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SandraS. Rodrigues 1 A evolução da Comunicação; a sociedade de consumo

Comunicação

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Comunicaçãoe, consumismo

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SandraS. Rodrigues

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A evolução da Comunicação;

a sociedade de consumo

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SandraS. Rodrigues

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Ficha de Trabalho de: _________________________ Formadora: Sandra Rodrigues

Curso: ____________________ Data: __________ Classificação: _______________

Nome: _______________________________________________________ Nº: _____

O que é a comunicação?

É uma carta, um texto, um grito, um aceno de mão ou de cabeça. Não esquecer a

televisão, a rádio, os livros, os jornais. A lista é longa: muito maior do que aquilo que se

possa imaginar, porque as pessoas não são os únicos seres que comunicam. Os animais

resolveram o problema da comunicação muito antes dos homens. Usam os sons, as

cores, o paladar, o olfacto e o movimento para enviarem

mensagens uns aos outros.

Pode pensar-se na fala como a nossa capacidade de

comunicação mais fácil, mas os primeiros seres humanos não

falavam; gesticulavam e emitiam sons. Aliás, nunca perderam

estas capacidades básicas de comunicar sem palavras. Quando

estiver a conversar com alguém, experimente expressões

faciais e gestos que reforcem o que está a dizer; verá como as

suas palavras terão mais força.

Tal como a fala começou com ruídos, os desenhos marcaram o início da

comunicação escrita. Pintados nas paredes das cavernas ou gravados em barro,

deixaram um registo duradouro de mensagens. A escrita pictórica ainda é usada para

quebrar barreiras linguísticas: numa cidade estrangeira, se na porta da casa de banho

houver um boneco, não há margem para erro.

A comunicação animal

Ladrar, zumbir, chilrear e abanar a cauda – os animais estão longe de ser mudos.

Podem não ser capazes de usar palavras e frases, mas nunca param de tagarelar.

Servem-se do olfacto, da voz, da luz, das cores e dos movimentos para comunicarem.

Usam mensagens para avisarem da existência de perigo, para conduzirem os seus

companheiros até à comida, para acasalarem e para muito mais. De facto, a

comunicação no mundo animal é tão rica e variada que, comparativamente, os seres

humanos parecem silenciosos. Dependemos sobretudo da audição e da visão para

comunicar uns com os outros, porém, os animais, apesar de teremos sentidos da audição

e da visão muito apurados, podem usar o olfacto e o tacto para receberem mensagens.

Sem palavras

Os seres humanos, muito antes de usarem as palavras, usavam as mãos e os

rostos para se exprimirem. Actualmente, ainda usamos expressões e gestos para

comunicar as nossas ideias aos outros. Quando estamos a falar, sorrimos e franzimos a

testa, levantamos as sobrancelhas e gesticulamos para sublinhar o que queremos dizer.

Até a forma como nos sentamos pode revelar se o que estamos a dizer é verdade ou é

mentira.

1. Elabore um trabalho de pesquisa, para se apresentado em sala de aula, sobre os

seguintes temas:

Antes da fala;

Expressões faciais;

Linguagem corporal;

Sinais com as mãos.

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A fala

A fala é um instrumento poderoso na comunicação. Podemos gritar um aviso

sem hesitar um segundo. No entanto, com reflexão, preparação e cuidado, podemos usar

a fala para explicar ideias difíceis e complexas, ou para convencer alguém a aceitar o

nosso ponto de vista. Porém, começar a falar não é fácil, e a maior parte de nós celebra

o primeiro aniversário antes de proferir a primeira palavra.

Quando começam os seres humanos a falar:

Se os fósseis conservassem

as primeiras palavras tão bem como

preservam os ossos dos povos

antigos, saberíamos com exactidão

quando começaram os seres

humanos a falar. Infelizmente, isso

não acontece, e os cientistas e os

arqueólogos que desenterram

esqueletos antigos encontram

poucas pistas sobre a comunicação

dos primeiros seres humanos.

Não é de surpreender que os

cientistas não saibam quando

começaram os seres humanos a

falar. Apesar de alguns pensarem que a capacidade da fala tem cerca de oitocentos mil

anos, há outros que acreditam que a espécie humana era muda até há cerca de trezentos

mil anos.

Os cientistas que optaram pela data mais recentes das que acabamos de referir,

usam os pequenos crânios de povos antigos como prova. Argumentam que os cérebros

dos nossos antepassados mais distantes eram muito pequenos e que simplesmente não

tinham “poder cerebral” para falar. A forma do crânio também revela a posição da

laringe (onde se encontram as cordas vocais, que nos permitem formar as palavras). Se

estiver muito em cima na garganta, é impossível falar. Contudo, o que estes povos

fizeram conta-nos uma história bem diferentes. Há cerca de oitocentos mil anos, alguns

atravessaram grandes oceanos – como conseguiam construir e dirigir à vela sem falarem

uns com os outros?

A capacidade de fala desenvolve-se ouvindo falar quem nos rodeia. Apesar de a

maior parte dos bebés compreenderam algumas palavras quando atingem um ano de

idade, só começam a falar alguns meses mais tarde. Isto porque precisam de aprender a

controlar alguns órgãos do aparelho fonador, como a língua. A maior parte dos bebés

dizem as primeiras palavras entre os doze e os dezoito meses, e conseguem construir

frases simples, de três ou mais palavras, quando chegam aos dois anos.

O surpreendente é termos uma única hipótese de aprender a falar. Os cientistas

acreditam que se não tivermos adquirido a linguagem até à adolescência, nunca mais o

conseguiremos. Educar uma criança em silêncio para provar esta teoria seria uma

experiência cruel. No entanto, existe crianças que crescem com animais e que nunca

ouviram falar quando eram pequenas. Essas crianças, que entraram em contacto com os

seres humanos após os seus doze anos, raramente conseguem dizer mais do que

algumas palavras.

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Poucas pessoas tiveram de passar por esta experiência. No entanto, uma

em cada dez tem dificuldade em comunicar através da fala. A maior parte destas

pessoas perdeu a capacidade de falar devido a acidente ou doença. Felizmente, os

terapeutas da fala conseguem com frequência ajudar a melhorar ou até a restabelecer

este objectivo, os doentes são equipados com sintetizadores da fala e outros meios

auxiliares, que lhe devolvem as vozes perdidas.

1. Defina:

Antropólogo:__________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________

Arqueólogo: __________________________________________________ _____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________

Terapeuta da fala:_______________________________________________ _____________________________________________________________________________________

_______________________________________________________

2. Investigue e apresente à turma, línguas usadas no passado, incluindo a compreensão

e a tradução de sistemas de escrita não alfabéticos. _____________________________________________________________________________________

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3. Misture a sua própria música usando sons de animais

(www.nhm.ac.uk/interactive/sounds)

A escrita (exercícios):

1. Escreva o seu nome em hieróglifos (www.upennmuseum.com/hieroglyphsreal.org)

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2. Investigue e descubra como apareceu a escrita (www.revista-

temas.com/contacto/New Files/contacto8.html)

3. Aprenda mais sobre a escrita hieróglifa (www.antigoegipto.com.sapo.pt)

4. Se quiser ver de perto a Pedra Roseta, a chave da descodificação dos hieróglifos,

visite o Museu Britânico, em Londres, ou o site: www.thebritishmuseum.ac.uk

5. Observe no Jardim Zoológico mais próximo, os golfinhos a comunicarem entre si.

6. Visite uma gruta em França com algumas das pinturas rupestres mais famosas –

Lascaux; Montiganc (www.culture.gouv.fr/culture/arcnt/lascaux/fr.

Resumindo…

Durante muito tempo, as comunicações faziam-se estritamente de pessoa para

pessoa. Se se quisesse enviar uma carta, era preciso um mensageiro que a levasse. Os

serviços postais simplificaram as coisas, mas não as tornaram muito rápidas, porque a

carta continuava a ter de viajar por carruagem puxada por cavalos até ao seu

destinatário.

Os sinais de luzes ou de bandeiras eram mais rápidos do que os cavalos, mas

sinais luminosos no cimo das colinas podem dizer pouco mais do que “sim” ou “não”, e

até os melhores sinais visuais só chegam até onde a vista

consegue alcançar.

A descoberta da electricidade veio alterar isto. Os

fios do telégrafo zumbiam, não com palavras, mas com

impulsos de electricidade. Pouco tempo depois, as

chamadas telefónicas substituíram este código de “pontos e

traços”. Pelo menos de certo modo, estas chamadas são

como as mensagens escritas do passado: continuam a ser

“de mim para ti”.

E nada aproxima mais os povos do que uma

mensagem pessoal.

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A invenção do alfabeto foi um avanço na comunicação. Os alfabetos têm um

símbolo para cada som da fala. Deste modo, escrever significa dominar menos de trinta

letras. Os fenícios foram os primeiros a usar um alfabeto, no século XI a. C. A ideia foi

copiada pelos gregos e, mais tarde, pelos romanos, que criaram o alfabeto que

utilizamos presentemente.

Os alfabetos pouco fizeram para acelerar as comunicações à distância: os

mensageiros transportavam mensagens e cartas a pé ou a cavalo. As grandes

civilizações do Egipto, Roma e China tinham serviços de mensageiros para entregar

mensagens dos governantes. Os serviços privados só começaram a prosperar com o

crescimento de negócios na Europa do século XIII, e os públicos surgiram dois séculos

mais tarde, em França e em Inglaterra. No início, apenas os ricos podiam pagá-los, mas

posteriormente tornaram-se populares, com a criação da taxa única para o envio de

cartas, independentemente do local de destino.

Para mensagens simples existiam alternativas rápidas. Os sinais de fumo ou de

fogo ajudaram as pessoas a comunicarem quase instantaneamente entre distâncias

curtas. Ao usarem o reflexo da luz do Sol em espelhos, ou agitando bandeiras, foi

possível enviar mensagens mais longas. Um inventor francês criou uma cadeia de torres

telegráficas com braços oscilantes, mantendo assim o país inteiro em contacto.

O telégrafo de maior sucesso, de meados do século XIX, foi baptizado com o

nome do pintor e inventor norte-americano Samuel Morse, o pioneiro da rede de fios e

dos impulsos eléctricos ponto-traços que circulavam através dela.

A voz começou a viajar nos fios com a invenção do telefone, por volta de 1870.

As chamadas passavam por telefonistas até se ter inventado uma central telefónica

automática. Este sistema foi usado durante setenta anos.

À medida que se tornava obsoleto, na década de 1970

estava a ser desenvolvido um novo telefone, que utilizava

ondas de rádio; tratava-se do telemóvel, cuja rivalidade

com o telefon não cessa de aumentar…

1. Pesquise e defina:

Estafeta: ______________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Engenheiro de telecomunicações: __________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Técnico de distribuição postal: ____________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Consulte a história dos alfabetos

(http://www.imultimedia.pt/museuvirtualpress/port/alfa.html

3. Consulte (para saber mais sobre a história do correio britânico):

www.bathpostalmuseum.org

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4. Visite/ pesquise o museu das telecomunicações (www.fpc.pt/FPCWeb/museum).

A difusão da palavra:

Folhas de papel branco, letras de metal pequenas

e tinta não pareciam materiais que pudessem mudar o

mundo. No entanto, quando Johannes Gutenberg (1400-

1468) as juntou, foi precisamente o que aconteceu. A

comunicação deixou de ser pessoal e as ideias e o

conhecimento rapidamente se difundiram. Apesar de a

imprensa se ter mantido o meio de comunicação mais

poderoso durante cerca de quatrocentos anos, nos séculos

XIX e XX surgiu a concorrência. A fotografia fazia cópias da realidade. O filme deu

vida às fotografias. O som começou a ser gravado, e os transmissores de rádio enviavam

palavras e música para o mundo inteiro. A televisão teve um efeito quase tão importante

como a imprensa. Em muitos países, a conhecida “caixa mágica” é a principal fonte de

notícias e de entretenimento.

Copiar à mão um livro inteiro com uma caneta

parece uma tarefa impossível; contudo, outrora, todos os

livros eram feitos da mesma forma. A descoberta da

tipografia, por volta de 1440, colocou os copistas no

desemprego. No tempo que um copista demorava a escrever

um livro caro, um impressor conseguia fazer mil livros

mais baratos. Os novos livros impressos deram

oportunidades às pessoas mais pobres de ter algo para ler e

difundiram ideias novas e radicais que agitaram o mundo da

religião e da ciência.

A palavra impressa

Quando a imprensa começou a funcionar na Alemanha,

só havia uns quatro milhares de livros na Europa. No entanto, a penas meio século

mais tarde, as tipografias tinham produzido mais de nove milhões de exemplares.

No início, eram elas próprias que vendiam os livros, mas à medida que os números e

a procura foram aumentando, surgiu um novo negócio, a indústria editorial. Os

editores organizavam a produção e a venda de livros, jornais e revistas, mas nunca

sujaram os dedos de tinta. As tipografias eram pagas para fazer a impressão e a

encadernação dos livros.

A gravação do som

Os “riffs” de uma guitarra e o som grave do baixo soam hoje nos minúsculos

leitores MP3. Apesar de esta tecnologia digital estar a mudar o modo como

compramos e usamos o som gravado, não eliminou o vinil. Os discos de plástico

pretos e brilhantes que ainda dominam as pistas de dança têm uma surpreendente e

longa história. Surgiram em 1888 e giram quase inalterados desde essa data. A

gravação de som é ainda mais antiga. Começou no laboratório de Thomas Edison

(1847-1931).

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A fotografia

É difícil imaginar um mundo sem fotografia. As revistas seriam desinteressantes

se não as usassem. Para além do entretenimento, a fotografia é utilizada para

comunicar. As máquinas digitais gravam os padrões em chips de silício como os

usados em computadores e na televisão – equipamento vital para a comunicação.

Nos hospitais, os médicos teriam de viver sem radiografias e a tomografia axial

computadorizada (TAC), uma vez que também eles são uma espécie de fotografia.

O cinema

Quando os carros voam ou parece que o herói do filme vai morrer, sabemos que

o que estamos a ver no ecrã do cinema não é real. Mas a magia do cinema é tão forte

que todos sustemos a respiração e nos sentamos à beira das cadeiras, com o coração aos

saltos. Esta capacidade de excitar, surpreender e assustar os espectadores ajudou a

manter as salas de cinema cheias desde que passou o primeiro filme no ecrã, em 1895.

A rádio

Quando pensa na rádio, provavelmente imagina um

aparelho portátil que lhe permite ouvir música em altos

berros na praia. Mas a rádio serve para muito mais do que

nos entreter. Os minúsculos chips de rádio ligam os nossos

telemóveis aos dos nossos amigos, mas fazem muito mais: as

ondas de rádio são usadas para enviar pedidos de socorro de

navios a afundarem-se, para comunicar com a tripulação de

naves espaciais e para navegar em terra, no mar e no ar. Na

verdade, sem a rádio, estaríamos completamente perdidos!

A televisão

Em 1926, num sótão de Londres, um inventor inclina-se sobre

uma confusão de discos de cartão, lentes, motores e um boneco de

ventríloquo. O inventor liga um interruptor. Surge uma luz e, com um

murmúrio, o disco começa a girar. Na sala ao lado, cheia d gente, um

ecrã minúsculo ilumina-se. A imagem é esbatida, indistinta, verde-

brilhante e não tem som. No entanto, para a pequena audiência, esta

imagem tosca é algo novo e muito excitante: a televisão.

O vídeo e o DVD

A televisão tornou-se uma parte tão importante das nossas vidas que os rostos

que aparecem no ecrã são tão familiares como os dos nossos amigos. Melhor ainda, com

um gravador de cassetes de vídeo (VCR) ou leitor de disco versátil digital (DVD)

podemos encontrar-nos com eles sempre que quisermos. No entanto, nem sempre foi

assim: antes do vídeo, as pessoas tinham de se apressar para chegarem a casa a fim de

verem os seus programas favoritos. O vídeo afectou a televisão também de outro modo:

com uma câmara de vídeo, podemos criar os nossos programas de televisão. Com o

vídeo digital podemos usar um computador para os tornar quase tão perfeitos como um

filme de Hollywood.

