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Comportamento Semanal de Mercado | Página 01
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Expectativas de inflação
Fonte: Focus BC
Fonte: Anbima
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
Projeções
Fonte: Focus BC
Ventos positivos para a inflaçãoCom a divulgação do IPCA de setembro em 0,08%, bem abaixo do esperado pelo mercado, houve uma
correção das expectativas inflacionárias apontadas pelo Boletim Focus. Dessa forma, o índice acumulado
em 12 meses chega a 8,5%, com queda de 0,5 p.p. no mês. Ademais, os grupos em monitoramento pelo
Banco Central apresentaram trajetória mais comportada, como os de alimentos, serviços e preços livres.
Esses dados favoráveis, alinhados à perspectiva de postergação do aumento da taxa de juros pelo Federal
Reserve, favoreceram a elevação das apostas de redução da Selic já na próxima reunião do Copom. Na
semana, o FMI publicou relatório que expõe os riscos quanto à evolução das dívidas públicas e privadas
nos países emergentes. A balança comercial brasileira apresentou superávit pelo 18º mês consecutivo.
Parte relevante da queda dos estoques de autoveículos nas fábricas se deve ao contínuo acréscimo da
participação das exportações na produção total. Assim, a recente apreciação do real pode trazer impacto
negativo no médio prazo. Por fim, com forte retração na margem, os dados da produção industrial física
decepcionaram.
5,07%4,5%
5,0%
5,5%
6,0%
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IPCA Próximos 12 meses
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Inflação ImplícitaEm 12 meses
07/10/2016 Há 1 semana Há 4 semanas
Out 0,39 0,40 0,42
Nov 0,45 0,45 0,47
2016 7,04 7,23 7,36
2017 5,06 5,07 5,12
IPCA %Mediana-agregado
Com a divulgação do IPCA de setembro em
0,08%, bem abaixo do esperado pelo mercado,
houve uma correção das expectativas
inflacionárias apontadas pelo Boletim Focus. A
mediana para outubro caiu para 0,39% e o
fechamento do ano recuou 0,19 p.p., encerrando
em 7,04%, nível este que ainda supera o teto da
meta. Para 2017, a projeção é de 5,07%. A
inflação projetada para os próximos 12 meses
também segue em trajetória cadente, com
retração de 0,08 p.p.. Já a inflação implícita para
o prazo de um ano nas negociações de títulos
públicos mostrou uma retração intensa (0,13
p.p.), totalizando 5,79% a.a.. Esses movimentos
favorecem as chances de que o do BC reduza a
taxa Selic já na próxima reunião no Copom.
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Inflação – set/16
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
A inflação medida pelo IPCA desacelerou de
0,44% no mês anterior para 0,08% em
setembro. Dessa forma, o índice acumulado em
12 meses chega a 8,5%, com queda de 0,5 p.p.
no mês e de 2,2 p.p. no ano. Os itens mais
sensíveis à política monetária (serviços e livres)
seguem com tendência cadente em 12 meses,
encerrando em 7,0% e 8,7% contra 7,4% e
9,1%, na ordem. O grupo de alimentação e
bebidas, monitorado pelo Banco Central,
também apresentou arrefecimento. No mês, três
grupos encerraram com deflação – alimentação
e bebidas (-0,29%), artigos de residência
(-0,23%) e transporte (-0,10%). Já a maior alta
ficou com habitação em 0,63%. O índice de
difusão voltou a diminuir, indicando uma menor
pressão sobre o IPCA. De uma forma geral, os
dados de setembro são positivos para a
convergência ao centro da meta inflacionária,
ainda que o processo seja mais lento do que o
esperado.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
Comportamento Semanal de Mercado | Página 02
7,0%
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Evolução em 12 meses
Serviços Livres IPCA
0,44%
0,30%
0,30%
0,36%
0,15%
0,27%
0,80%
0,96%
0,99%
-0,02%
0,08%
-0,29%
0,63%
-0,23%
0,43%
-0,10%
0,33%
0,10%
0,18%
0,18%
Geral
Alimentação e Bebidas
Habitação
Artigos de Residência
Vestuário
Transporte
Saúde e Cuidados Pessoais
Despesas Pessoais
Educação
Comunicação
Variação mensal por gruposet/16ago/16
56,8%
50%
55%
60%
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75%
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Difusão
Taxa de Juros
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Comportamento Semanal de Mercado | Página 03
Fonte: BM&FBovespa Fonte: BM&FBovespa
Fonte: BM&FBovespa
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
12,28%
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Swaps DI pré - 360
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a.a.
Taxa Real de JurosEx- ante
11,0%
11,5%
12,0%
12,5%
13,0%
13,5%
14,0%
hoje 3 6 12 18 24 30 36 42 48Meses
Estrutura a Termo das Taxas de Juros
07/10/2016
30/09/2016
09/09/2016
a.a.
