Comparacao Entre Niveis de Forca Explosiva de Membros Inferiores

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  • 8/13/2019 Comparacao Entre Niveis de Forca Explosiva de Membros Inferiores

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    2/512 Fitness & Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p.12, janeiro/fevereiro 2005

    ABSTRACTComparison Between Lower Limbs Power Strength LevelsBefore and After Passive Flexibilizing

    Stretching is habitually used before sportive practices to prepare the body to effortor to prevent injuries. However, in must times, its performed in maximal procedure(flexibilizing), inducing physiologic responses as OTG and FM activation, probablyaffecting the performance. Objective: The present study aimed to verify if there wasa decrease in lower limbs power strength levels after a passive flexibilizing exercisesroutine and, if thats true, for how long these effects may persist. Methods: Twentyone volunteers were selected: 15 males and 6 females. The subjects performed awarming-up in stationary cycle ergo meter during 5 minutes and, immediately afterthis, they executed a vertical jump test (countermovement Jump). In sequence, itwas made a passive flexibilizing session in lower limbs, with 3 sets of 10 seconds foreach kind of exercises and, immediately after this, the subjects performed a new jump (S2), and again with 10 minutes of rest time during 30 minutes after second.Results: The result obtained for the first jump (S1) was 33,60 + 7,71 cm, this jumpwas higher than the jump performed after the flexibilizing (S2), whose value was30,88 + 7,22 cm; the jump performed after 10 minutes of S2 (S3) resulted in 31,24+ 7,44 cm; the jump performed after 20 minutes of S2 (S4) resulted in 31,23 + 7,37cm; and the last jump, performed after 30 minutes of S2 (S5), resulted in 31,17 +7,48 cm. Conclusion: the present study showed that passive flexibilizing exercisesperformed before the Jump Test decreased power strength in lower limbs, once itwas observed an average difference of 7,07% between the jumps (S1) and (S2), afterthe passive flexibilizing exercises.

    Key words:power strength, passive flexibilizing, vertical jump.

    RESUMENComparacin Entre el Nvel de Fuerza Explosiva de los MiembrosInferiores Antes e Despus de la Flexibilizacin Pasiva

    El alongacin es frecuentemente aprovechado antes de las practicas deportivas comuna manera de se preparar el cuerpo para el esfuerzo o como una manera paraprevenir lesiones. Pero muchas veces el mismo es realizado de una manera mxim(flexibilizacin) ocasionando respuestas fisiolgicas como la activacin del rgtendinoso de golgi (OTG) e del huso muscular (HM) lo que puede repercutir dire

    mente en la performance. Objetivo: el presente estudio tiene por objetivo verificse ocurre una cada de los niveles de fuerza explosiva de los miembros inferiodespus de la realizacin de una rutina de ejercicios de flexibilizacin pasiva e,confirmada esa hiptesis, por cuanto tiempo duran los efectos. Metodologa: el gruseleccionado fue de 21 voluntarios, 15 hombres e 6 mujeres. Los mismos realizaun calentamiento en un ciclo ergmetro estacionario por un tiempo de 5 minutosdespus ejecutaran un teste (S1) de salto vertical (Contermovement Jump) despdesee fue realizada una sesin de flexibilizacin pasiva en los miembros inferiode cada un sujeto, con 3 series de 10 segundos de insistencia para cada ejerciciosubsecuentemente, los individuos realizaran nuevo salto (S2) que fue repetido a ca10 minutos hasta los 30 minutos despus del segundo salto (S2). Resultados: el sinicial (S1) su resultado fue el valor medio de 33,60 + 7,71cm siendo mayor quesalto realizado despus de la rutina de la flexibilizacin pasiva (S2) 30,88 + 7,22cel salto realizado despus de los 10 minutos del (S2) (S3) tiene un resultado de 31+ 7,44cm el salto despus de los 20 minutos (S4) resulto en 31,23 + 7,37 cm el ultimo salto (S5) que fue ejecutado 30 minutos despus de S2 resulto en 31,+ 7,48 cm por tanto ocurri una disminucin de 7,07% del valor medio entre losaltos S1 e S2 siendo esta diferencia diminuida para 4,42% entre S1e S3 pasanpara 5,89% no S4 e para 4,71% no S5. Conclusin: por medio del presente estudse puede concluir que la realizacin de ejercicios de flexibilizacin pasiva antesactividades que relacionen la fuerza explosiva de los miembros inferiores abajarendimiento hace visto que la diferencia media entre el salto (S1) e despus de flexibilizacin pasiva (S2) fue de 7,07%.

