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COMPONENTE 2 – INTERVENÇÕES SISTÊMICAS ESTRATÉGICAS Intervenções Sistêmicas – Estratégia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos A Intervenção Sistêmica, aprovada pelo BIRD, é voltada à elaboração da estratégia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos, a ser disponibilizada para implementação nas regiões selecionadas do Projeto QualiSUS-Rede. Estratégia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos A Intervenção Sistêmica, aprovada pelo BIRD, é voltada à elaboração da estratégia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos, a ser disponibilizada para implementação nas regiões selecionadas do Projeto QualiSUS-Rede. Curso de Ambiência em Saúde para Profissionais de Arquitetura e Engenharia das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde das 15 Regiões do Projeto QualiSUS-Rede A Intervenção Sistêmica, aprovada pelo BIRD, consiste na oferta de um curso voltado para a discussão do tema da Ambiência e sua aplicação aos projetos arquitetônicos de intervenções previstas nos Subprojetos ou nas Redes Temáticas priorizadas pelo Projeto. O público-alvo são arquitetos e engenheiros que atuam em secretarias estaduais e municipais de saúde das regiões do QualiSUS-Rede (ou secretarias com atuação na Saúde), devendo ser priorizados técnicos diretamente vinculados aos Subprojetos regionais e à estruturação das Redes Temáticas. Qualificação da Gestão de Tecnologias Médico-Hospitalares nas Redes de Atenção à Saúde A Intervenção Sistêmica, aprovada pelo BIRD, tem o objetivo de realizar um Curso de Gestão de Equipamentos Médico-hospitalares, em formato de Ensino à Distância (EAD), voltado a profissionais que atuam na gestão de equipamentos médico-hospitalares nas regiões do Projeto QualiSUS-Rede. Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde das Regiões do Projeto QualiSUS-Rede A Intervenção Sistêmica, aprovada pelo BIRD, tem o objetivo de realizar a formação profissional, a informatização das unidades de saúde e a utilização do Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – HÓRUS. Estudos Nacionais O Projeto deu continuidade ao processo de contratação de empresas de consultorias especializadas para desenvolver Estudos nos temas abaixo:

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COMPONENTE 2 INTERVENES SISTMICAS ESTRATGICASIntervenes Sistmicas Estratgia de Transporte de Pessoas para Procedimentos EletivosA Interveno Sistmica, aprovada pelo BIRD, voltada elaborao da estratgia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos, a ser disponibilizada para implementao nas regies selecionadas do Projeto QualiSUS-Rede.Estratgia de Transporte de Pessoas para Procedimentos EletivosA Interveno Sistmica, aprovada pelo BIRD, voltada elaborao da estratgia de Transporte de Pessoas para Procedimentos Eletivos, a ser disponibilizada para implementao nas regies selecionadas do Projeto QualiSUS-Rede.Curso de Ambincia em Sade para Profissionais de Arquitetura e Engenharia das Secretarias Estaduais e Municipais de Sade das 15 Regies do Projeto QualiSUS-Rede A Interveno Sistmica, aprovada pelo BIRD, consiste na oferta de um curso voltado para a discusso do tema da Ambincia e sua aplicao aos projetos arquitetnicos de intervenes previstas nos Subprojetos ou nas Redes Temticas priorizadas pelo Projeto. O pblico-alvo so arquitetos e engenheiros que atuam em secretarias estaduais e municipais de sade das regies do QualiSUS-Rede (ou secretarias com atuao na Sade), devendo ser priorizados tcnicos diretamente vinculados aos Subprojetos regionais e estruturao das Redes Temticas.Qualificao da Gesto de Tecnologias Mdico-Hospitalares nas Redes de Ateno SadeA Interveno Sistmica, aprovada pelo BIRD, tem o objetivo de realizar um Curso de Gesto de Equipamentos Mdico-hospitalares, em formato de Ensino Distncia (EAD), voltado a profissionais que atuam na gesto de equipamentos mdico-hospitalares nas regies do Projeto QualiSUS-Rede.Assistncia Farmacutica nas Redes de Ateno Sade das Regies do Projeto QualiSUS-RedeA Interveno Sistmica, aprovada pelo BIRD, tem o objetivo de realizar a formao profissional, a informatizao das unidades de sade e a utilizao do Sistema Nacional de Gesto da Assistncia Farmacutica HRUS.Estudos NacionaisO Projeto deu continuidade ao processo de contratao de empresas de consultorias especializadas para desenvolver Estudos nos temas abaixo:1) Financiamento e alocao de recursos tripartite para o desenvolvimento de aes e servios descentralizados do SUS na perspectiva da implantao das redes de ateno sade: diagnstico e proposio de alternativas;2) Modelos de governana e contratualizao federativa;3) Integrao dos instrumentos de planejamento e gesto do SUS para o fortalecimento do planejamento regional com vistas implementao das redes de ateno sade;4) Apurao e gesto de custos em Redes de Ateno Sade;5) Gesto do cuidado nas condies crnicas no transmissveis, com nfase na ateno bsica e na perspectiva da integralidade.Salvaguardas Planos para os Povos Indgenas PPIConforme recomendaes do Banco Mundial, durante as discusses sobre as salvaguardas sociais e ambientais do Projeto, os Subprojetos Regionais com presena indgena necessitaram complementar ou construir os Planos para os Povos Indgenas PPI.

