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Como fazer análise morfossintática?

Como fazer análise morfossintática

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Page 1: Como fazer análise morfossintática

Como fazer análise morfossintática?

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Dica:

Seguindo 5 passos...

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Antes de tudo:

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A primeira coisa a saber sobre a análise morfossintática é que temos o que chamamos de termos essenciais e termos acessórios da oração;

Os termos essenciais são dois: sujeito e predicado. Você os identifica facilmente a partir do verbo, já que é ele quem separa os dois grandes pedaços da oração;

Normalmente, o sujeito vem antes e o verbo depois, ou seja, vem primeiro o sujeito e depois o predicado. Dizemos que essas frases (orações) estão em sentido direto. Mas pode acontecer de esses termos estarem invertidos, logo, essas frases estarão em sentido inverso;

Tudo/todas as outras partes da frase que forem analisadas com mais detalhes são chamados de termos acessórios, e pode acontecer de mais de uma palavra formar toda uma parte. Nesse caso, sempre haverá um núcleo. Entre o que chamamos de termos acessórios, podemos citar: adjunto adnominal, predicativo do sujeito, adjunto adverbial, objeto direto entre outros.

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Agora vamos aos cinco passos para se fazer análise morfossintática:

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Primeiro passo:

Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração):

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Peraê!

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Antes você precisa relembrar algumas coisas...

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Primeiro:

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Temos as seguintes classes de palavras:

substantivo adjetivonumeralpronomeverboartigoadvérbio conjunçãopreposiçãointerjeição

nomes

conectivos

variáveis

Invariá-veis

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Segundo:

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Algumas classes de palavras (como as preposições e os artigos) podem se contrair ou se combinar. Veja alguns exemplos abaixo: Contração:

por + a = pelasde + a = dade + o = dode + um = dumde + ele = delede + esta = destade + isso = dissode + aqui = daquide + aí = daíde + outro = doutrode + um = dumcom + vós = convoscode + aquele = daquele etc.

Combinação:

a + o = aoa + a = àa + aquele = àquele

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Agora sim, vamos voltar à frase exemplo:

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Primeiro passo:

Faça a classificação das classes de palavras existentes na frase (oração):

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Segundo passo:

Identifique o verbo da oração, a ação (ou estado, ou fenômeno) que ele expressa pode remeter a um agente, isto é, ao sujeito (nem sempre sujeito será o mesmo que pessoa) da oração:

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Se você voltar ao primeiro passo, vai perceber algumas regularidades (coisas que se repetem) importantes. Por exemplo:

a) Geralmente os substantivos são antecedidos (isto é, vêm depois) de um artigo, não importa em como esteja sua flexão (em gênero ou número). Por esse motivo, os artigos são conhecidos como adjuntos adnominais, isto é, estão juntos ao nome;

b) Após os substantivos geralmente aparecem os adjetivos. Em outros casos, entre eles haverá apenas um verbo ligando-os, expressando estado ou qualidade (verbos como ser, estar, parecer, permanecer, andar, ficar podem ser alguns desses verbos ligando o substantivo ao adjetivo). Quando isso acontecer, esses verbos serão chamados verbos de ligação, e os adjetivos serão chamados de predicativo do sujeito, o que significa, em outras palavras, qualidade ou estado do sujeito da frase.

c) Algumas expressões podem aparecer após o verbo para dar ênfase a algo na frase, como de intensidade/quantidade (mais, menos, muito, pouco), modo (calmamente, furiosamente) lugar (aqui, lá) ou tempo (hoje, ontem, agora, amanhã). Se você QUISER colocar essas palavras em qualquer outra parte da frase, perceberá que elas não alteram seu sentido, mas estão intimamente ligadas ao verbo. Chamamos essas palavras, por esse motivo, de advérbios.

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Terceiro passo:

Após identificar algumas funções de cada parte da frase, passemos às demais (que estão destacas em vermelho):

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Obs.: você deve ter notado que o “à” antes de internet na frase é, na verdade, uma contração entre duas palavras: o artigo a e a preposição a.

