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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS PROFESSORA: FERNANDA SANTOS [email protected] 1

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - … O TEXTO... Tragédia brasileira Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída

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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

PROFESSORA: FERNANDA SANTOS

[email protected]

1

TIPOLOGIA TEXTUAL

DESCRIÇÃO

Descrever consiste em apontar características

concretas e abstratas em um momento único,

estático, sem evolução temporal. A descrição

deve apresentar três partes: a introdução

(apresenta-se aquilo que iremos descrever), o

desenvolvimento (apontamos as

características) e a conclusão (apresenta-se a

ideia final).

2

CARACTERÍSTICAS

• predominância de substantivos e adjetivos;

• ausência de passagem do tempo;

• o objetivo de identificar e qualificar os fatos;

• tempos verbais: o presente e o pretérito-

imperfeito do Indicativo.

3

DESCRIÇÃO OBJETIVA OU

SUBJETIVA?

“O animal mais conhecido da Austrália é o

canguru. Ele possui um rabo comprido e

cabeça pequena para o tamanho do corpo. Na

frente da barriga, o animal tem uma bolsa que

dá para colocar seu filhote. Para se

movimentar, usa as duas patas traseiras para

pular.” (Aluno da 5ª série)

4

“No jardim zoológico havia um pavão que mais

parecia uma noiva: era todo branquinho como

se fosse coberto com flocos de neve. Quando

abria a sua cauda, um leque de penas se

formava como um longo vestido de noiva. Isso

o tornava uma figura feliz.” (Aluno da 5ª série)

5

NARRAÇÃO

Existe uma narração quando o narrador

apresenta uma sequência de fatos ocorridos

com um ser ou mais (personagens) em um

espaço de tempo e em determinado lugar (ou

lugares). Uma narração deve apresentar três

partes: a introdução, o desenvolvimento e a

conclusão.

6

CARACTERÍSTICAS

• a presença de verbos que indicam ação,

advérbios temporais e conjunções temporais;

• sucessão temporal;

• o objetivo de relatar os fatos;

• tempos verbais: presente e pretérito-perfeito do

Indicativo.

7

ELEMENTOS DA NARRATIVA

NARRADOR

a) participante (= 1ª. Pessoa )

b) simples observador do fato narrado (= 3ª Pessoa )

FOCO NARRATIVO

Maneira como o narrador se situa em relação ao que está sendo narrado: 1ª Pessoa ( eu / nós ), ou se distancia dela e escreve na 3ª Pessoa (utilização do índice de indeterminação do sujeito – “se” )

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ENREDO OU AÇÃO

A sequência dos fatos ou acontecimentos.

PERSONAGEM OU PERSONAGENS

Pessoas que atuam na narrativa, além do narrador.

TEMPO

A extensão de tempo cronológico ou psicológico em que tudo acontece: horas, dias, meses, anos ou até minutos.

9

ESPAÇO GEOGRÁFICO

O local onde os fatos ou as cenas acontecem:o campo, a cidade, a casa, a vila, a estrada, a praia, a rua etc.

DISCURSO

1- Direto

“O carro corria, a sirena gemia, o chofer assobiava.

Eugênio sentia um vácuo na boca do estômago, uma

leve sensação de náusea.

- Qual é o número? – berrou o chofer.

- 678! – respondeu o enfermeiro. (Érico Veríssimo. In: Olhai os Lírios do Campo)

10

2- Indireto

“O homem foi ter com o advogado, confessou ter

falsificado o testamento e acabou pedindo que

lhe tomasse a causa. Não se negou o

advogado; estudou os papéis, arrazoou

longamente, e provou a todas as luzes que o

testamento era mais que verdadeiro. A

inocência do réu foi solenemente proclamada

pelo juiz e a herança passou-lhe às mãos. O

distinto jurisconsulto deveu a esta experiência a

liberdade.” (Machado de Assis. In: O Alienista)

11

3- Indireto Livre

“Estavam todos em Madureira, bairro do subúrbio

carioca, terra de Portela e Império Serrano.

O sambista somente sorria. Olhava para um lado

e para o outro. Estava feliz.

Como é bom se divertir!

12

OBSERVAÇÃO:

Na narrativa sempre há um CLÍMAX ( parte alta, emotiva do texto, em que o leitor deverá entender e aplicar a complicação dos fatos narrados ).

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ANALISANDO O TEXTO... Tragédia brasileira

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria. Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. Misael não queria escândalo. Podia dar urna surra, um tiro, urna facada. Não fez nada disso: mudou de casa.Viveram três anos assim.

14

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa. Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

Manuel Bandeira

15

DISSERTAÇÃO

A dissertação é um tipo de texto em que o

autor explana e expõe ideias,razões.

Predominam os conceitos abstratos,muitas

vezes fora das esferas do tempo e do espaço.

Não há progressão temporal entre os

enunciados, mas sim relações de natureza

lógica.

16

CARACTERÍSTICAS

• conectores relacionando argumentos;

• mecanismos de coesão;

• ausência da sucessão do tempo;

• objetivo de discutir, informar ou expor ideias;

• presença de opiniões e argumentos, com os

verbos no presente do Indicativo.

17

TEXTO DISSERTATIVO

EXPOSITIVO

- Discute o assunto;

- Expõe o que o autor sabe sobre o assunto;

- Apresenta fatos reais, estudos científicos,

estatísticas.

ARGUMENTATIVO

- Defende uma opinião = TESE;

- Persuasão, convencimento;

-Apresenta argumentos.

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EXPOSIÇÃO OU

ARGUMENTAÇÃO?

“O Pantanal possui a maior concentração de fauna das Américas, com cerca de 1.500 espécies animais. Essa extrema riqueza biológica desperta a avidez dos caçadores,que olham para a reserva como se ela fosse um paraíso de alvos a sua disposição. Ali, os agentes florestais são recebidos com as mesmas balas que matam animais da região. O desmatamento para a implantação de áreas para o pasto também estão contaminados pelo mercúrio que os garimpos clandestinos jogam na água.”

(Guia Brasil 4 Rodas 92. São Paulo. Editora Abril, 1992) 19

A sociedade do Estado do Rio de Janeiro

encontra-se refém do medo. Rotineiramente, as

pessoas se deparam com sequestros, balas

perdidas, tiroteios entre policiais e bandidos e

outros tipos de violência que colocam cidadão

carioca como vítima direta da convulsão social

em que vive a cidade maravilhosa.Nesse

sentido, é fundamental entender o caos atual

para que, de posse das causas desse

movimento, possamos criar mecanismo para

uma rápida e necessária pacificação da

sociedade.

20

ESTRUTURAÇÃO ARGUMENTATIVA

Quando lemos um texto não estamos apenas

juntando palavras, frases. Na verdade, estamos

buscando nele suas ideias principais, isto é,

verificando como se dá sua estrutura

argumentativa.

Para que possamos avaliar um texto em sua

essência, devemos buscar os elementos que o

compõe. Por exemplo, ao iniciar a leitura,

deparamo-nos com o TEMA, ou seja, o assunto

sobre o qual repousa a discussão do texto, o

motivo da argumentação.

Já a TESE caracteriza-se por ser o posicionamento do autor em relação ao tema. Ela será a ideia central da introdução e do texto em sua totalidade. No texto padrão, a TESE está no 1° parágrafo. Porém, podemos encontrar tal posicionamento em outro parágrafo quando não se trata de um texto padrão. Para comprovar e embasar a TESE, o autor lança mão de ARGUMENTOS que compõe a estruturação argumentativa do texto. Eles são desenvolvidos das mais variadas formas: utilização de exemplos, comparações, analogias, dados estatísticos, testemunhos de autoridade, relações de adição, oposição, causa e efeito etc.

Para fechar o texto, temos o parágrafo de

CONCLUSÃO que representa a tomada da

TESE. Neste momento, o autor expõe suas

opiniões, críticas ou sugestões sobre o tema

debatido ao longo do texto. Assim, finaliza suas

ideias e completa o clico textual.

OBSERVAÇÃO: O autor, muitas vezes, com o

intuito de transparecer seu

posicionamento,utiliza-se de algumas marcas

linguísticas capazes de persuadir o leitor, tais

como verbos na 1ª pessoa do singular ou plural

e expressões de modalidade – os

modalizadores (vocábulos indicativos da

opinião do autor).

Exemplos:

Ele anda mal ultimamente.

Certamente, haverá reunião amanhã.

Talvez amanhã não haverá reunião.

TEXTO INFORMATIVO

Há textos expositivos que apresentam informações

com o objetivo de aumentar o conhecimento do leitor

sobre determinado assunto – o Texto Informativo.

Usa-se a linguagem objetiva, impessoal e pressupõe

acréscimo de informação para quem o lê. O texto

dissertativo informativo trata de assuntos de interesse

do leitor, além de buscar a novidade - algo que, ao

menos presumidamente, seja desconhecido do

público ao qual é veiculado.

26

Exemplo:

Cirque du Soleil abre 200 vagas para apresentação em

Porto Alegre

Salários variam de R$ 800 a R$ 1.200.

É preciso ter ensino médio completo. Inglês fluente é

diferencial.

A agência de empregos Allis recebe inscrições para 200

vagas em Porto Alegre (RS) para o espetáculo "Quidam",

do Cirque du Soleil, que acontecerá no final de maio na

cidade. O salário varia de R$ 800 a R$ 1.200 e inclui

benefícios como vale-transporte e alimentação no local.

27

As oportunidades são para os cargos de atendente de

bar, caixa, auxiliar de cozinha, cozinheiro bilíngue,

garçom, recepcionista, recepcionista bilíngue,

vendedor, estoquista, assistente de camarim bilíngue,

analista de suporte, auxiliar administrativo, costureira

bilíngüe e mâitre.

Os candidatos devem ter ensino médio completo e

disponibilidade de horário nos períodos da tarde, noite

e finais de semana. É desejável ter experiência na

função. Fluência em inglês será considerada um

diferencial.

28

Características como dinamismo, proatividade e

facilidade em comunicação também são vistas como

essenciais para integrar a equipe do evento.

(g1.globo.com.noticias/concursos_empregos)

29

OBSERVAÇÃO:

Na maioria das vezes, não encontramos um texto

em estado puro, já que o narrativo, o descritivo

e o dissertativo podem interpolar-se em um

único texto.

30

ANALISANDO O TEXTO... “As mãos de Ediene” – Fritz Utzzeri – (Jornal do Brasil,

Caderno B, 02/12/1999)

Ediene tem 16 anos, rosto redondo, trigueiro, índio

e bonito das meninas do sertão nordestino. Vaidosa,

põe anéis nos dedos e pinta os lábios com batom.

Mas Ediene é diferente. Jamais abraçará, não

namorará de mãos dadas e, se tiver filhos, não os

aconchegará em seus braços para dar-lhes o calor e

o alimento dos seios da mãe. A razão é simples.

Ediene não tem braços.

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Ela os perdeu numa maromba, máquina do século

passado, com dois cilindros de metal que amassam

barro para fazer telhas e tijolos numa olaria. Os dedos

que enche de anéis são os do pé, com os quais

escreve, desenha e passa batom nos lábios. Ediene,

ainda menina, trabalhava na máquina infernal,

quando se distraiu e seus braços voltaram ao barro.

Ela é uma das centenas de crianças mutiladas, todos

os anos, trabalhando como gente grande em troca de

minguados cobres, indispensáveis para manter a vida de famílias miseráveis em todo o país.

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Crianças que, a partir dos três anos ajudam as famílias

em canaviais, carvoarias, plantações de sisal,

garimpos e olarias, sem direito a estudo, a

brincadeiras, ao convívio dos amigos; infância para

sempre roubada, para ganhar entre R$ 12,50 e R$

50,00 por mês de trabalho, COM JORNADAS DE ATÉ

14 HORAS! Quanto tempo você leva para gastar R$

12,50? O que consegue comprar com isso?

