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COMPARATIVO DO CUSTO BENEFÍCIO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA E OS SISTEMAS STEEL FRAME E WOOD FRAME dezembro/2015 1 ISSN 2179-5568 Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015 COMPARATIVO DO CUSTO BENEFÍCIO ENTRE O SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA E OS SISTEMAS STEEL FRAME E WOOD FRAME Letícia Pereira Alves[email protected] MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia & Qualidade da Construção. Instituto de Pós-Graduação - IPOG Uberlândia, MG, 09 de março de 2015. Resumo Neste trabalho é feito um levantamento comparativo acerca das características de produção e produtividade, velocidade construtiva, mão de obra, impacto ambiental, desperdício, desempenho térmico e acústico e patologias construtivas entre o sistema convencional em alvenaria e os sistemas construtivos a seco, steel frame e wood frame, a fim de buscar respostas sobre qual sistema construtivo é mais vantajoso para o mercado com relação aos custos, velocidade de construção e qualidade. O trabalho contextualiza a atual circunstância em que se encontra a construção civil no Brasil com relação ao emprego de tecnologias produtivas e o uso do sistema convencional de construção. Para a proposta deste trabalho foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos, teses e dissertações além de um estudo de caso em um empreendimento de construção convencional na cidade de Uberlândia, foram coletadas informações acerca da obra e levantamento de custos para elaboração de planilhas comparativas entre os sistemas citados. Os resultados encontrados indicam que o sistema convencional não é a melhor opção para se construir atualmente e conclui se que a tendência da construção civil é a industrialização de seus processos construtivos, sendo os sistemas steel frame e wood frame opções seguras e viáveis econômico, social e ambientalmente. Palavras-chave: Steel frame. Wood frame. Construção convencional. 1. Introdução O avanço tecnológico na construção civil é tão imprescindível quanto inevitável. A indústria da construção é tida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico-social, mas em contrapartida, é uma das atividades humanas que mais geram impactos ambientais, tanto pelo consumo de recursos naturais, quanto pela alteração da paisagem e geração de resíduos, e a tecnologia é uma aliada para desenvolver novas práticas e soluções na construção civil para um desenvolvimento sustentável.

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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015

COMPARATIVO DO CUSTO BENEFÍCIO ENTRE O SISTEMA

CONSTRUTIVO EM ALVENARIA E OS SISTEMAS STEEL

FRAME E WOOD FRAME

Letícia Pereira Alves–[email protected]

MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia & Qualidade da Construção.

Instituto de Pós-Graduação - IPOG

Uberlândia, MG, 09 de março de 2015.

Resumo

Neste trabalho é feito um levantamento comparativo acerca das características de produção e

produtividade, velocidade construtiva, mão de obra, impacto ambiental, desperdício,

desempenho térmico e acústico e patologias construtivas entre o sistema convencional em

alvenaria e os sistemas construtivos a seco, steel frame e wood frame, a fim de buscar

respostas sobre qual sistema construtivo é mais vantajoso para o mercado com relação aos

custos, velocidade de construção e qualidade. O trabalho contextualiza a atual circunstância

em que se encontra a construção civil no Brasil com relação ao emprego de tecnologias

produtivas e o uso do sistema convencional de construção. Para a proposta deste trabalho

foram realizadas pesquisas bibliográficas em livros, artigos científicos, teses e dissertações

além de um estudo de caso em um empreendimento de construção convencional na cidade de

Uberlândia, foram coletadas informações acerca da obra e levantamento de custos para

elaboração de planilhas comparativas entre os sistemas citados. Os resultados encontrados

indicam que o sistema convencional não é a melhor opção para se construir atualmente e

conclui se que a tendência da construção civil é a industrialização de seus processos

construtivos, sendo os sistemas steel frame e wood frame opções seguras e viáveis

econômico, social e ambientalmente.

Palavras-chave: Steel frame. Wood frame. Construção convencional.

1. Introdução

O avanço tecnológico na construção civil é tão imprescindível quanto inevitável. A indústria

da construção é tida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento

econômico-social, mas em contrapartida, é uma das atividades humanas que mais geram

impactos ambientais, tanto pelo consumo de recursos naturais, quanto pela alteração da

paisagem e geração de resíduos, e a tecnologia é uma aliada para desenvolver novas práticas e

soluções na construção civil para um desenvolvimento sustentável.

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Estima se que são consumidos por este setor de 15% a 50% de todos os recursos extraídos da

natureza (JOHN, 2000). Além do consumo muito elevado dos recursos, calcula se que no

Brasil a construção gere cerca de 20% a 30% de resíduos, dependendo do patamar tecnológico

do executor. (PINTO e LIMA, 1993).

Grandes impactos são gerados também nas emissões de carbono pela cadeia produtiva,

segundo a UNEP (United Nations Environment Programme), as edificações respondem por

40% do consumo global de energia e por até 30% das emissões globais de gases de efeito

estufa (GEEs) relacionadas ao consumo energético.

Entre os recursos naturais mais explorados pelo sistema construtivo convencional pode se

citar cinco elementos que saem da natureza e não retornam a argila, a areia, a brita, o cimento

e o ferro.

O presente artigo apresenta o desafio da indústria de construção civil em industrializar seus

processos, pois além dos impactos ambientais gerados pelo setor, percebe se nele fragilidades

referentes ao nível de controle dos processos e da execução das obras, o uso de profissionais

com pouca qualificação, a presença de patologias e a insatisfação do mercado com relação aos

prazos, fragilidades por sua vez que não podem ser admitidas em bens produzidos em larga

escala e devido ao alto valor de aquisição.

De acordo com Junior e Amaral (2008) o uso de novas tecnologias gera crescimento do setor

como um todo pela industrialização dos meios necessários a sua execução, obtendo um

produto final de melhor qualidade e a um menor custo.

Entre as inovações tecnológicas que já têm sido implementadas no país mudando o paradigma

da obra de “construção” para “montagem”, estão os sistemas construtivos a seco, conhecidos

por utilizarem pouca água durante a obra, o Steel Frame e Wood Frame.

O tema deste estudo são os sistemas construtivos: convencional, steel frame e wood frame, e

suas características no emprego de tecnologia, mão de obra, desempenho e qualidade,

racionalização, geração de desperdício e características econômicas.

O objetivo do trabalho é traçar um comparativo de custos e benefícios entre o sistema

convencional e os sistemas steel frame e wood frame. Logo a pesquisa busca responder: Qual

o sistema construtivo mais viável tecnologicamente, socialmente e economicamente para se

construir hoje?