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Copyright 2015 Portal da Sade Ministrio da Sade www.saude.gov.br. Todos os direitos reservados.Assim, os recursos financiaro 15 subprojetos. que, por sua vez, apoiaro organizao da RAS em todos os seus componentes, em 17 estados, devido s peculiaridades das Regies Tipo.SubprojetosSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de Belo HorizonteSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana do ABC/SPSubprojeto Qualisus-Rede - Regio do Semi rido - Cariri/CESubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de Teresina/PISubprojeto Qualisus-Rede - Regio Interestadual Bico do Papagaio -TOPAMASubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de RecifeSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana do Rio de JaneiroSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de FlorianpolisSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Integrada de Desenvolvimento do Entorno do DF-RIDE-DFSubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de CuritibaSubprojeto Qualisus-Rede - Regio de Fronteira Internacional de Ponta PorSubprojeto Qualsus-Rede - Regio Metropolitana de Belm-PASubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de Porto Alegre -RSSubprojeto Qualisus-Rede - Regio PEBASubprojeto Qualisus-Rede - Regio Metropolitana de Alto Solimes

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Copyright 2015 Portal da Sade Ministrio da Sade www.saude.gov.br. Todos os direitos reservados.Joomla! um software livre comlicena GNU/GPL v2.0Composto por representantes de todas as Secretarias do Ministrio,Fundao Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA); da Agncia Nacional de Sade Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Secretrios de Sade (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade (CONASEMS).O Comit Gestor de Implementao tem asseguintes atribuies:I - definir as diretrizes tcnicas e operacionais para execuo das atividades relativas ao QualiSUS-Rede;II - aprovar o planejamento anual da execuo das atividades previstas no QualiSUS-Rede;III - aprovar os relatrios de progresso semestrais e anuais, relativos execuo das atividades previstas no QualiSUS-Rede; eIV - aprovar os relatrios de avaliao, relativos execuo do conjunto de iniciativas previstas no QualiSUS-Rede, anualmente.O CGI ser presidido pelo Ministro de Estado da Sade

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Legislao do Qualisus-Rede- PORTARIA N 396, DE 4 DE MARO DE 2011 - Institui o Projeto de Formao e Melhoria da Qualidade de Rede de Sade (QualiSUS-Rede) e suas diretrizes operacionais gerais.- PORTARIA n 601, DE 24 DE MAIO DE 2011 - Dispe sobre a organizao e as competncias da Unidade de Gesto do Projeto de Formao e Melhoria da Qualidade de Rede de Sade (QualiSUS-Rede) e define o arranjo de gesto para a execuo dos subprojetos.- PORTARIA N 1.375, DE 3 DE JULHO DE 2012 - Define as regies selecionadas para participao e implementao das aes dos subprojetos do Projeto QualiSUS-Rede.Unidade de Gesto do Projeto - UGP-QualiSUSEndereo: Esplanada dos Ministrios, bloco "G", anexo ala "B", 4 andar, sala 436CEP: 70.058-900 - Braslia/DFTelefone: (61)3315-3209/3409E-mail:[email protected] apresenta a seguinte composio organizacional:I Gerncia-Geral da UGP: a) Apoio Administrativo e SecretariadoII rea de Apoio Tcnico:a) Componente 1: Qualificao do Cuidado e Organizao de Redes de Ateno Sade;b) Componente 2: Intervenes Sistmicas EstratgicasIII rea de Apoio Operacionala) Componente 3: Gesto do Projeto

COMPETNCIASEm linhas gerais cabe UGP:I programar as aes e coordenar a execuo do Projeto QualiSUS-Rede;II coordenar, supervisionar e apoiar execuo tcnica dos componentes 1 e 2 do Projeto QualiSUS-Rede;III promover, interna e externamente o projeto e articular com as secretarias, rgos vinculados ao MS e instituies a fins a execuo do projeto;IV preparar agenda e fornecer informaes ao Comit Gestor de Implementao do Projeto QualiSUS-Rede, regularmente e quando solicitado;V consolidar o Plano Operativo Anual, as Programaes Trimestrais de Gastos e os Planos de Aquisies;VI assessorar o Ministro de Estado da Sade e demais dirigentes do MS, em assuntos de natureza tcnico-administrativa relativos ao Projeto QualiSUS-Rede;VII coordenar a elaborao, reviso e manuteno das atualizaes do manual operacional;VIII autorizar e acompanhar os procedimentos para a aquisio de bens e servios, de acordo com as normas e procedimentos de Organismos Internacionais de Cooperao Tcnica, Banco Mundial e da legislao brasileira, quando for o caso;IX autorizar o repasse de recursos aos entes envolvidos no Projeto, de acordo com o estabelecido no Plano de Aquisio Anual (POA) e nas respectivas Programaes Trimestrais de Gastos.X autorizar as despesas do projeto QualiSUS-Rede previstas nas Programaes Trimestrais de Gastos, bem como elaborar as declaraes de gastos do projeto, e as prestaes de contas;XI monitorar junto aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios a execuo das aes do QualiSUS-Rede, assim como o desempenho dos indicadores pactuados no Projeto.

QualiSUSProjeto QualiSUS-Rede - Qualificao do SUSOProjeto de Investimento para a Qualificao do Sistema nico de Sade (QualiSUS-Rede) uma proposta de interveno que est sendo desenvolvida com o objetivo de apoiar a organizao de redes regionalizadas de ateno sade no Brasil.

Trata-se de um projeto de cooperao que est em fase de negociaes entre o Ministrio da Sade (MS) e o Banco Mundial (BIRD) e que visa a somar esforos permanentes para a consolidao do Sistema nico de Sade (SUS). A abrangncia de atuao proposta pelo QualiSUS-Rede estar associada ao conjunto de iniciativas do MS, voltadas para a melhoria da qualidade, da eficincia, da eficcia e da efetividade do SUS.

O QualiSUS o resultado da parceria entre o MS, estados e municpios. Cabe ao Ministrio a assessoria tcnica na gesto dos hospitais, investimentos para a reforma e a compra de equipamentos, investimentos para a reforma e a compra de equipamentos. Os estados e municpios so responsveis pelo gerenciamento dos hospitais, pela garantia do material de consumo interno e pela gesto de recursos humanos.

O QualiSUS da Ateno Bsica prev aes junto s equipes do Programa de Sade da Famlia. Entre elas esto: a adequao do padro fsico e de equipamentos das Unidades de Sade da Famlia, uma poltica de acolhimento nas unidades, um programa de educao permanente dos funcionrios, o acesso e a qualificao ao meios diagnsticos, com definio de quotas de exames para cada equipe do Programa de Sade da Famlia, e a garantia assistncia de mdia complexidade, como forma de assegurar uma maior capacidade de resoluo dos problemas de sade da populao para reduzir as filas nos hospitais.