Os dados favoráveis na inflação de setembro, alinhados à perspectiva de postergação do aumento da
taxa de juros pelo Federal Reserve, favoreceram a elevação das apostas de redução da Selic já na
próxima reunião do Copom. A estrutura a termo da taxa de juros deslocou-se novamente para baixo,
com queda de 0,15 p.p. no vértice de três meses e de 0,34 p.p. no de três anos. A taxa do swap DI
prefixado em 360 dias caiu 0,22 p.p. na semana para 12,28% a.a.. Com a retração maior do juro
nominal em relação às expectativas inflacionárias, a taxa real de juros ex-ante também encerrou em
baixa, ficando em 6,86% a.a..
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Câmbio
Comportamento Semanal de Mercado | Página 04
Fonte: Bloomberg
Fonte: JP Morgan
Fonte: BM&FBovespa
* Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim
húngaro, Real, Peso mexicano, Peso chileno, Reminbi
chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura.
O índice de moedas emergentes encerrou com
uma leve retração de 0,2% na semana, mesmo
diante do aumento da cotação do petróleo. A
moeda norte-americana também ganhou força
em relação às moedas de países avançados,
com o Dollar Index subindo 1,2% na semana.
Por outro lado, o dólar apresentou queda de
1,3% frente ao real. A volatilidade dessa moeda
em relação ao real sofreu uma leve queda,
fechando a semana em 13,31%. Na semana,
prevaleceram os dados mais fracos de geração
de emprego nos EUA, o que levou o mercado a
precificar um maior gradualismo para o processo
de normalização da política monetária.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
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Real/US$
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Volatilidade
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Índice Emergentes*
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Aversão ao Risco
Comportamento Semanal de Mercado | Página 05
Fonte: Bloomberg Fonte: JP Morgan
Fonte: Bloomberg
O destaque na semana ficou com a forte
redução da percepção de risco para os países
emergentes, refletida na queda de seis pontos
do EMBI, que fechou em 340 pts. Tal movimento
foi reflexo da expressiva valorização de 5,8% da
cotação do petróleo, com o barril tipo Brent
encerrando em US$ 51,93. A ruptura do patamar
de US$ 51 – o que não ocorria desde junho – foi
influenciada por dados que apontaram para a
queda dos estoques da commodity nos EUA.
Quanto à percepção de risco da economia
brasileira, esta permaneceu praticamente
estável, com o CDS terminando a semana em
271 pontos.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
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Credit Default Swap (CDS)Pontos-base
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EMBIPontos-base
51,93
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PetróleoBrent última cotação US$
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
FMI - WEO
Comportamento Semanal de Mercado | Página 06
Fonte: FMI - WEO
Na semana, o FMI divulgou o relatório World Economic Outlook que indica as suas projeções de
crescimento econômico, inflação e desemprego. A versão mais recente trouxe alterações nas
expectativas de crescimento do PIB. Para a economia mundial, a instituição manteve a projeção de alta
de 3,1% para 2016 e de 3,4% em 2017. Já para os países avançados, a expectativa para 2016 reduziu
em 0,2 p.p. para 1,6% e estável em 1,8% para o próximo ano. Os países emergentes tiveram a sua
projeção elevada em 0,1 p.p. em relação ao último relatório, fechando com uma expectativa de
crescimento de 4,2% para 2016. Por último, as projeções de variação do PIB brasileiro permaneceram
com retração de 3,3% para esse ano e indicam uma ligeira alta de 0,5% em 2017. Segundo o FMI, a
desaceleração da economia chinesa conjugada com a diminuição do comércio global constituem as
maiores dificuldades para a retomada do crescimento de forma mais sustentável em nível mundial.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
Visão geral das projeções do World Economic Outlook
2015 2016 2017 2016 2017 2016 2017
M undial 3,2% 3,1% 3,4% 0,0 p.p. 0,0 p.p. 0,01 p.p. 0,1 p.p.
A vançados 2,1% 1,6% 1,8% -0,2 p.p. 0,0 p.p. 0,03 p.p. 0,2 p.p.
Emergent es 4,0% 4,2% 4,6% 0,1 p.p. 0,0 p.p. 0,1 p.p. 0,0 p.p.
B rasil -3,8% -3,3% 0,5% 0,0 p.p. 0,0 p.p. 0,05 p.p. 0,5 p.p.
dif . W EO jul/ 16 d if . W EO abr/ 16Pro jeções
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Fonte: FMI - MF
Fonte: FMI - MF
FMI – Monitor Fiscal
Comportamento Semanal de Mercado | Página 07
Fonte: FMI - MF
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
225,7%
213,3%
190%
200%
210%
220%
230%
20
02
20
03
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10
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11
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12
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13
20
14
20
15
Endividamento Bruto Mundial% do PIB Mundial
Média mundial Excluindo EUA e China
37,5%
23,2%
15,9%
4,7%
Privado Público
Variação do Endividamento2005 – 2015 em % do PIB
Brasil Emergentes
Em relatório divulgado na semana, o FMI
destacou o alto nível de endividamento global do
setor não financeiro, hoje em 225,7% do PIB
mundial. Dois terços desse total são de
responsabilidade do setor privado, que
apresenta um perfil de risco mais elevado.