Os questionamentos são importantes para impulsionar a evolução no setor, questionar é o que

levará a humanidade ao avanço sobre a forma que se tem construído, a conhecer o que deve

ser mudado e quais as soluções já disponíveis mais adequadas ao crescimento sustentável da

construção.

O trabalho se justifica por ser um tema ainda pouco conhecido que divide opiniões dos

profissionais do setor, por promover a reflexão para quebra de paradigmas e divulgar a

disponibilidade de construções industrializadas já presentes no país.

No desenvolver da pesquisa são feitas considerações sobre a Atualidade e Tendência da

Construção Civil, Gestão da Qualidade, Lean Construction, Manifestações Patológicas e

Custos de Empreendimento.

Para isto, são feitos estudos de referenciais bibliográficos sobre as questões levantadas e

estudo de caso de uma obra em sistema construtivo convencional e comparativo da mesma

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com os sistemas steel frame e wood frame baseadas na vivência profissional da autora, que já

projetou e executou obras pelos três processos construtivos.

2. Referencial Teórico

2.1 Cenário atual – Tradição x Tendência Tradição pode ser entendida por tudo o que se pratica por hábito ou costume adquirido, de

acordo com Dicionário Houaiss 2003, no entanto o “apego à tradição, conservadorismo”

entendido também como tradicionalismo prejudica a evolução, sentido natural da vida, pois a

prende em seus calabouços conceituais impedindo que se possa agir de forma diferente dos

antepassados. O homem tradicionalista julga as coisas novas pelas antigas, mostra que sabe

conservar, mas não sabe criar e despreza a transformação (NIETZSCHE, s.d.).

No Brasil, em pleno século 21, por tradicionalismo, o sistema construtivo mais empregado

para a construção de habitações ainda é o sistema convencional, o qual usa basicamente

concreto armado e alvenaria de blocos cerâmicos. A consolidação desta tradição tem se

refletido no setor de construção que historicamente apresenta lenta evolução tecnológica

comparada a outros setores industriais, sobretudo do ponto de vista da racionalização de

processos e materiais (SILVA, 2003).

Nota se que o setor da construção tem como peculiaridade a resistência dos profissionais

envolvidos em mudar o seu status quo, a influência da “cultura do concreto” como prática

dominante de construção e a falta de atualização no programa de ensino dos cursos de

engenharia e arquitetura.

No entanto o déficit habitacional, a insatisfação com relação à oferta, os atrasos na entrega

dos imóveis e as crescentes discussões sobre as questões ambientais têm gerado interesse no

mercado em alternativas construtivas. Mudanças podem ser percebidas na postura do

Governo Federal que tem incentivado o uso da tecnologia racionalizada de construção steel

Frame, a qual já consta como exigência em vários editais de Licitação de Obras Públicas, na

área de saúde, educação e habitação social. Os sistemas steel Frame e wood Frame já estão

homologados pela Caixa Econômica Federal e pelo banco Santander, a autorização para o uso

da tecnologia é oficializada pelo Documento Técnico de Avaliação (Datec n° 14, 2013),

permitindo o financiamento de construções nestes sistemas.

O emprego de novas tecnologias racionais de construção além de incentivar a qualificação da

mão de obra, gerando maior qualidade ao produto e maior produtividade ao setor, tem

importância fundamental segundo Araújo (2009) para alterar a gestão do trabalho nos

canteiros de obra remodelando o sistema de construções.

2.2 Contextualização dos Sistemas Construtivos Industrializados a Seco – Steel Frame e

Wood Frame

O princípio do sistema construtivo a seco é utilizar materiais industrializados prontos para

uso, sem a necessidade de utilização de água nos mesmos durante o processo de construção.

O sistema não se resume apenas na sua estrutura, mas em um sistema destinado à construção

composto por vários componentes e subsistemas. Os subsistemas são, além da estrutura

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principal, a fundação, o isolamento termo-acústico, os fechamentos e contraventamentos

internos e externos, e as instalações elétricas e hidráulicas.

Os métodos mais conhecidos de construção industrializada a seco são o wood frame (WF),

que apresenta sua estrutura madeira leve tratada, o steel frame (SF), que apresenta sua

estrutura em perfis leves metálicos e o sistema não estrutural Drywall para fechamentos

internos. A construção de edificações em steel frame ou wood frame é composta por um

esqueleto estrutural formado por diversos elementos individuais ligados entre si, passando

estes a funcionar em conjunto para resistir às cargas que solicitam a edificação e dando forma

à mesma.

O uso da madeira está presente desde os primórdios da civilização, este material depois do

aço é o mais utilizado na construção civil seja em estrutura, acabamento ou material auxiliar

(URIARTT, 1992).

O sistema wood frame surgiu nos Estados Unidos por volta de 1830 quando um grupo de

carpinteiros percebeu que as paredes internas utilizadas dentro de casas com estrutura pesada

de madeira eram capazes de formarem em si mesmas um sistema de construção

(UNDERSTAND BUILDING CONSTRUCTION, 2015).

O processo foi acelerado com a 1ª Revolução Industrial, em meados de 1850 pregos e

parafusos metálicos começaram a ser produzidos e utilizados como conectores, substituindo

os métodos de encaixe da madeira. Novos meios de produção e maquinários de serrarias

possibilitaram o beneficiamento da madeira em formatos padronizados e com menor seção. A

introdução de técnicas industrializadas permitiu o barateamento da estrutura e a facilidade na

montagem, substituindo a mão de obra especializada em carpintaria por mão de obra comum.

Atualmente representa 90% das construções canadenses e suecas, mais de 75% das

americanas e mais de 30% das alemãs. Já na América Latina, o país que mais utiliza os

sistemas construtivos a seco é o Chile – com 35% das casas. Nos países da Ásia o sistema é

também bastante utilizado em edifícios, e sua aplicabilidade foi comprovada no Japão através

de experimento desenvolvido por cientistas japoneses e norte americanos. O experimento

consistiu na construção de um edifício protótipo em escala real de sete pavimentos pelo

sistema wood frame, erguido sobre uma enorme plataforma de simulação de terremoto na

escala de 7.5 graus de magnitude, o experimento foi um sucesso e a pesquisa comprovou a

eficiência, a resistência e segurança estrutural de edifícios em wood frame mesmo em locais

com ocorrência de terremotos (GLOBALWOOD, 2015).

