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Comunicaçãoe, consumismo
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SandraS. Rodrigues
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A evolução da Comunicação;
a sociedade de consumo
SandraS. Rodrigues
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Ficha de Trabalho de: _________________________ Formadora: Sandra Rodrigues
Curso: ____________________ Data: __________ Classificação: _______________
Nome: _______________________________________________________ Nº: _____
O que é a comunicação?
É uma carta, um texto, um grito, um aceno de mão ou de cabeça. Não esquecer a
televisão, a rádio, os livros, os jornais. A lista é longa: muito maior do que aquilo que se
possa imaginar, porque as pessoas não são os únicos seres que comunicam. Os animais
resolveram o problema da comunicação muito antes dos homens. Usam os sons, as
cores, o paladar, o olfacto e o movimento para enviarem
mensagens uns aos outros.
Pode pensar-se na fala como a nossa capacidade de
comunicação mais fácil, mas os primeiros seres humanos não
falavam; gesticulavam e emitiam sons. Aliás, nunca perderam
estas capacidades básicas de comunicar sem palavras. Quando
estiver a conversar com alguém, experimente expressões
faciais e gestos que reforcem o que está a dizer; verá como as
suas palavras terão mais força.
Tal como a fala começou com ruídos, os desenhos marcaram o início da
comunicação escrita. Pintados nas paredes das cavernas ou gravados em barro,
deixaram um registo duradouro de mensagens. A escrita pictórica ainda é usada para
quebrar barreiras linguísticas: numa cidade estrangeira, se na porta da casa de banho
houver um boneco, não há margem para erro.
A comunicação animal
Ladrar, zumbir, chilrear e abanar a cauda – os animais estão longe de ser mudos.
Podem não ser capazes de usar palavras e frases, mas nunca param de tagarelar.
Servem-se do olfacto, da voz, da luz, das cores e dos movimentos para comunicarem.
Usam mensagens para avisarem da existência de perigo, para conduzirem os seus
companheiros até à comida, para acasalarem e para muito mais. De facto, a
comunicação no mundo animal é tão rica e variada que, comparativamente, os seres
humanos parecem silenciosos. Dependemos sobretudo da audição e da visão para
comunicar uns com os outros, porém, os animais, apesar de teremos sentidos da audição
e da visão muito apurados, podem usar o olfacto e o tacto para receberem mensagens.
Sem palavras
Os seres humanos, muito antes de usarem as palavras, usavam as mãos e os
rostos para se exprimirem. Actualmente, ainda usamos expressões e gestos para
comunicar as nossas ideias aos outros. Quando estamos a falar, sorrimos e franzimos a
testa, levantamos as sobrancelhas e gesticulamos para sublinhar o que queremos dizer.
Até a forma como nos sentamos pode revelar se o que estamos a dizer é verdade ou é
mentira.
1. Elabore um trabalho de pesquisa, para se apresentado em sala de aula, sobre os
seguintes temas:
Antes da fala;
Expressões faciais;
Linguagem corporal;
Sinais com as mãos.
SandraS. Rodrigues
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A fala
A fala é um instrumento poderoso na comunicação. Podemos gritar um aviso
sem hesitar um segundo. No entanto, com reflexão, preparação e cuidado, podemos usar
a fala para explicar ideias difíceis e complexas, ou para convencer alguém a aceitar o
nosso ponto de vista. Porém, começar a falar não é fácil, e a maior parte de nós celebra
o primeiro aniversário antes de proferir a primeira palavra.
Quando começam os seres humanos a falar:
Se os fósseis conservassem
as primeiras palavras tão bem como
preservam os ossos dos povos
antigos, saberíamos com exactidão
quando começaram os seres
humanos a falar. Infelizmente, isso
não acontece, e os cientistas e os
arqueólogos que desenterram
esqueletos antigos encontram
poucas pistas sobre a comunicação
dos primeiros seres humanos.
Não é de surpreender que os
cientistas não saibam quando
começaram os seres humanos a
falar. Apesar de alguns pensarem que a capacidade da fala tem cerca de oitocentos mil
anos, há outros que acreditam que a espécie humana era muda até há cerca de trezentos
mil anos.
Os cientistas que optaram pela data mais recentes das que acabamos de referir,
usam os pequenos crânios de povos antigos como prova. Argumentam que os cérebros
dos nossos antepassados mais distantes eram muito pequenos e que simplesmente não
tinham “poder cerebral” para falar. A forma do crânio também revela a posição da
laringe (onde se encontram as cordas vocais, que nos permitem formar as palavras). Se
estiver muito em cima na garganta, é impossível falar. Contudo, o que estes povos
fizeram conta-nos uma história bem diferentes. Há cerca de oitocentos mil anos, alguns
atravessaram grandes oceanos – como conseguiam construir e dirigir à vela sem falarem
uns com os outros?
A capacidade de fala desenvolve-se ouvindo falar quem nos rodeia. Apesar de a
maior parte dos bebés compreenderam algumas palavras quando atingem um ano de
idade, só começam a falar alguns meses mais tarde. Isto porque precisam de aprender a
controlar alguns órgãos do aparelho fonador, como a língua. A maior parte dos bebés
dizem as primeiras palavras entre os doze e os dezoito meses, e conseguem construir
frases simples, de três ou mais palavras, quando chegam aos dois anos.
O surpreendente é termos uma única hipótese de aprender a falar. Os cientistas
acreditam que se não tivermos adquirido a linguagem até à adolescência, nunca mais o
conseguiremos. Educar uma criança em silêncio para provar esta teoria seria uma
experiência cruel. No entanto, existe crianças que crescem com animais e que nunca
ouviram falar quando eram pequenas. Essas crianças, que entraram em contacto com os
seres humanos após os seus doze anos, raramente conseguem dizer mais do que
algumas palavras.
SandraS. Rodrigues
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Poucas pessoas tiveram de passar por esta experiência. No entanto, uma
em cada dez tem dificuldade em comunicar através da fala. A maior parte destas
pessoas perdeu a capacidade de falar devido a acidente ou doença. Felizmente, os
terapeutas da fala conseguem com frequência ajudar a melhorar ou até a restabelecer
este objectivo, os doentes são equipados com sintetizadores da fala e outros meios
auxiliares, que lhe devolvem as vozes perdidas.
1. Defina:
Antropólogo:__________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________
Arqueólogo: __________________________________________________ _____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________
Terapeuta da fala:_______________________________________________ _____________________________________________________________________________________
_______________________________________________________
2. Investigue e apresente à turma, línguas usadas no passado, incluindo a compreensão
e a tradução de sistemas de escrita não alfabéticos. _____________________________________________________________________________________
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3. Misture a sua própria música usando sons de animais
(www.nhm.ac.uk/interactive/sounds)
A escrita (exercícios):
1. Escreva o seu nome em hieróglifos (www.upennmuseum.com/hieroglyphsreal.org)
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2. Investigue e descubra como apareceu a escrita (www.revista-
temas.com/contacto/New Files/contacto8.html)
3. Aprenda mais sobre a escrita hieróglifa (www.antigoegipto.com.sapo.pt)
4. Se quiser ver de perto a Pedra Roseta, a chave da descodificação dos hieróglifos,
visite o Museu Britânico, em Londres, ou o site: www.thebritishmuseum.ac.uk
5. Observe no Jardim Zoológico mais próximo, os golfinhos a comunicarem entre si.
6. Visite uma gruta em França com algumas das pinturas rupestres mais famosas –
Lascaux; Montiganc (www.culture.gouv.fr/culture/arcnt/lascaux/fr.
Resumindo…
Durante muito tempo, as comunicações faziam-se estritamente de pessoa para
pessoa. Se se quisesse enviar uma carta, era preciso um mensageiro que a levasse. Os
serviços postais simplificaram as coisas, mas não as tornaram muito rápidas, porque a
carta continuava a ter de viajar por carruagem puxada por cavalos até ao seu
destinatário.
Os sinais de luzes ou de bandeiras eram mais rápidos do que os cavalos, mas
sinais luminosos no cimo das colinas podem dizer pouco mais do que “sim” ou “não”, e
até os melhores sinais visuais só chegam até onde a vista
consegue alcançar.
A descoberta da electricidade veio alterar isto. Os
fios do telégrafo zumbiam, não com palavras, mas com
impulsos de electricidade. Pouco tempo depois, as
chamadas telefónicas substituíram este código de “pontos e
traços”. Pelo menos de certo modo, estas chamadas são
como as mensagens escritas do passado: continuam a ser
“de mim para ti”.
E nada aproxima mais os povos do que uma
mensagem pessoal.
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A invenção do alfabeto foi um avanço na comunicação. Os alfabetos têm um
símbolo para cada som da fala. Deste modo, escrever significa dominar menos de trinta
letras. Os fenícios foram os primeiros a usar um alfabeto, no século XI a. C. A ideia foi
copiada pelos gregos e, mais tarde, pelos romanos, que criaram o alfabeto que
utilizamos presentemente.
Os alfabetos pouco fizeram para acelerar as comunicações à distância: os
mensageiros transportavam mensagens e cartas a pé ou a cavalo. As grandes
civilizações do Egipto, Roma e China tinham serviços de mensageiros para entregar
mensagens dos governantes. Os serviços privados só começaram a prosperar com o
crescimento de negócios na Europa do século XIII, e os públicos surgiram dois séculos
mais tarde, em França e em Inglaterra. No início, apenas os ricos podiam pagá-los, mas
posteriormente tornaram-se populares, com a criação da taxa única para o envio de
cartas, independentemente do local de destino.
Para mensagens simples existiam alternativas rápidas. Os sinais de fumo ou de
fogo ajudaram as pessoas a comunicarem quase instantaneamente entre distâncias
curtas. Ao usarem o reflexo da luz do Sol em espelhos, ou agitando bandeiras, foi
possível enviar mensagens mais longas. Um inventor francês criou uma cadeia de torres
telegráficas com braços oscilantes, mantendo assim o país inteiro em contacto.
O telégrafo de maior sucesso, de meados do século XIX, foi baptizado com o
nome do pintor e inventor norte-americano Samuel Morse, o pioneiro da rede de fios e
dos impulsos eléctricos ponto-traços que circulavam através dela.
A voz começou a viajar nos fios com a invenção do telefone, por volta de 1870.
As chamadas passavam por telefonistas até se ter inventado uma central telefónica
automática. Este sistema foi usado durante setenta anos.
À medida que se tornava obsoleto, na década de 1970
estava a ser desenvolvido um novo telefone, que utilizava
ondas de rádio; tratava-se do telemóvel, cuja rivalidade
com o telefon não cessa de aumentar…
1. Pesquise e defina:
Estafeta: ______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Engenheiro de telecomunicações: __________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Técnico de distribuição postal: ____________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2. Consulte a história dos alfabetos
(http://www.imultimedia.pt/museuvirtualpress/port/alfa.html
3. Consulte (para saber mais sobre a história do correio britânico):
www.bathpostalmuseum.org
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4. Visite/ pesquise o museu das telecomunicações (www.fpc.pt/FPCWeb/museum).
A difusão da palavra:
Folhas de papel branco, letras de metal pequenas
e tinta não pareciam materiais que pudessem mudar o
mundo. No entanto, quando Johannes Gutenberg (1400-
1468) as juntou, foi precisamente o que aconteceu. A
comunicação deixou de ser pessoal e as ideias e o
conhecimento rapidamente se difundiram. Apesar de a
imprensa se ter mantido o meio de comunicação mais
poderoso durante cerca de quatrocentos anos, nos séculos
XIX e XX surgiu a concorrência. A fotografia fazia cópias da realidade. O filme deu
vida às fotografias. O som começou a ser gravado, e os transmissores de rádio enviavam
palavras e música para o mundo inteiro. A televisão teve um efeito quase tão importante
como a imprensa. Em muitos países, a conhecida “caixa mágica” é a principal fonte de
notícias e de entretenimento.
Copiar à mão um livro inteiro com uma caneta
parece uma tarefa impossível; contudo, outrora, todos os
livros eram feitos da mesma forma. A descoberta da
tipografia, por volta de 1440, colocou os copistas no
desemprego. No tempo que um copista demorava a escrever
um livro caro, um impressor conseguia fazer mil livros
mais baratos. Os novos livros impressos deram
oportunidades às pessoas mais pobres de ter algo para ler e
difundiram ideias novas e radicais que agitaram o mundo da
religião e da ciência.
A palavra impressa
Quando a imprensa começou a funcionar na Alemanha,
só havia uns quatro milhares de livros na Europa. No entanto, a penas meio século
mais tarde, as tipografias tinham produzido mais de nove milhões de exemplares.
No início, eram elas próprias que vendiam os livros, mas à medida que os números e
a procura foram aumentando, surgiu um novo negócio, a indústria editorial. Os
editores organizavam a produção e a venda de livros, jornais e revistas, mas nunca
sujaram os dedos de tinta. As tipografias eram pagas para fazer a impressão e a
encadernação dos livros.
A gravação do som
Os “riffs” de uma guitarra e o som grave do baixo soam hoje nos minúsculos
leitores MP3. Apesar de esta tecnologia digital estar a mudar o modo como
compramos e usamos o som gravado, não eliminou o vinil. Os discos de plástico
pretos e brilhantes que ainda dominam as pistas de dança têm uma surpreendente e
longa história. Surgiram em 1888 e giram quase inalterados desde essa data. A
gravação de som é ainda mais antiga. Começou no laboratório de Thomas Edison
(1847-1931).
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A fotografia
É difícil imaginar um mundo sem fotografia. As revistas seriam desinteressantes
se não as usassem. Para além do entretenimento, a fotografia é utilizada para
comunicar. As máquinas digitais gravam os padrões em chips de silício como os
usados em computadores e na televisão – equipamento vital para a comunicação.
Nos hospitais, os médicos teriam de viver sem radiografias e a tomografia axial
computadorizada (TAC), uma vez que também eles são uma espécie de fotografia.
O cinema
Quando os carros voam ou parece que o herói do filme vai morrer, sabemos que
o que estamos a ver no ecrã do cinema não é real. Mas a magia do cinema é tão forte
que todos sustemos a respiração e nos sentamos à beira das cadeiras, com o coração aos
saltos. Esta capacidade de excitar, surpreender e assustar os espectadores ajudou a
manter as salas de cinema cheias desde que passou o primeiro filme no ecrã, em 1895.
A rádio
Quando pensa na rádio, provavelmente imagina um
aparelho portátil que lhe permite ouvir música em altos
berros na praia. Mas a rádio serve para muito mais do que
nos entreter. Os minúsculos chips de rádio ligam os nossos
telemóveis aos dos nossos amigos, mas fazem muito mais: as
ondas de rádio são usadas para enviar pedidos de socorro de
navios a afundarem-se, para comunicar com a tripulação de
naves espaciais e para navegar em terra, no mar e no ar. Na
verdade, sem a rádio, estaríamos completamente perdidos!
A televisão
Em 1926, num sótão de Londres, um inventor inclina-se sobre
uma confusão de discos de cartão, lentes, motores e um boneco de
ventríloquo. O inventor liga um interruptor. Surge uma luz e, com um
murmúrio, o disco começa a girar. Na sala ao lado, cheia d gente, um
ecrã minúsculo ilumina-se. A imagem é esbatida, indistinta, verde-
brilhante e não tem som. No entanto, para a pequena audiência, esta
imagem tosca é algo novo e muito excitante: a televisão.
O vídeo e o DVD
A televisão tornou-se uma parte tão importante das nossas vidas que os rostos
que aparecem no ecrã são tão familiares como os dos nossos amigos. Melhor ainda, com
um gravador de cassetes de vídeo (VCR) ou leitor de disco versátil digital (DVD)
podemos encontrar-nos com eles sempre que quisermos. No entanto, nem sempre foi
assim: antes do vídeo, as pessoas tinham de se apressar para chegarem a casa a fim de
verem os seus programas favoritos. O vídeo afectou a televisão também de outro modo:
com uma câmara de vídeo, podemos criar os nossos programas de televisão. Com o
vídeo digital podemos usar um computador para os tornar quase tão perfeitos como um
filme de Hollywood.
