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COMPARAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E O TEMPO MEDIDO PARA O PROCESSO DE CHECK-IN ENTRE AEROPORTOS PÚBLICOS E CONCESSIONADOS Reinaldo Moreira Del Fiaco (IME ) [email protected] Patricia Regina da Silva Zaluski (PUC ) [email protected] Tafarel Carvalho de Gois (FAPRO ) [email protected] Filipe Souza de Jesus (IME ) [email protected] O presente trabalho é motivado pela necessidade de reflexão crítica sobre a experiência dos usuários do transporte aéreo brasileiro quanto à recente privatização dos aeroportos. Este artigo busca analisar os níveis do serviço prestado peloss Aeroportos Públicos (A.P.) e Aeroportos Concessionados (A. C.) no período de 2013 a 2015. Os serviços avaliados foram a percepção dos usuários quanto ao tempo de filas geradas nos processos de check-in quanto a percepção dos usuários na fila. Para analisar os resultados obtidos foi realizado a Análise de Variância (ANOVA) e de Regressão Linear Simples, baseado em gráficos de dispersão. Os resultados obtidos apontam que não há indícios de relação entre a nota de percepção dos usuários com o tempo de fila, ou seja, o tempo de fila não influência a avaliação processos de check-in. Palavras-chave: Análise da Variância, Administração aeroportuária, Desempenho Operacional, Concessões. XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

COMPARAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E O TEMPO … · qualidade dos serviços nos Terminais de Passageiros (TPS) começaram por iniciativa da Federal Aviation Administration

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COMPARAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS

USUÁRIOS E O TEMPO MEDIDO PARA

O PROCESSO DE CHECK-IN ENTRE

AEROPORTOS PÚBLICOS E

CONCESSIONADOS

Reinaldo Moreira Del Fiaco (IME )

[email protected]

Patricia Regina da Silva Zaluski (PUC )

[email protected]

Tafarel Carvalho de Gois (FAPRO )

[email protected]

Filipe Souza de Jesus (IME )

[email protected]

O presente trabalho é motivado pela necessidade de reflexão crítica

sobre a experiência dos usuários do transporte aéreo brasileiro quanto

à recente privatização dos aeroportos. Este artigo busca analisar os

níveis do serviço prestado peloss Aeroportos Públicos (A.P.) e

Aeroportos Concessionados (A. C.) no período de 2013 a 2015. Os

serviços avaliados foram a percepção dos usuários quanto ao tempo de

filas geradas nos processos de check-in quanto a percepção dos

usuários na fila. Para analisar os resultados obtidos foi realizado a

Análise de Variância (ANOVA) e de Regressão Linear Simples,

baseado em gráficos de dispersão. Os resultados obtidos apontam que

não há indícios de relação entre a nota de percepção dos usuários com

o tempo de fila, ou seja, o tempo de fila não influência a avaliação

processos de check-in.

Palavras-chave: Análise da Variância, Administração aeroportuária,

Desempenho Operacional, Concessões.

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1 Introdução

Ao analisar a literatura internacional, nota-se uma tendência na adoção de privatizações

aeroportuárias como maneira de melhorar os níveis de serviços prestados. Entretanto, existe o

interesse, tanto da administração pública quanto da administração privada de melhorar e

medir continuamente a eficiência dos processos aeroportuários. As pesquisas para avaliar a

qualidade dos serviços nos Terminais de Passageiros (TPS) começaram por iniciativa da

Federal Aviation Administration (FAA) em 1968, considerando o aumento, àquela época, do

volume de passageiros e da complexidade das ações para aeroportuárias com o início da

chamada “Era a Jato” (CHILEMBWE, 2014).

Para Bandeira (2008) a percepção dos usuários quanto a satisfação sobre os diversos

componentes dos Terminais de Passageiros (TPS) motiva a administração aeroportuária a

priorizar investimentos com maior precisão e analisar o desempenho de suas ações, buscando

sempre atender às necessidades dos clientes.

O presente trabalho é motivado pela necessidade da reflexão crítica sobre a experiência dos

usuários do transporte aéreo brasileiro, quanto à recente privatização dos aeroportos. O

objetivo é comparar a percepção dos usuários em relação ao tempo de fila no check-in em

aeroportos de administração pública e aeroportos concessionados. Os dados analisados foram

obtidos no Relatório Geral dos Indicadores de Desempenho Operacional, publicado

trimestralmente pela Secretaria de Aviação Civil.