Apesar da resistência cultural por parte da população no Brasil, a madeira se modernizou

através de processos de melhoramento, os quais permitiram superar as desvantagens de seu

uso em estado natural. A madeira de reflorestamento pinus utilizada no sistema wood frame,

devido ao tratamento químico preservativo com CCA em auto clave por vácuo pressão com

retenção mínima de 4,0 kg de Ingrediente Ativo por metro cúbico, apresenta vida útil superior

à 30 anos mesmo se usada exposta ao tempo e em qualquer situação (BARILLARI, 2002),

permitindo a conclusão de que a utilização da madeira não exposta e protegida por

revestimentos atingirá uma vida útil por tempo superior indeterminado. O tratamento confere

à madeira total imunidade contra a ação de agentes biodeterioriadores como cupins, brocas,

fungos, bactérias e perfuradores marinhos. Os processos desenvolvidos de secagem em estufa

garantem um produto com padrões de umidade em acordo ao que a norma NBR 7190/ 97 –

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“Projetos de Estrutura de Madeira” determina para uso estrutural em edificações. Os testes

realizados nos laboratórios atestam o bom desempenho do material em itens como

durabilidade, resistência, conforto térmico e acústico. (FARIA, 2009 apud DOMARASCKI e

FAGIANI, 2009).

A estrutura metálica em ferro fundido surgiu no início do século 20 após a 2ª Revolução

Industrial que possibilitou o aperfeiçoamento da produção do aço. (INFOESCOLA, 2015)

A economia americana começou a crescer e a abundância na produção de aço possibilitou a

evolução nos processos de fabricação de perfis formados a frio, segundo Frechette (1999 apud

FREITAS e CRASTO, 2006) em 1933 com o grande desenvolvimento da indústria americana

foi apresentado na Feira Mundial de Chicago o protótipo de uma residência em perfis de aço a

partir da técnica do wood frame. Embora após a 2ª Guerra Mundial o sistema tenha começado

a ser aplicado ganhando força pela pré fabricação e o déficit habitacional, o emprego massivo

do steel frame só ocorreu à partir da década de 1990, impulsionado pelo aumento do preço da

madeira e a disponibilização de aços com menores espessuras e maior resistência à corrosão

(PRE FABRICADO STEELFRAME, 2015).

O aço desde então tem sido utilizado como um material de várias aplicações, com alto

desempenho e adaptável às mais severas condições de serviços.

Os perfis usados no steel frame atualmente provêm da perfilagem de bobinas de aço ASTM-

A36 e são revestidas com zinco ou liga alumínio-zinco ou galvanizadas por eletro deposição.

As seções dos perfis e suas aplicações são definidas e regulamentadas pelas normas

NBR15.253/14 -“Perfis de aço formado a frio, com revestimento metálico, para painéis

reticulados em edificações: requisitos gerais” e NBR 6.355/12 -“Perfis estruturais de aço

formados a frio: padronização”.

Percebe se que uma das grandes vantagens do aço está na precisão de medidas,

proporcionando uma obra aprumada e nivelada com facilidade, o aço também é leve e por

isso torna fácil o seu manuseio e trabalhabilidade.

Embora o steel frame e o drywall se assemelhem visualmente, são muito diferentes

estruturalmente. O drywall é um sistema de vedação, sem função estrutural, que utiliza aço

galvanizado em sua sustentação, com espessura nominal de 0,50 mm, com necessidade de

revestimento de zinco menor do que o steel frame (média mundial de 120g/m²) e que

necessita de uma estrutura externa ao sistema para suportar as cargas da edificação (JARDIM

e SOUZA, 2007 apud MACHADO, 2008). Já o steel frame é uma estrutura própria para

suportar todas as cargas da edificação dispensando qualquer reforço estrutural de qualquer

outro sistema, os perfis possuem espessuras nominais usualmente variando entre 0,80mm à

3,00mm e revestimento de zinco de 275g/m² para áreas não marinhas e 350g/m² para áreas

marinhas e industriais.

De acordo com Jardim e Souza (2007 apud DOMARASCKI e FAGIANI, 2009) as primeiras

construções em steel frame no Brasil começaram em 1998. Um fato que prejudica a percepção

do mercado da presença e aumento desse tipo de construção é que depois de pronto sua

estética não se difere de uma casa convencional. Atualmente o sistema tem sido utilizado

tanto em obras públicas quanto em obras particulares, como casas de alto padrão, habitação

social para o programa MCMV, escolas, creches, hospitais, centros comerciais, entre outros.

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Os dois processos a seco são tidos como sustentáveis, pois a madeira além de ser um material

renovável, atua na captação de gás carbônico da atmosfera, estimula a prática do remanejo e a

preservação de florestas nativas, já o aço é 100% reciclável. Percebe se a vital importância

dos avanços tecnológicos, tanto para a sustentabilidade quanto para a padronização da

qualidade. A produção dos materiais que compõem os sistemas a seco como a madeira, os

perfis metálicos, o gesso acartonado, a placa cimentícia, a placa de OSB (Oriented strand

board – tiras de madeira prensadas), lã mineral, entre outros são produzidos ou beneficiados

industrialmente e por isso seguem um rigoroso padrão de produção, refletindo na qualidade

dos mesmos.

Constata se também que apesar de serem sejam sistemas pré fabricados, o steel frame e wood

frame não apresentam nenhum tipo de limitação arquitetônica, sendo possível a execução de

qualquer projeto. Com relação à aparência, é possível dar o aspecto que se desejar à

construção devido às várias opções de revestimento, permitindo também que tanto

internamente quanto externamente sejam idênticas à de uma construção convencional.

2.3 Comparativo Produção x Produtividade

O grande desafio das empresas pequenas ou grandes é reduzir custos, aumentar a

produtividade e garantir a efetividade da gestão.

Os métodos de produção utilizados nas construções convencionais ainda são bastante

artesanais e elevar a produtividade diante desta condição tem sido um desafio ao sistema

convencional.

Basicamente o processo de produção é uma conversão de entradas em saídas, composta

também por atividades de fluxo, identificadas por transporte, espera e inspeção. Há uma falsa

impressão de que basta melhorar o gerenciamento dos materiais e da mão-de-obra para

melhorar a produtividade e o valor dos produtos (ISATTO, 2000). Os maiores responsáveis

pelo aumento dos custos e ineficácia produtiva são, exatamente, as atividades de fluxo que

chegam a superar as atividades de conversão, não agregam valor e consomem tempos

consideráveis no processo produtivo. (KOSKELA, 1992).

