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COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA• “Competência tributária”: expressão utilizada,
geralmente, para representar a competência legislativa para criar e alterar normas tributárias.
• Porém, a noção de competência tributária, em sentido amplo, pode ser estendida para TODAS as funções estatais (executiva, legislativa e judicial).
1. legislativaCOMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 2. administrativa
3. judicial
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA• Competência tributária: manifestação do Poder
Soberano do Estado (Poder de Tributar).
• Limitações ao exercício do Poder de Tributar (condicionamentos ou regramentos para o desenvolvimento da competência tributária): “O poder de tributar envolve o poder de destruir” (John Marshall).
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA• Relação entre competência tributária e federalismo:
repartição da competência e da arrecadação tributária.• Fonte constitucional.• Relação entre o exercício da competência tributária e
princípios/imunidades tributárias.• Simples Nacional: um caso atípico.• Lei Complementar e o seu papel de dirimir conflitos em
matéria de competência tributária.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: JUDICIAL
• O Poder Judiciário detém a supremacia para julgar os casos tributários, diante da inexistência de um autêntico contencioso administrativo (princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição, do amplo acesso ao Judiciário – art. 5º, XXXV, CF).
• “Justiça Estadual” (tributos estaduais e municipais): juízes estaduais (1ª instância), Tribunal de Justiça (2ª instância), Superior Tribunal de Justiça e/ou Supremo Tribunal Federal (3ª e 4ª instâncias).
• “Justiça Federal” (tributos federais): juízes federais (1ª instância), Tribunal Regional Federal (2ª instância), Superior Tribunal de Justiça e/ou Supremo Tribunal Federal (3ª e 4ª instâncias).
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: JUDICIAL
• Excepcionalmente, a lide pode ser iniciada diretamente no TJ, ou, até mesmo, no STF, no caso das ações diretas de inconstitucionalidade ou de constitucionalidade.
• Matéria de fato: analisada apenas nas 1ª e 2ª instâncias.• STJ: confronto com a norma federal (matéria
infraconstitucional). No caso dos tributos municipais, o STJ aprecia as “normas gerais” em matéria tributária. Duas turmas julgadoras de matéria tributária: 1ª e 2ª Turmas (juntas, formam a 1ª Seção). Jurisprudência da legislação infraconstitucional.
• STF: matéria constitucional. Duas Turmas julgadoras: 1ª e 2ª (juntas, formam o Plenário). Jurisprudência da Constituição Federal.
MEIOS JUDICIAIS
• Meios judiciais de defesa do contribuinte: mandado de segurança, ação anulatória de débito fiscal, ação declaratória de inexistência de relação jurídica tributária, embargos à execução fiscal, exceção de pré-executividade, ação cautelar e ação de consignação em pagamento.
• Meios judiciais de cobrança do contribuinte: mandado de segurança, ação de restituição (repetição) de indébito, ação de compensação de indébito, ação cautelar.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: ADMINISTRATIVA
• Administração Tributária: atividade essencial do Estado (art. 37, XXII, CF), que deve ser desempenhada de forma vinculada à lei (atos vinculados, e não discricionários).
• Poderes da Administração Tributária: fiscalização (poder de polícia), cobrança, arrecadação, orientação e regulamentação (atos normativos).
• Dívida Ativa: constituição do título executivo extrajudicial (CDA) e execução fiscal.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: ADMINISTRATIVA
• Processos administrativos tributários: cada entidade federada tem a sua legislação própria. Ex.: impugnação de lançamento ou de auto de infração, consulta tributária, pedido de compensação ou restituição de indébito, pedido de parcelamento, abertura de inscrição municipal etc.
• Mesmo após (ou durante) uma discussão em sede de processo administrativo, o contribuinte poderá ingressar com ação judicial.
• Instâncias administrativas: 1ª e 2ª. Em alguns municípios, há um Tribunal Administrativo composto por servidores municipais (fiscais de carreiras e procuradores) e por representantes dos contribuintes (indicados por entidades profissionais, comerciais e industriais). Trata-se do Conselho de Contribuintes.
PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIOInteresses do contribuinte no processo administrativo
tributário: 1. reverter a situação em seu favor (direito de defesa); 2. pedir um pronunciamento oficial do fisco (consulta,
certidão tributária);3. protelar (prorrogar) a cobrança (importância ainda
maior para fins penais);4. constituir prova para futuro mandado de segurança
(“documentação”);5. pedir a concessão de algum direito (compensação,
restituição, benefício fiscal, redução da carga etc.); e6. Há casos em que o contribuinte tem jurisprudência
favorável na instância administrativa, e desfavorável no Judiciário.
PROCESSO ADMINISTRATIVO
• Tipos de processo administrativo tributário:1. REQUERIMENTOS: compensação, isenção, anistia,
parcelamento, certidões tributárias, consulta, abertura, baixa etc.
2. DECLARAÇÕES: informações passadas pelos contribuintes, do interesse da fiscalização (obrigações tributárias acessórias), tais como DIPJ, DCTF, DACON, DOI, GIA, GFIP etc. Vivemos uma fase de “proliferação de declarações”!
3. DEFESAS: impugnações e recursos.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA LEGISLATIVA
• É a “autêntica” (tradicional) competência tributária, envolvendo o poder de criar e alterar tributos, através de “lei”.
• Regra: lei ordinária (cabe medida provisória também).• Exceções: lei complementar.• Restrições: decreto do Presidente poderá aumentar a
alíquota de alguns impostos.
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: LEGISLATIVA
• A competência tributária legislativa envolve:1. a modificação de qualquer um dos elementos do fato
gerador da obrigação tributária principal (material, espacial, territorial, pessoal, quantitativo e destinação);
2. a criação de obrigações tributárias acessórias (tem se admitido a delegação para o Executivo);
3. a atribuição de poderes (direitos-deveres) para a Administração Tributária (fiscalização).
TRIBUTOS FEDERAIS• A União pode instituir os seguintes TRIBUTOS:1. Impostos: II, IE, IPI, IOF, IR, ITR e IGF;2. Taxas: polícia e serviços públicos;3. Contribuições de melhoria;4. Empréstimos compulsórios (só a União);5. Contribuições sociais: de custeio da seguridade social,
intervenção no domínio econômico, categoriais (profissionais ou econômicas) e gerais.
• Tributos sobre: vendas de mercadorias e serviços, comércio exterior, folha de salário, operações financeiras, patrimônio, renda. Multiplicidade de fontes arrecadatórias.
TRIBUTOS ESTADUAIS• Os Estados (e o DF) podem instituir os seguintes
tributos:1. Impostos: ITCMD, IPVA e ICMS;2. Taxas: polícia e serviços públicos;3. Contribuições de melhoria;4. Contribuições sociais de custeio da previdência
estadual, cobrada de seus servidores públicos.• Tributos sobre: vendas de mercadorias e serviços,
patrimônio, herança e doações.• Problemas com outros Estados e Municípios: conflito
de competência tributária e guerra fiscal. Federalização do ICMS!
TRIBUTOS MUNICIPAIS• Compete aos Municípios e ao DF instituir os
seguintes tributos:1. Impostos: IPTU, ITBI e ISSQN.2. Taxas.3. Contribuição de melhoria.4. Contribuições previdenciárias de seus próprios
servidores e a contribuição de iluminação pública (CIP).