1. Pesquise mais sobre cada um dos títulos apresentados.
Apresente essa pesquisa à turma.
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Resumindo…
Uma nova forma de pôr as palavras no papel…
Até à invenção da imprensa, a escrita normal era o único meio d copiar e
difundir informação. A imprensa levou a uma explosão de conhecimento e as
tipografias desenvolveram o livro de uma forma que foi útil para toda a gente.
Apesar de os métodos de impressão terem melhorado, os livros praticamente não
sofreram alterações.
No início, as tipografias vendiam os livros
que imprimiam, mas com o tempo as editoras
começaram a organizar a produção do livro.
Pagavam ao autor e à gráfica e a seguir
vendiam os livros às livrarias. As editoras
também publicavam panfletos, jornais e
revistas. Em conjunto, estas comunicações
impressas chegavam a milhões de pessoas.
Só surgiram novos meios de comunicação
no século XIX. A fotografia difundiu imagens
de forma eficaz como a imprensa o fez com as
palavras. Desenvolvida há cerca de cento e
sessenta anos, a fotografia começou por captar apenas objectos imóveis em tons de
cinzento. O instantâneo teve de esperar trinta anos e a fotografia a cores sessenta.
A máquina falante…
A gravação do som foi uma ideia de Thomas Edison, mas o seu gravador de
cilindro, de 1877, era um brinquedo. Os discos, inventados dez anos mais tarde,
tornaram popular a gravação do som – os actuais CDs digitais só os substituíram no
final da década de 1980. Edison foi igualmente o pioneiro das imagens em
movimento com uma máquina que funcionava com moedas. A primeira projecção
de imagens sem som num grande ecrã ocorreu em 1895, e com som, pouco tempo
depois.
A descoberta da rádio deve-se a Guglielmo Marconi. Marconi não conseguiu
que ninguém se interessasse pela telegrafia sem fios no seu país natal, Itália, e foi,
para a Grã-Bretanha, onde continuou as suas experiências, e em 1901 os sianis
atravessaram o Atlântico. Cinco anos de notícias e entretenimento que hoje
conhecemos.
A transmissão de imagens foi um sonho até à década de 1920, quando foi
inventado o televisor. O seu disco rodopiante originava imagens muito pequenas,
mas com o desenvolvimento da televisão electrónica rapidamente foi esquecido.
Com a cor e a gravação de vídeo, a televisão tornou-se a ferramenta de comunicação
mais poderosa.
1. Assista a uma história animada de livros:
www.bbc.co.uk/arts/books/
2. Leia sobre os primeiros dias de imagens em movimento:
www.americanhistory.si.edu/cinema.
3. Descubra a história da telegrafia sem fios em Portugal:
http://telefonia.no.sapo.pt/telegrafic.htm.
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4. Defina:
Editor de livros: ________________________________________________
______________________________________________________________________
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Jornalista: ____________________________________________________
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Assistente de fotografia:____ _____________________________________
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Técnico de som: ________________________________________________
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Curiosidades (para visitar:)
Fazer um programa de rádio: www.sciencemuseum.org.uk
Visita à casa de Thomas Edison: www.tomedison.org.
A Evolução das comunicações
Os povos primitivos, que viviam nas cavernas, desenhavam
ali algumas das suas mensagens, estas são conhecidas por
pinturas rupestres.
Mas os homens sentiram que era
necessário comunicar entre si, mesmo quando
vivam afastados. Assim nasceram os sinais de
fumo e os sonoros.
O tempo foi passando e o homem foi
descobrindo novas formas de ir mais longe. Os pombos foram
treinados para levar mensagens para zonas mais distantes.
O tempo foi passando e o homem foi
descobrindo novas formas de ir mais longe.
Os pombos foram treinados para levar
mensagens para zonas mais distantes.
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Com o surgimento da escrita deu origem ao uso de cartas como meio de
comunicação. Surge assim o correio que era levado por mensageiros a cavalo de cidade
em cidade.
Alguns séculos mais tarde surge a imprensa, que revolucionou toda a
comunicação.
Actualmente as comunicações evoluíram muito. Para trás ficaram os pombos
correio e os mensageiros a cavalo. Para nos
mantermos informados temos a televisão, a
rádio e a imprensa… e quando estamos longe o
telefone faz-nos sentir bem mais perto!
Evolução da escrita
A escrita tem sido determinada por uma tendência evolucionista desde a sua
invenção até aos nossos dias, sendo de ressaltar o facto das escritas tenderem para uma
simplificação e economia. São diversificados os saberes de que dispomos a fim de
realizarmos uma análise de escrita: a ciência histórica, que explica como as várias
escritas existentes nasceram e evoluíram; a fisiologia, que dá conta dos gestos
musculares que preenchem o acto de escrita; a psicologia, que por meio da grafologia
analisa as escritas para identificar traços de personalidade do indivíduo; a ciência penal,
que tem como objectivo avaliar e autenticar as escritas; a simbologia, que tenta decifrar
quais os significados subjacentes aos códigos de escrita, etc.
1.1. Explique o sentido do texto, tendo em atenção a evolução da escrita e as suas
formas de análise.
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Escrita pictográfica e ideográfica
A escrita pictográfica é uma escrita sintética e por imagens, esboços ou
esquemas, cada um dos quais é designado por imagens, esboços ou esquemas, cada um
dos quais é designado por pictograma. É verdadeiramente o primeiro passo importante
fora da escrita embrionária, uma vez que não se restringe unicamente ao registo de
imagens simples desligadas, mas representa estádios sequenciais de ideias de uma
narrativa, mesmo que simples.
Na escrita ideográfica, os ideogramas são sinais ou signos representam não só os
objectos que mostram, mas remetem também para ideias ou conceitos com os quais
esses sinais estão relacionados. Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)
2.1. Distinga, com a ajuda do texto, escrita pictográfica de escrita ideográfica.
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Escrita fonética
Enquanto na escrita ideográfica pura ainda não há qualquer ligação entre o
símbolo representado e o nome falado para ele, isto é o símbolos podem ser lidos com a
mesma facilidade em qualquer linguagem, na escrita fonética, num primeiro tempo tem-
se a contrapartida gráfica da fala. Cada elemento na escrita fonética corresponde a um
som ou sons na linguagem que está a ser representada e o primeiro pode ser explicado
ou “lido”, através do conhecimento do último. As escritas silábicas são baseadas no
facto de que a mais pequena unidade na qual qualquer palavra pode ser falada, ou séries
de sons, podem ser subdividida em sílabas.
Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)
1.1. Caracterize, com base no documento, a escrita fonética.
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1.2. Apresente, à luz do que aprendeu, duas inovações associadas à escrita cuneiforme.
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1.3. Caracterize a escrita hieroglífica, relativamente ao tipo e aos suportes físicos
utilizados.
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O alfabeto
Alfabeto é um conjunto de sinais ou signos chamados “letras” denotando sons
elementares, pela combinação destes em palavras. O estudo sistemático do alfabeto só
pode realizar-se através da escrita. Houve dois tipos de alfabetos: os alfabetos silábicos
ou consonânticos e os alfabetos fonemáticos ou voco-consonânticos.No caso dos
alfabetos silábicos ou consonantais, o valor das vogais é muito reduzido e, numa
sucessão de consoantes, o leitor sabe as vogais que deverão estar na sua vizinhança, pela
estrutura da língua e pelo contexto. Por isso, a consoante pressupõe a vogal. Em línguas
voco-consonânticas, o valor das vogais é tão considerável como o das consoantes.
Aragão, M. J. (2003),”História da Escrita”, Viseu, Palimage (adaptado)
1.1. Distinga, com base no texto, diferentes tipos de alfabeto.
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A descoberta e uso do alfabeto não agradou ao filósofo Sócrates,
pois achava que o uso da escrita tinha o poder de reduzir o esquecimento
nas almas, fazendo-as negligenciar a memória.
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1.2. Dê três exemplos de alfabetos existentes actualmente.
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A vida e a escrita
1.1. Em que tipo de suporte e com que tipo de ferramenta escreveu o homem ao
longo da história.
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1.2. Comente a frase escrita na caixa de texto, à luz do que aprendeu.
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1.3. Diga de que modo o domínio do escrito transformou as nossas relações.
Através do registo escrito o homem distancia-se das suas
experiências particulares, do seu mundo limitado, dos assuntos do dia-a-dia.
Pode conhecer as experiências de outros homens e outras épocas, aceder a
diferentes modos de vida e de pensamento.
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1.4. Defina “caligrafia”.
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A imprensa como meio de multiplicação e difusão do livro: a galáxia de
Gutemberg
1.1. Justifique a necessidade que o Homem sente e sempre sentiu de comunicar.
1.2. Pesquise o significado/evolução histórica da palavra “livro”.
1.3. Pesquise o que era o pergaminho. Qual a sua utilidade.
1.4. Pesquise o que era o papiro. Qual a sua utilidade.
1.5. Indique a importância revolucionária do papiro e do pergaminho.
A comunicação e a linguagem são características fundamentais do humano,
mas o modo de nos expressarmos e os meios usados nem sempre foram os mesmos. A
necessidade de comunicar, o que comunicamos e quando, está dependente das
necessidades com que, em cada época nos confrontamos e no nosso desenvolvimento
cognitivo e psicológico. Nos últimos séculos transformamos o modo de comunicar e
de difundir o conhecimento. A introdução progressiva da escrita nas civilizações
transformou a realidade humana, a memória colectiva que perdurava pela oralidade e
as representações simbólicas passadas de geração em geração. Em apenas três mil
anos, o Homem passou da reprodução manual da escrita para a reprodução mecânica
que nos conduzirá ao presente.
O homem sempre necessitou de transmitir informações. Em Roma, embora os meios
convencionais para a transmissão da informação fossem os mensageiros e pregoeiros, também se
utilizava a afixação de folhas de notícias, em locais públicos.
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1.6. Pesquise quem foi Gutemberg.
1.7. Pesquise como surgiu a Imprensa. A sua evolução histórica.
1.8. Indique a importância do livro e da imprensa na actualidade.
Os suportes físicos da escrita
Antes do fabrico do papel, muitos povos utilizavam formas curiosas, de se
expressarem através da escrita. Na Índia, usavam-se folhas de palmeiras, os esquimós
utilizavam ossos de baleia e dentes de foca, na China os livros eram feitos com conchas
e carapaças de tartaruga e posteriormente em bambu e seda. Entre outros povos era
comum o uso da pedra, do barro e até mesmo da casca de árvores. Os Maias, por
exemplo, guardavam os seus conhecimentos em matemática, astronomia e medicina em
casca de árvores, chamadas “tonalamati”.
A invenção do papel
Em 105 d. C. o Imperador Chinês Chien-Ch´u, irritado por escrever sobre seda e m
bambu, ordena ao seu oficial da Corte T´sai Lun que inventasse um novo material para a
escrita. Este produziu uma substância feita em fibras de casca de amoreira, restos de
roupa e cânhamo, humedecendo e batendo a mistura até formar uma pasta. Usando uma
peneira e secando esta pasta ao sol, a fina camada depositada transformava-se numa
folha de papel. O princípio básico deste processo é o mesmo usado até hoje. Esta
técnica foi mantida em segredo pelos chineses durante quase 600 anos.
Tudo parece indicar que, a partir do ano 751, os árabes, ao expandirem a sua
ocupação para o Oriente, tomaram contacto com a produção deste novo material e
começaram a instalar diversas fábricas de produção de papel. A partir daquele momento
a difusão do conhecimento sobre a produção do papel acompanhou a expansão
muçulmana ao longo da costa Norte de África até à Península Ibérica.
Data de 1094 a primeira fábrica de papel em Xativa, Espanha; a partir daí, na Europa
começa-se a disseminar a arte de produzir papel. Curiosamente, a ideia de fazer papel a
partir de fibras de madeira foi perdida algures neste percurso, pois o algodão e os seus
trapos de linho foram transformados na principal matéria-prima utilizada. Só a partir do
século XIX se começou a utilizar a madeira para fabricar papel.
SandraS. Rodrigues
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“Tenho as mãos tão quente, quentes de amassar o poema”
Eugénio de Andrade
1.1.Explique a importância do papiro como meio físico para fixação das mensagens.
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1.2.Identifique os suportes físicos da escrita referidos no texto.
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1.3.Descreva a origem do papel, com a ajuda dos textos.
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1.4.Justifique a seguinte expressão: Desde o início da escrita, esta esteve associada aos
grupos sociais que detinham o poder.
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A evolução da publicação de livros
Vale a pena repetir alguns dados estatísticos muito conhecidos para lembrar a
escala das mudanças que aconteceram no início das comunicações modernas. Por volta
do ano de 1500 havia impressoras em mais de 250 centros europeus e estas já haviam
produzido cerca de 27 mil edições. Fazendo uma estimativa conservadora de 500
exemplares por edição, haveria então algo em torno de 13 milhões de livros circulação
no ano de 1500 numa Europa de 100 milhões de habitantes (excluindo-se o mundo
ortodoxo, que escrevia em grego ou russo ou eslavo eclesiástico). Já para o período
entre 1500 e 1750, foram publicados na Europa tantos volumes cujos totais os
estudiosos da História do livro não conseguem ou não querem calcular (com base no
índice de produção do século XV o total estaria ao redor de 130 milhões, mas de facto o
índice de produção aumentou dramaticamente).
1.1.Apresente duas consequências da invenção da imprensa.
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Os primeiros livros impressos em Portugal
Em Portugal, a imprensa foi introduzida no tempo do rei D. João II. O primeiro
livro impresso em território nacional foi o “Pentateuco”, impresso em Faro, em
caracteres hebraicos, no ano de 1487. Em 1488 foi impresso em Chaves o
“Sacramental” de Clemente Sánchez de Vercial, considerado o primeiro livro impresso
em língua portuguesa, e em 1489 e na mesma cidade, o “Tratado de Confissom”. A
imprensa estava em Portugal pela periferia. Só na década de noventa do século XV
seriam impressos livros em Lisboa, no Porto e em Braga.
2.1. Explique, com a ajuda do texto, a importância da imprensa para a difusão do livro
impresso.
SandraS. Rodrigues
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2.2. Refira dois factores que tenham permitido a generalização dos hábitos de leitura.
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O livro
O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimentos e expressões
individuais ou colectivas. Mas também é, nos dias de hoje, um produto de consumo, um
bem e, sendo assim, a parte final da sua produção é realizada por meios industriais
(impressão e distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformada
em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os
originais num produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma
editora. Uma terceira fundação associada ao livro é a organização e indexação de
colecções de livros, típica do bibliotecário.
SandraS. Rodrigues
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1.1.Comente o texto, tendo em conta os seguintes aspectos:
Importância do livro;
“Tarefas” associadas aos livros.
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1.2.Exponha duas vantagens associadas ao livro.
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O desenvolvimento dos jornais
Nos séculos XIX e XX, o desenvolvimento da indústria do jornal foi marcada por
duas tendências principais: de um lado, o crescimento e consolidação da circulação
massiva de jornais e, de outro, a crescente internacionalização das actividades de
recolha e distribuição das notícias.
Esta Expansão dos meios de comunicação impressos (jornais) foi resultado da
modernização dos métodos de produção e distribuição da incorporação de inovações
tecnológicas como o uso das máquinas, do desenvolvimento dos meios de transporte e
do aumento do número geral de alfabetizados.
O grande salto na difusão e produção da informação ocorre no século XIX com o
desenvolvimento do telégrafo. O advento deste sistema de comunicação permitiu pela
primeira vez que a informação se dissociasse dos meios de transportes. Até aqui,
estradas, barcos e mensageiros estavam intimamente ligados à palavra escrita.
Ferreira, J. C. F. “Mutações Sociais e novas Tecnologias: o potencial racial da Web (adaptado)
1.1.Exponha, com base no texto, os aspectos que marcaram o desenvolvimento dos
jornais.