O desenvolvimento do Sistema nico de Sade no Brasil tem mostrado significativos avanos desde sua criao pela Constituio de 1988. Esses avanos podem ser particularmente percebidos em relao ampliao da cobertura, melhoria da assistncia e aos seus mecanismos de gesto. Entretanto, ainda h muito a ser conquistado na perspectiva de garantir a integralidade na ateno sade.Superar a fragmentao das aes e dos servios de sade e qualificar o cuidado em sade constitui-se em desafios a serem enfrentados na atualidade. Para tanto, a estruturao de Redes de Ateno Sade (RAS) eficientes e efetivas, que considerem a integralidade na ateno sade e ao mesmo tempo respeitem a lgica de economia de escala na produo de servios especializados, deve ser perseguida na construo de sistemas com base territorial definida.

Nesta perspectiva, necessrio considerar, pela sua magnitude, a diversidade da realidade social, poltica e administrativa do pas e sua extensa rea territorial, na qual so expressivas as diferenas locoregionais e a diversidade organizacional e operativa da rede de servios de sade. A constatao de territrios com vazios assistenciais, que paradoxalmente convivem com o excesso de servios e outras localidades, tambm contribui para que o acesso a insumos e bens de sade acompanhe essa desigualdade de oferta e de utilizao.Deve-se considerar tambm, as caractersticas do sistema federativo brasileiro no qual os gestores da sade representam entes federativos autnomos, o que exigiu o estabelecimento de espaos de gesto tripartite para que se garantisse a governabilidade do SUS. Esses processos de gesto tripartite, essenciais para a conformao de redes regionais de ateno sade, so hoje beneficiados pela formulao do Pacto pela Sade.

O Pacto pela Sade, firmado entre os representantes dos trs nveis de gesto do SUS (federal, estadual e municipal) e editado pela da Portaria/GM n. 399, de 22 de fevereiro de 2006, constitui-se em uma unidade de princpios que: [...] respeita as diferenas loco-regionais, agrega os pactos anteriormente existentes, refora a organizao das regies sanitrias instituindo mecanismos de co-gesto e planejamento regional, fortalece os espaos e mecanismos de controle social, qualifica o acesso da populao ateno integral sade, redefine os instrumentos de regulao, programao e avaliao, valoriza a macro funo de cooperao tcnica entre os gestores e prope um financiamento tripartite que estimula critrios de eqidade nas transferncias fundo a fundo. (BRASIL, 2006a, p. 7).

Neste cenrio, ao ter como propsito contribuir para a qualificao da ateno e da gesto em sade no mbito do SUS por meio da conformao de redes de ateno sade, o Projeto QualiSUS representa um importante instrumento para a consolidao desse sistema. O projeto voltado prioritariamente para as Regies Metropolitanas (RM). Contudo, o projeto prev, ainda, a participao de outras regies (Regies No Metropolitanas RNM), que, por suas singularidades, representem reas consideradas estratgicas pelo Ministrio da Sade. Recomenda-se a configurao de regies com base populacional de no mnimo 250 mil habitantes, visando a garantir maior eficincia no uso dos recursos de sade de sade.

Ser dada prioridade de investimento assistncia especializada de mdia complexidade, assistncia de urgncia e emergncia e estruturao de sistemas logsticos de apoio s redes.

O governo Federal est implantando o programa QualiSUS em todo o pas. Com o objetivo de garantir a qualidade no atendimento dos usuiros do SUS, a poltica de qualificao prev eficcia na assistncia sade, respeito aos direitos da populao, motivao dos trabalhadores e controle social dos usurios por meio de ouvidorias.

Na primeira etapa, o governo ir beneficiar as emergncias dos hospitais das regies metropolitanas de todos os estados brasileiros com melhorias que vo do acolhimento do paciente ao atendimento pelo mdico. O QUALISUS tem como elementos fundamentais o acolhimento do usurio no hospital, a organizao do espaos para garantia do conforto do paciente e de seu familiar, o tempo de espera de acordo com grau de risco, espaos para o atendimento de urgncia organizados em ambientes distintos e de cuidados intermedirios, salas cirrgicas e nmero de leitos hospitalares adequados demanda da urgncia.Alm disso, o QualiSUS vai atual externamente com o Sistema de Emergncia. As mudanas sero promovidas por outras trs medidas: a organizao de uma rede de Pronto Atendimento, a implantao do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU/192) na capital e regio metropolitana, e a implementao da Central de Regulao de Leitos e de Consultas, para distribuir pacientes entre hospitais e unidades de Ateno Bsica.

O QualiSUS tem ainda outras frentes: adequao das unidades da Ateno Bsica para realizao de procedimentos simples, contribuindo para reduzir as filas nas emergncias; garantia do acesso a consultas especializadas e cirurgias de mdia complexidade a toda a populao; implantao de poltica de humanizao do atendimento no SUS.

Bibliografia:http://portal.saude.gov.br/portal/saude/gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=28282Manual Operacional do Projeto de Investimento para a Qualificao do Sistema nico de Sade / Ministrio da Sade, Secretaria-Executiva, Diretoria de Programa. Braslia: Ministrio da Sade, 2009.

O Qualisus vai melhorar o atendimento aos usurios do SUS. As emergncias dos hospitais passaro por reformas, tero equipamentos novos, atendimento qualificado, alm de novos servios para a populao. As obras tero incio ainda este ano.O programa resultado de parcerias entre a Unio, estados e municpios. Cabe ao ministrio a assessoria tcnica na gesto dos hospitais, os investimentos para a reforma e a compra de equipamentos. Os estados e municpios so responsveis pelo gerenciamento dos hospitais, pela garantia do material de consumo interno e a gesto de recursos humanos.