1. Pesquise mais sobre cada um dos títulos apresentados.

Apresente essa pesquisa à turma.

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Resumindo…

Uma nova forma de pôr as palavras no papel…

Até à invenção da imprensa, a escrita normal era o único meio d copiar e

difundir informação. A imprensa levou a uma explosão de conhecimento e as

tipografias desenvolveram o livro de uma forma que foi útil para toda a gente.

Apesar de os métodos de impressão terem melhorado, os livros praticamente não

sofreram alterações.

No início, as tipografias vendiam os livros

que imprimiam, mas com o tempo as editoras

começaram a organizar a produção do livro.

Pagavam ao autor e à gráfica e a seguir

vendiam os livros às livrarias. As editoras

também publicavam panfletos, jornais e

revistas. Em conjunto, estas comunicações

impressas chegavam a milhões de pessoas.

Só surgiram novos meios de comunicação

no século XIX. A fotografia difundiu imagens

de forma eficaz como a imprensa o fez com as

palavras. Desenvolvida há cerca de cento e

sessenta anos, a fotografia começou por captar apenas objectos imóveis em tons de

cinzento. O instantâneo teve de esperar trinta anos e a fotografia a cores sessenta.

A máquina falante…

A gravação do som foi uma ideia de Thomas Edison, mas o seu gravador de

cilindro, de 1877, era um brinquedo. Os discos, inventados dez anos mais tarde,

tornaram popular a gravação do som – os actuais CDs digitais só os substituíram no

final da década de 1980. Edison foi igualmente o pioneiro das imagens em

movimento com uma máquina que funcionava com moedas. A primeira projecção

de imagens sem som num grande ecrã ocorreu em 1895, e com som, pouco tempo

depois.

A descoberta da rádio deve-se a Guglielmo Marconi. Marconi não conseguiu

que ninguém se interessasse pela telegrafia sem fios no seu país natal, Itália, e foi,

para a Grã-Bretanha, onde continuou as suas experiências, e em 1901 os sianis

atravessaram o Atlântico. Cinco anos de notícias e entretenimento que hoje

conhecemos.

A transmissão de imagens foi um sonho até à década de 1920, quando foi

inventado o televisor. O seu disco rodopiante originava imagens muito pequenas,

mas com o desenvolvimento da televisão electrónica rapidamente foi esquecido.

Com a cor e a gravação de vídeo, a televisão tornou-se a ferramenta de comunicação

mais poderosa.

1. Assista a uma história animada de livros:

www.bbc.co.uk/arts/books/

2. Leia sobre os primeiros dias de imagens em movimento:

www.americanhistory.si.edu/cinema.

3. Descubra a história da telegrafia sem fios em Portugal:

http://telefonia.no.sapo.pt/telegrafic.htm.

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4. Defina:

Editor de livros: ________________________________________________

______________________________________________________________________

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Jornalista: ____________________________________________________

______________________________________________________________________

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Assistente de fotografia:____ _____________________________________

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Técnico de som: ________________________________________________

______________________________________________________________________

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Curiosidades (para visitar:)

Fazer um programa de rádio: www.sciencemuseum.org.uk

Visita à casa de Thomas Edison: www.tomedison.org.

A Evolução das comunicações

Os povos primitivos, que viviam nas cavernas, desenhavam

ali algumas das suas mensagens, estas são conhecidas por

pinturas rupestres.

Mas os homens sentiram que era

necessário comunicar entre si, mesmo quando

vivam afastados. Assim nasceram os sinais de

fumo e os sonoros.

O tempo foi passando e o homem foi

descobrindo novas formas de ir mais longe. Os pombos foram

treinados para levar mensagens para zonas mais distantes.

O tempo foi passando e o homem foi

descobrindo novas formas de ir mais longe.

Os pombos foram treinados para levar

mensagens para zonas mais distantes.

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Com o surgimento da escrita deu origem ao uso de cartas como meio de

comunicação. Surge assim o correio que era levado por mensageiros a cavalo de cidade

em cidade.

Alguns séculos mais tarde surge a imprensa, que revolucionou toda a

comunicação.

Actualmente as comunicações evoluíram muito. Para trás ficaram os pombos

correio e os mensageiros a cavalo. Para nos

mantermos informados temos a televisão, a

rádio e a imprensa… e quando estamos longe o

telefone faz-nos sentir bem mais perto!

Evolução da escrita

A escrita tem sido determinada por uma tendência evolucionista desde a sua

invenção até aos nossos dias, sendo de ressaltar o facto das escritas tenderem para uma

simplificação e economia. São diversificados os saberes de que dispomos a fim de

realizarmos uma análise de escrita: a ciência histórica, que explica como as várias

escritas existentes nasceram e evoluíram; a fisiologia, que dá conta dos gestos

musculares que preenchem o acto de escrita; a psicologia, que por meio da grafologia

analisa as escritas para identificar traços de personalidade do indivíduo; a ciência penal,

que tem como objectivo avaliar e autenticar as escritas; a simbologia, que tenta decifrar

quais os significados subjacentes aos códigos de escrita, etc.

1.1. Explique o sentido do texto, tendo em atenção a evolução da escrita e as suas

formas de análise.

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Escrita pictográfica e ideográfica

A escrita pictográfica é uma escrita sintética e por imagens, esboços ou

esquemas, cada um dos quais é designado por imagens, esboços ou esquemas, cada um

dos quais é designado por pictograma. É verdadeiramente o primeiro passo importante

fora da escrita embrionária, uma vez que não se restringe unicamente ao registo de

imagens simples desligadas, mas representa estádios sequenciais de ideias de uma

narrativa, mesmo que simples.

Na escrita ideográfica, os ideogramas são sinais ou signos representam não só os

objectos que mostram, mas remetem também para ideias ou conceitos com os quais

esses sinais estão relacionados. Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)

2.1. Distinga, com a ajuda do texto, escrita pictográfica de escrita ideográfica.

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Escrita fonética

Enquanto na escrita ideográfica pura ainda não há qualquer ligação entre o

símbolo representado e o nome falado para ele, isto é o símbolos podem ser lidos com a

mesma facilidade em qualquer linguagem, na escrita fonética, num primeiro tempo tem-

se a contrapartida gráfica da fala. Cada elemento na escrita fonética corresponde a um

som ou sons na linguagem que está a ser representada e o primeiro pode ser explicado

ou “lido”, através do conhecimento do último. As escritas silábicas são baseadas no

facto de que a mais pequena unidade na qual qualquer palavra pode ser falada, ou séries

de sons, podem ser subdividida em sílabas.

Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)

1.1. Caracterize, com base no documento, a escrita fonética.

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1.2. Apresente, à luz do que aprendeu, duas inovações associadas à escrita cuneiforme.

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1.3. Caracterize a escrita hieroglífica, relativamente ao tipo e aos suportes físicos

utilizados.

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O alfabeto

Alfabeto é um conjunto de sinais ou signos chamados “letras” denotando sons

elementares, pela combinação destes em palavras. O estudo sistemático do alfabeto só

pode realizar-se através da escrita. Houve dois tipos de alfabetos: os alfabetos silábicos

ou consonânticos e os alfabetos fonemáticos ou voco-consonânticos.No caso dos

alfabetos silábicos ou consonantais, o valor das vogais é muito reduzido e, numa

sucessão de consoantes, o leitor sabe as vogais que deverão estar na sua vizinhança, pela

estrutura da língua e pelo contexto. Por isso, a consoante pressupõe a vogal. Em línguas

voco-consonânticas, o valor das vogais é tão considerável como o das consoantes.

Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)

1.1. Distinga, com base no texto, diferentes tipos de alfabeto.

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A descoberta e uso do alfabeto não agradou ao filósofo Sócrates,

pois achava que o uso da escrita tinha o poder de reduzir o esquecimento

nas almas, fazendo-as negligenciar a memória.

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1.2. Dê três exemplos de alfabetos existentes actualmente.

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A vida e a escrita

1.1. Em que tipo de suporte e com que tipo de ferramenta escreveu o homem ao

longo da história.

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1.2. Comente a frase escrita na caixa de texto, à luz do que aprendeu.

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1.3. Diga de que modo o domínio do escrito transformou as nossas relações.

Através do registo escrito o homem distancia-se das suas

experiências particulares, do seu mundo limitado, dos assuntos do dia-a-dia.

Pode conhecer as experiências de outros homens e outras épocas, aceder a

diferentes modos de vida e de pensamento.

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1.4. Defina “caligrafia”.

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A imprensa como meio de multiplicação e difusão do livro: a galáxia de

Gutemberg

1.1. Justifique a necessidade que o Homem sente e sempre sentiu de comunicar.

1.2. Pesquise o significado/evolução histórica da palavra “livro”.

1.3. Pesquise o que era o pergaminho. Qual a sua utilidade.

1.4. Pesquise o que era o papiro. Qual a sua utilidade.

1.5. Indique a importância revolucionária do papiro e do pergaminho.

A comunicação e a linguagem são características fundamentais do humano,

mas o modo de nos expressarmos e os meios usados nem sempre foram os mesmos. A

necessidade de comunicar, o que comunicamos e quando, está dependente das

necessidades com que, em cada época nos confrontamos e no nosso desenvolvimento

cognitivo e psicológico. Nos últimos séculos transformamos o modo de comunicar e

de difundir o conhecimento. A introdução progressiva da escrita nas civilizações

transformou a realidade humana, a memória colectiva que perdurava pela oralidade e

as representações simbólicas passadas de geração em geração. Em apenas três mil

anos, o Homem passou da reprodução manual da escrita para a reprodução mecânica

que nos conduzirá ao presente.

O homem sempre necessitou de transmitir informações. Em Roma, embora os meios

convencionais para a transmissão da informação fossem os mensageiros e pregoeiros, também se

utilizava a afixação de folhas de notícias, em locais públicos.

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1.6. Pesquise quem foi Gutemberg.

1.7. Pesquise como surgiu a Imprensa. A sua evolução histórica.

1.8. Indique a importância do livro e da imprensa na actualidade.

Os suportes físicos da escrita

Antes do fabrico do papel, muitos povos utilizavam formas curiosas, de se

expressarem através da escrita. Na Índia, usavam-se folhas de palmeiras, os esquimós

utilizavam ossos de baleia e dentes de foca, na China os livros eram feitos com conchas

e carapaças de tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Entre outros povos era

comum o uso da pedra, do barro e até mesmo da casca de árvores. Os Maias, por

exemplo, guardavam os seus conhecimentos em matemática, astronomia e medicina em

casca de árvores, chamadas “tonalamati”.

A invenção do papel

Em 105 d. C. o Imperador Chinês Chien-Ch´u, irritado por escrever sobre seda e m

bambu, ordena ao seu oficial da Corte T´sai Lun que inventasse um novo material para a

escrita. Este produziu uma substância feita em fibras de casca de amoreira, restos de

roupa e cânhamo, humedecendo e batendo a mistura até formar uma pasta. Usando uma

peneira e secando esta pasta ao sol, a fina camada depositada transformava-se numa

folha de papel. O princípio básico deste processo é o mesmo usado até hoje. Esta

técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos.

Tudo parece indicar que, a partir do ano 751, os árabes, ao expandirem a sua

ocupação para o Oriente, tomaram contacto com a produção deste novo material e

começaram a instalar diversas fábricas de produção de papel. A partir daquele momento

a difusão do conhecimento sobre a produção do papel acompanhou a expansão

muçulmana ao longo da costa Norte de África até à Península Ibérica.

Data de 1094 a primeira fábrica de papel em Xativa, Espanha; a partir daí, na Europa

começa-se a disseminar a arte de produzir papel. Curiosamente, a ideia de fazer papel a

partir de fibras de madeira foi perdida algures neste percurso, pois o algodão e os seus

trapos de linho foram transformados na principal matéria-prima utilizada. Só a partir do

século XIX se começou a utilizar a madeira para fabricar papel.

Page 17: Comunicação

SandraS. Rodrigues

17

“Tenho as mãos tão quente, quentes de amassar o poema”

Eugénio de Andrade

1.1.Explique a importância do papiro como meio físico para fixação das mensagens.

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1.2.Identifique os suportes físicos da escrita referidos no texto.

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1.3.Descreva a origem do papel, com a ajuda dos textos.

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1.4.Justifique a seguinte expressão: Desde o início da escrita, esta esteve associada aos

grupos sociais que detinham o poder.

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A evolução da publicação de livros

Vale a pena repetir alguns dados estatísticos muito conhecidos para lembrar a

escala das mudanças que aconteceram no início das comunicações modernas. Por volta

do ano de 1500 havia impressoras em mais de 250 centros europeus e estas já haviam

produzido cerca de 27 mil edições. Fazendo uma estimativa conservadora de 500

exemplares por edição, haveria então algo em torno de 13 milhões de livros circulação

no ano de 1500 numa Europa de 100 milhões de habitantes (excluindo-se o mundo

ortodoxo, que escrevia em grego ou russo ou eslavo eclesiástico). Já para o período

entre 1500 e 1750, foram publicados na Europa tantos volumes cujos totais os

estudiosos da História do livro não conseguem ou não querem calcular (com base no

índice de produção do século XV o total estaria ao redor de 130 milhões, mas de facto o

índice de produção aumentou dramaticamente).

1.1.Apresente duas consequências da invenção da imprensa.

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Os primeiros livros impressos em Portugal

Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro

livro impresso em território nacional foi o “Pentateuco”, impresso em Faro, em

caracteres hebraicos, no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o

“Sacramental” de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso

em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o “Tratado de Confissom”. A

imprensa estava em Portugal pela periferia. Só na década de noventa do século XV

seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.

2.1. Explique, com a ajuda do texto, a importância da imprensa para a difusão do livro

impresso.

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2.2. Refira dois factores que tenham permitido a generalização dos hábitos de leitura.

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O livro

O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimentos e expressões

individuais ou colectivas. Mas também é, nos dias de hoje, um produto de consumo, um

bem e, sendo assim, a parte final da sua produção é realizada por meios industriais

(impressão e distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformada

em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os

originais num produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma

editora. Uma terceira fundação associada ao livro é a organização e indexação de

colecções de livros, típica do bibliotecário.

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1.1.Comente o texto, tendo em conta os seguintes aspectos:

Importância do livro;

“Tarefas” associadas aos livros.

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1.2.Exponha duas vantagens associadas ao livro.

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Page 21: Comunicação

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O desenvolvimento dos jornais

Nos séculos XIX e XX, o desenvolvimento da indústria do jornal foi marcada por

duas tendências principais: de um lado, o crescimento e consolidação da circulação

massiva de jornais e, de outro, a crescente internacionalização das actividades de

recolha e distribuição das notícias.

Esta Expansão dos meios de comunicação impressos (jornais) foi resultado da

modernização dos métodos de produção e distribuição da incorporação de inovações

tecnológicas como o uso das máquinas, do desenvolvimento dos meios de transporte e

do aumento do número geral de alfabetizados.

O grande salto na difusão e produção da informação ocorre no século XIX com o

desenvolvimento do telégrafo. O advento deste sistema de comunicação permitiu pela

primeira vez que a informação se dissociasse dos meios de transportes. Até aqui,

estradas, barcos e mensageiros estavam intimamente ligados à palavra escrita.

Ferreira, J. C. F. “Mutações Sociais e novas Tecnologias: o potencial racial da Web (adaptado)

1.1.Exponha, com base no texto, os aspectos que marcaram o desenvolvimento dos

jornais.

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1.2.Refira duas transformações na forma e apresentação dos jornais.

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1.3.Refira duas causas da expansão dos jornais.

