Comparacao Pessoa Camoes

8/18/2019 Comparacao Pessoa Camoes

http://slidepdf.com/reader/full/comparacao-pessoa-camoes 1/23

Lusíadas e mensagemo paralelo…



Da leitura d’Os Lusíadas ressalta […] a busca de uma solução re

para reverter a situação da pátria; dos poemas deMensagem, ressai,intensificada no poema final, “Nevoeiro”, a proposta de uma snão mais de dimensão umana, mas transcendente!

"! #erardinelli, “Os Lusíadas e Mensagem: um jogo intertextual ”, $%%%

& comparação entreOs Lusíadas e a Mensagem imp'e(se pelo pr)prio facto de esta ser, a al*uns s+culos ddist ncia e num tempo de decad-ncia, o novo canto pátria portu*uesa!

.ilvina /odri*ues 0opes, “&presentação "r1tica”,Mensagem de Fernando Pessoa, 0isboa2 3ditorial "omunicação, 4567



Luís Vaz de Camões

48972 :asco da ama parte de 0isboa para a via*em descobrimentos!

488$2 conflito com aspar #or*es; vai preso por conta disso,solto ap)s mandar uma carta com as suas desculpas ao nobre!

:ai para o <riente a serviço do rei de =ortu*al!

:isitou oa >4888? e @acau >4886? sendo nomeado =rovedde Defuntos e &usentes!

&cusado de irre*ularidades volta, preso, para oa a fim Austificar(se!



48B%2 "am'es está de novo em solo pátrio, traCconsi*o o manuscrito d’Os Lusíadas.

48B42 obt+m licença da nEuisição para publicar o Eue aconteceu no ano se*uinte, em 48B$! @antes, lera o poema a D! .ebastião!

@orre a 4% de Fun o de 486%!



Os Lusíadas

=ublicado em 48B$, com o auG1lio de .ebastião, do Eual recebeu uma tença anual!

nsere(se no movimento "lassicista!@arca o in1cio da 3ra @oderna da 01n*=ortu*uesa!/elata os descobrimentos portu*ueses e eGalttanto a nobreCa Euanto os feitos do pa1s!



“Os Lusíadas” – Umaepopeia

Hm poema +pico, ouEpopeia, + uma lon*a narrativa em verso,de carácter er)ico, baseada em factos ist)ricos, lendários mitol)*icos, prota*oniCada por um er)i!

& epopeia teve a sua ori*em na literatura *re*a e foi continuna literatura romana!

&s epopeias mais c+lebres dessas literaturas são a “<disseiaa “ l1ada” de Iomero, e a “3neida” de :ir*1lio!



“Os Lusíadas” – Estrutura

internaProposição"anto 3strofes 4 a J

< poeta indica o assunto da epopeia!

Invocação

"anto 3strofes 9 e 8> @ais tr-s invocaç'es ao lon*o daepopeia K "antos , : e L?

< poeta pede aAuda e inspiração Ms á*ides

>ninfas do eAo; "al1ope e Ninfas do eAo e do@onde*o?!

Dedicatória"anto 3strofes 7 a 46

< poeta dedica “<s 0us1adas” a D! .ebastião!

NarraçãoDe estrofe 45 do "anto at+ ao fim da obra

Narração em vários planos >=lano da :ia*em,=lano @itol)*ico; =lano das "onsideraç'es do=oeta e =lano da Iist)ria de =ortu*al

>encaiGado no plano da via*em?!



“Os Lusíadas” – estrutura externa

4% cantos >com nOmero variável de estrofes44%$ estrofes; <itavas; :ersos decass1labos er)icos >acento na 7P e s1labas?;3sEuema rimático abababcc >rima cruCadaseis primeiros versos, e emparel ada nos dOltimos?!



Fernando Ant nio !ogueira "essoa

4666 K 45J8!

Q considerado um dos maiores poetas da 01n=ortu*uesa, e o seu valor + comparado ao de "am'es

Durante a sua vida, trabal ou em Fornalismo, =ublic

"om+rcio e, principalmente, em 0iteratura!