Dessa forma, em meio a esse cenário, a
retomada dos investimentos revela-se um
desafio, que é agravado em economias com
fortes restrições fiscais. Segundo o órgão, em
países emergentes e em recessões
acompanhadas de restrição fiscal, os gastos
públicos per capita levam mais de cinco anos
para retornarem aos níveis iniciais. Nesse
sentido, por causa da sua fragilidade, o setor
público é impedido de promover investimentos,
o que beneficiaria a retomada do setor privado e
a queda do seu endividamento. No caso
brasileiro, a dívida do setor privado apresentou
um avanço considerável entre 2005 e 2015,
alcançando 37,5% do PIB, mais do que o dobro
da observada nos países emergentes.
9,11%
7,15%
-4,75%
-15%
-10%
-5%
0%
5%
10%
0 1 2 3 4 5
Anos
Emergentes – Cenários de RecessãoProjeção do gasto público per capita
NormalFinanceiraFinanceira com restrição fiscal
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Comportamento Semanal de Mercado | Página 08
Balança Comercial – set/16
Fonte: MDIC
Fonte: MDIC
A balança comercial de setembro apresentou
superávit no montante de US$ 3,8 bilhões,
decorrente de US$ 15,8 bilhões em exportações
e US$ 11,9 em importações. Esse saldo
representou o 18º superávit mensal consecutivo.
No ano, o saldo acumulado da balança
comercial ficou em US$ 36,2 bilhões ante US$
8,4 em igual período de 2015, o que representa
um crescimento de 329,5%. O superávit é fruto
da queda mais intensa das importações em
relação às exportações. Considerando a
abertura da pauta das exportações, somente o
grupo de semi-manufaturados apresenta alta
(9,3%). Nos últimos meses, observa-se uma
perda de dinamismo na balança comercial
motivada pela recente valorização da taxa de
câmbio.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
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MensalEm (US$ bilhões)
-2,2%
-8,6%
19,8%
-3,1%
-2,3%
-8,2%
9,3%
1,7%
Total
Básico
Semi-manufaturados
Manufaturados
Exportações Itens selecionados
Jan-set16/jan-set15 Set16/set15
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Comportamento Semanal de Mercado | Página 09
Pesquisa Industrial Mensal – ago/16
Fonte: IBGE
Fonte: IBGE
A surpresa negativa da semana refere-se à
pesquisa industrial mensal (PIM) que mostrou
forte queda de 3,8% em agosto, considerando a
série livre de efeitos sazonais. Com isso, a PIM
reverteu sua trajetória de cinco altas mensais
consecutivas, retornando ao menor patamar
desde dezembro de 2008 (83,2 pontos). A série
dessazonalizada com a média móvel de três
meses sinaliza uma provável contribuição
negativa da indústria no PIB do 3T16. No mês,
somente o setor de bens de capital apresentou
alta (0,4%). Já o setor de duráveis teve forte
retração de 9,3% em agosto, decorrente da
queda de 15,1% da indústria automobilística.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
-3,8%
-0,7%
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PIM - variação mensalsérie com ajuste sazonal
Indústria Geral MM3M
-2,1%
1,9%
-1,3%
4,4%
-2,4%
0,4%
-4,3%
-1,6%
-9,3%
-0,9%
Bens de Capital
Bens Intermediários
Bens de Consumo
Bens de consumo duráveis
Bens de consumosemiduráveis e não
duráveis
Variação mensalsérie com ajuste sazonal ago/16 jul/16
COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
Fonte: ANFAVEA
Fonte: ANFAVEA
Autoveículos – set/16
Comportamento Semanal de Mercado | Página 10
Fonte: ANFAVEA/FENABRAVE
Com dados até setembro e, revertendo a queda
verificada no mês anterior que impactou
negativamente no desempenho da indústria de
bens de consumo duráveis, a produção de
autoveículos apresentou uma alta de 14,1% na
margem, em termos dessazonalizados. Em 12
meses, constata-se ainda uma forte retração
(-22,3%). Na mesma base comparativa, as
vendas de veículos também apresentaram uma
diminuição de 24,7% a.a.. Enquanto isso, os
estoques seguem em trajetória cadente,
alcançando os níveis observados no final de
2009. Parte da queda dos estoques nas fábricas
se deve ao contínuo aumento da participação
das exportações na produção total, que alcançou
22,8% em setembro.
Informativo Assessoria Econômica 30 de setembro a 07 de outubro de 2016 | www.abbc.org.br
-22,3%
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Evolução anualAcumulado em 12 meses
Produção
Vendas
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Participação das exportaçõesAcumulado em 12 meses
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0
50
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200
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Estoque de autoveículosMM6M (mil unidades)
Fábrica
Varejo
Av. Paulista, 949 – 6º andar – Bela Vista
CEP: 01311-100 – São Paulo – SP
Telefone: (5511) 3288-1688 | Fax: (5511) 3288-3390
Assessoria Econômica