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1.4.Proceda à recolha de informação sobre:

Jornais generalistas;

Jornais especializados;

Tipos de revistas publicadas em Portugal (títulos, tiragens, etc.)

Analise os dados recolhidos;

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Debata esses dados e retire conclusões.

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A imprensa

O jornal

Quase nasci deitado num lençol impresso. O meu pai, com lenta obstinação, foi um construtor de jornais (…)

Eu era esgalgado, longilíneo, um coração vulnerável ao sorriso, desmedido, excessivo e gesticulante. Fui assim cunhado; assim fiquei. Assim comecei a redigir notícias.

Um construtor de frases aparentemente imponderáveis, impressas em papéis que vão embrulhar lixo; estafeta de uma corrida que nunca mais finda, porque o jornal é um breviário sem ambiguidades e o leitor essa humanidade que nos pertence durante 24 horas todos os dias.

Fui envelhecendo sem encardir o meu coração de rotina. Não há duas notícias irmãs. E, quando vou ao varejo de novidades, os olhos sensíveis dos meus dedos tentam sempre reproduzir essa emoção inicial.

Baptista-Bastos, “As Palavras dos Outros”, Ed. O Jornal, 1988

1.1. Explique a frase sublinhada no texto: “e o leitor essa humanidade que nos pertence

durante 24 horas todos os dias”.

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1.2. Explique a frase sublinhada no texto: “Fui envelhecendo sem encardir o meu

coração de rotina”

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1.3. Explique a frase sublinhada no texto: “os olhos sensíveis dos meus dedos”.

Não se sabe em que ano nasceu Johannes Gutenberg, mas foi este homem que inventou e pôs em

prática o método de impressão com caracteres móveis e abriu caminho aos livros que todos conhecemos e

os jornais que fazem parte do nosso quotidiano. Os jornais são uma forma fonte de informação valiosa e

variada, proporcionando alguns tempos livres agradáveis.

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1.4. Procure jornais:

Escolha um tema actual.

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Seleccione as notícias mais significativas e interessantes sobre esse tema.

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A Internet

Enquanto folheava o jornal, um anúncio em tons berrantes e chamativos prendeu-lhe a

atenção: “O futuro em sua casa, ligue-se à Internet”.

A Dra. Madalena, como jornalista, já tinha algumas experiencias de Internet.

No dia seguinte, a jornalista telefonou à imprensa do jornal. Passados alguns dias, estava o

acesso à internet instalado no lar. O “futuro” tinha finalmente entrado em casa. A Dra.

Madalena começou por explicar à filha as partes da internet que ela, através da sua experiência

como jornalista, sabia serem verdadeiramente culturais e didácticas. Deste modo, mostrou-lhe

como pesquisar informação ou museus. Ensinou-a ainda a utilizar o e-mail. De facto, ter-se-á de

admitir que, quando bem usada, a Internet se pode transformar numa ferramenta de trabalho

poderosíssima. Aldozinda observava atentamente.

- Muito giro. E para que é que serve aquele ali, o IRC? – e ela apontou para um ícone no

computador.

- O IRC permite a comunicação entre as pessoas, que discutem vários temas. No entanto,

nenhum desses temas é grandemente interessante.

- Parece engraçado, posso experimentar?

- Não. Eu comprei-te o modem para tu poderes ter informações para os teus trabalhos na

escola, não para andares a fazer conversa fiada com as pessoas na Internet. Isso é só uma

maneira de andar gastar períodos. Se queres falar, vai ter com os teus amigos, sempre é mais

barato. Está bem? – e a mãe desligou o computador

Sofia Ester, “Aldozinda e Paulino, A Magia da Adolescência”, Editorial Planeta Azul (texto com

supressões)

1.1. Indique a maior vantagem da Internet, na opinião da Dra. Madalena.

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Para lá das muitas investigações, englobando computadores ópticos, computadores quânticos, a

substituição do sílico por moléculas de carbono, que ainda nos parecem muito distantes, nos dias de hoje

ter um computador e uma linha telefónica é o suficiente para chegar a qualquer lugar do Mundo em

minutos ou mesmo segundos.

A Internet permite-nos aceder a uma diversidade de sites que prometem produtos, bens e serviços

que nos facilitam a vida.

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1.2. Enumere os aspectos da Internet que a Dra. Madalena explicou à sua filha.

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1.3. Comente a atitude da mãe relativamente ao uso do IRC.

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1.4. Indique as razões pelas quais utiliza a Internet.

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1.5. Indique as vantagens de utilização da Internet.

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1.6. Indique as desvantagens da utilização da Internet.

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1.7. Imagine que numa conversa pela Internet conheceu alguém que gostaria se o/a

conhecer melhor. Escreva um texto no qual deve indicar as suas principais

características, as qualidades que valoriza nas pessoas e os defeitos que mais o/a

incomodam, as suas preferências, etc.

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Texto electrónico

Actualmente, deparamos com um novo tipo de escrita que tem sido considerada

uma ameaça, de certa forma, à escrita impressa: a escrita electrónica. Este tipo de escrita

caracteriza-se por ser móvel e interactiva, não guarda em memória nada que não

queiramos deliberadamente. Por outro lado, permite ao escritor modificar o seu texto

facilmente através da função “cortar”, possibilitando-lhe inserir um determinado

fragmento num outro local. Além disto, todo o escritor é também um topógrafo visto

que não pode visualizar o texto que produziu, como também pode imprimir várias vezes

o seu texto original. Por outro lado, um dado texto, pode ser escrito num determinado

local, mas pode ser lido em vários sítios diferentes fazendo uso de instrumentos tais

como o modem, o fax, o satélite ou a internet. Face a tudo isto, podemos concluir que se

apela a uma leitura interactiva em que o texto deixa de ser individual para passar a ser

colectivo e onde se perde a noção dos direitos de autor.

1.1.Caracterize, com a ajuda do documento, o texto electrónico.

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1.2.Exponha as características da forma de comunicação associadas à internet.

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A concorrência aos jornais

Alguns jornais generalistas de qualidade têm-se ressentido da crescente adesão ao

online em detrimento do papel, vendo as suas vendas baixar e a sua circulação diminuir.

Aliás, os jornais generalistas de qualidade constam também com uma certa competição

dos jornais gratuitos, embora o público-alvo não coincida totalmente.

Embora não ofereçam informação de qualidade, os jornais gratuitos competem com

os jornais tradicionais, minando a estabilidade do mercado, apesar de também terem um

efeito positivo ao captarem leitores para os veículos impressos. Aliás, o sucesso dos

jornais e revistas gratuitos prova que as pessoas lêem jornais, desde que tenham um

acesso cómodo ao seu exemplar, em especial se não tiverem de pagar por ele, tanto

quanto os sucessos do Harry Poter mostra que as crianças e adolescentes gostam de ler

livros, desde que o tema e a linguagem lhes capte a atenção e correspondam às suas

expectativas.

Jorge Pedro Sousa, “Reflexões sobre um Horizonte Possível para o Jornalismo Impresso Generalista de

Qualidade” (adaptado)

1.1.Explique, segundo o texto, as formas de concorrência aos jornais generalistas.

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A ciência e a tecnologia na difusão da informação e do

conhecimento: o culto do livro

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A propósito da importância do livro, o grande escritor, Jorge Luís Borges,

afirmou o seguinte:

“De todos os instrumentos do Homem, o livro é, sem dúvida alguma, o mais

surpreendente. Os outros são prolongamento da sua vista; o telefone um prolongamento

da sua voz; temos também a charrua e a espada, prolongamento do seu braço. Mas o

livro é outra coisa: o livro é o prolongamento da memória e da imaginação…

Os Antigos não tinham o nosso culto do livro - e isso surpreende-me; viam nele um

sucedâneo da palavra. Esta frase que se cita sempre: Scripta manent, verba volent, não

significa que a palavra escrita seja efémera, mas sim que a palavra é qualquer coisa de

permanente e morta. A palavra, pelo contrário, tem qualquer coisa de alado e de

sagrado, como diz Platão. Curiosamente, todos os grandes mestres da humanidade

ministraram um ensino oral… A segunda ideia que se faz do livro, repito-o, que podia

ser uma obra divina. Esta ideia está provavelmente mais próxima da que hoje em dia

nós fazemos do livro que da que faziam os antigos, considerando-o como um sucedâneo

da palavra…

Tantos escritores escreveram de maneiras tão brilhantes sobre o livro que queria

citar alguns. Começarei por Montaigne que consagra um dos seus ensaios ao livro.

Neste ensaio, há uma frase memorável: Eu não faço nada sem alegria. Montaigne deixa

entender que o conceito de leitura obrigatória é um conceito errado. Diz que, se

encontra uma passagem difícil num livro, abandona-a porque vê na leitura uma forma

de felicidade…

Continuo a fingir ser cego, continuo a comprar livros, a encher a minha casa deles.

No outro dia, ofereceram-me uma edição de 1966 da Enciclopédia Brockhauss. Senti a

presença desta obra na minha causa, senti-a como uma espécie de felicidade. Tinha

perto de mim esta vintena de volume sem caracteres góticos que não posso ler, com

cartas e gravuras que não posso ver; mas, no entanto, a obra estava lá. Sentia como que

a sua atracção amigável. Penso que o livro é uma das felicidades possíveis do Homem.

Fala-se do desaparecimento do livro: creio que tal é impossível. Que diferença, dir-

me-ão, pode haver entre um livro e um jornal ou um disco? A diferença é que um jornal

é lido para o esquecimento, um disco escuta-se também para o esquecimento, é qualquer

coisa de mecânico e, por isso mesmo, de frívolo. Lê-se um livro para nos lembrarmos

dele.

O conceito de livro sagrado, quer se trate do Corão, da Bíblia ou dos Vedas – onde é

também dito que os Vedas criaram o mundo – está talvez ultrapassado, mas o livro

conserva, ainda, uma certa santidade que devemos tentar salvaguardar. Pegar num livro

e abri-lo torna ainda possível o efeito estético. Que são as palavras deitadas num livro?

O que são os seus símbolos mortos? Absolutamente nada. O que é um livro se não o

abrirmos? Um simples cubo de papel em couro, com folhas; mas, se o lermos, passa-se

qualquer coisa de estranho, creio que ele muda de cada vez que o fazemos…

Page 30: Comunicação

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30

Quando lemos uma velha obra, é como se percorrêssemos todo o tempo que passou

entre o momento em que foi escrito e nós próprios. É que convém manter o culto do

livro. Um livro pode estar cheio de errata, podemos não estar de acordo com as

opiniões do seu autor, mas guarda, no entanto, qualquer coisa de sagrado, qualquer

coisa de divino, não que o respeitemos por superstição mas sim pelo desejo de encontrar

nele felicidade, de encontrar nele sabedoria.”

J. L. Borges “O livro como mito”

1.1. Explique o sentido da frase: “O livro é um prolongamento da memória e da

imaginação”.

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1.2.Comente a afirmação “O livro é uma das felicidades possíveis do Homem”.

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1.3.Indique, que diferença há para o autor, entre um livro, um jornal e um disco.

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1.4.Explique, porque, segundo o autor, convém manter o culto do livro.

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A aldeia global

A expressão “aldeia global” foi usada pela primeira vez para descrever um

mundo ligado pela comunicação imediata. Numa aldeia global, falar com alguém do

outro lado do planeta seria fácil – como se o globo tivesse encolhido para o tamanho de

uma aldeia. Com o progresso das tecnologias, os satélites e a internet tornaram a aldeia

global uma realidade.

À medida que os meios de comunicação se

foram difundindo, a vontade de controlar as

comunicações também aumentou. A internet dificulta

esse controlo. Distribuída em todo o mundo por um

milhão de computadores, ela está em todo o lado. Se

um computador estiver desligado, as mensagens e as

páginas de internet circulam até ao seu destino por

outro caminho. É uma rede aberta e gratuita para todos.

No entanto, a abertura nem sempre é uma vantagem.

Nunca se pode ter a certeza de que as mensagens estão

seguras. Trata-se de um velho problema e a velocidade das comunicações tornou-o mais

importante do que nunca.

Os satélites

Olhe para o céu ao anoitecer ou ao amanhecer, e poderá ver uma mancha

brilhante a cruzá-lo rapidamente. Não se trata de uma estrela cadente nem de um

cometa, mas de um satélite em órbita à volta da Terra. Satélites como este são ligações

vitais nas redes de comunicações: retransmitem as chamadas telefónicas, a emissão de

programas de televisão e fornecem as ligações à internet. Os satélites que consegue ver,

estão em orbita baixa, até cerca de oitenta quilómetros. No entanto, a maior parte dos

satélites de comunicações circula a uma altitude muito superior a esta, e a sua orbita à

volta da Terra processam-se à mesma velocidade a que esta gira, dando a impressão de

que estão suspensos, como se estivessem imóveis, por cima do Equador.

A internet

Espalhada pelo

mundo numa rede

emaranhada a internet liga

centenas de milhões de

computadores. O encanto

desta gigantesca rede de

comunicações é que não é

preciso saber muito para a

usar. Basta um clique para

nos ligarmos a amigos do

outro lado do mundo ou

vizinhos da mesma rua.

Os criadores da

internet nunca sonharam

que ela seria usada para reservar bilhetes de cinema, encomendar uma refeição ou jogar

xadrez. Esta tecnologia fantástica começou como um meio de proteger os EUA do

ataque de mísseis.

Page 32: Comunicação

SandraS. Rodrigues

32

A difusão dos meios de comunicação

Gostaria de gravar as suas músicas favoritas no relógio de pulso? Ou ver futebol

em directo no telemóvel? Ou até ler um jornal na porta do frigorífico? À medida que as

comunicações são mais rápidas e inteligentes, aparelhos como telemóveis, televisores,

computadores e faxes tornam-se cada vez mais parecidos. Presentemente, muitas

revistas e jornais têm edições electrónicas. Um simples disco pode substituir uma

prateleira de volumosas enciclopédias. O único limite para as tecnologias de

comunicação é a nossa imaginação.

O sigilo e a censura

Em período de guerra, a vitória pode depender

da comunicação. Os chefes militares que conseguem

perceber os sinais do inimigo sabem quando e onde vão

ser atacados e podem organizar um contra-ataque. Para

impedir esta situação, os exércitos codificam as

mensagens e a imprensa é censurada para evitar que o

relato de algumas histórias possam ajudar o inimigo. A

codificação é usada em tempos de guerra, mas também

em tempo de paz. A censura em períodos em que há

guerra é menos evidente: até que ponto devem os

governos ocultar informação aos seus cidadãos?

1. Faça uma pesquisa mais aprofundada, para apresentar à turma, sobre cada um dos

títulos.

A publicidade

Quantos anúncios vê e ouve por dia? Poderia tentar contá-los, mas depressa

desistiria. Diariamente somos bombardeados com milhares de anúncios na televisão,

nos jornais, na rua. Até nos filmes, os

anunciantes pagam para colocar marcas

famosas em frente da câmara. Não

conseguimos fugir à publicidade – e

talvez nem devêssemos tentar, porque paga o

custo de muito do nosso entretenimento.

As marcas são associações de

nomes, cores e formas que tornam um produto

fácil de publicitar e de distinguir nas prateleiras. Há marcas que se

reconhecem mesmo quando publicitadas numa língua exótica.

A publicidade alegra cidades tristes e torna locais, como a Times

Square, em Nova Iorque, famosos pelas suas luzes brilhantes. Mas as leis

da publicidade controlam a afixação destes letreiros, porque ninguém

quer ver o néon reflectido num lago bonito.

Uma palavra do nosso patrocinador

A publicidade começou há centenas de anos, quando os

comerciantes pintavam letreiros para atrair os transeuntes às suas lojas.

Page 33: Comunicação

SandraS. Rodrigues

33

Nos tempos actuais, a televisão e a rádio proporcionam aos anunciantes novos meios de

agarrar a atenção de milhões de pessoas.