.imbolista e modernista pelo sentido do ef+m

indefinição e insatisfação, bem como pela inovpraticada atrav+s de diversos camin os de formudo discurso po+tico >sensacionismo, paOlinterseccionismo?, foi marcado tamb+m pela pmusical e subAectiva, voltada, essencialmente, pmetalin*ua*em e para os temas relativos a =ortucomo o sebastianismo presente na obraMensagem!

3ste livro foi o Onico publicado em vida do autor!



#ensagem $%&'()“

#e ns ag $itat mol) em*+ o espíritomo,e a massa-. 3m DeCembro daEuele ano, *an a o pr+mio “&ntero de Ruenta

nsere(se no movimento literário @odernista!

&bre com uma proposição latina >Benedictus Dominus Deus Noster quidedit nobis signum?!

"omposto por 99 poemas!&presenta(se dividida em tr-s partes2

Brasão >45 poemas?; Mar Português>4$ poemas?; O Encoberto>4J poemas?!

=roposição Eue aponta,desde lo*o, para o carácterespiritual da obra!



Primeira Parte – Brasão

TEMPO DE PREP R !"O P R #ON$TR%!"OIMP&RIO

• &presentação de fi*uras mitol)*icas e ist)ricas Eue Scriaram’ =

T 3stabelecimento daessência >nobreCa? de =ortu*al;

T 3sta ess-ncia criou obra no passado >@ar =ortu*u-s? e pode crfuturo, no porvir >< 3ncoberto?;



‘ Bellum sine Bello>Sa *uerra sem *uerrear’?

& ep1*rafe latina desta primeira parte avisa(Eue a nova Dist ncia não se alcança pela for

Mensagem + um poema de fraternidade e depaC >simbolismo rosa(cruciano e templário?



SEGUNDA PARTE – MAR

PORTUGUÊSempo de realiCação e da Eueda;

empo em Eue se conEuista um mp+Eue depois se perde;Q preciso buscar uma nova Dist nc

um outro mar!Possessio Maris" ?.



Terceira Parte – O

Encobertoempo de espera;

empo de esperança na realiCação de umproAecto indefin1vel, transcendente, para lespaço e do tempo >Pax in Excelsis ?, para ládo Eue + dado M raCão umana con ecer!



Os Lusíadas e a #ensagem+

En/ontros...=reparação dos portu*ueses para a via*em de descobrimentanto em “#rasão”, deMensagem, como no "anto d’OsLusíadas#

&firmação do valor supremo da poesia;

"oncepção m1stica e missionária da ist)ria portu*uespreocupação arEuitect)nica2 ambas obedecem a um placuidadosamente elaborado, o reverso da vit)ria são as lá*rima

=oemas sobre =ortu*al e a nossa ist)ria >dimensão +pica?;



anto =essoa como "am'es seleccionam, a seu Aeito, a Iist)destacando as fi*uras Eue mais l es interessam para o pro*lobal da sua obra;

< elemento l1rico emMensagem e n’Os Lusíadas evidencia(seno pendor subAectivo dos dois poemas K i!e! na import

voC do poeta! 3ssa voC faC(se ouvir, no caso da obr$am%es, em momentos de auto(refleGão >Eue não eGistemMensagem? e na cr1tica M *ente da =átria, M “*ente suendurecida” >L, 498?!

Nos dois poemas, + sublin ado o dado matricial da cultura>Hlisses + colocado ao lado de fi*uras ist)ricas?;



&mbas sublin am a possibilidade e o deseAo de Eue =ortu*al seRuinto mp+rio;

< deseAo de superar e a consci-ncia do valor da poesia! "am'es superar os Santi*os’ substituindo a ficção pela verdade; =essoasuperar "am'es e conferir novo nimo M =átria;

&mbos os poetas destacam a fi*ura de Nun’Ulvares =ereira2 e$oroa no poema de =essoa, e o Sfort1ssimo leão’ n’Os Lusíadas#

.obre os peri*os do mar, =essoa e "am'es ima*inam duas fi*uras E

representam a mesma ess-ncia peri*osa de toda a aventura, do dede partir (Mostrengo >Mensagem? K fi*ura ameaçadora e a*ressiva, semtraços de umanidade vsda'astor >Os Lusíadas? ( dotado dacapacidade de amar!