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1.2.Refira duas transformações na forma e apresentação dos jornais.
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1.3.Refira duas causas da expansão dos jornais.
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1.4.Proceda à recolha de informação sobre:
Jornais generalistas;
Jornais especializados;
Tipos de revistas publicadas em Portugal (títulos, tiragens, etc.)
Analise os dados recolhidos;
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Debata esses dados e retire conclusões.
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A imprensa
O jornal
Quase nasci deitado num lençol impresso. O meu pai, com lenta obstinação, foi um construtor de jornais (…)
Eu era esgalgado, longilíneo, um coração vulnerável ao sorriso, desmedido, excessivo e gesticulante. Fui assim cunhado; assim fiquei. Assim comecei a redigir notícias.
Um construtor de frases aparentemente imponderáveis, impressas em papéis que vão embrulhar lixo; estafeta de uma corrida que nunca mais finda, porque o jornal é um breviário sem ambiguidades e o leitor essa humanidade que nos pertence durante 24 horas todos os dias.
Fui envelhecendo sem encardir o meu coração de rotina. Não há duas notícias irmãs. E, quando vou ao varejo de novidades, os olhos sensíveis dos meus dedos tentam sempre reproduzir essa emoção inicial.
Baptista-Bastos, “As Palavras dos Outros”, Ed. O Jornal, 1988
1.1. Explique a frase sublinhada no texto: “e o leitor essa humanidade que nos pertence
durante 24 horas todos os dias”.
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1.2. Explique a frase sublinhada no texto: “Fui envelhecendo sem encardir o meu
coração de rotina”
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1.3. Explique a frase sublinhada no texto: “os olhos sensíveis dos meus dedos”.
Não se sabe em que ano nasceu Johannes Gutenberg, mas foi este homem que inventou e pôs em
prática o método de impressão com caracteres móveis e abriu caminho aos livros que todos conhecemos e
os jornais que fazem parte do nosso quotidiano. Os jornais são uma forma fonte de informação valiosa e
variada, proporcionando alguns tempos livres agradáveis.
SandraS. Rodrigues
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1.4. Procure jornais:
Escolha um tema actual.
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Seleccione as notícias mais significativas e interessantes sobre esse tema.
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A Internet
Enquanto folheava o jornal, um anúncio em tons berrantes e chamativos prendeu-lhe a
atenção: “O futuro em sua casa, ligue-se à Internet”.
A Dra. Madalena, como jornalista, já tinha algumas experiencias de Internet.
No dia seguinte, a jornalista telefonou à imprensa do jornal. Passados alguns dias, estava o
acesso à internet instalado no lar. O “futuro” tinha finalmente entrado em casa. A Dra.
Madalena começou por explicar à filha as partes da internet que ela, através da sua experiência
como jornalista, sabia serem verdadeiramente culturais e didácticas. Deste modo, mostrou-lhe
como pesquisar informação ou museus. Ensinou-a ainda a utilizar o e-mail. De facto, ter-se-á de
admitir que, quando bem usada, a Internet se pode transformar numa ferramenta de trabalho
poderosíssima. Aldozinda observava atentamente.
- Muito giro. E para que é que serve aquele ali, o IRC? – e ela apontou para um ícone no
computador.
- O IRC permite a comunicação entre as pessoas, que discutem vários temas. No entanto,
nenhum desses temas é grandemente interessante.
- Parece engraçado, posso experimentar?
- Não. Eu comprei-te o modem para tu poderes ter informações para os teus trabalhos na
escola, não para andares a fazer conversa fiada com as pessoas na Internet. Isso é só uma
maneira de andar gastar períodos. Se queres falar, vai ter com os teus amigos, sempre é mais
barato. Está bem? – e a mãe desligou o computador
Sofia Ester, “Aldozinda e Paulino, A Magia da Adolescência”, Editorial Planeta Azul (texto com
supressões)
1.1. Indique a maior vantagem da Internet, na opinião da Dra. Madalena.
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Para lá das muitas investigações, englobando computadores ópticos, computadores quânticos, a
substituição do sílico por moléculas de carbono, que ainda nos parecem muito distantes, nos dias de hoje
ter um computador e uma linha telefónica é o suficiente para chegar a qualquer lugar do Mundo em
minutos ou mesmo segundos.
A Internet permite-nos aceder a uma diversidade de sites que prometem produtos, bens e serviços
que nos facilitam a vida.
SandraS. Rodrigues
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1.2. Enumere os aspectos da Internet que a Dra. Madalena explicou à sua filha.
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1.3. Comente a atitude da mãe relativamente ao uso do IRC.
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1.4. Indique as razões pelas quais utiliza a Internet.
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1.5. Indique as vantagens de utilização da Internet.
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1.6. Indique as desvantagens da utilização da Internet.
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1.7. Imagine que numa conversa pela Internet conheceu alguém que gostaria se o/a
conhecer melhor. Escreva um texto no qual deve indicar as suas principais
características, as qualidades que valoriza nas pessoas e os defeitos que mais o/a
incomodam, as suas preferências, etc.
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Texto electrónico
Actualmente, deparamos com um novo tipo de escrita que tem sido considerada
uma ameaça, de certa forma, à escrita impressa: a escrita electrónica. Este tipo de escrita
caracteriza-se por ser móvel e interactiva, não guarda em memória nada que não
queiramos deliberadamente. Por outro lado, permite ao escritor modificar o seu texto
facilmente através da função “cortar”, possibilitando-lhe inserir um determinado
fragmento num outro local. Além disto, todo o escritor é também um topógrafo visto
que não pode visualizar o texto que produziu, como também pode imprimir várias vezes
o seu texto original. Por outro lado, um dado texto, pode ser escrito num determinado
local, mas pode ser lido em vários sítios diferentes fazendo uso de instrumentos tais
como o modem, o fax, o satélite ou a internet. Face a tudo isto, podemos concluir que se
apela a uma leitura interactiva em que o texto deixa de ser individual para passar a ser
colectivo e onde se perde a noção dos direitos de autor.
1.1.Caracterize, com a ajuda do documento, o texto electrónico.
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1.2.Exponha as características da forma de comunicação associadas à internet.
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SandraS. Rodrigues
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A concorrência aos jornais
Alguns jornais generalistas de qualidade têm-se ressentido da crescente adesão ao
online em detrimento do papel, vendo as suas vendas baixar e a sua circulação diminuir.
Aliás, os jornais generalistas de qualidade constam também com uma certa competição
dos jornais gratuitos, embora o público-alvo não coincida totalmente.
Embora não ofereçam informação de qualidade, os jornais gratuitos competem com
os jornais tradicionais, minando a estabilidade do mercado, apesar de também terem um
efeito positivo ao captarem leitores para os veículos impressos. Aliás, o sucesso dos
jornais e revistas gratuitos prova que as pessoas lêem jornais, desde que tenham um
acesso cómodo ao seu exemplar, em especial se não tiverem de pagar por ele, tanto
quanto os sucessos do Harry Poter mostra que as crianças e adolescentes gostam de ler
livros, desde que o tema e a linguagem lhes capte a atenção e correspondam às suas
expectativas.
Jorge Pedro Sousa, “Reflexões sobre um Horizonte Possível para o Jornalismo Impresso Generalista de
Qualidade” (adaptado)
1.1.Explique, segundo o texto, as formas de concorrência aos jornais generalistas.
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A ciência e a tecnologia na difusão da informação e do
conhecimento: o culto do livro
SandraS. Rodrigues
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A propósito da importância do livro, o grande escritor, Jorge Luís Borges,
afirmou o seguinte:
“De todos os instrumentos do Homem, o livro é, sem dúvida alguma, o mais
surpreendente. Os outros são prolongamento da sua vista; o telefone um prolongamento
da sua voz; temos também a charrua e a espada, prolongamento do seu braço. Mas o
livro é outra coisa: o livro é o prolongamento da memória e da imaginação…
Os Antigos não tinham o nosso culto do livro - e isso surpreende-me; viam nele um
sucedâneo da palavra. Esta frase que se cita sempre: Scripta manent, verba volent, não
significa que a palavra escrita seja efémera, mas sim que a palavra é qualquer coisa de
permanente e morta. A palavra, pelo contrário, tem qualquer coisa de alado e de
sagrado, como diz Platão. Curiosamente, todos os grandes mestres da humanidade
ministraram um ensino oral… A segunda ideia que se faz do livro, repito-o, que podia
ser uma obra divina. Esta ideia está provavelmente mais próxima da que hoje em dia
nós fazemos do livro que da que faziam os antigos, considerando-o como um sucedâneo
da palavra…
Tantos escritores escreveram de maneiras tão brilhantes sobre o livro que queria
citar alguns. Começarei por Montaigne que consagra um dos seus ensaios ao livro.
Neste ensaio, há uma frase memorável: Eu não faço nada sem alegria. Montaigne deixa
entender que o conceito de leitura obrigatória é um conceito errado. Diz que, se
encontra uma passagem difícil num livro, abandona-a porque vê na leitura uma forma
de felicidade…
Continuo a fingir ser cego, continuo a comprar livros, a encher a minha casa deles.
No outro dia, ofereceram-me uma edição de 1966 da Enciclopédia Brockhauss. Senti a
presença desta obra na minha causa, senti-a como uma espécie de felicidade. Tinha
perto de mim esta vintena de volume sem caracteres góticos que não posso ler, com
cartas e gravuras que não posso ver; mas, no entanto, a obra estava lá. Sentia como que
a sua atracção amigável. Penso que o livro é uma das felicidades possíveis do Homem.
Fala-se do desaparecimento do livro: creio que tal é impossível. Que diferença, dir-
me-ão, pode haver entre um livro e um jornal ou um disco? A diferença é que um jornal
é lido para o esquecimento, um disco escuta-se também para o esquecimento, é qualquer
coisa de mecânico e, por isso mesmo, de frívolo. Lê-se um livro para nos lembrarmos
dele.
O conceito de livro sagrado, quer se trate do Corão, da Bíblia ou dos Vedas – onde é
também dito que os Vedas criaram o mundo – está talvez ultrapassado, mas o livro
conserva, ainda, uma certa santidade que devemos tentar salvaguardar. Pegar num livro
e abri-lo torna ainda possível o efeito estético. Que são as palavras deitadas num livro?
O que são os seus símbolos mortos? Absolutamente nada. O que é um livro se não o
abrirmos? Um simples cubo de papel em couro, com folhas; mas, se o lermos, passa-se
qualquer coisa de estranho, creio que ele muda de cada vez que o fazemos…
SandraS. Rodrigues
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Quando lemos uma velha obra, é como se percorrêssemos todo o tempo que passou
entre o momento em que foi escrito e nós próprios. É que convém manter o culto do
livro. Um livro pode estar cheio de errata, podemos não estar de acordo com as
opiniões do seu autor, mas guarda, no entanto, qualquer coisa de sagrado, qualquer
coisa de divino, não que o respeitemos por superstição mas sim pelo desejo de encontrar
nele felicidade, de encontrar nele sabedoria.”
J. L. Borges “O livro como mito”
1.1. Explique o sentido da frase: “O livro é um prolongamento da memória e da
imaginação”.
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1.2.Comente a afirmação “O livro é uma das felicidades possíveis do Homem”.
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1.3.Indique, que diferença há para o autor, entre um livro, um jornal e um disco.
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1.4.Explique, porque, segundo o autor, convém manter o culto do livro.
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A aldeia global
A expressão “aldeia global” foi usada pela primeira vez para descrever um
mundo ligado pela comunicação imediata. Numa aldeia global, falar com alguém do
outro lado do planeta seria fácil – como se o globo tivesse encolhido para o tamanho de
uma aldeia. Com o progresso das tecnologias, os satélites e a internet tornaram a aldeia
global uma realidade.
À medida que os meios de comunicação se
foram difundindo, a vontade de controlar as
comunicações também aumentou. A internet dificulta
esse controlo. Distribuída em todo o mundo por um
milhão de computadores, ela está em todo o lado. Se
um computador estiver desligado, as mensagens e as
páginas de internet circulam até ao seu destino por
outro caminho. É uma rede aberta e gratuita para todos.
No entanto, a abertura nem sempre é uma vantagem.
Nunca se pode ter a certeza de que as mensagens estão
seguras. Trata-se de um velho problema e a velocidade das comunicações tornou-o mais
importante do que nunca.
Os satélites
Olhe para o céu ao anoitecer ou ao amanhecer, e poderá ver uma mancha
brilhante a cruzá-lo rapidamente. Não se trata de uma estrela cadente nem de um
cometa, mas de um satélite em órbita à volta da Terra. Satélites como este são ligações
vitais nas redes de comunicações: retransmitem as chamadas telefónicas, a emissão de
programas de televisão e fornecem as ligações à internet. Os satélites que consegue ver,
estão em orbita baixa, até cerca de oitenta quilómetros. No entanto, a maior parte dos
satélites de comunicações circula a uma altitude muito superior a esta, e a sua orbita à
volta da Terra processam-se à mesma velocidade a que esta gira, dando a impressão de
que estão suspensos, como se estivessem imóveis, por cima do Equador.
A internet
Espalhada pelo
mundo numa rede
emaranhada a internet liga
centenas de milhões de
computadores. O encanto
desta gigantesca rede de
comunicações é que não é
preciso saber muito para a
usar. Basta um clique para
nos ligarmos a amigos do
outro lado do mundo ou
vizinhos da mesma rua.
Os criadores da
internet nunca sonharam
que ela seria usada para reservar bilhetes de cinema, encomendar uma refeição ou jogar
xadrez. Esta tecnologia fantástica começou como um meio de proteger os EUA do
ataque de mísseis.
SandraS. Rodrigues
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A difusão dos meios de comunicação
Gostaria de gravar as suas músicas favoritas no relógio de pulso? Ou ver futebol
em directo no telemóvel? Ou até ler um jornal na porta do frigorífico? À medida que as
comunicações são mais rápidas e inteligentes, aparelhos como telemóveis, televisores,
computadores e faxes tornam-se cada vez mais parecidos. Presentemente, muitas
revistas e jornais têm edições electrónicas. Um simples disco pode substituir uma
prateleira de volumosas enciclopédias. O único limite para as tecnologias de
comunicação é a nossa imaginação.
O sigilo e a censura
Em período de guerra, a vitória pode depender
da comunicação. Os chefes militares que conseguem
perceber os sinais do inimigo sabem quando e onde vão
ser atacados e podem organizar um contra-ataque. Para
impedir esta situação, os exércitos codificam as
mensagens e a imprensa é censurada para evitar que o
relato de algumas histórias possam ajudar o inimigo. A
codificação é usada em tempos de guerra, mas também
em tempo de paz. A censura em períodos em que há
guerra é menos evidente: até que ponto devem os
governos ocultar informação aos seus cidadãos?
1. Faça uma pesquisa mais aprofundada, para apresentar à turma, sobre cada um dos
títulos.
A publicidade
Quantos anúncios vê e ouve por dia? Poderia tentar contá-los, mas depressa
desistiria. Diariamente somos bombardeados com milhares de anúncios na televisão,
nos jornais, na rua. Até nos filmes, os
anunciantes pagam para colocar marcas
famosas em frente da câmara. Não
conseguimos fugir à publicidade – e
talvez nem devêssemos tentar, porque paga o
custo de muito do nosso entretenimento.
As marcas são associações de
nomes, cores e formas que tornam um produto
fácil de publicitar e de distinguir nas prateleiras. Há marcas que se
reconhecem mesmo quando publicitadas numa língua exótica.
A publicidade alegra cidades tristes e torna locais, como a Times
Square, em Nova Iorque, famosos pelas suas luzes brilhantes. Mas as leis
da publicidade controlam a afixação destes letreiros, porque ninguém
quer ver o néon reflectido num lago bonito.
Uma palavra do nosso patrocinador
A publicidade começou há centenas de anos, quando os
comerciantes pintavam letreiros para atrair os transeuntes às suas lojas.
