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COMO MAPEAMOS NOSSO AMBIENTE? – LUGARES E ESPAÇOS Tópicos em português para estrangeiros Multiculturalismo

Como mapeamos nosso ambiente? – Lugares e espaços · Como se marca um território? Canta-se? Fotografa-se? Registra-se em produtos consumíveis? Apresenta-se em livro de geografia?

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COMO MAPEAMOS NOSSO

AMBIENTE? – LUGARES E

ESPAÇOS

Tópicos em português para estrangeiros

Multiculturalismo

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O Brasil não conhece o Brasil... (nem

pode...)

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Símbolos dos espaços, dos lugares e dos

“deslugares” – João Baptista Ferreira de Mello.

Os lugares são repletos de símbolos transitórios ou

imorredouros, assim defendem os geógrafos do

horizonte humanístico. A simbologia não está

restrita aos centros de afetividade, despojamento

ou experiência. Os espaços vastos, desconhecidos e

distantes, bem como os “deslugares” monótonos, e

repetitivos reúnem igualmente símbolos de

grandezas variadas.

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Lugares e símbolos adquirem profundo significado

através dos laços emocionais tecidos ao longo dos

anos.

Conciliar, entender e decodificar o conteúdo

simbólico de magnitudes diferenciadas como pátria,

prédios, ginásios e as simples pedras do caminho

são tarefas a serem empreendidas nessas reflexões

inaugurais.

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Os lugares/símbolos são públicos, compartilhados.

O lar/lugar/pátria é, ao mesmo tempo, um

símbolo de união e congraçamento.

O fervor patriótico resulta do incentivo cultivado

pelo estoque de conhecimento e dos esforços

emocional e intelectual. Decorre de acontecimentos

corriqueiros e notáveis, do orgulho, das tradições e

do bem comum, ocorridos no chão dos ancestrais.

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Você reconhece essas imagens?

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Ah/ah/uh/uh/o Maraca é nosso!

Como se marca um território? Canta-se? Fotografa-

se? Registra-se em produtos consumíveis?

Apresenta-se em livro de geografia?

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Quem é o sujeito que dá nome à sua

rua?

Como se chama esse

lugar? Avenida

Independência ou

Avenida Itamar

Franco?

Quem foi Quintino

Bocaiúva?

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Copacabana, princesinha do mar...

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... não despertam maiores atenções, exceto a sensação de inutilidade de seus próprios artefatos, mas que hoje persistem com formas sem funções ou significados, na medida em que seus lugares feneceram na voragem do tempo.

Os anti-símbolos

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As ações de valorização e revitalização dos imóveis tombados e preservados do centro do Rio de Janeiro serão tema de um evento promovido pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), em parceria com a seção Rio do Instituto dos Arquitetos do Brasil, na próxima terça-feira (21).

Centro do Rio de Janeiro

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A simbologia (...) está em toda parte e mesmo nas diferentes conotações emprestadas aos vocábulos como centro, periferia, subúrbios e shopping centers, e em ritmos como samba ou tango.

Centro – rico em significados e para onde todas as coisas convergem. São grandes referências nas cidades.

Periferia – tons diversos.

Preterida, distante, escondida, empobrecida;

Enobrecida, rica, isolada, lugar da auto-segregação destinado àqueles que podem escolher onde e como morar.

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Subúrbios –

países centrais: conexão entre o esplendor do verde e a grandeza da cidade. Lugar de rico.

Países periféricos: divisão entre setores de pobreza, onde não chegam as condições de saneamento e de conforto e ilhas de riqueza – condomínios de luxo.

No Rio de janeiro, “subúrbio” assumiu uma expressão pejorativa, de espaço afastado, sendo o trem o veículo/símbolo de pobreza, cuja pecha somente nas últimas décadas começa a perder o fôlego em razão do avanço da classe média sobre os bairros da chamada zona suburbana.

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David Harvey – “os símbolos de riqueza, de

posição, de fama e de poder, assim como de classe,

sempre tiveram importância na sociedade

burguesa”. A ideia contagiou elementos de outros

extratos de renda. Nessa trilha, os shopping centers

aludem a essa preocupação com status, beleza e

prestígio.

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Espaços de recriminação, vergonha ou repulsa.

Os símbolos rejeitados

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Cemitérios. ( Cruz credo! Passa morte, que eu estou

forte!)

Pontos gay. (para um grupo, espaço de pecado;

para outro, espaço de liberdade).

Pichação. (grafiti pode!).

Religiões afro-brasileiras (Passa longe disso menina,

senão pega um espírito!)

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Criações humanas clonadas, monótonas em sua forma e até mesmo a enfadonha e uniforme porção oferecida pela natureza nos desertos ou nos pólos climáticos...

E o deslugar?

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Isso é feioso?

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E isso?

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Os artefatos pasteurizados e uniformes são

deslugares para os “outsiders”, a partir de suas

posturas estéticas, mas lugares para aqueles que

frequentam/experienciam essas construções

destinadas à pausa, ao movimento e à moradia.

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Na escala íntima, a restauração dos símbolos do

passado perpetua-se no movimento memorialístico,

nas lembranças das casas da infância e da

adolescência, dos lugares/símbolos outrora

frequentados e, por outro lado, adesão e posse da

memória coletiva, ou seletiva.

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Bibliografia

Textos:

MELLO, João Baptista Ferreira de. Símbolos dos

lugares, dos espaços e dos “deslugares”. UERJ, Espaço

e cultura, edição memorativa. 1993-2008, p. 167-

174.

Imagens: Facebook, Google...

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Com um colega, investigue seus próprios depósitos de imagens de Juiz de Fora.

A partir daí façam duas listas:

Quais são os lugares para vocês?

Quais são os lugares que vocês consideram representativos da cidade?

Agora é sua vez!