Os Lusíadas e a #ensagem+0esen/ontros...

& primeira obra + optimista e representa o contentamento com a nase*unda apresenta, no final, uma desolação em relação M situação actpa1s;

3m Mensagem, a Iist)ria de =ortu*al + pensada M luC de um plano de diviEue somos resulta de um acto decom&sagra'(o, de al*o Eue + predito por Deusn’Os Lusíadas, a intervenção divina aparece comocom)lemento do valor dos=ortu*ueses, valor supremo capaC de escapar M lei da morte;

3mMensagem, D! .ebastião + o s1mbolo da loucura positiva, da sede de inEue caracteriCa o ser umano Eue pretende ultrapassar a sua pr)pria nan’Os Lusíadas, D! .ebastião + o “ er)i +pico em pot-ncia”, uma veC Eue o de conEuistar o Norte de Ufrica ainda povoava as mentes da +poca! dedicat)ria, "am'es incentiva o rei a novas empresas b+licas;



3m =essoa, o amor e o sentimento são transpostos para uma esftranscendente K o deseAo, emMensagem* + o deseAo de ummito#n’OsLusíadas, o tratamento po+tico do amor entre um omem e uma m

sublima(se;Notamos na obra pessoana o uso de s1mbolos Eue nos remetem"avaleiros emplários, ao .anto raal, M @açonaria e M /osac"am'es não o faC;

Os Lusíadas K poema +pico >primaCia da narração e da descricaracter1sticas da epopeia;Mensagem &poema +pico(l1rico >caráctemais abstracto e interpretativo?;

3m Mensagem, =essoa selecciona “fi*uras de pensamento” e dcontemplação dotadas de uma capacidade visionária sin*ular >eDinis, o Splantador de naus a aver’?; n’Os Lusíadas, "am'es >ou osseus narradores?, selecciona reis Eue se destacaram pela sua “feiçactiva” e acção b+lica >eG! D! &fonso e D! &fonso :?;



< mar n’Os Lusíadas + possibilidade de realiCação, coisa presente eGterior; emMensagem, si*nifica promessa e desafio, o IoriConte po

buscar;N’Os Lusíadas, o poeta prev- o defin amento da pátria, a decad-ncdo mp+rio! @as, ao mesmo tempo, aponta a possibilidade drenascimento, a Eue a acção de D! .ebastião deveria dar in1cio=essoa, a ideia de um novo mp+rio Sfeito de @at+ria’ K umterreno a alcançar pela acção b+lica dos omens K + posta de par

Os Lusíadas foi composto no in1cio do processo de dissoluçãoimp+rio eMensagem publicada na fase terminal de dissolução dimp+rio;

Os Lusíadas tem um carácter predominantemente narrativo e pouabstractiCante, enEuanto + Mensagem tem um carácter menosnarrativo e mais imperativo e cerebral!



12#3OLO42A 5 #E!1A4E#Brasão(O passado inalterável;#a'po( Espaço de vida e de acção;#aste)o(Refúgio e segurança;*uinas(Chagas de Cristo – di ensão espiritual;#oroa( perfeição e poder;

Ti'bre( arca – sagração do her!i para u a issão transcendente;+ri o(terra e c"u – criação de u a o#ra terrestre e celeste;Mar(vida e orte$ ponto de partida$ reflexo do c"u$ princ%pio asculino;Terra(casa do ho e $ espelho do c"u$ para%so %tico$ princ%pio fe inino;Padrão( arco$ sinal de presença$ o#ra da civili&ação cristã;

Mostrengo(o desconhecido$ as lendas do ar$ os o#stáculos a vencer;

Nau( viage $ iniciação$ a'uisição de conheci entos;I)-a( refúgio espiritual$ espaço de con'uista$ reco pensa do sacrif%cio;Noite( orte$ te po de in"rcia$ te po de ger inação$ certe&a da vida;Man-ã( lu&$ felicidade$ vida$ o novo undo;Nevoeiro( indefinição$ pro essa de vida$ força criadora$ novo dia(



Documents

Comparacao Pessoa Camoes