Pense e reflita que custa um mês de trabalho duro

de um menino semi-escravo no Brasil. [ ..]

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Até quando? Talvez fosse o caso de aproveitar a

proposta da reforma do Judiciário e adotar de vez a lei

muçulmana, a Sharia. O ladrão teria a mão direita

decepada. Se fosse crime hediondo (o que rouba

criança e doente ou explora trabalho infantil é ladrão

hediondo), perderia as duas mãos, esmagadas numa

maromba bem azeitada. O Aurélio define, entre outras

coisas, maromba como “esperteza e malandragem”.

Se todos os marombeiros e ladrões tivessem medo de

perder as mãos numa maromba, talvez Ediene não

fosse obrigada a escrever com os pés, pudesse

carregar seu filho e acariciá-lo, feliz, com o carinho que só as mães sabem dar.

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EXEMPLOS

1- Eis a cidade do Rio da Janeiro no verão. As

pessoas caminham alegres e satisfeitas pelo

calçadão de Copacabana. Nas ruas, os carros

passam e podemos ouvir músicas animadas.

Nos bares, o povo carioca toma cervejinha e

come os petiscos famosos. As belezas incidem

sobre a cidade maravilhosa.

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2- Era verão na cidade do Rio de Janeiro e o povo todo

se agitava naquele clima de felicidade e alegria. De

repente, uma escuridão pairou sobre a cidade

maravilhosa. As pessoas ficaram desesperadas e com

medo. Houve um apagão.

36

3- É evidente que não existe qualidade de vida na

cidade do Rio de Janeiro, já que há deficiência nas

condições de bem-estar e comodidade nos grandes

centros urbanos. Prova disso é a falta de estrutura

habitacional que afeta a vida da população carioca,

negando a ela condições básicas de dignidade, como

transporte coletivo precário e prestação de serviços

ineficazes.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1- Leia os parágrafos a seguir e diga se neles há o

predomínio da descrição, narração, exposição ou argumentação.

a) “Seguia-se a Paula, uma cabocla velha, meio idiota, a quem todos respeitavam pelas virtudes de que só ela dispunha para benzer erisipelas e cortar febres por meio de rezas e bruxarias. Era exatamente feia, grossa, triste, com olhos desvairados, dentes cortados à navalha, formando ponta, com dentes e cão, cabelos lisos, escorridos e ainda retintos apesar da idade. Chamavam-lhe ‘bruxa’.

(Aluísio Azevedo, In. O Cortiço)

b) “O velho falou que eles chegaram de madrugada. As luzes só não enfraqueceram porque o disco voador não suga luz de lamparina. Pousaram no descampado perto do riacho. Com roupas luminosas, entraram pelo pátio. Falavam em uma língua estranha, logo traduzia ao comando de um botão vermelho no cinto. Pediam que não tivesse medo. Recrutavam vida inteligente para a reconstrução do seu planeta.”

(Luiz Claudio Santana. O caso do velho. In. Cacos e Remendos)

c) “O fato mais destacado que se impõe a quem estuda o Brasil é o da esplêndida unidade do país. Unidade física afirmada na admirável continuidade do território. Unidade moral demonstrada pela religião, pela língua, pelos costumes, pelas tradições materiais; objetivada no conjunto de elementos constitutivos da economia, da produção, do trabalho, da indústria e comércio; e unidade intelectual expressa na identidade da formação e da cultura. Unidade política manifestada na continuidade das idéias, de sentimentos e interesses de sua população.”

(Gilberto Amado, Três livros, Rio, José Olimpio, 1965, p. 378-9)

d) “Ficamos sentados no banco da sala vigiando Josias, espantando os mosquitos que queriam pousar na cara dele. Dorico já estava ficando nervoso, disse que era melhor um de nós ir na cidade chamar o pai de Josias com remédio. Rosendo apoiou e pediu que eu fosse, eu entendi que era porque ele não queria ficar sozinho no sítio comigo, Dorico tinha mais paciência com ele.”

(José J. Veiga. Tarde de Sábado, manhã de domingo. In. A máquina extraviada)

e) “Minha mãe é uma pessoa interessante e misteriosa por dentro. Está sempre disposta a ajudar a todo o mundo. É meiga até com estranhos. É educada, sentimental, lutadora. Sonha em encontrar de novo o marido: seu sonho já de muitos anos. Sonhadora como ela só, imagina o melhor para as duas filhas, seus xodós. Às vezes, parece grosseira, mas isto é porque ela não mente nunca. Apesar de ser faladeira, tem um grande segredo: como foi que ficou sem marido. Isso não conta para ninguém.”

(Aluna da Sétima Série)

f) “Museu é um estabelecimento criado para conservar, estudar e valorizar pelos mais diversos modos, e sobretudo expor para deleite e educação do público, coleções de interesse artístico, histórico e técnico.”

(Texto do folheto explicativo do Museu Regional do Sul de Minas, Campanha, Minas Gerais)

g) "A exploração do trabalho infantil fere os direitos humanos que a criança tem de viver com plenitude a infância: a criança que queima esta etapa de sua vida amadurece muito cedo, o que pode trazer para ela problemas psicológicos sérios na fase adulta; Eis porque, independentemente do que consta nas leis e nos estatutos dos menores, a criança não deve trabalhar. Ela deve brincar o suficiente para ser um adulto equilibrado e feliz.”

(Aluna da terceira série)

COESÃO E COERÊNCIA

PROFESSORA: FERNANDA SANTOS

45

TEXTUALIDADE

+

Elementos de ligação Continuidade de

da superfície textual sentidos do texto

COESÃO COERÊNCIA

46

Exemplos:

“Os políticos, apesar de serem eleitos pelo povo,

faltam muito ao trabalho”.

“Os casais antigos eram seguros, mas os casais

de hoje preferem viajar bastante”.

COESÃO TEXTUAL

Para redigirmos um texto de qualidade, um

dos princípios básicos pelo qual devemos nos

guiar é o da coesão textual, pois um texto

coeso nos oferece ideias relacionadas entre si,

dando-nos melhores condições de entendê-lo.

TEXTO EM VERSO E PROSA

Amor e sexo – Arnaldo Jabor

“Amor é um livro – Sexo é

esporte

Sexo é escolha – Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema

Amor é novela – Sexo é

cinema

Sexo é imaginação, fantasia

Amor é prosa – Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos

Sexo é uma selva de epiléticos

(...)”

O amor estudado O amor é um valor abstrato.

Parte de uma noção também abstrata de satisfação e, posteriormente, da valoração de, para ser feliz, necessita-se daquele ser amado. Nesse sentido, entende-se esse sentimento como um mecanismo de aproximação das pessoas. Às vezes, beira a passionalidade e a violência. Nesse formato, ele não deve ser lido como um sentimento, mas distúrbio psíquico.

COESÃO REFERENCIAL

(RECUPERAÇÃO RÁPIDA)

ENDOFÓRICA

ANAFÓRICA

Maria passou em um concurso público. Ela só está aguardando a convocação.

Glaucia é uma pessoa que adora ajudar o próximo. Isso vale muito.

CATAFÓRICA

Perguntaram-me isto: quando será a próxima aula?

EXOFÓRICA

Todos procuram a paz, mas há os que acreditam na discórdia.

TIPOS DE RECUPERAÇÃO

RÁPIDA

PRONOME PESSOAL

O cachorro está ferido. O motociclista atropelou-o.

Rosane é uma menina de ouro. Ela é muito prestativa.

PRONOME RELATIVO

Refiro-me às meninas que estão de saia rosa.

PRONOME DEMONSTRATIVO

Sempre procura a paz. Isso é o que importa.

ADVÉRBIO

A casa de Búzios era realmente demais. Ali passávamos as férias.

ANÁLISE DA COESÃO NOS

PRONOMES DEMONSTRATIVOS 1° CASO: Referencial

Os homens chegaram. Isso abalou as mulheres.

Disse-me isto: faça o melhor.

2° CASO: Distributivo

Patrícia e Gisela eram muito corretas. Esta, muito

responsável. Aquela, pontual.

3° CASO: Enumerativo (reforçado de numeral)

Estes dois problemas precisam de solução: o erro

e o descuido.

COESÃO LEXICAL

Adoro Memórias Póstumas de Brás Cubas. Não deixo

de ler Machado de Assis.

Vanessa passeia com o seu cão todos os dias, mas hoje

o animal quebrou a patinha.

Gosto de brancos. Roupa alva nos deixa belos.

Adoro dançar. A dança faz bem para a alma.

COESÃO ELÍPTICA

A alguns, a vida oferece muito; a outros, pouco.

Ele era muito orgulhoso. Ofendia-se, irritava-se

com qualquer brincadeira.

Os industriais estão apoiando e vão votar no

nosso candidato.

COESÃO TRANSFRÁSTICA A turma está com dificuldade em Português. Eles

perguntam sempre a mesma coisa.

A massa dos sem-terra buscou até agora o caminho

político para alcançar os seus objetivos. Deveriam

continuar ou buscar uma solução armada?

O trabalhador ainda acredita em vida digna com salário

mínimo. Eles vivem em um mundo em que a única

coisa boa presente mesmo é poder acreditar.

COESÃO SEQUENCIAL

PREPOSIÇÕES E CONJUNÇÕES

ORAÇÕES COORDENADAS

ORAÇÕES SUBORDINADA SUBSTANTIVAS

DESENVOLVIDAS

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

DESENVOLVIDAS

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAS

DESENVOLVIDAS

VALOR DÊITICO

Dêitico = enunciativo

Tipos: pessoa, lugar e tempo

Significação contextual

“ As crianças já estavam na sala de “entretenimento”

quando um rapaz com um canivete se aproximou. Eu

continuei aqui parada. Uma fila de carro bloqueava a

outra saída e você via tudo Manoel, mas não fazia

nada. Hoje, entendo que corríamos riscos graves. A

boate não apresentava segurança. Lá não havia

segurança.”

QUESTÕES DE FIXAÇÃO

1- A coesão não está realizada nos textos abaixo.

Caberá a você a tarefa de construir uma nova

versão para cada um deles. Para isso, utilize os

mecanismos de coesão que você julgar mais

adequados em relação aos elementos que

aparecem repetidos na sequência textual.

a) O Pantanal possui a maior concentração de

fauna das Américas, com cerca de 1.500

espécies de animais. O Pantanal desperta a

avidez dos caçadores, que olham para o

Pantanal como se ele fosse um paraíso de

alvos a sua disposição. No Pantanal, os

agentes florestais são recebidos com as

mesmas balas que matam animais no

Pantanal. O desmatamento para a implantação

de áreas para o pasto do gado também é outro

grande problema do Pantanal. Alguns rios do

Pantanal também estão contaminados pelo

mercúrio que os garimpos clandestinos jogam

na água.

b) Desde cedo o rádio noticiava: um objeto

voador não identificado estava provocando

pânico nos moradores de Manaus. A primeira

reação de Maria foi sair da cama e correr para

o porto. Fazia seis meses que Maria estava

trabalhando em Parintins. Maria levantava

cedo todos os dias e passava a manhã inteira

conversando com o presidente do Sindicato

dos Trabalhadores Rurais. Maria estava em

Parintins, tentando convencer os trabalhadores

a mudar a técnica do plantio da várzea.

CURSO DE PORTUGUÊS BÁSICO PARA CONCURSOS

PROFESSORA: Fernanda Santos

FONOLOGIA

- CONCEITO DE FONOLOGIA

- CONCEITO DE FONEMA

- CONCEITO DE LETRA

Chato x mato

Rato x reto

FONEMAS X LETRAS

Pipa

Cabeça

Táxi

Marxismo

Carro

CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS 1- VOGAIS

Mar, pai

Observação: Na escrita, as 5 letras a, e, i, o, u representam 12 vogais da língua falada e da língua escrita.