SandraS. Rodrigues
33
Nos tempos actuais, a televisão e a rádio proporcionam aos anunciantes novos meios de
agarrar a atenção de milhões de pessoas.
Presentemente, a publicidade desempenha um papel importante na manutenção
do fluxo das comunicações. Os anunciantes pagam para promover os seus produtos e,
graças a estas receitas, pagamos menos pelas leituras de publicações e pela recepção de
programas de televisão e de rádio. Algum do entretenimento, como o fornecido pela
televisão comercial, não existiria sem a publicidade. Como cada vez mais pessoas
pegam no comando do televisor durante os intervalos comerciais, os anunciantes
descobriram meios de introduzir discretamente os seus produtos durante os programas.
Séria ou desonesta?
Apesar de todos gostarem de ter alguma coisa em troco de nada, a publicidade
nem sempre é benéfica. Os anúncios tentam convencer-nos a comprar coisas de que não
rpecisamos. Também nos incentivam a adquirir hábitos prejudiciais, como fumar ou
comer em excesso. Deste modo, na maior parte dos países a publicidade é controlada
por leis que garantem que ela não prejudica pessoas vulneráveis.
1. Localize a origem da publicidade.
2. Aponte, com base nos textos, vantagens e desvantagens da publicidade.
Distinga publicidade séria de publicidade enganosa
Os meios de comunicação de massa
Os bebês nascem curiosos em aprender e explorar tudo ao se redor.
As crianças costumam fazer centenas de perguntas.
Os adolescentes se esforçam para desenvolver suas próprias convicções sobre a
vida.
Numa sociedade dominadora
muitos destes pensamentos são
suprimidos com o autoritarismo de
conceitos e a obediência a ordens.
Pessoas que defendem uma
identidade independente sofrem
perseguições triviais e destrutivas.
As escolas precisam ajudar os estudantes no
desenvolvimento de formação de conceitos e pensamentos
significativos e construtivos. CONTUDO a educação numa
sociedade dominadora esteve, em grande parte,
baseada numa moralidade coerção.
As escolas têm responsabilidade para prover, aos jovens,
as informações e orientações necessárias para
resistirem as mensagens prejudiciais transmitidas
pela mídia.
Crianças são, extremamente, interessadas e
fascinadas por televisão e internet.
SandraS. Rodrigues
34
Antes de chegarem ao jardim de infância terão passado mais tempo em frente da
televisão do que passaram dormindo e, quando começarem a freqüentar a escola já terão
recebido uma porção volumosa de educação através da tela da TV.
Numa sociedade dominadora geralmente, a televisão mostra:
as mulheres como vítimas;
os homens mais importantes
que as mulheres;
mulheres lançadas como más;
nas caricaturas infantis as
mulheres velhas, quase sempre
em papéis de bruxas.
Crianças norte-americanas aprendem na TV que:
PESSOAS BRANCAS são mais importantes que as outras, sendo que, as pessoas
de cor somam a maioria de sua população.
HOMENS VIOLENTOS são como diversão.
Aprendem que estes comportamentos de TV são “NORMAIS”.
A maioria dos jogos em vídeo para crianças apresenta violência brutal e realística.
As crianças, ao jogar estes jogos não estão assistindo um pouco de violência, mas
sim, efetivamente praticando violência e aprendendo a usá-la como um meio para
resolver seus problemas
SandraS. Rodrigues
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Até ao final da ESCOLA PRIMÁRIA as crianças terão testemunhado, na tela da
TV, uma média de 8000 assassinatos e 100000 outros atos de violência.
Esta violência é representada por atores que representam papéis atraentes e heróicos.
EFEITOS da violência nos média têm se projetado cada vez mais, bem como o
AUMENTO DA INCIDÊNCIA DE VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS, como tiroteios e
pequenos furtos realizados por crianças.
A VIOLÊNCIA dos média INFLUENCIA PROFUNDAMENTE,
na formação de valores culturais, moldando uma sociedade autoritária ao invés de
uma boa relação social.
A alfabetização de mídia pedagógica pode ter
início no Jardim de Infância.
Crianças demoram um tempo até conseguir
distinguir a realidade da ficção, por isso, Diversão com
violência é enormemente perigosa.
Os professores - abrir questionamentos / espaço com
as crianças para mostrar a realidade e a ficção que
assistem na TV.
Os adultos podem orientar as crianças a ver as
imagens de outra forma. Poriam perguntar às crianças o que pensam do modo violento
que o herói do espetáculo resolve seus problemas, e orientá-las para que imaginassem
outros modos de resolver problemas onde ninguém é ferido.
SandraS. Rodrigues
36
Resumindo…
Inventar o futuro
Os escritores de ficção científica imaginativos, como Arthur C. Clarke, previram
o mundo dos nossos dias muito antes da existência da tecnologia para o tornar possível.
Actualmente, dos satélites para inúmeras tarefas de
comunicação, incluindo chamadas telefónicas,
emissões de televisão e sinais de navegação.
Outras tecnologias de comunicação como - a
internet – começaram como um sistema de
segurança militar. De um lado, havia radares
antimísseis que detectavam um ataque nuclear; do
outro mísseis mortíferos que podiam ser disparados
como retaliação. Felizmente, os mísseis nunca
foram usados e a rede de computadores que os controlava foi aplicada com objectivos
pacíficos. A rede liga computadores espalhados pelo mundo.
O rosto amigável da rede…
Foi preciso um programa para tornar a internet fácil de utilizar. A Word Wide
Web (www, ou seja, a rede) foi criada na década de 1990, porque o engenheiro Tim
Berners-Lee começou a ficar impaciente por os computadores não poderem “falar” uns
com os outros. Inventou uma interface de “apontar e clicar” para que todos pudessem
encontrar o que quisessem na rede, em contínuo crescimento. O “browser” de Berners-
Lee, em conjunto com a invenção do “e-mail”.
Controlar a informação e manter dados privados na internet constituem um
problema. Este é um desafio praticamente novo, mas a censura é tão antiga como as
próprias notícias. As cifras, usadas, por exemplo, para manter seguro o uso de cartões de
crédito na rede, surgiram há mais de dois mil anos.
Os serviços que usamos na rede parecem gratuitos, mas a verdade é que
pagamos por eles quando vemos anúncios que nos surgem numa ou noutra página. A
publicidade paga não só a existência destas páginas como também reduz os custos de
muitas outras publicações dos meios de comunicação. Sem a publicidade pagaríamos
muito mais pelas revistas, pelos jornais, pelos livros e pelos programas de televisão.
1. Defina:
Matemático: ___________________________________________________
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Técnico de estação terrestre de satélite: _____________________________
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Webdesigner: _________________________________________________
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SandraS. Rodrigues
37
2. Observe satélites de comunicação em órbita à volta do planeta: www.sciense.
nasa.gov/realtime/jtrack
3. Oiça o inventor da Web a falar sobre o seu trabalho:
www.smithsonianassociates.org/programs/berners-lee/berners-lee.asp
4. Fique a conhecer a história do computador:
www.inforquali.pt/tutorials/informatives/computer_history.php
5. Informe-se sobre os códigos da Agência de segurança Nacional Americana:
www.nsa.gov/museum
6. Descubra como os criptógrafos britânicos da segunda Guerra Mundial
descodificavam o “impenetrável” sistema “enigma”: ww.bletchleypork.org.uk
Cultura de massa
Chama-se cultura de massa toda a cultura produzida para as massas e veiculada pelos
meios de comunicação de massa. Em fim, cultura de massas, são todas aquelas culturas
produzidas para as massas.
Como consequência das tecnologias de comunicação aparecidas no século XX a cultura
de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e
alternativos a ela. Antes de haver cinema, rádio e TV, falava-se em cultura popular,
em oposição à cultura erudita; em cultura nacional; em cultura clássica.
A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas”,
verifica-se a repressão das demais formas de cultura, de forma que os valores apreciados
passassem a ser apenas os compartilhados pela massa.
SandraS. Rodrigues
38
Tipos de meios de Comunicação de Massa
Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns, que são: Televisão,
Rádio, Jornal, Revistas , Internet, E-mail.
Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas,
com conteúdos seleccionados e desenvolvidos para seus determinados públicos.
Manipulação através da Comunicação de Massa
Estamos acostumados a receber informações, diariamente, de tudo o que se passa ao
nosso redor e em todo mundo. Assistimos notícias, anúncios, filmes, detalhes de actores
e celebridades, e assuntos gerais que ocupam o tempo e nos isolam da realidade. Toda
essa comunicação nos impõe um padrão de vida e felicidade a ser alcançado, com
objectivos e ideais muitas vezes impossíveis para todos, mas diante da televisão isso
torna-se possível. Assim os indivíduos abdicam da sua liberdade pelos meios de
comunicação e deixam-se controlar. Os principais responsáveis são, o governo e classes
sócio-econômicas dominantes, tanto financeiramente como culturalmente, utilizando
esses mídia de modo a manipular a sociedade.
Após teres lido e analisado o texto de apoio fornecido, responde às questões.
1- Explica em que consiste a cultura de massas.
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2- Indica as consequências que a cultura de massas trouxe para as outras formas de
cultura, já existentes.
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3- Indica a função principal dos meios de comunicação de massa.
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4- Esclarece de que forma a comunicação de massa influencia as massas
(população).
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SandraS. Rodrigues
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Texto Publicitário
Publicidade comercial
A publicidade comercial serve para anunciar, vender.
Slogan
Compre já e experimente! Vai ver que não se vai arrepender.
Texto argumentativo
Texto icónico
Se no leão resulta então em você vai ficar um espectáculo
SandraS. Rodrigues
40
Publicidade não comercial/institucional
Slogan: frase ou expressão original, breve,
simples e fácil de reter na memória.
Texto argumentativo: apresentação concisa das
vantagens ou qualidades do produto/serviço
anunciado.
Texto icónico: deve captar, num primeiro momento,
o olhar do consumidor, pelo estímulo visual (cor,
recorte, elementos que a compõem e diferentes
tipos de características).
Slogan
Texto icónico
Texto
argumentativo
SandraS. Rodrigues
41
Um anúncio bem elaborado deve, ainda, obedecer
aos seguintes aspectos:
ATENÇÃO
INTERESSE
DESEJO AIDMA
MEMORIZAÇÃO
ACÇÃO
Os conceitos de comunicação, informação e média
Comunicação, informação e média são conceitos diferentes mas
que se interrelacionam de forma estreita. Com efeito, a comunicação
significa dar a conhecer alguma coisa – um pensamento ou um facto, por
exemplo. A informação é a mensagem que se transmite quando se
comunica. Já os média são os meios de comunicação que difundem a
mensagem.
Nas sociedades contemporâneas, os meios de comunicação social – como a
televisão, a rádio e a internet – assumem uma importância fulcral e que tende a
aumentar consoante o progresso tecnológico. Taal importância prende-se com o facto de
estes média contribuirem fortemtne para a transmissão das ideias em geral e para a
formação da opinião pública, ou seja, a opinião partilhada pala maioria da população
sobre um determinado assunto.
1. Distingue comunicação, informação e média.
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SandraS. Rodrigues
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Comunicação é vida
“O toque do despertador comunica-nos pala manhã
que é hora de nos levabtarmos; pelo meio da rádio e do jornal
estabelecemos comunicação com o mundo exterior; na rua, os
cartazes, as linhas brancas no asfalto, os gestos dos guardas
de trânsito regulam o nosso caminho: numa fábrica, o correio,
o telefone e o interfone põem-nos ao corrente do
andamento das nossas impressões com os colegas de
trabalho, recebemos conselhos, sugestões e opiniões;
transmitimos e recebemos ordens; modificamos ou
sustentamos os nossos pontos de vista e as nossas atitudes
se as palavras dos outros nos convencem ou não; pela tarde, o
cinema, o teatro e a televisão põem-nos em contacto com o mundo
inteiro; a música e o ballet animam a nossa fantasia; por um sorriso,
um franzir de rosto, um gesto, compreendemos logo se os nossos
vizinhos estão alegres ou se o aborrecimento os domina, se alguma
coisa os preocupa, etc.
Tudo isto não é mais do que a comunicação, é a própria vida.”
Álvaro Gomes e Outros, “O mundo da linguagem 2” ASA, 1983
1. Comente a frase sublinhada.
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A informação
“A informação consiste na transmissão de notícias,
de ideias, de acontecimentos. Embora esta função
seja mais amplamente exercida através da
comunicação de massas (informação colectiva),
a comunicação interpessoal desempenha,
também, um papel importante. Pense na
transmissão de notícias pala TV. Este meio de
informação é importante, mas depois, as
notícias são também divulgadas pelas pessoas
que receberam a informação através da comunicação interpessoal. Pense ainda na
importância que a função informativa tem para a elevação do nível cultural das pessoas
(conhecimento de outras culturas, de outras tecnologias, de outras ideologias). Sob este
aspecto, não se pode separar a função informativa da função educativa. Estão
intimamente ligadas.”
Manuela Cardoso, “Relações Públicas”, ASA, 1988
SandraS. Rodrigues
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1. Explica o que entendes por informação.
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2. Distingue informação colectiva de comunicação interpessoal.
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Os mass média
“Os mass média são intermediários, meios de difusão das
mensagens:; mas po vezes, indicam também a própria difusão da
mensgem. Designam, pous, essencialmente, técnicas de comunisação
dirigidas a determinados públicos e a própria comunicação em
si. A palavra média, tomada isoladamente (…)
designa todos os meios de expressão, incluindo os
mais simples e mais naturais, tais como a voz e o
gesto. Todavia, só podemos falar de mass média
quando se trata de maios cuja finalidade habitual
não reside na comunicação interpessoal, mas na
transmissão de uma mensagem de um centro emissor para uma pluralidade de
indivíduos receptores. Do mesmo modo, reserva-se normalmente o termo mass média
para as técnicas de difusão artificiais, sobretudo as que estão ligadas à mecanização, aos
progressos científicos e, de preferência, à electrónica.” Jean Cazeneuve (dir.), “Guia alfabético das Comunicações de Massas”, Edições 70
1. Defina, por palavras suas, o significado de “mas média”.
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2. Reflicta sobre as diferenças entre os meios de comunicação social que conhece.
Anote as suas conclusões e discuta-as com os colegas.
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As funções e as potencialidades dos média
As sociedades actuais caracterizam-se pela existência de diferentes tipos de
média, já que a cada dia que passa novos nascem e os já existentes transformam-se,
graças ao incessante desenvolvimento da tecnologia.
Durante muito tempo, porém, os meios de comunicação disponíveis limitaram-se
à imprensa escrita, nomeadamente livros, panfletos, jornais e revistas. O posterior
advento da rádio desencadeou um efeito de “bola de neve” no campo da comunicação,
suscitando o aparecimento gradual do cinema, da televisão e,
mais redcentemente, da internet.
Ora, estes diferentes media têm em comum duas
características principais: por um lado, a de comunicarem com
uma enorme quantidade de pessoas à escala mundial, por
outro, a de funcionarem como meios de difusão cultural,
transmitindo valores, comportamentos, ideias, estilos de vida,
etc.
1. Identifica os diferentes tipos de media.
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A imprensa escrita
“O jornal desempenha, no aspecto
infoprmativo, o papel mais importante. Fornce
notícias actuais, principalmente se se trata de um
jornal diário.
Os livros e as revistas, sob os aspectos de
distração cultural e de opinião, têm uma maior
importância. Embora a principal função de um
jornal seja informar, praticamente todos os jornais
incluem artigos de natureza diferente: passatempos,
entrevistas, artigos de opinião, etc. Mas a notícia é
o que neles ocupa um maior espaço e o que tem,
geralmente, maior relevo.” Manuela Cardoso, “Relações Públicas”, ASA, 1988
1. Apresente a principal função de um jornal.
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2. Explique a função desempenhada pelos livros e revistas.