    Palabras clave:fuerza explosiva, flexibilizacin pasiva, salto vertical.

    INTRODUO

    Durante as prticas desportivas, coletivas ou individuais, emque sejam necessrios saltos, nota-se a importncia atribudaao aumento da impulso, ou seja, melhora na fora explosivaou potncia, definida como o tempo-ritmo para se realizar umtrabalho, ou P = (F x D): T, onde F a fora gerada, D a dis-tncia atravs da qual a fora movimentada e T a duraodo exerccio (MCARDLE et al. 1998).

    De acordo com Badillo e Ayestarn (2001), a fora explosivamxima definida como a relao tima entre a fora aplicadae o tempo empregado para tanto na manifestao da foramxima contra qualquer resistncia.

    Existem vrios mitos a respeito do desenvolvimento e da me-

    lhoria da fora explosiva durante o macrociclo de treinamentoe, principalmente, durante a competio. Neste trabalho, tra-taremos mais especificamente da influncia dos exerccios deflexionamento passivo realizados antes de atividades que neces-sitam de fora explosiva de membros inferiores. Antes, porm,torna-se necessrio estabelecer a diferena entre o trabalho dealongamento e o trabalho de flexionamento. Dantas (1999) osconceitua da seguinte forma:

    Alongamento: forma de trabalho, sub-mxima, que visa amanuteno dos nveis de flexibilidade obtidos e a realizaodos movimentos de amplitude normal com o mnimo derestrio fsica possvel. Obtm-se estes resultados pelas de-

    formaes agudas observadas nos componentes plsticos.

    Flexionamento: forma de trabalho, mxima, que visa obteruma melhora da flexibilidade atravs da viabilizao deamplitudes de arcos de movimento articular superiores soriginais. Fisiologicamente se caracteriza por provocar a aode pelo menos um dos proprioceptores musculares (fusomuscular e rgo tendinoso de golgi).

    Segundo Koury (2000), citado por Conceio et al . (2004) eDantas (1999), o aquecimento trmico antes de uma rotina deexerccios de flexibilidade aumenta a elasticidade dos tecidosmoles e diminui a viscosidade da fibra muscular, facilitandoassim o seu desempenho e diminuindo o risco de leso. Se ametodologia utilizada no aquecimento for o flexionamentodinmico, haver a ativao do fuso muscular, provocandoreflexo miottico e reduo de amplitude de movimentonos 30 a 40 minutos seguintes. Se, por outro lado, o mtodoutilizado for o flexionamento esttico, a ao sobre o rgotendinoso de golgi provocar a liberao do neuromediadorinibitrio, cido gama-amino butrico, na medula, provocandodiminuio da fora e da impulso por mais de 60 minutos(YOUNG e ELLIOT, 2001; CRAMER et al. 2004). Power et al . (2004) concluram em seu estudo que a performance de saltosno foi afetada pela execuo de exerccios de flexionamentoesttico, havendo somente uma diminuio na produo

    de fora isomtrica. Warren e Simon (2001), Young e Behm

    Keywords: power strength, passive flexibilizing, vertical jump.

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    (2003), Macneal e Sands (2003) demonstraram em suaspesquisas que a realizao de exerccios de flexionamentoesttico antes da execuo de saltos verticais produzem efeitosnegativos sobre a fora explosiva.

    Young e Behm (2003) compararam os efeitos da corrida (4 min),do flexionamento esttico dos msculos extensores do joelho eda execuo de saltos na produo de fora explosiva e perfor-mance de saltos. Foram envolvidos no estudo 13 homens e 3mulheres em diferentes tipos de aquecimento em uma ordemaleatria antes da realizao de dois saltos.

    O aquecimento era controlado da seguinte forma: 4 minutosde corrida, flexionamento esttico, corrida + flexionamento,corrida + flexionamento + execuo de saltos. Aps dois mi-nutos de repouso, um salto concntrico e um salto com queda(em profundidade) foram realizados. Os resultados mostraramque o flexionamento esttico, como aquecimento, produziu osmenores valores e a combinao corrida ou corrida + flexiona-mento esttico + execuo de saltos produziram valores maisaltos para a produo da fora explosiva.

    No existem diferenas significativas (p< 0,05) entre o grupocontrole e o grupo que utilizou a corrida + flexionamento comoaquecimento, visto que o grupo que realizou somente a corridaproduziu valores significativamente maiores do que o grupo decorrida + flexionamento como aquecimento para o salto emprofundidade (3,2%) e o salto em altura concntrico (3,4%) epico concntrico de fora (2,7%) e velocidade de desenvolvi-mento da fora (15,4%).