- 7 VOGAIS ORAIS

/A / É / Ê / I / Ó / Ô / U/

Exemplos: andaime / Roraima / café/ bebê/ açaí / vovó / vovô / urubu

- 5 VOGAIS NASAIS

/Ã / EM / IM / Õ / UM/

Observação: A vogal nasal pode ser escrita de 3 maneiras:

Com til (~): pão, dispõe

Com “M”: âmbar, sempre, limpeza, comprei, jumbo

Com “N”: anta, ente, tinta, tonto, junta

2- SEMIVOGAIS

Pai /PAY/

Mãe /MÃY/

PAPEL /PAPEL/

BEM /BÊY/

PÃO /PÃW/

3- CONSOANTES

Pente

Pipa

REFORMA ORTOGRÁFICA – MUDANÇA NO ALFABETO

NOVA REGRA ANTES AGORA

O alfabeto é formado por 26

letras.

O “K”, “W”, “Y” não eram

considerados do nosso alfabeto.

Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios,

palavras estrangeiras e

seus derivados. Exemplos: Km,

Byron, Watt

ENCONTROS VOCÁLICOS

1- DITONGO

a) crescente: série

b) decrescente: boi

c) oral: mau

d) nasal: mão

2- TRITONGO

Quão / enxaguou

3- HIATO

Saí / saída / baús

ENCONTROS CONSONANTAIS

1- SEPARÁVEIS

Poste / crosta

2- INSEPARÁVEIS

Blusa / prata

DÍGRAFO Onde / chapéu / jarra / gente / unha / crescer / cresça

/manga/ guerra/ quilombo/ amassar / jumbo

DÍFONO

Táxi / nexo

ORTOÉPIA OU ORTOEPIA X CACOÉPIA

“Estrupo” – estupro

“adevogado” – advogado”

PROSÓDIA

Nobel, filantropo, gratuito, recorde, rubrica

REFORMA ORTOGRÁFICA – MUDANÇA NA ACENTUAÇÃO – DITONGOS ABERTOS

NOVA REGRA ANTES AGORA

Ditongos abertos (ei, oi) não são

mais acentuados em palavras paroxítonas.

Assembléia, idéia, jibóia, paranóico

Assembleia, ideia, jiboia, paranoico

Observações:

1- Nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: anéis, papéis.

2- O acento no ditongo aberto “eu” também continua: chapéu, céu.

3- O vocábulo MÉIER continuará sendo acentuado, pois se trata de um paroxítono terminado em –R.

REFORMA ORTOGRÁFICA – MUDANÇA NA ACENTUAÇÃO – HIATO

NOVA REGRA ANTES

AGORA

O hiato “oo” e “ee” não são mais acentuados.

Enjôo, vôo, crêem, dêem, lêem, vêem

Enjoo, voo, creem, deem, leem, veem

Não se acentua o “i” e “u” tônico em

paroxítonas precedidas de

ditongo.

saiínha, feiúra saiinha, feiura

NOVA ORTOGRAFIA - OBSERVAÇÕES

1- Recebe acento circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir: eles têm / eles vêm.

2- Não existe mais o trema em língua Portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados: Müller, mülleriano.

3- Acento Diferencial

NOVA REGRA ANTES AGORA

Não existe mais o acento

diferencial em palavras

homógrafas de tonicidade.

pára (verbo), péla(substantivo

e verbo), pêlo (substantivo),

pêra (substantivo),

pólo (substantivo)

para (verbo), pela(substantivo

e verbo), pelo (substantivo),

pera (substantivo),

polo (substantivo)

O acento diferencial ainda permanece no verbo “poder” (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo – “pôde”) e no verbo “pôr” para diferenciar da preposição “por”.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA 1- MONOSSÍLABOS

• A / AS: já, pá, pás;

• E / ES: fé, pés, dê (verbo);

• O / OS: dó, nós;

2- OXÍTONOS

• A / AS: cajá, maracujás;

• E / ES: café, cortês;

• O / OS: cipó, avós;

• EM / ENS: além, parabéns.

3- PAROXÍTONOS

• R / X / N / L/ PS: caráter, látex, pólen, fóssil, bíceps;

• Ã / ÃS / ÃO / ÃOS: irmã, órfãs, órgão, bênçãos;

• I / IS / US: júri, táxis, ônus;

• UM / UNS / ON / ONS: fórum, álbuns, próton, nêutons;

• DITONDO ORAL ÁTONO: jóquei, túneis, régua;

• TRITONGOS: águam.

4- PROPAROXÍTONAS

Todas as proparoxítonas são acentuadas.

Exemplos: lâmpada, período, álibi, máquina.

MORFOLOGIA X SINTAXE X SEMÂNTICA A minha professora de Copacabana é muito linda.

A minha professora de Copacabana é muito linda.

A minha professora de Copacabana é muito linda.

MORFOLOGIA: É o estudo dos vocábulos sob o aspecto estrutural.

SINTAXE: : É a parte da gramática que trata da decomposição da frase em seus elementos constituintes, além de verificar a relação lógica entre os termos da oração.

SEMÂNTICA: É a parte da gramática que estuda a significação das palavras.

ESTILÍSTICA: É a parte da gramática que trata da investigação da expressividade das palavras. Por exemplo, as figuras de estilo, as figuras de linguagem etc.

CLASSES DE PALAVRAS

VARIÁVEIS INVARIÁVEIS

SUBSTANTIVO ADVÉRBIO

ADJETIVO INTERJEIÇÃO

ARTIGO CONJUNÇÃO

NUMERAL PREPOSIÇÃO

PRONOME

VERBO

Exemplos:

A bruxa é malvada. / As bruxas são malvadas.

A menina inteligente apareceu de repente. / As meninas inteligentes apareceram de repente.

Dois rapazes estavam ansiosos. / Duas mulheres estavam ansiosas.

Meus amigos adoram esta casa. / Meu carro é mais bonito do que o seu.

Eu almocei bobó de camarão. / Nós almoçamos bobó de camarão.

Aqui fiz muitos amigos. / Aqui fizemos muitos amigos.

Ufa! Já acabei de estudar. / Ufa! Já acabamos de estudar.

Não fui à aula porque estava doente. / Não fomos à aula porque estávamos doentes.

Morreu de amor. / Morremos de amor.

ARTIGO NUMERAL

PRONOME ADJETIVO

ADVÉRBIO VERBO

ADJETIVO

SUBSTANTIVO

ADVÉRBIO

PREPOSIÇÃO

É a palavra invariável que liga dois termos,

subordinando um ao outro, funcionando, assim,

como um conectivo.

Exemplos: Livro de Rosane.

Gosto de você.

90

VALOR RELACIONAL

PREPOSIÇÃO

VALOR NOCIONAL

Exemplos: Gisela necessita de carinho.

Sou favorável às reformas.

Eles beberam do vinho.

Ao professor o pai abraçou. 91

CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES

A) ESSENCIAIS: apresentam-se sempre como

preposição.

a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em,

entre, para, perante, por, sem,sob, sobre, trás.

B) ACIDENTAIS: são aquelas que passam a

usar-se como preposição.

Ex.: como (= na qualidade de) , durante (= por) ,

conforme (= de acordo com) , etc. 92

- LOCUÇÃO PREPOSITIVA: conjunto de palavras que funcionam como preposição.Termina sempre por preposição.

Ex.: abaixo de, antes de, de acordo com, a respeito de, etc.

93

VALOR SEMÂNTICO DAS PREPOSIÇÕES

a) companhia

b) oposição

c) concessão

d) condição

e) instrumento

f) lugar

g) tempo

h) matéria

i) meio

j) Modo

k) preço

l) causa

m) origem

n) agente

o) conteúdo

p) assunto

q) finalidade

r) consequência

s) posse

t) Opinião

u) tipo/ especificação

v) destino

94

Exemplos:

a) Irei à festa Ploc com meus amigos.

b) Flamengo jogará com o Vasco.

c) Com mais de 100 anos, ainda aposta no futuro.

d) Sem realizar exercícios, não vai passar.

e) Ele matou a mulher com a faca.

f) O helicóptero caiu sobre a lavoura de trigo.

g) Fez o percurso em três horas.

h) O casaco de lã esquenta muito.

i) Viajei de trem.

j) Chegou de mansinho.

k) Comprei por 10 reais.

l) Morreu de câncer.

95

m) Ele veio de Paris.

n) O ataque de israelenses era inevitável.

o) Trouxe uma cesta com utensílios artesanais.

p) Falei de poesia.

q) Dei-lhe alguma coisa de comer.

r) Ela era feia de dar medo.

s) Experimentei o sapato da mulher.

t) Para mim, eles são inocentes.

u) Mundo de tecnologia.

v) Viajei de Recife a São Paulo.

96

CONJUNÇÃO

É a palavra ou locução invariável que liga

orações ou termos semelhantes da mesma

oração.

Exemplos: Convém que todos estudem.

Eu e minha amiga fofocamos muito hoje.

Dedicou-se muito, porém não obteve êxito.

Quando soar o sinal, os alunos sairão felizes. 97

COORDENATIVAS

CONJUNÇÕES

SUBORDINATIVAS

98

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS São aquelas que ligam orações independentes

sintaticamente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical.

1- ADITIVAS

2- ADVERSATIVAS

3- ALTERNATIVAS

4- CONCLUSIVAS

5- EXPLICATIVAS

99

1- ADITIVAS

Conjunções: e, nem (= e não), não só... mas também,

não só... como também, bem como, não só... mas

ainda.

Ex.: Vou e já volto.

Ela entrou na sala e dirigiu-se aos alunos.

100

2- ADVERSATIVAS

Conjunções: mas, porém, todavia,contudo,entretanto, no entanto, não obstante.

Ex.: Estudei muito, no entanto não passei.

Você conhece a cantora Paula Fernandes. Não a

conheço, mas já ouvi falar.

101

3- ALTERNATIVAS

Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, já... já, quer... quer,

seja... seja.

Ex.: Siga o mapa ou peça informações.

Ou irei eu, ou irá ele ao evento.

102

4-CONCLUSIVAS

Conjunções: logo, pois, portanto, por conseguinte, por

isso, assim.

Ex.: Estudou muito, logo passou.

São todos pobres, portanto não devem ter esses

luxos.

103

5-EXPLICATIVAS

Conjunções: que, porque, pois, porquanto.

Ex.: Deve ter chovido, porque o chão está molhado.

Não chore, porque dias melhores virão.

104

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

É a palavra ou locução conjuntiva que liga duas

orações, sendo uma delas dependente da outra. A

oração que é introduzida pelas conjunções

subordinativas é chamada de oração subordinada.

CONJUNÇÕES INTEGRANTES

SUBORDINATIVAS ADVERBIAIS

105

1- INTEGRANTES: indicam que a oração

subordinada por elas introduzida completa ou integra

o sentido da principal.

Conjunções: que, se

Ex.: Pedi que ficasse em silêncio.

Não sei se ela já voltou.

106

2- ADVERBIAIS: indicam que a oração subordinada

por elas introduzida exerce a função de adjunto

adverbial da principal. De acordo com a circunstância

que expressam, classificam-se em:

1) Causais

Conjunções: porque, que, como (= porque), pois que,

uma vez que, visto que, porquanto, já que etc.

Ex.: A aula foi interrompida porque faltou luz.

107

2) Consecutivas

Conjunções: de sorte que, de modo que, de forma que,

sem que (= que não), que(tendo como antecedente

na oração principal uma palavra como tal, tão,

cada,tanto, tamanho) etc.

Ex.: O professor falou tanto que ficou rouco.

108

3) Concessivas

Conjunções: ainda que, apesar de que, embora, mesmo

que, conquanto, se bem que, por mais, que, posto

que etc.

Ex.: Amanhã haverá aula embora seja feriado.

109

4) Condicionais

Conjunções: se, contanto que, salvo se, desde que, a

menos que, a não ser que, caso etc.

Ex.: Iremos ao clube se não chover.

5) Conformativas

Conjunções: conforme, como (= conforme), segundo,

consoante etc.

Ex.: Tudo terminou conforme tínhamos visto.