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A rádio
“Em primeiro lugar, a rádio
constitui o instrumento pouco incómodo
que se transporta connosco, mesmo no
automóvel, aquele que está também
adequado à audição individual e não
apenas familiar. Não mobiliza tanto a
atenção como a televisão, e as suas
emissões podem escutar-se mais ou menos
distaidamente ao mesmo tempo que se
executam outras ocupações.
No domínio da informação, pode
fornecer comentários mais completos do que a televisão, cuja grelha de programas se
encontra, muitas vezes, sobrecarregada com outras tarefas. Sob este aspecto, é
sobretudo a rádio que preencha a função principal dos media electrónicos, transmitindo
as notícias mais rapidamente do que o jornal.
E a rádio permmanece o grande fornecedor de música. Desde os seus inícios, ela
tem repartido naturalmente o seu tempo de emissão entre a informação e a música.
SandraS. Rodrigues
46
A rádio desempenha também um importante papel na difusão da cultura, em
particular no domínio das letras, das ciências humanas e do teatro”. Jean Cazeneuve
A televisão
“A questão de fundo é a seguinte: para que serve a televisão,
considerando um indivíduo que não seja passivo perante a imagem e que
dela retenha apenas aquilo que deseja? A televisão serve para dialogar.A
televisão é um formidável instrumento de comunicação entre os
indivíduos. O mais importante não é o que se vê, mas o facto de se
falar do que se vê. A televisão é um objecto de conversação. É
neste sentido que aformo a televisão como elo social
indispensável a uma sociedade em que os indivíduos estão
muitas vezes isolados e por vezes solitários. (…) Igualmente a
televisão é a única capaz de estabelecer a ligação entre ricos e
pobres, jovens e velhos, rurais e urbanos, cultivados e os que são menos. Toda a gente
vê televisão, toda a gente fala a televisão. Que outra actividade é hoje em dia tão
transversal quanto a televisão?”
Dominique Wolton, “E depois da Internet?”, Difel, 2000
1. Indique quais as funções da televisão mencionadas no texto.
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2. Organize um debate na turma sobre os aspectos positivos e negativos da televisão.
Registe as principais conclusões a que chegaram.
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A Internet como biblioteca virtual
“Sejamos realistas: a Wikipedia é o sonho de todos os
garimpeiros do saber. Desde logo porque se trata de uma
enciclopédia desprovida de interesses comerciais, como os puristas
sempre desejariam que as enciclopédias fossem. Nenhuma das
pessoas que contribui para a escrita das entradas recebeu um
cêntimo, a consulta é gratuita (desde que consideremos “grátis” o
uso de um computador ligado à internet) e o projecto é sustentado
através dos donativos de altruístas de serviços e de instituições que
se encarregam do avanço do conhecimento (e dos 750.000 dólares
do orçamento).
SandraS. Rodrigues
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Expresso, Revista Actaul, 30-09-2006
1. Exprima a sua opinião sobre a eventual utilidade da Wikipédia de outros serviços
equivalentes para os utilizadores da Internet.
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Fax O fax é um instrumento muito útil que nos permite enviar documentos para qualquer
pessoa em qualquer parte do mundo. Agora vamos explicar-vos como ele apareceu,
quando, quem o inventou e muitas mais outras curiosidades.
Quem inventou o fax ?
Rudolf Hell, foi inventor do fax, scanner e outras máquinas para transmissão electrónica
de textos e imagens morreu dia 14/03/2002, quinta-feira, aos 100 anos de idade em Kiel
(norte da Alemanha). Nascido na Baviera, Hell apresentou aos 24 anos a sua primeira
patente, que consistia em um processador de imagens electrónico, considerado um dos
fundamentos da televisão. Hell passou os últimos anos de sua vida em Kiel, no extremo
norte da Alemanha, afastado de sua Baviera natal e também de Berlim, onde
desenvolveu a maioria de suas invenções
Quando é que Rudolf Hell começou a trabalhar na construção do fax?
Rudolf Hell começou a trabalhar na construção do fax na
década de 20 com o conceito de transformar ideias, imagens e
textos em sistemas de pontuação e linhas, capazes de serem
transmitidos electronicamente. Pouco depois mudou-se para
Berlim para fundar a sua própria empresa, em 1929, na qual
desenvolveu o primeiro e "pré-histórico" fax, um sistema
para transmissão electrónica de sinais escritos, baptizado
como "Hellschreiber", que permitia enviar notícias a todas
as partes do mundo.
Rudolf Hell inventou mais alguma coisa?
Sim, Hell, nos anos 50, inventou um aparelho que
facilitava a impressão de imagens fotográficas e, na
década seguinte, um precursor do que agora se conhece
SandraS. Rodrigues
48
como scanner. Daí saltou para o que se chamou de "Hellcom-Digiset", um sistema
computadorizado que, pela primeira vez, conseguia decompor as imagens em elementos
digitais. A empresa de Hell em Kiel foi comprada pela Siemens em 1981,que continuou
desenvolvendo suas ideias em inovadores aparelhos de transmissão de textos e imagens.
Mais tarde, fundiu-se à Linotype AG para a formação da Linotype-Hell AG – que, em
1996, passou a se chamar Heidelberger Druckmaschinen.
A necessidade da comunicação
A sociedade, por mais pequena que seja, é absolutamente indispensável ao
homem, exactamente porque ele tem múltiplas necessidades que só a
sociedade lhe pode satisfazer. Para tanto, precisa de cooperar com os outros
homens, integrando-se num sistema muito complexo de actividades, nada
sendo à margem dele.
Mas para que cada homem possa cooperar com os outros homens na
prossecução do bem de todos, na realização dos valores de justiça e de
segurança, que são a base da própria vida social, tem de saber comunicar.
Sem comunicação não seria possível a integração humana e toda a cultura
se perderia, por não ser possível transmiti-la às gerações.
Atravessando hoje, em escassos segundos as fronteiras nacionais, a comunicação
permite a livre circulação de informação. Estimulando a adopção de idiomas como o
Francês e o Inglês, a comunicação transcultural permite, dia a dia, um avanço cada vez
mais decisivo na compreensão entre culturas.
“Hoje, na “era da comunicação”, o homem precisa, mais do que nunca, da
comunicação, a qual acompanha, a par e passo, a organização das sociedades
contemporâneas, integra-se na divisão social do trabalho social, faz rodar o mundo da
moda e da publicidade, faz parte das normas e do direito, mobiliza os movimentos sócio
- políticos e culturais mais ou menos explosivos, promove a indignação e a revolta,
confere legitimidade à opulência, ao sagrado e ao profético, camufla o desejo erótico do
consumo, mobiliza, enfim, os grandes projectos de apropriação do mundo.”
“Comunicação social e jornalismo”, Adriano Rodrigues Duarte e Outros
1. Justifique a necessidade humana de comunicar.
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2. Analise algumas desvantagens da comunicação social, segundo o texto.
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3. Justifique a última frase do texto: “mobiliza, enfim, os grandes projectos de
apropriação do mundo.”
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O modelo do processo de comunicação
A análise sociológica dos meios de comunicação de massa foi retomada por
Abraham Moles, esquematicamente da seguinte maneira:
Feedback
Repertório do emissor Repertório do receptor
A zona de confluência entre o repertório do emissor e o do
receptor, significa que há, entre estes, troca de mensagens, por
utilizarem o mesmo código, encontrando-se ambos dentro do
mesmo contexto, o que não aconteceria, se os dois círculos (o do
emissor e o do receptor) não se interceptassem.
Emissor
(codificação) Canal físico
Receptor
(descodificação)
Ruídos
SandraS. Rodrigues
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1. Explique, por palavras suas, qual a função de cada um dos elementos presentes no
esquema.
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O modelo de comunicação social é claramente explicado no seguinte texto:
O acto elementar de comunicar implica a existência do
EMISSOR que elabora uma mensagem a partir dos signos
recolhidos num PEPERTÓRIO (comunicado) de um CANAL por
meio do qual a mensagem é transportada através do espaço e do
tempo, de um RECEPTOR que recebe a mensagem a descodifica
com a ajuda dos signos que possui armazenados no seu próprio
repertório.
Para que haja comunicação, é necessário que a cadeia: emissor – canal – receptor
– repertório funcione correctamente em todos os seus pontos. Em princípio isto supões
que o emissor e o receptor falam a mesma língua, que ambos têm em comum, pelo
menos parcialmente, um mesmo repertório. Isto supõe igualmente que as operações de
codificação e de descodificação se façam correctamente e, finalmente, que a
transmissão pelo canal físico não se veja entorpecida por “ruídos” ou parasitas de tal
intensidade que produzam uma diminuição da informação ou a destruição total da
mensagem transmitida. A devolução da mensagem recebida por parte do receptor ao
emissor (“feedback”), permite um ajustamento, uma auto-regulação da comunicação.
O EMISSOR pode ser um indivíduo, um grupo ou um organismo difuso e
longínquo como uma cadeia de televisão. Não é necessário que o emissor se pareça
fisicamente ao receptor em nenhum aspecto.
O RECEPTOR pode devolver ao emissor a informação recebida. Dentro da
comunicação inter-individual, por exemplo, a conversação emissor e receptor, mudam
alternadamente os seus papéis, há uma ida e volta da informação, um “feedback”, como
dizem os cibernéticos. A informação circula nos dois
sentidos. Esta reciprocidade permite controlar se a
mensagem foi recebida correctamente e, em caso
necessário, “ratificar o tiro”. No caso dos mass média - e
esta é uma das suas principais características – a
comunicação tem essencialmente um único sentido e
fala-se, sobretudo, de difusão. Uma minoria produz de
uma maneira quase industrial umas mensagens que a grande massa absorve em silêncio.
O órgão emissor (imprensa, rádio, televisão), acha-se numa situação algo parecida com
a do marinheiro que lança uma garrafa ao mar sem nada saber da pessoa a quem chegará
a sua mensagem. É claro que há um pequeno esboço de “fedback”, constituído palas
crtas dos leitores, dos radiouvibtes, dos
telespectadores,pelas suas chamadas telefónicas,
pelas críticas nas secções especialixzadas, pelas
sondagens de opinião, etc.Mas isto é só um embrião
de intercâmbio, quer porque as reacções recebidas
são só representativas da massa dos receptores, quer
SandraS. Rodrigues
51
também porque elas só chegam com atraso, como no caso das sondagens.
A mensagem caminha por um CANAL físico, antes de chegar ao receptor, que a
descodifica. O termo canal aplica-se a todo o suporte material que veicula uma
mensagem desde um emissor a um receptor através do espaço e do tempo. Se a veicula
através do espaço (mensagens visuais e sonoras correntes, telefone, telégrafo, etc.),
trata-se da transmissão propriamente dita; se o faz através do tempo (sinais impressos,
discos, fita magnética, fotografia, etc.), trata-se da gravação, a qual conserva a
mensagem no tempo. Assim, podem distinguir-se os CANAIS ESPACIAIS que
veiculam a mensagem de um lugar para outro (canais de telecomunicação ou de
comunicação à distância, etc.) e os CANAIS TEMPORAIS que o transportam de uma
época à outra (disco, fotografia, cinema, etc.). De uma maneira geral, distinguem-se os
canais naturais ou sensoriais, nos quais o hoemem é o iediato receptor da informação
(visão, audição, etc) e os canais artificiasi ou técnicos, nos quais o receptor é um
mecanismo, uma máquina, por exemplo, o teleimpressor, o disco, o magnefone, o
telefone, cujos produtos são eventualmente utilizados pelo homem num canal natural
acrescentado (audição no telefone).
Muitos dos canais requerem, na transmissão e na recepção da mensagem, uma
tradução ou uma adaptação. No limite, qualquer mensagem pode pode ser transformada
sobre qualquer tipo de canal sempre que este tenha suficiente “capacidade”. Assim,
graças ao magnetoscópio, é possível gravar sobre uma banda magnética a série de
fotografias que constituem uma sequência televisionada.
A mensagem pode ver-se deteriorada ou destruída pelos
“RUÍDOS”, no percurso da sua marcha dentro do canal físico.
Estes ruídos sãotodos os tipos de perturbação que a mensagem
sonora ou visual sofre no curso da transformação. O estrondo de
um martelo perfurador na rua que cobre a conversação, os
parasitas numa transmissão radiofónica, uma mancha branca ou
negra, uma nebulosidade cinzenta sobre o écran televisivo, são
outros tantos “ruídos”. Coo tempo genérico de “ruído” qualifica-se todo o
sinal indesejável na transmissão de uma mensagem por um canal. A. Kientz, “Para analizar los mass media”
2. Justifique a expressão/comparação sublinhada no texto.
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3. Distinga canais espaciais de canais temporais.
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4. Distinga canais naturais ou sensoriais de canais artificiais ou técnicos.
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5. Exemplifique canais naturais ou sensoriais.
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6. Exemplifique canais artificiais ou técnicos.
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A designação dos termos “média” e “mass média”. A teoria de MacLuhan
Deve-se ao sociólogo canadiano Mashal MacLuhan, o
primeiro grande esforço, na década de 60, de
estudo dos “média”.
Para este autor, a palavra
“média”, tal como a
empresa, isoladamente, designa todo e
qualquer meios de expressão, incluindo os
mais simples e naturais, tais como a voz e o gesto.
Chega inclusivamente a admitir como
meios de comunicação tudoo que constitui uma
expressão do corpo humano. Assim, e segundo ele, a
camisa e os óculos - extensões da pela e dos olhos –
são meios de comunicação, como o são a rádio e uma revista.
Enfim, para este autor, os “média”são extensões dos órgãos
sensoriais do homem. De resto, segundo este pensador, o
”veículo” identifica-se com a “mensagem”, pelo que a
mesma mensagem poderá influir, diferentemente, sobre as
massas ou sobre o homem – sócio, de acordo com as características
do “meio”usado na comunicação e com a sua validade:
A imprensa será, apenas, uma extensão da visão;
O cinema, uma extensão dupla, da visão e da audição;
A televisão, uma extensão da visão e da audição, completada pela
proximidade e intensidade.
Cada um destes meios de comunicação proporciona, segundo MacLuhan,
linguagens diferentes, que se torna necessário saber utilizar.
MacLuhan distingue três estádios de desenvolvimento dos “média”,
correspondendo cada um deles a um tipo de sociedade:
A sociedade primitiva e tribal, em que dominavam os “média”orais, não se
conhecendo ainda a escrita;
SandraS. Rodrigues
53
A sociedade da Galáxia de Gutenberg, em que predomina a mecanização
da escrita, graças à descoberta e desenvolvimento da imprensa;
A sociedade Galáxia Marconi, caracterizada pela predominância dos
“média” audiovisuais.
Portanto, considerada a palavra “media” isoladamente (plural latino de “medium”,
que significa meio, mediação), ela designa todos os meios de expressão, naturais ou
artificiais.
Porém, quando associada à palavra anglo-saxónica “mass” (sinónimo de massa!),
formando o termo “mass média”,já perde esse significado, para o conjunto passar a
designar, vulgarmente, toda e qualquer comunicação de massa. Sendo assim, a
expressão não pode abranger nenhum dos tipos de comunicação interpessoal, mas tão-
somente as transformações de mensagens para uma pluralidade de indivíduos receptores
(massa).
A definição hoje vulgarmente aceite de “mass média” é: designam não só e
essencialmente técnicas de comunicação artificiais (sobretudo as ligadas à mecanização
e à electrónica) dirigidas a determinados públicos (não à massa!), como também a
própria comunicação em si.
Isto significa portanto, que os próprios meios de comunicação interpessoais, sejam
naturais ou artificiais, não ficam pela expressão “mass média”.
Assim:
1. Incluem-se com frequência no domínio dos “mass média”
“médias” quentes, no dizer de MacLuhan, porque são ricos em informações,exigindo
pouca participação do público:
Ligados à imprensa:
o O livro impresso, devido à sua grande tiragem e à sua publicação
mecânica em série;
o Os álbuns de bandas desenhadas, devido ao seu carácter visual e
artístico, e modernidade;
o Os jornais, sobretudo os de grande tiragem;
o Os magazines ilustrados, por idênticas razões;
o A publicidade feita em jornais, excepto o cartaz.