Presentemente, a publicidade desempenha um papel importante na manutenção

do fluxo das comunicações. Os anunciantes pagam para promover os seus produtos e,

graças a estas receitas, pagamos menos pelas leituras de publicações e pela recepção de

programas de televisão e de rádio. Algum do entretenimento, como o fornecido pela

televisão comercial, não existiria sem a publicidade. Como cada vez mais pessoas

pegam no comando do televisor durante os intervalos comerciais, os anunciantes

descobriram meios de introduzir discretamente os seus produtos durante os programas.

Séria ou desonesta?

Apesar de todos gostarem de ter alguma coisa em troco de nada, a publicidade

nem sempre é benéfica. Os anúncios tentam convencer-nos a comprar coisas de que não

rpecisamos. Também nos incentivam a adquirir hábitos prejudiciais, como fumar ou

comer em excesso. Deste modo, na maior parte dos países a publicidade é controlada

por leis que garantem que ela não prejudica pessoas vulneráveis.

1. Localize a origem da publicidade.

2. Aponte, com base nos textos, vantagens e desvantagens da publicidade.

Distinga publicidade séria de publicidade enganosa

Os meios de comunicação de massa

Os bebês nascem curiosos em aprender e explorar tudo ao se redor.

As crianças costumam fazer centenas de perguntas.

Os adolescentes se esforçam para desenvolver suas próprias convicções sobre a

vida.

Numa sociedade dominadora

muitos destes pensamentos são

suprimidos com o autoritarismo de

conceitos e a obediência a ordens.

Pessoas que defendem uma

identidade independente sofrem

perseguições triviais e destrutivas.

As escolas precisam ajudar os estudantes no

desenvolvimento de formação de conceitos e pensamentos

significativos e construtivos. CONTUDO a educação numa

sociedade dominadora esteve, em grande parte,

baseada numa moralidade coerção.

As escolas têm responsabilidade para prover, aos jovens,

as informações e orientações necessárias para

resistirem as mensagens prejudiciais transmitidas

pela mídia.

Crianças são, extremamente, interessadas e

fascinadas por televisão e internet.

Page 34: Comunicação

SandraS. Rodrigues

34

Antes de chegarem ao jardim de infância terão passado mais tempo em frente da

televisão do que passaram dormindo e, quando começarem a freqüentar a escola já terão

recebido uma porção volumosa de educação através da tela da TV.

Numa sociedade dominadora geralmente, a televisão mostra:

as mulheres como vítimas;

os homens mais importantes

que as mulheres;

mulheres lançadas como más;

nas caricaturas infantis as

mulheres velhas, quase sempre

em papéis de bruxas.

Crianças norte-americanas aprendem na TV que:

PESSOAS BRANCAS são mais importantes que as outras, sendo que, as pessoas

de cor somam a maioria de sua população.

HOMENS VIOLENTOS são como diversão.

Aprendem que estes comportamentos de TV são “NORMAIS”.

A maioria dos jogos em vídeo para crianças apresenta violência brutal e realística.

As crianças, ao jogar estes jogos não estão assistindo um pouco de violência, mas

sim, efetivamente praticando violência e aprendendo a usá-la como um meio para

resolver seus problemas

Page 35: Comunicação

SandraS. Rodrigues

35

Até ao final da ESCOLA PRIMÁRIA as crianças terão testemunhado, na tela da

TV, uma média de 8000 assassinatos e 100000 outros atos de violência.

Esta violência é representada por atores que representam papéis atraentes e heróicos.

EFEITOS da violência nos média têm se projetado cada vez mais, bem como o

AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS, como tiroteios e

pequenos furtos realizados por crianças.

A VIOLÊNCIA dos média INFLUENCIA PROFUNDAMENTE,

na formação de valores culturais, moldando uma sociedade autoritária ao invés de

uma boa relação social.

A alfabetização de mídia pedagógica pode ter

início no Jardim de Infância.

Crianças demoram um tempo até conseguir

distinguir a realidade da ficção, por isso, Diversão com

violência é enormemente perigosa.

Os professores - abrir questionamentos / espaço com

as crianças para mostrar a realidade e a ficção que

assistem na TV.

Os adultos podem orientar as crianças a ver as

imagens de outra forma. Poriam perguntar às crianças o que pensam do modo violento

que o herói do espetáculo resolve seus problemas, e orientá-las para que imaginassem

outros modos de resolver problemas onde ninguém é ferido.

Page 36: Comunicação

SandraS. Rodrigues

36

Resumindo…

Inventar o futuro

Os escritores de ficção científica imaginativos, como Arthur C. Clarke, previram

o mundo dos nossos dias muito antes da existência da tecnologia para o tornar possível.

Actualmente, dos satélites para inúmeras tarefas de

comunicação, incluindo chamadas telefónicas,

emissões de televisão e sinais de navegação.

Outras tecnologias de comunicação como - a

internet – começaram como um sistema de

segurança militar. De um lado, havia radares

antimísseis que detectavam um ataque nuclear; do

outro mísseis mortíferos que podiam ser disparados

como retaliação. Felizmente, os mísseis nunca

foram usados e a rede de computadores que os controlava foi aplicada com objectivos

pacíficos. A rede liga computadores espalhados pelo mundo.

O rosto amigável da rede…

Foi preciso um programa para tornar a internet fácil de utilizar. A Word Wide

Web (www, ou seja, a rede) foi criada na década de 1990, porque o engenheiro Tim

Berners-Lee começou a ficar impaciente por os computadores não poderem “falar” uns

com os outros. Inventou uma interface de “apontar e clicar” para que todos pudessem

encontrar o que quisessem na rede, em contínuo crescimento. O “browser” de Berners-

Lee, em conjunto com a invenção do “e-mail”.

Controlar a informação e manter dados privados na internet constituem um

problema. Este é um desafio praticamente novo, mas a censura é tão antiga como as

próprias notícias. As cifras, usadas, por exemplo, para manter seguro o uso de cartões de

crédito na rede, surgiram há mais de dois mil anos.

Os serviços que usamos na rede parecem gratuitos, mas a verdade é que

pagamos por eles quando vemos anúncios que nos surgem numa ou noutra página. A

publicidade paga não só a existência destas páginas como também reduz os custos de

muitas outras publicações dos meios de comunicação. Sem a publicidade pagaríamos

muito mais pelas revistas, pelos jornais, pelos livros e pelos programas de televisão.

1. Defina:

Matemático: ___________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Técnico de estação terrestre de satélite: _____________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Webdesigner: _________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Page 37: Comunicação

SandraS. Rodrigues

37

2. Observe satélites de comunicação em órbita à volta do planeta: www.sciense.

nasa.gov/realtime/jtrack

3. Oiça o inventor da Web a falar sobre o seu trabalho:

www.smithsonianassociates.org/programs/berners-lee/berners-lee.asp

4. Fique a conhecer a história do computador:

www.inforquali.pt/tutorials/informatives/computer_history.php

5. Informe-se sobre os códigos da Agência de segurança Nacional Americana:

www.nsa.gov/museum

6. Descubra como os criptógrafos britânicos da segunda Guerra Mundial

descodificavam o “impenetrável” sistema “enigma”: ww.bletchleypork.org.uk

Cultura de massa

Chama-se cultura de massa toda a cultura produzida para as massas e veiculada pelos

meios de comunicação de massa. Em fim, cultura de massas, são todas aquelas culturas

produzidas para as massas.

Como consequência das tecnologias de comunicação aparecidas no século XX a cultura

de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e

alternativos a ela. Antes de haver cinema, rádio e TV, falava-se em cultura popular,

em oposição à cultura erudita; em cultura nacional; em cultura clássica.

A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas”,

verifica-se a repressão das demais formas de cultura, de forma que os valores apreciados

passassem a ser apenas os compartilhados pela massa.

Page 38: Comunicação

SandraS. Rodrigues

38

Tipos de meios de Comunicação de Massa

Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são: Televisão,

Rádio, Jornal, Revistas , Internet, E-mail.

Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas,

com conteúdos seleccionados e desenvolvidos para seus determinados públicos.

Manipulação através da Comunicação de Massa

Estamos acostumados a receber informações, diariamente, de tudo o que se passa ao

nosso redor e em todo mundo. Assistimos notícias, anúncios, filmes, detalhes de actores

e celebridades, e assuntos gerais que ocupam o tempo e nos isolam da realidade. Toda

essa comunicação nos impõe um padrão de vida e felicidade a ser alcançado, com

objectivos e ideais muitas vezes impossíveis para todos, mas diante da televisão isso

torna-se possível. Assim os indivíduos abdicam da sua liberdade pelos meios de

comunicação e deixam-se controlar. Os principais responsáveis são, o governo e classes

sócio-econômicas dominantes, tanto financeiramente como culturalmente, utilizando

esses mídia de modo a manipular a sociedade.

Após teres lido e analisado o texto de apoio fornecido, responde às questões.

1- Explica em que consiste a cultura de massas.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2- Indica as consequências que a cultura de massas trouxe para as outras formas de

cultura, já existentes.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

3- Indica a função principal dos meios de comunicação de massa.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4- Esclarece de que forma a comunicação de massa influencia as massas

(população).

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Page 39: Comunicação

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39

Texto Publicitário

Publicidade comercial

A publicidade comercial serve para anunciar, vender.

Slogan

Compre já e experimente! Vai ver que não se vai arrepender.

Texto argumentativo

Texto icónico

Se no leão resulta então em você vai ficar um espectáculo

Page 40: Comunicação

SandraS. Rodrigues

40

Publicidade não comercial/institucional

Slogan: frase ou expressão original, breve,

simples e fácil de reter na memória.

Texto argumentativo: apresentação concisa das

vantagens ou qualidades do produto/serviço

anunciado.

Texto icónico: deve captar, num primeiro momento,

o olhar do consumidor, pelo estímulo visual (cor,

recorte, elementos que a compõem e diferentes

tipos de características).

Slogan

Texto icónico

Texto

argumentativo

Page 41: Comunicação

SandraS. Rodrigues

41

Um anúncio bem elaborado deve, ainda, obedecer

aos seguintes aspectos:

ATENÇÃO

INTERESSE

DESEJO AIDMA

MEMORIZAÇÃO

ACÇÃO

Os conceitos de comunicação, informação e média

Comunicação, informação e média são conceitos diferentes mas

que se interrelacionam de forma estreita. Com efeito, a comunicação

significa dar a conhecer alguma coisa – um pensamento ou um facto, por

exemplo. A informação é a mensagem que se transmite quando se

comunica. Já os média são os meios de comunicação que difundem a

mensagem.

Nas sociedades contemporâneas, os meios de comunicação social – como a

televisão, a rádio e a internet – assumem uma importância fulcral e que tende a

aumentar consoante o progresso tecnológico. Taal importância prende-se com o facto de

estes média contribuirem fortemtne para a transmissão das ideias em geral e para a

formação da opinião pública, ou seja, a opinião partilhada pala maioria da população

sobre um determinado assunto.

1. Distingue comunicação, informação e média.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Page 42: Comunicação

SandraS. Rodrigues

42

Comunicação é vida

“O toque do despertador comunica-nos pala manhã

que é hora de nos levabtarmos; pelo meio da rádio e do jornal

estabelecemos comunicação com o mundo exterior; na rua, os

cartazes, as linhas brancas no asfalto, os gestos dos guardas

de trânsito regulam o nosso caminho: numa fábrica, o correio,

o telefone e o interfone põem-nos ao corrente do

andamento das nossas impressões com os colegas de

trabalho, recebemos conselhos, sugestões e opiniões;

transmitimos e recebemos ordens; modificamos ou

sustentamos os nossos pontos de vista e as nossas atitudes

se as palavras dos outros nos convencem ou não; pela tarde, o

cinema, o teatro e a televisão põem-nos em contacto com o mundo

inteiro; a música e o ballet animam a nossa fantasia; por um sorriso,

um franzir de rosto, um gesto, compreendemos logo se os nossos

vizinhos estão alegres ou se o aborrecimento os domina, se alguma

coisa os preocupa, etc.

Tudo isto não é mais do que a comunicação, é a própria vida.”

Álvaro Gomes e Outros, “O mundo da linguagem 2” ASA, 1983

1. Comente a frase sublinhada.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

_____________________________________________________________________

A informação

“A informação consiste na transmissão de notícias,

de ideias, de acontecimentos. Embora esta função

seja mais amplamente exercida através da

comunicação de massas (informação colectiva),

a comunicação interpessoal desempenha,

também, um papel importante. Pense na

transmissão de notícias pala TV. Este meio de

informação é importante, mas depois, as

notícias são também divulgadas pelas pessoas

que receberam a informação através da comunicação interpessoal. Pense ainda na

importância que a função informativa tem para a elevação do nível cultural das pessoas

(conhecimento de outras culturas, de outras tecnologias, de outras ideologias). Sob este

aspecto, não se pode separar a função informativa da função educativa. Estão

intimamente ligadas.”

Manuela Cardoso, “Relações Públicas”, ASA, 1988

Page 43: Comunicação

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43

1. Explica o que entendes por informação.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

2. Distingue informação colectiva de comunicação interpessoal.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Os mass média

“Os mass média são intermediários, meios de difusão das

mensagens:; mas po vezes, indicam também a própria difusão da

mensgem. Designam, pous, essencialmente, técnicas de comunisação

dirigidas a determinados públicos e a própria comunicação em

si. A palavra média, tomada isoladamente (…)

designa todos os meios de expressão, incluindo os

mais simples e mais naturais, tais como a voz e o

gesto. Todavia, só podemos falar de mass média

quando se trata de maios cuja finalidade habitual

não reside na comunicação interpessoal, mas na

transmissão de uma mensagem de um centro emissor para uma pluralidade de

indivíduos receptores. Do mesmo modo, reserva-se normalmente o termo mass média

para as técnicas de difusão artificiais, sobretudo as que estão ligadas à mecanização, aos

progressos científicos e, de preferência, à electrónica.” Jean Cazeneuve (dir.), “Guia alfabético das Comunicações de Massas”, Edições 70

1. Defina, por palavras suas, o significado de “mas média”.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

Page 44: Comunicação

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44

2. Reflicta sobre as diferenças entre os meios de comunicação social que conhece.

Anote as suas conclusões e discuta-as com os colegas.

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______________________________________________________________________

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

As funções e as potencialidades dos média

As sociedades actuais caracterizam-se pela existência de diferentes tipos de

média, já que a cada dia que passa novos nascem e os já existentes transformam-se,

graças ao incessante desenvolvimento da tecnologia.

Durante muito tempo, porém, os meios de comunicação disponíveis limitaram-se

à imprensa escrita, nomeadamente livros, panfletos, jornais e revistas. O posterior

advento da rádio desencadeou um efeito de “bola de neve” no campo da comunicação,

suscitando o aparecimento gradual do cinema, da televisão e,

mais redcentemente, da internet.

Ora, estes diferentes media têm em comum duas

características principais: por um lado, a de comunicarem com

uma enorme quantidade de pessoas à escala mundial, por

outro, a de funcionarem como meios de difusão cultural,

transmitindo valores, comportamentos, ideias, estilos de vida,

etc.

1. Identifica os diferentes tipos de media.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

__________________________________________________________________

Page 45: Comunicação

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45

A imprensa escrita

“O jornal desempenha, no aspecto

infoprmativo, o papel mais importante. Fornce

notícias actuais, principalmente se se trata de um

jornal diário.

Os livros e as revistas, sob os aspectos de

distração cultural e de opinião, têm uma maior

importância. Embora a principal função de um

jornal seja informar, praticamente todos os jornais

incluem artigos de natureza diferente: passatempos,

entrevistas, artigos de opinião, etc. Mas a notícia é

o que neles ocupa um maior espaço e o que tem,

geralmente, maior relevo.” Manuela Cardoso, “Relações Públicas”, ASA, 1988

1. Apresente a principal função de um jornal.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Explique a função desempenhada pelos livros e revistas.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

A rádio

“Em primeiro lugar, a rádio

constitui o instrumento pouco incómodo

que se transporta connosco, mesmo no

automóvel, aquele que está também

adequado à audição individual e não

apenas familiar. Não mobiliza tanto a

atenção como a televisão, e as suas

emissões podem escutar-se mais ou menos

distaidamente ao mesmo tempo que se

executam outras ocupações.