110

6) Finais

Conjunções: para que, a fim de que, porque (= para

que), que etc.

Ex.: Estudou muito para que fosse aprovado.

7) Proporcionais

Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo

que e as combinações quanto mais... (mais), quanto

mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto

menos... (menos) etc.

111

Ex.: A inundação aumentava à medida que subiam as

águas.

8) Temporais

Conjunções: quando, enquanto, assim que, logo que,

todas as vezes que, desde que, depois que, sempre

que, mal (= assim que) etc.

112

Ex.: O rapaz ficou pálido quando viu a noiva.

9) Comparativas

Conjunções: como, assim como, tal como, como se,

(tão)... como, tanto como, tanto quanto, tal, qual, tal

qual, que (combinado com menos ou mais) etc.

Ex.: Nada dói tanto como o sorriso triste de uma

criança.

113

EXPLICAÇÃO X CAUSA

→ Semelhanças:

possuem, em geral,

os mesmos

conectores (porque,

pois –antes do verbo,

porquanto, pois que,

já que, uma vez que,

visto que, visto como,

que, etc.)

→ Diferenças: expressam

ideias distintas.

(CAUSA≠EXPLICAÇÃO)

114

Exemplos:

Não foi à escola porque estava doente.

Entre, porque o filme já começou.

Deve ter chovido, porque o chão está molhado.

O evento foi interrompido porque faltou luz.

115

PARÁFRASES

▪ Conjunções

coordenativas

adversativas: Mas,

porém, contudo,

todavia,entretanto, no

entanto, senão, não

obstante, etc.

▪ Conjunções

subordinativas

adverbiais

concessivas:

Embora, se bem que,

ainda que, posto que,

conquanto, em que

pese, muito embora,

mesmo que, mesmo

assim, enquanto, ao

passo que, etc.

116

▪ Conjunções

coordenativas

conclusivas: Logo,

pois (depois do

verbo),portanto, por

conseguinte, por isso,

assim, então, etc.

▪ Conjunções

subordinativas

adverbiais

consecutivas: Que

(depois de tão,

tal,tamanho, tanto),

de sorte que, de

modo que, de forma

que, de maneira que,

etc.

117

POLISSEMIA CONJUNCIONAL

- PORQUE

Entre, porque o filme já começou. (EXPLICAÇÃO)

Ela passou no concurso público porque estudou muito.

(CAUSA)

Estude porque tudo corra bem. (FINALIDADE)

118

- COMO

Como estava chovendo, não fui à praia. (CAUSAL)

Agiu como esperava. (CONFORMATIVA)

Ela age como a mãe. (COMPARATIVA)

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

A maneira como ele me olha é atraente. (PRONOME RELATIVO)

Gosto de você, e como! (ADVÉRBIO DE INTENSIDADE)

Tiago Lacerda apareceu como protagonista daquele filme.

(PREPOSIÇÃO)

119

- E

Ana cantava e dançava. (ADITIVO)

Ricardo estudou, e não passou. (ADVERSATIVO)

Foi dirigir bêbado e bateu com o carro. (CONSECUTIVO)

Em frente ao espelho do banheiro, levou um lenço aos olhos e

retocou a maquiagem. (FINALIDADE)

Esforçou-se muito e passou em 1° lugar. (ADIÇÃO E

CONSEQUÊNCIA)

120

- POIS

Fique tranquila, pois tudo se resolverá. (EXPLICAÇÃO)

Patrícia passou em 1° lugar, pois estudou muito.

(CAUSA)

Ela estudou muito; passou, pois, em 1° lugar.

(CONCLUSÃO)

121

- OU

Jéssica ou Gisela se casará com Rian. (EXCLUSÃO)

A secretária ou as secretárias dirigiram-se ao escritório.

(RETIFICAÇÃO)

O cigarro ou a cerveja fazem mal ao homem. (ADIÇÃO)

- DESDE QUE

Desde que levantou, não parou de trabalhar. (TEMPO)

Desde que estude, obterá a aprovação. (CONDIÇÃO) 122

- QUE

Reclama, que reclama, que reclama. (ADIÇÃO)

Entre, que estamos esperando. (EXPLICAÇÃO)

Disse que faria o exercício. (CONJUNÇÃO INTEGRANTE)

Choveu, que o dia foi muito abafado. (CAUSA)

O dia foi tão abafado que choveu. (CONSEQUÊNCIA)

Que ele insistisse, não o perdoaria. (CONCESSÃO)

Estude que tudo corra bem. (FINALIDADE)

123

- SE

Não disse se iria à festa. (CONJUNÇÃO INTEGRANTE)

Se ele fosse à festa, eu ficaria mais feliz. (CONDIÇÃO)

Se você sabia que era proibido dançar lá, por que não

me avisou? (CAUSA)

Se eles eram felizes, não demonstravam

contentamento. (CONCESSÃO)

Se naquele momento você me odiou, hoje me ama cada

dia mais. (PARTÍCULA DE REALCE)

124

Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida.

(PARTÍCULA APASSIVADORA)

Precisa-se de funcionários experientes. (ÍNDICE DE

INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO)

Os amantes beijaram-se. (PRONOME RECÍPROCO)

A menina penteou-se. (PRONOME REFLEXIVO)

- UMA VEZ QUE

Uma vez que estudou muito, foi aprovado. (CAUSA)

Uma vez que estude muito, será aprovado.

(CONDIÇÃO)

- À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE

À medida que estudo, aprendo mais. (PROPORÇÃO)

Na medida em que muito se esforçou, passou no

concurso público. (CAUSA)

126

CURSO DE PORTUGUÊS BÁSICO PARA CONCURSOS

PROFESSORA: Fernanda Santos

CONTINUAÇÃO POLISSEMIA CONJUNCIONAL

- SE

Ofereceu-se um grande prêmio ao vencedor da corrida.

(PARTÍCULA APASSIVADORA)

Precisa-se de funcionários experientes. (ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO)

Os amantes beijaram-se. (PRONOME RECÍPROCO)

A menina penteou-se. (PRONOME REFLEXIVO)

- UMA VEZ QUE

Uma vez que estudou muito, foi aprovado. (CAUSA)

Uma vez que estude muito, será aprovado.

(CONDIÇÃO)

- À MEDIDA QUE X NA MEDIDA EM QUE

À medida que estudo, aprendo mais. (PROPORÇÃO)

Na medida em que muito se esforçou, passou no

concurso público. (CAUSA)

129

PARÁFRASES

▪ Conjunções coordenativas adversativas: Mas, porém, contudo, todavia,entretanto, no entanto, senão, não obstante, etc.

▪ Conjunções subordinativas adverbiais concessivas: Embora, se bem que, ainda que, posto que, conquanto, em que pese, muito embora, mesmo que, mesmo assim, enquanto, ao passo que, etc.

130

▪ Conjunções

coordenativas

conclusivas: Logo,

pois (depois do

verbo),portanto, por

conseguinte, por isso,

assim, então, etc.

▪ Conjunções

subordinativas

adverbiais

consecutivas: Que

(depois de tão,

tal,tamanho, tanto),

de sorte que, de

modo que, de forma

que, de maneira que,

etc.

131

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1- Indique os valores semânticos das

preposições nas frases a seguir:

a) Chegaremos à festa com os nossos amigos.

b) A crítica foi recebida com reserva.

c) As meninas falam de maquiagem.

d) Viajarei de ônibus.

e) Pulseira de aço.

f) A professora era estimada de todos.

g) A mãe tirou a bala da criança.

h) Sem realizar as questões de prova, não

passará no concurso.

i) Comprei a calça por 50 reais.

j) Enviarei a resposta por e-mail.

l) Fez o percurso em 6 horas.

m) Ele apareceu em socorro do irmão.

n) Consertou a porta com o martelo.

o) Entre alunos é comum esta bagunça.

p) A lavadeira lavou a roupa com sabão.

q) Para mim, ela está perdoada.

2) Indique os valores semânticos das

conjunções a seguir:

a) É necessário que estudes mais.

b) Não sei se ele voltará hoje.

c) Embora tenha feito tudo certo, não obteve

êxito.

d) Quanto mais estuda, mais entende a matéria.

e) Ora dança, ora fica parado.

f) Entre logo, que estamos aguardando.

g) Como não estudou, não passou.

h) A garota se vestiu de sorte que agradou o

pretendente.

i) O diretor prometeu ajudar o aluno, mas não

cumpriu a promessa.

j) Fecha a janela, que está ventando muito.

l) Ele chorou porque a namorada não quis voltar.

m) À medida que os anos passam, a mulher

amadurece mais.

n) Mal chegou, já foi passear.

o) Ela é vaidosa como a mãe.

p) A professora disse que todos fizeram o

exercício.

ADVÉRBIO

CONCEITO: É uma palavra invariável que

modifica o verbo, o adjetivo ou o próprio

advérbio, exprimindo uma circunstância (causa,

finalidade, modo, tempo, lugar etc.)

Exemplos:

Comi muito.

Ela é muito bonita.

Comi muito bem.

LOCUÇÃO ADVERBIAL

CONCEITO: É o grupo geralmente constituído

de preposição + substantivo (claro ou implícito)

que tem valor e emprego de advérbio.

Exemplos: com efeito, de graça, às vezes, em

silêncio, por prazer, sem dúvida, etc.

INTERJEIÇÃO

CONCEITO: É a expressão com que

traduzimos os nossos estados emotivos.

Exemplos: Ah!, Oh!, Olá!, Puxa!, tic-tac

LOCUÇÃO INTERJEITIVA

CONCEITO: É o grupo de palavras com valor

de interjeição.

Exemplos: Ai de mim, ora bolas, com todos os

diabos.

CLASSES VARIÁVEIS

Substantivo

Adjetivo

Artigo

Numeral

Pronome

Verbo

ARTIGO

CONCEITO: É a palavra variável em gênero e

número que precede o substantivo,

determinando-o de modo preciso ou vago

indicando-lhe o gênero e o número.

Exemplos:

A mulher – Uma mulher

O homem – Um homem

ATENÇÃO!

A menina disse o sim emocionada.

O andar daquela moça é espetacular.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Destaque os artigos do texto abaixo:

O governo negou que esteja exigindo a troca dos operadores de aeroportos nos consórcios que venceram os leilões por terminais leiloados este ano, mas disse que a busca de novas parcerias das empresas dos consórcios vencedores poderia se reverter em melhoria da qualidade dos serviços prestados. (...) Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/governo-nega-exigencia-de-troca-de-operadores-de-aeroportos-4777257.html#ixzz1vRhmjTsb

NUMERAL

CONCEITO: É a palavra de função quantificadora

que denota valor definido.

- CARDINAL

- ORDINAL

- MULTIPLICATIVO

- FRACIONÁRIO

Exemplos:

Dois mais dois são quatro.

João foi o primeiro colocado do concurso.

O triplo de mulheres compareceram ao evento.

Três quartos da superfície terrestre são cobertos

de água.

ATENÇÃO!

Júlia se sentiu a última das mulheres.

Dois amigos chegaram.

Dois amigos chegaram. Os dois estavam

atrasados.

SUBSTANTIVO

CONCEITO: É a palavra variável em gênero e

número com que designamos os seres em

geral (pessoas, coisas, animais, etc.).

Exemplos:

Pedra, Deus, amor, mar, rebanho

ADJETIVO

CONCEITO: É a palavra variável que modifica

a compreensão do substantivo, atribuindo-lhe

uma qualidade, um estado, um modo de ser,

um aspecto ou aparência exterior.

Exemplos:

homem generoso

menina doente

trabalhador honesto

mágico simpático

paredes azuis

Além desses aspectos, pode exprimir também

uma relação temporal , proveniência , posse.

Exemplos:

pagamento quinzenal

vinho português

casa materna

LOCUÇÃO ADJETIVA

CONCEITO: É formada, geralmente, de

preposição + substantivo com valor de adjetivo.

Exemplos:

escada de metal

casa das primas

mulher de justiça

ATENÇÃO!