Alm de Pernambuco, j foram beneficiadas pelo Qualisus as emergncias de seis hospitais do Rio de Janeiro, os municipais Andara, Miguel Couto, Souza Aguiar e Salgado Filho, o estadual Rocha Faria e o federal Bonsucesso. Para esses hospitais o investimento de R$ 40 milhes.No hospital filantrpico Oscar Coutinho, as aes do Qualisus so para implantar o servio de Pronto-Atendimento com a readequao tecnolgica e a qualificao de recursos humanos. O Ministrio da Sade investir cerca de R$ 2,06 milhes no hospital.J no da Restaurao, considerado o maior de Pernambuco, o Ministrio vai investir R$ 5,3 milhes na emergncia. Com o programa, o hospital de 551 leitos ser capacitado para atender com qualidade a populao que busca atendimento de urgncia. Do total de recursos, R$ 900 mil sero investidos na reforma da emergncia e R$ 4,4 milhes na aquisio de novos equipamentos.O hospital Getlio Vargas ser capacitado para atender com qualidade a populao que busca atendimento de urgncia. Alm disso, criar novos servios como reas especficas para acolher pacientes. Do total de R$ 6,07 milhes, R$ 3 milhes sero investidos na aquisio de novos equipamentos e R$ 3,07 milhes, em reformas.O Ministrio da Sade vai investir R$ 7 milhes na emergncia do Hospital Estadual Otvio de Freitas com a implantao do Qualisus. Com longa tradio no atendimento de tisio-pneumologia e psiquiatria, o Hospital passou a atender tambm especialidades como urologia, ortopedia, urgncia e emergncia. Com a nova poltica do Ministrio da Sade, o Otvio de Freitas ser capacitado para atender com qualidade a populao que busca atendimento de urgncia. Do total de recursos, cerca de R$ 3 milhes sero investidos na aquisio de novos equipamentos e R$ 4 milhes, em reformas.valiao do grau de implantao do Programa de Qualificao da Ateno Hospitalar de Urgncia (Qualisus)Implementation degree assessment of the Hospital Urgency Care Qualification Program (Qualisus)Fernando Antnio Ribeiro de Gusmo-filho; Eduardo Freese de Carvalho; Jos Luiz do Amaral Correia de Arajo JniorCentro de Pesquisas Aggeu Magalhes, Fiocruz. Av. Professor Moraes Rego s/n, Cidade Universitria. 50670-420 Recife [email protected]

RESUMOO presente artigo tem por objetivo avaliar o grau de implantao do Programa de Qualificao da Ateno Hospitalar de Urgncia (Qualisus) em trs hospitais de alta complexidade do SUS do municpio do Recife, Pernambuco. Foi realizada uma avaliao normativa, levando-se em conta atributos estruturais e do processo de trabalho relativos s dimenses do acolhimento e direitos dos usurios e da resolutividade diagnstica e teraputica dos servios. O grau de implantao do programa foi avaliado como intermedirio nos trs hospitais. O artigo detalha e discute os achados referentes ao grau de implantao das aes que compem o programa nos trs servios.Palavras-chave:Avaliao de programas, Qualidade da assistncia sade, Servios de emergncia

ABSTRACTThis study aims to assess the implementation degree of the Hospital Urgency Care Qualification Program (Qualisus) in three high complexity hospitals of Recife municipality, Pernambuco State. A normative assessment was conducted based on structural and work process attributes concerning to user rights and embracement and to health services diagnostic and therapeutic resolubility. The program implementation degree was evaluated as intermediate at the three hospitals. Results referred to the implementation degree of program actions are described and discussed in detail in this article.Key words:Program assessment. Quality of health care, Emergency services