No domínio da informação, pode

fornecer comentários mais completos do que a televisão, cuja grelha de programas se

encontra, muitas vezes, sobrecarregada com outras tarefas. Sob este aspecto, é

sobretudo a rádio que preencha a função principal dos media electrónicos, transmitindo

as notícias mais rapidamente do que o jornal.

E a rádio permmanece o grande fornecedor de música. Desde os seus inícios, ela

tem repartido naturalmente o seu tempo de emissão entre a informação e a música.

Page 46: Comunicação

SandraS. Rodrigues

46

A rádio desempenha também um importante papel na difusão da cultura, em

particular no domínio das letras, das ciências humanas e do teatro”. Jean Cazeneuve

A televisão

“A questão de fundo é a seguinte: para que serve a televisão,

considerando um indivíduo que não seja passivo perante a imagem e que

dela retenha apenas aquilo que deseja? A televisão serve para dialogar.A

televisão é um formidável instrumento de comunicação entre os

indivíduos. O mais importante não é o que se vê, mas o facto de se

falar do que se vê. A televisão é um objecto de conversação. É

neste sentido que aformo a televisão como elo social

indispensável a uma sociedade em que os indivíduos estão

muitas vezes isolados e por vezes solitários. (…) Igualmente a

televisão é a única capaz de estabelecer a ligação entre ricos e

pobres, jovens e velhos, rurais e urbanos, cultivados e os que são menos. Toda a gente

vê televisão, toda a gente fala a televisão. Que outra actividade é hoje em dia tão

transversal quanto a televisão?”

Dominique Wolton, “E depois da Internet?”, Difel, 2000

1. Indique quais as funções da televisão mencionadas no texto.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Organize um debate na turma sobre os aspectos positivos e negativos da televisão.

Registe as principais conclusões a que chegaram.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

___________________________________________________________________

A Internet como biblioteca virtual

“Sejamos realistas: a Wikipedia é o sonho de todos os

garimpeiros do saber. Desde logo porque se trata de uma

enciclopédia desprovida de interesses comerciais, como os puristas

sempre desejariam que as enciclopédias fossem. Nenhuma das

pessoas que contribui para a escrita das entradas recebeu um

cêntimo, a consulta é gratuita (desde que consideremos “grátis” o

uso de um computador ligado à internet) e o projecto é sustentado

através dos donativos de altruístas de serviços e de instituições que

se encarregam do avanço do conhecimento (e dos 750.000 dólares

do orçamento).

Page 47: Comunicação

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47

Expresso, Revista Actaul, 30-09-2006

1. Exprima a sua opinião sobre a eventual utilidade da Wikipédia de outros serviços

equivalentes para os utilizadores da Internet.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Fax O fax é um instrumento muito útil que nos permite enviar documentos para qualquer

pessoa em qualquer parte do mundo. Agora vamos explicar-vos como ele apareceu,

quando, quem o inventou e muitas mais outras curiosidades.

Quem inventou o fax ?

Rudolf Hell, foi inventor do fax, scanner e outras máquinas para transmissão electrónica

de textos e imagens morreu dia 14/03/2002, quinta-feira, aos 100 anos de idade em Kiel

(norte da Alemanha). Nascido na Baviera, Hell apresentou aos 24 anos a sua primeira

patente, que consistia em um processador de imagens electrónico, considerado um dos

fundamentos da televisão. Hell passou os últimos anos de sua vida em Kiel, no extremo

norte da Alemanha, afastado de sua Baviera natal e também de Berlim, onde

desenvolveu a maioria de suas invenções

Quando é que Rudolf Hell começou a trabalhar na construção do fax?

Rudolf Hell começou a trabalhar na construção do fax na

década de 20 com o conceito de transformar ideias, imagens e

textos em sistemas de pontuação e linhas, capazes de serem

transmitidos electronicamente. Pouco depois mudou-se para

Berlim para fundar a sua própria empresa, em 1929, na qual

desenvolveu o primeiro e "pré-histórico" fax, um sistema

para transmissão electrónica de sinais escritos, baptizado

como "Hellschreiber", que permitia enviar notícias a todas

as partes do mundo.

Rudolf Hell inventou mais alguma coisa?

Sim, Hell, nos anos 50, inventou um aparelho que

facilitava a impressão de imagens fotográficas e, na

década seguinte, um precursor do que agora se conhece

Page 48: Comunicação

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48

como scanner. Daí saltou para o que se chamou de "Hellcom-Digiset", um sistema

computadorizado que, pela primeira vez, conseguia decompor as imagens em elementos

digitais. A empresa de Hell em Kiel foi comprada pela Siemens em 1981,que continuou

desenvolvendo suas ideias em inovadores aparelhos de transmissão de textos e imagens.

Mais tarde, fundiu-se à Linotype AG para a formação da Linotype-Hell AG – que, em

1996, passou a se chamar Heidelberger Druckmaschinen.

A necessidade da comunicação

A sociedade, por mais pequena que seja, é absolutamente indispensável ao

homem, exactamente porque ele tem múltiplas necessidades que só a

sociedade lhe pode satisfazer. Para tanto, precisa de cooperar com os outros

homens, integrando-se num sistema muito complexo de actividades, nada

sendo à margem dele.

Mas para que cada homem possa cooperar com os outros homens na

prossecução do bem de todos, na realização dos valores de justiça e de

segurança, que são a base da própria vida social, tem de saber comunicar.

Sem comunicação não seria possível a integração humana e toda a cultura

se perderia, por não ser possível transmiti-la às gerações.

Atravessando hoje, em escassos segundos as fronteiras nacionais, a comunicação

permite a livre circulação de informação. Estimulando a adopção de idiomas como o

Francês e o Inglês, a comunicação transcultural permite, dia a dia, um avanço cada vez

mais decisivo na compreensão entre culturas.

“Hoje, na “era da comunicação”, o homem precisa, mais do que nunca, da

comunicação, a qual acompanha, a par e passo, a organização das sociedades

contemporâneas, integra-se na divisão social do trabalho social, faz rodar o mundo da

moda e da publicidade, faz parte das normas e do direito, mobiliza os movimentos sócio

- políticos e culturais mais ou menos explosivos, promove a indignação e a revolta,

confere legitimidade à opulência, ao sagrado e ao profético, camufla o desejo erótico do

consumo, mobiliza, enfim, os grandes projectos de apropriação do mundo.”

“Comunicação social e jornalismo”, Adriano Rodrigues Duarte e Outros

1. Justifique a necessidade humana de comunicar.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

2. Analise algumas desvantagens da comunicação social, segundo o texto.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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49

3. Justifique a última frase do texto: “mobiliza, enfim, os grandes projectos de

apropriação do mundo.”

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______________________________________________________________________

O modelo do processo de comunicação

A análise sociológica dos meios de comunicação de massa foi retomada por

Abraham Moles, esquematicamente da seguinte maneira:

Feedback

Repertório do emissor Repertório do receptor

A zona de confluência entre o repertório do emissor e o do

receptor, significa que há, entre estes, troca de mensagens, por

utilizarem o mesmo código, encontrando-se ambos dentro do

mesmo contexto, o que não aconteceria, se os dois círculos (o do

emissor e o do receptor) não se interceptassem.

Emissor

(codificação) Canal físico

Receptor

(descodificação)

Ruídos

Page 50: Comunicação

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50

1. Explique, por palavras suas, qual a função de cada um dos elementos presentes no

esquema.

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______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

O modelo de comunicação social é claramente explicado no seguinte texto:

O acto elementar de comunicar implica a existência do

EMISSOR que elabora uma mensagem a partir dos signos

recolhidos num PEPERTÓRIO (comunicado) de um CANAL por

meio do qual a mensagem é transportada através do espaço e do

tempo, de um RECEPTOR que recebe a mensagem a descodifica

com a ajuda dos signos que possui armazenados no seu próprio

repertório.

Para que haja comunicação, é necessário que a cadeia: emissor – canal – receptor

– repertório funcione correctamente em todos os seus pontos. Em princípio isto supões

que o emissor e o receptor falam a mesma língua, que ambos têm em comum, pelo

menos parcialmente, um mesmo repertório. Isto supõe igualmente que as operações de

codificação e de descodificação se façam correctamente e, finalmente, que a

transmissão pelo canal físico não se veja entorpecida por “ruídos” ou parasitas de tal

intensidade que produzam uma diminuição da informação ou a destruição total da

mensagem transmitida. A devolução da mensagem recebida por parte do receptor ao

emissor (“feedback”), permite um ajustamento, uma auto-regulação da comunicação.

O EMISSOR pode ser um indivíduo, um grupo ou um organismo difuso e

longínquo como uma cadeia de televisão. Não é necessário que o emissor se pareça

fisicamente ao receptor em nenhum aspecto.

O RECEPTOR pode devolver ao emissor a informação recebida. Dentro da

comunicação inter-individual, por exemplo, a conversação emissor e receptor, mudam

alternadamente os seus papéis, há uma ida e volta da informação, um “feedback”, como

dizem os cibernéticos. A informação circula nos dois

sentidos. Esta reciprocidade permite controlar se a

mensagem foi recebida correctamente e, em caso

necessário, “ratificar o tiro”. No caso dos mass média - e

esta é uma das suas principais características – a

comunicação tem essencialmente um único sentido e

fala-se, sobretudo, de difusão. Uma minoria produz de

uma maneira quase industrial umas mensagens que a grande massa absorve em silêncio.

O órgão emissor (imprensa, rádio, televisão), acha-se numa situação algo parecida com

a do marinheiro que lança uma garrafa ao mar sem nada saber da pessoa a quem chegará

a sua mensagem. É claro que há um pequeno esboço de “fedback”, constituído palas

crtas dos leitores, dos radiouvibtes, dos

telespectadores,pelas suas chamadas telefónicas,

pelas críticas nas secções especialixzadas, pelas

sondagens de opinião, etc.Mas isto é só um embrião

de intercâmbio, quer porque as reacções recebidas

são só representativas da massa dos receptores, quer

Page 51: Comunicação

SandraS. Rodrigues

51

também porque elas só chegam com atraso, como no caso das sondagens.

A mensagem caminha por um CANAL físico, antes de chegar ao receptor, que a

descodifica. O termo canal aplica-se a todo o suporte material que veicula uma

mensagem desde um emissor a um receptor através do espaço e do tempo. Se a veicula

através do espaço (mensagens visuais e sonoras correntes, telefone, telégrafo, etc.),

trata-se da transmissão propriamente dita; se o faz através do tempo (sinais impressos,

discos, fita magnética, fotografia, etc.), trata-se da gravação, a qual conserva a

mensagem no tempo. Assim, podem distinguir-se os CANAIS ESPACIAIS que

veiculam a mensagem de um lugar para outro (canais de telecomunicação ou de

comunicação à distância, etc.) e os CANAIS TEMPORAIS que o transportam de uma

época à outra (disco, fotografia, cinema, etc.). De uma maneira geral, distinguem-se os

canais naturais ou sensoriais, nos quais o hoemem é o iediato receptor da informação

(visão, audição, etc) e os canais artificiasi ou técnicos, nos quais o receptor é um

mecanismo, uma máquina, por exemplo, o teleimpressor, o disco, o magnefone, o

telefone, cujos produtos são eventualmente utilizados pelo homem num canal natural

acrescentado (audição no telefone).

Muitos dos canais requerem, na transmissão e na recepção da mensagem, uma

tradução ou uma adaptação. No limite, qualquer mensagem pode pode ser transformada

sobre qualquer tipo de canal sempre que este tenha suficiente “capacidade”. Assim,

graças ao magnetoscópio, é possível gravar sobre uma banda magnética a série de

fotografias que constituem uma sequência televisionada.

A mensagem pode ver-se deteriorada ou destruída pelos

“RUÍDOS”, no percurso da sua marcha dentro do canal físico.

Estes ruídos sãotodos os tipos de perturbação que a mensagem

sonora ou visual sofre no curso da transformação. O estrondo de

um martelo perfurador na rua que cobre a conversação, os

parasitas numa transmissão radiofónica, uma mancha branca ou

negra, uma nebulosidade cinzenta sobre o écran televisivo, são

outros tantos “ruídos”. Coo tempo genérico de “ruído” qualifica-se todo o

sinal indesejável na transmissão de uma mensagem por um canal. A. Kientz, “Para analizar los mass media”

2. Justifique a expressão/comparação sublinhada no texto.

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3. Distinga canais espaciais de canais temporais.

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4. Distinga canais naturais ou sensoriais de canais artificiais ou técnicos.

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52

5. Exemplifique canais naturais ou sensoriais.

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6. Exemplifique canais artificiais ou técnicos.

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______________________________________________________________________

A designação dos termos “média” e “mass média”. A teoria de MacLuhan

Deve-se ao sociólogo canadiano Mashal MacLuhan, o

primeiro grande esforço, na década de 60, de

estudo dos “média”.

Para este autor, a palavra

“média”, tal como a

empresa, isoladamente, designa todo e

qualquer meios de expressão, incluindo os

mais simples e naturais, tais como a voz e o gesto.

Chega inclusivamente a admitir como

meios de comunicação tudoo que constitui uma

expressão do corpo humano. Assim, e segundo ele, a

camisa e os óculos - extensões da pela e dos olhos –

são meios de comunicação, como o são a rádio e uma revista.

Enfim, para este autor, os “média”são extensões dos órgãos

sensoriais do homem. De resto, segundo este pensador, o

”veículo” identifica-se com a “mensagem”, pelo que a

mesma mensagem poderá influir, diferentemente, sobre as

massas ou sobre o homem – sócio, de acordo com as características

do “meio”usado na comunicação e com a sua validade:

A imprensa será, apenas, uma extensão da visão;

O cinema, uma extensão dupla, da visão e da audição;

A televisão, uma extensão da visão e da audição, completada pela

proximidade e intensidade.

Cada um destes meios de comunicação proporciona, segundo MacLuhan,

linguagens diferentes, que se torna necessário saber utilizar.

MacLuhan distingue três estádios de desenvolvimento dos “média”,

correspondendo cada um deles a um tipo de sociedade:

A sociedade primitiva e tribal, em que dominavam os “média”orais, não se

conhecendo ainda a escrita;

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53

A sociedade da Galáxia de Gutenberg, em que predomina a mecanização

da escrita, graças à descoberta e desenvolvimento da imprensa;

A sociedade Galáxia Marconi, caracterizada pela predominância dos

“média” audiovisuais.

Portanto, considerada a palavra “media” isoladamente (plural latino de “medium”,

que significa meio, mediação), ela designa todos os meios de expressão, naturais ou

artificiais.

Porém, quando associada à palavra anglo-saxónica “mass” (sinónimo de massa!),

formando o termo “mass média”,já perde esse significado, para o conjunto passar a

designar, vulgarmente, toda e qualquer comunicação de massa. Sendo assim, a

expressão não pode abranger nenhum dos tipos de comunicação interpessoal, mas tão-

somente as transformações de mensagens para uma pluralidade de indivíduos receptores

(massa).

A definição hoje vulgarmente aceite de “mass média” é: designam não só e

essencialmente técnicas de comunicação artificiais (sobretudo as ligadas à mecanização

e à electrónica) dirigidas a determinados públicos (não à massa!), como também a

própria comunicação em si.

Isto significa portanto, que os próprios meios de comunicação interpessoais, sejam

naturais ou artificiais, não ficam pela expressão “mass média”.