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Outra dica:

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Você vai notar em muitas frases que, imediatamente após o verbo, podem aparecer as seguintes palavras: a, para, de, com, em, sobre, sob, até. Sobre elas, você deve considerar o seguinte:

a) Elas são chamadas de preposições, isto significa que elas reservam ou marcam, antecipadamente, o lugar de uma outra palavra que virá após o verbo. Se você voltar ao slide 7, vai notar que elas recebem também o nome de conectivos. Isso explica tudo!

b) Por causa da presença ou não dessas palavras após ele, o verbo pode ser chamado de transitivo direto (quando se liga à palavra seguinte sem precisar delas), ou indireto (quando se liga à palavra seguinte precisando do auxílio de uma delas).

c) Há casos em que o verbo pode precisar e não precisar ao mesmo tempo delas! Por isso, são chamados de transitivos diretos e indiretos. Para exemplificar, forme uma frase com o verbo dar e veja como as coisas ficam!

d) Em outros casos, diz-se que o verbo sozinho já tem sentido e, portanto, não precisa ser completado com qualquer outra palavra. Nesses casos, ele dispensa as preposições e, se aparecer alguma palavra após ele, com certeza se trata de um advérbio. Esse tipo de verbo é, por esse motivo, chamado de intransitivo. Exemplos deles são os verbos chegar, ir, morar, viver, deitar-se, levantar-se. Lembre de frases formadas por esses verbos e confira mesmo se o que aparece após eles são advérbios.

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Quarto passo: Agora que você já pode identificar o tipo de verbo

que é o verbo conectar, falta dar nome ao seu complemento, isto é, à palavra que vem logo após ele. O complemento do verbo será sempre chamado de objeto, e ele será direto ou indireto dependendo também se o verbo for uma coisa ou outra:

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Quinto passo: Às vezes pode acontecer de a frase ser muito longa e, depois de

você fazer a análise e identificar todos os elementos possíveis (sujeito, verbo, conectivos, objeto, adjunto adnominal, adjunto adverbial, predicativo do objeto), simplesmente “sobrarem” palavras que ficam sem uma das classificações acima. Elas podem na verdade estar exercendo outras funções sintáticas, como a de vocativo, aposto, complemento nominal, predicativo do objeto ou agente da passiva;

Veremos mais sobre essas outras funções sintáticas nas próximas aulas, mas, para aquecer tudo, vamos fazer a análise morfossintática dos dois primeiros versos do Hino Nacional.

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Recapitulando os passos:Primeiro passo: faça a classificação das classes de palavras, identificando as contrações e combinações que houverem na frase (oração);

Segundo passo: a partir do verbo, identifique quem é o sujeito da oração. Por meio dele, você já poderá ir para o terceiro passo;

Terceiro passo: identificados o sujeito e o predicado, você agora identifica as funções sintáticas das palavras que estão junto deles: adjunto adnominal, adjunto adverbial. Lembrando que o verbo e o sujeito também podem ser classificados;

Quarto passo: agora vamos nos concentrar especificamente nas palavras que vêm logo após o verbo. Se o verbo não for intransitivo, elas são chamadas de complementos verbais. Dependendo da transitividade do verbo (determinada pela presença ou ausência de preposições), podem ser: predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto, objeto direto e indireto.

Quinto passo: se “sobrarem” palavras, elas poderão ter as seguintes funções: predicativo do objeto, agente da passiva, complemento nominal, vocativo ou aposto. (sobre eles aprenderemos nas próximas aulas).

DICA: lembre-se de que toda função sintática tem um núcleo, mesmo que seja apenas uma palavra. Também a frases que podem não ter sujeito, mas isso veremos também mais à frente. Quando analisamos o que a conjunção “faz” em toda oração, estamos em outra etapa de análise, que, igualmente, veremos mais à frente, mas, por ora, podemos analisar o sentido que elas criam entre as partes da oração.

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Anexos

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Palavras que podem confundir tudo...! É apenas uma questão de saber com quem elas estão andando!

a) Os adjuntos adnominais, como já vimos no slide anterior, são palavras que estão junto ao nome, mais especificamente, ao sujeito núcleo da oração, que é sempre um substantivo. Quem também pode ser adjunto adnominal por estar ligado ao substantivo, se vier antes dele, são os adjetivos, artigos (como já vimos no slide anterior), numerais e pronomes. As locuções adjetivas também podem ser adjuntos adnominais, mas se estiverem após o substantivo;

b) Os complementos nominais podem ser confundidos com o adjunto adnominal, porque podem ocupar posições parecidas na oração, mas diferente dos adjuntos adnominais, que estão sempre ligados somente ao substantivo, os complementos nominais são sempre palavras ligadas ou a substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios. Nesse caso, os complementos nominais expressam, para diferenciá-los dos adjuntos adnominais quando estiverem ligados ao substantivo, o alvo da ação que o substantivo expressa.