IntroduoEm conformidade com o Plano Nacional de Sade, foi definida a chamada Poltica de Qualificao da Ateno Sade do Sistema nico de Sade, denominada Qualisus. Esta foi lanada publicamente em 2003, com o objetivo central de elevar o nvel de qualidade da assistncia prestada populao pelo SUS, representando assima sntese das aspiraes e necessidades da populao de uma ateno sade que garanta o acesso a todos os nveis de complexidade e, principalmente, uma ateno eficaz, efetiva e humana como parte de seus direitos de cidadania1.Dentre os vrios componentes do SUS, os servios de urgncia e emergncia das grandes capitais foram considerados como prioritrios no processo de qualificao, com a justificativa de serem reconhecidos como uma das principais fontes de queixas da populao, segundo pesquisa de opinio2,3. Define-se correntemente urgncia como "a ocorrncia imprevista de agravo sade com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistncia mdica imediata" e emergncia como "a constatao mdica de condies de agravo sade que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, o tratamento mdico imediato"4. A superlotao das portas hospitalares de urgncia seria decorrente de vrios fatores, dentre os quais se destacam a baixa resolutividade da rede primria, a desarticulao entre os nveis de assistncia e a prpria insuficincia estrutural, gerencial e funcional destes servios5,6.Ao priorizar a qualificao dos sistemas de urgncias, o Qualisus entra em consonncia com a Poltica Nacional de Ateno s Urgncias (PNAU), que pressupe para este fim: (1) a organizao de rede no hospitalar de urgncia na ateno bsica e numa rede de pronto-atendimentos; (2) o desenvolvimento do atendimento pr-hospitalar de urgncia, pela implantao do Servio Mvel de Urgncia (Samu); (3) a instalao de uma central geral de regulao de leitos (Regulao Mdica); (4) a organizao e qualificao dos hospitais de urgncia para dar suporte resolutivo ao sistema de urgncia; (5) a definio de retaguarda de leitos hospitalares e ateno domiciliar1,7.O Qualisus est tambm em consonncia com a Poltica Nacional de Humanizao (PNH), que destaca a humanizao como dimenso fundamental do cuidado com qualidade sade. Esta poltica prev a reduo de filas e do tempo de espera, a ampliao do acesso, o atendimento acolhedor de acordo com a gravidade, a referncia territorial, a garantia de informaes ao usurio e de acompanhamento por pessoas de sua rede social e a garantia de gesto participativa8.Assim, o Qualisus, enquanto poltica de sade dirigida fundamentalmente aos sistemas de urgncias, prev investimentos em equipamentos e infraestrutura, na formao e valorizao dos trabalhadores, nas propostas de mudanas nas inter-relaes entre profissionais de sade e usurios e na introduo de novas tecnologias organizacionais de ateno e de novos modelos de gesto nas portas hospitalares de urgncia5. Dessa forma, visando a sua implantao, o Qualisus passa a ser um programa do Ministrio da Sade dirigido ao sistema de urgncia e emergncia9.O contedo e a metodologia de implantao do Qualisus foram desenvolvidos a partir da reunio de experincias regionais de qualificao assistencial, em todo o pas, por uma equipe tcnica reunida sob coordenao ligada Secretaria Executiva e participante do colegiado gestor do Ministrio da Sade. A sua implantao foi iniciada em 2004, a partir de uma experincia piloto em quatro capitais: Porto Alegre, Rio de Janeiro, Goinia e Recife. Em meados do segundo semestre de 2005, o programa foi expandido para as demais capitais e regies metropolitanas1,5,6.A implantao foi precedida pela discusso da proposta entre o Ministrio da Sade, os estados e os municpios, seguida do estabelecimento de um pacto de compromisso entre as esferas, com definio de papis e contrapartidas. As secretarias estaduais e municipais se encarregariam fundamentalmente do gerenciamento da implantao da poltica na rede assistencial local, garantindo insumos e a contratao de recursos humanos quando necessrio. Ao Ministrio da Sade caberia o financiamento para reformas fsicas e aquisio de equipamentos pelos hospitais. A negociao foi firmada pela assinatura de um protocolo de intenes1,5,6.Em cada regio metropolitana, foram preferencialmente selecionados hospitais gerais com porta hospitalar de urgncia, pertencentes rede prpria do SUS. Alguns hospitais universitrios e filantrpicos tambm foram includos, com a justificativa de causar impacto significativo no sistema de sade. Em Pernambuco, a segunda maior rede pblica hospitalar do SUS, foram includos o Hospital da Restaurao (HR), o Hospital Geral Otvio de Freitas (HGOF) e o Hospital Getlio Vargas (HGV), classificados como hospitais de referncia de nvel III, ou seja, de mdia e alta complexidade1,5,6.O processo de implantao do Qualisus pactuado com os hospitais era composto por quatro eixos:(1) Acolhimento, ambincia e direito dos usurios - que rene linhas de ao sob a dimenso da humanizao, com vistas ao respeito ao direito das pessoas, ao conforto dos usurios e sua adaptao aos servios de sade;(2) Resoluo diagnstica e teraputica - que contm linhas de ao visando efetividade e resolutividade da assistncia sade, a valorizao dos trabalhadores e a reduo dos riscos;(3) Responsabilizao e garantia de continuidade do cuidado - que traz linhas de ao direcionadas presteza da ateno e ao fortalecimento do vnculo dos trabalhadores com usurios e com o sistema de sade e(4) Aprimoramento e democratizao da gesto - que agrupa linhas de ao objetivando uma maior capacidade de gesto e controle social dos hospitais e setores de urgncias1,5.Assim, o programa Qualisus carrega no seu bojo um conjunto de conceitos complementares baseados em pilares fundamentais do SUS, como a equidade e a integralidade das aes, relacionadas humanizao do cuidado. Cabe lembrar que muitas de suas linhas de ao no so exclusivas, tomando parte de outras polticas, como a PNH, e at mesmo de programas de qualificao prprios dos hospitais. O processo de implantao do Qualisus, assim como o de qualquer outro programa, pode sofrer interferncia dos atores envolvidos, consultores, gestores estaduais, municipais e hospitalares e dos trabalhadores de sade, agindo em contextos distintos em relao s caractersticas dos hospitais, do sistema de sade e s diversidades socioeconmico-culturais. O objetivo deste artigo avaliar o grau de implantao do programa Qualisus em trs hospitais do municpio do Recife, tendo como referncia atributos relativos estrutura (espao fsico, recursos materiais e humanos, estrutura organizacional) e ao processo de trabalho (aplicao de rotinas, protocolos e normalizaes) das suas prprias linhas de ao.MtodosOs hospitais includos no estudo so classificados como hospitais gerais com porta hospitalar de urgncia, por atenderem demanda tanto de urgncia como eletiva, de carter geral e especializado, espontnea e referenciada. Apesar de pertencerem mesma categoria, estes hospitais tm perfis diferentes e papis distintos na rede de assistncia sade local. O HR possui a porta de urgncia de adultos mais utilizada do estado, com cerca de 12,5 mil atendimentos mensais poca do incio da implantao do programa. referncia para casos de acidentes e procedimentos complexos, como a ateno a queimados e neurocirurgias. O HGOF atende predominantemente casos clnicos de uma rea bastante populosa da regio sudoeste do Recife e do municpio vizinho de Jaboato dos Guararapes. referncia para urgncias psiquitricas e traumato-ortopdicas. J o HGV localiza-se na regio oeste do municpio, assistindo do mesmo modo a uma rea bastante populosa do Recife, alm de municpios circunvizinhos, a oeste e ao norte. referncia para traumas (Quadro 1)5,11,12.As variveis selecionadas neste estudo para avaliao do grau de implantao foram definidas a partir das prprias linhas de ao reunidas nos Eixos I (Acolhimento, ambincia e direito dos usurios) e II (Resoluo diagnstica e teraputica). Trs das linhas de ao do programa ainda no foram devidamente avaliadas e, portanto, no esto apresentadas neste artigo: a garantia de privacidade no atendimento, o direito de informao e confidencialidade das informaes sobre o estado de sade e a aplicao do Estatuto do Idoso e da Criana e Adolescente.A verificao do grau de implantao foi realizada por meio de avaliao normativa, que compara os atributos das variveis estudadas com critrios preestabelecidos10. O uso de padres normativos so recomendados na pesquisa avaliativa quando resultantes de valores e conhecimentos