Na construção civil convencional “não há um planejamento prévio sistemático da execução,

envolvendo desde o projeto do canteiro de obras até a sequência das atividades produtivas,

passando pelo planejamento das atividades de fluxo. Assim, são frequentes as interrupções do

trabalho na obra” (FARAH, 1996 apud VIVAN, PALIARI e NOVAES, 2010) Além das

intensas interrupções na produção, a falta de projetos detalhados e planejamentos condizentes

com a realidade da obra pode causar uma série de manifestações patológicas na edificação,

além de improdutividade e desperdício de materiais.

Já os sistemas SF e WF são sistemas de construção industrializados e por isso possuem um

maior controle de produção, custos, racionalização no uso de materiais e consequente redução

de perdas. Os sistemas utilizam os princípios de produção enxuta, utilizando menores

quantidades de tudo, desde consumo de materiais, espaço para produção e esforço de mão de

obra, porém aumentando a produção e a qualidade. (WOMACK et al, 1992, p.3).Destacam se

por serem métodos racionais de construção ao integrar eficientemente planejamento, projeto,

materiais, tecnologias e execução de obra (FRANCO, 1996 apud VIVAN, PALIARI,

NOVAES, 2010).

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Ao contrário de obras convencionais, o canteiro de obras da construção seca faz o uso de

componentes pré-produzidos que já estão prontos para seu uso final. De acordo com Vivan,

Paliari e Novaes (2010) as atividades de conversão de insumos ficam restritas apenas para a

produção da fundação e, eventualmente, algum tipo de adequação dos componentes, como as

placas de vedação e o sistema de juntas, de forma que a produção de edificações em steel

frame e wood frame é baseada, em sua essência, por atividades de conversão definidas pela

montagem dos componentes.

2.4 Comparativo de Mão de Obra

Pesquisa realizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS, 2008) aponta que

70,8% do total de empregados da construção civil podiam ser classificados como não

qualificados¹. A pesquisa indica um fato que ocorre no mercado de trabalho do setor: grande

parte da produção é realizada por empregados com menor grau de instrução. A rotatividade e

informalidade também são altas e refletem no número de empregos formais. Estatísticas

mostram que o setor da construção tem perdido dinamismo, em 2011 houve um aumento de

9,62% no emprego formal em face de apenas 2,12% em 2013. (MTE, 2013).

O sistema construtivo convencional de alvenaria além de ser um sistema de produção lenta e

por isso incapaz de atender à demanda de construções sozinha, dependente de maior

quantidade de mão de obra para a sua execução, que muitas vezes é informal ou de baixa

qualificação.

Ao contrário do que alguns profissionais do setor acreditam sobre a redução de mão de obra

nos sistemas SF e WF e a possibilidade de colaborar para aumentar o desemprego, o sistema

reduz de fato a quantidade de mão de obra no canteiro durante a montagem da estrutura,

porém gera contratação de mão de obra na fabricação dos componentes e elementos em

ambiente coberto de fábrica, com melhores condições de trabalho e perspectiva de

continuidade de emprego pela produção em série e menor rotatividade em relação ao trabalho

na construção civil tradicional. O sistema ainda estimula a formação de funcionários

polivalentes pelo exercício de várias funções no ambiente de trabalho, que podem ser desde a

marcação da obra, montagem dos painéis, colocação das placas internas e externas, tratamento

das juntas, até execução de forro de gesso, entre outros, reduzindo a fadiga e o estresse pela

diversificação das ações físicas e auxiliando na disseminação dos conhecimentos.

O emprego de mão de obra para execução de acabamentos, revestimentos de piso e parede,

execução de elétrica e hidráulica, pintura, colocação de esquadrias, entre outros não se difere

do sistema convencional. Observa se também que a execução destes serviços pelo sistema SF

e WF são mais otimizados demandando menos tempo de execução no caso das instalações,

sem quebras ou retrabalhos de parede e maior qualidade de acabamento.

Percebe se que o sistema de construção convencional tem gerado um adicional de mão de

obra desnecessário devido à sua baixa produtividade, eficiência e nível de industrialização. O

processo de alvenaria pouco tem contribuído para a especialização da mão de obra, mantendo

assim o quadro patológico de baixa capacitação e alto consumo de mão de obra. O setor deve

promover além do papel social de geração de empregos, o incentivo à qualificação e

valorização da mão de obra.

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¹Este autor classificou como “empregados não qualificados” aqueles funcionários cujo grau de instrução fica restrito ao nível

médio incompleto. Isso ocorre porque na categoria de nível médio completo são incluídos cursos técnicos profissionalizantes,

que poderiam qualificar os profissionais para o mercado de trabalho da construção civil, mesmo que de forma limitada.

2.5 Comparativo sobre a Racionalização e a Velocidade Construtiva

Os sistemas SF e WF exigem nível elevado de detalhamento em projeto, sendo este de

fundamental importância já que o processo de racionalização começa nele, na análise e

especificação dos componentes, na compatibilização dos subsistemas, no detalhamento, e

continua no processo de construção, e posteriormente de utilização, através de observações,

registros e interpretação do comportamento do produto, do seu desempenho no uso, para

através da retroalimentação, otimizar sua qualidade (CRASTO, 2005). A elaboração de um

projeto detalhado facilita o acompanhamento do cronograma físico-financeiro e a montagem

das estruturas.

Segundo Everton Eltz (LP BRASIL, 2013), arquiteto da Caixa Econômica Federal que atua

na análise e acompanhamento de Propostas de Financiamento de Empreendimentos com

Sistemas Construtivos Inovadores, a produção da habitação feita por montagem de elementos

além de apresentar melhor acabamento e rapidez em função dos componentes pré-fabricados

apresentam menores erros de execução quando comparado ao processo convencional.

A rapidez obtida pela pré-fabricação é notável, o tempo da obra é reduzido significativamente

e é alcançada graças à industrialização de 70% do processo construtivo. A simultaneidade de

várias etapas da obra também reflete na redução do tempo, enquanto os painéis das paredes

são produzidos na indústria, no canteiro da obra é executada a fundação. Após a montagem

das paredes, uma equipe dá início à execução da cobertura, e outros profissionais dão

prosseguimento a outras atividades no interior da edificação.

No sistema convencional a velocidade fica comprometida pelo baixo nível de industrialização

e ainda pelo uso de ferramentas de baixa tecnologia como as colheres de pedreiro para

projeção de argamassa, níveis de bolha, prumos de face, entre outros, que influenciam na

rapidez e qualidade. O tempo de espera faz parte da execução do sistema convencional,

devido a características dos próprios materiais empregados, que precisam de tempo para

secagem e cura, como os concretos e argamassas, e a co-dependência entre a finalização de

uma etapa para se iniciar outra, além dos retrabalhos que também fazem parte do sistema.

