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Como entender a Perspectiva Como entender a Perspectiva Prof. Laerte Galesso A Perspectiva Real – também conhecida como Fotográfica – é uma regra utilizada para se representar os objetos, construções, figuras e a natureza da maneira como são vistos pelo olho humano, em suas formas tridimensionais. Foi criada pelos arquitetos da Idade Média, que buscavam uma fórmula de representar os seus projetos de maneira mais realista possível.A regra consiste em situar uma linha imaginária (Linha do Horizonte) à altura dos olhos do observador, definindo, assim a sua posição em relação ao objeto ou cena observada; tudo que está abaixo da linha do horizonte é visto de cima para baixo; aquilo que está acima da linha é visto de baixo para cima e quando o objeto está localizado sobre a linha do horizonte, ou seja, no mesmo nível dos olhos do observador, não é possível enxergar nem a parte de cima nem a parte de baixo.

Como Entender a Perspectiva

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Como entender a Perspectiva

Como entender a PerspectivaProf. Laerte GalessoA Perspectiva Real – também conhecida como Fotográfica – é uma regra utilizada para se representar os objetos, construções, figuras e a natureza da maneira como são vistos pelo olho humano, em suas formas tridimensionais.

Foi criada pelos arquitetos da Idade Média, que buscavam uma fórmula de representar os seus projetos de maneira mais realista possível.A regra consiste em situar uma linha imaginária (Linha do Horizonte) à altura dos olhos do observador, definindo, assim a sua posição em relação ao objeto ou cena observada; tudo que está abaixo da linha do horizonte é visto de cima para baixo; aquilo que está acima da linha é visto de baixo para cima e quando o objeto está localizado sobre a linha do horizonte, ou seja, no mesmo nível dos olhos do observador, não é possível enxergar nem a parte de cima nem a parte de baixo.

Observando o Plano do Quadro em perspectiva, podemos compreender melhor este processo:a altura da linha de visão acompanha o observador, independente do local em que ele se encontra: sentado, em pé ou no alto de um edifício.

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A Linha de Terra é onde o observador está situado e o Ponto de Vista é aquele que coincide com os olhos do observador sobre a Linha do Horizonte.

Figura 2

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 3

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para

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desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 4

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 5

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para

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desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 6

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 7

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para

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desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 8

As profundidades dos objetos são definidas através de pontos colocados sobre a Linha do Horizonte, denominados “Pontos de Fuga”.

A posição desses pontos sobre a Linha do Horizonte depende do ângulo de visão do observador: se o objeto, ambiente ou cena estiver com uma das faces voltada para o observador, um ponto apenas é suficiente para desenhar tudo que estiver no mesmo plano. Neste caso, o Ponto de Fuga e o Ponto de Vista são o mesmo (figuras 3 a 9).

Figura 9

Se o observador deslocar-se, posicionando-se de canto para o objeto, ambiente ou cena, é preciso utilizar dois Pontos de Fuga (figuras 10, 11 e 12).

Figura 10

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Se o observador deslocar-se, posicionando-se de canto para o objeto, ambiente ou cena, é preciso utilizar dois Pontos de Fuga (figuras 10, 11 e 12).

Figura 11

Se o observador deslocar-se, posicionando-se de canto para o objeto, ambiente ou cena, é preciso utilizar dois Pontos de Fuga (figuras 10, 11 e 12).

A maioria dos trabalhos em perspectiva é resolvida com um ou dois Pontos de Fuga, mas existem casos em que são necessários três ou mais pontos.

Figura 12

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A compreensão das leis da perspectiva é muito importante para a elaboração de trabalhos de acordo com a regra. Quando observamos um cubo, por exemplo, sabemos que todas as faces são iguais. Porém, conforme a nossa posição em relação ao objeto e à Linha do Horizonte, podemos ver uma, duas ou no máximo três faces, ainda assim com “desenhos” diferentes. Na hora de desenhá-lo, precisamos estabelecer essas diferenças, construindo o cubo de maneira tridimensional, independente da perspectiva (figuras 13, 14 e 15).

ERRADO: a) o quadrado de trás é do mesmo tamanho que o da frente; b) as linhas de profundidade estão paralelas.

Figura 13

A compreensão das leis da perspectiva é muito importante para a elaboração de trabalhos de acordo com a regra. Quando observamos um cubo, por exemplo, sabemos que todas as faces são iguais. Porém, conforme a nossa posição em relação ao objeto e à Linha do Horizonte, podemos ver uma, duas ou no máximo três faces, ainda assim com “desenhos” diferentes. Na hora de desenhá-lo, precisamos estabelecer essas diferenças, construindo o cubo de maneira tridimensional, independente da perspectiva (figuras 13, 14 e 15).