aceitos pelo sistema de sade vigente11. No presente estudo, os critrios e as normas adotadas foram derivados dos documentos oficiais do programa Qualisus e da PNAU1,5,8,13,14.Foi elaborado um sistema de pontuao atribuindo-se o mesmo peso aos eixos e s linhas de ao dentro dos eixos. Dentro do Eixo I, a pontuao foi distribuda uniformemente entre as cinco linhas de ao (cinquenta pontos cada). A linha de ao "Acolhimento com classificao de risco" se refere facilitao da adaptao do usurio ao servio de sade por uma equipe capacitada e aplicao de critrios de gravidade para o atendimento. Leva em conta a adequao da rea fsica, a quantidade e qualidade de recursos humanos e a aplicao de rotina de trabalho. A linha de ao "Garantia de usurio alimentao adequada" refere-se ao fornecimento ao usurio das trs refeies dirias principais. J a linha de ao "Garantia ao usurio a acompanhante em consultas e rea de observao" leva em conta a presena de mobilirio (pelo menos uma cadeira) e de sala de estar para os acompanhantes e a aplicao de rotina de trabalho. A linha de ao "Estabelecimento de visitas abertas com horrios agendados pelos cuidadores" diz respeito flexibilidade para troca de acompanhante, considerando a aplicao de rotina de trabalho. Por fim, a "Formao de Grupo de Trabalho de Humanizao" refora a necessidade de equipes especialmente estabelecidas para a aplicao de conceitos e prticas relativas humanizao dentro da organizao hospitalar, levando em conta a quantidade e capacitao de recursos humanos e a aplicao de rotina de trabalho.O Eixo II, "Resoluo diagnstica e teraputica", foi composto por sete linhas de ao. De modo arbitrrio, a linha "Garantia de quantidade de profissionais adequados demanda" recebeu quarenta pontos, enquanto que as demais, 35 pontos. Esta linha se refere proporo percentual do nmero de profissionais existentes em relao ao nmero de vagas existentes em cada servio. A linha de ao "Normalizao de condutas mdicas" considera a elaborao e aplicao de guias de conduta mdica e/ou de enfermagem. A linha de ao "Adequao da estrutura fsica" leva em conta a diviso do setor de urgncias em reas de observao, de estabilizao e de retaguarda, respeitando reas e planejamento arquitetnico. J a "Adequao de equipamentos na sala de estabilizao e de retaguarda" considera a existncia de uma lista mnima de aparelhagem em quantidade suficiente para suprir a demanda dos setores de urgncia de cada hospital. A linha de ao "Organizao de retaguarda de especialidades mdicas de acordo com a demanda" refere-se existncia em nmero e composio suficiente de equipes clnicas e cirrgicas de apoio. J a linha "Adequao do servio de apoio diagnstico e teraputico de acordo com a demanda" considera a presena em quantidade suficiente desses servios nos hospitais. Por fim, a linha de ao "Implantao de central de equipamentos de suporte e monitoramento de pacientes crticos" refere-se existncia desse servio nos hospital, considerando-se ainda o seu horrio de funcionamento. OQuadro 2resume o sistema de pontuao.Tomou-se como grau de implantao a proporo da pontuao obtida em relao pontuao mxima alcanvel pelos hospitais para cada linha de ao, eixo e para o programa com um todo, conforme o sistema de pontuao. Para a determinao do grau de implantao, foram arbitrariamente estabelecidos pontos de corte, de modo que os resultados obtidos apresentassem coerncia - (1): 0 a 50% - implantao incipiente; 51 a 75% - implantao intermediria; 76 a 100% - implantao avanada.A coleta dos dados foi realizada pelo primeiro autor deste artigo por meio de questionrio estruturado, contendo 59 perguntas fechadas relativas qualidade e quantidade de elementos estruturais e frequncia e aplicao de rotinas. Foram entrevistados em cada hospital pelo menos dois componentes da direo e/ou do setor de urgncias, entre os meses de julho e setembro de 2007, ou seja, dois anos aps o incio da introduo das melhorias. Na ocorrncia de disparidades entre respostas, um terceiro ou at um quarto componente foi entrevistado.Este estudo foi submetido ao Comit de tica e Pesquisa do Hospital da Restaurao, aprovado sob o registro CAAE n 0053.0.102.097-06. Os entrevistados assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido ao aceitarem participar da entrevista.Resultados e discussoConsiderando os dois eixos em conjunto, o grau de implantao foi considerado como intermedirio nos trs hospitais (HR - 73%; HGOF - 65%; HGV - 57%). ATabela 1e osgrficos 1e 2 resumem a pontuao obtida e o grau de implantao correspondente para linhas de ao, eixos e hospitais. A seguir, sero apresentados e discutidos os resultados de cada eixo.Eixo I - Acolhimento, ambincia e direito dos usuriosEste eixo rene cinco linhas de ao sob a dimenso da humanizao, relativas ao direito das pessoas, ao conforto dos usurios e a sua adaptao aos servios de sade. O grau de implantao do Eixo I foi considerado como avanado no HR (78%), intermedirio no HGOF (69%) e incipiente no HGV (40%) (Grfico 1).A linha de ao "Acolhimento com classificao de risco" apresentou implantao intermediria no HR (52%) e incipiente no HGV (42%) e no HGOF (6%), como mostra o Grfico 2. Essa linha de ao tenta responder a um dos principais motivos de insatisfao dos usurios do SUS, de acordo com pesquisas recentes - a baixa acolhida por parte dos profissionais de sade2,3. A noo de acolhimento, quando aplicada no campo da sade, pressupe a mudana da relao profissional-usurio e profissional-profissional mediante parmetros tcnicos, ticos, humanitrios e de solidariedade, levando ao reconhecimento do usurio como sujeito e participante ativo no processo de produo da sade15-18. O Qualisus aplica a noo de acolhimento nos setores de urgncias hospitalares, enfatizando o seu significado de ao gerencial de reorganizao do processo de trabalho, por meio da instituio de espao fsico definido e de equipe capacitada para a aplicao de normalizaes e rotinas especializadas. Entre essas, destaca-se a classificao de risco, uma ferramenta de triagem de largo emprego internacional, que confere agilidade do atendimento a partir da anlise da gravidade, do potencial de risco ou do grau de sofrimento do usurio, ao invs da simples ordem de chegada no servio19-21.A rea destinada ao acolhimento e classificao de risco nos setores de urgncia do HGOF e o HR estava adaptada, neste ltimo de modo adequado (oito dos dez itens presentes). J o setor de urgncias do HGV, apesar de ter passado por reforma estrutural recente, no contava com alguns elementos importantes de ambincia, como sala de apoio aos familiares e sala de ouvidoria. No HGOF, no se aplicavam as rotinas, enquanto que no HGV e no HR, o acolhimento e a classificao de risco eram realizados apenas em alguns perodos, a depender da disponibilidade em quantidade da equipe de enfermagem. De fato, o principal entrave composio de equipes de acolhimento o receio de aumento da carga de trabalho devido ao deslocamento de profissionais de sade para esse fim20. Francoet al.18, em experincia de implantao de acolhimento em uma unidade bsica de sade, observaram aumento de horas trabalhadas por parte de enfermeiros e tcnicos de enfermagem. Este aumento, porm, foi acompanhado por acrscimo considervel da produtividade em termos de acesso do usurio ao servio que, em ltima instncia, traduziu-se em aumento do rendimento do trabalho.O acolhimento , dentre os dispositivos preconizados pela PNH e pelo Qualisus, um dos mais estudados. A maior parte desses estudos diz respeito a implantaes bem-sucedidas em servios de sade de ateno primria18,22-28, enquanto que apenas um tem como campo um servio de pronto-atendimento29. J em relao ao dispositivo "Acolhimento com classificao de risco", encontramos uma pesquisa acadmica30e relatos de experincias de implantao em servios de sade includos na PNH31e no Qualisus32.As trs linhas de ao referentes aos direitos dos usurios do Eixo I foram as que obtiveram os maiores graus de implantao (Grfico 2). A linha de ao referente "Garantia ao usurio alimentao adequada" obteve pontuao mxima nos trs hospitais. J a linha "Garantia a acompanhante em consultas e na rea de observao" apresentou implantao avanada no HR e no HGOF (80%), enquanto que no HGV o grau foi incipiente (40%). Neste hospital, eram apenas permitidos acompanhantes nos casos previstos por lei (crianas e idosos, por exemplo). A linha de ao "Estabelecimento de visitas abertas com horrios agendados pelos cuidadores" alcanou 100% de implantao