2.6 A Questão do Desperdício

As perdas podem ser entendidas como sendo "qualquer ineficiência que reflita no uso de

equipamentos, materiais e mão de obra em quantidades superiores necessárias à produção da

edificação" (SANTOS et al.,1996).

O grande consumo de recursos naturais está diretamente ligado ao alto desperdício de material

que ocorre nos empreendimentos, à vida útil das estruturas construídas e devido às obras de

reparos e adaptações das edificações existentes.

“A fase de execução de uma obra é a que apresenta perdas de materiais mais visível.

Nas diversas etapas envolvidas, elas podem ocorrer no transporte até o canteiro, no

descarregamento, no transporte interno, na produção e até mesmo após a sua

aplicação” (BRAGA e TRZESNIAK, s.d., p.10)

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As perdas no sistema convencional que ocorrem na fase de execução mais comuns são os

erros de concretagem, deformações nas fôrmas de pilares e vigas, erros de prumo, nível e

esquadro das alvenarias prejudicando o alinhamento das paredes, causando engrossamento do

reboco para regularização que podem atingir 5 cm de espessura ou mais, além das perdas

associadas à reexecuções de tarefas, seja por erro do profissional na atividade seja por

retrabalhos durante os serviços de instalações elétricas e hidráulicas. Outras perdas menos

visíveis também podem ocorrer na fase de projeto com superestimativa dos índices de

armadura ou de concreto da estrutura, falta de projeto específico de paginação de pisos, que

geram sobras e perdas pela necessidade de fragmentação, entre outros.

No Brasil, as informações hoje disponíveis permitem confirmar a significância das perdas na

construção e quantificar a geração dos Resíduos de Construção e Demolição, demonstrando

sua supremacia na composição dos Resíduos Sólidos Urbanos em cidades de médio e grande

porte (PINTO, 1999).

De acordo com Pinto (1999) a massa estimada das edificações executadas predominantemente

pelo sistema convencional é de 1.200 kg/m², 25% deste valor é o percentual de perda média

de materiais em relação à massa de materiais levados ao canteiro de obras, isso significa que a

cada metro quadrado construído são gerados 300 quilos de resíduo/ desperdício.

No Brasil, Lucena (2005) constatou que os resíduos de construção civil são compostos,

principalmente, de tijolos, areias e argamassas (em torno de 80%). Numa menor proporção

foram encontrados ainda restos de concreto (9%), pedras (6%), cerâmica (3%), gesso (2%) e

madeira (1%). Os resíduos de tijolo, argamassa e areia ainda são os mais gerados,

independentemente do tipo de obra considerada, uma vez que as suas porcentagens não

variam significativamente entre um tipo e outro.

A grande incidência de perdas de materiais seja no transporte, estocagem ou processamento é

um fato ambientalmente insustentável, a população deve se posicionar por mudanças nas

práticas e na adoção de práticas mais viáveis. Percebe se a necessidade do setor de construção

civil de se esforçar na diminuição das perdas, mas também se atentar à minimização do

dispêndio de quaisquer recursos que não agreguem valor ao produto, sejam eles vinculados às

atividades de conversão ou de fluxo, desta forma gerando custos menores com a obra e

aumentando a qualidade final da mesma.

Nota se que os sistemas steel frame e wood frame apresentam como vantagem sobre a

construção convencional a redução do número de insumos, substituídos por materiais

industrializados com alto padrão de qualidade e garantia, simplificando e reduzindo o número

de passos na execução. Pelo fato de suas paredes não serem maciças e a estrutura ser mais

leve, há uma redução de consumo de materiais inclusive nas fundações, que por receberem

menos peso demandam estruturas menos robustas e super estruturadas de fundação.

O papel desempenhado pelo projeto nos sistema SF e WD é muito importante para mitigar o

desperdício de materiais e tempo. O projeto prevê e corrige possíveis incompatibilidades e

antecipa soluções e informações necessárias para a execução, antevendo todo o processo da

fabricação e montagem, eliminando a decisão por parte do funcionário sobre o que deve ser

feito e como deve ser feito. O projeto funciona como um manual de montagem, simples e

prático, cujo planejamento permite a redução de 85% na geração de resíduos (LP BRASIL,

2015).

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Comparando com o papel do projeto desempenhado para as construções convencionais

percebe se que é comum a prática de desenvolvimento de projeto desassociado da atividade

de produção, desconsiderando tempo mínimo e máximo ideal de execução, custo e

importância no aspecto das importantes definições que deveriam ser consideradas na fase de

projeto e acabam sendo postergadas para solução na obra (MORAES, JUNIOR e FURTADO,

2015). Nota se a necessidade de otimizar a produção de projetos a fim de eliminar problemas

como incompatibilidade entre diferentes projetos, falha na especificação do material, erro no

levantamento das quantidades e detalhamento inadequado ou até mesmo falta de

detalhamento, erros que sempre levam ao aumento de custos, desperdício de tempo, mão de

obra e material.

2.7 Comparativo sobre o Desempenho Térmico e Acústico

De acordo com Castro (2006), um bom isolamento térmico é fundamental para manter um

nível de conforto aceitável em uma residência e evita que existam grandes trocas de calor

entre o ambiente interno e o exterior da edificação, controlando os ganhos de calor, no verão,

e as perdas de calor, no inverno.

Com o crescimento das cidades o nível de ruídos tem aumentado afetando o nível de

qualidade de vida das pessoas e por isso o isolamento sonoro tem sido um dos pontos mais

destacados pelos usuários, que buscam privacidade e conforto nas edificações.

O desempenho termo-acústico de um edifício é dado pela capacidade de proporcionar

condições de qualidade ambiental adequadas ao desenvolvimento das atividades para o qual

ela foi projetada.

Em seu texto, a NBR 15.575-1/2013 –“Edificações habitacionais – Desempenho”, faz

recomendações de desempenho sob vários aspectos para edificações habitacionais,

independente do tipo de material empregado em sua construção.

De acordo com a norma, os fatores que influenciam nas condições de habitabilidade dos

ambientes são: estanqueidade, conforto térmico; conforto acústico; conforto lumínico; saúde,

higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; e conforto tátil e antropodinâmico.

