Workshop.

L E a n D R o K a R n a L É historiador, doutor em História Social pela USP e professor na UNI-CAMP. É convidado de programas como o Jornal da Cultura e Café Filosófico. Escreveu em autoria ou co-autoria mais de dez livros, alguns dos quais estão entre os mais vendidos do Brasil, como “Verdades e Mentiras”; “Felicidade ou Morte”; “Pecar e Perdoar” e “Detração – breve ensaio sobre o maldizer”. É membro do conselho editorial de diversas revistas científicas do país. É colunista fixo do jor-nal Estadão e tem participações semanais nas rádios e canais de TV do Grupo Bandeirantes. Foi entrevistado por quase todos os grandes nomes da televisão e suas análises ocupam páginas de revistas de circulação nacional. Seus vídeos e frases circulam pela internet com grande popularidade.

o s v a L D o n a s C i M E n T oProfissional com comprovado conhecimento do ciclo de vendas pri-vado e governamental, relacionamento executivo e gerenciamento de equipes. Possui um amplo histórico de sucesso em planejamen-to e execução de projetos nas áreas de vendas, finanças, serviços educacionais e recursos humanos. É graduado em Engenharia Elé-trica pela Mackenzie e tem pós-graduação em Organização e Estru-tura de Computadores pela Unicamp, e também em Administração de Marketing, Negócios para Executivos e Administração de Instituições Financeiras pela Fundação Getúlio Vargas. Já foi Diretor Superintendente do Banco IBM S.A e Gerenciador do ecossistema de parceiros de negócios formado por IBM, Oracle, HP, EMC, VMware e Red Hat.

Dony DE nUCCioÉ âncora do principal telejornal da Globonews, o Jornal das Dez. Já foi apresentador do programa Conta Corrente e repórter de diversos jornais da TV Globo, além de ter trabalhado vários anos no mercado financeiro. Dony é formado em Jornalismo (USP) e em Economia (Mackenzie). Tem mestrado em Economia e Finanças pela FGV e extensão em Economia pela Brown University, nos EUA. É autor dos livros: “Seu Bolso, Sua Carreira” e “Nasce um Empreendedor”. Em sua palestra, com um dinâmico, divertido e profundo olhar sobre a conjun-tura política, econômica e internacional, Dony esclarece não só onde estamos e o que esperar para o futuro, mas também quais são nesse contexto as estratégias indispensáveis para sair na frente e vencer.

sEMináRio

Já em sua terceira edição, o seminário acirp de Lide-rança se consolidou como um dos maiores eventos de capacitação do interior paulista. Durante todo

o dia, renomados especialistas provocarão no público uma imersão dentro dos valores e expectativas empre-sariais. “Mais uma vez, queremos lotar o Centro de Con-venções com os nossos associados possibilitando, assim, muita informação e conteúdo, muitas novidades e prá-ticas para colocar no nosso dia a dia, nos possibilitando crescimento e muita criatividade em nossas empresas. Com mais esse evento, a acirp entregará um grande benefício para os empresários, contribuindo para o crescimento da nossa cidade e da região”, comenta a diretora de Treinamento e Desenvolvimento da acirp, responsável pelo evento, ana Carolina verdi Braga. o 3o seminário acontece no dia 9 de março de 2017, das 8h às 18h, no Centro de Convenções da acirp. Conheça os palestrantes:

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18 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

EnTREvisTa

QUaL a fUnção Da sEMDEC E QUais são as sUas REsPonsaBiLiDaDEs?