Assim:

1. Incluem-se com frequência no domínio dos “mass média”

“médias” quentes, no dizer de MacLuhan, porque são ricos em informações,exigindo

pouca participação do público:

Ligados à imprensa:

o O livro impresso, devido à sua grande tiragem e à sua publicação

mecânica em série;

o Os álbuns de bandas desenhadas, devido ao seu carácter visual e

artístico, e modernidade;

o Os jornais, sobretudo os de grande tiragem;

o Os magazines ilustrados, por idênticas razões;

o A publicidade feita em jornais, excepto o cartaz.

Ligados à comunicação sonora:

o Os discos;

o A radiofusão;

o A publicidade feita na rádio;

o As fitas magnéticas;

Ligados à comunicação audiovisual:

o O cinema sonoro (o desenho animado é considerado “média” frio);

o A televisão, o tipo mais acabado dos “mass média”,ligado à técnica

electrónica;

o A publicidade feia no cinema e na televisão;

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54

Utilizando vários dos “média” anteriores ou constituindo prolongamentos

seus:

o Os satélites de comunicação e de distribuição;

o As vídeo-cassetes e vídeo-discos – cassetes ou discos constituídos

por bandas magnéticas pré-registadas que contêm a imagem e o

som e que, colocadas num aparelho de leitura, permite protegê-las

imediatamente no écran do aparelho;

o A teledistribuição por cabos – distrinuição por cabos de

informações audiovisuais;

o A impressão de jornais através da televisão;

o O belinógrafo – aparelho destinado a emitir e a receber desenhos

ou fotos à distância, etc.

2. Em contrapartida, não podem considerar-se como “mass média”

(“média” frios no dizer de MacLuhan, porque são pobres em

informação e ricos em participação):

o O telégrafo;

o O telefone;

o O videofone – telefone duplo com um écran de televisão, que

permite ver o correspondente e falar-lhe;

o Os meiso de expressão natural (a voz e o gesto)

1. Defina “mass média” segundo MacLuhan.

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2. Diga, o que eram o cinema, a imprensa e a televisão para o mesmo autor.

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3. Enumera os três tipos de sociedade definidos por MacLuhan.

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4. Distinga “média” quentes e frios.

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As sociedades de massas

Na Europa, principalmente nas áreas industrializadas, e nos

Estados Unidos houve um enorme crescimento populacional.

O crescimento populacional veio acompanhado do

crescimento das cidades.

Os principais fatores do crescimento populacional foram a

melhoria na alimentação, os avanços na medicina e a industrialização.

Expansão mundial das áreas agrícolas.

Os avanços na área médica.

A industrialização foi o principal fator

para o crescimento populacional.

O crescimento populacional na América

deveu-se, principalmente, à entrada de

imigrantes europeus. Entre 1815 e 1915,

cerca de 35 milhões de pessoas.

A imensa maioria dos imigrantes era

formada de homens jovens, procedentes

das zonas rurais e sem qualificação

profissional.

Formação do mercado:

O mais importante símbolo da

massificação do consumo foi a produção

do automóvel Ford modelo T, fabricado

pela primeira vez em 1908 nos Estados

Unidos.

Em 19 anos de fabricação, mais de 15 milhões de unidades do Ford T foram

comercializadas nos Estados Unidos.

Outros produtos passaram a compor o cotidiano da classe média e dos

trabalhadores, como o fogão a gás, os utensílios domésticos de vidro e de ferro,

os sabões industrializados e a bicicleta.

Indústria alimentícia:

O fator decisivo para assegurar o abastecimento de uma população cada vez

mais numerosa foi o desenvolvimento da indústria de conservas . Isso se deu nos

Estados Unidos, onde primeiro se instalou uma indústria alimentar para grandes

mercados consumidores.

O desenvolvimento notável dos transportes e das

comunicações, em particular das ferrovias e do sistema de

Page 56: Comunicação

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56

correios, favoreceu o intercâmbio cultural entre os países. Intelectuais e artistas

dispersaram-se pelo mundo como imigrantes, turistas e refugiados políticos,

levando com eles suas obras e suas idéias.

Lazer e arte:

O aumento do poder aquisitivo da classe média urbana e a ampliação do

contingente de trabalhadores alfabetizados e instruídos permitiram que um

público maior tivesse acesso a uma produção cultural antes restrita às elites.

Redução da jornada de trabalho.

Descanso dominical.

Flamenco, nascido na região da Andaluzia, na Espanha, e o tango, importado

dos bordéis argentinos no início do século XX.

A circulação cultural torna-se maior: o que antes ficava restrito a um segmento

da sociedade, às camadas populares ou à burguesia, passa a ser consumido por

mais gente.

Cinema:

A primeira exibição cinematográfica foi feita pelos

irmãos Lumière, na França, em 1895

Nos Estados Unidos, os pioneiros do cinema foram

imigrantes judeus pobres e arrojados, que resolveram

produzir filmes para setores pouco instruídos, que

pagavam entradas de 5 centavos de dólar para ver um

espetáculo de entretenimento. Nos anos 1920, os Estados

Unidos já brilhavam como o centro mundial do cinema.

Os “mas média” – história

As transformações culturais e os mass média:

A guerra terminara e as pessoas estavam desejosas de esquecê-la. A Europa recuperava e, nos

Estados Unidos, as pessoas tinham dinheiro para gastar e tempo para o lazer pois, graças às lutas e

pressões dos movimentos sindicais , os horários de trabalho eram agora mais reduzidos.

O desenvolvimento tecnológico colocou à disposição novos meios de comunicação social que

serviam, ao mesmo tempo, para informar e para divertir e estavam acessíveis à grande massa da

população, pelo que ficaram conhecidos por meios de comunicação de massa ou mass média.

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57

Breve caracterização da sociedade de consumo

O termo consumo é a utilização de bens, serviços, energia e

recursos por parte das organizações ou sociedades, já a

“sociedade de consumo” é a expressão que designa a

abundância e circulação massiva de todo o tipo de

objectos nos países desenvolvidos, os quais alteraram

significativamente o modo de vida dos indivíduos.

Este novo tipo de sociedade, fortemente

orientada para a fruição, a posse, o prazer e o

materialismo, começa e emergir na segunda

metade do século XX, graças à rápida

industrialização do mundo ocidental. Este

situação permitiu que as famílias tivesse acesso a

melhores condições de vida e se sentissem mais satisfeitas

por poderem adquirir uma vasta gama de bens e serviços, tais como o

vestuário, carros, férias e outros.

As origens da sociedade consumo

“O crescimento económico, a

subida dos salários, os benefícios sociais,

a clima de esperança e o desejo de bem-

estar fariam desencadear, nas sociedades

industrializadas do Ocidente, um

fenómeno de consumismo generalizado.

A necessidade crescente de escoamento

dos produtos, fruto de uma produção em

massa, foi auxiliada pela eficácia cada

vez maior da publicidade e pelo

aparecimento da televisão, que

estimulava as populações, conduzindo ao

nascimento de sonhos e necessidades fictícias. Quase todos os bens pareciam estar ao

alcance do lar mais humilde, através dos sistemas de compras facilitados - a crédito e a

prestações. Ao mesmo tempo, o aparecimento de grandes superfícies comerciais –

supermercados, centros comerciais, self-services – atraía as pessoas, seduzindo “grandes

e pequenos” a fazer mais compras do que as inicialmente previstas. Do ponto de vista

social e psicológico, nascia assim uma sociedade de consumo, na qual só era feliz e bem

aceite quem possuía mais e melhores bens do que o seu vizinho. Este fenómeno

traduzoiu-se numa “corrida em relação à última moda” – o carro mais veloz, o vestido

da estrela de cinema, o frigorífico mais bonito. O excesso de consumo conduziria em

breve ao desperdício, que, pouco tempo depois, iria dar origem aos primeros problemas

ambientais sérios.”

Paula Maria Coelho, “Um mundo na História”, 9º Ano, Didáctica Editora

Os benefícios e prejuízos do consumismo

“A revolução industrial impulsionou o aumento da

produção e do consumo nos países industrializados. A

chamada sociedade de consumo trouxe benefícios, tais como a

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escolarização de massas, melhoria das condições dos trabalhadores, generalização dos

cuidados de saúde primários, maior participação dos cidadãos e elevação no padrão do

nível de vida. No entanto, continuam a agravar-se alguns dos efeitos negativos, tais

como a marginalização de certas camadas da sociedade, caos urbanístico, perda dos

valores tradicionais, degradação ambiental uma necessidade “imperiosa” de aumentar a

produção e consumo de bens inúteis.

Esta necessidade de consumir cada vez mais reflecte-se no dia-a-dia das famílias,

pelo que é necessário fazer um orçamento familiar, planificando as despesas, as

poupanças, o crédito e o rendimento. Este último é um factor regulador do consumo,

que é, por sua vez, influenciado pela moda, pressão do grupo de amigos e pela

publicidade, que faz com que o consumidor perca autocontrolo, consuma de forma

irreflectida e por impulso, levando-o mesmo a pensar que a qualidade de vida consiste

no ter em detrimento do ser.” Clara Santos e Conceição Silva, “Formação Cívica”, ASA, 2002

1. Explique o que entende por “consumo” e “sociedade de consumo”.

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2. Descreva como se desenvolveu a sociedade de consumo.

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3. Enumere as vantagens da sociedade de consumo.

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4. Enumere as desvantagens da sociedade de consumo.

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Do consumo excessivo ao consumo selectivo

“Ter acesso a uma grande quantidade de

bens (paradigma da sociedade da abundância) faz-

nos descobrir que o uso desses bens nos retiraria

tempo. Podemos ser muito ricos e escolher muitos

bens, comprá-los, instalá-los, utilizá-los… mas o

reverso dessa prosperidade é a falta de tempo. Há

que redimensionar o valor material com o

respectivo valor imaterial. Um consumidor

responsável não cuida só da preservação dos

recursos. Como escreveu Henri Thoreau: “Um

homem é rico na justa proporção do número de

coisas que se recusa a ter”. Quanto mais consumimos, mais queremos, mais corremos e

menos plenitude obtemos.” Beja Santos, “Jornal de Notícias”, 02-06-2001

1. Na sua opinião, que tipo de relação se pode estabelecer entre o consumo e o bem-

estar dos indivíduos.

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2. Comente a frase sublinhada.

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3. Explique o sentido da frase “este é o tempo dos objectos”

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Os direitos fundamentais dos consumidores

O rápido e feroz desenvolvimento da sociedade de consumo cedo revelou a

necessidadde de se encontrar formas de regular as relações entre produtores e

consumidores, nomeadamente definindo os direitos destes últimos e protegendo-os dos

excessos cometidos pelos agentes económicos.

A defesa do consumidor na União Europeia

“A promoção dos direitos, da prosperidade e do bem-estar dos consumidores é

um dos valores fundamentais da União Europeia, o que aliás se reflecte na sua

legislação. A pertença à União Europeia assegura uma protecção adicional aos

consumidores.

A seguir, enunciam-se dez princípios básicos sobre a forma como a EU defende

os interesses do consumidor, independentemente do Estado-Membro em que se

encontre:

Compre o que quiser, onde quiser;

Se não funciona, não devolva;

Elevadas normas de segurança para géneros,

alimentícios e outros bens de consumo;

Saiba o que come;

Os contratod devem ser justos para os

consumidores;

Por vezes, os consumidores podem mudar de opinião;

Facilitar a comparação do preço;

Os consumidores não devem ser induzidos em erro;

Protecção durante as férias;

Vias de reparação eficazes em caso de letígios transfronteiriços.”

1. Enumere os princípios básicos sobre o consumo definidos pela União Europeia.

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2. Procure recordar uma situação em que tenha (ou alçgum failiar) sentido que os seus

direitos enquanto consumidores não foram respeitados. Depois, redija um

comentário crítico sobre o assunto.

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A legislação de protecção dos direitos do consumidor

A protecção jurídica do consumidor

“Todos nós somos consumidores quando compramos seja o que for, pensamos

nós. Daí que, quando sentimos razões de queixa sobre qualquer transacção que

efectuamos, podemos recorrer à justiça ou a qualquer dos organismos que protege os

interesses do consumidor. A situação não é assim tão linear.

Quem é o consumidor

Legalmente, par que uma pessoa tenha direito à defesa dos seus interesses na

área do consumo, e para que, enfim, possa ser considerado consumidor, torna-se

necessário que se verifiquem os requisitos seguintes:

Que os bens fornecidos, os serviços ou os direitos transmitidos se destinem a uso

não profissional;

Que o fornecedor seja alguém que exerça com carácter profissional uma actividade

económica que, vise obter benefícios, incluindo os organismos da Administração

Pública, as pessoas colectivas públicas, as empresas de capitais públicos ou detidos

maioritariamente pelo estado, as Regiões Autónomas ou as autarquias locais r as

empresas concessionárias de serviços públicos.

A protecção do consumidor e a atribuição de direitos específicos dependem, assim,

da existência de uma relação de consumo, seja através da celebração de um contrato,

seja mediante uma situação destinada a promover o fornecimento de bens ou serviços

ou transmissão de direitos. (…)

Legalmente, o consumidor tem os seus interesses protegidos por direitos

consagrados na lei e tem a quem recorrer quando sente que eles foram infringidos.

Os direitos dos consumidores

Os direitos gerais atribuídos aos consumidores no ordenamento jurídico

português podem agrupar-se da seguinte forma:

Direito à protecção, à saúde e à segurança;

Direito à qualidade dos bens ou serviços;

Direito à protecção dos interesses económicos;

Direito à prevenção e à reparação de prejuízos;

Direito à prevenção e à educação para o consumo;

Direito à representação e consulta;

Direito à protecção jurídica e a uma justiça acessível e

pronta;

Estes direitos encontram-se consagrados na Constituição e na Lei de Defesa do

Consumidor (Lei nº 24/96, de 31 de Julho).”

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1. Explique por palavras suas, quem pode ser considerado consumidor, segundo a

lei.

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2. Descreva os direitos do consumidor referidos nos textos.

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A legislação de defesa dos consumidores

“Artigo 1º - Dever geral de protecção

1. Incumbe ao Estado, às Regiões Autónomas e Às autarquias locais proteger o

consumidor, designadamente através do apoio à constituição e funcionamento das

associações de consumidores e de cooperativas de consumo, bem como a execução do

disposto na presente lei.

Artigo 2º - Definição e âmbito

1. Considera-se consumidor todo aquele a

quem sejam fornecidos bens, prestados serviços

ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a

uso não só profissional, por pessoa que exerça

com carácter profissional uma actividade

económica que vise a obtenção de benefícios.

Artigo 3º - Direitos do consumidor

1. O consumidor tem direito:

a) À qualidade dos bens e serviços;

b) À protecção da saúde e da segurança

física;

c) À formação e à educação para o consumo;

d) À informação para o consumo;

e) À protecção dos interesses económicos;

f) À prevenção e à reparação dos danos patrimoniais que resultem da ofensa de

interesses ou direitos individuais homogéneos, colectivos ou difusos;

g) À protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta;

h) À participação, por via representativa, na definição legal ou administrativa dos

seus direitos e interesses.” Lei nº 24/96, de 31 de Julho

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1. Explique a importância da Lei nº 24/96 de Julho, dando exemplos práticos.

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A importância do marketing e da publicidade nas decisões dos consumidores

A publicidade, seja a veiculada pelos meios de

comunicação social ou a visível na via pública, pretende

persuadir os indivíduos a consumirem um determinado produto

ou serviço.

Tal comportamento é alimentado pela sensação, criada

por sofisticadas técnicas sofisticadas e de marketing, de que a

necessidade de consumo desse produto ou serviço é real e deve

ser sistematicamente satisfeita.

Desta forma, a publicidade surge como um poderoso

meio responsável pela criação de fenómenos de moda,

ciclicamente renovados após curtos períodos de duração.

1. Diga o que entende por publicidade.

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2. Identifique os principais meios utilizados pela publicidade para comunicar com

os consumidores.