Segundo Crasto e Freitas (2006, p.89) os sistemas SF e WF utilizam conceitos inovadores de

isolamento termoacústico pelo princípio de multicamada, combinando várias camadas de

materiais, dentre elas o gesso acartonado, que já possui propriedades isolantes e a chapa de

OSB, com matéria prima da madeira também possui baixa condutividade térmica. E entre as

camadas internas e externas é instalado o isolante térmico e acústico que pode ser a lã de

vidro, lã de rocha ou a lã de pet (proveniente de reciclagem de garrafas pet), atendendo aos

padrões requisitados pela norma.

Um bom desempenho térmico e acústico garante a redução de custos com o aquecimento e

resfriamento de ambientes e por isso contribui com a eficiência energética.

Observa se que normalmente a norma de desempenhos não recebe a atenção necessária das

empresas construtoras já que a mesma traz mudanças significativas a serem implantadas,

dentre elaso envolvimento de diversos profissionais e o uso de novas práticas de controle e

adequação, que refletem no aumento de custos. O sistema convencional de alvenaria ainda

não atende aos requisitos da norma de conforto térmico e conforto acústico.

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A norma ainda prevê a questão da durabilidade da edificação, que em geral é entendida como

a manutenção da capacidade funcional, ou manutenção do desempenho, durante a Vida Útil

de Projeto (VUP) do sistema construtivo.

O atendimento à vida útil de projeto (VUP) vai depender, dentre outros fatores, da

composição e concepção dos elementos construtivos, das respostas dos materiais às diversas

ações atuantes e de intervenções periódicas de manutenção a serem realizadas pelo usuário do

edifício. Destaca se o quão é importante a escolha do sistema construtivo para cumprir todos

os requisitos da norma, a fim de proporcionar uma construção mais durável e de melhor

desempenho.

2.8 Patologias Construtivas

Dentre os problemas patológicos que se pode encontrar no sistema construtivo tradicional

destaca se fissuras, trincas, deformações exageradas, desprendimento de revestimentos,

corrosão de armaduras no concreto, desagregação do concreto, calcinação do concreto,

umidade, salinidade, deterioração de materiais cerâmicos, apodrecimento de madeiras, mofos,

fungos e infiltrações, entre outros. Tais ocorrências ao longo do ciclo de vida de uma

edificação prejudicam o desempenho esperado do edifício e de suas partes (subsistemas,

elementos, materiais e componentes).

Os problemas que geram patologias exigem reparos, reduzem a vida útil do edifício, reduzem

o conforto, provocam insalubridade, insatisfação psicológica dos usuários, insegurança

estrutural e desvalorização de mercado (MENEGATTI, 2008). As principais origens dos

danos estão em projetos deficientes, em erros de execução, baixa qualidade dos materiais

empregados, má utilização pelos usuários e problemas de manutenção.

Segundo PARISI JONOV et. al.(2013) as umidades frequentes representam um dos maiores

problemas de uma edificação durante sua vida útil.

Patologias nos sistemas construtivos industrializados SF e WF podem surgir apesar de serem

pouco comuns. Cuidados especiais devem ser tomados na fixação das placas e no tratamento

da junta dos materiais, tanto do gesso internamente quanto da placa cimentícia externamente,

a fim de evitar o surgimento de fissuras e trincas que comprometem tanto a estética quanto o

desempenho com relação à umidade proveniente da água da chuva.

O projeto deve prever a junta de dilatação de cada material de acordo com recomendações do

fabricante, levar em consideração o melhor sentido de plaqueamento com relação aos

esforços, determinar o modo correto de parafusamento das placas e o procedimento de

tratamento das juntas. O projeto ainda pode prever aplicação de chapas de OSB 11,1mm

externamente com a função de contraventar a estrutura e sobre esta a aplicação da placa

cimentícia somente para fins estéticos. O uso do OSB para contraventamento tem mostrado

um melhor comportamento das placas cimentícias, que se tornam menos suscetíveis a

movimentações e consequentemente com menores chances de gerar fissuras no encontro das

placas.

A fim de evitar erros de execução que podem gerar patologias nas juntas de encontro das

placas recomenda se a utilização de mão de obra especializada no tratamento das juntas.

A estanqueidade do sistema contra umidade e infiltrações é de alto desempenho devido à

presença da membrana hidrófuga, posicionada entre a chapa de OSB e a placa cimentícia.

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Este material funciona como uma barreira contra umidade e vapor d’água, protegendo a

estrutura e seus subsistemas, e aumentando a qualidade da edificação construída.

A placa cimentícia como material de revestimento apresenta desempenho superior comparado

ao reboco, trata se de um material de alta durabilidade por ser um concreto de tecnologia

CRFS (cimento reforçado por fibras sintéticas) com características de microconcreto, é

impermeável, sem presença de poros e com baixa absorção de água, é resistente a intempéries,

incombustível (ISO 1182/90), não apodrece e sua composição não favorece o

desenvolvimento de micro-organismos, como fungos e bactérias. (ETERNIT, 2015 e

BRASILIT, 2015)

3. Estudo de Caso

O objeto de estudo é um projeto residencial construído pela Cima Construtora, no município

de Uberlândia-MG, utilizando o sistema convencional de construção em alvenaria e estrutura

de concreto armado in loco.

Trata se de um empreendimento de condomínio fechado com a construção das casas

disponíveis em três modelos de planta, totalizando 86residências. Os terrenos possuem 250

m² de área total e o condomínio oferece academia, salão de festas, churrasqueira, espaço

gourmet, quadra de peteca e playground, visando atender um público de classe média e alta.

O projeto escolhido é o modelo "Dream" de 79,88 m², possui 3 quartos sendo 1 suíte, sala e

cozinha conjugados, banheiro social com lavabo externo e área de serviço.O preço

determinado para venda é de R$ 400.000,00.

Na fundação foi utilizado o radier, um tipo de fundação em concreto armado, rápida e

econômica, visto que a própria “laje” pode funcionar como contra piso. A espessura adotada

foi de 10 cm e resistência de 25 MPa. Na superestrutura foram utilizados pilares e vigas em

concreto armado e fechamento com alvenaria de tijolos cerâmicos 10x20x25 cm, com

espessura da parede de 10 cm.

A cobertura é de meia água com telha de fibrocimento ondulada de 6mm de espessura,

embutida em platibanda, com estrutura metálica em aço metalon.

Nas janelas foi utilizado vergas e contra vergas pré moldadas.

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Imagem 1–Planta arquitetônica – modelo “Dream”

O estudo de caso consiste na elaboração de um comparativo dos custos e prazos entre a

aplicação do sistema steel frame, wood frame e o sistema convencional, já que o comparativo

das características e benefícios entre eles já foi comentado nos itens anteriores.