no HR e no HGOF, enquanto que no HGV o grau foi nulo.Essas linhas trazem mais conceitos derivados da PNH aplicados aos setores de urgncia33. A "Visita aberta" o dispositivo que amplia o acesso para os visitantes, garantindo o elo entre o paciente, sua rede social e os outros servios da rede de sade. J o "Acompanhante" representa esta rede social durante a estadia do paciente no hospital. Ambos atuam em conjunto na garantia de um ambiente mnimo de conforto ao paciente, facilitando a sua recuperao. So vrios os entraves para a sustentao desses elementos nos servios de sade, em especial nos setores de urgncia. Entre estes, a carncia de estrutura fsica e a concepo de representarem mais uma demanda potencial na rotina de trabalho21,33,34. Deve-se destacar que nenhum dos hospitais oferecia infraestrutura adequada para o acolhimento dos acompanhantes, como mobilirio e sala de estar.A ltima linha de ao do Eixo I refere-se existncia, composio e atuao dos Grupos de Trabalho de Humanizao (GTH). Os GTH so dispositivos criados pela PNH, formados por profissionais, tcnicos, gestores e usurios, com o propsito de auxiliar na melhoria da qualidade da produo de sade e do processo de trabalho atuando em servios, instncias gestoras (secretarias de sade, distritos sanitrios) e instituies afins (conselhos profissionais e entidades formadoras)35. No HR e no HGOF, o grau de implantao desta linha de ao foi considerado intermedirio (60%), enquanto que no HGV, incipiente (20%) (Grfico 2). Os trs hospitais contavam com GTH formalmente constitudos, porm com nmero de componentes abaixo do ideal para a demanda, na opinio dos entrevistados. Apenas no HR e no HGOF os GTH estavam em atividade regular.Eixo II - Resoluo diagnstica e teraputicaEsse eixo rene sete linhas de ao com vistas efetividade e resolutividade da assistncia, valorizao dos trabalhadores e reduo de riscos, mesclando conceitos advindos de teorias organizacionais e da PNH5,6,19. Cinco dessas referem-se estritamente a dimenses estruturais dos servios de urgncias: recursos humanos, rea fsica e equipamentos. J as linhas "Implantao de central de equipamentos de suporte e monitoramento de pacientes crticos" e "Normalizao de condutas mdicas" concernem tambm aplicao de processos. O grau de implantao do Eixo II foi considerado intermedirio nos trs hospitais (HGV - 74%; HR - 68%; HGOF - 60%) (Grfico 1).Em relao linha de ao "Adequao da estrutura fsica do setor de urgncia" em reas de observao, retaguarda e estabilizao, apenas o HGV cumpria com o preconizado (grau de implantao de 100%). No HR e no HGOF, os setores de urgncia encontravam-se adaptados (57% - implantao intermediria) (Grfico 2). At a realizao desta pesquisa, apenas o setor de urgncias do HGV havia passado por reforma estrutural recente. O Qualisus preconiza a diviso da rea de emergncia dos setores de urgncia em nveis de complexidade, a fim de facilitar a assistncia pela adequao de recursos humanos e tecnolgicos. Essas salas devem ser identificadas por cores: rea vermelha - destinada estabilizao de pacientes em estado grave, instveis, que requerem atendimento imediato; rea amarela - para atendimento de pacientes crticos, porm estveis, aguardando vaga para internamento ou transferncia, os quais requerem atendimento em no mximo quinze minutos; rea verde - rea preparada para o atendimento e observao de usurios no crticos, antes da alta, internamento hospitalar ou transferncia, os quais requerem atendimento em at trinta minutos. H ainda a rea azul, destinada s consultas de baixa e mdia complexidade1,20.Em relao s linhas de ao "Adequao de equipamentos na sala de observao e retaguarda", "Organizao da retaguarda de especialidades mdicas s equipes" e "Adequao do servio de apoio diagnstico e teraputico", os trs hospitais obtiveram pontuao mxima (grau de implantao de 100%) (Grfico 2). As salas de observao e estabilizao dos trs servios possuam conjunto de equipamentos adequado as suas dimenses, porm insuficiente em relao grande demanda verificada. Devido aos diferentes perfis de atendimento dos hospitais, no foi estabelecido um referencial nico para equipamentos, equipes de retaguarda e servios de apoio diagnstico e teraputico. Foi considerada para pontuao a conformidade com a demanda para cada hospital. Os trs hospitais ofereciam central de equipamentos de suporte (setor de engenharia clnica), porm, no HGOF, este funcionava apenas no horrio diurno.Os trs hospitais obtiveram pontuao nula em relao linha de ao "Normalizao de condutas mdicas", ou seja, nenhum deles seguia qualquer guia de manejo diagnstico ou teraputico, clnico ou cirrgico. Acredita-se que as normalizaes de assistncia mdica com base em evidncias cientficas contribuam para a qualificao de servios atravs da reduo de erros, da variabilidade de condutas e, consequentemente, dos custos6,36.Por fim, a linha de ao "Garantia de quantidade e qualidade de profissionais adequados demanda" apresentou grau de implantao incipiente nos trs hospitais (HR e HGV: 25%; HGOF: 13%) (Grfico 2). Apesar de serem considerados de alta complexidade, possuidores de diversas equipes de especialidades e de um parque tecnolgico avanado, os setores de urgncia dos trs hospitais apresentavam insuficincia de recursos humanos, tanto de nvel mdio e como de nvel superior. Apenas as equipes terceirizadas (recepo e segurana) apresentavam quadro funcional completo. O setor de urgncias do HGOF foi o que mostrou o maior dficit de profissionais, com pouco mais de 60% do seu quadro preenchido.Consideraes finaisNeste estudo indito, avaliou-se a introduo por meio de um programa ministerial de melhorias estruturais e inovaes organizacionais complexas em servios de urgncia e emergncia de grandes hospitais pblicos, setores considerados como pontos crticos do SUS.Pelos resultados apresentados, verificamos que a implantao do Qualisus alcanou grau intermedirio nos trs hospitais. Considerando-se os eixos em separado, observou-se que as linhas de ao do Eixo I (acolhimento, ambincia e direito dos usurios) obtiveram maior grau de implantao que as do Eixo II (resolutividade diagnstica e teraputica) em dois dos trs hospitais. Apenas quatro das doze linhas de ao alcanaram implantao completa. A linha "Normalizao de condutas mdicas" apresentou grau de implantao nulo nos trs hospitais. Dessa forma, este artigo evidencia que o programa Qualisus ainda no foi adequadamente implantado, indicando a necessidade da continuidade de investimentos em recursos fsicos e humanos, assim como no aprimoramento das tecnologias organizacionais e das relaes interpessoais nos servios hospitalares de urgncia.Uma vez que hospitais de outras regies metropolitanas tambm participaram do programa Qualisus, seria til nesses casos a verificao do grau de sua implantao por meio do emprego de mtodos avaliativos, tendo em vista a diversidade regional, organizacional, econmica e social que caracteriza o pas. Evidencia-se assim a necessidade e importncia da institucionalizao da prtica da avaliao em sade como auxlio tomada de decises para mudanas ou ajustes na conduo de programas pblicos.ColaboradoresFAR Gusmo-filho participou da formulao do objetivo, metodologia, coleta e anlise dos dados e redao do texto. EF Carvalho contribuiu na formulao do objetivo e metodologia e ainda participou da redao do texto. JLAC Arajo Jnior participou da formulao do objetivo e metodologia.Referncias1. Organizao Pan-Americana de Sade.Estratgia de Continuidade e Expanso das Atividades do Qualisus. Recife: OPAS; 2005[Links]2. Gouveia GC, Souza WV, Luna CF, Souza-Jnior PRB, Szwarcwald CL. Health care users' satisfaction in Brazil, 2003.Cad Saude Publica2005;21:S109-S118. [Links]3. Conselho Nacional de Secretrios Estaduais de Sade.Sade na opinio dos brasileiros.Braslia: Editora do Ministrio da Sade; 2003. [Links]4. Conselho Federal de Medicina. Resoluo 1.451 de 10 de maro de 1995. Define os conceitos de urgncia e emergncia e equipe mdica e equipamentos para os pronto-socorros.Dirio Oficial da Unio1995; 17 mar. [Links]5. Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria-Executiva.Qualisus - Poltica de qualificao da ateno sade. Braslia: Ministrio da Sade; 2004. [Links]6. 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Washington, 29 jan (EFE).- O Banco Mundial (BM) anunciou hoje que concedeu ao Brasil um emprstimo de US$ 235 milhes ao projeto QualiSUS, ligado ao aprimoramento e formao da rede de sade, informou a entidade.