O trabalho é dividido numa revisão da literatura com um panorama do financiamento da

Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO) e do novo modelo de

concessão dos aeroportos brasileiros, seguido por uma revisão sistêmica das pesquisas em

aeroportos, seguido pela metodologia, composta do Relatório Geral dos Indicadores de

Desempenho Operacional e de uma Análise da Variância. O artigo finaliza com resultados,

conclusão e referências bibliográficas.

2 Revisão da literatura

2.1 Aeroportos concessionados e da administração pública

O Código Brasileiro de Aeronáutica (Brasil, 1986) define que os aeródromos civis podem ser

subdivididos em públicos, públicos restritos e privados. Os aeródromos públicos são

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destinados à movimentação de aeronaves para o transporte aéreo comercial e geral. Os

públicos restritos pertencem às empresas governamentais que possuem outorga para a

movimentação no aeródromo, e os privados são de uso exclusivo do proprietário, sendo

vedada a exploração comercial.

A INFRAERO foi criada em 12 de dezembro de 1972, pela Lei n° 5.862, como empresa

pública com o fim de implantar, administrar, operar e explorar economicamente a

infraestrutura aeroportuária no país. A modernização das aeronaves e das empresas aéreas

exigiam melhor infraestrutura e segurança para suas operações. Portanto, a atuação da

INFRAERO em seu papel na aviação brasileira relaciona-se à estrutura necessária para

construção, operação e manutenção dos aeroportos (BARAT, 2012).

Segundo Cappa (2013), o financiamento da INFRAERO era provindo do princípio da

compensação, na qual os recursos dos aeroportos superavitários são investidos em aeroportos

deficitários. Outras fontes eram oriundas do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos

(PROFAA) e do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC).

Porém, com a chegada do século XXI e as crises no setor aeronáutico, muitas empresas

brasileiras faliram, causando uma crise econômica para a INFRAERO, entretanto, Cappa

(2013) cita outros fatores que motivaram a crise, cabendo destacar a demora na execução de

projetos para modernizar e ampliar aeroportos. Com o salto de 15% no número de passageiros

entre 2010 e 2011, além da demanda prevista para 2014 com a Copa do Mundo no Brasil, o

Governo observou a necessidade de conceder os aeroportos à iniciativa privada, sendo alguns

com a participação de 49% da INFRAERO e 51% para as organizações privadas.

A privatização é usada como ferramenta para promover a competitividade da aviação com

outros modos de transporte, empregando a visão empresarial da iniciativa privada na busca

por eficiência em cada processo aeroportuário. Como consequência, passa a ser gerador de

demanda para usuários, empresas aéreas e demais empresas que compõem os serviços

aeroportuários (ROLIM et al., 2016).

Em 2011, a Casa Civil da Presidência da República, por meio do decreto N. 7.624, de 22 de

novembro dispôs sobre a exploração da infraestrutura de aeroportos públicos pela iniciativa

privada, dando início ao Plano de Concessão de Aeroportos Federais (BRASIL, 2011). A ação

do Governo Federal com o Plano de Concessão seguiu as tendências mundiais para o

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desenvolvimento do setor aéreo para países emergentes, além de promover a arrecadação com

o repasse de outorgas (ROLIM et al., 2016).

A concessão dos aeroportos de Governador Aluízio Alves, Brasília, Confins, Rio de Janeiro

(GIG), Guarulhos e Viracopos garantiram ao governo 85,99 milhões de reais aos cofres

públicos. Em uma segunda rodada de concessão, prevista para ser realizada em 2016, serão

privatizados os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Salgado Filho. Com as

novas privatizações o número de aeroportos controlados integralmente pela INFRAERO

passou de 60 em 2015 para 56 (SAC ONLINE, 2015).

Em 2015, o Programa Aviação Civil, o Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) e o Programa

de Investimento em Logística (PIL) constituíram os três principais programas para a assegurar

o desenvolvimento da aviação civil e promover a integração do setor com às demais

modalidades de transportes. Esses programas, que também visam a arrecadação de dinheiro

junto com a Concessão de Aeroportos, pretendem maximizar ganhos com aeroportos

lucrativos, reduzir custos e promover a regulação por benchmarking (MACHADO, 2012;

RENZETTI, 2015).

2.2 Modelos de pesquisas em Sistemas Terminais de Passageiros (TPS)

Para Bandeira e Correia (2012), a administração de TPS deve ter suas filosofias empresariais

orientadas à busca de entender e satisfazer seus usuários em todos os seus níveis de

exigências. Os conceitos de SHAW (2007) enxergam o marketing nos aeroportos como um

processo de inovação no qual é necessário identificar e antecipar os desejos dos usuários

quanto aos serviços praticados nos aeroportos. Portanto, as organizações mesmo dentro de um

ambiente regulamentado como o da aviação, precisam ser dinâmicas para acompanhar as

necessidades de seus usuários.