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A publicidade

“Durante o jantar, Robert Goutourb volta ao

seu tema: a apetência do público ardilosamente

domesticado pela publicidade. A maioria das pessoas

não tem opinião, deixa-se seduzir e modelar por

indolência intelectual. Torna-se cómodo que os outros

pensem por nós.

E dá-nos exemplos. Nos jornais suíços, há

tempos, apareceram dois anúncios: “Receba um rádio

em sua

casa por

três

francos”;

“receba

uma máquina de lavar por dez francos e fale

aos seus amigos desta maravilhosa

oportunidade”. Seria possível? Era possível,

sim senhor, tanto mais que na desconfiada

suíça há mão-de-ferro para quem promete e

não cumpre. Assim, centenas ou milhares

de crédulos enviaram os três ou dez francos

e, com efeito, receberam em casa um rádio

ou uma máquina de lavar. Em miniatura.

Um brinquedo plástico. Tudo legal. Nada

nos anúncios garantia que esses objectos

(fabulosas pechinchas em que o burlão era

com certeza o vendedor, por isso mesmo, mais apetecíveis) tivessem de ser o que as

pessoas haviam suposto. Mais saboroso ainda, com estilo e senso de humor, o terceiro

exemplo contado por Goutorbe: “Envie dois francos em selos postais se deseja saber

como aumentar substancialmente os seus rendimentos sem esforço e sem abandonar o

emprego”. Quem, à tentação, não passaria a língua pelos beiços? Daí que tivessem

chovido selos em casa de um finório, que prontamente esclareceu os cobiçosos: “Faça

como eu”.” Fernando Namora, “Diálogo em Setembro” (1966)

1. Explique o que significa “publicidade enganosa”.

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2. Dê exemplos de situações reais que conheça de publicidade enganosa.

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A “receita” do consumismo

“Juntou-se a um produto ou serviço,

uma boa pitada de marketing, adicionou-se

uma colher de sopa bem cheia de publicidade,

misturou-se tudo com técnicas de vendas e

colocou-se no forno (a televisão), envolta em

folhas de jornal. Pouco tempo depois (a

sociedade de consumo) estava pronta a servir a

um público sedento de entrar na aventura do

“faz de conta”. O marketing cria o sonho, a

publicidade (com a preciosa ajuda da

televisão) mostra que ele se torna realidade e a

técnica de vendas materializa-o”. Carlos Barbosa de Oliveira, “A sociedade de consumo e os seus actores” (2008)

A importância da montra

“São os vitrinistas, os criadores do efémero, causadores de muitos dos males do

orçamento mensal de cada um e dos inglórios esforços de poupança pessoal.

A montra é a criação de um ambiente e a transmissão de uma sensação (…) mas

todas desempenham o papel que o comerciante pretende: atrair a atenção do consumidor

(…).

O estudo da iluminação é outro dos aspectos importantes a considerar. O brilho

chama a atenção, atrai o cliente e convida-o a aproximar-se. Sem dar por isso, passa a

fazer parte da cena.” Expresso, 23-12-1995

1. Relacione o papel desempenhado pelo marketing e pela publicidade no aumento do

consumo.

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2. Explique a função desempenhada pela montra numa loja comercial.

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3. Explique de que modo a publicidade, o marketing e outras técnicas comerciais

influenciam o seu padrão de consumo, dando exemplos práticos.

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Consequências ambientais e riscos sociais do consumo

O consumo excessivo dos recursos naturais deve-se, em

primeiro lugar, ao desenvolvimento das actividades económicas, que

tendem a utilizar as diversas matérias - primas até ao seu

esgotamento. No entanto, o aumento do nível de consumo dos bens e

serviços, causado pelo aumento da população mundial e pela

elevação do poder de compra, também tem graves consequências

para o ambiente.

Além desse aspecto, o fenómeno da massificação do consumo

não está isento de riscos sociais significativos, nomeadamente a

promoção de determinados comportamentos e valores que podem ser

nocivos para a saúde humana.

Padrões de consumo e de ambiente

“Os padrões de consumo actuais não são

apenas muito desiguais (entre as diversas regiões do

mundo), mas também têm um impacto severo no

ambiente. Por exemplo, o consumo de água potável

duplicou desde 1960, o consumo de combustíveis

fósseis quase quintuplicou nos últimos 50 aos e o

consumo de madeira aumentou 40 por centro nos

últimos 25 anos. As reservas de peixe estão a diminuir

(PNUD, 1998). Os padrões de consumo não estão

apenas a esgotar os elementos naturais, estão também

a contribuir para a sua degradação através de resíduos

nocivos e de emissões prejudiciais.” Anthony Giddens, “Sociologia”, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004

1. Identifique alguns dos recursos naturais que estão em risco de esgotamento devido

ao seu consumo excessivo.

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2. Explique as consequências ambientais que podem decorrer do consumo excessivo

ou da destruição deste tipo de recursos.

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Page 67: Comunicação

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67

A água, um bem escasso

“A ideia de água como

recurso infinito perdeu-se,

definitivamente, nos últimos

anos. Embora se estime que a

água do planeta atinja os 1, 386

mil milhões de quilómetros

quadrados – o que daria para

encher uma piscina com a área de

Portugal e com uma

profundidade de cerca de 16 mil

quilómetros - , apenas 2,5 por

cento é água doce e, desta

pequena parte, só cerca de um

terço está potencialmente

disponível para utilização

humana.

Com a triplicação da

população mundial nos últimos 70 anos, o consumo de água sextuplicou. Apesar de os

consumos “per capita” estarem agora estabilizados, certo é que, a este ritmo de

crescimento populacional, a água será um dos principais factores limitativos do

desenvolvimento. Estima-se que actualmente se esteja a utilizar 54 por cento da água

doce disponível. Caso o consumo por habitante se mantenha constante, em 2025 a

população humana estará a usar 70 por cento dos recursos hídricos apenas devido ao

crescimento populacional. E se os consumos em todo o mundo fossem idêntico àqueles

que se registam nos países desenvolvidos, então consumir-se-ia 90 por cento da água

disponível.

No ano 2000, segundo as Nações Unidas, 31 países onde viviam 510 milhões de

pessoas eram afectados por intenso stress hídrico ou grave escassez de água. E em 2025

esse número elevar-se-á para três mil milhões.” Fórum Ambiente, nº85, Edição Especial – Cimeira da Terra, 2002

1. Comente as seguintes afirmações retiradas dos textos: “a água será (no futuro) um

dos principais factores do desenvolvimento”.

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2. Descreva as alternativas que conhece ao actual padrão de consumo dos recursos

naturais.

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Telemóveis seguros?

“Os países devem resguardar os filhos dos telemóveis e os

adultos devem limitar ao máximo a duração das suas chamadas. O

aviso foi feito pelo presidente da Agência Europeia contra a s

Radiações, Wolfram Koening. Apesar de reconhecer a ausência de

“provas científicas de que o telemóvel apresente perigos para a

saúde”, Koening fez referência

a alguns fenómenos biológicos

que podem ser perigosos,

como as modificações nos

fluxos cerebrais. Avisou ainda as

autoridades que devem tomar

medidas para diminuir as radiações nos

cidadãos: “É preciso evitar colocar antenas nas

proximidades de jardins infantis, escolas e hospitais”,

recomendou.” Público, 01-08-2001

Os riscos da Internet e dos videojogos

“O Reino Unido vai arrancar com um

programa alargado para proteger as crianças e os

jovens dos riscos da navegação na Internet e da

violência nos videojogos. (…)

Entre outros objectivos, o Governo quer que

os motores de busca, como o Google, coloquem

logo na primeira página informação sobre como

pesquisar da forma mais segura e quer pressionar

sites que exibem material enviado

pelos utilizadores, como é o caso

do YouTube, a filtrarem melhor

os conteúdos.

Ao abrigo do novo plano,

o executivo britânico, pretende

ainda que as redes sociais online

adoptem voluntariamente um

código de conduta, que regule a

forma como as informações

pessoais introduzidas pelos

utilizadores são mostradas

publicamente.

O MySpace e o FaceBook, por exemplo, são sites que atraíram nos últimos anos

milhões de jovens utilizadores fiéis – mas têm sido motivo de preocupação por

permitirem que qualquer pessoa crie uma página pessoal, onde pode incluir fotografias e

dados como o nome, idade ou morada. Para além de poder ser usada para estabelecer

contacto presencial, esta informação é frequentemente analisada par que os sites exibam

publicidade direccionada.

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69

Outra das questões que o Governo quer resolver é o vazio legal em torno dos

chamados “sites de suicídios”, que incentivam e oferecem instruções para qualquer

pessoa que deseje suicidar-se. (…)

O relatório recomenda ainda que, para contornar a dificuldade dos pais em

limitar aquilo a que jovens e crianças têm acesso, todos os computadores vendidos

tenham programas de protecção de menores pré-instalados.”

Público, 28-03-2008

1. Refira aos perigos que podem decorrer da utilização frequente dos telemóveis e

algumas formas de diminuir esses perigos.

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2. Diga em que medida a internet e os videojogos contêm riscos, designadamente para

as crianças.

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3. Além dos telemóveis e dos videojogos, que outras factores de risco potencial para a

saúde humana conhece? Justifique a sua resposta.

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O orçamento familiar: consumismo e poupança

Com a facilidade de acesso ao crédito,

estimulado pela banca e por outras instituições,

muitas famílias deixaram de fazer aquilo que

no passado era comum: um orçamento mensal

que ajustasse as despesas obrigatórias (com a

casa, a alimentação, o carro, etc.) às receitas do

agregado familiar (isto é, aos salários.

Nos nossos dias, vulgarizou-se a

concessão de empréstimos bancários às

famílias para todo o tipo de aquisições - casa,

automóveis, férias, etc. -, de tal forma que o

seu nível de endividamento tem atingido uma

dimensão preocupante.

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70

Porém, a crise económica, o aumento do desemprego, a estagnação dos salários e

a subida dos preços, entre outros factores, têm levado a que muitas famílias sintam

grandes dificuldades em assegurar os seus compromissos financeiros, caindo em

situações de incumprimento.

O crédito ao consumo

“Devemos ter em conta que o consumismo não pode ser

perspectivado apenas a nível individual; ele processa-se como

fenómeno social, ou seja, resulta de factores inerentes à própria

vida social. A lógica na qual assenta só faz sentido em termos

sociais, uma vez que são estilos de vida, estatutos e

reconhecimento social que estão em causa.

O endividamento é resultante, em grande parte, quer da

pretensão de se obter um determinado estatuto social (que passa

pela adopção de um estilo de vida, que se traduz na aquisição de

bens materiais e acesso a determinados serviços), quer dos

estímulos por parte do mercado, aos quais estamos sujeitos

enquanto potenciais consumidores.

O endividamento – à banca, a empresas de crédito, aos

retalhistas do comércio, etc. - não deixa de ser consequência de um mecanismo, que se

traduz na possibilidade de recurso a crédito para o pagamento da aquisição de um

determinado bem ou serviço. A generalização desta prática, em todos os sectores, e

sobretudo entre os consumidores, acarreta um aumento substancial da despesa dos

agregados familiares, que, induzidos pela ilusória facilitação associada ao crédito,

contraem, simultaneamente, várias dívidas, cujo pagamento se torna crescentemente

mais difícil de cumprir.” Jorge Reis e Outros, “Formação Cívica”, Porto Editora

O endividamento familiar

“Em Portugal, há cerca de 100 mil famílias em

situações de grande dificuldade financeira, ou seja,

pessoas que enfrentam sérios problemas para pagar a

prestação da bancária relativa à compra da casa ou por

motivos de consumo.

A estimativa está nas conclusões de um estudo

conjunto do Gabinete de Orientação ao

Endividamento dos Consumidores (ISEG) e da

Direcção-Geral do Consumidor (Ministério da

Economia) e mostra uma realidade que os dados

oficiais (do Banco de Portugal) relativos ao crédito

malparado continuam sem evidenciar: que o

incumprimento bancário está a acelerar e afecta já

muita gente. Aquele número representará quase 3%

do total de famílias em Portugal, segundo os últimos

inquéritos do INE. Por seu turno, a Associação

portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO)

revela que recebeu quase dois mil pedidos de apoio

por causa do sobre-endividamento, o dobro do

registado em 2006 (…).

Page 71: Comunicação

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71

Segundo João Paulo Calado, coordenador do Gabinete de Orientação e

Endividamento dos Consumidores (GOEC), “as pessoas não aceitam ficar mais pobres

por causa da prestação da casa, que continua a subir. Há cada vez mais famílias que

parecem não querer abdicar dos seus padrões de consumo e isso é muito perigoso, uma

loucura mesmo”, alerta o economista do ISEG. O GOEC recebeu “mais de mil pedidos

de apoio diferentes durante o último ano e, de acordo com cálculos que fizemos em

conjunto com a Direcção-Geral do Consumidor, podemos estar a falar de um universo

com mais de 100 mil famílias que hoje passam por grandes dificuldades financeiras”,

acrescenta João Calado. Mas, apesar da crise puxar pelas taxas de juro e encarecer o

preço dos empréstimos, os portugueses continuam a ir ao banco e em força. Segundo o

Banco de Portugal, as famílias deviam em Janeiro de 2008 um total de mais de 128 mil

milhões de euros aos bancos (80% do PIB). Destes, quase 11% era para o consumo, o

valor mais elevado dos últimos quatro anos, com um ritmo de expansão próximo de

12%. Os especialistas acreditam que o aumento forte e persistente do crédito ao

consumo nos últimos anos esconde a pressão cada vez maior que existe sobre os

orçamentos familiares.”

Diário Económico, 25-03-2008

1. Em grupo, elabore um orçamento de uma família de quatro pessoas para um mês,

partindo do princípio de que dispõe de 1500 Euros para todos as despesas, incluindo

a alimentação, a roupa, a renda ou o empréstimo da casa, a saúde e outras. Depois,

compare e discuta os orçamentos preparados pelos vários grupos da turma. Registe

algumas conclusões.

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2. Explique as razões que levam cada vez mais pessoas a contrair empréstimos.

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3. Descreva os riscos que o crescente endividamento representa para as famílias

portuguesas.

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4. Pesquise na Internet e recolha informação sobre as consequências da crise financeira

dos EUA para o resto do mundo.

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As novas formas e tipos de consumo

Após o advento da Internet, deixou de ser

obrigatória a deslocação física dos consumidores aos

locais tradicionais: lojas, armazéns, supermercados,

centros comerciais, etc. Com efeito, novas formas de

consumo desenvolveram-se nos últimos anos,

nomeadamente o comércio electrónico, que permitiu a

qualquer utilizador da

internet o acesso rápido,

fácil e à distância a uma

imensidão de bens e serviços.

Além deste aspecto, novos tipos de consumo têm

também emergido, principalmente nos domínios do bem-

estar, da saúde e do lazer, entre outros. Em regra, estes tipos

de consumo estão associados a determinados estilos de vida

que não dispensam uma alimentação específica, uma roupa

específica, um desporto específico, etc.

O comércio electrónico

“Os resultados do Barómetro

Trimestral do Comércio Electrónico,

referentes ao último trimestre do ano

passado, mostram que 88 por cento dos

membros da ACEP (Associação do

Comércio Electrónico em Portugal)

inquiridos notaram um aumento nas

vendas registadas através dos seus sites.

Quando questionados acerca do aumento

do volume de negócios, 71,5 por cento

afirmaram ter registado um crescimento

de vendas igual ou superior a 50 por

cento, face ao ano anterior. Por outro

lado, 18,5 por cento dos inquiridos no estudo efectuado em parceria com a Netsonda

registaram aumentos superiores a 50 por cento. No mesmo contexto, comparativamente

a 2006, os dados do ano passado indicam também que 74,3 por cento dos inquiridos

viram o número de clientes aumentar entre 1 e 50 por cento ao longo dos últimos três

meses. (…) Quanto aos produtos mais vendidos, os inquiridos referiram que as

categorias que registaram maior procura ao longo do último trimestre foram produtos de

electrónica (incluindo telemóveis), produtos de informática, jogos e consolas, DVDs,

vídeos, Cds e artigos para a casa e decoração. No que se refere ao investimento das

empresas nos sites, 48,6 por cento assumiu ter aumentado o volume da aposta na sua

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plataforma online, enquanto 42,9 por cento manteve o nível de investimento e 3 por

cento diminuíram.” Jornal da Madeira, 10-03-2008

1. Indique os produtos que registaram maior aumento de vendas no comércio

electrónico.