ERRADO: a) as linhas do quadrado de trás não estão paralelas às do quadrado da frente; b) as linhas de profundidade estão "abrindo".

Figura 14

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A compreensão das leis da perspectiva é muito importante para a elaboração de trabalhos de acordo com a regra. Quando observamos um cubo, por exemplo, sabemos que todas as faces são iguais. Porém, conforme a nossa posição em relação ao objeto e à Linha do Horizonte, podemos ver uma, duas ou no máximo três faces, ainda assim com “desenhos” diferentes. Na hora de desenhá-lo, precisamos estabelecer essas diferenças, construindo o cubo de maneira tridimensional, independente da perspectiva (figuras 13, 14 e 15).

CERTO: a) o quadrado de trás é menor que o da frente; b) todas as linhas verticais e horizontais são paralelas; c) as linhas de profundidade estão fechando em direção ao Ponto de Fuga.

Figura 15

Se quiser enviar um comentário sobre esta oficina ou algum exercício feito a partir dessas informações, escreva para: [email protected] 

COMO DESENHAR EM PERSPECTIVA Prof. Laerte Galesso Para desenhar objetos usando a perspectiva, é necessário que você entenda como ela funciona. Portanto, leia primeiro o capítulo “Como entender a Perspectiva”.

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Agora que você conheceu as regras básicas, passemos à construção de objetos em perspectiva. 

Quero lembrar  que a perspectiva é uma convenção e não deve ser aplicada de forma tão rígida ao desenho e a pintura, o que causaria um resultado extremamente duro e frio. A não ser no caso de uma perspectiva técnica, comoum projeto de arquitetura ou interiores.

Desenhando com um ponto de fuga

Você reparou que a perspectiva pode ser construída com um, dois ou mais pontos de fuga. E que a maioria dos desenhos são feito com um ponto (quando o objeto tem uma das faces voltada para o observador) e com dois pontos (quando o objeto está de canto para o observador).Para construir qualquer objeto com um ponto fuga, siga esta seqüência:1º  Desenhe a parte do objeto que está frontal a você. Este lado não depende da perspectiva e não se altera (figura 1).Atente para que o objeto fique alinhado com as margens do papel.

2º  Defina a posição do objeto em relação à sua vista (linha do horizonte) ele está: a) Abaixo da linha do horizonte;

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b) Sobre a linha do horizonte (altura dos seus olhos); c) Acima da linha do horizonte. 

(figura 2).

Nota: é mais comum vermos os objetos de cima para baixo, ou seja, abaixo da linha do horizonte.

3°  O próximo passo é verificar a posição do objeto em relação ao observador (no caso você).a)      À esquerda do observadorb)      Na direção do observadorc)       À direita do observador

(figura 3).

4°  Imaginando que o objeto esteja abaixo da linha do horizonte e à esquerda do observador, trace a Linha do Horizonte e marque o ponto de fuga, evitando colocá-lo muito longe ou muito perto do objeto.

 (figura 4)

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5º  Partindo das extremidades da cadeira, puxe as linhas de profundidade do objeto para o ponto de fuga (figura 5).

6º  Defina a profundidade do objeto, lembrando que, pelo fato de a cadeira estar de lado, essa profundidade é bem menor do que se estivesse de frente.

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7º  Elimine as linhas auxiliares e reforce os contornos do objeto (figura 7)

DESENHANDO COM DOIS PONTOS DE FUGA

No exercício anterior, você aprendeu a construir objetos em perspectiva usando um ponto de fuga. Este recurso é utilizado quando uma das faces do objeto está totalmente de frente para o observador.Agora, quando o objeto está de canto, são necessários dois pontos de fuga. 

Para construir a mesma cadeira com dois pontos, siga a seguinte seqüência:

1º trace a linha do horizonte, coloque os pontos de fuga, evitando deixá-los muito próximo para que o objeto não fique distorcido nem muito separados para não prejudicar o volume. Faça uma linha vertical entre os dois pontos (Linha de Referência) (Figura 8).

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2° A partir desta linha desenhe um dos lados da cadeira, puxando as linhas de profundidade para um dos pontos de fuga (figura 9).

3º  Das extremidades da cadeira, puxe as linhas em direção ao outro ponto de fuga (figura 10).

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4° Defina a profundidade da cadeira, usando o primeiro ponto (figura 11). 

5° Complete os volumes de cadeira e apague as linhas auxiliares (figura 12).

Nota: Estes exercícios foram feitos no Corel Draw X4, mas podem ser executados em outros programas de desenho, como o Illustrator ou à mão livre.

Se quiser enviar um comentário sobre esta oficina ou algum exercício feito a partir dessas informações, escreva para: [email protected]