Os terminais aeroportuários, bem como as empresas aéreas que os utilizam, precisam

considerar o envolvimento dos usuários com o meio, e nesse sentido, mensurar a performance

dos terminais de passageiros em toda a sua dimensão para que a infraestrutura seja melhorada,

nas especificações de tamanho da estrutura física do aeroporto, ergonomia e quantidade de

recursos para os processos de embarque e desembarque (Bandeira, 2014).

Para Bandeira e Correia (2012), os gargalos provocados no processamento dos passageiros em

fase de check-in e inspeção de segurança podem causar filas e levar a níveis intoleráveis ou de

insatisfação dos usuários quanto ao aeroporto. Os níveis de tolerância e o tamanho da fila são

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relacionados à capacidade teórica de processamento e ao nível de serviço proposto pela

administração do TPS. O AHP (Analytical Hierarchy Process) foi o método escolhido por

Bandeira, Correira e Wirasingue (2007); Bandeira (2008); Maia et al. (2010); Bandeira e

Correia (2012) para realizarem análises dessa natureza.

Holanda [2013] utilizou os resultados do Relatório de Desempenho Operacional de 2013 da

Secretaria de Aviação Civil. Foram avaliados os 47 itens do relatório ao relacionar uma

variável com outra por meio de uma função de avaliação de reta dado por ʄ(x) em uma

regressão linear. Entretanto, para Holanda (2013) os resultados não provam matematicamente

as relações de desempenho entre os aeroportos. Nesse sentido, o autor sugeriu que seriam

necessárias mudanças na metodologia de análise dos dados, sendo necessário um tratamento

estatístico e utilização de mais parâmetros quantitativos.

O modelo de Rolim et al. (2016) utilizou resultados da demanda do número de passageiros

entre 2011 e 2012 nos principais aeroportos de saída internacional que são SBBR (Galeão),

SBGR (Guarulhos) e Viracopos (SBKP). Os autores chegaram a três resultados. No primeiro

apresentaram que, quanto mais flexível a administração aeroportuária, melhor é para o

desenvolvimento de estratégias para as empresas aéreas; no segundo resultado, os autores

mostraram que um aeroporto bem representado possui um bom potencial de penetração no

mercado; e o terceiro tratou da notícia da privatização das empresas aéreas, que adiantaram

estratégias para se fortalecerem perante aos concorrentes e estabeleceram políticas com os

representantes das concessões.

Tabela 1 – Análise sistêmica quanto às metodologias utilizadas para pesquisa em aeroportos

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A Tabela 1 apresenta as principais metodologias de pesquisa para avaliação de eficiência

aeroportuária.

3 Metodologia

Neste trabalho o enfoque principal será a percepção dos usuários quanto ao tempo de filas

geradas no processo de check-in. A metodologia é baseada no método estatístico no qual visa

obter, apresentar e analisar as características ou valores numéricos para a tomada de decisão.

O trabalho seguiu os passos do método estatísticos no qual se dividisse em definição do

problema, formulação da coleta de dados, apresentação das unidades de observação, análise

dos resultados e divulgação dos resultados.

Os métodos estatísticos escolhidos para aplicação dos resultados foi a Análise da Variância

(ANOVA) e de Regressão Linear Simples, com base em gráfico de dispersão, conforme

aplicado por Falcão (2012), Holanda (2013) e Bandeira et al. (2014) para avaliar os processos

quanto aos serviços prestados e as suas relações no aeroporto.

Para identificar as principais pesquisas relacionadas com o tema em questão, foi empregada a

análise sistêmica da literatura, apresentada na Tabela 1, ao explorar nos repositórios de artigos

científicos da CAPES e Science Direct os termos “Eficiência de Aeroportos”, “Eficiência

Aeroportuária” e “Níveis de Serviços em Aeroportos”, tanto em português quanto em inglês.

Outra separação foi feita quanto aos artigos sobre o chamado “lado terra” que envolvem

prédios do terminal, pistas para acesso de veículos, áreas de estacionamento e vias de acesso

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ao aeroporto e instalações de transporte. Também foram feitas buscas nos bancos online de

monografias, dissertações e teses da Universidade de Brasília, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Santa Catarina, Instituto

Tecnológico da Aeronáutica e Instituto Militar de Engenharia.