Ligados à comunicação sonora:
o Os discos;
o A radiofusão;
o A publicidade feita na rádio;
o As fitas magnéticas;
Ligados à comunicação audiovisual:
o O cinema sonoro (o desenho animado é considerado “média” frio);
o A televisão, o tipo mais acabado dos “mass média”,ligado à técnica
electrónica;
o A publicidade feia no cinema e na televisão;
SandraS. Rodrigues
54
Utilizando vários dos “média” anteriores ou constituindo prolongamentos
seus:
o Os satélites de comunicação e de distribuição;
o As vídeo-cassetes e vídeo-discos – cassetes ou discos constituídos
por bandas magnéticas pré-registadas que contêm a imagem e o
som e que, colocadas num aparelho de leitura, permite protegê-las
imediatamente no écran do aparelho;
o A teledistribuição por cabos – distrinuição por cabos de
informações audiovisuais;
o A impressão de jornais através da televisão;
o O belinógrafo – aparelho destinado a emitir e a receber desenhos
ou fotos à distância, etc.
2. Em contrapartida, não podem considerar-se como “mass média”
(“média” frios no dizer de MacLuhan, porque são pobres em
informação e ricos em participação):
o O telégrafo;
o O telefone;
o O videofone – telefone duplo com um écran de televisão, que
permite ver o correspondente e falar-lhe;
o Os meiso de expressão natural (a voz e o gesto)
1. Defina “mass média” segundo MacLuhan.
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2. Diga, o que eram o cinema, a imprensa e a televisão para o mesmo autor.
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3. Enumera os três tipos de sociedade definidos por MacLuhan.
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4. Distinga “média” quentes e frios.
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As sociedades de massas
Na Europa, principalmente nas áreas industrializadas, e nos
Estados Unidos houve um enorme crescimento populacional.
O crescimento populacional veio acompanhado do
crescimento das cidades.
Os principais fatores do crescimento populacional foram a
melhoria na alimentação, os avanços na medicina e a industrialização.
Expansão mundial das áreas agrícolas.
Os avanços na área médica.
A industrialização foi o principal fator
para o crescimento populacional.
O crescimento populacional na América
deveu-se, principalmente, à entrada de
imigrantes europeus. Entre 1815 e 1915,
cerca de 35 milhões de pessoas.
A imensa maioria dos imigrantes era
formada de homens jovens, procedentes
das zonas rurais e sem qualificação
profissional.
Formação do mercado:
O mais importante símbolo da
massificação do consumo foi a produção
do automóvel Ford modelo T, fabricado
pela primeira vez em 1908 nos Estados
Unidos.
Em 19 anos de fabricação, mais de 15 milhões de unidades do Ford T foram
comercializadas nos Estados Unidos.
Outros produtos passaram a compor o cotidiano da classe média e dos
trabalhadores, como o fogão a gás, os utensílios domésticos de vidro e de ferro,
os sabões industrializados e a bicicleta.
Indústria alimentícia:
O fator decisivo para assegurar o abastecimento de uma população cada vez
mais numerosa foi o desenvolvimento da indústria de conservas . Isso se deu nos
Estados Unidos, onde primeiro se instalou uma indústria alimentar para grandes
mercados consumidores.
O desenvolvimento notável dos transportes e das
comunicações, em particular das ferrovias e do sistema de
SandraS. Rodrigues
56
correios, favoreceu o intercâmbio cultural entre os países. Intelectuais e artistas
dispersaram-se pelo mundo como imigrantes, turistas e refugiados políticos,
levando com eles suas obras e suas idéias.
Lazer e arte:
O aumento do poder aquisitivo da classe média urbana e a ampliação do
contingente de trabalhadores alfabetizados e instruídos permitiram que um
público maior tivesse acesso a uma produção cultural antes restrita às elites.
Redução da jornada de trabalho.
Descanso dominical.
Flamenco, nascido na região da Andaluzia, na Espanha, e o tango, importado
dos bordéis argentinos no início do século XX.
A circulação cultural torna-se maior: o que antes ficava restrito a um segmento
da sociedade, às camadas populares ou à burguesia, passa a ser consumido por
mais gente.
Cinema:
A primeira exibição cinematográfica foi feita pelos
irmãos Lumière, na França, em 1895
Nos Estados Unidos, os pioneiros do cinema foram
imigrantes judeus pobres e arrojados, que resolveram
produzir filmes para setores pouco instruídos, que
pagavam entradas de 5 centavos de dólar para ver um
espetáculo de entretenimento. Nos anos 1920, os Estados
Unidos já brilhavam como o centro mundial do cinema.
Os “mas média” – história
As transformações culturais e os mass média:
A guerra terminara e as pessoas estavam desejosas de esquecê-la. A Europa recuperava e, nos
Estados Unidos, as pessoas tinham dinheiro para gastar e tempo para o lazer pois, graças às lutas e
pressões dos movimentos sindicais , os horários de trabalho eram agora mais reduzidos.
O desenvolvimento tecnológico colocou à disposição novos meios de comunicação social que
serviam, ao mesmo tempo, para informar e para divertir e estavam acessíveis à grande massa da
população, pelo que ficaram conhecidos por meios de comunicação de massa ou mass média.
SandraS. Rodrigues
57
Breve caracterização da sociedade de consumo
O termo consumo é a utilização de bens, serviços, energia e
recursos por parte das organizações ou sociedades, já a
“sociedade de consumo” é a expressão que designa a
abundância e circulação massiva de todo o tipo de
objectos nos países desenvolvidos, os quais alteraram
significativamente o modo de vida dos indivíduos.
Este novo tipo de sociedade, fortemente
orientada para a fruição, a posse, o prazer e o
materialismo, começa e emergir na segunda
metade do século XX, graças à rápida
industrialização do mundo ocidental. Este
situação permitiu que as famílias tivesse acesso a
melhores condições de vida e se sentissem mais satisfeitas
por poderem adquirir uma vasta gama de bens e serviços, tais como o
vestuário, carros, férias e outros.
As origens da sociedade consumo
“O crescimento económico, a
subida dos salários, os benefícios sociais,
a clima de esperança e o desejo de bem-
estar fariam desencadear, nas sociedades
industrializadas do Ocidente, um
fenómeno de consumismo generalizado.
A necessidade crescente de escoamento
dos produtos, fruto de uma produção em
massa, foi auxiliada pela eficácia cada
vez maior da publicidade e pelo
aparecimento da televisão, que
estimulava as populações, conduzindo ao
nascimento de sonhos e necessidades fictícias. Quase todos os bens pareciam estar ao
alcance do lar mais humilde, através dos sistemas de compras facilitados - a crédito e a
prestações. Ao mesmo tempo, o aparecimento de grandes superfícies comerciais –
supermercados, centros comerciais, self-services – atraía as pessoas, seduzindo “grandes
e pequenos” a fazer mais compras do que as inicialmente previstas. Do ponto de vista
social e psicológico, nascia assim uma sociedade de consumo, na qual só era feliz e bem
aceite quem possuía mais e melhores bens do que o seu vizinho. Este fenómeno
traduzoiu-se numa “corrida em relação à última moda” – o carro mais veloz, o vestido
da estrela de cinema, o frigorífico mais bonito. O excesso de consumo conduziria em
breve ao desperdício, que, pouco tempo depois, iria dar origem aos primeros problemas
ambientais sérios.”
Paula Maria Coelho, “Um mundo na História”, 9º Ano, Didáctica Editora
Os benefícios e prejuízos do consumismo
“A revolução industrial impulsionou o aumento da
produção e do consumo nos países industrializados. A
chamada sociedade de consumo trouxe benefícios, tais como a
SandraS. Rodrigues
58
escolarização de massas, melhoria das condições dos trabalhadores, generalização dos
cuidados de saúde primários, maior participação dos cidadãos e elevação no padrão do
nível de vida. No entanto, continuam a agravar-se alguns dos efeitos negativos, tais
como a marginalização de certas camadas da sociedade, caos urbanístico, perda dos
valores tradicionais, degradação ambiental uma necessidade “imperiosa” de aumentar a
produção e consumo de bens inúteis.
Esta necessidade de consumir cada vez mais reflecte-se no dia-a-dia das famílias,
pelo que é necessário fazer um orçamento familiar, planificando as despesas, as
poupanças, o crédito e o rendimento. Este último é um factor regulador do consumo,
que é, por sua vez, influenciado pela moda, pressão do grupo de amigos e pela
publicidade, que faz com que o consumidor perca autocontrolo, consuma de forma
irreflectida e por impulso, levando-o mesmo a pensar que a qualidade de vida consiste
no ter em detrimento do ser.” Clara Santos e Conceição Silva, “Formação Cívica”, ASA, 2002
1. Explique o que entende por “consumo” e “sociedade de consumo”.
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2. Descreva como se desenvolveu a sociedade de consumo.
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3. Enumere as vantagens da sociedade de consumo.
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4. Enumere as desvantagens da sociedade de consumo.
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Do consumo excessivo ao consumo selectivo
“Ter acesso a uma grande quantidade de
bens (paradigma da sociedade da abundância) faz-
nos descobrir que o uso desses bens nos retiraria
tempo. Podemos ser muito ricos e escolher muitos
bens, comprá-los, instalá-los, utilizá-los… mas o
reverso dessa prosperidade é a falta de tempo. Há
que redimensionar o valor material com o
respectivo valor imaterial. Um consumidor
responsável não cuida só da preservação dos
recursos. Como escreveu Henri Thoreau: “Um
homem é rico na justa proporção do número de
coisas que se recusa a ter”. Quanto mais consumimos, mais queremos, mais corremos e
menos plenitude obtemos.” Beja Santos, “Jornal de Notícias”, 02-06-2001
1. Na sua opinião, que tipo de relação se pode estabelecer entre o consumo e o bem-
estar dos indivíduos.
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2. Comente a frase sublinhada.
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3. Explique o sentido da frase “este é o tempo dos objectos”
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Os direitos fundamentais dos consumidores
O rápido e feroz desenvolvimento da sociedade de consumo cedo revelou a
necessidadde de se encontrar formas de regular as relações entre produtores e
consumidores, nomeadamente definindo os direitos destes últimos e protegendo-os dos
excessos cometidos pelos agentes económicos.
A defesa do consumidor na União Europeia
“A promoção dos direitos, da prosperidade e do bem-estar dos consumidores é
um dos valores fundamentais da União Europeia, o que aliás se reflecte na sua
legislação. A pertença à União Europeia assegura uma protecção adicional aos
consumidores.
A seguir, enunciam-se dez princípios básicos sobre a forma como a EU defende
os interesses do consumidor, independentemente do Estado-Membro em que se
encontre:
Compre o que quiser, onde quiser;
Se não funciona, não devolva;
Elevadas normas de segurança para géneros,
alimentícios e outros bens de consumo;
Saiba o que come;
Os contratod devem ser justos para os
consumidores;
Por vezes, os consumidores podem mudar de opinião;
Facilitar a comparação do preço;
Os consumidores não devem ser induzidos em erro;
Protecção durante as férias;
Vias de reparação eficazes em caso de letígios transfronteiriços.”
1. Enumere os princípios básicos sobre o consumo definidos pela União Europeia.
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2. Procure recordar uma situação em que tenha (ou alçgum failiar) sentido que os seus
direitos enquanto consumidores não foram respeitados. Depois, redija um
comentário crítico sobre o assunto.
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A legislação de protecção dos direitos do consumidor
A protecção jurídica do consumidor
“Todos nós somos consumidores quando compramos seja o que for, pensamos
nós. Daí que, quando sentimos razões de queixa sobre qualquer transacção que
efectuamos, podemos recorrer à justiça ou a qualquer dos organismos que protege os
interesses do consumidor. A situação não é assim tão linear.
Quem é o consumidor
Legalmente, par que uma pessoa tenha direito à defesa dos seus interesses na
área do consumo, e para que, enfim, possa ser considerado consumidor, torna-se
necessário que se verifiquem os requisitos seguintes:
Que os bens fornecidos, os serviços ou os direitos transmitidos se destinem a uso
não profissional;
Que o fornecedor seja alguém que exerça com carácter profissional uma actividade
económica que, vise obter benefícios, incluindo os organismos da Administração
Pública, as pessoas colectivas públicas, as empresas de capitais públicos ou detidos
maioritariamente pelo estado, as Regiões Autónomas ou as autarquias locais r as
empresas concessionárias de serviços públicos.
A protecção do consumidor e a atribuição de direitos específicos dependem, assim,
da existência de uma relação de consumo, seja através da celebração de um contrato,
seja mediante uma situação destinada a promover o fornecimento de bens ou serviços
ou transmissão de direitos. (…)
Legalmente, o consumidor tem os seus interesses protegidos por direitos
consagrados na lei e tem a quem recorrer quando sente que eles foram infringidos.
Os direitos dos consumidores
Os direitos gerais atribuídos aos consumidores no ordenamento jurídico
português podem agrupar-se da seguinte forma:
Direito à protecção, à saúde e à segurança;
Direito à qualidade dos bens ou serviços;
Direito à protecção dos interesses económicos;
Direito à prevenção e à reparação de prejuízos;
Direito à prevenção e à educação para o consumo;
Direito à representação e consulta;
Direito à protecção jurídica e a uma justiça acessível e
pronta;
Estes direitos encontram-se consagrados na Constituição e na Lei de Defesa do
Consumidor (Lei nº 24/96, de 31 de Julho).”
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1. Explique por palavras suas, quem pode ser considerado consumidor, segundo a
lei.
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2. Descreva os direitos do consumidor referidos nos textos.
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A legislação de defesa dos consumidores
“Artigo 1º - Dever geral de protecção
1. Incumbe ao Estado, às Regiões Autónomas e Às autarquias locais proteger o
consumidor, designadamente através do apoio à constituição e funcionamento das
associações de consumidores e de cooperativas de consumo, bem como a execução do
disposto na presente lei.
Artigo 2º - Definição e âmbito
1. Considera-se consumidor todo aquele a
quem sejam fornecidos bens, prestados serviços
ou transmitidos quaisquer direitos, destinados a
uso não só profissional, por pessoa que exerça
com carácter profissional uma actividade
económica que vise a obtenção de benefícios.
Artigo 3º - Direitos do consumidor
1. O consumidor tem direito:
a) À qualidade dos bens e serviços;
b) À protecção da saúde e da segurança
física;
c) À formação e à educação para o consumo;
d) À informação para o consumo;
e) À protecção dos interesses económicos;
f) À prevenção e à reparação dos danos patrimoniais que resultem da ofensa de
interesses ou direitos individuais homogéneos, colectivos ou difusos;
g) À protecção jurídica e a uma justiça acessível e pronta;
h) À participação, por via representativa, na definição legal ou administrativa dos
seus direitos e interesses.” Lei nº 24/96, de 31 de Julho
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1. Explique a importância da Lei nº 24/96 de Julho, dando exemplos práticos.
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A importância do marketing e da publicidade nas decisões dos consumidores
A publicidade, seja a veiculada pelos meios de
comunicação social ou a visível na via pública, pretende
persuadir os indivíduos a consumirem um determinado produto
ou serviço.
Tal comportamento é alimentado pela sensação, criada
por sofisticadas técnicas sofisticadas e de marketing, de que a
necessidade de consumo desse produto ou serviço é real e deve
ser sistematicamente satisfeita.
Desta forma, a publicidade surge como um poderoso
meio responsável pela criação de fenómenos de moda,
ciclicamente renovados após curtos períodos de duração.
1. Diga o que entende por publicidade.
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2. Identifique os principais meios utilizados pela publicidade para comunicar com
os consumidores.
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A publicidade
“Durante o jantar, Robert Goutourb volta ao
seu tema: a apetência do público ardilosamente
domesticado pela publicidade. A maioria das pessoas
não tem opinião, deixa-se seduzir e modelar por
indolência intelectual. Torna-se cómodo que os outros
pensem por nós.