Às vezes, para classificar a palavra como

substantivo ou adjetivo devemos avaliar o

contexto e também a colocação. Vejamos:

O doente teimoso – A mulher doente

negro atleta – atleta negro

OBSERVAÇÃO: Normalmente, quando o adjetivo

está depois do substantivo apresenta valor

denotativo. Já quando está na posição anterior

ao substantivo apresenta valor conotativo.

Exemplos:

Um autor defunto

Um defunto autor

ANTEPOSIÇÃO E POSPOSIÇÃO

Diversas pessoas compareceram ao show.

Pessoas diversas compareceram ao show.

Ela sempre foi uma grande mulher.

Ela sempre foi uma mulher grande.

Eis o marinheiro inglês que bebeu muito.

Eis o inglês marinheiro que bebeu muito.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Dê a diferença de sentido entre as palavras

adjetivas em destaque:

a) mulher simples X simples mulher

b) roupa cara X caro amigo

c) menina triste X triste deputado

d) homem pobre x pobre homem

e) pessoa qualquer x qualquer pessoa

f) todo estado x o estado todo

LOCUÇÃO ADJETIVA X

LOCUÇÃO ADVERBIAL

Os homens de Ipanema são muito metidos.

Ao voltar de Ipanema, encontrei homens muito

metidos.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Classifique as palavras destacadas:

a) O trabalhar é fundamental para todos.

b) O metido não merece atenção.

c) Ele é muito metido.

d) Comprou um tênis maneiro.

e) A felicidade é o bem maior.

f) Ela tem um quê diferente.

g) As flores são cheirosas.

h) A menina arteira não veio hoje.

CURSO DE PORTUGUÊS BÁSICO PARA CONCURSOS

PROFESSORA: Fernanda Santos

PRONOME É a palavra que representa o ser ou a ele se refere,

indicando-o como pessoa do discurso.

pronome substantivo

pronome adjetivo

Exemplos:

Minha mãe organizou esta festa.

Esta caneta é sua; a minha é aquela.

O QUE É PRONOMINALIZAR?

Exemplo:

A aluna fez o exercício.

OBSERVAÇÃO: Sintaticamente, os pronomes exercem as funções próprias do substantivo (sujeito, objeto...) e as do adjetivo (adjunto adnominal e predicativo).

TIPOS DE PRONOMES

PESSOAIS;

POSSESSIVOS;

DEMONSTRATIVOS;

INDEFINIDOS;

INTERROGATIVOS;

RELATIVOS.

PRONOMES PESSOAIS

São aqueles que designam diretamente uma das pessoas do discurso.

1ª pessoa (EU, NÓS) : “quem fala” (o locutor ou emissor );

2ª pessoa (TU, VÓS) : “com quem se fala” (o interlocutor ou receptor );

3ª pessoa(ELE, ELA, ELES, ELAS): “do que ou de quem se fala” (o assunto ou referente ).

Número Pessoa Oblíquos Retos

Oblíquos Átonos (usados sem preposição)

Oblíquos Tônicos (usados com preposição)

Singular 1ª Eu Me Mim, comigo

Singular 2ª Tu Te Ti, contigo

Singular 3ª Ele O, a , lhe, se Si, ele, ela, consigo

Plural 1ª Nós Nos Nós, conosco

Plural 2ª Vós Vos Vós, convosco

Plural 3ª Eles Os, as, lhes, se

Si, eles, elas, consigo

EU VI ELE.

EU VI ELA.

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

1- Os pronomes oblíquos tônicos (ele, ela, nós, vós, eles e elas) são SEMPRE preposicionados.

Exemplo: Entreguei o presente a ela.

2- Os pronomes oblíquos tônicos (nós e vós) podem ser usados acompanhados da preposição com e elementos reforçativos, como as palavras “MESMOS” ou “PRÓPRIOS”.

Exemplo: Só vamos contar com nós mesmas.

3- Os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) podem exercer as funções de objeto direto ou indireto, de acordo com a transitividade do verbo. Já os pronomes (o, a, os, as) exercem a função de objeto direto e os pronomes (lhe, lhes) exercem a função de objeto indireto.

Exemplos:

O rapaz ainda não voltou. → Ele ainda não voltou.

Não vejo o garoto há anos. → Não o vejo há anos.

Disse à mulher tudo que pensava. Disse-lhe/a ela tudo que pensava.

DICA !!!

Para saber se os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) são objetos diretos ou indiretos, basta trocar por um substantivo.

Exemplo: Aguardavam-me. = Aguardavam o menino.

Obedeciam-me. = Obedeciam ao menino.

4- Os pronomes oblíquos podem ser, ainda, reflexivos e recíprocos.

Exemplos: A menina se feriu.

Os amantes se beijaram.

5- As preposições de e em contraem-se com o pronome oblíquo de 3ª pessoa ele(s) e ela(s).

Exemplo: O livro é dela e nele está contida a matéria que tanto quero ler.

6- Geralmente, após preposição usa-se o pronome oblíquo.

Exemplo: Entre mim e ti existe uma falta de conexão profunda.

7- Se o pronome for sujeito de um verbo no infinitivo, especialmente com a preposição para, não podemos contrair a preposição com o pronome pessoal.

Exemplos: É hora de a onça beber água.

Este trabalho é para eu fazer.

Chegou a hora de ela ir embora.

8- Os pronomes oblíquos podem exercer a função de sujeito. É uma exceção à regra. Isso acontece quando temos verbos causativos (mandar, deixar, fazer) ou verbos sensitivos (ver, sentir, ouvir) acompanhados de verbos no infinitivo. Lembre-se de que, geralmente, são os pronomes do caso reto que atuam como sujeito.

Vamos analisar os casos que seguem:

a) Deixei que ele saísse.

b) Deixei-o sair.

VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME OBLÍQUO + INFINITIVO

O verbo no infinitivo da estrutura não pode se flexionar, pois apresenta como sujeito um pronome.

Exemplo: Não as deixe tomar tal atitude.

9- Os pronomes oblíquos átonos podem aparecer com valor possessivo. Nesse caso, funcionará como adjunto adnominal , pois a relação de sentido se faz com o elemento substantivo.

Exemplos: Beijou-me a face = Beijou minha face.

Não lhe vi o rosto. = Não vi seu rosto.

10- Os pronomes si e consigo só devem ser empregados em relação ao sujeito (= reflexivos).

Exemplos: Ele fala de si mesmo; A aluna trouxe consigo as apostilas.

VAMOS TREINAR!

EU OU MIM?

Só saia daqui quando ______ disser.

Nunca houve brigas entre ____ e ela.

Esta regra é para ____ não esquecer.

Sem você e ______, aquela obra não acaba.

Isto é para _____ fazer.

Para ____, a leitura é prazerosa.

PEPOSIÇÃO + PRONOME = MIM , TI

PREPOSIÇÃO + PRONOME + VERBO NO INFINITIVO= EU, TU

1- Complete com EU, TU ou MIM e TI.

a) Estes álbuns são para _______.

b) Estes álbuns são para ______ guarda.

c) Estes livros são para ______ leres.

d) Nada houve entre ______ e você.

e) Nada houve entre você e ________.

f) Entre ______ trabalhar e _____ ficares em casa, não há problema.

g) Para ______ , ficar calmo é essencial.

h) Para ______ ficar calmo é essencial.

i) Por ______, todos deveriam prestar mais atenção nas palavras que pronunciam.

j) Os problemas existentes entre a professora e _____ já foram solucionados.

ALTERAÇÕES FONÉTICAS Função sintática dos pronomes oblíquos como complementos verbais:

Átonos

Para outras terminações do

verbo o,a,os,as

Para terminações

nasais: ão,õe,am,em

no, na, nos, nas

Para terminações: R,

S, Z

lo, la, los, las

OBJETO DIRETO

Comprei a camisa. Comprei-a

Venderam a camisa. Venderam-na

Põe a camisa Põe-na

Fiz a camisa. Fi-la.

Fazer a camisa. Fazê-la

Pões a camisa. Põe-la

lhe/lhes OBJETO INDIRETO

Só é usado com as preposições: a/para.

Exemplo:

Entreguei o presente para Ana. Entreguei-lhe o presente.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL PRÓCLISE – MESÓCLISE – ÊNCLISE

Próclise: pronome + verbo

Exemplo: O menino me observou enquanto eu trabalhava.

Mesóclise: início do verbo + pronome + forma verbal diacrônica

Exemplo: Observar-me-á quando eu estiver próximo.

Ênclise: verbo + pronome

Exemplo: Observou-me enquanto eu trabalhava.

CASOS DE PRÓCLISE • Palavras de sentido negativo (NÃO, NEM, NUNCA, JAMAIS)

Não ___ encontrei ___ . (o)

• Advérbios em geral Talvez ___ veja ___ amanhã. (me) Observação: Se houver pausa após os advérbios, não haverá

próclise. Talvez, ___ veja amanhã. (me)

• Pronomes (relativos, demonstrativos e indefinidos) Esta é a mulher que ____ ama ____ (me) Isto ___ diz ____ respeito. (me) Ninguém ____ falou ____. (me)

• Conjunções subordinativas

– Quero que ___ perdoe ___ . (me)

• Orações (optativas, exclamativas e interrogativas)

– Deus ___ seja ___ bom. (te)

– Ele ___ falou ___ ! (te)

– Ele ___ falou ___? (te)

• Em + gerúndio

– Em ___ plantando ___ tudo dá. (se)

CASOS DE MESÓCLISE

VERBOS FUTURO DO PRESENTE

FUTURO DO PRETÉRITO

Exemplos:

___falar-___-ei-___. (te)

Não___falar-___-ei-___. (te)

Hoje,___falar-___-ei-___. (te)

CASOS DE ÊNCLISE

- NÃO HAVENDO PRÓCLISE OU MESÓCLISE

Os educadores chegaram-se aos alunos.

- QUANDO O VERBO INICIA A ORAÇÃO (OBSERVAR LIBERDADE POÉTICA);

Proclamou-se a independência.

- QUANDO O VERBO ESTÁ NO IMPERATIVO AFIRMATIVO;

Cala-te, criatura terrível!

- QUANDO O VERBO ESTÁ NO INFINITIVO IMPESSOAL;

Isto é para falar-te.

OBS.: Mesmo que ocorra alguma condição de próclise, pode-se optar pela ênclise em infinitivo impessoal.

Meu intento era não ferir-te. OU Meu intento era não te ferir.

- QUANDO O VERBO ESTÁ NO GERÚNDIO (SEM A PREPOSIÇÃO EM)

Os guerreiros passaram a porta erguendo-se contra a coluna.

LOCUÇÕES VERBAIS - AUXILIAR + INFINITIVO (te)

___ quero ___ ___ falar ___ a verdade.

Eu ___ quero ___ ___ falar ___ a verdade.

Não ___ quero ___ ___ falar ___ a verdade.

Hoje, ___ quero ___ ___ falar ___ a verdade.

- AUXILIAR + GERÚNDIO (vos)

___ estou ___ ___ falando ___ a verdade.

Agora ___ estou ___ ___ falando ___ a verdade.

Eu ___ estou ___ ___ falando ___ a verdade.

- PARTICÍPIO NÃO ADMITE ÊNCLISE (lhe)

Eu ___ tinha ___ ___ falado ___.

APOSSÍNCLESE

É o aparecimento de uma palavra de sentido negativo entre o pronome oblíquo átono e o verbo.

Exemplos: Rosane me nunca disse isso.

Bruno me não falou a verdade.

Vamos treinar!!

1- Coloque o pronome átono na posição exigida pela língua culta.

a) Ninguém _____ comportaria ______ bem no janta. (se)

b) João, ____ diga _____ o que está acontecendo. (me)

c) _____ Seria ____ muito prazeroso conhecer o Rio de Janeiro.

d) Logo que ____ invoquei ____ , ____ foi ____ erguendo ____ contra mim. (a / se)

e) _____ Estão _____ esperando ____ para iniciar a tarefa. (te)

f) ____ Quero _____ mostrar ____ uma coisa.