LiszT aBDaLa: A Semdec de um município tem função de, no âmbito local, planejar e trabalhar em todas as frentes e todas as áreas que possam contribuir para fomentar, desenvolver, dinamizar e fortalecer o setor produtivo da cidade, melho-rando o ambiente de negócios para as empresas crescerem e aumentarem seus faturamentos de forma sustentável e, assim, gerar mais empregos e aumentar a renda média do trabalhador. Esse tripé de desenvolvimento, crescimento susten-tável, emprego e renda, são as responsabilidades da Secretaria. Além disso, a Semdec deverá ser exemplo de austeridade com o dinheiro público, de transparência dos atos praticados no seu âm-bito e de tolerância zero com os desvios éticos de conduta. Estes serão os valores que nortearão o nosso trabalho à frente da Secretaria.

QUais sERão as PRiMEiRas açÕEs QUE o sEnhoR PRETEnDE REaLizaR À

fREnTE Da sEMDEC?LiszT aBDaLa: Rio Preto está muito aquém

ções Eventos e Negócios (CCEN) e de outros mecanismos para fomentar o turismo local; Revitalizar a área central da cidade, colocan-do em prática os 04 módulos do projeto que a Acirp doou (na gestão do Maurício Bellodi) para o município de Rio Preto, implantando-o na sua integralidade, com todos os detalhes, modernizando o nosso maior e mais tradicio-nal centro de compras; Intensificar o potencial exportador de nossas empresas, lançando em Rio Preto o Plano Nacional da Cultura Exporta-dora (PNCE). Também daremos atenção espe-cial para ações que visem estimular o primeiro emprego; a eficiência da gestão, promovendo a desburocratização; o fomento ao crédito às micro empresas, além de promover importan-tes discussões, com todos os agentes interes-sados, sobre guerra fiscal entre os municípios, a flexibilização do horário do comércio e a ela-boração de um novo projeto da nossa região metropolitana.

UMa Das BanDEiRas Da aCiRP É a CRiação DE UM CEnTRo DE EvEnTos E

nEgóCios PaRa a CiDaDE. CoMo o sEnhoR TRaTaRá EssE assUnTo?LiszT aBDaLa: Sim, o Centro de Convenções Eventos e Negócios (CCEN) é uma bandeira da Acirp e do Prefeito Edinho. Daremos ao assunto, a prioridade que ele merece. Primeiro traremos todos os agentes de turismo para um diálogo aberto e aprofundaremos a discussão sobre o tema. Em conjunto, Semdec, Acirp e os Agen-tes de Turismo, faremos um planejamento das ações práticas e alternativas para a concretiza-ção desse objetivo. Estudo de viabilidade, avalia-ção para criação de PPP, elaboração de materiais sobre o potencial da cidade para captar inves-tidores serão algumas das iniciativas, porém, a mais importante ação será a intensidade e o foco do trabalho para podermos sair da esfera das discussões e chegar ao resultado.

do que deveria estar no que diz respeito ao apoio aos empreendedores. O Poder Público está desconectado do privado e uma de nossas prioridades será conectá-los. Nossas primeiras tarefas serão no sentido de aproximar os setores produtivos com o Poder Público. Chamaremos e iremos ao encontro das entidades civis orga-nizadas para discutirmos sobre os gargalos e entraves do desenvolvimento econômico local de cada área e planejaremos as soluções em conjunto. A Semdec será o elo entre esses seto-res e toda a administração pública para destra-varmos e agilizarmos os processos internos que envolvem toda a iniciativa empreendedora de nossa cidade.

QUais sERão os PRinCiPais PRojE-Tos QUE o sEnhoR PRETEnDE REaLi-

zaR E CoMo a aCiRP PoDERá CoLaBoRaR?LiszT aBDaLa: Em primeiro lugar, venho da Acirp e estou representando a entidade. Nosso trabalho à frente da Semdec será em parceria total. Lutaremos juntos pelos mesmos objetivos. Nosso presidente Paulo Sader foi muito compe-tente ao entregar ao Prefeito Edinho Araújo um documento com todas as bandeiras defendidas pela entidade e quase todas elas foram incorpo-radas ao Plano de Governo. Este é o começo da conexão fundamental a qual me refiro, entre o poder público e o setor privado. Além disso, a Acirp e sua diretoria terão papel de destaque na aproximação com várias outras entidades e setor produtivo da nossa cidade. Temos vários projetos para desenvolver, em resumo pode-mos citar: A consolidação do Parque Tecno-lógico, acelerando o processo de conclusão, abreviando todas as fases para sua finalização; Criar uma política Industrial com foco em alto valor agregado; Iniciar o processo para a criação de um Distrito Industrial na Região Norte; In-centivar e fortalecer a Incubadora de Empresas; Trabalhar para a criação do Centro de Conven-