E dá-nos exemplos. Nos jornais suíços, há
tempos, apareceram dois anúncios: “Receba um rádio
em sua
casa por
três
francos”;
“receba
uma máquina de lavar por dez francos e fale
aos seus amigos desta maravilhosa
oportunidade”. Seria possível? Era possível,
sim senhor, tanto mais que na desconfiada
suíça há mão-de-ferro para quem promete e
não cumpre. Assim, centenas ou milhares
de crédulos enviaram os três ou dez francos
e, com efeito, receberam em casa um rádio
ou uma máquina de lavar. Em miniatura.
Um brinquedo plástico. Tudo legal. Nada
nos anúncios garantia que esses objectos
(fabulosas pechinchas em que o burlão era
com certeza o vendedor, por isso mesmo, mais apetecíveis) tivessem de ser o que as
pessoas haviam suposto. Mais saboroso ainda, com estilo e senso de humor, o terceiro
exemplo contado por Goutorbe: “Envie dois francos em selos postais se deseja saber
como aumentar substancialmente os seus rendimentos sem esforço e sem abandonar o
emprego”. Quem, à tentação, não passaria a língua pelos beiços? Daí que tivessem
chovido selos em casa de um finório, que prontamente esclareceu os cobiçosos: “Faça
como eu”.” Fernando Namora, “Diálogo em Setembro” (1966)
1. Explique o que significa “publicidade enganosa”.
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2. Dê exemplos de situações reais que conheça de publicidade enganosa.
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A “receita” do consumismo
“Juntou-se a um produto ou serviço,
uma boa pitada de marketing, adicionou-se
uma colher de sopa bem cheia de publicidade,
misturou-se tudo com técnicas de vendas e
colocou-se no forno (a televisão), envolta em
folhas de jornal. Pouco tempo depois (a
sociedade de consumo) estava pronta a servir a
um público sedento de entrar na aventura do
“faz de conta”. O marketing cria o sonho, a
publicidade (com a preciosa ajuda da
televisão) mostra que ele se torna realidade e a
técnica de vendas materializa-o”. Carlos Barbosa de Oliveira, “A sociedade de consumo e os seus actores” (2008)
A importância da montra
“São os vitrinistas, os criadores do efémero, causadores de muitos dos males do
orçamento mensal de cada um e dos inglórios esforços de poupança pessoal.
A montra é a criação de um ambiente e a transmissão de uma sensação (…) mas
todas desempenham o papel que o comerciante pretende: atrair a atenção do consumidor
(…).
O estudo da iluminação é outro dos aspectos importantes a considerar. O brilho
chama a atenção, atrai o cliente e convida-o a aproximar-se. Sem dar por isso, passa a
fazer parte da cena.” Expresso, 23-12-1995
1. Relacione o papel desempenhado pelo marketing e pela publicidade no aumento do
consumo.
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2. Explique a função desempenhada pela montra numa loja comercial.
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3. Explique de que modo a publicidade, o marketing e outras técnicas comerciais
influenciam o seu padrão de consumo, dando exemplos práticos.
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Consequências ambientais e riscos sociais do consumo
O consumo excessivo dos recursos naturais deve-se, em
primeiro lugar, ao desenvolvimento das actividades económicas, que
tendem a utilizar as diversas matérias - primas até ao seu
esgotamento. No entanto, o aumento do nível de consumo dos bens e
serviços, causado pelo aumento da população mundial e pela
elevação do poder de compra, também tem graves consequências
para o ambiente.
Além desse aspecto, o fenómeno da massificação do consumo
não está isento de riscos sociais significativos, nomeadamente a
promoção de determinados comportamentos e valores que podem ser
nocivos para a saúde humana.
Padrões de consumo e de ambiente
“Os padrões de consumo actuais não são
apenas muito desiguais (entre as diversas regiões do
mundo), mas também têm um impacto severo no
ambiente. Por exemplo, o consumo de água potável
duplicou desde 1960, o consumo de combustíveis
fósseis quase quintuplicou nos últimos 50 aos e o
consumo de madeira aumentou 40 por centro nos
últimos 25 anos. As reservas de peixe estão a diminuir
(PNUD, 1998). Os padrões de consumo não estão
apenas a esgotar os elementos naturais, estão também
a contribuir para a sua degradação através de resíduos
nocivos e de emissões prejudiciais.” Anthony Giddens, “Sociologia”, Fundação Calouste Gulbenkian, 2004
1. Identifique alguns dos recursos naturais que estão em risco de esgotamento devido
ao seu consumo excessivo.
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2. Explique as consequências ambientais que podem decorrer do consumo excessivo
ou da destruição deste tipo de recursos.
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A água, um bem escasso
“A ideia de água como
recurso infinito perdeu-se,
definitivamente, nos últimos
anos. Embora se estime que a
água do planeta atinja os 1, 386
mil milhões de quilómetros
quadrados – o que daria para
encher uma piscina com a área de
Portugal e com uma
profundidade de cerca de 16 mil
quilómetros - , apenas 2,5 por
cento é água doce e, desta
pequena parte, só cerca de um
terço está potencialmente
disponível para utilização
humana.
Com a triplicação da
população mundial nos últimos 70 anos, o consumo de água sextuplicou. Apesar de os
consumos “per capita” estarem agora estabilizados, certo é que, a este ritmo de
crescimento populacional, a água será um dos principais factores limitativos do
desenvolvimento. Estima-se que actualmente se esteja a utilizar 54 por cento da água
doce disponível. Caso o consumo por habitante se mantenha constante, em 2025 a
população humana estará a usar 70 por cento dos recursos hídricos apenas devido ao
crescimento populacional. E se os consumos em todo o mundo fossem idêntico àqueles
que se registam nos países desenvolvidos, então consumir-se-ia 90 por cento da água
disponível.
No ano 2000, segundo as Nações Unidas, 31 países onde viviam 510 milhões de
pessoas eram afectados por intenso stress hídrico ou grave escassez de água. E em 2025
esse número elevar-se-á para três mil milhões.” Fórum Ambiente, nº85, Edição Especial – Cimeira da Terra, 2002
1. Comente as seguintes afirmações retiradas dos textos: “a água será (no futuro) um
dos principais factores do desenvolvimento”.
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2. Descreva as alternativas que conhece ao actual padrão de consumo dos recursos
naturais.
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Telemóveis seguros?
“Os países devem resguardar os filhos dos telemóveis e os
adultos devem limitar ao máximo a duração das suas chamadas. O
aviso foi feito pelo presidente da Agência Europeia contra a s
Radiações, Wolfram Koening. Apesar de reconhecer a ausência de
“provas científicas de que o telemóvel apresente perigos para a
saúde”, Koening fez referência
a alguns fenómenos biológicos
que podem ser perigosos,
como as modificações nos
fluxos cerebrais. Avisou ainda as
autoridades que devem tomar
medidas para diminuir as radiações nos
cidadãos: “É preciso evitar colocar antenas nas
proximidades de jardins infantis, escolas e hospitais”,
recomendou.” Público, 01-08-2001
Os riscos da Internet e dos videojogos
“O Reino Unido vai arrancar com um
programa alargado para proteger as crianças e os
jovens dos riscos da navegação na Internet e da
violência nos videojogos. (…)
Entre outros objectivos, o Governo quer que
os motores de busca, como o Google, coloquem
logo na primeira página informação sobre como
pesquisar da forma mais segura e quer pressionar
sites que exibem material enviado
pelos utilizadores, como é o caso
do YouTube, a filtrarem melhor
os conteúdos.
Ao abrigo do novo plano,
o executivo britânico, pretende
ainda que as redes sociais online
adoptem voluntariamente um
código de conduta, que regule a
forma como as informações
pessoais introduzidas pelos
utilizadores são mostradas
publicamente.
O MySpace e o FaceBook, por exemplo, são sites que atraíram nos últimos anos
milhões de jovens utilizadores fiéis – mas têm sido motivo de preocupação por
permitirem que qualquer pessoa crie uma página pessoal, onde pode incluir fotografias e
dados como o nome, idade ou morada. Para além de poder ser usada para estabelecer
contacto presencial, esta informação é frequentemente analisada par que os sites exibam
publicidade direccionada.
SandraS. Rodrigues
69
Outra das questões que o Governo quer resolver é o vazio legal em torno dos
chamados “sites de suicídios”, que incentivam e oferecem instruções para qualquer
pessoa que deseje suicidar-se. (…)
O relatório recomenda ainda que, para contornar a dificuldade dos pais em
limitar aquilo a que jovens e crianças têm acesso, todos os computadores vendidos
tenham programas de protecção de menores pré-instalados.”
Público, 28-03-2008
1. Refira aos perigos que podem decorrer da utilização frequente dos telemóveis e
algumas formas de diminuir esses perigos.
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2. Diga em que medida a internet e os videojogos contêm riscos, designadamente para
as crianças.
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3. Além dos telemóveis e dos videojogos, que outras factores de risco potencial para a
saúde humana conhece? Justifique a sua resposta.
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O orçamento familiar: consumismo e poupança
Com a facilidade de acesso ao crédito,
estimulado pela banca e por outras instituições,
muitas famílias deixaram de fazer aquilo que
no passado era comum: um orçamento mensal
que ajustasse as despesas obrigatórias (com a
casa, a alimentação, o carro, etc.) às receitas do
agregado familiar (isto é, aos salários.
Nos nossos dias, vulgarizou-se a
concessão de empréstimos bancários às
famílias para todo o tipo de aquisições - casa,
automóveis, férias, etc. -, de tal forma que o
seu nível de endividamento tem atingido uma
dimensão preocupante.
SandraS. Rodrigues
70
Porém, a crise económica, o aumento do desemprego, a estagnação dos salários e
a subida dos preços, entre outros factores, têm levado a que muitas famílias sintam
grandes dificuldades em assegurar os seus compromissos financeiros, caindo em
situações de incumprimento.
O crédito ao consumo
“Devemos ter em conta que o consumismo não pode ser
perspectivado apenas a nível individual; ele processa-se como
fenómeno social, ou seja, resulta de factores inerentes à própria
vida social. A lógica na qual assenta só faz sentido em termos
sociais, uma vez que são estilos de vida, estatutos e
reconhecimento social que estão em causa.
O endividamento é resultante, em grande parte, quer da
pretensão de se obter um determinado estatuto social (que passa
pela adopção de um estilo de vida, que se traduz na aquisição de
bens materiais e acesso a determinados serviços), quer dos
estímulos por parte do mercado, aos quais estamos sujeitos
enquanto potenciais consumidores.
O endividamento – à banca, a empresas de crédito, aos
retalhistas do comércio, etc. - não deixa de ser consequência de um mecanismo, que se
traduz na possibilidade de recurso a crédito para o pagamento da aquisição de um
determinado bem ou serviço. A generalização desta prática, em todos os sectores, e
sobretudo entre os consumidores, acarreta um aumento substancial da despesa dos
agregados familiares, que, induzidos pela ilusória facilitação associada ao crédito,
contraem, simultaneamente, várias dívidas, cujo pagamento se torna crescentemente
mais difícil de cumprir.” Jorge Reis e Outros, “Formação Cívica”, Porto Editora
O endividamento familiar
“Em Portugal, há cerca de 100 mil famílias em
situações de grande dificuldade financeira, ou seja,
pessoas que enfrentam sérios problemas para pagar a
prestação da bancária relativa à compra da casa ou por
motivos de consumo.
A estimativa está nas conclusões de um estudo
conjunto do Gabinete de Orientação ao
Endividamento dos Consumidores (ISEG) e da
Direcção-Geral do Consumidor (Ministério da
Economia) e mostra uma realidade que os dados
oficiais (do Banco de Portugal) relativos ao crédito
malparado continuam sem evidenciar: que o
incumprimento bancário está a acelerar e afecta já
muita gente. Aquele número representará quase 3%
do total de famílias em Portugal, segundo os últimos
inquéritos do INE. Por seu turno, a Associação
portuguesa para a Defesa dos Consumidores (DECO)
revela que recebeu quase dois mil pedidos de apoio
por causa do sobre-endividamento, o dobro do
registado em 2006 (…).
SandraS. Rodrigues
71
Segundo João Paulo Calado, coordenador do Gabinete de Orientação e
Endividamento dos Consumidores (GOEC), “as pessoas não aceitam ficar mais pobres
por causa da prestação da casa, que continua a subir. Há cada vez mais famílias que
parecem não querer abdicar dos seus padrões de consumo e isso é muito perigoso, uma
loucura mesmo”, alerta o economista do ISEG. O GOEC recebeu “mais de mil pedidos
de apoio diferentes durante o último ano e, de acordo com cálculos que fizemos em
conjunto com a Direcção-Geral do Consumidor, podemos estar a falar de um universo
com mais de 100 mil famílias que hoje passam por grandes dificuldades financeiras”,
acrescenta João Calado. Mas, apesar da crise puxar pelas taxas de juro e encarecer o
preço dos empréstimos, os portugueses continuam a ir ao banco e em força. Segundo o
Banco de Portugal, as famílias deviam em Janeiro de 2008 um total de mais de 128 mil
milhões de euros aos bancos (80% do PIB). Destes, quase 11% era para o consumo, o
valor mais elevado dos últimos quatro anos, com um ritmo de expansão próximo de
12%. Os especialistas acreditam que o aumento forte e persistente do crédito ao
consumo nos últimos anos esconde a pressão cada vez maior que existe sobre os
orçamentos familiares.”
Diário Económico, 25-03-2008
1. Em grupo, elabore um orçamento de uma família de quatro pessoas para um mês,
partindo do princípio de que dispõe de 1500 Euros para todos as despesas, incluindo
a alimentação, a roupa, a renda ou o empréstimo da casa, a saúde e outras. Depois,
compare e discuta os orçamentos preparados pelos vários grupos da turma. Registe
algumas conclusões.
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2. Explique as razões que levam cada vez mais pessoas a contrair empréstimos.
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3. Descreva os riscos que o crescente endividamento representa para as famílias
portuguesas.
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4. Pesquise na Internet e recolha informação sobre as consequências da crise financeira
dos EUA para o resto do mundo.
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As novas formas e tipos de consumo
Após o advento da Internet, deixou de ser
obrigatória a deslocação física dos consumidores aos
locais tradicionais: lojas, armazéns, supermercados,
centros comerciais, etc. Com efeito, novas formas de
consumo desenvolveram-se nos últimos anos,
nomeadamente o comércio electrónico, que permitiu a
qualquer utilizador da
internet o acesso rápido,
fácil e à distância a uma
imensidão de bens e serviços.
Além deste aspecto, novos tipos de consumo têm
também emergido, principalmente nos domínios do bem-
estar, da saúde e do lazer, entre outros. Em regra, estes tipos
de consumo estão associados a determinados estilos de vida
que não dispensam uma alimentação específica, uma roupa
específica, um desporto específico, etc.
O comércio electrónico
“Os resultados do Barómetro
Trimestral do Comércio Electrónico,
referentes ao último trimestre do ano
passado, mostram que 88 por cento dos
membros da ACEP (Associação do
Comércio Electrónico em Portugal)
inquiridos notaram um aumento nas
vendas registadas através dos seus sites.
Quando questionados acerca do aumento
do volume de negócios, 71,5 por cento
afirmaram ter registado um crescimento
de vendas igual ou superior a 50 por
cento, face ao ano anterior. Por outro
lado, 18,5 por cento dos inquiridos no estudo efectuado em parceria com a Netsonda
registaram aumentos superiores a 50 por cento. No mesmo contexto, comparativamente
a 2006, os dados do ano passado indicam também que 74,3 por cento dos inquiridos
viram o número de clientes aumentar entre 1 e 50 por cento ao longo dos últimos três
meses. (…) Quanto aos produtos mais vendidos, os inquiridos referiram que as
categorias que registaram maior procura ao longo do último trimestre foram produtos de
electrónica (incluindo telemóveis), produtos de informática, jogos e consolas, DVDs,
vídeos, Cds e artigos para a casa e decoração. No que se refere ao investimento das
empresas nos sites, 48,6 por cento assumiu ter aumentado o volume da aposta na sua
SandraS. Rodrigues
73
plataforma online, enquanto 42,9 por cento manteve o nível de investimento e 3 por
cento diminuíram.” Jornal da Madeira, 10-03-2008
1. Indique os produtos que registaram maior aumento de vendas no comércio
electrónico.