CURSO DE PORTUGUÊS BÁSICO PARA CONCURSOS

PROFESSORA: Fernanda Santos

PRONOMES PRONOMES POSSESSIVOS

Indicam a posse em referência às três pessoas do discurso:

• 1ª pessoa: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s);

• 2ª pessoa: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s);

• 3ª pessoa: seu(s), sua(s).

PRONOMES INDEFINIDOS

Têm sentido vago e aplicam-se à 3ª pessoa. Modificam o substantivo ou entram no lugar dele (alguém, ninguém, algum,nenhum, todo, outro, tanto, muito, certo, vários, quanto, qualquer, tudo, qual,outrem, nada, algo, cada, mais, que, quem, um)

Exemplos: Todo dia ela cozinha.

Chegaram mais mercadorias esta semana.

OBSERVAÇÃO: Na maioria das vezes, é classe de palavra variável (algum, qualquer, todo...), ainda que alguns pronomes indefinidos não variem (alguém, ninguém...).

VALOR DO PRONOME INDEFINIDO Valor Adjetivo

Valor Substantivo

Exemplos:

Alguma aluna faltou.

Alguém faltou.

CERTO / VÁRIOS / BASTANTE Certos alunos vieram. X Alunos certos vieram.

Vários alunos vieram. X Alunos vários vieram.

Bastantes alunos vieram. X Alunos bastantes vieram.

PRONOMES INTERROGATIVOS

São os indefinidos que, quem, qual e quanto usados nas interrogações (diretas ou indiretas).

Exemplos: Quem está aí?

Não sei guardou a minha carteira.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1- Classifique as palavras destacadas usando o

seguinte código:

1. Adjetivo ou Locução Adjetiva

2. Advérbio ou Locução Adverbial

3. Pronome Indefinido

( ) Ana é muito agitada.

( ) Necessitou de muita paciência para prosseguir.

( ) Precisou de muito dinheiro para comprar o carro.

( ) Fábio tinha bastante orgulho do padrasto.

( ) Era um ser humano bastante pretensioso.

( ) Depositava esperança bastante na mudança do namorado.

( ) Sempre vejo os noticiários da manhã.

( ) Sempre vejo os noticiários de manhã.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Os pronomes demonstrativos podem indicar a posição dos elementos em relação a três hipóteses distintas: TEMPO, ESPAÇO e TEXTO.

ESPAÇO: aponta objetos localizados no espaço perto ou distante do falante.

TEMPO: faz referência ao passado, presente ou futuro.

TEXTO: pode retomar informações no texto ou que virão a seguir na sequência textual.

Pronomes Espaço Tempo Ao dito

este, esta, isto, estes, estas

Perto de quem fala (1ª pessoa).

Presente ou futuro próximo

Referente aquilo que ainda não foi dito.

Ex.: Não gostei deste livro aqui.

Ex.: Neste ano, tenho realizado bons negócios. Nestas férias viajarei.

Ex.: Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.

Pronomes Espaço Tempo Ao dito

esse, essa, esses, essas

Perto de quem ouve (2ª pessoa).

Passado não distante

Referente aquilo que já foi dito.

Ex.: Não gostei desse livro que está em tuas mãos.

Ex.: Nesse último ano, realizei bons negócios.

Ex.: Gostava de química. Essa afirmação me deixou surpresa.

Pronomes Espaço Tempo Ao dito

aquele, aquela, aquilo, aqueles, aquelas

Perto da 3ª pessoa, distante dos interlocutores.

Passado ou futuro remotos

Com dois antecedentes

Ex.: Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.

Ex.: Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei bons negócios.

Ex.: Patrícia e Rosane são excelentes. Esta (_________) carinhosa e aquela (________) atenciosa.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Complete as lacunas com as funções textuais adequadas dos pronomes demonstrativos:

a) Trabalhar ou curtir: ________ é o meu dilema.

b) _______ é meu dilema: trabalhar ou curtir.

c) Hoje conheci Ana e Glaucia. _______ é muito gentil, enquanto _________ é educada.

d) As pessoas não são mais sinceras. _______ me abala muito.

e) Só lhes digo _______: Português é fundamental para nossa aprovação.

PRONOMES RELATIVOS

São os pronomes que substituem os nomes que

os antecedem na frase, evitando que seja

repetida uma palavra da oração anterior.

Exemplo:

No livro, encontrei exemplos. Esses exemplos

me pareceram suficientes.

No livro, encontrei exemplos que me pareceram

suficientes.

MAIS EXEMPLOS:

Conheço o aluna . A aluna passou no vestibular.

Conheço a aluna passou no vestibular.

Conheço a aluna.A irmã da aluna passou no

vestibular.

Conheço a aluna irmã passou no

vestibular.

Por evitar a repetição de termo anteriormente

expresso e concatenar dois períodos em

apenas um, o pronome relativo é um dos

principais elementos de coesão textual.

O pronome que é o relativo de mais largo

emprego, sendo por isso chamado relativo

universal.

USO DOS PRONOMES RELATIVOS

QUE, O QUAL (e flexões): quando o antecedente for

coisa ou pessoa;

QUEM: quando o antecedente for pessoa. Sempre

antecedido de preposição;

CUJO (e flexões): entre dois substantivos indicando

ideia de posse;

ONDE: quando o antecedente indica lugar.

214

COMO: quando o antecedente for as palavras “modo”,

“maneira”, “jeito”, “forma”;

QUANDO: quando o antecedente dá ideia de tempo;

QUANTO: quando o antecedente dá quando o

antecedente dá ideia de quantidade. Tem por

antecedente um pronome indefinido: tanto(ou

variações) e tudo.

REGÊNCIA COM RELATIVO

Os pronomes relativos virão precedidos (regidos) de

preposição se a regência assim determinar.

Essa é a bota que sempre gostei.

Estas são as regras _______ que todos devem

obedecer.

Aquela é a garota que simpatizo.

Aquela é a garota _______ que fiz referência.

216

Essa é a repórter cujo depoimento duvidei.

Essa é a banda que tenho simpatia.

O menino cujos olhos gosto ainda não voltou.

A mensagem ______que preciso é a esperança.

217

Análise do “QUE”

A menina disse que todos estavam mentindo.

Refiro-me às meninas que estão de saia rosa.

Sei que não voltarás.

Os alunos que estão estudando muito passarão no concurso.

ONDE X AONDE X DONDE (DE ONDE)

Exemplos:

A casa ______moro fica longe daqui.

A cidade ______ eu vim é distante.

O lugar ______ estou é barulhento.

É a fazenda _________ vou.

O quarto ______ durmo é fresco.

A cidade _______ eu cheguei é alegre.

O país ______ ele procede é muito longe.

ANÁLISE SINTÁTICA

PERÍODO SIMPLES

PROFESSORA: FERNANDA SANTOS

221

TRANSITIVIDADE VERBAL OU

PREDICAÇÃO VERBAL

1- VERBOS NOCIONAIS (significativos) – ação, fenômeno e movimento – VI, VTD, VTI ou VTDI

2- VERBOS RELACIONAIS – estado, mudança de estado ou qualidade- verbos de LIGAÇÃO

222

1- VERBO INTRANSITIVO

É aquele que não necessita de um termo que

complete o seu sentido.

223

Exemplos:

Correm os anos.

A menina desapareceu entre os arbustos.

Ricardo chegou animado ao luau.

Comi muito ontem.

Estavam em Búzios.

224

2- VERBO TRANSITIVO

É aquele que apresenta um termo que complete o seu

sentido.

- DIRETO: É aquele que precisa de um complemento

sem preposição obrigatória.

- INDIRETO: É aquele que precisa de um complemento

com preposição obrigatória.

225

Exemplos:

Gisela comprou doces.

Necessitamos de amor.

226

- DIRETO E INDIRETO

É aquele que precisa de dois complementos: um sem

preposição e com outro com preposição.

227

Exemplos:

Eu entreguei uma carta ao Fábio.

Devemos comunicar a verdade aos envolvidos.

228

3- VERBO DE LIGAÇÃO

É aquele que estabelece uma ligação entre o

sujeito e seu atributo ou característica (=

predicativo), sendo chamado de relacional.

229

Exemplos:

João está alegre.

Os seminaristas viraram padres.

230

OUTROS EXEMPLOS:

Patrícia anda aborrecida.

Patrícia anda nas ruas de São Paulo.

A menina parece triste.

A menina chegou feliz.

ATENÇÃO!!

O mestre virou fera por causa do atraso.

O cão virou a lata de lixo.

A canoa virou.

231

Análise Sintática

- Decompor a frase em seus elementos

constituintes;

- Verificar a relação lógica, determinando o papel

dos elementos na frase.

232

Exemplos:

Eu gosto de você.

Você gosta de mim.

233

Ordem Direta ou Canônica

A ordem esperada do sujeito é a posição

inicial.

Ordem Indireta ou Inversa

SUJEITO + VERBO + OD/OI + ADJUNTO ADVERBIAL

234

Exemplos:

Maria deu uma carta ao Caio ontem.

Ontem Maria deu uma carta ao Caio.

235

TERMOS DA ANÁLISE SINTÁTICA

1- TERMOS ESSENCIAIS

(sujeito e predicado)

2- TERMOS INTEGRANTES

(OD, OI, CN, agente da passiva)

3- TERMOS ACESSÓRIOS

(adjunto adnominal, adjunto adverbial e aposto)

236

TERMOS ESSENCIAIS 1-Sujeito: O ser de quem se informa algo.

2-Predicado: A informação propriamente dita.

EXEMPLO:

Aquele avião decolou ontem.

SUJEITO PREDICADO

237

Tipos de Sujeito

1)Simples: Apresenta um único núcleo significativo.

Ex.: Eu comi amendoim.

238

2)Composto:Apresenta mais de um núcleo

significativo.

Ex.: Patrícia e Rosane fomos ao cinema.

239

3) Oculto, Elíptico, Subentendido ou Desinencial:

não vem diretamente expresso. Está elíptico ou

implícito na desinência verbal.

Ex.: Saímos muito cedo para curtir o sol. (Nós)

240

4)Indeterminado: é aquele que não é possível

determinar ou não se quer determinar.

O predicado refere-se a um elemento que não se pode identificar

Verbo na 3a p.pl Verbo na 3a p.sg

+ SE

241

Exemplos:

Roubaram a carteira do Mário. (1°caso)

Falaram muito mal de você.

OBS.: Saiam já da sala!

Precisa-se de funcionários experientes. (2° caso)

Vive-se bem em Brasília.

Aqui se é feliz.

242

5)Oração sem sujeito

anomalia, exceção à regra.

Verbo Impessoal

3ª Pessoa do singular

243

1° CASO: Com verbos que indicam fenômenos

meteorológicos:

(Chover, ventar, anoitecer, amanhecer,

relampejar, nevar, etc.)

Ex.: Choveu muito ontem.

Neste inverno, poderá nevar no Sul.

OBS.: Quando os verbos forem empregados em

sentido conotativo, terão sujeito:

Ex.: Choveram dólares lá em casa. 244

2° CASO: Verbo HAVER

a) Significando existir, ocorrer, acontecer

Ex.: Ontem houve muitas faltas. Amanhã poderá

haver mais.

b) Indicando tempo decorrido

Ex.: O concurso foi realizado há dias.

245

OBS.: O verbo haver é impessoal, porém o verbo

existir é pessoal, ou seja, concorda com o

sujeito.

Ex.:

Há pessoas aqui. X Existem pessoas aqui.

Há cadeiras nesta sala. X Existem cadeiras

nesta sala.

Há bagunça neste lugar. X Existe bagunça neste

lugar.

246

3° CASO: Verbo FAZER

a) Indicando tempo cronológico

Ex.: Faz séculos que não vou ao cinema.