Neste estudo se considerou apenas o Custo Direto¹ da execução da obra sem incluir o BDI

(Benefícios e Despesas Indiretas)² bem como os custos relativos à Administração Local³.

Apesar de este último fazer parte do Custo Direto, é um item que juntamente com o BDI

sofrem muita variação entre as construtoras e incorporadoras.

Para o sistema convencional foi elaborada uma planilha de custos baseada na estimativa

fornecida pela construtora e comparações com a tabela do CUB mês de referência Fevereiro

de 2015, para residência unifamiliar padrão normal. Para o sistema steel frame e wood frame

foi necessário o desenvolvimento do projeto estrutural, o qual determinou o dimensionamento

e modulação das peças estruturais e dos fechamentos, para então elaborar o orçamento através

de levantamento de preços com os fabricantes e fornecedores.

Neste estudo não será levado em consideração alguns subsistemas, como instalações elétricas

e hidráulicas, revestimentos de piso e parede, esquadrias e pinturas, pois não se diferem com

relação aos custos entre um processo construtivo e outro e por isso não estarão presentes nas

planilhas.

Os materiais escolhidos para compor os sistemas steel frame e wood frame serão: para

fechamento das paredes internas placas de gesso acartonado tipo standart(ST) com espessura

de 12,5 mm, sendo esta a espessura mais utilizada, e do tipo resistente à umidade (RU) para as

áreas molhadas também com a mesma espessura, e tratamento com lã de vidro de 50mm de

espessura e massa específica aparente de 12 kg/m³. Para o fechamento externo serão usadas

placas cimentícias de 10 mm, com função estrutural de contraventamento e revestimento final

conferindo o mesmo padrão visual das casas de alvenaria. Entre a estrutura metálica e as

placas cimentícias será aplicada a membrana hidrófuga que atua como uma barreira à

penetração de umidade, vapor d'água e poeira externa.

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1 Custo direto é todo custo (material, mão de obra, equipamento) diretamente associado com o serviço que está sendo orçado,

ou seja, o custo dos insumos necessários para a construção, mais os custos da infra-estrutura necessária para a realização da

obra.

2 O BDI é o resultado de uma operação matemática para indicar a “margem” que é cobrada do cliente incluindo todos os

custos indiretos, tributos, etc. e a sua remuneração pela realização de um determinado empreendimento.

3 É um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e na manutenção da infra-

estrutura da obra necessária para a execução da edificação.

Para as paredes do sistema steel frame foram adotados perfis metálicos tipo montante Ue

90mm x40mm x12mm com espessura de 0,95 mm e espaçamento entre os montantes de 40

cm. Para a cobertura é mantido projeto com uso de telha de fibrocimento de 6 mm e são

adotados para a estrutura de telhado perfis metálicos Ue 90x40x12mm com 0,80 mm de

espessura para os caibros e perfis Ue 140x40x12mm com 0,80 mm de espessura para as vigas.

A laje convencional é substituída por forro de gesso acartonado com 12,5 mm de espessura,

estruturado por perfis metálicos canaletas tipo C de aço galvanizado, espaçados a cada 60 cm

e sustentados por pendurais compostos de suporte nivelador associado a tirantes de aço

galvanizado fixados à estrutura da cobertura, dispostos com o espaçamento máximo de 120

cm. O forro estruturado é fixo e proporciona uma superfície monolítica. Sobre o forro é

colocado o tratamento termo acústico em lã de vidro com 50 mm espessura.

Para o apoio da caixa d’água é prevista uma laje composta por estrutura de perfis montantes

tipo Ue 90x40x12mm, espaçados a cada 40 cm. Transversalmente, sobre estes perfis, é fixada

uma placa cimentícia de 10 mm para distribuição do peso da caixa d’água.

As vergas de janelas e portas são treliçadas com o mesmo perfil metálico das paredes, Ue

90x40x12mm com espessura de 0,95 mm.

A quantidade de ombreiras, peças que sustentam as cargas recebidas pelas treliças presentes

nos vãos de aberturas, são calculadas pelo número de perfis interrompidos pela abertura,

divididos por dois, somando-se um se o resultado for ímpar, distribuídos igualmente em cada

lado da abertura(FREITAS; CRASTO, 2006).

Para as paredes do sistema wood frame foram adotadas peças com a seção de 5 x 10 cm de

madeira pinus de reflorestamento tratada quimicamente e seca em estufa, espaçadas a cada 40

cm. A cobertura é a mesma do projeto com adoção de vigas de madeirade5 x 20 cm e caibros

de5 x 5 cm do mesmo material.

O forro de gesso acartonado é igual ao aplicado no sistema steel frame, e a estrutura para a

caixa d’água segue mesma concepção do steel frame porém com a estrutura de madeira em

peças de 5 x 10 cm, dispostas como vigas.

As vergas de janelas e portas são compostas por duas peças de 5 x 10 cm dispostas de forma

que desempenhem a função de viga e transmitam a carga para as ombreiras. A quantidade de

ombreiras segue o mesmo cálculo do sistema steel frame.

Para a fundação do SF e WF também foi adotado o radier, com espessura de 10 cm e

resistência de 25 Mpa.

4. Apresentação dos Resultados

Com base no projeto fornecido pelo incorporador e sua respectiva estimativa de custo foi

elaborada uma planilha de orçamento sintetizada do sistema convencional.

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Outra planilha orçamentária foi elaborada para os sistemas steel frame e wood frame. Será

considerada a montagem dos quadros estruturais em central de produção localizada

externamente ao canteiro de obras.

Neste estudo de caso como o radier foi adotado pelos três sistemas, o custo permanece o

mesmo para os três.

Não foi elucidado ao certo quantos profissionais estiveram envolvidos na execução da obra

em alvenaria, mas foi informado que cerca de 95% da mão de obra para o empreendimento

era informal e contratada por empreitos. Conceitualmente, informal traduz-se por algo “não

convencional”, “não genuíno” (BOSCO, 2003, p.15). Ainda, conforme o autor é realmente

“informal” porque mascara a verdadeira relação de emprego, no sentido de se subtrair dos

trabalhadores os seus direitos, garantidos inclusive pela Constituição Federal Brasileira,

promulgada através da Assembléia Nacional Constituinte (1988).