3.1 Relatório geral dos indicadores de desempenho operacional

Os resultados desta pesquisa são baseados no Relatório de Desempenho Operacional dos

Aeroportos nos trimestres dos anos de 2013, 2014 e 2015, da Secretaria da Aviação Civil

(SAC). A pesquisa ocorreu em 15 aeroportos de administração pública e concessionados. Os

aeroportos foram selecionados com base no critério de constituírem as cidades sedes da Copa

do Mundo de 2014: Manaus (SBEG), Cuiabá (SBCY), Guarulhos (SBGR), Congonhas

(SBSP), Viracopos (SBKP), Curitiba (SBCT), Fortaleza (SBFZ), Recife (SBRF), Salvador

(SBSV), Brasília (SBBR), Confins (SBCF), Galeão (SBGL), Santos Dumont (SBRJ) e Porto

Alegre (SBPA).

A metodologia utilizada pela SAC consistiu em entrevistas presenciais. Foi utilizado um

formulário padrão, aplicado nos ambientes de coleta nas salas de embarque e a distribuição

amostral foi definida em função do fluxo de passageiros no embarque doméstico e

internacional, tendo o nível de confiança de 95%. A coleta de dados nos três anos soma

198.376 entrevistados, e o total de passageiros nestes aeroportos foi de 483.217.655 usuários

(INFRAERO 2013; 2014; 2015; SAC 2013; 2014; 2015). Ou seja, a amostra representa

0,04105% do total de passageiros nos três anos de pesquisa.

Os usuários entrevistados atribuíram notas de 1 a 5 para cada questão, conforme Escala

Likert. A mesma escala e classificação de notas também foi usada por Falcão (2012). Esta

escala tem como finalidade apresentar respostas psicométricas. Este trabalho teve como foco

os resultados gerais de um questionário voltado ao check-in. Os subitens analisados foram a

percepção do tempo de fila de check-in e o tempo medido no mesmo. Os resultados de cada

item e subitem foram analisados no Software Microsoft Excel. Os resultados obtidos são

apresentados na tabela 2.

3.2 Análise da Variância (ANOVA) e Regressão Linear Simples

Segundo Matozo et al. (2012), a ANOVA é baseada na decomposição da soma dos quadrados

e no grau de liberdade entre as variáveis de resposta Y. Este modelo de regressão simples

observa o desvio em relação à média que é decomposta e ajustada pela regressão, e somada ao

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desvio do valor ajustado em relação à média. O valor de resposta Y é representado por (Yi –

Ŷ) e sua formula com a soma dos quadrados apresentada pela equação 1.

Equação 1 – Soma dos quadrados

A ANOVA permite que grupos sejam comparados ao utilizar variáveis contínuas, sendo a

análise um teste paramétrico, contínuas e com grupos independentes. A influência dos fatores

constitui o aspecto onde se verifica a veracidade das hipóteses H0 e H1, em que os níveis dos

fatores são iguais ou pelo menos um nível do fator é diferente, respectivamente (Costa Neto,

2002).

A partir de Holanda (2013) consideramos que as notas apresentadas em relatórios de

pesquisas são valores contínuos, no qual muitas vezes são contidos em conjuntos limitados e

podem ser inferidos por grandezas de tempo ou controladas por no máximo 2 variáveis. As

variáveis podem ser de resposta ou variável dependente. Neste artigo a variável dependente

será o tempo de fila e a variável resposta a percepção do usuário quanto a fila de check-in.

A ANOVA é construída dentro de uma tabela no qual facilita a análise dos resultados. Um

dos resultados é o F critico que depende do Erro α e dos Graus de Liberdade (GL) entre

grupos (1) e dentro dos grupos (η -2), já o total por (η -1). O Erro α considerado neste

trabalho é de 0,05, ou 95% de confiança nos dados, mantendo o utilizado por Bandeira

(2014). Como regressão é considerado o tempo medido do item 4.2 - Tempo de fila na

inspeção, e os resíduos como a média da percepção dos usuários [Costa Neto 2002]. As

formulas empregadas para a SQ, Média dos Quadrados (MQ), F crítico e valor-p encontra-se

na tabela 2.

Tabela 2 – Modelo de Construção da Tabela ANOVA

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Fonte: Adaptado de Costa Neto (2002)

A aplicação da Regressão Linear Simples utilizada é baseada no modelo de Bandeira [2014].