L i s z t a b d a l a M a r t i n g o

Tá nO sangUE

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Confira a entrevista na íntegra no site www.acirpriopreto.com.br

No último dia 15 de dezembro de 2016 foram nomeados mais alguns secretários que irão compor o time do governo do prefeito eleito, Edinho Araújo. Dentre os nomes, está o do vice-presidente da Acirp, Liszt Abdala Martingo. A indicação foi uma articulação política da entidade. Peça chave no Plano de Governo do novo prefeito, a secretaria tem a prioridade de trazer mais emprego e renda para a cidade, fortalecer o nome de São José do Rio Preto como Terra de Oportunidades e trabalhar pelo desenvolvimento do município, desafios que são

compartilhados pela associação. A grande maioria das metas da secretaria vai ao encontro das reivindicações da Acirp enviadas ao Poder Público, tanto que, em seu discurso durante solenidade de nomeação, o novo secretário fez menção a todas as bandeiras da entidade como prioridades para o desenvolvimento econômico da cidade. “A entidade apresentou o nome de Liszt Abdala, nosso 1º Vice-Presidente como uma força articuladora para trazer investimentos, emprego e renda para a cidade. A expertise da Associação Comercial foi oferecida ao Poder Público Municipal, de modo que possamos trabalhar em conjunto com diálogos fluídos em benefício da sociedade e do cidadão rio-pretense. Estou muito feliz, satisfeito e honrado com o prestígio que o prefeito Edinho Araújo conferiu à gestão da Acirp. A nossa associação tem o DNA do desenvolvimento econômico! Queremos que os empresários produzam riquezas aqui e façam de Rio Preto a Terra de Oportunidades”, comenta o presidente da Acirp, Paulo Sader. A Revista Acirp em Ação entrevistou, com exclusividade, o novo Secretário de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo, Liszt Abdala Martingo. Confira:

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19Novembro/Dezembro de 2016 Revista Acirp em Ação

nOvOs vEREadOREs assUMEM a CâMaRa

anDERson BRanCo (PR) Comerciante

CELso PEiXão (PsB) Vereador

CLáUDia DE giULi (PMB) Empresária

fáBio MaRConDEs (PR) Advogado e empresário

fRanCisCo jÚnioR (DEM) Educador físico

gERson fURQUiM (PP) Advogado

jEan ChaRLEs (PMDB) Policial militar

jEan DoRnELas (PRB) Advogado

joRgE MEnEzEs (PTB) Empresário

ELEiçÕEs

josÉ CaRLos MaRinho (PsB) Empresário

josÉ LagoEiRo (DEM) Educador físico

KaRina CaRoLinE (PRB) Assistente social

MáRCia CaLDas (PPs) Comerciária

MaRCo RiLLo (PT) Empresário

PaULo PaULÉRa (PP) Empresário

PEDRo RoBERTo (PRP) Técnico em segurança do trabalho

REnaTo PUPo (PsD) Delegado de polícia e professor

2017 está chegando e, com ele, novos nomes assumirão a Câmara Municipal de são josé do Rio Preto. Conheça, agora, quem são os ve-readores que tomam posse no próximo dia 1 de janeiro e com quem a acirp pretende estabelecer uma relação republicana de coopera-ção em benefício dos empresários e da cidade. são eles, em ordem alfabética:

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BasTIdOREs

ConEXão Rio PRETo - EsPanhaO Salão Nobre da Acirp foi palco da inauguração do vice-consulado honorário da Espanha em São José do Rio Preto. O encontro, que aconteceu em mea-dos de novembro, recebeu o cônsul-geral da Espanha em São Paulo, Ricardo Martínez Vázquez, para oficializar a posse do novo vice-cônsul honorário da Espanha no município, Antônio Cabrera. Na ocasião, o cônsul-geral também ministrou uma palestra para cerca de cem pessoas entre executivos, autorida-des e empresários sobre as oportunidades e desafios nas negociações entre o Brasil e a Espanha. Cabrera é um empresário espanhol nascido em São José do Rio Preto em 1960 e médico veterinário por formação. Na política já exerceu cargos de responsabilidade, entre eles o de Ministro da Agricultura e Reforma Agrária do Brasil, entre 1990 e 1992, e o de Secretário da Agricultura e Abas-tecimento do Estado de São Paulo, entre 1995 e 1996. Após a solenidade, o grupo inaugurou as novas dependências do local que irá abrigar oficialmente a sede do vice-consulado honorário que se encontrava vago há vários anos.

A quinta edição do “Acertando Suas Contas”, uma das maio-res iniciativas de promoção da sustentabilidade do crédito no país, foi realizada no início de novembro, em parceria com a Boa Vista SCPC. Ao longo dos dois dias de mutirão, que con-centrou suas atividades no Centro de Atendimento da Acirp, foram registrados 2.200 atendimentos presenciais por meio dos consultores da entidade e empresas parceiras presentes na ação. Deste montante, 440 acordos foram negociados no local para que os inadimplentes pudessem reabilitar seu nome no banco de dados. As negociações foram feitas individual-mente, com várias vantagens ao consumidor como descontos de até 30% no total da dívida, além da retirada de correção e juros. A grande vantagem dos acordos no mutirão é que o consumidor inadimplente tem o nome reabilitado em até ho-ras após o pagamento da primeira parcela do acordo firmado na negociação. Além deste atendimento diferenciado, os con-sumidores receberam dicas práticas de orientação financeira, para contribuir com o planejamento orçamentário, evitando problemas no futuro. A iniciativa vem ao encontro do cenário de inadimplência em São José do Rio Preto que tem hoje uma dívida de mais de R$ 36 milhões em um universo de 42.618 consumidores que estão com o nome negativado.

o núcleo de jovens Empreendedores da acirp realizou no fim de outubro, a terceira edição do “Conexão njE”. o evento, que tem o propósito de fomentar o networking de forma descontraída e informal, foi realizado este ano nas dependências da boate The Club jK, cumprindo a proposta de levar informação para o público em ambientes ainda não explorados. o time escalado para compor a mentoria das mesas temáticas de discussão foram os oito vencedores do Prêmio acirp 2016. os mentores bateram um papo especial sobre inovação, prestação de serviços, empreendedorismo, gestão de indústria, entre outros. o encontro, como de costume, encerra as atividades com uma confraternização regada com serviço de buffet e open bar. Mais uma vez a ação cumpriu com a missão de debater na prática mecanismos eficazes para o alcance de metas, além de fomentar o aumento da rede de contatos entre os quase cem participantes.

DEsConTRação E nETWoRKing

noME LiMPo

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são josé do Rio Preto ganha o seu primeiro comple-xo multiuso. anunciado em 2012 e entregue, oficial-mente, em novembro 2016, o Complexo iguatemi é um projeto multiuso inovador, que combina no mes-mo espaço moradia, lazer, trabalho, compras e servi-ços. Com investimento de R$ 552 milhões, ele é for-mado pelo shopping iguatemi Rio Preto, pelo hotel hyatt Place, a torre iguatemi Business e o residencial integrato. Construído em uma área de 17.407 m², o Complexo iguatemi gerou 2.268 empregos diretos e cerca de 4.000 indiretos. no dia 14 de dezembro, imprensa e convidados conheceram, em primeira

mão, os empreendimentos que fazem parte do Complexo, em uma visita guiada pelo gerente geral do shopping iguatemi Rio Preto e responsável pelo Complexo, Paulo Tilkian. o Comple-xo iguatemi, sem dúvida, tem sido um grande propulsor de desenvolvimento da região sul do município e mostra o crescimento e o constante desenvolvimento da cidade com a chegada de grandes empresas e marcas nacionais e internacionais.