Ex.: Deve fazer seis meses que não a vejo.

b) Indicando tempo meteorológico

Ex.: Fez noites frias naquele mês.

Ex.: Pode fazer calor nas montanhas.

247

4° CASO: Verbo SER indicando data, hora ou

distância

Ex.: É uma hora. / São duas horas.

Ex.: É primeiro de abril. / São vinte de maio.

Ex.: É uma légua. / São duas léguas.

248

5° Caso: Outros verbos

a) PASSAR indicando tempo acompanhado da

preposição DE

Ex.: Passava de quatro horas.

b) BASTAR e CHEGAR indicando cessamento

Ex.: Basta de problemas.

Ex.: Chega de miséria.

249

c) ESTAR indicando tempo meteorológico

Ex.: Como está quente hoje!

250

O PREDICADO

1- PREDICADO VERBAL

É aquele que possui como núcleo um verbo

transitivo ou intransitivo e não contém

predicativo.

251

Exemplo:

Gisela comprou doces.

252

2- PREDICADO NOMINAL

É aquele que possui como núcleo um predicativo

e é composto de um verbo de ligação.

253

Exemplo:

Raimunda está apaixonada.

254

3- PREDICADO VERBO-NOMINAL

É aquele que possui dois núcleos: um verbo

transitivo ou intransitivo e um predicativo.

255

Exemplos:

Considero aquele texto cansativo.

Chamei-lhe de idiota.

A mulher chegou feliz.

256

Verbo Significativo (TD,TI,TDI e

V.INT )

Verbo não-significativo (VL)

Predicativo (Sujeito

ou Objeto)

Pred. Nominal Não Sim Sim

Pred. Verbal Sim Não Não

Pred. Verbo-Nominal

Sim Não Sim

257

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Classifique o sujeito e o predicado nas frases

a seguir:

a) Os artistas dançavam entusiasmados no

programa do Faustão.

b) Lúcia está comprando roupas.

c) Já fiz os exercícios.

258

d) Eles desobedeceram, satisfeitos, às ordens.

e) A bagunça continuou depois do almoço.

f) Ana virou uma grande mulher.

TERMOS INTEGRANTES

1- OBJETO DIRETO

É o termo que completa o sentido do verbo sem

preposição obrigatória.

260

Exemplos:

Encontrei a minha amiga ontem.

Devemos amar a Deus.

Aguardavam-me.

Visitei-o.

Esta blusa, comprei-a.

261

2- OBJETO INDIRETO

É o termo que completa o sentido do verbo com

preposição obrigatória.

262

Exemplos:

Necessito de carinho.

Eu só penso em você.

Aos poderosos, nada lhes devo.

263

3- COMPLEMENTO NOMINAL

É o termo preposicionado que completa o sentido

de um nome (substantivo, adjetivo ou

advérbio).

264

Temos necessidade de amor.

Sou útil às reformas públicas.

Agiu favoravelmente ao insulto.

265

4- AGENTE DA PASSIVA

É o termo preposicionado que indica quem

realizou a ação verbal na voz ativa.

266

Exemplos:

A casa foi construída pelo pedreiro.

A obra de arte foi cercada de curiosos.

267

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Nas frases a seguir, diga se os termos em destaque

são complementos nominais ou objetos indiretos.

a) Precisamos de professores experientes.

b) Temos esperança de que a humanidade melhore.

c) Queixa-se do barulho.

d) Não há dúvida de que seremos aprovados.

268

TERMOS ACESSÓRIOS

1- ADJUNTO ADNOMINAL

É o termo que se refere ao substantivo,

determinando-o, especificando-o.

269

Exemplos:

Panela de barro.

A invenção de Luciano foi incrível.

270

FORMAS DO ADJUNTO ADNOMINAL

a) Menina chegou.

1°: ACRESCENTAR UM ARTIGO

b) A menina chegou.

2°: USAR UM PRONOME

c) Esta menina chegou.

3°: USAR UM NUMERAL

d) Duas meninas chegaram. 271

4°: USO DE ADJETIVO

e) Menina inteligente chegou.

5°: USAR LOCUÇÃO ADJETIVA

f) Menina de inteligência chegou.

6°:USAR ORAÇÃO ADJETIVA

f) Menina que é inteligente chegou.

272

2- ADJUNTO ADVERBIAL

É o termo que se liga ao verbo, ao adjetivo ou ao

advérbio, indicando circunstância.

273

Exemplos:

Ela é muito bonita.

Comi muito.

Comi muito bem.

274

Exemplos:

Morreria por você.

Falou do irmão.

Precisamos do documento.

Obedecemos aos mais velhos.

Adjunto Adverbial x Objeto Indireto

275

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 1- Classifique os termos destacados das frases a

seguir em objeto indireto ou adjunto adverbial:

a) Apontamos para o céu.

b) Saímos com as mulheres.

c) Responda ao exercício.

d) Necessitamos de pessoas corajosas.

276

3- APOSTO

É um termo que se liga ao nome com a função de explicar, esclarecer, identificar.

277

a)Shakespeare, dramaturgo inglês, nasceu em 1564.

→ aposto explicativo: entre vírgulas

b) O dramaturgo inglês William Shakespeare nasceu em 1564.

→ aposto denominativo ou especificativo

OBS.: Pode ser precedido de preposição:

A cidade de Brasília continua linda.

c) O homem necessita de três coisas: olhos, luz e espelho.

→ aposto enumerativo: depois de dois pontos.

278

d) Dinheiro, poder, glória, nada o seduzia mais.

→ aposto resumitivo ou recapitulativo

e) Carlos e José são bons alunos. Este na Física e aquele em Biologia.

→ aposto distributivo

f) Eles eram alegres, o que todos percebiam.

→ aposto em referência a uma oração

279

ADJUNTO ADNOMINAL X APOSTO

Povo de São Paulo.

Cidade de São Paulo.

Mês de maio.

Mês das noivas.

280

PREDICATIVO

Adjetivo

Predicativo Temporário

Adjunto Adnominal

Permanente

281

ESTUDO DOS PREDICATIVOS DO SUJEITO – Qualidade temporária do sujeito e dependente da enunciação verbal

DO OBJETO - Qualidade temporária do objeto e dependente da enunciação verbal

* O ADJUNTO ADNOMINAL – Qualidade permanente do termo substantivo

Os professores estavam atentos.

O juiz julgou o réu culpado.

O juiz comprou rosas vermelhas.

282

COMPLEMENTO NOMINAL X

ADJUNTO ADNOMINAL?

Atenção!!

- O substantivo abstrato é sempre oriundo de verbo

ou adjetivo.

- Todos os sentimentos são substantivos abstratos.

283

Identificando o Substantivo Abstrato a) Qual ação de ________ ?

VERBO SUBSTANTIVO ABSTRATO

CANTAR CANTO

DANÇAR DANÇA

PULAR PULO

b) Quem é ______ tem _______

ADJETIVO SUBSTANTIVO ABSTRATO

BELO BELEZA

TRISTE TRISTEZA

ALEGRE ALEGRIA

284

Complemento Nominal ou Adjunto

Adnominal

AGENTE PACIENTE A.A. C.N.

285

Exemplos:

Analisou-se a extração do petróleo.

Analisou-se a extração da Petrobrás.

Chute da bola.

Chute do Ronaldo.

286

OBS.: O adjunto adnominal é um termo acessório

que qualifica o substantivo.

Se for substantivo concreto será adjunto

adnominal.

287

Exemplos:

Panela de barro.

Teto de vidro.

288

Vocativo

Está sempre entre vírgulas.

CHAMAMENTO

289

Exemplos:

Meninos, estudem para a prova.

Estudem, meninos, para a prova.

Estudem para a prova, meninos.

OBS.: Não confundir aposto com vocativo: a

aposto fala do ser; o vocativo fala com o ser.

290

PONTUAÇÃO

REGRAS GERAIS

A menina, comeu sorvete.

A menina, comeu sorvete.

MAIS REGRAS

1- Usa-se a vírgula para isolar VOCATIVO, APOSTO E PALAVRAS REPETIDAS.

Alunos, façam o exercício.

Patrícia, coordenadora do curso, é adorável.

As paredes são brancas, brancas.

2- Emprega-se a vírgula para separar elementos de mesma função sintática

Comprei banana, maçã, uva.

Comprei banana, maçã e uva.

3- Separa-se na data o nome do lugar e para indicar a supressão de uma palavra

Rio de Janeiro, 6 de Janeiro de 2012.

Na terra há estrelas. No céu, você.

4- O USO DA VÍRGULA É FACULTATIVO NOS ADVÉRBIOS E LOCUÇÕES DESLOCADOS. AS EXPRESSÕES DESLOCADAS NA FRASE (ISTO É, OU MELHOR, DIGO, ALIÁS, POR EXEMPLO,...) DEVEM VIR SEPARADAS POR VÍRGULAS.

Ontem fiz muitas tarefas.

Fiz ontem muitas tarefas.

De manhã fiz muitas tarefas.

Fiz de manhã muitas tarefas.

PERÍODO COMPOSTO:

ORAÇÕES SUBSTANTIVAS E

ORAÇÕES ADJETIVAS

PROFESSORA: FERNANDA SANTOS

296

FRASE

- Enunciado linguístico de sentido completo e capaz de

estabelecer comunicação.

- A presença de um verbo não é obrigatória.

297

Exemplos:

Silêncio!

Cada macaco no seu galho.

Choveu muito em São Paulo.

298

ORAÇÃO

- Enunciado que se organiza ao redor de um verbo (ou

de uma locução verbal).

- Uma oração pode ou não ter sentido completo.

299

Exemplos:

Todos os povos do mundo têm problemas.

Os alunos têm estudado bastante para as provas.

Quando chove muito, convém que todos fiquem em

suas casas.

300

PERÍODO

- É a frase constituída por uma ou mais orações.

Dependendo do número de orações que o formam, o

período pode ser:

301

a) Simples: Formado por uma única oração, que recebe

o nome de oração absoluta.

b) Composto: Formado por mais de uma oração.

302

Exemplos:

Eles e seus amigos chegaram.

Ana está falando muito alto.

Espero que vença o melhor.

É necessário que ele volte e assuma a sua

responsabilidade.

303

Coordenação e Subordinação

COORDENAÇÃO SUBORDINAÇÃO

Colocação de estruturas (simples ou oracionais) independentes uma da outra sintaticamente; Uma oração não é constituinte da outra;

Subordinação de termos (simples ou oracionais) dependentes; Construção de estruturas em que um termo se subordina a outro e funciona como constituinte de outro;

304

ESTUDO DAS ORAÇÕES

COORDENAÇÃO

- ASSINDÉTICA

(sem conjunção)

- SINDÉTICA

(com conjunção)

SUBORDINAÇÃO

- Oração subordinada

Substantiva

- Oração subordinada

Adjetiva

- Oração subordinada

Adverbial

305

ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA

APRESENTA ENUNCIADO VERBAL

TERMO DE UMA ORAÇÃO

PRINCIPAL

TERMO (SUBSTANTIVO) DE UMA ORAÇÃO PRINCIPAL

306

CONECTORES QUE INICIAM ORAÇÃO SUBSTANTIVA

1- CONJUNÇÕES INTEGRANTES (QUE, SE)

Ex.: Disse que faria os exercícios.

Não sei se ela já voltou.

307

2- PRONOMES INDEFINIDOS

Ex.: Sei quem me aguarda.

Sei que apostila queres.

308

3- PRONOMES INTERROGATIVOS

Ex.: Não sei quem voltou.

Quero saber que apostila queres.

309

4- ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS

Ex.: Não sei quando voltarei.

Quero saber onde estás.

310

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES

SUBSTANTIVAS

SUBJETIVA – Funciona como sujeito de outra oração.

OBJETIVA DIRETA – Funciona como objeto direto de

outra oração.

OBJETIVA INDIRETA – Funciona com objeto indireto de

outra oração.

311

COMPLETIVA NOMINAL – Funciona como

complemento nominal de termo da outra oração.