O emprstimo ajudar a melhorar a eficincia do sistema universal de atendimento mdico do Brasil, ao apoiar o desenvolvimento da rede de centros clnicos do pas.

O objetivo gerar uma melhor promoo, preveno, deteco e tratamento de problemas prioritrios de sade, especialmente de doenas no contagiosas.

O projeto tambm buscar melhorar a qualidade e eficincia dos hospitais e dos centros de sade, assim como o transporte e outros sistemas logsticos.

Espera-se que o projeto beneficie aproximadamente 2,2 milhes de pessoas em 15 regies e centros demogrficos, indicou o comunicado.

O Banco Mundial no informou sobre as condies de concesso do emprstimo. EFE

ojl/db

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01/29/23-22/09

Artigo recebido em 28/01/2008Aprovado em 03/07/2008Verso final apresentada em18/07/2008

Os desafios do QualiSusPrograma visa capacitar profissionaise reorganizar dinmica de hospitaisNa segunda-feira 30, o QualiSus programa de melhoria no atendimento e nas instalaes do sistema pblico de sade chegou sua segunda etapa de implantao. Com um annciode investimentos de R$ 20,4 milhes, o governo pretende atacar os principais problemas das emergncias dos trs maiores hospitais estaduais de Pernambuco Restaurao, Getlio Vargas e Otvio de Freitas e do filantrpico Oscar Coutinho. Em julho, o lanamento do QualiSus foi feito no Rio de Janeiro. Ali, seis hospitais de urgncia os municipais Miguel Couto, Andara, Souza Aguiar e Salgado Filho, o estadual Rocha Faria e o federal Bonsucesso esto passando pelas modificaes previstas no programa. Isso significa desde a retirada de grades das portas do Pronto Socorro do Souza Aguiar at o treinamento do pessoal de atendimento e primeira ateno.Um dos maiores gargalos do sistema pblico de sade o atendimento de casos de mdia complexidade, afirmou o gerente Mendes durante sua exposio. O QualiSus pretende atacar esse problema de frente, garantindo aos usurios do sistema o acesso a consultas com especialistas e a realizao dos exames necessrios. Pretende-se, ainda, redefinir o modo de funcionamento dos hospitais de mdio porte. O programa vai sendo implantado pelo Pas a partir de convnios firmados entre os governo federal, estaduais e municipais.

PESQUISA APOIOU FORMULAO

Daniel Wainstein

MENDESMeta reduzir riscos e prestar mais assistncia

Por melhoria de qualidade entendemos reduo de riscos e assistncia eficaz, afirmou o gerente do Programa Nacional de Qualificao no Atendimento do Sus, Antnio Mendes, durante o painel QualiSus: O Desafio da Qualidade no Sistema Pblico. Ele lembrouque as diretrizes bsicas do programa foram traadasa partir de uma pesquisa feita em parceria com o Conselho de Secretrios de Sade.