foRMaLização gaRanTiDa EnTão, É naTaL!

Pelo segundo ano consecutivo, a Acirp, por meio de sua Diretoria para os MEIs, re-alizou em novembro o “Mutirão do MEI – Você Pronto Para Crescer”. Esta segunda edição do evento, em parceria com o Sebrae-SP e TV Tem, foi realizada na ALARME – Associação Lar de Menores, com o objetivo de informar, orientar e formalizar em-preendedores em situação irregular como Microempreendedores Individuais (MEIs). O Mutirão contou ainda com o apoio da Prefeitura de São José do Rio Preto, Asses-crip, Sescon e Sindicont para prestar esclarecimentos sobre todos os benefícios e direitos do empresário que pode ser classificado como MEI. Neste ano, mais de mil pessoas passaram pelo evento, o que totalizou quatro mil atendimentos realizados pelos órgãos parceiros. Deste montante, foram registradas mais de 400 (quatrocen-tas) formalizações negociadas e obtidas no próprio local.

Quem ainda não conferiu a decoração na-talina da fachada da Acirp, não pode perder tempo. Tradicional há mais de duas décadas, a entidade reveste as paredes e sacadas de seu prédio histórico com uma linda e emocionan-te decoração. Neste ano, a “A Confeitaria de Natal” norteia a temática dos bonecos, luzes e adereços cênicos que deixam uma das esqui-nas mais famosas do centro da cidade ainda mais elegante. O projeto cênico é novamente assinado pelo carnavalesco e diretor de arte Luís Rossi, que transformou o Papai e a Ma-mãe Noel em confeiteiros. A decoração segue exposta para visitação até o dia 06 de janeiro de 2017.

Em uma iniciativa inédita, o Núcleo de Escolas Particulares da Acirp (NEP) promoveu uma sé-rie de apresentações artísticas com as escolas integrantes do NEP. Mais de 400 alunos parti-ciparam das atividades que incluíram canto/coral, teatro e dança, tendo como palco a Pra-ça de Eventos do Shopping Center Iguatemi São José do Rio Preto. Nesta primeira edição da iniciativa cultural, participaram as seguintes escolas: Colégio Universitário, Colégio Azeve-do Marques, Escola Cris, Criarte, Objetivo, Fisk e Quintal Mágico. Cerca de três mil pessoas pas-saram pelo local para apreciar as apresenta-ções ao longo dos sete dias de programação. O NEP é um dos grupos em atividade da Di-retoria do Projeto Empreender na Associação.

shoW DE TaLEnTos

CoMPLEXo igUaTEMi EsTá PRonTo!

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22 Revista Acirp em Ação Novembro/Dezembro de 2016

alÔ, associado! por ROBERTOtoledot o l e d o r o b e r t o @ i g . c o m . b r

acontecenomeio

Golpe de mestreQuanto menos pessoas souberem da sua vida

mais feliz você será. Ponto e basta!s o r r i a , B e B a m u i t a á G u a e s e J a f e l i z !

a vice-presidente da aCiRP Beny verdi haddad é a patrona do Departamento de Captação de Recursos do hospital de Base. os anfitriões do evento foram o diretor-executivo da funfarme, Dr. horácio josé Ramalho, o diretor-geral da famerp, Dulcimar Donizeti de souza, e o diretor-administrativo do hB, Dr. jorge fares.