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Conjunção: em geral são consideradas palavras vazias de significado, definidas apenas a partir de sua função na palavra.

o As conjunções não desempenham função sintática numa oração, apenas ligam termos de mesma função ou orações de período composto. Por isso, são chamados de conectivos;

o Nos períodos compostos, as conjunções marcam as relações de coordenação ou subordinação entre as orações de um período. Para compreender como elas marcam essas relações, veremos mais adiante como elas “conectam” as orações coordenadas sindéticas – e expressam relações de adição, adversidade, alternância, explicação e conclusão - e as orações subordinadas – que podem integrar orações, especificar partes de orações (as adjetivas) ou exercer as mesmas funções dos advérbios (adverbiais). (

(VEREMOS MAIS DETALHES SOBRE ELAS NO ESTUDO SOBRE PERÍODO COMPOSTO)

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Preposição: Assim como a conjunção, a preposição não desempenha função sintática, ela apenas une os termos. Por isso também é um conectivo, sendo, assim como a conjunção, responsável pela coesão textual. Nesse caso, ela estabelece algumas relações quando classes gramaticais que não podem se flexionar precisam “receber” uma solução para se combinarem:

Ex.: João Carroça subst. subst. masc. fem.

No exemplo acima, João e carroça não podem se “combinar” para estabelecerem uma relação de posse porque seus gêneros são diferentes (a flexão não poderia mudar os gêneros, não poderíamos transformar carroça em carroço* para combinar com o substantivo masculino João). Assim, a preposição de entra em ação para resolver esse problema, pois não precisa se flexionar (lembre-se, é uma palavra invariável). A oração fica assim:

Carroça de João.

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Para compreender

As preposições, pelo exemplo anterior, podem assumir inúmeros valores semânticos:

o lugar – Ver de perto.o origem – Ele vem de Brasília.o causa – Morreu de fome.o assunto – Falava de futebol / Discutiam sobre futebol.o meio – Veio de trem.o posse – A casa de Paulo está sendo reformada. o matéria – Usava um chapéu de palha.o companhia – Saiu com os amigos. o falta ou ausência – vivia sem dinheiro.o finalidade – Discursava para convencer.

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A preposição também exerce papéis específicos na regência verbal e nominal.

Ex.: Custou ao aluno aceitar o fato.

Na oração acima, o verbo custar tem o sentido de “ser difícil” e precisa da preposição a para reger o termo seguinte (custa a alguém). Essa regência considera, na língua coloquial, errada a oração: “O aluno custou para aceitar o fato.”

Mas sobre regência, veremos esse assunto no terceirão!

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Para compreender (cf. Ernani Terra, 2002, p. 207)

Certas palavras que se assemelham aos advérbios não possuem, segundo a Nomeclatura Gramatical Brasileira (NGB), classificação especial. São simplesmente chamadas palavras denotativas e podem indicar, entre outras coisas:

o inclusão – até, inclusive, também, etc.: Ele também foi.o exclusão – apenas, salvo, menos, exceto, etc.: Todos, exceto eu, foram

à festa.o explicação – isto é, por exemplo, a saber, ou seja, etc.: Ele, por

exemplo, não pôde comparecer.o retificação – aliás, ou melhor, ou seja, etc.: Amanhã, aliás, depois de

amanhã, iremos à festa.o realce – cá, lá, é que, etc.: Sei lá o que ele está fazendo agora!o situação – afinal, agora, então, etc.: Afinal, quem está falando?o designação – eis: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

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Referências bibliográficas

JUNIOR, Celso Ferrarezi. Sintaxe para a educação básica. São Paulo: Contexto, 2012.

SANTOS, Márcia Angélica. Aprenda análise sintática. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

TERRA, Ernani. Curso prático de gramática para o ensino médio. São Paulo: Scipione, 2002.

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