PREDICATIVA – Funciona com predicativo de uma

outra oração.

APOSITIVA – Funciona com aposto de uma outra

oração.

312

1- SUBJETIVA

a) Verbo na 3ª pessoa do singular (convir, cumprir,

importar, urgir,acontecer, parecer, etc.) seguidos de

QUE, SE ou de INFINITIVO.

Ex.: Convém que todos estudem.

313

b) Expressões na voz passiva: sabe-se, soube-se,

diz-se, conta-se, é sabido, estava decidido, etc.

Ex.: Diz-se que era imprescindível a verdade.

314

c) Verbo de ligação mais predicativo: é bom, é

conveniente, está claro, etc.

Ex.: É conveniente que estude mais.

315

2- OBJETIVA DIRETA

Ex.: A menina disse que todos farão os exercícios.

316

3- OBJETIVA INDIRETA

Ex.: Necessitamos de que todos digam a verdade.

317

4- COMPLETIVA NOMINAL

Ex.: Temos necessidade de que nunca nos deixe.

318

5- PREDICATIVA

Ex.: O importante é que prestes muita atenção.

319

6- APOSITIVA

Ex.: Só te peço uma coisa: que fiques parado.

A mulher contou-nos seu desejo: ficar rica.

320

ORAÇÃO ADJETIVA

Vem introduzida por pronome relativo.

321

Adjetivas

322

Adjetivas

Restritivas

Explicativas

1) ADJETIVA RESTRITIVA

restringe e limita a significação do antecedente.

323

Exemplos:

Os técnicos preferem jogadores que obedecem a

esquemas.

As regiões que produzem laranjas tiveram problemas

com o frio.

324

2) ADJETIVA EXPLICATIVA

esclarece, funcionando como aposto da oração

principal.

325

Exemplos:

O homem, que é um simples mortal, julga-se eterno.

Os professores, que querem sair mais cedo, terminarão

logo o seu trabalho.

326

O PRONOME RELATIVO

Quais são e como funcionam

QUE

QUEM

ONDE(LUGAR)

O QUAL / a qual / OS QUAIS / AS QUAIS

CUJO / CUJA / CUJOS / CUJAS (POSSE)

QUANTO / QUANTA / QUANTOS / QUANTAS

INVARIÁVEIS VARIÁVEIS

327

Exemplos:

Somos o que somos.

Os vestidos cujas cores eram mais atraentes foram vendidos logo.

Aquela é a livraria de cujo atendimento gosto.

328

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Classifique e divida as orações a seguir:

a) Parece-me que tudo se resolverá.

b) Tenho esperança de que o mundo melhore.

c) Meu desejo é que todos sejam felizes.

d) Conheço a menina que estuda francês.

e) Somos o que podemos ser.

329

f) As dançarinas, que estavam de saia rosa, eram

realmente bonitas.

g) É muito gentil o jovem com quem

conversamos.

h) Necessitamos de que digam a verdade

sempre.

i) Pedi que ficasse em silêncio.

PONTUAÇÃO 1- EMPREGA-SE A VÍRGULA PARA SEPARAR ORAÇÕES

COORDENADAS ASSINDÉTICAS

Vim, vi, venci.

Dançou, pulou, sorriu.

2- USA-SE A VÍRGULA PARA SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS. AS CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS (MAS, PORÉM,CONTUDO, TODAVIA,...) E CONCLUSIVAS (LOGO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE,...), SE DESLOCADAS, DEVEM FICAR ENTRE VÍRGULAS.

Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.

Estou sem dinheiro, logo não sairei.

OBSERVAÇÃO:

Casos em que se usa a vírgula com a conjunção E:

A) Sujeitos diferentes

Paulo canta, e Ana dança.

B) Orações coordenadas adversativas (e=mas)

Morava no Brasil, e votava na Espanha.

C) No polissíndeto

Os dias passavam, e as águas, e os versos, e com eles

a vida.

3- EMPREGA-SE A VÍRGULA PARA SEPARAR ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA EXPLICATIVA

O Sol, que é uma estrela, aquece a Terra.

Meu pai, que sempre fora homem bom, jamais aceitou comportamento rude.

4- USE-A A VÍRGULA PARA SEPARAR ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL DESLOCADA

Quando você for sair, avise-me.

Eu, quando você chegar, sairei.

REGÊNCIA

CRASE

PROFESSORA: FERNANDA SANTOS

336

REGÊNCIA

É a relação da dependência entre o verbo e seus

complementos ou os nomes e seus

complementos.

337

REGÊNCIA

NOMINAL

VERBAL

(ADJETIVO) Fui NOCIVO A você. ...

(SUBSTANTIVO) Fizemos REFERÊNCIA A você.

(ADVÉRBIO) Agiu FAVORAVELMENTE A você.

Email: [email protected] 338

CASOS 1- AGRADAR

Agradei aos idosos carentes.

Agradou os cabelos da menina.

2- ASPIRAR

Aspiramos o ar da manhã.

Aspiramos ao cargo público.

3- ASSISTIR

Assistimos ao jogo de futebol.

Este assunto não assiste aos cidadãos.

339

Assistiu o paciente.

Assistiu ao paciente.

Assisto em Realengo.

4- ATENDER

Eu atendi ao telefone.

Atendi a aluna / Atendi à aluna.

OBS.:Cespe/Unb e Esaf já aceitam o verbo atender

com complemento coisa sem preposição devido

ao uso moderno dos falantes.Ex.:Atendi o telefone

340

5- CHAMAR

Chamamos a menina.

Chamei-o covarde.

Chamei-o * de covarde.

Chamei-lhe covarde.

Chamei-lhe * de covarde.

*O uso da preposição é facultativo

Todas as construções estão corretas

341

6- CHEGAR / IR

Fomos ao cinema.

Cheguei ao teatro.

7- CUSTAR

Custou-me dormir. / Dormir custou a mim

OI SUJ.

A blusa custa 35 reais.

342

8- ESQUECER e LEMBRAR

Esqueci o nome dela. / Lembrei o nome dela.

Esqueci-me do nome dela. / Lembrei-me do nome

dela.

Lembrei-os de fazer as tarefas.

OBS.: Há ainda uma construção típica portuguesa:

Lembram-me os bons momentos da infância.

Esquecia-nos o passado.

343

9- IMPLICAR

A falta de serviço implicou a sua demissão.

Lúcia implicava com os funcionários da empresa.

10- MORAR/ RESIDIR/ SITUAR

- Usa-se preposição EM

Moro em Realengo.

Resido em Vila da Penha.

344

11- PAGAR e PERDOAR

Paguei as contas do mês.

Perdoou a dívida.

Paguei ao funcionário.

Perdoou ao namorado.

Paguei o salário ao funcionário.

Perdoei os erros ao amigo.

Aquilo que você paga ou perdoa =OD

A quem você paga ou a quem você perdoa = OI

345

12- PREFERIR

- Não aceita expressões comparativas (do que, que)

- Não aceita intensificadores (muito, mais, antes)

Prefiro cinema a teatro. (VTDI)

PARALELISMOS REGENCIAIS

Nós preferimos português a matemática.

Nós preferimos o português à matemática.

Prefiro as loiras às morenas.

346

13- QUERER

Eu quero aos meus avós.

Quero uma casa.

14- REFERIR

Referiu a história.

15- RESPONDER

Respondi ao professor.

Respondi ao chamado.

Respondi a carta ao amigo.

347

16- VISAR

Os gerentes visaram o cheque.

O caçador visou o leopardo.

Visaram à posição de chefia.

348

CRASE A origem da palavra crase é mistura = KRÁSIS. É a contração de dois fonemas iguais representados pelo A + A em um só A. A indicação da crase se dá pelo acento grave À.

349

PREPOSIÇÃO A + - artigo feminino a (s) = à (s) - pronome demonstrativo a (s) = à (s) - pronomes demonstrativos aquele (s) = àquele (s) aquela (s) = àquela (s) aquilo = àquilo - pronome relativo a qual = à qual as quais =às quais

350

CASOS DE CRASE 1- PREPOSIÇÃO A + ARTIGO DEFINIDO A(S) Os alunos foram à festa do curso. Fizemos referência à palestra do médico. O cigarro é prejudicial à saúde. Fumar faz mal à saúde. Vou à Bahia. Vou a Portugal. Vou à Portugal dos Imperadores.

351

Refiro-me à senhora / senhorita / madame. 2- PREPOSIÇÃO A + PRONOME DEMONSTRATIVO A(S) Dirijo-me à que está sentada. As taxas de crédito são inferiores às dos financiamentos.

352

3- PREPOSIÇÃO A + PRONOMES DEMONSTRATIVOS (AQUELE (S), AQUELA (S), AQUILO) Refiro-me àquele carro. Aludimos àqueles que passaram.

353

4- PREPOSIÇÃO A + PRONOME RELATIVO (A QUAL, AS QUAIS) Procuramos a mulher à qual obedeço. Estas são as jovens às quais fiz referência.

354

PROIBIÇÕES

-Verbos

Todos saíram a comentar aquele fato.

-Nomes masculinos

Não redija a lápis o texto.

ATENÇÃO!!

Fizemos um gol à Romário.

355

-Pronomes de tratamento Dedico-me a você. -Pronomes pessoais Dei o presente a ela. -Pronomes demonstrativos Tenho uma caneta igual a essa / esta. -Artigo indefinido Falei a uma pessoa querida.

356

-Pronomes indefinidos O menino fazia referência a certa jovem. -Palavras repetidas Deve ser feito face a face. -Pronomes relativos O pai a cuja filha se referiu ontem é valente. A pessoa a quem me refiro não trabalha mais aqui. O teatro a que nos dirigimos fica na Avenida Presidente Vargas.

357

CASOS FACULTATIVOS -NOMES PRÓPRIOS FEMININOS Refiro-me a Ana Maria. Refiro-me à Ana Maria. OBSERVAÇÃO: Diante de nomes femininos em que não se percebe noção de intimidade não há crase. Aludi a Joana D’arc. / As referências foram feitas a Virgem Maria.

358

- PRONOME POSSESSIVO FEMININO SINGULAR

SEGUIDO DE SUBSTANTIVO SINGULAR

Refiro-me a minha irmã.

Refiro-me à minha irmã.

ATENÇÃO!

Refiro-me às minhas irmãs.

Obedeço às minhas amizades e não às suas.

Fiz referência a minha mãe e não à sua.

CRASE FACULTATIVA

359

-PREPOSIÇÃO ATÉ Fui até a vila. Fui até à vila.

OBSERVAÇÕES FINAIS 1- Não haverá o acento indicativo de crase antes de palavras tomadas em sentido geral. Todo trabalhador tem direito a licença.

360

2- Casos analisáveis A palavra TERRA Os marinheiros voltaram a terra. As meninas voltaram à terra natal. Os astronautas voltaram à Terra. A palavra CASA Voltarei a casa cedo. Voltarei à casa de meu pai.

361

A palavra DISTÂNCIA Atiramos a bola a distância. Atiramos a bola à distância de 200m.

362

CRASE E AS LOCUÇÕES Serão acentuadas as locuções femininas: a) ADVERBIAIS: à noite, às pressas, às vezes, à toa, à beça, às duas horas, à vontade, etc. b) PREPOSITIVAS: à beira de, à procura de, à moda de, à espera de, etc. c) CONJUNTIVAS: à medida que, à proporção que.

363

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

1- Complete com a, à, as ou às.

a) Demos uma resposta ____ cada funcionário.

b) ____ que conseguir a aprovação, dar-se-á a recompensa.

c) Responda _____ questão de maneira sucinta.

d) Foi até ______ missa para rezar.

e) Todos chegaram _____ casa de minha mãe.

f) _____ Vossa Excelência deves a minha gratidão.

g) Escrevi o meu nome _____ lápis.

h) Vesti-me ______ pressas porque estava atrasada.

i) Saí de casa _____ procura de amigos.