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2. Refira as vantagens e as desvantagens do comércio electrónico, segundo a sua

opinião.

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3. Diga se já comprou algum produto ou serviço através da Internet. Redija Um texto

sobre a forma como fez essa aquisição.

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O consumo do “bem-estar”

“Sentir-se bem na sua pele” é uma das

mensagens mais exploradas pela publicidade

nos últimos anos. Esta expressão traduz bem a

importância do prazer e do bem-estar

individual na nossa sociedade. Não basta já a

condição física “boa”, é preciso também que

seja “bela”.

Por isso, os antigos ginásios de

educação física passaram à história. Deram

lugar aos modernos clubes de manutenção

física (Health clubs), inspirados na fórmula

“look good, feel good” (pareça bem, sinta-se

bem). Nos Healyn Clubs associa-se saúde

com beleza. ”Trabalha-se” o corpo mas

também a mente. Através das ciências

ancestrais como o yoga e o tai chi chuan - que

rapidamente conquistaram numerosos adeptos -, celebra-se o bem-estar físico mas

também psíquico.

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74

Os health clubs constituem autênticos locais de culto da forma física. Dão

particular atenção à arquitectura e ao design e investem na criação de atmosferas e

ambientes confortáveis, funcionais e descontraídos. Para captar diferentes universos, a

sua oferta caracteriza-se pela multifuncionalidade: além de exercício físico, geralmente

disponibilizam tratamentos estéticos e fisioterapêuticos e outras valências que lhes

permite irem ao encontro de diversos públicos alvo.

Trata-se de empresas que recorrem às mais sofisticadas técnicas de marketing e

publicidade para captarem e fidelizarem os clientes. Na Internet, por exemplo,

proliferam os sites que divulgam informações sobre os locais e as modalidades de

serviços disponíveis. A comunicação, o atendimento e a prestação de serviços aos

clientes são efectuados de forma personalizada, oferecendo-se mesmo a possibilidade de

“requisitar” monitores privativos para aulas e tratamentos particulares (personal

training). J. M. Marques Apolinário, “Modas e modos de vida: um olhar sobre o comércio”, 2005

Os produtos light e bio

“Devido, em larga medida, às campanhas

mediáticas promovidas por especialistas em

nutrição e ao marketing de algumas empresas do

sector, é cada vez maior a associação por parte dos

consumidores entre a alimentação, a saúde e o

bem-estar. Cada vez mais os consumidores estão

sensibilizados para a importância de uma

alimentação equilibrada.

Em relação directa com essa

sensibilização, a alimentação nutricional e

dietética atrai cada vez mais adeptos. Os produtos

low, light e soft, sejam eles cereais de pequeno-

almoço, sumos, fruta, lacticínios ou chocolates,

vêem a crescida a sua procura no mercado e

nalguns casos (cereais, por exemplo) tornaram-se

“produto de moda”. (…)

A par disto, as lojas e restaurantes macrobióticos e vegetarianos vão ganhando

uma maior expressão.

Por outro lado, em especial na grande distribuição, assiste-se à vulgarização dos

produtos bio, fenómeno igualmente sintomático das novas preocupações culturais em

torno da preservação ambiental.” J. M. Marques Apolinário, “Modas e modos de vida: um olhar sobre o comércio”, 2005

1. Explique o papel do marketing na promoção de novos tipos de consumo (alimentar,

de vestuário, de lazer, etc.).

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2. Redija um texto crítico sobre a importância dos health clubs.

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3. Justifique a importância dos health clubs.

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4. Explique as razões do crescimento do consumo de produtos bio e light.

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A cultura começou a ser divulgada pelos mass meda, destinada às massas e já não

apenas a uma elite - iniciou-se então a cultura de massas. As actividades e produções e

produções culturais eram compreendidas e acessíveis a um número cada vez maior de

pessoas, proporcionando-lhes divertimento e prazer.

Livros, jornais, revistas ilustradas e de banda desenhada

juntam-se ao êxito da rádio e do cinema. Os filmes americanos

mostravam às pessoas como deveria gozar-se a vida moderna e

divulgavam o seu “american way of live”. A divulgação dos discos e do

gramofone trouxe a música para fora das salas de espectáculo e tornou-a

mais acessível ao público em geral.

A rádio, os filmes e as revistas ajudavam a difundir informações,

notícias, tendências e modas um pouco por todo o Mundo. As ideias

chegavam de Nova Iorque e as modas de Paris. Tudo se tornara mais

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rápido graças ao desenvolvimento dos transportes e dos meios de comunicação.

Na década de 1920, a rádio tornou-se o meio de difusão mais poderoso pois

era acessível a muita gente, mas foi o cinema que, sobretudo depois de aliar o som à

imagem, alcançou maior sucesso.

As pessoas estavam decididas a gozar as suas liberdades, a frequentar as salas de

espectáculo e a aplaudir os seus heróis de desporto em espectáculos que se tornaram

populares e começaram a mover multidões, como o futebol e o boxe.

O cinema é considerado como uma das grandes invenções do século XX.

Apelidado de “Sétima arte”, o cinema começou por apresentar documentários, só depois

se tendo tornado um meio de evasão da realidade. Tornou-se uma indústria muito

rentável, mas também uma fábrica de mitos, estrelas e sonhos, que começaram a nascer

em Hollywood.

Nos Estados Unidos, os pioneiros do cinema foram imigrantes judeus pobres e

arrojados, que resolveram produzir filmes para setores pouco instruídos, que pagavam

entradas de 5 centavos de dólar para ver um espetáculo de entretenimento. Nos anos

1920, os Estados Unidos já brilhavam como o centro mundial do cinema

O Consumidor e o Imperativo de Responsabilidade

Com a ascensão do individualismo, no final dos anos 70, o consumidor foi

gradualmente abandonando as suas preocupações com a cidadania. Triunfou a moral do

indivíduo, o consumir mais e mais barato transformou-se numa exigência tirânica,

passámos a consumir em função do nosso eu; as nossas vidas ganharam a dinâmica de

uma sequência de operações mercantis. Deixámos à cidadania as preocupações

sociais e os desincentivos à fragmentação. Oportunistas e pragmáticos, o que queremos

é a satisfação instantânea na compra de bens e serviços. Os novos paradigmas técnicos e

tecnológicos aceleraram os mecanismos da mentalidade individualista, consumo e

cidadão são hoje conceitos extremados. Ser cidadão é observar normas convergentes

para o desenvolvimento, para a liberdade e para a democracia, o cidadão pauta-se pelo

que é objectivo, o que tem a ver com a solidariedade, o respeito pelo outro, o cuidar do

outro. O que predomina no consumo são os direitos subjectivos. É fácil ver, pois, como

o consumo entrou em rota de colisão com a cidadania, o consumo é imediato e a

cidadania é ponderada. Importa saber como ultrapassar uma dicotomia aparentemente

insanável.

As dificuldades em ser bom consumidor e bom cidadão

O consumidor hiperindividualista opera com astúcia, é voraz, quer tudo num instante,

assobia para o ar quando se fala na globalização predatória, destruidora das actividades

económicas locais. O que lhe interessa é a escolha profusa (a hiperescolha) e é por isso

que o mercado responde a esta apoplexia: o delírio das marcas, mais voos, mais

excursões, mais cosméticos, mais alimentos disfarçados de medicamentos, mais tudo.

Na cidadania, caminhamos para o extremismo, como se sabe e vê: gente mais pobre e

gente mais rica, mais excluída e mais incluída, multiequipada ou desprovida de

equipamento. Esta é a sociedade egocêntrica em que nos banhamos e em que

procuramos ser indiferentes à diluição dos valores. Vivemos na provisoriedade e

queremos o consumo extensivo, a qualquer momento: a mesma sociedade que

desprogramou o trabalho vive obrigatoriamente a programar o consumo. O consumidor

é hedonista e imediato, o cidadão é vigilante e mediato. Numa atmosfera de permanente

sedução como aquela em que vivemos, é cada vez mais difícil reflectir o que é melhor

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para a colectividade, para o bem comum e para o desenvolvimento sustentável.

Olhamos à volta e as contradições de um consumo a conflituar com a cidadania são bem

visíveis: a agricultura industrial poluente e predatória em contradição com uma

agricultura prudente e boa para o ambiente e para a saúde; as guerras dos OGM, que

deixaram indiferentes os consumidores que preferem o “bom, bonito e barato”; o

comércio justo que procura reconciliar os consumidores e os interesses legítimos dos

consumidores, isto em paralelo com as lojas dos chineses, o endividamento excessivo,

os 4x4 ou o turismo massificado.

O que é ser consumidor responsável

A que mudanças sociais assistimos? As mudanças em curso pautam-se por uma

revolução demográfica onde o envelhecimento e a versatilidade da estrutura familiar são

dominantes. As fontes de informação mudaram imenso. Quando um consumidor

pretende comprar um carro, pode dar-se o caso de encontrar padrões mais rigorosos do

lado das seguradoras que das associações de consumidores e automobilistas. Esta

informação tem a ver igualmente com os melhores níveis de educação e com o desejo

de saber mais sobre a nossa saúde e a nossa segurança. Mudou o trabalho, a sociedade é

fundamentalmente terciarizada, somos glocais, cépticos quanto ao funcionamento das

instituições, paradoxais e incautos quando falamos do progresso. É nesta teia de dilemas

e tendências que se perfilam a responsabilidade social, o consumo responsável e o

combate às piores agressividades do mercado. O que se pretende dizer? A

responsabilidade social irá facilitar a reconciliação entre o consumidor e o cidadão. A

despeito de inúmeras vantagens que a globalização trouxe, ninguém ignora as

desigualdades e perigos crescentes que se nos deparam no trabalho ou no género, os

direitos sociais e humanos e o funcionamento das empresas estão sob a mira da opinião

pública. Ainda é cedo para apurar se esta responsabilidade do consumidor é uma moda

uma vaga de fundo. Seja como for, sentimos que os direitos e as responsabilidades dos

consumidores se a articulam progressivamente com o desenvolvimento social e a

qualidade ambiental é patente à aspiração de que os consumidores pretendem que as

suas escolhas se processem num contexto de justiça social e económica, à escala

mundial. Esta responsabilidade social, por ora uma atitude voluntária, irá tecer um

espaço comum de preocupação com a preservação ambiental, os direitos sociais dos

trabalhadores, a saúde e a segurança no trabalho, as escolhas tecnológicas que permitam

economizar matérias primas e energia e fazer melhor com menos. Dito de outro modo, o

consumo responsável tem a ver com o biológico, a conservação da energia, a ética e a

sustentabilidade. Daí a vigilância cada vez mais severa que se prevê com as piores

agressividades do mercado, travando a mentira, o abuso sobre a vulnerabilidade dos

consumidores.

Uma responsabilidade que reconcilie o consumidor com o cidadão

Cresce a preocupação para que o indivíduo ou agente no mercado assuma as suas

responsabilidades com os valores da cidadania. Esta responsabilidade chama-se

educação, chamamento à participação, mobilização para as inclusões, aprendizagem da

ética associada ao funcionamento do mercado, o mesmo é dizer que as relações entre

produtores prestadores de serviços, Estado, empresas e consumidores pressupõem uma

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nova atitude. Até agora a defesa do consumidor propunha que a oferta vigia-se tudo de

fora, criticando sem questionar os fundamentos da produção e até da proveniência dos

produtos. O que acontece é que as desigualdades socioeconómicas, o endividamento

excessivo, o agravamento do preços dos combustíveis, a aproximação entre o consumo

e o desenvolvimento sustentável, trouxeram um novo desígnio para a responsabilização.

O consumidor pode ainda não aceitar mas ganhou consciência de que a evidência

ambiental, o altruísmo, a responsabilidade social são as formulações do futuro que irão

reconciliar os valores da cidadania com os novos cuidados e um consumo ao serviço do

bem comum. Dentro em breve, saberemos se esta responsabilização foi mais uma moda

ou se integrou numa vaga de fundo. O que sabemos por ora é que não há alternativa à

responsabilidade nos nossos actos de consumo.

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Tendo em conta o que se falou/discutiu neste Módulo, comente as imagens que se

seguem. Intitule-as:

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Actividade em Grupo: CONSUMISMO

MATERIAL: revista, tesoura, cola, cartolinas…

PROCEDIMENTO: Formem grupos de duas ou três pessoas. Procurem em revistas

imagens de produtos que considerem essenciais e supérfluos (desnecessários). Os

produtos devem ser divididos por cada cartolina consoante o esquemaque a seguir

fornecemos. Ex.: Devem colocar na cartolina de um lado os bens necessários e do outro

os desnecessérios. De seguida reflita sobre o porquê dessas escolhas. Utilize esta folha

como esquema para o trabalho.

Alimentação Roupas

Saúde Outros objectos

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Actividade prática em Grupo: ANÚNCIO PUBLICITÁRIO

MATERIAL: caneta, Internet, computador…

PROCEDIMENTO: Elabore um anúncio publicitário (documento em power

point). Para isso escolha um produto, marca, imagem, slogan, características,

meio de publicidade (TV, rádio, revista…) preço, etc. Utilize esta folha como esquela.

Slogan

Imagem do produto

Marca

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Guia de trabalho Cultura

Tipo I – Identificar os principais factores que influenciam a mudança social ao longo da

história.

Tipo II – Compreender de que modo os indivíduos e os factores culturais influenciam a

mudança social.

Tipo III – Produzir um texto expositivo-argumentativo (150-300 palavras) sobre as

mudanças que implementaria na sociedade actual se desempenhasse um cargo

político, como por exemplo o de primeiro-ministro.

Língua

Tipo I – Identificar, a partir da leitura do poema de Camões “Mudam-se os tempos,

mudam-se as vontades”, o conceito de mudança no homem, no mundo e no Universo.

Tipo II – Compreender a importância do texto poético e da música, enquanto

elementos activos nos processos de mudança.

Tipo III – Resolver um questionário interpretativo do poema supracitado, debatendo as

questões apresentadas.

Comunicação

Tipo I – Identificar em textos escritos e imagéticos o conceito de mudança.

Tipo II – Compreender a importância da associação entre a imagem e a palavra como

veículos essenciais de comunicação dos media.

Tipo III – Produzir um cartaz em que associe a palavra à imagem subordinado ao tema

da Mudança (da Sociedade ao Universo)

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Visionamento do fileme: “Louca por compras”

Depois de visionar o filme em cartaz, responde às seguintes questões:

1. Quais são os comportamentos típicos de Rebecca:

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2. Considera a Rebecca uma shopaholic (viciada em

compras). Porquê.

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3. Já alguma vez teve comportamentos como os da

Rebecca? Se sim quando.

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4. Indique o momento que mais o surpreendeu no filme.

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5. Como justifica a obsessão da Rebecca por compras?

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Ficha de auto-avaliação: 1. Como foi o meu desempenho nas sessões?

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2. Como foi o meu comportamento?

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3. Como foi o meu relacionamento com os meus colegas?

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4. Como foi a minha participação nas aulas?

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5. Como foi o meu desempenho nos testes?

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6. Como está o meu caderno diário?

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7. O que posso e pretendo fazer para melhorar o meu comportamento e atitudes nas sessões no

próximo Módulo?

___________________________________________________________

8. O que penso da minha turma e como me sinto em relação aos meus colegas?

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9. Que nota mereço ter no final deste Módulo? _____________

10. Sugestões para a professora.

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