REsUMo Da óPERa

inaUgURação

EMPREsa QUE faz A Porto Seguro Faz, empresa de serviços de conveniência e de emergência da Porto Segu-ro, está disponibilizando o resgate de serviços com pontos Multiplus. Em uma parceria com rede de fidelidade pioneira no setor, a Porto Seguro Faz visa facilitar ainda mais o acesso de clientes (e não clientes) aos serviços dis-poníveis no portfólio. Dentre as opções estão serviços de limpeza e higienização de móveis estofados e sofás, instalação de eletrodomés-ticos de linha branca, como fogão, cooktop, geladeira, e instalação de televisores em todo o Brasil. Além disso, quem já tiver cadastro na Multiplus também pode acumular pontos a cada serviço adquirido na Porto Seguro Faz.

RoDoBEns 25 Há 25 anos surgia em nossa cidade a Rodo-bens Negócios Imobiliários. A companhia, que se especializou em entregar empreendimen-tos de alta qualidade, segue valores que ressal-tam a seriedade, transparência e compromisso com o cliente. No Brasil, com atuação em 5 cidades de 12 Estados, a empresa tem 169 em-preendimentos lançados, contabilizando mais de 64 mil unidades lançadas que somam mais de 6,1 milhões de m² de área construída.

PossE O salão nobre da ACIRP foi o palco da posse de Antônio Cabrera, em ato de instalação em Rio Preto, do Vice-Consulado da Espanha. É bom lembrar que foi um espanhol que, em 1920, de nome Rosendo Martinez, ajudou a emergir a ACIRP, considerada hoje, portanto 96 anos depois, a mais exitosa marca institucional da cidade. Ricardo Martinéz Vásquez, atual cônsul-geral da Espanha, em São Paulo foi o destaque do evento e o presidente Paulo Sader foi seu anfitrião durante sua estada em nossa sede central.

jovEns LiDEREs A rio-pretense Juliana Batista está entre os 20 bolsistas brasileiros da primeira turma da Inicia-tiva Jovens Líderes das Américas (Ylai), lançada pelo presidente Obama no ano passado para incentivar jovens que desenvolvem projetos de empreendedorismo social na América La-tina e no Caribe. A iniciativa reúne 250 jovens empreendedores.

frases sobre a economia proferidas pelo ex-ministro Maílson da nóbrega, no Teatro Paulo Moura, com renda para a aRPRoM e apoio da aCiRP e TvTEM. o resumo dá um norte para os nossos associados:

são Paulo é a maior cidade industrial alemã depois da alemanha. o Brasil inventou a produção tropical eficiente e somos uma potencia agrícola.

somos o número 1 do mundo em produção de soja, carne, café, laranja e milho!

nossos bancos têm um dos mais sofisticados controles financeiros do mundo (transferência bancária por celular só existe aqui).

inglaterra se ferrou ao sair da União Europeia. o Brasil tem instituições sólidas, sem dúvida alguma. ainda somos muito ruins quanto aos sistemas Tributário, Trabalhista e

Previdenciário. isso terá que ser revisto até 2.030, sob pena de impedir o avanço do Brasil.

os controles tributários de uma empresa são mais difíceis e complicados do que os senhores imaginam. os contadores sofrem muito. o iCMs, por exemplo, sofre em média, cinco mudanças diárias só no Estado de sP.

Democracia está consolidada no Brasil. É praticamente impossível haver um golpe militar ou qualquer mudança no regime democrático.

nosso judiciário é forte e independente. Em nenhuma hipótese haverá intervenção dos outros poderes. isso é muito bom para a segurança democrática do país.

no Brasil tudo o que precisa ser feito já está mapeado. falta a liderança certa para programar as ações.

ConCLUsão: frase de EDUaRDo CaMPos nos dias anteriores ao acidente que o vitimou: “não podemos desistir do Brasil”.

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