Na interpretação dos dados da Regressão Linear Simples deve se buscar o parâmetro β0

(coeficiente linear, eixo Y) e β1(reta regressora, no eixo x), no qual deve-se supor a relação

matemática entre os eixos (X, Y), a média do erro sendo nula e considerando que x são fixos

[Costa Neto 2002].

4 Resultados

4.1 Relatório geral dos indicadores de desempenho operacional

A tabela 3 corresponde às médias da percepção e do tempo de fila no check-in. Na primeira

linha está a média da percepção e na segunda linha o tempo médio da fila em valores

decimais, ou seja, 60 minutos correspondem a 1,0.

Tabela 3 – Médias da percepção e do tempo de fila no check-in

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Fonte: Adaptado de SAC (2014; 2015; 2016)

4.2 Percepção quanto à fila e ao tempo medido no check-in

As tabelas 4 e 5 mostram a percepção dos usuários e o tempo medido de check-in entre os

anos de 2013 até 2015. Os aeroportos de administração concessionada (A.C.) possuem uma

média maior e o tempo em fila menor do que os de administração pública (A.P.), (4,1653;

0,008601) e (4,1359; 0,005556) respectivamente. Tal qual, as variâncias da percepção nos

A.P. são maiores que o de A.C, e a variância do tempo de check-in dos A.C é menor do que a

dos A.P. (0,05608; 0,008601) e (0,0303022; 0,0055569), respectivamente.

Tabela 4 – ANOVA quanto à fila e o tempo medido de check-in – Aeroportos Concessionados

Os resultados das tabelas 4 e 5 e os P-valores (4,9E-10; 1,3E-20) mostram que não há relação

entre os níveis da média, pois são muito inferiores ao nível de significância α (0,05). Portanto,

pode-se rejeitar a hipótese nula de igualdade entre elas, ou seja, não é possível determinar

qual a influência do tempo de fila quanto à percepção dos usuários.

Tabela 5 – ANOVA quanto à fila e o tempo medido de check-in – Aeroportos Públicos

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A figura 1 mostra que os Aeroportos Públicos (A.P.), linha laranja, são mais eficientes quanto

ao tempo de fila em comparação com os Aeroportos Concessionados (A.C.), linha azul, sendo

demonstrado pela equação y = - 0,2957x + 1,23823.

Figura 1 – Percepção quanto à fila e ao tempo medido no check-in

Na Figura 1 também é possível observar que o Coeficiente de Determinação dos A.P. é maior

do que dos A.C. mostrando menor dispersão entre as médias dos A.P. na regressão linear, por

outro lado, não é possível determinar uma relação entre os fatores tempo e percepção, já que

coeficiente linear está longe do coeficiente 1.

5 Conclusão

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A recente concessão dos principais aeroportos brasileiros é um evento recente, entretanto,

vários modelos podem ser desenvolvidos para contribuir para a melhoria dos serviços com os

usuários. Vimos que muitos autores possuem histórico na pesquisa da percepção dos usuários

e de avaliação dos serviços aeroportuários.

Os resultados utilizando o método da Análise da Variância (ANOVA) mostraram que não são

ideais para relacionar as percepções dos usuários com o tempo medido de fila, pois em todas

as comparações o Valor-p ficou muito abaixo do nível de significância da hipótese.

O resultado do Coeficiente de Determinação na figura 1 mostra que não há relação

significante entre a nota da percepção dos usuários, tanto nos aeroportos públicos quando nos

concessionados. Assim, há uma disparidade na percepção dos usuários quanto ao tempo de

fila. Portanto, o tempo de fila não influência na nota dos usuários.

Novos testes podem ser feitos a partir do relatório desenvolvido pela Secretaria de Aviação

Civil (SAC) e a eficiência dos funcionários dos funcionários do check-in. Faltam também

melhores relações estatísticas quanto ao volume dos usuários nos aeroportos e as médias entre

os itens avaliados pela SAC, assim como sugerido por Bandeira (2014). Também como a

inclusão de novas ferramentas e parcerias com empresas aéreas para aumentar a amostra

estatística sobre o total de passageiros embarcados e desembarcados nos aeroportos

brasileiros.

Sugere-se também que seja feita uma comparação entre os aeroportos concessionados e os de

administração pública que concentram mais de 15 milhões de usuários ao mês/ano, de 5 a 15

milhões de passageiros/ano, e até 5 milhões de passageiros/ano. A SAC poderia disponibilizar

a quantidade de recursos nos aeroportos para o atendimento aos usuários em cada item de sua

pesquisa. Assim, seria possível realizar aplicações de métodos como a Análise Envoltória de

Dados, Regressão Linear Simples e a ANOVA.

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