Fonte: Autor, 2015

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Fonte: Autor, 2015

Fonte: Autor, 2015

Com base na estimativa do custo total de cada sistema construtivo,percebe se que apesar dos

processos apresentarem custos semelhantes, o sistema em alvenaria é o mais caro de todos,

sendo o steel frame 1,8% mais barato e o sistema em wood frame 7,44%comparado à

alvenaria.

Pode se concluirque a diferença de custos em uma situação real seria maior, e que a opção

mais viável economicamente seriam os sistemas SF e WF, devido à reduçãono tempo de obra

e menor desperdício. O orçamento de uma obra pelo sistema tradicional muito provavelmente

será extrapolado devido às características do processo já citadas anteriormente. Vale ressaltar

que os custos indiretos não foram considerados nas planilhas e que a construção das 86

residências pelo sistema SF ou WF poderia atingir custos ainda menores já que a produção em

maior escala tende a reduzir os custos com a estrutura. Além disso, a escolha do sistema irá

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apresentar maior custo ou menor custo durante a vida útil da edificação, com relação às

manutenções e a economia energética na climatização dos ambientes.

Considerou se para a execução da obra uma equipe composta de quatro operários, para os três

sistemas. A partir dessa premissa foram elaborados também cronogramas expondo as etapas

construtivas de cada sistema e o tempo gasto na execução de cada uma.

Fonte: Autor, 2015

Fonte: Autor, 2015

Para os sistemas steel frame e wood frame não houve diferença no tempo de execução devido

a similaridade dos dois processos.

No que diz respeito ao sistema tradicional, percebe se que o seu processo produtivo

apresentou quase o dobro do número de etapas de atividades comparado aos sistemas

industrializados. Observa se também que o tempo de produção entre os processos obteve uma

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diferença de 18 dias, ou seja, a produção com os sistemas industrializados apresentou um

ganho de tempo na obra de 54,5%, reduzindo em mais da metade o tempo da obra.

Observa se que os sub sistemas de instalação elétrica e hidráulica foram incluídos no

cronograma, apesar de não estarem no orçamento, pois eles influenciam na conclusão dos

serviços. A montagem do gesso acartonado só pode ser totalmente finalizada após a conclusão

dos serviços hidráulicos. A conclusão da alvenaria só pode ser feita após o preenchimento

com massa nos rasgos feitos pela instalação elétrica e hidráulica. No entanto nota se que o

tempo de execução da elétrica e hidráulica também é menor nos sistemas SF e WF

comparados a alvenaria, que são otimizados pelos vão internos entre as estruturas metálicas

ou de madeira e livre acesso a eles antes dos fechamentos finais.

5. Conclusão Percebe se que os sistemas SF e WF possuem um gerenciamento melhor da produção em toda

a cadeia, por possuírem etapas bem sistematizadas e por isso mais fáceis de controlar. Os

insumos são padronizados e desenvolvidos para a coordenação modular, obtendo alta

produtividade e baixo desperdício e, a mão de obra pode facilmente ser treinada, pois

obedecerá ao projeto que funciona como um manual de montagem, conforme mencionado

anteriormente.

Os processos industrializados SF e WF promovem a formalidade na construção civil e a

valorização da mão de obra através da qualificação da mesma, que atualmente tem sido

desenvolvida pelas próprias empresas fabricantes dos materiais e construtoras que trabalham

com o sistema.

Pode se observar a importância da industrialização e da racionalização no setor de construções

como meio de redução de custos, prazos e aumento da qualidade das edificações. A gestão da

qualidade por meio do constante aprimoramento dos processos permitirá um melhor

atendimento à expectativa do mercado e à necessidade de gerar menos impacto ambiental,

agregando valor ao produto final.

Percebe se que o mercado ainda apresenta certa resistência aos sistemas steel frame e wood

frame devido a falta de informação, mas que pode ser eliminada com a divulgação do

processo e seus benefícios. O conhecimento diminuirá as barreiras com relação à aceitação do

produto e promoverá um nível saudável de competitividade das empresas junto ao mercado.

Nota se que com o incentivo do Governo Federal aos sistemas industrializados a seco como

forma de construção mais rápida e mais sustentável, a demanda por este tipo de construção

tem aumentado e gerado custos menores comparado com o sistema convencional de

construção.

Acredita se que os ganhos de tempo representarão grande vantagem para as construtoras que

migrarem para o sistema de construção a seco, pois terão seus imóveis prontos para venda em

menos tempo e por isso obterão o retorno do investimento mais rápido. Já o consumidor que

em muitos casos mora em casa alugada, poderá obter economia pelos aluguéis que poupará ao

se mudar mais rápido para o imóvel próprio.

Pode se concluir que as vantagens para o cliente final que opta pelos processos

industrializados de construção são, além do menor tempo de entrega da obra, melhor

qualidade dos acabamentos e maior conforto térmico e acústico.

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Ambientalmente, de acordo com os estudos desenvolvidos, os sistemas industrializados a seco

também se mostram superiores por gerarem menor quantidade de resíduos devido à

racionalização do processo, menor consumo de energia na movimentação de materiais, menor

impacto na implantação da obra, e desempenho melhorem relação ao isolamento térmico,

proporcionando maior eficiência energética.

Destaca se também a importância dos projetos e a qualidade de execução, seja no sistema

industrializado seja no processo convencional, como ferramentas para garantir o atendimento

à VUP da edificação.

É importante destacar que independente do sistema construtivo adotado, o projeto e a

execução da obra devem ser feitos por empresas e profissionais de experiência comprovada,

uma vez que qualquer falha no processo de projeto e execução podem influenciar de forma

negativa a qualidade das obras e a durabilidade das construções. Em especial cita se que a

similaridade do steel frame e o drywall é grande, mas seus desempenhos estruturais são

completamente diferentes, e o equívico na aplicação destes materiais pode gerar grande

transtorno, além de prejudicar a imagem do sistema steel frame no mercado.

E devido a todas as constatações e pesquisa apresentada, conclui se que o sistema construtivo

mais viável tecnologicamente, socialmente e economicamente para se construir hoje são os

sistemas industrializados a seco steel frame e wood frame.

6. Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14762:

Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio. Rio de Janeiro,

2001.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15575:

Edificações habitacionais - Desempenho. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 15253: Perfis de

aço formados a frio, com revestimento metálico, para painéis estruturais reticulados em

edificações – Requisitos gerais. 2014

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6355: Perfis

estruturais de aço formados a frio: padronização. 2012.

ALMEIDA, Pedro Afonso de Oliveira. Madeira como material estrutural. Materiais de

Construção Civil 1. Instituto Brasileiro do Concreto. Disponível em:

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