    Os resultados deste estudo indicam que a corrida sub-mximae a prtica de saltos como aquecimento tm um efeito posi-tivo, ao contrrio do flexionamento esttico, que apresentaefeitos negativos sobre a fora explosiva e a performance desaltos.

    Macneal e Sands (2003) investigaram se uma sesso de fle-xionamento passivo dos membros inferiores comprometeriaa realizao de saltos em um grupo de jovens ginastas. Asginastas foram orientadas a realizarem saltos em profundidadesob duas condies: 01 - sem flexionamento anterior e 02- imediatamente aps sesso de flexionamento esttico. Trsdiferentes exerccios de flexionamento para membros inferioresforam conduzidos para cada ginasta, com duas sries de 30segundos de insistncia. Aps o flexionamento, o tempo areo (AIR) foi significativa-mente reduzido (44 segundosversus 46 segundos, p

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    Jump Test Pro (ERGOJUMP, Brasil), que registra os temposde vo, sendo que a partir deste parmetro calculada aaltura do salto.

    A tcnica utilizada para o teste conhecida como Counter-movement Jump (CMJ) salto com movimento preparatrio,que descrita da seguinte forma: tcnica de salto verticalcom um movimento de preparao (contra-movimento) emque permitido ao executante realizar a fase excntrica

    para a seguir executar a fase concntrica do movimento. Oindivduo parte de uma posio em p, com as mos fixasna cintura e os ps paralelos e separados aproximadamente largura dos ombros, e se movimenta para baixo, realizandouma flexo das articulaes do quadril, joelhos e tornozelos. A transio da primeira fase (descendente) para a fase quevem em seguida (ascendente) acontece em um movimentocontnuo, no qual as articulaes so estendidas, e o maisrpido possvel. Desta forma, os mecanismos associadosao ciclo estiramento-encurtamento (CEE) podem ser utili- zados.Este salto tem sua aplicao na determinao do nvel defora explosiva dos membros inferiores (impulso vertical),bem como no diagnstico e controle da carga de treinamen-to. Pode ser usado, ainda, como um exerccio na preparaogeral e especfica em diversas modalidades esportivas (SZ-MUCHROWSKI, sd).

    Em seguida foi realizada uma sesso de exerccios de flexiona-mento passivo. Os movimentos foram realizados lentamente,at o limite normal do arco articular, forando-se alm destelimite, e permanecendo cerca de seis segundos. Logo aps, umnovo foramento foi realizado, procurando alcanar o maiorarco de movimento possvel. Neste ponto, o arco articularobtido foi mantido por 10 segundos. Os arcos mximos demovimentos articulares trabalhados foram: flexo do quadrilcom o joelho estendido e flexo dorsal do tornozelo, realiza-dos com o indivduo em decbito dorsal, e flexo do joelho,com o indivduo em decbito ventral. A rotina foi repetida trsvezes para cada exerccio, com intervalo de aproximadamentecinco segundos entre as sries. Aps a rotina de exerccios,os sujeitos realizaram mais quatro saltos sobre a plataforma:um imediatamente aps o flexionamento (S2) e os outros acada 10 minutos aps S2: S3, S4 e S5.

    Tratamento Estatstico

    Para o tratamento estatstico, foi utilizado o programa StatisticalPackage of Social Science (SPSS) 12.0 for Windows.Os resultados encontrados so apresentados na Tabela 1 e noGrfico 1. Na estatstica descritiva optou-se por apresentar amdia, mediana, desvio padro, erro padro e coeficiente devariao dos dados colhidos.Devido ao fato do coeficiente de variao ter se apresentadosuperior a 20% em algumas das mensuraes efetuadas, optou-sepor utilizar a mediana como medida de tendncia central maisadequada para a idade e para a altura dos saltos.

    Posteriormente, atravs do teste Kolmogorov-Smirnov, verificou-

    se o carter gaussiano da impulso vertical (Tabela 2).

    TABELA 2 RESULTADOS DO TESTE DE VERIFICAO DA NORMALID

    S1 S2 S3 S4 S5Kolmogorov-Smirnov Z 0,609 0,514 0,518 0,312 0,528P 0,852 0,954 0,951 1,000 0,943

    De acordo com os resultados apresentados na Tabela 2, notouque S1, S2, S3, S4 e S5 apresentaram uma distribuio prxda normalidade (p>0,05).

    Na estatstica inferencial foi utilizado o teste t pareado, cgrau de liberdade (gl) 20 e uma significncia de p

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