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2. Refira as vantagens e as desvantagens do comércio electrónico, segundo a sua
opinião.
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3. Diga se já comprou algum produto ou serviço através da Internet. Redija Um texto
sobre a forma como fez essa aquisição.
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O consumo do “bem-estar”
“Sentir-se bem na sua pele” é uma das
mensagens mais exploradas pela publicidade
nos últimos anos. Esta expressão traduz bem a
importância do prazer e do bem-estar
individual na nossa sociedade. Não basta já a
condição física “boa”, é preciso também que
seja “bela”.
Por isso, os antigos ginásios de
educação física passaram à história. Deram
lugar aos modernos clubes de manutenção
física (Health clubs), inspirados na fórmula
“look good, feel good” (pareça bem, sinta-se
bem). Nos Healyn Clubs associa-se saúde
com beleza. ”Trabalha-se” o corpo mas
também a mente. Através das ciências
ancestrais como o yoga e o tai chi chuan - que
rapidamente conquistaram numerosos adeptos -, celebra-se o bem-estar físico mas
também psíquico.
SandraS. Rodrigues
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Os health clubs constituem autênticos locais de culto da forma física. Dão
particular atenção à arquitectura e ao design e investem na criação de atmosferas e
ambientes confortáveis, funcionais e descontraídos. Para captar diferentes universos, a
sua oferta caracteriza-se pela multifuncionalidade: além de exercício físico, geralmente
disponibilizam tratamentos estéticos e fisioterapêuticos e outras valências que lhes
permite irem ao encontro de diversos públicos alvo.
Trata-se de empresas que recorrem às mais sofisticadas técnicas de marketing e
publicidade para captarem e fidelizarem os clientes. Na Internet, por exemplo,
proliferam os sites que divulgam informações sobre os locais e as modalidades de
serviços disponíveis. A comunicação, o atendimento e a prestação de serviços aos
clientes são efectuados de forma personalizada, oferecendo-se mesmo a possibilidade de
“requisitar” monitores privativos para aulas e tratamentos particulares (personal
training). J. M. Marques Apolinário, “Modas e modos de vida: um olhar sobre o comércio”, 2005
Os produtos light e bio
“Devido, em larga medida, às campanhas
mediáticas promovidas por especialistas em
nutrição e ao marketing de algumas empresas do
sector, é cada vez maior a associação por parte dos
consumidores entre a alimentação, a saúde e o
bem-estar. Cada vez mais os consumidores estão
sensibilizados para a importância de uma
alimentação equilibrada.
Em relação directa com essa
sensibilização, a alimentação nutricional e
dietética atrai cada vez mais adeptos. Os produtos
low, light e soft, sejam eles cereais de pequeno-
almoço, sumos, fruta, lacticínios ou chocolates,
vêem a crescida a sua procura no mercado e
nalguns casos (cereais, por exemplo) tornaram-se
“produto de moda”. (…)
A par disto, as lojas e restaurantes macrobióticos e vegetarianos vão ganhando
uma maior expressão.
Por outro lado, em especial na grande distribuição, assiste-se à vulgarização dos
produtos bio, fenómeno igualmente sintomático das novas preocupações culturais em
torno da preservação ambiental.” J. M. Marques Apolinário, “Modas e modos de vida: um olhar sobre o comércio”, 2005
1. Explique o papel do marketing na promoção de novos tipos de consumo (alimentar,
de vestuário, de lazer, etc.).
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2. Redija um texto crítico sobre a importância dos health clubs.
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3. Justifique a importância dos health clubs.
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4. Explique as razões do crescimento do consumo de produtos bio e light.
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A cultura começou a ser divulgada pelos mass meda, destinada às massas e já não
apenas a uma elite - iniciou-se então a cultura de massas. As actividades e produções e
produções culturais eram compreendidas e acessíveis a um número cada vez maior de
pessoas, proporcionando-lhes divertimento e prazer.
Livros, jornais, revistas ilustradas e de banda desenhada
juntam-se ao êxito da rádio e do cinema. Os filmes americanos
mostravam às pessoas como deveria gozar-se a vida moderna e
divulgavam o seu “american way of live”. A divulgação dos discos e do
gramofone trouxe a música para fora das salas de espectáculo e tornou-a
mais acessível ao público em geral.
A rádio, os filmes e as revistas ajudavam a difundir informações,
notícias, tendências e modas um pouco por todo o Mundo. As ideias
chegavam de Nova Iorque e as modas de Paris. Tudo se tornara mais
SandraS. Rodrigues
76
rápido graças ao desenvolvimento dos transportes e dos meios de comunicação.
Na década de 1920, a rádio tornou-se o meio de difusão mais poderoso pois
era acessível a muita gente, mas foi o cinema que, sobretudo depois de aliar o som à
imagem, alcançou maior sucesso.
As pessoas estavam decididas a gozar as suas liberdades, a frequentar as salas de
espectáculo e a aplaudir os seus heróis de desporto em espectáculos que se tornaram
populares e começaram a mover multidões, como o futebol e o boxe.
O cinema é considerado como uma das grandes invenções do século XX.
Apelidado de “Sétima arte”, o cinema começou por apresentar documentários, só depois
se tendo tornado um meio de evasão da realidade. Tornou-se uma indústria muito
rentável, mas também uma fábrica de mitos, estrelas e sonhos, que começaram a nascer
em Hollywood.
Nos Estados Unidos, os pioneiros do cinema foram imigrantes judeus pobres e
arrojados, que resolveram produzir filmes para setores pouco instruídos, que pagavam
entradas de 5 centavos de dólar para ver um espetáculo de entretenimento. Nos anos
1920, os Estados Unidos já brilhavam como o centro mundial do cinema
O Consumidor e o Imperativo de Responsabilidade
Com a ascensão do individualismo, no final dos anos 70, o consumidor foi
gradualmente abandonando as suas preocupações com a cidadania. Triunfou a moral do
indivíduo, o consumir mais e mais barato transformou-se numa exigência tirânica,
passámos a consumir em função do nosso eu; as nossas vidas ganharam a dinâmica de
uma sequência de operações mercantis. Deixámos à cidadania as preocupações
sociais e os desincentivos à fragmentação. Oportunistas e pragmáticos, o que queremos
é a satisfação instantânea na compra de bens e serviços. Os novos paradigmas técnicos e
tecnológicos aceleraram os mecanismos da mentalidade individualista, consumo e
cidadão são hoje conceitos extremados. Ser cidadão é observar normas convergentes
para o desenvolvimento, para a liberdade e para a democracia, o cidadão pauta-se pelo
que é objectivo, o que tem a ver com a solidariedade, o respeito pelo outro, o cuidar do
outro. O que predomina no consumo são os direitos subjectivos. É fácil ver, pois, como
o consumo entrou em rota de colisão com a cidadania, o consumo é imediato e a
cidadania é ponderada. Importa saber como ultrapassar uma dicotomia aparentemente
insanável.
As dificuldades em ser bom consumidor e bom cidadão
O consumidor hiperindividualista opera com astúcia, é voraz, quer tudo num instante,
assobia para o ar quando se fala na globalização predatória, destruidora das actividades
económicas locais. O que lhe interessa é a escolha profusa (a hiperescolha) e é por isso
que o mercado responde a esta apoplexia: o delírio das marcas, mais voos, mais
excursões, mais cosméticos, mais alimentos disfarçados de medicamentos, mais tudo.
Na cidadania, caminhamos para o extremismo, como se sabe e vê: gente mais pobre e
gente mais rica, mais excluída e mais incluída, multiequipada ou desprovida de
equipamento. Esta é a sociedade egocêntrica em que nos banhamos e em que
procuramos ser indiferentes à diluição dos valores. Vivemos na provisoriedade e
queremos o consumo extensivo, a qualquer momento: a mesma sociedade que
desprogramou o trabalho vive obrigatoriamente a programar o consumo. O consumidor
é hedonista e imediato, o cidadão é vigilante e mediato. Numa atmosfera de permanente
sedução como aquela em que vivemos, é cada vez mais difícil reflectir o que é melhor
SandraS. Rodrigues
77
para a colectividade, para o bem comum e para o desenvolvimento sustentável.
Olhamos à volta e as contradições de um consumo a conflituar com a cidadania são bem
visíveis: a agricultura industrial poluente e predatória em contradição com uma
agricultura prudente e boa para o ambiente e para a saúde; as guerras dos OGM, que
deixaram indiferentes os consumidores que preferem o “bom, bonito e barato”; o
comércio justo que procura reconciliar os consumidores e os interesses legítimos dos
consumidores, isto em paralelo com as lojas dos chineses, o endividamento excessivo,
os 4x4 ou o turismo massificado.
O que é ser consumidor responsável
A que mudanças sociais assistimos? As mudanças em curso pautam-se por uma
revolução demográfica onde o envelhecimento e a versatilidade da estrutura familiar são
dominantes. As fontes de informação mudaram imenso. Quando um consumidor
pretende comprar um carro, pode dar-se o caso de encontrar padrões mais rigorosos do
lado das seguradoras que das associações de consumidores e automobilistas. Esta
informação tem a ver igualmente com os melhores níveis de educação e com o desejo
de saber mais sobre a nossa saúde e a nossa segurança. Mudou o trabalho, a sociedade é
fundamentalmente terciarizada, somos glocais, cépticos quanto ao funcionamento das
instituições, paradoxais e incautos quando falamos do progresso. É nesta teia de dilemas
e tendências que se perfilam a responsabilidade social, o consumo responsável e o
combate às piores agressividades do mercado. O que se pretende dizer? A
responsabilidade social irá facilitar a reconciliação entre o consumidor e o cidadão. A
despeito de inúmeras vantagens que a globalização trouxe, ninguém ignora as
desigualdades e perigos crescentes que se nos deparam no trabalho ou no género, os
direitos sociais e humanos e o funcionamento das empresas estão sob a mira da opinião
pública. Ainda é cedo para apurar se esta responsabilidade do consumidor é uma moda
uma vaga de fundo. Seja como for, sentimos que os direitos e as responsabilidades dos
consumidores se a articulam progressivamente com o desenvolvimento social e a
qualidade ambiental é patente à aspiração de que os consumidores pretendem que as
suas escolhas se processem num contexto de justiça social e económica, à escala
mundial. Esta responsabilidade social, por ora uma atitude voluntária, irá tecer um
espaço comum de preocupação com a preservação ambiental, os direitos sociais dos
trabalhadores, a saúde e a segurança no trabalho, as escolhas tecnológicas que permitam
economizar matérias primas e energia e fazer melhor com menos. Dito de outro modo, o
consumo responsável tem a ver com o biológico, a conservação da energia, a ética e a
sustentabilidade. Daí a vigilância cada vez mais severa que se prevê com as piores
agressividades do mercado, travando a mentira, o abuso sobre a vulnerabilidade dos
consumidores.
Uma responsabilidade que reconcilie o consumidor com o cidadão
Cresce a preocupação para que o indivíduo ou agente no mercado assuma as suas
responsabilidades com os valores da cidadania. Esta responsabilidade chama-se
educação, chamamento à participação, mobilização para as inclusões, aprendizagem da
ética associada ao funcionamento do mercado, o mesmo é dizer que as relações entre
produtores prestadores de serviços, Estado, empresas e consumidores pressupõem uma
SandraS. Rodrigues
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nova atitude. Até agora a defesa do consumidor propunha que a oferta vigia-se tudo de
fora, criticando sem questionar os fundamentos da produção e até da proveniência dos
produtos. O que acontece é que as desigualdades socioeconómicas, o endividamento
excessivo, o agravamento do preços dos combustíveis, a aproximação entre o consumo
e o desenvolvimento sustentável, trouxeram um novo desígnio para a responsabilização.
O consumidor pode ainda não aceitar mas ganhou consciência de que a evidência
ambiental, o altruísmo, a responsabilidade social são as formulações do futuro que irão
reconciliar os valores da cidadania com os novos cuidados e um consumo ao serviço do
bem comum. Dentro em breve, saberemos se esta responsabilização foi mais uma moda
ou se integrou numa vaga de fundo. O que sabemos por ora é que não há alternativa à
responsabilidade nos nossos actos de consumo.
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Tendo em conta o que se falou/discutiu neste Módulo, comente as imagens que se
seguem. Intitule-as:
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Actividade em Grupo: CONSUMISMO
MATERIAL: revista, tesoura, cola, cartolinas…
PROCEDIMENTO: Formem grupos de duas ou três pessoas. Procurem em revistas
imagens de produtos que considerem essenciais e supérfluos (desnecessários). Os
produtos devem ser divididos por cada cartolina consoante o esquemaque a seguir
fornecemos. Ex.: Devem colocar na cartolina de um lado os bens necessários e do outro
os desnecessérios. De seguida reflita sobre o porquê dessas escolhas. Utilize esta folha
como esquema para o trabalho.
Alimentação Roupas
Saúde Outros objectos
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Actividade prática em Grupo: ANÚNCIO PUBLICITÁRIO
MATERIAL: caneta, Internet, computador…
PROCEDIMENTO: Elabore um anúncio publicitário (documento em power
point). Para isso escolha um produto, marca, imagem, slogan, características,
meio de publicidade (TV, rádio, revista…) preço, etc. Utilize esta folha como esquela.
Slogan
Imagem do produto
Marca
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Guia de trabalho Cultura
Tipo I – Identificar os principais factores que influenciam a mudança social ao longo da
história.
Tipo II – Compreender de que modo os indivíduos e os factores culturais influenciam a
mudança social.
Tipo III – Produzir um texto expositivo-argumentativo (150-300 palavras) sobre as
mudanças que implementaria na sociedade actual se desempenhasse um cargo
político, como por exemplo o de primeiro-ministro.
Língua
Tipo I – Identificar, a partir da leitura do poema de Camões “Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades”, o conceito de mudança no homem, no mundo e no Universo.
Tipo II – Compreender a importância do texto poético e da música, enquanto
elementos activos nos processos de mudança.
Tipo III – Resolver um questionário interpretativo do poema supracitado, debatendo as
questões apresentadas.
Comunicação
Tipo I – Identificar em textos escritos e imagéticos o conceito de mudança.
Tipo II – Compreender a importância da associação entre a imagem e a palavra como
veículos essenciais de comunicação dos media.
Tipo III – Produzir um cartaz em que associe a palavra à imagem subordinado ao tema
da Mudança (da Sociedade ao Universo)
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Visionamento do fileme: “Louca por compras”
Depois de visionar o filme em cartaz, responde às seguintes questões:
1. Quais são os comportamentos típicos de Rebecca:
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2. Considera a Rebecca uma shopaholic (viciada em
compras). Porquê.
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3. Já alguma vez teve comportamentos como os da
Rebecca? Se sim quando.
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4. Indique o momento que mais o surpreendeu no filme.
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5. Como justifica a obsessão da Rebecca por compras?
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Ficha de auto-avaliação: 1. Como foi o meu desempenho nas sessões?
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2. Como foi o meu comportamento?
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3. Como foi o meu relacionamento com os meus colegas?
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4. Como foi a minha participação nas aulas?
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5. Como foi o meu desempenho nos testes?
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6. Como está o meu caderno diário?
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7. O que posso e pretendo fazer para melhorar o meu comportamento e atitudes nas sessões no
próximo Módulo?
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8. O que penso da minha turma e como me sinto em relação aos meus colegas?
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9. Que nota mereço ter no final deste Módulo? _____________
10. Sugestões para a professora.
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